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SUMÁRIO 1. Motores de Corrente Contínua (C.C.) e Corrente Alternada (C.A.) 4 2. Motores de Corrente Alternada Assíncronos 4 3. Motores de Corrente Alternada Síncronos 6 4. Motores de Corrente Contínua 6 5. Motores de Indução Trifásicos (com Rotor Gaiola) 6 6. Características Elétricas do Motor 7 7. Ligação de Motores 8 8. Motores de Corrente Contínua (C. C.) 11 9. Quadros Elétrico 13 10. Centro de Controle de Motores (CCM's) 19 11. Dispositivos de Proteção 19 12. Medição de Corrente Alternada 32

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SUMÁRIO

1. Motores de Corrente Contínua (C.C.) e Corrente Alternada (C.A.) 4

2. Motores de Corrente Alternada Assíncronos 4

3. Motores de Corrente Alternada Síncronos 6

4. Motores de Corrente Contínua 6

5. Motores de Indução Trifásicos (com Rotor Gaiola) 6

6. Características Elétricas do Motor 7

7. Ligação de Motores 8

8. Motores de Corrente Contínua (C. C.) 11

9. Quadros Elétrico 13

10. Centro de Controle de Motores (CCM's) 19

11. Dispositivos de Proteção 19

12. Medição de Corrente Alternada 32

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1. MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA (C.C.) E CORRENTE

ALTERNADA (C.A.)

Os motores elétricos são máquinas que transformam energia elétrica em energia mecânica. As

aplicações desse tipo de máquina são quase que ilimitadas: bombas, ventiladores,

compressores, talhas, guindastes, etc. As principais peças (componentes básicos) de qualquer

tipo de motor são:

a) Estator

Formado por três elementos: carcaça (estrutura suporte das peças estatóricas), núcleo

(constituído de chapas magnéticas fixas à carcaça, feitas de silício, bom condutor magnético)

e enrolamento (feito geralmente de fios de cobre esmaltado).

b) Rotor

Formado também por três elementos básicos: eixo (responsável pela transmissão da potência

mecânica produzida no motor), núcleo (constituído de chapas magnéticas semelhantes às

placas do estator) e enrolamento (nem sempre presente em todos os rotores, feitos de fios de

cobre esmaltado).

As figuras (fig1.1 e fig.1.2) respectivamente nos mostra o rotor e o estator de um motor de

corrente alternada.

Fig. 1.1

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Fig. 1.2

O princípio de funcionamento dos motores elétricos baseia-se na propriedade de atração e

repulsão de um campo eletromagnético. Em qualquer motor a corrente elétrica que passa pelo

enrolamento do estator produz um campo eletromagnético (semelhante ao campo magnético

de um ímã) que é utilizado para movimentar o rotor e consequentemente a carga acoplada ao

seu eixo.

Em instalações industriais, podemos encontrar motores alimentados por circuitos de corrente

alternada (motores C.A.) ou circuitos de corrente contínua (motores C.C.). Os tipos mais

comuns de motores elétricos são estes citados a seguir.

2. MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA ASSÍNCRONOS

Motores de indução funcionam com velocidade constante, que varia ligeiramente com a carga

mecânica aplicada. A principal característica dos motores de indução é que somente o

enrolamento do estator está ligado à rede de alimentação.

O rotor não é alimentado externamente e as correntes que circulam nele são "induzidas" pelo

campo eletromagnético do estator. O rotor dos motores de indução podem ser de dois tipos:

rotor-bobinado que possui um enrolamento curto circuitado semelhante ao enrolamento do

estator e rotor gaiola (gaiola de esquilo) formado por um conjunto de barras não isoladas

interligadas por anéis em curto circuito.

3. MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA SÍNCRONOS

Funcionam com velocidade fixa, independente da carga acoplada. Nos motores síncronos, a

rotação é diretamente proporcional à freqüência da rede.

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4. MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA

Geralmente utilizados em situações em que haja necessidade de um controle "preciso" de

velocidade.

Os motores de indução trifásicos (com rotor gaiola) e os motores de corrente contínua são

largamente utilizados em instalações industriais. A seguir é feita uma descrição mais

detalhada desses tipos de motores.

5. MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS (COM ROTOR GAIOLA)

Os motores de indução trifásico são os motores mais encontrados em instalações industriais.

A simplicidade de funcionamento, a robustez, os baixos custos de compra e manutenção e a

vida útil elevada são características que o tornam o tipo de motor mais comum nas indústrias.

A figura 2 nos mostra o motor de indução trifásico com rotor gaiola, que possui as principais

peças a seguir:

a) ESTATOR Formado pela carcaça, núcleo de chapas magnéticas e pelo

enrolamento trifásico.

b) ROTOR Formado por um conjunto de barras não isoladas (interligadas por anéis

em curto circuito) e pelo eixo (responsável pela transmissão da potência mecânica à

carga).

c) CAIXA DE LIGAÇÃO Onde são encontrados os terminais de ligação com a rede

elétrica.

d) TAMPAS DIANTEIRA E TRASEIRA Providas de furos para a passagem do ar,

pemitem a ventilação do motor e servem de suporte para os mancais.

e) MANCAIS (DE ROLAMENTOS): Peças mecânicas que dão sustentação ao

rotor e permitem que ele gire em torno do seu eixo de maneira que suas partes externas

não toquem na superfície do estator.

f) PLACA DE IDENTIFICAÇÃO Nela estão contidas as principais informações

técnicas do motor.

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6. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DO MOTOR

As principais características elétricas que determinam as condições de operação do motor são:

a) ESCORREGAMENTO(S) O motor de indução opera normalmente, a uma velocidade

constante (velocidade assíncrona), que varia ligeiramente de acordo com a carga mecânica no

seu eixo. Essa velocidade está bem próxima da velocidade síncrona do motor, diretamente

proporcional à freqüência da rede. A velocidade síncrona do motor pode ser calculada

segundo a fórmula :

V120 x f

p

onde ,

V é a velocidade síncrona em rpm.

f é a freqüência de operação do motor.

p é o número de pólos do motor.

A diferença entre a velocidade síncrona e a velocidade assíncrona (velocidade de rotação do

eixo do motor) é conhecida como escorregamento. O escorregamento também pode ser

expresso em valores percentuais como mostra a equação a seguir:

Sns n

nsx

100

onde,

S é o valor percentual do escorregamento.

ns é a velocidade síncrona do motor.

n é a velocidade assíncrona do motor.

b) POTÊNCIA NOMINAL (Pn) É a potência ativa, em KW, que o motor pode fornecer

no eixo em regime contínuo, desde que o motor opere dentro das condições especificadas.

c) TENSÃO NOMINAL (Vn) É o valor eficaz da tensão de linha para a qual o motor foi

projetado para trabalhar.

