apostila curso desoneração da folha -domann contabilidade

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As Novas Regras da Desoneração da Folha de Pagamento Prof. Dr. Jose Alfredo do Prado Junior

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Desoneração da Folha de Pagamento por Domann Contabilidade

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  • As Novas Regras

    da Desonerao

    da Folha de

    Pagamento

    Prof. Dr. Jose Alfredo do Prado Junior

  • AS NOVAS REGRAS DA DESONERAO DA FOLHA DE PAGAMENTO

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    NDICE PAGINA

    1 Introduo 3

    2 Desonerao da Folha de Pagamento 11

    3 Recolhimento da Lei 12.546/2011 14

    4 Lei 12.715/2012 24

    5 Medida Provisria 582/2012 31

    6 Decreto 7.828/2012 34

    7 Parte Prtica 53

    8 Contribuio Previdenciria Patronal sobre o 13 Salrio 58

    9 Recolhimento por meio de DARF 63

    10 Recolhimento por meio de GPS 65

    11 Empresas optantes pelo Simples Nacional 65

    12 Empresas sem movimento 66

    13 Empresas sem empregados 66

    14 Matriz e Filial 66

    15 Compensao de Retenes Previdencirias 71

    16 Obrigatoriedade da adeso 71

    17 Informaes na DCTF 71

    18 EFD Contribuies 76

    19 EFD Social 142

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    DESONERAO DA FOLHA DE PAGAMENTO

    Lei 12.546/2011

    1 INTRODUO

    Com a finalidade de facilitar os nossos estudos, primeiramente cabe rever alguns conceitos bsicos referentes parte previdenciria, e fiscais.

    1.1 RECOLHIMENTO DAS EMPRESAS EM GERAL

    Em regra, as empresas possuem os seguintes encargos previdencirios (INSS patronal), incidentes sobre sua folha de pagamento:

    a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remuneraes pagas, devidas ou creditadas a qualquer ttulo, durante o ms, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem servios, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos servios efetivamente prestados, quer pelo tempo disposio do empregador ou tomador de servios, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conveno ou acordo coletivo de trabalho ou sentena normativa;

    b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas, a qualquer ttulo, no decorrer do ms, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam servios, para fatos geradores ocorridos a partir de 1 de maro de 2000;

    c) para o financiamento da aposentadoria especial, e daqueles concedidos em razo do grau de incidncia de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT, RAT ou SAT), sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas, no decorrer do ms, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:

    1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

    2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado mdio;

    3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave;

    d) recolhimento destinado para outras entidades (terceiros) - a alquota ser fixada de acordo com o enquadramento do Fundo de Previdncia e Assistncia Social (FPAS), que dever ser realizado pela empresa levando em considerao sua atividade;

    e) 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestao de servios, relativamente a servios que lhe so prestados por cooperados por intermdio de cooperativas de trabalho.

    Fundamentao: arts. 22 e 30 da Lei n 8.212/1991; art. 72, art. 109, anexo II da Instruo Normativa RFB n 971/2009, com redao dada pela Instruo Normativa RFB n 1.071/2010 e Instruo Normativa RFB n 1.080/2010.

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    1.2 DEMAIS OBRIGAES PREVIDENCIRIAS

    As empresas beneficiadas pela substituio previstas na Lei n 12.546/2011 continuam sujeitas ao cumprimento demais obrigaes previstas na legislao previdenciria.

    Desse modo, a empresa sem prejuzo do cumprimento de outras obrigaes acessrias previstas na legislao previdenciria, est obrigada a:

    a) inscrever, no Regime Geral da Previdncia Social (RGPS), os segurados empregados a seu servio;

    A inscrio do segurado empregado efetuada diretamente na empresa, mediante preenchimento dos documentos que o habilitem ao exerccio da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho.

    b) inscrever, quando pessoa jurdica, como contribuintes individuais no RGPS, a partir de 1 de abril de 2003, as pessoas fsicas contratadas sem vnculo empregatcio e os scios cooperados, no caso de cooperativas de trabalho e de produo, se ainda no inscritos;

    c) elaborar folha de pagamento mensal da remunerao paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu servio, de forma coletiva por estabelecimento, por obra de construo civil e por tomador de servios, com a correspondente totalizao e resumo geral, nela constando:

    c.1) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, funo ou servio prestado;

    c.2) agrupados, por categoria, os segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual;

    c.3) identificados, os nomes das seguradas em gozo de salrio-maternidade;

    c.4) destacadas, as parcelas integrantes e as no integrantes da remunerao e os descontos legais;

    c.5) indicado, o nmero de cotas de salrio-famlia atribudas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso;

    A empresa deve manter, em cada estabelecimento e obra de construo civil executada sob sua responsabilidade, uma cpia da respectiva folha de pagamento.

    d) lanar mensalmente em ttulos prprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuies sociais a cargo da empresa, as contribuies sociais previdencirias descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogao, as retenes e os totais recolhidos;

    e) fornecer ao contribuinte individual que lhes presta servios, comprovante do pagamento de remunerao, consignando a identificao completa da empresa, inclusive com o seu nmero no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ), o nmero de inscrio do segurado no RGPS, o valor da remunerao paga, o desconto da contribuio efetuado e o compromisso de que a remunerao paga ser informada na Guia de Recolhimento do FGTS e Informaes Previdncia Social (GFIP) e a contribuio correspondente ser recolhida;

    f) prestar Receita Federal do Brasil (RFB) todas as informaes cadastrais, financeiras e contbeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos necessrios fiscalizao;

    g) exibir fiscalizao da RFB, quando intimada para tal, todos os documentos e livros com as formalidades legais intrnsecas e extrnsecas, relacionados com as contribuies sociais;

    h) informar mensalmente, em GFIP emitida por estabelecimento da empresa, com informaes distintas por tomador de servio e por obra de construo civil, os dados cadastrais, os fatos geradores, a base de clculo e os valores devidos das contribuies sociais e outras informaes de interesse da Secretaria da

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    Receita Federal do Brasil (RFB), na forma estabelecida no Manual da GFIP;

    i) matricular-se no cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data do incio de suas atividades, quando no inscrita no CNPJ;

    j) matricular no cadastro do INSS obra de construo civil executada sob sua responsabilidade, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados do incio da execuo;

    k) comunicar ao INSS o acidente de trabalho ocorrido com segurado empregado e trabalhador avulso, at o 1 (primeiro) dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato;

    l) elaborar e manter atualizado Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho (LTCAT) com referncia aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores;

    m) elaborar e manter atualizado Perfil Profissiogrfico Previdencirio (PPP) abrangendo as atividades desenvolvidas por trabalhador exposto a agente nocivo existente no ambiente de trabalho e fornecer ao trabalhador, quando da resciso do contrato de trabalho, cpia autntica deste documento;

    n) elaborar e manter atualizadas as seguintes demonstraes ambientais quando exigveis em razo da atividade da empresa:

    n.1) Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA), que visa preservao da sade e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipao, do reconhecimento, da avaliao e do conseqente controle da ocorrncia de riscos ambientais, sendo sua abrangncia e profundidade dependentes das caractersticas dos riscos e das necessidades de controle, devendo ser elaborado e implementado pela empresa, por estabelecimento, nos termos da NR 9, do MTE;

    n.2) Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO), que dever ser elaborado e implementado pela empresa ou pelo estabelecimento, a partir do PPRA, PGR e PCMAT, com o carter de promover a preveno, o rastreamento e o diagnstico precoce dos agravos sade relacionados ao trabalho, inclusive aqueles de natureza subclnica, alm da constatao da existncia de casos de doenas profissionais ou de danos irreversveis sade dos trabalhadores, nos termos da NR 7 do MTE.

