apostila processo civil i renata cortez

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    Processo Civil I

    Professora Renata Cortez

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    Jurisdio, ao e processo

    Ao lado das funes estatais executiva e legislativa, est a jurisdicional.A JURISDIO a atividade desempenhada pelos juzes e tribunais destinada, precipuamente, tutela dos

    direitos, garantindo a estabilizao dos conflitos sociais atravs da atuao da vontade concreta do direito, de acordocom as normas constitucionais e por intermdio da atividade interpretativa.

    Mas como o Estado pode exercer a atividade jurisdicional? Trata-se de uma atividade desempenhada peloEstado sem que haja solicitao dos interessados? Em princpio, no. Da porque a funo jurisdicional somente pode serrealizada, em regra, a partir do exerccio, pelos jurisdicionados, do direito de ao

    Assim, a AO consiste no direito de solicitar ao Estado o exerccio da atividade jurisdicional. Mas com que

    objetivo algum solicita a atuao da funo jurisdicional? Com o escopo de que o Estado, atravs da jurisdio, promova atutela do direito material. Ento, na verdade, a ao consiste, em ltima anlise, no direito que qualquer pessoa tem desolicitar ao Estado que tutele seus direitos, lembrando que tutelar significa proteger, defender. Desse modo, quando sepede ao Estado-Juiz a tutela do direito material, o que se quer a proteo ou a garantia do exerccio desse direito.

    Ento, at aqui, temos que, quando algum quer a proteo de seus direitos, que tenham sido violados ou queestejam sofrendo ameaa de leso, solicita, atravs do direito de ao, o exerccio da jurisdio.

    Mas como pode o Estado fazer atuar a jurisdio? Atravs do processo.Assim, o PROCESSO pode ser conceituado como o instrumento atravs do qual o Estado exerce a funo

    jurisdicional, a fim de promover a tutela dos direitos.Aqui temos o conceito de processo na teoria. Mas na prtica, o processo o conjunto de atos ordenados,concatenados, que tm por objetivo entregar a tutela jurisdicional a quem solicita. O processo se inicia com a petioinicial termina com o trnsito em julgado da ltima deciso nele proferida, que pode ser uma sentena, acrdo ou decisomonocrtica terminativa. O processo, nesse sentido, formar-se- em autos.

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    Os AUTOS DO PROCESSO, segundo o dicionrio Houaiss, so as peas (petio, certides, documentos,termos de audincias etc.) produzidas no decorrer de um processo judicial.

    comum, na prtica, as pessoas se reportarem ao processo tambm como ao, como expresses sinnimas. comum se dizer: Vou no Frum analisar uma ao judicial. Entretanto, o mais correto, tecnicamente, dizer: Vou noFrum analisar os autos de um processo.

    Atravs do exerccio doDIREITO DE AO

    os jurisdicionados pedemao Estado que exera a

    JURISDIOque, por seu turno, ser

    exercida atravs do

    PROCESSOque se materializa em

    AUTOS

    Alguns termos e expresses utilizados na prtica e seus respectivos conceitos (retirados do dicionrio Houaiss, com adaptaes):AUTUAR: reunir e ordenar em forma de processo as peas produzidas em juzo;DISTRIBUIR, AJUIZAR OU DAR ENTRADA EM UMA AO: levar a petio inicial no Frum ou Tribunal para que a mesma seja autuada e direcionada, pelosetor de distribuio competente, ao juiz que ir encarregar-se do processo.DESPACHAR COM O JUIZ: solicitar que o juiz analise os pedidos contidos em uma petio. Quem vai decidir, na verdade, o juiz!! E veja que, ao pedir queele despache, voc pode estar pedindo que ele d um despacho, deciso interlocutria, sentena etc.!! O PROCESSO EST CONCLUSO: quando o processo est aguardando uma deciso do juiz.

    SAIBA MAIS

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    Direito processual x Direito material

    Aparentemente, pode parecer desnecessria a distino entre direito processual e direito material,entretanto, h muita confuso sobre esses conceitos, que tm implicaes prticas importantssimas.

    Abstrada toda a discusso doutrinria sobre o tema, tem-se que, quando se fala em direito material,quer-se referir, em termos simples, aos direitos e obrigaes das pessoas, no plano dos fatos.

    Falando-se, por exemplo, em um contrato, regulado pelo Direito Civil, temos as figuras do contratantee do contratado, ambos com direitos e obrigaes. As regras relativas aos direitos e obrigaes do contratante edo contratado, previstas no Cdigo Civil, constituem o direito material nessa hiptese.

    Imaginemos que Antnio e Pedro firmem um contrato e que Pedro descumpra suas obrigaes

    contratuais. Pode-se dizer, ento, que, no plano do direito material, houve um descumprimento contratual.Desse modo, Antnio poder dizer que seu direito, previsto em contrato, de cumprimento dasobrigaes contratuais foi violado por Pedro. O direito material, nesse caso, refere-se s regras pertinentes aocontrato firmado entre Antnio e Pedro, regulado pelo Direito Civil.

