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8/11/2019 Apostila_CalculosTrabalhistas.pdf http://slidepdf.com/reader/full/apostilacalculostrabalhistaspdf 1/84  CÁLCULOS TRABALHISTAS TEORIA E PRÁTICA DA FOLHA DE PAGAMENTO PROF. DR. JOSE ALFREDO DO PRADO JUNIOR

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CÁLCULOS

TRABALHISTAS

TEORIA E PRÁTICA

DA

FOLHA DE PAGAMENTO

PROF. DR. JOSE ALFREDO DO PRADO JUNIOR

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FOLHA DE PAGAMENTO

O uso da folha de pagamento é obrigatório pelo empregador, conforme preceitua o artigo 32inciso I da Lei 8.212/91. Ela pode ser elaborada á mão (manuscrita), ou por meio de processosmecânicos ou eletrônicos.

Nela são registrados mensalmente todos os proventos e descontos dos empregados. Deveficar a disposição da fiscalização, da auditoria interna e externa e estar sempre pronta paraoferecer informações necessárias à continuidade da empresa. A folha de pagamento divide-se em duas partes distintas: proventos e descontos. A parte dos proventos engloba:

 Salário

 Horas Extras

 Adicional de Insalubridade

 Adicional de Periculosidade

 Adicional Noturno

 Salário-família

 Diárias para viagem

 Ajuda de custo

 Outros proventos previstos em lei

 A parte dos descontos compreende:

  Previdência Social

  Imposto de Renda

  Contribuição Sindical

  Seguros

  Adiantamentos

  Faltas e atrasos

  Vale-transporte

  Outros descontos previstos em lei

Salário, Remuneração, Piso Convencional e Piso Estadual 

1. SALÁRIO

O salário pode ser estabelecido por unidade de tempo (mensal, quinzenal, semanal, diário oupor hora), por peça produzida (tarefa) ou por unidade de produção (obra), por comissão sobrevenda ou por tarefa ou ainda ser uma forma de remuneração mista, por exemplo unidade detempo + comissão.

1.1 Salários por Unidade de Tempo

1.1.1 Salário Fixo

Salário em sentido amplo é tudo que o empregado recebe diretamente do empregado em trocado serviço prestado. O salário poderá ser estipulado por mês (a grande maioria dos contratos),por hora ou por dia (artigos 64 e 65 da CLT).

O único salário que comporta dentro de si o pagamento do repouso semanal remunerado é omensal, sendo que as demais formas deverá ser calculado o descanso semanal em separado.

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Caso a empresa opte pela forma de pagamento mensal, estipulará o valor desse salário fixo,que não poderá ser inferior ao piso estabelecido pela categoria em Convenção Coletiva deTrabalho.O salário fixo, também é conhecido como salário-base, sofrendo tributação normal dePrevidência Social, FGTS e Imposto de Renda.

OBSERVAÇÃO: Vide no sistema as opções para cálculo do salário. O mais correto é optarconsiderando sempre o número de dias do mês (e não por 30 dias). Se esta opção for anotadaprovavelmente o sistema também calculará as férias por este critério, que é o mais moderno emais acatado.

1.1.2 Salário por Hora

O trabalhador horista, é aquele contratado por unidade de tempo, ou seja, recebe pelas horasefetivamente laboradas, variando assim, mensalmente a quantidade de horas realizadas.   A forma de estipulação do salário é que sujeita a nomenclatura de horista, podendo o seupagamento ser efetuado de forma semanal, quinzenal ou até mesmo mensal.É crescente na economia brasileira e até mundial, a contratação de empregados por unidade

de tempo na forma do horista, principalmente no caso de empregados com jornada parcial,mas devemos ressaltar que existem inconvenientes neste tipo de remuneração tais como:

  O repouso semanal remunerado é calculado em apartado sobre as horas laboradas nomês,

  Para alguns cálculos trabalhistas tais como férias, 13º salário, aviso prévio, dentreoutros os cálculos trabalhistas devem seguir médias.

 Assim, para calcular o salário-hora mínimo devido ao empregado, o empregador deveráverificar o piso salarial estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho, e, na inexistência deinstrumento coletivo, verificar o piso estadual, e em último caso inexistindo piso estadualobservará o salário mínimo federal, e dividir a base de cálculo por 220* para obter o valor dosalário-hora. 

Atenção:  * O divisor pode ser de 180 para empregados bancários (jornada de 06 horas),telefonistas entre outros, bem como para turnos ininterruptos de revezamento.

Observação: Há dois critérios utilizados pelos sistemas de folha de pagamento:

  Critério fixo  que estipula independentemente do mês uma jornada só para oempregado;

  Critério variável conforme as horas laboradas no mês e o próprio mês.

 Aconselha-se seja utilizado o segundo critério, com o destaque sempre em apartado do rsr emseparado. Neste segundo critério, caso o empregado cumpra a jornada legal (44 horassemanais), teremos as seguintes jornadas*:

Mês de Horas Laboradas28 dias 205h20m29 dias 212h40m30 dias 220h00m31 dias 227h20m

* Não se computando nesta tabela feriados.

1.1.3 Salário por produção

No pagamento por produção calcula-se apenas o resultado obtido no período trabalhado, sem

considerar o tempo gasto. è o caso do pagamento por comissão ou por unidade produzida.O objetivo é estimular a produção do empregado.

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É possível que o salário seja fixado exclusivamente por produção, desde que ao final do mêsesteja assegurado o pagamento do pisos da categoria.Nessa modalidade de salário, não se leva em conta o tempo gasto na consecução do serviço,mas sim o próprio serviço realizado, independentemente do tempo despendido. A CLT admite que a remuneração seja fixada em unidade de obra, visto que em seu art. 483, alínea "g" mostra que é possível o pagamento por peça, porém o empregador não poderá

reduzir o trabalho do empregado, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários, oque acarreta a rescisão indireta do contrato de trabalho.

1.1.4 Salário por tarefa

No pagamento por tarefa, calcula-se pela produção, mas há alguma vantagem na economia dotempo. É o caso do empregado que é dispensado antes do horário estabelecido se houvercumprido a tarefa determinada. Pode ocorrer também que a retribuição por unidade produzidasofra acréscimo, se ultrapassada determinada quantidade por dia.Como se verifica no art. 142, § 2º, da CLT, é possível que o salário seja fixado por tarefa. Osalário por tarefa é uma forma mista de salário, que fica entre o salário por unidade de tempo ede obra.O empregado deve realizar durante a jornada de trabalho certo serviço que lhe é estabelecido

pelo empregador. Terminado o referido serviço, mesmo antes do fim do expediente, pode oempregado se retirar da empresa, pois já cumpriu suas obrigações diárias.O art. 7º, alínea "c", da Lei nº 605/49 estabelece que, se o empregado trabalha por tarefa, orepouso semanal remunerado é considerado equivalente ao salário correspondente às tarefasefetuadas durante a semana, no horário normal de trabalho, dividido pelo número de dias deserviços efetivamente prestados pelo empregado.

1.1.5 Salário- Maneiras de Pagamento

Conforme prevê o art. 463 da CLT, o salário deve ser pago em dinheiro, embora sejaadmissível o pagamento parte em dinheiro e parte em utilidades.Na zona urbana poderá ocorrer pagamento em cheque ou por meio de depósito do valor emconta corrente bancária. Deverá ser assegurado ao empregado horário para desconto imediato

do cheque ou para saque Portaria MT nº 3.281/84, art. 2º)O principal objetivo do pagamento em dinheiro é evitar o pagamento em vales, cupons, bônusetc., e também o pagamento em moeda estrangeira.O Decreto-lei nº 857, de 11.09.69, estabelece que:

"são nulos de pleno direito os contratos, títulos e quaisquer documentos, bemcomo as obrigações que, exeqüíveis no Brasil, estipulem pagamento em ouro, emmoeda estrangeira, ou, por alguma forma, restrinjam ou recusem, nos seus efeitos,o curso legal do cruzeiro" (art. 1º).

Contudo, se a obrigação tiver de ser cumprida no exterior, não será vedado o pagamento dosalário em moeda estrangeira. Sendo a conversão efetuada com base na taxa de câmbiovigente na data da contratação, aplicando-se daí em diante os reajustes legais ouconvencionais.

1.1.6 Salário- Pagamento em Utilidades

 Além do pagamento em dinheiro, a legislação trabalhista, permite o pagamento em utilidades.O salário-utilidade decorre do contrato de trabalho ou do costume.Conforme o art. 458, caput, da CLT, o empregador poderá fornecer utilidades ao empregado,como alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, porforça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado, sendo a habitualidaderequisito principal. Não será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. A utilidade é de fato um pagamento ou um ganho para o empregado, visto que, se não fossefornecida, o empregado teria de comprá-la ou de despender de numerário próprio para adquiri-la. Além disso, é fornecida gratuitamente ao empregado, pois, do contrário, não se caracterizacomo salário.

É admitido o pagamento do salário em utilidades, até o máximo de 70% do valor total. Osrestantes 30% do salário deverão ser necessariamente entregues em dinheiro (art. 458, §1º,c/c art. 82, parágrafo único, da CLT).

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1.1.6.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Os equipamentos e outros acessórios, como os uniformes, fornecidos ao empregado eutilizados no local de trabalho, para a prestação dos respectivos serviços não serãoconsiderados como salário (CLT, art. 458 § 2o ).

 Assim se o uniforme não é usado apenas no local de trabalho ou o veículo é usado tambémnos finais de semana e férias do empregado, caracterizam se como vantagem concedida pelotrabalho e não apenas para o trabalho, serão considerados como salário in natura.O equipamento de proteção individual (EPI) que lhe é fornecido gratuitamente pelo empregador(CLT, art. 166), não é considerado salário-utilidade, pois destina-se exclusivamente ao uso nolocal de trabalho para proteger o empregado durante a prestação serviços.

1.1.6.2 Habitação

 A Lei nº 8.860/94, ao acrescentar o § 3º ao art. 458 da CLT, estabeleceu que a habitaçãofornecida como salário-utilidade deverá atender aos fins a que destina e não poderá exceder a25% do salário contratual. Tratando-se, porém, de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo

número de co-ocupantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidaderesidencial por mais de uma família (CLT, art. 458, § 4o).

1.1.6.3 Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)

O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei nº 6.321, de 14.04.76,em que se fornece alimentação ao empregado, não é considerado como salário-utilidade, jáque a refeição é cobrada do trabalhador. O regulamento do PAT, aprovado pelo Decreto nº 5,de 14.01.91, prevê em seu art. 6º que a alimentação fornecida de acordo com asdeterminações da referida Lei não se caracteriza salário-utilidade, tampouco incorpora aremuneração.Sobre o assunto manifestou-se o Tribunal Superior do Trabalho - TST, por meio da Súmula nº241:

" Salário -uti lid ade - A lim ent ação: O v alo r p ara r efeição, f or nec ido po r f orça docontr ato d e trab alho , tem caráter s alarial, in tegran do a remuneração doempregado , para todos o s efeitos legais."  

Portanto, aplicar-se-o disposto na Súmula, quando não for observada a Lei nº 6.321/76. A Lei nº 8.860/94 acrescentou ao art. 458 da CLT o § 3º, estabelecendo que a alimentaçãofornecida como salário-utilidade deverá atender aos fins a que se destina e não poderá excedera 20% do salário contratual.

1.1.6.4 Cesta básica

 A cesta básica, assim como a alimentação, não será caracterizada como salário-utilidade nemincorporada à remuneração, se concedida nos moldes da Lei nº 6.321/76,  ou seja, secadastrada no Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT.

1.1.6.5 Transporte

Sempre que o transporte fornecido pelo empregador proporcionar um benefício ou economiade salário ao empregado, será considerado salário-utilidade. Porém, se o empregador cobrapelo transporte fornecido, ainda que um preço reduzido, não será tal pagamento salário-utilidade. O Vale-transporte não é, porém, considerado salário in natura, por força do dispostono art. 2º, alínea "a", da Lei nº 7.418/85, ou seja, o Vale-transporte não tem natureza salarial,nem se incorpora a remuneração para quaisquer efeitos.

1.2 REMUNERAÇÃO

Remuneração é a soma do salário com adicionais, gratificações, prêmios e outras vantagensrecebidas pelo empregado também em decorrência do contrato de trabalho. A remuneração possui um sentido mais amplo, podendo ser considerado tudo que se recebeou tudo que se paga em retribuição pelo serviço prestado.

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Conforme o disposto no art. 457, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT:

"A rt. 457 - Compr eendem-se na rem uneração d o empregado , para tod os os efeitoslegais, além d o salário d evido e pago dir etamen te pelo emp regador, comoco nt rap res tação do ser viço, as go rjet as que rec eber ”. 

São verbas que são consideradas como remuneração as quais são valores fontes para cálculode 13º salário, férias, rescisões e etc.

  Horas Extras;  Adicional Noturno;  Adicional de Periculosidade;  Adicional de Insalubridade;  DSR;  Comissões;  Gratificação (a partir da segunda gratificação)

1.3 PISO CONVENCIONAL OU DECORRENTE DE ACORDO COLETIVO

 A Constituição Federal determina em seu artigo 7º, inciso V, que nenhum trabalhador podeauferir menos do que o valor do piso salarial, que é editado pelas normas convencionais(convenções e acordos coletivos).Sempre verificar em CCT se o piso não aumenta após o período de experiência.O instrumento coletivo a ser aplicado aos empregados, normalmente é aquele onde a atividadeprepondera não se aplicando este, no entanto, a profissões que sejam regulamentadas por leispróprias, que são as categorias diferenciadas.O piso salarial é reajustado anualmente, no mês da data-base que será determinada peloinstrumento coletivo.

OBSERVAÇÃO: Cadastrar no sistema o sindicato da categoria preponderante informando combase no instrumento coletivo (ACT ou CCT) o piso da categoria, o mês da data-base, osdescontos previstos em norma coletiva, dentre outros como, existência de aviso prévio maiorque o período considerado na legislação.

1.4 – PISO ESTADUAL

O artigo 1º da Lei Complementar nº 103/2000, expressa a possibilidade dos GovernosEstaduais de instituírem através de Lei Estadual pisos estaduais, que não se aplicam aosempregados que têm piso salarial definido por convenção ou acordo coletivo, nem tampoucopor lei federal, bem é inaplicáveis aos servidores públicos municipais.Em Santa Catarina a Lei Complementar do Estado de Santa Catarina 566, de 14-3-2012,determinou o novo piso salarial vigente para o Estado que abrangerá além das empregadas

domésticas, as demais categorias que não forem abrangidas por entidades sindicais na regiãoou cujos sindicatos não sejam reconhecidos legalmente

1.5 – SALÁRIO VARIÁVEL

1.5.1 Comissionista

Comissão, via de regra, é um percentual estabelecido contratualmente, sobre o valor unitárioou global dos negócios realizados.Deve obrigatoriamente, constar anotada em CTPS, o percentual estipulado (PrecedenteNormativo nº 5 do TST), vez que nos precisos termos do artigo 457, parágrafo 1º da CLT, éconsiderada salário. É assim, uma modalidade de salário variável, com base na produção doempregado.

O salário do empregado poderá ser estipulado como:

  Salário fixo (acima determinado),

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  Comissionista ou salário-misto (fixo + comissões).

Se o empregador optar por esta última forma de pagamento, poderá estipular o salário fixo e opercentual sobre as comissões, mas o valor somado de ambos (acrescido do repouso semanalremunerado sobre comissões), não poderá ser inferior ao estabelecido como piso da categoria(vide sempre se não existe impeditivo em CCT). Se isto ocorrer, a empresa deverá lançar umcomplemento a título de “complementação do piso salarial”, até atingir o valor estabelecido emconvenção.

1.6 Periodicidade de pagamento

Quando o pagamento houver sido avençado por mês, deve ser efetuado, o mais tardar até o 5ºdia últil do mês seguinte ao vencido(CLT art. 459, §1º), salvo prazo mais benéfico estabelecidoatravés de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho.Tratando-se de empregados quinzenalistas ou semanalistas, o prazo de pagamento será até oquinto dia útil, posterior à semana ou a quinzena laborada.De qualquer forma, a empresa, ao final do mês deverá fazer um recibo conjunto dos valorespagos, onde fará os lançamentos contábeis como o dsr em separado, e descontos efetuadosno mês.Para determinar-se quando recairá o 5º dia útil, deverão ser considerados os dias úteisde segunda a sábado, excluídos os domingos e feriados, inclusive, estaduais oumunicipais.O pagamento de comissões deve ser feito mensalmente.

1.7 Política de Correção Salarial

Os reajustes atualmente são efetuados através de instrumentos coletivos da categoria,normalmente através das Convenções Coletivas de Trabalho, mas podem também ser feitoscom base em Acordos Coletivos de Trabalho.Normalmente o reajuste é anual, mas existem convenções coletivas, que trazem previsões emtempo menor, que são revistas por termos aditivos. Assim, sempre se deve consultar osinstrumentos coletivos para averiguação dos reajustes salariais efetivamente devidos.

Tais reajustes são concedidos no mês da data-base, que pode ocorrer em qualquer mês doano, conforme a categoria, assim há categorias como, por exemplo, os vigilantes cujo mês dadata-base é fevereiro, outras é maio, e assim por diante. Pode acontecer do reajuste não sairno mês da data-base por problemas de negociação coletiva, no entanto, mesmo que saíamdepois, as diferenças devidas são retroativas, e normalmente também os instrumentosnormativos trazem a previsão expressa do prazo legal para que as mesmas possam ser pagas. A correção monetária não se estende as remunerações variáveis, percebidas com base emcomissões, aplicando-se, porém, à parte fixa do salário misto percebido pelo empregado assimremunerado, exceto se o instrumento coletivo dispuser de forma diversa.Estando previsto em CCT, o reajuste dos salários na forma prevista é direito líquido e certo dosempregados.

1.8 Cálculo do Salário Proporcional ao Tempo Laborado

O parágrafo 1º do artigo 6º da Lei nº 8.542/1992, expressa com maior clareza que a CLT, comodeve ser calculado o salário hora do empregado, conforme se verifica abaixo:

Art. 6° § 1° O salário mínimo diário corresponderá a um trinta avos do salário mínimo mensal, eo salário mínimo horário a um duzentos e vinte avos do salário mínimo. (grifamos)

 Assim, para calcular o salário-hora mínimo devido ao empregado, o empregador deveráverificar o piso salarial estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho, e, na inexistência deinstrumento coletivo, verificar o piso estadual, e em último caso inexistindo piso estadualobservará o salário mínimo federal, e dividir a base de cálculo por 220* para obter o valor dosalário-hora.

Nota: * O divisor pode ser de 180 para empregados bancários (jornada de 06 horas), telefonistas entreoutros, bem como para turnos ininterruptos de revezamento.

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1.9 Cálculo de Faltas, Horas, Minutos

 As faltas não justificadas por lei, norma coletiva ou regulamento da empresa podem serdescontadas da remuneração do obreiro. Considera-se como falta a ausência injustificada doempregado por um dia ou mais ao trabalho.

 Acaso o empregado se atrase ao trabalho, serão descontadas as horas de ausência, bemcomo os minutos.Para calcular o valor a ser descontado a título de falta, há duas correntes doutrinárias:

1) Salário base/30 x nº de faltas.

Exemplo: o empregado falta um dia em novembro e recebe salário mensal de R$ 650,00.

R$ 650,00 = R$ 21,6630

2) Salário - base/carga horária mensal x horas faltas do dia

Exemplo: calculando-se pela segunda corrente o mesmo caso acima, expondo que o mesmofazia jornada legal de 08 horas diárias de segunda a sexta e no sábado 04 horas. Faltou numdia de semana.

R$ 650,00: 220 = R$ 2,9545

R$ 2,9545 x 08 = R$ 23,63

Para cálculo dos atrasos, adota-se sempre a seguinte fórmula:

3) Atrasos = salário base/carga horária mensal x qte. horas do atraso.

Exemplo: O empregado se atrasou por 02 horas em novembro de 2011, recebendo um saláriode R$ 760,00 e carga horária mensal de 200 horas. Assim o desconto será de R$ __________:

R$ 760,00: 200 = R$ 3,80

R$ 3,80 x 02 = R$ 7,60

Se além das horas de atraso, existir também minutos, estes deverão obrigatoriamente

ser convertidos do sistema sexagesimal para o sistema centesimal. Vide tabela ao final.

1.3 - Ausências Justificadas

São previstas legalmente pela norma consolidada ou pelos instrumentos coletivos (ACT ouCCT´s). O trabalhador não perde a remuneração do dia, nem tem qualquer prejuízo em relaçãoao dsr e às férias. Estão previstas pelo artigo 473 da CLT que expressa:

 Art. 473. “O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário”: 

I -  até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdênciasocial, viva sob sua dependência econômica;

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II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

III - por 1 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana.

