apostila_historia_da_arte.arte indígena

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  • 7/29/2019 apostila_historia_da_arte.Arte indgena

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    ??UNIDADE:_________________ PROFESSOR: ________________________ 1 BIMESTRE/2010ALUNO(A): _______________________________________________________ N __________TURMA: _____________ 2 Srie Ensino Mdio DATA: ____/_____/_____

    apostila historia da arte.2serie.1bim.2010.doc

    APOSTILA DE HISTRIA DA ARTE 1/9

    ARTE INDGENA

    "...Chamar ateno de toda sociedade civilpara que nos percebam e entendam nossa luta,todos os homens de bem existentes. Hojeelogiam a cultura africana, mas desqualificam oudesconhecem as culturas indgenas atuais.Preferem ver os ndios nos museus, ou comofigura decorativa artesanal, porque para elessomos o passado, o velho, ou at mesmo umaameaa, quando ainda nos chamam deselvagens. Precisamos lutar pela nossadignidade, mostramos que no precisamos do

    PODER, que tanto corrompe e mata ahumanidade, mas sim de sermos includos erespeitados como verdadeiramente somos. Osprimeiros Povos a povoar este territrio..."

    Yakuy Tupinamb(Indgena do povo Tupinamb de Olivena)

    Na poca do descobrimento, havia em nossopas cerca de 5 milhes de ndios. Hoje, essenmero caiu para aproximadamente 200 000.Mas essa brutal reduo numrica no o nicofator a causar espanto nos pesquisadores depovos indgenas brasileiros. Assusta-os tambma verificao da constante e agora j aceleradadestruio das culturas que criaram.

    Geralmente a arte indgena manifesta-se atravsde cnticos, vesturios, utenslios, pela pintura corporale perfurao da pele, atravs de danas entre outros,sendo estes raramente produzidos com o intuito deserem arte propriamente dito. Podemos dizer que nasociedade indgena no existe uma delimitao entrearte e atividade puramente tcnica. De mesma forma

    encontram-se aspectos rituais na produo dos artefatosque so antes de tudo artstica.

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    APOSTILA DE HISTRIA DA ARTE - 2 Srie - Ensino Mdio 1 BIMESTRE / 2010

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    Cada povo indgena tem uma maneiraprpria de expressar suas obras, por istodizemos que no existe arte indgena e sim artesindgenas. As artes indgenas diferem-se muitodas demais produzidas em diferentes localidades

    do globo, uma vez que manuseiam pigmentos,madeiras, fibras, plumas, vegetais e outrosmateriais de maneira muito singular.

    PINTURA CORPORAL

    A pintura corporal para os ndios temsentidos diversos, no somente na vaidade, ouna busca pela esttica perfeita, mas pelosvalores que so considerados e transmitidosatravs desta arte. Entre muitas tribos a pintura

    corporal utilizada como uma forma de distinguira diviso interna dentro de uma determinadasociedade indgena, como uma forma de indicaros grupos sociais nela existentes, embora existatribos que utilizam a pintura corporal segundosuas preferncias. Os materiais utilizadosnormalmente so tintas como o urucum queproduz o vermelho, o genipapo da qual seadquire uma colorao azul marinho quase preto,o p de carvo que utilizado no corpo sobreuma camada de suco de pau-de-leite, e ocalcreo da qual se extrai a cor branca.

    ARTE PLUMRIA

    As vestimentas adornadas de plumas sogeralmente utilizadas em ocasies especiaiscomo os ritos. O uso de plumas na arteindgena se d de dois modos, para colagem

    de penas no corpo e para confeco edecorao de artefatos como por exemplo asmcaras, colares e etc.

    ARTE EM PEDRAS

    A confeco de instrumentos de pedra (ex.:machadinhas) fora de extrema importncia no passadoindgena, mas nos dias atuais os ndios no maiscostumam produzir artefatos em pedra devido insero

    de instrumentos de ferro, que se mostraram maiseficientes e prticos, embora algumas tribos que aindautilizam estes artefatos para ocasies especiais.

