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APOSTILA GERAL

A IGNORNCIADe um homem,No MEDIDAPELO quanto eleDESCONHECE,MAS SIMPelo quanto ele ligadoAS SUAS VERDADES.

Procure CONHECIMENTOELE vale MAISDo queDINHEIRO.Economia CriseMaior economia do mundo, os Estados Unidos iniciaram 2008 sob ameaa de uma forte recesso. Para conter a crise, que derrubou as principais Bolsas de Valores do planeta, o presidente George W. Bush anunciou um pacote de US$ 150 bilhes (1% do PIB do pas) e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) promoveu um corte histrico na taxa bsica de juros, de 0,75% ponto percentual (o maior desde agosto de 1982).

Os economistas chamam de recesso um perodo em que a economia de uma determinada regio ou pas deixa de crescer. Ocorre uma reduo das atividades comerciais e industriais. Assim, diminui o ritmo da produo e do trabalho. uma poca em que o desemprego aumenta e os salrios caem, pois os empresrios precisam produzir menos e reduzir os custos que tm com a manuteno de suas empresas.

Voc pode se perguntar em que uma recesso nos Estados Unidos pode interferir na economia brasileira e mundial. Na verdade, ningum pode dizer com exatido em que medida a situao norte-americana pode provocar estragos em outros pases.

Porm, a economia do mundo atual baseia-se em relaes de interdependncia. Grande parte das exportaes brasileiras, por exemplo, vo justamente para os Estados Unidos que, com a recesso, pode reduzir suas importaes.A grande depresso de 1929Um exemplo extremo de uma crise econmica nos Estados Unidos foi a grande depresso (uma recesso intensificada), que provocou uma catstrofe na economia mundial entre 1929 e 1934. No comeo da segunda metade da dcada de 20 do sculo passado, a economia norte-americana estava em franca ascenso e o pas recebia muitos investimentos estrangeiros.

As aes nas principais Bolsas dos Estados Unidos no paravam de subir. O crescimento do mercado financeiro, porm, no correspondia a um desenvolvimento real das empresas. No dia 24 de outubro de 1929, que ficou conhecido como a "quinta-feira negra", os investidores comearam a vender as suas aes de forma desenfreada, tentando evitar prejuzos.

As cotaes da maioria das aes sofreram uma queda de 90% e os grandes investidores suspenderam os seus projetos no pas. Durante uma semana, as cotaes no pararam de cair. Naquela poca, os Estados Unidos j detinham a principal posio da economia do mundo, o que contribuiu para dar uma dimenso mundial crise.New DealNo comeo, a reao crise do governo dos Estados Unidos, sob a presidncia de Herbert Hoover, foi muito tmida. Com a chegada de Franklin Delano Roosevelt ao poder, em 1933, a situao econmica dos Estados Unidos passou por uma profunda alterao. Roosevelt criou as condies necessrias, com o "New Deal" (Novo Acordo), um conjunto de medidas econmicas que aumentava a participao do Estado na economia do pas.

Assim, aps mais de quatro anos sem perspectivas de voltar a se desenvolver, os Estados Unidos saram da "grande crise" e, aos poucos, recuperaram a sua liderana na economia mundial. Com os fundamentos econmicos preparados pelo governo do presidente Roosevelt, o pas, mesmo participando de uma Guerra Mundial (a Segunda), manteve sua posio de destaque no cenrio mundial, pelas dcadas seguintes.Carter cclicoConvm lembrar que situaes de recesso como essas parecem ter carter cclico e que seus desdobramentos no so previsveis. Em 2001, ante a ameaa de uma nova recesso norte-americana, os principais mercados financeiros do mundo viveram momentos de grande turbulncia.

No entanto, o governo norte-americano conseguiu criar medidas que evitaram a crise e a economia do pas conheceu um novo ciclo de crescimento. O momento de incerteza atual decorre principalmente do fato de no se saber ao certo se as medidas adotadas pelas autoridades dos Estados Unidos sero suficientes para reverter a situao.

Crise do subprimeEm Birmingham, no incio de 2007, fila de clientes diante do Banco Northern Rock, o primeiro banco a sofrer interveno no Reino Unido, desde 1860.A crise do subprime desencadeada em 2006, a partir da quebra de instituies de crdito dos Estados Unidos, que concediam emprstimos hipotecrios de alto risco (em ingls: subprime loan ou subprime mortgage), arrastando vrios bancos para uma situao de insolvncia e repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo. A crise foi revelada ao pblico a partir de Fevereiro de 2007, culminando na Crise econmica de 2008.[12] [13]Subprimes so crditos bancrios de alto risco que incluem desde emprstimos hipotecrios at cartes de crditos e aluguis de carros, e eram concedidos, nos Estados Unidos, a clientes sem comprovao de renda e com histrico ruim de crdito. As taxas de juros eram ps-fixadas, isto , determinadas no momento do pagamento das dvidas. Por esta razo, com a disparada dos juros nos Estados Unidos, muitos muturios ficaram inadimplentes, isto , sem condies de pagar as suas dvidas aos bancos.

Desde outubro de 2008 a crise financeira global levou falncia de muitas instituies financeiras nos E.U.A. e dos pases europeus, ameaando o sistema financeiro global.A partir do 18 de Julho de 2007, a crise do crdito hipotecrio provocou uma crise de confiana geral no sistema financeiro e falta de liquidez bancria (falta de dinheiro disponvel para saque imediato pelos correntistas do banco).O problema que se iniciou com as hipotecas subprime espalhou-se por todas as obrigaes com colateral, ps em perigo as empresas municipais de seguros e resseguros, e ameaou arrasar o mercado de swaps, multitrilionrio em dlares. As obrigaes dos bancos de investimentos em compras alavancadas se tornaram um passivo. Os hedge-funds, criados para ser supostamente neutros em relao aos mercados, se provaram no to neutros, e tiveram que ser resgatados. O mercado de commercial-papers paralisou-se, e os instrumentos especialmente criados pelos bancos para tirar as hipotecas de seus balanos j no conseguiam mais encontrar fontes externas de financiamento (funding). O golpe final veio quando o mercado de emprstimos interbancrio - que o ncleo do sistema financeiro - paralisou-se. Os Bancos Centrais de todos os pases desenvolvidos se viram obrigados a injetar rapidamente nos sistema financeiro mundial um volume de recursos jamais injetado antes, e a estender crditos para uma variedade de papis financeiros, e tipo de instituies, jamais socorridos anteriormente [8].Mesmo os bancos que no trabalhavam com os chamados "crditos podres" foram atingidos. O banco britnico Northern Rock, por exemplo, no tinha hipoteca-lixo em seus livros. Porm, adotava uma estratgia arriscada - tomar dinheiro emprestado a curto prazo (a cada trs meses) s instituies financeiras, para emprest-lo a longo prazo (em mdia, vinte anos), aos compradores de imveis. Repentinamente, as instituies financeiras deixaram de emprestar dinheiro ao Northern Rock, que, assim, no incio de 2007, acabou por se tornar o primeiro banco britnico a sofrer interveno governamental, desde 1860. [14]Na seqncia, temendo que a crise tocasse a esfera da economia real, os Bancos Centrais foram conduzidos a injetar liquidez no mercado interbancrio, para evitar o efeito domin, com a quebra de outros bancos, em cadeia, e que a crise se ampliasse em escala mundial.Segundo o FMI declarou em 7 de outubro de 2008, as perdas decorrentes de hipotecas do mercado imobilirio subprime j realizadas contabilizavam 1,4 trilho de dlares e o valor total dos crditos subprime ainda em risco se elevava a 12,3 trilhes, o que corresponde a 89% do PIB estadunidense. O socorro governamentalDesde que a crise de confiana se agravou e se generalizou, paralisando o sistema de emprstimos interbancrio mundial, o governo estadunidense decidiu pr de lado suas teorias neoliberais e passou a socorrer ativamente as empresas financeiras em dificuldades.Um pacote, aprovado s pressas pelo congresso estadunidense, destinou setecentos bilhes de dlares de dinheiro do contribuinte americano a socorro dos banqueiros. Desde a quebra do Bear Stearns [15] at outubro de 2008, o governo estadunidense e a Reserva Federal j haviam dispendido cerca de dois trilhes de dlares na tentativa de salvar instituies financeiras.Os pases da UE tambm dispenderam vrias centenas de bilhes de euros na tentativa de salvar seus prprios bancos.Em abril de 2009, o G-20, reunido em Londres, anunciou a injeo de US$ 1 trilho na economia mundial de maneira a combater a crise financeira global. Consequncias MundoOferta de emprstimos sem comprovao de renda, nos Estados Unidos.As demisses decorrentes da crise tm gerado reaes desesperadas na Frana. Em maro de 2009, em trs oportunidades trabalhadores franceses fizeram refns devido a demisses: dia 13, funcionrios da Sony detiveram o presidente da empresa no pas por uma noite, forando o pagamento de indenizaes maiores pelas demisses; no dia 25, o diretor de operao da 3M foi detido por um dia, sendo libertado aps aceitar oferecer melhores condies aos 110 empregados demitidos; e no dia 31, os funcionrios da Caterpillar fizeram quatro diretores da empresa refns, aps o anncio do plano de cortar 733 empregos na unidade.[16]Por outro lado, as emisses de CO na Unio Europeia foram reduzidas em 6% em 2008 em decorrncia da crise, de acordo com o instituto de pesquisa Point Corbon, sediado em Oslo.[17]BrasilAlguns economistas defendem que a crise do subprime no afetar significativamente o Brasil[18]. De todo modo, segundo a maioria dos analistas, todos os pases do mundo sero tocados, em algum momento, em maior ou menor grau, pelos feitos da crise deflagrada nos Estados Unidos.No Brasil, o efeito mais imediato foi a baixa das cotaes das aes em bolsas de valores, provocada pela venda macia de aes de especuladores estrangeiros, que se atropelaram para repatriar seus capitais a fim de cobrir suas perdas nos pases de origem. Em razo disso, ocorreu tambm uma sbita e expressiva a alta do dlar.Como o Brasil tem optado h anos por pagar antecipadamente seus dbitos ao FMI e tem adotado acumulado reservas em divisas - que atingiam duzentos e oito bilhes de dlares quando a crise foi deflagrada -, a economia brasileira encontra-se numa posio bem mais confortvel para enfrentar essa tempestade mundial do que em crises anteriores.At outubro de 2008, os maiores prejuzos com a crise foram das empresas que especulavam com derivativos de cmbio- e fizeram a aposta errada [3] [4] [5]. O governo anunciou que no pretende cobrir, com dinheiro pblico, as milionrias perdas privadas, decorrentes de apostas mal-sucedidas.A alta do dlar, embora possa eventualmente causar alguma presso inflacionria, tende a aumentar a competitividade internacional das exportaes do pas, j que o preo dos produtos brasileiros, em dlares, cai. No entanto, para os setores da economia brasileira que dependem de importaes de produtos industrializados sem similar nacional (mquinas e equipamentos, sobretudo produtos de alta tecnologia) ou mesmo de algumas commodities, como o trigo, o dlar alto um problema.No mercado interbancrio, houve uma paralisao quase total dos emprstimos normalmente concedidos pelos grandes bancos aos menores. Num primeiro momento, o Banco Central do Brasil decidiu isentar os grandes bancos de uma parte do depsito compulsrio, a qual deveria ser destinada a emprstimos aos bancos menores. Mas, devido ao clima de quase pnico que se instaurou nos mercados financeiros em geral, tal medida no se revelou suficiente: os grandes bancos continuavam no concedendo emprstimos aos menores. Assim, o Banco Central decidiu adquirir as carteiras de crdito de que os bancos pequenos desejassem se desfazer, desde que oferecessem garantias.Para evitar a falta de liquidez (falta de dlares) nos mercados de cmbio, o Banco Central tem realizado leiles de venda de swaps cambiais e, para evitar especulaes, em outubro de 2008, realizou at mesmo vrios leiles de venda de dlar fsico vista (moeda), utilizando as reservas internacionais do Brasil, o que no era feito desde 2003. Com isto, o BC no pretendia derrubar as cotaes do dlar, nem lhes impor um teto, mas somente aumentar a liquidez do mercado. [19].Por outro lado, o Banco Central tem-se mostrado atento a quaisquer indcios de falta de liquidez no sistema bancrio brasileiro, tendo liberado, por mais de uma vez, vrias dezenas de bilhes de reais dos depsitos compulsrios, especialmente para os bancos mdios e pequenos, preferindo essa irrigar o sistema bancrio desta forma, em vez de reduzir os juros bsicos (taxa Selic), o que ainda poderia provocar presses inflacionrias. Se a economia mundial entrar em uma conjuntura de deflao, o que no impossvel, s ento os juros podero ser reduzidos sem medo.

