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 ADMINISTRAÇÃO Coord. Curso Prof. Ms. Bernardo Both CONTABILIDADE APLICADA Prof. Esp. Lisandro Rodrigo Grassel Santo Ângelo-RS Fevereiro/2014

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ADMINISTRAÇÃO

Coord. Curso Prof. Ms. Bernardo Both

CONTABILIDADE APLICADAProf. Esp. Lisandro Rodrigo Grassel

Santo Ângelo-RS

Fevereiro/2014

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Contabilidade Aplicada

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 

CONCEITOS ........................................................................................... 4 

APLICAÇÃO E USUÁRIOS DA CONTABILIDADE ................................. 5 

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO .................................. 6 

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................................................... 7 

ORIGEM E APLICAÇÕES DOS RECURSOS ......................................... 8 

CONTAS .................................................................................................. 9 

NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO......................................................... 9 

PLANO DE CONTAS ............................................................................... 9 

ESCRITURAÇÃO .................................................................................. 12 

LANÇAMENTO ...................................................................................... 14 

RAZONETE E BALANCETE .................................................................. 15 

DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E TESTE DE RECUPERABILIDADE  ......................................................................................................................... 21 

PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ........................................................... 22 

RESULTADO DO EXERCÍCIO .............................................................. 24 

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........................................................ 25 

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 34 

ANEXOS ................................................................................................ 35 

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INTRODUÇÃO

Segundo o grande investidor norte-americano Warren Buffet, existemmuitas maneiras de descrever o que está acontecendo com uma empresa, masseja lá o que se diga, sempre se retorna à linguagem da Contabilidade. Quandouma filha do seu amigo perguntou as disciplinas que deveria cursar naFaculdade, respondeu: “Contabilidade, a linguagem mundial dos negócios”. ParaInterpretar as demonstrações financeiras de uma empresa, você tem que saberinterpretar os números. Para isso, precisa aprender Contabilidade. Se você nãosabe ler o placar, não sabe como anda o jogo, o que significa que não conseguedistinguir os vencedores dos perdedores.

Através da Contabilidade é que se traçam objetivos, se mensuramresultados e se avaliam desempenhos. É por meio dos relatórios elaborados combase no sistema de informações contábeis que gestores decidem quanto aopreço a ser praticado, ao mix de produtos a ser vendido e à tecnologia a serutilizada.

Como toa e qualquer linguagem, a Contabilidade utiliza sinais e símboloscognitivos próprios, possui um vocabulário específico e seus princípiosfundamentais de contabilidade para registrar as informações contábeis.

Conhecer e entender o significado de seus relatórios permite entender oresultado econômico-financeiro de qualquer organização.

Sem um conhecimento forma de Contabilidade, como seria a análise deuma empresa? Como calcularia sua capacidade de pagar as dívidas, sualucratividade ou mesmo o retorno do capital investido?

A Contabilidade se constitui nos dias atuais como o melhor sistema deinformações que terá como objetivo mensurar, avaliar o resultado do negócio eauxiliar gestores a tomarem decisão.

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CONCEITOS

CONTABILIDADE – é uma ciência que possibilita, por meio de técnicas,o controle permanente do patrimônio das empresas.

O objeto ou assunto do qual trata a Contabilidade é o patrimônio.

PATRIMÔNIO – é um conjunto de bens, direitos e obrigações de umapessoa, avaliado em moeda.

BENS – são as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanase suscetíveis de avaliação econômica. Sob o ponto de vista contábil, pode-seentender Bens todos os objetos que uma empresa possui, seja para uso, trocaou consumo.

Os bens podem ser classificados em bens materiais (móveis e imóveis) ebens imateriais (fundo de comércio, marcas e patentes).

Nos meios comerciais, são muito usadas tanto a expressão bensmateriais como bens tangíveis; o mesmo ocorre com as expressões bensimateriais ou bens intangíveis.

DIREITOS – constituem direitos para a empresa todos os valores que elatem a receber de terceiros (clientes, inquilinos etc).

OBRIGAÇÕES – constituem obrigações para a empresa todos os valores

que ela tem a pagar para terceiros (fornecedores, proprietários de imóveis,empregados, Governo, bancos etc).

EMPRESA – é uma unidade de produção, resultante da combinação dostrês fatores da produção (natureza, trabalho e capital) e constituída para odesenvolvimento de uma atividade econômica.

Entre as funções da Contabilidade, temos:

1 – função administrativa – controlar o patrimônio;

2 – função econômica – nas empresas, consiste em apurar o lucro ouprejuízo, ou seja, calcular o resultado econômico.

A principal finalidade da Contabilidade é fornecer informações sobre oPatrimônio, informações essas de ordem econômica e financeira, que facilitamas tomadas de decisões, tanto por parte dos administradores ou proprietárioscomo também por parte daqueles que pretendem investir na empresa.

As informações de ordem econômica referem-se à movimentação dascompras e vendas, despesas e receitas, evidenciando os lucros e prejuízos

apurados nas transações realizadas pela empresa.

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Contabilidade Aplicada

As informações de ordem financeira referem-se ao fluxo de caixa(entradas e saídas de dinheiro).

As áreas da Contabilidade podem ser estudadas de forma autônoma,divididas em Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, ContabilidadeBancária, Contabilidade Pública, Contabilidade de Seguros, Análise dasDemonstrações, Auditoria etc.

ESCRITURAÇÃO – é uma das técnicas utilizadas pela Contabilidade;consiste em registrar, nos livros próprios, os acontecimentos que provocammodificações no Patrimônio da empresa.

A escrituração começa pelo livro Diário, no qual todos os registros sãoefetuados mediante documentos que comprovem as ocorrências dos fatos. Osdocumentos mais comuns são: notas fiscais, recibos de alugueis, contas de água

e esgoto, notas fiscais de fornecimento de energia elétrica, faturas, duplicatas,contratos etc. Não se pode escriturar nada nos livros contábeis sem quedocumentos idôneos comprovem a veracidade do registro.

APLICAÇÃO E USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidadeseconômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como aUnião, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc.

Entidades econômico-administrativas – são organizações que reúnem os

seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, ações administrativas e fimdeterminado.

Instituições – são entidades econômico-administrativas com finalidadessociais e socioeconômicas. As com objetivos sociais são aquelas cujaadministração tem por objetivo o bem estar social da coletividade, como asassociações recreativas e esportivas, os hospitais beneficentes, os asilos etc; ascom finalidades socioeconômicas são aquelas cuja administração tem interesseno aspecto econômico da entidade, porém este reverte em benefícios dacoletividade a que pertencem. São exemplos os institutos de aposentadoria,pensões, previdência etc.

Empresas – são entidades econômico-administrativas que tem finalidadeeconômica, isto é, visam o lucro. Desenvolvem os mais variados ramos deatividades, como comércio, indústria, agricultura, pecuária, transporte,telecomunicações, turismo e uma infinidade de serviços.

Quanto a natureza do capital com que são constituídas, as empresaspodem ser públicas, privadas e mistas. São públicas aquelas constituídas comcapital do governo. São privadas aquelas constituídas com capital departiculares. São mistas aquelas constituídas com capital do Governo e de

particulares.

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Contabilidade Aplicada

Os usuários da contabilidade, portanto, são todas as entidadeseconômico-administrativas que utilizam para registrar e controlar amovimentação de seus patrimônios, incluindo proprietários, acionistas, gerentes,administradores, clientes, fornecedores, bancos, Governo etc.

