apostila para evangelistas e duplas missionárias - autor - pr. tiago cordeiro da silva

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Que o mundo veja! Sumário INTRODUÇÃO ....................................................... .................................................................. ... 2 CAP. 1 – COMO PENSA O MUNDO HOJE ............................................................. ....................... 3 CAP. 2 – POR TRÁS DE UM INSTRUTOR BÍBLICO .......................................................... .............. 5 CAP. 3 - QUALIDADE DE UM INSTRUTOR ........................................................ ........................... 7 CAP.4 – MATERIAIS DE APOIO ............................................................ ..................................... 12 1

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Treinamento básico para evangelismo de casa em casa!

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Page 1: Apostila para Evangelistas e duplas missionárias - Autor - Pr. Tiago Cordeiro da Silva

Que o mundo veja!

Sumário

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 2

CAP. 1 – COMO PENSA O MUNDO HOJE .................................................................................... 3

CAP. 2 – POR TRÁS DE UM INSTRUTOR BÍBLICO ........................................................................ 5

CAP. 3 - QUALIDADE DE UM INSTRUTOR ................................................................................... 7

CAP.4 – MATERIAIS DE APOIO ................................................................................................. 12

CAP. 5 – A IMPORTÂNCIA DA AMIZADE ................................................................................... 13

CAP. 6 – TÉCNICAS DE ABORDAGEM ........................................................................................ 15

CAP.7 – MINISTRANDO ESTUDOS ............................................................................................ 18

CAP. 8 – FAZENDO APELOS ...................................................................................................... 20

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Que o mundo veja!

INTRODUÇÃO

Resolvi escrever esta apostila com apenas um objetivo. Incentivar você a fazer com que o mundo veja quem é Cristo. Não me acho digno de ensinar pessoas a evangelizar, e nem deveria. As idéias contidas nesta apostila não são idéias de exclusividade minha, acima de tudo tento mostrar a idéia que a Bíblia e o Espírito de Profecia têm sobre o assunto, e depois me armo com os ensinamentos de grandes evangelistas que mudaram minha visão. Talvez o que tenha sido mais influente em minha vida, principalmente por ser meu professor, é o Pr. José Miranda Rocha, homem zeloso com o serviço divino, e muitas vezes um instrumento de Deus para incentivar futuros pastores a se tornarem verdadeiros evangelistas.

É esta influencia que eu quero passar a vocês, quero que comecem a entender que Deus conta com você para terminar a Sua obra. Quero que olhem no rosto de cada pessoa e veja ela como Cristo a veria, e que o Espírito de Deus te mova a falar sem medo a cada pessoa.

Peço que esqueçam que existe alguém por de trás desta apostila e lembrem-se que acima dela está o plano que Deus tem para você.

Muitas vezes você olhará para as lições e você se sentirá satisfeito por já segui-las, quando isto acontecer, agradeça a Deus e permaneça firme. Outras vezes, você se deparará com algo que você deve mudar, esta é a hora de ser moldado por Cristo, deixe-o quebrar o vaso, pois Ele é especialista em fazer nova todas às coisas.

Ore antes de começar a estudar, e que Deus te guie nesta maravilhosa tarefa chamada, evangelismo.

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Que o mundo veja!

CAPÍTULO 1COMO PENSA O MUNDO HOJE

Freqüento a Igreja Adventista desde que nasci e nesses muitos anos como ouvidor de cultos, palestras e evangelismo, sempre me deparei com pessoas que enfatizavam que o adventista tinha uma missão especial dada por Deus: levar pessoas perdidas no mundo a conhecer Cristo.

Não é novidade afirmarmos que o mais importante nesta frase é o fato de “conhecer a Cristo”, mas o que me deixa realmente intrigado nela é o que implicitamente ela nos leva a pensar. Se vamos fazer o mundo conhecer a Cristo, logo o nosso dever é conhecer o mundo primeiro. É através do conhecimento do mundo em que eu vivo que eu posso determinar as formas e métodos para levar essa pessoa a conhecer a Cristo. É como quando temos que lavar roupas. Sabemos que o mais importante é deixá-la limpa, mas se não soubermos o tipo do tecido, a sua cor e textura não saberemos como limpá-la de modo eficaz. Podemos dizer que levar alguém a conhecer a Cristo é o resultado do profundo conhecimento do meio em que a pessoa vive.

É neste importante contexto que Paulo exalta a Cristo em Fil. 2:5-8, ressaltando que Ele sendo Deus não usurpou ser igual a Deus, mas se tornando semelhante a nós morreu a morte de cruz. Em outras palavras Cristo antes de nos salvar, mesmo sendo Deus, veio entender nossa dor, nosso mundo e até sentir a humilhação da morte de cruz. Paulo parecia ter esta idéia tão forte em sua mente que em I Cor. 9:20-23, mostrou que por amor ao evangelho se fez judeu para judeus, fracos para com fracos, a fim de ganhar pessoas para cristo.

E como se encontra nosso mundo? Como as pessoas pensam? Alguns estudiosos chamam o nosso tempo de era “pós-moderna”, mas o que vem a ser isso?

Há alguns séculos, o homem teve a infeliz idéia de que não precisaria de Deus (Ler Grande Conflito, cap. 15). Junto com esta fantasia veio ao mundo um sentimento de que o homem poderia sozinho solucionar todos os problemas da humanidade. Nesta época o mundo viu o grande avanço da ciência de modo geral, computadores, automóveis, curas de diversas doenças. Parecia que realmente o homem não precisaria de Deus e que através de suas invenções ele mesmo solucionaria os seus problemas.

Com o chegar da Primeira e Segunda Guerra mundial o homem começou a perceber que a sua natureza era naturalmente má, e que havia dentro do DNA humano um espaço VIP para maldade. Suas invenções outrora feitas com a intenção de ajudar o mundo agora se tornaram um instrumento de morte. Talvez o exemplo mais clássico disto seja o de Santo Dumont, que morreu de desgosto ao ver sua maior invenção, o avião, ser usado para destruir e matar pessoas.

A partir daí as pessoas não conseguiam mais acreditar naquilo que o homem poderia fazer, e como já se havia passado muito tempo, também não quiseram voltar seus olhos a Deus, e nessa total descrença, tanto no humano, quanto no divino, é que surge o pós-modernismo, que ficaria marcado como a era da descrença de verdades absolutas.

Levando em consideração que é nesta era que vivemos, também chegamos à lógica que é este tipo de pessoas que teremos o dever de levá-las a conhecer a Cristo. O pós-moderno é conhecido por estas descrições.

