apostila percussao corporal

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Disciplina: Instrumentalização Sonora Prof. Me Daiane S. S da Cunha Percussão Corporal: educação musical pela exploração dos sons corporais. Uma das formas mais naturais de se fazer música é por meio do próprio corpo. Antes dos instrumentos musicais o homem procurou sons na voz, nas palmas, no corpo, nos pés. O ritmo é a vida, é o coração, a respiração, o andar... o corpo. Na ausência de instrumentos o corpo vira múltiplos instrumentos. Esta prática vai além da composição musical, pois promove o conhecimento do próprio corpo, a expressão corporal, conhecimento de si e do outro, a socialização, a lateralidade, a motricidade, a concentração, o toque. Práticas Pedagógicas de percussão Corporal É uma proposta pedagógica baseada na utilização do corpo como instrumento musical. A exploração dos inúmeros sons produzidos pelo corpo é o ponto de partida dessa pesquisa. Palmas, estalos, batidas no peito, sapateados, vácuos de boca, recursos vocais entre vários outros sons, são encadeados na produção de ritmos e melodias. Através do aprendizado de ritmos e de jogos de improvisação o aluno vai aprimorando tanto sua coordenação motora quanto sua capacidade d criar, ouvir e interagir num grupo. Objetivos didáticos Dar ao aluno um vasto repertório de sons que podem ser produzidos pela voz e pelo corpo. . Promover a percepção da própria voz através da escuta consciente individual e do grupo. . Desenvolvimento da coordenação motora. . Desenvolvimento da capacidade respiratória como conseqüência de uma atitude autoperceptiva, espontânea e expressiva. . Melhoria da qualidade da emissão vocal (afinação, dicção e ressonância livres). . Integração do grupo através da percepção e integração das características de cada um. . Montagem de repertório. •Promover o aprendizado de amplo repertório de sons que podem ser produzidos pelo corpo. •Estimular o contato do aluno com seu próprio corpo. • Promover a integração desses sons corporais com a intenção de produzir ritmos e melodias.

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Page 1: Apostila Percussao Corporal

Disciplina: Instrumentalização SonoraProf. Me Daiane S. S da Cunha

Percussão Corporal: educação musical pela exploração dos sons corporais.

Uma das formas mais naturais de se fazer música é por meio do próprio corpo. Antes dos instrumentos musicais o homem procurou sons na voz, nas palmas, no corpo, nos pés. O ritmo é a vida, é o coração, a respiração, o andar... o corpo. Na ausência de instrumentos o corpo vira múltiplos instrumentos. Esta prática vai além da composição musical, pois promove o conhecimento do próprio corpo, a expressão corporal, conhecimento de si e do outro, a socialização, a lateralidade, a motricidade, a concentração, o toque.

Práticas Pedagógicas de percussão Corporal

É uma proposta pedagógica baseada na utilização do corpo como instrumento musical. A exploração dos inúmeros sons produzidos pelo corpo é o ponto de partida dessa pesquisa. Palmas, estalos, batidas no peito, sapateados, vácuos de boca, recursos vocais entre vários outros sons, são encadeados na produção de ritmos e melodias. Através do aprendizado de ritmos e de jogos de improvisação o aluno vai aprimorando tanto sua coordenação motora quanto sua capacidade d criar, ouvir e interagir num grupo.

Objetivos didáticos Dar ao aluno um vasto repertório de sons que podem ser produzidos pela voz e pelo corpo.. Promover a percepção da própria voz através da escuta consciente individual e do grupo.. Desenvolvimento da coordenação motora.. Desenvolvimento da capacidade respiratória como conseqüência de uma atitude autoperceptiva, espontânea e expressiva.. Melhoria da qualidade da emissão vocal (afinação, dicção e ressonância livres).. Integração do grupo através da percepção e integração das características de cada um.. Montagem de repertório.•Promover o aprendizado de amplo repertório de sons que podem ser produzidos pelo corpo.•Estimular o contato do aluno com seu próprio corpo.• Promover a integração desses sons corporais com a intenção de produzir ritmos e melodias.•Estimular a capacidade de memorização, concentração e assimilação corporal do ritmo.•Desenvolvimento da coordenação motora e da percepção rítmica, melódica e harmônica •Desenvolvimento da capacidade de criação musical espontânea tanto individualmente como em grupo.•Despertar no aluno uma atitude lúdica e cooperativa, incentivando-o a se expressar musicalmente num grupo levando em conta as diferentes qualidades e potenciais de seus integrantes.

