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Apostila Opcional especializada: Operação de Empilhadeira 1

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Apostila Opcional especializada:

Operação de Empilhadeira

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Formare: uma escola para a vida

Ensinar a aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.

A alegria não chega apenas com o encontro do achado, mas faz parte do processo de busca.

Paulo Freire

Hoje a educação é concebida em uma perspectiva ampla de desenvolvimento humano e não apenas como uma das condições básicas para o crescimento econômico.

O propósito de uma escola é muito mais o desenvolvimento de competências pessoais para o planejamento e realização de um projeto de vida do que apenas o ensino de conteúdos disciplinares.

Os conteúdos devem ser considerados na perspectiva de meios e instrumentos para conquistas individuais e coletivas nas áreas profissional, social e cultural.

A formação de jovens não pode ser pensada apenas como uma atividade intelectual. É um processo global e complexo, onde conhecer, refletir, agir e intervir na realidade encontram-se associados.

Ensina-se pelos desafios lançados, pelas experiências proporcionadas, pelos problemas sugeridos, pela ação desencadeada, pela aposta na capacidade de aprendizagem de cada um, sem deixar de lado os interesses dos jovens, suas concepções, sua cultura e seu desejo de aprender.

Aprende-se a partir de uma busca individual, mas também pela participação em ações coletivas, vivenciando sentimentos, manifestando opiniões diante dos fatos, escolhendo procedimentos, definindo metas.

O que se propõe, então, não é apenas um arranho de conteúdos em um elenco de disciplinas, mas a construção de uma prática pedagógica centrada na formação.

Nesta mudança de perspectiva, os conteúdos deixam de ser um fim em si mesmos e passam a ser instrumentos de formação.

Essas considerações dão à atividade de aprender um sentido novo, onde as necessidades de aprendizagem despertam o interesse de resolver questões desafiadoras. Por isso uma prática pedagógica deve gerar situações de aprendizagem ao mesmo tempo reais, diversificadas provocativas. Deve possibilitar, portanto, que os jovens, ao dar opiniões, participar de debates e tomar decisões, construam sua individualidade e se assumam como sujeitos que absorvem e produzem cultura.

Segundo Jarbas Barato, a história tem mostrado que a atividade humana produz um saber “das coisas do mundo”, que garantiu a sobrevivência do

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ser humano sobre a face da Terra e, portanto, deve ser reconhecido e valorizado como a “sabedoria do fazer”.

O conhecimento proveniente de uma atividade como o trabalho, por exemplo, nem sempre pode ser traduzido em palavras. Em geral, peritos têm dificuldade em descrever com clareza e precisão sua técnica. É preciso vê-los trabalhar para “aprender com eles”.

O pensar e o fazer são dois lados de uma mesma moeda, dois pólos de uma mesma esfera. Possuem características próprias, sem pré-requisitos ou escala de valores que os coloquem em patamares diferentes.

Teoria e prática são modos de classificar os saberes insuficientes para explicar a natureza de todo o conhecimento humano. O saber proveniente do fazer possui uma construção diferente de outras formas que se valem de conceitos, princípios e teorias, nem sempre está atrelado a um arcabouço teórico.

Quando se reconhece a técnica como conhecimento, considera-se também a atividade produtiva como geradora de um saber específico e valoriza-se a experiência do trabalhador como base para a construção do conhecimento naquela área. Técnicas são conhecimentos processuais, uma dimensão de saber cuja natureza se define como seqüência de operações orientadas para uma finalidade.

O saber é inerente ao fazer, não uma decorrência dele.

Tradicionalmente, os cursos de educação profissional eram rigidamente organizados em momentos prévios de “teoria” seguidos de momentos de “prática”. O padrão rígido “explicação (teoria) antes da execução (prática)” era mantido como algo natural e inquestionável. Profissões que exigem muito uso das mãos eram vistas como atividades mecânicas, desprovidas de análise e planejamento.

Autores estão mostrando que o aprender fazendo gera trabalhadores competentes e a troca de experiências integra comunidades de prática nas quais o saber “distribuído por todos” eleva o padrão da execução. Por isso, o esforço para o registro, organização e criação de uma rede de apoio,uma teia comunicativa de “relato de práticas” é fundamental.

Dessa forma, o uso do paradigma da aprendizagem corporativa faz sentido e é muito mais produtivo. A idéia da formação profissional no interior do espaço de trabalho é, portanto, uma proposição muito mais adequada, inovadora e ousada do que a seqüência que propõe primeiro a teoria na sala de aula, depois a prática.

Atualmente, as empresas têm investido na educação continuada de seus funcionários na expectativa de que esse esforço contribua para melhorar os negócios. A formação de quadros passou a ser, nesses últimos anos, atividade central nas organizações que buscam o conhecimento para impulsionar seu desenvolvimento. No entanto, raramente se percebe que um dos conhecimentos mais importantes é aquele que está sendo construído pelos seus funcionários no exercício cotidiano de suas funções, é aquele que está concentrado na própria empresa.

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A empresa contrata especialistas, adquire tecnologias, desenvolve práticas de gestão, inaugura centros de informação, organiza banco de dados, incentiva inovações. Vai acumulando, aos poucos, conhecimento e experiências que, se forem apoiadas com recursos pedagógicos, darão à empresa a condição de excelência como “espaço de ensino e aprendizagem”.

Criando condições para identificar, registrar, organizar e difundir esse conhecimento, a organização poderá contribuir para o aprimoramento da formação profissional.

Convenciona-se que a escola é o lugar onde se ensina e a empresa é onde se produz bens, produtos e serviços. Deste ponto de vista, o conhecimento seria construído na escola, e caberia à empresa o aprimoramento de competências destinadas à produção. Esta é uma visão acanhada e restritiva de formação profissional que não reconhece e não explora o potencial educativo de uma organização.

Neste cenário, a Fundação IOCHPE, em parceria com a UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, desenvolve a proposta pedagógica Formare, que apresenta uma estrutura curricular composta de conteúdos integrados: um conjunto de disciplinas de formação geral (Higiene, Saúde e Segurança; Comunicação e Relacionamento; Fundamentação Numérica; Organização Industrial e Comercial; Informática e Atividades de Integração) e um conjunto de disciplinas de formação específica.

O curso Formare pretende ser uma escola que ofereça aos jovens uma preparação para a vida. Propõe-se desenvolver não só competências técnicas, mas também habilidades que lhes possibilitem estabelecer relações harmoniosas e produtivas com todas as pessoas, que os tornem capazes de construir seus sonhos e metas, além de buscar as condições para realizá-los no âmbito profissional, social e familiar.

A proposta curricular tem a intenção de fortalecer, além das competências técnicas, outras habilidades:

1. Comunicabilidade – Capacidade de expressão (oral e escrita)de conceitos, idéias e emoções de forma clara, coerente e adequada ao contexto;

2. Trabalho em equipe – Capacidade de levar o seu grupo a atingiros objetivos propostos;

3. Solução de problemas – Capacidade de analisar situações,relacionar informações e resolver problemas;

4. Visão de futura – Capacidade de planejar, prever possibilidadese alternativas;

5. Cidadania – Capacidade de defender direitos de interessecoletivo.

Cada competência é composta por um conjunto de habilidades que serão desenvolvidas durante o ano letivo, por meio de todas as disciplinas do curso.

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Para finalizar, ao integrar o ser, o pensar e o fazer, os cursos Formare ajudam os jovens a desenvolver competências para um bom desempenho profissional e, acima de tudo, a dar sentido à sua própria vida. Dessa forma, esperam contribuir para que eles tenham melhores condições para assumir uma postura ética, colaborativa e empreendedora em ambientes instáveis como os de hoje, sujeitos a constantes transformações.

Equipe FORMARE

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Introdução

Olá Educador(a)

Esta disciplina compõe o que chamamos de Opcional especializada da grade do curso Operador de Serviços Logísticos (OLS). Ela tem um caráter eminentemete prático que busca formar operadores de empilhadeira com as suas devidas noções de tipos, símbolos, conservação, segurança e direção das empilhadeiras disponíveis na planta industrial.

Para este item não dispomos de material exclusivo do Formare para fomentar o desenvolvimento da disciplina. Contudo, oferecemos nessa apostila um guia dos itens mais gerais aos quais você poderá adaptar para os equipamentos disponíveis na planta.

Sugerimos que para cada um dos itens seja discutido com os estudantes os seus conceitos mais relevantes e que na prática eles verifiquem nas empilhadeiras disponíveis o item estudado. E ao término eles possam efetivamente treinar a direção da empilhadeira. Assim imaginamos que a maioria das 22 aulas não serão práticas.

Bom trabalho.

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1 Empilhadeiras ...............................................................................................13

2 Controle e instrumentos da empilhadeira

Sumário

2 Conservação e segurança na operação da empilhadeira

2 Direção de empilhadeira

........................................41

.........61

..........................................................................139

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Este capítulo tem por finalidade conhecer as empilhadeiras da empresa, a composição geral delas, suas partes/conjuntos internos. Assim como os tipos e aplicações, o equilíbrio e estabilidade delas. Sugerimos como atividade prática: [i] elaborar tabela ilustrada (fotos) com características das empilhadeira usadas na empresa; [ii] entrevistar operador de empilhadeira da empresa.

1 Empilhadeiras

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A empilhadeira – modelos e componentes

A empilhadeira

Para exercer bem seu ofício, todo profissional precisa co-nhecer seus instrumentos de trabalho.

Um cozinheiro precisa aprender a utilizar o forno, o fogão, a batedeira, reconhecer as unidades de medidas para produzir as receitas e também conhecer os alimentos que vai preparar.

Um pedreiro precisa aprender a usar as suas ferramentas de trabalho como o esquadro, o nível, a desempenadeira, a pá, a furadeira etc.

Da mesma forma, um operador de empilhadeira precisa conhecer os diferentes tipos de empilhadeira e suas carac-terísticas.

A empilhadeira é um meio de transporte e de movimen-tação de cargas utilizado em armazéns, portos, depósitos, atacadistas, supermercados, indústrias etc.

Atividade 1acionando conhecimentos

Empilhadeira: Máquina au-tomotora usada para empilhar e arrumar carga ou mercado-rias em depósitos, armazéns, fábricas, portos etc.

© Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>

Você sabia?Em espanhol, as empi-lhadeiras são denomina-das montacargas, em inglês, forklift truck (fala--se “fork lifit trâk”). Em grupo, façam um levantamento dos tipos de empi-

lhadeira que vocês conhecem e dos lugares onde já viram uma empilhadeira sendo utilizada.

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Registrem seus conhecimentos nas linhas a seguir. Depois apresentem a lista de seu grupo para os demais colegas e para o monitor.

Atividade 2Pesquisando a invenção da emPilhadeira

Em grupo e com o apoio do monitor, pesquisem na internet sobre a invenção da empilhadeira. Depois, organizem um resumo das informações a respeito dessa in-venção, revisem esse texto e o exponham para os colegas. Isso pode ser feito em um mural, em um blog ou ainda nos jornais da escola. Assim outras pessoas também ficarão sabendo sobre essa invenção. Boa pesquisa!

Como fazer um resumo

Para produzir um resumo, você deverá planejar o que vai escrever: faça uma lista com as principais ideias encontradas na pesquisa sobre a invenção da empilhadeira. Provavelmente, você encontrará na internet diferentes fontes com a mesma informação. Converse com seu monitor e utilize as fontes mais confiá-veis, de preferência sites institucionais. Depois, entre todas as informações que encontrou, selecione aquelas que utilizará.

Após a seleção dos textos, inicie a leitura realizando grifos e anotações nos trechos mais relevantes. Lembre--se de que um bom texto apresenta, logo no primeiro parágrafo, a ideia principal que quer discutir e o as-sunto do qual vai tratar. Na sequência, você desenvolverá o assunto apresentando o que você entendeu sobre o conteúdo. Você pode usar exemplos ou comparar informações. Para concluir, você deverá retomar a ideia principal – apresentada na introdução – e também seus argumentos – que foram discutidos no desenvolvimento do texto –, confirmando ou não a ideia inicial. Essa parte do texto pode ser realizada no parágrafo final.

Depois de pronto, leia o que escreveu e, se possível, peça para alguém que você conhece ler o texto. Pergunte para essa pessoa: É possível compreender as ideias resumidas?

Procure perceber o que está claro e compreensível para o leitor e o que pode ser melhorado. Esse é o momento de corrigir a ortografia das palavras, substituir uma palavra por outra, modificar a ordem dos parágrafos, cortar frases e confirmar se o que está escrito é mesmo o que você queria dizer.

Muito bem, depois de realizar essas etapas, é o momento de passar o seu resumo a limpo.

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As empilhadeiras e seus avanços

Desde sua invenção, as empilhadeiras vêm sendo aprimoradas para cada tipo de necessidade, mas suas características gerais não mudaram muito.

Com o passar do tempo, a utilização das empilhadeiras se expandiu para além do setor industrial e, hoje, elas podem ser encontradas no comércio, por exemplo, nos grandes atacadistas, na construção civil, nos portos, na área de transportes, entre outros.

Basicamente, esse equipamento constitui-se de tração, torre de elevação e garfos. A força que o move pode ser produzida por um motor ou pela força humana. Ob-serve os exemplos a seguir:

Garfo

Motor que faz a tração

Torre de elevação

Garfo

Força motrizTorre de elevação

Força motriz da empilhadeira: motor.

Empilhadeira com força motriz humana.

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Atividade 3Pesquisando emPilhadeiras

Em grupo, pesquisem na internet quais são as formas de alimentação das empilha-deiras existentes no mercado e onde cada tipo é utilizado. Depois, organizem uma lista com as informações encontradas. Comparem a lista de seu grupo com as dos demais e compartilhem suas descobertas.

As diferentes empilhadeiras e suas partes

Agora, trataremos de diferentes tipos de empilhadeira e também das partes que as constituem.

Para começar, observe que as empilhadeiras são diferenciadas por suas característi-cas. Quanto ao seu abastecimento, elas podem ser:

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• Empilhadeiras manuais: sãomovidas basicamente a partirda força humana, ou seja, omovimento é feito por forçabraçal do operador. Por causada existência de roldanas, essetipo de empilhadeira podeelevar grandes cargas, poispotencializa a força humanaempregada, diminuindo oesforço do operador.

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• Empilhadeiras elétricas: são movidas por meio de energia elétrica de bateria,por isso, uma de suas características é o fato de ser silenciosa. São indicadas paralocais fechados, protegidos da chuva, como galpões, depósitos e câmaras frigorí-ficas. É bastante versátil e não causa poluição, por isso é bastante utilizada nosramos alimentício e farmacêutico.

• Empilhadeiras a combustão: são movidas a gasolina, a diesel, a álcool ou a gás.Entre as empilhadeiras que utilizam esses combustíveis, a movida a gás é a quemenos polui o ambiente. Elas são utilizadas mais habitualmente em locais aber-tos, tais como pátios externos, portos etc., por causa dos gases liberados duranteo seu funcionamento.

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Você sabe o que é um oxicatalisador?

Observe a imagem a seguir.

Trata-se de um oxicatalisador, uma peça que pode ser acoplada no escapa-mento da empilhadeira a diesel, a gasolina, a álcool ou a gás, com a função de depurar os gases emitidos pelo motor da empilhadeira. Esse equipamento é recomendado para empilhadeiras utilizadas em ambientes fechados ou semi-fechados para redução dos gases tóxicos e dos odores provenientes da queima incompleta do combustível.

Conhecendo os sistemas de transmissão das empilhadeiras

Os sistemas de transmissão diferem de uma empilhadeira para outra. Veja:

• empilhadeira com mecânica normal: dotada de câmbio com conversor detorque com quatro velocidades; caso seja adicionado fluido, as operações são fa-cilitadas e a quantidade de mudança de marchas é reduzida;

• empilhadeira com hidramática normal ou automática: tem câmbio hidramá-tico e o controle é realizado por meio de alavanca ou pedal, o que possibilita so-mente duas posições de sentido – frente e ré.

Dicionário da empilhadeira

Conhecer cada componente de uma empilhadeira está entre os saberes que todo operador desse equipamento precisa ter, pois esse conhecimento favorecerá tanto a condução quanto a manutenção da empilhadeira.

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Alavanca de câmbio

Mecanismo utilizado na alteração da velocidade e direção da empilhadeira (frente e ré). A função principal do câmbio é determinar a força que o motor oferece à empilhadeira, de acordo com a intensidade com que o operador pressiona o pedal. As possibilidades de condução da alavanca estão afixadas no veículo.

Alavanca de freio de estacionamento

Instrumento acionado ao parar e estacionar a empilhadeira, bem como no caso de falha ocasional no pedal do freio. Pode ser comparado ao freio de mão dos automó-veis, por exemplo.

Alavancas de comando da torre ou coluna

As manobras de inclinação e de elevação da torre são efetuadas por meio de alavan-cas. Essas alavancas conduzem os cilindros que efetuam os movimentos de levantar e de inclinar.

Algumas empilhadeiras possuem outras minialavancas eletrônicas, que possibilitam que a torre fique estagnada por algum tempo até que o movimento seja retomado.

LanternaProtetordo operador

Eixo de tração Eixo direcional

Chassi

Volante

Cilindrode gás

Contrapeso

Compartimento do motor

Torre

Garfo/lança

Protetor de carga

Composição de uma empilhadeira.

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Bateria

As baterias de tração podem ser de chumbo ou de gel. Elas são diferentes, por isso cada uma deve ser utilizada adequadamente, considerando os dispositivos de cargas apropriados.

Adição da água destilada na bateria

Durante a carga, a bateria libera os gases hidrogênio e oxigênio, ou seja, perde apenas água. Por isso, para manter a bateria em funcionamento, é preciso adicionar água destilada ou deionizada.

Isso deve ser feito com o carregador ligado à bateria e com pelo menos 90% de carga, no caso de uso dos sistemas de rolhas flip top (fala-se “flip tóp”) ou aquamatic (fala-se “aquamérik”).

Controle de operação da bateria

Alguns cuidados são necessários para que se preserve a “vida” das baterias. Por isso, é importante fazer o controle de uso. Para esse controle, toma-se como re-ferência o período de utilização do veículo. Normalmente, um turno de trabalho tem duração de seis a oito horas, portanto, a bateria será recarregada ao fim desse período e, mesmo que não tenha sido utilizada na sua totalidade, deve-se fazer uma nova recarga.

É importante observar também que não se pode guardar a bateria descarregada (para que as placas que a compõem não sejam danificadas), nem fazer cargas incompletas ou sobrecargas (que podem causar envelhecimento precoce).

Limpeza externa da bateria

É importante manter a parte externa da bateria sempre limpa, seca e sem resíduo de ácido sulfúrico (eletrólito). Para tanto, a limpeza pode ser feita com um pano umedecido em solução de bicarbonato de sódio diluído em água potável. Finaliza-do o processo de limpeza, deve-se secar a bateria com um pano seco, próprio para a secagem desse equipamento.

Repouso da bateria após a carga

Quando o período de carga da bateria se esgotar, ela deverá permanecer por no mínimo quatro horas em repouso. Esse procedimento é adotado para que o eletró-lito se homogenize, impedindo que a temperatura aumente durante as operações de carga e de descarga da bateria.