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Que o mundo veja!

1- O fim da verdade absoluta – Jean-François Lyotard, um dos principais atores pós-modernos, já anunciava em sua obra A condição Pós-moderna que o pós-modernista era incrédulo a qualquer forma de verdade absoluta.1 Isso significa que qualquer forma que emita um conceito absoluto (como a Bíblia) não serve mais como padrão para o homem pós-moderno. “O pós-modernismo dissolve os limites entre o moral e o imoral, o certo e o incerto, o bem e o mal.2”2- A autonomia do indivíduo e a diversidade – O mundo pós-moderno oferece à sua sociedade uma grande variedade de idéias. “Desde a marca de cerveja até mercado de trabalho, podemos observar um quase infinito número de opções tanto de um mesmo produto, quanto de produtos diferentes3”. Isto transforma o pós-moderno em uma pessoa descomprometida, ele até pode ir à sua igreja, mas também irão a várias outras.3- Consumismo – “Outro elemento distintivo da pós-modernidade é a paixão pelo consumo. O consumo é uma das mais evidentes conseqüências da falência dos valores absolutos e da visão do futuro.4” O consumismo é a marca pela busca incessante de significado para a vida de sua comunidade. Tudo no meio pós-moderno apela para esta busca que não é definida. A verdade é que entre esta sociedade existe um vazio que dentro de sua própria filosofia não foi definido.

Esse é o mundo que devemos levar a Cristo, um mundo que não tem a noção do que é a verdade, que se perdeu no caminho do consumismo e não consegue achar um sentido para vida. É para ele que devemos mostrar a Cristo, pois Ele mesmo disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. (João 14:6).

PONTOS PARA SE ALCANÇAR UM PÓS-MODERNO.1- O pós-moderno por ser um individuo que recebe uma grande variedade de idéias,

também dificilmente nega receber novas orientações. Isso nos leva, a saber, que serão indivíduos que aceitarão estudos bíblicos com facilidade.

2- Também por causa dessa diversidade ele se torna um sedento por conhecimento, se com sabedoria trazermos a cada estudo uma curiosidade, algo que ele não sabia antes, isso o fará ter desejo de cada vez mais receber o estudo.

3- Umas das maiores marcas do pós-modernismo é que as pessoas não seguem mais líderes, mas seguem aquele que ela confia como amigo de verdade. Mark Finley, diz que “a amizade é o caminho que Deus usa para atrair homens e mulheres para Si mesmo.” Este assunto é tão importante que teremos um capítulo especial apenas para ele.

Mesmo tendo uma nova visão sobre o mundo, não podemos esquecer que este é o mesmo que padece de sede, por não beber da Água da Vida. O que muda é a fórmula, mas o resultado tem que ser o mesmo, levar as pessoas a conhecerem a Cristo e assim receberem a salvação que foi oferecida na cruz.

1 Jean-François Lyotard, A condição pós-moderna, São Paulo: Papirus, 1998, p.26.2Vanderlei Dorneles, Cristãos em busca do êxtase, Engenheiro Coelho, SP, 2002, p. 46.3 Rodrigo P. Silva, Op. Cit. P, 35.4 Vanderlei Dorneles, Op. Cit., p. 46.

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Que o mundo veja!

CAPÍTULO 2POR TRÁS DE UM INSTRUTOR

BÍBLICO.

Além de ser importante conhecermos o mundo em que vivemos, é também importante conhecer a nós mesmos. Só assim poderemos ter a idéia de onde estamos e pra onde deveríamos ir.

O melhor estudo que nos revela a nossa natureza e para onde ela irá, é o estudo da justificação pela fé, ele demonstra quem realmente é e quem pode ser e, além disso, mostra qual é o valor da obra que estamos fazendo.

1- Quem é? Carl Jung certa vez disse que “quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta.” Para nós que estudamos a Bíblia esta é uma grande verdade. A bíblia não passa a mão na cabeça quando estudamos o estado do homem, em Isa. 64:6 o profeta fala de forma direta ao falar do homem. “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.”, e Paulo ao falar de sua própria natureza diz, “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.” Rom. 7:18,19.

A natureza humana não é boa, é uma natureza destruída pelo pecado, “o coração, por natureza, é mau, e "quem do imundo tirará o puro? Ninguém". Jó 14:4. Invenção alguma humana pode encontrar o remédio para a alma pecadora. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser". Rom. 8:7. "Do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias". Mat. 15:19.”5

E como com esta natureza somos chamados por Deus a evangelizar? Como é possível que pessoas naturalmente pecadoras façam a obra do Espírito Santo?2- Quem podemos ser? Neste processo de podridão do pecado não havia mais nada a ser feito a não ser esperarmos a destruição de nosso mundo. Mas Aquele que toma para Si a qualidade plena do amor resolveu, amar “o mundo de tal maneira que deu o Seu filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. E através deste sacrifício, fomos chamados para sua maravilhosa graça, a nossa natureza continuaria pecadora e ineficaz, mas aquele que “tomou sobre si as nossas enfermidades e nossas dores” (Isa 53:4), e sendo “traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades” (v.4) nos sararia de nossa condição.

Entraria em questão agora uma sociedade instituída por Deus e escolhida por Ele, a junção do divino-humano, aonde nossa incapacidade seria coberta pela completa eficácia divina, e nossos pecados encoberto pelo manto da justiça de Cristo. “Seria como se eu adquirisse uma divida no banco de 10 mil reais, e em meio ao meu desespero recebesse uma ligação de Bill Gates (dono de uma das maiores fortunas do mundo), e me fizesse uma proposta para juntar a conta dele com a

5 White, Ellen G., O Desejado de todas as nações, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002, p. 172.

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minha, sua milionária fortuna faria com que minha divida desaparecesse, e sem ter mérito algum, me tornaria um milionário também.”6

É neste contexto que Ellen White escreve que “por meio da fé em Cristo, toda deficiência de caráter pode ser suprida, toda contaminação removida, corrigida toda falta e toda boa qualidade desenvolvida.”7

Sobre este prisma da justificação pela fé, qual é o nosso papel na obra de Cristo? 1- Evitamos achar que somos mais superiores do que nossos interessados. Uma vez que entendemos que nossa natureza é tão pecadora quanto à dele e que não há nada que possamos fazer para melhorar esta condição a não ser deixar Cristo tomar conta dela, não conseguiremos olhar para o próximo com ar de superioridade.