    ARTE EM MADEIRA

    A madeira utilizada para a fabricao de diversostrabalhos nas sociedades indgenas. Vrios artefatosso produzidos como ornamentos, mscaras,banquinhos, bonecas, reproduo de animais e homens,pequenas estatuetas, canoas entre vrios outros. Oskaraj, por exemplo, produzem estatuetas na forma

    humana que nos faz lembrar de uma boneca. No altoXingu os trabalhos em madeira so bastantedesenvolvidos. So produzidas mscaras, bancosesculpidos na forma animal, notando-se grandehabilidade no trabalho, sendo sua demanda comercialmuito grande advinda principalmente de turistas.

    TRANADO

    Nos trabalhos de cestaria dos ndios h umadefinio bastante clara no estilo do trabalho, de formaque um estudioso da rea pode atravs de um trabalho

    em tranado facilmente identificar a regio ou atmesmo que tribo o produziu. As cestarias so utilizadaspara o transporte de vveres, armazenamento, comorecipientes, utenslios, cestas, assim como objetos comoesteiras.

    CERMICA

    A fabricao de artefatos de cermica no caracterstica de todas as tribos indgenas, entre osXavantes, por exemplo, ela falta totalmente, em algumassua confeco bastante simples, mas o que importante ressaltar que por mais elaborada que seja acermica, sua produo sempre feita sem a ajuda daroda de oleiro. As cermicas so utilizadas na fabricaode bonecas, panelas, vasos e outros recipientes. Muitasso produzidas visando atender a demanda dos turistas.

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    PINTURAS E DESENHOS

    Os desenhos e as pinturas em geral soacompanhados de outras formas de arte. Estodiretamente ligadas as cermicas, ornamentaodo corpo, cestarias, etc. Havendo, entretanto

    excees entre algumas tribos que pintam sobrepanos de entrecasca. Os desenhos indgenasso normalmente elaborados de forma abstrata egeomtrica.

    MSICA E DANA

    A msica e as danas estofrequentemente associadas aos ndios e as suasculturas, variando de tribo para tribo. Em muitas

    sociedades indgenas a importncia que amsica tem na representao de ritos e mitos muito grande. Cada tribo tem seus prpriosinstrumentos, havendo tambm os instrumentosque so utilizados em diferentes tribos, noentanto de diferentes formas como o caso domarac ou chocalho, onde em determinadassociedades indgenas como a dos Uaups o usodo mesmo acontece em cerimnias religiosas, joutras tribos como a dos Timbiras utilizadopara marcar ritmo junto a um cntico porexemplo. A dana junto aos indgenas se difereda nossa por no danarem em pares, a no serpor poucas excees como acontece no altoXingu. A dana pode ser realizada por um nicoindivduo ou por grupos.

    TEATRO

    Entre vrias tribos de ndios possvel observaralgumas representaes, partes de rito, que poderiamfacilmente evoluir no sentido de um teatro. Muitas so

    representaes sem palavras apenas gesto. Outrosrituais so cantados, muitos se do na forma de dilogo.

    PINTORES VIAJANTES

    "...No Rio de Janeiro aportaram caravelasTrazendo a famlia realProgresso em cores combinadasDebret retratava a transformaoNas terras tropicais do meu BrasilA herana... A dor, o mito ressurgiuEis o guerreiro sebastiano

    O mais ufano dos lusitanosEm verde-e-brancoQue traz no peito uma estrela a brilharDe norte a sul desta naoFaz a manifestao popular

    Minha Mocidade... GuerreiraTraz a igualdade, justia e pazHoje o Quinto Imprio brasileiro... AmorCanta Mocidade, canta..."(Samba:O Quinto Imprio: de Portugal ao Brasil,

    uma utopia na histria (2008) Mocidade).

    No incio do sculo XIX, os exrcitos de NapoleoBonaparte invadiram Portugal, obrigando D. Joo VI (reide Portugal), sua famlia e sua corte (nobres, artistas,empregados, etc.) a virem para o Brasil.