1. Aquecimento: Preparação corporal para a atividade. Auto-massagem, circulo, dupla.Alongamentos, movimentos, respirações, vocalizações e exercícios que trabalham o olhar e o andar.

2. Percepção Rítmica: Movimentar-se de acordo com os ritmos em áudio: marcar andamento, duplicar, triplicar, montar ostinatos.Pequenos movimentos: dedos, rosto, articulaçõesGrandes movimentos: tronco, membros superiores, inferiores...

3. Coordenação motora/rítmica:Exercícios de independência rítmica trabalhando coordenação entre pés, mãos e voz.

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4. Repertório de sons corporais:

Tipos de palmas (grave, estrela, estalada, flecha entre outras), estalos de dedo, sapateados, vácuos de boca, estalos de língua, batidas no peito e na bochecha, percussão vocal, assobios, sopros, balbucio, onomatopaica, sonoplastia corporal. Pesquisa de sons corporais em grupos (Boca, Mãos, Pés, Mãos no corpo).

InvestigarExperimentarAnotarExecutar Audição dos grupos e experimentação do coletivo

5. Jogos de criação/improvisação com voz e percussão corporalExercícios que trabalham atenção, reflexo, memorização e relacionam som com movimento (flechas, relógio, seqüência linear). Exemplificar no grande grupo e praticar em pequenos grupos

Eco (imitação) não métrico, métrico (compassos quaternário, ternário, binário) Dominó (1 som, 2 sons, 3 sons) Criar ostinatos (individual, em pares, em trios, em quartetos...) Refrão Improviso (sem métrica e com métrica) Seqüência minimal Ouvir o outro, Sentir o outro e manter o outro!! Regência Naipes Carrosel (composição do grande coletivo) Criação de ritmos Circulares: Palma, palma coxa coxa cumprimenta anda (Dó, dó, sol, sol, fá, fá, mi,

fá, sol, dó)

6. Adaptação de ritmos i. Funk (peito st st st palma st st st)

ii. Rock(peito st palma st)iii. Samba (peito st st peito)iv. Pa tum, tum pa tum tum

7. COMPOSIÇÃO Explorar as diferentes características musicais rítmicas, melódicas, harmônicas: forma, dinâmica, agógica, textura...

Individual (experimentação, investigação, classificação, seleção, estruturação, apresentação)Coletiva (todos, naipes, solos...)

Hit percussivo (Barbatuques)

Tum, paTaca, taca, teque, teque, toco, páTaca, taca, teque, teque, to tum txiTaca, taca, teque, teque, toco, páTa, taca taca, pa pa

Tum pa (Barbatuques)

1- tum, tx, pa , tx2- Tum, pa .....

Pé no chão, mão no coraçãoBate palma, estala o dedoBrinca o jogo da cançãoMão na perna, um pé de cada ladoBate palma, estala o dedo Tudo ao mesmo tempo agora corre pro refrão

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Curso- A ¨Musicalidade Instintiva¨ no curso de “Jogos e Improvisação I”com Stenio Mendes Percussão Corporal !

Podemos dizer que este curso explora a sonoridade percutida sobre o corpo, incluindo a voz e efeitos sonoros do aparelho fonético, objetivando transformar o corpo humano no primeiro instrumento musical, percussivo, melódico, de infinitas formas individuais e coletivas de se fazer arte. Musicalidade Instintiva !

Concebemos como a musicalidade inata dos seres humanos, reportando desde os sons guturais dos povos que vivem nas florestas, dialogando com a diversidade sonora da Natureza, dos recursos vocais percussivos encontrados na música étnica, seja nos rituais dos índios Xingu por exemplo, às peças contemporâneas de Stockhausen.  

Neste sentido, uma música cheio de sons guturais, como elemento sensível , não palpável, invisível, vai criar a ponte de conexão entre a dimensão concreta, corpo-tempo-espaço ao mundo metafísico, invisível, intuitivo, abstrato, reino dos sonhos, das mitologias, dos rituais, mundo dos espíritos, dos ancestrais e de toda magia.