2- Entendemos que o nosso papel na obra é apenas o de canal. Não poucas pessoas acham que na comunicação de um estudo bíblico o seu papel é o de emissor da palavra. Mas quando percebemos o que Cristo fez por nós, e quem somos, percebemos que apenas somos o canal o qual o Emissor, Jesus Cristo escolhe comunicar as pessoas.

3- Percebemos que Deus está no controle. Acaba-se a idéia de que somos nós que estamos realizando a obra, sabemos que apenas somos um instrumento do Grande Obreiro, Jesus Cristo.

4- Desejamos que outras pessoas conheçam esta graça. É natural que quando entendemos a compaixão de Deus e o que Ele fez e faz por nós, desejemos que outras pessoas sintam este maravilhoso sentimento.

A graça é o cerne da vida do cristão, somos justificados por Cristo e é por amor ao que Ele fez é que nos disponibilizamos para que faça de nossa vida um canal de bênçãos.

6 RODOR, Amim, Comentário em sala, Teologia Sistemática (Soteriologia), dia 07/03/2008.7 WHITE, Ellen G., Educação, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2000, p. 257.

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CAPÍTULO 3QUALIDADE DE UM INSTRUTOR.

Porque “qualidade” e não “qualidades”. Geralmente nos prendemos tanto em observar os frutos de uma árvore que até nos esquecemos que eles todos saíram de uma única base. No caso do instrutor é a mesma coisa, existem várias qualidades de um instrutor, mas todas provem de uma só base.

Comunhão o ponto de partida.

Billy Graham foi um dos maiores evangelistas do século XX, um homem que levou muitas pessoas a se decidirem aos pés de Cristo, quando perguntavam para ele se ele mudaria algum aspecto de seu ministério, ele respondia prontamente. “Se tivesse de começar de novo, pregaria menos e dedicaria mais tempo ao estudo.”8 E também dizia que “é necessário lembrar que o mais importante não é a nossa atividade para Cristo, e sim a nossa intimidade com Ele.9

Ben Patterson comenta que quando saímos para trabalhar para Cristo e não investimos o nosso tempo para a comunhão, seria a mesma coisa que sairmos para caçar Leões com pistolas d’água10. E Lutero quando se via sobrecarregado de afazeres dizia. "Hoje tenho muito a fazer, portanto hoje vou precisar orar muito."11

A íntima comunhão é uma resposta a Deus, é a demonstração de sua incapacidade para fazer este serviço divino e também uma mostra de que você está disponível para que Deus o use como Ele bem desejar. “Não há substituto para a comunhão com o Senhor. A liberdade no serviço do Senhor vem como resultado dos recursos interiores do poder que nos é suprido pelo Cristo ressurreto, o qual em nós habita pelo seu Espírito Santo (Colossences 1:27; Romanos 8:1-11).”12

Comunhão do ponto de vista do Espírito de Profecia.

A vida do Salvador na Terra foi de comunhão com a natureza e com Deus. Nessa comunhão, Ele revelou-nos o segredo de uma vida de poder. “A Ciência do Bom Viver, p.51”

Todos quantos se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranqüila para comunhão com o próprio coração, com a natureza e com Deus. Neles se deve revelar uma vida não em harmonia com o mundo, seus costumes e práticas; é-lhes necessário experiência pessoal em obter o conhecimento da vontade de Deus. Devemos, individualmente, ouvi-Lo falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e, em sossego, esperamos diante dEle, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus." Sal. 46:10. Este é o preparo eficaz para todo trabalho feito para o Senhor. Entre o vaivém da multidão e

8 GRAHAM, Biily, Padrões bíblicos para o evangelista, Mineapolis, MN: World Wide Publications, p.75.9 idem10 PATTERSON, Bem, Aprofundando o diálogo com Deus, São Paulo: Vida, 2004.11 LUTERO, Martim, Orações de Lutero, pesquisado em [http://www.luteranos.com.br/categories/Quem-Somos/Nossa-Hist%F3ria/Martim-Lutero/Ora%E7%F5es-de-Lutero] acesso dia 09/04/2008.12 GRAHAM, Billy, Op. Cit., p. 76.

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a tensão das intensas atividades da vida, aquele que é assim refrigerado será circundado de uma atmosfera de luz e de paz. Receberá nova dotação de resistência física e mental. Sua vida exalará uma fragrância e revelará um poder divino que tocarão o coração dos homens. “A Ciência do Bom Viver, p.58”

Nunca julgueis que Cristo está distante. Ele está sempre perto. Sua amorável presença vos rodeia. Procurai-O como a Alguém que deseja ser achado por vós. Deseja que não somente Lhe toqueis as vestes, mas caminheis com Ele em constante comunhão. “ A ciência do bom viver, p.85”

Quanto maior a atividade entre os homens, tanto mais íntima deve ser a comunhão da alma com o Céu. “ A ciência do bom viver, p.136”

Entrando em comunhão com o Salvador, penetramos na região da paz. “ A ciência do bom viver, p.250”

A comunhão com Deus refletir-se-á no caráter e na vida. Os homens conhecerão em nós, como nos primeiros discípulos, que estivemos com Jesus. Eis o que dá ao obreiro um poder que nada mais será capaz de lhe comunicar. Jamais devemos permitir ser privados de tal poder. Carecemos de viver uma vida dupla - vida de pensamento e de ação, de silenciosa prece e infatigável trabalho. “A Ciência do Bom Viver, p. 512.”

Quem dentre o professo povo de Deus empreenderá esta sagrada tarefa, e trabalhará em favor dos que perecem por falta de conhecimento? O mundo precisa ser advertido. Muitos lugares me são indicados como estando necessitados de esforços, consagrados, fiéis e infatigáveis. Cristo está abrindo o coração e a mente de muitos em nossas grandes cidades. Estes precisam das verdades da Palavra de Deus; e se estabelecermos comunhão sagrada com Cristo, e buscarmos entrar em contato com essas pessoas, far-se-ão impressões para bem. Precisamos despertar e entrar em afinidade com Cristo e com os nossos semelhantes. As cidades grandes e pequenas e as localidades próximas e distantes, precisam ser trabalhadas, e isso com sabedoria. Nunca recueis. Se trabalharmos em uníssono com o Espírito de Deus, o Senhor fará as devidas impressões nos corações. “A verdade sobre os anjos, p. 75.76”