 A Constituição Federal de 1988, arts. 7°, XIX (que instituiu a licença-paternidade), e 10,II, §1° do ADCT, fixou o prazo da mesma em 5 dias, por isto este artigo está derrogado

tacitamente.

IV - por 1 (um) dia, em caso 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária desangue devidamente comprovada;

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, no termo da leirespectiva;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar;

VII -  nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exames vestibularpara ingresso em estabelecimento de ensino superior; Item acrescido pela Lei 9.471, de

14/07/97

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer em juízo.

Também são consideradas como justificadas as faltas que o empregado apresente atestadomédico (Súmula 15 do TST e Lei nº 605/1949). O atestado médico tem que conter os seguintesrequisitos: - tempo de dispensa por extenso e numericamente; assinatura do médico sobre ocarimbo onde conste nome completo e registro no CRM.Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e osrequisitados para auxiliar seus trabalhos nas eleições serão dispensados do serviço, mediantedeclaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer

outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.PARTE PRÁTICA

Cálculo do Salário Proporcional ao Tempo Laborado

Exemplo1: Uma floricultura irá contratar uma vendedora-balconista por 04 horas diárias. Assim, deve ser verificado:

Função é Diferenciada: ( ) Sim ( ) Não Atividade-Fim da Empresa: ________________________________Convenção Coletiva a ser Aplicada: _________________________Piso Convencional estipulado em CCT: ______________________

Salário Hora Mínimo: ________________________________

Cálculo:

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Exemplo 2: Uma empresa de assessoria técnica irá contratar uma secretária executiva para odiretor financeiro por 06 horas por dia. Assim, deve ser verificado:

Função é Diferenciada: ( ) Sim ( ) Não

 Atividade-Fim da Empresa: ________________________________Convenção Coletiva a ser Aplicada: _________________________Piso Convencional estipulado em CCT: ______________________Salário Hora Mínimo: ________________________________

Cálculo:

Prática de Reajuste Salarial:

Uma empregada foi admitida em uma loja de roupas em março de R$ 2011, recebendo como

salário admissional o valor de R$ 725,00. A data-base da categoria é março. Em março de2012, o reajuste concedido foi de 6,50% sobre o salário de março/2011

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Cálculo de Faltas, Horas, Minutos

Cálculo de Falta:

Exemplo 1: Empregado com jornada legal que trabalha das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às18:00, de segunda a sexta e no sábado das 09:00 às 13:00, com salário de R$ 745,00. Teveduas faltas no mês de setembro/2011. Vamos calcular o valor das faltas:

Cálculo de Atraso por Hora:

Exemplo 2: A empregada labora de segunda a sábado com uma jornada das 16:00 às 22:15,com 15 minutos de intervalo. Recebe salário de R$ 970,00 mensais. No mês de novembro de2011, teve um atraso de 3 horas. Calcular o atraso que será descontado do empregado:

Cálculo de Horas e Minutos:

Exemplo 3: O empregado labora com carga horária mensal de 200 horas (de segunda a sextapor 08 horas). Seu salário atual é no valor de R$ 1.040,00. Em novembro/2011, teve um atrasode 1h54m e em outubro de 51 minutos. Vamos calcular os atrasos?

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Descanso Semanal Remunerado

2.1 - Direito

Dispõe o art. 1 ° da Lei 605/49 que todo empregado tem direito ao repouso semanalremunerado, de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, e, nos limites dasexigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradiçãolocal.O descanso semanal salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa doserviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Nos serviços que exijamtrabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala derevezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.

2.2 – Perda do Direito

O legislador beneficiou apenas os empregados assíduos e pontuais, pois os empregados quedurante a semana anterior não cumpriram integralmente a carga semanal, não farão jus aoprivilégio de receber salário sem trabalhar.Segundo este raciocínio, é importante que fique bem claro o significado dos vocábulos oragrifados.

a) "Integralmente": se a carga semanal é de 44 horas, o empregado terá que trabalharàs 44 horas para ter direito ao DSR. Caso ele trabalhe qualquer número de horas inferiora este, perderá o direito ao repouso. É o que depreende da interpretação literal do art. 6°da referida Lei.

b) "Semana anterior ": o próprio Decreto 27.048/49 no seu art. 11, § 4° nos dá oconceito de semana ao dispor:

"Para os efeitos do pagamento da remuneração, entende-se como semana o período desegunda feira a domingo, anterior à semana em que recair o dia de repouso...”  

Desta forma, vamos visualizar o seguinte caso:

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 1314 15 16 17 18 19 2021 22 23 24 25 26 2728 29 30

Caso o empregado falte ou chegue atrasado no dia 10, ele perderá além deste dia apenas a

remuneração do dia 20 (vide conceito da semana anterior).

2.3 – Cálculo do DSR sobre Horista

Como o empregado recebe somente de conformidade com as horas trabalhadas, deverá serefetuado cálculo do dsr sobre as horas laboradas, utilizando-se a seguinte fórmula:

horas trabalhadas x domingos/feriados = quantidade de descansodias úteis

quantidade de descanso x valor/hora = repouso semanal remunerado

2.4 – Cálculo do DSR sobre ComissionistaO repouso semanal remunerado sobre o valor das comissões é devido por força do Enunciado

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nº 27 do TST (vide abaixo), e deverá ter como base de cálculo o valor mensal das comissõesauferidas no mês, apresentando-se como divisor o número de dias úteis e multiplicando-sepelos domingos e feriados do referido mês. Assim:

Comissões x domingos/feriados = valor do dsr sobre comissões

dias úteis

2.5 – Reflexo sobre Horas Extras

O Tribunal Superior do Trabalho, depois de reiterada e farta jurisprudência a favor darepercussão, consolidou o entendimento através da Súmula 172, expresso abaixo.

"Computam-se no cálculo do repouso semanal remunerado as horas extras habitualmenteprestadas".

Para verificarem-se os valores devidos a título de rsr sobre horas extras, deverá ser realizado oseguinte cálculo:

quantidade de horas extras x domingos/feriados = quantidade de dsrdias úteis

quantidade de dsr x valor hora extra = repouso semanal remunerado sobre extras

2.6 – Reflexo sobre Adicional Noturno

Como a referida verba é paga como adicional, reflexos se farão presentes no repouso semanal,visto que conforme visto acima, ele somente está incluso na jornada normal, e, calculado emapartado quando da existência de outros adicionais.Para cálculo dos valores devidos a título de dsr sobre adicional noturno, deve proceder-se daseguinte forma:

quantidade de horas noturnas mês x domingos/feriados = quantidade de rsr/mêsdias úteis*

quantidade de rsr x valor da hora normal x 20% (adicional noturno conforme CLT) = dsrdevido

* Sábado considera-se dia útil, exceto se feriado.

PARTE PRÁTICA

2. – DSR sobre Horista

Temos um empregado que laborou no mês de janeiro de 2.011, o total de 150 horas/mês, cujovalor da hora era de R$ 3,40. O valor do repouso semanal remunerado será de R$ .

Em fevereiro laborou 114 horas/mês com o mesmo salário hora, recebeu a título de rsr o valorde R$ .......................

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2.1 – DSR sobre Comissionista

O empregado auferiu no mês de outubro/2011, R$ 950,00 de comissões. Será devido o valorde descanso semanal remunerado sobre comissões, de R$ .Em novembro o empregado recebeu a título de comissões o valor de R$ 835,00, recebendoassim como DSR o valor de R$ _______________.

2.2 - Reflexo de Horas Extras

Empregado com salário de R$ 600,00, cuja carga horária é de 220 mês. No mês de janeiro/2011, realizou 20 horas/extras (R$ 4,10 hora extra). O valor devido de reflexo derepouso sobre horas extras será de R$ __________. No mês de fevereiro o empregado fez 04horas extras, calcule o valor do respectivo DSR..

2.3 - Reflexo do Adicional Noturno

Empregado com salário de R$ 650,00, tendo realizado no mês de maio de 2.011, 80 horas

noturnas. O valor de repouso semanal remunerado sobre o adicional será de R$ _________.

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HORAS EXTRAS

3.1 – Jornada Legal

Nos termos do inciso XIII, da CF 88 - "duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horasdiárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, facultada a compensação de horários e a reduçãoda jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho", esta é a chamada jornadalegal.

3.2 - Horário Extraordinário

Todo empregado, desde que maior de 18 (dezoito) anos, poderá ter seu horário de trabalhoprorrogado, no máximo 2 (duas) horas diárias, mediante acordo escrito entre empregador eempregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à donormal (CF/88- art. 7° inciso XVI), salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho

determinando percentual superior a 50% (cinqüenta por cento).

3.3 - Adicional- Extraordinário - Acordo – Cálculo

O trabalho realizado além da jornada normal deve ser remunerado com, no mínimo umacréscimo de 50% ou outro percentual caso haja previsão em acordo ou convenção coletivade trabalho.Via de regra, considera-se como de serviço efetivo o período que o empregado estiver àdisposição do empregador, aguardando ou executando ordens (CLT art. 4°).Lembrando que a jornada normal de trabalho só poderá ser estendida, no máximo em 2 horas,mediante acordo escrito entre empregado e empregador (acordo de prorrogação) ou mediantecontrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho (compensação, banco de horas).Não podem ser descontados nem considerados como extras, até o limite de 10 minutos

diários, computando-se em no máximo de dois intervalos de 05 minutos (entrada, saídaou intervalo intrajornada) artigo 58 parágrafo 1º da CLT.

Exemplo:

 Assim, se em uma jornada de trabalho que se inicia às 08:30 até às 12:00 e das 13:30 às 18:00horas, acaso o empregado chegue às 08:35 e termine sua jornada às 18:03 horas, nem seráconsiderado como atraso os 05 minutos, e nem será considerado como tempo extraordinárioos 03 minutos que ultrapassaram às 18:00, pois estão dentro dos limites traçados pela Lei.

No entanto, se ultrapassado estes limites, todo o tempo será considerado como atraso oucomo horas extraordinárias, conforme determina a Súmula 366 do TST:

CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM ESUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cincominutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, seráconsiderada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal.

3.2 - Quadro de Horário e Controle de Jornada

Empresas com até 10 empregados estão desobrigadas de manter o controle de jornada,devendo, no entanto, manterem o quadro de horário (artigo 74 da CLT). Acima de 10empregados, será exigido controle de jornada através de livro, cartão ou ponto eletrônico aescolha do empregador.No caso de utilização de ponto eletrônico, emitir o espelho das jornadas de trabalho realizadas

no período e solicitar a assinatura dos empregados do mesmo, pois se estas inexistirempoderá impugnar o espelho em reclamatória trabalhista.

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Os documentos de controle de jornada de trabalho seja livro de ponto, cartão ou pontoeletrônico não poderão conter borrões, rasuras que possam colocar em dúvida sua idoneidade.Se for utilizado o meio eletrônico, deverão ser seguidas todas as instruções da Portaria MTE nº1.510/2009, ou seja, a empresa será obrigada a adotar o SREP (Sistema de RegistroEletrônico de Ponto) que deve registrar fielmente as marcações efetuadas, não sendopermitida qualquer ação que desvirtue os fins legais a que se destinam, tais como:

  Restrições de horário à marcação do ponto;

  Marcação automática do ponto, utilizando-se horários predeterminados ouo horário contratual;

  Exigência, por parte do sistema, de autorização prévia para marcação desobrejornada; e

  Existência de qualquer dispositivo que permita a alteração dos dadosregistrados pelo empregado.

Para a utilização de Sistema de Registro Eletrônico de Ponto é obrigatório o uso do REP nolocal da prestação do serviço, vedados outros meios de registro.Na Justiça Trabalhista, normalmente não são desconsiderados cartões-ponto onde se verifique

a existência de jornada inglesa ou britânica (sem variações de minutos).O intervalo intrajornada poderá ser pré-assinalado no cartão-ponto, não necessitandoexpressamente de marcação, mas ressaltamos que desta forma, poderá ser questionado peloempregado, e neste caso, a empresa terá que fazer prova testemunhal de que o autor usufruíao referido intervalo.

3.3 – Cálculo de Horas Extras (Horas e Minutos)

 A remuneração deverá ser dividida pela jornada mensal do empregado e acrescida dopercentual mínimo de 50% ou maior se previsto em norma coletiva de trabalho, após obtido ovalor da hora extra multiplicar pela quantidade de horas extras do mês.

Jornada de Segunda a Sexta de 08 diárias : 200 (40 x 5)

Jornada de Segunda a Sábado de 6 horas diárias: 180 (36 x 5)Jornada de Segunda a Sábado de 4 horas diárias: 120 (24 x 5)

01 HORA = 60 MINUTOS – SISTEMA CENTESIMAL 100

7,33 = 7horas e 20 minutos

100 ----- 60033 ---- x

1980 = 100x1980 = 19,80 (arrendonda-se para 20)100

Para que se calculem os minutos, pode ser utilizada também a tabela de transformação parahora centesimal. As horas cheias não são convertidas, os minutos sempre devem serconvertidos.Para tanto basta procurar-se na parte direita a quantidade de minutos, verificando na esquerdaa correspondência, trocando-se pela segunda coluna.Por exemplo:

1h23m - será 1, 383333, que é a mesma coisa que tomarmos os 23 e dividi-los por 60.

Importante também verificar nas normas coletivas os percentuais e possíveis escalonamentos,pois existem diversas CCT´s que trazem a previsão de vários percentuais de horas extrasconforme o período realizado, que devem ser observados.

3.4 - Cálculo da Hora Extra Noturna

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O empregado que realizar serviço extraordinário em período noturno, terá direito aorecebimento dos adicionais de hora extra (de no mínimo 50%) e noturno (de no mínimo 20%),de forma acumulada. A forma de cálculo a ser utilizada, deverá ser a seguinte:

Fórmula:

Valor salário hora + 20% + 50% = valor da hora extra noturna

Valor da Hora Ext. Not. x quantidade de horas ext. not. = valor total de horas ext.noturnas

 A empresa deve verificar junto a Convenção Coletiva da Categoria se não existempercentuais maiores, pois acaso existam, deverão ser aplicados.

3.5 – Cálculo da Hora Extra do Comissionista

O empregado que percebe salário somente à base de comissões e sujeito a controle de

horário, quando prestar serviço extraordinário, tem direito apenas ao adicional de horas extrasde no mínimo 50% (cinqüenta por cento), calculado sobre o valor-hora das comissõesrecebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas,de acordo com a Súmula 340 do TST.

 _Valor das comissões = Valor horaHoras trabalhadas

Valor Hora x 50% = hora extra devida

3.6 Cálculo da Hora Extra em Ambiente Insalubre ou Perigoso

Importante dispor que a CLT só permite horas extras no caso de ambientes insalubres comlicença prévia, portanto este cálculo se aplica a estes casos.

3.6.1 Hora Extra Insalubre

Será apurada com base no salário base acrescido do respectivo adicional de insalubridadedevido.

salário-base + insalubridade = hora normal220 (ou jornada realizada)

hora normal + 50% = hora extra com adicional de insalubridade

3.6.2 Hora Extra em Atividades Periculosas

Será calculado com base no salário-base acrescido do respectivo adicional de periculosidade(30% do salário-base)

Salário-base + periculosidade = hora normal220 (ou jornada mensal realizada)

Hora Normal + 50% = Hora Extra Periculosa

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PARTE PRÁTICA

Cálculos de Horas Extras (Horas e Minutos)

Exemplo 1:  O empregado recebe como salário-base o valor de R$ 643,00. No mês deabril/2011, o empregado fez 28 horas extraordinárias. O empregado tem jornada de 200 horasmensais. A Convenção Coletiva determina o percentual de 50% para as primeiras 10 horasextras, de 60% para as horas extraordinárias de 11 a 20 horas e de 80% para o horárioextraordinário realizado a partir da 21 hora. Sabendo destas informações calcule o valor devidoa título de horas extras e o repouso semanal remunerado.

Exemplo 2: O empregado recebe R$ 5,00 por hora laborada. No mês de agosto de 2011, oempregado realizou 24h43m horas extraordinárias no mês. A CCT preceitua um adicional de60% para as horas extras. Sabendo que a jornada do trabalhador é de 220 horas mensais,calcule o valor devido ao obreiro.

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Hora Extra Noturna

Exemplo 1:  o obreiro realizou no mês, 10 horas extras noturnas (já convertidas), e sua

remuneração mensal é de R$ 600,00. O valor total devido a título de horas extras noturnasserá:

Exemplo 2:  O empregado fez 13h25m a título de horas extras relógio no mês desetembro/2011. O empregado recebe salário fixo no importe de R$ 950,00 mensais e as horasforam realizadas no período noturno.

Hora Extra Comissionista

Um comissionista puro trabalhou no mês de junho de 2011, 180 horas e realizou 08 horasextras. Recebeu a título de comissões no mês o valor de R$ 1.400,00. Calcule o valor dashoras extraordinárias devidas ao obreiro. Calcule o DSR sobre as comissões.

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Hora Extra Insalubre

O trabalhador labora em ambiente insalubre, porém com licença para laborar em horárioextraordinário. Excepcionalmente no mês de julho/2011, realizou 14h15m . Sabendo-se que osalário do obreiro era de R$ 685,00, e que o adicional de insalubridade é de 20% sobre osalário-mínimo, calcule o valor das horas extraordinárias devidas ao empregado. A jornada dotrabalhador é de 220 horas mensais e o adicional de horas extras é de 50%.

ADICIONAL NOTURNO

4.1 Horário Noturno:

Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de umdia às 5:00 horas do dia seguinte

ZONA URBANA ZONA RURAL22:00 até às 05:00 horas Lavoura – das 21:00 às 05:00

Pecuária – das 20:00 às 04:00

 A Constituição Federal, artigo 7º, inciso IX, estabelece que é direito dos trabalhadores aremuneração do trabalho noturno superior à remuneração do trabalho diurno.Devido a este dispositivo, as exceções do artigo 73 da CLT foram derrogadas, ficando areferida remuneração devida a todos os trabalhadores que laborem no período noturno,independentemente da disposição da carga horária e da natureza da atividade da empresa.  

4.2 Hora Noturna 

Para a legislação trabalhista, a hora diurna urbana tem a duração de 60 minutos (hora-relógio)e a hora noturna é computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos.Devido o trabalho noturno ser mais penoso que o diurno, esta redução visa proteger a saúdefísica e mental do empregado. 

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4.3 Intervalo para repouso e alimentação 

No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação, sendo:  

Jornada de trabalho deaté 4 horas: 

Sem intervalo 

Jornada de trabalhosuperior a 4 horas até 6horas: 

Intervalo de 15 minutos 

Jornada de trabalhoexcedente a 6 horas: 

Intervalo de no mínimo1 hora e no máximo 2horas 

 Ao intervalo para repouso ou alimentação não se aplica a redução da hora, aplicando paraesse efeito a hora de 60 minutos (hora-relógio). Se concedido na forma da lei, não se computa na jornada de trabalho. 

4.4 Prorrogação da Jornada Noturna 

 A prorrogação da jornada noturna, também é noturna.Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também oadicional quanto às horas prorrogadas. 

4.5 Cálculo Prático 

Para se calcular as horas noturnas, utiliza-se a seguinte fórmula: 

(n° horas-relógio ÷ 52,5 x 60,0) 

Onde:

52,5 é a hora noturna de 52 minutos e 30 segundos, e 

60,0 é a hora relógio de 60 minutos 

Exemplo de cálculo de jornada noturna 

Início:22:00 h. 

Intervalo:01:30h.-02:30 h. 

Término:06:42 h. 

O empregado laborou 7 horas e 42 minutos relógio (Não computa o intervalo dedescanso) 

Para efetuar o cálculo, a fração de horas minutos deve ser transformada emfração de hora centesimal.

42 minutos ÷ 60 = 0,7 7,7 ÷ 52,5 x 60,0 = 8,8 horas0,8 horas x 60 = 48 minutos

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Sua jornada noturna equivale a 8 horas e 48 minutos (8,8 h.) 

Resumindo:

- 1 hora relógio de 60 minutos equivale a 1,1429 hora noturna (1,0 ÷ 52,5 x 60 = 1,1429), ouseja - 1 hora e 9 minutos noturnos aproximadamente (0,1429 x 60 = 9) 

4.6 - ADICIONAL NOTURNO 

 A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20%sobre o valor da hora diurna.Este percentual poderá ser maior, se estiver previsto em convenção coletiva, acordo coletivoou sentença normativa.  A hora diurna deve ser composta do salário básico do empregado mais adicionais previstos emlei, convenções, dissídios ou acordos coletivos de trabalho e espontâneos. 