    O direito material regulado pelos ramos do Direito que estabelecem diretamente normas sobre asrelaes entre pessoas. Assim, teremos as regras de direito material no Direito Civil, Empresarial,Administrativo, Tributrio etc.

    J o direito processual existe de forma autnoma, porque, no momento em que algum prope uma

    ao, surgem novos princpios e regras relativos atuao das pessoas em juzo e das relaes mantidas entre aspessoas e entre estas e o Estado-Juiz, diferentes dos princpios e regras referentes ao direito material.

    No processo, por exemplo, eu terei direito ao contraditrio e ampla defesa, podendo apresentarpeties e recursos, documentos, trazer testemunhas, falar em audincia etc. Terei tambm deveres e nus

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    processuais, devendo, por exemplo, pagar as custas do processo, me manifestar nos autos quando o juizdeterminar etc.

    Assim, teremos o Direito Processual, regulando diretamente as relaes processuais e no o direitomaterial. O direito processual est previsto no Cdigo de Processo Civil e em outras normas da legislao esparsa.No mesmo exemplo dado acima, vimos que, no plano do direito material, houve um descumprimento

    contratual. Antnio pode tentar convencer Pedro a cumprir o contrato, sem propor qualquer ao judicial. Antniopode tambm esquecer, abrir mo do contrato, deixando de exigir de Pedro o cumprimento de suas obrigaes.

    Mas Antnio pode tambm propor uma ao de cumprimento de obrigao de fazer contra Pedro.Nesse caso, qual ser o objetivo principal de Antnio? Compelir Pedro ao cumprimento das suas obrigaescontratuais, ou seja, satisfazer seu direito material.

    A ao proposta por Antnio ter por objetivo satisfazer seu direito material, mas essa ao darorigem a um processo, que ter regras e princpios prprios, surgindo para Antnio e para Pedro novos deveres,nus e direitos, todos de natureza processual. Aqui, falamos, ento, em direito processual.

    Para exercitar, identifique, nas aes abaixo, o direito material e o ramo do Direito correspondente, que o regula. Identifique, tambm,a pretenso do autor e mencione um direito, nus ou dever de natureza processual que pode surgir nesses processos.

    a) Uma ao de cobrana;b) Uma ao de indenizao por danos morais;c) Um mandado de segurana proposto por um servidor que foi demitido injustamente pela Prefeitura;d) Uma ao de repetio de indbito proposta contra a Fazenda Pblica Estadual, onde o autor alega que o Fisco Estadual cobrou-lhe,

    indevidamente, o ICMS.

    SAIBA MAIS

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    Sujeitos da relao processual

    O processo s se estabelece plenamente com a participao de trs sujeitos principais: Estado-Juiz,autor e ru. Autor e ru so as partes do processo. Parte em sentido processual a pessoa que pede ouperante a qual se pede a tutela jurisdicional. Quem toma a posio ativa chamado de autor ou demandante.Quem toma a posio passiva chamado de ru ou demandado.

    Segundo o art. 6 do CPC, Ningum poder pleitear, em nome prprio, direito alheio, salvo quandoautorizado por lei. O prprio art. 6 ressalva, quando fala em salvo quando autorizado por lei, assim teremos asfiguras da legitimao ordinria e extraordinria (tambm chamada de substituio processual).

    Tambm teremos as figuras do representante processual e da substituio de parte. No quadro

    abaixo, seguem as distines essenciais entre as expresses:Legitimao Ordinria Legitimao Extraordinriaou Substituio Processual Representao Processual Substituio de Partes

    Algum demanda ou demandado emnome prprio relativamente ainteresse prprio. Exemplo: Carlos eJos firmam um contrato, mas Josdescumpre. Carlos prope uma aocontra Jos. Ambos possuemlegitimao ordinria para figurar no

    processo como autor e ru, porqueso os titulares do direito materialem litgio.

    Algum demanda ou demandado em nomeprprio relativamente a interesse alheio.Exemplo: Um sindicato prope uma ao paraobter, em favor dos sindicalizados, umdeterminado direito. Cada trabalhadorpossuiria legitimao ordinria para proporessa ao. Mas o Sindicato possui legitimao

    extraordinria, porque defende interessealheio. Tambm chamado de substitutoprocessual.

    Veremos que um dos pressupostosprocessuais a capacidade processual.Quem no tem capacidade de estar emjuzo plena, precisa estar representado,por um representante ou assistente.Esse representante ou assistente considerado representante processual,

    pois atua em nome alheio, relativamente ainteresse alheio.

    Em regra, autor e ru originrios assimpermanecem at o final da causa. Maspode haver, excepcionalmente, asubstituio de partes, ou seja, sai um eentra outro. Exemplo: o autor morre,substituindo-o o seu esplio. Hverdadeira troca da pessoa que figura no

    plo ativo ou passivo da ao. Quemsubstitui, atua em nome prprio,relativamente a interesse prprio, sendoque essa legitimao derivada de umevento causa mortis.

