apostila - desoneracao da folha

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Desoneração da Folha de Pagamento Aspectos Legais e Práticos Prof. Dr. Jose Alfredo do Prado Junior

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Desoneração da

Folha de Pagamento

Aspectos Legais e Práticos

Prof. Dr. Jose Alfredo do Prado Junior

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO Aspectos Legais e Práticos

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PALESTRANTE

JOSE ALFREDO DO PRADO JUNIOR

Advogado, professor, consultor, diretor executivo da empresa Prado Treinamento Profissional,

especialista na área trabalhista e previdenciária com experiência de mais de 10 anos.

Atuação permanente como professor, promovendo o desenvolvimento e a formação de

profissionais ligados à área de Recursos Humanos e Administração e Pessoal, através de cursos

presenciais abertos e in company, palestras e seminários em empresas privadas, consultorias

empresarias, parcerias com os CRC – Conselho Regional de Contabilidade, e FENACON

(SESCON E SESCAP), e demais sindicatos.

Prado Treinamento Profissional E-mail: [email protected] Site: www.pradotreinamentos.com.br

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ÍNDICE PAGINA

1 Introdução 04

2 Desoneração da Folha 08

3 Recolhimento Lei 12.546/2011 13

4 Decreto 7828/2012 26

5 Lei 12.884/2013 (Construção Civil, Comercio Varejista e Novos Setores para 2014) 31

6 Parte Prática 45

7 Contribuição Previdenciária Patronal sobre o 13º Salário 51

8 Empresas optantes pelo Simples Nacional 60

9 Empresas sem movimento 62

10 Empresas sem empregados 62

11 Matriz e Filial 64

12 Reclamatória Trabalhista 65

13 Fase Pré-operacional da empresa 67

14 Compensação de Retenções Previdenciárias 67

15 Processo Judicial 68

16 Informações na DCTF 68

17 EFD Contribuições

73

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DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

Lei 12.546/2011

1 INTRODUÇÂO

Com a finalidade de facilitar os nossos estudos, primeiramente cabe rever alguns conceitos básicos referentes à parte previdenciária, e fiscais.

1.1 RECOLHIMENTO DAS EMPRESAS EM GERAL

Em regra, as empresas possuem os seguintes encargos previdenciários (INSS patronal), incidentes sobre sua folha de pagamento:

a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000;

c) para o financiamento da aposentadoria especial, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT, RAT ou SAT), sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:

1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;

3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave;

d) recolhimento destinado para outras entidades (terceiros) - a alíquota será fixada de acordo com o enquadramento do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), que deverá ser realizado pela empresa levando em consideração sua atividade;

e) 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

Fundamentação: arts. 22 e 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 72, art. 109, anexo II da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.071/2010 e Instrução Normativa RFB nº 1.080/2010.

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1.2 DEMAIS OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

As empresas beneficiadas pela substituição previstas na Lei nº 12.546/2011 continuam sujeitas ao cumprimento demais obrigações previstas na legislação previdenciária.

Desse modo, a empresa sem prejuízo do cumprimento de outras obrigações acessórias previstas na legislação previdenciária, está obrigada a:

a) inscrever, no Regime Geral da Previdência Social (RGPS), os segurados empregados a seu serviço;

A inscrição do segurado empregado é efetuada diretamente na empresa, mediante preenchimento dos documentos que o habilitem ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho.

b) inscrever, quando pessoa jurídica, como contribuintes individuais no RGPS, a partir de 1º de abril de 2003, as pessoas físicas contratadas sem vínculo empregatício e os sócios cooperados, no caso de cooperativas de trabalho e de produção, se ainda não inscritos;

c) elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, de forma coletiva por estabelecimento, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo geral, nela constando:

c.1) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, função ou serviço prestado;

c.2) agrupados, por categoria, os segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual;

c.3) identificados, os nomes das seguradas em gozo de salário-maternidade;

c.4) destacadas, as parcelas integrantes e as não integrantes da remuneração e os descontos legais;

c.5) indicado, o número de cotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso;

A empresa deve manter, em cada estabelecimento e obra de construção civil executada sob sua responsabilidade, uma cópia da respectiva folha de pagamento.

d) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições sociais a cargo da empresa, as contribuições sociais previdenciárias descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogação, as retenções e os totais recolhidos;

e) fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços, comprovante do pagamento de remuneração, consignando a identificação completa da empresa, inclusive com o seu número no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o número de inscrição do segurado no RGPS, o valor da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o compromisso de que a remuneração paga será informada na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) e a contribuição correspondente será recolhida;

f) prestar à Receita Federal do Brasil (RFB) todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização;

g) exibir à fiscalização da RFB, quando intimada para tal, todos os documentos e livros com as formalidades legais intrínsecas e extrínsecas, relacionados com as contribuições sociais;

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h) informar mensalmente, em GFIP emitida por estabelecimento da empresa, com informações distintas por tomador de serviço e por obra de construção civil, os dados cadastrais, os fatos geradores, a base de cálculo e os valores devidos das contribuições sociais e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na forma estabelecida no Manual da GFIP;

i) matricular-se no cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data do início de suas atividades, quando não inscrita no CNPJ;

j) matricular no cadastro do INSS obra de construção civil executada sob sua responsabilidade, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados do início da execução;

k) comunicar ao INSS o acidente de trabalho ocorrido com segurado empregado e trabalhador avulso, até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato;

l) elaborar e manter atualizado Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores;

m) elaborar e manter atualizado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) abrangendo as atividades desenvolvidas por trabalhador exposto a agente nocivo existente no ambiente de trabalho e fornecer ao trabalhador, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento;

n) elaborar e manter atualizadas as seguintes demonstrações ambientais quando exigíveis em razão da atividade da empresa:

n.1) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle, devendo ser elaborado e implementado pela empresa, por estabelecimento, nos termos da NR 9, do MTE;

n.2) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que deverá ser elaborado e implementado pela empresa ou pelo estabelecimento, a partir do PPRA, PGR e PCMAT, com o caráter de promover a prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive aqueles de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou de danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores, nos termos da NR 7 do MTE.

Fundamentação: art. 9º, inciso V da Lei nº 12.546/2011; art. 47, "caput" e incisos I a IV do art. 291, ambos da Instrução Normativa RFB nº 971/2009; art. 32 da Lei nº 8.212/1991; art. 22 da Lei nº 8.213/1991 e capítulo I, item 5 do Manual da GFIP/SEFIP, para usuários da versão 8.4, aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 880/2008; Norma Regulamentadora nº 9; Norma Regulamentadora nº 7.

1.3 CONCEITOS FISCAIS

Apresentamos abaixo os principais conceitos fiscais vigentes:

1.3.1 RECEITA BRUTA Nos termos da Instrução Normativa SRF nº. 51/1978, a receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens como receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens, nas operações de conta própria, e o preço dos serviços prestados (artigo 12 do Decreto-lei nº 1.598, de 26 d e dezembro de 1977).

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1.3.2 VENDAS CANCELADAS Consoante Instrução Normativa SRF nº. 51/1978, as vendas canceladas correspondem a anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços; eventuais perdas ou ganhos decorrentes de cancelamento de venda, ou de rescisão contratual, não devem afetar a receita líquida de vendas e serviços, mas serão computados nos resultados operacionais 1.3.3 DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS A Instrução Normativa SRF n.º 51/1978 preconiza que os descontos incondicionais são parcelas redutoras do preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. 1.3.4 RECEITA LÍQUIDA A Instrução Normativa SRF n.º 51/1978 conceitua receita líquida de vendas e serviços como a receita bruta de vendas e serviços, diminuída (a) das vendas canceladas, (b) dos descontos e abatimentos concedidos incondicionalmente e (c) dos impostos incidentes sobre as vencidas.

1.4 POSICIONAMENTO DOS EMPRESÁRIOS

Segundo estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no dia 22/11/2012, o percentual

de empresários que enxerga a medida como positiva e acredita que ela contribuirá para a retomada do

crescimento, é maior no segmento das grandes empresas do que no de pequenas e médias empresas.

De acordo com a pesquisa, veem a medida como positiva:

59% das empresas de grande porte;

49% das empresas de médio porte;

30% nas pequenas empresas.

Já na avaliação sobre a contribuição parcial da medida para retomada do crescimento:

60% das grandes empresas acreditam que ela auxiliará;

51% de as médias empresas;

42% das pequenas.

A pesquisa da CNI ouviu representantes do setor da construção civil, que não faz parte do novo regime.

Cerca de 55% das empresas do setor disseram que gostariam de ter sido incluídas na medida.

Também no caso da construção, o interesse em participar do regime é maior entre as empresas de maior

porte.

59% das grandes 56% das médias; 51% das pequenas

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2. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO 2.1 O QUE É A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO? A desoneração da folha de pagamento é constituída de duas medidas complementares.

Em primeiro lugar, o governo está eliminando a atual contribuição previdenciária (20%) sobre a folha e adotando uma nova contribuição previdenciária sobre a receita bruta das empresas (descontando as receitas de exportação), em consonância com o disposto nas diretrizes da Constituição Federal.

Em segundo lugar, essa mudança de base da contribuição também contempla uma redução da carga tributária dos setores beneficiados, porque a alíquota sobre a receita bruta foi fixada em um patamar inferior àquela alíquota que manteria inalterada a arrecadação – a chamada alíquota neutra.

2.2 QUAIS OS OBJETIVOS DA DESONERAÇÃO? São múltiplos os objetivos.

Ampliar a competitividade da indústria nacional, por meio da redução dos custos laborais, e estimula as exportações, isentando-as da contribuição previdenciária.

Estimular ainda mais a formalização do mercado de trabalho, uma vez que a contribuição previdenciária dependerá da receita e não mais da folha de salários.

Por fim, reduz as assimetrias na tributação entre o produto nacional e importado, impondo sobre este último um adicional sobre a alíquota de Cofins-Importação igual à alíquota sobre a receita bruta que a produção nacional pagará para a Previdência Social.

2.3 A DESONERAÇÃO ATINGE TODAS AS CONTRIBUIÇÕES SOBRE A FOLHA?

Não. A substituição da base folha pela base faturamento se aplica apenas à contribuição patronal paga pelas empresas, equivalente a 20% de suas folhas salariais. Todas as demais contribuições incidentes sobre a folha de pagamento permanecerão inalteradas, inclusive o FGTS e a contribuição dos próprios empregados para o Regime Geral da Previdência Social. Ou seja, se a empresa for abrangida pela mudança, ela continuará recolhendo:

A contribuição dos seus empregados, e

As outras contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento (como seguro de acidente de trabalho, salário- educação, FGTS e sistema S) da mesma forma que hoje.

Apenas a parcela patronal deixará de ser calculada como proporção dos salários e passará a ser calculada como proporção da receita bruta.

O recolhimento do valor apurado arrecadado juntamente com as contribuições a seu cargo (não abrangidas pela substituição prevista na Lei 12.546/2011) até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

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2.4 QUAL SERÁ A ALIQUOTA SOBRE A RECEITA BRUTA QUE AS EMPRESAS ENQUADRADAS PAGARÃO? Vai depender do setor em que a empresa atua ou o produto que produza. O governo decidiu adotar duas alíquotas diferentes: • 1,0 % para as Industrias que produzem determinados produtos (identificados pelo código da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI), Comercio e Transporte aéreo e Marítimo; e • 2,0% para as empresas do setor de serviços, como aquelas do ramo hoteleiro, de call center e design houses, transporte de passageiros, e que prestam os serviços de tecnologia de informação e tecnologia de informação e comunicação.

Faturamento Mensal X Substituição Tributária

Faturamento 1,00% 2,0%

100.000,00 1.000,00 2.000,00

200.000,00 2.000,00 4.000,00

500.000,00 5.000,00 10.000,00

1.000.000,00 10.000,00 20.000,00

2.5 O QUE MUDA NO RECOLHIMENTO DA NOVA CONTRIBUIÇÃO? A contribuição sobre a receita bruta das empresas, que agora está sendo estendida para outros setores, é recolhida por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), com os seguintes códigos*:

I - 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Art. 7º da Lei 12.546/2011

II - 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Art. 8º da Lei 12.546/2011

* Fonte: Ato Declaratório Executivo da Receita Federal do Brasil nº 33 de 17/04/2013.

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ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 31, DE 9 DE ABRIL DE 2013

DOU de 10.4.2013

Dispõe sobre a instituição de código de receita para o caso que especifica.

O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA SUBSTITUTO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 312 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto nos arts. 7º a 10 da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e no Decreto 7.828, de 16 de outubro de 2012, declara:

Art. 1º Fica instituído o código de receita 3601 - Contribuição Previdenciária Sobre a Receita Bruta - Lançada de Ofício para ser utilizado no preenchimento de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf).

Art. 2º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação.

FREDERICO IGOR LEITE FABER

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAC Nº 33, DE 17 DE ABRIL DE 2013. D.O.U.: 18.04.2013

Altera o Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 1º de dezembro de 2011, que dispõe sobre a instituição de códigos de receita para os casos que especifica.

O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA SUBSTITUTO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 312 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto nos arts. 7º a 10 da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e na Medida Provisória nº 601, de 28 de dezembro de 2012, declara:

Art. 1º O art. 1º do Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 1º de dezembro de 2011, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art.1º..................................................................................................................................

I - 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Art. 7º da Lei 12.546/2011; e

II - 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Art. 8º da Lei 12.546/2011 ."(NR)

Art. 2º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de abril de 2013.

Art. 3º Fica revogado o Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 25 de abril de 2012.

FREDERICO IGOR LEITE FABER

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ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 34, DE 24 DE ABRIL DE 2013

Dispõe sobre a instituição de código de receita para o caso que especifica. O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 312 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista nos §§ 9º e 10 e no caput do art. 89 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, declara: Art. 1º Fica instituído o código de receita 3618 - Compensação Previdenciária Indevida em GFIP para ser utilizado no preenchimento de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf). Art. 2º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação.

JOÃO PAULO R. F. MARTINS DA SILVA

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

02 PERÍODO DA APURAÇÃO

→ 00/00/0000

DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS FEDERAIS

03 NUMERO DO CPF OU CGC

→ 00.000.000/0000-00

DARF 04 CÓDIGO DA RECEITA

→ 2985 ou 2991

01) NOME/TELEFONE:

Colocar o Nome e o Telefone do Contribuinte

05 NUMERO DE REFERENCIA

Veja no verso

instruções para preenchimento

06 DATA DO VENCIMENTO

→ 00/00/0000

07 VALOR DO PRINCIPAL

→ 000,00

ATENÇÃO

É vedado o recolhimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal cuja o valor total seja inferior a R$ 10,00. Ocorrendo tal situação, adicione esse valor ao tributo/contribuição de mesmo código de períodos subseqüentes, ate que o total seja igual ou superior a R$ 10,00.

08 VALOR DA MULTA

→ 0,00

09 VALOR DOS JUROS E/OU ENCARGOS DL - 1.025/69

→ 0,00

10 VALOR TOTAL → 000,00

11 AUTENTICAÇÃO BANCARIA (SOMENTE NAS 1ª E 2ª VIAS)

Como preencher:

CAMPO 1 - NOME/TELEFONE - Colocar o nome e o telefone do contribuinte - Exemplo hipotético: MFB SISTEMAS LTDA

CAMPO 2 - PERÍODO DA APURAÇÃO - Colocar a data de ocorrência do fato gerador ou do encerramento do período - Exemplo hipotético: 31/12/2011

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CAMPO 3 - NUMERO DO CPF OU CGC - Preencher com o número completo do CNPJ, no caso de pessoa jurídica - Exemplo hipotético: 00.000.000/0000-00

CAMPO 4 - CÓDIGO DA RECEITA - Colocar o código correspondente à espécie de receita que estiver sendo paga - Exemplo hipotético: 2985 ou 2991

CAMPO 06 - DATA DO VENCIMENTO - Colocar a data de vencimento fixado na legislação, mesmo no caso de pagamento antes ou após essa data - Exemplo hipotético: 20/01/2012

CAMPO 07 - VALOR DO PRINCIPAL - Colocar o valor do principal que está sendo recolhido - Exemplo hipotético: R$ 500,00

CAMPO 10 - VALOR TOTAL - Colocar o valor igual ao indicado no campo 07, se o recolhimento estiver sendo dentro do prazo indicado no campo 06; ou a soma dos valores indicados nos campos 07, 08 e 09 se o pagamento estiver sendo feito após esse prazo - Exemplo hipotético: R$ 500,00

PRAZO DO PAGAMENTO

As empresas beneficiadas com a substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP) deverão arrecadar as contribuições a seu cargo até o dia 20 (vinte) do mês subseqüente ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

Fundamentação: "caput" e alínea "b" do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 9º, inciso III da Lei nº 12.546/2011.

