apostila_fgts_v2013
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Apostila de Certificação
FGTS
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FICHA TÉCNICA
UNIVERSIDADE CAIXA
CONTEÚDO TÉCNICO
Presidente da CAIXA Jorge Hereda
Vice Presidente de Gestão de Pessoas - VIPESSergio Pinheiro Rodrigues
Diretor Executivo de Gestão de Pessoas - DEPESNelson Antonio de Souza
Superintendente Nacional de Desenvolvimento Humano eProfissional - SUDHUSusie Helena Ribeiro
Gerente Nacional de Desenvolvimento Humano eProfissional -GEDESMaria Emília Pereira Guimarães
Equipe TécnicaCássiaGuimarãesOsmaryl Lima Dias
Superintendente Nacional de Fundo de Garantia - SUFUGSergio Antonio Gomes
Gerente Nacional de Gestão da Rede do FGTS - GERFUSavioMarcos Garbin
Equipe TécnicaAdriana Gomes SilvaAna Marada SilvaAugustoFernando Correa Alexandre JoséMilton Alves
Karine da Silva Gomes Michel
Desenvolvimento da Apostila
LIBERTA Consultoria Organizacional e Tecnologia Educacional Ltda desenvolveu o
design instrucional para esta Apostila e realizou o tratamento pedagógico do
conteúdo, a diagramação, a revisão e arte-f inal do mesmo.
Design instrucional
Maria Valéria Jacques de Medeiros
Design de interface
Catarina Gama Catão
2012 - Copyright - todos os direitos reservadosUniversidade CAIXA
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A Certificação em Conhecimentos na CAIXA é um processo que visa
desenvolver, identificar, reconhecer e registrar expertises dos empregados
em áreas de conhecimento críticas para os negócios da CAIXA, objetivando o
fortalecimento da organização.
A Certificação em FGTS é um processo de certificação de conhecimentos
requeridos para atuação na área de FGTS, mediante a aplicação de exame de
proficiência.
O presente material de estudo foi desenvolvido por empregados da CAIXA erevisado pela área da Matriz identificada com o conteúdo.
A disponibilização desta apostila é um convite para você aprofundar e
aprimorar seus conhecimentos e obter a Certificação.
Desejamos que o seu aprendizado sedimente um caminho mais seguro para a
sua trajetória profissional e também em melhores negócios para a CAIXA.
Desejamos êxito e conte conosco!
UNIVERSIDADE CAIXA
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Apostila Certificação emFGTS
Apresentação
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GUIA DE ESTUDO
CAPÍTULO 1FGTS: Histórico e Legislação
CAPÍTULO 2Ativo do FGTS
CAPÍTULO 3Passivo do FGTS
CADERNO DE LEGISLAÇÃO
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Sumário
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05
Os objetivos de aprendizagemestarão sempre na abertura e nofechamento de cada capítulo!
Seja bem vindo(a) ao início dos estudos da certificação em FGTS desenvolvida
pela Universidade CAIXA. O Guia de Estudo tem por objetivo descrever a
organização de conteúdos desta Apostila e orientá-lo(a) no seu processo de
autodesenvolvimento. Fique atento(a) aos itens apresentados a seguir,
compreendendo cada um, para que sua aprendizagem se desenvolva de forma
significativa.
Boa leitura!
Os capítulos a serem estudados foram organizados por objetivos de
aprendizagem, que representam as metas a serem alcançadas com este
estudo.
Recomendamos que ao iniciar cada capítulo você leia com atenção os
objetivos de aprendizagem e utilize-os como uma carta pessoal de intençõesem relação a cada um. Os objetivos descrevem os comportamentos
desejáveis a serem desenvolvidos a partir do estudo de cada capítulo.
Após concluir o estudo de um capítulo você sempre será convidado a fazer
uma verificação pessoal de seu aprendizado percorrendo a listagem dos
objetivos inicialmente propostos. Todo esse processo de preparação para a
certificação é inteiramente conduzido por você, dessa forma os objetivos de
aprendizagem servirão para nortear o caminho a ser trilhado. Tire proveito
deles!
Ao iniciar o estudo de um capítulo comece compreendendo a sequência de
conteúdos que irá percorrer. Essa sequência sempre será apresentada após os
objetivos de aprendizagem. Leia com atenção e se aproprie dessa sequência.
Ela representa a primeira organização do conteúdo a ser estudado, formando
para você um esquema mental.
Objetivos de Aprendizagem
Sequência Temática
Guia de Estudo
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Guia de Estudo
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Momento de Aplicar
Saiba mais
Você já notou que quando um desafio se apresenta e
você precisa lançar mão dos seus conhecimentos
para resolvê-lo, você toma consciência de suas
capacidades? Nesta Apostila, em alguns momentos,
uma atividade de aplicação será proposta simulando
alguma situação possível de acontecer no dia a dia de
trabalho. Chamamos essa parada de “Momento de
Aplicar”. Você realizará nesses momentos atividades
individuais de forma independente e fará sua
autoavaliação. Registre seus apontamentos eretorne ao texto quando sentir necessidade para
finalizar uma atividade.
Em alguns trechos você encontrará pequenos textos
que complementarão o conteúdo com mais
informações e exemplos. Esses trechos são
denominados de “Saiba Mais”.
Esperamos que você tenha compreendido a organização didática desta Apostila, com a apresentação das
ferramentas elaboradas para que consiga estudar os conteúdos e absorver os conhecimentos aqui
sistematizados.
Desejamos uma leitura proveitosa!
Sistematizando sua aprendizagem
Caderno de Legislação
Ao final de cada capítulo você terá a oportunidadede sistematizar o que aprendeu construindo mapas,esquemas, diagramas. Esses esquemas livrespossibilitam que a nossa mente trabalhe da formaque se sente melhor. Não deixe de elaborar esses
esquemas! Você verá que lhe ajudarão muito arecordar e fixar os conteúdos estudados.
As leis e decretos que fazem parte da história e daatualidade do FGTS estarão organizados em umcaderno ao qual você deverá recorrer para realizarimportantes leituras.
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Olá, você está iniciando os seus estudos visando a certificação em FGTS pela
Universidade da CAIXA. Este Capítulo 1 foi desenvolvido para que ao final
dos seus estudos você alcance os seguintes objetivos de aprendizagem:
Citar as razões que ensejaram a criação do FGTS no Brasil em 1966.
Descrever a nova configuração do FGTS após a constituição de 1988, detalhandoos elementos da Lei 8.036 de 1990 que estão em vigência até o momento.
Caracterizar o papel da CAIXA em relação ao FGTS de acordo com a Lei n. 7.839de 1989.
Apontar os benefícios para o trabalhador da centralização do FGTS na CAIXAcitando a Lei que a definiu em 1990.
Identificar as normas vigentes no FGTS de acordo com seu RegulamentoConsolidado, aprovado pelo Decreto 99.684/90.
Descrever as atribuições e a composição do Conselho Curador no contexto doarranjo institucional do FGTS.
Apresentar as funções da CAIXA enquanto agente operador e agente financeirodo FGTS.
Caracterizar como está constituído o arranjo institucional do FGTS.
Conceituar o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo deServiço.
Capítulo 1FGTS: histórico e legislação
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Fique atento nestes obejtivos deaprendizagem. Eles irão guiar osseus estudos ao longo dessecapítulo!
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Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
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Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra,
Para facilitar os seus estudos este Capítulo está organizado com a seguinte sequência temática:
1. O que é o FGTS
2. Como surgiu o FGTS
3. Os objetivos da criação do FGTS
4. Histórico da Legislação do FGTS
4.1 A Lei N. 5.705 de 21 de setembro de 1971
4.2 A Constituição de 1988: o FGTS como um direito social do trabalhador
4.3 A Lei 7.839 de 1989: a Caixa como agente operador do FGTS
4.4 A Lei 8.036 de 1990: a Caixa passa a centralizar os recursos pagos pelas empresas
4.5 Decreto 99.684 de 1990: o regulamento consolidado do FGTS
4.6 Lei complementar 110/2001
5. Arranjo institucional do FGTS
5.1 O conselho curador do FGTS
5.2 A CAIXA como agente operador e agente financeiro
5.3 Competência dos demais entes do arranjo institucional
6. Fundo mútuo de privatização
7. Fundo de investimento do fundo de garantia por tempo de serviço – FI-FGTS
Paulo Freire“ “no trabalho, na ação-reflexão.
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O FGTS é um fundo que disponibiliza um pecúlio quando da rescisão,
aposentadoria ou morte do trabalhador, e representa uma garantia para a
indenização do tempo de serviço, nos casos de demissão imotivada. Os
depósitos realizados integram um fundo unificado de reservas, com contas
individualizadas em nome dos trabalhadores.
Além de ampliar o direito indenizatório do trabalhador, que pode, ao final do
tempo útil de atividade, contar com o valor acumulado dos depósitos feitos
em seu nome, o sistema também o favorece de forma indireta, ao
proporcionar as condições necessárias à formação de um fundo de aplicações,
voltado para o financiamento de habitações, assim como para investimentos
em saneamento básico e infra-estrutura urbana.
Como consequência, este mecanismo também proporciona a geração de
empregos na construção civil, bem como possibilita aos trabalhadores ganhos
indiretos decorrentes da ampliação da oferta de moradias.
Atualmente, a Lei que dispõe sobre o FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço é a de nº 8.036, de 11/05/90 com o Decreto 99.684/90. Essa Lei foi
republicada em 14/05/90 e já passou por várias alterações.