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    Litisconsrcio

    No processo, geralmente h um autor e um ru. No entanto, comum haver o chamado litisconsrcio,que ocorre quando h mais de uma pessoa no plo ativo e/ou plo passivo da demanda. Os diversos litigantes quese colocam no mesmo lado da relao processual chamam-se litisconsortes.ATENO!!! Litisconsrcio no modalidade de interveno de terceiros. Cada litisconsorte parte no processo!!

    Quanto ao litisconsrcio, devemos entender bem sua classificao:

    LITISCONSRCIO ATIVOH pluralidade de autores. Exemplo: vrias pessoas so vtimas de umacidente de trnsito e resolvem propor juntas uma ao contra o

    causador do acidente.

    LITISCONSRCIO PASSIVOH pluralidade de rus. Exemplo: vrias pessoas causam um acidentede trnsito, deixando Antnio como vtima. Antnio prope uma ao

    contra todos os causadores do acidente.

    LITISCONSRCIO NECESSRIOQuando obrigatrio. Sem sua observncia no ser eficaz asentena. Ex.: Uma ao de nulidade de casamento proposta peloMinistrio Pblico. Marido e mulher necessariamente figuraro comorus, em litisconsrcio passivo necessrio.

    LITISCONSRCIO FACULTATIVOSe estabelece por vontade das partes. Exemplo: vrios servidorespretendem propor uma ao contra o Municpio para obter umavantagem patrimonial. Poderiam propor aes individuais, mas optampor promov-la em conjunto, em litisconsrcio ativo facultativo.

    LITISCONSRCIO UNITRIO (ESPECIAL)A deciso deve ser uniforme em relao a todos os litisconsortes.Ex.: O mesmo da ao de nulidade de casamento proposta peloMinistrio Pblico. O normal ser tambm necessrio, mas pode serfacultativo, como no caso de uma ao de reivindicao de coisacomum, ro osta or vrios condminos.

    LITISCONSRCIO NO-UNITRIO (COMUM OU SIMPLES)A deciso pode ser diferente em relao a cada um doslitisconsortes. Exemplo: ao popular, em que devem ser citadostodos os que praticaram o ato ou dele se beneficiaram. Cada umpoder ter uma soluo diferente. Nesse caso tambmnecessrio, mas pode ser facultativo, como no caso dolitisconsrcio entre devedores solidrios demandados em ao decobran a.

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    Interveno de terceiros

    Quanto interveno de terceiros, teremos cinco modalidades: assistncia, oposio, nomeao autoria, chamamento ao processo e denunciao da lide. Para facilitar a compreenso, explicitaremos a matriaconforme o esquema abaixo:

    Autor Ru

    Terceiro

    ASSISTNCIAUnidos venceremos.

    Autor Ru

    Terceiro

    OPOSIONem tu nem tatu.

    Autor Ru

    Terceiro

    NOMEAO AUTORIAToma que o filho teu.

    + +ou

    Autor Ru

    Terceiro

    DENUNCIAO DA LIDEA culpa foi sua.

    Autor Ru

    Terceiros

    CHAMAMENTO AO PROCESSOVem pra Caixa voc tambm.

    + +

    ou +

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    Atos do juiz no processo

    No comando do processo, o juiz possui dois poderes: o de dar soluo lide e o de conduzir o feitosegundo o procedimento legal, resolvendo incidentes at a prestao jurisdicional efetiva. Na realizao dessespoderes, pode o juiz praticar vrios atos no processo, segundo a classificao abaixo:

    Atos decisrios:H sempre um contedo dedeliberao, de comando, de

    ordem.

    Atos decisriospropriamente ditos: visa-sepreparar ou obter adeclarao da vontadeconcreta da lei no caso sub

    judice (conceitos: art. 162do CPC).

    Atos no-decisrios:H apenas funo administrativa

    ou de polcia judicial.

    Atos executivos: procura-se a realizao efetiva damesma vontade, atravs deprovidncias concretassobre o patrimnio dodevedor. Ex.: atos queordenam a penhora.

    Despachos: So ordens judiciais que visam dar andamento ao processo.So os atos ordinatrios ou despachos de expediente. So exercidos exofficioou a requerimento. So irrecorrveis. Podem ser praticados pelosservidores. Ex.: o que recebe a contestao, o que designa audincia etc.

    Deciso interlocutria: Trata-se do ato pelo qual o juiz, no curso doprocesso, resolve questo incidente. Prepara a soluo ltima do feito

    (sentena). Recurso cabvel: agravo. Ex.: a que defere ou indefere aantecipao dos efeitos da tutela, a que exclui um litisconsorte doprocesso durante uma audincia etc.

    Sentena: o ato do juiz que encerra a atividade jurisdicional cognitivado rgo perante o qual pendia a causa, com ou sem apreciao domrito. O que importa no o contedo, mas o papel que a decisorepresenta para o processo (encerr-lo, no respectivo rgojurisdicional). Recurso cabvel: apelao. Ex.: deciso que julgaprocedentes os pedidos do autor ou a que extingue o processo semresoluo do mrito pela ausncia de uma das condies da ao.