Fig 2

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d) CORRENTE NOMINAL (In) É o valor eficaz da corrente de linha que o motor

solicita quando trabalha com valores nominais de tensão, potência e freqüência.

e) FREQUÊNCIA NOMINAL (Fn) Freqüência de operação para a qual o motor foi

projetado (em geral 60hz).

f) FATOR DE POTÊNCIA (cos) fator de potência do motor.

g) RENDIMENTO ( ) É a relação da potência transmitida ao eixo e a potência entregue

ao motor.

h) VELOCIDADE ( N ) Velocidade assíncrona do motor quando operando nas condições

normais de tensão, corrente e freqüência.

7. LIGAÇÃO DE MOTORES

Dependendo da maneira como são conectados os terminais das bobinas dos enrolamentos

estatóricos, o motor pode ser ligado às redes de alimentação, energizadas em diferentes níveis

de tensão.

A maioria dos motores é fabricada para operar em circuitos trifásicos supridos por tensões de

220V e 380V ou ainda, 220V e 440V. As ligações são estas mostradas no item 7.1.

-7.1 - Ligações

- Ligação Série-paralela

Neste caso, conforme figuras 3, 4, 5 e 6 abaixo, o enrolamento de cada fase é dividido em

duas partes. Estes motores possuem nove terminais acessíveis externamente, sendo a

tensão nominal dupla de 220V ou 440V a de maior utilização.

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- Ligação estrela-triângulo.

Os motores podem ser ligados em estrela, fig 7 ou em triângulo, fig. 8 dispõem de seis

terminais acessíveis externamente. Quando a ligação é feita em estrela. cada bobina fica

submetida a uma tensão raiz de três veses menor do que a tensão de alimentação, tendo a

corrente circulante valor igual a corrente de linha. Quando a ligação é feita em triângulo cada

bobina fica submetida à tensão da rede, tendo a corrente circulante valor de raiz de três vezes

menor que a corrente do que a corrente de linha ou seja:

Ligação em estrela: Vf = VL / 3 e If = IL.

Ligação em triângulo: Vf = VL e If = IL / 3 .

Fig.7. Ligação em estrêla. Fig.8 ligação em triângulo.

A identificação dos terminais de início e fim de uma bobina é feita somando-se 3 ao número

que marca o início desta, obtendo-se o outro terminal correspondente. Isto pode ser observado

nas figs 7 e 8, ou seja ao terminal 1 soma-se o três e obtém-se o terminal 4. Sempre os

terminais 1, 2 e 3 são utilizados para a ligação a rede de suprimento.

- Ligação em tripa tensão nominal.

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Neste caso o motor deve ter 12 terminais acessíveis. O enrolamento de cada fase é dividido

em duas partes, caracterizando a ligação série-paralela. As figuras 9, 10 e 11 mostram as

ligações possíveis destes motores em sistemas elétricos industriais com as tensões de

suprimento mais usuais.

Fig 9 Fig. 10

Fig.11.

7.2 -. Operação e cuidados especiais

A vida útil de um motor de indução, no que diz respeito a parte elétrica, depende diretamente

da vida útil da isolação do enrolamento do estator. Esta, por sua vez, é afetada por muitos

fatores como umidade, ambientes corrosivos, vibrações, etc.

Porém o principal fator que contribui para o envelhecimento da isolação do enrolamento do

estator, é a temperatura de trabalho do motor.

Alguns cuidados importantes podem ser tomados com o intuito de "preservar" o motor e

garantir o seu funcionamento normal:

Evitar partidas consecutivas do motor. Para "partir" um motor de indução é necessária uma

corrente elevada (da ordem de 5 a 8 vezes a corrente nominal). Essa corrente, conhecida

como corrente de partida, aquece rapidamente o enrolamento do estator.

Portanto, partidas consecutivas podem aquecê-lo excessivamente, reduzindo a sua vida útil.

Para evitar esse tipo de ocorrência, deve-se obedecer às seguintes restrições :

- Duas partidas sucessivas podem ser feitas, desde que a primeira com o motor a frio

(temperatura ambiente) e a segunda logo a seguir.

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- Uma partida pode ser feita com o motor a quente, ou seja, com os enrolamentos à

temperatura de regime.

- A primeira condição ocorre, em geral, quando a primeira partida do motor é inibida pela

atuação por exemplo de um dispositivo de proteção (relé térmico, por exemplo).

- A segunda condição ocorre, em geral, em situações de sobrecarga do motor, falta de energia

momentânea na rede, etc.

Esse tipo de cuidado deve ser tomado principalmente em motores de média (4,l6KV) e alta

tensões (13,8KV) , cujas correntes de partida são de valores muito elevados.

Sempre que possível, observar através de instrumentos, a corrente de regime (operação

normal) dos motores. Os motores elétricos foram projetados para trabalhar com correntes de

operação menores ou iguais a corrente nominal do motor In.

Situações de sobrecarga (operação do motor com correntes acima da corrente nominal),

podem danificar seriamente a sua isolação.

Motores que apresentam ruídos ou vibrações não operam em condições normais. Um motor

desligado (com seu circuito de alimentação aberto), porém rodando, apresenta níveis de tensão

em seus terminais de alimentação que podem oferecer riscos de vida. Portanto, nunca deve-se

tocar em um motor (mesmo que ele esteja desligado) que estiver girando.

8. MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA (C.C.)

Os motores de corrente contínua são motores de custo elevado de compra e manutenção e são

alimentados por fontes de corrente contínua. Esse tipo de motor é bastante utilizado em

aplicações onde haja a necessidade de controle de velocidade, por permitirem um controle

preciso e ajustável numa faixa larga de valores.

As figuras (fig.12.1 e fig.12.2) respectivamente nos mostra o rotor (armadura) e o estator

(campo) um motor de corrente contínua :

Fig. 12.1 Fig. 12.2

Escovas e porta escovas As escovas de carvão são peças responsáveis pela ligação elétrica

entre a fonte de alimentação e o rotor. Essa "ligação" é feita através do anel comutador cuja

superfície é "tocada" pelas escovas de carvão durante o funcionamento do motor. O porta

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escovas sustenta e posiciona as escovas de carvão de tal forma que elas fiquem

geometricamente dispostas em sua superfície.

Mancais (Dianteiro e traseiro) - Peças mecânicas que dão sustentação ao rotor e

permitem que ele gire em tomo do seu eixo, de maneira que suas partes externas não toquem

na superfície do estator.

Placa de identificação Nela estão contidas as principais informações técnicas do motor.

Características Elétricas As principais características que determinam as condições de

operação dos motores de corrente contínua são:

Potência Nominal Potência ativa, em KW, que o motor pode fornecer a carga

(depende da rotação do motor).

