apostila.bls atendimento pre-hospitalar

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  • 7/21/2019 Apostila.bls ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR

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    Noes em

    AtendimentoPr-Hospitalar

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    A nossa realidade nos mostra que o trauma e as emergnciasclinicas assumiram propores endmicas e em muitas faixasetrias , tornaram-se a principal causa de morte, retirando assimda fora produtiva da populao um numeroso contingente,gerando um prejuzo incalculvel para a sociedade. Estasemergncias vem ceifando muitas vidas em nosso meio,obrigando a sociedade a gerar medidas preventivas eficientes e

    eficazes para deter e minimizar este mal.

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    BIOPROTEO

    BioproteoHistoricamente, os profissionais de sade no eram considerados comocategoria profissional de alto risco para acidentes de trabalho.

    A preocupao com riscos biolgicos surgiu a partir da constatao dosagravos sade dos profissionais que exerciam atividades em laboratriosonde se dava a manipulao com microrganismos e material clnico desde oincio dos anos 40.

    Para profissionais que atuam na rea clinica, entretanto, somente a partir daepidemia da AIDS nos anos 80, as normas para as questes de segurana noambiente de trabalho foram melhor estabelecidas.

    Virtualmente, qualquer categoria proteo pode estar sob risco. Alm disso,visitantes e outros profissionais que estejam ocasionalmente nos servios de

    sade tambm podem sofrer exposies a material biolgico.

    O nmero de contatos com sangue, incluindo exposies percutneas emucocutneas, varia conforme as diferentes categorias profissionais, asatividades realizadas pelo profissional e os setores de atuao dentro dosservios de sade. Trabalhadores da rea cirrgica, equipes de emergnciapr-hospitalar, bombeiros e profissionais de setores de atendimento deemergncia so descritos como profissionais de alto risco de exposio amaterial biolgico.

    Conforme as estatsticas observadas, a equipe de enfermagem uma dasprincipais categorias sujeita a exposies a material biolgico. Esse nmeroelevado de exposies relaciona-se com o fato de o grupo ser o maior nosservios de sade, ter mais contato direto na assistncia aos pacientes etambm ao tipo e freqncia de procedimentos realizados por seusprofissionais.

    Utilizar equipamento de proteo individual correto e fundamental duranteaes de atendimento pr-hospitalar; ficar doente ou morrer no justificasalvar uma vida.

    Equipamentos de proteo individual

    culos Luvas Pocket maskMscara

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    AVALIAO

    DACENA

    Avaliao da CenaPossuir uma postura critica, curiosa e atenciosa so virtudes

    indispensveis a todo socorrista. Estas virtudes so extremamenteimportantes durante a avaliao da segurana de uma cena deatendimento, alm de poder informar possveis leses sofridas pelavitima ou pelo paciente.

    Avaliar a presena de riscos para a integridade fsica da equipe deatendimento deve ser a prioridade nmero um; posteriormente deve-sedar ateno a elementos que interagiram e ou colaboraram com avtima para gerar evento.

    Estudos realizados mostram que em acidentes em que h grandedestruio de um veiculo ou um mecanismo de trauma violento, mesmoque a vtima no apresente ferimentos graves , muito comum apresena de leses ocultas. Em vitimas de queda, a determinao daaltura muito importante assim como o local de impacto e a posio davitima ao colidir ao solo.

    Evidncias em um cena de atendimento sempre valem a pena seremquestionadas . Outro elemento importante a ser observado o numerode vitimas a serem atendidas; esta informao sempre demanda osrecursos apropriados utilizados pela equipe de socorro.

    Sempre suspeite de traumatismo grave quando:

    Quedas > 2 x altura da vtima

    Colises a mais de 32 KM / h

    Expulso do paciente para fora do veculo

    Morte de um ocupante do veculoDanos severos ao veculo

    Levar todo equipamento essencial at a cena de atendimento importante para evitar a perda de tempo com o retorno de membros daequipe at o veculo de atendimento.

    o que aconteceu

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    ASSISTNCIAVENT

    ILATRIAAssistncia ventilatria

    O acesso as vias areas tem prioridade sobre todos os aspectos dareanimao, pois a sua obstruo pode causar a morte em questode minutos.