Discriminao perptua

"O preconceito um relativismo individual que resulta em conseqncias graves. As pessoas por acharem que so melhores comeam a desmerecer as outras"

Luciana Souza

comum ouvir dizer que no Brasil j no existe mais racismo, preconceito ou discriminao. Ao mesmo tempo impossvel negar o alargamento das diferenas sociais e econmicas sofridas pela sociedade no decorrer dos sculos. Para entender estas diferenas necessrio voltar ao perodo de colonizao do Pas, para perceber tambm, que h, atravs da histria a perpetuao da discriminao.

De acordo com a sociloga, Maria das Dores Silva, professora da Universidade de Uberaba, a sociedade contribui para que o preconceito seja voltado para os negros. Durante a colonizao do Brasil, as terras foram tiradas do poder dos ndios, que se viram obrigados a trabalhar. Como no se adaptaram bem, por recusarem a escravido, foram substitudos pelos escravos africanos. Os negros foram arrancados de sua ptria e trazidos para as Amricas - um continente desconhecido, onde no lhes ofereceram nenhuma vantagem.

Mesmo depois da abolio, no dia 13 de maio de 1888, os negros no se libertaram. Data da, de acordo com a sociloga o perodo da intensificao do preconceito."O conflito pessoal comea quando a raa branca faz algum tipo de comentrio sobre o passado dos ndios ou negros, por causa da escravido", aponta Maria das Dores.

necessrio tambm, na viso de Maria das Dores, recorrer a Biologia para que o racismo no seja analisado somente no campo ideolgico. "Existe uma parte da cincia, tambm chamada de Racismo, que estuda a mensurao das espcies humanas. So comparados ossos de homens negros com os de brancos, amarelos e vermelhos, para indicar quais so as diferenas entre cada raa", explica.

exatamente essa mistura de raas que pode causar mudanas na sociedade. O Racismo ou Etnocentrismo, a caracterstica de um grupo racial que cria conflitos, tentando mostrar-se melhor que os outros. A Sociologia classifica o racismo como uma discriminao ideolgica, na qual um grupo considera ter mais qualidades que o outro. "O preconceito um relativismo individual que resulta em conseqncias graves. As pessoas por acharem que so melhores comeam a desmerecer as outras", esclarece.

Para a Psiclogia, o racismo pode gerar certos tipos de patologias nas pessoas discriminadas. A psicloga Osimar Beatriz Tura, cuja experincia somam-se nove anos de atendimento clnico na cidade de Conquista/MG explicou que as pessoas, quando discriminadas, sofrem um certo isolamento podendo ter como consequncia a violncia. "Quando algum est sendo inferiorizado, seja por causa de sua cor ou por sua crena, passa a desenvolver problemas psicolgicos. Com isso fica doente ou at mesmo desenvolve um sentimento de raiva, tornando-se violento", exemplifica.

Discriminao comum confundirmos discriminao e preconceito. No dicionrio Aurlio, a definio de preconceito idia preconcebida. Na segunda acepo suspeita, intolerncia, averso a outras raas, credos, religies.J discriminao ato ou efeito de discriminar. Tratamento preconceituoso dado a certas categorias sociais, raciais, etc. Analisando, ento, podemos deduzir que o preconceito pode permanecer s no aspecto interno. Sem que tenha uma correspondncia na prtica. Pode no se materializar nas aes.A discriminao decorre do preconceito, fazendo com que determinados segmentos, grupos ou atividades sejam excludos ou estigmatizados.Uma forma corriqueira de discriminao aquela referente ao nvel social, raa, religio, opo sexual.A conveno 111 da Organizao Internacional do Trabalho considera discriminao toda distino, excluso ou preferncia que tenha por fim alterar a igualdade de oportunidades ou tratamento em matria de emprego ou profisso, exceto aquelas fundadas nas qualificaes exigidas. A Constituio Federal iguala homens e mulheres em direitos e deveres, probe diferena de critrios de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.A legislao procura respaldar o trabalhador, evitando restries no acesso ao trabalho, que no sejam as naturais decorrentes de melhor ou maior qualificao para a funo. Em funo disto existem polticas de insero, atravs de aes afirmativas para portadores de necessidades especiais, para negros, ndios, visando insero e conseqente reduo da excluso.O resultado de uma pesquisa realizada pelo Grupo Catho, realizada em 2005 chamou minha ateno. Segundo a pesquisa feita com executivos, estes confirmaram que existe discriminao com relao admisso de obesos, o que afeta, inclusive, os salrios.Alm da qualificao normal para o exerccio de determinada funo, que hoje exige muito mais do que era exigido h uma dcada, para a mesma funo (nvel de escolaridade, conhecimentos de lnguas, diversos programas de informtica, experincia comprovada, perfil pr-ativo, etc.) o candidato tem que ser magro, pois o magro tem mais chance de admisso e salrios maiores.A pesquisa revela que a sociedade discrimina o obeso, rotula a obesidade como um desvio social, fruto da falta de autocontrole e no como uma doena a ser tratada.Certamente isto leva a um sentimento de rejeio.Dados da Organizao Mundial de Sade dizem que mais de um bilho de pessoas no mundo tem excesso de peso, podendo chegar a um 1,5 bilho antes de 2015 e isto no se constitui problema s nos pases ricos.A obesidade est diretamente relacionada com a maior ingesto de sal, gordura, acar, no que se refere ao costume alimentar, associado diminuio de atividades fsicas, ao exerccio de tarefas ou desempenho de profisses sedentrias, ao aumento do uso dos meios de transporte, aos avanos tecnolgicos que auxiliam na execuo de tarefas, modificao do tipo de lazer, que era mais ao ar livre, passando a se resumir frente da televiso, do dvd, do videogame, provocando menos gasto de calorias.Embora o resultado tenha sido aferido em pesquisa e saibamos que real, difcil de ser constatado, permanecendo velado e sendo sentido com intensidade por aquela pessoa que alvo das aes discriminatrias.A ditadura da beleza (porque o conceito que s o magro belo) invade no s o mercado da moda, mas o mercado de trabalho em geral.O obeso sofre a discriminao desde a infncia, nos bancos escolares, nos relacionamentos, no acesso ao emprego e no exerccio de determinadas funes, na prtica de esportes (nem o fenmeno escapou). necessrio incentivar alimentao saudvel, prtica de atividades fsicas, acompanhamento mdico e teraputico em alguns casos, busca de esclarecimentos visando manuteno da sade, melhor rendimento nas atividades, aprimoramento da qualidade de vida, o que sem dvida melhora a autoestima o que conduz o indivduo a uma nova postura na sociedade, sobrepujando-se discriminao que alvo. um conjunto de aes buscando no s atingir o lado esttico, mas o emocional tambm, que em decorrncia melhora os relacionamentos, alm de instituir aes visando extirpar todo e qualquer tipo de discriminao.

Trabalho Infantil

A questo do trabalho infantil no Brasil ainda dramtica: mais de 1,2 milho de crianas e adolescentes de 5 a 13 anos ainda eram vtimas de explorao em 2007, segundo levantamento da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio) divulgado nesta quinta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica). Mas, apesar do nmero alarmante, a incidncia de crianas trabalhadoras caiu de 4,5% da populao desta faixa etria, em 2006, para 4%, em 2007. Ou seja, 171 mil delas deixaram de trabalhar. A legislao brasileira probe qualquer tipo de trabalho para menores de 14 anos.