    Requisitos: relatrio, fundamentao e dispositivo.Ex.: presidncia de audincias,

    ouvida de testemunhas, colheitadireta de provas, inspeo

    judicial, poder discipl inar sobreservidores, poder de polcia em

    audincia etc.

    Acrdos: Decises ou ul amentos cole iados roferidos elos

    Decises monocrticas terminativas: Decises ou julgamentosmonocrticos dos relatores nos tribunais.

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    Pressupostos Processuais

    Os pressupostos processuais so os requisitos de existncia e validade do processo. Seguiremos aclassificao mais atual, que vem sendo cobrada em concursos e provas da OAB, conforme o esquema abaixo:PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXIST NCIA. SEM ELES O PROCESSO NO EXISTE PARA O DIREITO!!

    DEMANDA JURISDIO CAP.DE SER PARTE CITAO?

    PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE VALIDADE. SEM ELES O PROCESSO NO SE DESENVOLVE VALIDAMENTE!!

    SUBJETIVOS OBJETIVOS

    Em relao s partes:o Capacidade de estar em juzo (capacidade

    civil);o Capacidade postulatria;

    Em relao ao juiz:o Competncia;o Imparcialidade.

    Inexistncia de:o Litispendncia;o Coisa Julgada;o Perempo;o Compromisso arbitral (nico que no pode

    ser conhecido de ofcio)

    O que acontece com o processo diante da ausncia dos pressupostos processuais?a) De existncia?b) De validade subjetivos relativos s partes?

    SAIBA MAIS

    c) De validade subjetivos relativos ao juiz?d) De validade ob etivos?

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    Condies da ao

    As condies da ao, diferentemente dos pressupostos processuais, tratam-se dos requisitosnecessrios para que o juiz aprecie o mrito da lide. Apreciar o mrito significa analisar o direito materialpleiteado pelas partes. Sem as condies da ao, existe ao e existe processo, mas o juiz estar impedido deapreciar o mrito. Assim, o processo ser extinto sem resoluo (sem anlise) do mrito, ou seja, em virtude dequestes de natureza processual.

    POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO

    Pretenso prevista ou no proibida pelo ordenamento jurdico.

    INTERESSE DE AGIR

    Necessidade + Utilidade + Adequao.

    LEGITIMIDADE DAS PARTESPertinncia subjetiva da demanda.

    Ligao entre as partese o objeto do litgio.

    O que acontece com o processo diante da ausncia dos condies da ao? O ue si nifica a ex resso conhecer de ofcio ou ex officio?

    SAIBA MAIS

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    Extino do processo

    No apenas a ausncia dos pressupostos processuais e das condies da ao que pode conduzir extino do processo. H outras hipteses, previstas nos arts. 267 e 269 do CPC.

    EXTIN O DO PROCESSO

    SEM RESOLUO DO M RITONo h apreciao do direito material das partes pelo juiz.

    I - quando o juiz indeferir a petio inicial;II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligncia das partes; III - quando, por no promover os atos e diligncias que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;A parte ser intimada para suprir a falta em 48h nessas hipteses! Inciso II, custas proporcionais. Inciso III, custas e honorrios pelo autor!

    IV - quando se verificar a ausncia de pressupostos de constituio e de desenvolvimento vlido e regular do processo;V - quando o juiz acolher a alegao de perempo, litispendncia ou de coisa julgada;VI - quando no concorrer qualquer das condies da ao, como a possibilidade jurdica, a legitimidade das partes e o interesse processual;Essas 3 hipteses o juiz pode conhecer de ofcio.O ru pode responder pelas custas do retardamento!!VII - pela conveno de arbitragem;VIII - quando o autor desistir da ao;IX - quando a ao for considerada intransmissvel por disposio legal;X - quando ocorrer confuso entre autor e ru.Pergunta: em todas essas hipteses poder o autor propor a mesma ao novamente?

    EXTIN O DO PROCESSO

    COM RESOLUO DO M RITOH apreciao do direito material das partes pelo juiz.

    I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;II - quando o ru reconhecer a procedncia do pedido;III - quando as partes transigirem;IV - quando o juiz pronunciar a decadncia ou a prescrio;V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ao.

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    Suspenso do processo

    Em vrias situaes o que se tem no o trmino do processo, mas a sua suspenso, por umdeterminado perodo de tempo, encerrado o qual o processo ter continuidade.

    SUSPENSO DO PROCESSO

    I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seuprocurador;Morte das partes, antes de iniciada a audincia de instruo e julgamento: suspenso do processo.Morte das partes, aps iniciada a audincia de instruo e julgamento : o advogado continuar no processo at oencerramento da audincia e o processo s se suspender a partir da publicao da sentena ou do acrdo.