Enfim, os usuários da contabilidade são todos aqueles que direta ouindiretamente utilizam as informações fornecidas por ela, seja para acompanharo desenvolvimento da empresa, seja para tomar decisões administrativas,econômicas ou financeiras, seja para conhecer as garantias que a empresaoferece para cumprir seus compromissos junto aos seus clientes, fornecedorese, principalmente, ao fisco.

ASPECTOS QUALITATIVO E QUANTITATIVO DO PATRIMÔNIO

Aspecto qualitativo – este aspecto consiste em especificar, segundo a

natureza de cada um, os bens, os direitos e as obrigações.Aspecto quantitativo – esse aspecto consiste em dar a esses bens,

direitos e obrigações, seus respectivos valores, levando-nos a conhecer o valordo Patrimônio.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

Na representação gráfica do Patrimônio temos, de um lado, os Bens e osDireitos, que formam o grupo de elementos positivos; de outro lado, asobrigações, que formam o grupo dos elementos negativos.

SITUAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMONIAIS

A situação líquida patrimonial é a diferença entre o ativo (bens e diretos)e o passivo (obrigações).

As situações líquidas patrimoniais possíveis são: situação líquida positiva,negativa e neutra.

A EQUAÇÃO DO PATRIMÔNIO

A identidade fundamental da Contabilidade é a base de todo o processode escrituração e de acumulação de registros. Pode ser expressa da seguinte

forma:

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Contabilidade Aplicada

ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Esta expressão é adequada numa apresentação de balanço de formadedutiva, na qual se faz a subtração de todas as contas de passivo das contasde ativo, restando como resíduo, as de patrimônio líquido.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Obviamente, se a soma das contas que constituem o ativo for igual à somados valores das contas que integram o passivo, o valor do patrimônio líquido seránulo e a identidade será assim apresentada:

ATIVO = PASSIVO

A identidade patrimonial sempre deve ser satisfeita, qualquer que seja a

operação registrada. Sempre que não se especificar uma forma de apresentaçãodiferente, será subentendida, a expressão:

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Patrimônio líquido é o quarto grupo de elementos patrimoniais que, juntamente com os bens, direitos, e as obrigações, complementará ademonstração contábil denominada Balanço Patrimonial.

O Patrimônio Líquido é composto pelos seguintes elementos: Capital,

Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados.O Capital poderá ser composto somente por dinheiro, ou dinheiro e outros

bens como Móveis e Utensílios, Veículos, Mercadorias etc. Durante a vidanormal das empresas, o capital pode ser aumentado com novas somascolocadas pelos titulares ou pela incorporação de parte dos lucros auferidospelas próprias empresas.

As reservas são parcelas dos lucros apurados pelas empresas que ficamretidas para determinados fins, como é o caso da Reserva para Investimentos,que normalmente é utilizada para ampliação das instalações da empresa,

abertura de filiais etc.

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Contabilidade Aplicada

Os lucros ou prejuízos acumulados correspondem ao resultado positivo(lucro) ou negativo (prejuízos) apurados pela empresa na movimentação dopatrimônio.

Quando o resultado apurado no final do exercício social corresponder alucro, ele terá várias destinações: uma parte vai para o Governo (contribuiçãosocial e imposto de renda); uma parte poderá ser destinada a compensarprejuízos apurados em exercícios anteriores; uma parte poderá ser destinadaaos participantes no lucro (empregados, administradores etc.); outra partepoderá ser destinada à constituição de reservas; outra à distribuição aos titularesou sócios em forma de dividendos; e, outra parte, poderá, ainda, ficar retida noPatrimônio para futuras destinações.

ORIGEM E APLICAÇÕES DOS RECURSOS

O Capital representa um elemento do grupo do Patrimônio Líquido e que,quando da constituição de uma empresa, corresponde à soma dos valores comos quais o proprietário inicia suas atividades.

O Patrimônio da empresa é representado pelo Balanço Patrimonial em umgráfico de dois lados e por que ambos os lados possuem o mesmo total; e, ainda,por que o valor do Patrimônio não é igual à soma dos dois totais encontrados emcada um dos lados do Balanço Patrimonial.

O Passivo mostra a Origem de Capitais, isto é, como a empresaconseguiu os recursos que possui; e o Ativo mostra a aplicação de Capitais; isto

é, em que a empresa aplicou os recursos originados, conforme mostra o lado doPassivo.

PASSIVO – ORIGEM DOS RECURSOS

OBRIGAÇÕES – correspondem à parte do Patrimônio que a empresadeve a terceiros. Por isso, são também chamadas de Capitais de Terceiros.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO – é a parte do Patrimônio que pertence aoproprietário da empresa. São os capitais próprios, que podem se originar de duasfontes: recursos do proprietário e evolução normal da empresa.

ATIVO – APLICAÇÃO DOS RECURSOS

Os capitais Próprios e de Terceiros, cujas origens são demonstradasmediante os elementos que compõem o Passivo, são aplicados na empresa emBens e Direitos, conforme mostram os elementos que compõem o Ativo.Portanto, os recursos que a empresa utilizou para ter no seu Ativo os Bens e osDireitos foram obtidos dos elementos do Passivo.

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Contabilidade Aplicada

CONTAS

Conta é o nome técnico dados aos componentes patrimoniais e aoselementos de resultado.

É por meio delas que a Contabilidade consegue desempenhar o seu papelque consiste no registro e no controle de todos os acontecimentos responsáveispela gestão do Patrimônio.

As contas podem ser classificadas em dois grupos (TeoriaPatrimonialista): Contas patrimoniais e Contas de resultado.

Contas patrimoniais representam os bens, direitos, as obrigações e opatrimônio líquido. Dividem-se em ativas e passivas e são elas que representamo patrimônio da empresa num dado momento mediante o Balanço Patrimonial.

As Contas de resultado dividem-se em contas de resultado e contas dereceita. Aparecem durante o exercício social, encerrando-se no final de talexercício. Não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas é por meio delas quesabemos se a empresa apresentou lucro ou prejuízo em suas atividades.

Despesas decorrem do consumo de bens e da utilização de serviços. Asdespesas são registradas pela Contabilidade por meio das Contas de Resultado.

As receitas decorrem da venda de bens e da prestação de serviços.

NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO

Na ciência contábil, em toda representação gráfica em forma “T”, o ladoesquerdo será sempre o lado do débito e o direito, o do crédito. Como no BalançoPatrimonial apresentado no gráfico em forma de “T” as contas do ativo foramnaturalmente posicionadas ao lado esquerdo, as do passivo do lado direito,temos que:

  As contas do ativo são de natureza devedora;  As contas do passivo são de natureza credora;

  As contas de despesa são de natureza devedora;  As contas de receita são de natureza credora.

PLANO DE CONTAS

O plano de contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas quedisciplina as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dosregistros contábeis.

O plano de contas é estruturado de forma ordenada e leva emconsideração algumas características fundamentais, tais como: tamanho daempresa, ramo de atividade que a empresa opera, sistema contábil, interessesdos usuários etc.

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Contabilidade Aplicada

Cada empresa deve elaborar o seu plano de contas, sempre obedecendoaos seus interesses e, principalmente, à Legislação pertinente. Atualmente oplano de contas deve obedecer às disposições contidas na Lei nº 6.404/76 (Leidas Sociedades por Ações).

As contras patrimoniais são agrupadas no Balanço Patrimonial em grupose subgrupos, conforme determina a Lei º 6.404/76, abaixo exemplo do AtivoCirculante.