Tensão nominal de excitação (campo) Valor da tensão contínua nominal que deve

ser aplicada nos terminais do enrolamento de campo (estator) do motor.

Rotação Nominal Velocidade, em rpm do motor (geralmente dada em função da

tensão de armadura).

Tensão nominal de armadura Valor da tensão contínua nominal que deve ser

aplicada nos terminais da armadura (rotor) para produzir a rotação desejada.

Rendimento Relação entre a potência entregue ao eixo e a potência transmitida do

motor.

Corrente Nominal Valor da corrente que o motor solicita quando trabalha nas

condições nominais de tensão e potência. É dado em função da rotação do motor.

- Operação e Cuidados Especiais

O bom funcionamento e desempenho dos motores de corrente contínua dependem

principalmente do estado de conservação das escovas de carvão. Pode-se dizer que elas são os

pontos mais vulneráveis do motor e as principais fontes de problemas . As escovas se

desgastam com o tempo e a medida que o desgaste aumenta, diminuem as possibilidades de

um funcionamento adequado dos motores CC. Com a finalidade de evitar esse tipo de

problema, algumas medidas importantes devem ser tomadas :

Observar o nível de “faiscamemento” produzido pelas escovas no comutador dos motores

CC. O nível de “faiscamento” aceitável é aquele que apresenta centelhas discretas e

intermitentes ao longo de toda a região de contato, sem apresentar projeções incandescentes

(fagulhas).

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Observar o desgaste das escovas de carvão. As escovas devem se desgastar uniformemente

no porta escovas e não devem estar excessivamente desgastadas (caso contrário, devem ser

trocadas).

Observar a colocação da superfície do comutador (em contato com as escovas). Em

condições normais de operação, a superfície do comutador deve apresentar uma coloração

marrom escuro e semi-fosca.

A limpeza interna dos motores de corrente contínua é fundamental para o seu bom

funcionamento partículas de poeira estranhas ao motor podem penetrar na região de contato

das escovas prejudicando o seu desempenho.

9. QUADROS ELÉTRICOS

Os quadros elétricos constituem em pontos nodais de uma rede de distribuição, e servem para

unir, separar e/ou proteger as diferentes partes desta, permitindo a distribuição de energia

elétrica para diversos pontos de uma instalação.

A função básica dos quadros elétricos é de abrigar toda a aparelhagem elétrica de distribuição,

comando, controle, proteção, medição e sinalização, de forma que sejam montadas

mecanicamente em suportes apropriados, de modo a proteger as partes sob tensão expostas

contra contatos acidentais por pessoas ou objetos estranhos.

Os quadros elétricos podem ser fabricados com funções específicas (distribuição, comando,

controle, proteção, medição e sinalização) ou com mais de uma função. Um quadro de

distribuição (QD), por exemplo, pode possuir equipamentos de proteção e medição.

A seguir, podemos observar os principais equipamentos utilizados na montagem de um

quadro elétrico :

a) Equipamentos de distribuição São equipamentos destinados a distribuir energia

elétrica.

b) Barramento Barras de cobre instaladas no interior dos quadros elétricos

responsáveis pela distribuição de energia em todo o quadro elétrico.

c) Fiação Condutores em geral.

d) Disjuntores Dispositivos de comando e proteção, com ou sem carga.

e) Secionadoras Dispositivos de manobra sem carga.

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Fig.13 ( chave seccionadora fusível )

Obs: As chaves seccionadoras utilizadas para distribuição ou força geralmente não podem

abrir sob carga.

f) Contatores São chaves que podem estabelecer, conduzir e interromper correntes

de operação normal do circuito. Essas chaves são comandadas remotamente (por relés,

chaves de comando, termostatos, etc ).

Fig.14.

g) Isoladores São peças feitas de material não condutor cuja finalidade é isolar os

pontos do circuito. Os isoladores podem ser feitos de fibra de vidro, porcelana e etc.

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Fig. 15

- Equipamentos de comando : São equipamentos utilizados para energizar / desenergizar

outros equipamentos elétricos por ação manual ou remota do operador.

a) Disjuntores Dispositivos de comando e proteção, com ou sem carga.

b) Seccionadores Dispositivos de manobra sem carga.

Obs : As chaves seccionadoras utilizadas para comando, capazes de interromper correntes de

operação normal, são conhecidas como seccionadoras interruptores ou seccionadoras sob

carga. Esse tipo de chave é bastante encontrada em sistemas de baixa tensão e gavetas de

CCM'S.

c) Contatores São chaves que podem estabelecer, conduzir e interromper correntes

de operação normal do circuito. Essas chaves são comandadas remotamente (por relés,

chaves de comando, termostatos, etc . ).

d) Relés de comando chaves manuais utilizada para comandar disjuntores,

secccionadores, etc.

e) Botoeiras são chaves de comando, do tipo “push-bottom” muito utilizadas para

comando em localidades remotas (próximo a carga e distante da fonte).

Acionador

(botão)

Bloco de contatos

( miolo)

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manut. eletrica.doc 16

Fig .16

- Equipamentos de medição Equipamentos destinados a medir grandezas elétricas para

indicação visual ou proteção de sistemas elétricos.

a) Transformador de corrente São dispositivos que "transformam" correntes

segundo uma relação fixa I1 / I2 (corrente primário/corrente secundário). Em geral a corrente

do circuito primário desses transformadores é elevada (chegando a centenas de ampares) e a

corrente do circuito secundário é baixa (da ordem de 5 A) muito utilizada em amperímetros,

relés de proteção, etc.

b) Transformador de potencial São dispositivos que "transformam" tensão

segundo uma relação fixa V1/V2 (tensão primário / tensão secundário). Em geral, os

transformadores de potencial transformam tensões elevadas em tensões menores para serem

utilizadas em voltímetros de painel. reles de proteção, etc...

c) Voltímetros Medidor de painel que informa o valor da tensão de pontos do

circuito. Os voltímetros podem medir tensão alternada ou tensão contínua. No caso dos

voltímetros de tensão alternada, o valor exibido no dial é sempre o valor eficaz de tensão. Na

figura 17 podemos observar voltímetros de painel.

Fig. 17- Voltímetro de painel

d) Amperímetro Medidor de painel que informa o valor de corrente de um ramo do

circuito. Os amperímetros podem medir corrente alternada ou corrente contínua. No caso de

amperímetros de corrente contínua, o valor exibido no dial é sempre o valor eficaz de

corrente. Na fig. 18 podemos observar amperímetros de painel.

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manut. eletrica.doc 17

Fig. 18 ( amperímetro de painel)

e) Wattímetro Medidor de painel que informa a potência consumida por um

determinando circuito em KW.

f) Varímetro Medidor de potência reativa de um circuito em KVAR.

g) Cosfímetros Mede o fator de potência (cos ) de um circuito.