    Morte do procurador (antes ou aps iniciada a audincia de instruo e julgamento) : o juiz marcar, a fim de que aparte constitua novo mandatrio, o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguir o processo sem julgamento do mrito,se o autor no nomear novo mandatrio, ou mandar prosseguir no processo, revelia do ru, tendo falecido o advogadodesteII - pela conveno das partes (at 6 meses!);III - quando for oposta exceo de incompetncia do juzo, da cmara ou do tribunal, bem como de suspeio ouimpedimento do juiz;IV - quando a sentena de mrito (at 1 ano!!):

    a) depender do julgamento de outra causa, ou da declarao da existncia ou inexistncia da relao jurdica, queconstitua o objeto principal de outro processo pendente;

    b) no puder ser proferida seno depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada

    a outro juzo;c) tiver por pressuposto o julgamento de questo de estado, requerido como declarao incidente;

    V - por motivo de fora maior.

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    Resoluo de questes de concursos pblicos e do exame da OAB

    1. No mbito do processo civil, os princpios informativos soregras predominantemente tcnicas, desligados de maiorconotao ideolgica, sendo, por esta razo, quase sempreuniversais. J os denominados princpios fundamentais doprocesso so diretrizes nitidamente inspiradas porcaractersticas polticas, trazendo carga ideolgica significativa,portanto, vlidos para os sistemas ideologicamente afeioadosaos princpios fundamentais que lhes correspondam.

    A respeito do assunto abordado no texto acima, assinale a opo

    correta.a) Segundo o princpio jurdico, o processo tem de submeter-sea um ordenamento jurdico preexistente, entretanto, se estese alterar quando estiver em curso o processo, os atosprocessuais at ento realizados devem ser respeitados.

    b) Os princpios fundamentais prescindem de demonstraomaior, sendo considerados axiomas universais.

    c) Os princpios fundamentais no podem ser antagnicos entresi.

    d) Os princpios da oralidade e da publicidade dos atos

    processuais constituem espcies do gnero princpiosinformativos.

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    2. A respeito dos princpios informativos de direito processualcivil e das leis processuais, assinale a opo correta.

    a) O princpio do contraditrio absoluto e deve ser observado pelas

    partes e pelo juiz, sob pena de nulidade do processo. O juiz pode,de ofcio, conhecer questes de ordem pblica independentementede provocao, mas o exame de ofcio essas questes deve serprecedido de plena participao das partes. Tambm pode o juizconhecer da matria independentemente de provocao, mas necessrio que ele a submeta manifestao das partes antes dedecidir.

    b) Quando entra em vigor, alterando alguns prazos processuais, a leinova no atinge os processos em andamento e nenhum efeito temsobre eles, alcanando somente os processos interpostos aps a suaentrada em vigor.

    c) No processo civil, compete s partes a iniciativa da instaurao darelao processual e do seu desenvolvimento. Nesse caso, as provass podem ser produzidas pelas partes, mas o juiz soberano paraanalis-las, devendo decidir de acordo com o seu livreconvencimento, sem fundament-lo ou fund-lo em qualquer dosmeios probatrios, sobre a realizao das provas requeridas pelaspartes ou qualquer outra questo prejudicial ou incidente.

    d) Resultam do princpio da eventualidade tanto a precluso temporalcomo a pro judicato. A precluso temporal indica a perda dafaculdade processual, pelo seu no uso dentro do prazo ou pelo fatode hav-la exercido. Segundo a precluso pro judicato, com adeciso de mrito de uma questo, de direito disponvel ouindisponvel, nenhum outro juiz decidir novamente a questo, queno pode ser objeto de qualquer outro julgamento judicial, aindaque em grau de recurso.

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    3. Julgue os itens subseqentes, relativos teoria geral doprocesso civil.

    I. No direito brasileiro, os tribunais e juzos so previstos

    na Constituio e nas leis infraconstitucionais, com ndolede generalidade, o que torna impossvel a criao dergos jurisdicionais de exceo para julgamento decausas especficas.

    II. No processo civil, dado ao Ministrio Pblico o prazo emqudruplo para contestar e em dobro para recorrer.

    III. A capacidade de ser parte constitui pressupostosubjetivo de constituio vlida da relao de direitoprocessual.

    IV. Os procedimentos especiais e o procedimento sumrio

    regem-se pelas disposies que lhe so prprias,aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposies geraisdo procedimento comum ordinrio.

    Assinale a opo correta.a) Apenas os itens II e III esto certos.b) Apenas os itens I, II e IV esto certos.c) Apenas os itens I, III e IV esto certos.d) Todos os itens esto certos.

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    4. Tendo em vista as normas atinentes aos princpios gerais doprocesso, capacidade, s condies da ao e aos pressupostosprocessuais, assinale a opo incorreta.

    a) Tipifica o princpio da eventualidade o fato de a lei processualdeduzir que compete ao ru alegar, na contestao, toda amatria de defesa e nela expor todas as razes de fato edireito com que impugna o pedido do autor.

    b) A denominada jurisdio voluntria o conjunto deatribuies administrativas integrativas, confiadas pela lei aoPoder Judicirio.

    c) O indivduo menor de dezoito anos e maior de dezesseis anosde idade no detm capacidade processual plena para pleiteara sua prpria emancipao sem assistncia de seus pais ou

    tutor.d) O exame das matrias atinentes ao e ao processo, pelo

    juiz, qualifica o juzo sobre a admissibilidade ouinadmissibilidade do julgamento da demanda.