CONTAS PATRIMONIAIS

ATIVO

No ativo encontram-se todas as contas que representam os bens e osdireitos, devidamente classificadas em dois grupos: Ativo circulante e Ativo NãoCirculante.

São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, que sãoavaliáveis em dinheiro e que representam benefícios presentes ou futuros paraa empresa.

Bens: máquinas, terrenos, estoques, dinheiro (moeda), ferramentas,veículos, instalações etc.

Direitos: contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações,depósitos bancários, títulos de crédito etc.

Para ser ativo é necessário que qualquer item preencha quatro requisitossimultaneamente:

a) bens ou direitos;b) de propriedade da empresa;c) mensurável monetariamente;d) benefícios presentes ou futuros.

A ordem de disposição das contas no Ativo é a ordem decrescente dograu de liquidez dos elementos nelas registrados.

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Contabilidade Aplicada

Grau de liquidez é o maior ou menor prazo no qual os bens e direitospodem ser transformados em dinheiro.

ATIVO CIRCULANTE

Neste grupo, encontra-se classificadas todas as contas que representamos bens e direitos que, pela natureza de cada um, estão em constante circulação.

ATIVO NÃO CIRCULATE

Neste grupo encontra-se classificadas todas as contas que representama aplicação de recursos em direitos realizáveis a longo prazo, bem como embens de uso e em bens imateriais. Os direitos realizáveis alongo prazo sãoaqueles cujos vencimentos ocorrem após o término do exercício social seguinteao do Balanço.

PASSIVO

No Passivo, encontram-se as contas que representam as obrigações e opatrimônio líquido devidamente classificadas em três grupos: Passivo circulante,Passivo não circulante e Patrimônio Líquido.

A ordem de disposição das contas do Passivo, é a ordem decrescente dograu de exigibilidade.

Grau de exigibilidade é o maior ou menor prazo em que as obrigações

devem ser pagas pela empresa. Assim, serão classificadas no Passivo circulanteas obrigações cujos vencimentos ocorram em prazo inferior a um ano, a contarda data do respectivo Balanço, bem como serão classificadas no Passivo nãocirculante as obrigações cujos vencimentos ocorram após um ano da data dorespectivo Balanço.

PASSIVO CIRCULANTE

Neste grupo são classificadas todas as contas que representam asobrigações que a empresa terá de pagar no exercício seguinte ao do Balanço.

PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Neste grupo são classificadas todas as contas que representam asobrigações que a empresa terá de pagar após o término do exercício socialseguinte ao do Balanço.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Neste grupo são classificadas todas as contas que representam o Capitalpróprio da empresa.

ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS

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O Patrimônio das empresas está em constante movimento, por causa dosacontecimentos que ocorrem diariamente. Esses acontecimentos podem serdivididos em dois grupos: Atos administrativos e Fatos administrativos.

ATOS ADMINISTRATIVOS – são os acontecimentos que ocorrem naempresa e não provocam alterações no Patrimônio (Aval de títulos, Fianças emfavor de terceiros, Contratação de seguros, Remessa de duplicatas paracobrança simples).

FATOS ADMINISTRATIVOS – são os acontecimentos que provocamvariações nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido.

Os fatos administrativos podem ser classificados em três grupos: fatospermutativos, fatos modificativos e fatos mistos.

Fatos permutativos são aqueles que provocam permutações entre oselementos do Ativo e/ou Passivo, sem modificar o valor do Patrimônio Líquido.São também denominados Fatos Qualitativos. Pode ocorrer troca entre oselementos do Ativo, entre os elementos do Passivo e entre ambos ao mesmotempo.

Fatos modificativos são aqueles que acarretam alterações, para mais oupara menos, no Patrimônio Líquido. São também denominados FatosQuantitativos.

Fatos mistos envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato

modificativo. Pode, portanto, acarretar alterações no Ativo e no Patrimôniolíquido, ou no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido simultaneamente.

ESCRITURAÇÃO

Escrituração é uma técnica contábil que consiste em registrar nos livrospróprios todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e que modifiquemou possam vir a modificar a situação patrimonial.

Segundo estabelece o artigo 1.179 do Código Civil Brasileiro (Lei nº10.406/2002), todas as empresas estão obrigadas a seguir um sistema decontabilidade, mecanizada ou não, com base na escrituração uniforme de seuslivros, em correspondência com a documentação respectiva.

A entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seusatos e fatos administrativos, através de processo manual, mecanizado oueletrônico.

A escrituração será executada:

a) em idioma e moeda corrente nacionais;

b) em forma contábil;c) em ordem cronológica de dias, mês e ano;

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d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras,emendas ou transportes para as margens;

e) com base em documentos de origem externa ou interna, na sua falta,em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atosadministrativos.

Está dispensado da escrituração contábil, pelo Código Civil, somente opequeno empresário.

Pequeno empresário, é o empresário individual caracterizado comomicroempresa que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (art. 68 da LeiComplementar nº 123/2006).

LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO

LIVRO DIÁRIO – é um livro obrigatório. Nele são lançadas, comindividualização, clareza e indicação do documento comprobatório, dia a dia, porescrita direta ou reprodução, todos os acontecimentos que ocorrem na empresae que provocam modificações no Patrimônio (fatos administrativos), bem comoaqueles que possam vir a modificar futuramente o Patrimônio (atosadministrativos relevantes).

O uso do Diário está previsto na legislação civil art. 1.180 do CCB (Lei nº10.406/2002), na legislação comercial (Decreto-lei nº 486/1969, art. 5º), nalegislação tributária (art. 258 do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999)e na legislação societária (Lei nº 6.404/76).

LIVRO RAZÃO – o razão é um livro de grande utilidade para aContabilidade porque nele é registrado o movimento individualizado de todas ascontas. A escrituração do livro Razão passo a ser obrigatória a partir de 1991(art. 14 da Lei nº 8.218/91).

LIVRO CONTAS-CORRENTE – é um livro auxiliar do livro Razão. É usadopara controlar a movimentação das contas que representam Direitos eObrigações.

LIVRO CAIXA – o livro Caixa também é auxiliar, nele são registrados

todos os fatos administrativos que envolvem entradas e saídas de dinheiro.

É importante salientar que o livro Caixa é obrigatório para asmicroempresas e para as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples (§2º do art. 26 da Lei Complementar nº 123/2006), bem como para as empresasque optarem pela tributação do Imposto de Renda com base no lucro presumidodesde que optem também pela não manutenção de escrita contábil para fins derecolhimento do Imposto de Renda (parágrafo único do art. 527 do RIR/99).

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS – Esse método que é de usouniversal e foi divulgado no século XV (1494) na cidade de Veneza, na Itália,pelo frade franciscano Luca Pacioli, consiste no seguinte: não há devedor sem

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Contabilidade Aplicada

que haja credor e não há credor sem que haja devedor, sendo que a cada débitocorresponde um crédito de igual valor.

A aplicação do método das partidas dobradas pode ser resumida assim:

CONTAS SALDOAUMENTA DIMINUIAtivo Débito CréditoPassivo Exigível Crédito DébitoPatrimônio Líquido Crédito DébitoReceita Crédito DébitoDespesa Débito Crédito

As receitas aumentam o patrimônio líquido. Por isso são credoras. Asdespesas diminuem o patrimônio líquido e são devedoras.