    Jean-Baptiste Debret Famlia Real sc. XIX

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    D. Joo VI, preocupado com odesenvolvimento cultural, trouxe para c materialpara montar a primeira grfica brasileira, ondeforam impressos diversos livros e um jornalchamado A Gazeta do Rio de Janeiro. Nesse

    momento, o Brasil recebe forte influncia culturaleuropia, intensificada ainda mais com achegada de um grupo de artistas franceses(1816) encarregado da fundao da Academia deBelas Artes (1826), na qual os alunos poderiamaprender as artes e os ofcios artsticos. Essegrupo ficou conhecido como Misso ArtsticaFrancesa. Os artistas da Misso ArtsticaFrancesa pintavam, desenhavam, esculpiam econstruam moda europia. Obedeciam aoestilo neoclssico (novo clssico), ou seja, umestilo artstico que propunha a volta aos padres

    da arte clssica (greco-romana) da Antiguidade.

    Principais artistas:

    Nicolas-Antonine Taunay: (1775-1830) pintorfrancs de grande destaque na corte deNapoleo Bonaparte e considerado um dos maisimportantes da Misso Francesa. Durante oscinco anos que residiu no Brasil, retratou vriaspaisagens do Rio de Janeiro.

    Nicolas-Antoine Taunay (1755 - 1830) Vista do Outeiro,Praia e Igreja da Glria.

    Nicolas-Antoine Taunay (1755 - 1830) Largo da Carioca em 1816.

    Jean-Baptiste Debret: (1768-1848) foi chamado de "aalma da Misso Francesa". Ele foi desenhista,aquarelista, pintor cenogrfico, decorador, professor depintura e organizador da primeira exposio de arte noBrasil (1829). Em 1818 trabalhou no projeto deornamentao da cidade do Rio de Janeiro para osfestejos da aclamao de D.Joo VI como rei dePortugal, Brasil e Algarve. Mas em Viagem pitorescaao Brasil, coleo composta de trs volumes com umtotal de 150 ilustraes, que ele retrata e descreve a

    sociedade brasileira. Seus temas preferidos so anobreza e as cenas do cotidiano brasileiro e suas obrasnos do uma excelente idia da sociedade brasileira dosculo XIX.

    Negros serradores de tbuas, de Debret.

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    Jean Baptiste Debret. Negros e Mulatos Coletando Esmolaspara Irmandades. Viagem Pitoresca e Histrica ao Brasil,1834.

    Alguns dos artistas vieram para o Brasil, com AMisso Francesa no sc. XIX. Outros pintoresmotivados pela paisagem luminosa e pelaexistncia de uma burguesia rica e desejosa de serretratada. nessa perspectiva que se situamalguns artistas europeus independentes da MissoArtstica Francesa:

    Thomas Ender: era austraco e chegou aoBrasil com a comitiva da Princesa Leopoldina,

    viajou pelo interior, retratando paisagens e cenasda vida no nosso povo em Minas Gerais, So Pauloe Rio de Janeiro. Sua obra compe-se de 800desenhos e aquarelas.

    Quartel Mata Porcos

    Vista da rua principal do Rio de Janeiro, incio do sculoXIX, por volta de 1820.

    Johann-Moritz Rugendas: era alemo, esteve noBrasil entre 1821 e 1825. Alm do nosso pas, visitououtros pases da Amrica Latina, documentando, pormeio de desenhos e aquarelas, a paisagem e oscostumes dos povos que conheceu.

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    ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES

    Esse o antigo nome (1822-1889) da atualEscola de Belas Artes, hoje unidade daUniversidade Federal do Rio de Janeiro, no

    estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi fundadapor D.Joo VI de Portugal (1816-1826), em 12 deagosto de 1816, da Escola Real de Cincias,Artes e Ofcios. O soberano teria sidoinfluenciado, nesse gesto, por Antnio de Arajoe Azevedo, o 1. conde da Barca.