Fig. 19 - Cosfímetro

h) Integradores de energia Medem a energia consumida por um circuito em Kwh.

i) Frequencímetro Através do princípio da ressonância mecânica mede a freqüência de

operação de um circuito em Hz.

Fig 20

j) Chaves comutadoras/seletoras de voltímetro e amperímetro São chaves utilizada

em circuitos trifásicos para comutar leituras de tensão ou correntes de diferentes fases em

apenas um instrumento de painel.

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manut. eletrica.doc 18

Figura - 21 ( Chave comutadora ).

- Equipamentos de proteção - Equipamentos destinados a proteger sistemas elétricos contra

possíveis falhas.

a) Relés de Proteção (eletromecânicos ou eletrônicos) .

Sobrecorrente

Sobretensão

Subtensão

Falhas nos motores

Diferencial

b) Fusíveis Retardados , rápidos e ultra-rápidos.

c) Disjuntores Termomagnético e eletromagnético.

- Equipamentos de sinalização/indicação - Destinados a advertir através de sinais acústicos

ou ópticos estados de operação ou falha no sistema elétrico.

Lâmpadas

Sinaleiras

Buzinas

Indicadores digitais

10. CENTRO DE CONTROLE DE MOTORES (CCM'S)

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manut. eletrica.doc 19

São quadros de distribuição de energia formados por duas unidades.

- Unidades de Distribuição

- Unidades de Comando do Motor

As unidades de distribuição devem incluir disjuntores operáveis externamente com proteção

de sobrecorrente para o circuito.

As unidades de comando de motor são unidades que devem incluir interruptor operável

externamente, proteção de sobrecorrente para o circuito e um contator com eventuais

equipamentos auxiliares.

A figura 22 nos mostra a vista frontal de um CCM de baixa tensão e seus principais

elementos.

Fig. 22

11. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

Os dispositivos de proteção de um sistema elétrico são utilizados com a finalidade de proteger

as instalações contra falhas como : curto circuito, sobrecarga, falta de fase, etc.

Os elementos de proteção mais comuns são os fusíveis e os relés de proteção, sendo os

últimos, responsáveis por quase a totalidade das funções de proteção. Os disjuntores são

também dispositivos de proteção, porém somente quando comandados por relés, caso

contrário, funcionam apenas como elemento de manobra.

O princípio de funcionamento e as variações desses tipos de dispositivos serão descritos nos

itens subsequentes.

11.1 - Fusíveis

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manut. eletrica.doc 20

A função principal do fusível é interromper correntes de curto circuito. Um fusível deve ser

capaz de conduzir a corrente nominal do circuito. Em geral, os fusíveis são dispositivos que

se destroem quando atuam como proteção e portanto devem ser trocados quando atuarem.

Dentre os principais tipos de fusíveis, podemos citar:

- DIAZED : De fabricação Siemens, utilizados em circuitos de baixa tensão na

proteção de circuitos de comando e condutores das redes de energia.

- SILIZED : De fabricação Siemens, são fusíveis ultra rápidos, ideais para proteção de

equipamentos que utilizam dispositivos semicondutores (tiristores e diodos) e aplicações

onde haja necessidade de uma interrupção quase que imediata de corrente de curto cirtuito.

- FUSÍVEIS NH : De fabricação Siemens, são fusíveis próprios para proteger

circuitos, que em serviço estão sujeitos à sobrecarga de curta duração, como por exemplo na

partida direta de motores trifásicos com rotor gaiola.

- FUSÍVEIS SITOR : De fabricação Siemens, são fusíveis ultra-rápidos, especialmente

indicados a proteção de diodos e tiristores em retificadores e conversares.

A figura 23, 24 e 25 nos mostra os dois tipos de fusíveis mais utilizados na proteção de um

sistema elétrico.

Fig. 23 fusíveis DIAZED e NH.

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manut. eletrica.doc 21

Fig. 24 (conjunto DIAZED ) Fig. 25 ( conjunto NH )

11.2. Relés de Proteção

Os relés de proteção respondem por quase a totalidade dos dispositivos de proteção e são

utilizados em circuitos de baixa, média e alta tensão. As principais falhas que podemos

encontrar nos circuitos elétricos são: curto circuitos, sobrecargas, variações do nível de

tensão e variações na freqüência de operação.

Em função disso, existe uma variedade considerável de relés, com diferentes funções de

proteção. Dentre os relés mais encontrados em ações instalações industriais podemos citar:

- Relés bimetálicos: Esses dispositivos são largamente utilizados em sistemas de

baixa tensão, principalmente em gavetas dos CCM'S. São relés que acionam a

bobina do contator ligada a ele, protegendo o circuito contra possíveis sobrecargas.

Seu princípio de funcionamento baseia-se na dilatação não uniforme de dois corpos

metálicos diferentes. O relé bimetálico é constituído basicamente por duas placas

de metais diferentes coladas entre si que se contorcem, quando submetidas a

correntes elevadas, de maneira que seus contatos, ao abrirem, possam desenergizar

a bobina do contator a ele ligado.

O tempo de operação desse tipo de relé obedece a uma curva IxT : nela podemos

estimar tempo de atuação do relé em função da corrente que passa por ele.

Base

Garra

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manut. eletrica.doc 22

Fig. 26 – Curva de operação de um relé térmico.

- Relés eletromagnéticos e estáticos: Os relés eletromagnéticos (fabricados com

componentes eletromecânicos) e os relés estáticos (fabricado com dispositivos

eletrônicos) são equipamentos mais sofisticados, utilizados em geral para a

proteção de circuitos de média e alta tensão. Esses tipos de relés possuem

contatos de saída que são utilizados para comandar os disjuntores do circuito que

eles protegem.

Os relés de proteção são classificados quanto a grandeza que os sensibilizam :

Corrente

Tensão

Freqüência

Potência

Impedância

E quanto a temporização atuação instantânea, atuação temporizada com retardo dependente da

amplitude da grandeza medida, atuação temporizada com retardo independente da grandeza

medida.

Em função disso, foi estabelecida uma numeração padrão (ASA), que determina a função

exercida por um relé.

Os principais tipos de relés de proteção são :

a) Relés de sobrecorrente (função 50, para relés de sobrecorrente instantâneos)

b) Relés de sobrecorrente temporizado. Função 51 para os temporizados.

Protegem o sistema contra correntes muito elevadas, tais como as correntes de curto circuito

ou de sobrecarga de grande valor. O relé de sobrecorrente instantâneo atua quase que

instantaneamente quando submetido a um valor elevado de corrente e o relé temporizado atua

de acordo com uma curva de atuação I x T.