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Bateria tracionária

Seu papel é reunir a energia necessária para o funcionamento da empilhadeira.

Caixa de mudanças

Agrupa as engrenagens utilizadas na alteração de velocidade e no sentido de direção da empilhadeira. Além disso, por meio desse instrumento, é possível alterar a velo-cidade e a direção.

Carregadores de bateria

Os carregadores de bateria são responsáveis por mantê-las com a carga necessária. Portanto, eles devem estar sempre regulados.

Para isso, é de suma importância verificar com frequência as condições de funcio-namento dos carregadores, pois qualquer inadequação poderá reduzir o tempo de vida útil da bateria.

Chassi

Também chamado de carcaça, é o “esqueleto” da empilhadeira. Geralmente é constituído de ferro fundido. Funciona como proteção aos outros elementos, assim como contrapeso para a carga.

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Conector de bateria

Liga a empilhadeira na bateria.

Console de controle

Nele estão reunidos todos os comandos que servem para determinar o sentido de direção do veículo e também o direcionamento tanto das torres quanto dos garfos da empilhadeira.

Contrapeso ou lastro

Compõe a própria estrutura da empilhadeira. Posto na traseira, auxilia no equilíbrio, principalmente quando o equipamento está carregado, evitando seu tombamento.

Filtro de ar

Esse equipamento é responsável por filtrar o ar usado pelo motor ao entrar em funcionamento.

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Garfos ou lanças e clamps

São equipamentos empregados no carregamento, transporte e empilhamento de materiais ou produtos. Podem ser movimentados nos sentidos horizontal e vertical. Os garfos (que são o conjunto das lanças) e as clamps (fala-se “clémps” – significa braçadeiras) são movimentados por meio de controles localizados no painel da empilhadeira.

Clamps (braçadeiras).

Clamps

Garfos e lanças.

Podemos aumentar o tamanho dos garfos da empilhadeira. Isso mesmo! Com alongadores de garfos (também chamados garfos telescópicos ou luvas de prolongamento). Esses acessórios, quando acoplados às lanças já existentes, permitem seu alongamento a fim de manusear cargas compridas ou que estejam mais afastadas. É necessária muita cautela ao utilizá-los, pois existe um modelo específico para cada empilhadeira. Portanto, é imprescindível considerar o modelo da empilhadeira, o comprimento do garfo existente e o peso da carga a ser transportada. Se esses cuidados não forem considerados, a segurança do operador e da carga pode ser comprometida.

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Motor

É a força que move a empilhadeira e seus componentes (bombas hidráulicas e o câmbio mecânico ou automático). Existem três tipos de motor utilizados em empi-lhadeiras.

• Motor de combustão interna com ignição por fagulha: com kits de ignição ecarburação ou injeção eletrônica que provocam faíscas. Esses motores podemutilizar gasolina, gás ou álcool como combustível.

• Motor de combustão interna com ignição por compressão: o motor é a diesel,a ignição é por pressão provocada pela bomba injetora e bicos de injeção.

• Motor elétrico: o sistema de funcionamento é elétrico e mantido por bateria.

Painel de instrumentos

O painel de instrumentos indica as condições de funcionamento de alguns elemen-tos essenciais da empilhadeira, tais como luzes indicadoras de temperatura alta, pressão do óleo, problemas nos freios, horímetro, carga de bateria, combustível, fluidos dos freios etc. Caso o operador perceba algum problema com o painel de instrumentos, ele deverá, primeiro, desligar o veículo e, depois, verificar quais são as providências necessárias para sanar o problema.

Luz indicadoratemperatura do óleo

de transmissão

Luz de alerta pressão do óleo

do motor

Luz de alerta falha no carregamento

da bateria

Luz de alerta falha no sistema

Luz indicadora pré-aquecimento

(ativa somente em empilhadeira a diesel)

Luz indicadora controle do motor

Luz de alertafalha na colocação do cinto de segurança

Luz de alertafalha no freio de estacionamento

Marcador de combustível

Temperatura do líquido do sistema de arrefecimento

Display de LCD

Luz do estroboscópio

(giroflex)

Botões de funções para o display de LCD

permitem exibição do modelo da máquina, data, horas trabalhadas, status,

funções e erros, entre outros

Luzes indicativasfaróis dianteiro

e traseiro

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Pedais

A empilhadeira possui pedais, localizados sobre o assoalho, conforme você pode observar nas imagens a seguir. Em alguns tipos de empilhadeiras, são eles: acelera-dor, freio e pedal de aproximação, este último também chamado pedal de avanço (inching – fala-se “íntchin”). É importante observar que o conjunto de pedais de-pende do modelo de cada empilhadeira.

Os pedais são utilizados para movimentar a empilhadeira, mudar de marcha, efe-tuar a aproximação da carga com segurança, diminuir a velocidade ou parar o equipamento. Não há pedal de aproximação nas empilhadeiras elétricas.

Pedal de velocidadee direção: para trás

Pedal de velocidadee direção: para frente

Freio

Acelerador

Neutralizador de torque (embreagem)

Freio deestacionamento

Freio de pé

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As empilhadeiras elétricas possuem um dispositivo de segurança para os pés do operador. É o pedal de segurança, também chamado de homem morto. Esse recurso permite o movimento da máquina. Ob-serve as imagens a seguir. Na imagem da esquerda, podemos ver um botão na cor vermelha. Caso o operador não pressione esse dispositivo com o pé esquerdo, a empilhadeira não se movimenta. Na ima-gem da direita, esse dispositivo é o pedal maior à esquerda. Existem ainda modelos de empilhadeira que não possuem o pedal, mas, por segurança, é necessário permanecer com os pés nos pedais laterais ao mesmo tempo. Essa medida existe para que o operador mantenha seu pé esquerdo em segurança, pois do lado esquerdo da empilhadeira não há proteções e, sem esse dispositivo, o operador poderia ficar com o pé esquerdo para fora do veículo, correndo risco de acidente.

Placa de identificação

Nessa placa você encontrará data de fabricação, número do modelo, classe, código, capacidade de levantamento, modelo de motor, configuração e peso bruto do veí-culo, assim como a especificação do centro de carga e a carga suportada, dos quais falaremos adiante.

Pneus

Eles possibilitam os movimentos da empilhadeira, garantindo melhor desempenho e estabilidade durante os deslocamentos. É importante que o pneu seja adequado para cada tipo de empilhadeira e para o piso do local onde ela será utilizada, pois a escolha incorreta dos pneus pode diminuir sua vida útil. Existem hoje no mer-cado três tipos de pneu para empilhadeira: pneumático, de borracha maciça e de poliuretano.

As principais características dos pneus pneumáticos são a durabilidade e a resistência, o que favorece o deslocamento da empilhadeira em pisos abrasivos. Esses pneus são feitos de borracha densa e possuem também câmaras de ar em seu interior.

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Já os pneus de borracha maciça, também chamados de pneus sólidos, se constituem apenas de borracha e por isso têm longa durabilidade, bem maior do que aqueles que possuem câmaras de ar.

O pneu de poliuretano é de fácil colocação, pois basta ser comprimido contra a roda. Esse tipo de pneu é indicado para uso em áreas internas, já que não apresen-ta boa performance em terrenos irregulares.

Pneu pneumático. Pneu de borracha maciça. Pneu de poliuretano.

Roda de tração

Garante o movimento, a frenagem e também o direcionamento do veículo.

Roda-livre

Rodagem que auxilia no apoio e no equilíbrio da empilhadeira.

Sapata de suporte

É a base de apoio para a empilhadeira.

Sistema elétrico

É constituído por: motor de partida, bateria, velas, gerador, instrumentos do painel de controle, lâmpadas, motor elétrico, alternador e distribuidor, entre outros. É um dos elementos mais importantes para a empilhadeira, pois, além de possibilitar seu funcionamento inicial por meio da partida, é responsável por todo o seu funciona-mento em trânsito e pelas informações destinadas aos operadores.

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Sistema hidráulico

É a pressão do óleo hidráulico que movimenta os cilindros de elevação e de inclinação da empilhadeira ao movimen-tar uma carga. O sistema hidráulico é constituído de óleo, bombas, comandos, caixa de direção, válvulas de controle, cilindros, filtro etc.

Torre de elevação ou coluna

Torre de elevação, também conhecida por coluna, é o componente presente na empilhadeira que permite a mo-vimentação de materiais na posição vertical. Essa torre apresenta ainda movimentos para frente ou para trás.

O sistema hidráulico é responsável por grande parte do

funcionamento das empilhadeiras. Nos veículos mais modernos, cerca de 70% do seu funcionamento está totalmente ligado a esse sistema.

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Volante de direção

Usado para realizar manobras e dominar a direção do veículo para esquerda ou para direita.

Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas.

Brasília: Sest/Senat, 2011.

Horímetro – um indicador importante na empilhadeira

O horímetro é um instrumento que marca a quantidade de horas de funcionamen-to da empilhadeira. Sua marcação é cumulativa e assemelha-se ao marcador de quilometragem de um automóvel. No primeiro dia de uso, o horímetro da empi-lhadeira está zerado. Ao final desse primeiro dia, se a máquina for utilizada por oito horas, esse será o saldo de horas que o horímetro vai acumular. Suponhamos que no dia seguinte a empilhadeira seja utilizada por mais 12 horas, então, o horímetro terá um saldo acumulado de 20 horas e assim sucessivamente.

Para ler corretamente o horímetro, precisamos saber que o último dígito funciona como uma casa decimal. No caso do horímetro digital, essa casa é sinalizada com um ponto.

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Por exemplo, se o horímetro marcar 8 053.5, ele deve ser lido assim: oito mil e cinquenta e três horas e trinta minutos. Observe que o número 5 após o ponto corresponde à meia hora, ou seja, 30 minutos.

Para entender melhor essa correspondência, precisamos saber a quantos minutos corresponde o último dígito. Veja:

• 1 hora = 60 minutos;

• pode haver até dez algarismos diferentes como último dígito (de 0 até 9);

• então, cada algarismo no último dígito equivale a 60 10 = 6 minutos, ou seja,cada vez que ele se altera, passaram-se mais 6 minutos de utilização da empilha-deira. Se o último dígito é 1, por exemplo, temos 1 · 6 = 6 minutos; se o últimodígito é 2, temos 2 · 6 = 12 minutos, e assim por diante, como indica a tabela:

Dígito Cálculo Minutos correspondentes

0 0 · 6 0

1 1 · 6 6

2 2 · 6 12

3 3 · 6 18

4 4 · 6 24

5 5 · 6 30

6 6 · 6 36

7 7 · 6 42

8 8 · 6 48

9 9 · 6 54

O horímetro possui mais duas funções.

• Acompanhamento de manutenção preventiva: normalmente os fabricantesrecomendam que uma revisão geral da empilhadeira seja realizada após 2 500horas de utilização, com troca de óleo de motor, óleo hidráulico, revisão dos freios,lubrificação e demais regulagens.

• Análise de suficiência da bateria: as baterias têm durabilidade de oito horas,permitindo, portanto, sua utilização dentro desse período. No painel, é possível

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visualizar o status da bateria, algo semelhante ao marcador de combustível do automóvel e, toda vez que a bateria precisar ser trocada, uma luz vermelha se acende no painel (similar ao indicador de reserva do automóvel). Os fabricantes recomendam que a troca da bateria seja realizada imediatamente após o acendi-mento dessa luz vermelha, pois a utilização do equipamento com a luz de alerta acesa ocasiona redução da vida útil da bateria e danos aos comandos eletrônicos da empilhadeira.

Capacidade de carga e equilíbrio da empilhadeira

É muito importante que o operador conheça o ponto de equilíbrio da empilha-deira. Observe a figura:

ponto de equilíbrio

100 kg100 kg

100 kg

ponto de equilíbrio

contrapeso

100 kg

100 kg

Para entender o ponto de equilíbrio pense no funcionamento de uma gangorra. A carga colocada nos garfos da empilhadeira é equilibrada por um contrapeso pro-porcional colocado no lado oposto. Contudo, é essencial que o centro de apoio (como também é chamado o ponto de equilíbrio) esteja posicionado bem no meio da gangorra. Também é possível empilhar uma carga mais pesada, desde que se desloque o centro de apoio, aproximando-o da carga.

Outro aspecto importante e ao qual devemos nos atentar sempre é a distância do centro das rodas até onde a carga é colocada.

Em toda empilhadeira, é possível encontrar, no próprio equipamento, a especifica-ção da capacidade de carga. Não se esqueça de que a empilhadeira movimenta as cargas fora da base do seu eixo, bem diferente dos caminhões, por exemplo, nos quais a carga fica apoiada sobre os eixos.

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Capacidade de carga

Sempre que o peso da carga for excedido, ou seja, que a capacidade especificada na empilhadeira for excedida, poderá ocorrer tombamento. Ele também poderá acontecer quando a carga não estiver equilibrada em seu eixo. Esse tipo de acidente pode causar sérios riscos e prejuízos ao operador, bem como à carga e à própria empilhadeira.

50 cm

Capacidade2 500 kg

Peso2 500 kg

70 cm

Capacidade2 500 kg

Peso2 500 kg

2 500

2 250

2 000

1 750

1 500

1 250

5 500

5 000

4 500

4 000

3 500

3 000

50 60 70 80 90 100Distância do centro de carga ao protetor de carga (cm)

Cap

acid

ade

de c

arga

(kg

)

Cap

acid

ade

de c

arga

(lb

)

Se, ao ser colocada na empilhadeira, a carga ultrapassar o ponto de equilíbrio, a máquina empinará, perdendo a capacidade de movimentação. Por isso, é importan-te que o operador observe atentamente o gráfico de carga, a fim de respeitá-lo para movimentar o material adequadamente.

Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas.

Brasília: Sest/Senat, 2011.

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Atividade 4equilíbrio e estabilidade

Com base no que estudou até agora, você saberia dizer por que as empilhadeiras tombam?

Atividade 5o triângulo da estabilidade

A empilhadeira pode ser montada com três ou quatro rodas. De qualquer forma, ela se apoiará sempre em três pontos, que constituem o chamado triângulo de estabilidade.

Sabendo disso, observe a imagem e responda às questões a seguir.

1. Quantos pneus possui essa empilhadeira?

2. O que você acha que o triângulo azul indica?

3. Observe o ponto vermelho no centro do triângulo. O que ele representaria?

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Centro de gravidade da empilhadeira

Se você respondeu que o ponto vermelho que está no centro do triângulo represen-ta o centro de gravidade da empilhadeira, você acertou. O centro do eixo traseiro forma, com os pneus dianteiros, o ponto de apoio da empilhadeira vazia e parada. Quando carregada ou em movimento, o centro de gravidade pode se deslocar.

Imagine que no ponto vermelho exista um pêndulo. Se, por exemplo, inclinarmos a empilhadeira com a distribuição da carga ou se fizermos manobras em alta velo-cidade, o pêndulo se movimentará. Ele poderá se deslocar para cima, para baixo ou para os lados. Se continuar dentro do triângulo cinza, a empilhadeira não tombará. Contudo, se ultrapassar essa área, ocorrerá o tombamento. Por isso, fique atento!

CGCG

CG

CG

Tipos de tombamento

Tombamento frontal

Ocorre quando o centro de carga está deslocado para a frente da empilhadeira ou quando há excesso de peso sobre a máquina.

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Tombamento lateral

Ocorre quando há abuso de velocidade em rampas, piso disforme e lombadas ou peso mal distribuído na empilhadeira, podendo acontecer também pela desatenção do operador ao elevar a carga. Veja, a seguir, algumas instruções de segurança no caso de tombamento.

• Inclinar o corpo em sentido contrário.

• Segurar firmemente no volante e fixar os pés no chão.

• Não saltar da empilhadeira.

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CHECKLIST DE MÁQUINAS (VERIFICAÇÃO DO OPERADOR)

Checklist de Máquinas

Checklist Empilhadeira

Máquina: Empilhadeira Elétrica Operador:

Chassi: Conf. Desc. Descrição - Defeito apresentadoPneus

Lubrificação

Garfo

Torre

Corrente da torre

Mangueira hidráulica

Bateria

Buzina

Coletor no suporte

Vazamentos

Limpeza

No campo abaixo registrar a data e as horas da máquina no momento da entrada. Se fizer a limpeza colocar data e horário.

Obs:

Observações:

HORAS ATUAIS:

HORA

DATA

LIMPEZA Data: Hora: / /

/ /

Data: / /

Inspeção da empilhadeira

Entre as atribuições do operador de empilhadeira está a inspeção do veículo. Ela deve ser feita rotineiramente, antes do início das atividades do dia. Essa inspeção, que é chamada de checklist, deve ser registrada todos os dias pelo operador. Toda e qualquer irregularidade deve ser apontada, para que possa ser solucionada.

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Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas.

Brasília: Sest/Senat, 2011.

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Existem empilhadeiras de grande porte. São equipamentos gran-des destinados especificamente ao deslocamento de contêineres.

Existe também a empilhadeira trilateral utilizada para operações de carga e descarga nas quais não existe possibilidade de locomoção da empilhadeira, por causa de espaço reduzido. O diferencial dessas empilhadeiras são seus garfos giratórios, que possibilitam realizar armazenamento sem necessidade de manobras.

Para conhecer mais sobre os principais tipos de empilhadeira

existentes e sobre a maneira de operá-las, assista aos vídeos

da ocupação. Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov.

br>. Acesso em: 20 mar. 2015.

Exemplo de empilhadeira de grande porte.

Exemplo de empilhadeira trilateral.

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Este capítulo tem por finalidade conhecer os controles e instrumentos da empilhadeira.

Sugerimos você explanar o manual de operação da máquina e identificar nele os controles, instrumentos e dispositivos auxiliares;

Como atividade prática você pode testar os itens e acionar os controles da empilhadeira em vazio, estacionada e sob supervisão;

2 Controles e instrumentos da empilhadeira

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Instrutor: Welinton Tulio S. dos Santos. Registro MTE: 16774 – RJ. E-mail: [email protected]

O checklist de empilhadeira é utilizado para inspecionar as condições do equipamento edeve ser preenchido no início de cada turno antes de iniciar a operação a inspeção deveráser feita pelo operador. Geralmente, essa inspeção consiste num teste funcional daempilhadeira, num controle visual a fim de detectar defeitos óbvios dos acessórios.

Os resultados das inspeções regulares deverão ser registrados pelo pessoal que asrealizar, no (checklist) que devera ser obrigatoriamente assinado.

Verifique com atenção esse e outros intens:

Pneus: A qualidade dos pneus tem influência direta sobre a estabilidade e ocomportamento do veículo. Qualquer modificação só deverá ser feita depois de consultar ofabricante.

Correntes de elevação: As correntes de elevação são rapidamente desgastadas no casode falta de lubrificação apropriada. O spray para correntes é o mais indicado. Massalubrificante (graxa) na parte externa, não alcança uma lubrificação suficiente.

Mangueiras hidráulicas: Após um período de utilização as mangueiras hidráulicasdeverão ser substituídas (tempo não maior que 6 anos). Na substituição de componenteshidráulicos, as mangueiras deste sistema hidráulico deveriam ser substituídas.