    Aps a Independncia do Brasil, em 1822, aescola passou a ser conhecida como AcademiaImperial das Belas Artes e, mais tarde, comoAcademia Imperial de Belas Artes. A instituiofoi definitivamente instalada em 5 de novembrode 1826, em edifcio prprio altura da Travessa

    do Sacramento (atual Avenida Passos),inaugurado por D. Pedro I do Brasil (1822-1831).A partir de ento frutificaram os esforos dosmestres franceses, destacando-se os nomes dediversos artistas entre os discpulos nelamatriculados, como por exemplo: Manuel deArajo Porto-alegre, Honrio Esteves, Jos deCristo Moreira, Francisco de Sousa Lobo, entreoutros.

    Dom Pedro I, leo, Manuel de Arajo Porto-Alegre.

    A Academia foi responsvel pela primeiraexposio de Artes realizada no pas, a Exposio daClasse de Pintura Histrica, instalada em 1829. No anoseguinte, Debret e Grandjean de Montigny, com obrasprprias e de seus discpulos, apresentaram quarenta e

    sete trabalhos de pintura histrica, cento e seis estudosde arquitetura, quatro trabalhos do professor depaisagem e quatro bustos de gesso de Marc Ferrez. Aexposio foi um sucesso, visitada por mais de duas milpessoas, e dela se ocuparam os jornais, tendo sidoorganizado e distribudo um catlogo.

    Entre as obras destacavam-se, na seo de pintura,Debret, com dez quadros, entre os quais A Sagrao deD. Pedro I, O Desembarque da Imperatriz Leopoldina eRetrato de D. Joo VI; Flix Taunay, com quatropaisagens do Rio de Janeiro; Simplcio de S, comalguns retratos; Cristo Moreira, com figuras histricas,

    marinhas e paisagens; Francisco de Sousa Lobo, comretratos e figuras histricas; Reis Carvalho, commarinhas, quadros de flores e frutas; Silva Arruda, comestudos; Afonso Falcoz, com estudos de cabea,retratos, esboos e desenhos; Joo Clmaco, comestudos de desenho; e Augusto Goulart, com desenhose estudos anatmicos.

    Dom Joo VI, Debret.

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    SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922

    A Semana de Arte Moderna de 22,realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 noTeatro Municipal de So Paulo, contou com aparticipao de escritores, artistas plsticos,arquitetos e msicos.

    Seu objetivo era renovar o ambienteartstico e cultural da cidade com "a perfeitademonstrao do que h em nosso meio emescultura, arquitetura, msica e literatura sob oponto de vista rigorosamente atual", comoinformava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de1922.

    A produo de uma arte brasileira, afinadacom as tendncias vanguardistas da Europa,sem, contudo perder o carter nacional, era umadas grandes aspiraes que a Semana tinha emdivulgar.

    Esse era o ano em que o pascomemorava o primeiro centenrio daIndependncia e os jovens modernistaspretendiam redescobrir o Brasil, libertando-o dasamarras que o prendiam aos padresestrangeiros.

    Mrio de Andrade (sentado), Anita Malfatti (sentada, ao centro) eamigos na exposio de Zina Aita ( esquerda de Anita), em SoPaulo, em 1922. As apresentaes artsticas da Semana de ArteModerna aconteceram no Theatro Municipal de So Paulo.

    Seria, ento, um movimento pela independnciaartstica do Brasil. Os jovens modernistas da Semananegavam, antes de qualquer coisa, o academicismo nasartes. A essa altura, estavam j influenciadosesteticamente por tendncias e movimentos como oCubismo, o Expressionismo e diversas ramificaes ps-impressionistas.

    At a, nenhuma novidade nem renovao. Mas,partindo desse ponto, pretendiam utilizar tais modeloseuropeus, de forma consciente, para uma renovao daarte nacional, preocupada em realizar uma artenitidamente brasileira, sem complexos de inferioridadeem relao arte produzida na Europa.