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    5. A respeito das condies da ao no processo civil, assinale aopo correta.

    a) A verificao da presena das condies da ao faz-se

    quando do julgamento do mrito da pretenso do autor, sendoessas condies requisitos indispensveis obteno de umadeciso que acolha ou rejeite o pedido do autor.

    b) A capacidade processual se confunde com a legitimao paraa causa, por serem ambas pressupostos processuais que serelacionam com a capacidade para estar em juzo. Assim, omenor de 16 anos de idade possui capacidade processual parapropor ao contra o suposto pai para investigar apaternidade.

    c) Existe interesse processual quando a parte tem necessidadede ir a juzo para alcanar a tutela pretendida e, ainda,quando essa tutela jurisdicional pode trazer-lhe algumautilidade, do ponto de vista prtico. Assim, ajuizando a aoerrada ou utilizando-se do procedimento incorreto, oprovimento jurisdicional no lhe ser til, razo pela qual ainadequao procedimental acarreta inexistncia do interesseprocessual.

    d) Ocorre a legitimao extraordinria ou substituioprocessual quando, em virtude da lei, atribudo a um

    terceiro interessado a legitimidade para litigar direito alheioem nome daquele que detm a titularidade do direito emlitgio.

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    6. Ante o que dispem as normas sobre as condies da ao eda competncia jurisdicional e quanto aos atos processuais,

    julgue os seguintes itens.

    I. A autocomposio destaca-se como um meio alternativovlido de soluo de conflitos de interesses. Desse modo,pode essa forma alternativa ser utilizada dentro ou forada relao jurdica de direito processual (endo ouextraprocessual).

    II. A competncia determinada pelo critrio do valor dacausa pode ser classificada como relativa, porque instituda levando-se em conta o interesse privado daspartes.

    III. As objees processuais podem e devem ser verificadas

    de ofcio pelo juiz, em qualquer tempo e grau dejurisdio, e no se sujeitam precluso.

    IV. Tipifica a teoria da assero a possibilidade jurdica de seperquirir quanto existncia das condies da ao emmomento posterior propositura desta, a depender daincidncia de circunstncias supervenientes, de modo queo juiz, na sentena, poder ter por satisfeitos taisrequisitos, ou, caso contrrio, reconhecer a carncia dodireito de ao do autor.

    Assinale a opo correta.a) Apenas os itens II e III esto corretos.b) Apenas os itens I, II e IV esto certos.c) Apenas os itens I, III e IV esto certos.d) Todos os itens esto certos.

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    7. Acerca das condies da ao e dos pressupostos processuais,assinale a opo correta.

    a) Se restar comprovada a existncia de outra causa igual, ainda

    que j decidida, mas sem o trnsito em julgado, o processoser extinto, em virtude da ocorrncia da litispendncia.Sendo essa uma das condies da ao, a pretenso do autorno ser resolvida.

    b) Se o ru no alegar a falta de uma das condies da ao naprimeira oportunidade que tiver para falar nos autos, muitoembora ela possa ser conhecida de ofcio, ele responderpelas custas de retardamento.

    c) Os pressupostos processuais so os requisitos necessrios regularidade e existncia da relao processual e a falta de

    qualquer desses requisitos acarreta a extino do processosem resoluo do mrito, por carncia de ao.

    d) O reconhecimento da ausncia de pressupostos processuaisconduz declarao incidental de improcedncia da ao e condenao do autor ao pagamento dos nus sucumbenciais.

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    8. A respeito das partes e dos procuradores, assinale a opocorreta.

    a) Se, no curso do processo, houver necessidade de se alterar a

    pessoa que figura em um dos plos do processo, em virtude defalta de capacidade desta, ocorre o que se denominasubstituio processual. Esse substituto integra aincapacidade da parte e atua em nome e em defesa dela.

    b) Embora todos os sujeitos de direito tenham capacidade deser parte, somente os civilmente capazes possuem capacidadeprocessual. Os civilmente incapazes tambm podem serpartes em processo judicial, desde que estejamrepresentados ou assistidos por seus representantes legais;isso porque no possuem, segundo as regras de direito

    material, aptido para a prtica de atos da vida civil.c) O advogado, em defesa de seu cliente, pode praticar qualquer

    ato que beneficie a parte por ele defendida, desde que nocause embarao administrao da justia e no constituaresistncia injustificada. Em caso de violao dessecomportamento tico, o juiz fixar multa a ser aplicada aoadvogado, em valor no superior a 20% do valor da causa.

    d) Depois de se estabilizar a demanda, com a citao vlida doru, s permitida a substituio das partes originrias emcaso de falecimento, mediante a suspenso do feito, at quese proceda habilitao dos sucessores ou do esplio, aindaque o direito de ao seja intransmissvel ou que se trate dedireito indisponvel.