Para Renato Mendes, gerente do Programa Internacional para Erradicao do Trabalho Infantil da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), a queda no ndice da explorao significativa, embora no haja motivo para contentamento. "A reduo ainda tmida e lenta perto do que o Brasil pode reduzir. E se no houver um trabalho constante, o trabalho infantil pode voltar a crescer", afirma. Ele destaca que a melhora nos indicadores resultado das polticas pblicas. "No s do Bolsa Famlia ou dos programas do governo federal, mas tambm daquilo que os municpios, os Estados e a sociedade civil fazem". Leia tambmJovens sem carteira assinada engordam a estatstica da explorao infantil.Os dados da Pnad revelam ainda que os meninos negros ou pardos, de famlias de baixa renda (at um salrio mnimo) e que moram em reas rurais do Norte-Nordeste formaram o perfil mdio do trabalhador mirim. Mais da metade das crianas de 5 a 13 anos morava no campo e, consequentemente, 60,7% delas trabalhavam em atividades agrcolas. Entre jovens com mais de 14 anos, a proporo de pessoas no trabalho agrcola cai para 32%. InfogrficosVeja a evoluo dos principais indicadores da Pnad nos ltimos anos Pnad 2007: os domiclios brasileiros, a infra-estrutura bsica e os bens de consumo.Os mais novos foram as principais vtimas do trabalho sem remunerao (60%), sendo que, em todas as regies do pas, a presena de crianas trabalhando sem qualquer tipo de contrapartida foi muito mais incidente nas atividades agrcolas (83,6%) do que nas no-agrcolas (18,7%).Quase metade das crianas ocupadas de 5 e 13 anos (44,2%) trabalhou at 14 horas por semana e 6,6% delas chegaram a ter uma jornada de 40 horas ou mais. Apesar disso, 94,7% delas tambm foram escola, praticamente a mesma porcentagem obtida entre as crianas que no trabalhavam (95,7%)."Na dcada de 90, o trabalho infantil era contraditrio com a escola, porque no havia uma oferta educacional como h hoje. Agora ele convive paralelamente, as crianas trabalham no contra turno", explica o especialista da OIT.Ir escola no significa educao de qualidade ou aprendizagem. Mendes ressalta que a criana gasta suas energias no trabalho e no no seu desenvolvimento e isso contribui para que a educao no Brasil esteja em um patamar baixo. "As avaliaes do Ministrio da Educao (MEC) mostram que os municpios com maior taxa de trabalho infantil respondem por menores ndices de Desenvolvimento da Educao Bsica (Ideb)", diz. Como a sociedade pode ajudar a acabar com o trabalho infantil?Apesar da queda no nmero de trabalhadores infantis, ainda 1,2 milho de crianas e adolescentes entre 5 e 13 anos so vtimas de explorao no Brasil.Entre os jovens de 14 a 17 anos, a situao outra. Nessa faixa etria, 88,9% dos no-ocupados vo escola, contra 74,9% dos trabalhadores. "O governo federal est no caminho certo, mas precisa ser mais contundente no combate s formas de trabalho infantil mais resistentes: na agricultura familiar, no trabalho domstico e no trabalho informal urbano. Na agricultura familiar, por exemplo, toda a famlia precisa arregaar as mangas para poder sobreviver de forma digna. No trabalho urbano, as crianas das periferias vendem bala no semforo, no comrcio informal, nas feiras. Ento, todo programa que erradique a pobreza e ajude s famlias a dependerem menos da fora de trabalho da criana e toda poltica que aumente a oferta e a qualidade da educao so bem-vindas", afirma o especialista.Trabalho infantil nos Estados do SulOs Estados do Sul se destacam pela concentrao de trabalho infantil, apesar dos bons ndices socioeconmicos sempre apresentados por Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Renato Mendes explica que na regio existe uma forte influncia da cultura herdada dos imigrantes, de valorizao do trabalho at mais do que do estudo. "Eles acham que melhor criana trabalhando do que na rua. Mas no percebem que esse tipo de criao, essa tentativa de segurar a criana no campo, faz com que os jovens fujam para a cidade quando conquistam a mnima autonomia".Texto - Fabiana Uchinaka

Segundo a OIT (Organizao Internacional do Trabalho), h no Brasil quase 2 mil pontos de exploraco sexual infanto-juvenil. A diviso de combate ao crime da Polcia Rodoviria Federal realizou esse levantamento, de acordo com a polcia foram encaminhadas 152 crianas e adolescentes ao conselho tutelar, encontradas na situao de explorao.Sabe-se que muitas crianas passam distantes dos olhos policiais, sofrem dia a dia com a explorao, trocam seus corpos por um prato de comida, ou mesmo para ajudar sua famlia.Ser que esse levantamento no nos causa nenhum tipo de sentimento?As desigualdades sociais refletem o sofrimento dessas crianas, falta de oportunidades, ausncia de incentivo, falta amor tambm de nossa parte. So crianas esquecidas nas esquinas, em porta de bares, em postos de gasolina, esperando uma "gorjeta", e retornam para as ruas desiludidas, usam drogas e desconhecem a auto-estima.Michelle Marques de Mello

Desmatamento de FlorestasO desrespeito e a depredao da natureza provocam consequncias desastrosas. A destruio de florestas e o aquecimento global propiciam a propagao de doenas transmitidas por mosquitos, como a dengue e a malria. Ao invadir florestas o homem entrou em contato com vrus que no conhecia, como o HIV da aids, que espalhou-se pelo mundo a partir da caa de chimpanzs na selva africana. Na Europa, EUA e em vrias partes do mundo, florestas foram devastadas em nome do prprio progresso, para dar lugar a plantaes, pastos, cidades, indstrias, usinas, estradas, etc.

Campeo absoluto de biodiversidade terrestre, o Brasil rene quase 12% de toda a vida natural do planeta. Concentra 55 mil espcies de plantas superiores (22% de todas as que existem no mundo), muitas delas endmicas (s existem no pas e em nenhum outro lugar); 524 espcies de mamferos; mais de 3 mil espcies de peixes de gua doce; entre 10 e 15 milhes de insetos (a grande maioria ainda por ser descrita); e mais de 70 espcies depsitacdeos:araras, papagaios e periquitos. (Conservation International)

Quatro dos biomas mais ricos do planeta esto no Brasil: Mata Atlntica, Cerrado, Amaznia e Pantanal. Infelizmente, correm srios riscos. A Mata Atlntica se desenvolve ao longo da costa brasileira, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. Ela guarda cerca de 7% de sua extenso original e oCerradopossui apenas 20% de sua rea ainda intocados. Estas duas reas so consideradas hotspots, isto , reas prioritrias para conservao, de rica biodiversidade e ameaada no mais alto grau. A implantao de corredores de biodiversidade a principal estratgia empregada pela ONG CI-Brasil para direcionar as aes de conservao nos Hotspots e nas Grandes Regies Naturais. Nascentes de guas que abastecem vrios estados brasileiros esto na Na Mata Atlntica.O Cerrado abriga a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hdricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas esto as nascentes dos principais rios das bacias Amaznica, do Prata e do So Francisco. No mundo inteiro, cerca de 13 milhes de hectares de florestas so perdidos todos os anos, principalmente na Amrica do Sul e frica. O Brasil foi o pas onde mais se devastaram florestas entre 2000 e 2005. (FAO)A Amaznia :- a maior floresta tropical do planeta. - Estende-se por uma rea de 6,4 milhes de quilmetros quadrados na Amrica do Sul.- 63% no Brasil e o restante esto distribudos no Peru, Colmbia, Bolvia, Venezuela, Guiana, Suriname, Equador e Guiana Francesa.- Abrange os estados do Acre, Amap, Amazonas, Mato Grosso, Par, Rondnia, Roraima, Tocantins e grande parte do Maranho. - A Amaznia Legal correspondente a cerca de 61% do territrio brasileiro (5.217.423 km2).- Tem 20 milhes de habitantes (IBGE, 2000) e baixa densidade demogrfica.- Guarda cerca de um quinto das reservas de gua doce do mundo.O Rio Amazonas o maior do mundo em volume de gua.- Megabiodiversidade : rica em espcies vegetais e animais. - A floresta absorve carbono diminuindo as consequncias das mudanas climticas globais.- Enorme potencial de plantas a serem descobertas para uso farmacutico, cosmtico, qumico, alimentar, etc.

Ameaas : grilagem (posse ilegal de terras mediante documentos falsos), desmatamentos, queimadas, madeireiras predatrias, expanso da fronteira pecuria e agrcola (soja principalmente no Mato Grosso), fiscalizao insuficiente, impunidade, caa e pesca sem controle, contrabando de animais. A floresta vulnervel aos efeitos do aquecimento global.Segundo o IBAMA, a fertilidade natural dos solos baixa. A floresta Amaznica um ecossistema auto-sustentvel. Ela se mantm com seus prprios nutrientes num ciclo permanente. Existe um delicado equilbrio nas relaes das populaes biolgicas que so sensveis a interferncias antrpicas. A Amaznia apresenta uma grande variedade de ecossistemas, dentre os quais se destacam: matas de terra firme, florestas inundadas, vrzeas, igaps, campos abertos e cerrados. Conseqentemente, a Amaznia abriga uma infinidade de espcies vegetais e animais: 1,5 milho de espcies vegetais catalogadas; trs mil espcies de peixes; 950 tipos de pssaros; e ainda insetos, rpteis, anfbios e mamferos... A destruio de florestas tropicais, alm de reduzir a biodiversidade do planeta, causa eroso dos solos, degrada reas de bacias hidrogrficas, libera gs carbnico para a atmosfera, causa desequilbrio social e ambiental. A reduo da umidade na Amaznia faz reduzir as chuvas na regio centro-sul brasileira.

Em 2004, o setor madeireiro extraiu o equivalente a 6,2 milhes de rvores. Aps o processamento principalmente no Par, Mato Grosso e Rondnia, a madeira amaznica foi destinada tanto para o mercado domstico (64%) como para o externo (36%). O Par o principal produtor de madeira amaznica, representando 45% do total produzido e concentra 51% das empresas madeireiras. A industrializao ocorre ao longo dos principais eixos de transporte da Amaznia. Alguns dos graves problemas so o carter migratrio da indstria madeireira e o baixo ndice de manejo florestal. Madeireiros tem construdo milhares de quilmetros de estradas no-oficiais em terras pblicas facilitando a grilagem. (IMAZON)A mdia de cobrana e pagamento efetivos das multas ambientais baixssima em toda a Amaznia.Entre 1990 e 2003 a taxa de crescimento da pecuria na Amaznia Legal cresceu 140%, passando de 26,6 cabeas de gado para 64 milhes de cabeas. A taxa mdia de crescimento foi 10 vezes maior do que no restante do pas, respondendo por 33% do rebanho nacional. O Mato Grosso, Par e Rondnia foram os principais produtores no perodo. Em 2000 a maior parte da carne produzida pelos frigorficos da Amaznia foi para o mercado nacional, principalmente Nordeste e Sudeste. O aumento da demanda de exportao crescente. (IMAZON) Segundo o Ministrio do Meio Ambiente (2007), 75% da rea desmatada na Amaznia ocupada pela pecuria. So 70 milhes de bovinos, e um tero est no Mato Grosso. A ocupao de quase uma cabea de gado por hectare.O Brasil o maior exportador mundial e o segundo maior consumidor de carne bovina. Pastagens degradadas tem sido convertidas em cultivos agrcolas. O pecuarista vende o pasto para o cultivo da soja e continua a desmatar.As bacias hidrogrficas de Mato Grosso j perderam de 32% a 43% de sua cobertura vegetal original (IMAZON e ICV, 2006). Os focos de queimadas podem ser acessados no endereo http://www.cptec.inpe.br/queimadas/. Resume as ltimas queimadas detectadas nas imagens mais recentes dos satlites. Os dados so atualizados vrias vezes por dia. No Brasil, a quase totalidade das queimadas causada pelo Homem, por razes muito variadas: limpeza de pastos, preparo de plantios, desmatamentos, disputas fundirias, vandalismo, colheita manual de cana-de-aucar (necessita mecanizao para evitar a queima), etc. No desmatamento ilegal, a queima descontrolada (sem barreiras que impedem a propagao do fogo) propicia condies para incndios florestais. Outras prticas irresponsveis : soltar bales, acender velas prximas a vegetao, jogar pontas de cigarros acesas nas margens das estradas, no apagar restos de fogueiras e a falta de cuidado ao lidar com fogo.A fumaa gerada pelas queimadas responsvel por milhares de internaes.O Departamento de Cincias Atmosfricas da USP constatou que a fuligem das queimadas na Amaznia levada pelo vento para o Centro-Sul do Pas e para o Oceano Atlntico.A diminuio dos ndices de desmatamento entre 2004 e 2006 foi reflexo dos esforos oficiais (como a criao de unidades de conservao e aumento da fiscalizao) e da recesso vivida pelo agronegcio no perodo. O Brasil reduziu o desmatamento da floresta amaznica em 19.000 km em 2005 e em um pouco mais de 13.000 km2 em 2006, segundo o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