RECOLHIMENTO EM ATRASO

Em caso de ultrapassar o prazo legal para o recolhimento da DARF, deverá ser gerada uma avulsa para o pagamento, aplicando-se os mesmos cálculos da Receita Federal.

2.6 ESTA MUDANÇA DE BASE DE CONTRIBUIÇÃO É PARA TODAS AS EMPRESAS?

Não é para todas as empresas, apenas para aquelas que se enquadrarem nas atividades econômicas ou que fabricarem produtos industriais listados nos anexos da Lei nº 12.546/2011, que inaugurou a desoneração da folha. Nesses casos, a empresa obrigatoriamente terá de passar a pagar sua contribuição previdenciária sobre a receita bruta oriunda da venda daqueles produtos. 2.7 COMO A UNIÃO FARÁ A COMPENSAÇÃO PARA O FUNDO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL? A legislação estabelece que a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, conforme previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social. 2.8 COMO TER CERTEZA DE QUE OS IMPACTOS FISCAIS E ECONÔMICOS ESPERADOS VÃO OCORRER NA PRÁTICA? Para avaliar os resultados econômicos e os impactos fiscais da medida, o governo está constituindo uma Comissão Tripartite que terá a participação de membros do governo, representantes de trabalhadores e dos empresários.

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Folha de Pagamento

20% INSS

Faturamento 1,0% 2,0%

5.000,00 1.000,00 100.000,00 1.000,00 2.000,00

10.000,00 2.000,00 200.000,00 2.000,00 4.000,00

20.000.00 4.000,00 300.000,00 3.000,00 6.000,00

50.000,00 10.000,00 500.000,00 5.000,00 10.000,00

100.000,00 20.000,00 1.000.000,00 10.000,00 20.000,00

Exemplo

Empresa com 80 empregados

Salário médio: 1.000,00

Pró-labore : 3.600,00

Total da Folha/mês: 83.600,00

Total da GPS a pagar (20%) – 16.720,00

Faturamento Mensal : R$ 1.000.000,00

Faturamento 1,0% 2 ,0%

1.000.000,00 10.000,00 20.000,00

3 RECOLHIMENTO LEI 12.546/2011

1.0 % - 10.000,00 - 6.720,00

2,0 % - 20.000,00 +3.280,00

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3.1 SUBSTITUIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS PATRONAIS

Com intuito de possibilitar maior competitividade para alguns setores da economia, foi publicada a Lei nº 12.546/2011, que disciplina o Plano Brasil Maior (PBM).

Dentre as várias regras impostas por esse Plano, foi determinado que parte da contribuição previdenciária patronal deve ser substituída pelo recolhimento incidente sobre a receita auferida pelas empresas.

3.2 EMPRESAS ENQUADRADAS NO ARTIGO 7º

O recolhimento previdenciário destas empresas enquadradas na desoneração ocorreu da seguinte forma:

a) De 1º de dezembro de 2011 até 31 de Julho de 2012, será de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos e demais redutores permitidos;

b) De 1º de Agosto de 2012 até 31 de Dezembro de 2014, será de 2,0% (dois por cento) sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos e demais redutores permitidos.

Em substituição ao INSS patronal de 20% (vinte por cento) incidente sobre a remuneração paga ao empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual.

São empresas enquadradas neste artigo:

I - as empresas que prestam os serviços referidos nos §§ 4o e 5o do art. 14 da Lei no 11.774, de 17 de setembro de 2008; (Incluído pela Lei nº 12.715) :

- análise e desenvolvimento de sistemas;

- programação;

- processamento de dados e congêneres;

- elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;

- licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

- assessoria e consultoria em informática;

- suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados;

- planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas;

- serviços de call center;

II - as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0; (Incluído pela Lei nº 12.715)

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Código Descrição CNAE

5510-8/01 Administração de Hotéis.

5510-8/01 Hotel.

5510-8/01 Hotel com ou sem Serviço de Restaurante.

5510-8/01 Hotel Fazenda.

5510-8/01 Pousada.

5510-8/01 SPA com Serviço de Alojamento;

5510-8/02 Serviços de Apart-Hotel (Usado como Hotel);

5510-8/03 Motel

III - as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. (Incluído pela Lei nº 12.715)

4921-3/01 ÔNIBUS; TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, MUNICIPAL URBANO

4921-3/01 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, MUNICIPAL URBANO

4921-3/02

ÔNIBUS; TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTRAMUNICIPAL, NÃO METROPOLITANO

4921-3/02 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERMUNICIPAL

METROPOLITANO

4921-3/02 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTRAMUNICIPAL, NÃO METROPOLITANO

4922-1/01 ÔNIBUS; TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERMUNICIPAL, NÃO METROPOLITANO

4922-1/01 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERMUNICIPAL NÃO URBANO

4922-1/01 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERMUNICIPAL, NÃO METROPOLITANO

4922-1/02 ÔNIBUS; TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERESTADUAL

4922-1/02 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERESTADUAL

4922-1/02 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERESTADUAL NÃO URBANO

4922-1/03 ÔNIBUS; TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERNACIONAL

4922-1/03 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERNACIONAL

4922-1/03 TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERNACIONAL NÃO URBANO

IV - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; (Redação dada pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

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3.2.1 EXEMPLOS DE CALCULOS

Empresa exclusiva da desoneração

Empresas que prestam exclusivamente serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), excluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais e demais redutores previstos em lei, nos termos do caput do art. 7º da Lei nº 12.546/2011:

Receita Bruta da empresa - R$ 120.000,00

Vendas Canceladas/Descontos - R$ 20.000,00

Receita Líquida -R$ 100.000,00

R$ 100.000,00 x 2,0% = R$ 2.000,00

Recolhimento por DARF no código 2985 = Valor de R$ 2.000,00

Observação: Em SEFIP – Movimento da Empresa será informado o valor correspondente aos 20% da patronal da folha de pagamento no campo Compensação, para que seja recolhido somente a parte descontada dos sócios e empregados, RAT, Terceiros e Cooperativa se houver.

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3.2.2 Atividades Concomitantes – Empresas com parte das receitas desoneradas

Para aquelas empresas que se dediquem ao mesmo tempo a outras atividades, além das previstas no item 3.2 deste artigo, até 31 de dezembro de 2014 devem recolher da seguinte forma:

Etapa 1)

Será de 2,0% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em relação aos seguintes serviços:

Faturamento Total da Empresa - R$ 105.000,00

Faturamento referente às Atividades NÃO relacionadas - R$ 35.000,00

Faturamento referente às Atividades relacionadas - R$ 70.000,00

R$ 70.000,00 (atividades relacionadas) X 2,0% = R$ 1.400,00

Etapa 2)

- Cálculo de 20% sobre a Base de cálculo do INSS de todos os funcionários + Sócios e Autônomos da Empresa, aplicando a redução do percentual resultante da razão entre receita bruta de atividades NÃO relacionadas com a receita bruta total.

Valor da base de cálculo de INSS Total da Empresa (folha de pagamento) - R$ 20.000,00

R$ 20.000,00 X 20% = R$ 4.000,00

Do resultado aplica-se a redução do percentual resultante da razão entre a receita bruta da atividade NÃO relacionada com a receita bruta total

R$ 35.000,00 (atividades não relacionadas) R$ 105.000,00 (faturamento total da empresa) = 0,3333

R$ 4.000,00 X 0,3333 = R$ 1.333,20

Recolhimento Patronal - R$ 1.333,20

Logo, a empresa recolherá em DARF no Código 2985 a desoneração da folha de pagamento: R$1.400,00

Informará a título de compensação em SEFIP (conforme demonstrado acima) o valor de R$ 2.666,80

Recolherá R$ 1.333,20 correspondente aos 20% de cota patronal da atividade concomitante em GPS 2100, juntamente com alíquota RAT Ajustado , Outras Entidades e o INSS descontado dos sócios e empregados.

Demonstrativo da desoneração:

Parte Patronal (20%) = 4.000,00

DARF 2985 = 1.400,00 - Atividade não abrangida = 1.333,20 ----------------------- Desoneração Folha = 1.266,80 (recolhimento a menor)

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3.2.3 APLICAÇÃO CONCOMITANTE DE BENEFÍCIOS - LEI nº 12.546/2011 e LEI nº 11.774/2008 - IMPOSSIBILIDADE

Durante a vigência Lei nº 12.546/2011, as empresas abrangidas de TI e TIC, não farão jus às reduções previstas no art. 14 da Lei nº 11.774/2008.

O referido artigo define que o INSS patronal de 20% (incidente sobre a remuneração paga aos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais):

a) fica reduzido pela subtração de 1/10 (um décimo) do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços;

b) após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda.

3.2.4 EMPRESAS DE REPRESENTAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E REVENDA DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR.

A desoneração da folha não se aplica a empresas que exerçam as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador, de forma exclusiva, ou cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total. (Redação dada pela Lei nº 12.715)

3.2.5 RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA – REDUÇÃO DA ALIQUOTA

No caso de contratação de empresas enquadradas no artigo 7º da Lei 12.546/2011, para a execução dos serviços prestados por estas, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. (Redação dada pela Lei nº 12.715)

3.2.6 CONSTRUÇÃO CIVIL – INICIO DA DESONERAÇÃO

Referente ao ingresso na desoneração da folha pelo setor da construção civil (Deve-se observar inicialmente a vigência da MP 601/2012). As empresas poderão antecipar para 4 de junho de 2013 sua inclusão na tributação substitutiva prevista neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

A antecipação será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva prevista no caput, relativa a junho de 2013. (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

Serão aplicadas às empresas da construção civil as seguintes regras:

I - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI até o dia 31 de março de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, até o seu término; (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

II - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1o de abril de 2013 e 31 de maio de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma do caput, até o seu término; (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

III - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1o de junho de 2013 até o último dia do terceiro mês subsequente ao da publicação desta Lei, o recolhimento da contribuição previdenciária poderá ocorrer, tanto na forma do caput, como na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

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IV - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI após o primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação desta Lei, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma do caput, até o seu término; (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

V - no cálculo da contribuição incidente sobre a receita bruta, serão excluídas da base de cálculo, observado o disposto no art. 9o, as receitas provenientes das obras cujo recolhimento da contribuição tenha ocorrido na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

A opção pela desoneração será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária na sistemática escolhida, relativa a junho de 2013 e será aplicada até o término da obra. (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

3.3 EMPRESAS ENQUADRADAS NO ARTIGO 8º

O recolhimento previdenciário destas empresas enquadradas na desoneração ocorreu da seguinte forma:

a) De 1º de dezembro de 2011 até 31 de Julho de 2012, será de 1,5% (Hum inteiro e cinco décimos por cento) sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos e demais redutores permitidos;

b) De 1º de Agosto de 2012 até 31 de Dezembro de 2014, será de 1,0% (Hum por cento) sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos e demais redutores permitidos.

Em substituição ao INSS patronal de 20% (vinte por cento) incidente sobre a remuneração paga ao empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual.

São empresas enquadradas neste artigo:

I - de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; (Incluído pela Lei nº 12.715)

II - de transporte aéreo de carga; (Incluído pela Lei nº 12.715)

III - de transporte aéreo de passageiros regular; (Incluído pela Lei nº 12.715)

IV - de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; (Incluído pela Lei nº 12.715)

V - de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; (Incluído pela Lei nº 12.715)

VI - de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; (Incluído pela Lei nº 12.715)

VII - de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; (Incluído pela Lei nº 12.715)

VIII - de transporte por navegação interior de carga; (Incluído pela Lei nº 12.715)

IX - de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e (Incluído pela Lei nº 12.715)

X - de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. (Incluído pela Lei nº 12.715)

XI - de manutenção e reparação de embarcações; (Incluído pela Lei nº 12.844/ 2013)

XII - de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.844/ 2013)

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XIII - que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

XIV - de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

XV - de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0; e (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

XVI - jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei no 10.610, de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

3.3.1 INDUSTRIALIZAÇÃO – CONCEITOS

Aplica-se a desoneração apenas em relação aos produtos industrializados pela empresa; (Incluído pela Lei nº 12.715).

Para efeito enquadramento, devem ser considerados os conceitos de industrialização e de industrialização por encomenda previstos na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI. (Incluído pela Lei nº 12.715)

3.3.2 EXEMPLOS DE CALCULOS

3.3.2.1 Empresa exclusiva da desoneração

Empresas de confecções enquadradas exclusivamente na desoneração, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais, nos termos do caput do art. 8º da Lei nº 12.546/2011:

Receita Bruta da empresa - R$ 120.000,00

Vendas Canceladas/Descontos - R$ 20.000,00

Receita Líquida -R$ 100.000,00

R$ 100.000,00 x 1,0% = R$ 1.000,00

Recolhimento por DARF no código 2991 = Valor de R$ 1.000,00

Observação: Em SEFIP – Movimento da Empresa será informado o valor correspondente aos 20% da patronal da folha de pagamento no campo Compensação, para que seja recolhido somente a parte descontada dos sócios e empregados, RAT, Terceiros e Cooperativa se houver.

3.3.2.2 Atividades Concomitantes – Empresas com parte das receitas desoneradas

Para aquelas empresas que se dediquem ao mesmo tempo a outras atividades, além das previstas no item 3.3 deste artigo, até 31 de dezembro de 2014 devem recolher da seguinte forma:

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Etapa 1)

Será de 1,0% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em relação aos seguintes serviços:

Faturamento Total da Empresa - R$ 105.000,00

Faturamento referente às Atividades NÃO relacionadas - R$ 35.000,00

Faturamento referente às Atividades relacionadas - R$ 70.000,00

R$ 70.000,00 (atividades relacionadas) X 1,0% = R$ 700,00

Recolherá na DARF 2991 – R$ 700,00

Etapa 2)

- Cálculo de 20% sobre a Base de cálculo do INSS de todos os funcionários + Sócios e Autônomos da Empresa, aplicando a redução do percentual resultante da razão entre receita bruta de atividades NÃO relacionadas com a receita bruta total.

Valor da base de cálculo de INSS Total da Empresa (folha de pagamento) - R$ 20.000,00

R$ 20.000,00 X 20% = R$ 4.000,00

Do resultado aplica-se a redução do percentual resultante da razão entre a receita bruta da atividade NÃO relacionada com a receita bruta total

R$ 35.000,00 (atividades não relacionadas) R$ 105.000,00 (faturamento total da empresa) = 0,3333

R$ 4.000,00 X 0,3333 = R$ 1.333,20

Recolhimento Patronal - R$ 1.333,20

Logo, a empresa recolherá em DARF no Código 2985 a desoneração da folha de pagamento: R$ 700,00.

Informará a título de compensação em SEFIP (conforme demonstrado acima) o valor de R$ 2.666,80

Recolherá R$ 1.333,20 correspondente aos 20% de cota patronal da atividade concomitante em GPS 2100, juntamente com alíquota RAT Ajustado, Outras Entidades e o INSS descontado dos sócios e empregados.