 A inclusão do adicional de periculosidade na base de cálculo do adicional noturno continuacontroversa. Necessita ser sumulada pelo Tribunal Superior do Trabalho-TST para pacificar.Porém, as orientações jurisprudenciais e as decisões esparsas convergem para que sejaincluso.O adicional noturno é devido em razão do trabalho ser desenvolvido em horário noturno. Dessaforma, o empregado sendo transferido para o período diurno, com seu consentimentoexpresso, perde o direito ao adicional, não caracterizando redução salarial.

O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, integram o salário para todos osefeitos legais. Inclusive férias, 13° e aviso prévio indenizado. O pagamento do adicional noturno deve ser discriminado em evento específico na folha depagamento e no recibo de pagamento de salários, comprovando assim a quitação do direito.

4.6.1 - Descanso semanal remunerado sobre o adicional noturno 

Sendo o adicional noturno salário para todos os efeitos legais, também é base de cálculo parao descanso semanal remunerado (DSR). Se a jornada do empregado for totalmente noturna, o adicional noturno calculado sobre seusalário fixo mensal já remunera o DSR, da mesma forma que o salário fixo remunera o DSRembutido nele. Nas jornadas mistas (diurnas e noturnas), a integração do adicional noturno no descansosemanal remunerado se obtém através da média diária do número de horas noturnasrealizadas.

4.7 – Hora Extra Noturna 

Havendo trabalho extraordinário no horário noturno ou na prorrogação deste, o empregado fará jus à hora extra noturna. Esta hora extra deverá ser remunerada com o adicional extraordinário e o adicional noturno,cumulativamente.Sua duração também é de 52 minutos e 30 segundos (52,5). 

Exemplo de remuneração da hora extranoturna 

Valor da hora diurna: R$ 4,09 

Valor da hora extra noturna: R$ 7,36 (4,09 x150% x 120%) 

Nota 1: Os percentuais utilizados neste

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exemplo são de 50% para hora e 20% para oadicional noturno. Poderão ser maiores, seestiver previsto em Convenção Coletiva, Acordo Coletivo ou Sentença Normativa. 

Nota 2: Os percentuais devem ser calculadosde forma capitalizada e não somados, ou seja,calcula-se percentual sobre percentual.

4.7.1- Descanso Semanal Remunerado sobre a Hora Extra Noturna 

Sendo a hora extra noturna salário para todos os efeitos legais, também é base de cálculo parao descanso semanal remunerado (DSR). 

4.8 Trabalho Noturno da Mulher  

Desde a promulgação da Constituição Federal/1988, é permitido às mulheres trabalharem no

período noturno, qualquer que seja a atividade da empresa, aplicando-se ao trabalho noturnofeminino os dispositivos que regulam o trabalho masculino. Segue o princípio da igualdade dedireitos. 

4.9 - TRABALHO NOTURNO DO MENOR 

O trabalho noturno dos menores de 18 anos é expressamente proibido  pela ConstituiçãoFederal e pela CLT. 

4.10 - TRABALHO NOTURNO RURAL 

Nas atividades rurais a duração da hora noturna é de 60 minutos, não havendo a reduçãocomo nas atividades urbanas. 

Na atividade agrícola (lavoura), é considerado noturno o trabalho executado entre 21:00 horasde um dia às 5:00 horas do dia seguinte. Na atividade pecuária (animais), é considerado noturno o trabalho executado entre 20:00horas de um dia às 4:00 horas do dia seguinte.  A adicional noturno rural é de 25% sobre o valor da hora diurna. 

4.11 - EXEMPLOS DE CÁLCULOS 

Exemplo de cálculo de adicional noturno numa jornada normale totalmente noturna 

Dia  Entrada  Saída Entrada Saída Horasrelógio 

Horasnoturnas 

1  Feriado  Feriado  Feriado  Feriado  -  - 

2  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

3  Sábado  Sábado  Sábado  Sábado  -  - 

4  Domingo  Domingo  Domingo  Domingo  -  - 

5  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

6  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

7  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

8  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

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9  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

10  Sábado  Sábado  Sábado  Sábado  -  - 

11  Domingo  Domingo  Domingo  Domingo  -  - 

12  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

13  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

14  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

15  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

16  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

17  Sábado  Sábado  Sábado  Sábado  -  - 

18  Domingo  Domingo  Domingo  Domingo  -  - 

19  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

20  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

21  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

22  Feriado  Feriado  Feriado  Feriado  -  - 

23  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

24  Sábado  Sábado  Sábado  Sábado  -  - 

25  Domingo  Domingo  Domingo  Domingo  -  - 

26  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

27  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

28  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

29  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

30  22:00  02:00  03:00  06:42  07:42  08:48 

31  Sábado  Sábado  Sábado  Sábado  -  - 

Salário mensal: R$ 900,00  Adicional noturno de 20%: R$ 180,00 (900,00 x 20%) 

Nota 1: Como a jornada é totalmente noturna, paga o adicionalsobre seu salário fixo. Nota 2: O adicional noturno deve ser pago em evento separado dosalário, para demonstrar que o valor foi pago para quitar o direito.Se pagar acumulado com o salário, num único evento, não quita o

direito, é considerado “salário complessivo”. Exemplo de cálculo de adicional noturno numa jornada mista com horas extras 

Dia Entrada Saída Entrada Saída Horasdiurnas 

Horasrelógionoturnas 

Horasnoturnas 

Horasextrasdiurnas 

Horasextrasnoturnas 

1  Feriado  Feriado  Feriado  Feriado  -  -  -  -  - 

2  20:00  00:00  01:00  04:57  02:00  05:57  06:48  -  - 

3  Sábado  Sábado  Sábado  Sábado  -  -  -  -  - 

4  Domingo Domingo Domingo Domingo  -  -  -  -  - 

5  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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6  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

7  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

8  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

9  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

10  20:00  00:00  Sábado  Sábado  -  -  -  02:00  02:17 

11  Domingo Domingo Domingo Domingo  -  -  -  -  - 

12  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

13  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

14  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

15  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

16  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

17  20:00  00:00  Sábado  Sábado  -  -  -  02:00  02:17 

18  Domingo Domingo Domingo Domingo  -  -  -  -  - 

19  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

20  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

21  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

22  Feriado  Feriado  Feriado  Feriado  -  -  -  -  - 

23  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

24  20:00  00:00  Sábado  Sábado  -  -  -  02:00  02:17 

25  Domingo Domingo Domingo Domingo  -  -  -  -  - 

26  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

27  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

28  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

29  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

30  20:00  00:00  01:00  06:42  02:00  05:57  06:48  -  - 

31  Sábado  Sábado  Sábado  Sábado  -  -  -  -  - 

Soma das horas com fração de minutos  119:00  136:00  06:00  06:51 

Soma das horas com fração de centésimos  119,00  136,00  6,00  6,85 

Cálculo doAdicionalNoturno e seureflexo no DSR 

Salário-hora diurno:  Adicional Noturno: Valor: Reflexo no DSR: 

R$ 4,0920% R$ 111,25 ( 136,00h x 4,09 x 20%) R$ 32,45 (136,00h ÷ 24 dias úteis x 7 DSR x 4,09x 20%)

Cálculo dashoras extrasdiurnas e seureflexo no DSR 

Salário-hora diurno: Valor Hora Extra Diurna: Valor: Reflexo no DSR: 

R$ 4,09R$ 6,14 (4,09 x 150%) R$ 36,84 (6,14 x 6) R$ 10,75 (6,00h ÷ 24 dias úteis x 7 DSR x 6,14)

Cálculo dashoras extrasnoturnas e seu

reflexo no DSR 

Salário-hora diurno: Valor Hora Extra Noturna: Valor: Reflexo no DSR: 

R$ 4,09R$ 7,36 (4,09 x 150% x 120%) R$ 50,42 (7,36 x 6,85) R$ 14,70 (6,85h ÷ 24 dias úteis x 7 DSR x 7,36) 

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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4.12 Cessação do Trabalho Noturno

 Apesar do adicional noturno pago com habitualidade integrar a remuneração do empregado,

para efeito de quitação de verbas trabalhistas, a Doutrina e a Jurisprudência, não temconsiderado a prestação de serviços em horário noturno (logo, com o pagamento do respectivoadicional noturno), como direito adquirido do empregado. Logo, se o período do empregado foralterado de noturno para trabalho durante o dia, o empregado perderá o adicional noturno, vistoque foi afastada a condição penosa do trabalho durante a noite. Este é o posicionamentoadotado pelo TST, através de sua Súmula 265.

PARTE PRÁTICA

Cálculo do Redutor e do Adicional Noturno 

O empregado recebe o salário de R$ 745,00 mensais. Realizou no mês de outubro de 2011, 12

horas- relógio em horário noturno. Calcule as horas noturnas realizadas e após o valor devido atítulo de adicional.

DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

5.1 – DIREITO E FORMA DE PAGAMENTO

 A gratificação natalina, mais comumente chamada de 13º salário, foi instituída pela Lei nº4.090, de 13.07.1962. Pela referida Lei (art. 1º), o pagamento do 13º salário devia ser efetuadoem parcela única, no mês de dezembro.Em 1965, a Lei nº 4.749, de 12 de agosto, determinou que entre os meses de fevereiro enovembro de cada ano o empregador deverá pagar, a título de adiantamento, o 13º salário,sendo a metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior, sendo a outra metadeobrigatoriamente paga em dezembro.O 13º salário deverá ser pago proporcionalmente ao tempo de serviço do empregado naempresa, considerando-se a fração de 15 (quinze) dias de trabalho como mês integral.Quando a remuneração for composta de salário base + parte variável (comissões, horas extras,adicional noturno) deverá ser calculada a sua média. A base de cálculo para o pagamento dagratificação natalina será o salário-base + verbas salariais fixas (adicional de insalubridade,periculosidade, anuênios, triênios, etc.) + média dos salários variáveis.

5.1.1 - Data De Pagamento

 A 1ª parcela do trezeno deverá ser paga de 01.02 a 30.11, ou se, solicitada pelo empregado,por ocasião das férias (se solicitada no mês de janeiro do ano em curso). A importância paga ao empregado a título de adiantamento (1ª. Parcela) será deduzida dovalor integral do 13º salário devido em dezembro.

Cumpre ressaltar que o empregador não está obrigado ao pagamento da 1ª parcela no mesmomês para todos os seus empregados, podendo assim, pagar o adiantamento do trezeno nomês de agosto para alguns empregados, para outros em setembro e para outros em novembro

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(exemplo). Essa atitude facilita o pagamento da obrigação, vez que não necessita oempregador desembolsar esses valores todos de uma vez (exceto no mês de dezembro).

5.1.2 - Rescisão Contratual

Havendo rescisão contratual e quando já se tenha adiantado a 1ª parcela, esta serácompensada na rescisão. Para cálculo da média do 13º salário em rescisão, deve ser calculado se houver variáveis, até omês anterior à rescisão contratual, mas o pagamento conta até o mês da rescisão ou até 30dias depois no caso de aviso prévio indenizado.

5.2 - CÁLCULOS DA 1ª PARCELA 

Primeiramente deve apurar-se a data de admissão do empregado, para saber qual o critériodeve ser utilizado vez que:

5.2.1 - Empregados Admitidos Até 17 de Janeiro

Para os empregados admitidos até 17 de janeiro, inclusive, o valor da primeira parcela será de50% (cinqüenta por cento) do salário do mês anterior ao do seu pagamento.

Exemplos:

- Mensalista

Salário mensal de R$ 800,00 – recebe R$ 400,00

- Diarista

Percebe R$ 30,00 por dia; recebe a metade de 30 dias.

R$ 30,00 x 30 = R$ 900,00R$ 900,00: 2 = R$ 450,00

- Horista

Percebe R$ 4,00 por hora, faz jus á metade de 220 horas

- Salário Variável

Qualquer que seja o salário variável, paga-se a metade da média mensal até o mês de outubro.

Exemplos:

Salário Variável sem fixo

Janeiro R$ 1.200,00Fevereiro R$ 900,00Março R$ 1.320,00 Abril R$ 1.800,00Maio R$ 1.680,00Junho R$ 1.980,00Julho R$ 1.920,00 Agosto R$ 2.100,00Setembro R$ 2.280,00Outubro R$ 3.000,00

-----------------Total R$ 18.180,00

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Média mensal de R$ 18.180,00: 10 = R$ 1.818,00

Pagamento da primeira parcela do 13º salário:

R$ 1.818,00: 2 = R$ 909,00

Salário variável mais fixo

Média mensal de R$ 1.818,00+ salário fixo de R$ 600,00

-----------------Total R$ 2.418,00Pagamento da primeira parcela do 13º salário:

R$ 2.418,00: 2 = R$ 1.209,00

- Salário por Tarefa

Quando o salário é pago por tarefa, procura-se a média mensal da produção e paga-se 50%,ou seja, a primeira parcela. Exemplo:

Um empregado produziu 70.000 peças de janeiro a outubro, seu salário por peça é de R$ 0,3cada uma.

Observação: o salário por peça é sempre calculado sobre o último valor reajustado.

Média mensal de produção 70.000: 10 = (10 = nº de meses) = 7.000 peças

7.000 x R$ 0,3 = R$ 2.100,00

R$ 2.100,00; 2 = R$ 1.050,00 ( primeira parcela)

5.2.2 - Empregados Admitidos Após 17 de Janeiro

 Aos empregados admitidos após 17 de janeiro, paga-se o referente ao período posterior aadmissão do empregado, atribuindo-se 1/12 do salário mensal percebido ou apurado por mêsde serviço, ou fração igual ou superior a 15 dias, contado da admissão até o mês anterior aopagamento; paga-se a metade do valor encontrado.

Exemplos:

- Mensalista

Um empregado admitido em 28.07.2012, com salário de R$ 1.200,00 por mês, deve receber aquantia de R$ 250,00, referente à primeira parcela do 13º salário porque:

R$ 1.200,00: 12 = R$ 100,00 (valor de 1/12).

R$ 100,00 x 5 (5 porque o período de trabalho compreende agosto, setembro, outubro,novembro e dezembro; julho não entra porque trabalhou apenas cinco dias neste mês) = R$500,00

R$ 500,00: 2 = R$ 250,00 

- Salário variável

Um empregado admitido em 14/05/2012

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Salário variável sem fixo

Maio R$ 480,00

Junho R$ 720,00Julho R$ 1.000,00 Agosto R$ 880,00Setembro R$ 1.200,00Outubro R$ 1.480,00

---------------------Total R$ 5.760,00

Média mensal de R$ 5.760,00 : 6 (nº de meses) = R$ 960,00 Achar 1/12 da média mensalR$ 960,00: 12 = R$ 80,00R$ 80,00 x 6 = R$ 480,00

Primeira parcela: R$ 480,00: 2 = R$ 240,00

Salário variável mais fixo

Procura-se a média mensal do salário variável, divide-se por 12 (para obter 1/12), multiplica-sepor 6 ( maio a outubro) e divide-se por 2; obtém-se, assim a primeira parcela do saláriovariável; soma-se o fixo calculado proporcionalmente de maio a dezembro, ou seja, 50% de8/12, sempre tomando como base o último salário, ou do mês anterior.

Salário por tarefa

Um empregado admitido em 3/08/2012 produziu um total de 15.000 peças por mês a R$ 0,12cada uma. Qual o valor da primeira parcela?

Média mensal = 15.000 x R$ 0,12 = R$ 1.800,00

Procura-se 1/12 da média mensal: R$ 1.800,00: 12 = R$ 150,00

Valor da primeira parcela: R$ 150,00 x 4 = R$ 300,00 --------------------

2

- Pagamento Conjunto Das Duas Parcelas

 A Lei conforme explanado nos itens acima disciplina o pagamento obrigatoriamente em duasparcelas. O SEFIP foi programado de conformidade com a Lei, ou seja, por mais que oempregador queira pagar a totalidade do 13º salário, não poderá fazê-lo, pois o INSS somente

será gerado no sistema na competência de dezembro.

- Encargos

● INSS Na 1ª parcela não há incidência do INSS.

● FGTS O FGTS incide sobre o valor pago, pelo regime de competência, ou seja, de acordocom a data do pagamento (se pago em setembro, a empresa deverá recolher até 07/10).

● IRRF Sobre a 1ª parcela do 13º salário não há incidência do IRRF.

- 5.2.1 - 13º SALÁRIO – 2ª PARCELA

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- Quantia a Ser Quitada

O trezeno será pago na forma proporcional ao tempo de serviço do empregado na empresa,considerando-se a fração de 15 (quinze) dias de trabalho como mês integral. A importância já paga ao obreiro como 1ª parcela será deduzida do valor do 13º salário devidoaté o dia 20 de dezembro.

 A forma de cálculo seguirá a mesma linha de raciocínio dos cálculos acima (da primeiraparcela), observando-se no entanto, que a contagem dos avos será efetuada até dezembro e amédia dos variáveis, deverá ser considerada até o mês de novembro. Ainda terá que se ater que haverá nesta segunda parcela, além da dedução da 1ª parcela, odesconto do INSS, ou seja, o pagamento final será o valor total, deduzidos os descontosreferidos.

- Data De Pagamento

 A segunda parcela do 13º salário deverá ser paga no prazo máximo no dia 20 de dezembro.

- Cálculos da 2ª Parcela

- Salário Fixo

Para quem ingressou até 17/01:

Valor do salário fixo de dezembro x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado

Valor do salário fixo de dezembro – Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela

Para quem ingressar após 17/01

Valor do salário fixo de dezembro : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo 

Base de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado

Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela

- Adicional De Insalubridade E Periculosidade

Para quem ingressou até 17/01:

Valor do salário fixo + adic. de insalubridade ou periculosidade = base de cálculo

Base de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado

Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela

Para quem ingressar após 17/01

Valor do fixo + adicional de insal. ou pericul. : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo

Base de cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela

- Horas Extraordinárias e Noturnas

Para quem ingressou até 17/01:

Quant. de Horas Extras e RSR até mês anterior a dez = méd. de horas ext.

11

Média x valor de uma hora extra de dez = valor total da média

Valor total média + salário fixo de dez = base de cálculo

Base de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado

Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela

Para quem ingressar após 17/01

Quantidade de Horas Extras até o mês de nov = média de horas extrasNº de meses até o mês de nov

Média de Horas Extras x valor de uma hora extra = valor parcial da média

Regra da proporcionalidade

Valor total da média : 12 x avos devidos até o mês de dezembro = base de cálculo da média

Valor do salário fixo de dezembro : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo fixo

Base de Cálculo Fixo + BC Variável = Base Total de CálculoBase Total de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado

Base Total de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela

- Comissionista

Para quem ingressou até 17/01:

Valor da Comissão e do dsr até o mês anterior ao pagamento = valor da média

Nº de meses até o mês anterior ao pagamento

Valor da média : 2 = valor da 1ª parcela dos variáveis + salário fixo se houver : 2 = 13º -1ª

parcela

Para quem ingressar após 17/01

Valor da Comissão até o mês de nov = valor da média

Nº de meses até o mês nov

Regra da Proporcionalidade

Valor da média : 12 x avos devidos até o mês de dez = base de cálculo do variável

Se houver Salário Fixo

Valor do salário fixo de dezembro : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo fixo

Base de Cálculo Fixo + BC Variável = Base Total de Cálculo

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Base Total de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado

Base Total de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela

  IMPORTANTE EM TODOS OS CASOS PODERÁ AO FINAL TAMBÉM HAVER AREDUÇÃO DO IRRF.

5.3 - INCIDÊNCIAS

INSS Incidência sobre o valor integral das duas parcelas. Pagamento a ser efetuadaem GPS própria da competência 13, no dia 20/12. A partir de 12/2005, apresentar GFIPde competência 13, pelo SEFIP até o dia 31/01 com fatos geradores da PS.

FGTS O FGTS incide sobre o valor pago, pelo regime de competência, ou seja, deacordo com a data do pagamento (pago em dezembro, a empresa deverá recolher até07/01).

IRRF Incidirá o pagamento do IRRF, sobre o valor total pago a título de trezeno.

5.4 – REVISÃO DE VALORES DO 13º SALÁRIO – ACERTO DA DIFERENÇA

O parágrafo único do artigo 2º do Decreto nº 57155/1965, dispõe que a empresa deverá efetuaraté o dia 10 de janeiro do ano seguinte computado a parcela do mês de dezembro, o cálculoda gratificação será revista para 1/12 (um doze avos) do total devido no ano anterior,processando-se a correção do valor da respectiva gratificação com o pagamento oucompensação das diferenças verificadas. Isto ocorre no cálculo para variáveis com fechamentono mês de dezembro.Neste caso, poderão ser apuradas diferenças em prol do empregado ou da empresa. Sendofavoráveis ao empregado, a empresa poderá efetuar o pagamento das mesmas até o dia10/01.