    A avaliao de vias areas e da respirao deve ser realizada em cerca

    de 10 segundos; o socorrista deve atuar imediatamente em caso decomprometimento respiratrio.

    efetuado para :

    Manter a abertura (permeabilidade);Evitar a broncoaspirao;Permitir a respirao normal.

    Manobras de aberturas de vias areas:

    Inclinao da cabea e elevao do queixo

    a manobra mais eficaz para a evitara queda de lngua.

    Deve ser preferida sempre que osocorrista atue s.Mas deve ser evitada quando h asuspeita de leso cervical. Exceto emsituaes onde no haja condies demanter as vias areas liberadas.

    Causas de obstruo de vias areas

    TratveisQueda da base lnguaPresena de corpos estranhosVmitosSecreesSangue

    No tratveisReaes alrgicasInfeces do trato respiratrio

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    ASSISTNCIAVENT

    ILATRIAElevao de mandbula

    indicada em vtimas inconscientes comsuspeita de leso de coluna cervical .

    uma manobra menos eficaz do que a

    anterior e mais difcil de executar.

    A abertura da vias areas tambm pode ser realiza com a utilizao equipamentosapropriados para este fim. Dentre eles a cnula orofarngea e a nasofarngea.

    Posio lateral de segurana

    Indicada em situaes nas quais o socorrista tenha que deixar a vtima inconscienteque respira espontaneamente. A posio lateral de segurana impede a queda delngua e evita a broncoaspirao de vmitos , secrees e sangue.Esta posio e tambm indicada para vitimas de crise convulsiva em estado ps -comicial.

    Respirao artificialAps a abertura da via area, se a vtima no apresentar respirao adequada,

    ser necessrio instituir ventilao artificial.A ventilao artificial deve ser estabelecida pelo socorrista preferencialmente deduas maneiras:

    Ventilao Boca-Mscara

    Ventilao Bolsa-Mscara

    ATENOEstas tcnicas devem

    ser optadas porqueoferecem maiorproteo ao socorrista.

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    ASSISTENCIAVENT

    ILATRIAOVACE Obstruo de vias areas por corpo estranho.

    Vtima:

    Agitada.

    Grave dificuldade respiratria.

    Ciantica.

    Incapaz de tossir, falar ou respirar.

    Coloca as mos ao redor do pescoo.

    No emite som.

    Conduta :

    Abraar a vitima por trs, com seusbraos na altura do ponto da cicatriz

    umbilical e a mo em contato com o

    abdmen da vitima est com o punho

    fechado e o polegar voltado para

    dentro. E a outra mo colocada sobre

    a primeira.

    Fazer compresses sucessivasdirecionadas para cima at desobstruir

    as vias areas ou a vitima ficar incons-

    ciente.

    Na hiptese de inconscincia deve-

    se inspecionar a orofaringe e remover

    o corpo estranho , se estiver visvel .

    Caso negativo; ventile duas vezes e se

    posicione ajoelhado sobre as pernas

    da vitima e comprima trinta vezes na

    mesma regio. At que o objeto seja

    expelido ou voc identificar que a vitima

    est em parada cardiorrespiratria.

    Se isso for identificado inicie reanimao

    cardiopulmonar.

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    SUPO

    RTEBSICO

    DEVIDANO

    TRAUMA

    Suporte Bsico de vida no traumaConjunto de medidas e procedimentos tcnicos que objetivam o suportede vida vtima, at a chegada do suporte avanado ou o acesso aohospital.

    Causas de parada cardiorrespiratria:Causas primrias gerada por um problema do prprio corao.Principal causa de PCR no adulto. EX IAM ( veja em suporte bsico devida)

    Causas secundrias gerada por oxigenao deficiente, transporteinadequado de oxignio ou aes de fatores externos ao corao. EX-traumas , hemorragias , descargas eltricas, etc.