E é na música étnica, dos povos milenares com sua  relação mais umbilical com a mãe Natureza e sua rica sonoridade expressiva, que pode nos inspirar e nos guiar reconectando com a força contagiante de nossa própria natureza instintiva.

A sequência de jogos deste curso que são em parte estratégicos, por um lado para resgatar o exercício de ouvir de forma mais presente, equalizando, timbrando, harmonizando com o coletivo e por outro, atuar com a nossa própria fonte poética musical, a criatividade individual.

A intensão é expressá-la de um modo que esta musicalidade não seja intimidada por preconceitos estéticos convencionais de beleza, certo errado, por exemplo a permitir uma experiência mais empírica com a nossa musicalidade interior.

JOGOS LUDO-PEDAGÓGICOSJogo 1 - Flechas -    posição do grupo - RodaUm exercício indicado para iniciar uma sessão de percussão corporal.  Uma palma é uma convocação quase natural para pedir silêncio, calar a mente dispersa.Esse exercício, pode ser feito em roda e trabalha o som associado à visão (tanto focal como periférica).Uma pessoa inicia o exercício batendo uma palma com intenção de transmiti-la à outra pessoa qualquer da roda através do olhar.A pessoa que recebeu a “flecha” por sua vez passa a palma adiante pra outra pessoa da roda, sempre associando o foco do olhar ao movimento e ao som da palma. O resultado é uma troca de informações constantes na roda, que desperta a atenção dos participantes trazendo-os para um estado de prontidão.

Esse exercício pode ser executado de diversas formas.1- Livre - Sem um tempo pré-definido.2- Marcando a palma no tempo.3- Marcando a palma no contra tempo...4- Mudando andamentos ou com frases rítmicas...5- Em movimento... Jogo 2 - ECOS.  ( "siga o mestre" ) (roda)  Uma pessoa cria uma pequena frase musical, rítmica e/ou melódica e o grupo repete em seguida a frase proposta. O exercício trabalha na medida em que cada aluno cria uma sequência a partir dos sons estudados. Trabalha-se a escuta e a memorização à medida que o grupo, através do olhar e da

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escuta apurada terá que reproduzir os detalhes da frase proposta por cada um do grupo. Pode ser feito dentro de uma métrica estabelecida como sem métrica.Desdobramentos ou variações:Numa próxima fase desse mesmo exercício pode-se ir variando, propondo por exemplo: uma rodada só com estímulos percussivos, ou só melódicos, sapateados, percussão vocal etc...   Outra sugestão é que os estímulos lançados tenham uma coerência   com o estímulo anterior, seja timbre, intenção, ritmo, etc...

Jogo 3- Refrão/Improvisação (roda)

Nesse exercício um determinado ritmo é proposto para ser executado um uníssono por todo o grupo. No mesmo tempo de duração do ritmo é proposta uma pausa onde um aluno por sua vez, na ordem da roda, preencherá essa pausa com um solo individual. Esse exercício estimula a criação individual dentro de uma métrica estabelecida. Outro foco é no tocar em grupo, reforçando a necessidade dos alunos se ouvirem e se olharem para manterem a mesma pulsação.

Jogo 4-  Sequência Minimal - (roda)

Esse é um exercício de improvisação com foco na composição e na capacidade do aluno ouvir e interagir no grupo.

Em uma roda, uma pessoa inicia um estímulo musical buscando após alguma experimentação, torna-lo repetitivo e cíclico. A pessoa seguinte buscará criar uma outra frase musical, também repetitiva, que complemente ou dialogue com essa frase inicial. Nessa sequência todos os integrantes da roda vão somando, um por vez, uma nova frase tecendo um mosaico de sons que se relacionam.Esse exercício pode ser feito só com sons vocais ou apenas sons percussivos e contém um grande número de variações. Na sua primeira versão, cada integrante da roda vai aos poucos silenciando, na mesma ordem em que entrou. Numa outra versão pode ser estabelecido previamente um regente que vai através de gestos conduzir dinâmicas de volume e também selecionar pessoas da roda para continuarem a tocar enquanto outras silenciam. Essa regência desenvolve um senso estético de escolha de timbres e volumes além de desenvolver a iniciativa e o senso de liderança.

desdobramentos:   Estabelecido os sons do grupo, todos saem caminhando para dentro da roda interagindo aleatoriamente, uns  com os outros, criando duplas, naipes, até o sinal do coordenador de finalização.O coordenador pode reger, selecionar um grupo, de dentro da roda, para dar continuidade aos seus sons e dar um sinal de regência para silenciar outros. E assim destacando singularidades, naipes que gostaria de destacar, alternando com o som do grupo coletivo.