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    9. Acerca da comunicao dos atos processuais, assinale a opocorreta.

    a) O mandado de citao deve conter o prazo para a resposta do

    ru e os efeitos da revelia. Se, no mandado de citao, noconstar o prazo para a defesa ou se for concedido prazomaior que o previsto na lei, a citao vlida e o prazo paracontestar no pode sofrer qualquer alterao.

    b) A petio solicitando a vista dos autos e a juntada deinstrumento de procurao em que conste poder expresso aoadvogado do ru para receber a citao, antes de expedido omandado de citao, no importa em comparecimentoespontneo por parte desse ru, devendo fluir o prazo para ooferecimento da contestao, aps a juntada do mandado aos

    autos.c) Considera-se vlida a intimao realizada em nome de um dos

    advogados constitudos nos autos pela parte, desde que nohaja pedido expresso de intimao exclusiva em nome deadvogado especfico.

    d) O prazo da contestao, na citao com hora certa, inicia-sea partir da data da juntada aos autos do aviso derecebimento da carta enviada pelo escrivo, confirmando acitao do ru.

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    10. Com relao ao direito de se mover uma ao, assinale aopo correta.

    a) A ao declaratria incidental pura, positiva ou negativa,

    versa sobre questo processual prejudicial, dispensadas alitispendncia e a contestao.b) H legitimao extraordinria para a causa quando h

    coincidncia entre a legitimao de requerer o direitomaterial e a legitimidade para estar em juzo.

    c) No cabvel ao monitria contra a Fazenda Pblica.d) O interesse de agir do autor pode limitar-se declarao da

    existncia ou da inexistncia de relao jurdica, ainda quetenha ocorrido a violao do direito.

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    11. Quanto ao, jurisdio e competncia, assinale a opocorreta.

    a) O Cdigo de Processo Civil brasileiro, Lei n 5.869/1973,

    adotou a teoria da ao como direito autnomo e concreto.b) So elementos identificadores da ao: as partes, ofundamento jurdico ou fato lesivo e o valor da causa.

    c) So caractersticas da funo jurisdicional: imparcialidade,revogao e originalidade.

    d) Os limites internacionais da jurisdio so estabelecidos pelanorma interna de cada Estado, respeitados os critrios daconvenincia e viabilidade.

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    12. Acerca dos critrios para a fixao da competncia, segundo ajurisprudncia do Superior Tribunal de Justia (STJ), assinale aopo correta.

    a) A ao de dissoluo de unio estvel, ainda que apresenteconseqncias relativas a bens imveis, possui cunhoeminentemente de direito pessoal, devendo o foro competenteser fixado de acordo com o domiclio do ru.

    b) Ocorrendo a prorrogao legal da competncia de umdeterminado rgo judicirio, o juiz que era absolutamenteincompetente se legitima para a causa. Nesse caso, para amodificao da competncia por esse critrio, exige-se, alm dacompetncia absoluta do juzo para conhecer de uma das aes,a necessidade do julgamento simultneo ou do conjunto dasaes que foram propostas separadamente em foros distintos.

    c) A preveno um critrio para se fixar a competncia entredois juzes igualmente competentes e para se exclurem osdemais juzes competentes de um mesmo foro ou tribunal eocorre nas hipteses de competncia relativa e absoluta, bemcomo nas de competncia exclusiva e concorrente. Sendoajuizadas aes continentes em juzos diversos, o juizcompetente ser aquele que determinou a citao vlida emprimeiro lugar.

    d) O pedido de converso de separao em divrcio deve serformulado, necessariamente, no juzo em que se processou a

    separao judicial do casal. Por se tratar de competncia fixadapelo critrio funcional, ainda que um dos cnjuges tenhatransferido seu domiclio para outra cidade, consoante a regrada perpetuao da jurisdio, essa competncia no pode seralterada.

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    13. A respeito da competncia, assinale a opo correta.

    a) As execues de sentenas proferidas em ao de alimentosdevem ser processadas no juzo em que foi decidida a causa

    no primeiro grau de jurisdio. Trata-se de competnciaabsoluta fundada no critrio funcional, no podendo seralterada, ainda que o alimentando transfira residncia paraforo diverso daquele do juiz da sentena exeqenda.

    b) Ocorrendo a conexo ou continncia de duas ou mais aesque tm curso em foros diversos, as aes devem serreunidas e ser competente para julg-las, conjuntamente, o

    juzo daquela em que a instruo do processo j estiverconcludo, em face do princpio da identidade fsica do juiz.

    c) Deferida a denunciao da lide, o denunciado pode, aocontestar a denunciao, opor exceo de foro alegandoresidir em outra comarca.

    d) As aes de investigao de paternidade cumuladas compedido de alimentos devem ser ajuizadas perante o juzocompetente para examinar a pretenso alimentcia; no caso,prevalece o foro especial do alimentando, ainda que para ademanda declaratria vigore o foro geral.___