    Sinais de PCR1. Ausncia de pulso2. Ausncia de respirao3. Inconscincia4. Dilatao pupilar5. Aparncia de morte

    Avaliao da vtimaAntes de iniciar o exame de uma vtima o socorrista deve avaliar a

    necessidade de solicitar apoio. Realizado isto, ele inicia a avaliaoverificando o nvel de conscincia, tentando verificar sua responsividadecom estmulos verbais: Voc esta bem?. Se a vtima no responderverifique a presena de respirao utilizando a tcnica VER , OUVIR ESENTIR ; esta ao no deve passar de 10 segundos.

    Na ausncia de respirao inicieassistncia respiratria com

    2 respiraes artificiais.

    ATENONo se deve perder maisque 1 segundo em cada

    respirao artificial e deve-seobservar expanso torcica

    durante a respirao artificial.

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    Na ausncia de respirao posterior as 2 respiraes artificiais osocorrista deve identificar a presena de pulso carotdeo. Noidentificando a presena de pulso , o socorrista deve iniciar reanimaocardiopulmonar baseado no protocolo mnemnico ABC.

    AManuteno de vias arease estabilizao do pescoo;

    Use manobra de aberturade via area;

    VER OUVIR E SENTIR

    BVentile 2 vezes

    Observe expanso torcicase expanso negativareavalie manobra de

    abertura de vias areas.

    AIR WAYS

    BREATHING

    Verifique pulso carotdeoSe ausente :30 compressesna regio inter-mamilar

    cCIRCULATION

    SUPO

    RTEBSICO

    DEVIDANO

    TRAUMA

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    ATENO

    O socorrista deve implementar uma relao de 30 compresses e 2ventilaes realizando 5 ciclos associando os dois procedimentos emconjunto, s aps destes ele deve checar o retorno da respirao e dapulsao da vtima. O socorrista deve estar atento quando a possibilidade deuso de um desfibrilador semi-automtico, avaliando a causa da PCR ; umacausa primria de PCR pode preceder e otimizar evento traumtico ; face a estahiptese ele deve providenciar precocemente o acesso do equipamento pelaequipe de apoio (SAV).

    O xito da o RCP depende da capacidade do socorrista de identificar a origemda parada cardiorrespiratria e iniciar imediatamente os procedimentos de RCP.

    SUPO

    RTEBSICO

    DEVIDANO

    TRAUMA

    Posicionamento das mos

    Localizar o ponto sobre o esterno entre o doismamilos (regio intermamilar). Apoiar a palma de uma das mos sobre a metadeinferior do esterno . O eixo mais longo das mo deveacompanhar o eixo longo do esterno. Colocar a outra mo sobre a primeira . Os dedospodem ficar estendidos ou entrelaados, mas nodevem ficar em contato com esterno.

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    SUPORTEBSICO

    DEV

    IDA-BLS

    Suporte Bsico de vidaA causa principal de PCR em adultos no vtimas de trauma no ambiente pr-hospitalar a fibrilao ventricular; arritmia cardacacausada por deficincia de irrigao sangunea

    ao corao, relacionada a obstrues nosvasos que o irrigam e a problemas em suaestimulao eltrica. No permitindo assim queo corao exera seu efeito de bombeamentosanguneo.Esta arritmia extremamente nociva aofuncionamento cardaca deve ser enfrentadaimediatamente com o uso de desfibrilador semi-automtico concomitantemente ao uso de

    massagem cardaca externa, at a chegada desuporte avanado de vida.

    O reconhecimento precoce desta condio fator fundamental para reverso destequadro.

    O socorrista deve prontamente oferecersuporte bsico de vida a vtima atentando para:O reconhecimento correto desta condio.Solicitao imediata de desfibrilador semi-automtico e suporte avanado de vida.Massagem cardaca externa na dimenso de30 massagens para 2 ventilaes.