    Fundamentao: art. 9, inciso V da Lei n 12.546/2011; art. 47, "caput" e incisos I a IV do art. 291, ambos da Instruo Normativa RFB n 971/2009; art. 32 da Lei n 8.212/1991; art. 22 da Lei n 8.213/1991 e captulo I, item 5 do Manual da GFIP/SEFIP, para usurios da verso 8.4, aprovado pela Instruo Normativa RFB n 880/2008; Norma Regulamentadora n 9; Norma Regulamentadora n 7.

    1.3 CONCEITOS FISCAIS

    Apresentamos abaixo os principais conceitos fiscais vigentes:

    1.3.1 RECEITA BRUTA Nos termos da Instruo Normativa SRF n. 51/1978, a receita bruta das vendas e servios compreende o produto da venda de bens como receita bruta das vendas e servios compreende o produto da venda de bens, nas operaes de conta prpria, e o preo dos servios prestados (artigo 12 do Decreto-lei n 1.598, de 26 d e dezembro de 1977).

    Parecer Normativo n 3, de 21 de novembro de 2012

    DOU de 27.11.2012

    A receita bruta que constitui a base de clculo da contribuio substitutiva a que se referem os arts. 7 a 9 da Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011, compreende: a receita decorrente da venda de bens nas operaes de conta

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    prpria; a receita decorrente da prestao de servios; e o resultado auferido nas operaes de conta alheia. Podem ser excludos da mencionada receita bruta: a receita bruta de exportaes; as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quando includo na receita bruta; e o Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao (ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos servios na condio de substituto tributrio. Dispositivos Legais: Lei n 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 44; Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, art. 187; Decreto-Lei n 1.598, de 26 de dezembro de 1977, art. 12; Lei n 9.715, de 25 de novembro de 1998, art. 3; Lei n 9.718, de 27 de novembro de 1998, arts. 2 e 3; Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011, arts. 7 a 9; Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999, art. 279, Decreto n 7.828, de 16 de outubro de 2012, art. 5.

    Relatrio

    Cuida-se de analisar a definio e a abrangncia da base de clculo da contribuio previdenciria sobre a receita instituda pelos arts. 7 a 9 da Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011, substitutiva das contribuies previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991.

    2. Mais especificamente, cuida-se de perquirir a significao da expresso "receita bruta", estabelecida pela legislao supracitada como delimitadora da base de clculo da mencionada contribuio substitutiva.

    3. Ocorre que os dispositivos instituidores da citada contribuio substitutiva referiram-se genericamente receita

    bruta, sem fazer remisso legislao de qualquer outro tributo e sem estabelecer especificidades.

    4. Nesse contexto, dvidas tm sido suscitadas e a falta de uniformidade na interpretao do preceito em referncia

    tem gerado insegurana jurdica, tanto para os sujeitos passivos como para a prpria Administrao Tributria, impondo-se a edio de ato uniformizador acerca da matria.

    Fundamentos

    5. Inicialmente, transcrevem-se as disposies relevantes para a presente anlise dos dispositivos legais que

    instituram a contribuio previdenciria sobre a receita, arts. 7 a 9 da Lei n 12.546, de 2011, em substituio s contribuies sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados pessoa fsica que preste servio a determinadas pessoas jurdicas:

    Lei n 12.546, de 2011.

    "Art. 7 At 31 de dezembro de 2014, contribuiro sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituio s contribuies previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991, alquota de 2% (dois por cento):

    (...)

    2 O disposto neste artigo no se aplica a empresas que exeram as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total.

    (...)

    6 No caso de contratao de empresas para a execuo dos servios referidos no caput, mediante cesso de mo de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante dever reter 3,5% (trs inteiros e cinco dcimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestao de servios.

    Art. 8 At 31 de dezembro de 2014, contribuiro sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, alquota de 1% (um por cento), em substituio s contribuies previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto n 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos cdigos referidos no Anexo desta Lei.

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    (...)

    1 O disposto no caput:

    I - aplica-se apenas em relao aos produtos industrializados pela empresa;

    II - no se aplica:

    a) a empresas que se dediquem a outras atividades, alm das previstas no caput, cuja receita bruta decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total; e

    (...)

    Art. 9 Para fins do disposto nos arts. 7 e 8 desta Lei:

    I - a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

    II - exclui-se da base de clculo das contribuies a receita bruta de exportaes;(...)

    1 No caso de empresas que se dedicam a outras atividades alm das previstas nos arts. 7 e 8, at 31 de dezembro de 2014, o clculo da contribuio obedecer:

    I - ao disposto no caput desses artigos quanto parcela da receita bruta correspondente s atividades neles referidas; e

    II - ao disposto no art. 22 da Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991, reduzindo-se o valor da contribuio a recolher ao percentual resultante da razo entre a receita bruta de atividades no relacionadas aos servios de que trata o caput do art. 7o ou fabricao dos produtos de que trata o caput do art. 8 e a receita bruta total, apuradas no ms.

    (...)

    4 Para fins de clculo da razo a que se refere o inciso II do 1, aplicada ao 13 (dcimo terceiro) salrio, ser considerada a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao ms de dezembro de cada ano-calendrio. 5 O disposto no 1 aplica-se s empresas que se dediquem a outras atividades, alm das previstas nos arts. 7 e 8, somente se a receita bruta decorrente de outras atividades for superior a 5% (cinco por cento) da receita bruta total.

    6 No ultrapassado o limite previsto no 5, a contribuio a que se refere o caput dos arts. 7 e 8 ser calculada sobre a receita bruta total auferida no ms.

    7 Para efeito da determinao da base de clculo, podem ser excludos da receita bruta:

    I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

    II - (VETADO);

    III - o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, se includo na receita bruta; e

    IV - o Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos servios na condio de substituto tributrio.

    8 (VETADO)."

    6. Conforme se observa, os dispositivos legais supratranscritos no estabeleceram conceito prprio para a receita

    bruta considerada na base de clculo da contribuio substitutiva em comento.

    Assim, implcita e inexoravelmente, adotou-se o conceito j utilizado na legislao de outros tributos federais.

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    7. De plano, verifica-se que, em submisso s disposies dos 12 e 13 do art. 195 da Constituio Federal, a

    legislao erigiu como hiptese de incidncia da contribuio substitutiva em lume o auferimento de receita por pessoa jurdica.

    8. Assim, para elucidao do caso em estudo, recorre-se, inicialmente, legislao da Contribuio para os

    Programas de Integrao Social e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico (Contribuio para o PIS/Pasep) e da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), pois ambas ostentam, tambm, como hiptese de incidncia o auferimento de receita por pessoa jurdica.

    9. Nessa senda, devem-se analisar as disposies legais relativas ao regime de apurao cumulativa das

    mencionados contribuies sociais, vez que este o regime estabelecido como regra na apurao da contribuio substitutiva a que se referem os arts. 7 a 9 da Lei n 12.546, de 2011. Dispem o art. 3 da Lei n 9.715, de 25 de novembro de 1998, e os arts. 2 e 3 da Lei n 9.718, de 27 de novembro de 1998:

    Lei n 9.715, de 1998.

    "Art. 3 Para os efeitos do inciso I do artigo anterior considera-se faturamento a receita bruta, como definida pela legislao do imposto de renda, proveniente da venda de bens nas operaes de conta prpria, do preo dos servios prestados e do resultado auferido nas operaes de conta alheia.

    Pargrafo nico. Na receita bruta no se incluem as vendas de bens e servios canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, e o imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias - ICMS, retido pelo vendedor dos bens ou prestador dos servios na condio de substituto tributrio."

    Lei n 9.718, de 1998.

    "Art. 2 As contribuies para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurdicas de direito privado, sero calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislao vigente e as alteraes introduzidas por esta Lei.

    Art. 3 O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde receita bruta da pessoa jurdica."