O Inpe divulgou em agosto de 2008, os nmeros do desmatamento na Amaznia Legal, entre agosto de 2006 e agosto de 2007. A rea desmatada foi de 11.532 quilmetros quadrados, 18% por cento a menos do que o registrado nesse mesmo perodo, entre 2005 e 2006.A floresta j perdeu quase 20% do seu tamanho original - 700 mil quilmetros quadrados foram derrubados. (Imazon, 2007)

Buscando reduzir os conflitos por terras e o desmatamento ilegal da Amaznia, o governo do Par criou sete unidades de conservao da floresta (vdeo) que formam uma das maiores reas de proteo ambiental do mundo com cerca de 15 milhes de hectares. Os respectivos decretos foram assinados em 04.12.2006.O que podemos fazer ?Denncias sobre agresses ao meio ambiente, como incndios florestais, podem ser feitas atravs da Linha Verde do IBAMA 0800-61-8080. Saiba mais no site www.ibama.gov.br/prevfogo .Ao comprar produtos florestais como madeira e papel, exija o selo Conselho de Manejo Florestal (FSC) para ter a garantia que eles provm de florestas manejadas de acordo com critrios rigorosos e no predatrios. O selo verde atesta o uso de tcnicas de corte que respeitam os ciclos de regenerao da mata. No site www.fsc.org.br encontra-se a lista com todas as empresas certificadas. Reduzir o consumo de carne em geral tambm ajuda no combate ao desmatamento. Isso porque muito da produo de soja utilizada como rao de animais, como aves e porcos. Alm de fazer bem sade, uma dieta com muitos vegetais a que menos causa impactos negativos ao meio ambiente. Ao comer menos carne vermelha, por exemplo, o cidado est contribuindo tambm no sentido de reduzir a necessidade de abertura de novas reas de pastagens. Alm disso, so economizados 20 mil litros de gua tratada envolvida na produo de cada quilo de carne bovina. (AKATU)

Pergunte ao seu aougueiro ou ao supermercado de onde vem a carne que voc compra. Evite consumir produtos feitos com couro animal. Busque alternativas como o couro vegetal (ecolgico) feito a partir da extrao do ltex. Reduza o consumo de papel. Prefira papel reciclado. Elimine o desperdcio de alimentos para que a fronteira agrcola no avance ainda mais em direo s florestas nativas. Comerciantes no devem comprar madeira ilegal, sem o documento de origem florestal. Grande parte da madeira extrada ilegalmente vendida em lojas e depsitos de material de construo. Preste ateno na hora de construir ou reformar sua casa.S compre mveis durveis e conserve-os bem. No compre orqudeas, bromlias, xaxins e palmitos sem certificado de origem. So espcies ameaadas de extino e s podem ser vendidas se forem cultivadas com essa finalidade. O palmito Juara, encontrado na Mata Atlntica vem sendo explorado de forma predatria. A sua palmeira est em extino. Evite comprar palmito in natura, principalmente os vendidos na beira de estradas.Recuse palmito em conserva que no tenha registros do Ministrio da Sade ou do Ibama. No arrisque sua sade. O botulismo uma intoxicao alimentar provocada pela consumo de palmito produzido sem condies de higiene necessrias. Combata o palmito clandestino (ver vdeo). O juara morre aps a extrao do palmito. A pupunha e o aa, originrios da Floresta Amaznica, se regeneram aps o corte. No compre imveis dentro de reas protegidas da Mata Atlntica.A sociedade civil organizada pode cobrar do governo a intensificao de esforos como por exemplo :- aumentar a verba para a fiscalizao da ocupao ilegal de terras (maiores investimentos para garantir uma presena mais efetiva na Amaznia : Ibama, Polcia Federal e Exrcito principalmente ao longo das estradas clandestinas e reas crticas detectadas por satlite); - combater a explorao predatria de madeira (punio dos infratores incluindo servidores corruptos, apreenso de equipamentos); - organizar o caos fundirio da regioe conciliar o desenvolvimento scio-econmico com a proteo do meio ambiente;- estancar o avano de novos pastos sobre as florestas da regio;- fiscalizar e exigir o respeito s leis florestais e a recomposio da vegetao nativa por quem desmatou indevidamente;- proteger os direitos e as terras dos ndios;- criar unidades de conservao principalmente onde h ameaa de expanso predatria.As Unidades de Conservao dividem-se em 2 grupos :- Unidades de Proteo Integral (Estao Ecolgica, Reserva Biolgica, Parque Nacional, Monumento Natural eRefgio de Vida Silvestre).- Unidades de Uso Sustentvel (rea de Proteo Ambiental, rea de Relevante Interesse Ecolgico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentvel e Reserva Particular do Patrimnio Natural). IBAMAProjetos de desenvolvimento sustentvel so importantes para gerar emprego e renda para as comunidades que vivem na gigantesca rea da Amaznia. Respeitar o frgil equilbrio ecolgico da regio um pr-requisito fundamental.

Comprar artesanato uma forma de o visitante colaborar com o povo da regio.O ecoturismo tem grande potencial de crescimento. Viajantes de todo mundo podem prestigiar esta atividade na Amaznia e em tantas outras regies de natureza exuberante em todo Brasil como Fernando de Noronha, Bonito, Pantanal, Cataratas do Iguau, Lenis Maranhenses, Jericoacoara, etc. Nas reas de florestas, verifique previamente se h necessidade de vacinao.Para saber mais sobre a Amaznia visite www.imazon.org.br . A misso do Imazon promover o desenvolvimento sustentvel na Amaznia por meio de estudos aplicados, apoio formulao de polticas pblicas, disseminao ampla de informaes e formao profissional. O site http://www.imazongeo.org.br fornece informaes sobre a situao, dinmica e presso sobre as florestas e reas Protegidas da regio.Remunerar a populao local para a preservao a proposta do bolsa floresta.

A floresta em p ajuda a regular o clima, a temperatura, a umidade e as chuvas. Absorve gs carbnico da atmosfera prestando um enorme servio para o equilbrio climtico mundial que merece valorizao.Conservar a Amaznia preservar vidas vegetais, animais e humanas.