Enquanto no deserto, Cristo jejuou, mas não sentiu fome. ... Gastou o tempo em oração fervorosa, estando em plena comunhão com Deus. Era como se estivesse na presença do Pai. ... O pensamento da batalha que tinha diante de Si, fazia-O esquecer-Se de tudo o mais, e Sua alma era alimentada pelo Pão da Vida. ... Contemplou o quebrar-se do poder de Satanás sobre a vida de caídos e tentados. Viu a Si próprio curando os enfermos, confortando os desesperados, animando os angustiados e pregando o evangelho aos pobres - fazendo, enfim, a obra que Deus esboçara para Ele. E assim não percebeu qualquer sensação de fome até o final dos quarenta dias de jejum. “A verdade sobre os anjos, p.171”

O amor que é inspirado pelo amor que temos em Jesus verá em cada alma, rica ou pobre, um valor que não pode ser medido pela estimativa humana. O mundo desaparece na insignificância em

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comparação com o valor de uma alma. O amor que Deus revelou pelo homem está além de qualquer computação humana. É infinito. E o instrumento humano, que participa da natureza divina, amará como Cristo amou, trabalhará como Ele trabalhou. Haverá uma natural compaixão e simpatia que não falhará nem se desencorajará. Este é o espírito que deve ser animado a prevalecer em cada coração e a ser revelado em cada vida. Este amor só pode existir e ser conservado santo, refinado, puro e elevado mediante o amor na alma por Jesus Cristo, nutrido pela diária comunhão com Deus. Toda esta frieza da parte dos cristãos é uma negação da fé. Mas este espírito se derreterá diante dos brilhantes raios do amor de Cristo no seguidor de Cristo. Natural e voluntariamente ele obedecerá à ordem: "Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei a vós." João 13:34. “Manuscrito 60, 1897.”

É somente mediante união pessoal com Cristo, por comunhão com Ele diariamente, a toda hora, que podemos produzir os frutos do Espírito Santo. “Conselhos sobre educação, p. 78”

Nada há tão essencial à comunhão com Deus do que a mais profunda humildade. "Habito", diz o Alto e Sublime, "também com o contrito e abatido de espírito." Isa. 57:15. Enquanto avidamente procurais ser o primeiro, lembrai-vos de que sereis o último no favor de Deus se deixardes de acariciar um espírito manso e humilde. Orgulho de coração será a causa de muitos falharem onde poderiam ter tido êxito. "A humildade precede a honra" (Prov. 15:33), e "melhor é o paciente do que o arrogante." Ecl. 7:8. "Quando falava Efraim, havia tremor; foi exaltado em Israel, mas ele se fez culpado no tocante a Baal e morreu." Osé. 13:1. "Muitos são chamados, mas poucos escolhidos." Mat. 20:16. Muitos ouvem o convite de misericórdia, são testados e provados; mas poucos são selados com o selo do Deus vivo. Poucos se mostrarão humildes como uma criança, para que possam entrar no reino do Céu “Conselhos sobre educação, p. 80”

Todos os que vivem em comunhão com nosso Criador terão a compreensão de Seu desígnio na criação deles, e compreenderão que Deus os faz responsáveis pelo emprego de suas faculdades para o melhor propósito. Eles procurarão nem glorificar e nem depreciar a si mesmos.  “Conselhos sobre educação, p. 231”

 Se mantiverdes comunhão diária com Deus, aprendereis a colocar a Sua estima acima da dos homens, e as obrigações de abençoar a humanidade sofredora, que sobre vós repousam, encontrarão resposta pronta. Não sois de vós mesmos; vosso Senhor possui sagradas reivindicações sobre vossas supremas afeições e sobre as mais elevadas realizações de vossa vida. Ele tem o direito de utilizar o vosso corpo e o vosso espírito, ao mais pleno grau de vossas faculdades, para Sua própria honra e glória. Sejam quais forem as cruzes que vos seja exigido levar, os labores ou sofrimentos a vós impostos por Sua mão, deveis aceitar sem um murmúrio. “Conselhos sobre saúde, p. 385”

Sem a graça de Cristo acha-se o pecador em estado desesperador; coisa alguma pode ser feita em seu favor; mas pela graça divina é comunicado ao homem poder sobrenatural, que opera em seu espírito, coração e caráter. É pela comunicação da graça de Cristo que se discerne o pecado em sua natureza odiosa, sendo afinal expulso do templo da alma. É pela graça que somos levados

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em comunhão com Cristo, para com Ele sermos associados na obra da salvação. “Fé e obras, p.100”

Deus nos está chamando para tal comunhão. Como era a de Enoque, deve ser a santidade de caráter dos que serão remidos dentre os homens por ocasião da segunda vinda do Senhor. - 8T, 331. “Maranata! - Meditação Matinal, p.63”

Comunhão com Cristo quão inexprimivelmente preciosa! É nosso privilégio desfrutar tal comunhão se a procurarmos, se fizermos qualquer sacrifício para obtê-la. - 5T, 221-223. “Maranata! - Meditação Matinal, p.72”

Fé Inabalável     "Peça-a, Porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada Pelo vento" S. Tia. 1:6.     A oração e a fé são aliadas íntimas, e necessitam de ser estudadas juntas. Na oração da fé há uma ciência divina; é uma ciência que tem de compreender todo aquele que descia fazer do trabalho um êxito. Diz Cristo: "Tudo que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis". S. Mar. 11:24.     Ele deixa bem esclarecido que o nosso pedido deve estar de acordo com a vontade de Deus; devemos pedir as coisas que Ele prometeu, e o que quer que recebamos deve ser empregado no fazer a Sua vontade. Satisfeitas as condições, a promessa é certa.     Podemos pedir o perdão do pecado, o Espírito Santo, um temperamento cristão, sabedoria e força para fazer Sua obra, ou qualquer dom que Ele haja prometido; então devemos crer que recebemos, e agradecer a Deus por havermos recebido. Não precisamos esperar por qualquer evidência exterior da bênção. O dom acha-se na promessa. Podemos empenhar-nos em nosso trabalho certos de que o que Deus prometeu Ele pode realizar, e de que o dom, que nós já possuímos, se efetivará quando dele mais necessitarmos.     Viver assim pela palavra de Deus significa a entrega a Me de toda a nossa vida. Ter-se-ão um contínuo senso de necessidade e dependência, uma atração do coração a Deus. A oração é uma necessidade, pois é a vida da alma. A oração particular e em público tem o seu lugar; é, porém, a comunhão secreta com Deus que sustenta a vida da alma. ...     Era nas horas de oração solitária que Jesus, em Sua" vida terrestre, recebia sabedoria e poder. Sigam os jovens o seu exemplo, procurando, na aurora e ao crepúsculo, uns momentos tranqüilos para a comunhão com seu Pai celestial. E durante o dia todo levantem eles o coração a Deus. ...     Parece estar-se apoderando do mundo, em muitos sentidos, uma intensidade qual nunca dantes se viu. Nos divertimentos, no ganhar dinheiro, nas lutas pelo poderio, na própria luta pela existência, há uma força terrível que absorve o corpo, o espírito e a alma. Em meio desta corrida louca, Deus fala. Ele nos ordena que fiquemos à parte e tenhamos comunhão com Ele. "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus". Sal. 46:10. - Ed., 258-260. 