Demonstrativo da desoneração:

Parte Patronal (20%) = 4.000,00

DARF 2985 = 700,00 - Atividade não abrangida = 1.333,20 ----------------------- Desoneração Folha = 1.966,80 (recolhimento a menor)

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3.4 BASE DE CALCULO DA CONTRIBUIÇÃO

Para fins da apuração da base de calculo da contribuição prevista nos artigos. 7o e 8o desta Lei devem ser observados os seguintes procedimentos para a apuração da base de calculo:

I – a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

II - exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta

I – a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

II - exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta: (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013)

a) de exportações; e Incluída (Incluída pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

b) decorrente de transporte internacional de carga; (Incluída pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

c) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; (Incluído pela Lei nº 12.715)

d)o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, se incluído na receita bruta; e (Incluído pela Lei nº 12.715)

IV - o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. (Incluído pela Lei nº 12.715)

3.5 SETORES NÃO ABRANGIDOS

Não se aplica a desoneração da folha de pagamento aos seguintes setores : (Incluído pela Lei nº 12.715)

a) a empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas no caput, cuja receita bruta decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total; e (Incluído pela Lei nº 12.715)

b) aos fabricantes de automóveis, comerciais leves (camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões), caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas autopropelidas. (Incluído pela Lei nº 12.715)

c) às empresas aéreas internacionais de bandeira estrangeira de países que estabeleçam, em regime de reciprocidade de tratamento, isenção tributária às receitas geradas por empresas aéreas brasileiras. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

3.6 COMPENSAÇÃO PARA A PREVIDENCIA SOCIAL

A União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Esta compensação de será feita na forma regulamentada em ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e Ministério da Previdência Social, mediante transferências do Orçamento Fiscal. (Incluído pela Lei nº

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12.715) .

3.7 ENQUADRAMENTO DA EMPRESA PELO CNAE

As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a receita bruta estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão considerar apenas o CNAE relativo a sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada, não lhes sendo aplicado o disposto no § 1o. (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

Para fins do disposto no § 9º, da Lei 12.546/20111, a base de cálculo da contribuição a que se referem o caput do art. 7o e o caput do art. 8o será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades. (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

3.8 CONCEITO DE EMPRESA

Para os fins da contribuição prevista nos artigos. 7o e 8º da Lei 12.546/2011, considera-se empresa a sociedade empresária, a sociedade simples, a cooperativa, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso; (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

Aplica-se também a desoneração para as sociedades cooperativas, a metodologia adotada para a contribuição sobre a receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, limita-se ao art. 8o e somente às atividades abrangidas pelos códigos referidos no Anexo I. (Incluído pela Lei nº 12.844, de 2013)

Confira os setores que já substituíram a contribuição previdenciária no ano de 2012

Setor Segmento Alíquota

(em %)

Indústria BK mecânico 1

Indústria Material elétrico 1

Indústria Couro e calçados 1

Indústria Auto-peças 1

Indústria Confecções 1

Indústria Têxtil 1

Indústria Plásticos 1

Indústria Móveis 1

Indústria Fabricação de aviões 1

Indústria Fabricação de navios 1

Indústria Fabricação de ônibus 1

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Serviços Call Center 2

Serviços Design Houses 2

Serviços Hotéis 2

Serviços TI & TIC 2

Confiram os 25 novos setores beneficiados pela desoneração da folha de

pagamentos a partir de 01.01.2013

Setor Segmento Alíquota

(em %)

Indústria Aves, suínos e derivados 1

Indústria Pescado 1

Indústria Pães e massas 1

Indústria Fármacos e medicamentos 1

Indústria Equipamentos médicos e

odontológicos*

1

Indústria Bicicletas 1

Indústria Pneus e câmaras de ar 1

Indústria Papel e celulose 1

Indústria Vidros 1

Indústria Fogões, refrigeradores e lavadoras 1

Indústria Cerâmicas 1

Indústria Pedras e rochas ornamentais 1

Indústria Tintas e vernizes 1

Indústria Construção metálica 1

Indústria Equipamento ferroviário 1

Indústria Fabricação de ferramentas 1

Indústria Fabricação de forjados de aço 1

Indústria Parafusos, porcas e trefilados 1

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Indústria Brinquedos 1

Indústria Instrumentos óticos 1

Serviços Suporte técnico informática 2

Serviços Manutenção e reparação de aviões 1

Transporte Transporte aéreo 1

Transporte Transporte marítimo, fluvial e

navegação de apoio

1

Transporte Transporte rodoviário coletivo 2

4 DECRETO 7.828/2012

DECRETO Nº 7.828, DE 16 DE OUTUBRO DE 2012

Regulamenta a incidência da contribuição previdenciária sobre a receita devida pelas empresas de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011,

DECRETA:

Art. 1º A incidência da contribuição previdenciária devida pelas empresas de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, ocorrerá em conformidade com o disposto neste Decreto.

Art. 2º Entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2014, incidirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as contribuições das empresas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação - TI e de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC, assim considerados:

I - análise e desenvolvimento de sistemas;

II - programação;

III - processamento de dados e congêneres;

IV - elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;

V - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

VI - assessoria e consultoria em informática;

VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e

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VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às empresas que exerçam exclusivamente as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador.

§ 2º Entre 1º de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2014, será aplicado o disposto no caput às empresas de call center e de TI e TIC, ainda que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos incisos I a VIII do caput, observado o disposto no art. 6º.

§ 3º Entre 1º de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014:

I - aplica-se o disposto no caput às empresas:

a) do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0; e

b) que exerçam atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados;

II - não se aplica o disposto no caput às empresas que exerçam as atividades de representação, distribuição ou revenda de programas de computador e cuja receita bruta que decorra dessas atividades seja igual ou superior a noventa e cinco por cento da receita bruta total; e

III - no caso de contratação de empresas para execução dos serviços referidos neste artigo, por meio de cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, a empresa contratante deverá reter três inteiros e cinco décimos por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.

§ 4º Entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, será aplicado o disposto no caput às empresas:

I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0;

II - de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos;

III - de transporte aéreo de carga;

IV - de transporte aéreo de passageiros regular;

V - de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;

VI - de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem;

VII - de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso;

VIII - de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;

IX - de transporte por navegação interior de carga;

X - de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e

XI - de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário.

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§ 5º As alíquotas da contribuição a que se refere este artigo serão de: (Redação dada pelo Decreto nº 7.877, de 2012)

I - dois inteiros e cinco décimos por cento: (Redação dada pelo Decreto nº 7.877, de 2012)

a) no período entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de julho de 2012, para as empresas referidas no caput; e (Incluído pelo Decreto nº 7.877, de 2012)

b) no período entre 1º de abril de 2012 e 31 de julho de 2012, para as empresas referidas no § 2º; e (Incluído pelo Decreto nº 7.877, de 2012)

II - dois por cento, no período entre 1º de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas referidas no caput e nos §§ 2º e 3º; (Redação dada pelo Decreto nº 7.877, de 2012)

III - dois por cento, no período entre 1o de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas referidas no inciso I do § 4o; e

IV - um por cento, no período entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas referidas nos incisos II a XI do § 4º.

§ 6º Não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008:

I - a partir de 1º de dezembro de 2011, as empresas que prestam exclusivamente os serviços de TI e TIC referidos nos incisos I a VIII do caput; e

II - a partir de 1º de abril de 2012, as empresas que se dediquem a outras atividades além das referidas nos incisos I a VIII docaput e as empresas de call center.

§ 7º As empresas que prestam exclusivamente os serviços a que se referem os incisos I a VIII do caput e as empresas decall center continuam fazendo jus às reduções das contribuições devidas a terceiros a que se refere o § 7º do art. 14 da Lei nº 11.774, de 2008.

Art. 3º Entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2014, incidirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, as contribuições das empresas que fabriquem os produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos seguintes códigos:

I - 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos capítulos 61 e 62; e

II - 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06.

§ 1º Entre 1º de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2014, aplica-se o disposto no caput às empresas que fabriquem os produtos classificados na TIPI nos seguintes códigos e posições:

I - 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14;

II - 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; e

III - 9506.62.00.

§ 2º Entre 1º de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014:

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I - aplica-se o disposto no caput: (Redação dada pelo Decreto nº 7.877, de 2012)

a) às empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos referidos no Anexo I, até o dia 31 de dezembro de 2012; e (Incluído pelo Decreto nº 7.877, de 2012)

b) às empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos referidos no Anexo II, a partir de 1º de janeiro de 2013; (Incluído pelo Decreto nº 7.877, de 2012)

II - não se aplica o disposto no caput às empresas:

a) que se dediquem a atividades diversas das previstas neste artigo, cuja receita bruta delas decorrente seja igual ou superior a noventa e cinco por cento da receita bruta total; e

b) aos fabricantes de automóveis, comerciais leves - camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões; caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas auto propelidas.

§ 4º As alíquotas das contribuições referidas neste artigo serão de:

I - um inteiro e cinco décimos por cento, no período de 1º dezembro de 2011 a 31 de julho de 2012; e

II - um por cento, no período de 1º de agosto de 2012 a 31 de dezembro de 2014.

§ 5º O disposto no caput aplica-se apenas em relação aos produtos industrializados pela empresa.

§ 6º Para os fins do § 5º, serão considerados os conceitos de industrialização e industrialização por encomenda previstos na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

§ 7º Nos casos em que a industrialização for efetuada parcialmente por encomenda, o disposto no caput aplica-se também às empresas executoras, desde que de suas operações resulte produto discriminado neste artigo.

Art. 4º As contribuições de que tratam os arts 2º e 3º têm caráter impositivo aos contribuintes que exerçam as atividades neles mencionadas.

Parágrafo único. As empresas que se dedicam exclusivamente às atividades referidas nos arts. 2o e 3o, nos meses em que não auferirem receita, não recolherão as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991.

Art. 5º Para fins do disposto nos arts. 2º e 3º:

I - a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; e

II - na determinação da base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a receita, poderão ser excluídos:

a) a receita bruta de exportações;

b) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

c) o IPI, quando incluído na receita bruta; e

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d) o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário.

§ 1º As contribuições de que tratam os arts. 2º e 3º deverão ser apuradas e pagas de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

§ 2º A informação e o recolhimento das contribuições de que tratam os arts. 2º e 3º ocorrerão na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, em ato próprio.

§ 3º As empresas a que se referem os arts. 2º e 3º continuam sujeitas ao cumprimento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária.

Art. 6º No caso de empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos arts. 2º e 3º, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá:

I - ao disposto nos arts. 2º e 3º, em relação às receitas referidas nesses artigos; e

II - quanto à parcela da receita bruta relativa a atividades cuja contribuição não se sujeita às substituições previstas nos arts. 2º e 3º, ao disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor das contribuições referidas nos incisos I e III do caput do mencionado art. 22 ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que trata o caput do art. 2º ou à fabricação dos produtos de que trata o caput do art. 3º e a receita bruta total.

§ 1º Nos meses em que não auferirem receita relativa às atividades previstas nos arts. 2º e 3º, as empresas a que se refere o caput deverão recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre a totalidade da folha de pagamentos, não sendo aplicada a proporcionalização de que trata o inciso II do caput.

§ 2º Nos meses em que não auferirem receita relativa a atividades não abrangidas pelos arts. 2º e 3º, as empresas deverão recolher a contribuição neles prevista, não sendo aplicada a proporcionalização de que trata o inciso II do caput.

§ 3º O disposto neste artigo aplica-se às empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos arts. 2º e 3º, somente se a receita bruta decorrente dessas outras atividades for superior a cinco por cento da receita bruta total.

§ 4º Não ultrapassado o limite previsto no § 3º, as contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º serão calculadas sobre a receita bruta total auferida no mês.

Art. 7º Relativamente aos períodos anteriores à tributação da empresa nas formas instituídas nos arts. 2º e 3º, mantém-se a incidência das contribuições previstas no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, aplicada de forma proporcional sobre o décimo-terceiro salário.

Parágrafo único. Para fins de cálculo da razão a que se refere o inciso II do caput do art. 6º, aplicada ao décimo-terceiro salário, será considerada a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário.

Art. 8º A União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar nº101, de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, por meio de transferência do Orçamento Fiscal, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social.

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Parágrafo único. A compensação de que trata o caput será feita na forma regulamentada em ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, e do Instituto Nacional do Seguro Social.

Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 16 de outubro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFF Nelson Henrique Barbosa Filho

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 117, DE 16 DE OUTUBRO DE 2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUBSTITUTIVA.

FABRICANTES DE MERCADORIAS DA POSIÇÃO 4202 DA NCM. As mercadorias classificadas nos

códigos 4202.11.00,4202.21.00, 4202.31.00 e 4202.91.00 da NCM integram o regime da contribuição

previdenciária substitutiva desde a edição da Medida Provisória nº 540/2011 e, portanto, as normas desse

regime se aplicam a seus fabricantes desde 01/12/2011. As mercadorias classificadas nos códigos

4202.12.20, 4202.22.20, 4202.32.00 e 4202.92.00 da NCM integram o regime da contribuição previdenciária

substitutiva desde a edição da Medida Provisória nº 563/2012, mas as normas desse regime se aplicarão

a seus fabricantes somente a partir da edição de decreto que regulamente a matéria.* As

mercadorias classificadas nos códigos 4202.12.10, 4202.19.00, 4202.22.10, 4202.29.00, 4202.39.00 e

4202.99.00 da NCM nunca integraram o regime da contribuição previdenciária substitutiva e, portanto, as

normas desse regime não se aplicam a seus fabricantes.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 12.715/2012, arts. 55, 56 e 78, § 2º; Lei nº 12.546/2011, arts. 8º, 50 e 52, §

2º; MP nº 582/2012, arts. 2º e 20, I; MP nº 563/2012, arts. 45, 46 e 54, § 2º; MP nº 540/2011, arts. 8º, 22 e

23, § 2º.

MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS

5 LEI 12.844/2013

Com a publicação da Lei 12.844/2013 foi regulamentada a desoneração da folha dos setores da construção civil e comercio varejista, bem como os novos setores para 2014.

LEI 12.844/2013

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

seguinte Lei:

Art. 13. A Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 7o ..........................................................................

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IV - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0;

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V - as empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; (Vigência)

VI - as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; (Vigência)

VII - as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0. (Vigência)

..............................................................................................

§ 7º As empresas relacionadas no inciso IV do caput poderão antecipar para 4 de junho de 2013 sua inclusão na tributação substitutiva prevista neste artigo.

§ 8o A antecipação de que trata o § 7o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva prevista no caput, relativa a junho de 2013.

§ 9o Serão aplicadas às empresas referidas no inciso IV do caput as seguintes regras:

I - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI até o dia 31 de março de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma dos incisos I e III docaput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, até o seu término;

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II - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1o de abril de 2013 e 31 de maio de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma do caput, até o seu término;

III - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1o de junho de 2013 até o último dia do terceiro mês subsequente ao da publicação desta Lei, o recolhimento da contribuição previdenciária poderá ocorrer, tanto na forma do caput, como na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;

IV - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI após o primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação desta Lei, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma do caput, até o seu término;

V - no cálculo da contribuição incidente sobre a receita bruta, serão excluídas da base de cálculo, observado o disposto no art. 9o, as receitas provenientes das obras cujo recolhimento da contribuição tenha ocorrido na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.

§ 10. A opção a que se refere o inciso III do § 9o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária na sistemática escolhida, relativa a junho de 2013 e será aplicada até o término da obra.

§ 11. (VETADO).

§ 12. (VETADO).” (NR)

“Art. 8º Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1% (um por cento), em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo I.

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§ 1o ...............................................................................

II - ..................................................................................

c) às empresas aéreas internacionais de bandeira estrangeira de países que estabeleçam, em regime de reciprocidade de tratamento, isenção tributária às receitas geradas por empresas aéreas brasileiras. (Vigência)

§ 3o ...............................................................................

XI - de manutenção e reparação de embarcações;

XII - de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II desta Lei;

Lojas de departamentos ou magazines, enquadradas na Subclasse CNAE 4713-0/01

Comércio varejista de materiais de construção, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/05

Comércio varejista de materiais de construção em geral, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/99

Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática, enquadrado na Classe CNAE 4751-2

Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação, enquadrado na Classe CNAE 4752-1

Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo, enquadrado na Classe CNAE 4753-9

Comércio varejista de móveis, enquadrado na Subclasse CNAE 4754-7/01

Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho, enquadrado na Classe CNAE 4755-5

Comércio varejista de outros artigos de uso doméstico, enquadrado na Classe CNAE 4759-8

Comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria, enquadrado na Classe CNAE 4761-0

Comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas, enquadrado na Classe CNAE 4762-8

Comércio varejista de brinquedos e artigos recreativos, enquadrado na Subclasse CNAE 4763-6/01

Comércio varejista de artigos esportivos, enquadrado na Subclasse CNAE 4763-6/02

Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, enquadrado na Classe CNAE 4772-5

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, enquadrado na Classe CNAE 4781-4

Comércio varejista de calçados e artigos de viagem, enquadrado na Classe CNAE 4782-2

Comércio varejista de produtos saneantes domissanitários, enquadrado na Subclasse CNAE 4789-0/05

Comércio varejista de artigos fotográficos e para filmagem, enquadrado na Subclasse CNAE 4789-0/08

Observação: As Classes e Subclasses CNAE referidas neste Anexo correspondem àquelas relacionadas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0.