Falar de FGTS é necessariamente falar da CAIXA porque é ela que administra
as contas vinculadas e aplica os recursos disponíveis gerando milhares de
empregos e vários benefícios à sociedade nas áreas de habitação, saneamento
e infraestrutura.
A criação do FGTS se deu em 1966 com a publicação da Lei 5.107/66, que foi
regulamentada pelo Decreto nº 59.820, de 20/12/66.
Até 1966, todo trabalhador que completasse dez anos de trabalho na mesma
empresa adquiria, automaticamente, estabilidade no emprego, ou seja, só
poderia ser demitido por justa causa, caso contrário a empresa era obrigada a
indenizá-lo. Esse era o chamado Sistema de Estabilidade e de Indenização dos
Trabalhadores Demitidos. Entretanto, os empregadores não se preparavam
financeiramente para realizar tais indenizações e, a fim de evitar riscos, amaioria acabava demitindo os empregados que estavam para completar o
decênio, sem justo motivo.
1. O que é o FGTS
2. Como surgiu o FGTS
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Aproveite o espaço
lateral para fazeranotações.
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A Lei 5.107/66 visava corrigir tal situação, além de
possibilitar que parte dos recursos arrecadados
fosse util izada para financiar programas
habitacionais.
Para os fins previstos nessa lei todos os
empregadores ficaram obrigados a depositar, até o
dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8% (oito
por cento) da remuneração paga ou devida, no mês
anterior, a cada trabalhador.
Cabe salientar que essa lei possibilitou que o
trabalhador tivesse o livre arbítrio para optar ou não
pelo FGTS, pois, para quem já tivesse estabilidade,
poderia não ser um "bom negócio", visto que ao
optar, o trabalhador abriria mão de sua estabilidadefuncional, podendo ser demitido a qualquer
momento sem justa causa.
Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
A estabilidade no emprego após certo período de
trabalho não é uma invenção brasileira. O primeiro
registro que se tem é da Constituição cubana de
1938. Mesmo sem o rigor do caso brasileiro,
existem aspectos da estabilidade nas legislações
mexicana, hondurenha e argentina. Em grande
parte das economias mais desenvolvidas, como os
Estados Unidos, não há estabilidade. Na Europa,
por exemplo, a não ser Espanha e Alemanha, que
incorporaram alguns aspectos isolados do
princípio da estabilidade, o que prevalece é o
seguro desemprego, custeado pelos cofres
públicos.
?
?
Você sabia?
O índice de 8% foi pensado para que ao final doperíodo de um ano, a soma de todos os depósitosmensais recolhidos em nome do trabalhador,inclusive aquele incidente sobre o 13º salário, fossesuperior a um mês de salário bruto. Com isso, oprincípio do instituto da estabilidade foi mantido,
uma vez que anteriormente, em caso de demissãoo empregador era obrigado a pagar um saláriobruto percebido pelo trabalhador, para cada anopor este trabalhado.
Vamos conhecer o texto da Lei 5.107/66 que criou o FGTS?
Você encontrará essa no Caderno de Legislação do FGTS, anexo a esta Apostila.+++S
ai ba
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Momento de Aplicar
São objetivos da criação do FGTS:
Desde 1966, quando o FGTS foi criado pela Lei 5.107/66 e regulamentado
pelo Decreto nº 59.820, de 20/12/66, até chegarmos aos dias de hoje, vários
ajustes foram sendo realizados, com novas legislações, até que o FGTS
ganhasse a configuração atual. Vamos percorrer a história dessa legislação.
O FGTS já tinha cinco anos de existência quando então a Lei 5.705 de 1971
fez algumas mudanças. Você pode conhecer essa Lei acessando o Caderno de
Legislação anexo a esta Apostila.
Foram essas duas Leis que regularam o FGTS até o final da década de 80.
Você foi convidado a representar a CAIXA em um seminário sobre os direitosdo trabalhador numa Faculdade na sua localidade. Então você vai preparar uma
pequena palestra sobre o FGTS. Você pretende iniciar com uma breve exposição
dos motivos e objetivos da criação do FGTS em 1966. Cite os aspectos que você
abordaria. Faça uma primeira listagem e depois releia os textos que estudou até
o momento para completar suas ideias.
3. Objetivos da criação do FGTS
4. Histórico da Legislação do FGTS
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Formar um pecúlio aos trabalhadores regidos pela CLT;
Formar fundo de recursos para o financiamento de programas de habitação
popular, saneamento básico e infra-estrutura urbana.
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Com a promulgação da Constituição Federal em 05/10/1988 o FGTS passou a ser um direito social do
trabalhador conforme Artigo 7º. Dessa forma, todos os trabalhadores com contratos ativos e regidos pela
Legislação Trabalhista (CLT) passaram a ser, automaticamente, optantes pelo regime do FGTS. Vamos ler parte
do texto da Constituição:
A Lei 7.839, de 1989, revogou a Lei 5.107/66 e buscou adequar a legislação de regência do FGTS à nova Carta
Magna. Dentre as mudanças ocorridas com a Lei destaca-se a concessão à CAIXA do papel de Agente Operador
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, além de possibilitar que participasse da rede arrecadadora do FGTS.
Você encontra o texto integral da Lei no Caderno de Legislação do FGTS anexo a esta Apostila. Essa Lei foi
muito importante por que definiu diversos aspectos, entre os quais, a composição e forma de operação doConselho Curador do FGTS, os requisitos das operações com o FGTS e outros.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às
de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social,
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na
gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei.
Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
4.1. A Constituição de 1988: o FGTS como um direito social do trabalhador
4.2. A Lei 7.839 de 1989: a CAIXA como agente operador do FGTS
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Em maio de 1990 foi publicada a Lei 8.036/90, juntamente com o Decreto
99.684/90 que regem atualmente as normas do FGTS.
Com a transferência da responsabilidade da administração do FGTS para a
CAIXA, o governo entendeu que era necessário centralizar o controle dos
cadastros das contas vinculadas dos trabalhadores numa única instituição.
A CAIXA precisou se preparar para assumir a responsabilidade, treinando
seus empregados e modernizando seus sistemas. Cerca de 200 milhões dedólares foram investidos para a aquisição de equipamentos e na estruturação
de novos serviços.
A CAIXA encontrou uma situação complexa, com 76 bancos arrecadadores e
cerca de 20 sistemas diferentes de processamento, onde cada banco
interpretava à sua maneira as normas e a regulamentação. Era urgente e
necessário que houvesse uma consolidação e redefinição dessas normas e
regulamentos, o que ocorreu no início da década de 90.
Finalizado o processo de recebimento das contas vinculadas, foi realizada, emseguida, a unificação dos saldos das contas vinculados dos trabalhadores, o
que proporcionou melhoria na qualidade do atendimento às empresas e aos
trabalhadores.
Com isso, a CAIXA deu mais um passo no sentido de centralizar os recursos
do Fundo, cabendo aos demais bancos, a partir de então, apenas o papel de
arrecadadores do FGTS.
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4.3. Lei 8.036 de 1990: a CAIXA passa a centralizar os
cadastros das contas vinculadas do FGTS
A centralização propiciou aos trabalhadores em geral uma série de facilidades, dentre elas destacam-se:
Agilidade na realização do saque, com a criação de um prazo limite de 05 dias úteis contados a partir do dia seguinte
ao pleito do trabalhador – não havia definição de prazo para a rede bancária, sendo registrado, anteriormente, um
prazo médio de 22 dias para o respectivo atendimento;
Efetuar o saque em qualquer localidade do Território Nacional – antes era apenas naquela eleita pelo empregador;
Recepção de extrato a cada dois meses;
Visão unificada de todas as contas de um mesmo titular, identificado pelo número de inscrição do PIS/PASEP.
Benefícios da centralização para os trabalhadores !
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A Lei 8.036 de 1990 foi alterada pelas seguintes leis e medidas provisórias, dentre outras:
Conforme estabelecido no artigo 2º dessa Lei o FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas e outros
recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a
cobertura de suas obrigações. Constituem recursos incorporados ao FGTS:
A aplicação de atualização monetária e juros são devidos de modo a assegurar a cobertura das obrigações do
FGTS. O saldo da conta vinculada do FGTS é impenhorável e garantido pelo Governo Federal, atualizado com
base na remuneração da caderneta de poupança mais juros de 3% ao ano.
Alterada pela Lei Nº12.058, de 13 de Outubro de 2009 - DOU de 14/10/2009
Alterada pela Lei Nº11.491, de 20 de Junho de 2007 - DOU de 21/6/2007
Alterada pela MEDIDA PROVISÓRIA Nº 349, de 22 de Janeiro de 2007 - DOU de 22/1/2007 - Edição extra
Alterada pela MEDIDA PROVISÓRIA Nº 169, de 20 de Fevereiro de 2004 - DOU de 20/02/2004 - Edição extra
Alterada pela Lei Nº 9.711, de 20 de Novembro de 1998 - DOU de 21/11/98
Alterada pela Lei Nº 8.922, de 25 de Julho de 1994 - DOU de 26/07/94
Alterada pela Lei Nº 9.467, de 10 de Julho de 1997 - DOU de 11/07/97
eventuais saldos apurados em decorrência da aplicação financeira dos recursos no período entre o repasse dos bancos
e o depósito nas contas vinculadas dos trabalhadores, após a dedução das despesas administrativas do FGTS;
dotações orçamentárias específicas; (a dotação específica, existente até o momento é a Contribuição Social.)
resultados das aplicações dos recursos do FGTS;resultados das aplicações dos recursos do FGTS multas, correção monetária e juros moratórios devidos ;
demais receitas patrimoniais e financeiras; (Valores decorrentes de determinações judiciais para ressarcimento ao
FGTS.)
Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
Momento de Aplicar Escolha um colega para apresentar a Lei 7.839 de 1989. Retorne a ela sublinhe os aspectos mais relevantes que você
pretende abordar. Você considera que a Constituição de 1988 é um marco para a história do FGTS no Brasil?
Comente. Caracterize o papel da CAIXA após a Lei n. 8.036 de 1990. Você está atendendo um trabalhador. Que
benefícios da centralização do FGTS na CAIXA você pode apontar para ele? Que Lei definiu essa centralização?
Como a CAIXA se preparou para operar dessa forma?
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O Decreto n. 99.684 de 1990 aprovou o REGULAMENTO CONSOLIDADO
DO FGTS, é muito importante conhecer esse regulamento. O Regulamento
está disponível integralmente no Caderno de Legislação anexo a esta Apostila.
Estude o Regulamento e avance para realizar a “momento de aplicar”
proposto.
Em complementação à Lei 8.036 foi publicada em 29 de junho de 2001, a Lei
Complementar que instituiu, dentre outros direitos e obrigações, a
Contribuição Social aos empregadores em caso de despedida de empregado
sem justa causa, à alíquota 10% (dez por cento) sobre o montante de todos os
depósitos devidos, referentes ao FGTS, durante a vigência do contrato de
trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas e 0,5%
(meio por cento sobre a remuneração mensal até dezembro de 2006).
A Lei Complementar 110/2001, regulamentada pelos Decretos 3.913 e 3.914,
de 11/09/2001, além de instituir contribuições sociais, autorizou os créditosde complementos de atualização monetária, decorrentes dos Planos
Econômicos Verão e Collor I, em contas vinculadas do FGTS.
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4.4. Decreto 99.684 de 1990: o Regulamento Consolidado
do FGTS
4.5. Lei Complementar 110/2001
Momento de Aplicar Explique para um colega de trabalho em que consiste o Regulamento
Consolidado do FGTS. Exemplifique para ele alguns pontos que constam desse
regulamento. Para se preparar faça um esquema com suas ideias.
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Os Créditos Complementares são atualizações
monetárias creditadas pela CAIXA aos trabalhadores
que possuíam contas vinculadas do FGTS durante a
vigência dos planos Verão e Collor I, nas condições
previstas na Lei Complementar 110, de 29 de junho de
2001.
A Lei Complementar n° 110/2001 autorizou a CAIXA
a realizar créditos nas contas vinculadas do FGTS,
referentes ao complemento de atualização monetáriada aplicação dos percentuais de 16,64% do Plano Verão
(janeiro de 1989) e 44,8% do Plano Collor I (abril de
1990).
Teve o direito o trabalhador que possuía saldo em
conta vinculada em 1°/12/1988 (deduzidos os saques
efetuados entre 2/12/1988 e 28/2/1989) e saldo em
conta vinculada em 1°/4/1990 (deduzidos os saques
efetuados entre 2/4/1990 e 30/4/1990), e formalizou o
Termo de Adesão até o dia 30 de dezembro de 2003,
na forma prevista na Lei Complementar nº 110/2001.
Os Créditos Complementares foram liberados em
parcelas semestrais, a partir do mês seguinte à entrega
do Termo de Adesão e de acordo com o valor a
receber, observando o cronograma fixado à época. O
crédito das parcelas programadas aconteceu até
janeiro de 2007 e podem ser sacados, desde que seja
comprovado algum dos requisitos previstos na Lei n°
8.036/1990 e na Lei Complementar n° 110/2001.
? Você sabia?
Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
5. Arranjo institucional do FGTSCom base nos marcos regulatórios, o mecanismo de funcionamento do FGTS pode ser vislumbrado no
esquema a seguir que apresenta o arranjo institucional, onde são mostrados os diferentes entes públicos
envolvidos no processo.
Figura 1 - Arranjo institucional do FGTS
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A envergadura do FGTS e todos os interesses envolvidos para sua boa
utilização exigem que seja regido por normas e diretrizes estabelecidas por
um Conselho Curador (CCFGTS), colegiado tripartide, composto por
representantes dos trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades
governamentais, de acordo com o que preconiza o artigo 3º da Lei 8.036/90.
O Decreto 6.827/09 aumentou o número de Conselheiros do FGTS de 16
para 24. A nova composição ampliou a participação dos representantes da
Sociedade Civil e do Governo.Compete ao CCFGTS, dentre outras competências, estabelecer as diretrizes
e os programas de alocação de todos os recursos do FGTS, de acordo com os
critérios definidos por Lei, em consonância com a política nacional de
desenvolvimento urbano e as políticas setoriais de habitação popular,
saneamento básico e infra-estrutura urbana estabelecidas pelo Governo
Federal.
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é
composto conforme a seguir:
ApostilaFGTS
Certificação em
5.1. Conselho Curador do FGTS
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Ministério do Trabalho e Emprego
Ministério das Cidades
Ministério da Fazenda
Ministério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior
Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão
Ministério da Saúde
Ministério dos Transportes
Secretaria Executiva do ConselhoCurador do FGTS/MTE
Banco Central do Brasil
Caixa Econômica Federal
Casa Civil da Presidência da República
Secretaria-Geral da Presidência daRepública
Confederação Nacional do Comércio deBens, Serviços e Turismo
Confederação Nacional das InstituiçõesFinanceiras
Confederação Nacional da Indústria
Confederação Nacional dos Transportes
Confederação Nacional de Serviços
Confederação Nacional de Saúde,Hospitais, Estabelecimentos e Serviços
Força Sindical
União Geral dos Trabalhadores
Central Única dos Trabalhadores
Central dos Trabalhadores e Trabalhadorasdo Brasil
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Nova Central Sindical de Trabalhadores
Representantes do Governo Representantes dos Empregadores Representantes dos Trabalhadores
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O Conselho Curador do FGTS - CCFGTS é
presidido pelo Ministro de Estado do Trabalho e
Emprego. Ao MTE compete, dentre outras
atribuições, a fiscalização do recolhimento das
contribuições ao FGTS.
O Ministro de Estado das Cidades exerce a vice-
presidência do Conselho e é o gestor das aplicações
dos recursos do FGTS em habitação popular,
saneamento ambiental e infra-estrutura. O Ministério
das Cidades elabora os orçamentos anuais e planos
plurianuais de aplicação dos recursos e acompanha as
metas físicas propostas.
Em seu trabalho, o Conselho é assessorado pelo
Grupo de Apoio Permanente - GAP, formado por
consultores técnicos vinculados às 24 entidades que
têm assento no Conselho.
Compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
- PGFN a inscrição em Dívida Ativa dos débitos para
com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -
FGTS, bem como, diretamente ou por intermédio da
Caixa Econômica Federal, mediante convênio, a
representação judicial e extrajudicial do FGTS, para a
correspondente cobrança.
O Agente Operador dos recursos do FGTS é a Caixa
Econômica Federal.
! Importante
Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
Portanto, o CCFGTS, apesar de não executar diretamente programas e ações de governo, ao estabelecer as
diretrizes e os programas de aplicação dos recursos do FGTS, adota critérios sociais objeto das Políticas
Públicas de Habitação, de Saneamento Básico e Infraestrutura Urbana.
Em decorrência disto, os recursos do orçamento operacional do Fundo são distribuídos por área de aplicação e
unidades da Federação de acordo com os indicadores “déficit habitacional” e “população urbana”, na área de
habitação popular, e “déficit de água e esgoto” e “população urbana”, na área de saneamento básico.
Orientado por tais diretrizes, nas últimas décadas, o FGTS tem-se constituído a principal, às vezes a única, fonte
de recursos para investimento nas áreas de habitação e de saneamento, que se reverteram em melhoria de vida
da população brasileira em geral, mitigando os enormes déficits de serviços de saneamento e habitacional, além
de gerar emprego e renda para os trabalhadores.
A gestão atuante ao longo dos anos pelo Conselho Curador do FGTS, em parceria com outras entidades do
sistema FGTS, possibilitou ao fundo acumular um patrimônio líquido de R$ 39,0 bilhões até outubro de 2011. O
ativo total do Fundo ultrapassa a R$ 284,3 bilhões, sendo que as operações de crédito são da ordem de R$ 131,2
bilhões no mês de dezembro de 2011.
1 - Os valores informados foram levantados em dezembro de 2011 para elaboração desta Apostila e foram citados para dar ao leitor a
dimensão do FGTS.
1
-
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Os recursos do FGTS contribuem decisivamente para o Programa Minha
Casa Minha Vida, do Governo Federal, sendo, também, fundamental no âmbito
do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, com a viabilização de
significativo aporte de recursos orçamentários para a infra-estrutura, com a
criação do FI-FGTS, cujo objetivo é proporcionar aplicação de recursos na
construção, reforma, ampliação ou implantação de empreendimentos de
infra-estrutura em rodovias, portos, hidrovias, ferrovias, energia e
saneamento, podendo participar de projetos contratados sob a forma de
parcerias público-privadas (PPP).
ApostilaFGTS
Certificação em
Momento de Aplicar Uma colega de trabalho lhe perguntou como e quando foi instituído o Conselho
Curador do FGTS. Você respondeu descrevendo também as atribuições e a
composição do Conselho Curador no contexto do arranjo institucional do
FGTS. Redija sua resposta.