Unidade de transmissão: É importante verificar o nível de óleo corretamente.O óleo constitui um lubrificante que também atua como um meio de arrefecimento e ativa aembreagem. Um nível de óleo a baixo do indicado ocasionara perda de transmissão eperda de pressão.Também provoca um sobreaquecimento que poderá causar o mau funcionamento datransmissão.

Limpar/Mudar o Cartucho do Filtro de Ar: Sopre com ar comprimido seco o cartuchoexterior, de dentro para fora até não aparecer mais nenhum vestígio de pó.Limpe completamente o recipiente de acumulação de pó depois de retirar o elemento deborracha.Substitua o cartucho do filtro de ar no invólucro do filtro sempre que o mesmo perder suaspropriedades.

Obs.: Execute o serviço de manutenção apenas com o motor desligado.Não coloque o motor em funcionamento sem o filtro de ar montado.

Verificar o nível do óleo dos freios: O reservatório deve estar a ¾ da capacidade total.Acrescente o óleo de freio se for necessário.

Sistema de escape: As emissões do sistema de escape deverão ser inspecionadas deforma regular. Os gases de escape pretos ou azuis indicam uma deterioração dasemissões e um especialista deverá então ser consultado.

Sistema Elétrico Verifique o Estado da Bateria e Nível do Eletrólito:

Precauções Pré-Partida da Empilhadeira, (Checklist) Manutenção.

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Verifique se a caixa de proteção da bateria apresenta fendas ou derrames de eletrólito.Elimine os resíduos de oxidação nos terminais da bateria.Lubrifique os terminais com massa isenta de ácido.Verifique o nível do eletrólito.O nível do eletrólito deve situar-se entre as marcas superior e inferior.A crescente água destilada até à marca superior, se necessário.Volte a colocar as tampas dos botijões.Obs.: O eletrólito da bateria é altamente corrosivo, pelo que deve ser evitado o seucontato. Se o eletrólito entrar em contato com o vestuário, a pele ou os olhos laveimediatamente a área afetada com água. Se os olhos forem afetados pelo produto, recorraimediatamente ao médico.

Inspeção Geral: A fim de garantir uma utilização da empilhadeira sem riscos, esta deveráser mantida em perfeitas condições de utilização e operação, de modo a evitar qualquertipo de risco eventual. Para tal, é necessário controlar o estado da empilhadeira através deinspeções e de testes. Os mesmos deverão ser organizados pelo operador e realizadospor pessoas qualificadas. A realização dos testes deverá ser registrada no diário de bordo(checklist) da empilhadeira.

Obs. Após reparações ou alterações importantes antes de funcionar, uma empilhadeiranova ou uma empilhadeira que tenha sido submetido à manutenção ou alteraçõessignificativas, deverá ser inspecionada e testada. Esta inspeção, que inclui um controle dedocumentação, consiste num teste visual e numa verificação das várias funções e daeficiência.

A inspeção e o teste incluem: Controle da identificação da empilhadeira, incluindo as etiquetas;Controle dos componentes e do equipamento no que diz respeito a danos,Controle de corrosões ou quaisquer outros defeitos;Teste funcional dos mecanismos.

Obs. Se o motor não tiver trabalhado durante várias semanas, ou se o filtro do óleo tiversido mudado, ligue o motor e deixe-o trabalhar na lenta durante alguns minutos, antes deutilizar a empilhadeira.

A NR-11 diz no capítulo 11.1.8 Todos os transportadores industriais serãopermanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências,deverão ser imediatamente substituídas.O não cumprimento dos mesmos poderá constituir uma infração ao direito civil e criminal.

Obs. As operações de manutenção e de reparação só deverão ser realizadas após o motorter arrefecido.

Manutenção:

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Obs. Se em algum momento a empilhadeira estiver falhando ou se houver motivo paraconsiderá-la insegura, suspenda as operações e informe imediatamente a supervisão;

.

É proibida toda e qualquer alteração do veículo, especialmente no que se refere aosdispositivos de segurança. As velocidades de trabalho do veículo não podem ser alteradassob nenhum pretexto. As peças velhas, assim como os consumíveis usados, deverão sereliminadas adequadamente e de acordo com as prescrições vigentes de proteção doambiente. Para a mudança de óleo, encontra-se à sua disposição o serviço de apoio demudança de óleo do fabricante. Uma vez que as operações de controle, de limpeza ou demanutenção tiverem sido efetuadas, deverão ser realizadas as assinalações no Checklist.

Manutenção e inspeção: Um serviço de manutenção minucioso e profissional é uma das condições principais para obom rendimento e uma utilização segura do veículo. O desleixo no cumprimento regulardos trabalhos de manutenção pode ocasionar a pane no veículo, além de representar umperigo potencial tanto para pessoas, como para o trabalho em si.

Pessoal para a manutenção: A manutenção e conservação de veículos industriais só podem ser levadas a efeito porpessoal especializado. Por esta razão, aconselhamos a realização de um contrato demanutenção com o Serviço de Apoio do fabricante na sua área.

Limpeza: O veículo não deve ser limpo com líquidos inflamáveis. Antes de iniciar os trabalhos delimpeza devem ser tomadas todas as precauções de segurança que previnam a formaçãode faíscas (por exemplo, por curto-circuito). No caso dos veículos movidos a bateria, o plugda mesma deve ser desligada. Os grupos de componentes elétricos e eletrônicos devemser limpos por sopro ou por aspiração de ar a baixa pressão e um pincel antiestático nãocondutor.

Exemplo de Check List:

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Empilhadeira n°: Nome Operador:

Data: Hora início: Hora término:

CHECKLIST EMPILHADEIRA

OPERADOR SIM NÃO

1. Operador é habilitado para manusear o equipamento?

2. Durante a operação, o operador esta portando o cartão de identificação?

3. Está utilizando EPI’s de segurança?

EQUIPAMENTO (Verificação) BOM AJUSTAR

01. Defeitos dia anterior.

02. Nível do óleo hidráulico.

03. Cabos da Bateria.

04. Buzina

05. Roletes da torre

06. Nível óleo hidramático

07. Freio de estacionamento.

08. Freio de rodas.

09. Luz de advertência

10. Indicador de temperatura

11. Indicador pressão do óleo

Obs:________________________________________________________________________

Ass.:___________________

Noções sobre Indicadores do Painel da Empilhadeira:

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1. Luz indicadora de temperatura alta - Problema grave no sistema de arrefecimentopode ter furado uma mangueira do radiador, melhor para a Empilhadeira avise oresponsável. Se você persistir, o aquecimento excessivo poderá danificar o motor.

2. Luz da pressão do óleo - Problema grave, a pressão do óleo caiu. Isso significaque há pouco óleo no motor ou a bomba de óleo quebrou. Pare a empilhadeiraavise o responsável.

3. Luz de aviso do freio - Ou o freio de mão está puxado ou há problemas com seusistema de freios. Avise o responsável para efetuar manutenção.

4. Luz de aviso da bateria - Se acender enquanto você está rodando, a bateria nãoestá recebendo carga. A Empilhadeira continuará funcionando, mas toda a parteelétrica pode ficar comprometida e a bateria irá descarregar rapidamente.Talvez o alternador não esteja funcionando, avise o responsável.

5. Luz de falta de combustível - Indica a falta de gasolina no reservatório. Quando aempilhadeira é movida a gasolina. No caso de empilhadeira a Gás, verificar nomanômetro do próprio cilindro.

6. Luz do fluido de freios - Indica que há problema com o fluido de freio.

7. Setas de direção – Indica a direção a ser utilizada.

Regras de Segurança e Instruções sobre o equipamento (Empilhadeira):

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Instrução para o uso do cinto de segurança: O cinto de segurança, caso exista, deve ser apertado antes de sair com a empilhadeira.Aperte o cinto firmemente sobre a zona do abdómen e introduza o fecho na fivela:Certifique-se de que o cinto não ficou enrolado.O operador deve sentar-se sempre o máximo possível para trás, conferindo assim umamelhor proteção das costas e permitindo que o cinto proporcione o máximo nível deproteção.Se o cinto for puxado com muita rapidez pode acionar o dispositivo de bloqueio automáticodevido ao impacto do fecho da fivela sobre caixa, recue o cinto e puxe devagar.

Verificações/manutenção diária do cinto de segurança: O operador deve verificar o cinto de segurança diariamente de forma a certificar-se de queo mesmo está em boas condições e a funcionar devidamente.Não utilize a empilhadeira com um cinto de segurança defeituoso.Mande proceder imediatamente à sua substituição.

Vias e zonas de trabalho: O veículo só pode ser utilizado nas vias autorizadas para talefeito. Pessoas devem ser mantidas afastadas da zona de trabalho. As cargas só podemser colocadas nos locais previstos para esse efeito.

Comportamento durante a condução: O condutor tem de adaptar a velocidade àscondições existentes. Por exemplo, deve conduzir devagar nas curvas, em lugaresestreitos e na sua proximidade, ao passar por portas e em lugares com pouca visibilidade.O condutor deve manter sempre distância de frenagem suficiente em relação ao veículoque estiver à sua frente e nunca perder o controle sobre o seu próprio veículo. É proibidoparar bruscamente (salvo em situações de perigo), virar de repente e ultrapassar em locaisperigosos ou de pouca visibilidade. É proibido debruçar-se ou estender o braço para forada área da empilhadeira.

Condições de visibilidade durante a condução: O condutor deve olhar para frente e tersempre visibilidade suficiente sobre o caminho à sua frente. Se forem transportadasunidades de carga que dificultem a visibilidade, o operador deverá conduzir o veículo demarcha ré. Se tal não for possível, uma segunda pessoa que servirá de sinaleiro deverádeslocar-se diante do veículo.

Condução em subidas e descidas: A condução em subidas e descidas só é permitida nocaso dessas vias estarem autorizadas para o processo, serem antiderrapantes,encontrarem-se limpas e serem adequadas às especificações técnicas do veículo, deforma a garantir uma condução segura. Em subidas ou descidas, a carga deverá estarsempre voltada para o lado superior da rampa. Em subidas ou descidas é proibido virar,conduzir em diagonal ou estacionar o veículo.As descidas devem ser efetuadas a velocidade reduzida e com os freios sempre prontos aserem utilizados.

Natureza da carga a ser transportada: Só podem ser transportadas cargas que cumpramcom as condições de segurança estipuladas nas respectivas normas.Nunca transportar cargas empilhadas que sejam mais altas que a ponta do suporte dagrade de proteção da carga.

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Regras Gerais Para Sair Com a Empilhadeira: Desloque a alavanca de direção para oponto-morto.Suba o suporte dos garfos a uma distância de aproximadamente 200 mm de forma que osgarfos de carga fiquem afastados do solo.Incline a estrutura de elevação totalmente para trás quando estiver transportando carga.Desative o freio de estacionamento.Adapte a velocidade as condições da área de trabalho e carga transportada.

Marcha Para Frente: Desloque a alavanca de direção para frente.Pise lentamente no pedal do acelerador até alcançar a velocidade pretendida.

Mudar a Direção de Translação: Mude a direção de translação apenas quando o veículo estiver parado.Desloque a alavanca de direção do ponto-morto para a direção de translação desejada.Pise lentamente no pedal do acelerador até alcançar a velocidade pretendida.

Marcha ré: Certifique-se de que a área atrás de si se encontra desimpedida.Desloque a alavanca de direção para trás.

Acelerar o Veículo: Pise lentamente no acelerador até a empilhadeira começar a andar.Pise mais fundo no acelerador para aumenta a velocidade.

Parar o Veículo: O comportamento de frenagem do veículo depende acima de tudo da superfície do solo,fator este que deve influenciar o tipo de condução pelo respectivo condutor. Freie comcuidado de forma a garantir que a carga não deslize.

Frenagem: Retire o pé do acelerador.Pise levemente no pedal de freio.A frenagem é adquirida de acordo com a força exercida nos pedais de freio.Ao pisar com mais força, a Empilhadeira para imediatamente.

Marcha Lenta com o Pedal de Marcha Lenta/freio: Em manobras em espaços pegueno para movimentos lentos, acione levemente o pedal demarcha lenta/freio.Este modo de operação apenas é permitido durante um máximo de 5 segundos com omotor em alto regime.

Direção: A força a aplicar à direção é muito baixa, graças à direção hidrostática,permitindo que se vire o volante sem grande esforço.

Freios de serviço: Os freios de tambor nas rodas da frente são controladoshidraulicamente através do pedal de marcha lenta/freio.Pise no pedal de marcha lenta/freio até sentir pressão de frenagem. O primeiro regime docurso do pedal controla o fluxo de força nas engrenagens. Ao pisar mais no pedal fazacionar os freios de tambor nas rodas da frente.

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Freios de estacionamento: A alavanca do freio de estacionamento acionamecanicamente os freios de tambor das rodas da frente.

Puxe a alavanca do freio de estacionamento além do ponto de pressão para o “stop” o freiode estacionamento fica acionado e a alavanca do freio bloqueada nesta posição.Pressione no botão e puxe ligeiramente a alavanca para trás para desengatar.Empurre a alavanca do freio para frente sobre o ponto de pressão para libera o freio.

Obs.: Engate sempre o freio de estacionamento e desligue o motor antes de abandonar aempilhadeira.

Desligar o Motor: Não desligue o motor enquanto o mesmo se encontra a trabalhar acarga plena. Deixe-o primeiro funcionar durante alguns instantes para poder ajustar atemperatura.Pare a empilhadeira, desloque a alavanca de direção para o ponto-morto, acione o freio deestacionamento, coloque o interruptor de arranque/ignição na posição zero (0).

Operação do sistema de alavancas e acessórios: Por motivo de segurança a alavancade comando só pode ser operada a partir do banco do condutor.O sistema de elevação é acionado pelas alavancas de comando à direita do banco docondutor.

Subir/Descer o Porta-Garfo: Puxe para trás a alavanca de comando para subir o Porta-Garfo. Empurre para frente à alavanca de comando para descer o Porta-Garfo.

Inclinar o Mastro para Frente e para Trás: Para mover o mastro (torre de elevação) Puxepara trás a alavanca de comando para inclinar para trás o mastro.Empurre para frente à alavanca de comando para inclinar o mastro para frente.

Controlo de Velocidade da Máquina: A velocidade de trabalho dos cilindros hidráulicos écontrolada pela amplitude do movimento da alavanca de comando e pela velocidade domotor. Quando se largam as alavancas, elas regressam automaticamente à posição neutrae a máquina bloqueia em posição firme. Acione sempre as alavancas de comandosuavemente e cuidadosamente. Quando atingir o batente final, largue imediatamente asalavancas de comando. Aumente a velocidade do motor com o acelerador e desloque maispara trás a alavanca de comando para aumentar a velocidade da máquina.A velocidade do motor não produz influência na velocidade de descida do Porta-Garfo.É proibido o levantamento de pessoas com a Empilhadeira.

Ajustar os garfos: Os garfos devem ser ajustados de forma que os dois dentes fiquemigualmente espaçados dos bordos exteriores do Porta-Garfo e de maneira que o centro decarga fique centrado entre os dentes do garfo.

Regras de empilhamento, transporte e armazenamento de cargas.

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Antes de levantar uma carga, o condutor deve certificar-se de que a mesma se encontradevidamente paletizada e se a capacidade de carga é permitida pela Empilhadeira.

Observação: Os garfos devem possuir no mínimo 2/3 de comprimento referente àcarga a ser transportada.

Adapte a velocidade de condução ao tipo de superfície e carga a ser transportada. Nos aclives e declives, transporte sempre à carga no sentido superior da rampa,

nunca faça curvas em rampas.

Carga e descarga de caminhões:

EMPILHANDO UMA CARA.

Aproxime-se cuidadosamente com carga a ser empilhada.

Aproxime-se cuidadosamente da carga a transportar.

Com os freios acionados, suba

os garfos o suficiente para

entrar com os garfos no pallet.

Posicione a torre em 90º.

Com os garfos inseridos por inteiro no pallet, levante a carga cuidadosamente. Use os freios. Observe se existem obstáculos aéreos.

Incline a torre da

empilhadeira para

trás, isso aumenta a

estabilidade da carga.

De marcha ré apenas o suficiente para descer a carga.

DESEMPILHANDO UMA CARGA.

Não ande com a visão comprometida, se necessário ande de marcha ré, (não mais que 30m). Se possível use um batedor para orientar.

Suba os garfos apenas o necessário para a carga pousar livremente no local desejado.

Repouse a carga devagar,

ao sair observe bem o

posicionamento da torre

(90º), não arraste os garfos.

Observe bem as pontas dos

garfos, retire os garfos

totalmente do pallet, desça

os garfos, observe e siga.

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Devido à variedade de caminhões hoje existentes, varias formas de carrega-los, cabendo o empilhador distribuir de forma coerente o peso da carga de forma que não comprometa a estabilidade do caminhão fazendo com que a carga e o condutor viajem seguros. Veja alguns exemplos:

Ao carregar ou descarregar um caminhão observe as seguintes considerações:

1. Não tente entrar em um caminhão sem que a rampa esteja muito bem fixa;2. Ao entrar ou sair do caminhão é necessário reduzir a velocidade e centrar a empilhadeirabem no meio; 3. Inspecione o piso do caminhão, veja se suporta o peso da carga com a Empilhadeira;4. Não faça manobras dentro do caminhão;5. Não faça manobras na rampa, e perigoso;6. Descarregue o caminhão de modo a equilibrar o mesmo;7. Não deixe uma carga nas rampas;8. Caso não consiga subir uma rampa não force, desça e refaça a manobra.9. Não ande com cargas no alto.10. Use o bom senso, siga as regras de segurança;

O carregamento de caminhões poderá ser feito de duas formas:

1. Traseiro: esse tipo de carregamento e feito através de um deck ou de rampa, é

importante sempre verificar se o caminhão a ser carregado ou descarregado está totalmente travado para que o mesmo não se afaste do deck provocando a queda da empilhadeira.

Ex.: Caminhão baú.

Lateral: ao carregar ou descarregar desta forma o operador deverá colocar a carga deforma que não comprometa a estabilidade do caminhão, principalmente quando a carga fordesconforme, carregue de modo a equilibrar o peso no caminhão.Ex.: Caminhão de refrigerantes.

Armazenamento em prateleiras: Armazenar uma carga em prateleiras parece ser muito fácil, mas não tão quanto parece!

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Os espaços limitados para manobrar dentro dos depósitos, a interferência da iluminação, aconservação do piso e outros fatores poderão contribuir para algum acidente, para isso epreciso que você, tenha o Maximo de atenção e tranquilidade ao trabalhar nesse ambiente.

Para isso siga algumas dicas: Conheça bem o local de trabalho; Inspecione o local antes de iniciar o seu trabalho; Respeite a velocidade; Só levante a carga quando estiver parado, nunca em movimento; Só abaixe a carga quando tiver certeza que está realmente livre.

Se a sua empilhadeira estiver para TOMBA:

Fique na empilhadeira (não salte para fora);Agarre-se ao volante com firmeza;Apoie firmemente os seus pés;Incline-se na direção oposta ao ponto de impacto.