    Para reconhecimento precoce desta condio no deve ser utilizado oprocedimento VER, OUVIR E SENTIR , com objetivo de avaliar a presena derespirao da vitima.O socorrista deve identificar a parada cardiorrespiratria atravs da negativada vtima ao seu chamamento e a ausncia de sua respirao.O socorrista leigo no deve verificar a presena de pulso na vtima; assimcomo ele deve atentar para possveis exposies a doenas infecto contagiosas diante de um ato de ventilao boca-a-boca. Ele deve optarpor um mtodo de ventilao mais seguro ou somente dispensar a vtimasomente massagem cardaca externa sem ventilaes.

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    SUPORTEBSICO

    DEV

    IDA-BLS

    Inicie com 30 compresses naregio inter-mamilar.

    Massageie com fora; tenteimplementar 100 massagens

    por minuto.CIRCULATION

    c Manuteno de vias arease estabilizao do pescoo;

    Use manobra de abertura

    de via area.AIR WAYS

    AB

    Ventile 2 vezes (se possvel)Observe expanso torcica

    se expanso negativareavalie manobra de

    abertura de vias areas.BREATHING

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    DE

    SFIBRILA

    O

    SEMI-AUTOMTICA

    Desfibrilao semi-automtica1. Determine se a vtima esta em PCR.2. Instale o desfibrilador semi-automtico (DEA) e desfibrile imediatamente caso a

    PCR tenha sido presenciada.3. Realize 2 minutos ou 5 ciclos de RCP, caso a PCR no tenha sido presenciada

    e a vtima no tenha recebido suporte bsico de vida.

    Siga as instrues fornecidas edescritas no equipamento.

    Atente para as mensagens fornecidaspelo equipamento, e as siga

    atentamente.Esteja ciente quanto a sua localizao,

    caso ele esteja disponvel em seu

    local de trabalho.

    fundamental que o socorrista compreenda a importnciado desfibrilador semi-automtica diante de uma PCR.

    Para que exista 100% de xito na reanimao da vtima, necessrio que a desfibrilao precoce seja oferecida nos

    primeiros 5 minutos ps PCR.

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    HEM

    OSTASIAHemostasia

    Significa controle do sangramento, que pode ser efetuado pormecanismos normais de defesa do organismo isoladamente ou emassociao com tcnicas de tratamento bsicas.

    Hemorragia a perda de sangue devido um rompimento de vasosanguneo.

    As hemorragias podem ser classificadas por:

    Tipo de vaso sanguneo

    1.Arterial sangramento em jato pulstil acompanhando o batimentocardaco. Geralmente , o sangue tem uma colorao vermelhovivo.Sangramento grave.

    2.Venoso sangramento contnuo , geralmente com colorao escura.

    3.Capilar - sangramento contnuo com fluxo lento.

    Localizao

    1.Externa exteriorizao do sangramento. Pode ser controlada comtcnicas bsica de atendimento pr-hospitalar.

    2.Interna sangramento de estruturas profundas. Pode ser oculto ou seexteriorizar. Tratamento deve ser efetuado no hospital.

    Condutas :Controle do A e B assistncia ventilatria e oferta de oxignio ( sepossvel).

    Controle do C hemostasia com tcnicas bsicas.

    Presso DiretaQuase todas as hemorragias podem

    ser contidas aplicando-se firmementeuma compressa grossa, feita com umpedao de pano, o mais limpo possvel

    ou uma compressa de gaze sobre olocal do sangramento.

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    HEM

    OSTASIA

    Curativo compressivo uma compressa grossa presa

    fortemente a um ferimentopara conter a hemorragia.

    inferior em eficincia quando

    comparado compresso direta.

    Torniquete Usado quando a presso direta e ocurativo compressivo no tiveramxito.Prximo ao local de ferimento.

    Ajustado at cessao dahemorragia,e, ento fixado no local. Identifique o horrio da colocao.Deve ficar descoberto para que olocal seja monitorado.Periodicamente deve-se avaliar suaretirada , com o auxilio das outrastcnicas de hemostasia.