19
2 - O PAC é um Programa de expansão do crescimento lançado pelo Governo Federal em
2007. Trata-se de um conceito de investimento em infra-estrutura que, aliado a medidas
econômicas, visa estimular os setores produtivos e, ao mesmo tempo, levar benefícios sociais
para todas as regiões do país, proporcionando diminuição da pobreza e inclusão de milhões de
brasileiros no mercado formal de trabalho. O Programa tem como um dos pilares a
desoneração de tributos como forma de incentivo a mais investimentos. O plano contempla
também medidas fiscais de longo prazo, como é o caso do controle das despesas com a folha de
pagamento e a modernização do processo de licitação, fundamentais para garantir o equilíbrio
dos gastos públicos. Com o estímulo provocado pela redução de impostos e contribuições, aarrecadação futura não é comprometida em conseqüência do crescimento econômico,
permitindo novas desonerações ou aplicação de mais recursos em infra-estrutura, sem
prejuízo da sustentabillidade fiscal do País.
2
-
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A CAIXA ocupa duas funções junto ao FGTS: a de Agente Operador e a de Agente Financeiro.
O Agente Operador, na estrutura organizacional da CAIXA, conta com uma Vice-Presidência exclusiva paraoperacionalização do FGTS, das Loterias Federais e dos Fundos e Seguros de Governo (VIFUG), instituídos pelo
Governo Federal.
A VIFUG é uma Vice-presidência segregada na estrutura organizacional da CAIXA e seu vice-presidente não
integra o Conselho Diretor e não responde pelas atividades e deliberações daquele Colegiado, com amparo
legal no Artigo 8º, item IV, do Estatuto da CAIXA, aprovado pelo Decreto 6.473, de 5 de junho de 2008,
conforme segue:
As ações e projetos da VIFUG são analisados e deliberados pelo Conselho de Fundos Governamentais e
Loterias em rotina também estabelecida estatutariamente.
O quadro abaixo apresenta as Vice-presidências que compõem o Conselho Diretor da CAIXA e o Comitê de
Fundos Governamentais e Loterias, do qual a VIFUG faz parte.
Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
5.2. Agente Operador do FGTS e Agentes Financeiros
“é vedado ao Conselho Diretor e aos responsáveis pela administração de
recursos próprios da CAIXA intervir na formulação de políticas de gestão deativos de terceiros e de administração ou operacionalização das loterias federais
e dos fundos instituídos pelo Governo Federal, nestes incluído o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”.
Figura 2 - Governança corporativa
20
-
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Na qualidade de Agente Operador do FGTS cabe à CAIXA definir os
procedimentos a serem adotados por todos os agentes financeiros
integrantes do Sistema Financeiro Nacional e devidamente credenciados para
atuar em operações com recursos do FGTS, com destaque para:
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Certificação em
21
centralizar os recursos do FGTS;
manter e controlar as contas vinculadas;
emitir regularmente extratos individuais;
expedir atos normativos referentes aos procedimentos administrativo-
operacionais dos bancos depositários, dos agentes financeiros, dos
empregadores e dos trabalhadores, integrantes do sistema do FGTS;
expedir atos normativos referentes aos procedimentos administrativo-
operacionais a serem observados pelos agentes administradores de Fundo
Mútuo de Participação - FMP-FGTS, no que tange ao uso do FGTS no
âmbito do Programa Nacional de Desestatização;
definir os procedimentos operacionais necessários à execução dos
programas de habitação popular, saneamento básico e infra-estrutura
urbana, estabelecidas pelo CCFGTS, com base nas normas e diretrizes de
aplicação elaboradas pelo Ministério das Cidades;
elaborar as análises jurídicas e econômico-financeiras dos projetos de
habitação popular, infra-estrutura urbana e saneamento básico a serem
financiados com recursos do FGTS;
emitir Certificado de Regularidade do FGTS - CRF;
elaborar as contas do FGTS para encaminhamento ao Ministério das
Cidades;
implementar os atos emanados do gestor relativos à alocação e aplicação
dos recursos do FGTS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo
CCFGTS.
Compete à CAIXA -
Agente Operador do FGTS:
!
-
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22
Cabe ainda à CAIXA, remunerar os bancos
conveniados pela prestação de serviços de
arrecadação e pagamento do FGTS, com base nas
orientações emanadas do CCFGTS.
Vinculada à Vice-Presidência de Fundos de Governo
e Loterias – VIFUG, está a Superintendência
Nacional do Fundo de Garantia – SUFUG, a qual
possui quatro Gerências Nacionais vinculadas:
Gerência Nacional de Administração de Ativos do
GEAVO - Gerência Nacional do Ativo DO FGTS
- Alocação e aplicação dos Recursos;
- Gestão de Sistemas corporativos do ativo;
- Controle do Retorno dos Ativos do FGTS;
- Gerenciar a elaboração de atos normativos de caráter
interno e externo, a definição de padrões de operações e a
organização geral da GEAVO.
GEPAS - Gerência Nacional do Passivo do FGTS
- Gestão Relacionamento Parceiros Institucionais;
- Gestão Relacionamento Fornecedores e Clientes
Estratégicos;
- Gestão Relacionamento Empregador;- Gestão Relacionamento Trabalhador;
- Gestão Integração e Inovações;
- Gestão Inteligência Estratégica.
GERFU - Gerência Nacional de Gestão da Rede do
FGTS
- Controlar e Prestar Contas às auditorias;
- Gerar e Fornecer Informações Gerenciais;
- Gerir as Filiais;
- Análises, Projeções e acompanhamento das aplicações
financeiras das disponibilidades excedentes às aplicaçõesdiretas em Habitação, Saneamento e infra-estrutura.
GEFOM - Gerência Nacional de Ativos do FGTS –
Operações de Mercado
- Avaliação dos Programas do FGTS;
- Controlar o orçamento dos recursos do FGTS aplicados
em operações de mercado;
- Acompanhar a execução dos projetos vinculados aos
investimentos, com foco no retorno social;
- Autorizar a integralização de recursos a serem aplicados em
operações de mercado;
- Acompanhar o desempenho das operações de mercado
com recursos do FGTS;
- Acompanhar a seleção e priorização das propostas para
investimentos em operações de mercado, com foco nosaspectos sociais dos projetos;
- Avaliar programas do FGTS;
- Gerir o sistema de avaliação dos programas (SIAPG);
- Controlar, acompanhar e propor solução para os
empreendimentos com obras em situação adversa;
- Gerir atividades relativas à manutenção de sitio oficial do
FGTS na parte referente ao ativo do FGTS;
- Representar o Agente Operador do FGTS junto ao
Conselho Curador do FGTS.
FGTS – GEAVO; Gerência Nacional de
Administração de Passivos – GEPAS, Gerência
Nacional de Gestão da Rede do FGTS - GERFU e
Gerência Nacional de Ativos do FGTS - Operações
de Mercado - GEFOM..
Além das quatro Gerências Nacionais, a SUFUG
conta, também, com 16 Filiais do FGTS distribuídas
nacionalmente.
Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
+++S
ai ba
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Dentre os Agentes Financeiros, o principal tomador de recursos é a CAIXA,
constituindo-se, assim, no maior Agente Financeiro nas operações da área de
habitação, saneamento e infra-estrutura financiadas com recursos do FGTS.
A CAIXA – Agente Financeiro é o braço que executa os programas de
desenvolvimento urbano do Governo Federal, atuando de forma essencial
para que a população tenha acesso aos recursos do FGTS, garantindo a
Governança Corporativa.
Os Agentes Financeiros são responsáveis por:
Contratação das operações autorizadas;
Retorno dos recursos ao Agente Operador; Controle e avaliação do desenvolvimento das operações;
Intermediação das operações de uso do FGTS em moradia própria e demais
saques.
A CAIXA – Agente Operador executa suas operações com apoio de diversas
áreas parceiras, tais como os Agentes Financeiros, Superintendências e
Delegacias Regionais do Ministério do Trabalho e Emprego, Empregadores,
Procuradorias da Fazenda Nacional, Estados, Municípios, dentre outras.
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Certificação em
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Agentes Financeiros
- efetuando a aplicação dos recursos;
- fornecendo informações sobre as contas vinculadas sob agestão do banco antes da migração para a CAIXA visando ao
atendimento ao trabalhador e Poder Judiciário;
- contratando a rede bancária para receber recolhimento do
FGTS dos empregadores;
- liberarando as solicitações de saques recepcionadas;
- orientanado sobre modalidades de utilização de saque por
moradia.
Superintendências e Delegacias Regionais do
Ministério do Trabalho e Emprego
- solicitando providências junto aos empregadores para
regularização dos valores recolhidos e não individualizadosnas contas vinculadas dos trabalhadores.
Procuradorias da Fazenda Nacional
- mediante autorização legal com o Agente Operador pararealizar a recuperação de créditos.
Estados e Municípios
- atendendo às necessidades dos clientes que não tiveramuma resposta satisfatória da rede bancária e solicitação da
individualização de depósitos não processados e qualificaçãodo cadastro.
Conheça como a CAIXA - Agente Operadoratua junto aos parceiros
!
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Outras entidades também se relacionam com a CAIXA Agente Operador do FGTS, como por exemplo:
É importante explicitar que as Filiais do FGTS focalizam negócios diretamente, a exemplo de parcelamento de
débitos junto às empresas, o que totalizou no ano de 2011, cerca de R$ 1,33 bilhão para o FGTS.