    9.1. Deveras, impende reconhecer que, na redao vigente das normas supracitadas, no h inovao em relao

    definio de receita bruta j tradicionalmente constante de outras legislaes. Com efeito, analisando-se as disposies do inciso I do art. 187 da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, do art. 12 da Decreto-Lei n 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e do art. 44 da Lei n 4.506, de 30 de novembro de 1964, constata-se que, na redao atual, as normas relativas Contribuio para o PIS/Pasep e Cofins adotaram, quanto ao regime de apurao cumulativa, a definio de receita bruta desde h muito entabulada na legislao do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

    10. Por didtico, remete-se compilao das normas relativas receita bruta existentes no arcabouo normativo do citado imposto efetuada pelo art. 279 do Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999, que o regulamenta:

    "Art. 279. A receita bruta das vendas e servios compreende o produto da venda de bens nas operaes de conta prpria, o preo dos servios prestados e o resultado auferido nas operaes de conta alheia (Lei n 4.506, de 1964, art. 44, e Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 12).

    Pargrafo nico. Na receita bruta no se incluem os impostos no cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante, dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos servios seja mero depositrio."

    11. Ademais, a argumentao expendida nas razes do veto presidencial ao inciso VI do art. 9 da Lei n 12.546, de

    2011, que se pretendia inserir por meio do art. 55 da Lei n 12.715, de 2012, corrobora o entendimento de que, para fins de apurao da contribuio previdenciria substitutiva em tela, deve-se adotar o conceito de receita bruta tradicionalmente utilizado na legislao tributria. Eis a referida argumentao, constante da Mensagem de veto n 411, de 17 de setembro de 2012:

    " 'Inciso VI do caput e inciso II do 7 do art. 9 da Lei n 12.546, de 2011, inseridos pelo art. 55 do projeto de lei de converso 'VI - a receita bruta compreende o valor percebido na venda de bens e servios nas operaes de conta prpria ou alheia, bem como o ingresso de qualquer outra natureza auferido pela pessoa jurdica, independentemente de sua denominao ou de sua classificao contbil, sendo tambm irrelevante o tipo de atividade exercida pela pessoa jurdica.'

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    'II - as reverses de provises e as recuperaes de crditos baixados como perda que no representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliao de investimentos pelo valor do patrimnio lquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisio que tenham sido computados como receita;'

    Razo dos vetos

    'Ao instituir conceito prprio, cria-se insegurana sobre sua efetiva extenso, notadamente quando cotejado com a legislao aplicvel a outros tributos federais.' "

    12. Portanto, foroso concluir-se que, para determinao da base de clculo da contribuio substitutiva a que se

    referem os arts. 7 a 9 da Lei n 12.546, de 2011, a receita bruta compreende: a receita decorrente da venda de bens nas operaes de conta prpria; a receita decorrente da prestao de servios em geral; e o resultado auferido nas operaes de conta alheia.

    13. Por outro lado, acerca das excluses da base de clculo da contribuio substitutiva em exame no necessrio

    elaborar qualquer integrao normativa por via interpretativa, pois as normas de regncia estabeleceram expressamente as possibilidades de excluso, conforme disposies do art. 9 da Lei n 12.546, de 2011, compiladas no inciso II do art. 5 do Decreto n 7.828, de 16 de outubro de 2012, que regulamenta a referida contribuio:

    "Art. 5 Para fins do disposto nos arts. 2 e 3:

    (...)

    II - na determinao da base de clculo da contribuio previdenciria sobre a receita, podero ser excludos:

    a) a receita bruta de exportaes;

    b) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

    c) o IPI, quando includo na receita bruta; e

    d) o Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos servios na condio de substituto tributrio."

    Concluso

    14. Diante do exposto, conclui-se que:

    a) a receita bruta que constitui a base de clculo da contribuio a que se referem os arts. 7 a 9 da Lei n 12.546, de 2011, compreende: a receita decorrente da venda de bens nas operaes de conta prpria; a receita decorrente da prestao de servios em geral;

    e o resultado auferido nas operaes de conta alheia;

    b) podem ser excludos da receita bruta a que se refere o item "a" os valores relativos: receita bruta de exportaes; s vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos; ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quando includo na receita bruta; e ao Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao (ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos servios na condio de substituto tributrio.

    considerao superior.

    RONI PETERSON BERNARDINO DE BRITO Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil

    De acordo. considerao dos Coordenadores da Cotex, da Cotir e da Copen.

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    CARMEM DA SILVA ARAJO Chefe da Ditri

    De acordo. considerao do Coordenador-Geral da Cosit.

    JOS MARCIO ANDRIOTTI Coordenador da Cotex

    Substituto

    RICARDO SILVA DA CRUZ Coordenador da Cotir

    Substituto

    MIRZA MENDES REIS Coordenadora da Copen

    De acordo. Encaminhe-se ao Subsecretrio de Tributao e Contencioso (Sutri), com proposta de encaminhamento ao Secretrio da Receita Federal do Brasil, para aprovao.

    FERNANDO MOMBELLI Coordenador-Geral da Cosit

    De acordo. Encaminhe-se ao Secretrio da Receita Federal do Brasil, para aprovao.

    SANDRO DE VARGAS SERPA Subsecretrio de Tributao e Contencioso (Sutri)

    Aprovo.

    CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Secretrio da Receita Federal do Brasil

    1.3.2 VENDAS CANCELADAS Consoante Instruo Normativa SRF n. 51/1978, as vendas canceladas correspondem a anulao de valores registrados como receita bruta de vendas e servios; eventuais perdas ou ganhos decorrentes de cancelamento de venda, ou de resciso contratual, no devem afetar a receita lquida de vendas e servios, mas sero computados nos resultados operacionais 1.3.3 DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS A Instruo Normativa SRF n. 51/1978 preconiza que os descontos incondicionais so parcelas redutoras do preo de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de servios e no dependerem de evento posterior emisso desses documentos. 1.3.4 RECEITA LQUIDA A Instruo Normativa SRF n. 51/1978 conceitua receita lquida de vendas e servios como a receita bruta de vendas e servios, diminuda (a) das vendas canceladas, (b) dos descontos e abatimentos concedidos incondicionalmente e (c) dos impostos incidentes sobre as vencidas.

    1.4 POSICIONAMENTO DOS EMPRESRIOS

    Segundo estudo divulgado pela Confederao Nacional da Indstria (CNI) no dia 22/11/2012, o

    percentual de empresrios que enxerga a medida como positiva e acredita que ela contribuir para a

    retomada do crescimento, maior no segmento das grandes empresas do que no de pequenas e

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    mdias empresas.

    De acordo com a pesquisa, veem a medida como positiva:

    59% das empresas de grande porte;

    49% das empresas de mdio porte;

    30% nas pequenas empresas.

    J na avaliao sobre a contribuio parcial da medida para retomada do crescimento:

    60% das grandes empresas acreditam que ela auxiliar;

    51% de as mdias empresas;

    42% das pequenas.

    A pesquisa da CNI ouviu representantes do setor da construo civil, que no faz parte do novo

    regime. Cerca de 55% das empresas do setor disseram que gostariam de ter sido includas na

    medida.

    Tambm no caso da construo, o interesse em participar do regime maior entre as empresas de maior

    porte.

    59% das grandes

    56% das mdias;

    51% das pequenas

    2. DESONERAO DA FOLHA DE PAGAMENTO 2.1 O QUE A DESONERAO DA FOLHA DE PAGAMENTO? A desonerao da folha de pagamento constituda de duas medidas complementares.

    Em primeiro lugar, o governo est eliminando a atual contribuio previdenciria (20%) sobre a folha e adotando uma nova contribuio previdenciria sobre a receita bruta das empresas (descontando as receitas de exportao), em consonncia com o disposto nas diretrizes da Constituio Federal.

    Em segundo lugar, essa mudana de base da contribuio tambm contempla uma reduo da carga tributria dos setores beneficiados, porque a alquota sobre a receita bruta foi fixada em um patamar inferior quela alquota que manteria inalterada a arrecadao a chamada alquota neutra.