Considerada a tabela anterior, quando uma conta é do ativo, se quisermosindicar o aumento do seu saldo, ela deverá ser lançada a débito. A conta caixa,por exemplo, é do ativo. Logo, seu saldo aumenta a débito. Quando registramosa entrada de dinheiro na tesouraria da empresa, a conta caixa é debitada. Sehouver saída de dinheiro do caixa, a conta deverá ser creditada. Com a entradado dinheiro, o caixa passa a ser devedor do proprietário. Na saída de dinheiro, ocaixa é lançado a crédito para que seja diminuído o seu débito anterior.

LANÇAMENTO

Lançamento é o meio pelo qual se processa a Escrituração. Os Fatos eos Atos administrativos são registrados por meio do lançamento, inicialmente nolivro Diário, mediante documentos que comprovem a legitimidade da operação(notas fiscais, recibos, contratos etc.).

O lançamento no livro Diário, é feito em ordem cronológica de dia, mês eano, e os elementos que compõem obedecem a uma determinada disposiçãotécnica.

Para elaborar o lançamento deverá ser observado os seguintes passos:

1º passo: verificar o local e a data da ocorrência do Fato;

2º passo: verificar o documento emitido para comprovar a operação;

3º passo: identificar, no Fato, os elementos envolvidos;

4º passo: verificar no elenco de contas quais contas utilizaremos pararegistrar cada um dos elementos identificados no 3º passo;

5º passo: preparar o histórico do problema;

6º passo: identificar a conta a ser debitada e a conta ser creditada;

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Contabilidade Aplicada

7º passo: efetuar o lançamento.

RAZONETE E BALANCETE

RAZONETE – também denominado gráfico em T ou conta em T, orazonete nada mais é do que uma versão simplificada do livro Razão.

Sob o ponto de vista contábil, o livro Razão, é o mais importante dos livrosutilizados pela Contabilidade. Por meio dele é possível controlar,separadamente, o movimento de todas as contas.

BALANCETE – é uma relação de contas extraídas do livro Razão (ou derazonetes), com seus saldos devedores ou credores.

Os Balancetes podem diferir uns dos outros em relação ao número decolunas. Há Balancetes que poderão conter apenas duas colunas, umadestinada ao saldo devedor e outra ao saldo credor de cada conta; outrospoderão apresentar colunas destinadas ao movimento de cada conta; aosajustes efetuados para apuração do resultado; aos saldos etc.

APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Ao fim de cada exercício social, as empresas realizam uma série deprocedimentos visando à apuração do Resultado do Exercício e à elaboraçãodas Demonstrações Contábeis.

Apurar o Resultado do Exercício consiste em verificar, por meio dascontas de resultado, se a movimentação do Patrimônio da empresa apresentoulucro ou prejuízo durante o exercício social.

ROTEIRO PARA APURAÇÃO DO RESULTADO

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Contabilidade Aplicada

1º Elaborar um balancete de verificação composto por contas cujos saldosserão extraídos do livro Razão ou dos Razonetes;

2º Transferir os saldos das Contas de Despesas para a conta transitóriaResultado do Exercício;

3º Transferir os saldos das Contas de Receita também para a cotatransitória Resultado do Exercício;

4º Apurar – no livro Razão ou no Razonete – o saldo da conta Resultadodo Exercício;

5º Transferir o resultado da conta Resultado do Exercício para a contaLucros Acumulados, se for lucro, ou para a conta Prejuízos Acumulados, se forprejuízo, essas contas são patrimoniais, do grupo do Patrimônio Líquido.

6º Levantar o Balanço Patrimonial;

7º Transcrever o Balanço Patrimonial no livro Diário.

OPERAÇÃO COM MERCADORIAS

Para registrar as compras e vendas de mercadorias, utiliza-se a contaestoque de mercadorias.

Para contabilizar as operações com mercadorias existem dois métodos:

1) Método da conta mista: consiste em utilizar uma única conta, quepoderá ser chamada de mercadorias, ou estoque de mercadorias, ououtra semelhante, para registrar todas as operações com mercadorias.

2) Método da conta desdobrada: consiste em utilizar as três contasbásicas: estoque de mercadorias, compras de mercadorias e vendasde mercadorias. Podem, ainda, ser utilizadas as contas comprasanuladas e vendas anuladas.

A empresa poderá optar por um dos dois métodos, mas não poderá utilizarambos ao mesmo tempo, para não prejudicar a uniformidade de seus registros

contábeis. Seja qual for o método utilizado, a empresa poderá, adotar um dosseguintes sistemas:

1) Inventário permanente: consiste em controlar permanentemente ovalor do estoque de mercadorias. Assim, a cada compra efetuada, ocusto da respectiva compra é adicionada ao estoque; da mesmaforma, a cada venda efetuada, o custo da respectiva venda é diminuídodo estoque. Assim, o estoque de mercadorias fica atualizadoconstantemente.

2) Inventário periódico: por este sistema, o valor do estoque demercadorias só é conhecido no final do período, após a realização dacontagem física de todas as mercadorias existentes (inventário).

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Contabilidade Aplicada

RESULTADO SIMPLIFICADO DA CONTA MERCADORIAS

O resultado da conta mercadorias é também denominado resultadooperacional bruto ou resultado bruto do exercício.

Para apurar, no final de um período o resultado da conta mercadorias,precisamos, inicialmente, verificar, no livro Razão, os saldos das contasutilizadas durante o respectivo período para o registro das operações commercadorias.

APURAÇÃO EXTRACONTÁBIL

1ª Fórmula, CMV = EI + C – EF

CMV = custo das mercadorias vendidas

EI = estoque inicial de mercadorias

C = compras de mercadorias

EF = estoque final de mercadorias

2ª Fórmula, RCM = V – CMV

RCM = resultado da conta mercadorias

V = vendas de mercadorias

CMV = custo das mercadorias vendidas

Sendo o RCM positivo, significa que o valor das vendas de mercadoriasfoi superior ao custo das respectivas mercadorias vendidas; logo, corresponde alucro. Esse lucro apurado nas vendas de mercadorias denomina-se Lucro Brutodo Exercício.

Sendo o RCM negativo, significa que o valor das vendas de mercadoriasfoi inferior ao custo das respectivas mercadorias vendidas; logo, corresponde a

prejuízo. Esse prejuízo apurado as vendas de mercadorias denomina-se prejuízosobre vendas.

APURAÇÃO CONTÁBIL

1º passo: reconstituição dos razonetes

2º passo: contabilização do CMV

3º passo: contabilização do RCM

FATOS QUE ALTERAM OS VALORES DE COMPRAS E VENDAS

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Contabilidade Aplicada

FATOS QUE ALTERAM OS VALORES DE COMPRAS

Fretes e seguros sobre compras – são importâncias pagas diretamenteao fornecedor de uma empresa, ou a uma empresa transportadora, referentes adespesas com seguros e transporte de mercadorias do estabelecimento dofornecedor até a empresa que as comprou.

Compras anuladas ou devoluções de compras – consiste na devoluçãototal ou parcial das mercadorias adquiridas tendo em vista fatos desconhecidosno momento da compra.

Abatimentos sobre compras – sempre que nossa empresa, ao recebermercadorias adquiridas de fornecedores, constatar que tais mercadorias, pormotivos desconhecidos no momento da compra, não atendem às nossasexpectativas.

Descontos incondicionais obtidos – são descontos que nossa empresaganha dos fornecedores no momento em que efetuamos compras demercadorias.