- Apuração das Diferenças

- Diferença em Prol do Empregado

 A empresa deverá efetuar a média das comissões e repousos do período integral do ano de2011, até o mês de dezembro, somando o valor dos salários variáveis e, após dividindo por 12.Deste resultado, diminuirão os valores pagos anteriormente, e resultando diferença a maior emprol do empregado, a empresa deverá pagá-la impreterivelmente até o dia 10/01/2012.

- Diferença em Prol da Empresa

O valor poderá ser descontado na folha de pagamento do obreiro do mês de dezembro. Taldiferença pode ser compensada na GPS da competência 12, e devolvida ao empregado o valorretido a maior, além disto, a empresa compensará do valor recolhido no campo 6 (partepatronal), e no que diz respeito ao valor recolhido a "Outras Entidades", campo 9, deverá sersolicitada à restituição junto aos Terceiros pertinentes.

Exemplos:

1) Um empregado que tenha salário variável. A soma de seu salário variável de janeiro anovembro foi de R$ 13.200,00, a média mensal foi de R$ 1.200,00 (R$ 13.200,00: 11 = R$1.200,00).

Valor pago até 20 de dezembro: R$ 1.200,00.

No mês de dezembro sua comissão foi de R$ 480,00

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R$ 13.200,00 (jan a Nov.)(+) R$ 480,00------------------------------

R$ 13.680,00R$ 13.680,00: 12 = R$ 1.140,00Valor pago até dezembro R$ 1.200,00

(-) Valor real a receber R$ 1.140,00--------------------

Diferença 60,00

Neste caso, o empregado deve reembolsar á empresa à diferença de R$ 60,00, paga á maior;essa quantia será descontada no primeiro salário á receber.

2) A média do salário variável de janeiro a novembro foi de R$ 1.200,00 (R$ 13.200,00 : 11 =R$ 1.200,00), ou seja, valor pago até 20 de dezembro; no mês de dezembro sua comissão foide R$ 2.064,00.

R$ 13.200,00 ( jan. a nov.)(+) R$ 2.064,00

---------------------R$ 15.264,00R$ 15.264,00: 12 = R$ 1.272,00Valor pago até dezembro R$ 1.200,00

(- ) Valor real a receber R$ 1.272,00-----------------

Diferença R$ 72,00

Neste caso, a empresa deve pagar ao empregado a diferença de R$ 75,00 até o dia 10 de janeiro, artigo 2º, parágrafo único do Decreto nº 57.155/65.Entendemos que a diferença deve ser paga até o quinto dia útil, conforme preceitua o artigo459 da CLT.

5.5 O QUE INTEGRA O 13º SALÁRIO

5.5.1 Auxílio-doença previdenciário

Quando um empregado se afasta por motivo de doença por mais de 1 dias, seu contrato detrabalho é suspenso a partir do 16º.Quanto aos 15 primeiros dias, a empresa deve pagar o 13º salário; do 16º dia em diante ficaráisenta. A empresa deve pagar o período anterior e posterior ao se afastamento:

Exemplo

Um empregado esteve no auxílio-doença previdenciário no período de 06/02/2012 á25/06/2012, retornando no dia 26/06/2012.Como os primeiros 15 dias cabem á empresa pagar ao empregado, ele receberá como 13ºsalário 8/12 de seu salário, ou seja, os meses de janeiro, fevereiro, julho, agosto, setembro,outubro, novembro e dezembro.

O 13º salário é pago pela Previdência Social, ao segurado pensionista, quando estes estãorecebendo o benefício. A partir do momento que passa a receber o auxílio-doença, faz jus ao13º salário, conforme artigo 40 da Lei 8.213/91.

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5.5.2 Auxílio-doença por acidente de trabalho

Conforme Súmula 46 do TST, as faltas decorrentes de acidente de trabalho não são

consideradas para cálculo de gratificação natalina; isto que dizer que o 13º salário deve serpago integralmente, não se levando em consideração o tempo que o empregado esteveausente por motivo de acidente do trabalho.No caso de acidente, a empresa deve fazer o pagamento do complemento se o valor pago pelaPrevidência Social for inferior á remuneração real que ele deveria receber em dezembro.

5.5.3 Serviço Militar

O empregado não terá direito ao 13º salário referente ao período em que esteve afastadoprestando o Serviço Militar.Observação: no caso de afastamento para prestação do Serviço Militar é exigível o depósitomensal do FGTS correspondente ao período de afastamento, inclusive do 13º salário pela sua

totalidade.

5.5.4 Adicional Noturno

O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos osefeitos legais (Sumula 60 do TST). Logo integra também a gratificação natalina (13º salário)

5.5.5. Adicional de Insalubridade e periculosidade

Conforme preceitua o artigo 1º di Decreto 57.155/65, deve-se tomar como base a remuneraçãodo mês de dezembro, de acordo com o tempo de serviço do empregado, no ano em curso,para cálculo da gratificação natalina. Portanto, se os adicionais fazem parte da remuneração domês de dezembro, deve-se computá-los para o cálculo do 13º salário.

5.5.6 Hora extra e gratificação periódica

De acordo com a Sumula nº 45 do TST:

“a remuneração do serviço complementar habitualmente prestado, integra ocálculo de gratificação natalina prevista na Lei 4.090/62”. 

Entendemos que deverão ser inclusas, quando habituais, podendo-se obter a média dequantidade das horas extras trabalhadas no transcorrer no ano, multiplicando-se o númeromédio obtido pelo valor do salário hora extra em dezembro.

Exemplo:

Um empregado ganha em dezembro R$ 4.00 por hora

Fez de janeiro a novembro 495 horas extras

495 h: 11 meses (jan. a Nov.) = 45 h

Hora extra = R$ 4,00 x 1,50 = R$ 6,00

45 x R$ 6,00 = R$ 270,00

 Acrescentar na 2ª parcela mais R$ 270,00

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Se houver possibilidade de acrescentar as horas extras do mês de dezembro, então divide-sepor 12; não havendo condições, segue-se o exemplo dado, e no mês de janeiro faz-se oacerto.

Súmula nº 253 do TST  –  Gratificação semestral. Repercussões  –  Nova redaçãodada pela Resolução nº 121 de 28/10/2003(DJU de 19/11/2003)

“a gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e doaviso-previo, ainda que indenizado. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo naindenização por antiguidade e na gratificação natalina.” 

Exemplo:

Um empregado ganha em dezembro um salário de R$ 1.200,00 por mês, e recebe um saláriode gratificação semestral.

R$ 1.200,00: 12 = R$ 100,00

 Acrescentar mais R$ 100,00 á 2ª parcela da gratificação natalina.

5.5.7 Salário-de-benefício e remuneração do 13º salário

Não será considerado no cálculo do salário de-benefício o 13º salário (gratificação natalina) pordestinar-se ao custeio do abono anual desse benefício, conforme preceitua o artigo 28, § 7º daLei 8.212/91, alterado pela Lei nº 8.870/94.

5.5.8 Desconto do INSS do empregado no pagamento final

Segundo o artigo 28, § 7º da Lei 8.212/91, alterado pela Lei 8.870/94, o 13º Salário integra aosalário-de-contribuição, e, por essa razão, deve ser efetuado o desconto quando do pagamentoou do crédito da última parcela, ou na rescisão do contrato de trabalho, exceto para o cálculode benefício. Diante do exposto, o salário-de-contribuição do 13º salário não será consideradopara o cálculo do benefício.

Desconto em separado do salário

O desconto do INSS (8%,9%,11%) incidente no 13º salário deverá ser realizado quando dopagamento final. No caso de rescisão contratual, deve-se somar o valor bruto do 13º salário,desconsideradas as antecipações (se é que houve), respeitando o limite máximo. O descontodeve ser aplicado em separado das verbas restantes da rescisão sobre as quais incide o INSS.Conforme determinam os §§ 6º e 7º do artigo 214 do Decreto 3.048/99, o desconto do INSSsobre o 13º salário deve ser em separado da remuneração de dezembro, não sendo maispermitido o somatório.

1º Exemplo:

13º Salário Remuneração de dezembro 

1ª parcela paga em novembro R$ 2.000,00 Remuneração R$ 4.000,002ª parcela paga em dezembro R$ 2.000,00 INSS sobre o limite

----------------- máximo de jan/2012 R$ 405,86R$ 4.000,00

INSS sobre o limite máximode jan./2012 R$ 405,86

Então temos: Então temos:

2ª parcela de R$ 2.000,00 Remuneração R$ 4.000,00(-) INSS ( 11% s/ R$3.916,20) R$ 430,72 (-) INSS ( 11% s/ R$3.916,20) R$ 430,72

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Por ser em separado, serão descontados no mês de dezembro dois limites máximos doempregado: um do 13º salário e outro da remuneração.

2º Exemplo:

13º Salário Remuneração de dezembro 

1ª parcela paga em novembro R$ 1.600,00 Remuneração R$ 4.000,002ª parcela paga em dezembro R$ 1.600,00 INSS sobre o limite

----------------- máximo de jan/2012 R$ 405,86R$ 3.200,00

INSS sobre o limite máximode jan./2012 R$ 405,86

Então temos: Então temos:

2ª parcela de R$ 2.000,00 Remuneração R$ 4.000,00(-) INSS ( 11% s/ R$3.916,20) R$ 430,72 (-) INSS ( 11% s/ R$3.916,20) R$ 430,72

PARTE PRÁTICA

1ª e 2ª Parcela de 13º Salário de Mensalista

Exemplo 01: Empregado admitido em 15/01/2011, com pagamento da 1ª parcela em 20 denovembro. Salário em outubro/2011 - R$ 1.300,00 sem dependentes.

Exemplo 2: Empregado mensalista admitido em 14.06.2011, com pagamento da 1ª parcela em30 de novembro. Salário de outubro R$ 900,00. 2ª Parcela em Dezembro/2011.

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Exemplo 3: O empregado foi admitido em 06.01.2004 com salário mensal em outubro/2011 de

R$ 650,00. Recebe adicional de insalubridade sobre grau mínimo, incidente sobre o piso dacategoria no valor de R$ 550,00. Pagamento da 1ª parcela do 13º salário em 30 de novembro esegunda em dezembro.

Exemplo 4:  O empregado ingressou na empresa em 01/08/2011. É comissionista puro.Receberá a 1ª parcela em novembro/2011 e a Segunda parcela em dezembro/2011.Sabendo-se os valores de comissões, calcule os valores dos respectivos DSR´s e apósproceda o cálculo:

a) da primeira parcela de 13º salário;

b) da 2ª parcela de 13º salário;

c) da 3º parcela de 13º salário;d) Haverá diferença de INSS, qual o valor e quando deverá ser paga?

MÊS COMISSÃO DSR AGOS/2011 R$ 542,00 27/4SET/2011 R$ 615,00 24/6OUT/2011 R$ 694,00 25/6NOV/2011 R$ 594,00 24/6DEZ/2011 R$ 745,00 27/4MÉD1ª PARCELA R$ 1.851,00 R$MED 2ª Parcela R$ 2.445,00 R$

MÉD 3ª Parcela R$ 3.190,00 R$

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Exemplo 5: Um empregado ingressou na empresa no dia 17/01/2011. O empregado recebe ovalor de R$ 2.900,00 de salário-base e periculosidade no percentual de lei. A empresa irápagar a 1ª parcela do 13º salário/2011, em agosto de 2011 e a Segunda em dezembro de2011. Calcule o valor devido a título de 1ª parcela e depois de 2ª parcela.O empregado tem 01 dependente para IR. Existirá valor de ajuste? Calcule.

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Exemplo 6: Um empregado foi admitido no dia 01/07/2011. Recebe salário-base de R$ 640,00em outubro. Trabalha em jornada legal recebendo horas extras com o percentual de 50%.

O salário fixo em dezembro por força da data-base foi reajustado para R$ 680,00.Com base nestas informações calcule:

a) o valor da 1ª parcela;

b) o valor da 2ª parcela;

c) Existe diferença a ser paga? Qual o valor?

MÊS HORAS EXTRAS DSRJulho 08 26/5 1,53 Agosto 14 27/4 2,07Setembro 10 24/6 2,50Outubro 11 25/6 2,64

Novembro 15 24/6 3,75Dezembro 20 27/4 2,96Média até out 43Média até nov 58Média até dez 78

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FERIAS INDIVIDUAIS

6.1 - Direito

 Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direitoao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, na seguinte proporção,estabelece o artigo 130 da CLT:

Art. 130  – Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o

empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

I  –  30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco)

vezes;

II  –  24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze)

faltas;

III  –  18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três)

faltas;

IV  –  12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e

duas) faltas.

- Período concessivo 

São os 12 meses subseqüentes ao período aquisitivo, é o período que o empregador deveconceder os dias de férias conquistados pelo empregado, sobe pena, de ter que remunerarias

em dobro (CLT art. 137).Deve-se observar que o período de gozo deverá iniciar e terminar dentro dos 12 (doze) meses,pois se ultrapassado este período o empregador pagará a remuneração em dobro. Assim, oempregador para evitar a dobra, deverá conceder as férias no máximo, no 11º mês do períodoconcessivo, pois se concedê-la no 12º mês, as férias estarão dobradas. Antes do período aquisitivo vencido o empregador não pode conceder férias (exceto secoletivas), pois o direito às férias se perfaz com 12 meses, sendo que antes de tal temposomente existe uma expectativa de direito. Assim, se o empregador concedê-las antes do período dos 12 meses, e houver uma rescisãocontratual, não terá como proceder ao desconto, visto que inexistia o direito, sendoconsiderada se houver fiscalização como licença remunerada.

Exemplo: Empregado ingressou em 05/10/2010

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Período Aquisitivo: 05/10/2010 a 04/10/2011

Período Concessivo: 05/10/2011 a 04/10/2012 (que é um novo aquisitivo – 2011/2012)

TABELA DE FÉRIAS PROPORCIONAIS

Fériasproporcionais 

até 5 faltas  de 6 a 14faltas 

de 15 a 23faltas 

de 24 a 32 faltas 

1/12 2,5 dias 2 dias 1,5 dias 1 dia

2/12 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias

3/12 7,5 dias 6 dias 4,5 dias 3 dias

4/12 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias

5/12 12,5 dias 10 dias 7,5 dias 5 dias

6/12 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias

7/12 17,5 dias 14 dias 10,5 dias 7 dias

8/12 20 dias 16 dias 12 dias 8 dias

9/12 22,5 dias 18 dias 13,5 dias 9 dias10/12 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias

11/12 27,5 dias 22 dias 16,5 dias 11 dias

12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias

- Faltas não Computadas para Diminuição nas Férias 

Estabelece o artigo 131 da CLT as condições em que a ausência não é considerada como faltaao serviço:

Art. 131  –  Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do Art. anterior, a

ausência do empregado:

I – nos casos referidos no art. 473;

II  – durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou

aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela

Previdência Social; (Redação dada pela Lei n.º 8.921 , de 25-7-94, DOU 26-07-94)

III – por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional

do Seguro Social – INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133 ; (Redação dada

pela Lei n.º 8.726 , de 05-11-93, DOU 08-11-93)

IV  –  justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o

desconto do correspondente salário;

V  –  durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de

prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e

VI – nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133

- Perda do Direito 

Não terá direito a férias o empregado quando, no curso do período aquisitivo, conformeestabelece o artigo 133 da CLT:

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Art. 133  – Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:

I – deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à

sua saída;

II – permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta)

dias;

III  –  deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em

virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e

IV  –  tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de

auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.

§ 1º  –  A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de

Trabalho e Previdência Social.

§ 2º  –  Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o

implemento de qualquer das condições previstas neste Art., retornar ao serviço.

§ 3º – Para os fins previstos no inciso III deste Art. a empresa comunicará ao órgão local

do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de

início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo,

comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional,

bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. (Acrescentado pela Lei n.º

9.016 , de 30-3-95, DOU 31-03-95)

Exemplo Inciso IV – 

É importante lembrar que só haverá perda de férias caso o afastamento esteja todo dentro deum mesmo período aquisitivo, mesmo que estes seis meses sejam descontínuos e, também,que a contagem dos 180 dias deve iniciar a partir do 16º dia de afastamento, já que os 15primeiros dias de atestado são remunerados pelo empregador. Os períodos aquisitivos queestiverem vencidos antes do benefício previdenciário são direito adquirido do empregado.

Exemplo

Período Aquisitivo de 02/05/2008 a 01.05.2009.

 Afastamento de 16.12.2009 até 10.03.2011.

Período 2008/2009 – ....................................................................

Período 2009/2010 – ....................................................................

Período 2010/2011 - .....................................................................

Novo Período Aquisitivo: ..............................................................

 A interrupção da prestação de serviços pelos motivos acima mencionados deverá ser anotadano Livro ou Ficha de Registro dos Empregados. Se o empregado tiver perdido o períodoaquisitivo por um dos motivos acima, quando o empregado retomar aos serviços, iniciar-se-áum novo período aquisitivo.

- Fracionamento 

O gozo de férias deve ser em um só período (artigo 134 da CLT) , cuja finalidade é para queo trabalhador tenha o tempo necessário para recuperar as energias despendidas durante o

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período de trabalho.Entretanto, excepcionalmente, o período de férias poderá ser fracionado em dois (2) períodos,um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias, devendo a empresa, perante umafiscalização, justificar o fracionamento (normalmente por motivos de força maior).

- Menores de 18 e Maiores de 50 Anos

Referidos empregados deverão gozar suas férias em um único período, sendo, portanto,vedado o fracionamento, inclusive em se tratando de férias coletivas.

- Estudante Menor  

O empregado menor estudante tem direito de fazer coincidir suas férias com as fériasescolares. Nesta situação, inclui-se evidentemente o menor aprendiz que deverá ter seuperíodo de gozo coincidente com as férias do SENAC ou do SENAI.

- Membros da mesma Família 

Quando os membros de uma família prestarem serviços ao mesmo empregador, poderão

solicitar suas férias em um mesmo período. Entretanto, esta possibilidade depende da vontadedo empregador, que poderá nega-Ia se a ausência destes empregados resultarem emprejuízos para os serviços.Deve-se considerar, finalmente, que a época da concessão das férias será sempre a quemelhor consulte os interesses do empregador, ressalvada a hipótese do estudante menor.

- Períodos Descontínuos 

 As férias não podem ser concedidas em períodos descontínuos, tais como dez dias cadamês ou dez dias em um mês mais vinte dias em outro. As férias só podem ser concedidas deuma só vez, em dias corridos e consecutivos, conforme determina o artigo 134 da CLT.

- Aviso de Férias

 A concessão de férias será participada por escrito ao empregador, com antecedência mínimade 30 (trinta) dias, devendo o interessado tomar ciência do recebimento da participação.

- Época do Pagamento 

O pagamento das férias e do abono pecuniário se for o caso, deverá ser feito até 2 (dois) diasantes de o empregado, entrar em férias.

- Prestação de Serviços Durante as Férias 

Empregado em gozo de férias não pode prestar serviços a outro empregador, salvo seobrigado a fazê-Io em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.

- Anotação das Férias na CTPS e Registro do Empregado 

 Antes de entrar em gozo de férias o empregado deverá apresentar sua CTPS para que oempregador anote os dados relativos ao gozo das férias.Devem ser anotados na CTPS nas Anotações de Férias:

Gozou férias relativas ao período de 2011 / 2012........................................... 

de .....01.... / ........10..... / ....2012......... a ........30....... / ......10............. / .2012........ 

....................................................................................................................

 Assinatura do empregador  

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O empregador poderá fazer as anotações na CTPS do empregado por meio de etiquetasgomadas, autenticadas pelo empregador (Portaria 3.626/1991).O empregador também deverá anotar a concessão das férias no livro ou ficha do empregado. A microempresa e EPP estão dispensadas de tal anotação, mas é aconselhável a anotação,pois no caso de extravio da CTPS, este seria o meio mais seguro de comprovar o período das

férias.

6.2 - Base De Cálculo das Férias 

Se o empregado sai de férias sem prejuízo do salário que receberia se estivesse trabalhando.Para efeito de férias não se utiliza somente o salário, mas sim a remuneração mensal doempregado à época da concessão, ou seja, a do mês em que vai sair de férias, conformedetermina o art. 142 da CLT. Assim, por determinação do art. 142, acima mencionado, o pagamento das férias deve ser feitocom base no valor da remuneração do mês em que o empregado sairá de férias (período degozo).O Tribunal Superior do Trabalho cristalizou o entendimento através da Súmula nº 7 de que aremuneração para apuração das férias é a da época da reclamação ou da rescisão contratual.