Estacionando a Empilhadeira com Segurança: Ao abandonar o veículo, estacione demodo seguro, mesmo que a sua ausência seja breve. Nunca deixe a empilhadeira com acarga suspensa, desça completamente os garfos de carga e incline a estrutura deelevação para frente.Desloque a alavanca de direção para o ponto-morto.Aplique o freio de estacionamento.

Obs.; Não estacione em aclives ou declives.

Para desligar o motor feche a válvula de passagem de gás aguarde até o motor parar, usea chave do interruptor para desligar e retire a chave.

Riscos Inerentes à atividade:

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Evite levantar ou transportar qualquer carga que possa cair sobre o operador ou qualqueroutra pessoa. Uma empilhadeira, com grade de proteção e protetor de carga, protege ooperador contra quedas de alguns objetos, mas não protege o operador contra todos osacidentes.

Nunca leve passageiro na empilhadeira, essa simples atitude pode provocar gravesacidentes.

Mantenha as mãos, braços e pernas dentro da cabine da empilhadeira. Principalmente aooperar em espaços apertados pode tornar-se extremamente perigoso.

Fique atento e não perca a atenção, tenha o máximo de atenção com os pedestres.

Não permita que ninguém passe ou fique embaixo da carga ou da torre de elevação.

Antes de iniciar os trabalhos, verifique as condições da empilhadeira, como freio, volante,vazamento de óleos e de gás... E Comunique imediatamente ao seu supervisor qualquerfalha ou dano com a empilhadeira. Aguarde a manutenção pra voltar a utilizar oequipamento.

Evite passar por buracos, manchas de óleo e materiais soltos, que possam fazer aempilhadeira derrapar ou tombar.

Faça curvas lentamente e dirija com cuidado principalmente nas esquinas, fazendosempre uso da buzina. Mantenha sempre uma velocidade segura (de acordo com oambiente), não ultrapasse 10 Km/h.

Quando deixar a empilhadeira, desligue o motor, abaixe completamente os garfos e puxe ofreio de mão. Nunca estacione numa rampa e sempre que estiver fazendo um reparo naempilhadeira, nunca deixe os garfos suspensos.

Não desça rampas de frente e não suba de marcha ré com a máquina, carregada ou vazia.Quando carregado à carga além de escorregar dos garfos, pode também tombar amáquina. Mantenha sempre a carga voltada para o alto da rampa.

Não abasteça a máquina com o motor em funcionamento. Não fume na área deabastecimento. Incêndios e explosões podem ocorrer da não observância destas simplesregras.

Evitemos partidas ou freadas bruscas. Freadas bruscas podem ocasionar queda de carga.E lembrem-se marcas de pneus no piso são sinais de uma má operação.

Observe cuidadosamente o espaço que você deverá usar (Alto ou baixo), para evitarbatidas especialmente com os garfos, torre de elevação, cabine do operador e contrapeso.

Não transporte cargas superiores à capacidade nominal da máquina.

Não movimente cargas instáveis ou desequilibradas.

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Centralize bem a carga sobre os garfos, de maneira que não fique muito peso para umlado só, especialmente para cargas largas.

Não transporte cargas descentralizadas.

Tome cuidado para que cargas cilíndricas e compridas não girem sobre os garfos.

Mantenha a carga encostada na grade da torre de elevação.

Nunca transporte uma carga elevada. Quando as cargas são transportadas em posiçãoelevada à estabilidade da máquina fica reduzida.

Para melhor visibilidade e segurança, transporte cargas grandes em marcha ré, massempre olhando na direção do movimento, mantendo a carga inclinada para trás.

Eleve ou abaixe a carga sempre com a torre na vertical ou um pouco inclinada para trás.Incline para frente cargas elevadas, somente quando elas estiverem sobre o local deempilhamento.

Dirija com cuidado, observe as normas e regras da empresa e mantenha sempre o controleda empilhadeira. Conheça bem todas as regras de operação segura.

Não transporte cargas superiores à capacidade nominal da máquina.

Não transporte cargas instáveis ou desequilibradas.

Abastecendo (Mudar a Garrafa de Gás).

A garra de gás só pode ser mudada nos locais indicados por pessoal autorizado.Para abastecer, estacione a empilhadeira em segurança.Feche bem a válvula de passagem coloque o motor em funcionamento e acione o sistemade gás até ficar vazio e chegar a desligar sozinha.Desaperte a conexão, segurando pelo cabo, retire o tubo flexível.Solte as cintas e retire o painel de cobertura, com cuidado retire garrafa de gás dorespectivo suporte e deposite-a em segurança.Só devem ser usadas garrafas de gás de 18 kg (29 litros).Coloque a nova garrafa de gás no suporte.Prenda com firmeza as garrafas de gás com as cintas.Volte a ligar o tubo conforme indicado, abra cuidadosamente à válvula de passagem everifique se existem fugas nas juntas utilizando um produto espumante (teste de bolhas).

Obs. Algumas empresas têm abastecimento de gás própria, direto no cilindro, nesse casoo operador responsável pelo abastecimento devera ter curso específico para tal função.

Medidas de Proteção Contra Incêndio no Abastecimento.

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Aterrar a empilhadeira quando abastecida no sistema (Pitstop).Quando lidamos com combustíveis líquidos ou gases, é proibido fumar ou utilizar chamasnas proximidades. Recomenda-se que devam ser colocadas placas de aviso de perigo emlocal bem visível. Nesses locais é proibido o uso de celular ou qualquer outro dispositivocapaz de provocar ignição. Devem existir permanentemente na área de abastecimento,extintores portáteis e de fácil acesso.Para evitar queimaduras, utilize apenas extintores indicados para classe B.

Obs. Extintores recomendados Co2 ou PQS.

Noções sobre EPI (Equipamento de Proteção Individual) e EPC (Equipamento de Proteção Coletiva).

EPI

Os EPI’s são essenciais para garantir a proteção do colaborador, tanto em relação às possíveis ameaças à saúde, quanto para a segurança durante atividades específicas.Entre as suas categorias estão:

Proteção da cabeça (capacete, capuz), Proteção dos olhos e face (óculos, máscara desolda), Proteção auditiva (protetor auricular, abafadores), Proteção respiratória (mascarasprotetora), Proteção do tronco (vestimenta, colete), Proteção dos membros superiores(luva, braçadeira), Proteção dos membros inferiores (calçado, perneira, calça) e Proteçãodo corpo inteiro (macacão, conjunto).

EPC

Os EPC's são itens fixos ou móveis, instalados no ambiente de trabalho e que buscamassegurar aos colaboradores e terceiros a saúde e a integridade física.

Entre os principais equipamentos, estão:

Cones, Fitas, Placas de sinalização, Alarmes, Exaustão e ventilação, Grades dobráveis ounão, Dispositivos de bloqueio diversos etc.

Co2 PQS

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Simbologias utilizadas no transporte de cargas.

Não agitar Não utilizar ganchos Carga pesada Não expor ao calo Não expor ao sol

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NORMA REGULAMENTADORA 11 - NR 11

TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS.

11.1 Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadoresindustriais e máquinas transportadoras.

11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores,elevadores de cargas, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras,guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados econstruídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurançae conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1 Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas eganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suaspartes defeituosas.

11.1.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima detrabalho permitida.

11.1.5 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deveráreceber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados esó poderão dirigir se durante o horário de trabalho portar um cartão de identificação, com onome e fotografia, em lugar visível.

11.1.6.1 O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, oempregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.

11.1.7 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertênciasonora (buzina).

11.1.8 Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e aspeças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamentesubstituídas.

11.1.9 Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, pormáquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambientede trabalho, acima dos limites permissíveis.

11.1.10 Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinastransportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas dedispositivos neutraliza dores adequados.

INSTRUÇÕES TEORICAS PARA OPERAÇÃO COM EMPILHADEIRA.

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Instrutor: Welinton Tulio S. dos Santos. Registro MTE: 16774 – RJ. E-mail: [email protected]

Considerações de AcidenteConceito e causasClassificação das Empilhadeiras;Prescrições Para Utilização de Empilhadeira;Diagrama de Carga (Capacidade de Carga, Centro de Gravidade, Altura de Elevação);Triângulo de Estabilidade da Empilhadeira;Precauções Pré-Partida da Empilhadeira, (Check list) Manutenção;Noções Sobre indicadores do Painel da Empilhadeira;Regras de Segurança e Instruções sobre o equipamento (Empilhadeira);Regras de empilhamento, transporte e armazenamento de cargas;Riscos inerentes à atividade;Abastecimento da Empilhadeira;Noções sobre EPI (Equipamento de Proteção Individual) e EPC (Equipamento de ProteçãoColetiva);Simbologias Utilizadas no Transporte de Cargas.Noções da NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem E Manuseio De Materiais;

PRATICA NA DIREÇÃO DA EMPILHADEIRA.

Esquerda/direita/frente/réCarregamentoElevação de cargaTransporte de cargaManobrasOperação de prática geral

Carga horária 16 horas.

Instrutor Formado em Técnico de Segurança do Trabalho Reg. MTE: 16774 – RJ.

Instrutor de Operador de Empilhadeira e Ponte Rolante, certificado pelo (SINTESP)Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de São Paulo.Nome: Welinton Tulio Santana dos Santos.Contato Tel.: (21) 3585-2687 – (21) 9563-6953 - site: www.welseg.com.br [email protected]

Requisitos Básicos Para Operadores de Empilhadeiras em geral: Realizar curso específico para Operador de Empilhadeira, em conformidade com a NR-11Port. 3214 de 08/06/78, e ser considerado APTO.Estar apto clinicamente, executar exame médico periódico.Ter boa percepção auditiva e visual.Ter equilíbrio emocional, bom senso e muita responsabilidade.

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Instrutor: Welinton Tulio S. dos Santos. Registro MTE: 16774 – RJ. E-mail: [email protected]

BIBLIOGRAFIA:

ABNT, NBR 7500; transporte, armazenamento e manuseio de materiais; simbologia, Rio de Janeiro, 1983.

CLARK, Manual de instrutores do operador de empilhadeira. S.n.t.

HYSTER. Manual do operador de empilhadeira. S.n.t 40p.

http://www.forkliftaction.com/news/newsdisplay.aspx?nwid=10867

http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF1FA6256B00/nr_11.pdf

http://www.ocarreteiro.com.br/modules/cargasperigosas.php

http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/2442-acidentes-com-empilhadeiras-e-dicas-de-seguranca

WEL SEG CONSULTORIA & TREINAMENTOS

Consultoria e assessoria em segurança no trabalho, formação e elaboração de diversos documentos e programas

relacionados à segurança e a saúde do trabalhador:

NR-05 CIPA - FORMAÇÃO E GERENCIAMENTO DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES; NR-07 PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MEDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL; NR-09 PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS; NR-18 PCMAT - PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO; PPP - PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO.

CURSOS IN COMPANY, À EMPRESA NÃO PRECISA DESLOCAR SEUS FUNCIONÁRIOS! NR - 05 CURSO PARA INTEGRANTES DA CIPA; NR - 06 CURSO DE UTILIZAÇÃO CORRETA, GUARDA E CONSERVAÇÃO DE EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL; NR - 18 INTRODUÇÃO A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL; NR - 23 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO; NR - 33 EXECUTANTES E VIGIAS EM ESPAÇO CONFINADO; NR - 35 EXECUTANTES DE TRABALHO EM ALTURA;

58

Este capítulo tem por finalidade conhecer e aplicar noções de conservação e segurança na operação da empilhadeira.

Sugerimos você apresentar aspectos da NR 11 inicialmente.

Como atividade prática você pode analisar os três principais tipos de acidentes com empilhadeira;

3 Conservação e Segurança na Operação de empilhadeiras

59

60

Reconhecendo os códigos de cargas e demais sinalizaçõesQuando você ouve a palavra “carga”, o que lhe vem à cabeça?

A palavra carga pode assumir diferentes sentidos. Segundo o dicionário Aulete, ela pode ter significados como:

1. Ação ou resultado de carregar; carregamento: Concluíram

tanto a carga quanto a descarga do navio.

2. Aquilo que pode ser transportado; carregamento: Separou

a carga no depósito.

3. Quantidade ou volume de alguma coisa: Temos uma gran-

de carga de trabalho.

4. Fig. O que representa grande responsabilidade ou grande

fardo. […]

7. Fig. Coisa que oprime, que incomoda.

© Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>

Com base na acepção 2, carga é toda mercadoria que pode ser transportada.

Todas as atividades profissionais realizadas pelo operador de empilhadeira giram em torno da movimentação de cargas. Como já vimos em Unidades anteriores, segundo a Classificação Bra-sileira de Ocupações (CBO), o operador de empilhadeira pre-para e movimenta cargas.

As cargas são identificadas por meio de símbolos em suas em-balagens e são organizadas e armazenadas segundo suas carac-terísticas específicas e seus prazos de validade. Dessa forma, é importante que o operador de empilhadeira reconheça cada símbolo utilizado nos diferentes tipos de carga.

61

Classificação das cargas

• Carga a granel: carga que ainda não foi embalada, ou seja, que será trans-portada sem nenhum tipo de acondicionamento e, portanto, sem identifi-cação. São exemplos de granéis sólidos (secos) o arroz, o feijão, a soja, ominério de ferro, o carvão e os fertilizantes; e de granéis líquidos o petróleoe os óleos vegetais.

• Carga frigorificada: aquela que precisa de refrigeração permanente para que oproduto permaneça conservado durante o transporte. Exemplos: carnes, peixes,frutas e alimentos prontos.

• Carga perecível: todo tipo de carga que pode sofrer dano, degeneração ou perdada validade; pode conter produto comestível ou não comestível. Exemplos: remé-dios, peixes e plantas naturais.

• Carga frágil: contém produtos que podem se quebrar facilmente. Exemplos: vidros,espelhos, eletrônicos, cerâmicas, porcelanas e alguns tipos de medicamento.

• Carga indivisível/carga especial: pode ser peça única ou um conjunto de peçaspresas umas às outras montado apenas em locais muito específicos. Exemplos:toras de madeira, grandes bobinas de papel e aço, tubos metálicos extensos epeças de avião ou navio.

• Carga perigosa: aquela que pode provocar acidentes ou danos de forma geral,inclusive gerando riscos para as pessoas. Exemplo: combustíveis.

• Carga viva: seres vivos. Exemplos: porcos, frangos, cavalos, galinhas e bois.

• Carga não limpa: aquela constituída por produtos que geram sujeira; deixamuitos resíduos no próprio meio de transporte e em outras cargas que venham aser transportadas conjuntamente. Exemplos: carvão, lenha e areia.

• Carga volumosa: aquela que apresenta grande porte, ou seja, grande volume,e ocupa muito espaço nos locais de armazenamento e nos veículos; seu trans-porte é planejado de acordo com o espaço (em metros cúbicos) que ela ocupa,pois ela pode apresentar peso pequeno. Exemplos: fogão, freezer, máquina delavar roupas, geladeira, fardos de papel higiênico e caixas térmicas de isopor.

• Carga em embalagem inadequada: aquela que apresenta embalagem em mauestado ou que, por causa de alguma especificidade, necessita ser reembalada pelatransportadora; esses procedimentos são cobrados à parte. Exemplo: louças.

• Carga valiosa: aquela que contém produtos com valor monetário alto ou com valoragregado; a maioria é acondicionada em embalagem lacrada ou conta com sistema

62

de segurança. Esse tipo de carga é fiscalizado nos locais de armazenamento e sua movimentação pode envolver normas e procedimentos específicos.

Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas.

Brasília: Sest/Senat, 2011.

Atividade 1Tipos de carga

1. Vamos verificar o que você conhece sobre os símbolos que identificam algunscuidados necessários com as cargas? Relacione os símbolos da coluna da esquer-da com os significados descritos na coluna da direita.

Mantenha para cima

Frágil, mantenha na posição da seta

Não empilhe

Perigo – cargas suspensas

Frágil

Não incline

Mantenha seco (livre de umidade)

Perigo – veículos de movimentação de cargas

Ilust

raçõ

es: D

anie

l Ben

even

ti

63

2. Complete a tabela a seguir indicando quais tipos de carga são encontrados nossetores informados.

Setores Tipos de carga

Supermercado

Frigorífico

Indústria farmacêutica

Indústria de bebida

Pecuária

Construção civil

3. Agora, em grupo, listem quais os tipos de carga que um operador de empilha-deira pode movimentar.

64

Produtos e cargas perigosos

Denominamos produto perigoso às substâncias que, por suas características físicas e químicas, podem representar risco à saúde, à propriedade, à segurança pública ou ao meio ambiente. Esses produtos estão listados na Resolução no 420, de 12 de fe-vereiro de 2004, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e podemos citar como exemplos gasolina, pesticidas, corrosivos, álcool e solventes.

Uma carga é considerada perigosa quando contém qualquer produto que ofereça os riscos citados quando é transportada, mesmo que ele não seja essencialmente peri-goso. Perceba que todo produto perigoso consiste em carga perigosa, mas nem sempre uma carga perigosa é composta por produtos perigosos – este último caso é o que acontece com vidros, toras de madeira e chapas de aço.

A legislação que trata sobre o transporte de produtos perigosos em nosso país é o Decreto no 88.821, de 6 de outubro de 1983, alterado pelo Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988. Ambos foram complementados pelas instruções aprovadas pela Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004, e por alterações posteriores.

Todas as operações realizadas com produtos perigosos devem ser sinalizadas con-forme prescrito no artigo 2o do Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988:

Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo,

limpeza e descontaminação, os veículos e equipamentos utilizados no

transporte de produto perigoso deverão portar rótulos de risco e painéis

de segurança específicos, de acordo com as NBR-7500 e NBR-8286.

BRASIL. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D96044.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015.

Atividade 2cuidados com cargas perigosas

1. Você acabou de ler sobre cargas perigosas, certo? Então, cite alguns produtos quevocê acredita serem cargas perigosas.

65

2. Que tipo de cuidados você acredita que os trabalhadores envolvidos em trans-porte de cargas perigosas deveriam ter? Descreva-os.

Procedimentos especiais

Assim como as operações com cargas perigosas necessitam de procedimentos espe-ciais, os trabalhadores envolvidos no carregamento, no descarregamento e no trans-bordo desses produtos também devem utilizar traje e equipamento de proteção individual específicos, conforme previsto no artigo 20 do Decreto no 96.044, de 18 de maio de 1988.

Classificação dos produtos perigosos

A Organização das Nações Unidas (ONU) dividiu os produtos perigosos em nove classes e respectivas subclasses.

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Lob

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66

Classificação Subclasse Definição

Classe 1

Explosivos

1.1 Substâncias e artigos com risco de explosão em massa.

1.2 Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa.

1.3Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa.

1.4 Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo.

1.5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa.

1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa.

Classe 2

Gases

2.1 Gases inflamáveis: são gases que a 20 °C e à pressão normal são inflamáveis.

2.2Gases não inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes e oxidantes que não se enquadrem em outra subclasse.

2.3 Gases tóxicos: são gases tóxicos e corrosivos que constituam risco à saúde das pessoas.

Classe 3

Líquidos inflamáveis–

Líquidos inflamáveis: são líquidos ou misturas de líquidos que contenham sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5 °C.

Classe 4

Sólidos inflamáveis

4.1

Sólidos inflamáveis, substâncias autorreagentes e explosivos sólidos insensibilizados: sólidos que, em condições de transporte, sejam facilmente combustíveis, ou que, por atrito, possam causar fogo ou contribuir para tal.