Polícia Federal – na apuração dos inquéritos policiais com reclamações referentes ao FGTS;
Entidades representativas dos empregadores – possibilitando a realização de palestras e treinamento dos
associados;
Empresas de desenvolvimento de aplicativos de folha de pagamento – prestando orientações sobre o
Sistema Empresa de Recolhimento do fundo de garantia e Informações à Previdência Social - SEFIP.
Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
5.3.1. GRUPO DE APOIO PERMANENTE - GAP
É formado por consultores técnicos indicados pelos Conselheiros e é responsável pelo assessoramento ao
CCFGTS. Esse grupo tem reuniões semanais e acompanha os principais assuntos adstritos ao Fundo de
Garantia.
5.3.2. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL - CMN
É o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional, a quem compete:
- estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia;
- regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras;- disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial.
O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo Ministro de Estado do
Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil - BACEN.
Está previsto o funcionamento também junto ao CMN de comissões consultivas de Normas e Organização do
Sistema Financeiro, de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros, de Crédito Rural, de Crédito Industrial, de
Crédito Habitacional, Saneamento e Infra-Estrutura Urbana, de Endividamento Público e de Política Monetária e
Cambial.
5.3. Competencia dos demais entes do arranjo institucional
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5.3.3. BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN
É de competência exclusiva do BACEN:- Emitir papel moeda e moeda metálica
- Executar serviços de meio circulante
- Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais
- Realizar operações de redesconto e empréstimos de assistência à liquidez àsinstituições financeiras
- Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papeis
- Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda detítulos públicos federais
- Autorizar, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras
- Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento domercado cambial
5.3.4. AUDITORIAS
A gestão do Fundo de Garantia é avaliada todos os anos por órgãos decontrole internos e externos. Como já citado anteriormente, compete aoAgente Operador do FGTS elaborar a prestação de contas e enviá-las ao
Ministério das Cidades que, por sua vez, encaminha ao Conselho Curador doFGTS para manifestação, antes do envio aos órgãos de controle externo -Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União.
Como medida de melhoria de controle interno, desde 2003, o AgenteOperador conta com uma célula de controle de negócio, que se utiliza desistemática de monitoramento para acompanhar as soluções encontradas afim de evitar que os apontamentos efetuados pelas auditorias voltem aacontecer.
Durante um ano, as contas e a gestão do FGTS passam por diversas auditorias – Auditoria Independente, Auditoria Interna, Controladoria Geral da União,
BACEN e Tribunal de Contas da União.As contas do FGTS até o exercício de 2010 estão aprovadas no âmbito doConselho Curador e da CGU. No âmbito do TCU estão aprovadas até oexercício de 2009 e as dos exercício de 2010 encontra-se em análise naquelaCorte de Contas. As contas de 2011 estão em fase de elaboração.
Merece destaque o julgamento das contas do exercício de 2006. Pela primeiravez, o TCU julgou o Relatório de Gestão do FGTS 2006 pela regularidade daprestação de contas, sem qualquer ressalva.
A manifestação pela regularidade das contas do FGTS, nesse contexto, é deextrema relevância por evidenciar a otimização contínua dos processos doFGTS e a qualidade da gestão da CAIXA como Agente Operador do Fundo edas decisões do Conselho Curador e demais entidades que compõem oSistema FGTS.
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Capítulo 1 - FGTS: histórico e legislação
A grandeza do FGTS está configurada nos números registrados. Dos valores monetários ao número de pessoas
beneficiadas, dos empregos gerados, do quantitativo de moradias financiadas, das redes de saneamento e de água
tratada implantadas pelo País.
No exercício de 2011 foi aprovado um orçamento recorde de recursos para aplicações, cujo montante perfaz
R$ 44 bilhões.
Nesse contexto, até dezembro de 2011, somente na área de habitação foram aplicados R$ 34,8 bilhões, com a
contratação de 513.966 operações de crédito, beneficiando uma população de 16.880.853 habitantes e gerando
um total de 1.240.668 empregos no país.
A seguir, apresentamos quadro comparativo com o resultado do FGTS e a variação em 2009, 2010 e até
setembro de 2011. Observe que o Fundo registrou um aumento em seu Patrimônio Líquido de 9,5%, 2009,favorecendo o aumento de postos de trabalho e da renda dos trabalhadores brasileiros.
Tabela 1 - Evolução dos grandes números
26
2009 2010 Setembro 2011Ativo Total 235.065 260.313 281.253
Variação % ano anterior 9,8% 10,7% 8,0%Disponibilidades 102.588 109.940 109.398
Variação % ano anterior 3,1% 7,2% -0,5%Debêntures (*) 2.830 6.086 7.006
- - 15,1%FI - FGTS (**) 14.595 19.123 24.244
Variação % ano anterior - 31,0% 26,8%Operações de Crédito (***) 104.427 116.840 136.161
Variação % ano anterior 14,5% 11,9% 16,5%Depósitos Vinculados 190.554 211.004 229.167
Variação % ano anterior 9,4% 10,7% 8,6%Patrimônio Líquido Ajustado 30.494 35.866 38.514
Variação % ano anterior 21,8% 17,6% 7,4%Diferido (****) 8.578 4.986 2.435 Fonte: Balancete FGTS Setembro 2011 (Valores em R$ Milhão)(*) O Saldo das Debêntires inclui a remuneração(**) O Saldo do FI-FGTS inclui a remuneração,FIDC e FII(***) O saldo das Operações de Crédito não contempla juros moratórios.(****) Diferimento termina em Jun/2012
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SISTEMATIZE SUA APRENDIZAGEM
Para sistematizar a aprendizagem resultante dos seus estudos neste Capitulo 1 elabore um esquema deforma livre com os principais conceitos e ideias que surgiram. Utilize o campo abaixo para lançar todas aspalavras que estão em sua memória. Na sequência estabeleça com traços e setas as conexões que desejar.Para finalizar e tirar dúvidas volte aos conteúdos caso sinta necessidade. Você esta construindo comautonomia o seu desenvolvimento profissional.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Quais os objetivos da criação do FGTS?
Como era a estabilidade do trabalhador antes do FGTS ?
Por que o FGTS tem um recolhimento de 8% ao mês ?
Caracterize o teor das seguintes Leis do FGTS: Lei 8036 e Lei Complementar 110.
Quais os benefícios da centralização do FGTS?
O que é FMP – FGTS?
Como é constituído o saldo do FGTS?
Caracterize a CAIXA como agente operador e agente financeiro.
Como é composto CCFGTS?
Você concluiu os estudos do Capítulo 1, para fazer um balanço de suas aprendizagens verifique se você é capaz
de:
Citar as razões que ensejaram a criação do FGTS no Brasil em 1966.
Descrever a nova configuração do FGTS após a constituição de 1988, detalhando os elementos da Lei 7.839 de 1989
que estão em vigência até o momento.
Caracterizar o papel da CAIXA em relação ao FGTS de acordo com a Lei n. 7.839 de 1989.
Apontar os benefícios para o trabalhador da centralização do FGTS na CAIXA citando a Lei que a definiu em 1990.
Identificar as normas vigentes no FGTS de acordo com seu Regulamento Consolidado, aprovado pelo Decreto
99.684/90.
Descrever as atribuições e a composição do Conselho Curador no contexto do arranjo institucional do FGTS.Apresentar as funções da CAIXA enquanto agente operador e agente financeiro do FGTS.
Caracterizar como está constituído o arranjo institucional do FGTS.
Conceituar o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Uma palavra que não representa uma ideia é uma coisa morta,
Lev Vygotsky“ “da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.
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Olá, dando continuidade aos seus estudos você agora inicia este Capítulo II
sobre o Ativo do FGTS, que foi desenvolvido para que você alcance os
seguintes objetivos de aprendizagem:
Para facilitar os seus estudos este Capítulo está organizado com a seguintesequência temática:
Definir como se constitui o ativo do FGTS.
Listar os critérios de aplicação dos recursos do ativo do FGTS.
Descrever a forma de distribuição dos recursos do FGTS.
Definir os tipos de operações realizadas com o ativo do FGTS.
Indicar os descontos concedidos a pessoas físicas na utilização do FGTS.
Listar os tipos de remunerações pelas operações financeiras.
Caracterizar a composição do Fundo de Investimento do FGTS.
Descrever as novas aplicações do ativo do FGTS após 2008.
Apresentar a carteira de investimentos das disponibilidades do FGTS citando afinalidade de cada uma de suas contas.
Capítulo 2Ativo do FGTS
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Por aprendizagem significativa,entendo, aquilo que provocaprofunda modi f icação noindivíduo. Ela é penetrante, e nãose limita a um aumento deconhecimento, mas abrangetodas as parcelas de suaexistência.
1.O ativo do FGTS
2.Critérios de Aplicação dos Recursos do Ativo do FGTS
3.Distribuição dos Recursos
4.Definições nas Operações
5.Descontos nos Financiamentos a Pessoas Físicas
6.Remuneração pela Operação Financeira
7.Fundo de Investimento do FGTS - FI-FGTS8.Diversificação das Aplicações
9.Administração das Aplicações das Disponibilidades
Carl Rogers
“
“
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O Ativo do FGTS é constituído pelos recursos do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e tem por
objetivo fomentar políticas públicas por meio do
financiamento de programas de habitação popular,
de saneamento básico e de infra-estrutura urbana.
Os recursos do FGTS são destinados ao pagamento
dos saques das contas vinculadas dos trabalhadores
e para compor os Orçamentos Anuais de
Contratação e Aplicação do FGTS.