FATOS QUE ALTERAM OS VALORES DE VENDAS

Vendas anuladas ou devoluções de vendas – consiste no recebimento emdevolução do total ou de parte das mercadorias vendidas, tendo em vista motivosdesconhecidos no momento da venda.

Abatimento sobre vendas – quando nossos clientes, ao receberemmercadorias adquiridas de nossa empresa, constatarem alguma irregularidade,eles poderão devolve-las total ou parcialmente ou solicitar abatimento no preçode custo.

Desconto incondicionais concedidos – independentemente de qualquercondição posterior à emissão da nota fiscal, nossa empresa também poderáoferecer descontos, destacando-os nas notas fiscais de venda.

TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS

ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadoriase sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal ede Comunicação.

A contabilização do ICMS torna-se muito simples a partir do momento quepassamos a conhecer o mecanismo que envolve a sua incidência nas operaçõesde compra e venda de mercadorias.

O valor do ICMS pago ao Fornecedor, por ocasião da compra, representadireito para sua empresa junto ao Governo do Estado.

O valor do ICMS recebido de cliente, por ocasião da venda, representaobrigação da sua empresa junto ao Governo do Estado.

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Contabilidade Aplicada

PIS/PASEP ECOFINS SOBRE FATURAMENTO

O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para oFinanciamento da Seguridade Social (COFINS), são duas modalidades detributos que as empresas em geral devem recolher mensalmente ao GovernoFederal.

Os valores das contribuições para o PIS/PASEP e para a COFINS sãocalculados no final de cada mês mediante a aplicação de alíquotas (percentuais)sobre o faturamento que a empresa obteve no referido mês, ou sobre o valorbruto da folha de pagamento.

Para a legislação do PIS/PASEP e da COFINS, faturamento compreendeo total da receita bruta decorrente de vendas de bens e serviços nas operaçõesem conta própria ou alheia, bem como as demais receitas auferidas pela

empresa, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

Para apurar o Resultado da Conta Mercadorias, é preciso ter em mãosalguns dados relacionados com a movimentação da conta mercadorias duranteo ano, como o valor do estoque inicial, das compras, das vendas e do estoquefinal.

PREÇO ESPECÍFICO – o critério de avaliação preço específico consisteem atribuir, a cada unidade do estoque, o preço efetivamente pago por ela.

Segundo este método, o custo de uma mercadoria vendida é exatamente o custode adquiri-la. Há, portanto, uma relação íntima e indissociável entre as unidadesfísicas e seus custos de aquisição, enquanto estiverem no Ativo, tanto para finsde balanço como para fins de determinação do CMV.

PEPS – por este critério atribuem-se aos estoques os custos maisrecentes. A expressão “primeiro que entra primeiro que sai” (PEPS). Adotandoeste critério para valoração dos estoques, a empresa atribuirá às mercadoriasestocadas os custos mais recentes

UEPS – por este critério, atribuem-se aos estoques os custos mais

antigos. A expressão “último que entra primeiro que sai” (UEPS). Adotando estecritério para valoração dos seus estoques, a empresa sempre atribuirá às suasmercadorias em estoque os custos mais antigos, guardas as devidas proporçõescom as mercadorias que entraram e saíram do estabelecimento.

A adoção do critério UEPS apresenta pelo menos duas implicações: umadelas é de ordem técnica; e a outra, fiscal:

1) Implicação do ponto de vista técnico: se a empresa adotar a políticade estoque mínimo e não zerar o estoque antes de efetuar novascompras, com a inflação e troca de moeda – fatos muito comuns noBrasil nas últimas duas décadas do milênio passado, os valores das

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Contabilidade Aplicada

moedas antigas se tornarão tão irreais que causarão problemas paravalorar as unidades remanescentes em estoque.

2) Implicação do ponto de vista fiscal: a atribuição de preços maisrecentes para as mercadorias vendidas e de preços mais antigos paraos estoques remanescentes resultará em lucros menores e,consequentemente, os valores dos impostos recolhidos também serãomenores, em razão disso, o Governo brasileiro não aprova a adoçãodesse critério.

CUSTO MÉDIO PONDERADO MÓVEL – por este critério, as mercadoriasestocadas serão sempre valoradas pela média dos custos de aquisição, sendoestes atualizados a cada compra efetuada. Este critério é denominado customédio ponderado móvel, pois, toda vez que ocorrer compra por custo unitáriodiferente dos que constarem do estoque, o custo médio se modificará.

CUSTO MÉDIO PONDERADO FIXOAdotando este critério, as mercadorias estocadas serão valoradas

somente no final do período (normalmente no final do ano) pela média dos custosdas mercadorias que estiveram disponíveis para venda durante todo o período.

Enquanto o custo médio ponderado móvel é atualizado durante oexercício sempre que uma compra for efetuada, o custo médio ponderado fixo éapurado uma só vez, e no final do exercício, após a última compra efetuada.

QUAL DOS CRITÉRIOS DEVE SER UTILIZADO?

O mais aconselhável dos critérios é o custo médio, pois espelha maiorrealidade nos custos, no lucro e no estoque final. O único não aceito pelalegislação do Imposto de Renda brasileira é o UEPS, pois distorcecompletamente os resultados, apresentando custo maior, lucro menor e estoquefinal diverso da realidade. A empresa poderá adotar o critério que achar maisconveniente, mas se usar o UEPS deverá apresentar a diferença para tributação.

PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

A provisão para créditos de liquidação duvidosa, que poderá também

receber a denominação de “perdas estimadas em créditos de liquidaçãoduvidosa”, corresponde a um valor provisionado no final de cada exercício socialpara cobrir, no exercício seguinte, perdas decorrentes do não recebimento dedireitos da empresa.

O valor desta provisão é calculada mediante a aplicação de um percentualsobre os saldos das contas que, na data do levantamento do Balanço, registramdireitos, os quais são provenientes de vendas a prazo de mercadorias e serviços.

O percentual deve resultar de estudos efetuados pela própria empresa,com base nas perdas que frequentemente ocorrem. Uma forma sensata de obtê-lo consiste no levantamento da média aritmética entre os percentuais das perdasregistradas nos três últimos exercícios.

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Contabilidade Aplicada

DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E TESTE DERECUPERABILIDADE

DEPRECIAÇÃO

Depreciação é a diminuição parcelada de valor que sofrem os bens deuso da empresa, em decorrência do desgaste pelo uso, ação da natureza e daobsolescência.

Contabilmente, depreciar significa considerar como despesa, ou custo deum período, parte do valor gasto na compra de bens de uso da empresa.

Alocar sistematicamente o valor depreciável de um bem nada mais é doque transferir periodicamente uma parcela do valor gasto na aquisição do bemde uso para o resultado do período. Essa transferência é feita contabilmente.

Os bens sujeitos à depreciação são os corpóreos (tangíveis, materiais),como computadores, móveis e utensílios, imóveis, instalações, veículos etc.Esses bens são contabilizados em contas que figuram no Ativo Não Circulante,subgrupo Imobilizado.

Para se determinar o valor a ser contabilizado na depreciação devem serseguidos os seguintes passos:

1º estimar o tempo de vida útil para o bem;

2º escolher o método de depreciação a ser adotado;

Existem vários métodos de depreciação, como método linear ou em linhareta, método da soma dos algarismos dos anos com taxas crescentes edecrescentes, método das unidades produzidas etc.

O mais usado no Brasil é o método linear ou em linha reta, que consisteem aplicar taxas constantes durante o tempo de vida útil econômica estimadopara o bem. Por exemplo, se o tempo de vida útil de um bem foi determinado emdez anos, a taxa anual de depreciação será de 10%.