Jogo 5 - Contágio Livre 1- Um candidato (o lançador) lança o estímulo sonoro (um ruido, um som qualquer, melódico ou percussivo), e vai repetindo, repetindo, repetindo...2- Aquele que se sentir contagiado pelo estímulo inicial, vai se encaixando, se harmonizando com seu próprio som, estabilizando para que o outro possa harmonizar com você também e assim vão se somando ao primeiro som, um a um, os sons vão se somando , sem pressa, adequando-se ao som do grupo. 3- Depois de explorado satisfatoriamente esse primeiro estímulo, sem hesitar, o grupo todo vai para o silêncio... Zera tudo!

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4- O silêncio é para nascer um novo estímulo sem a influência do estímulo anterior, assim é, quando o próximo participante deverá lançar o segundo estímulo para a roda e por sua vez repete os mesmos procedimentos anteriores de harmonização e contágio entre os  participantes ...

Jogo 6 - Duplas HarmônicasPosição do grupo-  dois participantes, frente a frente.Podemos destacar este exercício como entre os fundamentais. De certa forma tem o princípio de toda a relação harmônica,  que se desdobra em vários outros exercícios e enfatiza atitudes básicas como a tríade: “ouvir o outro, sentir o outro e manter o outro”. O primeiro par de participantes é colocado numa distância de um metro e meio a dois metros do outro, face a face. O primeiro lança um estímulo sonoro, seja ruído, som melódico ou percussivo. O importante que este estímulo mantenha-se em repetição. Daí o  próximo participante que está recebendo este estímulo, venha a criar um outro estímulo que encaixe, que combine, que harmonize com o primeiro estímulo lançado.

Desdobramento- Numa segunda fase, o laçador do primeiro estímulo pode ir variando o seu estímulo original, conquanto que mantenha  a  harmonia com o estímulo do parceiro. Isto para provocar que o outro parceiro também vá mudando seus sons, explorando sons, com a mesma condição de manter a harmonia entre os estímulos.

Jogo 7 -   CarrosselIndicação-posição do grupo. divide-se o grupo em subgrupos, por exemplo quatro subgrupos um a cada ponta da sala. 1- Cada subgrupo vai representar um naipe ou côro. 2- Cada subgrupo elege um “regente” polivalente que também vai ser o compositor desse côro, inventar vozes, ruídos, ritmos, coreografias enfim soltar sua criatividade.  3- Este regente vai se colocar no meio da sala, mas virado de frente ao seu coro que está postado em um dos cantos da sala virada para o centro. Com o posicionamento dos quatro coros, um em cada canto da sala, vai ocorrer que os quatro regentes vão estar  praticamente, lado a lado, perto do centro da sala, que vai proporcionar uma boa escuta e interação entre eles.4- Este Regente, simultaneamente vai interagir, dialogar, buscar harmonizar com os demais grupos ao seu redor. Esta atitude é essencial. Escutar profundamente as vozes, os sons, dos outros grupos, ora respondendo  ora provocando, experimentando,  improvisando. A ideia é responder aos estímulos sonoros dos subgrupos com toda sensibilidade, sem pressa, com todo imaginário estético, energia instintiva e ousadia, podendo até mesmo permanecer calado, só ouvindo os outros grupos. 5- Alternar o Regente...Já passado alguns estímulos lançados ao seu coro, o regente chama outro participante de seu grupo, para tomar seu lugar e assim também, expor sua criatividade. 6- Dividir o tempo de experimentação suficientemente para que todos possam vivenciar o papel de “regente polivalente”.