Os recursos do FGTS são aplicados em habitação,
saneamento básico e infra-estrutura urbana,
segundo critérios fixados pelo Conselho Curador
do FGTS, em operações que preencham os
seguintes requisitos:
- garantia real;
- correção monetária igual à das contas vinculadas;
- taxa de juros mínima de 4,5% a.a, conformedefinido na Resolução do Conselho Curador do
FGTS 460/04, suas alterações e aditamentos;
- prazo máximo de 30 anos.
Os Projetos de saneamento básico e infra-estrutura
urbana, complementares aos programas
habitacionais, são aqueles indispensáveis à melhoria
das condições de habitabilidade e da qualidade de
vida da população alvo dos programas do FGTS.
O FGTS é uma das principais fontes de recursos
para o combate ao déficit habitacional no país, que
está concentrado no atendimento às famílias com
menor poder aquisitivo. Da mesma forma, os
recursos do FGTS contribuem de forma significativa
para a universalização dos serviços na área de
saneamento básico. Entre os programas que
recebem recursos do Fundo, destacam-se: Carta de
Crédito Individual e Associativa, Apoio à Produçãode Habitações, Pró-Moradia, Saneamento para
Todos e Pró-Transporte.
Os programas de aplicação de recursos devem
estimular a maior participação dos tomadores de
recursos nos investimentos, bem como o menor
prazo de retorno das operações de crédito,
podendo, para tanto, estabelecer patamares
diferenciados por modalidade de atuação.
Nos financiamentos concedidos é exigida uma
garantia real. Os recursos são aplicados diretamente
pela CAIXA, pelos órgãos integrantes do SFH e
pelas entidades para esse fim credenciadas pelo
BACEN.
As aplicações com recursos do FGTS poderão ser
realizadas diretamente pela CAIXA e pelos demais
órgãos integrantes do Sistema Financeiro da
Habitação - SFH, exclusivamente segundo critérios
fixados pelo Conselho Curador do FGTS, em
operações que preencham os mesmo requisitossupracitados.
Capítulo 2 - Ativo do FGTS
1. O que é o Ativo do FGTS?
2. Critérios de aplicação de recursos do Ativo do FGTS
-
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Na aplicação dos recursos do FGTS são observadas as condições
estabelecidas nas Resoluções do Conselho Curador do FGTS, as Instruções
Normativas do Gestor das Aplicações e as Normas editadas pela CAIXA, na
qualidade de Agente Operador do FGTS.
A título de fundo de liquidez, os orçamentos devem prever a formação de
reserva líquida destinada a assegurar a capacidade de pagamento de gastos
eventuais não previstos, relativos aos saques das contas vinculadas.
O fundo de liquidez corresponde , mensalmente, ao somatório dos saques
ocorridos nos três meses imediatamente anteriores, em escala móvel , sendo
que este resultado não poderá ser inferior a 2% do saldo global dos depósitos
efetuados nas contas vinculadas dos trabalhadores, verificado por ocasião do
fechamento do balancete mensal do FGTS.
Os recursos para as novas contratações serão alocados por meio dos
programas do FGTS, segundo diretrizes do CCFGTS, normas do gestor das
aplicações (Ministério das cidades), e operacionalizados segundo critérios
estabelecidos pela CAIXA - Agente Operador.
Já os recursos destinados a aplicação em cada exercício financeiro deverão
levar em consideração a disponibilidade de recursos e o perfil dos
cronogramas de desembolso das operações a serem contratadas no
exercício, de forma a preservar a programação financeira e assegurar a
continuidade de todas as operações com base nos cronogramas físico-
financeiros contratuais.
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depósitos efetuados pelo empregador nascontas vinculadas;
retorno das operações de crédito;
multas, correção monetária e juros moratórios;
receitas financeiras líquidas;
outras receitas.
saques das contas vinculadas;
desembolso das operações de crédito;
encargos autorizados pelo Conselho Curador.
Entrada
FLUXO FINANCEIRO
Saída
3. Distribuição dos recursos
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A distribuição dos recursos para contratação por área de aplicação se dá da seguinte forma:
Habitação Popular - 60% Saneamento Básico - 35% Infra-Estrutura Urbana - 5%
No âmbito das Unidades da Federação, a distribuição de recursos das áreas de Habitação Popular e SaneamentoBásico observará as variáveis técnicas e os pesos abaixo relacionados:
Capítulo 2 - Ativo do FGTS
32
Momento de Aplicar Um jornal local está produzindo um caderno com diversas informações de interesse dos trabalhadores para um
suplemento comemorativo do Dia do Trabalho. Uma seção será dedicada ao FGTS. O seu supervisor imediato
indicou você para ser entrevistado por uma jornalista que irá preparar esse suplemento e solicitou que você prepare
apontamentos para:
- Definir como se constitui o ativo do FGTS.- Listar os critérios de aplicação dos recursos do ativo do FGTS.
- Descrever a forma de distribuição dos recursos do FGTS.
Mãos à obra! Elabore os seus apontamentos.
Tabela 2 - Áreas de habitação popular e saneamento básico
Área de Habitação Popular
Variáveis (por UF) Pesos para Ponderação
Até 5 SM Acima de 5 SM*
Déficit Habitacional 90 45População Urbana 10 35
Arrecadação Bruta do FGTS 0 20
Área de Saneamento Básico
Déficit de Água e Esgoto 45
População Urbana 35
Arrecadação Bruta do FGTS 20
* Escala em Salários Mínimos
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São adotadas as seguintes definições nas operações de crédito com recursos
do FGTS:
As aplicações em habitação popular poderão contemplar sistemática de
desconto, direcionada em função da renda familiar do beneficiário, onde o
valor do benefício seja concedido mediante redução no valor das prestações a
serem pagas pelo mutuário ou pagamento de parte da aquisição ou
construção de imóvel, dentre outras, a critério do Conselho Curador do
FGTS.
A cada exercício são definidos os recursos para fins de concessão de
descontos nos financiamentos a pessoas físicas da área de Habitação Popular,
limitado a 50% do resultado das receitas de aplicações financeiras, apurado no
exercício anterior, que vier a exceder à remuneração da TR (taxa referencial)
acrescida de juros nominais de 6% (seis por cento) ao ano.
Podem ser beneficiados com descontos as famílias com redimento bruto
mensal de até R$ 3.100,00, para cobertura da remuneração dos Agentes
Financeiros e para fins de pagamento de parte da aquisição ou construção do
imóvel, observadas as condições estabelecidas para os programas de
habitação pelo Gestor da Aplicação.
O FGTS pratica política de desconto desde 1998, bem antes do PMCMV.Atualmente o FGTS participa com 85,5% e o OGU com 17,5% dos descontos
concedidos.
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4. Definições nas operações
5. Descontos nos financiamentos a pessoas físicas
Empréstimo: operação de crédito entre o Agente Operador e o Agente
Financeiro;
Mutuários Finais: pessoas físicas ou jurídicas definidas pelos programas de
aplicação do FGTS, em regulamentação específica.
Financiamento: operação de crédito entre o Agente Financeiro e o
Mutuário Final, pessoa física ou jurídica, com recursos originários daoperação de empréstimo;
Agentes Financeiros: são considerados os agentes financeiros do Sistema
Financeiro Nacional na forma definida pelo Conselho Monetário Nacional;
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Constituem remuneração do Agente Financeiro por operação de crédito realizada:
Nas operações com pessoas jurídicas, durante as fases de carência e retorno, o diferencial de juros nominal de2% ao ano e incide sobre o saldo devedor das operações de crédito, cobrados no encargo mensal recebidos pelo
Agente Financeiro nas operações de Habitação, Saneamento e Infra-estrutura.
Nas operações de Habitação com pessoas físicas, o Agente Financeiro receberá o diferencial de juros nominal
de até 2,16% a.a. e incidente sobre o saldo devedor das operações de crédito, durante as fases de carência e
retorno, cobrados no encargo mensal, adicionado de taxa de administração fixada pelo CCFGTS.
Taxa de Administração, exclusivamente nas operações com pessoas físicas, será de R$ 22,32 por contrato ativo
mês, até o final do prazo de retorno dos contratos, reajustável anualmente pelo mesmo índice aplicado ao saldo
devedor, cobrado no encargo mensal;
Taxa de Acompanhamento da Operação - o Agente Financeiro pode cobrar do Mutuário Final pessoa física, a
título de taxa de acompanhamento da operação, os percentuais definidos no quadro abaixo, sobre o valor do
financiamento, a ser pago ou deduzido mensal e proporcionalmente a cada desembolso:
Capítulo 2 - Ativo do FGTS
6. Remuneração pela operação financeira
Tabela 3 - Percentuais definidos sobre o valor do financiamento
Momento de Aplicar Você se saiu muito bem nas primeiras explicações fornecidas à jornalista para preparação do suplemento. Então ela
formulou para você algumas perguntas:
- Quais os tipos de operações realizadas com o ativo do FGTS?
- Quais os descontos concedidos a pessoas físicas na utilização do FGTS? - Quais os tipos de remunerações pelas
operações financeiras?
Elabore as respostas para as perguntas que você terá que responder!
SERVIÇOS PRESTADOS PELOSAGENTES FINANCEIROS
PERCENTUAL SOBRE O VALORDO FINANCIAMENTO EM (%)
Acompanhamento de obras e serviços
(Operações Individuais)
3
Acompanhamento de obras e serviços(Operações Coletivas)
2
Avaliação 1
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Ao longo da última década, o FGTS tem pensado na necessidade de mudança
em sua visão estratégica, criando alternativas para seu tradicional modelo de
financiamento focado no crédito direcionado ao setor público.