“Maranata! - Meditação Matinal, p.85”

Ensinai aos recém-conversos que devem entrar em comunhão com Cristo, a serem suas testemunhas, e tornarem-nO conhecido ao mundo. “Evangelismo, p.356”

Podemos ter comunhão com Deus em nosso coração; andar na companhia de Cristo. Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exalar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão

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perdidas. Coisa alguma pode sufocar o desejo da alma. Ele se ergue acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É a Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida. “Mensagem aos Jovens, p.250.”

A oração de família, e em público, tem o seu lugar; mas é a comunhão particular com Deus que sustém a vida da alma. Foi no monte, com Deus, que Moisés contemplou o modelo daquela maravilhosa construção que devia ser o lugar permanente de Sua glória. É com Deus no monte - o lugar particular de comunhão - que havemos de contemplar Seu glorioso ideal para a humanidade. Assim seremos habilitados a moldar a construção de nosso caráter de tal maneira, que se possa cumprir em nós a promessa: "Neles habitarei e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo." II Cor. 6:16. “Obreiros evangelicos, p.254”

Durante toda a Sua vida, Jesus estivera em comunhão com o Pai. O Espírito de Deus havia sido Seu guia e apoio constantes. Por todas as obras que havia feito, sempre glorificara o Pai, dizendo: "Eu nada posso fazer de Mim mesmo." João 5:30.  “Vida de Jesus, p. 101.”

Concluindo.

“Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.” I João 1:5,6.

Se é tão claro que não dá para ser cristão sem ter comunhão profunda com Cristo, então porque não fazer? Estou tão confiante de que simplesmente a comunhão irá capacitá-lo a ser um bom instrutor que pela fé acredito que não é preciso falar de outras qualidades, sei que em suas horas de silêncio com Deus ele irá te guiar e te dar discernimento para esta obra. Agora fica o desafio, ore sem cessar e saiba que Deus está ansioso para orientá-lo em suas oras de oração.

CAPÍTULO 4

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Que o mundo veja!

MATERIAS DE APOIO

Como vimos antes um instrutor tem que ser bem preparado para a obra que Cristo deu. A seguir irei recomendar alguns materiais que considero de suprema importância para um bom estudo bíblico.

1- Bíblias diversas. É importante termos mais de uma tradução de Bíblia, para podermos ter uma visão mais ampla sobre o texto estudado. Além disso, existem Bíblias que contem um material de apoio muito interessante, o que são chamadas de Bíblias de estudo.

2- Concordância e Chave Bíblica. Útil para achar aquela passagem que ainda não decoramos, ou estudarmos um assunto por temas. A sociedade bíblica do Brasil produz estes dois artigos.

3- Comentário e Dicionário Bíblico. Para nos esclarecer sobre algum tema que não está tão claro ou evidente para nós.

4- Livros de Ellen G. White. A nossa profetiza nos deixou conselhos importantes sobre evangelismo. Um livro que não deveria faltar na estante de um instrutor é o Evangelismo.

5- Demais livros de apoio. Livros que nos ajudam a entender esta obra e realizá-la da melhor forma, aqui está alguns que eu indico.

As 7 Leis do Aprendizado. Bruce Wilkinson, Editora: Betânia. Coloca em suas mãos sete chaves para uma mudança radical em seu ensino. São princípios baseados na Bíblia que têm sido ensinados ao redor do mundo, com resultados surpreendentes na vida de instrutores e alunos.

Plano Mestre de Evangelismo. Robert Coleman, Editora: Mundo Cristão. Use a técnica que cristo usou para alcançar pessoas. Faça discípulos.

Segue-me. Editora: Casa Publicadora Brasileira. Um manual de instrutores completo, publicado em 1980 pela DSA, pode não ser mais publicado.

Estudos Bíblicos. Editora: Casa Publicadora Brasileira. Diversos estudos bíblicos reunidos por temas variados, um dos materiais mais importantes para se investir.

Assim Diz o Senhor. Lourenço Gonzáles. Editora: ADOS. Um livro didático que trata de temas e textos polêmicos de uma forma de clara compreensão.

Estudando Juntos. Mark Finley. Editora: Casa Publicadora Brasileira. Pequeno, e direto, este livro nos ensina como devemos tratar cada pessoa de cada religião além de trazer respostas a temas de difícil interpretação.

Existem muitos outros livros que podem nos auxiliar, mas este é o principio, que nos preparemos para a obra dada por Cristo.

CAPÍTULO 5

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Que o mundo veja!

A IMPORTÂNCIA DA AMIZADE

Não deve ser novidade enfatizar que na obra de evangelismo a amizade é um tema importante. Ninguém influencia a vida de outra pessoa se esta não tiver alguma afinidade por você.

Isso me faz lembrar a experiência que tive no segundo semestre do meu terceiro ano de teologia. Quando chega esta época o coração de aluno bate mais rápido para aquilo que se tornará um marco na vida de um teologando. Nesta época os alunos saem das salas de aula e vão para as cidades fazer a obra do evangelismo. Durante um semestre, eles penetram em uma campanha evangelística e aprendem na pratica o significado do ide.

Para mim, de forma especial, este estágio era a realização de um sonho, e na minha imaginação, o fato de eu ter estudado durante dois anos e meio, a minha habilidade de falar em público, e minhas técnicas de evangelização, seriam os fatores que levariam pessoas a decidirem por Cristo. E quando o estágio chegou, a realidade era muito diferente daquilo que eu tinha pré-programado em minha mente, percebi que apesar de ter estudado durante todo este tempo, ainda haveria muito que aprender, entendi que você ganha muitos admiradores quando falamos em público, mas que para ganhar discípulos você precisa ensiná-los de forma pessoal e conclui que técnicas são importantes quando se sabem aplicá-las, mas Deus tinha programado uma lição muito maior para mim. Ali eu vi que as pessoas que aceitavam a verdade eram as mesmas pessoas que tinham maior afinidade por mim, aquelas que recebiam amizade, companheirismo, solidariedade além de técnicas e ensino, sentiam melhor o apelo do Espírito Santo.