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manut. eletrica.doc 23

No caso dos relés de sobrecorrente temporizado, quanto maior for a corrente que atravessa

seus terminais, menor será o seu tempo de atuação. Esses tipos de relés podem proteger

também o sistema contra curto circuito para o terra. Nesse caso as funções são codificadas

como 50N (para relés instantâneos) e 5 I N (para relés temporizados).

c) Relés de subtensão (função 27 para relés instantâneos ou temporizados).

d) Relés de sobretensão (função 59 para relés instantâneos ou temporizados)

Os relés de subtensão e sobretensão geralmente estão ligados aos barramentos dos quadros

elétricos (QD’s, CCMs, TC ). Sua finalidade é protegê-los contra subtensões (tensões muito

baixas) ou sobretensões (tensões elevadas) que possam prejudicar o funcionamento dos

equipamentos ligados aos barramentos, ou até mesmo danificá-los.

Da mesma forma que os relés de sobrecorrente, os relés de subtensão podem atuar

instantaneamente ou temporizados. No caso de relés temporizados, o tempo de atuação

obedece a uma curva de atuação IxV (corrente x tensão): para relés de subtensão, essa curva

nos mostra que quanto menor for a tensão “lida” pelo relé, menor será seu tempo de atuação e

portanto, mais rapidamente será dado o comando de abertura para o disjuntor a ele ligado.

Analogamente, para os relés de sobretensão, quanto maior for a tensão lida pelo relé em um

determinado barramento, menor será o seu tempo de atuação.

O esquema de um disjuntor e relés de corrente e tensão, completo, é mostrado na Fig 28.

Fig.28

- Relé de proteção de motores

Esse tipo de relé é bastante utilizado na proteção de motores de corrente alternada de média e

alta tensão. Por possuir internamente várias funções de proteção implementadas, é também

conhecido como relé multifunção. As funções disponíveis são:

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manut. eletrica.doc 24

Função 49 (sobrecarga térmica): Essa função protege o motor contra possíveis

sobrecargas (corrente de operação acima da corrente nominal do motor). O princípio de

operação é semelhante ao princípio de operação dos relés de sobrecorrente: quanto maior for a

corrente "lida" pelo relé, menor será o seu tempo de atuação e portanto mais rapidamente

será aberto o disjuntor ligado ao motor. Contudo, a proteção contra sobrecarga térmica

apresenta uma característica especial: nela o regime e serviço do motor é considerado e

portanto existem duas condições de operação (duas curvas) que determinam a temporização

da função: uma com o motor a frio e outra com o motor quente.

Além disso, o relé reconhece internamente (através de uma prévia calibração) as

características de resfriamento do motor que determinará quando ele poderá ser realizado caso

o relé tenha atuado. Por exemplo, suponha um motor de média tensão operando normalmente

logo após a partida. Como o motor partiu "a frio", a curva obedecida pelo relé é a curva de

condição a frio. Se por algum motivo houver uma sobrecarga, o relé atuará abrindo o

disjuntor ligado ao motor.

Quando o relé atuar, ele passa a contar o tempo de resfriamento do motor impedindo o

operador de partir novamente o motor até que o motor se resfrie o "suficiente" para permitir

uma nova partida. Quando o motor foi "liberado", a curva de operação obedecida pelo relé

será a curva a condição "a quente" e portanto, caso haja uma nova sobrecarga (mesmo que

em níveis iguais de corrente), o tempo de atuação do relé será diferente e menor do que o

tempo de atuação na condição "a frio". Esses tipos de considerações são feitas no intuito de

evitar a deterioração do isolamento do motor (bastante sensível à temperaturas elevadas).

Função 50 (sobrecarga instantânea / curto-circuito): Essa função é utilizada para proteger

os motores contra curto circuitos bifásicos, trifásicos e eventualmente entre uma fase e o terra

(em sistemas com o neutro aterrado). Essa função protege também o circuito de alimentação

do motor.

A função 5ON ou 5OG (sobrecarga instantânea): Essa função protege o motor e o circuito de

alimentação do motor contra curtos circuitos entre qualquer um dos condutores e a massa do

motor (ligado a terra).

Função 48 (partida prolongada): Esta é uma das funções mais importantes para os motores

que são acionados em carga. Ela supervisiona as condições de partida da máquina, isto é,

verifica se o escorregamento (do motor de indução) é normal ou se o rotor do motor está

bloqueado. Em outras palavras, essa função permite proteger o motor em situações que a

carga em seu eixo esteja muito elevada.

O tempo máximo de partida do motor (tempo em que a corrente de partida atravessa seus

terminais) depende da carga acoplada ao seu eixo. Vale lembrar que o valor (amplitude) da

corrente de partida independe da carga acoplada, ou seja, a corrente de partida com o motor

desacoplado tem o mesmo valor que a corrente de partida com a carga acoplada.

O que varia, na realidade, é o tempo de acionamento do motor (tempo para entrar em regime

de operação normal). Portanto, tempos de partida prolongados denotam cargas excessivas no

eixo do motor e devem ser evitadas.

Função 37 (corrente a vazio ou perda de carga): Essa função é utilizada para prevenir

anomalias

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manut. eletrica.doc 25

no funcionamento do motor quando por algum motivo há uma redução brusca na carga

acoplada.

Função 46 (desequilíbrio de cargas): Motores de indução trifásicos devem operar com valores

equilibrados de corrente nas três fases, ou seja, as amplitudes das correntes de operação do

motor nas fases R, S e T devem ser aproximadamente iguais. Correntes com valores

desequilibrados implicam num mau funcionamento do motor, fato que pode ter conseqüências

desastrosas em um processo, além de contribuir para a redução da sua vida útil. As fontes

mais comuns de desequilíbrio de cargas são:

Queima de fusível em uma das fases

Falta de fase nos terminais do motor

Tensões desequilibradas na fonte de alimentação

Curto circuito incipiente entre espiras do enrolamento

Enrolamento do motor mal projetado.

- Entrada de Energia em Média-Tensão

A partir da entrada em tensão pela concessionária, é necessário um processamento

média-tensão, com sistema de proteção, comando, e controle que segue esquemas tradicionais

e de acordo com a concessionária de energia.

O diagrama unifilar da figura 29, é característico de uma instalação elétrica industrial

com entrada de serviço subterrânea. Estão mostrados, apenas, os principais elementos de uso

mais comum numa planta industrial cujo conhecimento é de importância relevante.