XIII - que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0; (Vigência)

XIV - de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; (Vigência)

XV - de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0; e (Vigência)

XVI - jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei no 10.610, de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0. (Vigência)

§ 4º A partir de 1o de janeiro de 2013, ficam incluídos no Anexo I referido no caput os produtos classificados nos seguintes códigos da Tipi:

§ 5º No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no § 3o, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.

§ 6o As empresas relacionadas na alínea c do inciso II do § 1o poderão antecipar para 1o de junho de 2013 sua exclusão da tributação substitutiva prevista no caput.

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§ 7o A antecipação de que trata o § 6o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária prevista nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, relativa a junho de 2013.

§ 8o As empresas relacionadas nos incisos XI e XII do § 3o poderão antecipar para 4 de junho de 2013 sua inclusão na tributação substitutiva prevista neste artigo.

§ 9o A antecipação de que trata o § 8o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva prevista no caput, relativa a junho de 2013.

§ 10. (VETADO)” (NR)

“Art. 9o ..........................................................................

II - exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta: (Produção de efeito)

a) de exportações; e (Produção de efeito)

b) decorrente de transporte internacional de carga; (Produção de efeito)

VII - para os fins da contribuição prevista no caput dos arts. 7o e 8o, considera-se empresa a sociedade empresária, a sociedade simples, a cooperativa, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso;

VIII - para as sociedades cooperativas, a metodologia adotada para a contribuição sobre a receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, limita-se ao art. 8o e somente às atividades abrangidas pelos códigos referidos no Anexo I.

§ 9º As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a receita bruta estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão considerar apenas o CNAE relativo a sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada, não lhes sendo aplicado o disposto no § 1o.

§ 10. Para fins do disposto no § 9o, a base de cálculo da contribuição a que se referem o caput do art. 7o e o caput do art. 8o será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades.” (NR)

Art. 14. O Anexo Único da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a ser denominado Anexo I e passa a vigorar:

I - acrescido dos produtos classificados nos códigos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, constantes do Anexo I desta Lei; (Vigência)

II – (VETADO);

III - acrescido dos produtos classificados nos códigos 9404.10.00 e 9619.00.00 da Tipi; (Vigência)

IV - subtraído dos produtos classificados no Capítulo 93 e nos códigos 1301.90.90, 7310.21.90, 7323.99.00, 7507.20.00, 7612.10.00, 7612.90.11, 8309.10.00, 8526.10.00, 8526.92.00, 9023.00.00, 9603.10.00, 9603.29.00, 9603.30.00, 9603.40.10, 9603.40.90, 9603.50.00 e 9603.90.00 da Tipi; (Vigência)

V - subtraído dos produtos classificados nos códigos 7403.21.00, 7407.21.10, 7407.21.20, 7409.21.00, 7411.10.10, 7411.21.10 e 74.12 da Tipi.

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VI - subtraído dos produtos classificados nos códigos 3006.30.11, 3006.30.19, 7207.11.10, 7208.52.00, 7208.54.00, 7214.10.90, 7214.99.10, 7228.30.00, 7228.50.00, 8471.30, 9022.14.13 e 9022.30.00 da Tipi.

§ 1o As empresas de que tratam o inciso I poderão antecipar para 4 de junho de 2013 sua inclusão na tributação substitutiva prevista no art. 8o da Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

§ 2o A antecipação de que trata o § 1o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva prevista no caput, relativa a junho de 2013.

§ 3o As empresas que fabricam os produtos relacionados no inciso V do caput poderão antecipar para 1o de abril de 2013 sua exclusão da tributação substitutiva prevista no art. 8o da Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

§ 4o A antecipação de que trata o § 3o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária prevista nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, relativa a abril de 2013.

Art. 15. A Lei no 11.774, de 17 de setembro de 2008, passa a vigorar com as seguintes alterações: (Vigência)

“Art. 14. ........................................................................

§ 4o ...............................................................................

VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados, bem como serviços de suporte técnico em equipamentos de informática em geral; e

....................................................................................” (NR)

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7 PARTE PRÁTICA – LEI 12.715/2012

A) De acordo com as alterações da Lei 12.546/2011, tendo uma empresa de TI, o faturamento bruto de R$ 250.000,00. Foram apurados pelo setor fiscal os seguintes elementos redutores: - R$ 27.000,00 – Descontos incondicionais - R$ 7.000,00 - IPI - R$ 5.000,00 – ICMS Qual será o valor a ser recolhido na DARF 2985 por esta empresa?

B) Uma empresa de comercio varejista enquadrada no artigo 8º da Lei 12.546/2011 teve uma receita bruta mensal de R$ 350.000,00 no mês de abril/2013, tendo neste período o valor de R$ 21.500,00 a título de devoluções. Sabendo-se que a folha de pagamento desta empresa encontra-se no valor de R$ 55.000,00, calcule a desoneração desta empresa: - O valor da DARF 2991 a ser recolhido. - O valor a ser informado a titulo de compensação na SEFIP desta empresa. - Demonstrativo da Desoneração da Folha de Pagamento

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C) Uma empresa de TI desenvolve software de segurança para empresas, bem como realiza a venda de câmeras de segurança. A receita bruta total da empresa é de R$ 331.000,00 no mês de agosto/2012, e a venda de equipamentos corresponde a R$ 175.000,00 deste valor. Considerando que o valor da folha de pagamento corresponde a R$ 43.000,00, calcule o valor da: - GPS 2100 (parte patronal proporcional) - DARF 2985 - Compensação a ser informado em SEFIP - Demonstrativo da Desoneração da Folha de Pagamento

D) Uma empresa do setor hoteleiro, que exerça atividade concomitante, teve a receita bruta total de R$ 1.211.854,21 em março/2013, e o valor da atividade não relacionada equivale a R$ 286.008,42 deste valor. Considerando que o valor da folha de pagamento corresponde a R$ 712.559,23, calcule o valor da: - GPS 2100 (parte patronal proporcional) - DARF 2985 - Compensação a ser informado em SEFIP - Demonstrativo da Desoneração da Folha de Pagamento

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E) Uma empresa enquadrada no artigo 8º da Lei 12.546/2011 teve a receita bruta no valor de R$ 550.000,00, tendo os seguintes elementos redutores nesta competência:

250.000,00 – Receita de Exportação

35.000,00 – Frete Internacional

5.000,00 - IPI

20.000,00 – Descontos incondicionais

40.000,00 - Vendas canceladas

Considerando que o valor da folha de pagamento é de R$ 60.000,00. Calcule: DARF 2991 – Compensação da SEFIP – Demonstrativo da Desoneração.

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F) Empresa de comercio varejista, com faturamento no mês de abril de R$ 35.860.000,00, sendo que deste valor R$ 860.000,00 é receita de serviço.

Nesta competência teve os seguintes elementos redutores:

• 1.300.000,00 – vendas canceladas

• 2.300.000,00 - exportação

Sabendo-se que a folha de pagamento total da empresa é de R$ 3.300.000,00, dividida entre as filiais

Matriz – 1.400.000,00

Filial 1 - 1.100.000,00

Filial 2 - 800.000,00

Calcule a desoneração da folha de pagamento desta empresa

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G) A Construtora Construplan enquadrada no artigo 7º da Lei 12.546/2011 prestou serviços a Camargo Correa através de cessão de mão de obra no mês de abril/2013, sendo o contrato no valor R$ 160.000,00 referente à mão de obra. - Calcule a retenção previdenciária devida neste contrato. - Informe a base legal da sua resposta.

H) A DIGSOFT, empresa enquadrada no artigo 7º da Lei 12.546/2011, mas com atividade concomitante, no mês de fevereiro/2013, não teve faturamento da atividade da lei, mas faturou R$ 100.000,00 a titulo de vendas de equipamento.

Como deve ser o recolhimento do INSS desta empresa, sabendo-se que o valor da folha de pagamento é de R$ 60.000,00.

Informe a base legal de sua resposta.

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I) Uma indústria de Naval, enquadrada exclusivamente no artigo 8º da Lei 12.546/2011, não teve faturamento da atividade relacionada na lei na competência janeiro/2013. - Como deve ser o recolhimento do INSS nesta competência de acordo com o Decreto 7828/2012, sabendo-se que a folha de pagamento é de R$ 200.000,00. - Informe a base legal de sua resposta.

J) Empresa do ramo de treinamento, recrutamento e seleção, também desenvolve software de gestão de pessoal para comercialização. No mês de Maio/2013, teve o faturamento total de R$ 13.636,74, sabendo-se que o valor da atividade relacionada com a lei 12.546/2011 foi de R$ 340,94. Como deve ser o recolhimento do INSS desta empresa de acordo com a legislação apresentada. Informe a base legal de sua resposta.

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K) Empresa de representação/ distribuição de software, com faturamento mensal de R$ 200.000 no mês de Maio/2013, sendo o valor de R$ 9.500,00 não pertence a esta atividade. - Como será o recolhimento do INSS desta empresa.

8 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL (CPP) SOBRE O 13º SALÁRIO

8.1 SEFIP COMPETÊNCIA 13 – DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO – ANO 2011

A contribuição previdenciária a cargo da empresa, que esteja substituída por contribuição sobre o valor da receita bruta, não incidirá sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do décimo terceiro salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos referente à competência dezembro de 2011.

Em se tratando de empresas que se dediquem a outras atividades, além da fabricação dos produtos classificados nos códigos mencionados nos subtópicos 4.1 e 4.2, é necessário:

a) aplicar a alíquota de 20% (vinte por cento), sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do 13º salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos, referente à competência dezembro de 2011, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher do percentual resultante da razão entre:

b.1) a receita bruta de atividades não relacionadas à fabricação dos produtos mencionados; e

b.2) a receita bruta total relativa ao mês de dezembro de 2011.

Sobre o saldo do valor do 13º terceiro salário relativo às competências anteriores a dezembro de 2011, incidirá a contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), sem considerar a receita bruta auferida pela empresa.

Exemplo:

Folha de pagamento com 2 empregados e 1 pró-labore:

Empregado 1: 13º de 6/12 sobre um salário de R$ 1.000,00 = R$ 500,00

Empregado 2: 13º de 12/12 sobre um salário de R$ 1.200,00 = R$ 1.200,00

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Pró-labore: Sem 13º salário obviamente = R$ 0,00

Base de cálculo de INSS sobre o 13º salário = R$ 1.700,00

Expurga-se R$ 83,33 referente 1/12 do empregado 1 = R$ 83,33

Expurga-se R$ 100,00 referente 1/12 do empregado 2 = R$ 100,00

Base de cálculo líquida após o expurgo = R$ 1.516,67

20% de INSS patronal sobre a base líquida = R$ 303,33 (R$ 1.516,67 x 20%)

A GFIP 13 vai calcular 20% de INSS patronal = R$ 340,00 (R$ 1.700,00 x 20%)

Diferença a lançar no campo "compensação" = R$ 36,67 (R$ 340,00 – R$ 303,33)

8.2 SEFIP COMPETÊNCIA 13 – DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO – ANO 2012

A Desoneração da Folha de Pagamento foi instituída pela Lei 12.546/2011, e regulamentada pelo Decreto 7828/201 (artigos 6º e 7º) conforme estudamos acima. O texto legal traz algumas regras para o pagamento da contribuição previdenciária sobre o décimo terceiro salário de 2012.

Entretanto, as informações contidas nestas legislações não são suficientes para o cálculo, particularmente, para as empresas que foram abrangidas pela desoneração durante o ano de 2012 (abril e agosto).

Em virtude da falta de regulamentação por parte da Receita Federal do Brasil, e em face da necessidade do fechamento da folha do 13º salário, foram desenvolvidas algumas formas de calculo, as quais demonstramos abaixo:

8.2.1 EMPRESAS QUE ESTAVAM DESONERADAS DESDE DEZEMBRO/2011

Empresas com 100% das receitas desoneradas

As empresas que estão exclusivamente enquadradas na substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP) deverão seguir os seguintes procedimentos:

a) Calcular os 20% da folha de pagamento do 13º salário, e informar no campo “compensação” da GFIP 13.

b) As demais contribuições (RAT Ajustado, Terceiros, Cooperativas) e a parte descontada dos empregados, devem ser recolhidas na GPS 13 no dia 20/12/2012.

Exemplo

Empresa de TI enquadrada na desoneração da folha desde 2011, com uma folha de 13º salário no valor de R$ 120.000,00. Como será calculado o recolhimento do INSS desta empresa.

- Folha de Pagamento: R$ 120.000,00

- Parte Patronal: 20%

- 120.000 x 20% = 24.000,00

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Este valor de R$ 24.000,00 deve ser informado no campo compensação, para realizarmos o ajuste da guia do INSS.

As demais contribuições (RAT Ajustado, Terceiros, Cooperativas) e a parte descontada dos empregados, devem ser recolhidas na GPS 13 no dia 20/12/2012.

Empresas com atividades concomitantes

Deverá ser apurada a proporcionalidade das receitas desoneradas e não desoneradas de dezembro/2011 a novembro/2012, para pagar a parte patronal de 20% na mesma proporção das receitas desoneradas.

Exemplo

Empresa de confecções teve um faturamento de R$ 200.000,00 durante os 12 meses (dezembro/2011 a novembro/2012) sendo R$ 140.000,00 de receitas desoneradas e R$ 60.000,00 de receitas não abrangidas. A folha de pagamento do 13º desta empresa é de R$ 120.000,00. Como será o recolhimento desta empresa.

Faturamento total da empresa: R$ 200.000,00

Receita da atividade relacionada: R$ 140.000,00

Receita não abrangida na lei : R$ 60.000,00

R$ 60.000,00: R$ 200.000,00 = 0,3

Parte patronal: 120.000 x 20% = R$ 24.000,00

R$ 24.000,00 x 0,3 = R$ 7.200,00 (valor a ser recolhido da atividade não relacionada)

R$ 24.000, 00 – R$ 7.200,00 = R$ 16.800,00 (valor a ser informado em compensação na SEFIP)

O valor de R$ 7.200,00 e as demais contribuições (RAT Ajustado, Terceiros, Cooperativas) e a parte descontada dos empregados, devem ser recolhidas na GPS 13 no dia 20/12/2012.

8.2.2 EMPRESAS DESONERADAS DURANTE O ANO DE 2012

O problema do cálculo apareceu para as empresas que foram enquadradas a partir de abril ou de agosto de 2012.

Para tais empresas não é cabível fazer uma média das receitas desoneradas e não desoneradas relativos a períodos anteriores á vigência da lei. Não houve até o presente momento, nenhuma orientação para tais casos.

Dessa forma sugerimos fazer os cálculos segundo as orientações abaixo, lembrando sempre, para que seja acompanhada as novas regras que forem publicadas.

Empresas exclusivamente enquadradas na desoneração ( 100%)

Calcule os “avos” que os empregados terão de direito até o mês anterior a desoneração e pague os 20% da parte patronal sobre esse valor. A partir do inicio da desoneração, a empresa esta isenta da parte patronal.

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Exemplo

Empresa hoteleira ingressou na desoneração a partir de agosto/2012. A folha de pagamento do 13º salário é de R$ 120.000,00 (relativo a 12/12 avos) para todos os empregados da empresa. Calcule o recolhimento desta folha de pagamento:

Folha de pagamento: 120.000,00

Parte Patronal : 24.000,00 ( 120.000 x 20%)

Desoneração a partir de agosto, portanto 7/12 a serem excluídos.