    Ateno

    EvisceraoNo reintroduza os rgos.

    Cobrir vsceras com compressasumedecidas em soluo salina.

    No usar compressas adesivas.

    Envolver o curativo com bandagem.Transporte em posio de supina.sepossvel

    Use ABC

    Impalamento Evite retirar o objeto.Se possvel contenha seumovimento.

    Hemorragia? Trate!

    Use ABC.

    Fatores de confuso

    Fique atento quanto a alguns fatores que podem confundir o socorrista:Atletas Normalmente possuem um dbito cardaco em valores menores;podendo assim mascarar um estado de choque.Gravidez gestantes possuem um volume sanguneo, freqncia e dbitocardaco aumentados; com isso podem demonstrar um estado de choque javanado.

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    HEM

    OSTASIAChoque hipovolmico

    Incapacidade do sistema cardiovascular de prover circulao sanguneasuficiente para o organismo.

    Fases do choque hipovolmico

    Choque compensado o primeiro estgio. O organismo consegueequilibrar-se por meio de mecanismos compensatrios. A perfuso dosrgos mantida e os sinais e sintomas so mnimos. No h danopermanente, se o tratamento reverter a causa bsica.

    Choque descompensado Nesta fase ocorrem reduo na perfuso,queda na presso arterial e alteraes do estado mental. O tratamentopode ser eficaz desde que realizado precocemente.

    Sinais de choque

    1.Taquicardia.

    2.Alterao de nvel de conscincia.

    3.Cianose e palidez

    4.Sudorese e pele pegajosa

    5.Fraqueza

    6.sede

    7.Hipotermia

    Condutas

    1. Controle da hemorragia.

    2. Reduzir a perda de calor.

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    TRAU

    MATISMOSMUSCULOESQU

    ELTICOS

    Traumatismo musculoesquelticosSo leses freqentemente encontradas no dia-a-dia. Geralmente, sode pequena gravidade mas podem causar choque, danos a vasossangneos e nervos. As causas mais comuns so acidentesautomobilstico, quedas e acidentes esportivos.

    Tipos de leso

    Fratura a interrupo na continuidade do osso.

    Classificam-se em:

    Fechadas - a pele sobre a leso est intacta.

    Abertas ocorre soluo de continuidade da pele sobre a leso, quepode produzida pelos prprio fragmentos sseos ou por objetos

    penetrantes.

    O envelhecimento e determinadas doenas sseas (osteoporose)aumentam o risco de fraturas, que podem ocorrer mesmo apstraumatismos banais. Estas leses so chamadas de fraturas

    patolgicas.

    Luxaes leso onde a extremidade

    de um dos ossos que compem uma

    articulao deslocada do lugar.

    Fratura aberta

    Fratura fechada

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    TRAUMATISMOSMU

    SCULOESQUELTICOSEntorse Leses ao ligamentos. Podem ser de grau mnimo ou grave,

    onde ocorre ruptura completa do ligamento. As formas graves produzemperda da estabilidade da articulao s acompanhada de luxao.

    Condutas - medidas gerais

    1. Realizar cuidados especfico nas leses aps a avaliar se a vtimaest estvel.

    2. Priorizar leses com mais risco de mortes ou complicaes. EX fraturas de pelve extremidades inferiores e superiores.

    3. Impedir a movimentao da vtima .

    4. Expor a leso . Retirar objetos que possam comprometer a circulao.Ex anis

    5. Se houver ferimentos abertas ;promover hemostasia.

    6. Alinhar o membro fraturado. Se houver resistncia no alinhe.7.Verificar pulsos distais e proximais, enchimento capilar, sensibilidade emotricidade antes e depois do stio da fratura.

    8.Imobilizar a articulao distal e proximal leso.