    Legislao Constituio Federal Art. 195, 12 e 13 Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991 Art. 22, inciso I e III Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011

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    2.2 QUAIS OS OBJETIVOS DA DESONERAO? So mltiplos os objetivos.

    Ampliar a competitividade da indstria nacional, por meio da reduo dos custos laborais, e estimula as exportaes, isentando-as da contribuio previdenciria.

    Estimular ainda mais a formalizao do mercado de trabalho, uma vez que a contribuio previdenciria depender da receita e no mais da folha de salrios.

    Por fim, reduz as assimetrias na tributao entre o produto nacional e importado, impondo sobre este ltimo um adicional sobre a alquota de Cofins-Importao igual alquota sobre a receita bruta que a produo nacional pagar para a Previdncia Social.

    2.3 A DESONERAO ATINGE TODAS AS CONTRIBUIES SOBRE A FOLHA?

    No. A substituio da base folha pela base faturamento se aplica apenas contribuio patronal paga pelas empresas, equivalente a 20% de suas folhas salariais. Todas as demais contribuies incidentes sobre a folha de pagamento permanecero inalteradas, inclusive o FGTS e a contribuio dos prprios empregados para o Regime Geral da Previdncia Social. Ou seja, se a empresa for abrangida pela mudana, ela continuar recolhendo:

    A contribuio dos seus empregados, e

    As outras contribuies sociais incidentes sobre a folha de pagamento (como seguro de acidente de trabalho, salrio- educao, FGTS e sistema S) da mesma forma que hoje.

    Apenas a parcela patronal deixar de ser calculada como proporo dos salrios e passar a ser calculada como proporo da receita bruta.

    2.4 QUAL SER A ALIQUOTA SOBRE A RECEITA BRUTA QUE AS EMPRESAS ENQUADRADAS NA MEDIDA PROVISRIA PAGARO? Vai depender do setor em que a empresa atua ou o produto que produza. O governo decidiu adotar duas alquotas diferentes: 1,0 % para as empresas que produzem determinados produtos industriais (identificados pelo cdigo da Tabela de Incidncia do Imposto sobre Produtos Industrializados TIPI); e 2,0% para as empresas do setor de servios, como aquelas do ramo hoteleiro, de call center e design houses, e que prestam os servios de tecnologia de informao e tecnologia de informao e comunicao.

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    2.4.1 Exemplo da reduo provocada pela MP 563/2012

    Faturamento Mensal X Substituio Tributria

    Faturamento 1,00% 1,5% 2,0% 2,5

    100.000,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00

    200.000,00 2.000,00 3.000,00 4.000,00 5.000,00

    500.000,00 5.000,00 7.500,00 10.000,00 12.500,00

    1.000.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00

    2.5 O QUE MUDA NO RECOLHIMENTO DA NOVA CONTRIBUIO? A contribuio previdenciria das empresas sobre a folha recolhida, em geral, via Guia da Previdncia Social (GPS), juntamente com a contribuio do empregado, no cdigo 2100. A contribuio sobre a receita bruta das empresas, que agora est sendo estendida para outros setores, recolhida por meio de Documento de Arrecadao de Receitas Federais (DARF), com os seguintes cdigos*: I 2985: Contribuio Previdenciria Sobre Receita Bruta Servios II 2991: Contribuio Previdenciria Sobre Receita Bruta Indstria. * Fonte: Ato Declaratrio Executivo da Receita Federal do Brasil n 47 de 27/04/2012. 2.6 ESTA MUDANA DE BASE DE CONTRIBUIO PARA TODAS AS EMPRESAS?

    No para todas as empresas, apenas para aquelas que se enquadrarem nas atividades econmicas ou que fabricarem produtos industriais listados na Lei n 12.546/2011, que inaugurou a desonerao da folha. Nesses casos, a empresa obrigatoriamente ter de passar a pagar sua contribuio previdenciria sobre a receita bruta oriunda da venda daqueles produtos. 2.7 COMO A UNIO FAR A COMPENSAO PARA O FUNDO DA PREVIDNCIA SOCIAL? A legislao estabelece que a Unio compensar o Fundo do Regime Geral de Previdncia Social no valor correspondente estimativa de renncia previdenciria decorrente da desonerao, conforme previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, de forma a no afetar a apurao do resultado financeiro do Regime Geral de Previdncia Social. 2.8 COMO TER CERTEZA DE QUE OS IMPACTOS FISCAIS E ECONMICOS ESPERADOS VO OCORRER NA PRTICA? Para avaliar os resultados econmicos e os impactos fiscais da medida, o governo est constituindo uma Comisso Tripartite que ter a participao de membros do governo, representantes de trabalhadores e dos empresrios.

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    Folha de Pagamento

    20% INSS

    Faturamento 1,0% 1,5%

    5.000,00 1.000,00 100.000,00 1.000,00 1.500,00

    10.000,00 2.000,00 200.000,00 2.000,00 3.000,00

    20.000.00 4.000,00 300.000,00 3.000,00 4.500,00

    50.000,00 10.000,00 500.000,00 5.000,00 7.500,00

    100.000,00 20.000,00 1.000.000,00 10.000,00 15.0000,00

    3 RECOLHIMENTO LEI 12.546/2011

    3.1 SUBSTITUIO DAS CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS PATRONAIS

    Com intuito de possibilitar maior competitividade para alguns setores da economia, foi publicada a Lei n 12.546/2011, que disciplina o Plano Brasil Maior (PBM).

    Dentre as vrias regras impostas por esse Plano, foi determinado que parte da contribuio previdenciria patronal deve ser substituda pelo recolhimento incidente sobre a receita auferida pelas empresas.

    Fundamentao: art. 22 da Lei n 8.212/1991; art. 7, 8 e 9, II da Medida Provisria n 540/2011.

    3.2 EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAO (TI) E DE TECNOLOGIA DA INFORMAO E COMUNICAO (TIC)

    De 1 de dezembro de 2011 at 31 de Julho de 2012, a contribuio devida pelas empresas que prestam exclusivamente os servios de Tecnologia da Informao (TI) e de Tecnologia da Informao e Comunicao (TIC):

    a) ser de 2,5% (dois inteiros e cinco dcimos por cento) sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

    b) em substituio ao INSS patronal de 20% (vinte por cento) incidente sobre a remunerao paga ao empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual.

    Consideram-se servios de TI e TIC (art. 14, 4 e art. 52, 3 da Lei n 11.774/2008):

    a) anlise e desenvolvimento de sistemas;

    b) programao;

    c) processamento de dados e congneres;

    d) elaborao de programas de computadores, inclusive de jogos eletrnicos;

    e) licenciamento ou cesso de direito de uso de programas de computao;

    f) assessoria e consultoria em informtica;

    g) suporte tcnico em informtica, inclusive instalao, configurao e manuteno de programas

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    de computao e bancos de dados;

    h) planejamento, confeco, manuteno e atualizao de pginas eletrnicas.

    3.3 EXEMPLOS

    3.3.1 Tecnologia da Informao (TI) e de Tecnologia da Informao e Comunicao (TIC)

    Empresas que prestam exclusivamente servios de Tecnologia da Informao (TI) e de Tecnologia da Informao e Comunicao (TIC), excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais, nos termos do caput do art. 7 da Lei n 12.546/2011:

    Receita Bruta da empresa - R$ 120.000,00

    Deduzindo as vendas canceladas e os descontos incondicionais que recebeu a receita fica em R$ 100.000,00

    R$ 100.000,00 x 2,5% = R$ 2.500,00

    Recolhimento por DARF no cdigo 2985 = Valor de R$ 2.500,00

    Observao: Em SEFIP Movimento da Empresa ser informado o valor correspondente aos 20% da patronal da folha de pagamento no campo Compensao, para que seja recolhido somente a parte descontada dos scios e empregados, RAT, Terceiros e Cooperativa se houver.