120.000: 12.000 = 10.000

10.000 x 7 = 70.000 (valor da folha correspondente a 7 meses)

70.000 x 20% = 14.000 (parte patronal a ser recolhida)

24.000 (parte patronal SEFIP) – 14.000 (parte patronal a ser recolhida) = 10.000 (valor a ser informado em compensação.)

Empresas com parte das receitas desoneradas

Conforme a orientação anterior calcule os “avos” que os empregados terão direito até o mês anterior a desoneração e recolha a parte patronal (20%) sobre esses avos. A partir do enquadramento na desoneração, a empresa deverá recolher a parte patronal da atividade desonerada, fazendo a média das receitas desoneradas e não desoneradas do inicio da desoneração até o mês de novembro/2012.

Exemplo

Uma empresa enquadrada a partir de agosto de 2012 faturou neste período (agosto a novembro/2012) o valor de R$ 200.000, sendo que R$ 140.000 é receita desonerada, e R$ 60.000 receita não abrangida pela lei. Considerando-se que a folha de 13º salário desta empresa é de R$ 120.000, calcule o recolhimento desta empresa.

Recolhimento período: janeiro a julho/2012

120.000: 12.000 = 10.000

10.000 x 7 = 70.000 ( valor da folha correspondente a 7 meses)

70.000 x 20% = 14.000 ( parte patronal a ser recolhida)

Desoneração a partir de agosto, portanto 5/12 a serem considerados para efeito da média do faturamento.

Recolhimento período: agosto a dezembro/2012

120.000: 12.000 = 10.000

10.000 x 5 = 50.000 ( valor da folha correspondente aos 5 meses)

50.000 x 20% = 10.000 ( parte patronal do período)

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Faturamento total da empresa: R$ 200.000,00

Receita da atividade relacionada: R$ 140.000,00

Receita não abrangida na lei : R$ 60.000,00

R$ 60.000,00: R$ 200.000,00 = 0,3

Parte Patronal (período agosto a dezembro/2012) = 10.000

R$ 10.000,00 x 0,3 = R$ 3.000 (valor a ser recolhida parte patronal deste periodo)

R$ 14.000 + R$ 3.000 = R$ 17.000,00 (Parte patronal do 13º salário a ser recolhida)

Compensação na SEFIP

24.000,00 (parte patronal 12/12) – 17.000,00 (parte patronal 13º apurada) = R$ 7.000,00

O valor de R$ 17.000,00 e as demais contribuições (RAT Ajustado, Terceiros, Cooperativas) e a parte descontada dos empregados, devem ser recolhidas na GPS 13 no dia 20/12/2012.

SOLUÇÃO DE CONSULTA No- 160, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS QUE EXERCEM OUTRAS ATIVIDADES ALÉM

DAQUELAS SUJEITAS AO REGIME SUBSTITUTIVO. BASE DE CÁLCULO. CONTRIBUIÇÃO SOBRE O

DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO.

1. A empresa que exerce, conjuntamente, atividade sujeita à contribuição substitutiva prevista no artigo 8º da

Lei nº 12.546, de 2011, e outras atividades não submetidas à substituição, deve recolher:

a) a contribuição sobre a receita bruta em relação aos produtos que industrializa e que se acham

submetidos ao referido regime;

b) a contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento prevista no art. 22, incisos I e III, da

Lei nº 8.212, de 1991, mediante aplicação de redutor resultante da razão entre a receita bruta dos

produtos/atividades não sujeitos ao regime substitutivo e a receita bruta total, utilizando, para apuração

dessa razão, o somatório das receitas de todos os estabelecimentos da empresa (matriz e filiais).

2. Se a receita bruta decorrente de atividades não contempladas no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, for

igual ou inferior a 5% (cinco por cento) da receita bruta total, o recolhimento da contribuição previdenciária

deverá ser feito sobre a receita bruta total auferida no mês, não sendo devida a contribuição sobre a folha de

pagamento prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, e, se a receita bruta oriunda de

atividades não previstas no art. 8º for igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta

total, as contribuições previdenciárias deverão ser recolhidas integralmente nos termos do art. 22 da Lei nº

8.212, de 1991, não sendo devida a contribuição sobre a receita bruta.

3. A base de cálculo da contribuição substitutiva prevista nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 2011, é a

receita bruta, considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, e com

exclusão das vendas canceladas, dos descontos incondicionais concedidos, da receita bruta de exportações,

do IPI, se incluído na receita bruta, e do ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos

serviços na condição de substituto tributário.

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4. A receita bruta que constitui a base de cálculo da contribuição substitutiva a que se referem os arts. 7º a

9º da Lei nº 12.546, de 2011, compreende a receita decorrente da venda de bens nas operações de conta

própria, a receita decorrente da prestação de serviços e o resultado auferido nas operações de conta alheia.

5. Em cada ano-calendário, no período em que a empresa não estiver submetida ao regime substitutivo

previsto no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, ou ao regime misto de que trata o § 1º do art. 9º da referida Lei,

será devida a contribui ão previdenciária sobre o décimo terceiro salário na forma do art. 22 da Lei nº 8.212,

de 1991, apurada proporcionalmente a esse período, sem incidência do redutor de que trata o inciso II do §

1º do art. 9º da Lei nº 12.546, de 2011.

6. Em cada ano-calendário, no período em que a empresa estiver submetida exclusivamente ao regime

substitutivo previsto no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, não será devida a contribuição previdenciária sobre

o valor do décimo terceiro salário proporcionalmente a esse período.

7. Em cada ano-calendário, no período em que a empresa estiver submetida ao regime misto previsto no §

1º do art. 9º da Lei nº 12.546, de 2011, será devida a contribuição previdenciária sobre o décimo terceiro

salário na forma do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, apurada proporcionalmente a esse período, com

incidência do redutor descrito no inciso II do § 1º do art. 9º da Lei nº 12.546, de 2011, utilizando-se para

cálculo desse redutor a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao mês de dezembro.

DISPOSITIVOS LEGAIS:

Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13;

Medida Provisória nº 540, de 2011, arts. 8º e 9º;

Medida Provisória nº 563, de 2012, art. 45;

Medida provisória nº 582, de 2012, arts. 1º e 2º;

Lei nº 12.546, de 2011, arts. 8º e 9º;

Lei nº 12.715, de 2012, arts. 55, 56, 78 e 79;

Lei n.º 8.212, de 1991, art. 22, I e III e art. 28, § 7º;

Instrução Normativa RFB nº 971, de 2009, art. 94;

Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º;

Parecer Normativo RFB nº 3, de 2012;

Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 2011, art. 1º;

Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, arts. 3º, 4º, 5º e 6º;

Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 2012, art. 1º.

MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS

Chefe

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8.3 PARTE PRÁTICA

A) Uma empresa de TI necessita calcular o valor a titulo de compensação da substituição tributária da Lei 12.546/2011, referente ao 13º salário do ano de 2011, conforme os dados abaixo: Folha de pagamento com 2 empregados e 1 pró-labore: Empregado 1: 13º de 6/12 sobre um salário de R$ 2.000,00 = R$ 1.000,00 Empregado 2: 13º de 12/12 sobre um salário de R$ 2.000,00 = R$ 2.000,00 Pró-labore: Sem 13º salário obviamente = R$ 0,00

B) Empresa de confecções que teve atividade exclusiva na desoneração durante todo o ano de 2012, tem uma folha de 13º salário no valor de R$ 160.270,00. Calcule o 13º salário desta empresa.

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C) Empresa de Construção Civil ingressou na desoneração a partir de abril /2013. A folha de pagamento do 13º salário é de R$ 220.000,00 (relativo à 12/12 avos) para todos os empregados da empresa. Calcule o recolhimento desta folha de pagamento:

D) Empresa de confecções teve um faturamento de R$ 300.000,00 durante os 12 meses (dezembro/2011 a novembro/2012) sendo R$ 240.000,00 de receitas desoneradas e R$ 60.000,00 de receitas não abrangidas. A folha de pagamento do 13º desta empresa é de R$ 150.000,00. - Como será o recolhimento do 13º salário desta empresa.

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E) Uma empresa enquadrada a partir de agosto de 2012 faturou neste período (agosto a novembro/2012) o valor de R$ 400.000, sendo que R$ 240.000 é receita desonerada, e R$ 160.000 receita não abrangida pela lei. Considerando-se que a folha de 13º salário desta empresa é de R$ 160.000, calcule o recolhimento desta empresa.

13º SALARIO NA RESCISÂO

A) Em uma rescisão, empregado admitido em 01/10/2011 e dispensado sem justa causa em 17/08/2012, tem direito a receber 8/12 de 13º salário (salário base R$ 2.000,00). Calcule o recolhimento do INSS referente a este provento, sabendo que a empresa ingressou na desoneração a partir de abril de 2012.

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B) Empregado admitido como recepcionista em um hotel em 01/08/2012, com um salário de R$ 1.000,00, e pediu demissão no dia 16/11/2012. Como deve ser o recolhimento do INSS deste 13º salário.

09. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES

As empresas optantes pelo Simples enquadradas nos Anexos I, II, III e V não estão sujeitas ao recolhimento da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento de seus empregados, trabalhadores avulsos e demais contribuintes individuais a seu serviço através da GPS.

Desta forma, não será aplicado para elas à substituição prevista na Lei nº 12.546/2011.

Já, em relação às empresas optantes pelo Simples enquadradas ao Anexo IV, sujeitas ao recolhimento da contribuição previdenciária patronal de 20% através da GPS não foi estabelecido nenhum tratamento diferenciado. Assim, poderia ser aplicada a substituição.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 70, DE 27 DE JUNHO DE 2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. NÃO APLICAÇÃO.

1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional, cujos segmentos tenham sido contemplados pelo art. 7º da Medida Provisória nº 540, de 2011, e pelo art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, não se aplica o regime substitutivo de desoneração da folha de salários.

2. Havendo interesse da pessoa jurídica de recolher as contribuições na forma do regime substitutivo, ela deverá solicitar sua exclusão do Simples Nacional, considerando que não é possível a utilização de regime misto, com incidência, concomitante, da Lei Complementar nº 123, de 2006, e das normas que regulamento regime substitutivo de desoneração da folha de pagamento.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13; Medida Provisória nº540, de 2011, art. 7º; Medida Provisória nº 563, de 2012, art. 45; Lei nº 12.546, de 2011, art. 7º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22, I e III; Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18; Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 2011, art. 16.

MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS

Chefe

.

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SOLUÇÃO DE CONSULTA RFB Nº 35, DE 25 DE MARÇO DE 2013

(6ª Região Fiscal) D.O.U.: 01.04.2013

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. ANEXOS I E III. NÃO CABIMENTO. 1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional tributadas na forma dos Anexos I e III da Lei Complementar nº 123, de 2006, não se aplica a contribuição previdenciária substitutiva incidente sobre a receita bruta prevista na Lei nº 12.546, de 2011. 2. Essa contribuição, porém, é devida pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional que recolhem com fundamento no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 2006 (Anexo IV), desde que a atividade exercida esteja inserida entre aquelas alcançadas pela contribuição substitutiva e sejam atendidos os limites e as condições impostos pela Lei nº 12.546, de 2011, para sua incidência. Reforma da Solução de Consulta SRRF06/Disit nº 70/2012. DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13; Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, VI e art. 18, § 5º-C; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º e 8º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22; Lei nº 12.715, de 2012, art. 55; Medida Provisória nº 540, de 2011, art. 7º, Medida Provisória nº 582, de 2012, arts. 1º e 2º, e Medida Provisória nº 601, de 2012, art. 1º. MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS Chefe

LEI Nº 12.546/2011 – Desoneração da folha empresas de construção civil

COMUNICADO

Comunicamos às empresas do setor de construção civil enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da

Classificação Nacional de Atividades Econômicas- CNAE 2.0, que foram beneficiadas pela desoneração da

folha de pagamento ao serem incluídas no inciso IV do art. 7º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011,

com vigência do benefício tributário a partir de 01/04/2013, que os recolhimentos calculados sobre o valor da

receita bruta deverão ser efetuados em Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), utilizando-se

o código de receita “2985- Contribuição Previdenciária sobre Receita Bruta – Art. 7º da Lei 12546/2011”.

O disposto acima aplica-se, inclusive, às empresas optantes pelo regime do Simples Nacional.

Para a informação em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à

Previdência Social (GFIP), a partir da competência abril/2013, essas empresas deverão seguir as orientações

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10 EMPRESAS SEM MOVIMENTO

a) Paralisadas - Não teriam recolhimento da DARF por não ter faturamento, e a SEFIP seria entregue como ausência de fato gerador.

b) Distribuição de lucros dos sócios – não gera SEFIP mensal, porém terá o

recolhimento da DARF será obrigatório. 10.1 Pró-labore - Obrigatoriedade

A retirada de pró-labore não é uma obrigatoriedade legal, mas uma exigência administrativa da Previdência Social, pois há o posicionamento de que toda empresa deverá possuir um administrador, sendo que se este for um dos sócios, deverá possuir uma remuneração pelos serviços prestados, através do pró-labore.

Porém, se a empresa ainda não possui movimento, poderá alegar este fato para o não recolhimento temporariamente.

Fundamento legal: Arts. 9°, V, alínea "h" e 201, § 5.° do Decreto n.° 3.048/99 do INSS.

11 EMPRESAS SEM EMPREGADO Nesta situação, será recolhido o valore referente à retirada de pró-labore dos sócios na SEFIP, e o percentual do faturamento será recolhido no DARF. Exemplo:

a) Pro-Labore teto máximo – R$ 3.916,20 x 11% = R$ 430,78 X 20% = R$ 783,24

b) Faturamento da empresa – R$ 500.000,00 x 1,0% = R$ 5.000,00

constantes do Ato Declaratório Executivo nº 93, de 19 de dezembro de 2011, expedido pela Coordenação-

Geral de Arrecadação e Cobrança (Codac).

No preenchimento da GFIP, as empresas de que trata o primeiro parágrafo acima e que sejam optantes pelo

Simples Nacional deverão informar “0000” no campo destinado ao código de Outras entidades e Fundos

(Terceiros).

Coordenação-Geral de Arrecadação e Cobrança

Receita Federal do Brasil

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SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 71, DE 12 DE JULHO DE 2013

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. CARÁTER OBRIGATÓRIO. EFD-CONTRIBUIÇÕES. A contribuição substitutiva a que se refere o art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, é uma obrigatoriedade para as pessoas jurídicas contempladas nesse artigo, independentemente da contratação de empregado ou de haver pagamento de pro-labore aos sócios para a realização das suas atividades.

A pessoa jurídica submetida a esse regime substitutivo deve efetuar a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD- Contribuições) nos termos do inciso IV do art. 4º da IN RFB nº 1.252, de 2012.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal, de 1988, art. 195; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22; Lei nº 11.774, de 2008, art. 14; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º e 9º, IN RFB nº 1.252, de 2012, arts. 2º e 4º.

JOSÉ CARLOS SABINO ALVES Chefe

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 73, DE 16 DE JULHO DE 2013

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. CARÁTER OBRIGATÓRIO. A contribuição substitutiva incidente sobre a receita bruta prevista no art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, impõe-se em caráter obrigatório às pessoas jurídicas relacionadas no referido artigo,independentemente da contratação de empregado ou de haver pagamento de pro-labore aos sócios para a realização das suas atividades.

As retenções a que se referem o art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, e o § 6º do art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, podem ser compensadas, pela pessoa jurídica cedente da mão de obra, quando do recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos segurados a seu serviço, não havendo previsão para compensação com a contribuição substitutiva instituída pelo art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011. Na hipótese de não haver contribuição destinada à Seguridade Social devida sobre a folha de pagamento a recolher, a pessoa jurídica poderá realizar a compensação nos meses subsequentes por ocasião do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de pagamento, ou solicitar a restituição do valor retido, nos termos da legislação em vigor. DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal, de 1988, art. 195; Lei nº 8.212, de 1991, arts. 22 e 31; Lei nº 11.774, de 2008, art. 14; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º e 9º, e IN RFB nº 1.300, de 2012, arts. 17 e 60.