O Verdadeiro Sentido da Pobreza(notas de uma conferncia especialmente preparada para o Projeto Jornal na Educao do Dirio da Regio de S. Jos do Rio Preto, maro-2003)Elian Alabi LucciOs bens materiais so, por natureza, egostas, privados. No enriquecem ningum sem ao mesmo tempo empobrecer outros. Aqueles que hoje consumimos inconsideravelmente so subtrados s geraes vindouras (Raniero Cantalamessa)Quando se falava outrora dos pobres, falava-se dos pobres de sua cidade, ou no mximo da cidade vizinha. Porm, devido as novas possibilidades de comunicao, o problema da pobreza tornou-se planetrio: metade da populao mundial vive com 2 dlares dia.Nossa proposta que a pobreza no se resolve com medidas ou atitudes simplistas dar comida. Nesse sentido, basta que nos lembremos de uma cano dos Tits na qual se diz que o povo no quer s comida. Isto, como diria Nelson Rodrigues, o bvio ululante.Os pobres existem! E esto em toda parte. preciso dar-se conta da existncia deles. A expresso os pobres provoca, nos paises ricos, o mesmo efeito que nos antigos romanos provocava a expresso os brbaros: confuso, pnico. Eles se empenhavam em construir muralhas e enviar exrcitos para as fronteiras para vigi-los; ns fazemos a mesma coisa de outros modos. Entretanto, a histria nos mostra que tudo isso intil.Nossa tendncia interpor entre ns e os pobres vidros duplos. O efeito desses vidros, hoje to comuns, impedir a passagem do frio e dos rudos, tudo abrandar, fazer tudo chegar abafado, atenuado. Com efeito, vemos os pobres que se movem, se agitam, gritam na tela da televiso, nas pginas dos jornais e das revistas missionrias, mas o seu grito nos chega de muito longe. No penetra nosso corao. Ns nos pomos ao abrigo deles.Com o tempo, infelizmente, nos acostumamos a tudo, inclusive,a misria alheia. E ela no mais nos impressiona tanto e ns aacabamos por consider-la inevitvel.No relatrio 2000/2001 sobre o Desenvolvimento Mundial dedicado ao tema do combate a pobreza, podemos observar paradoxalmente que nunca se produziu tanto e em nenhum momento se aplicou tanta cincia para a produo de bens e servios e, apesar disso, 2,8 bilhes de pessoas, ou seja, quase metade da populao mundial, vivem com menos de 2 dlares/dia.Em nosso pas, o BIRD, que trabalha com dados oficiais do IPEA (Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada), estimava em 2002 o nmero de pobres em 54 milhes, dos quais 22 milhes eram indigentes. O que podemos fazer efetivamente de concreto pelos pobres pode resumir-se em trs palavras: am-los, trat-los com dignidade e socorr-los.Amar os pobres significa principalmente respeit-los ( notrio o preconceito contra os pobres, que so sistematicamente preteridos, digamos, no servio pblico ou na vida em geral...) e reconhecer sua dignidade, sobretudo hoje quando, na sociedade globalizada em que vivemos, no se respeita de uma forma geral a dignidade da pessoa. Ela apenas considerada como um comprador em potencial por aquilo que ela pode consumir e obviamente dar lucro.Os pobres no merecem apenas nossa comiserao e compaixo (Coitadinhos, como sofrem!!) tambm merecem nossa admirao. Eles vivenciam a humanidade em situaes limite. Do mesmo modo que no rally se testa o automvel em condies extremas, os pobres vo a fundo nas capacidades do ser humano.Hoje, porm, no basta mais a simples esmola. Existem muitos outros modos de fazer os prprios bens servirem aos pobres. Um dia, um rico industrial italiano, procurou uma irm de clausura para lhe pedir um conselho. Tenho muito dinheiro e no sei como fazer para ajudar os pobres e se preciso dar-lhes - como Cristo indicou - tudo o que tenho. A irm pediu um dia para pensar. No dia seguinte disse ao industrial: Tens dinheiro disponvel neste momento, ento amplia a tua indstria e d mais emprego aos operrios. A verdade que no basta dar (dar ticket, dar comida, dar uma renda mnima) preciso amar, ou seja criar condies para que eles possam realizar-se. disto que os excludos mais precisam.A Idolatria do Dinheiro Raiz de Todos os MalesA raiz de todos os males, que nos assolam hoje, sobretudo a grande desigualdade social e por conseqncia a extrema pobreza de grande parcela da populao est no enorme valor que se d ao dinheiro.O mundo de hoje proclama aos quatro ventos: tudo possvel para quem tem dinheiro. E, num certo nvel, todos os acontecimentos a nossa volta parecem confirmar essa mxima.Karl Marx, que fez uma das anlises mais penetrantes do dinheiro, fala da onipotncia alienante do deus dinheiro. Tambm Shakespeare arremete pesadamente contra ele, o deus Mamon, como conhecido o dinheiro, quando diz: Metal maldito, tu, prostituta comum da humanidade, que semeias a discrdia entre os povos. Antes deles ainda, j o poeta pago Virglio falava da execrvel sede do ouro. Enfim, por trs de todos os males da nossa sociedade encontra-se o dinheiro; ou pelo menos encontra-se tambm o dinheiro. Para que isto no perdure e um novo modus vivendi seja legado s prximas geraes mister educar para o dinheiro, para o reto uso do dinheiro. Para isto, uma das palavras que precisa ser resgatada e posta em prtica por naes, empresas e pelas pessoas sobriedade. Sobriedade indica a capacidade de moderar-se, usar sensatamente as coisas, temperana.So Francisco, reconhecido universalmente como o pai dos pobres, pondo-se contra o capitalismo incipiente em sua poca falava aos quatro ventos da boa pobreza e da m pobreza. A boa pobreza sermos pobres de coisas e ricos de virtudes, enquanto a m pobreza, pelo contrrio, ser rico de coisas e pobre de virtudes. E hoje o pensador Jean-Franois Revel, diz que infelizmente, quando se diz que algum virtuoso chamado de hipcrita. assim que se v a virtude em tempos de globalizao onde o que importa ter dinheiro para ter poder: poder de compra e de mando. E exatamente por conta desta globalizao financeira podemos dizer que estes brados de revolta so impotentes. O deus dinheiro, por assim dizer, ri-se de tudo isso.Uma crtica profcua da onipotncia do dinheiro s se pode fazer conhecendo outra ordem de riqueza, uma instncia superior que o relativiza e o julga.Um grande negociante ingls, ao final de um artigo que escreveu sobre o dinheiro, e que acabou se constituindo em seu testamento intelectual, dizia assim: O dinheiro uma coisa que mancha e o nico modo para no se deixar manchar por ele us-lo honesta e generosamente. Devo consider-lo como meio de fazer o bem aos outros e no em funo da minha exclusiva felicidade e segurana. Eu sou um simples administrador para usar os talentos e riqueza obtida e quando da minha ida, serei julgado sobre a minha administrao e no sobre a minha riqueza. No posso servir-me do dinheiro para contratar um advogado melhor para fins escusos ou para corromper um juiz, mas para deixar um testemunho de uso digno e correto dos bens que recebi em vida. Caberia agora, a guisa de concluso, relembrar um oportuno princpio de Pascal sobre as trs ordens de grandeza nas quais o homem pode realizar-se: a ordem material dos corpos, a intelectual e a sobrenatural, da santidade. Um abismo prossegue Pascal - separa essas vrias ordens do mesmo modo que um abismo separa os trs reinos da natureza: mineral, vegetal e animal. As riquezas materiais nada acrescentam nem suprimem ao gnio que atua num plano diferente. As grandezas materiais como as intelectuais nada acrescentam nem suprimem ao santo que pertence a uma outra ordem e tem por testemunha o prprio Deus, no os olhos ou as mentes dos curiosos. Alguns, conclui Pascal, s sabem admirar as grandezas carnais como se no houvesse as intelectuais; outros, s admiram as intelectuais como se na ordem da sabedoria no houvesse outras realidades infinitamente mais elevadas.

FOME NO MUNDOAlberto GarutiEm 1974, durante a Conferncia Mundial sobre Alimentao, as Naes Unidas estabeleceram que todo homem, mulher, criana, tem o direito inalienvel de ser livre da fome e da desnutrio.... Portanto, a comunidade internacional deveria ter como maior objetivo a segurana alimentar, isto , o acesso, sempre, por parte de todos, a alimento suficiente para uma vida sadia e ativa.E isso quer dizer:acesso ao alimento: condio necessria, mas ainda no suficiente;sempre: e no s em certos momentos;por parte de todos: no bastam que os dados estatsticos sejam satisfatrios. necessrio que todos possam ter essa segurana de acesso aos alimentos;alimento para uma vida sadia e ativa: importante que o alimento seja suficiente tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo.Os dados que possumos dizem que estamos ainda muito longe dessa situao de segurana alimentar para todos os habitantes do planeta.Quais so as causas?A situao precisa ser enfrentada, pois uma pessoa faminta no uma pessoa livre. Mas preciso, em primeiro lugar, conhecer as causas que levam fome. Muitos acham que as conhecem, mas no percebem que, quando falam delas, se limitam, muitas vezes, a repetir o que tantos j disseram e a apontar causas que no tm nada a ver com o verdadeiro problema. Por exemplo:A fome causada porque o mundo no pode produzir alimentos suficientes. No verdade! A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira.A fome devida ao fato de que somos demais. Tambm no verdade! H pases muito populosos, como a China, onde todos os habitantes tm, todo dia, pelo menos uma quantidade mnima de alimentos e pases muito pouco habitados, como a Bolvia, onde os pobres de verdade padecem fome!No mundo h poucas terras cultivveis! Tambm no verdade. Por enquanto, h terras suficientes que, infelizmente, so cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos pases ricos!As verdadeiras causasAs causas da fome no mundo so vrias, no podem ser reduzidas a uma s. Entre elas indicamos:As monoculturas: o produto nacional bruto (pib) de vrios pases depende, em muitos casos, de uma cultura s, como acontecia, alguns anos atrs, com o Brasil, cujo nico produto de exportao era o caf. Sem produes alternativas, a economia desses pases depende muito do preo do produto, que fixado em outros lugares, e das condies climticas para garantir uma boa colheita.Diferentes condies de troca entre os vrios pases: alguns pases, ex-colnias, esto precisando cada vez mais de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles no produzem e cujo preo fixado pelos pases que exportam. Os preos das matrias-primas, quase sempre o nico produto de exportao dos pases pobres, so fixados, de novo, pelos pases que importam.Multinacionais: so organizaes em condies de realizar operaes de carter global, fugindo assim ao controle dos Estados nacionais ou de organizaes internacionais. Elas constituem uma rede de poder supranacional. Querem conquistar mercados, investindo capitais privados e deslocando a produo onde os custos de trabalho, energia e matria-prima so mais baixos e os direitos dos trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comrcio mundial e at 90% do comrcio mundial dos bens de primeira necessidade.Dvida externa: conforme a Organizao para a Alimentao e a Agricultura (FAO), a dvida est paralisando a possibilidade de pases menos avanados de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar prpria produo agrcola o necessrio desenvolvimento. A dvida contrada com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetrio e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportaes. Em certos pases, 40% do que se arrecada com as exportaes so gastos somente para pagar os juros da dvida externa. A dvida, infelizmente, continua inalterada ou aumenta.Conflitos armados: o dinheiro necessrio para providenciar alimento, gua, educao, sade e habitao de maneira suficiente para todos, durante um ano, corresponde a quanto o mundo inteiro gasta em menos de um ms na compra de armas. Alm disso, os conflitos armados presentes em muitos pases em desenvolvimento causam graves perdas e destruies em seu sistema produtivo primrio.Desigualdades sociais: a luta contra a fome , em primeiro lugar, luta contra a fome pela justia social. As elites que esto no governo, controlando o acesso aos alimentos, mantm e consolidam o prprio poder. Paradoxalmente, os que produzem alimento so os primeiros a sofrer por sua falta. Na maioria dos pases, muito mais fcil encontrar pessoas que passam fome em contextos rurais do que em contextos urbanos.Neo-colonialismo: em 1945, atravs do reconhecimento do direito autodeterminao dos povos, iniciou o processo de libertao dos pases que at ento eram colnias de outras naes. Mas, uma vez adquirida a independncia, em muitos continuaram os conflitos internos que tm sua origem nos profundos desequilbrios sociais herdados do colonialismo. Em muitos pases, ao domnio colonial sucederam as ditaduras, apoiadas pela cumplicidade das superpotncias e por acordos de cooperao com a antiga potncia colonial. Isso deu origem ao neocolonialismo e as trocas comerciais continuaram a favorecer as mesmas potncias. Quando um pas vive numa situao de misria, podemos dizer que, praticamente, todas essas causas esto agindo ao mesmo tempo e esto na origem da fome de seus habitantes. Algumas delas dependem da situao do pas, como o regime de monocultura, os conflitos armados e as desigualdades sociais. Elas sero eliminadas, quando e se o mesmo pas conseguir um verda-deiro desenvolvimento. Mas outras causas j no dependem do prprio pas em desenvolvimento, e sim da situao em nvel internacional. Refiro-me s condies desiguais de troca entre as vrias naes, presena das multinacionais, ao peso da dvida externa e ao neocolonialismo. Isso quer dizer que os pases em desenvolvimento, no conseguiro sozinhos vencer a misria e a fome, a no ser que mudanas verdadeira-mente importantes aconteam no relacionamento entre essas naes e as mais industrializadas.

PobrezaAs profundas desigualdades na distribuio da riqueza no mundo atingiram actualmente propores verdadeiramente chocantes.O nmero de pobres no pra de crescer e j chega a 307 milhes de pessoas no mundo. Relatrio da Conferncia das Naes Unidas para o Comrcio e o Desenvolvimento (Unctad) recentemente publicado mostra que nos ltimos 30 anos o nmero de pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 duplicou nos pases menos desenvolvidos. Para a agncia da ONU, o dado mais preocupante a tendncia de que esse nmero aumente at 2015, quando os pases menos desenvolvidos podero passar a ter 420 milhes de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.Em algumas regies, principalmente na frica, parte da populao j tem um consumo dirio de apenas 57 centavos de dlares, enquanto um cidado suo gasta por dia US$ 61,9. Nos anos 70 cerca de 56% da populao africana vivia com menos de US$ 1,00, hoje este valor de 65%.A pobreza est a aumentar, em vez de diminuir.(Junho de 2002) As ajudas dos pases mais ricos aos mais pobres so uma gota de gua no Oceano, cifrando-se 0,22 por cento do seu PIB. O mais grave todavia os subsdios que atribuem s suas empresas para exportarem e barreiras comerciais que levam aos produtos oriundos dos pases mais pobres. O desequilbrio de meios sufoca completamente as economias mais pobres. (Banco Mundial,Abril de 2003)..FomeCalcula-se que 815 milhes, em todo o mundo sejam vtimas crnica ou grave subnutrio, a maior parte das quais so mulheres e crianas dos pases em vias de desenvolvimento.O flagelo da fome atinge 777 milhes de pessoas nos pases em desenvolvimento, 27 milhes nos pases em transio (na ex-Unio Sovitica) e 11 milhes nos pases desenvolvidos.