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    3.3.2 Atividades Concomitantes - Tecnologia da Informao (TI) e de Tecnologia da Informao e Comunicao (TIC)

    Para aquelas empresas de Tecnologia da Informao (TI) e de Tecnologia da Informao e Comunicao (TIC) que se dediquem ao mesmo tempo a outras atividades, alm das previstas na letra "a" do presente item, at 31 de dezembro de 2014:

    Etapa 1)

    Ser de 2,5% sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em relao aos seguintes servios:

    Faturamento Total da Empresa - R$ 100.000,00

    Faturamento referente s Atividades NO relacionadas - R$ 30.000,00

    Faturamento referente s Atividades relacionadas - R$ 70.000,00

    Valor da base de clculo de INSS Total da Empresa (folha de pagamento) - R$ 10.000,00

    R$ 70.000,00 (atividades relacionadas) X 2,5% = R$ 1.750,00

    Etapa 2)

    20% sobre a remunerao dos trabalhadores (empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais), reduzindo-se o valor da contribuio a recolher ao percentual resultante da razo entre a receita bruta de atividades no relacionadas aos servios mencionados na linha "a" e a receita bruta total.

    - Clculo de 20% sobre a Base de clculo do INSS de todos os funcionrios + Scios e Autnomos da Empresa, aplicando a reduo do percentual resultante da razo entre receita bruta de atividades NO relacionadas com a receita bruta total.

    R$ 10.000,00 X 20% = R$ 2.000,00

    Do resultado aplica-se a reduo do percentual resultante da razo entre a receita bruta da atividade NO relacionada com a receita bruta total

    R$ 30.000,00 (atividades no relacionadas) R$ 100.000,00 (faturamento total da empresa) = 0,3

    R$ 2.000,00 X 0,3 = R$ 600,00

    Recolhimento Patronal - R$ 600,00

    Logo, a empresa recolher em DARF no Cdigo 2985 a desonerao da folha de pagamento: R$1.750,00

    Informar a ttulo de compensao em SEFIP (conforme demonstrado acima) o valor de R$ 1.400,00

    Recolher R$ 600,00 correspondente aos 20% de cota patronal em GPS 2100, juntamente com alquota RAT, Outras Entidades e o INSS descontado dos empregados.

    Fundamentao: art. 183 da Lei n 6.404/1976; "caput" e 4 do art. 7 e art. 9, incisos I e II da Lei n 12.546/2011; art. 14, 4 e art. 52, 3 da Lei n 11.774/2008.

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    3.4 REPRESENTANTE, DISTRIBUIDOR OU REVENDEDOR DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR EMPRESAS NO ABRANGIDAS

    A substituio dos encargos patronais no se aplica s empresas que exeram exclusivamente as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador.

    Fundamentao: art. 7, 2 da Lei n 12.546/2011.

    3.5 OUTRAS ATIVIDADES

    De 1.4.2012 at 31.07.2012, no caso de empresas de TI e de TIC que se dediquem a outras atividades, alm das previstas no tpico III deste curso, o clculo da contribuio obedecer s seguintes regras:

    a) ser de 2,5% (dois inteiros e cinco dcimos por cento) sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em relao aos seguintes servios:

    - anlise e desenvolvimento de sistemas;

    - programao;

    - processamento de dados e congneres;

    - elaborao de programas de computadores, inclusive de jogos eletrnicos;

    - licenciamento ou cesso de direito de uso de programas de computao;

    - assessoria e consultoria em informtica;

    - suporte tcnico em informtica, inclusive instalao, configurao e manuteno de programas de computao e bancos de dados;

    - planejamento, confeco, manuteno e atualizao de pginas eletrnicas;

    - servios de call center;

    b) 20% (vinte por cento) sobre a remunerao dos trabalhadores (empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais), reduzindo-se o valor da contribuio a recolher ao percentual resultante da razo entre a receita bruta de atividades no relacionadas aos servios mencionados na linha "a" e a receita bruta total.

    Fundamentao: art. 22, inciso I e III da Lei n 8.212/1991; art. 14, 4 da Lei n 11.774/2008; art. 7, 2 e 4 e art. 52 da Lei n 12.546/2011.

    3.6 APLICAO CONCOMITANTE DE BENEFCIOS - LEI n 12.546/2011 e LEI n 11.774/2008 - IMPOSSIBILIDADE

    Durante a vigncia Lei n 12.546/2011, as empresas abrangidas de TI e TIC, no faro jus s redues previstas no art. 14 da Lei n 11.774/2008.

    O referido artigo define que o INSS patronal de 20% (incidente sobre a remunerao paga aos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais):

    a) fica reduzido pela subtrao de 1/10 (um dcimo) do percentual correspondente razo entre a receita bruta de venda de servios para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e servios;

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    b) aps a excluso dos impostos e contribuies incidentes sobre a venda.

    Fundamentao: art. 7, 1 da Lei n 12.546/2011; art. 14, "caput" da Lei n 11.774/2008.

    3.7 FABRICANTES DE PRODUTOS CLASSIFICADOS NA TABELA DE INCIDNCIA DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (TIPI)

    Os fabricantes dos produtos mencionados neste tpico fazem jus substituio da contribuio previdenciria patronal (CPP), conforme demonstrado a seguir.

    3.7.1 FABRICANTES DE VESTIRIOS E SEUS ACESSRIOS E SEUS ACESSRIOS, ARTIGOS TXTEIS, CALADOS, CHAPEUS E COUROS - De 1.12.2011 at 31.07.2012

    De 1 de dezembro de 2011 at 31 de julho de 2012, contribuiro sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, alquota de 1,5% (um inteiro e cinco dcimos por cento), em substituio contribuio previdenciria patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), as empresas que fabriquem os seguintes produtos:

    Classificao na Tabela de Incidncia do Imposto sobre produtos industrializados (TIPI)

    Cdigos Descrio

    3926.20.00 Vesturio e seus acessrios (includas as luvas, mitenes e semelhantes).

    40.15 Vesturio e seus acessrios (includas as luvas, mitenes e semelhantes), de borracha vulcanizada no endurecida, para quaisquer usos.

    42.03 Vesturio e seus acessrios, de couro natural ou reconstitudo.

    43.03 Vesturio, seus acessrios e outros artefatos de peleteria (peles com plo).

    4818.50.00 Vesturio e seus acessrios

    63.01 Cobertores e mantas.

    63.02 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha.

    63.03 Cortinados, cortinas, reposteiros e estores; sanefas e artigos semelhantes para camas

    63.04

    Outros artefatos para guarnio de interiores, exceto da posio 94.04

    94.04 - Suportes elsticos para camas (somis); colches, edredes, almofadas, pufes, travesseiros e artigos semelhantes, equipados com molas ou guarnecidos interiormente de quaisquer matrias, compreendendo esses artigos de borracha ou de plsticos, alveolares, mesmo recobertos.

    63.05 Sacos de quaisquer dimenses, para embalagem.

    6812.91.00 Vesturio, acessrios de vesturio, calados e chapus

    9404.90.00 Outros edredes, almofadas, pufes, travesseiros e artigos semelhantes, equipados com molas ou guarnecidos interiormente de quaisquer matrias, compreendendo esses artigos de borracha ou de plsticos, alveolares, mesmo recobertos.

    61 Vesturio e seus acessrios, de malha

    62 Vesturio e seus acessrios, exceto de malha

    4202.11.00 Bas para viagem, malas e maletas, includas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudante, e artefatos semelhantes com a superfcie exterior de couro natural ou reconstitudo, ou de couro envernizado.

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    4202.21.00 Bolsas, mesmo com tiracolo, includas as que no possuam alas, com a superfcie exterior de couro natural ou reconstitudo, ou de couro envernizado.