 A indenização pelo não deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base naremuneração devida ao empregado à época da reclamação ou, se for o caso, à da extinção docontrato.

6.2.1 - Mensalista

O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da suaconcessão, ou seja, o salário fixo vigente no momento da concessão das férias.Importante ressaltar que se, por exemplo, o empregado sai de férias num dia 1º e este é o mêsde reajuste da data-base, como as férias são pagas com 02 dias de antecedência, o valorrecebido pelo empregado não estará reajustado. No entanto, no decorrer do mês das férias,quando ocorrer o reajuste salarial, a empresa deverá efetuar o crédito desta diferença aoempregado.

6.2.2  – Empregado Horista

Com relação ao horista, a única forma é a integração à remuneração, para efeito de férias,através da média das horas realizadas no período aquisitivo. A fórmula é bem simples:

a) Verificam-se quais são os 12 meses trabalhados que originou o direito a férias (períodoaquisitivo);

b) Somam-se todas as horas e respectivos DSR do período aquisitivo;

c) Divide-se por 12;

d) Multiplica-se a média final obtida pelo valor da hora do período de concessão dasférias.

6.2.3 - Integração De Horas Extras 

Com relação às horas extras, a única forma é a integração à remuneração, para efeito deférias, através da média das realizadas no período aquisitivo. A fórmula é bem simples:

a) Verificam-se quais são os 12 meses trabalhados que originou o direito a férias(período aquisitivo);

b) Despreza-se o valor e soma-se somente o número de todas as horas extras

realizadas no período aquisitivo, constantes nos recibos ou folhas de pagamento;c) A média é tirada dividindo-se, o número total de horas extras encontradas, por 12,

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levando a referida equação a apuração da média das horas extras em número;

d) Para integrar a média do número encontrado de horas extras à remuneração, bastatransformá-la em valor, utilizando-se do salário do mês das férias;

e) Os parâmetros para apuração de seu valor são os mesmos de horas extras, comadicional constitucional de 50% ou da norma coletiva de trabalho, se superior (valor de 1

hora normal + adicional de horas extras (50%) x número da média das horas extrasencontrado = média em valor para integração na remuneração para pagamento dasférias).

6.2.4 - Integração De Adicional Noturno 

Com o adicional noturno, procede-se da mesma forma das horas extras, vez que este tambémé pago mensalmente, considerando-se o número de horas laboradas em horário noturno.Da mesma forma, despreza-se o valor e soma-se o número de horas de adicional noturno doperíodo aquisitivo. Dividindo-se o total por 12, chega-se ao número da média de horas deadicional noturno. Utilizando-se o salário do mês da concessão das férias, apura-se o valor damédia encontrada com o mesmo percentual com que se paga o adicional noturno.

6.2.5 - Integração De Comissões 

No caso de comissões e outras remunerações variáveis, para efeito de integração naremuneração para cálculo de férias, deve-se apurar a média de seus valores, vez quediferentes em cada um dos meses.Basta somar as comissões ou remunerações variáveis percebidas nos últimos doze meses edividir por 12, que estará apurada a média a ser integrada na remuneração para efeito deférias.Ressalte-se que a maioria das categorias tem estabelecido, em virtude da defasagem causadapela inflação, através de Convenções Coletivas, que, no lugar de doze meses, a média deveser apurada levando-se por base os valores percebidos nos últimos três meses.Neste caso, somam-se os valores dos últimos três meses anteriores a data da concessão dasférias, dividindo-se esse total por 3, apurando-se assim o valor da média a ser integrada naremuneração para pagamento das férias.

6.2.6 - Integração De Adicionais 

No caso dos adicionais por tempo de serviço, conhecidos como anuênios, triênios eqüinqüênios, como são pagos mensalmente e em valores previamente fixados em ConvençõesColetivas, basta integrar à remuneração o valor do mês da concessão das férias.O mesmo acontece com os adicionais de periculosidade e insalubridade, os quais integram aremuneração também pelo valor do mês da concessão das férias.Saliente-se que, se o empregado não estiver recebendo no mês da concessão das férias omesmo adicional do período aquisitivo, ou se ocorreu modificação em seu percentual, aintegração deverá ser feita também através da média dos doze meses. Neste caso, os valores

devem ser corrigidos pelos percentuais que reajustaram os salários, para que não ocorradefasagem, apurando-se assim a média já atualizada, para integração na remuneração parafins de pagamento das férias.

- Tributação 

O valor relativo ao pagamento das férias gozadas é tributável, recebendo o empregado o valorde suas férias com o desconto de INSS e Imposto de Renda. A contribuição previdenciária sobre as férias será calculada de acordo com o mês de gozo dasférias, somado ao saldo de salários do mesmo mês, se houver. Será devida no dia 20 do mêsseguinte ao gozo das férias.O recolhimento do FGTS também será de acordo com o mês de gozo das férias.

- IRRF Os rendimentos de férias devem ser tributados para o IRF em separado do saldo de salários do

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mês. Assim, a tabela progressiva será aplicada sobre o salário do mês e sobre o valor total dasférias de forma separada, fazendo-se as deduções pertinentes em cada uma das bases decálculo.Sobre férias indenizadas pagas em rescisão não cabe a retenção de IRRF, conformeSolução de Divergência Cosit n° 1/2009, trazida abaixo:

SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 1, DE 2 DE JANEIRO DE 2009 DOU 06.01.2009 

 ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF

EMENTA: FÉRIAS NÃO-GOZADAS CONVERTIDAS EM PECÚNIA  - Rescisão do contrato detrabalho, aposentadoria ou exoneração. As verbas referentes a férias - integrais proporcionais ou em dobro -, ao adicional de um terçoconstitucional, e à conversão de férias em abono pecuniário compõem a base de cálculo do Impostode Renda. Por força do § 4º do art. 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, a Secretaria daReceita Federal do Brasil não constituirá os créditos tributários relativos aos pagamentos efetuadospor ocasião da rescisão do contrato de trabalho, aposentadoria, ou exoneração, sob as rubricas deférias não-gozadas - integrais proporcionais ou em dobro - convertidas em pecúnia, de abonopecuniário, e de adicional de um terço constitucional quando agregado a pagamento de férias,observados os termos dos atos declaratórios editados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional em

relação a essas matérias. A edição de ato declaratório pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional,nos termos do inciso II do art. 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, desobriga a fonte pagadorade reter o tributo devido pelo contribuinte relativamente às matérias tratadas nesse ato declaratório.

6.3 - Competência para efeitos de Incidência de INSS e FGTS

O valor relativo ao pagamento das férias gozadas é tributável, recebendo o empregado o valorde suas férias com o desconto de INSS e Imposto de Renda. A contribuição previdenciária sobre as férias será calculada de acordo com o mês de gozo dasférias, somado ao saldo de salários do mesmo mês, independentemente de ser recebida deforma antecipada.O recolhimento do FGTS também será de acordo com o mês de gozo das férias (artigo 14,parágrafo 2º, inciso II da IN/SIT nº 25/2001.

Exemplo: Se um empregado recebe R$ 562,00 e usufruir suas férias a partir de 20/09/2010 a19/10/2010, para efeitos de tributação do INSS, observará:

Competência Base de Cálculo de Tributação09/2010 R$ 355,94 + R$ 206,06 + R$ 68,69 = R$ 630,69 x 8% = R$ 50,4510/2010 R$ 344,46 + R$ 114,82 + R$ 217,55 = R$ 676,83 x 8% = R$ 54,15

Setembro

R$ 562,00: 30 x 19 dias trabalhados = R$ 355,94 (saldo de salários)

R$ 562,00: 30 x 11 dias de férias = R$ 206,06 (férias em setembro)

R$ 206,06: 3 (terço constitucional) = R$ 68,69Outubro

R$ 562,00: 31 x 19 dias (férias) = R$ 344,46 (férias em outubro)

R$ 344,46: 03 (terço constitucional) = R$ 114,82

R$ 562,00: 31 x 12 (dias trabalhados) = R$ 217,55 (saldo de salários)

6.4 - Abono Pecuniário de Férias 

O empregado tem direito a converter 1/3 (um terço) de suas férias em abono pecuniário. Assim, o empregado que tiver direito a 30 (trinta) dias de férias poderá optar em gozar somente

20 (vinte) dias de férias e receber 10 (dez) dias restante em pecúnia. Esses 10 dias, por seremférias vendidas devem vir acompanhados do 1/3 constitucional.O prazo de solicitação para que o empregado tenha seu direito assegurado será de 15 dias

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antes do término do período aquisitivo.

- Pagamento do Abono Pecuniário de Férias

O prazo para pagamento do abono pecuniário de férias, por tratar-se de parcela acessória àsférias, será até dois dias antes do início do gozo das férias. A fórmula a ser aplicada é simples:

Salário: dias dos mês = Z

Z x dias do abono = valor do abono pecuniário

Valor do Abono Pecuniário: 3 = valor do terço sobre abono pecuniário

O abono pecuniário pode vir descrito no mesmo recibo de férias ou em recibo em apartado.

Exemplo:

a) Empregado com 30 dias de férias. O empregado ingressou na empresa em 01.04.2010. Operíodo aquisitivo termina no dia 31.03.2011, e o empregado solicita abono de pecuniário em10.03.2011. As férias serão gozadas a partir do dia 01.09.2011. O empregado recebe R$650,00 e adicional de insalubridade de 40% sobre o piso de R$ 550,00.

Valor das Férias Gozadas (20 dias)

R$ 550,00 x 40% = 220,00

R$ 650,00 + R$ 220,00 = R$ 870,00

R$ 870,00: 30 x 20 = R$ 580,00

R$ 580,00: 3 = R$ 193,34

Valor do Abono Pecuniário de 10 dias (sem incidência de INSS e FGTS)

R$ 650,00 + R$ 220,00 = R$ 870,00

R$ 870,00: 30 x 10 = R$ 290,00

R$ 290,00: 3 = R$ 96,67

Retornando do trabalho no dia 21.09.2011, o empregado irá receber, na folha de pagamento domês de setembro, o salário correspondente a 10 dias (R$ 870,00: 30 x 10 = R$ 290,00).

Incidências:

INSS – Não há incidência.FGTS – Sem incidência.

IRRF  – Não há incidência de IRRF sobre abono pecuniário conforme expressa o artigo 1º daInstrução Normativa RFB nº 936/2009, trazida abaixo:

Art. 1º Os valores pagos a pessoa física a título de abono pecuniário de férias de que trata o art. 143da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de1943, não serão tributados pelo imposto de renda na fonte nem na Declaração de Ajuste Anual.

6.5 - Férias em Dobro

O artigo 134 da CLT, bem como a Súmula 81 do TST, é claro em disciplinar que se o

empregador, conceder às férias fora do período concessivo, às mesmas deverão ser pagas deforma dobrada. Assim, o empregado receberá a remuneração de 60 dias, acrescida do terço,

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mas gozará 30 dias. A discriminação do pagamento no recibo se fará de forma em separado,visto que o pagamento das férias em dobro, não sofre incidência de FGTS ou INSS (apenasIRRF).

 A Súmula do TST nº 81 dispõe:

"Os dias de férias, gozadas após o período legal de concessão, deverão ser remunerados emdobro”. 

 Assim, deverão ser calculados 60 dias de férias, 30 normais e 30 de dobra, mas o empregadosó usufruirá 30 dias.

6.6 - Férias Pagamento Em Rescisão 

 A CLT no art. 146 (parágrafo único) explicita que o empregado faz jus às férias proporcionais,na rescisão do seu contrato de trabalho, desde que esta não seja efetuada por justa causa.

 A CLT em seu artigo 147 estende o direito às férias proporcionais aos empregados que tiveremos seus contratos de trabalho rescindido antes de completarem 12 (doze) meses de serviço,desde que a rescisão ocorra por dispensa sem justa causa ou extinção do contrato por prazodeterminado.

Exemplo:

Suponha-se que um empregado tenha sido admitido em 16/02/2011 e pedido demissão em20/09/2012. Desligou-se em 20/10/2012 com salário mensal de R$ 1.920,00. Gozounormalmente as férias vencidas em 15/02/2012. No período de 16/02/2012 a 20/10/2012 tevesete faltas não justificadas. Calcular o valor do salário correspondente ás férias proporcionais.São 8/12 de 24 dias:

R$ 1.920,00 ; 30 = R$ 64,00 p/diaR$ 64,00 : 24 = R$ 1.536,00R$ 1.536,00 : 12 = R$ 128,00R$ 128,00 x 8 = R$ 1.024,00

8/12 de 24 dias = R$ 1.024,00

O pagamento a mais de 1/3, conforme preceitua o artigo 7º, inciso XVII, Constituição Federal, étambém, é também sobre R$ 1.024,00

1/3 de R$ 1.024,00 = R$ 341,33

PARTE PRÁTICA

Mensalista

Exemplo 1: O empregado ingressou na empresa em 01/10/2009. Assim seu período aquisitivoé de ______________________________, e seu período concessivo de__________________. A empresa concedeu férias a partir de 01/06/2011. O salário do empregado desde abril/2011 éno valor de R$ 950,00. Assim o valor das férias será_____________ e o de 1/3 será R$ __________.

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Exemplo 2: O empregado foi admitido em 14/12/2009. Assim seu período aquisitivo é de ____ _______________________, e seu período concessivo até ____________________________. A empresa irá conceder férias de 1º de agosto de 20110 a 30/08/2011.

Horista

O empregado ingressou na empresa em 01/04/2010, tendo sido pactuada a remuneraçãocomo horista. A empresa concederá férias a partir de 01/06/2011 até 30/06/2011. No mês daconcessão das férias o empregado recebe R$ 2,95 por hora.

 As horas laboradas no período aquisitivo e respectivos DSR foram:

MÊS HORAS LABORADAS DSR04/2010 176 24/6 44,0005/2010 184 25/6 44,1606/2010 184 25/5 36,8007/2010 196 27/4 29,0308/2010 192 26/5 36,9209/2010 176 24/6 44,0010/2010 180 25/6 43,2011/2010 176 24/6 44,0012/2010 196 26/5 37,69

01/2011 184 25/6 44,1602/2011 176 24/4 29,3303/2011 192 26/5 36,92SOMA 2.212 470,21

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Comissionista

Exemplo: Empregado comissionista puro com férias vencidas do período de 01.04.2010 a

31.03.2011. O gozo das férias será a partir de 01.06.2011, percebendo nos meses anteriores,as comissões e DSR’s abaixo especificados: 

Mês/Ano  Valor das Comissões  Valor do RSR 

06/2010 650,00 25/5 R$ 130,0007/2010 720,00 27/4 R$ 106,66

08/2010 740,00 26/5 R$ 142,3009/2010 750,00 25/5 R$ 150,00

10/2010 700,00 25/6 R$ 168,00

11/2010 655,00 24/6 R$ 163,7412/2010 715,00 26/5 R$ 137,50

01/2011 680,00 25/6 R$ 163,2002/2011 695,00 24/4 R$ 115,83

03/2011 650,00 26/5 R$ 125,0004/2011 688,00 24/6 R$ 172,0005/2011 730,00 26/5 R$ 140,38

Total R$ 8.373,00 R$ 1.714,61Valor Total Auferido: ..................... + .............................= .......................................................................: 12 = ............................................... Adicional de 1/3...................................: 03 = ..............................................Valor Total Recebido: .......................................................

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Adicional de Periculosidade e Insalubridade

Exemplo 1: Empregado com salário de R$ 600,00, que percebe adicional de periculosidade de30%. As férias serão calculadas da seguinte forma:

Exemplo 2: Empregado com salário de R$ 734,00, com adicional de insalubridade de 20%

sobre o salário mínimo.R$ 622,00 x .......... = ..............

R$ 734,00 + ...................= ...................

..............................................................

Valor Total: ...........................................

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Abono Pecuniário

Empregado com direito a menos de 30 dias de férias. Empregado com período aquisitivo de01.03.2010 a 28.02.2011, teve 10 faltas no período aquisitivo. Gozará férias a partir de

1º/09/2010. A remuneração do empregado é de R$ 645,00 + 20% de insalubridade sobre opiso da categoria de R$ 575,00. O empregado tem direito a .......... dias de férias.Valor das Férias Gozadas (16 dias)..................................................................................................................................................................................................................................Valor do Abono de Férias (...........).................................................................................................................................................................................................................................... Até o dia ......................, o empregado deverá receber o valor de R$ ........................ Retornandono dia .................., o empregado irá receber na folha de pagamento de junho, o saláriocorrespondente a .................dias.

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Férias em Dobro

Exemplo:

- admissão: 01.08.2009

- término do aquisitivo: 31.07.2010

- término do concessivo: 31.07.2011

- gozo das férias: 01.09.2011 a 30.09.2011

Neste caso, o empregado faz jus a 60 (sessenta) dias de remuneração e 30 (trinta) dias dedescanso. O empregado recebe R$ 650,00 de remuneração no mês de 09/2010. Assim:

Valor das Férias – R$

1/3 sobre Férias – R$

Dobra das Férias – R$ .......................

1/3 sobre Férias em Dobro – R$ ....................

Valor Total Recebido: .....................................

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Férias Pagas em Rescisão

Um empregado foi admitido em 01/10/2010. Foi dispensado em 04/05/2011, com aviso prévio

indenizado. Recebia salário fixo de R$ 650,00 e comissões.O empregado receberá a título de férias proporcionais a proporcionalidade de _________ queimportarão o valor total e acrescido de um terço no valor de _______________.

Mês Valor das Comissões DSROut/2010 R$ 455,00 25/6 R$Nov/2010 R$ 560,00 24/6 R$Dez/2010 R$ 870,00 26/5 R$Jan/2011 R$ 490,00 25/6 R$Fev/2011 R$ 510,00 24/4 R$Mar/2011 R$ 535,00 26/5 R$ Abril/2011 R$ 600,00 24/6 R$Valor Total R$ 4.020,00 R$

R$ 4.020,00 + R$ = R$ 4.R$ 4.891,98 : ___ = R$ ____R$ 650,00 + R$ ______________= R$ _______________R$ _____________ : 12 x 8 = R$ _____________R$ _____________ : 3 = R$ _________________

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FÉRIAS COLETIVAS

7.1 - Critérios para a Concessão de Férias Coletivas

Podem ser concedidas a todos os empregados da empresa ou a determinadosestabelecimento ou setores.Podem ser em dois períodos, sendo que nenhum deles poderá ser inferior a 10 (dez) dias.Para tanto a empresa deve proceder da seguinte forma:

a) comunicar à DRT as datas de início e fim das férias com antecedência mínima de 15(quinze) dias, indicando quais os setores ou estabelecimentos abrangidos;

b) enviar, ao sindicato representante da categoria profissional dos empregados, cópia dacomunicação feita à DRT no mesmo prazo;

c) afixar, nos locais de trabalho, aviso da medida tomada.

O  art. 51, inciso V da Lei Complementar 123/2006, expressa que as microempresas e asempresas de pequeno porte estão dispensadas de comunicar ao Ministério do Trabalho eEmprego a concessão de férias coletivas.

- Anotações na CTPS e na Ficha ou Livro de Registro

Deverão ser anotadas na CTPS dos empregados e na ficha ou folha do livro de registro deempregados o período de gozo das férias coletivas.

- Lançamento das férias em folha de pagamento

Nos termos do § 14 do art. 214 do Dec. N° 3.048/99, "A incidência da remuneração das férias

ocorrerá no mês a que elas se referirem, mesmo quando pagas antecipadamente na forma dalegislação trabalhista".

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7.2 - Empregados contratados há menos de 12 meses 

Esses empregados gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se novo períodoaquisitivo a partir do primeiro dia de gozo. Se, eventualmente, as férias coletivas foremsuperiores ao direito do empregado, a empresa deverá pagar-lhe os dias excedentes comoperíodo de licença remunerada, evitando, assim, o prejuízo salarial.

O empregado só fará jus às férias após cada período completo de 12 (doze) meses de vigênciado contrato de trabalho. Porém ,quando se tratarem de férias coletivas , haverá estapossibilidade. Assim, o artigo 140 da CLT estabelece que os empregados contratados há menos de 12 (doze)meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais ao tempo de serviço, iniciando-se, então,novo período aquisitivo.

Exemplo 1:

Empregado contratado em 19.04.2010, o empregador irá conceder a partir do dia 19.12.2010até o dia 07.01.2011. Férias Coletivas. Então:

- Direito adquirido do empregado constitui 8/12 = 20 dias (8x 2.5).