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manut. eletrica.doc 26

CL1 CL2

1 2

3

4

ALIMENTADOR CONSECIONÁRIA

Ponto de

entrega

(poste)

5

Medidores

KWh-Kw

KVarh

Posto de

medição

6

7

8

Posto de

proteção

9

Posto de

transformação

10

11

12 13

14A

15

16

17

18

19

V

BARRA DE B.T

20

21

22

MMM

Fig.29

1. Pára-raios tipo válvula,

2. Chave fusível indicadora de

distribuição,

3. Cabo isolado,

4. Transformador de corrente,

5. Transformador de potencial,

6. Chave seccionadora tripolar,

7. Relé eletromagnético,

8. Disjuntor tripolar a pequeno

volume de óleo,

9. Transformador de potência,

10. Cabo isolado para 750V,

11. Disjuntor termomagnético,

12. Fusível tipo NH,

13. Fusível tipo NH,

14. Amperímetro,

15. Comutador para amperímetro,

16. Conjunto fusível Diazed,

17. Lâmpada de sinalização,

18. Comutador para voltímetro,

19. Voltímetro,

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20. Chave seccionadora tripolar,

21. Contator tripolar,

22. Relé térmico

11.3. Disjuntores

Os disjuntores, com já foi dito, são também dispositivos utilizados na proteção de circuitos. A sua

atuação, como elemento de proteção, depende de um comando externo de um relé de proteção sem

o qual ele se torna um simples elemento de manobra. Mesmo os disjuntores de baixa tensão, que

não recebem nenhum comando externo, operam em função da atuação de elementos internos de

proteção que funcionam como relés.

Os disjuntores de baixa tensão Diaquick da SIEMENS, muito utilizados em painéis de luz,

possuem internamente dois elementos de proteção que funcionam como relés atuando diretamente

nos contatos do disjuntor.

- Elemento Térmico

Cujo princípio de funcionamento é o mesmo dos relés térmicos. Esse elemento protege o circuito

contra sobrecargas, sua atuação é temporizada.

Na figura 30 temos a vista explodida de disjuntor de baixa tensão.

Fig 30 – disjuntor de baixa tensão

- Disjuntores de Média e Alta Tensão

São dispositivos eletromecânicos utilizados na proteção de circuitos elétricos. Na sua concepção

básica, podemos dizer que um disjuntor interliga dois pontos de um circuito elétrico através de seus

contatos principais. Esses contatos por sua vez , devem ser capazes de :

Estabelecer, conduzir, e interromper correntes sob condições normais de operação

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Manutenção Elétrica.doc 28

Interromper correntes sob condições normais de operação(correntes de curto-circuito e de sobre

carga).

Fig. 31 - disjuntor de média e alta tensão

A função principal do disjuntor é interromper a corrente originada por alguma falha no circuito no

menor espaço de tempo possível. A abertura e o fechamento dos contatos principais dos

disjuntores, geralmente é comandada por relés de proteção (relés térmicos, relés de sobrecorrente)

Um disjuntor quando instalado sem relés de proteção, funciona apenas como dispositivo de

manobra capaz de realizar ações como se fosse um contator.

Durante a operação de abertura de contatos de um disjuntor, há a formação de um arco elétrico, o

qual deve ser imediatamente eliminado, caso contrário o circuito ligado ao disjuntor, pode ser

danificado.

Este tipo de fenômeno é mais crítico em disjuntores de alta tensão, onde geralmente são

interrompidas correntes de grande valor e o poder destrutivo do arco é bem maior ( alta capacidade

de ruptura alta potência de curto- circuito).

Vários recursos são usados para inibir e eliminar a formação do arco elétrico. Em função disso

podemos classificar os disjuntores quanto a forma de interrupção:

a) Disjuntores a óleo São geralmente utilizados em sistemas de baixa é média tensão

neste tipo de disjuntor, o meio de extinção do arco (formado pela separação dos contatos) é o óleo.

O arco quando formado é imediatamente envolvido por uma primeira camada de óleo que é

aquecida e gaseificada , como a tendência dos gases é elevar-se para a superfície do óleo, nessa

trajetória o arco é levado pelas bolhas de gás, alongando-se e resfriando-se até ser extinto .

Fig 32 – disjuntor a óleo

Câmara de extinção do arco elétrico com

12 lâminas, assegurando uma rápida

dissipação de energia

Relé eletromagnético para proteção contra

curto-circuito.

Mecanismo de disparo de ação ultra-

rápida.

Contatos de prata de elevada

condutibilidade fundidos diretamente nas

lâminas.

Relé térmico para proteção contra

sobrecargas.

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Manutenção Elétrica.doc 29

Os disjuntores a óleo podem ser a grande volume de óleo (GVO ) ou a pequeno volume de óleo

( PVO ), em muitos casos os disjuntores a óleo são instalados em quadros elétricos são instalados

em execução extraível e podem ser facilmente removidos para manutenção.

b) Disjuntores a vácuo Utilizados em sistemas de baixa e média tensão. Neste tipo de

disjuntor, o vácuo é o meio de extinção. Os disjuntores a vácuo são utilizados em instalações onde o

número de manobras é grande pois oferecem um menor risco do que com a utilização de disjuntores

a óleo.

c) Disjuntores a SF6 Geralmente utilizado em sistema de alta tensão (tensões

superiores a 15 KV) e em subestações elétricas. Os disjuntores a SF6 utilizam o hexafluoreto de

enxofre SF6 como meio de extinção do arco elétrico.

O SF6 é um gás eletronegativo e portanto tem capacidade de capturar com certa facilidade, elétrons

livres ( provenientes do arco elétrico), reduzindo o efeito do arco a medida que a sua corrente se

aproxima de zero.

Outra característica importante deste gás é a sua rigidez diéletrica , capacidade de isolar tensões

elevadas, aumenta substancialmente com a pressão, sendo assim, o recipiente que contém este tipo

de gás é sempre mantido sob pressão. A figura a seguir nos mostra o disjuntor SF6 da SPRECHER

ENERGIE muito utilizado na proteção de subestações de alta tensão.

Fig. 33

d) Disjuntores a seco Utilizam como meio de extinção do arco elétrico o ar e portanto

realizam a interrupção sob condições atmosféricas. Os processos mais comuns de interrupção no ar

são:

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Manutenção Elétrica.doc 30

Alongamento do arco Esse é o processo mais simples e rudimentar de

interromper extinção do arco. Nele, são utilizados duas hastes metálicas, em forma de chifres

por onde o arco se desloca, a medida em que o arco se aquece, até a sua extinção.

Alta velocidade de manobra Consiste em abrir os contatos com uma velocidade

elevada de forma a se conseguir tempo relativamente curto de separação do contatos e

consequentemente a extinção do arco.

Fracionamento do arco Nesse processo são utilizadas câmaras de materiais

incombustíveis contendo uma certa quantidade de lâminas metálicas ( de cobre ou aço inox ),

cuja função, é dividir e resfriar o arco, facilitando a sua extinção.