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    TRAUM

    ATISMOSMU

    SCULOESQUELTICOS

    Condutas

    O tratamento inicial deve ser rpido pela gravidade da leso, que podecausar morte por hemorragia, e pela possibilidade de implante domembro amputado. O controle do ABC fundamental na primeira fasedo tratamento

    1. Abrir vias areas e prestar assistncia ventilatria se necessrio.2. Se possvel administrar oxignio sob mascara 10 a 15 L/min.

    3. Controlar hemorragia. Tratar estado de choque.

    4. Cuidar do segmento amputado.

    5. Limpar sem imergir em gua.

    6. Envolver em gaze seca ou compressa limpa.

    7. Proteger o membro amputado com dois sacos plsticos.

    8.Colocar o saco plstico em recipiente com gelo ou gua gelada.

    9. Impedir que o membro fique em contato direto com o gelo.

    Amputaes traumticas leses em que h separao de ummembro ou de uma estrutura protuberante do corpo. podem sercausadas por objetos cortantes, esmagamentos ou tracionamento. Ascausadas por acidentes industriais e automobilsticos so mais comunsem jovens.

    Devido as caractersticas elsticas dos vasos sanguneas, h uma

    tendncia natural contrao e retrao dos mesmos, deste modoas amputaes completas sangram menos que as parciais.

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    QUEIM

    ADURAS

    Queimaduras

    So acidentes freqentes que provocam muitas hospitalizaes.Atingem todas as idades da nossa vida e quase sempre acontecem emfuno de nossa falta de ateno e imprudncia. Sua origem pode ser

    trmica, eltrica, qumica ou radioativa.

    Gravidade de queimaduras - depende de sua causa, profundidade,percentual de superfcie corporal queimada, localizao, associao comoutras leses, comprometimento de vias areas e estado prvio davtima.Em uma cena de atendimento pr-hospitalar o socorrista deve-sepreocupar primariamente com as causas que apresentem risco devida iminente para vitima:

    Comprometimento de vias areas.Profundidade e associao com outras leses.

    Comprometimento de vias areas a inalao de fumaa a principalcausa de bito precoce em vitimas resgatadas em incndios. Seusagravos se baseiam na leso trmica das vias areas gerando edema eposteriormente obstruo e a intoxicao por monxido de carbono.Profundidade conforme as camadas da pele afetadas, as queimadurasso classificadas em 1, 2 , 3 e 4grau sendo esta ultima a mais grave.

    Primeiro Grau:A pele fica com uma cor vermelho vivo e dolorosa. Pode ser causadapr excesso de sol, pr um contato rpido com uma chama ou fontede calor importante. S a parte superficial da pele atingida.

    Segundo Grau:Alm dos sinais j descritos na queimadura de 1 ainda h a formaode bolhas, com contedo lquido. Tambm dolorosa. Pode ser geradapor um contato prolongado com fonte importante de calor.

    Terceiro Grau:A pele encontra-se destruda em toda sua extenso, ficando com umaspecto esbranquiado ou enegrecido. As terminaes nervosas estodestrudas e, portanto, estas queimaduras so indolores e graves.O acesso ao hospital deve ser priorizado.

    Quarto Grau:Atingem todas as camadas da pele, at ossos ou rgos internossubjacentes.

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    QUEIM

    ADURAS

    Outra forma de se medir a gravidade de uma queimadura avaliandoa extenso de superfcie do corpo atingida; que neste caso estimadapela regra dos nove.

    Regra dos nove - estima-se que a cabea e cada membro superiorrepresentem 9 % da superfcie corporal (SC) , cada membro inferior18% da SC e o tronco 36% da SC. Em crianas pequenas, deve-seatribuir maior valor cabea (18%) e menor valor as extremidadesinferiores (28%).

    Condutas

    1. Afastar a vtima da origem da queimadura.2. Resfriar a leso com gua em temperatura ambiente.

    3. Avaliar ABC. Priorize vias areas.

    4. No aplicar gelo pois causa vasoconstrico e diminui a irrigaosangunea.

    5. Proteger o ferimento.

    6. Remover jias e vestes. SE POSSVEL.

    7. Evita remdios caseiros.

    8. Evite cobrir a vtima com panos midos. Evite hipotermia.

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    CRISECON

    VULSIVA

    Crise convulsivaManifestao fsica de um distrbio neurolgico.