- Férias Coletivas de 19.12.2010 a 07.01.2011 = 20 (vinte) dias.O período aquisitivo desse empregado ficará quitado, iniciando novo período aquisitivo apartir do dia 19.12.2010.

Exemplo 2:

Empregado contratado em 16/06/2011, o empregador irá conceder férias coletivas do dia16/12/2011 até 30/12/2011, então temos:

-Direito adquirido do empregado constitui 6/12 = 15 dias (6 x 2,5).

-Férias coletivas de 16/12/2011 à 30/12/2011 = 15 dias

Ó período aquisitivo fica quitado iniciando novo período aquisitivo a partir de 16/12/2011.

- Férias Proporcionais Superiores às Férias Coletivas

Tendo, na ocasião das Férias Coletivas, o empregado direito às férias proporcionais superioresao período de Férias Coletivas concedido pela empresa, o empregador deverá conceder operíodo de Férias Coletivas ao empregado e complementar os dias restantes em outra época,dentro do período concessivo, ou conceder ao empregado, integralmente, o período de fériasadquirido.

Exemplo 1:

Empregado contratado em 07.02.2011, o empregador irá conceder a partir do dia 20.12.2011até o dia 03.01.2012 - férias Coletivas.

- o direito adquirido do empregado constitui 10/12 = 25 dias (10x 2,5 dias);

- Férias Coletivas de 20.12.2011 a 03.01.2012 = 15 (quinze) dias.

Serão pagos como Férias Coletivas 15 (quinze) dias e os 10 (dez) dias restantesdeverão ser concedidos posteriormente, dentro do período concessivo, ou se oempregador preferir poderão ser concedidas na seqüência das Férias Coletivas.

O novo período aquisitivo desse empregado inicia-se dia 20.12.2011.

Exemplo 2:

Empregado contratado em 05/03/2011

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- o empregador irá conceder férias coletivas de 23/12/11 ate 01/01/12

- direito adquirido do empregado 10/12 = 25 dias (10x 2.5)

-férias coletivas: 23/12/11 até 01/01/12 = 10 dias

-Serão pagos como férias coletivas 10 dias, e os 15 dias restantes devem serconcedidos posteriormente dentro do período concessivo.

- Férias Proporcionais Inferiores às Férias Coletivas 

Sendo as Férias Proporcionais do empregado que ainda não tenha 12 (doze) meses detrabalho concedido pela empresa, e ainda na impossibilidade de ser excluído da medida, oempregador deverá considerar como licença remunerada os dias que excederem àquelescorrespondentes ao direito adquirido pelo empregado e este valor não poderá ser descontadodele posteriormente, seja em rescisão ou concessão de férias do próximo período aquisitivo.

Exemplo 1: 

Empregado contratado em 18.06.2011, o empregador irá conceder a partir do dia 13.12.2011

até o dia 01.01.2012 férias coletivas.

- o direito adquirido do empregado constitui 6/12 = 15 dias ( 6 x 2,5) .

- Férias Coletivas de 13.12.2011 a 01.01.2012 = 20 (vinte) dias.

Serão pagos como Férias Coletivas 15 (quinze) dias e os 5 (cinco) dias restantes serãopagos como licença remunerada, ou seja, na folha de pagamento normal, 04 dias nafolha de pagamento de dezembro e 01 dia na folha de pagamento de janeiro/2012.

O período aquisitivo desse empregado ficará quitado, iniciando novo período aquisitivo apartir do dia 13.12.2011.

Exemplo 2: Empregado contratado em 16/06/2011, o empregador irá conceder férias coletivas do dia13/12/2011 até 3/01/2012

-direito adquirido do empregado 6/12 = 15 dias (6x 2.5)

-as férias coletivas de 13/12/11 até 03/01/12: 22 dias

-serão pagos como férias coletivas 15 dias, e os 7 dias restantes serão pagos comolicença remunerada

-o período aquisitivo desse empregado ficará quitado, iniciando novo período aquisitivo apartir de 13/12/2011.

7.3 - Empregados com mais de um ano de trabalho 

Para os empregados que possuam mais de um ano , quando houver coletivas será apenasabatido o período que estiveram em coletivas e o restante , será concedido dentro do períodoaquisitivo. Não haverá assim mudança de período aquisitivo.

7.4 - Abono de Férias Coletivas

Para a concessão do abono pecuniário nas férias coletivas, deve ser acordado entre oempregador e o sindicato da categoria profissional, independentemente de requerimentoindividual.

- Médias De Apuração Para Pagamento De FériasQuanto a Remuneração:

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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- Empregados Com Salário Fixo 

Para os empregados que recebem salário fixo terão a remuneração das férias calculada sobreo salário que estiverem recebendo no momento da sua concessão.

Exemplo:

Empregado com mais de um ano de serviço e salário mensal de R$ 620,00, sairá de FériasColetivas do dia 13.12.2011 a 01.01.2012 (20 dias).

- R$ 620,00: 31 = R$ 20,00

Remuneração das férias:

- período de gozo (20 dias): 20 x R$ 20,00 = R$ 400,00

- 1/3 constitucional: R$ 400,00: 3 = R$ 133,33

- total bruto: R$ 533,33

Exemplo 2:

Empregado com mais de um ano de serviço, salário mensal de R$ 1.200,00 sairá de fériascoletivas do dia 08/11/2011 à 17/11/2011

-R$ 1.200,00: 30 = R$ 40,00

-Remuneração das férias:

Período de gozo 10 dias = 10x 40,00 = R $400,00

-1/3 constitucional = R$ 400,00: 3 = R$ 133,33

-total R$ 400,00 + R$ 133,33 = R$ 533,33

-INSS = R$ 533,33 + R$ 800,00 (20dias trabalhados) = R$ 1.333,33

- Empregados Comissionista

Para os empregados que recebem comissões, a remuneração para o cálculo das férias é aobtida pela média aritmética dos valores recebidos nos 12 (doze) meses anteriores àconcessão das férias, conforme art 142.§ 3 da CLT.Quando o empregado recebe salário fixo mais comissões, após apurar a média das comissões,à mesma deverá ser adicionado o salário fixo.

Exemplo1:

Empregado com mais de um ano de empresa, salário fixo de R$ 572,00 mensais maiscomissões que nos últimos 12 meses somaram R$ 8.600,00 e DSR somaram R$ 1.680,00,sairá de Férias Coletivas do dia 19.12 a 02.01.2012 (15 dias).

- Salário fixo: R$ 572,00: 31 = R$ 18,45

- Média das comissões: R$ 8.600,00: 12 = R$ 716,67: 30 = R$ 23,89

- Média do DSR: R$ 1.680,00: 12 = R$ 140,00: 30 = R$ 4,67

Remuneração das férias: 

-Salário - 18,45 x 15 dias de férias = R$ 276,75

- Comissões - R$ 23,89 x 15 dias de férias = R$ 358,35

- DSR - R$ 4,67 x 15 = R$ 70,05

- 1/3 constitucional: R$ 705,15: 3 = R$ 235,05

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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- Total bruto: R$ 940,20

Exemplo 2:

Empregado com mais de um ano de empresa, com salário fixo de R$ 530,00, mais comissõesque nos últimos 12 meses somaram R$ 4.000.00 e DSR somaram R$ 800,00, sairá de férias

coletivas do dia 11/11 à 30/11, ou seja, 20 dias.

-Salário fixo R$ 530,00: 30 = R$ 17,67

-Média das comissões R$ 4.000.00: 12 = R$ 333,34: 30 = R$ 11,12

-Media de DSR = R$ 800,00: 12 = R$ 66,67: 30 = R$ 2.23

Remuneração

-Salário fixo = R$ 17,67 x 20 = R$ 353,40

-Comissões 20x R$ 11,12 = R$ 222,40

-DSR = 20x R$ 2,23 = R$ 44.60

-Total = R$ 620,40

-1/3 constitucional = R$ 206,80

- Empregados Que Recebam Adicionais 

Os adicionais serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração deférias, a média deverás ser encontrada pelo período aquisitivo, porém será aplicados sobre ovalor o salário do mês de gozo das férias.Conforme art 142 § 1º, 5 e 6 da CLT .

Exemplo:

Empregado com mais de um ano de serviço, salário fixo de R$ 924,00 mensais, durante operíodo aquisitivo realizou 132 horas extras a 50%, que resultaram 26 horas de DSR. Sairá deFérias Coletivas de 16.12 a 30.12.2010 (15 dias).

Salário fixo: R$ 924,00

Valor da hora extra: R$ 924,00: 220 = R$ 4,20 + 50% = R$ 6,30

Média das horas extras:

Horas extras: 132: 12 = 11 horas

- 11h x R$ 6,30 = R$ 69,30

DSR sobre horas extras:

- 26: 12 = 2,17 horas

- 2,17h x R$ 6,30 = R$ 13,67

Remuneração das férias: 

- salário fixo: R$ 924,00: 31 = R$ 29,81 x 15 = R$ 447,10

- horas extras:

- 11h x 6,30 = R$ 69,30

- R$ 69,30: 30 x 15 = R$ 34,65

- DSR s/horas extras:

- 2,17h x 6,30 = R$ 13,67- 13,67: 30 x 15 = R$ 6,84

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- R$ 447,10 + R$ 34,65 + R$ 6,84 = R$ 488,59

- 1/3 constitucional: R$ 488,59: 3 = R$ 162,86

PARTE PRÁTICA

Exemplo 1: Empregado admitido em 14/06/2011. A empresa concederá férias coletivas de20/12 a 08/01/2012. O empregado recebe salário de R$ 742,00 + periculosidade. Como serãopagas as férias?

Exemplo 2:  O empregado é comissionista misto. Recebe R$ 645,00 de salário-base. Oempregado ingressou na empresa em 01/03/2011. Gozará férias coletivas de 23/12/2011 a01/01/2012. No período aquisitivo recebeu de comissões no período o valor de R$ 4.425,00 e

R$ 945,24 até novembro/2010. Como serão pagas as férias?

Exemplo 3: O empregado foi admitido em 05/07/2011 com salário mensal de R$ 815,00. Oempregado sairá de férias coletivas no dia 23/12/2011 até 06/01/2012. O empregado teve 08faltas injustificadas no período aquisitivo. Como serão pagas as férias? 

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AVISO PRÉVIO

8.1 - Disposições Gerais

O aviso prévio tem duas finalidades essenciais, ou seja, de possibilitar que o empregadoencontre outro emprego quando for dispensado, e, possibilitar que a empresa encontre umsubstituto quando o empregado pede demissão.Em se tratando de contrato por prazo indeterminado (ou determinado regido pelo art. 481 daCLT), à parte que, sem motivo justo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra comantecedência mínima de 30 dias (art. 487 da CLT). A Constituição Federal vigente, no seu art. 7°, Inciso XXI, criou o aviso prévio proporcional aotempo de serviço, o que se tomou comum, após 05/10/88 (data da promulgação daConstituição), as convenções coletivas criarem aviso-prévio superior a 30 dias, dependendo dotempo em que o empregado já trabalha na empresa.O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado, salvo se houver comprovação de queele obteve novo emprego.

- Forma

Conforme art. 487 da CLT, o aviso prévio pode ser dado pelo empregado ou pelo empregador,pelo § 6° do art. 477 da CLT, o aviso prévio pode ser trabalhado ou indenizado, podendo aindaexistir a figura do aviso prévio cumprido parcialmente (no caso de desistência do cumprimentono curso do aviso prévio cumprido). Não existe juridicamente a figura do aviso prévio cumpridoem casa, conforme expressa a Ementa nº 16 da Secretaria de Relações de Trabalho, abaixotranscrita:

“AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. EFEITOS. Inexiste a figura jurídica do ‘aviso prévio cumprido em casa’, pois ele é trabalhado ou indenizado. A dispensa doempregado de trabalhar no período de aviso prévio implica na necessidade de quitação das verbasrescisórias até o décimo dia, contado da notificação da dispensa, nos termos do § 6º, alínea ‘b’, do art.477, da CLT.

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- Redução da jornada 

Quando o aviso prévio for concedido pelo empregador, o empregado poderá optar por reduzir 2horas diariamente ou faltar ao serviço, durante 7 dias consecutivos. Assim a duração da jornada de trabalho fica reduzida no período do pré-aviso, sem prejuízo do salário integral. Se ohorário não for reduzido, o aviso prévio será considerado sem efeito . Não haverá a redução de

horário se o aviso prévio for concedido pelo empregado. Neste caso, cumprirá integralmente os30 dias.

- Integração no Tempo de Serviço 

O aviso prévio, cumprido ou indenizado (art. 487, parágrafo primeiro da CLT), integra o tempode serviço, para todos os efeitos de lei (reajustes da categoria, indenização adicional, etc).

Se o aviso prévio for indenizado, esta integração garantirá normalmente, o pagamento de mais1/12 de 13º (indenizado) e férias proporcionais.Ressalte-se ,porém, que o aviso prévio indenizado, não se computará como tempo de serviço,para obtenção do benefício do seguro-desemprego. Assim, se o empregado tiver laborado 05meses e receber aviso prévio indenizado, este não fará jus ao recebimento do seguro-

desemprego, pois para que pudesse auferir tal benefício, teria que ter laborado por 06 mesesconsecutivos.

- Reconsideração

É facultado à parte notificada aceitar ou não a reconsideração. Em caso afirmativo oucontinuando a prestação de serviço após o término do prazo do aviso prévio, o contratocontinuará a vigorar, como se - o aviso prévio não tivesse sido - dado. Posteriormente, sómediante novo aviso o contrato será rompido.

- Contagem Do Aviso Prévio

 A contagem do aviso prévio inicia-se no dia seguinte ao de sua concessão. Assim, o dia danotificação será pago como saldo de salários, e, a partir do dia seguinte é iniciada a contagemdo aviso prévio. Ressalve-se que, não se deve confundir a contagem do aviso prévio com oprazo de pagamento para as verbas rescisórias (art. 477, § 6º da CLT).

- Anotação na CTPS

 A partir da edição da Instrução Normativa SIT nº 15/2010, em julho de 2010, se o aviso préviofor indenizado, a data da saída a ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social -CTPS deve ser:

- na página relativa ao Contrato de Trabalho, a do último dia da data projetada para oaviso prévio indenizado;

- na página relativa às Anotações Gerais, a data do último dia efetivamente trabalhado.

No Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, a data de afastamento a ser consignada seráa do último dia efetivamente trabalhado.

- Remuneração Do Aviso

8.2 - Cálculo do Aviso Prévio Cumprido

O aviso prévio cumprido será chamado de saldo de salários e será lançado no campo

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respectivo no Termo de Rescisão Contratual. Se existirem adicionais, tais como adicionalnoturno, insalubridade ou periculosidade, comissões ou no mês do cumprimento do avisodeverão ser lançadas nos campos respectivos do TRCT (de 51 a 55 do TRCT, conforme for ocaso).Como já visto mais acima, o aviso começa a ser contado do dia seguinte à notificação. Assim,se um aviso prévio foi concedido em 16/11/2011, seu início será dia 17/11 e término em

16/12/2011. A fórmula mais correta a ser utilizada para saldo de salários é:

Salário: nº de dias do mês (30/31/28) x saldo de dias no mês = saldo de salários

Convém lembrar que há sindicatos que não permitem esta forma de cálculo, assim, antes deefetuar o cálculo verifique o instrumento normativo e ligue para a entidade sindical paraverificar a forma de cálculo.

8.3 - Cálculo do Aviso Prévio Indenizado

O valor do aviso prévio sendo indenizado será pago conforme o último salário-base percebidopelo empregado, com a devida integração do valor das horas extraordinárias (artigo 487, § 5º

da CLT), adicional noturno, comissões, gratificações, adicional de periculosidade,insalubridade, etc.Normalmente se utiliza a média dos variáveis dos 12 (doze) últimos meses anteriores àrescisão, mas sempre é bom verificar nas normas coletivas se as mesmas não trazem cálculos,correções e médias específicas, pois muitas determinam média de seis meses ou três, esempre prevalecerá o que for mais benéfico ao empregado (“in dúbio pro operário”).  

- Ocorrências no Período do Aviso Prévio

- Afastamento por motivo de doença

Durante o prazo ao auxílio-doença previdenciário, o empregado é considerado em licença nãoremunerada, ficando suspenso o contrato de trabalho enquanto perdure tal benefício. Todavia,

a suspensão do contrato só se efetiva a partir do 16° dia do afastamento, quando o empregadopassa a receber o auxílio-doença da Previdência Social. Os 15 primeiros dias de afastamentosão remunerados integralmente pela empresa prazo em que o contrato vigora plenamente. Assim sendo, caso o empregado, durante o curso do aviso prévio, afastar-se por motivo dedoenças, os 15 primeiros dias do prazo correrão normalmente. A contagem do aviso prévioserá suspensa somente a partir do 16° dia, quando o empregado passará a receber auxílio daprevidência social. Assim, se o empregado tiver um atestado de 15 dias, mas retornar dentro do prazo decumprimento do aviso prévio, este continuará a transcorrer e poderá ser efetuada a rescisão notérmino.

Exemplo: o aviso prévio foi concedido em 31/08/2011, para ser cumprido. O empregado seafastou no dia 06/09/2011, com atestado de 15 dias, retornando no dia 21/09/2011, e,

retomando normalmente suas atividades. No dia 30 terminará o prazo do aviso, e, tendo aempresa obtido o ASO poderá realizar normalmente a rescisão contratual no dia 03/11(primeiro dia útil posterior ao término do cumprimento do aviso prévio).

Se, no entanto, o 16º dia do afastamento recair no período do pré-aviso, haverá a suspensãodo mesmo, que só retomará a contagem (de onde parou) a partir do retorno do auxílio-doença.

Exemplo: O aviso prévio trabalhado foi dado em 01/08/2011 (assim começou a contagem dodia 02/08), com a opção de duas horas a menos diárias. No dia 12/08/2011, o empregadorecebeu um atestado médico de 45 dias de afastamento. Como os primeiros 15 dias são porconta da empresa, temos que o período cumprido do aviso prévio foi de 25 dias (10 laborados+ 15 atestado); suspende-se o contrato de trabalho por mais 30 dias, os quais irá receberauxílio-doença previdenciário, e ao retornar com a alta médica do INSS, o empregado

continuaria a cumprir os 05 dias restantes do aviso prévio. Mas ressalte-se que háposicionamentos diversos também.

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- Acidente de Trabalho

O acidente de trabalho interrompe o contrato de trabalho, mas a concessão do aviso prévio,segundo a Doutrina, dá ao contrato de trabalho contornos do contrato por prazo determinado,

pois ele considera um fim, que será dos 30 dias após a concessão. Assim, se o acidente de trabalho for de pequena monta (com período de afastamento inferior a15 dias) ou até no máximo 15 dias, retornando o empregado ao labor dentro do aviso prévio,nenhum problema ocorrerá, podendo o contrato ser normalmente extinto no prazo de 30 dias.Se, no entanto, o acidente ocorrer logo nos primeiros dias do aviso, e o empregado tiver que seafastar por mais de 15 dias, a situação restará bastante polêmica a nível doutrinário e jurisprudencial, pois assim como há correntes que entendem que há incompatibilidade entre aestabilidade provisória do acidentado do caso de acidente no transcurso do aviso prévio, háoutras que entendem diversamente, entendendo plenamente aplicável à estabilidadeprovisória. Acresça-se a tal fato que, se na época da rescisão contratual, o empregado nãoobtiver o ASO (atestado médico demissional), essa rescisão não será homologado. Assimentendemos bastante arriscado o procedimento.

Jurisprudências:

EMBARGOS - ESTABILIDADE  –  SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO DO AVISOPRÉVIO - ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL N° 135 DA C. SBDI-1 - A C. SBDI-1, por meio daOrientação Jurisprudencial n° 135, já pacificou o entendimento no sentido de que: AVISO PRÉVIOINDENIZADO - SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIDOENÇA NO CURSO DESTE - Os efeitos da dispensa sóse concretizam depois de expirado o beneficio previdenciário, sendo irrelevante que tenha sido concedidono periodo do aviso prévio já que ainda vigorava o contrato de trabalho." Concedido o auxílio-doença nocurso do aviso prévio opera a suspensão do contrato de trabalho. Portanto, o Reclamante tem jus àestabilidade prevista no artigo 118, da Lei n° 8213/91. Embargos conhecidos e providos. (TST - ERR438915 -SBDI 1 - ReI' Mina Maria Cristina Irigoyen Peduzzi DJU - 14.11.2002).