Sopro magnético Nesse processo são utilizadas duas bobinas, excitadas pela

corrente do circuito a ser interrompido, cujo campo magnético resultante provoca o

deslocamento do arco para o interior da câmara desionizante, fracionando-o, resfriando-o e

extinguindo-o na primeira passagem pelo zero.

- Operação e cuidados especiais Os disjuntores como já foi dito são dispositivos capazes de

interromper, conduzir e restabelecer correntes sob condições normais de operação e ainda

interromper correntes sob condições anormais de operação. Portanto:

Toda a vez que se deseja abrir um circuito energizado e em plena carga o primeiro dispositivo a

ser aberto é o disjuntor

Toda a vez que se deseja fechar um circuito para se energizar uma carga o último dispositivo a ser

fechado deve ser o disjuntor.

Em situações anormais de operação ( sobrecarga ou curto circuito por exemplo),caso os

dispositivo não atuem, o disjuntor deve ser aberto o mais rápido possível.

Alguns cuidados especiais devem ser tomados para garantir a boa operação de alguns tipos de

disjuntores.

No caso de disjuntores a SF6, deve-se sempre verificar a pressão do gás na sua câmara de

extinção, segundo as especificações do fabricante, de tal forma que ela permaneça acima do patamar

estabelecido.

Disjuntores a óleo em geral apresentam visores de óleo para controle, sendo assim sempre que

possível deve-se verificar o nível de óleo dos disjuntores.

Alguns disjuntores são fabricados em execução extraível (para permitir a manutenção). Se por

qualquer motivo houver necessidade de remoção, nunca deve ser extraído com seus contatos

fechados.

11.5 - Chaves Seccionadoras

As chaves seccionadoras são dispositivos mecânicos utilizados para manobra em sistemas

elétricos. Da mesma forma que os disjuntores, podemos dizer que as chaves seccionadoras

interligam dois pontos de um circuito elétrico através de seus contatos principais. Os contatos das

seccionadoras, devem ser capazes de:

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Manutenção Elétrica.doc 31

Abrir e fechar um circuito quando a corrente esta sendo interrompida e ou estabelecida for

desprezível ( exemplo: correntes de buchas capacitivas, transformadores de potencial etc.)sendo que

na posição aberta, seus contatos a uma distância tal que a isolação seja garantida.

Conduzir correntes sob condições normais do circuito.

Conduzir por (tempo especificado ) correntes sob condições anormais do circuito, correntes de

sobrecarga e, correntes de curto circuito.

Existem ainda as chaves seccionadoras sob carga ou seccionadoras capazes de estabelecer, conduzir

e interromper correntes sob condições normais de operação. Nas seccionadoras sob carga, o meio de

extinção do arco resultante da abertura dos contatos pode ser o ar, óleo mineral, vácuo ou o gás

SF6. O princípio de extinção para esses quatros meios é semelhante ao princípio utilizado em

disjuntores .

dentre as aplicações das chaves seccionadoras, podemos citar:

Manobras de circuitos, permitindo a transferência de carga em uma subestação.

Manobras de circuitos, permitindo isolar equipamentos para manutenção.

By-pass de disjuntores.

- Operação e Cuidados Especiais

As chaves seccionadoras, como já foi dito são capazes de conduzir a corrente de circuito em

operação normal, porém não podem interrompe-las ou restabelece-las ( exceto para o caso das

seccionadoras sob carga ) Portanto:

As chaves seccionadoras de pequena, média e alta tensão nunca devem ser abertas sob

carga , ou seja , com o circuito operando em condições normais de tensão e corrente.

Chaves seccionadoras de pequena, média e alta tensão nunca devem ser utilizadas para

restabelecer a corrente de operação normal dos circuitos a ela ligados.

Sempre que possível , deve-se observar os estados dos contatos das chaves seccionadoras,

pois a principal fonte de problemas em chaves seccionadoras são os seus contatos, muitas vezes

oxidados ou carbonizados, facilitando a criação de pontos quentes ( hot pots ) e os pontos quentes

dependendo da sua intensidade, podem não só danificar os contatos da chaves como provocar curto

circuito na rede de distribuição.

12. MEDIÇÃO DE CORRENTE ALTERNADA

12.1- Medidores de Resistência de Isolamento

Resistência de isolamento de um motor ou de um dispositivo elétrico qualquer é uma função

do tipo e da montagem do material isolante. O termo resistência de isolamento é geralmente usado

para descrever o quociente do potencial CC aplicado, dividido pela corrente de fuga em um certo

tempo, medido desde a aplicação do potencial.

A partir das afirmativas acima, podemos dizer que a resistência de isolamento de um motor

pode ser feita se possuirmos uma fonte com potencial suficiente, instrumentos para medir o valor

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Manutenção Elétrica.doc 32

deste potencial e da corrente de fuga em função do potencial aplicado. Este método de medição é

do tipo indireto, pois parte dos valores não ôhmico para se checar resistência.

12.2- O Megger

Uma maneira de medir resistência de isolamento através de meio direto é empregar o

megômetro. O megômetro, contudo mede valores de resistência elevadas, o megômetro ou megger,

como é mais conhecido, é um instrumento especialmente construído para medir resistência de

isolamento. O potencial fornecido pelo megger é muito maior do que o fornecido pelo ohmímetro às

vezes chegando a 10.000V, o seu potencial é aplicado entre o condutor e a superfície do material

isolante. Dependendo da resistência do material isolante, circula uma quantidade de eletricidade

pelo isolador. O megger detecta este valor e o relaciona diretamente com a tensão aplicada e o

resultado final é dado em ohms, através do indicador do megger, que é a resistência de isolamento.

O tipo construtivo do megger mais difundido é o manual, ele possui um gerador que é

acionado pela manivela. Esta tensão obtida manualmente é aplicada no equipamento sob teste. A

tensão de teste mais comum é de 500 V. Porém devemos ter cuidado quando aplicamos uma tensão

de teste superior à tensão nominal do equipamento a ser testado.

Fig 34. Megger manual

O megger eletrônico também é muito usado seu potencial que pode ser superior a 5000V é obtido a

partir de algumas pilhas de lanternas, cujo valor são amplificados eletronicamente, é leve pequeno e

fácil de transportar.

Fig. 35 Megger eletrônico.

Os diversos testes que podem ser executados com o megger exigem certos cuidados prévios

para o manuseio com o instrumento, inclusive se estes não forem tomados, o resultado de um teste

poderá ficar comprometido. Estas são algumas precauções:

COLOQUE O MEGGER NUMA BASE FIRME E PLANA.

Se possível evite a presença de grandes massas de ferro e de campos magnéticos fortes.

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Manutenção Elétrica.doc 33

Fig.36 Megger em base firme e plana.

VERIFIQUE O INFINITO DO MEGGER.