A subnutrio crnica, quando no conduz apenas morte fsica, mas implica frequentemente uma mutilao grave, nomeadamente a falta de desenvolvimento das clulas cerebrais nos bebs, e cegueira por falta de vitamina A. Todos os anos, dezenas de milhes de mes gravemente subnutridas do luz dezenas de milhes de bebs igualmente ameaados. (Junho de 2002).frica Devastada por secas e cheias, mas sobretudo por guerras civis (entre 30 e 40 no final do sculo XX), todo o continente africano parece ter mergulhado no abismo. Terminados os conflitos o terror no termina nas zonas rurais, onde a presena de minas e de munies no explodidas constitui uma ameaa permanente reconstruo das comunidades rurais.Etipia, Eritreia, Somlia, Sudo, Qunia, Uganda e Djibuti a fome que h muito mata nestes pases milhes de africanos, j deixou de ser notcia na imprensa internacional. Entre as principais causas desta mortandade est a seca, as guerras e a permamente instabilidade poltica e religiosa na regio.Zambia, cerca de quatro milhes de pessoas (numa populao de dez milhes) foi afectada pela seca que destrui, este ano, parte das suas colheitas. A situao est a tornar-se rapidamente catastrfica. (Dados de 2002)Na frica austral, existem presentemente 10 milhes de mulheres, homens e crianas a conhecer formas extremas do flagelo da fome. Malawi, Zimbabwe, Lesotho e a Swazilndia so alguns dos pases mais afectados. Malawi, enfrenta seca e a pior fome nos ltimos 50 anos. Segundo o governo, 70% da populao de 11 milhes passa fome.Em Moambique e Angola (apesar de ter terminado a guerra), a situao reconhecidamente trgica.(Junho de 2002)As perspectivas de desenvolvimento para este continente so pouco animadoras. Na frica sub-sahariana, o nmero de pobres pode aumentar de 315 milhes em 1999 para 404 milhes em 2015, afectando perto de metade da populao da regio (Banco Mundial, Abril de 2003).Amrica Latina 54 milhes de pessoas passam fome na Amrica Latina e Carabas, segundo o director-geral da Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e a Alimentao (FAO).Na Amrica do Sul registou-se uma reduo do nmero de pessoas subnutridas, que passou de 42 milhes para 33 milhes, mas na Amrica Central houve um aumento de 17 a 19% e nas Carabas de 26 a 28%.As crises econmicas na Argentina e Brasil fizeram regredir vastas regies, alastrando a fome.O director-geral da FAO afirma que apesar da importncia estratgica da agricultura para combater esta situao, nos ltimos 10 anos o crescimento do sector agrcola no continente foi fraco, alcanando apenas 2,7% no ano 2000. Um dos factores que impede o crescimento da mesma, deve-se concorrncia dos pases mais desenvolvidos, cuja agricultura fortemente subsidiada pelos respectivos estados.211 milhes de latino-americanos e caribenhos vivem abaixo da linha de pobreza, com um aumento de 11 milhes desde 1990. (Junho de 2002). As perspectivas futuras continuam a ser pouco risonhas para toda a Amrica Latina. Os efeitos da globalizao far-se-o sentir por muito tempo, nomeadamente atravs de continuas crises econmicas. As suas frgeis economias esto hoje merc das empresas dos pases mais ricos.siaA situao particularmente dramtica no Afeganisto, onde cinco a dez milhes de pessoas esto ameaadas de fome, mas tambm muito grave na Coreia do Norte, Monglia, Armnia, Gergia e Tajiquisto, etc.(Dados de 2002).Mdio Oriente No Mdio Oriente as projeces do Banco Mundial so tambm pouco animadoras para esta regio, a situao dramtica na Palestina e no Iraque.O nmero de pobres ir disparar, estimulando o crescimento de conflitos sociais (Banco Mundial, Abril de 2003).A interveno dos EUA no Iraque (Abril de 2003), para alm das vtimas que j produziu, agravou ainda mais esta tragdia.

Guerra Os animais lutam, mas no fazem guerra. O homem o nico primata que planeja o extermnio dentro de sua prpria espcie e o executa entusiasticamente e em grandes dimenses. A guerra uma de suas invenes mais importantes; a capacidade de estabelecer acordos de paz provavelmente uma conquista posterior. MotivaesEtnia e Religio- Estas motivaes podem ocorrer em conjunto ou separadamente. Conflitos com motivaes tnicas e religiosas so o tipo mais antigo e permanecem atuais. O apelo tnico e religioso justifica o conflito como um dever histrico, o passado fundamenta a guerra no presente. Motivaes deste tipo frequentemente geram abusos e genocdios. Sua lgica precede a lgica poltica e de Estado.Em geral as naes ocidentais no se orientam por este fator. Falhas graves de anlise da complexidade cultural em determinados conflitos geraram alguns dos maiores desastres humanitrios do sculo, como em Ruanda. Geraram tambm guerras que ao invasor ou fora de paz parecem ilgicas, incompreensveis ou imprevisveis. Conflitos deste tipo so encontrados na sia e na frica em grande quantidade, efeito em parte do imperialismo do sc. XIX..Poltica e Economia- Historicamente a Europa e os Estados ocidentais travam este tipo de conflito. Orientados por uma lgica financeira e de Estado, conflitos deste tipo tendem a ser calculados pelos beligerantes em funo de seu custo e benefcio. Tem por objetivo a conquista de territrios, recursos e mercados ou a eliminao de sistemas polticos rivais. Quando bem planejadas, os alvos so claramente definidos (infra-estrutura) e as aes militares buscam a resoluo mais rpida possvel, minimizando baixas e custos. TiposGuerras Totais-Travada entre os pases europeus com objetivos polticos e econmicos. A Guerra Total o conflito que envolve todos os recursos de um Estado. Ex: Guerras Mundiais.Guerras limitadas-Maioria das guerras travadas entre Estados incapazes de sustentar um conflito longo. Campanhas rpidas visam atingir objetivo poltico ou econmico com o menor desgaste possvel. Ex: Guerras rabe-israelenses.Guerras de libertao ou independncia-Travadas com objetivo poltico claro, opuseram exrcitos asiticos e africanos a europeus.Guerras poltico-ideolgicas-Em geral ope grupos revolucionrios e partidos a governos devido a divergncias polticas. Entre os conflitos ocorridos na Amrica Latina, este o tipo mais frequente.Guerras intermitentes ou crnicas-Maioria dos conflitos na sia e na frica. Raramente atinge objetivos polticos claros ou duradouros. Prolongam-se devido a fatores tnicos ou culturais. Frequentemente explodem aps guerras de independncia.Os conflitos no tempoGuerras Mundiais 1914-1945Guerras na Europa, com repercusses nas colnias.Conflitos regulares, simtricos e poltico-econmicos. As razes do primeiro conflito encontram-se nas disputas imperialistas do sc. XIX. Militarmente a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) no teve uma soluo, o armistcio foi assinado sem que houvesse uma vitria real de um dos lados do conflito. A Revoluo Russa ocorre neste perodo, bem como a Crise de 1929 e o surgimento do Fascismo. Estes novos fatores somados a questes no resolvidas em 1918 levam Segunda Guerra Mundial (1939-45).Guerra Fria1945 1989/91

Europa: coexistncia pacfica, as principais crises foram o Bloqueio de Berlim em 1948 e as intervenes da URSS na Tchecoslovquia e na Hungria.sia e frica: descolonizao. Guerras contra os dominadores europeus e entre os grupos locais. Neste perodo ocorreram as guerras de independncia ou descolonizao, gerando conflitos de alta complexidade em que questes tnicas locais somam-se a fatores polticos e econmicos dentro de fronteiras artificiais traadas por potncias estrangeiras a partir do sc. XIX. Conflitos em geral irregulares e assimtricos. Excees: Coria, ndia e Paquisto, rabes e israelenses.Amrica: conflitos poltico-ideolgicos, guerrilhas de esquerda contra os governos apoiados pelos EUA. Ditaduras militares ocorreram na maioria dos pases.

Nova Ordem Mundial 1991 HojePulverizao dos conflitos pelo mundo. Predomnio da guerra irregular e assimtrica. Fragmentao da URSS e fim da Guerra Fria: nacionalismos tnicos dentro da Rssia, no Cucaso e na sia Central. Continuidade na frica dos choques ps-descolonizao, incluindo as questes tnicas. Ondas de refugiados. Aumento dos choques culturais Isl-Ocidente. Aumento da presena militar dos EUA no mundo. Intervenes dos EUA no Oriente Mdio: fragmentao do Iraque e possvel instabilidade regional ampliada. Conflitos entre Estados e grupos autnomos. Israel e Hizbollah, EUA e Taleb Al Qaeda.Questes humanitriasA Primeira Guerra Mundial matou 10 milhes de pessoas. A Segunda Guerra, mais 50 milhes. As guerras da Guerra Fria, outros 20 milhes.A quantidade de conflitos e o grande desenvolvimento dos meios de comunicao no sc. XX permitiram sensibilizar populaes de diversos pases sobre os problemas ocorridos principalmente durante a Guerra Fria e nos anos que a seguiram. Misses de paz tornaram-se cena comum, apesar dos diversos problemas enfrentados.Hoje o principal produto das guerras, alm da destruio, o grande nmero de refugiados. A situao dos refugiados nos seus prprios pases precrias e insegura. Quando chegam a outros pases so vtimas de preconceito e excluso social.