 AVISO PRÉVIO INDENIZADO - AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO - ESTABILIDADE PROVISÓRIAPREVISTA NO ART. 118 DA L. 8.213/91 VIOLAÇÃO AO ART. 896 DA CLT - A concessão do auxílio-

acidente no prazo do aviso prévio indenizado suspende o contrato de trabalho ainda em vigor, adiando aresolução contratual. A conseqüência para o empregado é a aquisição da estabilidade provisória previstano art. 118 da 1. 8.213/91. (TST - E-RR 483.994/1998.6 - SBDI 1 ReI. Min. João Batista Brito Pereira -DJU 19.04.2002) 

8.4 - Aviso Prévio Cumprido Parcialmente

Pode acontecer em duas ocasiões:

a) Dispensa sem Justa Causa onde o empregado consiga no curso de um aviso préviocumprido nova recolocação;

b) Dispensa sem Justa Causa ou Pedido de Demissão, onde o empregado estácumprindo o aviso prévio e por determinação da empresa (dispensa) ou por sua própriavontade (demissão), pára de cumprir o aviso prévio.

No caso previsto em “a”, basta que a empresa requeira que o empregado lhe traga uma cartada empresa onde está sendo admitido (com o timbre ou carimbo), dispondo que a mesmarequer sua dispensa imediata do cumprimento do restante do aviso prévio ou que estáadmitindo o empregado de imediato. A empresa que o dispensou neste caso, fica desobrigadado pagamento do restante dos dias do aviso prévio.

No caso exposto em “b” acima, no caso de dispensa sem justa causa, o empregador deveráefetuar nova comunicação ao empregado, dispondo que dispensa o empregado do restante documprimento do aviso e que irá indenizar tal valor. Saliente-se que, como existiu a dispensa “aposteriori”, o prazo de pagamento será até  10 dias contados da data da nova comunicação,

observando-se no entanto, sempre como prazo máximo o término do aviso prévio.

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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Quando ocorrer o pedido de demissão, o empregado que estiver cumprindo o aviso, poderárequerer dispensa do restante do período do aviso; se a empresa aceitar, deixa de descontar oresto dos dias do aviso prévio; caso contrário efetua o desconto dos dias apenas que faltem atéo término do aviso prévio. O prazo de pagamento, mesmo no caso de pedido de demissão seráde 10 dias da data da nova comunicação, desde que este período não ultrapasse o término doperíodo de aviso prévio que deverá ser observado.

- Incidências sobre Aviso Prévio

Aviso Prévio Trabalhado/Saldo de Salário - INSS, FGTS e IRRF.

Aviso Prévio Indenizado - FGTS e INSS.

09. - VERBAS RESCISÓRIAS E NOVAS DISPOSIÇÕES LEGAIS

- Contrato Com Vigência Não Superior A Um Ano

 A legislação vigente não exige nenhuma formalidade especial, além do recibo (TRCT), parapagamento das verbas rescisórias, no caso de empregado cujo contrato de trabalho não seja

superior a um ano. Recomenda-se verificar na CCT, se não existe norma expressa parahomologação antes do prazo determinado pela CLT, pois existem convenções que exigem ahomologação pela entidade sindical, a partir de 06 meses de trabalho.Dispõe ainda a Ementa nº 03 da SRT, que se o empregador conceder o aviso prévio, mesmoque indenizado, será considerado para efeitos ou não de homologação a projeção do avisoprévio. Assim, se o empregado conceder o aviso prévio a um empregado que já tenha 11meses de serviço (ainda não tendo completado os 12 meses) será obrigatória à homologação,conforme abaixo se infere:

EMENTA Nº 3 - HOMOLOGAÇÃO. AVISO PRÉVIO. O período do aviso prévio, mesmo indenizado, éconsiderado tempo de serviço para todos os efeitos legais. Dessa forma, se quando computadoresultar mais de 1 (um) ano de serviço do empregado, deverá ser realizada a assistência à rescisãodo contrato de trabalho prevista no § 1º, do art. 477, da Consolidação das Leis do Trabalho.Referência: art. 477, § 1º, da CLT

- Contratos Com Vigência Superior A Um Ano 

O pedido de demissão e o recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado porempregado com mais de um ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência dorespectivo sindicato ou perante autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego -MTE.Quando não existir na localidade nenhum desses órgãos, a assistência será prestada peloRepresentante do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ouimpedimento destes, pelo Juiz de Paz.

9.1 - HOMOLOGNET e Novo Termo de Rescisão Contratual

 A Instrução Normativa nº 15 traz disposições sobre o novo sistema do MTE, o Homolognet. Oempregador, ao utilizar o Homolognet, deve acessar o Sistema por meio do portal do MTE nainternet: www.mte.gov.br, cadastrar-se previamente e: - incluir os dados relativos ao contratode trabalho e demais dados solicitados pelo Sistema; - informar-se com o órgão local do MTE,para verificar a necessidade de agendamento da homologação; e por fim dirigir-se ao órgãolocal do MTE, munido dos documentos mais abaixo descritos. A legislação específica do HomologNet é composta da Portaria Nº 1.620, de 14/07/2010 queinstitui o Sistema Homolognet, da Portaria Nº 1.621, de 14/07/2010 que aprovou os novosmodelos de TRCT e Termos de Homologação; e da Instrução Normativa Nº 15, de 14/07/2010que estabelece procedimentos para assistência e homologação na rescisão de contrato detrabalho. O sistema só foi implantado nas sedes das seguintes SRTE: DF, PB, RJ, SC e TO.Será gradualmente estendido às demais Unidades Federativas. Segundo notícias veiculadasno “site” do MTE, o sistema estaria sendo implantado nas demais unidades da SRT nascapitais brasileiras a partir do dia 18/11/2010.O Homolognet foi implantado apenas no âmbito do MTE, não sendo utilizado pelas entidadessindicais. Para que as entidades sindicais possam utilizar o Homolognet nas assistências é

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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necessário o desenvolvimento de um novo e específico módulo. Tal módulo fará uso deCertificação Digital.

- Partes 

O empregador poderá ser representado por preposto formalmente credenciado.

O empregado pode ser representado, excepcionalmente, por procurador legalmente constituídoem procuração com poderes expressos para receber e dar quitação e com firma reconhecidaem cartório. No caso de morte do empregado, a assistência na rescisão contratual será prestada aosbeneficiários habilitados perante o órgão previdenciário, reconhecidos judicialmente ouprevistos em escritura pública lavrada nos termos do art. 982 do Código de Processo Civil,desde que dela constem os dados necessários à identificação do beneficiário e à comprovaçãodo direito, 

9.2 -  Impedimentos Para a Rescisão de Contrato

São circunstâncias impeditivas da homologação:

I - nas rescisões de contrato de trabalho por iniciativa do empregador, quando houverestabilidade do empregado decorrente de: a) gravidez da empregada, desde a sua confirmaçãoaté cinco meses após o parto; b) candidatura para o cargo de direção de Comissões Internasde Prevenção de Acidentes - CIPA, desde o registro da candidatura e, se eleito, ainda quesuplente, até um ano após o final do mandato; c) candidatura do empregado sindicalizado acargo de direção ou representação sindical, desde o registro da candidatura e, se eleito, aindaque suplente, até um ano após o final do mandato; d) garantia de emprego dos representantesdos empregados, titulares ou suplentes, em Comissão de Conciliação Prévia - CCP, instituídano âmbito da empresa, até um ano após o final do mandato; e e) demais garantias de empregodecorrentes de lei, convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

II - suspensão contratual;

III - irregularidade da representação das partes;

IV - insuficiência de documentos ou incorreção não sanável;

V - falta de comprovação do pagamento das verbas devidas;

VI - atestado de saúde ocupacional - ASO com declaração de inaptidão; e

VII - a constatação de fraude (indícios de qualquer tipo de fraude, especialmente a rescisãocontratual que vise somente ao saque de FGTS e à habilitação ao Seguro-Desemprego). 

- Documentos 

Para a assistência, é obrigatória a apresentação dos seguintes documentos:

- Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho - TRCT, em quatro vias;- Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, com as anotações atualizadas;

- Livro ou Ficha de Registro de Empregados;

- notificação de demissão, comprovante de aviso prévio ou pedido de demissão;

- extrato para fins rescisórios da conta vinculada do empregado no FGTS, devidamenteatualizado, e guias de recolhimento das competências indicadas como não localizadas naconta vinculada;

- guia de recolhimento rescisório do FGTS e da Contribuição Social, nas hipóteses devidas;

- Comunicação da Dispensa - CD e Requerimento do Seguro Desemprego, nas rescisões sem justa causa;

- Atestado de Saúde Ocupacional Demissional, ou Periódico, durante o prazo de validade;

- documento que comprove a legitimidade do representante da empresa;

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- carta de preposto e instrumentos de mandato que, serão arquivados no órgão local do MTEque efetuou a assistência juntamente com cópia do Termo de Homologação;

- prova bancária de quitação quando o pagamento for efetuado antes da assistência;

- o número de registro ou cópia do instrumento coletivo de trabalho aplicável; e

- outros documentos necessários para dirimir dúvidas referentes à rescisão ou ao contrato detrabalho.

 As vias do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, depois de assinadas, serão assimdistribuídas :

I - as três primeiras para o empregado, sendo uma para sua documentação pessoal e as outrasduas para movimentação do FGTS junto a CEF;

II - a quarta via para o empregador.

Saliente-se também que normalmente o Sindicato também solicita uma via para que esta fiquearquivada na entidade sindical.

- Empregado Menor ou Analfabeto

Tratando-se de empregado com idade inferior a dezoito anos, será obrigatória apresença e a assinatura de seu representante legal no Termo de Homologação, exceto para osemancipados nos termos da lei civil. 

Tratando-se de empregado analfabeto, o pagamento somente poderá ser efetuado emdinheiro.

9.3 - Pagamento e Prazo de Pagamento

O pagamento das verbas rescisórias constantes do TRCT será efetuado em dinheiro ou emcheque administrativo, no ato da assistência. O pagamento poderá ser feito, dentro dos prazosestabelecidos no § 6º do art. 477 da CLT, por meio de ordem bancária de pagamento, ordembancária de crédito, transferência eletrônica ou depósito bancário em conta corrente oupoupança do empregado, facultada a utilização da conta não movimentável - conta salário.Perante entidades bancárias deve ser observado que: - o estabelecimento bancário deve estar

situado na mesma cidade do local de trabalho; e - o empregador deve comprovar que nosprazos legais ou previstos em convenção ou acordo coletivo de trabalho o empregado foiinformado e teve acesso aos valores devidos.

O pagamento das parcelas constantes do recibo de quitação ou do Termo de Rescisão, deveráser efetuado nos seguintes prazos, se não houver prazo menor, constante de acordo ouconvenção coletiva ou sentença normativa :

a ) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato, quando o aviso prévio tiver sidocumprido em serviço; ou

b) até o décimo dia, contado da notificação da demissão, quando da ausência de aviso prévio,indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. Importante ressaltar que a IN,expressou que se o vencimento do prazo recair num dia não útil estaria prorrogado o prazo,

conforme se verifica abaixo:

Art. 20. O prazo de trinta dias correspondente ao aviso prévio conta-se a partir do dia seguinteao da comunicação, que deverá ser formalizada por escrito. Parágrafo único. No aviso prévioindenizado, quando o prazo previsto no art. 477, § 6º, alínea "b" da CLT recair em dia não útil,o pagamento poderá ser feito no próximo dia útil. 

CÁLCULO DE RESCISÃO CONTRATUAL

10.1 - Contrato de Experiência

O prazo máximo do contrato é de 90 dias, podendo ser avençado por prazo inferior. Somentepoderá ter uma única prorrogação, sendo que se houver uma segunda prorrogação, implicará

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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na transformação em contrato por prazo indeterminado, sujeitando-se as normas que regemestes tipos de contrato.

- Término de Contrato

 Atingido o prazo fixado o contrato de experiência pode ser extinto por qualquer uma das partes,

mediante mera comunicação.Os direitos devidos são:

- 13º salário;- férias indenizadas com 1/3 CF;- saldo de salários;- adicionais diversos se houver (noturno, horas extras, insalubridade, etc);- salário-família (se houver);- FGTS – 8% recolhido em GRRF, sem, no entanto, a multa de 50%;- Código de Afastamento: 04

- Rescisão Antecipada do Contrato de Experiência pelo Empregador

O empregador poderá efetuar a rescisão antecipada, ou seja, antes da data aprazada docontrato a termo.Neste caso, serão devidos os seguintes direitos juslaboralistas:

- saldo de salários;- adicionais diversos se houver (noturno, horas extras, insalubridade, etc.);- 13º salário;- férias indenizadas acrescidas do 1/3 CF;- indenização do artigo 479 da CLT;- salário-família;

- FGTS  – depósito normal e multa fundiária de 50% pela dispensa arbitrária recolhidosem GRRF;- Código de Afastamento: 01

Exemplo: 

O empregado foi admitido em 01.10.2011, por contrato de experiência de 60 dias, foidispensado sem justa causa no dia 09/11/2011, após ter trabalhado 40 dias. Salário fixo de R$800,00.

60 dias – 40 dias = faltam 20 dias para o término do contrato

R$ 800,00: 30 x 10 = R$ 266,67 (sem incidência de INSS e FGTS)

 A indenização não se projeta para frente como o aviso prévio indenizado.

- Rescisão Antecipada pelo Empregado

 Assim como o empregador tem o direito de resilir o contrato antes do prazo, o empregadotambém o tem, ficando neste caso, a dispensa praticamente como um pedido de demissão,com algumas nuances próprias do contrato de experiência.São devidos os seguintes direitos trabalhistas:

- saldo de salários;- adicionais diversos se houver (noturno, horas extras, insalubridade, etc);- 13º salário;

- férias indenizadas acrescidas do 1/3 CF;- indenização do artigo 480 da CLT (se cabível);- salário-família;

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- FGTS – depósito normal através de GRF;- Código de Afastamento: NÃO (pois inexiste saque)

Indenização do Artigo 480 – Expressa a CLT:

“Havendo termo estipulado, o empregado não se pode rá desligar do contrato, sem justa causa,

sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem”.  

 A Doutrina e a Jurisprudência têm entendido que somente é viável o desconto destaindenização, se efetivamente o empregado tiver causado prejuízos ao empregador, não seconsiderando a mera demissão como prejuízo, visto que o empregado ainda está emaprendizagem junto à empresa. O cálculo será o mesmo da indenização do artigo 479, ou seja,metade dos dias faltantes até o término do contrato.

10.2 - Dispensa sem Justa Causa

É a declaração unilateral da vontade do empregador, objetivando a extinção do contrato detrabalho por prazo indeterminado.

- Verbas Rescisórias Devidas

- Saldo salarial;

- Adicionais diversos e comissões do período cumprido;

- Aviso Prévio Indenizado (se cumprido irá entrar como saldo de salários);

- 13º Salário – podendo ter 01/12 de trezeno indenizado no caso de aviso prévio;

- Férias Vencidas e Proporcionais acrescidas do terço constitucional;

- Indenização Adicional  – Lei 7.238/1984, se o término do aviso recair nos 30 dias queantecedem a data-base;

- Salário-Família;

- Multa Fundiária de 50%, pela dispensa arbitrária, com o código 01 .

- Prazo de Pagamento 

Conforme determina o artigo 477, parágrafo 6º da CLT:

§ 6º  - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo dequitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou

b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do

aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.

- Descontos Permitidos 

1) INSS;

2) IRRF;

3) Adiantamento Salarial, no importe máximo do valor do salário do empregado;

4) Vale-transporte;

5) Pensão Alimentícia, na forma determinada através do Ofício da Vara de Família;

6) Faltas ocorridas no período do aviso;

7) Contribuição Sindical.

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10.3 - Pedido de Demissão

É a declaração unilateral da vontade do empregado objetivando o término do contrato detrabalho.

- Aviso Prévio 

Como foi o empregado que deu causa à rescisão contratual, caberá a ele definir se irá ou nãocumprir o aviso prévio. Se o empregado definir pelo seu cumprimento, não poderá a empresaopor-se ao cumprimento, devendo deixá-lo cumprir até seu término. No caso de aviso préviocumprido, não haverá a redução no período do aviso, sendo este cumprido em suaintegralidade (30 dias).Caso o empregado não cumpra o aviso prévio, dará o direito à empresa do desconto dorespectivo aviso prévio indenizado nos termos do artigo 487, parágrafo 2º da CLT. Oempregado poderá solicitar ao empregador, que o libere do pagamento do aviso prévio ou departe dele (caso já tenha cumprido uma parte), cabendo unicamente a empresa definir seaceitará ou não o pedido. Aceitando, deixará de proceder ao desconto do respectivo aviso.

- FGTS 

O empregado que pede demissão do emprego, não faz jus ao levantamento dos depósitosfundiários, que ficarão retidos na CEF.

- Férias Indenizadas para Empregados com menos de Um Ano 

Com a homologação da Convenção nº 132 da OIT, e, diante da nova redação da Súmula 261do TST, a doutrina e jurisprudência majoritária, bem como o MTE, tem se posicionado pelopagamento das férias proporcionais ao empregado que pede demissão, independentemente doperíodo de serviço prestado à empresa.

- Verbas Rescisórias Devidas 1) Saldo salarial;

2) Adicionais diversos e comissões do período cumprido;

3) 13º Salário

4) Férias Vencidas e Proporcionais acrescidas do terço constitucional;

5) Salário-Família;

6) FGTS - recolhimento de 8% sobre verbas rescisórias através de GFIP do mês doencerramento do vínculo. TRCT, no campo 26, com a palavra “Não” pois inexistirásaque.

- Descontos Permitidos 

1) INSS;

2) IRRF;

3) Aviso Prévio Indenizado;

4) Adiantamento Salarial, no importe máximo do valor do salário do empregado;

5) Vale-transporte;

6) Pensão Alimentícia, na forma determinada através do Ofício da Vara de Família.

10.4 – Dispensa por Justa Causa do EmpregadoOcorre a justa causa quando o empregado comete ato doloso ou culposamente grave, que

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faça desaparecer a confiança entre as partes, tornando assim indesejável ou até mesmoinsustentável (dependendo da gravidade do fato), o prosseguimento do contrato de trabalho.Este ato faltoso do empregado, pode ser relacionado às obrigações decorrentes do contrato detrabalho, mas também podem estender-se à conduta pessoal do empregado que possa refletirna relação contratual (exemplo: assédio).

- Requisitos para Configuração da Justa Causa Gravidade do Fato 

Deve haver uma proporcionalidade entre a falta cometida e a sanção aplicada. Assim, a faltadeve ser suficientemente grave, para que possa ser aplicada a punição extremada que é aaplicação da justa causa, senão o excesso na penalidade, poderá ser fator determinante para adescaracterização da justa causa. Assim, para faltas de menor gravidade o empregador deveráutilizar-se dos institutos da advertência e suspensão.

Imediatidade/Atualidade 

 A partir do reconhecimento da falta grave, o empregador deve punir o empregado, aplicando apena da justa causa de imediato, pois senão caracterizar-se-á perdão tácito (que desconfigura

a justa causa).Nexo Causal 

Deve haver uma relação de causa e efeito entre a falta do empregado e a respectiva sanção.

- Motivos Ensejadores Da Justa Causa

- Ato de Improbidade (Alínea “a”) 

Improbidade, regra geral, vem a ser a ação desonesta ou omissão do empregado, que revelamdesonestidade, abuso de confiança, fraude ou má-fé, visando a uma vantagem para si ou paraoutrem.

Exemplo:  desvio de dinheiro, furto, adulteração de documentos, aceitar comissão defornecedor para favorecimento deste, etc.

 Assim, normalmente configura-se como ato lesivo ao patrimônio do empregador.

- Incontinência de Conduta ou Mau Procedimento 

São faltas inerentes ao modo pessoal de agir e de ser, ou seja, atitudes tomadas pela pessoaincompatíveis com a moral e os bons costumes. A incontinência de conduta pressupõe atos habituais com inconveniência de hábitos ecostumes, que pela forma imoderada na forma de falar ou de agir, ofendem os pudoresmedianos.

Exemplo: empregado que utiliza o telefone para ligações de tele-sexo ou através docomputador repassa e-mails com conteúdo pornográfico.

Mau procedimento caracteriza-se com o comportamento incorreto, irregular do empregado,através da prática de atos que firam a discrição pessoal, o respeito, que ofendam a dignidade,tornando impossível ou sobremaneira onerosa a manutenção do vínculo empregatício, e quenão se enquadre na definição das demais justas causas.