JOSÉ CARLOS SABINO ALVES Chefe

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12 MATRIZ E FILIAL A legislação estabelece o termo "empresa" que se entende por todos os estabelecimentos (matriz e filiais), logo consideraria a receita bruta total somando-se matriz e filiais e calculando as atividades concomitantes, porém orienta-se uma consulta a Receita Federal. - Em caso de atividades distintas? O conceito trazido pela legislação federal, quando refere-se a receita bruta, vai observar a totalidade da empresa (soma matriz e filial). Sendo fácil visualização quando a matriz e filial realiza as mesmas atividades. A dificuldade será quando as atividades forem distintas, para aplicação da Lei nº 12.546/2011. Assim, sempre encaminhado para a Receita Federal do Brasil ser consultada.

SOLUÇÃO DE CONSULTA N o 38, DE 21 DE MAIO DE 2012 ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). O regime da chamada Contribuição Previdenciária Patronal substitutiva da folha de pagamento, instituído, na espécie, pelo art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, alterado pela Medida Provisória nº 563, de 2012, é obrigatório para as empresas abrangidas por essas disposições legais, e os recolhimentos dos valores referentes à CPRB devem ser efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta, de modo que a respectiva base de cálculo alcança, inclusive, portanto, a receita bruta auferida por filiais, ainda que, na hipótese, estas últimas exerçam, exclusivamente, atividade comercial. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 12.546, de 2011, arts, 7º a 10, com redação da Medida Provisória nº 563, de 2012; Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º, inciso XII, § 11, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.258, de 2012; Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, art. 5º, parágrafo único. ISABEL CRISTINA DE OLIVEIRA

DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO SOLUÇÃO DE CONSULTA No-45, DE 14 DE JUNHO DE 2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). Os recolhimentos dos valores pertinentes à chamada Contribuição Previdenciária Patronal substitutiva da Folha de Pagamentos, instituída, na espécie, pelo art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, alterado pela Medida Provisória nº 563, de 2012, devem ser efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta, de modo que, na respectiva base de cálculo, deve ser incluída, portanto, a receita bruta auferida por filiais, ainda que, na hipótese, estas últimas exerçam, exclusivamente, atividade comercial.

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Para os fins da citada CPRB, considera-se receita bruta o valor percebido na venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia, bem como o ingresso de qualquer outra natureza auferido pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou de sua classificação contábil, sendo irrelevante o tipo de atividade exercida pela empresa. Porém, não integram tal base de cálculo: a) as vendas canceladas; b) os descontos incondicionais concedidos; c) o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI destacado em nota fiscal, e d) o valor do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS devido pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário, desde que destacado em documento fiscal. DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal, art. 195, inciso I, alíneas "a" e "b", e §§ 12 e 13; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º a 10, com redação da Medida Provisória nº 563, de 2012; Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º, inciso XII, § 11, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.258, de 2012; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42, de 2011; Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 2011; Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, art. 5º, parágrafo único; Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 2012. ISABEL CRISTINA DE OLIVEIRA GONZAGA Chefe

13 RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

SOLUÇÃO DE CONSULTA No- 161, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS QUE EXERCEM OUTRAS

ATIVIDADES ALÉM DAQUELAS SUJEITAS AO REGIME SUBSTITUTIVO. BASE DE

CÁLCULO. CONTRIBUIÇÃO DECORRENTE DE RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS.

1. A empresa que exerce, conjuntamente, atividade sujeita à contribuição substitutiva prevista

no artigo 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e outras atividades não submetidas à substituição, deve

recolher:

a) a contribuição sobre a receita bruta em relação aos produtos que industrializa e que se

acham submetidos ao referido regime;

b) a contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento prevista no art. 22,

incisos I e III, da Lei nº 8.212, de 1991, mediante aplicação de redutor resultante da razão entre

a receita bruta dos produtos/atividades não sujeitos ao regime substitutivo e a receita bruta

total, utilizando, para apuração dessa razão, o somatório das receitas de todos os

estabelecimentos da empresa (matriz e filiais).

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2. Se a receita bruta decorrente de atividades não contempladas no art. 8º da Lei nº 12.546, de

2011, for igual ou inferior a 5% (cinco por cento) da receita bruta total, o recolhimento da

contribuição deverá ser feito sobre a receita bruta total auferida no mês, não sendo devida a

contribuição sobre a folha de pagamento prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212,

de 1991.

3. Se a receita bruta oriunda de atividades não previstas no art. 8º for igual ou superior a 95%

(noventa e cinco por cento) da receita bruta total, as contribuições previdenciárias deverão ser

recolhidas integralmente nos termos do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, não sendo devida a

contribuição sobre a receita bruta.

4. A base de cálculo da contribuição substitutiva prevista nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546,

de 2011, é a receita bruta, considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei

nº 6.404, de 1976, e com exclusão das vendas canceladas, dos descontos incondicionais

concedidos, da receita bruta de exportações, do IPI, se incluído na receita bruta, e do ICMS,

quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto

tributário.

5. A receita bruta que constitui a base de cálculo da contribuição substitutiva a que se referem

os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 2011, compreende a receita decorrente da venda de bens

nas operações de conta própria, a receita decorrente da prestação de serviços e o resultado

auferido nas operações de conta alheia.

6. Como nas reclamatórias trabalhistas o fato gerador da contribuição previdenciária ocorre na

data da prestação dos serviços e rege-se pela legislação então vigente, sendo o período dessa

prestação de serviços anterior àquele em que a empresa submete-se à contribuição

substitutiva, o cálculo da contribuição será feito na forma do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991,

utilizando-se como base de cálculo o valor da remuneração apurada judicialmente.

7. Quando o período da prestação de serviços recair sobre aquele em que a empresa sujeita-

se ao regime substitutivo de que tratam os artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 2011, a

contribuição previdenciária oriunda de ações trabalhistas:

a) não será devida, se a receita bruta da empresa decorrer exclusivamente das atividades

descritas nos arts. 7º ou 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e

b) será devida na forma dos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre o valor da

remuneração decorrente da sentença ou do acordo homologado, com incidência do redutor de

que trata o inciso II do § 1º do art. 9º da Lei nº 11.435, de 2011, se a receita bruta da empresa

for oriunda de atividades descritas nos arts. 7º ou 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e de outras

atividades não contempladas nesses dispositivos.

DISPOSITIVOS LEGAIS:

Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13;

Medida Provisória nº 540, de 2011, arts. 8º e 9º;

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Medida Provisória nº 563, de 2012, art. 45;

Medida Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13;

Medida Provisória nº 540, de Provisória nº 582, de 2012, arts. 1º e 2º;

Lei nº 12.546, de 2011, arts. 8º e 9º;

Lei nº 12.715, de 2012, arts. 55, 56, 78 e 79;

Lei n.º 8.212, de 1991, art. 22, I e III, e art. 43, §§ 2º e 3º;

Código Tributário Nacional, art. 144; Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º;

Parecer Normativo RFB nº 3, de 2012;

Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 2011, art. 1º;

Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, arts. 3º, 4º, 5º e 6º;

Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 2012, art. 1º.

MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS

Chefe

14 FASE PRÉ-OPERACIONAL DA EMPRESA

A Divisão de Tributação da Receita Federal se pronunciou sobre a aplicação da contribuição previdenciária sobre a receita bruta de empresas em fase pré-operacional. A incidência sobre a receita bruta foi instituída pela Lei nº 12.546, de 2011, medida de desoneração implantada pelo governo federal, que faz parte do Plano Brasil Maior.

Segundo a Solução de Consulta nº 244, publicada no Diário Oficial da União de ontem, a substituição da contribuição sobre a folha de pagamentos pela contribuição sobre a receita bruta só é válida após o início das atividades da empresa. "Sem isto, a referida substituição é inaplicável, e a empresa deverá recolher as contribuições previdenciárias na forma da Lei nº 8.212, de 1991", diz o Fisco.

A resposta refere-se à aplicação da contribuição sobre a receita bruta por empresas dos ramos de informática, call center, do setor hoteleiro e de transporte rodoviário. Sobre a folha de pagamento incide a alíquota de 20%. Sobre a receita bruta, 2%.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº244 DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE RECEITA BRUTA. CPRB. ATIVIDADE PRÉ-OPERACIONAL. SUBSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

A substituição prevista nos arts. 7º e 8º da a Lei 12.546, de 2011, pressupõe o início das atividades com tributação substituída.

Sem isto, a referida substituição é inaplicável, e a empresa deverá recolher as contribuições previdenciárias na forma do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991.

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Dispositivos Legais: Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º a 9º.

MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI Chefe

15 COMPENSAÇÃO DE RETENÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NA DARF Ao que tange a retenção de INSS sobre a nota fiscal. Não há orientação para realizar a compensação em relação aos valores a serem pagos pelo DARF, pois muitos clientes tem questionado a respeito. NA SEFIP A princípio a compensação será realizada sobre os valores que compõe apenas o campo 6 da GPS. Que será no caso o valores descontado do empregado, observando a tabela do salário de contribuição e alíquota RAT. 16 PROCESSO JUDICIAL – LIMINAR As empresas que se sintam prejudicadas poderão entrar na justiça com pedido de liminar para contribuir à Previdência Social da forma anterior. Mas em abril/2012 a Justiça Federal negou pedido de liminar ao Sindicato das Empresas de Processamento de Dados de São Paulo (Seprosp). No pedido, o Seprosp alegou que 45 mil empresas do setor foram prejudicadas com a nova lei, mas o pedido não foi aceito pois há previsão legal de que a contribuição previdenciária pode ser cobrada sobre o faturamento. 17. INFORMAÇÕES NA DCTF

Para informar na DCTF a contribuição previdenciária sobre a receita bruta (Códigos 2985 e 2991) .

Descrição dos Códigos:

Código 2991 - Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta - Demais

Código 2985 - Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - Empresas Prestadoras de Serviços de TI e TIC.

Para informar estas contribuições deverá utilizar a ficha "Contribuições Previdenciárias".

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17.1. CÓDIGO 2985

Após selecionar o código 2985 - Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - Empresas Prestadoras de Serviços de TI e TIC, habilitará a ficha "Valor do Débito", o qual deverá informar o valor apurado da contribuição previdenciária no mês, calculado sobre a receita bruta.

Tela da Ficha "Valor do Débito" - Código 2985

Veja como fica o preenchimento da ficha "Valor do Débito":

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Ficha "Pagamento com DARF" - Código 2985

Na ficha "Pagamento com DARF" deverá preencher os campos "Informações do DARF", o qual deverá copiar o DARF exatamente como foi recolhido.

No campo "Valor pago do Débito" deverá informar o mesmo valor declarado na ficha "Valor do Débito".

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CÓDIGO 2991

Ao cadastrar o "Código 2991 - Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta - Demais", habilitará as fichas "Valor do Débito" e "Pagamento com DARF"

Ficha "Valor do débito" - Código 2991

Na ficha "Valor do Débito" deverá informar o valor apurado da contribuição previdenciária no mês, calculado sobre a receita bruta.

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Ficha "Pagamento com DARF" - Código 2991

Na ficha "Pagamento com DARF" deverá preencher os campos "Informações do DARF", o qual deverá copiar o DARF exatamente como foi recolhido.

No campo "Valor pago do Débito" deverá informar o mesmo valor declarado na ficha "Valor do Débito".

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18 EFD CONTRIBUIÇÔES

Principais alterações da EFD CONTRIBUIÇÕES – versão 1.12 – Janeiro de 2013

1. Periodicidade, forma e Prazo de Entrega da EFD-Contribuições: Inclusão de orientações quanto a obrigatoriedade de escrituração pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, em relação ao PIS/Pasep, a Cofins e à Contribuição previdenciária sobre a receita bruta, conforme as disposições da Instrução Normativa RFB nº 1.305, de 2012.

3. Da obrigatoriedade da entrega da EFD-Contribuições: Inclusão de orientações quanto a:

a) Possibilidade de transmissão da escrituração digital, pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, em relação à Contribuição previdenciária sobre a receita bruta referente aos meses do ano de 2012, até o 10º dia útil de fevereiro de 2013, sem qualquer penalidade, conforme disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.305, de 2012;

b) Redução da multa pela não entrega da EFD-Contribuições, ou entrega fora do prazo, para R$ 500,00 (para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido) e R$ 1.500,00 (para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real) conforme disposto na Lei nº 12.766, de 27 de dezembro de 2012.

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EFD-Contribuições - Alterações na Instrução Normativa RFB nº 1.252/12

Com o advento da Instrução Normativa RFB nº 1.387/13, publicada no DOU 22/08/2013, a Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 01/03/2012, que dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições) conterá as alterações, conforme transcrito a seguir:

“Art. 4º – Ficam obrigadas a adotar e escriturar a EFD-Contribuições, nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e do art. 2º do Decreto nº 6.022, de 2007:

….......................................................................................

V – em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as demais atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º, e no Anexo II, todos da Lei nº 12.546, de 2011.

"Art. 9º – A apresentação da EFD-Contribuições, nos termos desta Instrução Normativa, e do Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita, definido em Ato Declaratório Executivo (ADE), editado com base no art. 12, dispensa, em relação às mesmas informações, a exigência contida na Instrução Normativa SRF nº 86, de 22 de outubro de 2001.

............................................................................

§ 1º – A geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte da guarda dos documentos que deram origem às informações neles constantes, na forma e nos prazos estabelecidos pela legislação aplicável.

§ 2º – A recepção do arquivo digital da EFD-Contribuições não implicará reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações prestadas, nem homologação da apuração das contribuições efetuada pelo contribuinte." (NR)

"Art. 10 – A não apresentação da EFD-Contribuições no prazo fixado no art. 7º, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará aplicação, ao infrator, das multas previstas no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001." (NR)

"Art. 11. A EFD-Contribuições, entregue na forma desta Instrução Normativa, poderá ser substituída, mediante transmissão de novo arquivo digital validado e assinado, para inclusão, alteração ou exclusão de documentos ou operações da escrituração fiscal, ou para efetivação de alteração nos registros representativos de créditos e contribuições e outros valores apurados.

§ 1º – O direito de o contribuinte pleitear a retificação da EFDContribuições extingue-se em 5 (cinco) anos contados do 1º (primeiro) dia do exercício seguinte àquele a que se refere a escrituração substituída.

…........................................................................................

§ 3º – A pessoa jurídica poderá apresentar arquivo retificador da escrituração, em atendimento a intimação fiscal e nos termos desta, para sanar erro de fato:

I – na hipótese prevista no inciso II do § 2º, havendo recolhimento anterior ao início do procedimento fiscal, em valor superior ao escriturado no arquivo original, desde que o débito tenha sido também declarado em DCTF; e escrituração de operações com direito a crédito, ou da escrituração de operações geradoras de crédito em desconformidade com o leiaute e regras da EFD-Contribuições.

§ 4º – A pessoa jurídica que transmitir arquivo retificador da EFD-Contribuições, alterando valores que tenham sido informados na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), deverá apresentar, também, DCTF retificadora, observadas as disposições normativas quanto à retificação desta." (NR)

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A entrega da EFD-Contribuições, relativa a fatos geradores ocorridos nos meses de outubro/2012 a fevereiro/2013, para os importadores e para as pessoas jurídicas que procedam à industrialização de cervejas de malte e cervejas sem álcool, em embalagem de lata, classificadas nos códigos 2203.00.00 e 2202.90.00 Ex 03, da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23/12/2011, fica prorrogado para o 10º dia útil do mês seguinte ao da publicação da Instrução Normativa RFB nº 1.387/13.

O disposto anteriormente aplica-se também aos casos de extinção, incorporação, fusão, cisão parcial ou cisão total que ocorrerem nos meses de outubro/2012 a fevereiro/2013.

ESCRITURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA

Para proceder à escrituração e apuração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, no Bloco “P”, deve a pessoa juridica: 1. Cadastrar o estabelecimento que auferiu receitas sujeitas à referida contribuição, no registro “0145”; 2. Uma vez informado o registro “0145” na escrituração, o PVA irá habilitar os registros do Bloco “P”, a saber:

- Registro “P100”: Demonstração da receita do estabelecimento, da base de cálculo e do correspondente valor da contribuição;

- Registro “P200”: Consolidação do valor da contribuição devida pela empresa.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE – MULTAS PELO ATRASO NA ENTREGA DA ESCRITURAÇÃO:

A Lei nº 12.766, de 27 de dezembro de 2012, estabeleceu novas penalidades pela não entrega de arquivos digitais do Sped, ou atraso na entrega, em substituição à multa anterior de R$ 5.000,00, ao mês ou fração de mês. O art. 8º da referida Lei, em vigor a partir de 28.12.2012, vem a estabelecer:

O sujeito passivo que deixar de apresentar nos prazos fixados declaração, demonstrativo ou escrituração digital exigidos nos termos do art. 16 da Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que os apresentar com incorreções ou omissões será intimado para apresentá-los ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas: I - por apresentação extemporânea: a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido;

b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro real ou tenham optado pelo autoarbitramento; II - por não atendimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, para apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados pela autoridade fiscal, que nunca serão inferiores a 45 (quarenta e cinco) dias: R$ l.000,00 (mil reais) por mês-calendário; III - por apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital com informações inexatas, incompletas ou omitidas: 0,2% (dois décimos por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), sobre o faturamento do mês anterior ao da entrega da declaração, demonstrativo ou escrituração equivocada, assim entendido como a receita decorrente das vendas de mercadorias e serviços.

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§ 1o Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nos incisos II e III deste artigo serão reduzidos em 70% (setenta por cento).

§ 2o Para fins do disposto no inciso I, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a alínea b do inciso I do caput.

§ 3o A multa prevista no inciso I será reduzida à metade, quando a declaração, demonstrativo ou escrituração digital for apresentado após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício.”

BLOCO P: APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA Conforme disposto nos art. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011, as empresas que prestam serviços de tecnologia da informação (TI), de tecnologia da informação e comunicação (TIC), serviços de call center, bem como as empresas fabricantes de vestuário e seus acessórios, calçados, bolsas e outros produtos de couro curtido ou natural, etc., se sujeitam à apuração da Contribuição Previdenciária incidente sobre o valor da receita bruta mensal - CPR, cuja escrituração será efetuada no Bloco “P – Apuração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”, da EFD – Contribuições, conforme art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

A Medida provisória nº 563, de 3 de abril de 2012, veio a estabelecer a incidência da Contribuição Previdenciária com base na receita bruta, sobre novos setores econômicos, bem como a reduzir as alíquotas incidentes, a partir do período de apuração referente a agosto de 2012.

A escrituração do Bloco “P” será específica para a apuração da Contribuição Previdenciária sobre Receita, efetuada pela pessoa jurídica de forma autônoma e independente da escrituração de apuração do PIS/Pasep e da Cofins, constante nos Blocos “A”, “C”, “D”, “F” e “M”. Trata-se de nova contribuição, exigível em relação aos fatos geradores a ocorrer a partir de março de 2012, não guardando a escrituração do Bloco “P” qualquer correlação ou vinculação com os registros informados nos referidos blocos. O Bloco “P” só precisa ser escriturado se a PJ auferiu alguma receita sujeita à Contribuição Previdenciária sobre Receita, no mês da escrituração. A ação caracterizadora da efetividade ou não de sua escrituração, é materializada com a geração do registro "0145". Escriturado o referido registro, o PVA exige a apuração da contribuição, no Bloco P. Desta forma, temos os seguintes tratamentos: 1. PJ auferindo receita sujeita à incidência de CPR (total ou parcial), no período da escrituração:

- Na EFD-C deve escriturar o registro "0145". Ao gerar o registro "0145", deve obrigatoriamente escriturar o Bloco P e apurar a CPR;

- No tocante à contribuição patronal a ser informada na GFIP, não terá valor a recolher, no caso de toda a receita auferida ser relativa às atividades dos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011;

- No tocante à contribuição patronal, terá valor a recolher ajustado, com redução em relação ao valor apurado e informado na GFIP, no caso de apenas parte da receita auferida ser relativa às atividades e produtos listados nos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011. 2. PJ Não auferindo receita sujeita à incidência de CP, no período da escrituração: - Na EFD-C não deve escriturar o registro "0145". Ao não gerar o registro "0145", O PVA não irá gerar os registros de apuração da Contribuição Previdenciária sobre receitas – Bloco P;

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TRATAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL, REDUZIDA.

Em relação à Contribuição Previdenciária patronal, será apurado regularmente o seu valor na GFIP, conforme disposto na Lei nº 8.212/91, art. 22, incisos I e III e, estando também sujeita à Contribuição Previdenciária sobre receitas, o valor a recolher da contribuição patronal (Lei nº 8.212/91) será reduzido e informado, na GFIP, no campo de Compensações.

Deve ser ressaltado que enquanto a contribuição previdenciária patronal (Lei nº 8.212/91) é apurada e recolhida de forma individualizada, por cada estabelecimento da pessoa jurídica (matriz e filiais), em GFIP e GPS próprios, a contribuição previdenciária sobre receitas (Lei nº 12.546/2011) é apurada e escriturada (EFD-Contribuições), declarado o débito (DCTF) e recolhido (Darf), de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

Será acrescido no Bloco “0” o registro “0145 - Regime de Apuração da Contribuição Previdenciária Sobre a Receita Bruta” filho do registro “0140 - Tabela de Cadastro de Estabelecimento” que servirá como registro identificador de obrigatoriedade de escrituração do Bloco “P”, pelo correspondente estabelecimento da pessoa jurídica.

O bloco “P” só deve ser exigido na EFD-Contribuições, caso tenha sido gerado no mínimo 01 (um) registro “0145”, indicando a sujeição da pessoa jurídica à nova contribuição, no período da escrituração. A inexistência de registro “0145” no Bloco “0”, dispensa a necessidade de gerar o Bloco “P”, inclusive em relação a registros de abertura e de encerramento deste.

ESCLARECIMENTOS IMPORTANTES:

1. As contribuições tem caráter impositivo (natureza obrigatória), em relação aos serviços e produtos especificados na legislação (Lei nº 12.546/2011 e alterações posteriores), conforme relacionados na Tabela “5.1.1- Atividades, Produtos e Serviços Sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”.

2. Em relação aos estabelecimentos fabricantes de produtos sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre receitas, a incidência alcança apenas os produtos industrializados pela empresa, não alcançando a receita decorrente da revenda de produtos fabricados por outras empresas.

3. As empresas contribuintes da Contribuição previdenciária sobre a receita bruta, continuam sujeitas ao cumprimento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária.

4. No caso de empresas que se dediquem a outras atividades, além das relacionadas na Tabela 5.1.1,, o cálculo da contribuição obedecerá:

I – com base na receita bruta mensal, em relação às receitas de serviços e produtos relacionados na Tabela “5.1.1” nesses artigos; e

II - quanto à parcela da receita bruta relativa a atividades cuja contribuição não se sujeita às substituições previstas no inciso acima (contribuição sobre a receita), ao disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor das contribuições referidas nos incisos I e III do caput do mencionado art. 22 ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços e produtos sujeitos à Contribuição previdenciária sobre a receita Bruta e a receita bruta total.

5. Nos meses em que não auferirem receita relativa às atividades (serviços e produtos) relacionadas na Tabela 5.1.1, as empresas em questão deverão recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre a totalidade da folha de pagamentos, não sendo aplicada a proporcionalização de que trata o inciso II do item 4, acima.

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6. O disposto no item 4 acima (recolhimento das duas contribuições previdenciárias) aplica-se às empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas na Tabela 5.1.1, somente se a receita bruta decorrente dessas outras atividades (não relacionadas na Tabela 5.1.1), for superior a cinco por cento da receita bruta total.

7. Não ultrapassado o limite previsto no item 6, as contribuições a que se refere o item 1 serão calculadas sobre a receita bruta total auferida no mês.

8. O período inicial para escrituração da Contribuição previdenciária sobre a Receita Bruta, encontra-se disposto, em relação a cada serviço ou produto alcançado, na Tabela 5.1.1.. O fato da sujeição obrigatória da contribuição previdenciária sobre a receita bruta incidir a partir de determinado mês, não enseja a faculdade de apuração e recolhimento, em caráter opcional (substitutivo da Contribuição sobre as remunerações), antes do período inicial definido em lei para a sua incidência e pagamento.

Características da Escrituração do Bloco “P”:

A apuração da contribuição incidente sobre o valor da receita bruta, devida pelas pessoas jurídicas que desenvolvam atividades, produtos ou serviços relacionados na Tabela 5.1.1, com base nos novos registros do Bloco “P”, ocorrerá em relação aos estabelecimentos da pessoa jurídica que tenham escriturado o Registro “0145 – Regimes de Apuração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”.

Uma vez constando na escrituração o registro filho “0145”, será exigida do estabelecimento correspondente a escrituração do registro “P100”, no Bloco “P” contemplando, no mínimo, além dos registros de abertura (P001) e de encerramento (P990), os registros:

“P010 – Identificação do Estabelecimento”;

“P100 – Contribuição previdenciária sobre o valor da receita bruta” (e registro filho P110, conforme o caso).

Atenção: A partir da versão 2.02 do PVA, o cadastramento do registro “0145” no estabelecimento matriz da pessoa jurídica, dispensa a necessidade de ter de cadastrar os correspondentes registros “0145” dos demais estabelecimentos fabricantes.

Não deve ser exigida a escrituração de registros do bloco “P” em relação aos estabelecimentos cadastrados em “0140” que não tenham escriturado o registro filho “0145”.

A consolidação da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta será escriturada, de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, no registro “P200 - Consolidação da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”, cujo valor da contribuição apurada escriturada no campo 03 (VL_TOT_CONT_APU) deverá corresponder ao somatório da contribuição escriturada por cada estabelecimento da pessoa jurídica, no campo 10 (VC_CONT_APU) do registro “P100”.

A escrituração do Bloco “P” não irá recuperar dados constantes nos registros dos Blocos “A”, “C”, “D” e “F”, muito menos irá repassar ou receber dados do Bloco “M”.

REGISTRO 0145: REGIME DE APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA

Este registro servirá para identificar a obrigatoriedade de escrituração da Contribuição

Previdenciária sobre Receitas, no Bloco “P”. O Registro “0145” tem natureza meramente

informativa, não transferindo nem recebendo valores de qualquer outro registro da

escrituração.

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Deve escriturar o Registro “0145” a pessoa jurídica que tenha auferido receita das atividades

de serviços ou da fabricação de produtos, relacionados nos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011,

respectivamente.

Atenção: A partir da versão 2.02, uma vez informado o registro filho “0145”, em relação ao

registro pai “0140” do estabelecimento matriz, fica dispensada a necessidade de escriturar o

registro “0145” em relação aos demais estabelecimento. Desta forma, ao cadastrar o registro

“0145” do estabelecimento matriz, o PVA fica habilitado para validar a escrituração do registro

“P100” tanto do estabelecimento matriz como dos demais estabelecimentos da empresa.

No caso de não auferir quaisquer das receitas, nas hipóteses previstas em lei, não precisa ser

informado o registro “0145”, muito menos ser escriturado o Bloco P.

A soma dos valores informados no campo “valor da receita bruta da atividade sujeita a

contribuição previdenciária sobre a receita bruta” e do campo “valor da receita bruta da

atividade sujeita a contribuição previdenciária sobre a remuneração” pode ser menor ou igual

ao valor informado no campo “valor da receita bruta total da pessoa jurídica no período”, não

maior.

Campo “valor da receita bruta total da pessoa jurídica no período”:Informe o valor da receita bruta total da pessoa jurídica, no período da escrituração, sujeitas ou não à incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita.

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Atenção: O valor informado neste campo corresponde à receita bruta consolidada da empresa

e não, a receita bruta de cada estabelecimento cadastrado em “0145”. Desta forma, constando

na escrituração digital as informações de 10 (dez) estabelecimentos sujeitos à contribuição

previdenciária sobre receitas, por exemplo, deve ser informado neste campo 10 (dez) registros

“0145” (um para cada estabelecimento que auferiu receita sujeita à CP s/Receitas) o mesmo

valor, qual seja, o da receita bruta total da empresa.

Campo “valor da receita bruta da atividade sujeita a contribuição previdenciária sobre a

receita bruta”:Informe o valor da receita bruta da pessoa jurídica, no período da escrituração,

correspondente às atividades listadas nos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, sujeitas à

incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita.

Atenção: Assim como no campo anterior, a receita bruta da(s) atividade/produto sujeita à CP

sobre Receitas, a ser informada neste campo, deve corresponder à receita bruta da atividade

auferida por toda a pessoa jurídica e não, especificamente a do estabelecimento cadastrado.

Campo “valor da receita bruta da atividade sujeita a contribuição previdenciária sobre a

remuneração”:Informe o valor da receita bruta da pessoa jurídica, no período da escrituração,

correspondente às atividades não, sujeitas à incidência da Contribuição Previdenciária sobre a

Receita.

Atenção: Assim como no campo “valor da receita bruta total da pessoa jurídica no período”, a

receita bruta da(s) atividade/produto não sujeita à CP sobre Receitas, a ser informada neste

campo, deve corresponder à receita bruta da atividade auferida por toda a pessoa jurídica e

não, especificamente a do estabelecimento cadastrado.

Campo “incidência tributária no período”: Informe o código indicador da incidência de

tributação da contribuição previdenciária no período:

1 – Contribuição Previdenciária apurada no período, exclusivamente com base na Receita

Bruta;

2 – Contribuição Previdenciária apurada no período, com base na Receita Bruta e com base

nas Remunerações pagas, na forma dos nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 1991.

REGISTRO P001: ABERTURA DO BLOCO P

Campo Valores válidos: [0, 1] Validação: se o valor deste campo for igual a “1” (um), somente podem ser informados os registros de abertura e encerramento do bloco. Se o valor neste campo for igual a “0” (zero), deve ser informado pelo menos um registro além dos registros de abertura e encerramento do bloco.

REGISTRO P010: IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Este registro tem o objetivo de identificar o estabelecimento da pessoa jurídica a que se referem as operações informadas neste bloco. Só devem ser escriturados no Registro P010 os estabelecimentos que efetivamente tenham auferido receitas sujeitas à incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta.

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O estabelecimento que não realizou operações passíveis de registro nesse bloco, no período da escrituração, não deve ser identificado no Registro P010. Para cada estabelecimento cadastrado em “P010”, deve ser informado nos registros de nível inferior (Registros Filho P100 e/ou P110) as informações necessárias para a apuração da Contribuição Previdenciária sobre Receitas.

Campo CNPJ: informar o número do CNPJ do estabelecimento da pessoa jurídica a que se referem as operações passíveis de escrituração neste bloco. Validação: é conferido o dígito verificador (DV) do CNPJ informado. O estabelecimento informado neste registro deve está cadastrado no Registro 0140 e deverá ter preenchido o respectivo registro filho “0145”.

REGISTRO P100: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA Registo específico da escrituração da contribuição previdenciária incidente sobre o valor da receita bruta, prevista na legislação tributária, conforme a Tabela “5.1.1- Atividades, Produtos e Serviços Sujeitos à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta”.

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Poderão ser gerados um ou vários registros “P100” para o mesmo estabelecimento, de acordo com as chaves definidas para o registro. (Chaves: DT_INI + DT_FIN + COD_ATIV_ECON + ALIQ_CONT + COD_CTA).

Campo “data inicial a que a apuração se refere”: Informar a data inicial a que a apuração se refere.

Campo “data final a que a apuração se refere”: Informar a data final a que a apuração se refere.

Campo “valor da receita bruta total do estabelecimento no período”: informar o valor da receita bruta total do estabelecimento, no período da escrituração, das atividades sujeitas ou não à incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita.

OBS: A receita bruta total a ser informada neste registro deve corresponder, conforme o caso:

- Pessoa jurídica prestadora de serviços, sujeita ao pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita bruta, nos termos do art. 7º da Lei nº 12.546/2011: A receita bruta das atividades relacionadas aos serviços tributados pela CP sobre a receita bruta MAIS a receita bruta das demais atividades, não relacionadas aos serviços tributados pela CP sobre a receita bruta.

- Pessoa jurídica fabricante de produtos, sujeita ao pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita bruta, nos termos do art. 8º da Lei nº 12.546/2011: A receita bruta das atividades relacionadas à fabricação dos produtos tributados pela CP sobre a

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receita bruta MAIS a receita bruta das demais atividades, não relacionadas aos produtos tributados pela CP sobre a receita bruta.