    4202.31.00 Artigos do tipo dos normalmente levados nos bolsos ou em bolsas com a superfcie exterior de couro natural ou reconstitudo, ou de couro envernizado.

    4202.91.00 Outros produtos, com a superfcie exterior de couro natural ou reconstitudo, ou de couro envernizado, no compreendidos nem especificados em outras subposies da posio 4202.

    4205.00.00 Outras obras de couro natural ou reconstitudo.

    6309.00 Artefatos de matrias txteis, calados, chapus e artefatos de uso semelhante, usados

    64.01

    Calados impermeveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plsticos, em que a parte superior no tenha sido reunida sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos, salincias (espiges) ou dispositivos semelhantes, nem formada por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos.

    64.02 Outros calados com sola exterior e parte superior de borracha ou plsticos.

    64.03 Calados com sola exterior de borracha, plsticos, couro natural ou reconstitudo e parte superior de couro natural.

    64.04 Calados com sola exterior de borracha, plsticos, couro natural ou reconstitudo e parte superior de matrias txteis.

    64.05 Outros calados

    64.06

    Partes de calados (includas as partes superiores, mesmo fixadas a solas que no sejam as solas exteriores); palmilhas amovveis, reforos interiores e artefatos semelhantes, amovveis; polainas, perneiras e artefatos semelhantes, e suas partes.

    Fundamentao: art. 183 da Lei n 6.404/1976; Decreto n 6.006/2006; arts. 8, 9 e 52 da Lei n 12.546/2011.

    Empresas Fabricantes de Produtos Classificados na Tipi (Art. 8 da Lei 12.546/2011)

    Receita Bruta da empresa - R$ 120.000,00

    Deduzindo as vendas canceladas e os descontos incondicionais que recebeu a receita fica em R$ 100.000,00

    R$ 100.000,00 x 1,5% = R$ 1.500,00

    Recolhimento por DARF no cdigo 2991 = Valor de R$1.500,00

    3.7.2 FABRICANTES DE COUROS, GRAMPOS, COLCHETES, ILHOSES, BOTES, BOLAS INFLVEIS, DENTRE OUTROS - De 1.4.2012 at 31.07.2012

    De 1 de abril de 2012 at 31 de julho de 2012, contribuiro sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, alquota de 1,5% (um inteiro e cinco dcimos por cento), em substituio contribuio previdenciria patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), as empresas que fabriquem os produtos classificados na Tipi, a seguir:

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    Classificao na Tabela de Incidncia do Imposto sobre produtos industrializados (TIPI)

    Cdigos Descrio

    41.04 Couros e peles curtidos ou "crust", de bovinos (includos os bfalos) ou de eqdeos, depilados, mesmo divididos, mas no preparados de outro modo.

    41.05 Peles curtidas ou "crust" de ovinos, depiladas, mesmo divididas, mas no preparadas de outro modo.

    41.06 Couros e peles, depilados, de outros animais e peles de animais desprovidos de pelos, curtidos ou "crust", mesmo divididos, mas no preparados de outro modo.

    41.07 Couros preparados aps curtimenta ou aps secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos (includos os bfalos) ou de eqdeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posio 41.14.

    41.14 Couros e peles acamurados (includa a camura combinada); couros e peles envernizados ou revestidos; couros e peles metalizados.

    8308.10.00 Grampos, colchetes e ilhoses

    8308.20.00 Rebites tubulares ou de haste fendida

    96.06.10.00 Botes de presso e suas partes

    9606.21.00 Botes de plsticos, no recobertos de matrias txteis

    9606.22.00 Botes de metais comuns, no recobertos de matrias txteis.

    9506.62.00 Bolas inflveis, exceto de golfe ou de tnis de mesa.

    Fundamentao: art. 183 da Lei n 6.404/1976; Decreto n 6.006/2006; art. 8, "caput" e art. 52, 3 da Lei n 12.546/2011.

    3.7.3 OUTRAS ATIVIDADES

    No caso de empresas que se dediquem a outras atividades, alm das previstas nos subtpicos 3.7.1 e 3.7.2 deste Roteiro, o clculo da contribuio obedecer:

    a) a alquota de 1,5% (um inteiro e cinco dcimos por cento), em substituio contribuio previdenciria patronal de 20%, quanto parcela da receita bruta correspondente aos produtos relacionados nos subtpicos 3.7.1 e 3.7.2 deste Roteiro;

    b) a contribuio previdenciria patronal (CPP) de 20% (vinte por cento) sobre a remunerao paga aos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais, reduzindo-se o valor da contribuio a recolher ao percentual resultante da razo entre a receita bruta de atividades no relacionadas fabricao dos produtos arrolados nos subtpicos 3.7.1 e 3.7.2 deste Roteiro e a receita bruta total.

    No caso de empresas que concomitantemente desenvolvam atividades que estejam relacionadas com a Lei 12.546/2011, com outras no previstas, o clculo da contribuio ser procedido da seguinte forma:

    Etapa 1)

    Ser de 1,5% sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em relao aos seguintes servios:

    a) Faturamento Total da Empresa no ms de Dezembro/2011 - R$ 100.000,00

    b) Faturamento referente s Atividades NO relacionadas - R$ 30.000,00

    c) Faturamento referente s Atividades relacionadas (a-b) - R$ 70.000,00

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    Valor da base de clculo de INSS Total da Empresa (folha de pagamento) R$ 10.000,00

    Recolhimento do INSS - Patronal - 10.000,00 x 20%= R$ 2.000,00

    1,5% sobre o valor do faturamento das atividades relacionadas na Lei n 12.546/2011:

    70.000,00 X 1,5% = R$ 1.050,00

    Etapa 2)

    Do resultado aplica-se a reduo do percentual resultante da razo entre a receita bruta da atividade NO relacionada com a receita bruta total R$ 30.000,00 (atividades no relacionadas) / R$100.000,00 (faturamento total da empresa) = 0,3

    R$ 2.000,00 X 0,3 = R$ 600,00

    Recolhimento Patronal = R$ 600,00

    Logo, a empresa recolher em DARF no Cdigo 2991a desonerao da folha de pagamento: R$ 1.050,00

    Informar a ttulo de compensao em SEFIP (conforme demonstrado acima) o valor de R$ 1.400,00

    Recolher R$ 600,00 correspondente aos 20% de cota patronal em GPS 2100, juntamente com alquota RAT, Outras Entidades e o INSS descontado dos empregados.

    Fundamentao: art. 22, incisos I e III da Lei n 8.212/1991; art. 8, pargrafo nico da Lei n 12.546/2011.

    3.8 PARTE PRTICA ( Lei 12.546/2011)

    A) De acordo com o artigo 7 da Lei 12.546/2011, tendo uma empresa de TI, o faturamento bruto de R$ 250.000,00, e o valor dos descontos incondicionais de R$ 17.000,00, qual ser o valor a ser recolhido na DARF 2985 por esta empresa?

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    B) Uma empresa de confeco enquadrada no artigo 8 da Lei 12.546/2011 teve uma receita bruta mensal de R$ 150.000,00 no ms de maro de 2012, tendo neste perodo o valor de R$ 11.500,00 a ttulo de devolues. Sabendo-se que a folha de pagamento desta empresa encontra-se no valor de R$ 35.000,00, calcule: - O valor da DARF 2991 a ser recolhido. - O valor a ser informado a titulo de compensao na SEFIP desta empresa.