    Principais causas de crise convulsiva:Epilepsia (principal causa).Hipoglicemia.Dose excessiva de cocana.Abstinncia alcolica ou drogas.Febre.Leses cerebrais.

    Diagnostico diferencial ocasional mente indivduos simulam umepisdio convulsivo para chamar ateno sobre si.

    Suspeite desta condio sempre quando ocorrem alguns do achadoassociados a:Convulso frente a pblico.Batimento da plpebras.Vitima no perde o controle esfincteriano.Recuperao imediata da conscincia.Padro irregular dos movimentos durante a convulso.

    Condutas1. solicite apoio.2. avaliar a cena.3. bioproteo.4. no introduzir objetos na boca da vitima.5. no tentar conter a vitima.6. proteger a cabea da vitima comum apoio.7. afastar da vitima objetos perigosos.8. na cessao da crise: avalie ABC e promova posio lateral desegurana.

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    TRAUMAN

    O

    IDOSOTrauma no Idoso

    A ocorrncia de trauma no idoso vem crescendo de forma significativa,mediante ao crescimento desta populao. Atualmente, o estilo de vidamais ativa do idoso eleva a exposio ao risco de acidentes. Alm dessefator, o prprio envelhecimento fisiolgico contribui: diminuio da acuidade

    visual, diminuio da audio, uso de medicaes, doenas associadas emarcha lenta. Outros sistemas orgnicos tambm possuem diminuio desuas funes: renal, pulmonar, cardiovascular, osteomuscular e endcrino.

    A queda o mecanismo de leso mais freqente, seguido poratropelamento. Aps o trauma o idoso possui uma decadncia na suaqualidade de vida, no conseguindo retornar plenamente ao seu estadoinicial. A preveno por meio da reduo de exposio aos riscos detrauma a melhor ferramenta para diminuir a morbidade e mortalidade.Qualquer mnima alterao dos parmetros fisiolgicos pode ser indcio de

    uma leso potencialmente letal. Portanto, a abordagem inicial do idosotraumatizado deve ser realizada com maior ateno e rigorosamentemonitorizada.

    A fisiologia do idoso tambm um empecilho que ser enfrentado pelosocorrista. O idoso pode ser incapaz de responder ao aumento dasdemandas fisiolgicas impostas pelo trauma, tendo em vista a pequena

    reserva funcional dos diversos rgos e sistemas.

    Outra condio que pode ser desenvolvida aps um evento de queda daprpria altura , traumatismo crnio enceflico.O TCE ps queda pode se desenvolver tanto nas primeiras horas aps aqueda como em at uma semana; condio que depender da regio dacabea lesada, superfcie do encfalo acometida, energia da queda eestado de sade do idoso.

    O socorrista deve estar atento as limitaesfsicas e fisiolgicas a que o idoso acometido.Durante um exame a uma vitima idosa podemocorrer dificuldades de comunicao e decolaborao da vitima.

    Assim como dificuldade de estabelecermanobras de imobilizao e de vias areasdiante da anatomia do idoso.

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    TRAUMAN

    O

    IDOSO

    Alm de um exame da cena e exame fsico minuciosos, o socorrista podeutilizar o teste de cincinnati para avaliar possveis presenas de lesesneurolgicas j instaladas. Mesmo sendo um teste aplicado a pacientescom suspeita de acidente vascular cerebral (AVC) e/ou ataque isqumicotransitrio (AIT), o socorrista deve considerar a hiptese de que um AVC ou

    AIT possam ter provocado a queda.

    Teste do AVC de cincinnati mtodo utilizado para avaliar parmetrosem grau de normalidade.

    Bre, rbrilsls

    Skskskkk...