4.2

Substâncias sujeitas à combustão espontânea: substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em condições normais de transporte, ou a aquecimento em contato com o ar, podendo inflamar-se.

4.3

Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis: substâncias que, por interação com água, podem tornar-se espontaneamente inflamáveis, ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas.

67

Classificação Subclasse Definição

Classe 5

Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos

5.1Substâncias oxidantes: são substâncias que podem causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso.

5.2Peróxidos orgânicos: são poderosos agentes oxidantes, periodicamente instáveis, podendo sofrer decomposição.

Classe 6

Substâncias tóxicas e substâncias infectantes

6.1

Substâncias tóxicas: são substâncias capazes de provocar morte, lesões graves ou danos à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a pele.

6.2Substâncias infectantes: são substâncias que podem provocar doenças infecciosas em seres humanos ou em animais.

Classe 7

Material radioativo– Qualquer material ou substância que emite

radiação.

Classe 8

Substâncias corrosivas–

São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos vivos.

Classe 9

Substâncias e artigos perigosos diversos

–São aqueles que apresentam, durante o transporte, um risco [não] abrangido por nenhuma das outras classes.

SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.

A inclusão de uma substância em uma das classes de risco é definida por critérios técnicos previstos na legislação do transporte rodoviário de produtos perigosos.

Atividade 3reparando as sinalizações

Você já reparou nas sinalizações dos veículos com os quais cruza nas ruas e nas estradas?

Observe as sinalizações a seguir e veja se consegue interpretá-las. Escreva, ao lado de cada uma, o que você acha que ela indica.

68

6

6SUBSTÂNCIAINFECTANTE

8

Identificação dos produtos perigosos – rótulos de risco

Todas as embalagens que contêm produto perigoso devem ser identificadas com rótulo indicativo da classificação do risco daquele produto. Isso também vale para os veículos que transportam esses produtos. Os números das classes e das subclasses são fixados na parte inferior desses rótulos.

A Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004, determina que os rótulos de risco tenham a forma de um quadrado, colocado num ângulo de 45°. Neles, pode haver símbolos, figuras ou expressões referentes à classe e/ou à subclasse do produ-to perigoso.

Ilust

raçõ

es: D

anie

l Ben

even

ti

69

Veja na tabela os modelos usados para os rótulos.

Modelos de rótulos de risco

Classe 1 – Explosivos

Subclasses 1.1, 1.2 e 1.3

1

Símbolo: bomba explodindo.

** (dois asteriscos): local para indicar a subclasse.

* (um asterisco): local para indicar grupo decompatibilidade.

Fundo: laranja.

Número “1” no canto inferior: indica a classe.

Subclasse 1.4

* (um asterisco): local para indicar grupo decompatibilidade.

Fundo: laranja.

Número “1” no canto inferior: indica a classe.

Subclasse 1.5

* (um asterisco): local para indicar grupo decompatibilidade.

Fundo: laranja.

Número “1” no canto inferior: indica a classe.

Subclasse 1.6

* (um asterisco): local para indicar grupo decompatibilidade.

Fundo: laranja.

Número “1” no canto inferior: indica a classe.

1

1.4

1

1.5

1

1.6

Ilust

raçõ

es: D

anie

l Ben

even

ti

70

Modelos de rótulos de risco

Classe 2 – Gases

Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis

Símbolo: chama, em branco ou preto.

Fundo: vermelho.

Número “2” no canto inferior, em branco ou preto.

Subclasse 2.2 – Gases não inflamáveis, não tóxicos

Símbolo: cilindro para gás, em branco ou preto.

Fundo: verde.

Número “2” no canto inferior, em branco ou preto.

2

2

2

2

Ilust

raçõ

es: D

anie

l Ben

even

ti

71

Modelos de rótulos de risco

Classe 2 – Gases

Subclasse 2.3 – Gases tóxicos

Símbolo: caveira, em preto.

Fundo: branco.

Número “2” no canto inferior.

Classe 3 – Líquidos inflamáveis

Símbolo: chama, em branco ou preto.

Fundo: vermelho.

Número “3” no canto inferior, em branco ou preto.

Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis

Subclasse 4.1 – Sólidos inflamáveis

Símbolo: chama, em preto.

Fundo: branco com sete listras verticais vermelhas.

Número “4” no canto inferior.

2

3

3

Ilust

raçõ

es: D

anie

l Ben

even

ti

4

72

Modelos de rótulos de risco

Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis

Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas à combustão espontânea

Símbolo: chama, em preto.

Fundo: metade superior branca e metade inferior vermelha.

Número “4” no canto inferior.

Subclasse 4.3 – Substâncias que, em contato com a água, emitem

gases inflamáveis

Símbolo: chama, em preto ou branco.

Fundo: azul.

Número “4” no canto inferior, em preto ou branco.

Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos

Subclasse 5.1 – Substâncias oxidantes

Símbolo: chama sobre um círculo, em preto.

Fundo: amarelo.

Número “5.1” no canto inferior.

5.1

4

4

4Ilu

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: Dan

iel B

enev

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73

Modelos de rótulos de risco

Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos

Subclasse 5.2 – Peróxidos orgânicos

Símbolo: chama, em preto ou branco.

Fundo: metade superior vermelha e metade inferior amarela.

Número “5.2” no canto inferior.

Classe 6 – Substâncias tóxicas e infectantes

Subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas

Símbolo: caveira, em preto.

Fundo: branco.

Número “6” no canto inferior.

Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes

Símbolo: três meias-luas crescentes superpostas em um círculo, em preto.

Fundo: branco.

Inscrição “SUBSTÂNCIA INFECTANTE”, na metade inferior.

Número “6” no canto inferior.

5.2

5.2

6

6SUBSTÂNCIAINFECTANTE

Ilust

raçõ

es: D

anie

l Ben

even

ti

74

Modelos de rótulos de risco

Classe 7 – Materiais radioativos

Categoria I – Branco Símbolo: trifólio, em preto.

Fundo: branco.

Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de uma barra vermelha, na metade inferior.

Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior.

Número “7” no canto inferior.

Categoria II – Amarela Símbolo: trifólio, em preto.

Fundo: metade superior amarela, com bordas brancas; metade inferior branca.

Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de duas barras vermelhas, na metade inferior.

Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior.

Número “7” no canto inferior.

Categoria III – Amarela

Símbolo: trifólio, em preto.

Fundo: metade superior amarela, com bordas brancas; metade inferior branca.

Inscrição “RADIOATIVO” em preto, seguida de três barras vermelhas, na metade inferior.

Especificação de “CONTEÚDO” e “ATIVIDADE” na metade inferior.

Número “7” no canto inferior.

Classe 8 – Corrosivos

Símbolo: líquidos pingando de dois recipientes de vidro sobre uma mão e um pedaço de metal, em preto.

Fundo: metade superior branca e metade inferior preta com bordas brancas.

Número “8” no canto inferior.

RADIOATIVOCONTEÚDOATIVIDADE

7

CONTEÚDOATIVIDADE

7

RADIOATIVO

CONTEÚDOATIVIDADE

7

RADIOATIVO

8

Ilust

raçõ

es: D

anie

l Ben

even

ti

75

Modelos de rótulos de risco

Classe 9 – Substâncias perigosas diversas

Símbolo: sete listras pretas na metade superior.

Fundo: branco.

Número “9” (sublinhado) no canto inferior.

Fonte: AGêNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT). Resolução nº 420, de 12 de fevereiro de 2004. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/1420/Resolucao_420.html>. Acesso em: 20 mar. 2015.

Além desses símbolos, também é utilizado aquele que indica que o produto ou carga apresenta temperatura elevada:

Sinalização do veículo – painel de segurança

Outra maneira de identificar os produtos perigosos para o transporte é um painel de segurança, de cor alaranjada. Os padrões técnicos desse painel também são determinados pela legislação do transporte de produtos perigosos. Ele informa o número de risco e o número de identificação do produto (ou número da ONU).

O número de risco tem dois ou três algarismos e indica a natureza e a intensidade dos riscos oferecidos pelo produto ou carga, conforme estabelecido na Resolução ANTT no 420, de 12 de fevereiro de 2004.

9

Número de risco

Número da ONU

Ilust

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es: D

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76

op e R a d o R d e em p i l h a d e i R a 2 Arco Ocupacional Tr a n s p o rT e 25

Quando é expressamente proibido o contato do produto com água, aparece uma letra “X” antes do primeiro número de identificação de risco.

Reatividade com água

Número da ONU(Identificador do produto)

Classe de risco

X4232257

Característica do produto

X423

Reage perigosamente com água

Riscos subsidiários: gases inflamáveis

Risco principal: sólido inflamável

Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis

2681005

Gás tóxico e corrosivo

Amônia anidra

2783Número de risco O segundo algarismo

representa o risco subsidiárioNúmero da ONU

63

Riscos subsidiários

Risco principal

Gás tóxico e inflamável263

Gás Tóxico Inflamável

Ilust

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77

Quando o veículo transporta mais de um produto perigoso, o painel de seguran-ça não deve apresentar números:

Significado dos números de risco

Algarismo Significado

2 Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química

3 Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito a autoaquecimento

4 Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a autoaquecimento

5 Efeito oxidante (intensifica o fogo)

6 Toxidade ou risco de infecção

7 Radioatividade

8 Corrosividade

9 Risco de violenta reação espontânea

X Substância que reage perigosamente com água (utilizado como prefixo do código numérico)

Observações:

1. O risco de violenta reação espontânea, representado pelo algarismo 9, inclui a possibilidade,decorrente da natureza da substância, de um risco de explosão, desintegração ou reação de polimerização, seguindo-se o desprendimento de quantidade considerável de calor ou de gases inflamáveis e/ou tóxicos;

2. Quando o número de risco for precedido pela letra X, isso significa que não deve ser utilizada águano produto, exceto com aprovação de um especialista;

3. A repetição de um número indica, em geral, um aumento da intensidade daquele risco específico;

4. Quando o risco associado a uma substância puder ser adequadamente indicado por um únicoalgarismo, este será seguido por zero.

SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.

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78

O número de risco determina o risco principal (primeiro algarismo) e os riscos subsidiários do produto (segundo e terceiro algarismos). Veja a seguir as combinações de números de risco.

Combinações de números de risco

Número de risco Significado

20 Gás asfixiante ou gás sem risco subsidiário

22 Gás liquefeito refrigerado, asfixiante

223 Gás liquefeito refrigerado, inflamável

225 Gás liquefeito refrigerado, oxidante (intensifica o fogo)

23 Gás inflamável

239 Gás inflamável, pode conduzir espontaneamente à violenta reação

25 Gás oxidante (intensifica o fogo)

26 Gás tóxico

263 Gás tóxico, inflamável

265 Gás tóxico, oxidante (intensifica o fogo)

268 Gás tóxico, corrosivo

30Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), ou líquido ou sólido inflamável em estado fundido com PFg > 60,5 °C, aquecido a uma temperatura igual ou superior a seu PFg, ou líquido sujeito a autoaquecimento

323 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis*

33 Líquido muito inflamável (PFg < 23 °C)

333 Líquido pirofórico

X333 Líquido pirofórico, que reage perigosamente com água*

336 Líquido altamente inflamável, tóxico

PFg = ponto de fulgor [temperatura mínima para o vapor de um combustível pegar fogo].* Não usar água, exceto com aprovação de um especialista.

79

Combinações de números de risco

Número de risco Significado

338 Líquido altamente inflamável, corrosivo

X338 Líquido altamente inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água*

339 Líquido altamente inflamável, pode conduzir espontaneamente à violenta reação

36 Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), levemente tóxico ou líquido sujeito a autoaquecimento, tóxico

362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

X362 Líquido inflamável, tóxico, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis*

368 Líquido inflamável, tóxico, corrosivo

38 Líquido inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), levemente corrosivo, ou líquido sujeito a autoaquecimento, corrosivo

382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

X382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis*

39 Líquido inflamável que pode conduzir espontaneamente à violenta reação

40 Sólido inflamável, ou substância autorreagente, ou substância sujeita a autoaquecimento

423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

X423 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis*

43 Sólido espontaneamente inflamável (pirofórico)

44 Sólido inflamável, em estado fundido numa temperatura elevada

446 Sólido inflamável, tóxico, em estado fundido a uma temperatura elevada

46 Sólido inflamável ou sujeito a autoaquecimento, tóxico

462 Sólido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

X462 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases tóxicos*

80

Combinações de números de risco

Número de risco Significado

48 Sólido inflamável ou sujeito a autoaquecimento, corrosivo

482 Sólido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

X482 Sólido que reage perigosamente com água, desprendendo gases corrosivos*

50 Substância oxidante (intensifica o fogo)

539 Peróxido orgânico inflamável

55 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo)

556 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), tóxica

558 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), corrosiva

559 Substância fortemente oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente à violenta reação

56 Substância oxidante (intensifica o fogo), tóxica

568 Substância oxidante (intensifica o fogo), tóxica, corrosiva

58 Substância oxidante (intensifica o fogo), corrosiva

59 Substância oxidante (intensifica o fogo), pode conduzir espontaneamente à violenta reação

60 Substância tóxica ou levemente tóxica

606 Substância infectante

623 Líquido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

63 Substância tóxica, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C)

638 Substância tóxica, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C), corrosiva

639 Substância tóxica, inflamável (PFg 60,5 °C), pode conduzir espontaneamente à violenta reação

64 Sólido tóxico, inflamável ou sujeito a autoaquecimento

642 Sólido tóxico que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

81

Combinações de números de risco

Número de risco Significado

65 Substância tóxica, oxidante (intensifica o fogo)

66 Substância altamente tóxica

663 Substância altamente tóxica, inflamável (PFg 60,5 °C)

664 Sólido altamente tóxico, inflamável ou sujeito a autoaquecimento

665 Substância altamente tóxica, oxidante (intensifica o fogo)

668 Substância altamente tóxica, corrosiva

669 Substância altamente tóxica que pode conduzir espontaneamente à violenta reação

68 Substância tóxica, corrosiva

69 Substância tóxica ou levemente tóxica [que] pode conduzir espontaneamente à violenta reação

70 Material radioativo

72 Gás radioativo

723 Gás radioativo, inflamável

73 Líquido radioativo, inflamável (PFg 60,5 °C)

74 Sólido radioativo, inflamável

75 Material radioativo, oxidante (intensifica o fogo)

76 Material radioativo, tóxico

78 Material radioativo, corrosivo

80 Substância corrosiva ou levemente corrosiva

X80 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, que reage perigosamente com água*

823 Líquido corrosivo que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

83 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C)

82

Combinações de números de risco

Número de risco Significado

X83 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23°C PFg 60,5 °C), que reage perigosamente com água*

839 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C), que pode conduzir espontaneamente à violenta reação

X839Substância corrosiva ou levemente corrosiva, inflamável (23 °C < PFg < 60,5 °C), que pode conduzir espontaneamente à violenta reação e que reage perigosamente com água*

84 Sólido corrosivo, inflamável ou sujeito a autoaquecimento

842 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis

85 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo)

856 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo), tóxica

86 Substância corrosiva ou levemente corrosiva, tóxica

88 Substância altamente corrosiva

X88 Substância altamente corrosiva, que reage perigosamente com água*

883 Substância altamente corrosiva, inflamável (23 °C PFg 60,5 °C)

884 Sólido altamente corrosivo, inflamável ou sujeito a autoaquecimento

885 Substância altamente corrosiva, oxidante (intensifica o fogo)

886 Substância altamente corrosiva, tóxica

X886 Substância altamente corrosiva, tóxica, que reage perigosamente com água*

90 Substâncias que apresentam risco para o meio ambiente; substâncias perigosas diversas

99 Substâncias perigosas diversas transportadas em temperatura elevada

PFg = ponto de fulgor [temperatura mínima para o vapor de um combustível pegar fogo].* Não usar água, exceto com aprovação de um especialista.

SÃO PAULO (Estado). Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Manual de produtos perigosos. Disponível em: <http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.

83

A legislação também determina o posicionamento dos rótulos de risco e painéis de segurança nos veículos que transportam produtos perigosos:

• rótulos de risco: nas duas laterais e na traseira;

• painel de segurança: em quatro posições – nas duas laterais, na traseira e na frente;

• símbolo de temperatura elevada: junto ao painel de segurança, nas quatroposições (nas duas laterais, na traseira e na frente).

Quando o veículo que transporta carga a granel trafegar vazio, mas sem ter passado por processo de descontaminação, ele deve se submeter às mesmas prescrições de veículos carregados.

Identificação de carga a granel – um produto.

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Posicionamento dos rótulos de risco e painéis de segurança para transporte de produtos perigosos.

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Identificação de carga a granel – mais de um produto com mesmo risco.

Identificação de carga a granel – mais de um produto com riscos diferentes.

Identificação de carga a granel – produto transportado a temperatura elevada.

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É importante salientar que todas as classes de risco e suas respectivas subclasses constituem risco em situações de emergência.

Conhecer esses riscos e adotar todas as medidas de prevenção necessárias é de suma importância e evita expor seres humanos, animais e meio ambiente às consequências do contato acidental com esses produtos, além de permitir que o profissional saiba como proceder em situações de emergências.

Documentação obrigatória para manipulação e transporte de produtos perigosos

Para a guarda e movimentação dos produtos perigosos, são obrigatórios alguns documentos de ordem legal e administrativa, tais como: nota fiscal em papel; nota fiscal eletrônica (NF-e); documento auxiliar da nota fiscal eletrônica (Danfe); conhecimento de transporte eletrônico; ordem de coleta; manifesto rodoviário de cargas; ficha de emergência e envelope para transporte; documentos administrati-vos; romaneio de entrega; relatório diário e planilhas.

Vejamos a descrição de alguns desses documentos.

• Nota fiscal: documento de ordem legal, que regulamenta as transações comerciais.Todos os fabricantes ao comercializarem seus produtos devem fornecer a notafiscal, assim como os responsáveis pelo transporte não podem receber o produtosem a emissão desse documento.

• Nota fiscal eletrônica (NF-e): documento de ordem legal, mas com emissãoeletrônica. Registra uma operação de circulação de mercadorias ou prestação deserviços e possui efeito fiscal. Substitui a nota fiscal de papel.

• Documento auxiliar da nota fiscal eletrônica (Danfe): documento simplificadoda NF-e. Nele deve constar o número de 44 dígitos denominado chave de acesso, paraconsulta das informações da NF-e. Fornece informações básicas sobre a operaçãoem curso; auxilia na escrituração das operações documentadas por NF-e (noscasos em que o destinatário não é contribuinte credenciado a emitir NF-e) e aobter a firma do destinatário para comprovação de entrega das mercadorias ouprestação de serviços.

• Conhecimento de transporte eletrônico (CT-e): documento eletrônico obri-gatório para o transporte de carga. Sua via impressa, que deve acompanhar acarga transportada, é chamada de Documento Auxiliar do Conhecimento deTransporte Eletrônico (Dacte).

86

Atividade 4conhecendo os profissionais

1. Muitas pessoas se envolvem no transporte de produtos perigosos, não apenas omotorista. Que outros profissionais você acha que apoiam essa atividade?