Jogo 8 - Semelhança -Variação - DiversidadeIndicação- posição do grupo -  RodaEste jogo obedece um caminho de ida e volta,  desenvolve discernimentos  e também poderá vir a ser uma performance musical.Um primeiro momento, a primeira fase, um candidato lança um estímulo sonoro qualquer para dentro da roda. Este estímulo vai dar origem e será a referência para o final do exercício também.Na segunda fase,  surge a denominada fase semelhança; todos participantes da roda copiam o mesmo estímulo e mantém a repetição por um tempo satisfatório.

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Na  terceira fase, os participantes vão fazendo pequenas variações sobre o primeiro estímulo, por exemplo alterando a divisão ou aspectos melódicos, mas sem mudar o timbre, a qualidade de atrito da fonte sonora.Num quarto tempo, deixa-se contagiar pela diversidade, sem perder a conexão com o som do grupo, e todos se lançam a buscar novos timbres, novas estéticas,  é o momento do deixar fluir a musicalidade natural e... o mais importante! Sem nunca perder  a percepção dos sons do grupo e estar sempre interagindo com eles.Surge o caminho de volta- Voltamos para a “terceira fase”, saindo das diversidades vamos para as variações do estímulo original. Seguindo, o grupo  passa sobre a fase das variações e todos recordamos o estímulo original, a semelhança, todos juntos.E para terminar vamos nos silenciando, devagar, até que permaneça só o primeiro estímulo, solitário, exatamente como tudo começou. Fim. Jogo 9 -  Sopros... Ruídos... Vozes - (Theophil Maier)

posição do grupo- Sugerimos que se "Apagam-se as luzes", ou todos de olhos fechados, em roda, ou, em rodas concêntricas (cebolão)Início-1-  silêncio = limpando por dentro... relaxando... quietude... ouvir ao longe... vazio !2- sons da respiração, começa suave, sopros, vai modelando, explorando livremente, tipos de respiração, a acústica, efeitos com boca, nariz, língua, sssss, xxxxxx, fffff... sem pressa …hhh ...3-introduz sons com mais atritos, ainda sem voz, (importante), Estalos, vácuos, batidas, fricções...ruídos.4-Entra todos os sons, ruídos e vozes,  livres, onomatopéias, misturando percussão corporal e percussão vocal, se misturam, se fundem...buscando harmonizar com o som geral e incentivar a criação de naipes..5- Nesta última fase - cessam os ruídos, permanecem só as vozes !!! corais que se cruzam, se encontram, desencontram, surgem acordes, caos, cosmos...6- Para terminar, depois satisfeita a última fase, o grupo vai buscar como um único coral, um tom comum, uma nota ou um acorde... OOooouuummm.7-Volta ao silêncio .

Jogo 10- Sussurros - monólogos - diálogos - coral (jogo fonético)  Indicação- percepção fonética, interpretativa, musicalidade instintiva, ouvindo o "falatório" como se fosse música.posição do grupo- cebolão, Material sonoro- é a "Blablação",  é uma língua inventada, sem significados linguístico, uma língua fictícia.Preparação- é sugerido ficar  de olhos fechados, a atenção na escuta primeiro do silêncio. Início- 1- Sons de sussurros. Vai seguindo, de mansinho, os participantes vão entrando aos poucos até todos participarem desta fase.2- Passado um tempo naturalmente consensual, mesmo em meio ao sussurro, vão surgindo alguns monólogos, pouco a pouco, de maneira calma, se deixando levar pelo clima, ir aumentando aos poucos a presença, explorando modos de interpretação, de sentimentos, etc...3- Em dado momento sente-se necessidade de abrir os olhos e começarmos um diálogo com a mesma língua fictícia, imitando estar entendendo que o se companheiro está dizendo, responder naturalmente, percebendo aspectos melódicos, interpretativos, gestos, pausas e que tudo isso faz parte da música.

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4- Pode acontecer que desencadeie a presença da dimensão cênica neste jogo o que torna mais rico e descontraído e deve ser incentivada. 5- No seguimento deste estágio propõe-se juntarmos a este falatório, o aspecto cantante. Vamos então estendendo as vogais, cria-se uma mudança de dinâmica, em que todos vão passando para o estágio das cantorias, explorando vozes, acordes, até que  venha terminar com um acorde final, regido pelo professor ou propositor.