Gire a manivela á velocidade normal ( ou aperte o botão de teste , se o megeer for

eletrônico), antes de ser feita a ligação aos terminais de teste. O ponteiro deverá se mover

lentamente para o infinito, ver fig.37.

Fig. 37

VERIFIQUE O ZERO DO MEGGER.

Curte-circuite os terminais do instrumento, gire a manivela lentamente ou acione o botão de teste se

o megger for eletrônico, o ponteiro deverá se mover rapidamente para o zero, ver fig 38.

Fig. 38

VERIFIQUE AS CONDIÇÕES DAS PONTAS DE PROVAS E DOS CONDUTORES.

Com os condutores e pontas de provas conectados aos terminais de teste do megger e com as

pontas de provas separadas, ligue o instrumento, se o ponteiro indicar um valor menor que infinito

é porque esta havendo fuga entre os condutores. Ver fig. 39.

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Manutenção Elétrica.doc 34

Fig. 39

Para verificar se os condutores estão interrompidos, junte as pontas de prova e energize o

instrumento. O ponteiro deverá indicar zero. ver fig. 40.

Fig. 40.

QUANDO SE DEVE UASR O TERMINAL GUARD.

Alguns megômetros possuem um terceiro terminal para teste, o seu nome é guard, é usado quando

há possibilidade de fugas superficiais ou de outras partes não testadas interferirem no teste. Neste

caso, todas as partes estranhas a medição que forem condutoras deverão ser conectadas ao guard.

ver fig. 41.

Fig. 41

.

O VALOR MÍNIMO DA RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO.

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Manutenção Elétrica.doc 35

O valor mínimo de um teste de resistência é um tanto arbitrário. Existe uma regra prática ( 1

megohm por KV) que é satisfatória. Ela pode ser usada desde que nenhum resultado anterior

exista para comparação, ou nenhum outro valor mínimo tenha sido determinado pelo fabricante do

equipamento testado. ver fig. 42.

Fig.42.

O valor mínimo da resistência de isolamento segundo a ABNT, pode ser dado pela fórmula:

R = KV + 1 M

CORREÇÃO DA TEMPERATURA DO TESTE.

A resistência de isolamento diminue consideravelmente à medida em que a temperatura se eleva.

Por isso todos os resultados, de testes feitos com o megger devem ser acompanhados da tomada de

temperatura do equipamento testado , e esta temperatura corrigido para um valor básico. a

vantagem da correção da temperatura é que diversos testes feitos em épocas diferentes , num mesmo

equipamento, podem ser cofiavelmente comparados . Um gráfico bastante usado é o da figura 43

publicado pela ABNT.

Nele a temperatura de teste é corrigida para o valor básico de 40 0

C. Ver fig.43.

Fig 43.

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Manutenção Elétrica.doc 36

VERIFIQUE ANTES O QUE VAI SER TESTADO.

O equipamento a ser testado deve estar livre, desconectado de qualquer outro. O teste de megger

somente é feito em equipamento desenergizados . Ver fig. 44.

Fig. 44

12.3. MEDIDA DE CORRENTE EM CA.

A medida de corrente em CA consiste na utilização de instrumentos com o objetivo de determinar a

corrente eficaz em um circuito.

A medida de corrente em CA é utilizada normalmente para verificar se a corrente solicitada por um

consumidor está de acordo com a sua corrente nominal.

- Instrumentos para medição de corrente em CA.

A medicão de corrente em CA pode ser realizada através de:

a) Amperímetros ou miliamperímetros de CA Fig.45.

b)Volt-amperímetro alicate Fig.46.

Fig 45

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Manutenção Elétrica.doc 37

Fig 46

Somente alguns tipos de multímetros dispõem de recursos para medida de corrente CA.

Tanto os miliamperímetros de CA como o volt-amperírmetro alicate indicam valores de corrente

eficaz.

NÃO ESQUEÇA!

Os medidores de corrente em CA indicam valores eficazes.

BORNES !

Os bornes dos medidores de corrente em CA não apresentam indicação de polaridade porque em

CA existe troca constante de polaridade.

- Conexão do medidor.

A medição de corrente através de amperímetros ou miliamperímetros exige a interrupção do circuito

para a colocação do instrumento em série com o circuito, Fig. 47.

Fig.47.

- Seleção do instrumento.

Deve-se sempre utilizar um instrumento que tenha um valor de fundo de escala superior ao valor de

corrente eficaz no circuito.

Para isto, é necessário fazer uma estimativa do valor de corrente eficaz no circuito antes de escolher

o instrumento.

- Volt-Amperímetro alicate.

O volt-amperímetro alicate, também conhecido como amperímetro alicate ou volt-amperímetro

de gancho é um instrumento que permite a indicação de tensões e correntes em CA .Fig 48

Embora o volt-amperímetro alicate possibilite a

medição de tensão CA, de forma semelhante a

um multímetro, é na medição de corrente que

este instrumento é mais utilizado.

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Manutenção Elétrica.doc 38

Fig.48

LEMBRE-SE!

A utilização mais freqüente do volt-amperímetro alicate como medidor de corrente se deve ao fato

que a medição de corrente é feita sem a necessidade de interromper o circuito.

NÃO ESQUEÇA!

A medição de corrente sem a interrupção do circuito é particularmente interessante quando os

condutores deste circuito forem de grandes bitolas e as correntes forem relativamente altas.

As partes do volt-amperímetro alicate utilizadas para medição de corrente são mostradas pela figura

48.

1) Seletor de escalas

2) Indicador

3) Garras

4) Gatilho

- Seletor de escalas

É uma chave onde seleciona-se o tipo de grandeza (tensão ou corrente) e a escala do instrumento.

Existem amperímetros alicates que pemitem a medição de correntes da ordem de até 1000 A.

- Indicador (escala e ponteiro )

É o instrumento que faz a indicação do valor da corrente medida

- Garras

São garras em forma de alicate que tem por finalidade envolver o condutor onde se deseja medir a

corrente.

- Gatilho

Pemite a abertura das garras para posicionar o instrumento para a medida.

12.4 Procedimento para a medição

Para executar uma medição de corrente com amperímetro alicate, utiliza-se o procedimento que

segue:

Selecionar a escala.

Pressionar o gatilho, abrindo o gancho Fig. 49.

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Manutenção Elétrica.doc 39

Envolver o condutor com o gancho Fig. 50.

Fig.50

Liberar o gatilho e realizar a leitura.

Quando o gancho se fecha o instrumento indica a corrente circulante no condutor.

Observação!

Para medição de pequenos valores de corrente, o procedimento é o seguinte: Dá-se algumas voltas

com o condutor ao redor da garra, faz-se a leitura e divide-se o valor encontrado pelo número de

voltas.

Fig.49