2. Você conhece alguém que trabalha com produtos perigosos? Essa pessoa já lhecontou como é esse trabalho? Quais são os cuidados que ela deve ter? Registresuas respostas nas linhas a seguir e compartilhe-as com o monitor e os colegas.

Profissionais envolvidos na operação com produtos perigosos

Todas as pessoas envolvidas na manipulação e operação de transporte dos produtos perigosos são corresponsáveis.

• O expedidor e o transportador são responsabilizados por atos negligentes, de im-prudência e imperícia.

• O condutor do veículo é responsável pela guarda e pela conservação de todos osacessórios e equipamentos do veículo de acordo com as normas técnicas de cadaproduto que transporta.

87

• O arrumador auxilia no carregamento, no descarregamento e no transbordo doproduto e também tem o dever de saber todos os cuidados que deve tomar aomanipular os produtos.

• O conferente verifica toda a documentação da carga (nota fiscal, conhecimentode transporte, manifesto, ficha de emergência e envelope para transporte) ecoordena a guarda conjunta com outros produtos perigosos, pois possui asinformações a respeito de todos os produtos.

Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas.

Brasília: Sest/Senat, 2011.

A importância da conferência de carga

Podemos classificar a conferência de mercadorias em quantitativa ou qualitativa.

A conferência quantitativa tem por objetivo averiguar se a quantidade de produto declarada pelo fornecedor nos documentos fiscais corresponde à quantidade de pro-duto recebida. Uma maneira de realizar esse trabalho é o que chamamos de contagem cega, em que o conferente primeiro faz a contagem dos produtos e, somente depois, checa com a quantidade declarada nos documentos fiscais.

Quanto à conferência qualitativa, podemos dizer que ela complementa a quantita-tiva. Visa a atender às exigências do mercado consumidor na busca pela qualidade dos produtos. Nela, o profissional avalia as dimensões dos materiais, suas caracte-rísticas específicas e as restrições de especificação.

Símbolos de segurança

O manuseio, o transporte e o armazenamento de produtos requerem muito cuida-do e, por isso, é necessário respeitar as características de cada um deles. Com o objetivo de garantir mais qualidade ao trabalho e também para que não haja dano aos produtos, as embalagens são identificadas com alguns símbolos, chamados de “símbolos de segurança”. Conhecê-los é essencial para um trabalho seguro, pois, como vimos no Caderno 1, esses símbolos indicam os cuidados e os procedimentos que são necessários de acordo com o conteúdo de cada embalagem.

Vamos retomar alguns dos símbolos vistos na Unidade 4 do Caderno 1, para com-preendê-los melhor.

88

Símbolo Significado

Indica que a carga é frágil e deve ser manuseada com cuidado, para evitar quebra do produto ou derramamento de seu conteúdo.

Indica que a carga não deve ser suspensa, furada ou movimentada com o auxílio de ganchos.

Indica que a carga deve permanecer posicionada de modo que as setas fiquem apontadas para cima.

Indica que, em caso de transporte com auxílio de guindaste ou ponte rolante, a carga deve ser envolvida por correntes nos locais indicados na embalagem.

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Símbolo Significado

Indica o lado onde está concentrado o peso do produto.

Indica que a carga deve ser mantida em temperaturas controladas.

Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011.

É importante notar que algumas embalagens não exibem símbolos, mas frases ou palavras, como: “Não vire”, “Manter em lugares secos”, “Cuidado, frágil”, “Empilhar máximo de ____ caixas”, “Este lado para cima”.

Outras embalagens não possuem nenhuma simbologia, nem frase. Nessas situações, é de suma importância identificar o conteúdo antes de realizar a movimentação e o transporte, para que o produto seja manuseado com os cuidados necessários.

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Rotinas de segurança do trabalho

A linguagem não verbal

Quando falamos em linguagem, é comum pensarmos logo no uso das palavras faladas ou escritas. Essa é a chamada linguagem verbal. Mas a comunicação hu-mana não se resume apenas a essa linguagem, pois, para nos comunicarmos, utilizamos também recursos como sinais, símbolos, sons, gestos e imagens. Eles são a base da linguagem não verbal.

Você já reparou que vivemos cercados de símbolos e sinais e que muitos deles estão relacionados à saúde e à segu-rança? Esse é o caso dos símbolos que vimos na Unidade anterior, não é mesmo?

A maioria dos sinais e símbolos está relacionada a normas de convivência fundamentadas nas leis que vigoram em nosso país. Nas ruas, nos deparamos a todo momento com placas e sinais que orientam o trânsito, avisando o que é permitido e o que é proibido, alertando quais são os locais prioritários a idosos, gestantes, deficientes etc.

Verbal: Esse termo tem ori-gem no latim verbalis, que por sua vez surgiu de verbum, que significa “palavra”. As-sim, a linguagem “verbal” é aquela que se constitui de palavras, já a linguagem não verbal é aquela que não utili-za as palavras, mas símbolos, sons, imagens, gestos etc.

Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento

Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect). Educação de Jovens e

Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho. Arte, Inglês e Língua

Portuguesa: 6º ano/1º termo do Ensino Fundamental. São Paulo:

Sdect, 2011.

EM CASO DE INCÊNDIONão use o elevador

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Nas escolas, hospitais, lojas, farmácias e prédios, encontramos sinais ou avisos como: “Proibido fumar”; “Cuidado com o piso molhado”; “Em caso de incêndio, não use o elevador”; “Escada”; “Silêncio”; “Não buzine”; “Respeite a fila”; “Respeite a faixade segurança” etc.

Atividade 1lisTando sinais

Reúna-se com três colegas. Elaborem uma lista com dez sinais ou avisos que vocês lembram já terem visto em cada um dos locais informados a seguir e que estavam relacionados a saúde, segurança e prevenção de acidentes.

Empresas Ruas Hospitais

1

2

3

4

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6

7

8

9

10

92

Depois, todos os grupos poderão compartilhar os sinais e avisos dos quais se lem-braram. Com certeza a classe comporá uma lista maior, que evidenciará o quanto a prevenção de acidentes e o respeito à saúde estão presentes em nossas vidas e têm ganhado espaço em nossa sociedade.

Atividade 2o que dizem as foTos?

1. Observe a imagem a seguir.

a) Você já viu essa fotografia?

b) Em sua opinião, que tipo de trabalho esses homens realizam?

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93

c) O que será que eles estavam fazendo no momento da foto?

d) Em que lugar eles estão? Onde estão sentados? Quais elementos podem “com-provar” suas hipóteses?

e) Que título você daria à fotografia?

2. Agora observe esta outra imagem:

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Am

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ano,

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hing

ton,

EU

A

94

a) Que idade você imagina ter a pessoa da foto?

b) Essa é uma fotografia atual? Quais evidências podem “confirmar” sua hipótese?

3. Suponha que as fotografias sejam atuais. Com base nos conhecimentos que vocêjá tem, quais aspectos da legislação trabalhista brasileira estariam sendo desres-peitados nas situações apresentadas?

95

4. Agora, com um colega, comparem suas respostas e asdiscutam. Suas ideias são iguais ou parecidas? Seucolega apresentou algum aspecto da legislação quevocê não tinha percebido? Você concorda com ele?

As fotografias e suas histórias

A primeira fotografia é conhecida mundialmente. Trata--se de Lunch atop a Skyscraper [Almoço no topo de um arranha-céu], fotografia mais famosa de Charles C. Ebbets. O registro é de 1932 e retrata trabalhadores da construção civil almoçando em condições de segurança muito precárias, atualmente inadmissíveis. Do alto, eles conseguiam avistar Nova Iorque (nos Estados Unidos da América), que, na foto, está ao fundo.

Volte e observe a fotografia mais atentamente e veja que os operários não usam cinto de segurança, nem capace-te, o que mostra que qualquer queda poderia ser fatal.

Já a segunda fotografia retrata uma garota em linha de produção da indústria têxtil Cheney Silk Mills em Man-chester do Sul, em Connecticut, nos Estados Unidos.

A fotografia foi tirada por Lewis Hine, em 1924. No começo do século XX (20), muitas crianças trabalhavam nas indústrias estadunidenses.

Atualmente, o trabalho em condições perigosas ou in-salubres é proibido ao menor de 18 anos pela legislação trabalhista brasileira. Fora das áreas de risco à saúde e à segurança, são permitidos apenas os trabalhos técnicos ou administrativos. Ao menor de 16 anos, qualquer tipo de trabalho é proibido, salvo na condição de aprendiz, que pode ser exercida a partir dos 14 anos.

Você sabia?A Norma Regulamenta-dora nº 15 (NR 15) define as atividades ou opera-ções insalubres. Se quiser saber mais, visite o site do Ministério do Trabalho e Emprego.

Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regula mentadoras-1.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015.

Insalubre: 1. Que não é sau-dável. 2. Diz-se de local em que há agentes nocivos à saúde ou em que se dá a exposição a estes acima dos limites de tolerância (cidade insalubre; fábrica insalubre); malsão. [...] 5. Que expõe o trabalhador a agentes noci-vos à saúde ou que propicia esta exposição (condições de trabalho insalubres). 6. Que causa doença(s); nocivo, pre-judicial à saúde (agentes in-salubres).

© Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>

96

Atividade 3roda de conversa

Converse novamente com seus colegas e compare as ideias que vocês discutiram com as informações sobre as histórias das fotografias. Em seguida, anotem a que vocês atribuem a ocorrência dos acidentes de trabalho e qual o papel da legislação para a prevenção de acidentes.

Prevenção de acidentes – o que cabe a cada um?

É fato que em todo e qualquer lugar estamos sujeitos a sofrer acidentes. Você deve conhecer pessoas que já se acidentaram em casa, nas ruas, no local de trabalho ou nas estradas.

Vamos tratar agora mais especificamente dos acidentes de trabalho, aprendendo a fazer sua prevenção.

Para isso, utilizaremos as seguintes ideias de Leonardo Boff:

O grande desafio para o ser humano é combinar trabalho com cuida-

do. Eles não se opõem, mas se compõem.

97

O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que

um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de

atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação,

preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.

BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2012. p. 37 e 111.

Quando um acidente acontece, é muito comum que a causa dele seja atribuída ao descuido de alguém, ao local malcuidado ou a uma falha mecânica nos equipamentos.

Atividade 4acidenTes de Trabalho

Leia a notícia sobre um grave acidente de trabalho ocorrido com um operador de empilhadeira no Estado do Maranhão, em 2013.

Operador de empilhadeira morre em acidente de trabalho

O acidente ocorreu na área da empresa onde ele trabalhava [...]

O operador de empilhadeira D., 22 anos, que morava no Estado do

Maranhão, morreu por volta das 9h deste sábado (18), em um aciden-

te de trabalho [...]. Ele tentava retirar uma empilhadeira de cima do

caminhão de uma empresa de blocos de concreto quando o equipa-

mento caiu sobre o corpo dele. [...]

N. disse que ele e a vítima trabalham há um mês na empresa que

presta serviço a construtora R., e que viu o equipamento desabar do

caminhão. “Meu colega foi retirar a empilhadeira e ela virou, sendo

que ele pulou na mesma direção em que o equipamento caiu e foi

atingido”, lamentou.

98

A. também trabalha na empresa e estava observando D. operar a

máquina para retirá-la do caminhão quando o acidente ocorreu. “Não

sei como, mas ele perdeu o controle da máquina e ela caiu sobre o

corpo dele”, afirmou. De acordo com o funcionário, a máquina deve

pesar cerca de 6 toneladas.

O sargento B., que comandou a equipe do Corpo de Bombeiros no

local do acidente, disse que não poderia fazer o julgamento do caso.

Segundo ele, essa avaliação cabe ao Departamento de Polícia Técni-

ca. “O nosso trabalho foi fazer a retirada do corpo que estava embai-

xo da empilhadeira”, afirmou.

O acidente de trabalho que matou D. causou revolta em algumas

pessoas que moram [...] próximo à empresa de blocos. Bastante ner-

vosa, a dona de casa M. desabafou: “Esse acidente ocorreu por irres-

ponsabilidade da empresa, que não tem uma equipe de segurança

para orientar os trabalhadores”, disse.

Ela informou que o caminhão que transportava a empilhadeira não

tem condições estruturais para suportar uma máquina tão pesada.

Segundo M., momentos antes do acidente o caminhão teria apresen-

tado defeito. Ela observou que a empresa é terceirizada e que não

dispõe de equipamentos de segurança do trabalho.

O corpo foi levado para o Departamento de Polícia Técnica e o caso

deverá ser apurado pela Polícia Civil.

SILVA, Ney. Operador de empilhadeira morre em acidente de trabalho. Acorda Cidade, Feira de Santana, 18 maio 2013.

1. Converse com um colega sobre as possíveis causas desse acidente e sobre comoele poderia ter sido evitado. Escreva suas conclusões nas linhas a seguir.

99

A prevenção de acidentes e sua relação com o local de trabalho, os equipamentos e as pessoas

Em primeiro lugar, a segurança nas empresas é respon-sabilidade da própria empresa, do empregador. As Co-missões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipa) também cuidam da segurança, inclusive porque a legis-lação trabalhista assim determina. E quanto ao traba-lhador? Certamente ele precisa ser cuidadoso, observar todas as normas de segurança para cuidar de si e dos outros.

Podemos afirmar que pelo menos três aspectos precisam ser observados:

• o local de trabalho;

• os equipamentos;

• as pessoas.

Quanto ao local de trabalho

Quando o empregado realiza seu trabalho sem que os equipamentos e as instalações apresentem a segurança necessária para os profissionais, pode-se dizer que ele está em um ambiente de risco, em uma condição insegura de trabalho. Algumas medidas podem evitar essa condição:

• sinalização de segurança;

• prevenção e combate a incêndios.

Sinalização de segurança

A Norma Regulamentadora no 26 (NR 26) determina:

26.1 Cor na segurança do trabalho

26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança em

estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de in-

dicar e advertir acerca dos riscos existentes. [...]

Toda empresa com mais de 20 empregados deve ter uma Cipa,

formada por trabalhadores eleitos pelos colegas. Você pode se

aprofundar no assunto consultando o Caderno do Trabalhador 6 –

Conteúdos Gerais – “Saúde e segurança no trabalho”.

Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015.

100

26.1.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não

ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. [...]

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 26. Sinalização de segurança. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C

816A350AC88201355DE1356C0ACC/NR-26%20(atualizada%202011).pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.

Prevenção e combate a incêndios

O combate a incêndios exige conhecimentos específicos que precisam ser compartilha-dos por todos os profissionais. O operador de empilhadeira também deve estar pronto para combater qualquer foco ou princípio de incêndio em seu equipamento. É preciso saber como evitar que o fogo se inicie, mas, caso isso não seja possível, é necessário combatê-lo com rapidez e eficiência. Em geral, os incêndios iniciam-se em pequenos focos; portanto, controlar os focos iniciais pode evitar acidentes maiores. Para saber a melhor forma de fazer isso, é preciso estar atento às informações presentes a seu redor.

No seu ambiente de trabalho, você poderá encontrar alguns símbolos com informações relacionadas ao risco de incêndio. Essa sinalização geralmente inclui informações de proibição, de alerta e de orientação e salvamento. Veja esses símbolos a seguir.

Código Símbolo Significado

1. Informações de proibição

1 Proibido fumar

2 Proibido produzir chama

3 Proibido utilizar água para apagar o fogo

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Código Símbolo Significado

1. Informações de proibição

4 Proibido utilizar elevador em caso de incêndio

2. Informações de alerta

5 Alerta geral

6 Cuidado, risco de incêndio

7 Cuidado, risco de explosão

8 Cuidado, risco de corrosão

9 Cuidado, risco de choque elétrico

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Código Símbolo Significado

3. Informações de orientação e salvamento

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Saída de emergência13

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15 Saída de emergência

16 Escada de emergência

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Código Símbolo Significado

4. Informações de equipamentos

22 Telefone ou interfone de emergência

23 Extintor de incêndio

24 Mangotinho

25 Abrigo de mangueira e hidrante

26 Hidrante de incêndio

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13434-2. Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

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104

Classes de incêndio, métodos de extinção e extintores

Classe e símbolo Tipo de material Exemplos Método de extinção Extintores

Sólidos que queimam e deixam resíduos

Madeira, papel, tecido, borracha, carvão

Resfriamento

Água, espuma química e espuma mecânica

Líquidos que queimam e não deixam resíduos

Gasolina, álcool, diesel, tíner, tinta, graxa, acetona

Abafamento

Gás carbônico, pó químico seco, espuma mecânica

Elétricos que estão ligados a uma rede elétrica

Quadros de distribuição, equipamentos elétricos, fios sob tensão

Abafamento Gás carbônico, pó químico seco

Metais pirofóricos

Magnésio, zircônio, titânio, alumínio em pó, antimônio

Abafamento Pó químico seco especial

Materiais radioativos

Césio, urânio, cobalto, tório, rádio

Acionar Corpo de Bombeiros 193

Gordura animal e óleo vegetal em estado líquido ou sólido

Óleo de cozinha comercial e industrial

Abafamento Base alcalina

Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas. Brasília: Sest/Senat, 2011.

Quanto aos equipamentos

Existem equipamentos de proteção de uso coletivo e de uso individual.

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são destinados à proteção dos tra-balhadores nos locais de trabalho, por exemplo: circuladores de ar, hidrantes, man-gueiras e detectores de fumaça.

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105

• óculos de segurança: sempre que houver algum risco de ferir os olhos com es-tilhaços ou com grande luminosidade, deve-se utilizar esses óculos como proteção;

De acordo com o item 6.1 da Norma Regulamentadora no 6 (NR 6), Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador, para proteção de riscos que podem ameaçar sua segu-rança e saúde no trabalho.

Para o operador de empilhadeira, os EPI utilizados são:

• capacete: equipamento para a proteção dos trabalhadores que atuam em lugarescom risco de queda de materiais, como armazéns onde produtos podem cair;

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• protetores auriculares: são equipamentos colocados nos ouvidos para protegê-losem locais de trabalho onde os ruídos estejam acima de 85 decibéis; eles evitamque a audição dos trabalhadores seja prejudicada;

• máscara respiradora: os trabalhadores devem utilizar essas máscaras nos locaisonde há grandes concentrações de poeira, gases e tintas;

• botinas ou sapatos: o uso desses equipamentos visa proteger os pés do traba-lhador; existem vários tipos e modelos específicos para cada tipo de piso no qualse exerce a atividade profissional;

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• luvas de segurança: protegem as mãos durante a execução de atividades como atransferência de paletes, arrumação ou manuseio de cargas;

• cinto de segurança: sempre que a empilhadeira estiver em uso, é necessária suautilização.

Com o objetivo de se prevenir acidentes, a Norma Regulamentadora no 11 (NR 11) determina os requisitos de segurança que devem ser observados nos locais de traba-lho, em relação ao transporte, à movimentação, ao armazenamento e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual.

Veja o que a NR 11 estabelece para a atividade do operador de empilhadeira:

11.1 – Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,

transportadores industriais e máquinas transportadoras. [...]

11.1.3 – Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais,

tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga,

pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes,

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transportes de diferentes tipos, serão calculados e construídos de

maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segu-

rança e conservados em perfeitas condições de trabalho. [...]