Isso é evangelismo, antes de uma pessoa ler aquilo que você irá apresentar, ela irá ler quem é você para definir se você pode ensiná-la. “Você não comunica aquilo que você quer, você comunica aquilo que você é” Valdecir Simões Lima

Pós-modernismo e amizade.

Uma das maiores marcas do mundo pós-moderno é a carência por atenção que ele tem. Michel Maffesoli, renomado filósofo da nossa era, observa que o mundo não se une mais apenas por ideologias, mas por afinidades. O que deixa esta afirmação mais evidente é a chuva de livros sobre relacionamentos que são lançados, os chamados livros de auto-ajuda. Se você quiser fazer um teste, tente entrar no site de buscas, o Google (www.google.com.br) e digite a palavra auto-ajuda. Quando realizei este teste foram encontrados mais de 1.1400.000 sites sobre este assunto.

Isto demonstra que cada vez mais a amizade é o ponto central para levar pessoas para o lado de Cristo. Primeiro porque Ele pode suprir a necessidade de carência deste mundo e segundo porque a sincera amizade só pode vir de um coração entregue a Jesus.

Fazendo Amigos.

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Que o mundo veja!

Não é meu objetivo aqui ensinar os passos para se conseguir um amigo, mas esclarecer como a amizade pode ser uma fonte importante para a conversão de outras pessoas. Para isso vamos usar como padrão um pequeno, mas sábio livro da senhora White intitulado: “Como conviver com os outros”.

1- Entenda que nosso papel principal é amar e não julgar. “Tão fraca, ignorante e sujeita ao erro é a natureza humana, que todos devemos ser cautelosos na maneira de julgar ao próximo. Pouco sabemos da influência de nossos atos sobre a experiência dos outros. O que fazemos ou dizemos pode parecer-nos de pouca importância, quando, se nossos olhos se abrissem, veríamos que daí resultam as mais importantes conseqüências para o bem ou para o mal. (p. 6). Mat. 7:1,2.

2- Não pense em Si, mas ame o próximo. “Não podemos permitir que nosso espírito se irrite por algum mal real ou suposto que nos tenha sido feito. O inimigo que mais carecemos temer é o próprio eu. Nenhuma forma de vício tem sido mais funesto sobre o caráter do que a paixão humana quando não está sob o domínio do Espírito Santo. Nenhuma vitória que possamos ganhar será tão preciosa como a vitória sobre nós mesmos. (p. 8).

3- Não existe como influenciar positivamente sem sermos influenciados por Cristo. “Se Cristo habitar em nós, seremos pacientes, bondosos e indulgentes, alegres no meio das contrariedades e irritações.” (p. 12).

4- Mostre a alegria de ser Cristão. “Se não se sente satisfeito e alegre, não fale dos seus sentimentos. Não anuvie a vida dos outros. Uma religião fria e sombria, jamais atrairá almas para Cristo. Afasta-as dEle, para as redes que Satanás lança aos pés dos transviados. Em vez de pensar em seus desânimos, pense na força de que pode dispor em nome de Cristo. (p.13).

5- Seja cortês. “Cristo era cortês, mesmo com os seus perseguidores; e os Seus verdadeiros seguidores devem manifestar o mesmo espírito.” (p.17).

6- Evite a aparência do mal. “Nada faça entre os estranhos, na rua, nos carros, em casa, que tenha a menor aparência de mal. Faça cada dia alguma coisa para melhorar, embelezar e enobrecer a vida que Cristo resgatou com seu próprio sangue. Aja sempre por principio e nunca por impulso.” (p.19,20).

7- Entenda que o relacionamento cristão é uma invenção divina. “É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cristo não deve ser escondido no coração como um tesouro cobiçado, sagrado e doce, fruído exclusivamente pelo possuidor. Devemos ter Cristo em nós como uma fonte de água, que corre para a vida eterna, refrescando a todos os que em contato conosco. (p.24).13

CAPÍTULO 613 WHITE, Ellen G., Como conviver com os outros, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2006.

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TÉCNICAS DE ABORDAGEM

Como diz o velho e conhecido ditado: “a primeira impressão é que fica." Verdade ou não, sabemos que uma boa impressão é fundamental para um instrutor bíblico. É através dela que fazemos as pessoas abrirem a porta de suas casas, e pensando nisto vamos estudar algumas técnicas para darmos uma boa primeira impressão.

1- Antes de tudo, ore para que o Espírito Santo te leve as pessoas certas. Lembre-se que esta é a grande qualidade do instrutor bíblico, e quem sem a santa orientação não pode mos ser ninguém.

2- Tenha em mãos uma bem preparada pesquisa. Vamos dar um exemplo de pesquisa feita, mas você pode fazê-la conforme a sua criatividade, basta seguir estes passos:a) Escolha um assunto que seja contemporâneo e que gere opinião. Não adianta

você perguntar para pessoa se ela acha que o homem vai ou não pra lua, ou se ela prefere que a política monetária brasileira deva adotar uma cambagem flutuante ou fixa. As pessoas devem estar interessadas e familiarizadas com assunto. Existem alguns assuntos que nunca saem de moda: TV, Violência, Casamento, Religião, Política, Filhos, etc..

b) Use sempre alternativas para as perguntas. Deste modo você evita com que a pessoa fuja do seu foco, que é o convite para o estudo bíblico.

c) Concorde com as opiniões dos interessados. Deste modo você cria uma ponte de simpatia entre você e o interessado.

d) Não importa de que ponto você comece, termine mostrando a necessidade do estudo da Bíblia. Se falar de violência, leve a pessoas a pensar que a razão disso acontecer é porque as pessoas se esqueceram de Deus e sua Palavra. Se falar de Filhos, leve a pensar que a melhor educação é a baseada na Bíblia. O assunto não importa tanto quanto a fazer a pessoa enxergar a necessidade do estudo da Bíblia.

3- Se a intenção for a de ter uma classe bíblica, faça um convite bem elaborado. Você pode fazê-lo de forma direta: convidando a pessoa para uma classe bíblica. E pode fazer indiretamente: convidando para um curso de família, como deixar de fumar, etc.

4- Tenha bom senso na hora de chamar a pessoa. Se houver campainha aperte apenas uma vez, se tiver que bater palmas, basta algumas poucas. Se a pessoa demorar em atender, não fique espiando por janelas, ou entre portas para ver se a pessoa vem. Mantenha sempre o foco antes de a pessoa atender, não fique conversando com sua dupla, enquanto a pessoa não atende.