    C) Uma empresa de TI desenvolve software de segurana para empresas, bem como realiza a venda de cmeras de segurana. A receita bruta total da empresa de R$ 320.000,00 no ms de maio/2012, e a venda de equipamentos corresponde a R$ 75.000,00. Considerando que o valor da folha de pagamento corresponde a R$ 53.000,00, calcule o valor da: - GPS 2100 - DARF 2985 - Compensao a ser informado em SEFIP

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    D) Uma empresa enquadrada no artigo 8 da Lei 12.546/2011 que exera atividade concomitante, teve a receita bruta total de R$ 195.000,00, e o valor da atividade no relacionada de R$ 75.000,00. Considerando que o valor da folha de pagamento corresponde a R$ 47.000,00, calcule o valor da: - GPS 2100 - DARF 2991 - Compensao a ser informado em SEFIP

    4. LEI 12.715/2012 (CONVERSO DA MP 563/2012)

    A partir de 1.08.2012 e at 31.12.2014, empresas de vrios setores da economia tero a contribuio previdenciria de 20%, calculada sobre o total da folha de pagamento de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais, substituda pela aplicao das alquotas de 1% ou 2%, conforme o caso, sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

    Contribuiro com a alquota de 2% as empresas que prestam os servios de Tecnologia da Informao (TI) e Tecnologia da Informao e Comunicao (TIC), as empresas que prestam servios de call center e as do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificao Nacional de Atividades Econmicas (CNAE 2.0).

    No que se refere s empresas de TI e TIC, em relao situao atual, haver uma reduo da alquota, que passar, a partir de 1.08.2012, de 2,5% para 2%.

    Contribuiro com a alquota de 1%, no mesmo perodo, as empresas que fabricam os produtos classificados na Tabela de Incidncia do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto n 7.660/2011, nos cdigos constantes do Anexo Lei n 12.546/2011, inserido pela Medida Provisria n 563/2012.

    Em relao situao atual, haver uma expanso significativa no nmero de cdigos da TIPI beneficiados pela substituio da contribuio e a diminuio da alquota aplicada sobre a receita bruta, que passar de 1,5% para 1%.

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    Lei n 12.715, de 17 de setembro de 2012

    Altera a alquota das contribuies previdencirias sobre a folha de salrios devidas pelas

    empresas que especifica;

    A PRESIDENTA DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

    seguinte Lei:

    Art. 55. A Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alteraes:

    "Art. 7o At 31 de dezembro de 2014, contribuiro sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas

    canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituio s contribuies previstas nos

    incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, alquota de 2% (dois por cento):

    I - as empresas que prestam os servios referidos nos 4o e 5o do art. 14 da Lei no 11.774, de 17 de

    setembro de 2008;

    - anlise e desenvolvimento de sistemas;

    - programao;

    - processamento de dados e congneres;

    - elaborao de programas de computadores, inclusive de jogos eletrnicos;

    - licenciamento ou cesso de direito de uso de programas de computao;

    - assessoria e consultoria em informtica;

    - suporte tcnico em informtica, inclusive instalao, configurao e manuteno de programas de computao e bancos de dados;

    - planejamento, confeco, manuteno e atualizao de pginas eletrnicas;

    - servios de call center;

    II - as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificao Nacional de

    Atividades Econmicas - CNAE 2.0;

    Enquadram-se na subclasse 5510-8/01 da Classificao Nacional de Atividades Econmicas (CNAE 2.0) as seguintes atividades:

    Cdigo Descrio CNAE

    5510-8/01

    Administrao de Hotis.

    5510-8/01

    Hotel.

    5510-8/01

    Hotel com ou sem Servio de Restaurante.

    5510- Hotel Fazenda.

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    8/01

    5510-8/01

    Pousada.

    5510-8/01

    SPA com Servio de Alojamento;

    5510-8/02

    Servios de Apart-Hotel (Usado como Hotel);

    5510-8/03

    Motel

    III - as empresas de transporte rodovirio coletivo de passageiros, com itinerrio fixo, municipal,

    intermunicipal em regio metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas

    classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0.

    4921-3/01 NIBUS; TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, MUNICIPAL URBANO

    4921-3/01 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, MUNICIPAL URBANO

    4921-3/02 NIBUS; TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTRAMUNICIPAL, NO METROPOLITANO

    4921-3/02 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTERMUNICIPAL

    METROPOLITANO

    4921-3/02 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR, INTRAMUNICIPAL, NO METROPOLITANO

    4922-1/01 NIBUS; TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR,

    INTERMUNICIPAL, NO METROPOLITANO

    4922-1/01 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR,

    INTERMUNICIPAL NO URBANO

    4922-1/01 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS, REGULAR,

    INTERMUNICIPAL, NO METROPOLITANO

    4922-1/02 NIBUS; TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS,

    REGULAR, INTERESTADUAL

    4922-1/02 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS,

    REGULAR, INTERESTADUAL

    4922-1/02 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS,

    REGULAR, INTERESTADUAL NO URBANO

    4922-1/03 NIBUS; TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS,

    REGULAR, INTERNACIONAL

    4922-1/03 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS,

    REGULAR, INTERNACIONAL

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    4922-1/03 TRANSPORTE RODOVIRIO DE PASSAGEIROS,

    REGULAR, INTERNACIONAL NO URBANO

    2o O disposto neste artigo no se aplica a empresas que exeram as atividades de representante,

    distribuidor ou revendedor de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades

    seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total.

    .............................................................................................

    6o No caso de contratao de empresas para a execuo dos servios referidos no caput, mediante

    cesso de mo de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, a

    empresa contratante dever reter 3,5% (trs inteiros e cinco dcimos por cento) do valor bruto da nota

    fiscal ou fatura de prestao de servios." (NR)

    "Art. 8o At 31 de dezembro de 2014, contribuiro sobre o valor da receita bruta, excludas as vendas

    canceladas e os descontos incondicionais concedidos, alquota de 1% (um por cento), em substituio

    s contribuies previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, as

    empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto no7.660, de 23 de

    dezembro de 2011, nos cdigos referidos no Anexo desta Lei.

    I - (revogado);

    II - (revogado);

    III - (revogado);

    IV - (revogado);

    V - (revogado).

    1o O disposto no caput:

    I - aplica-se apenas em relao aos produtos industrializados pela empresa;

    II - no se aplica:

    a) a empresas que se dediquem a outras atividades, alm das previstas no caput, cuja receita bruta

    decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita

    bruta total; e

    b) aos fabricantes de automveis, comerciais leves (camionetas, picapes, utilitrios, vans e furges),

    caminhes e chassis com motor para caminhes, chassis com motor para nibus, caminhes-tratores,

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    tratores agrcolas e colheitadeiras agrcolas autopropelidas.

    2o Para efeito do inciso I do 1o, devem ser considerados os conceitos de industrializao e de

    industrializao por encomenda previstos na legislao do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

    3o O disposto no caput tambm se aplica s empresas:

    I - de manuteno e reparao de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos;

    II - de transporte areo de carga;

    III - de transporte areo de passageiros regular;

    IV - de transporte martimo de carga na navegao de cabotagem;

    V - de transporte martimo de passageiros na navegao de cabotagem;

    VI - de transporte martimo de carga na navegao de longo curso;

    VII - de transporte martimo de passageiros na navegao de longo curso;

    VIII - de transporte por navegao interior de carga;

    IX - de transporte por navegao interior de passageiros em linhas regulares; e

    X - de navegao de apoio martimo e de apoio porturio.

    4o A partir de 1o de janeiro de 2013, ficam includos no Anexo referido no caput os produtos

    classificados nos seguintes cdigos da Tipi:

    I - 9503.00.10, 9503.00.21, 9503.00.22, 9503.00.29, 9503.00.31, 9503.00.39, 9503.00.40, 9503.00.50,

    9503.00.60, 9503.00.70, 9503.00.80, 9503.00.91, 9503.00.97, 9503.00.98, 9503.00.99;

    II - (VETADO)." (NR)

    "Art. 9o .........................................................................

    .............................................................................................

    VI - (VETADO).