11.1.3.2 – Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a

carga máxima de trabalho permitida. [...]

11.1.5 – Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o

operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa,

que o habilitará nessa função.

11.1.6 – Os operadores de equipamentos de transporte motorizado

deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de

trabalho portarem um cartão de identificação, com nome e fotografia,

em lugar visível.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 11. Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. Disponível

em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF1FA6256B00/nr_11.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.

Quanto às pessoas

Não bastam locais seguros e equipamentos adequados para que os acidentes não ocorram. É fundamental que as pessoas estejam capacitadas, orientadas e aptas para o desenvolvimento das funções que lhes competem.

Primeiro, todos os operadores de empilhadeira têm de ser submetidos a exames médicos periódicos, atendendo às solicitações de exames complementares quando necessário.

Em relação à aquisição, à utilização e à manutenção dos EPI, a NR 6 estabelece as responsabilidades do empregado e do empregador:

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

109

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso ade-

quado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou

extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção

periódica;

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, poden-

do ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

6.7 Responsabilidades do trabalhador.

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que

se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que

o torne impróprio para uso; e

d) cumprir as determinações do empregador sobre

o uso adequado.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 6. Equipamento de proteção individual –

EPI. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/ 8A7C816A47594D04014767F2933F5800/NR-06%20

(atualizada)%202014.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.

A importância do conhecimento legal em nossas atitudes

Todo trabalho implica responsabilidades, inclusive legais. Aquele que não cumpre essas responsabilidades pode sofrer punições previstas em lei. O artigo 21 do Código Penal prevê que o descumprimento da lei não pode ser

Para conhecer as leis do Código Civil e do Código Penal brasileiros, você

pode consultar o Portal da Legislação. O Código Civil completo está em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm> e o

Código Penal, em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/

Decreto-Lei/Del2848.htm> (acessos em: 20 mar. 2015).

110

justificado pelo seu desconhecimento: dizer que não conhecia a lei não tira a res-ponsabilidade de quem cometeu um ato contra ela.

As penalidades para o descumprimento da legislação trabalhista valem tanto para o empregador quanto para o empregado. Para o empregador, descumprir a lei poderesultar em pena que vai desde o pagamento de multa até a interdição da empresa. Para o empregado, os atos faltosos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) podem ser punidos com medidas que vão desde advertência oral e escrita até demissão por justa causa, dependendo do caso.

Atividade 5analisando a charge

Observe a charge e leia o texto a seguir, procurando estabelecer uma relação entre os dois.

SOMENTE XXX

PESSOASX

AUTORIXXXXNORMAS DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO

AVISO

ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SEGURANÇA E SAÚDE

As qualidades ou virtudes são construídas por nós no esforço que nos

impomos para diminuir a distância entre o que dizemos e o que faze-

mos. Este esforço, o de diminuir a distância entre o discurso e a prá-

tica, é já uma dessas virtudes indispensáveis – a da coerência.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. p. 65.

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Tradução: Eloisa Tavares

111

1. Escreva, nas linhas a seguir, sobre a importância da coerência, do cuidadoe do exemplo nas atitudes e ações das pessoas, quando se trata da segurança eda prevenção de acidentes no trabalho.

2. Reúna-se com mais três colegas e compare sua resposta com as deles. Registremas conclusões do grupo.

112

Avarias, tecnologia, atacado e varejo

Segurança no trabalho com empilhadeiras

Para iniciar esta Unidade, vamos falar de outro aspecto essencial relacionado à segurança no trabalho: as avarias em empilhadeiras.

Não há dúvidas de que as condições do equipamento e de seu uso são fundamentais para garantir a segu-rança daqueles que operam as empilhadeiras.

Além disso, há a questão da proteção do investimento e do patrimônio como forma de controle de custos. Nesse caso, isso significa que o empregador exige que o trabalhador zele pelos equipamentos, a fim de evitargastos desnecessários.

Avaria: 1. Qualquer dano, prejuízo, estrago. 2. Falha, dano, defeito ou mau funcio-namento causado por des-gaste, colisão etc.

© Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>

Atividade 1prevenindo acidenTes

No Caderno 1, você conheceu alguns tipos de empilhadeira e as partes que as compõem.

1. Com base nos conhecimentos que você já possui sobre asempilhadeiras e o funcionamento delas e pensando naspossíveis causas de avarias nesses equipamentos, elaboreuma lista com dez possíveis motivos de acidentes ocasiona-dos pelo descuido do empregador com a manutenção deempilhadeiras ou pela má utilização do equipamento porparte dos empregados.

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8.

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10.

2. Agora, compare os itens que você relacionou com alista de um colega. Em seguida, reflitam juntos sobrea questão proposta e registrem suas conclusões: O mauuso das empilhadeiras pode ser evitado? Como?

Regras para segurança

Apresentamos a seguir algumas das causas mais frequen-tes de avaria em empilhadeiras e instalações e as formas de evitá-las.

É preciso respeitar as regras de segurança: somente pessoal

fisicamente qualificado e treinado deve ser autorizado a operar as

empilhadeiras; o uso de EPI e de roupas adequadas é indispensável;

antes de operar qualquer empilhadeira, faça a inspeção diária.

114

Má condição do piso

Pisos malconservados ou sujos representam perigo e ris-co de acidentes em qualquer lugar onde haja circulação de pessoas e veículos. É muito comum presenciarmos quedas de pessoas e acidentes com veículos em pisos esburacados ou com resíduos. No caso do operador de empilhadeira, passar por cima de restos de madeira, em-balagens plásticas, cordas e cintas pode causar grande dano ao radiador ou ao eixo do equipamento. O motor pode ser danificado, o pneu pode ficar comprometido e o sistema de arrefecimento pode ser destruído caso essescomponentes sejam atingidos por resíduos.

Como evitar?

• Mantenha os pisos sempre limpos e livres de resíduospara que as empilhadeiras possam ser operadas comsegurança.

• Trabalhe somente nas áreas destinadas à circulação deempilhadeiras, conservando esses locais desobstruídos.Obedeça a todas as placas de sinalização de tráfego eaos avisos de precaução.

• Não deixe ferramentas ou outros equipamentos sobrea empilhadeira. Para maior segurança, mantenha de-sobstruído o acesso para os pedais e nunca opere compés ou mãos molhados ou sujos de óleo ou graxa.

Práticas de operação indevidas

Quando a empilhadeira sofre algum impacto contra equipamentos, produtos ou instalações, as consequências podem ser muito sérias. Partes importantes podem ser danificadas: pneus, garfos, rodas etc. Mesmo os opera-dores que têm mais experiência estão sujeitos a acidentes caso tenham de manobrar a empilhadeira ao redor de produtos. Embora tenha sido projetada para carregar, suspender e transportar cargas pesadas, os impactos são uma frequente causa de avarias.

Arrefecimento: Diminuição de temperatura, perda de calor; esfriamento.

© Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>

115

Outro dano ocasionado por operações indevidas ocorre quando o operador empurra ou reboca paletes. Isso pode provocar desgaste prematuro dos pneus, avarias onerosas na transmissão e até perda do controle da empilhadeira, com acidentes graves.

Como evitar?

• Mantenha o local de operação livre do congestionamento de produtos, retirandotudo o que não for necessário para a realização das tarefas.

• Se possível, utilize sistemas monitores de impacto, limitadores de velocidade epara acesso sem chave, que ajudam a reduzir as avarias por impacto.

• Não use os garfos para empurrar cargas, pois isso pode danificar a carga e amáquina. Existem acessórios específicos para puxar e empurrar cargas comempilhadeiras.

• Nunca use a empilhadeira para empurrar ou rebocar outra. Caso ela pare defuncionar de repente, avise imediatamente a pessoa encarregada pela manutenção.

• Tome cuidado ao baixar os garfos, pois pode haver algo embaixo deles.

• Não permita a permanência ou a passagem de pessoas sob ou sobre os garfos ouem qualquer outro acessório instalado na torre de elevação da empilhadeira.

Levantamento inseguro e excesso de velocidade

O excesso de velocidade constitui prática irresponsável também no caso das em-pilhadeiras. A situação é ainda mais grave quando se combina excesso de velocida-de e trabalho com carga pesada ou elevada.

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Como consequência, podem ocorrer danos no equipamento e acidentes graves com pessoas, pois a empilhadeira pode oscilar e tombar com o deslocamento acelerado. Antes de levantar cargas, é preciso conferir o nivelamento dos garfos para assegurar que a operação será efetuada com segurança e equilíbrio da carga.

Como evitar?

• Nunca exceda os limites de peso especificados na placa de identificação daempilhadeira.

• Para manter o equilíbrio, centralize a carga no palete e posicione os garfos juntoàs extremidades laterais do palete. Isso facilita o deslocamento da máquina e podeevitar desperdícios.

• Certifique-se de que a carga está bem empilhada e balanceada entre os dois gar-fos e nunca tente levantar cargas com apenas um deles. O equilíbrio e o balan-ceamento da carga na empilhadeira são fundamentais.

• Nunca faça acrobacias, corridas ou brincadeiras enquanto estiver operando aempilhadeira.

• Nunca permita passageiros nos garfos ou em qualquer outra parte da empilha-deira. O único assento é o do operador.

Equipamentos ou acessórios incorretos

A utilização de equipamentos ou acessórios incorretos pode ocasionar falhas e desgaste prematuro nos componentes da empilhadeira. Um exemplo é o uso de pneus gastos ou inadequados, que contribui bastante para os prejuízos relacionados à manutenção.

Como evitar?

• Escolha corretamente os equipamentos, pois isso é vital para a eficiência e obom desempenho no trabalho com empilhadeiras, além de reduzir os custos demanutenção.

• Substitua pneus gastos ou cortados que possam causar impactos capazes de aba-lar a roda, os componentes do eixo, a carga e o operador.

• Lembre-se de que, diferentemente de um automóvel, as empilhadeiras não sãoequipadas com molas de suspensão que amorteçam os movimentos.

117

Desgaste prematuro dos garfos

Uma consequência do trabalho com pneus gastos é o desgaste prematuro da parte inferior dos garfos. Garfos desgastados põem em risco a capacidade de levantamen-to da empilhadeira e criam um ambiente de trabalho inseguro.

Como evitar?

• Realize inspeções de rotina para que possa trabalhar sempre com garfos seguros.

• Ajuste os garfos para que haja contato entre a carga transportada e a empilhadei-ra propriamente dita, mantendo a carga o mais estável possível.

• Mantenha os garfos o mais longe possível um do outro dentro das aberturas dospaletes. Esse posicionamento é importantíssimo para o equilíbrio da carga.

• Antes de erguer uma carga, certifique-se de que os garfos estão sob toda a exten-são dela. Antes de transportá-la, veja se ela está estável sobre os garfos.

Falha da transmissão

Uma causa muito comum de avarias é utilizar o pedal de aproximação ou de avan-ço lento para descanso e apoio dos pés. Esse procedimento ocasiona falhas em componentes importantes e pode contribuir para aumentar as despesas com avarias na transmissão e a ocorrência de acidentes.

Como evitar?

Utilize o pedal de aproximação somente quando estiver se aproximando de uma prateleira e quiser aplicar os freios sem aumentar a rotação do motor. Quando o sistema hidráulico não estiver em uso, o pedal do freio (intermediário) pode ser usado a fim de parar a empilhadeira.

Atividade 2pesquisa sobre acidenTes de Trabalho

Em dupla, façam uma pesquisa sobre acidentes de trabalho com empilhadeiras. Procurem descobrir se o operador de empilhadeira pode prevenir acidentes e como ele poderia fazer isso.

Para realizar a pesquisa e responder à questão problematizadora, vocês deverão seguir estes passos:

118

1. Pesquisar em sites de busca na internet textos informativos a respeito da ocorrên-cia de acidentes envolvendo empilhadeiras.

2. Ler e selecionar, em comum acordo, pelo menos dois textos pesquisados.

3. Registrar, na tabela a seguir, os dados do site em que as notícias selecionadasforam encontradas, o dia e horário da pesquisa.

4. Identificar o local em que os acidentes ocorreram e suas possíveis causas e regis-trá-los na tabela a seguir.

5. Discutir se, nos casos apresentados nos textos selecionados, o operador de empi-lhadeira poderia ter evitado o acidente ou a existência de vítimas.

Notícia 1 Notícia 2

Site do qual a notícia foi retirada

Local do acidente

Possíveis causas do acidente

Medidas que poderiam ter evitado o acidente ou a existência de vítimas

Qual é a responsabilidade do operador na prevenção de acidentes com empilhadeiras?

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Atividade 3seTe siTuações, seTe erros: inTerpreTando siTuações do

coTidiano do operador de empilhadeira

A seguir, você encontrará sete imagens que representam experiências equivocadas no cotidiano do operador de empilhadeira. Considerando o que você já sabe sobre a segurança e a prevenção de acidentes, descreva o “equívoco” retratado em cada uma das imagens.

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Agora, com a ajuda do monitor, você e seus colegas contarão seus registros uns para os outros. Aproveite para anotar pontos interessantes levantados por seus colegas.

Operar empilhadeiras requer preparação, cuidado e atenção

A seguir, veremos uma lista com itens que todo operador deve observar em relação às normas de segurança.

1. Antes de ligar a empilhadeira, verifique sempre se a marcha está desengatada.

2. Antes de levantar a carga, verifique seu peso e centro de gravidade.

3. Transite sempre com os garfos um pouco acima do chão (15 a 20 cm).

4. Se for andar de marcha a ré: observe com cuidado o piso, as pessoas e os obstá-culos que estiverem nas proximidades.

5. Tire o pé do freio e acelere devagar.

6. Levante a carga da pilha e incline cuidadosamente para trás, o suficiente paraestabilizá-la.

7. Posicione a empilhadeira frontalmente à carga até que esta se encoste à grade deproteção; em seguida, levante os garfos.

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8. Ao inclinar a torre para trás, avalie o tipo de carga que será transportada.

9. Verifique se o piso tem capacidade para suportar o peso da máquina e da carga.

10. Não faça curvas em alta velocidade.

11. Diminua a marcha quando o piso tiver ondulações ou estiver molhado.

12. Quando estiver transportando tambores, evite parar ou ultrapassar os obs-táculos, pois uma parada brusca pode fazer que os tambores se movimenteme caiam.

13. Buzine sempre que se aproximar de pessoas que estejam andando, movimen-tando algum carrinho ou carregando algo, evitando assustá-las.

14. Ao dirigir em rampas, siga sempre com a carga voltada para cima.

15. Nunca deixe a empilhadeira em uma rampa, a menos que o freio de estaciona-mento esteja acionado e as rodas, devidamente calçadas.

16. Não estacione a empilhadeira em lugares em que ela possa obstruir extintoresou hidrantes.

17. Mantenha distância segura em relação a outros veículos.

18. Nunca conduza com parte do seu corpo fora da posição normal.

19. Durante as descargas, não permita a permanência de pessoas ao redor daempilhadeira.

20. Olhe sempre para trás na hora de dar marcha a ré.

21. Comunique imediatamente ao supervisor ou ao responsável pela manutençãoqualquer defeito verificado na empilhadeira.

22. Sempre que não tiver visão de frente, dirija a máquina em marcha a ré.

23. Com a empilhadeira descarregada, conduza-a sempre de frente.

24. Em nenhuma circunstância acrescente contrapeso na empilhadeira para aumen-tar sua capacidade de transporte de carga.

25. Nunca faça reversão (para frente ou para trás) com a máquina em movimento.

26. Não dirija a empilhadeira com a perna esquerda para fora.

27. Nunca transporte pessoas na empilhadeira, qualquer que seja o local e motivoalegado.

124

28. Observe rigorosamente todos os regulamentos e sinalizações de trânsito estabe-lecidos internamente.

29. Não execute meia-volta em rampas ou em plano inclinado, pois há possibilidadede tombamento.

30. Certifique-se de que as rodas e as extremidades da carroceria do caminhãoestão devidamente calçadas antes de entrar nela com a empilhadeira.

31. Verifique o extintor de incêndio.

32. Use luvas, sempre que necessário, para mexer na carga.

33. Nunca solte os garfos no chão, nem mesmo para chamar a atenção de pedestres.

34. Cuidado ao passar embaixo de pontes rolantes: utilize a faixa de segurança.

35. Nunca levante ou transporte carga em uma só lança do garfo da empilhadeira.

36. Não dirija com as mãos molhadas ou sujas de graxa.

37. Tambores devem ser transportados apenas em paletes.

38. Cargas colocadas em carroceria de caminhão devem ser carregadas e descarre-gadas pelo mesmo lado.

39. Antes de sair da empilhadeira, certifique-se de que os garfos estão completa-mente abaixados.

40. Empilhe somente materiais iguais.

41. No caso de tambores, empilhe no máximo três camadas e, entre elas, utilizechapa de madeira.

42. Quando empilhar paletes com sacos, tome cuidado para que a pilha não fiqueinclinada por causa de má arrumação.

43. Quando movimentar paletes no sentido longitudinal (lado maior), coloquealongadores de garfos, para atingir o centro de carga.

44. Redobre a atenção nos empilhamentos a partir de 2 m de altura, pois os equi-líbrios da máquina e da pilha se tornam muito instáveis.

45. Sempre suba na empilhadeira pelo lado esquerdo.

46. Nunca permita a permanência de pessoas debaixo de uma carga suspensa.

47. Antes de iniciar o serviço com a empilhadeira, verifique sempre a tabela deobservações diárias (checklist – fala-se “tchéklist”) deixada pelo outro operador.

125

48. Observe o alinhamento da pilha, na horizontal e na vertical.

49. Não utilize os garfos para empurrar ou puxar qualquer tipo de objeto.

50. Inicie o carregamento de carrocerias de caminhão pela parte da frente e odescarregamento, pela parte de trás.

Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas.

Brasília: Sest/Senat, 2011.

Atividade 4conhecendo a ocupação

1. Leia a entrevista a seguir. Ela traz o depoimento de um operador de empilhadei-ra que atua em uma empresa no interior de São Paulo.

Entrevistador: Qual seu nome?

Adaire: Adaire Alves Vicente.

E.: Adaire, há quanto tempo você atua como operador de empilhadeira?

A.: Nesta empresa, há quatro anos, mas antes eu trabalhei em outra empresa por dois anos e meio.

E.: Para começar a atuar como operador de empilhadeira, qual a formação que você teve?

A.: Eu trabalhava em uma empresa e daí surgiu a oportunidade de trabalhar como operador, mas eu não tinha o curso. Então, eles ofereceram o curso, eu fiz e, no final, fiz uma prova. Daí eu comecei a trabalhar com a empilhadeira.

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126

E.: Precisa ter a carteira de motorista ou não?

A.: Sim, tem de ter antes a carteira de motorista.

E.: E como é, em geral, a sua rotina de trabalho?

A.: Eu chego às seis da manhã e antes de trabalhar a gente faz a ginástica laboral. Depois vou até a empilhadeira para fazer o checklist dela, para ver se está tudo [certo], se não tem nenhum defeito.

E.: E se você chegar e tiver algum defeito?

A.: Daí eu vou marcar no checklist e chamo o encarregado para passar para ele estar ciente.

E.: Quem são os outros profissionais que trabalham diretamente com você?