5- Identifique-se. Se a igreja puder fazer um crachá de identificação isso será de grande ajuda, mas se não basta apresentar-se como um Adventista do Sétimo Dia.

6- De atenção. Lembre-se que as pessoas pós-modernas, são pessoas carentes de atenção.7- Procure neste primeiro contato, manter um laço de amizade.

MODELO DE PESQUISA:

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Que o mundo veja!

Pesquisa sobre Televisão.

Você é acostumado a assitir TV? ( ) SIM ( ) NÃO.

Você acha que os programas de TV hoje são mais violentos que os de antigamente? ( ) SIM ( ) NÃO.

Para você, qual é a razão disso:

( ) As pessoas gostam de violência.

( ) Falta de amor

( ) Falta de Deus

Você acha que se as pessoas se amassem mais e amassem mais a Deus, o mundo estaria melhor? ( ) SIM ( ) NÃO.

Você acredita que entendemos mais sobre Deus quando lemos a Bíblia? ( ) SIM ( ) NÃO

Quando você a lê, você entende tudo o que ela diz? ( ) SIM ( ) NÂO.

Nome:_________________________________________________

Endereço: _______________________________________________

_____________________________________ Nº_________________

Tel.:_________________________________

O QUE DEVO SABER SOBRE AS PESSOAS.

Desde que sou um garoto observo meu pai trabalhando, ele é da área de vendas e um excelente profissional, é comum as pessoas brincarem com ele dizendo que ele poderia ganhar a vida vendendo gelo no Pólo Norte. Mas o que ele faz para ser tão bem aceito com as pessoas com quem ele convive? E o que torna o trabalho dele especial? Vendo tudo isto desenvolvi uma técnica de evangelismo que quero chamar de “efeito Sebastião”.

Efeito Sebastião.

1- Pessoas são diferentes, mas a atenção é igual. Nestes muitos anos de trabalho, meu pai se deparou com todos os tipos de pessoas que podemos imaginar; ricas, pobres, gentis, grosseiras, caridosas, egoístas, faladeiras, tímidas, pensantes, intuitivas, etc., cada uma com seu conjunto de características e ações, mas apesar de lidar com todas estas diferenças, a

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Que o mundo veja!

atenção e o carinho que ele dá é igual. Isso não quer dizer que ele trate todos do mesmo jeito, isto seria ter pouca sensibilidade, cada pessoa carece de uma atenção diferente. O que quero dizer com isto é que o esforço para fazer esta pessoa entender que ela precisa do produto é o mesmo pra qualquer um.Para um instrutor bíblico é importante saber que muitas vezes você pode se surpreender com as atitudes das pessoas, tanto com atitudes boas como ruins. O importante é você sempre se lembrar de que Cristo morreu por todos e que todos merecem sua atenção. Nunca vou me esquecer quando o Pr. José Miranda Rocha chegou para classe em uma aula de evangelismo e nos disse: “Nunca se esqueça que aquelas pessoas são candidatas do Reino dos Céus.”

2- Saiba sobre a vida da pessoa para ser parte dela. Cada cliente que meu pai tem contato ele é capaz de dizer algo sobre a vida dele. Se joga bola, se os filhos estão se formando, se pesca, se gosta do que faz. E com base nisso quando as pessoas o vêem elas não enxergam nele um vendedor, mas um amigo chegando.Envolva-se na vida de seus alunos e cuidado com que este envolvimento não vire especulação. Quando nos envolvemos de maneira saudável as pessoas nos olharão como amigos.

3- Seja sincero. Meu pai sempre me disse: “o representante que mente ao vender, possivelmente só venderá uma única vez, mas aquele que é sincero ao apresentar o seu produto terá para sempre um cliente.”Nós somos representantes de Cristo e muito mais importante do que vender, estamos oferecendo a salvação que vem dEle. Muito cuidado com as meias verdades, pois isso pode manchar a forma com que a pessoa vê a Salvação.

4- Seja comprometido. Não importa se meu pai está no outro lado do estado e seu compromisso esteja longe, ele sempre mantém o combinado. Isto dá credibilidade para ele e faz com que as pessoas confiem nele.Devemos esquecer maus costumes que observo em alguns instrutores, que sem dar satisfações faltam ou atrasam seus compromissos, isto tira a credibilidade e desanima as pessoas que estão recebendo um estudo bíblico. Nunca se esqueça que este é seu dever para com Cristo e a salvação de alguém.

5- Busque novos caminhos e novas idéias. Se mau pai não consegue alcançar um cliente, ele vai e tende de novo de um jeito diferente. Se mesmo assim não dá ele pode dar um desconto diferente, um brinde, um prazo maior, todos juntos. O que importa mesmo é que ele conquiste o cliente.Às vezes vamos perceber que nossos alunos estão desanimando, isto não é sinal para desistirmos, é apenas uma mostra de que devemos mudar a técnica para alcançar o coração.

CAPÍTULO 7

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MINISTRANDO ESTUDOS

É muito importante levarmos outras pessoas a estudarem a Bíblia, mas você já se perguntou se o modo que você ensina está realmente levando a pessoa a aprender? Se você quiser se especializar mais sobre como ser um ótimo instrutor, recomendo dois livros que mudaram meu modo de ver educação. O primeiro é um pequeno e poderoso livro de Howard Hendricks, intitulado, “Ensinando para Transformar Vidas” e o segundo já citado acima e de alguém que foi aluno de Hendricks, o Dr. Bruce Wilkinson, com seu livro, “As Sete Leis do Aprendizado”. Não se esqueça que nunca gastamos à toa quando falamos de salvação de almas.

A idéia base destes livros é a de que ensinar leva dedicação e tempo. Você pode apenas dar o estudo bíblico e depois virar as costas para a pessoa, fingindo para si mesmo que ela compreendeu aquilo que você falou, ou você pode se dedicar aceitar pagar o preço como um formador de discípulos e resolver mudar a vida de pessoas.

Cristo foi o maior educador que este mundo já teve, cada palavra que dizia, cada ato feito era voltado para o ensinamento daqueles que O seguiam. Cada vez que vejo Sua história percebo que tinha algo diferente para oferecer. Cristo não era formado nas escolas rabínicas, não tinha um manual de como ensinar de maneira eficaz, nem mesmo tinha todos os recursos que temos para aprender a ensinar, mas possuía o que tem de melhor para ser um bom ministrador da palavra.As Ferramentas de Jesus.