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    14. Acerca do litisconsrcio e da assistncia, assinale a opocorreta.

    a) O assistente simples ou o litisconsorcial, por defender o

    interesse alheio, pode formular o pedido de admisso emqualquer momento da instruo processual, isto , s podeformul-lo antes de proferida a sentena.

    b) O terceiro que tiver interesse jurdico em que uma daspartes vena a ao pode intervir como assistente simples,que no assume a posio de parte, mas pode praticar atosprocessuais que sejam benficos ao assistido.

    c) O litisconsrcio necessrio ocorre somente quanto ao plopassivo da relao processual. Quanto ao plo ativo, olitisconsorte sempre facultativo, porque o direito de ao

    uma faculdade que se coloca disposio daquele que tiverseu direito violado. Assim, quando o autor tivernecessariamente de litisconsorciar-se para promover a ao,a recusa do outro litisconsorte impedir que se promovavalidamente a ao.

    d) Para admisso do assistente simples ou do litisconsorcial, necessrio que exista uma relao jurdica entre o assistentee o adversrio do assistido e que os efeitos da sentenainfluam diretamente nessa relao jurdica, com ou sem oingresso deste terceiro no processo. Entretanto, se oassistente no integrar a lide, pode discutir os fatos efundamentos da sentena em processo posterior, pois a coisa

    julgada no atinge quem no foi parte no processo.

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    15. A respeito da interveno de terceiros no processo civil,assinale a opo correta.

    a) Se o denunciado aceitar a denunciao e contestar o pedido, o

    processo prosseguir entre o autor, de um lado e, de outro, odenunciado. Nesse caso, o juiz condenar o denunciadodiretamente em favor do autor.

    b) O chamamento ao processo consiste na admissibilidade de oru fazer com que co-devedores solidrios passem a integraro plo passivo da demanda junto com ele, em litisconsrcio.Destina-se, portanto, a trazer para o plo passivo da relaoprocessual terceiro que, embora legitimado a figurar comoru desde o incio, por vontade do autor no ocupe essaposio.

    c) Considere-se que o adquirente de uma rea rural sejaimpedido de dela tomar posse, pois outrem a ocupa, alegandoser o legtimo proprietrio. Nesse caso, ao promover a aoreivindicatria contra o ocupante, ao adquirente cumprenomear autoria o alienante, para integrar a relaoprocessual, formando-se um litisconsrcio ativo, ficandoassim o nomeado abrangido pela eficcia da coisa materialresultante da sentena.

    d) O assistente ingressa na relao processual como parte,

    auxiliando a defesa do seu assistido, que tanto pode ser oautor como o ru, por ter interesse econmico de que asentena seja favorvel ao litigante a quem assiste.

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    16. A respeito da suspenso e da extino do processo, assinalea opo correta.

    a) Se, no curso da demanda, as partes transigirem, a sentena

    que homologar a transao adquirir fora de extinguir oprocesso com julgamento de mrito, fazendo coisa julgadamaterial.

    b) Quando o juiz suspeitar que o autor portador de doenamental, deve determinar a suspenso do processo at adecretao da interdio e a nomeao do curador, sanando-se, assim, o defeito da incapacidade do autor.

    c) Ocorrendo a suspenso do processo, to logo cesse o efeitodo acontecimento, voluntrio ou no, que provocou a suaparalisao, o andamento do feito se restabelece. Os atos

    processuais anteriormente praticados devem ser ratificadose os prazos iniciados antes da suspenso devem serconsiderados inexistentes, restituindo-se integralmente oprazo legal ou judicial, isto , iniciando-se a contagem dolapso legal.

    d) Permanecendo os autos paralisados por mais de 30 dias, porfalta de manifestao do autor, o escrivo deve providenciarsua concluso, certificando a ocorrncia da perempo. O

    juiz, recebendo os autos, deve, ento, proferir sentena deextino do processo sem julgamento do mrito,determinando o arquivamento destes, em face da faltasuperveniente de interesse processual da parte autora.

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    Smulas STJ - Direito Processual Civil I

    306Os honorrios advocatcios devem ser compensados quandohouver sucumbncia recproca, assegurado o direito autnomodo advogado execuo do saldo sem excluir a legitimidade daprpria parte.

    240A extino do processo, por abandono da causa pelo autor,depende de requerimento do ru.

    235A conexo no determina a reunio dos processos, se um delesj foi julgado.

    206A existncia de vara privativa, instituda por lei estadual, noaltera a competncia territorial resultante das leis deprocesso.

    183Compete ao juiz estadual, nas comarcas que no sejam sede deVara da Justia Federal, processar e julgar ao civil pblica,ainda que a Unio figure no processo.

    99O Ministrio Pblico tem legitimidade para recorrer noprocesso em que oficiou como fiscal da lei, ainda que no hajarecurso da parte.

    33A incompetncia relativa no pode ser declarada de ofcio.

    1O foro do domiclio ou da residncia do alimentando ocompetente para a ao de investigao de paternidade,quando cumulada com a de alimentos.