Entre 1740 e 1974, o planeta teve 13 bilhes de habitantes e assistiu a 366 guerras de grandes dimenses, ao custo de 85 milhes de mortos. O resultado dessas guerras parece ter sido um prmio agresso, pois em dois teros delas o agressor saiu-se vencedor e, quanto durao, 67% terminaram em prazo inferior a quatro anos Francisco Doratioto, Maldita GuerraCuriosidades blicasAlexandre, o Grande, ordenou que todos os seus soldados raspassem a cabea e o rosto. Ele acreditava que a barba e cabelos longos poderiam facilitar a tentativa de uma degolada.No Japo feudal, o exrcito Imperial tinha soldados especiais cuja a nica misso era contar o nmero de cabeas de inimigos cortadas em cada batalha, para fins matemticos e estatsticos censitrios - estratgicos.O lixo nuclear de usinas nucleares pode ser usado para revestir msseis e bombas, causando danos ao adversrio que duraro 2 mil anos. usado em diversas armas recentes.A guerra mais rpida da histria durou 37 minutos. Uma esquadra inglesa decidiu ancorar no porto de Zanzibar, na frica, em 1896, para assistir a uma partida de crquete. O sulto de Zanzibar no gostou e mandou que seu nico navio atacasse os ingleses. Quando o navio abriu fogo, os ingleses o afundaram rapidamente e ainda destruram o palcio do sulto, matando quinhentos soldados. Zanzibar se rendeu na hora e o sulto fugiu para a Alemanha.Na Primeira Guerra Mundial, canrios e ratos foram usados como cobaias pelos aliados sempre que se cavava um tnel nas proximidades da linha dos inimigos. Era para detectar a presena de algum gs, principalmente o Gs Mostarda, devido guerra qumica que se iniciava.o fsforo branco, agente qumico que faz pessoas se inflamarem ao contato com o ar, continua sendo usado como arma at o dia de hoje mesmo por pases desenvolvidos, apesar do Protocolo de Genebra.Em 1969, eclodiu uma guerra entre El Salvador e Honduras durante um jogo eliminatrio para Copa do Mundo de Futebol (a guerra do futebol)

O aquecimento globalO Aquecimento global um fenmeno climtico de larga extensoum aumento da temperatura mdia superficial global que vem acontecendo nos ltimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou antropognicas (provocadas pelo homem) tm sido propostas para explicar o fenmeno.Grande parte da comunidade cientfica acredita que o aumento de concentrao de poluentes antropognicos na atmosfera causa do efeito estufa. A Terra recebe radiao emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espao atravs de radiao de calor. Os poluentes atmosfricos esto retendo uma parte dessa radiao que seria refletida para o espao, em condies normais. Essa parte retida causa um importante aumento do aquecimento global.A principal evidncia do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estaes metereolgicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correo dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento mdio da temperatura foi de 0.6+-0.2 C durante o sculo XX. Os maiores aumentos foram em dois perodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. (fonte IPCC).Evidncias secundrias so obtidas atravs da observao das variaes da cobertura de neve das montanhas e de reas geladas, do aumento do nvel global dos mares, do aumento das precipitaes, da cobertura de nuvens, do El Nio e outros eventos extremos de mau tempo durante o sculo XX.Por exemplo, dados de satlite mostram uma diminuio de 10% na rea que coberta por neve desde os anos 60. A rea da cobertura de gelo no hemisfrio norte na primavera e vero tambm diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retrao das montanhas geladas em regies no polares durante todo o sculo XX.(Fonte: IPCC).CausasMudanas climticas ocorrem devido a factores internos e externos. Factores internos so aqueles associados complexidade derivada do facto dos sistemas climticos serem sistemas caticos no lineares. Fatores externos podem ser naturais ou antropognicos.O principal factor externo natural a variabilidade da radiao solar, que depende dos ciclos solares e do facto de que a temperatura interna do sol vem aumentando. Fatores antropognicos so aqueles da influncia humana levando ao efeito estufa, o principal dos quais a emisso de sulfatos que sobem at a estratosfera causando depleo da camada de oznio (fonte:IPCC)Cientistas concordam que factores internos e externos naturais podem ocasionar mudanas climticas significativas. No ltimo milnio dois importantes perodos de variao de temperatura ocorreram: um perodo quente conhecido como Perodo Medieval Quente e um frio conhecido como Pequena Idade do Gelo. A variao de temperatura desses perodos tem magnitude similar ao do atual aquecimento e acredita-se terem sido causados por fatores internos e externos somente. A Pequena Idade do Gelo atribuda reduo da atividade solar e alguns cientistas concordam que o aquecimento terrestre observado desde 1860 uma reverso natural da Pequena Idade do Gelo ( Fonte: The Skeptical Environmentalist).Entretanto grandes quantidades de gases tem sido emitidos para a atmosfera desde que comeou a revoluo industrial, a partir de 1750 as emisses de dixido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, xido de nitrognio 17% e oznio troposfrico 36% (Fonte IPCC).A maior parte destes gases so produzidos pela queima de combustveis fsseis. Os cientistas pensam que a reduo das reas de florestas tropicais tem contribudo, assim como as florestas antigas, para o aumento do carbono. No entanto florestas novas nos Estados Unidos e na Rssia contribuem para absorver dixido de carbono e desde 1990 a quantidade de carbono absorvido maior que a quantidade liberada no desflorestamento. Nem todo dixido de carbono emitido para a atmosfera se acumula nela, metade absorvido pelos mares e florestas.A real importncia de cada causa proposta pode somente ser estabelecida pela quantificao exacta de cada factor envolvido. Factores internos e externos podem ser quantificados pela anlise de simulaes baseadas nos melhores modelos climticos.A influncia de fatores externos pode ser comparada usando conceitos de fora radiotiva. Uma fora radiotiva positiva esquenta o planeta e uma negativa o esfria. Emisses antropognicas de gases, depleo do oznio estratosfrico e radiao solar tem fora radioativa positiva e aerosis tem o seu uso como fora radiotiva negativa.(fonte IPCC).Modelos climticosSimulaes climticas mostram que o aquecimento ocorrido de 1910 at 1945 podem ser explicado somente por foras internas e naturais (variao da radiao solar) mas o aquecimento ocorrido de 1976 a 2000 necessita da emisso de gases antropognicos causadores do efeito estufa para ser explicado. A maioria da comunidade cientfica est actualmente convencida de que uma proporo significativa do aquecimento global observado causado pela emisso de gases causadores do efeito estufa emitidos pela actividade humana. (Fonte IPC)Esta concluso depende da exactido dos modelos usados e da estimativa correcta dos factores externos. A maioria dos cientistas concorda que importantes caractersticas climticas estejam sendo incorrectamente incorporadas nos modelos climticos, mas eles tambm pensam que modelos melhores no mudariam a concluso. (Source: IPCC)Os crticos dizem que h falhas nos modelos e que factores externos no levados em considerao poderiam alterar as concluses acima. Os crticos dizem que simulaes climticas so incapazes de modelar os efeitos resfriadores das partculas, ajustar a retroalimentao do vapor de gua e levar em conta o papel das nuvens. Crticos tambm mostram que o Sol pode ter uma maior cota de responsabilidade no aquecimento global actualmente observado do que o aceite pela maioria da comunidade cientfica. Alguns efeitos solares indirectos podem ser muito importantes e no so levados em conta pelos modelos. Assim, a parte do aquecimento global causado pela aco humana poderia ser menor do que se pensa actualmente. (Fonte: The Skeptical Environmentalist)EfeitosDevido aos efeitos potenciais sobre a sade humana, economia e meio ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupao. Algumas importantes mudanas ambientais tem sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de evidncias secundrias citadas abaixo (diminuio da cobertura de gelo, aumento do nvel do mar, mudanas dos padres climticos) so exemplos das consequncias do aquecimento global que podem influenciar no somente as actividades humanas mas tambm os ecosistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecosistema mude; algumas espcies podem ser foradas a sair dos seus habitats (possibilidade de extino) devido a mudanas nas condies enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas.Entretanto, o aquecimento global tambm pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de concentraes de CO2 podem aprimorar a produtividade do ecosistema. Observaes de satlites mostram que a produtividade do hemisfrio Norte aumentou desde 1982. Por outro lado fato de que o total da quantidade de biomassa produzida no necessriamente muito boa, uma vez que a biodiversidade pode no silncio diminuir ainda mais um pequeno nmero de espcie que esteja florescendo.Uma outra causa grande preocupao o aumento do nvel do mar. O nvel dos mares est aumentando em 0.01 a 0.02 metros por dcada e em alguns pases insulares no Oceano Pacfico so expressivamente preocupantes, porque cedo eles estaro debaixo de gua. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da expanso trmica da gua dos oceanos, mas alguns cientistas esto preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares derretam. Em consequncia haver aumento do nvel, em muitos metros. No momento, os cientistas no esperam um maior derretimento nos prximos 100 anos. (Fontes: IPCC para os dados e as publicaes da grande imprensa para as percepes gerais de que as mudanas climticas).Como o clima fica mais quente, a evaporao aumenta. Isto provoca pesados aguaceiros e mais eroso. Muitas pessoas pensam que isto poder causar resultados mais extremos no clima como progressivo aquecimento global.O aquecimento global tambm pode apresentar efeitos menos bvios. A Corrente do Atlntico Norte,por exemplo, provocada por diferenas entre a temperatura entre os mares. Aparentemente ela est diminuindo conforme as mdias da temperatura global aumentam, isso significa que reas como a Escandinvia e a Inglaterra que so aquecidas pela corrente devem apresentar climas mais frios a despeito do aumento do calor global.