    Queda da rima facial (B).

    Queda aparente da face quando opaciente tenta sorrir.

    Flutuao do brao.Quando voc pede ao paciente para fechar

    ambos os olhos e manter os dois braosesticado a frente do corpo, com as palmasdas mos para cima; nota-se fraqueza emum dos braos.

    Fala anormal.Paciente no consegue falar comclareza.

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    INCONS

    CINCIAInconscincia.

    Ausncia de qualquer resposta psicologicamente compreensvel aestmulos externos ou necessidades fisiolgicas do organismo.

    Principais causas de inconscincia:Hipoglicemia (maior causa).Choque circulatrio(diminuio de O2).Intoxicao por lcool ou outras substncias.Leses cerebrais (TCE, AVC, meningite, etc).

    Condutas1. Avalie a cena com ateno; fazendo possveis correlaes com

    elementos encontrados e as principais causas. No havendoevidncias coerentes, sempre suspeite de um evento traumtico.

    2. Avalie o nvel de conscincia.3. Avalie vias areas e respirao. Havendo respirao ruidosa; utilize

    manobra de liberao de vias areas adequada.Cuidado comobstrues. Hlito etlico?

    4. Atente para pulso rpidos ou fracos. Verifico pulso carotdeo e radial.5. Se possvel avalie a presso arterial. Hipotenso (presso baixa)

    pode ser causa ou conseqncia.6. Ateno a alteraes exageradas de temperatura corprea.7. Reaes anormais como a decorticao (flexo dos cotovelos com

    punhos e supinao do braos) e descerebrao (extenso doscotovelos e punhos em pronao) , sugerem dano cerebral.8. Utilize a posio lateral de segurana caso no haja trauma ou o

    socorrista no possa permanecer com a vtima.

    descerebrao

    decorticao

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    CHOQUEELTRICOEletrocusso (choque eltrico)

    Os danos ao corpo humano gerados pela corrente eltrica resultam dosefeitos diretos da corrente e converso da eletricidade em calor durante apassagem da eletricidade pelos tecidos. A severidade das lesesdependem do tipo de corrente , magnitude da energia aplicada,resistncia durao do contato e caminho percorrido pela eletricidade.

    A corrente alternada e mais perigosa devido a causar contraestetnicas da musculatura esqueltica; gerando assim um contato maisprolongado com a corrente eltrica.

    Conseqncias:Parada cardiorrespiratria:Fibrilao ventricular - Ocorre pelo contato com uma corrente eltricaalternada.Assistolia - Devido a passagem da corrente eltrica contnua.

    Parada respiratria:Ocorre pela passagem da corrente eltrica pelo crebro causando ainibio do centro respiratrio, contrao tetnica do diafragma,musculatura torcica e paralisia do msculos respiratria.Queimaduras.

    Condutas1. Avalie a cena com ateno; desligue a fonte de energia.Solicite

    precocemente apoio especializado.

    2. Interromper o contato da vtima com a fonte de eletricidade prioridade.3. Manipule a eletricidade com equipamentos adequados.4. Promova suporte bsico de vida ao trauma at a chegada de apoio

    especializado.

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    EXTR

    ICAO

    Extricao

    Retirada de um indivduo de um local de onde ele no possa ou no devasair por seus prprios meios.

    O conhecimento das vrias tcnicas de resgate, incluindo sua indicaes econtra-indicaes, muito importante para a prtica de atendimento pr-hospitalar. O emprego da tcnica incorreta pode vir a se tornar perigosopara a vitima- que pode desenvolver um segundo trauma e para oprprio socorrista, que pode desenvolver leses musculares e de colunavertebral.

    EXTRICAO

    CENA SEGURAVTIMA ESTVEL

    EXTRICAOPADRO

    CENA INSEGURAVTIMA INSTVEL

    EXTRICAORPIDA

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    Fonte:Manual de Socorro de Emergncia -CBMERJBasic Trauma Life Support- BTLSPre hospital trauma life support - PHTLS