Com essa visão, foi instituído em 2007, por meio da Lei 11.491/07 – anexa a
esta Apostila - o Fundo de Investimento do FGTS - FI-FGTS criado com a
finalidade de aplicar recursos do Fundo de Garantia em construção,
ampliação, reforma ou implantação de empreendimentos dos setores de
energia, rodovia, ferrovia, hidrovia, porto e saneamento, de acordo com as
diretrizes dispostas pelo Conselho Curador do FGTS, sendo administrado egerenciado pela CAIXA, na qualidade de Agente Operador deste fundo.
Compete à Administradora a gestão do patrimônio do Fundo, podendo
realizar todas as operações, praticar todos os atos que se relacionem com o
seu objeto e exercer todos os direitos inerentes à titularidade dos títulos e
valores mobiliários integrantes da carteira do Fundo, inclusive o de promover
medidas judiciais e administrativas, votação em assembléias gerais e especiais,
abertura e movimentação de contas bancárias, aquisição e alienação de títulos
pertencentes ao Fundo, desde que observadas as restrições impostas pelo
Regulamento. Poderá, ainda, proceder à contratação de terceiros legalmentehabilitados para a prestação de serviços relativos às atividades do Fundo.
A lei que instituiu o FI-FGTS foi anunciada durante a apresentação do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, como
forma de demonstrar a destinação de um grande volume de recursos para os
investimentos em infra-estrutura propostos no Programa, contribuindo dessa
forma para o alcance das metas traçadas para o crescimento da economia
nacional.
O FI-FGTS é um fundo fechado e exclusivo que tem o FGTS como cotista
único e tem patrimônio próprio, segregado do FGTS, cujo valor inicial de
constituição não comprometerá o patrimônio individual dos trabalhadores
(contas individuais), pois os recursos são do Patrimônio Líquido do Fundo de
Garantia.
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7. Fundo de Investimento do FGTS - FI-FGTS
!
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Disciplinado pela Comissão de Valores Mobiliários –
CVM, o FI possui patrimônio subscrito de R$ 26,3
bilhões. Desse montante, R$ 24,3 bilhões serão
integralizados com recursos do FGTS e R$ 2 bilhões
poderão ser integralizados por meio de Fundo de
Investimento em Cotas – FIC, adquiridas pelos
cotistas do FGTS, de acordo com regras
estabelecidas pelo CCFGTS.
As operações nas quais o FI-FGTS realiza seus
investimentos são avaliadas e aprovadas pelo
Comitê de Investimentos do FI-FGTS, formado pormembros indicados por entidades com assento no
CCFGTS.
Os projetos do FI-FGTS destinam-se ao
desenvolvimento da infraestrutura do país,
notadamente na geração e distribuição de energia,
ferrovias, portos, rodovias, saneamento e hidrovias.
Até agora, o setor de energia foi o que mais recebeu
investimentos.
Até setembro de 2011 o FI - FGTS já investiu mais de
R$ 17,8 bilhões do valor total subscrito de R$ 26,3
bilhões, incentivando o desenvolvimento de todas as
regiões do território nacional, contribuindo para o
crescimento da economia nacional e geração deemprego e renda. Novos empregos diretos e
indiretos foram criados, totalizando mais de 1,02
milhão de empregos.
Capítulo 2 - Ativo do FGTS
Figura 3 - Evolução cronológica
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Em 2008, o CCFGTS, diante dos reflexos da crise econômica mundial no País,
deliberou a favor da diversificação de seus investimentos. A crise provocou
uma escassez de crédito e liquidez financeira, afetando de forma significativa o
setor da construção civil e do crédito imobiliário, que em muito dependem da
liquidez do setor financeiro para desenvolverem seus projetos, sendo
habitação e saneamento básico os objetos principais da aplicação dos
recursos do FGTS,
Essa diversificação buscou também incentivar o crescente mercado
secundário, no País, passando a disponibilizar linhas de crédito para aquisiçãode direitos creditórios vinculados ao desenvolvimento de projetos no setor
imobiliário, de saneamento básico e transporte urbano.
Tais investimentos contribuem para elevar o nível de liquidez do FGTS, haja
vista que a flexibilidade desses instrumentos financeiros podem permitir a
implementação de projetos com reflexos em todos os setores da economia
brasileira e com retorno em menor prazo para o FGTS.
Nessa linha de modernização de seus instrumentos, o CCFGTS editou
Resoluções que autorizam a aquisição de cotas de Fundos de Investimento
Imobiliário – FII, de Fundos de Investimentos Creditórios – FIDC, Debênturese Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI que tenham como lastro
operações de habitação lançadas por incorporadoras, empresas da
construção civil, sociedades de propósitos específicos, cooperativas
habitacionais ou entidades afins, empresas públicas e concessionárias privadas
da área de saneamento e transporte urbano.
No período de 2009-2011 o CCFGTS autorizou a CAIXA no papel de Agente
Operador a realizar operações com esses instrumentos de mercado no
montante de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões foram destinados à
aplicação em habitação, dentro dos moldes do SFH, R$ 3 bilhões para
saneamento e R$ 3 bilhões para aquisição e melhorias no sistema de frota de
veículos de transporte urbano e infra-estrutura de transportes.
A CAIXA como Agente Operador administra TODOS OS ATIVOS DOFGTS, incluindo as disponibilidades de acordo com as determinações
emanadas pelo Conselho Curador.
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8. Diversificação das aplicações
9. Administração das aplicações das disponibilidades
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A Resolução Nº. 295, de 26 de agosto de 1998 que você encontra no Caderno de Legislação, anexo a este
Capítulo, aprovou o modelo adotado pelo Agente Operador na segregação e aplicação das disponibilidades doFGTS, com a criação da Carteira de Investimentos do FGTS, composta pelas seguintes contas:
Conta de Depósitos, limitada a até 10% (dez por cento) do valor das disponibilidades do FGTS, remunerada pela
taxa SELIC do Banco Central do Brasil, ou outra que vier a sucedê-la;
Conta FGTS/A destinada à aplicação das demais disponibilidades complementares à Conta de Depósitos e ao
Fundo de Liquidez;
Conta FGTS/B destinada à aplicação dos valores referentes ao Fundo de Liquidez;
A gestão das disponibilidades do FGTS busca a valorização de seus recursos por meio de aplicação em carteira
composta por títulos públicos federais, indexados a taxas prefixadas, pós-fixadas – SELIC e/ou índices de preços,
em operações finais, sempre em observância às normas emanadas do Conselho Curador do FGTS de nºs. 570 e
295, de 26/08/2008 e 26/08/1998, respectivamente, de forma a superar a rentabilidade mínima exigida de TR +
6% ao ano.
Capítulo 2 - Ativo do FGTS
Momento de Aplicar O Suplemento foi publicado e trouxe também um texto que você enviou por e-mail para:
- Caracterizar a composição do Fundo de Investimento do FGTS.
- Descrever as novas aplicações do ativo do FGTS após 2008.
- Apresentar a carteira de investimentos das disponibilidades do FGTS citando a finalidade de cada uma de suas
contas.
Redija o texto que foi publicado!
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SISTEMATIZE SUA APRENDIZAGEM
Para sistematizar a aprendizagem resultante dos seus estudos neste
Capitulo 2 elabore um mapa com os principais conceitos e ideias
apresentadas. Utilize o campo abaixo para desenhá-lo com todas as
palavras que estão em sua memória. Retorne aos conteúdos caso sinta
necessidade de complementar e acrescentar informações. Você segue
avançando e se desenvolvendo profissionalmente.
Encerrando os estudos do Capítulo 2 verifique se você alcançou os
seguintes objetivos de aprendizagem:
Definir como se constitui o ativo do FGTS.
Listar os critérios de aplicação dos recursos do ativo do FGTS.
Descrever a forma de distribuição dos recursos do FGTS.
Definir os tipos de operações realizadas com o ativo do FGTS.
Indicar os descontos concedidos a pessoas físicas na utilização do FGTS.
Listar os tipos de remunerações pelas operações financeiras.
Caracterizar a composição do Fundo de Investimento do FGTS.Descrever as novas aplicações do ativo do FGTS após 2008.
Apresentar a carteira de investimentos das disponibilidades do FGTS citando a
finalidade de cada uma de suas contas.
Não há saber mais, nem saber menos, há saberes diferentes
Paulo Freire“ “
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Olá! Você dará continuidade aos seus estudos com este Capítulo III sobre o
Passivo do FGTS. Este capítulo foi desenvolvido para que você alcance os
seguintes objetivos de aprendizagem:
Para facilitar os seus estudos este Capítulo está organizado com a seguinte
sequência temática:
Descrever os dois grupos de clientes do FGTS com seus respectivoscomponentes.
Citar os trabalhadores excluídos do direito ao FGTS.
Citar os quatro ambientes corporativos do cadastro do FGTS informandoaqueles que abrigam contas do empregador e contas do trabalhador.
Indicar a classificação das contas vinculadas nos quatro tipos possíveis.
Descrever os procedimentos para recolhimento do FGTS.
Definir qualificação cadastral.
Listar as situações nas quais o trabalhador pode sacar o FGTS.
Apresentar as modalidades de utilização do FGTS em moradia própria.
Citar situações em que cabe devolução de valores recolhidos para o FGTS.