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    De acordo com o catlogo da mostra,participavam da Semana os seguintes artistas:Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente doRego Monteiro, Ferrignac (Incio da Costa

    Ferreira), Yan de Almeida Prado, John Graz,Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi, compinturas e desenhos; Marcavam presena, ainda,Victor Brecheret, Hildegardo Leo Velloso eWilhelm Haarberg, com esculturas; AntonioGarcia Moya e Georg Przyrembel, com projetosde arquitetura. Alm disso, havia escritorescomo Mrio de Andrade, Oswald de Andrade,Menotti del Picchia, Srgio Milliet, Plnio Salgado,Ronald de Carvalho, lvaro Moreira, Renato deAlmeida, Ribeiro Couto e Guilherme deAlmeida.Na msica, estiveram presentes nomes

    consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais,Ernni Braga e Frutuoso Viana.Entretanto, acredita-se que a Semana de Arte

    Moderna no tenha tido originalmente o alcancee amplitude que posteriormente foram atribudosao evento.

    A exposio de arte, por exemplo, pareceno ter sido coberta pela imprensa da poca.Somente teve nota publicada por participantes daSemana que trabalhavam em jornais como Mriode Andrade, Menotti del Picchia e Graa Aranha(justamente os trs conferencistas, cujas idias

    causaram grande alarde na imprensa).Yan de Almeida Prado, em 72, chegou

    mesmo a declarar que" a Semana de ArteModerna pouca ou nenhuma ao desenvolveuno mundo das artes e da literatura", atribuindo afama dos sete dias aos esforos de Mrio eOswald de Andrade.

    Alm disso, discute-se o "modernismo" dasobras de artes plsticas, por exemplo, queapresentavam vrias tendncias distintas e talvezno tivessem tantos elementos de ruptura quantoseus autores e os idealizadores da Semanapretendiam.

    Houve ainda bastante confuso estilstica eestrangeirismos contrrios aos ideais da amostra,como demonstram ttulos como "Sapho", deBrecheret, "Caf Turco", de Di Cavalcanti,"Natureza Dadasta", de Ferrignac, "ImpressoDivisionista", de Malfatti ou "Cubismo" de Vicentedo Rego Monteiro.

    Logo aps a realizao da Semana, algunsartistas fundamentais que dela participaram acabamvoltando para a Europa (ou indo l pela primeira vez, no

    caso de Di Cavalcanti), dificultando a continuidade doprocesso que se iniciara.Por outro lado, outros artistas igualmente

    importantes chegavam aps estudos no continente,como Tarsila do Amaral, um dos grandes pilares doModernismo Brasileiro.

    No resta dvida, porm, que a Semana integrougrandes personalidades da cultura na poca e pode serconsiderado importante marco do ModernismoBrasileiro, com sua inteno nitidamente antiacadmicae introduo do pas nas questes do sculo.

    A prpria tentativa de estabelecer uma arte

    brasileira, livre da mera repetio de frmulas europiasfoi de extrema importncia para a cultura nacional e ainiciativa da Semana, uma das pioneiras nesse sentido.

    OS PRIMRDIOS DA ARTE MODERNA NOBRASIL

    Em 1913, estivera no Brasil, vindo da Alemanha, opintor Lasar Segall. Realizou uma exposio em SoPaulo e outra em Campinas, ambas recebidas com umafria polidez. Desanimado, Segall seguiu de volta

    Alemanha, s retornando ao Brasil dez anos depois,quando os ventos sopravam mais a favor.

    Perfil de Zulmira - Lasar Segall

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    A exposio de Anita Malfatti em 1917, recmchegada dos Estados Unidos e da Europa, foioutro marco para o Modernismo brasileiro.

    O Farol - Anita Malfatti

    Todavia, as obras da pintora, ento afinadascom as tendncias vanguardistas do exterior,chocaram grande parte do pblico, causandoviolentas reaes da crtica conservadora.

    A exposio, entretanto, marcou o incio deuma luta, reunindo ao redor dela jovensdespertos para uma necessidade de renovaoda arte brasileira.

    Alm disso, traos dos ideais que a Semanapropunha j podiam ser notados em trabalhos deartistas que dela participaram (alm de outrosque foram excludos do evento).