Os prazos usualmente admitidos, bem como as respectivas taxas dedepreciação dos bens mais comuns são:

BEM VIDA TIL TAXAComputadores 5 anos 20% a.a.Imóveis (exceto terrenos) 25 anos 4% a.a.Instalações 10 anos 10% a.a.Móveis e utensílios 10 anos 10% a.a.Veículos 5 anos 20% a.a.

AMORTIZAÇÃO

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Contabilidade Aplicada

Amortização é a diminuição do valor dos bens imateriais classificados nointangível, em razão do tempo.

Enquanto a depreciação é usada para os bens materiais, a amortização éusada para os bens imateriais, como fundo de comércio, direitos autorais,marcas, patentes etc.

Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, porém,uma ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

Por meio da amortização considera-se como despesa ou custo do períodouma parte do capital aplicado em bens imateriais com ida útil definida,integrantes do intangível.

TESTE DE RECUPERABILIDADE

Consiste no confronto entre o valor contábil de uma ativo com seu valorrecuperável.

Valor contábil é o montante pela qual o ativo está reconhecido no balançodepois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustãoacumulada e ajuste para perdas.

Valor recuperável de um ativo é o maior montante entre o seus valor justoliquido de despesa de venda e o seu valor em uso.

Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pelavenda de uma ativo em transações em bases comutativas, entre partesconhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

O princípio da competência é um dos princípios de Contabilidade (PC)aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFCnº 750/93, a qual teve dispositivos atualizados e consolidados pela ResoluçãoCFC nº 1282/2010.

O princípio da competência estabelece que as Receitas e as Despesasdevem ser incluídas na apuração do Resultado do período em que ocorrerem,sempre de forma simultânea quando se correlacionarem, independentemente deseu recebimento ou pagamento.

Assim, as Despesas serão consideradas no Exercício a que pertencerem,tenham ou não sido pagas; e as receitas serão consideradas no Exercício emque forem realizadas, tenham ou não sido recebidas.

Em outras palavras, para o princípio da competência, o que determina a

inclusão da despesa e da receita na apuração do Resultado do Exercício é aocorrência do respectivo Fato gerador.

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Contabilidade Aplicada

AJUSTES EM CONTAS DE DESPESAS

DESPESAS INCORRIDAS E NÃO PAGAS

Despesas com aluguéis – suponhamos que o aluguel do prédio em queestá instada a nossa empresa, referente ao mês de maio, no valor de R$5.000,00, deva ser pago no dia 10 de junho, de acordo com o que estabelece ocontrato de locação. Tendo em vista que o fator gerador dessa despesa ocorreudurante o mês de maio, no dia 31 de maio será feita a apropriação da referidadespesa.

Despesa com salários e encargos – a exemplo do que ocorre com acontabilização dos aluguéis, a empresa deve apropriar no final de cada mês, asdespesas com salários e encargos devidos em decorrência dos serviçosprestados pelo seus empregados durante o referido mês.

DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE

São despesas que já foram pagas, embora os fatos geradores ainda nãotenham ocorrido. Enquanto tais fatos não acontecerem, esses gastosrepresentam direitos para a empresa, motivo pelo qual, no dia em que forempagos, deverão ser contabilizados a débito nas contas patrimoniais do ativocirculante que espelharem, adequadamente, os respectivos direitos.

Despesas com seguros – as empresas costumam fazer seguro para cobrireventuais perdas causadas por furtos ou decorrentes de bens danificados por

incêndio, vendaval, colisão etc. Os seguros costumam ter validade de um ano,isto é, uma vez assinado o contrato, o patrimônio segurado ficará coberto durante365 dias.

Despesas com aluguéis – os aluguéis constituem outro caso de despesaque pode ser paga antecipadamente.

Despesas com materiais de consumo – para se contabilizar os materiaisque a empresa adquire para consumo próprio, como os materiais de expedientee limpeza, há que se considerar duas situações:

1ª Quando a empresa compra em pequenas quantidades para consumoimediato;

2ª Quando a empresa adquire esses materiais em grandes quantidadespara consumo futuro.

AJUSTE EM CONTAS DE RECEITA

Os ajustes nas contas de receitas também devem ser feitos para registrartanto as receitas realizadas (geradas) e não recebidas, como as recebidas eainda não realizadas.

REGIMES CONTÁBEIS

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Contabilidade Aplicada

Regime de caixa: na apuração do Resultado do Exercício devem serconsideradas todas as despesas pagas e todas as receitas recebidas norespectivo exercício, independentemente da data da ocorrência de seus fatosgeradores. Em outras palavras, por esse regime, somente entrarão na apuraçãodo Resultado as despesas e as receitas que passaram pelo caixa.

Regime de competência: na apuração do Resultado do Exercício devemser consideradas as despesas incorridas e as receitas realizadas no respectivoexercício, tenham ou não sido pagas ou recebidas. Desse regime decorre oprincípio da competência de exercícios. De acordo com o regime decompetência, não importa se as despesas ou receitas passaram pelo caixa, oque vale é a data da ocorrência dos respectivos fatos geradores.

RESULTADO DO EXERCÍCIO

De posse do Balancete de Verificação, os procedimentos visando àapuração do Resultado do Exercício envolvem levantamentos físicos(Inventários de Mercadorias), apuração do Resultado Líquido (cálculos econtabilizações de Depreciações, Amortizações, Provisão para Créditos deLiquidação Duvidosa, ajustes em contas de despesas e de receitas em virtudedo princípio de competência, cálculos e contabilizações das deduções,participações e destinações do resultado do exercício, concluindo com aelaboração das Demonstrações Contábeis.

RESULTADO LÍQUIDO

O Resultado Líquido, em uma empresa comercial, corresponde aoResultado Bruto (Lucro ou Prejuízo sobre as Vendas de Mercadorias) adicionadoou subtraído das Despesas e das Receitas Operacionais e das outras Despesase Receitas.

DEDUÇÕES, PARTICIPAÇÕES E DESTINAÇÕES DO RESULTADO DOEXERCÍCIO

Juros sobre o capital próprio – correspondem a uma importância que aempresa paga ao seu titular, sócio ou acionista, como remuneração pelosvalores por eles investidos na composição do Capital da própria empresa.Embora não seja obrigatório, grande parte das empresas e, principalmente, dasSociedades Anônimas de Capital aberto, tem remunerado seus acionistaspagando-lhes juros sobre o Capital Próprio.

Deduções – as deduções do Resultado do Exercício são duas:Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e Imposto de Renda sobre o LucroLíquido. Esses dois valores, que serão deduzidos da conta Resultado doExercício, correspondem a duas obrigações devidas pela empresa ao GovernoFederal, e ambas, obrigatoriamente, precisam ser calculadas e contabilizadas omomento da apuração do Resultado do Exercício.

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Contabilidade Aplicada

Participações – as participações correspondem às parcelas do Resultadodo Exercício destinadas aos proprietários de debêntures e de partesbeneficiárias, aos empregados, aos administradores e às Instituições ou Fundosde Assistência ou Previdência de Empregados.

Lucro Líquido do Exercício – segundo o artigo 191 da Lei nº 6.404/76,Lucro Líquido do Exercício é o resultado do exercício que remanescer depois dededuzidas as participações.

DESTINAÇÕES

Reservas – as reservas compreendem valores acumulados em contasintegrantes do Patrimônio Líquido.