Descrever as formas de parcelamento de débitos.
Listar as condições para obter o Certificado de Regularidade do FGTS.
Capítulo 3Passivo do FGTS
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O saber que não vem daexperiência não é realmentesaber
1. O que é o passivo do FGTS?
2. Clientes do FGTS
3. Cadastro do FGTS
4. Opção pelo Regime do FGTS
5. Prescrição do Arquivamento e do Direito ao FGTS
6. Arrecadação
7. Qualificação Cadastral
8. Pagamento do FGTS
9. Utilização do FGTS em moradia própria
10. Devolução de Valores
11. Parcelamento de Débitos
12. Certificado de Regularidade do FGTS Lev Vygotsky
“ “
Observe o quanto iremosaprender de acordo com osobejtivos de aprendizagem desteCapítulo!
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O passivo do FGTS tem por finalidade gerir as contas vinculadas dos trabalhadores, assegurando-lhes o acesso a
seus direitos e viabilizando aos empregadores o cumprimento de suas obrigações junto ao FGTS, em
consonância com a legislação de regência, com as determinações judiciais e com as diretrizes emanadas do
Conselho Curador do FGTS.
Sempre que pensamos no atendimento aos clientes do FGTS, imediatamente identificamos dois grandes
grupos: empregador e trabalhador.
Entende-se por empregador a pessoa física e a pessoa jurídica de direito privado ou de direito público, que
admitir trabalhadores a seu serviço, bem como aquele que, regido por legislação especial, encontrar-se nessa
condição ou figurar como fornecedor ou tomador de mão-de-obra, independente da responsabilidade solidária
e/ou subsidiária a que eventualmente venha obrigar-se. É considerada pessoa jurídica de direito público aquelavinculada à administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes, da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
Depositar na conta vinculada do trabalhador, até o dia 7 de cada
mês, a importância correspondente a alíquota devida sobre aremuneração paga ou devida no mês anterior;
Depositar na conta vinculada do trabalhador, no 1º dia útil
posterior ao afastamento, no caso de aviso prévio trabalhado,ou até o 10º dia corrido contado do dia imediatamenteposterior ao afastamento, nos casos de ausência, indenização ou
dispensa de seu cumprimento, nas hipóteses de despedida sem justa causa, ainda que indireta, por culpa recíproca, força maior,extinção do contrato a termo, ou rescisão do contrato porprazo determinado e, ainda, no caso dos valores relativos aomês da rescisão e ao imediatamente anterior que ainda nãohouver sido recolhido;
Depositar no 1º dia útil ou no 10º, conforme condiçõesmencionadas, a título de multa rescisória, 40% no caso de
despedida sem justa causa, ou 20% nos casos de culpa recíprocaou força maior, sobre o total dos depósitos devidos à contavinculada durante a vigência do contrato de trabalho,atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros;
Capítulo 3 - Passivo do FGTS
1. O que é o Passivo do FGTS?
2. Clientes do FGTS
2.1. Empregador
Obrigações do empregador
Informar mensalmente, ao trabalhador, o valor recolhido ao
FGTS;
Repassar, ao trabalhador, as informações relativas às contasvinculadas recebidas da CAIXA;
Apresentar ao CNIS - Cadastro Nacional de InformaçõesSociais, as informações, sem erros ou omissões;
Atender o Agente Operador quando instado a prestarinformações sobre os dados financeiros e cadastrais,constantes nos cadastros das contas vinculadas de seus
trabalhadores, para promover ações necessárias àsregularizações;
Manter em arquivo os documentos concernentes ao FGTSobservado o prazo prescricional previsto em Lei ecirculares CAIXA que regulamentam o FGTS.
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Considera-se trabalhador toda pessoa física que prestar serviços a
empregador, a locador ou tomador de mão-de-obra, observadas as
atribuições de categoria que determina a natureza do vínculo empregatício do
trabalhador. Com isso, verificamos que os trabalhadores eventuais, os
autônomos e os servidores públicos civis e militares sujeitos à regime jurídico
próprio não têm direito ao recolhimento do FGTS.
É a pessoa física cujo contrato de trabalho é regido pela CLT.
É a pessoa física contratada sob o regime celetista e cedida a órgãos públicos
sob regime estatutário, regime jurídico único, para o qual é devido o
recolhimento do FGTS.
O recolhimento, de forma direta ou indireta, é efetivado pela instituição
cedente, se a ela couber o ônus da cessão do trabalhador.
Em caso de pagamento de adicional sobre o valor da remuneração orecolhimento é realizado pela empresa cessionária, em nome da mesma e
utiliza os dados cadastrais do vínculo empregatício de origem.
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2.2. Trabalhador
2.2.1. Categoria de trabalhador
2.2.1.1. Trabalhador celetista
2.2.1.2. Trabalhador celetista cedido a órgãos públicos
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São direitos assegurados ao trabalhador:
Ser titular da conta vinculada;
Receber do empregador informação do valor depositado a cada mês na conta vinculada;
Receber da CAIXA extrato bimestral da conta vinculada;
Movimentar a conta vinculada nas hipóteses previstas em Lei;
Receber do empregador, mediante recolhimento em sua conta vinculada, a título de
multa rescisória, 40% no caso de despedida sem justa causa, ou 20% nos casos de culparecíproca ou força maior, sobre o total dos depósitos devidos à conta vinculada durante avigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dosrespectivos juros;
Acionar o empregador, por intermédio da Justiça do Trabalho, para compeli-lo a efetuar odepósito de importâncias devidas;
Fiscalizar os créditos em sua conta vinculada.
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O recolhimento, de forma direta ou indireta, é
efetivado pelo órgão cessionário, junto com os
demais empregados, se a este restar o ônus da
cessão, caracterizado pelo pagamento da
remuneração estipulada pelo contrato entre o
trabalhador e o empregador originário, e utiliza os
dados cadastrais do vínculo empregatício de origem.
Finalizado o período de cessão, o saldo da conta
vinculada aberta para este fim, é incorporado à conta
original, mediante pedido de transferência.
Capítulo 3 - Passivo do FGTS
É a pessoa física pertencente a determinadas categorias profissionais que, sindicalizados ou não, prestem sem
vínculo empregatício, serviços a diversas empresas requisitantes ou tomadoras de serviços, congregados pelas
respectivas entidades de classe, sindicatos, associações profissionais, organizações ou entidades congêneres, por
intermédio das quais seja executada a concessão de seus direitos de natureza trabalhista.
Nesse caso se enquadram:
É a pessoa física que exerça cargo de administração previsto em Lei, estatuto ou contrato social,independentemente da denominação do cargo, em empresas sujeitas ao regime da CLT que permite equiparar
seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. Ex.: VP da CAIXA.
2.2.1.3. Trabalhador avulso
2.2.1.4. Diretor não empregado
! Se um empregado regido pelo regime da CLT for cedido a um
órgão público, o vinculo empregatício original garante o direito
ao FGTS. Por este motivo a cada mês a empresa de origem
deverá efetuar o recolhimento do FGTS, conforme previsto na
legislação vigente.
Havendo adicional sobre o valor da remuneração o
recolhimento deve ser realizado pelo órgão público, em nome
do mesmo e utilizando os dados cadastrais do empregado
referente à empresa de origem.
Contextualizando
estivadores;
trabalhadores em estiva de carvão e minérios;
trabalhadores em embarcação para carga e
descarga de navios;
conferentes de carga e descarga;
consertadores de carga e descarga;
vigias portuários;
trabalhadores avulsos de capatazia;trabalhadores no comércio armazenador
(arrumadores);
ensacadores de café, cacau, sal e similares;
classificadores de frutas;
práticos de barra e portos;
trabalhadores na indústria da extração do sal na
condição de avulsos;
catadeiras e costureiras, na condição de avulsos, no
comércio de café;
trabalhadores em serviços de bloco (serviço de
limpeza e conservação de embarcações mercantes);
trabalhadores transitórios das indústrias do pescado
da Cidade do Rio Grande/RS.
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Equipara-se a diretor não empregado, para efeito do recolhimento facultativo
do FGTS, o membro do Conselho de Administração de empresa cujo estatuto
determina que a administração/gestão/gerência da sociedade compete,
inclusive, àquele órgão.
Já o membro do Conselho Fiscal não se equipara a diretor não empregado,
pois a atividade de fiscalização é distinta das funções de caráter gerencial e
administrativa.
O direito ao FGTS se estende, inclusive, aos diretores não empregados de
empresas públicas, sociedades controladas direta ou indiretamente pela
União, autarquias em regime especial e fundações sob supervisão ministerial.
Exercida a equiparação, torna-se obrigatório o cumprimento da legislação do
FGTS em relação a todos os seus diretores, resguardado o direito do
empregador retratar-se a qualquer tempo, ou seja, a empresa pode parar de
efetuar os recolhimentos, desde que para todos os seus diretores.
É a pessoa física que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não
lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas e de forma nãoeventual.
O recolhimento do FGTS é opcional para a categoria a partir da competência
03/2000, inclusive, observado que a opção pelo recolhimento estabelece a sua
obrigatoriedade enquanto durar o vínculo empregatício.
É a pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário, para
prestação de serviço destinado a atender à necessidade transitória de
substituição de pessoal regular e permanente ou acréscimo extraordinário de
tarefas de outra empresa.
É a pessoa física em exercício de contrato de aprendizagem, realizado
mediante contrato de trabalho especial, com o maior de 14 anos e menor de24 anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-
profissional metódica.
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Certificação em
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