Banco centralUm banco central uma instituio financeira independente ou ligada ao Estado cuja funo gerir a poltica econmica, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda de cada pas e do sistema financeiro como um todo. Alm disso tem como objetivo definir as polticas monetrias (taxa de juros, cmbio, entre outras) e aquelas que regulamentam o sistema financeiro local. O banco faz isso interferindo mais ou menos no mercado financeiro, vendendo papis do tesouro, regulando juros e avaliando os riscos econmicos para o pas.Os papis tradicionais de um banco central so:Banqueiro do governo: ele quem guarda as reservas internacionais em ouro ou moeda estrangeira do governo[1].Autoridade emissora de moeda, ou monoplio de emisso: o banco central quem, com exclusividade, emite ou autoriza a emisso de papel moeda daquele pas[1].Executor da poltica monetria e cambial: o banco central quem insere ou retira moeda do mercado, regula as taxas de juros e regula a quantidade de moeda estrangeira em circulao no pas. Essas operaes so conhecidas como open market ou operaes de mercado aberto, e consistem principalmente na compra e venda de ttulos pblicos ou de moeda estrangeira para instituies financeiras previamente escolhidas[1].Banco dos Bancos, ou prestamista de ltima instncia: o banco central prov emprstimos exclusivos aos membros do sistema financeiro a fim de regular a liquidez ou mesmo evitar falncias que poderiam causar uma reao em cadeia de falncias bancrias. Ele tambm mantm os depsitos compulsrios dos bancos comerciais, regulando assim a multiplicao da moeda escritural no mercado[1].Alm desses papis, alguns bancos centrais (como por exemplo o Banco Central do Brasil) acumulam tambm o papel de supervisor do sistema financeiroHistriaO primeiro banco central de que se tem notcia foi o Banco da Inglaterra. Ele surgiu em 1694 como uma sociedade annima privada. Como contrapartida de emprstimos para financiar a guerra contra a Frana o Rei William de Orange concedeu ao banco o monoplio de emisso de moeda na regio de Londres, dando-lhe assim duas das funes clssicas de um banco central: Era banqueiro do governo e tambm detinha monoplio de emisso (apesar de restrito).Devido ao grande prestigio e confiabilidade alcanados pelo Banco da Inglaterra, os outros bancos comearam a a prtica de ali manter depsitos e garantias. Nos sculos XVIII e XIX houve uma proliferao de pequenos bancos rurais na Inglaterra, que para evitar quebras e crises de confiana, mantinham depsitos de garantia nos grandes bancos de Londres, que por sua vez mantinham seus depsitos de garantia no Banco da Inglaterra. Com isso ele se destacou com o eixo do sistema bancrio ingls. Por volta de meados do sculo XIX o Banco da Inglaterra comeou a fazer liquidaes de saldos entre os depsitos que os outros bancos mantinham junto a ele, criando as bases dos sistemas de compensao bancria e assumindo enfim o terceiro papel tradicional de um banco central: o de Banco dos Bancos[1].Seguiu-se que ele era o nico banco habilitado a servir como prestamista de ltima instncia quando surgiam crises no sistema financeiro, evitando assim a reao em cadeia provocada pelas falncias bancrias e as crises de confiana. Assim, assumia tambm o mais este dentre os papis clssicos[1].Em 1946 a sua importncia para o sistema financeiro da Inglaterra foi finalmente reconhecida, e o banco foi estatizado, assumindo oficialmente o status de Banco Central[1].Nos moldes do Banco da Inglaterra, os outros bancos centrais da Europa tambm passaram por diversas fases de evoluo at chegarem no nvel de evoluo atual, com o Banco Central Europeu.

Corrupo produz pobrezaEstudos mostram que as maracutaias tm efeito devastador sobreo desenvolvimento.Eduardo Salgado Dois economistas do Banco Mundial, Daniel Kaufmann e Aart Kraay, elaboraram um banco de dados com indicadores de boa governana de 160 pases, incluindo o combate corrupo. De acordo com esse indicador, o Brasil ocupa a septuagsima posio. Estamos na pssima vizinhana de pobretes, como Sri Lanka, Malau, Peru e Jamaica, e de duas ditaduras, Cuba e Bielo-Rssia. Cruzando os dados, os economistas concluram que se a corrupo no Brasil se agravar at atingir um nvel extremo, comparvel ao de Angola, um dos casos mais graves, a renda per capita brasileira ficar 75% menor em oito dcadas. Se, na direo contrria, alcanarmos o nvel de honestidade da Inglaterra, a renda per capita ficar quatro vezes maior no mesmo perodo. Ou seja, calculando apenas o peso da desonestidade e desprezando todos os outros fatores que influem no desenvolvimento, chegaramos renda de 14.000 dlares. O raciocnio baseia-se na seguinte constatao: h 200 anos, a renda per capita no era muito diferente entre a maior parte dos pases. Por que alguns conseguiram crescer rapidamente a partir do incio do sculo XIX, enquanto outros no? A qualidade das instituies foi um dos fatores mais importantes. "A corrupo inibe as vendas das empresas, sem falar nos investimentos internos e externos", diz Daniel Kaufmann, um dos responsveis pelo estudo. "O combate corrupo um instrumento eficaz para fazer a economia crescer."

O estudo demonstra a existncia de fortes laos entre altos nveis de corrupo e baixos ndices sociais. O dinheiro desviado pelo superfaturamento de obras pblicas e pela sonegao de impostos faz falta para investir em infra-estrutura e sade pblica. Maracutaias como essas no apenas diminuem a arrecadao, mas tambm tm efeito devastador na criao de postos de trabalho. Estima-se que, em economias nas quais a corrupo tem padro intermedirio em termos internacionais como o caso do Brasil , os investimentos sejam 2,6 pontos porcentuais mais baixos que em naes com ndice tico mais elevado, como no Chile. Neste ano, a consultoria Simonsen Associados entrevistou 132 executivos ligados Cmara Americana de Comrcio para saber que fatores desestimulam os investimentos produtivos no Brasil. A corrupo foi apontada como o terceiro maior obstculo, atrs apenas dos impostos e do chamado custo Brasil. A corrupo cria concorrncia desigual e clima de insegurana no meio empresarial. A crena, estabelecida pela prtica, a de que quem tem a maior chance de levar o contrato do governo no a empresa mais competitiva e competente, mas aquela que molhou a mo da pessoa certa. Empresas de todos os tamanhos e setores inteiros da economia so prejudicados com essa distoro. A corrupo mesmo to grave no Brasil? Os brasileiros sentem-se cercados de autoridades prontas a cometer todo tipo de delito em troca de uma boa propina. Um levantamento indito da Kroll Associates, multinacional de gerenciamento de risco, e da Transparncia Brasil, ONG devotada promoo da honestidade, divulgado na quinta-feira passada, ajuda a dimensionar como a corrupo faz parte do dia-a-dia das empresas brasileiras. Em lugar de perguntar a opinio dos entrevistados, como ocorre com a maioria das pesquisas, o levantamento da Kroll e da Transparncia questionou uma centena de empresas e escritrios de advocacia de todo o Brasil sobre a experincia concreta de cada um deles com a corrupo. Algumas constataes da pesquisa: Um em cada trs entrevistados disse que a corrupo comum no seu ramo de negcios. Quase um tero das empresas (principalmente do setor industrial) j recebeu pedido de pagamentos "por fora" para facilitar a concesso de licenas e alvars. Metade das companhias j recebeu pedidos de propina em casos envolvendo impostos e taxas. Metade das empresas que participaram de licitaes pblicas recebeu pedidos de propina. Os policiais so os funcionrios pblicos mais corruptos, de acordo com a experincia das companhias ouvidas. Num pas com tanta corrupo, conveniente separar logo o joio do trigo e exibir o joio: dos trs nveis de poder, a esfera municipal aparece na pesquisa da Kroll/Transparncia como a mais contaminada. O Ministrio Pblico estima que, entre 1993 e 2000, s a mfia dos fiscais, que agia na prefeitura de So Paulo, impediu que 13 bilhes de reais chegassem aos cofres pblicos em forma de impostos e taxas. O mais comum que a propina seja um catalisador para acelerar a burocracia e agilizar a tramitao de papis. Quem no quer pagar espera mais tempo para ter o habite-se ou o alvar. Nem sempre a moeda de troca o dinheiro. Funcionrios corruptos tambm pedem presentes e mordomias, emprego para parentes e, evidentemente, contribuies para campanhas eleitorais. Um comerciante pode ser obrigado a fechar as portas se no aceitar o pedgio cobrado por quadrilhas incrustadas nas reparties municipais.

O ICMS o imposto mais vulnervel. A sigla identifica o imposto sobre circulao de mercadorias e servios, cobrado pelos Estados e embutido no preo de quase todos os produtos, de ur o pedgio cobrado por quadrilhas incrustadas nas reparties municipais.

O ICMS o imposto mais vulnervel. A sigla identifica o imposto sobre circulao de mercadorias e servios, cobrado pelos Estados e embutido no preo de quase todos os produtos, de um par de sapatos ao po francs. tambm o imposto que mais arrecada no Brasil a fbula de 94 bilhes de reais por ano, o equivalente a 8% do produto interno bruto (PIB). Relaxar a inspeo o principal produto entre as ofertas de maracutaias. Nesse caso, a firma paga um valor inferior ao devido e mais uma "comisso" ao fiscal corrupto. Uma quadrilha formada por trinta fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda de Mato Grosso, desbaratada no fim dos anos 90, cobrava uma "caixinha" de 10% do ICMS devido para deixar entrar mercadorias no Estado sem o pagamento de impostos. Um dos fiscais presos levava para casa todos os meses 90.000 reais, salrio digno de jogador de seleo. Depois de um processo de reviso, o valor do imposto mensal de algumas indstrias que antes se favoreciam da corrupo saltou de 30.000 reais para 1 milho de reais. Nem sempre a combinao de interesse mtuo. Com freqncia, fiscais corruptos aparecem no para vender vantagens, mas para extorquir dinheiro com a ameaa de abrir todos os livros e encontrar alguma irregularidade. O processo de licitao para obras e compras pblicas uma das portas da corrupo, comprova a pesquisa Kroll/ Transparncia. Se metade das empresas que j participaram de licitaes diz ter recebido pedidos de propina, significa que a corrupo a regra do jogo nesse negcio bilionrio. No ano passado, 98% das obras federais com valores acima de 2 milhes de reais foram submetidas a auditorias. O resultado foi que uma em cada trs precisou ser paralisada at que as irregularidades fossem sanadas. O Ministrio Pblico de So Paulo calcula que um esquema de superfaturamento desviou meio bilho de reais da construo da Avenida gua Espraiada, na capital paulista, entre 1993 e 1995. Apesar de as investigaes terem rastreado o percurso do dinheiro por uma dezena de contas bancrias no exterior, difcil que qualquer parte dessa fortuna seja recuperada. Na esfera federal, estima-se que de cada 100 reais desviados em maracutaias o governo s consiga reaver entre 2 e 3 reais. "Os processos demoram para chegar aos tribunais e as condenaes levam cerca de cinco anos. tempo suficiente para esconder o dinheiro roubado", diz Lucas Rocha Furtado, procurador-geral do Tribunal de Contas da Unio.

De modo geral, difcil punir um funcionrio pblico corrupto devido falta de apurao. Feita com a louvvel preocupao de evitar perseguies polticas e dar amplo direito de defesa ao acusado, a legislao favorece os maus elementos. Ao constatar uma irregularidade, a instituio pblica deve instaurar um inqurito administrativo para apurar o fato. O processo interno pode demorar meses ou anos. Muitas vezes o delito prescreve antes de uma concluso. O governo federal tem uma infinidade de rgos aparelhados para combater a corrupo o Tribunal de Contas da Unio, o Ministrio Pblico, a Justia Federal, a Polcia Federal, a Receita Federal, a Secretaria de Controle Interno e a Advocacia-Geral da Unio, s para citar os mais importantes , mas eles atuam de forma descoordenada, o que diminui a eficincia. Outro problema o corporativismo. Isso bastante evidente na polcia. Um policial acaba protegendo o outro em troca de favores ou por medo de represlia no futuro. Talvez a esteja parte da explicao para um dado assustador apurado pela pesquisa Kroll/Transparncia: os policiais so vistos, pela maioria das empresas entrevistadas, como a classe de agentes pblicos mais propensos a cobrar propinas e praticar nepotismo. o caso de chamar o ladro.

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