Campo “código indicador correspondente à atividade sujeita a incidência da Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta”: Informar o código indicador correspondente à atividade sujeita a incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, conforme Tabela 5.1.1. O Campo “COD_ATIV_ECON” será sempre validado de acordo com os códigos definidos para a Tabela 5.1.1, cujo tamanho de cada código será fixo, com 08 (oito) caracteres.

IMPORTANTE: A empresa deve escriturar um registro “P100” para cada código constante na Tabela 5.1.1, correspondente ao valor total das vendas no período (Receita auferida, no regime de competência. Inclusive para as pessoas jurídicas que apuram o PIS/Pasep e a Cofins pelo regime de caixa) do(s) produto(s) por ela fabricado(s), de acordo com a correspondente classificação fiscal (NCM).

Campo “valor da receita bruta total do estabelecimento vinculada ao código de atividade: informar o valor da receita bruta do estabelecimento, no período da escrituração, correspondente às atividades ou produtos referidos nos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, sujeitas à incidência da Contribuição Previdenciária sobre a Receita.

O valor informado no Campo “06” (VL_REC_ATIV_ESTAB) deve ser MENOR ou IGUAL ao valor do Campo “04” (VL_REC_TOT_EST).

Campo “valor das exclusões da receita bruta”: informar o valor das exclusões da receita bruta informada no Campo 06, eventualmente previstas em lei.

Campo “valor da base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a receita

bruta”:informar o valor da Base de Cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita

Bruta

Campo “alíquota da Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta”:informar a alíquota

correspondente à receita da atividade tributável. Validação: A alíquota a ser informada neste

campo deve constar na Tabela 5.1.1

Campo “valor da Contribuição Previdenciária apurada sobre a receita bruta”:informar o

valor da Contribuição Previdenciária Apurada sobre a Receita Bruta.

Campo “código da conta analítica contábil referente à Contribuição Previdenciária sobre

o valor da Receita Bruta”: Campo de preenchimento opcional, a informar o código da conta

analítica contábil referente à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta.

REGISTRO P110: COMPLEMENTO DA ESCRITURAÇÃO – DETALHAMENTO DA APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO

Registro de preenchimento opcional pela pessoa jurídica, tendo por objetivo detalhar de forma

analítica as informações consolidadas constantes no Registro Pai (P100), com base em

quaisquer dos critérios definidos na Tabela “5.1.2 – Códigos de Detalhamento da Apuração da

Contribuição”.

A critério da Secretaria da Receita Federal do Brasil, poderá ser estabelecida a obrigatoriedade

do registro em período futuro, por Ato Declaratório Executivo, para fins de detalhamento dos

valores informados de forma consolidada no Registro P100.

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Campo “informar o número do campo do registro “P100” ”: Informar o número do campo do registro Pai “P100”, objeto de detalhamento neste registro. Campo “código do tipo de detalhamento”: Informar o código do tipo de detalhamento, conforme Tabela 5.1.2. Campo “valor detalhado”: Informar o valor objeto de detalhamento. O somatório dos valores informados no campo anterior dos diversos registros “P110” não poderá ser MAIORque o valor constante no Registro “P100”, a que se refere o primeiro campo do registro “P110”.

REGISTRO P199: PROCESSO REFERENCIADO Registro específico para a pessoa jurídica informar a existência de processo administrativo ou judicial que autoriza a adoção de tratamento tributário, base de cálculo ou alíquota diversa da prevista na legislação. Trata-se de informação essencial a ser prestada na escrituração para a adequada validação da contribuição previdenciária.

Uma vez procedida à escrituração do Registro “P199”, deve a pessoa jurídica gerar os registros “1010” ou “1020” referentes ao detalhamento do processo judicial ou do processo administrativo, conforme o caso, que autoriza a adoção de procedimento especifico de apuração da contribuição previdenciária.

Devem ser relacionados todos os processos judiciais ou administrativos que fundamente ou autorize a adoção de procedimento especifico na apuração da contribuição previdenciária.

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Campo Número do Processo: informar o número do processo judicial ou do processo administrativo, conforme o caso, que autoriza a adoção de procedimento especifico de apuração da contribuição previdenciária sobre a receita bruta.

Campo Valores válidos: [1, 3, 9]

REGISTRO P200: CONSOLIDAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA Registro de consolidação da contribuição previdenciária incidente sobre o valor da receita bruta, devida pela empresa no período, correspondente ao somatório da contribuição sobre a receita bruta mensal de cada estabelecimento, apurada no Registro “P100”.

Observações: Registro de apuração centralizada da Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta mensal. Campo “período de referencia da escrituração (MMAAAA)”: Informar o período de referência a que se refere a escrituração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta. Exemplo:

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No caso de escrituração da Contribuição Previdenciária sobre a receita auferida no período de 1 a 31 de dezembro de 2012, informar neste campo “122012”. Campo “valor total apurado da Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta”: informar o valor total da contribuição previdenciária apurada no período, correspondendo à soma dos valores constantes no campo “VL_CONT_APU” do(s) registro(s) P100, cujo período coincide com aquele informado no campo “data inicial”. Campo “valor total de “ajustes de redução” ”: informar o valor dos ajustes de redução da contribuição previdenciária apurada, correspondente ao somatório dos valores informados no Campo 03 do Registro P210, quando o Campo 02 deste registro foi igual a “0”. Campo “valor total de “ajustes de acréscimo” ”: informar o valor dos ajustes de acréscimo da contribuição previdenciária apurada, correspondente ao somatório dos valores informados no Campo 03 do Registro P210, quando o Campo 02 deste registro foi igual a “1”. Campo “valor total da Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta a recolher”: informar o valor total da contribuição previdenciária a recolher no período da escrituração, devendo o valor do campo ser igual a “VL_CONT_APUR” – “VL_TOT_AJUS_REDUC” + “VL_AJ_ACRES”. Campo “código de receita referente à Contribuição Previdenciária, conforme informado em DCTF”: informar o valor do código de receita correspondente, utilizado para identificar o débito na DCTF, da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta. De conformidade com o Ato declaratório Executivo Codac nº 86/2011, alterado pelo ADE Codac nº 47/2012, os códigos de receita da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta são: 2985 – Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta – Serviços 2991 – Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta – Indústria OBS: Na DCTF, os códigos informados são com 06 (posições): 2985-01 e 2991-01. Assim, no arquivo da escrituração, o campo “COD_REC” deverá ser preenchido com tamanho fixo de seis caracteres, sem hífen, conforme abaixo: Código 2985-01. Informar o campo “código de receita” com o seguinte conteúdo: “298501” Código 2991-01. Informar o campo “código de receita” com o seguinte conteúdo: “299101”

REGISTRO P210: AJUSTE DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA APURADA SOBRE A RECEITA BRUTA

Registro a ser preenchido caso a pessoa jurídica tenha de proceder a ajustes da contribuição apurada no período, decorrentes de ação judicial, de processo de consulta, da legislação tributária da contribuição, de estorno ou de outras situações.

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REGISTRO P990: ENCERRAMENTO DO BLOCO P

Este registro destina-se a identificar o encerramento do bloco P e informar a quantidade de linhas (registros) existentes no bloco.

Campo Preenchimento: a quantidade de linhas a ser informada deve considerar também os próprios registros de abertura e encerramento do bloco. Validação: o número de linhas (registros) existentes no bloco P é igual ao valor informado no campo QTD_LIN_P (registro P990).

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19 LEI 12.546/2011

Presidência da República

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.546, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011.

LEI Nº 12.546, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 7o Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2% (dois por cento): (Redação dada pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência (Vide Decreto nº 7.828, de 2012) (Regulamento)

I - as empresas que prestam os serviços referidos nos §§ 4o e 5o do art. 14 da Lei no 11.774, de 17 de setembro de 2008; (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

II - as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0; (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

III - as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

IV - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; (Redação dada pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 1o Durante a vigência deste artigo, as empresas abrangidas pelo caput e pelos §§ 3o e 4o deste artigo não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei nº 11.774, de 2008.

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§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a empresas que exerçam as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total. (Redação dada pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 5o (VETADO).

§ 6o No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no caput, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 7o As empresas relacionadas no inciso IV do caput poderão antecipar para 4 de junho de 2013 sua inclusão na tributação substitutiva prevista neste artigo. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 8o A antecipação de que trata o § 7o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva prevista no caput, relativa a junho de 2013. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 9o Serão aplicadas às empresas referidas no inciso IV do caput as seguintes regras: (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

I - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI até o dia 31 de março de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, até o seu término; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

II - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1o de abril de 2013 e 31 de maio de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma do caput, até o seu término; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

III - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1o de junho de 2013 até o último dia do terceiro mês subsequente ao da publicação desta Lei, o recolhimento da contribuição previdenciária poderá ocorrer, tanto na forma do caput, como na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

IV - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI após o primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação desta Lei, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma do caput, até o seu término; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

V - no cálculo da contribuição incidente sobre a receita bruta, serão excluídas da base de cálculo, observado o disposto no art. 9o, as receitas provenientes das obras cujo recolhimento da contribuição tenha ocorrido na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 10. A opção a que se refere o inciso III do § 9o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária na sistemática escolhida, relativa a junho de 2013 e será aplicada até o término da obra. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

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§ 11. (VETADO). (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 12. (VETADO).(Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

Art. 8o Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1% (um por cento), em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo I. (Redação dada pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Vide Lei nº 12.844, de 2013)

§ 1o O disposto no caput: (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

I - aplica-se apenas em relação aos produtos industrializados pela empresa; (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

II - não se aplica: (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

a) a empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas no caput, cuja receita bruta decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total; e (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

b) aos fabricantes de automóveis, comerciais leves (camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões), caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas autopropelidas. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

c) às empresas aéreas internacionais de bandeira estrangeira de países que estabeleçam, em regime de reciprocidade de tratamento, isenção tributária às receitas geradas por empresas aéreas brasileiras. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Produção de efeito)

§ 2o Para efeito do inciso I do § 1o, devem ser considerados os conceitos de industrialização e de industrialização por encomenda previstos na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI. (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

§ 3o O disposto no caput também se aplica às empresas: (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

I - de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

II - de transporte aéreo de carga; (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

III - de transporte aéreo de passageiros regular; (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

IV - de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

V - de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

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VI - de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

VII - de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

VIII - de transporte por navegação interior de carga; (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

IX - de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

X - de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. (Incluído pela Lei nº 12.715) (Produção de efeito)

XI - de manutenção e reparação de embarcações; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

XII - de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II desta Lei; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

XIII - que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Vigência)

XIV - de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Vigência)

XV - de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0; e (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Vigência)

XVI - jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei no 10.610, de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Vigência)

§ 4o A partir de 1o de janeiro de 2013, ficam incluídos no Anexo I referido no caput os produtos classificados nos seguintes códigos da Tipi: (Redação dada pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

I - 9503.00.10, 9503.00.21, 9503.00.22, 9503.00.29, 9503.00.31, 9503.00.39, 9503.00.40, 9503.00.50, 9503.00.60, 9503.00.70, 9503.00.80, 9503.00.91, 9503.00.97, 9503.00.98, 9503.00.99; (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

II – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 5o No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no § 3o, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. (Redação dada pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 6o As empresas relacionadas na alínea c do inciso II do § 1o poderão antecipar para 1o de junho de 2013 sua exclusão da tributação substitutiva prevista no caput. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

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§ 7o A antecipação de que trata o § 6o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária prevista nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, relativa a junho de 2013. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 8o As empresas relacionadas nos incisos XI e XII do § 3o poderão antecipar para 4 de junho de 2013 sua inclusão na tributação substitutiva prevista neste artigo. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 9o A antecipação de que trata o § 8o será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva prevista no caput, relativa a junho de 2013. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 10. (VETADO) (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

Art. 9o Para fins do disposto nos arts. 7o e 8o desta Lei: (Vide Medida Provisória nº 563, de 2012) (Vigência) (Regulamento)

I – a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

II - exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta: (Redação dada pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Produção de efeito)

a) de exportações; e Incluída (Incluída pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Produção de efeito)

b) decorrente de transporte internacional de carga; (Incluída pela Lei Lei nº 12.844, de 2013) (Produção de efeito)

III – a data de recolhimento das contribuições obedecerá ao disposto na alínea “b” do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991;

IV – a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); e

V – com relação às contribuições de que tratam os arts. 7o e 8o, as empresas continuam sujeitas ao cumprimento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária.

VI – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

VII - para os fins da contribuição prevista no caput dos arts. 7o e 8o, considera-se empresa a sociedade empresária, a sociedade simples, a cooperativa, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso; (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

VIII - para as sociedades cooperativas, a metodologia adotada para a contribuição sobre a receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, limita-se ao art. 8o e somente às atividades abrangidas pelos códigos referidos no Anexo I. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

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§ 1o No caso de empresas que se dedicam a outras atividades além das previstas nos arts. 7o e 8o, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá: (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

I - ao disposto no caput desses artigos quanto à parcela da receita bruta correspondente às atividades neles referidas; e (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

II - ao disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição dos incisos I e III do caput do referido artigo ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que tratam o caput do art. 7o e o § 3o do art. 8o ou à fabricação dos produtos de que trata o caput do art. 8o e a receita bruta total. (Redação dada pela Lei n º 12.794, de 2013)

§ 2o A compensação de que trata o inciso IV do caput será feita na forma regulamentada em ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e Ministério da Previdência Social, mediante transferências do Orçamento Fiscal. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 3o Relativamente aos períodos anteriores à tributação da empresa nas formas instituídas pelos arts. 7o e 8o desta Lei, mantém-se a incidência das contribuições previstas no art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, aplicada de forma proporcional sobre o 13o (décimo terceiro) salário. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 4o Para fins de cálculo da razão a que se refere o inciso II do § 1o, aplicada ao 13o (décimo terceiro) salário, será considerada a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 5o O disposto no § 1o aplica-se às empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos arts. 7o e 8o, somente se a receita bruta decorrente de outras atividades for superior a 5% (cinco por cento) da receita bruta total. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 6o Não ultrapassado o limite previsto no § 5o, a contribuição a que se refere o caput dos arts. 7o e 8o será calculada sobre a receita bruta total auferida no mês. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 7o Para efeito da determinação da base de cálculo, podem ser excluídos da receita bruta: (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

III - o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, se incluído na receita bruta; e (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

IV - o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

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§ 8o (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

§ 9o As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a receita bruta estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão considerar apenas o CNAE relativo a sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada, não lhes sendo aplicado o disposto no § 1o. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

§ 10. Para fins do disposto no § 9o, a base de cálculo da contribuição a que se referem o caput do art. 7o e o caput do art. 8o será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades. (Incluído pela Lei Lei nº 12.844, de 2013)

Art. 10. Ato do Poder Executivo instituirá comissão tripartite com a finalidade de acompanhar e avaliar a implementação das medidas de que tratam os arts. 7o a 9o, formada por representantes dos trabalhadores e empresários dos setores econômicos neles indicados, bem como do Poder Executivo federal.

Parágrafo único. Os setores econômicos referidos nos arts. 7o e 8o serão representados na comissão tripartite de que trata o caput. (Incluído pela Lei nº 12.715) Produção de efeito e vigência

Art. 50. O Poder Executivo regulamentará o disposto nos arts. 1o a 3o, 7o a 10, 14 a 20, 46 e 49 desta Lei.

Art. 52. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

§ 1o Os arts. 1o a 3o produzirão efeitos somente após a sua regulamentação.

§ 2o Os arts. 7o a 9o e 14 a 21 entram em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente à data de publicação da Medida Provisória no 540, de 2 de agosto de 2011, observado o disposto nos §§ 3o e 4o deste artigo.

§ 3o Os §§ 3o a 5o do art. 7o e os incisos III a V do caput do art. 8o desta Lei produzirão efeitos a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente à data de publicação desta Lei.

Brasília, 14 de dezembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Guido Mantega Alexandre Rocha Santos Padilha Alessandro Golombiewski Teixeira Miriam belchior Aloizio Mercadante Luiís Inácio Lucena Adams

Este texto não substitui o publicado no DOU de 15.12.2011

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