1- Convicção. Jesus sabia que veio ao mundo, “a fim de dar testemunho da verdade” (João 18:37). Sabia do seu chamado e de seu objetivo aqui na terra. Por isso Cristo era convicto de quem era e da mensagem que deveria passar. Quando falamos com convicção do Espírito Santo, não devemos ter medo da mensagem que iremos falar.

2- Conhecimento das Escrituras. Jesus era um perito nas escrituras, sempre que o colocavam sobre pressão ele tinha uma resposta baseada na Bíblia. Até mesmo quando ele falou com o inimigo ele respondeu apenas com as escrituras.

3- Empatia. Jesus sabia o que se passava no coração de quem ele ensinava. Leia João 4:1-30 e veja como Jesus tratou a mulher samaritana.

4- Submissão a Deus. Paulo em Filipenses 2: 5-8, afirma que mesmo Jesus sendo Deus, Ele não usurpou ser como Deus, e se tornou semelhante aos homens. E foi como homem que Cristo nos ensinou que não devemos tomar nenhuma posição na nossa vida sem termos a certeza da vontade de Deus.

Dicas para hora do estudo.1- Converse primeiro. Não funciona chegar à casa do aluno e logo de cara começar o estudo

da Bíblia, antes, converse com a pessoa, perceba o que ela está sentindo, deixe-a desabafar, se torne um grande amigo. Deste modo a pessoa se sentirá mais confortável para tirar suas dúvidas e estará mais aberta para aceitar os apelos.

2- Não responda tudo na hora. Muitas vezes os alunos aceitam fazer um estudo com você, baseado apenas em uma dúvida da Bíblia. Esta pergunta deve ser respondida, mas se respondida rapidamente à pessoa pode perder o interesse nos outros temas.

3- Crie novas dúvidas. Mostre para a pessoa que a Bíblia tem muito mais respostas do que ela imagina, a cada lição crie nela a curiosidade, e responda de maneira que ela fique satisfeita.

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4- Surpreenda a cada resposta. Lembra qual foi à resposta de Jesus a Filipe, quando este pediu para ver Deus Pai? Jesus poderia responder de diversas maneiras, mas a que Ele escolheu foi a que surpreendeu mais. Ele aproveitou a duvida para ensinar uma linda lição para seu discípulo.

5- Desafie. Não é bom acostumarmos aos nossos alunos a receberem tudo pronto. Sempre os desafie a fazerem algo. Jesus passou três anos com os discípulos e quando podia os desafiavam, isso acontece muitas vezes nos relatos dos evangelhos. Talvez o desafio mais conhecido seja o “ide” de Mateus 28:19 e 20.

6- Concorde até não poder mais. Certa vez quando colportava no sul do Paraná me deparei com um irmão da igreja, já idoso e batizado há alguns anos, tinha como convicção evangelizar as pessoas, e para isso, usava um método nada aconselhável. Toda vez que via alguém tomando café, comendo alimentos impuros ou trabalhando no sábado ele saía gritando e dizendo: “vocês são imundos, se continuarem assim morrerão eternamente!”. Nem é preciso dizer que este se tornou um evangelista frustrado. O gráfico abaixo demonstra como o mesmo assunto pode pesar diferente dependendo da abordagem que você dá:

BALANÇA DOS TEMAS:

Isso não quer dizer que tais assuntos não possam ser abordados, na verdade eles devem, mas tem a hora certa de serem ensinados.

7- Ilustre. Se algo está dificil para a compreensão do aluno, faça ilustrações da vida, de seu cotidiano. Lembre-se que Jesus ensinava por parábolas.

8- Nunca saia da casa sem orar com a pessoa. Nas primeiras lições ore e com o passar do tempo faça com que a pessoa também ore. Será uma exériencia inesquecivel.

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Assuntos Comuns. Assuntos Contraditórios

Reforma de Saúde

Sábado

Justificação pela Fé

Templo do Espírito

Mandamentos

Salvação em Jesus

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CAPÍTULO 8FAZENDO APELOS

O primeiro passo para levar de forma eficaz pessoas ao batismo é manter fixa a idéia de que este não é um trabalho seu, mas do Espírito Santo. Somente Ele pode impressionar um coração cheio de pecados a aceitar a Cristo. Da nossa parte basta sabermos:

1- Apelar a cada final de lição. Desta forma a pessoa aceitará individualmente a cada lição dada.

2- Apelar sim sensacionalismo não. Não faça na frente da pessoa uma peça teatral, basta apenas de forma simples mostrar que aquilo que ela está falando é importante para vida dela.

3- Vibre a cada decisão. Se até o Céu faz festa quando alguém aceita a palavra, quem somos nós para também não festejarmos.

4- De tempo. Algumas lições são de fácil aceitação, mas outras requerem da pessoa tempo para se acostumar com a idéia, não pressione a pessoa, de há ela tempo para pensar e orar.

5- Use a emoção, mas não tire a razão. É claro que a pessoa tem que estar com o coração tocado para poder aceitar a Cristo, mas não torne o apelo algo irracional, que seu aluno aceite sabendo por que aceitou.

6- Ore. Sabendo que a decisão só vem quando a pessoa aceita o apelo do Espírito, então ore para que esta pessoa possa estar preparada para recebê-lo.

Enfrentando objeções.Existe um livro antigo e bom, chamado “A arte de alcançar decisões”, publicado pela

Divisão Sul-Americana, que é muito bom para este assunto. Ele tem uma seção com mais de 30 objeções que possivelmente acontecerão quando damos estudos bíblicos, e para cada objeção ele coloca uma resposta bíblica.

Para esta parte eu quero falar nem tanto sobre respostas diretas a objeções, mas de como se portar diante delas.

1- Revise as lições. Enfatize as decisões feitas antes pelo aluno, e volte a tocar no assunto.2- Não seja 8 nem 80. Quando alguém negar o apelo, não fique irado como quem diz:

“LAVO MINHAS MÃOS!”, e não finja que não está nem aí. Apenas aja como verdadeiro amigo, preocupado com sua salvação.

3- Volte sempre. Não é porque a pessoa não aceitou naquele dia, que agora ela está riscada do livro de Deus. Volte sempre, e sempre que possível, apele.

4- Compreenda sua dor. Ela está enfrentando a batalha do Grande Conflito é uma decisão difícil. Ore com e pela pessoa. Compreenda que Cristo já venceu.

5- Esqueça a síndrome de Jonas. Depois de pregar de forma tão poderosa, Jonas subiu ao monte para ver Nínive sendo destruída. Nunca espere o pior de uma pessoa, quando nela foi plantada a semente da graça de Cristo.

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