Exemplo: empregado que ludibria o empregador com atestado médico adulterado

- Negociação Habitual 

Ocorre justa causa se o empregado, sem autorização do empregador, exerce comumente , de

forma habitual, atividade concorrente, que prejudique a empresa ou exercendo outra atividadeque, ainda que não concorrente, prejudique o exercício de suas atividades na empresa,

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trazendo prejuízos à empresa. Empregado em loja de Assistência Técnica Autorizada, queoferece seus serviços por valor inferior ao cobrado pela Loja, retirando assim o cliente damesma dolosamente.

- Condenação Criminal Com Trânsito Em Julgado 

Cabível a aplicação desta justa causa ao empregado condenado criminalmente, desde que asentença tenha transitado em julgado (não caiba mais recurso), e que não teve suspensão daexecução da pena.Inexiste necessidade que os fatos que constituirão a pena condenatória sejam pertinentes como serviço, bastando a condenação criminal. A condenação criminal poderá ser comprovada com Certidão de Trânsito em Julgado daSentença Condenatória, que poderá ser obtida junto à Vara Penal que tramitou o processocriminal.

- Desídia 

É caracterizado como desídia, o desempenho de um empregado que habitualmente começa anegligenciar o trabalho, tornando-se desleixado no cumprimento de suas funções.

Exemplos: empregado que habitualmente falta e se atrasa, e, que mesmo tendo sido advertidopor várias vezes e até mesmo suspenso de suas atividades pela sua atitude desidiosa, não seemenda continuando a agir de forma negligente.

- Embriaguez Habitual ou em Serviço 

 A embriaguez deve ser habitual, podendo ser caracterizada pelo uso constante do álcool ouentorpecente, transformando a personalidade do empregado.Para a configuração da justa causa, não importa o grau de embriaguez e tampouco o seumotivo, sendo bastante que o indivíduo se apresente embriagado no serviço ou, que seembebede no decorrer dele.Cabe lembrar que o alcoolismo atualmente é considerado uma doença, podendo inclusive

ocorrer o afastamento pela Previdência Social, então, antes de aplicar-se a pena da rescisãopor justa causa, a empresa deverá aconselhar o empregado a buscar ajuda médica, atémesmo podendo encaminhá-lo (com sua devida anuência) para tratamento médico.

- Violação de Segredo da Empresa 

Se o empregado tem o dever do sigilo profissional, por ter em seu poder dados técnicos ouconfidenciais, e viola esse segredo expressando essas informações a terceiros, capazes detrazerem prejuízo à empresa, estará configurada a justa causa.

- Ato de Indisciplina ou de Insubordinação 

O ato de indisciplina vem a ser um descumprimento às ordens gerais do empregador, dirigida a

todos os empregados.

Exemplo: empregado que mesmo advertido e suspenso deixa de utilizar o EPI fornecido pelaempresa para garantir sua própria segurança no trabalho.

 A insubordinação acontece quando o empregado não obedece a ordem direta do superiorhierárquico, deixando de fazer ou fazendo negligentemente o que lhe fora solicitado.

Exemplo: empregado que advertido sobre sua morosidade no serviço, diz ao empregador quesua forma de trabalho é aquela e que não tem nenhuma pretensão de mudar.

- Abandono de Emprego 

 As faltas injustificadas no serviço por um período de mais de trinta dias, trazem a presunção deque o empregado abandonou o emprego, conforme jurisprudência dominante.

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Há outras circunstâncias que fazem caracterizar o abandono antes dos trinta dias. Exemplo: oempregado perante os outros empregados demonstra interesse de não mais voltar ao serviço,e, alguns dias depois é encontrado laborando em outra empresa, no mesmo horário em quedeveria estar trabalhando normalmente para a empresa onde está devidamente registrado.Para caracterização do abandono, a empresa não deverá quedar silente. Deverá enviarcomunicação, com AR para a casa do empregado, depois de transcorridos os 30 dias

solicitando o comparecimento do empregado à empresa, num prazo de 48 (72 horas), com ofim de justificar o seu procedimento das faltas injustificadas e reiteradas, sob pena decaracterização do abandono. Caso o empregado compareça, mas não justifique seuprocedimento ou que não compareça a empresa poderá aplicar a pena da justa causa. Nãocomparecendo, a empresa, do dia seguinte ao do escoamento do prazo concedido, envia novacorrespondência (com AR), configurando o abandono de emprego. A partir da postagem iniciao prazo de pagamento das verbas rescisórias. As publicações em jornal, somente são aceitas pela Justiça Trabalhista, se a correspondênciaenviada retornar ao remetente com situações como “mudou-se” ou inexiste tal endereço.

- Ofensas Físicas 

 As ofensas físicas constituem falta grave quando relacionadas com o vínculo empregatício,desde que praticadas em serviço ou contra superiores hierárquicos, mesmo fora da empresa.

 As agressões contra terceiros, estranhos ao ambiente do trabalho, constituem justa causa,desde que os fatos ocorram em serviço.

 A legítima defesa exclui a justa causa.

- Lesões à Honra e à Boa Fama 

 Aplica-se essa justa causa, quando o empregado comete calúnia, injúria ou difamaçãocontra qualquer pessoa no serviço ou ao empregador, seja no serviço ou fora dele.

São considerados atos lesivos à honra e a boa fama gestos ou palavras que importemem expor outrem ao desprezo de terceiros ou por qualquer meio feri-lo diretamente em suadignidade pessoal.

Na aplicação desta justa causa devem ser observados a forma de expressão no localde trabalho, a origem do empregado, a forma e o modo em que as palavras forampronunciadas, o grau de educação do empregado e outros elementos que se fizeremnecessário para efetivamente apurar-se se ocorreu à justa causa.

- Jogos de Azar  

Para que o jogo de azar constitua justa causa, é imprescindível lembrar que deveráocorrer a habitualidade do jogo e que o jogador tenha algum intuito de lucro ou proveito.

- Direitos Do Empregado Na Rescisão

1) saldo de salários;

2) férias vencidas, com o terço constitucional;

3) horas extras, adicional noturno, adicionais diversos e comissões do período;

4) salário-família (se for o caso);

5) FGTS sobre verbas salariais, recolhido através de GFIP. No campo 26 do TRCT, apora palavra “Não”, pois inexiste o saque dos depósitos fundiários.

Nota: Observe em CCT se não existe mais algum direito conferido ao empregado.

- Comunicado de Justa Causa 

 A empresa deverá entregar ao empregado dispensado por justa causa, comunicado sobre a

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 justa causa que cometeu, explicitando o fato de forma clara, e, enquadrando a conduta numadas alíneas do artigo 482 do diploma consolidado.

- Prazo de Pagamento 

10 dias da entrega do comunicado da dispensa por justa causa. A empresa deverá verificarantes, junto ao Sindicato se o mesmo fará a homologação, pois existem várias entidadessindicais que se negam a prestar assistência nos casos de dispensa por justa causa.

Se o 10º dia recair em sábado ou domingo, antecipar o pagamento. Se o empregado nãocomparecer para receber as verbas rescisórias a empresa deverá depositá-las em conta-corrente ou fazer ordem de pagamento bancária no prazo estabelecido.

Justa Causa Do Empregador – Rescisão Indireta

Na Rescisão Indireta, também conhecida por JUSTA CAUSA DO EMPREGADOR, a rescisãodo contrato de trabalho se dá em virtude do empregador ter cometido falta grave contra oempregado, que perante a Justiça do Trabalho pleiteia seja rescindido seu contrato detrabalho.

Os motivos que levam à ocorrência de justa causa pelo empregador estão relacionados no Art.483 da CLT.

“Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devidaindenização quando:

“a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aosbons costumes, ou alheios ao contrato;

“b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;  

“c) correr perigo manifesto de mal considerável;

“d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 

“e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, atolesivo da honra e boa fama;

“f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso delegítima defesa, própria ou de outrem;

“g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma aafetar sensivelmente a importância dos salários.” 

Para melhor entendimento:

Letra “a” SERVIÇOS SUPERIORES: tem-se como sendo a exigência de trabalhos físicosou intelectuais inapropriados à idade, saúde ou habilidades que o empregado não tem.

Letra “b” RIGOR EXCESSIVO: tem-se como sendo atos de perseguição e intolerância aoempregado, através de repressões, medidas disciplinares sem causa oudesproporcionais ao ato cometido.

Letra “c” MAL CONSIDERÁVEL: tem-se como sendo a exposição do empregado ariscos, em virtude da falta de cumprimento das normas de higiene e segurança dotrabalho.

Letra “d” NÃO CUMPRIR OBRIGAÇÕES DO CONTRATO: tem-se como sendo odescumprimento das cláusulas do contrato de trabalho, bem como de todas as Normas

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Legais (Constituição Federal, C.L.T., Normas Coletivas de Trabalho, etc...). Exemplo afalta de pagamento dos salários.

Letra “e” ATO LESIVO DA HONRA E BOA FAMA: tem-se como sendo atos deacusações de calúnia, injúria ou difamação contra o empregado.

Letra “f” OFENSAS FÍSICAS: atem-se como sendo atos de agressão física dentro ou

fora da empresa contra o empregado, pelo empregador, superior hierárquico ou mesmocolega de trabalho a mando do empregador ou superior hierárquico.

Letra “g” REDUÇÃO DO TRABALHO: tem-se como sendo o ato de deixarpropositadamente o empregado na ociosidade, quando percebe por comissões ou tarefa,ou mesmo afastado do trabalho com percepção de salários.

Estabelece o § 1º do Art. 483 da CLT, que quando tiver que desempenhar obrigaçõesincompatíveis com a continuação do serviço, poderá o empregado suspender aprestação dos serviços ou rescindir o contrato.

“483... 

“§ 1º. O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato,quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação doserviço.” 

“§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultadoao empregado rescindir o contrato de trabalho.” 

Para o reconhecimento da Justa Causa do Empregador e a conseqüente rescisãoindireta do contrato de trabalho, o empregado deve ajuizar Reclamação Trabalhistaperante a Justiça do Trabalho.

O § 3º do Art. 483, estabelece nos casos relacionados na letra “d) não cumprir oempregador as obrigações do contrato;” e na letra “g) o empregador reduzir o seutrabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importânciados salários.”, o empregado pode pleitear a  rescisão de seu contrato e indenizações,

permanecendo ou não até o final da decisão do processo. (122)“§ 3º - Nas hipóteses das letras d e g , poderá o empregado pleitear a rescisão de seucontrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ounão no serviço até final decisão do processo.” 

RESCISÃO POR FALECIMENTO

No Falecimento a rescisão do contrato de trabalho ocorre em virtude da morte do empregado. A data do desligamento é a da morte do empregado, constante no atestado de óbito doempregado.Quem recebe os haveres trabalhistas do empregado que faleceu são seus herdeiros, conforme

ordem de sucessão hereditária constante do Art. 1809 do Novo Código Civil (Art. 1.603 doCódigo Civil antigo).

“Art. 1.609. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

“I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casadoeste com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatóriade bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor daherança não houver deixado bens particulares;

“II – aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

“III – ao cônjuge sobrevivente;

“IV – aos colaterais;

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Na ocorrência de morte do empregado, a assistência na rescisão contratual é devida aosbeneficiários habilitados perante o órgão previdenciário, reconhecidos judicialmente ouprevistos em escritura pública lavrada nos termos do art. 982 do Código de Processo Civil, coma redação dada pela Lei n.º 11.441, de 2007, desde que dela constem os dados necessários àidentificação do beneficiário e à comprovação do direito,Em havendo filhos menores de idade como dependentes, deve ser feito o pagamento através

do pai, mãe ou responsável legal, com depósito da parte correspondente em conta deCaderneta de Poupança em nome dos menores, inclusive a parte que lhes couber referente aoFGTS depositado em conta vinculada. O levantamento da conta deve ser autorizado por juiz davara da família onde tramita o inventário dos bens.Na ausência de dependentes legais ou se na declaração da previdência não constaremdependentes, necessário seja requerido Alvará ao Juízo da Vara da Família autorização para orecebimento. Os herdeiros devem relacionar no processo de inventário ou arrolamento comobens deixados os haveres do contrato de trabalho, devendo o inventariante requerer que o juizda vara da família emita Alvará autorizando o recebimento ou o depósito em conta judicial.Prestadas as contas do valor nos autos do inventário, a partilha é feita entre todos osherdeiros. A Reclamação Trabalhista relativa aos haveres do empregado falecido pode ser aberta porseus herdeiros, que ingressam em juízo no interesse do espólio (bens e direitos) do empregado

falecido.

- Direitos Devidos

1) Saldo salarial;

2) Adicionais diversos e comissões do período;

3) 13º Salário

4) Férias Vencidas e Proporcionais acrescidas do terço constitucional;

5) Salário-Família;

6) FGTS - recolhimento de 8% sobre verbas rescisórias através de GFIP do mês do

encerramento do vínculo. TRCT, no campo 26, código 23. Não existirá a multa fundiária.

NOTA: Verifique em CCT se não existe algum direito à auxílio-funeral.

- Descontos Permitidos Em Rescisão

- Faltas injustificadas;

- Contribuição Sindical (art. 578 da CLT);

- Imposto de Renda;

- Pensão Alimentícia (Código Civil Brasileiro);

- Vale-transporte (Lei 7.418/1985);

- Contribuições Previdenciárias (Decreto 3.048/1999);

- Adiantamentos Salariais  – o parágrafo 5º do artigo 477 da CLT, veda o desconto deadiantamentos salariais superiores a remuneração do mês;

- Valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos e operações dearrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades dearrendamento mercantil, de acordo com a Lei 10.820/2003, também poderão incidirsobre verbas rescisórias devidas pelo empregador, se assim previsto no respectivocontrato de empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil, até o limite de trintapor cento.

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CÁLCULOS TRABALHISTAS

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PARTE PRÁTICA DOS CÁLCULOS TRABALHISTAS 

8. Cálculo do Aviso Prévio:

8.1 - Cálculo do Aviso Prévio Indenizado

Exemplo 1: Empregado admitido em 01/09/2011, comissionista puro que foi dispensado no dia03.05.2011, de imediato. Os valores de comissões e respectivos e dsr´s, são:

Mês Comissão DSRSet/2010 R$ 750,00 24/6 R$ 187,50Out/2010 R$ 855,00 25/6 R$ 205,20Nov/2010 R$ 660,00 24/6 R$ 165,00Dez/2010 R$ 870,00 26/5 R$ 167,30Jan/2011 R$ 790,00 25/6 R$ 189,60Fev/2011 R$ 610,00 24/4 R$ 101,67Mar/2011 R$ 555,00 26/5 R$ 106,73

 Abril/2011 R$ 600,00 24/6 R$ 150,00Total R$ 5.670,00 R$ 1.273,00

10. - Cálculo de Rescisão Contratual

10.1 – Contrato de Experiência

O empregado foi admitido em 04/01/2012 por contrato de experiência de 90 dias. Foidispensado com rescisão antecipada pelo empregador em 12/03/2012. Recebe R$ 550,00 desalário-base e insalubridade de grau médio paga sobre o salário mínimo. Tem 2 filhos menoresde 14 anos e recebe salário família.

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10.2 – Dispensa sem Justa Causa

O empregado ingressou na empresa em 04/05/2007. Foi dispensado sem justa causa em15/09/2011, com aviso prévio indenizado. Recebe R$ 628,00 mensais e 10% de insalubridade

sobre o piso da categoria de R$ 575,00. O empregado não tem dependentes filhos menores. Aempresa adiantou vale-transporte para o mês inteiro e irá descontar o valor. Recebe 02 valesao dia de segunda a sábado. O empregado faltou no dia 06/09 e a empresa irá descontar o diada falta. O empregado labora na jornada legal.

10.3 - Pedido de Demissão

O empregado recebe salário-base de R$ 850,00 + comissões. Foi admitido em 28/05/2009 epediu demissão em 05/10/2010 de imediato. A empresa irá descontar o valor do aviso prévio. Oempregado já recebeu a 1ª parcela do 13º salário no valor de R$ 860,93 e a empresa irádeduzir este valor. Os valores comissionais são:

Mês Comissões DSR

Outub/2009 R$ 650,00 R$ 125,00Nov/2009 R$ 815,00 R$ 203,74Dez/2009 R$ 950,00 R$ 182,69Jan/2010 R$ 710,00 R$ 170,40Fev/2010 R$ 740,00 R$ 123,34Março/2010 R$ 810,00 R$ 120,00 Abril/2010 R$ 820,00 R$ 205,00Maio/2010 R$ 960,00 R$ 230,40Junho/2010 R$ 890,00 R$ 178,00Julho/2010 R$ 940,00 R$ 139,25 Agos/2010 R$ 960,00 R$ 184,61Set/2010 R$ 900,00 R$ 225,00

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10.4 - Rescisão por Justa Causa do EmpregadoO empregado foi admitido em 01/12/2009 com salário-base de R$ 800,00 + periculosidade. Em26/10/2011, cometeu um ato faltoso grave e foi sumariamente dispensado por justa causa. Játinha recebido adiantamento salarial no importe de R$ 400,00, que serão descontados narescisão.

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  TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADODOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO, PARA PAGAMENTO DEREMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2012.

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA PARA FINS DERECOLHIMENTO AO INSS

Até 1.174, 86 8%de 1.174,87 até 1.958,10 9%de 1.958,11 até 3.916,20 11 %

Fundamento legal: PORTARIA INTERMINISTERIAL MPS/MF Nº 2/2012 

SALARIO FAMILIA

Até 608,08 R$ 31,22De 608,80 até 915,05 R$ 22,00

Acima de 915,00 Não tem direito 

TABELA DO IR FONTE2012 

BASE DE CÁLCULOEM R$ 

ALÍQUOTA% 

PARCELA A DEDUZIR DOIMPOSTO EM R$ 

 Até 1.637,11  Isento  - 

De 1.637,12 até2.453,50 

7,5  122,78 

De 2.453,51 até3.271,38 

15 

306,80 

De 3.271,39 até4.087,65 

22,5  552,15 

 Acima de4.087,65 

27,5  756,53 

II - a quantia de R$ 164,56 por dependente;

Dispensa de retenção de valor igual ou inferior a R$ 10,00

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PRINCIPAIS INCIDÊNCIAS LEGAIS DE INSS E FGTS

- Parcelas Integrantes e Não Integrantes

EVENTO  INSS  FGTS  IR/FONTE 

Abono pecuniário de férias, mais adicional de 1/3 

Adicional de função  S  S  S 

Adicional de insalubridade  S  S  S 

Adicional de periculosidade  S  S  S 

Adicional de transferência  S  S  S 

Adicional Noturno  S  S  S 

Ajuda de custo (parcela única – recebida exclusivamente emdecorrência de mudança do local de trabalho) 

N N N

Alimentação - PAT  N  N  N 

Auxílio doença (primeiros 15 dias)  S  S  S 

Aviso prévio indenizado 

Aviso prévio trabalhado  S  S  S 

Comissões  S  S  S 

Décimo terceiro salário (1º parcela)  N  S  N 

Décimo terceiro salário (2º parcela)  S  S  S 

Décimo terceiro salário (parcela referente ao aviso prévio)  S  S  S 

Décimo terceiro salário na rescisão  S  S  S 

Diárias para viagens até 50% do salário  N  N  N 

Diárias para viagens com valor superior a 50% do salário(incidência sobre o total) 

S  S  S 

Estagiário N 

Férias em dobro (parcela referente à dobra)  N  N  S 

Férias indenizadas, mais adicional de 1/3 (proporcionais, emdobro e simples) 

N  N  N

Férias normais, mais adicional de 1/3  S  S  S 

Gorjetas (qualquer hipótese)  S  S  S 

Gratificação  S  S  S 

Horas extras  S  S  S 

Indenização adicional (Lei nº 7.238/1984 dispensa sem justacausa 30 dias antes da correção salarial) 

N  N  N 

Indenização por rescisão antecipada do contrato por prazodeterminado (art. 479 da clt)

 

Licença-paternidade  S  S  S 

Multa do art. 477 § 8, da CLT (multa por atraso no pagamentodas verbas rescisórias 

N  N  N 

Participação nos lucros (lei 10.101/2000)  N  N  S 

Prêmios  S  S  S 

Pró-labore de diretores empregados  S  S  S 

Pró-labore de diretores proprietários (sócios acionistas outitulares) 

S  N  S 

Quebra de caixa  S  S  S 

Salário maternidade 

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Salário-família  N  N  N 

Salário / Saldo de salário  S  S  S 

Serviços prestados por contribuintes individuais  S  N  S 

Vale-transporte (na forma da Lei 7.418/1985 e Decreto95.247/1987) 

N  N  N 

Base Legal: Decreto 3.048/1999 (artigo 214)