A.: Trabalham os outros operadores de empilhadeira, que a gente trabalha em conjunto, e tem o pessoal da parte de separação e carregamento, que trabalha sepa-rando os produtos. A gente [os operadores de empilhadeira] trabalha abastecendo os pickings (fala-se “piquins”) para eles [o pessoal da separação e carregamento] pegarem esses produtos e também os paletes fechados.

E.: O que seria o picking?

A.: Os pickings são as áreas de separação dos produtos picados, como, por exem-plo, dez caixas, vinte caixas. E ficam sempre no nível 1, na parte térrea para faci-litar a retirada. Mas os paletes fechados aqui têm cem caixas e ficam nas partes altas, [em] que a gente pega com a empilhadeira e deixa no picking. O picking é a área térrea.

E.: Você já sofreu algum acidente com a empilhadeira?

A.: Não, eu não. Eu já vi uma empilhadeira quase tombar porque o operador subiu com ela numa rampa. E daí ela quase tombou, mas não chegou a tombar, não.

E.: Se você fosse dar um conselho para uma turma que está fazendo o curso para operador de empilhadeira, o que você diria?

A.: Bom, é uma responsabilidade muito grande, porque você está lá trabalhando tanto com equipamento que é muito caro, com produtos que você está movimentan-do que têm valor e tem vidas de pessoas, que é mais importante. Porque às vezes você está operando a empilhadeira e tem pessoas à sua volta, o paleteiro, por exemplo, que está andando com carrinho. Então, você tem de estar sempre muito atento ao

127

que está fazendo e não fazer nada se não tiver certeza do que está fazendo, como no caso de alguma manobra mais arriscada. Você tem de ter certeza do que vai fazer, para evitar acidente. O operador de empilhadeira precisa ter responsabilidade e tem de ter muita atenção no que você faz, se você não estiver concentrado no que está fazendo, pode causar um acidente.

E.: E você gosta dessa atividade?

A.: Vixe, eu gosto bastante, eu gosto! Quando eu entrei aqui, foi difícil procurar uma vaga, tinham seis operadores esperando e me falaram que era melhor eu procurar outra função dentro da empresa porque ia ser muito difícil, mas graças a Deus chegou a oportunidade.

E.: Quando você entrou nesta empresa o que você fazia?

A.: Quando eu entrei aqui eu carregava caminhão, carregava carga. Daí eu trabalhei um bom tempo, depois trabalhei no recebimento também, até que chegou a minha oportunidade.

E.: Você acha que o operador precisa desenvolver quais capacidades?

A.: Tudo que você faz no seu dia a dia tem de fazer com segurança e responsabili-dade, isso vai lhe promover, para que você tenha outras oportunidades dentro da empresa. Porque, se você não faz as coisas direito, como vai ter outra função mais exigente, se a primeira você não fez direito?

E.: Você faz outros cursos aqui na empresa ou não?

A.: A gente faz outros cursos de reciclagem.

E.: E você também faz exames de saúde?

A.: Sim, a gente faz exame do coração e eletroencefalograma, anualmente.

E.: As empilhadeiras são diferentes, tem vários tipos. Isso diferencia o manejo?

A.: Sim, tem diferença. Mas aqui a gente só trabalha com a elétrica. Aqui não usamos outro tipo de empilhadeira, como a gás, porque polui e estamos em ambiente fechado.

E.: E o uso do coletor de dados, como funciona?

A.: De manhã, quando entro, cada operador tem uma senha. Então, todas as ope-rações que eu faço de movimentação dos produtos ficam armazenadas. Se eu fizer algum procedimento errado, vai ficar marcado ali. Cada operador tem sua senha.

128

E.: No curso de operador de empilhadeira que você fez, você aprendeu a usar o coletor de dados?

A.: Não, isso eu aprendi foi aqui na empresa. No curso só aprendi a operar a empi-lhadeira mesmo, mas é no dia a dia que você pega a prática. Eu operei empilhadei-ra no curso, mas lá foi em espaços maiores, era diferente.

2. Em grupo de quatro pessoas, respondam às questões a seguir, levando em contaa entrevista que vocês acabaram de ler e os conhecimentos que adquiriramaté aqui.

a) Qual é a importância do checklist na rotina de trabalho do operador de empilhadeira?

b) Como a formação continuada do operador de empilhadeira pode contribuir parasua qualificação? Citem exemplos.

129

c) Vocês identificam a presença de recursos tecnológicos na prática do operador deempilhadeira? Quais?

Tecnologia – vilã ou aliada do emprego?

A tecnologia tem se mostrado uma ferramenta útil, principalmente entre os jovens, na busca por uma vaga no mercado de trabalho. Por outro lado, muita gente acre-dita que a tecnologia é a grande culpada pelo desemprego no mundo. Esse é um tópico polêmico. O que você pensa sobre ele? Será que o desemprego existe porque os trabalhadores não estão qualificados?

Um ponto indiscutível é que as novas tecnologias exigem novos conhecimentos e habilidades, requerem de todos nós um pensamento mais abstrato. E a escola tem um importante papel para que esses novos conhecimentos cheguem a todos.

Atividade 5o avanço Tecnológico

1. A universalização do acesso à tecnologia e os impactos que ela gera no mercadode trabalho são assuntos muito discutidos atualmente. Leia a matéria de jornala seguir, que trata desse tema.

130

Mais da metade da população não tem acesso à internet

Dados da pesquisa Pnad do IBGE mostram que a proporção de pes-

soas que utilizaram a internet passou de 20,9% em 2005 para 46,5%

em 2011

O aumento da renda, o acesso ao de mercado de trabalho, o crédito

fácil e a perda do “medo” da tecnologia entre os mais velhos foram

fatores decisivos para a inclusão digital no País, entre 2005 e 2011,

porém mais da metade da população de 10 anos ou mais de idade

ainda não tem acesso à internet. Dados da Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (Pnad) 2011 divulgados pelo Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a proporção de pes-

soas que utilizaram a internet passou de 20,9% para 46,5%.

Em seis anos, houve um aumento de 45,8 milhões de internautas –

média de quase 21 mil por dia. Utilizaram a internet no período de três

meses antes da data da entrevista 77,7 milhões de brasileiros com

10 anos ou mais de idade, em 2011.

Embora ainda sejam as mais resistentes à rede mundial de computadores,

as pessoas de 50 anos em diante tiveram peso decisivo no aumento

da legião de internautas: passaram de 7,3% para 18,4% do total da

população nesta faixa etária. Em números absolutos, foi o maior

crescimento, passando de 2,5 milhões de usuários nesta faixa etária

para 8,1 milhões – crescimento de 222%.

Outro crescimento significativo aconteceu no outro extremo, com os

internautas de 10 a 14 anos. Em 2005, 24,3% das crianças acessavam

a internet, proporção que saltou para 63,6% em 2011.

A pesquisa levou em consideração apenas os acessos à internet por

computador, não houve perguntas sobre acesso por meio de telefones

celulares e tablets.

“A inclusão digital se dá sem medo entre os jovens. Entre os mais

velhos, demora um pouco, mas é crescente, inclusive para acesso a

banco, para declarar imposto de renda”, diz o coordenador de trabalho

e rendimento do IBGE, Cimar Azevedo.

131

Embora a renda seja um fator importante de acesso à internet, é in-

teressante notar que as mulheres jovens, que têm renda menor que

os homens, porém maior escolaridade, estão mais na rede mundial

de computadores do que os homens. E há mais usuários da internet

na população com renda de 3 a 5 salários mínimos do que entre os

que ganham mais de 5 salários mínimos. A explicação é que a faixa

mais rica da população é também a faixa mais velha, ainda “engati-

nhando” no mundo virtual.

Os técnicos do IBGE chamam atenção para o grande salto entre os

alunos da rede pública que passaram a ter acesso à internet no espa-

ço de seis anos. A pesquisa não investigou o local de acesso (se o

trabalho, a residência, a escola ou locais públicos como bares e lan

houses) e por isso não é possível associar o crescimento à distribuição

de computadores nas escolas públicas, mas, para Cimar Azevedo, é

um forte indicativo da inclusão digital entre os mais pobres. Em 2005,

apenas 24,1% dos alunos da rede pública usavam a internet, proporção

que cresceu para 65,8% em 2011.

MAIS da metade da população não tem acesso à internet. O Estado de S. Paulo, 16 maio 2013. Negócios. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/

economia-brasil,mais-da-metade-da-populacao-nao-tem-acesso-a-internet,153863e>. Acesso em: 20 mar. 2015.

2. Com ajuda do monitor, a classe deve ser organizada em quatro grupos. Cada umdeles deve debater uma das questões a seguir.

• Grupo 1: O desenvolvimento das tecnologias ajuda ou atrapalha os empregos?

• Grupo 2: “Não haverá melhorias enquanto apenas um pequeno grupo tiver acessoa todos os meios possíveis de tecnologias em detrimento dos demais excluídos.”Vocês concordam com essa afirmativa? Justifiquem a resposta.

132

• Grupo 3: Como a tecnologia poderia ser uma aliada do emprego?

• Grupo 4: Qual a importância da educação para o emprego nesse contexto dedesenvolvimento das tecnologias?

Se necessário, retomem a leitura do texto.

Anotem as conclusões do grupo.

Os grupos devem apresentar suas conclusões. Compartilhem ao máximo suas reflexões, para que toda a classe debata o assunto.

133

Atividade 6Trabalhando com charges

Observe as charges a seguir e atribua um título a cada uma delas, justificando sua escolha.

“Temos aqui todos os equipamentos tecnológicos de última geração.Você gostaria de enviar um email pra ele?”

Randy Glasbergen.www.glasbergen.com

Sob a orientação do monitor, compartilhe suas respostas com os colegas.

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andy

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sber

gen

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sber

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Tradução: Eloisa Tavares

134

Atividade 7aTacado e varejo

Você sabe a diferença entre atacado e varejo? Escreva o que sabe a respeito de cada um deles nas linhas a seguir.

Atacado:

Varejo:

Diferenças entre a função de atacadista e a de varejista

O operador de empilhadeira atua em grandes e pequenos armazéns nos setores atacadista e varejista. Vejamos as principais diferenças entre os dois setores.

O foco principal do setor atacadista é o atendimento aos varejistas, ou seja, a reven-da. O setor varejista, por sua vez, se ocupa da venda ao consumidor final.

Geralmente, o atacadista realiza compras em quantidades maiores do que os vare-jistas e, assim, consegue obter preços melhores junto aos fabricantes. Além disso, é comum que os atacadistas possuam áreas de armazenamento mais amplas do que os varejistas e, por isso, suas empresas se localizam em áreas mais periféricas. Já os varejistas instalam-se em regiões mais centrais das cidades, afinal, seu alvo é o consumidor final.

Essas diferenças influenciam no tipo de empilhadeira que deverá ser adquirida pela empresa, bem como nos mecanismos de controle de estoque e transporte de mer-cadorias. A maior ou menor capacidade do armazém e a quantidade de mercadorias estocadas implicam a utilização de diferentes empilhadeiras para o transporte, de acordo, por exemplo, com o peso das cargas.

135

Atividade 8enTrevisTas

Visite duas empresas, uma do setor atacadista e outra do setor varejista, e entrevis-te um operador de empilhadeira em cada uma delas. Antes disso, organize um roteiro de perguntas com o objetivo de descobrir as diferenças e as semelhanças dessas empresas em relação a:

• capacidade de transporte de cargas das empilhadeiras utilizadas;

• número de operadores e de empilhadeiras que existem na empresa;

• atividades diárias desenvolvidas pelos operadores;

• outros profissionais que frequentam o local de trabalho.

Feitas as entrevistas, registre como funciona cada setor e, depois, as semelhanças e as diferenças encontradas.

Características do setor atacadista:

Características do setor varejista:

Semelhanças:

Diferenças:

136

Este capítulo tem por finalidade a prática de direção de empilhadeira (sob supervisão especializada). Operações de guiar para esquerda/ direita/ frente/ ré; carregamento; elevação de carga; transporte de carga; manobras.

4 Projeto de Logística

137

138

Regras para operar empilhadeirasVeja quais as ações que o operador deve ter antes, durante e depois de usar o equipamento

Todas as empresas que

empregam operadores de

empilhadeiras devem asse-

gurar que os operadores do

equipamento sejam capa-

zes de executar as atividades exigidas.

Eles também devem ser treinados e

avaliados para determinar suas quali-

ficações. Os operadores também devem

ser regularmente reavaliados com

treinamento complementar aplicado

conforme necessário.

O treinamento deve incluir tanto

instruções em sala de aula quanto

exercício práticos específicos para os

tipos de equipamentos que o treinando

será autorizado a operar. O conteúdo

do programa devem incluir avaliação e

treinamento de reforço ou corretivo e

manutenção do registro de certificação

exigido do empregador.

139

Regras para operar empilhadeirasVeja quais as ações que o operador deve ter antes, durante e depoisde usar o equipamento

Função do equipamentoOs operadores devem entender

como e onde cada tipo de empilha-

deira será usada. O manual de ope-

ração fornecido com a unidade cobre

as partes básicas do equipamento,

localização e função dos controles

e outras informações específicas

sobre aquela máquina. A função

do equipamento deverá cobrir no

mínimo as seguintes áreas: direção,

capacidade e peso da empilhadeira,

estabilidade do equipamento, con-

troles, visibilidade, equipamento de

proteção do operador, dispositivos

de sinalização sonoros e visuais

e acessórios.

DireçãoMuitas empilhadeiras são diri-

gidas pelas rodas traseiras e elas

podem se deslocar para o lado muito

rápido durante uma curva enquanto

avançam para frente. Esse movi-

mento é chamado “rabeadas”. Os

operadores devem estar cientes das

“rabeadas” e sempre verificar para

que a área do giro esteja livre antes

de virar.

Capacidade e pesoA capacidade e peso da empi-

lhadeira equipada estão exibidos na

placa de capacidade, que informa

peso e centro de carga. A capacidade

é a carga máxima que a empilhadeira

pode operar. O centro de carga é a

distância da face frontal dos garfos,

até o centro de gravidade da carga.

Também se assume que a localização

do centro de gravidade na direção

vertical não é maior que a dimen-

são do centro de carga horizontal

especificado.

Em empilhadeiras elétricas, a bate-

ria é parte do contra-peso. A placa de

capacidade dá o peso aproximado do

equipamento com a bateria instalada.

Também fornece os pesos mínimo e

máximo da bateria. Se a bateria for

trocada ou substituída, o peso deve

atender as especificações encontra-

das na placa de capacidade e ficar

adequadamente localizada dentro do

compartimento da bateria.

Para manter a

estabilidade, as

cargas precisam estar

dentro da capacidade

da empilhadeira,

centralizadas e com

o garfo abaixado

140

Operadores devem saber como executar

a inspeção no início de turno. Se algo

que afeta o uso do equipamento for

dectado, ele deve ser retirado de serviço

Estabilidade É importante lembrar que se as

empilhadeiras não forem operadas

adequadamente, elas podem tombar

o que resultará em sérias lesões ou

morte. Os operadores devem estar

cientes que uma empilhadeira, numa

curva, realmente tombará mais

fácil quando vazia do que quando

carregada com a carga abaixada.

Mas em todos os casos (carregada

ou descarregada) a estabilidade é

afetada pela superfície na qual o

veículo está trabalhando. A fim de

manter a estabilidade, é preciso que

as cargas fiquem dentro do limite de

capacidade da empilhadeira, centra-

lizadas e balanceadas, abaixadas em

deslocamento e sem inclinar o mastro

muito para frente ou para trás com a

carga elevada.

VisibilidadeEmpilhadeiras são projetadas para

elevar e movimentar cargas. Mas podem

existir casos em que a carga obstrui ou

reduz a visibilidade à frente do opera-

dor. Nesse caso, o equipamento deve

ser operado em ré. Contudo, existem

algumas tarefas em que é necessário

se deslocar à frente indiferente da

visibilidade. Isso acontece quando os

operadores estão entrando e saindo de

carretas, se deslocando em rampas, re-

tirando ou depositando cargas. Quando

for necessário se deslocar numa direção

onde a visibilidade está bloqueada, a

área deve estar isenta de pessoas e

outra pessoa deve auxiliar o operador.

AcessóriosExiste uma ampla gama de aces-

sórios para empilhadeiras. Todos os

acessórios exigem treinamento do

operador antes do uso. Fabricantes

de acessórios fornecem materiais

de treinamento que podem ajudar

os operadores a melhor entender as

características e limitações desses

produtos. Eles também devem estar

cientes de como os acessórios afetam

a capacidade da empilhadeira.

Inspeção no início do turnoOperadores de empilhadeira de-

vem saber como executar a inspeção

no início de turno. Se alguma coisa

que afeta o uso do equipamento for

detectada, o equipamento deve ser

imediatamente retirado de serviço

(equipamento identificado e chave

retirada). A falha deve ser reparada

por um mecânico treinado antes da

unidade ser colocada novamente em

serviço. Os itens a serem verificados

incluem equipamento de proteção do

operador; condição e desgaste do garfo,

condição e pressão do pneu, níveis de

óleos, níveis de combustível, condição e

nível de eletrólito da baterias, direção,

controles e instrumentais, verificação

geral de trincas, danos ou vazamentos,

funcionamento do freio e correto fun-

cionamento do mecanismo de elevação.

Reabastecimento e troca de bateria

Informações gerais de segurança

referentes aos combustíveis, gasolina,

GLP e diesel estão cobertas no manual

de operação. Deve-se exercer cautela

para garantir que os operadores sigam

as regras de segurança ao reabastece-

rem empilhadeiras.

Como no reabastecimento, as in-

formações gerais de segurança para

verificação, troca e carga de baterias

estão cobertas no manual de operação.

Desligando o equipamentoQuando o operador desliga o

equipamento, os garfos ou acessó-

rios devem ser totalmente abaixados

e inclinados para frente (as portas

dos garfos devem tocar o chão), os

controles devem estar na posição

neutra e o freio de estacionamento

acionado. Se o operador se afastar

mais de 7,5m do equipamento ou sair

do seu alcance de visão, o motor deve

ser desligado, a transmissão manual

se estiver equipada deve permanecer

engatada e a válvula do tanque de

GLP (se usar esse combustível) deve

ser fechada. É recomendado que os

equipamentos não estacionem em

rampas. Contudo, se a empilhadeira

precisar ser deixada numa rampa, é

preciso calçar as rodas para que não

se movimente.

Respeito aos limitesInstruir os operadores para movi-

mentarem apenas cargas seguramente

organizadas e estáveis dentro do

limite de capacidade do equipamento.

Os operadores nunca devem ser soli-

citados a movimentarem cargas mais

pesadas que o limite de capacidade da

empilhadeira. Ao movimentar cargas

longas, largas ou altas, é importante

verificar todas as passagens e estar

ciente que essas cargas podem afetar

as características de movimentação da

empilhadeira.

Ao remover uma carga, os gar-

fos devem ser colocados sob a mais

distante possível com o mastro ligei-

ramente inclinado para trás Deve-se

tomar cuidado quando a carga for

elevada pois ela não deve ser inclinada

para frente exceto quando estiver na

posição correta para ser depositada.

Ao empilhar, usa-se apenas uma incli-

nação para trás.

141