Reservas de Lucros – são aquelas extraídas do Lucro Líquido apurado

pelas empresas e podem ser: Reserva Legal: segundo o artigo 193 da Lei nº6.404/76, 5% do Lucro Líquido do Exercício, é aplicado, antes de qualquer outradestinação, na constituição da Reserva Legal, não excedendo 20% do CapitalSocial. Reservas Estatutárias: criadas em virtude de disposições contidas nosestatutos (sociedades por ações), os quais fixam seus limites e duasdestinações. Nos demais tipos de sociedades, essas reservas são conhecidaspor Reservas Contratuais. Reservas Livres: criadas livremente pela assembleiageral (sociedades por ações) por proposta dos órgãos da administração com finsespecíficos, por exemplo, as Reservas para Contingências e as Reservas deLucros a Realizar.

Dividendos – são partes do Lucro Líquido que a sociedade por açõesdestina a seus acionistas. Acionistas são todas as pessoas físicas ou jurídicasque adquiriram ações da respectiva Sociedade Anônima.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada dos principais fatosregistrados pela contabilidade em determinado período.

Os relatórios contábeis são conhecidos como informes contábeis, entreos relatórios contábeis, os mais importantes são as Demonstrações Financeiras(terminologia utilizada pela Lei das S.A.), ou Demonstrações Contábeis(terminologia preferida por muitos contadores).

O artigo 176 da Lei nº 6.404/76 estabelece que, ao final de cada ExercícioSocial, a diretoria da empresa deve elaborar, com base na escrituraçãomercantil, as seguintes Demonstrações Contábeis, que deverão exprimir comclareza a situação do Patrimônio da empresa e as mutações ocorridas noExercício:

a) Balanço Patrimonial;

b) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;c) Demonstração do Resultado do Exercício;

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Contabilidade Aplicada

d) Demonstração dos Fluxos de Caixa;e) Demonstração do Valor Adicionado.

Em substituição à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, asempresas podem elaborar a Demonstração das Mutações do PatrimônioLíquido.

A Demonstração do Valor Adicionado é obrigatória somente para asSociedades Anônimas de Capital Aberto. Todas as Demonstrações Financeiraselaboradas pela empresa deverão ser transcritas no livro Diário.

DEMOSTRAÇÕES COMPARATIVAS

A Lei das Sociedades por Ações obriga à comparação das demonstraçõescontábeis dos dois exercícios.

O grande objetivo da comparação é que a análise de uma empresa é feitasempre com vista no futuro. Por isso, é fundamental verificar a evoluçãopassada, e não apenas a situação de um momento.

No caso de ajustes serem reconhecidos retrospectivamente ou dereclassificação de itens nas demonstrações contábeis, devem ser apresentados,no mínimo, três balanços patrimoniais relativos:

a) ao término do período corrente;b) ao término do período anterior; e

c) ao início do mais antigo período comparativo apresentado, se afetado.

BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial é a Demonstração Financeira que evidencia,resumidamente, o Patrimônio da empresa, quantitativamente e qualitativamente.

O art. 178 da Lei 6.404/76 estabelece:

Art. 178 No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementosdo patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e

a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de graude liquidez dos elementos nelas registradas, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,investimentos, imobilizado e intangível.

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

I – passivo circulante;

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Contabilidade Aplicada

II – passivo não circulante; e

III – patrimônio líquido, divido em capital social, reservas de capital,ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucro, ações em tesouraria eprejuízos acumulados.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado dasreceitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). Éapresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as

despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresas que não

requeiram dados pormenorizados para a tomada e decisão, como é o caso debares, farmácias, mercearias. Deve evidenciar o total de despesa deduzido dareceita, apurando-se, assim o lucro sem destacar os principais grupos dedespesas.

A DRE completa, exigida por lei, fornece maiores minúcias para a tomadade decisão: grupos de despesas, vários tipos de lucros, destaque de impostosetc.

Essa demonstração evidencia o Resultado que a empresa obteve (Lucroou Prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinadoperíodo, geralmente igual a um ano.

Veja o que estabelece o artigo 187 da Lei nº 6.404/76:

Art. 187 A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I – a receita bruta das vendas e serviços, o custo das mercadorias eserviços, os abatimentos e os impostos;

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Contabilidade Aplicada

II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias eserviços vendidos e o lucro bruto;

III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas dasreceitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outrasdespesas;

V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a Provisãopara o imposto;

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores epartes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros e deinstituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados que não se

caracterizem como despesa;VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação

do capital social.

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS(DLPA)

A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é umrelatório contábil que tem por finalidade evidenciar o saldo inicial da conta Lucros

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOSVenda de produtosPrestação de serviços

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA   Comerciais (vendas)Devoluções e abatimentosImpostos incidentes sobre vendasImpostos incidentes sobre serviços

(=) RECEITA LÍQUIDA(-) CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS  Custo dos produtos vendidos Produção (parte vendida ou executada)

Custo dos serviços prestados(=) LUCRO BRUTO(-) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas de vendas Comerciais, administrativas e geraisDespesas gerais e adminis trativas (despesas de vendas e de suporte deOutras receitas e despesas operacionais operações)

  Receitas financeiras(-) Despesas financeiras   Investimentos temporários e financiamentos

Receitas não operacionais Atividades extraordinárias e eventuais(-) Despesas não operacionais

(=) LUCRO ANTES DO IR E CSLL(-) PROVISÃO P/IR E CSLL(=) LUCRO APÓS O IR E CSLL(-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

EmpregadosAdministradores

(=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO

A provisão para IR e CSLL é calculada sobre o lucro

real, mas as participações e contribuições podem ser

calculadas também sobre qualquer resultado ou valor,

de acordo com os critérios adotados.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

(=) LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS RECEITAS E DESPESASFINANCEIRAS

(=) LUCRO OPERACIONAL (DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃOSOCIETÁRIA)

ATIVIDADES EMPRESARIAIS

OPER

ACIONAIS

OPERACIO

NAIS

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ou Prejuízos Acumulados, os ajustes de Exercícios anteriores, as reversões dereservas, o Lucro Líquido do Exercício e a sua destinação. Veja o que dispõe oartigo 186 da Lei nº 6.404/76:

Art.186 A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:

I – o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e acorreção monetária do saldo inicial;

II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;

III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucrosincorporada ao capital e o saldo ao fim do período;

§ 1º - Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas

os decorrentes de efeitos de mudança de critério contábil, ou da retificação deerro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídosa fatos subsequentes.

§ 2º - A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicaro montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída nademonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicadapela companhia.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é umrelatório contábil que visa a evidenciar as variações ocorridas em todas as contasque compõem o Patrimônio Líquido em determinado período.

A Lei 6.404/76 não fixa um modelo de DMPL que deva ser utilizado pelasempresas; entretanto, menciona essa demonstração no § 2º do artigo 186,quando permite que a DLPA seja incluída nela, se elaborada e publicada pelacompanhia. Assim, as mesmas informações que a Lei determina para a DLPA,devem constar na DMPL, considerando que nesta, as informações serãorelativas à movimentação de todas as contas do Patrimônio Líquido.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório contábil quetem a finalidade de evidenciar as transações ocorridas em um determinadoperíodo e que provocaram modificações no saldo do Caixa da empresa.

Para fins da DFC, os fluxos de caixa englobam não só o movimento daprópria conta caixa e da conta bancos conta movimento, como também omovimento dos equivalentes de caixa.

Equivalentes de caixa são as aplicações financeiras de alta liquidez, comvencimento em prazo não superior a 90 dias.

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Contabilidade Aplicada

Portanto, o fluxo de caixa envolve as contas classificadas no grupo dasdisponibilidades do ativo circulante do Balanço Patrimonial.

Ao olhar para uma DFC, o usuário deve compreender com facilidade qualfoi a origem de todos os recursos financeiros que passaram pelo caixa daempresa em um determinado período, bem como o destino dos recursosfinanceiros que ingressaram e não permaneceram para compor o saldo do caixano final do mesmo período.

A Lei 6.404/76 também não fixou um modelo de DFC a ser adotado portodas as empresas. Ela limitou-se a estabelecer no inciso I do artigo 188 que aDFC deverá indicar, no mínimo, as alterações ocorridas, durante o exercício, nosaldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, nomínimo, três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos.

A DFC, quando elaborada, requer que as aplicações financeirasconsideradas pela entidade como equivalentes de caixa, sejam relacionadas emNotas Explicativas.

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é um relatório contábil queevidencia o quanto de riqueza uma empresa produziu, isto é, o quanto elaadicionou de valor aos seus fatores de produção, e o quanto e de que forma essariqueza foi distribuída, bem como a parcela da riqueza não distribuída.

Desse modo, a DVA tem por fim demonstrar a origem da riqueza geradapela entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores quecontribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração.

O valor adicionado que é demonstrado na DVA, corresponde à diferençaentre o valor da Receita de vendas e os Custos dos recursos adquiridos deTerceiros.

EVIDENCIAÇÕES

Além das Demonstrações Financeiras, a Contabilidade adiciona àquelas

demonstrações outras informações complementares no sentido de enriquecer osrelatórios e evitar que (esses relatórios) se tornem enganosos.

Tais evidenciações devem ser destacadas no sentido de auxiliar o usuáriodas Demonstrações Financeiras a entende-las melhor. Visam apresentaresclarecimentos necessários aos usuários.

As evidenciações destacadas devem ser relevantes quantitativa equalitativamente. Quando ocorre mudança nos procedimentos contábeis, de umano para o outro, deve ser destacada se a repercussão no resultado for relevante(significativa).

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As evidenciações podem estar mencionadas na forma descritiva, na formade quadros analíticos suplementares ou em outras formas.

As principais evidenciações são:

1) Notas explicativas;2) Quadros suplementares;3) Informações entre parênteses;4) Comentários do auditor;5) Relatório da diretoria e outras evidenciações.

NOTAS EXPLICATIVAS

As Notas Explicativas são esclarecimentos que visam complementar asDemonstrações Financeiras e informar os critérios contábeis utilizados pela

empresa, a composição dos saldos de determinadas contas, os métodos dedepreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc.

A lei enumera o mínimo dessas notas e induz à sua ampliação quando fornecessário para o devido “esclarecimento da situação patrimonial e dosresultados do exercício”.

Nesse mínimo incluem-se divulgar informações sobre a base depreparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis aplicadas,divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil quenão estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações

contábeis, descrição dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais e daspráticas contábeis adotadas, dos ajustes dos exercícios anteriores, reavaliações,ônus sobre ativos, detalhamentos das dívidas de longo prazo, do capital e dosinvestimentos relevantes em outras empresas, eventos subsequentesimportantes após a data do balanço etc.

As Notas Explicativas facilitam a interpretação dos dados contidos nasDemonstrações Financeiras. Para fins de publicação, elas devem serapresentadas logo após as Demonstrações Financeiras.

PARECER DO CONSELHO FISCAL

É importante lembrar que a lei brasileira não obriga à publicação doParecer do Conselho Fiscal; quando este existir, tal parecer precisa ser oferecidoà Assembleia Geral dos Acionistas, mas sua publicação é optativa. A práticademonstra que ele é publicado na maioria das vezes em que existe,demonstrando a importância desse trabalho e a ampliação dos conceitos degovernança corporativa.

RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA

Da mesma forma que o Parecer do Conselho Fiscal, a lei brasileira nãoobriga à publicação do relatório do Comitê de Auditoria. Como a exigência paraconstituição desse comitê está prevista apenas para as empresas que têm seus

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títulos patrimoniais negociados nos Estados Unidos da América e em algunscasos por ato de órgão regulados específico (como no caso do Banco Central doBrasil), a divulgação desse relatório é normalmente facultativa, alcançandoapenas empresas que queiram aumentar ainda mais o nível de divulgação deinformações. Espera-se o seu incremento em futuro breve, tanto dos Comitêsquanto da divulgação de seus relatórios.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

As demonstrações contábeis são sempre de responsabilidade daadministração da empresa e são assinadas pelo contabilista devidamenteautorizado. O parecer de auditores independentes sobre elas é de fundamentalimportância e obrigatório em certas circunstâncias.

Por esse motivo, a Lei das Sociedades por Ações determinou que as

demonstrações contábeis das companhias abertas sejam auditadas porauditores independentes registrados na CVM. A partir da Lei nº 11.638/07também são alcançadas por essa exigência as sociedades de grande porte,definidas como sendo aquelas que têm ativo ou receita bruta anual superior a240 ou 300 milhões de reais, respectivamente. Além disso, normas específicasexigem que as instituições subordinadas ao Banco Central do Brasil, àSuperintendência de Seguros Privados, à Agência Nacional de Energia Elétricae outras também tenham suas demonstrações contábeis auditadas.

O parecer emitido pelo auditor independente compõe-se, basicamente eno mínimo, de quatro ou cinco parágrafos obrigatórios. Se o parecer for sem

ressalva ou limpo, terá quadro parágrafos; quando for parecer modificado, serácomposto por, no mínimo, cinco parágrafos.

Nesse sentido e em resumo, os parágrafos seria:

a) referentes à identificação da empresa, data e demonstraçõescontábeis auditadas;

b) responsabilidade da administração;c) responsabilidade do auditor independente pelo trabalho;d) base para opinião, quando o parecer for com ressalva, adverso ou com

abstenção de opinião;

e) opinião.

Os pareceres de auditoria se classificam em quatro tipos:

a) parecer sem ressalva;b) parecer com ressalva;c) parecer adverso; ed) parecer com abstenção de opinião.

BALANÇO SOCIAL

O Balanço Social, componente não obrigatório das demonstraçõescontábeis requeridas, tem por objetivo demonstrar o resultado da interação da

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empresa com o meio em que está inserida. Possui quadro vertentes: o BalançoAmbiental, o Balanço de Recursos Humanos, Demonstração do ValorAdicionado e Benefícios e Contribuições à Sociedade em geral.

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BIBLIOGRAFIA

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FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade básica: finalmente você vai aprendercontabilidade: teoria e questões comentadas: conforme a MP nº 449/08. Riode Janeiro: Ed. Ferreira, 2009.

FIPECAFI. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade comercial: atualizado conforme Lei nº11.638/07 e MP nº 449/08. São Paulo: Atlas, 2009.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. São Paulo: Atlas, 2009.

LINS, Luiz dos Santos. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase naauditoria externa: atualizado pelas leis 11.638/07 e 11.941/09 e normas doCPC. São Paulo: Atlas, 2011.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. São Paulo: Saraiva, 2002.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil. São Paulo: Saraiva, 2012.

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ANEXOS

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MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL

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MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO

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Contabilidade Aplicada

MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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