    1o No caso de empresas que se dedicam a outras atividades alm das previstas nos arts. 7o e 8o, at

    31 de dezembro de 2014, o clculo da contribuio obedecer:

    I - ao disposto no caput desses artigos quanto parcela da receita bruta correspondente s atividades

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    neles referidas; e

    II - ao disposto no art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, reduzindo-se o valor da contribuio a

    recolher ao percentual resultante da razo entre a receita bruta de atividades no relacionadas aos

    servios de que trata o caput do art. 7o ou fabricao dos produtos de que trata o caput do art. 8o e a

    receita bruta total, apuradas no ms.

    2o A compensao de que trata o inciso IV do caput ser feita na forma regulamentada em ato conjunto

    da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional do Ministrio da Fazenda,

    Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e Ministrio da Previdncia Social, mediante transferncias do

    Oramento Fiscal.

    3o Relativamente aos perodos anteriores tributao da empresa nas formas institudas pelos

    arts. 7o e 8o desta Lei, mantm-se a incidncia das contribuies previstas no art. 22 da Lei no8.212, de

    24 de julho de 1991, aplicada de forma proporcional sobre o 13o (dcimo terceiro) salrio.

    4o Para fins de clculo da razo a que se refere o inciso II do 1o, aplicada ao 13o (dcimo terceiro)

    salrio, ser considerada a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao ms de

    dezembro de cada ano-calendrio.

    5o O disposto no 1o aplica-se s empresas que se dediquem a outras atividades, alm das previstas

    nos arts. 7o e 8o, somente se a receita bruta decorrente de outras atividades for superior a 5% (cinco por

    cento) da receita bruta total.

    6o No ultrapassado o limite previsto no 5o, a contribuio a que se refere o caput dos arts. 7o e 8o

    ser calculada sobre a receita bruta total auferida no ms.

    7o Para efeito da determinao da base de clculo, podem ser excludos da receita bruta:

    I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

    II - (VETADO);

    III - o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, se includo na receita bruta; e

    IV - o Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de

    Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos

    bens ou prestador dos servios na condio de substituto tributrio.

    8o (VETADO)." (NR)

    "Art. 10. .......................................................................

    Pargrafo nico. Os setores econmicos referidos nos arts. 7o e 8o sero representados na comisso

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    tripartite de que trata o caput." (NR)

    Art. 56. A Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar acrescida do Anexo desta Lei.

    Vigncia

    Art. 78. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao, produzindo efeitos:

    2o Os arts. 53 a 56 entram em vigor no 1o (primeiro) dia do 4o (quarto) ms subsequente data de

    publicao da Medida Provisria no 563, de 3 de abril de 2012, produzindo efeitos a partir de sua

    regulamentao, exceo:

    II - do disposto no inciso III do caput do art. 7o e no 3o do art. 8o da Lei no 12.546, de 14 de dezembro

    de 2011, que entra em vigor em 1o de janeiro de 2013;

    III - da contribuio sobre o valor da receita bruta relativa s empresas que fabricam os produtos

    classificados nas posies 2515.11.00, 2515.12.10, 2516.11.00, 2516.12.00, 6801.00.00, 6802.10.00,

    6802.21.00, 6802.23.00, 6802.29.00, 6802.91.00, 6802.92.00, 6802.93.10, 6802.93.90, 6802.99.90,

    6803.00.00, 8473.30.99, 8504.90.10, 8518.90.90 e 8522.90.20 da Tipi, que entra em vigor no 1o

    (primeiro) dia do 4o (quarto) ms subsequente data de publicao desta Lei; e

    IV - da contribuio sobre o valor da receita bruta relativa s empresas que fabricam os produtos

    classificados nas posies 01.03, 02.06, 02.09, 05.04, 05.05, 05.07, 05.10, 05.11, 10.05, 11.06, 12.01,

    12.08, 12.13, no Captulo 15, no Captulo 16, no Captulo 19, nas posies 23.01, 23.04, 23.06, 2309.90,

    30.02, 30.03, 30.04 da Tipi, que entra em vigor no 1o (primeiro) dia do 4o (quarto) ms subsequente

    data de publicao desta Lei.

    Art. 79. Ficam revogados:

    III - a partir do 1o (primeiro) dia do 4o (quarto) ms subsequente data de publicao da Medida

    Provisria no 563, de 3 de abril de 2012, ou da data da regulamentao referida no 2o do art. 78 desta

    Lei, o que ocorrer depois, os 3o e 4o do art. 7o da Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011;

    IV - (VETADO).

    Braslia, 17 de setembro de 2012; 191o da Independncia e 124o da Repblica.

    DILMA ROUSSEFF

    Alessandro de Oliveira Soares

    Antonio de Aguiar Patriota

    Nelson Henrique Barbosa Filho

    Aloizio Mercadante

    Alexandre Rocha Santos Padilha

    Fernando Damata Pimentel

    Edison Lobo

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    Paulo Bernardo Silva

    Garibaldi Alves Filho

    Marta Suplicy

    Maro Antonio Raupp

    Lus Incio Lucena Adams

    Lenidas Cristino

    Confira os setores que j substituram a contribuio previdenciria

    Setor Segmento Alquota

    (em %)

    Indstria BK mecnico 1

    Indstria Material eltrico 1

    Indstria Couro e calados 1

    Indstria Auto-peas 1

    Indstria Confeces 1

    Indstria Txtil 1

    Indstria Plsticos 1

    Indstria Mveis 1

    Indstria Fabricao de avies 1

    Indstria Fabricao de navios 1

    Indstria Fabricao de nibus 1

    Servios Call Center 2

    Servios Design Houses 2

    Servios Hotis 2

    Servios TI & TIC 2

    5 NOVOS BENEFICIADOS PELA MEDIDA PROVISRIA 582/2012

    A Medida Provisria n 582/2012, publicada no dia 21.09.2012 no Dirio Oficial da Unio, lista os 15

    novos setores beneficiados pela desonerao da folha de pagamento.

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    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia divulgado que 25 novos setores seriam contemplados com

    a medida; 10 foram atendidos com a sano da Medida Provisria n 563 no incio desta semana, e ainda

    faltava a confirmao oficial dos outros 15 setores.

    Um dos setores contemplados foi o grupo de aves e sunos, cujo benefcio havia sido vetado na MP 563.

    Com a MP 582, completa-se a lista de 40 setores beneficiados com a desonerao da contribuio

    previdenciria de 20% sobre a folha de pagamento, que ser substituda por uma alquota de 1% a 2%

    sobre o faturamento.

    Segundo a Medida Provisria sero beneficiados os seguintes setores:

    Aves e sunos (carnes e miudezas refrigeradas);

    Os setores de pescado (peixes vivos, peixes frescos, refrigerados ou congelados);

    Produtos de beleza ou de maquiagem;

    Navalhas e aparelhos de barbear;

    Equipamentos mdicos e odontolgicos;

    Bicicletas;

    Pneus e cmaras de ar;

    Papel e celulose;

    Vidros;

    Foges e refrigeradores;

    Cermicas, tintas e vernizes;

    Construo metlica;

    Equipamento ferrovirio;

    Fabricao de ferramentas;

    Fabricao de forjados de ao;

    Parafusos, porcas, trefilados e instrumentos ticos.

    A partir da mesma data (01.01.2013), deixaro de serem includas na desonerao da folha de

    pagamento as empresas de materiais plsticos que fabricam garrafes, garrafas, frascos e artigos

    semelhantes.

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    Confiram os 25 novos setores beneficiados pela desonerao da folha de

    pagamentos a partir de 01.01.2013

    Setor Segmento Alquota

    (em %)

    Indstria Aves, sunos e derivados 1

    Indstria Pescado 1

    Indstria Pes e massas 1

    Indstria Frmacos e medicamentos 1

    Indstria Equipamentos mdicos e

    odontolgicos*

    1

    Indstria Bicicletas 1

    Indstria Pneus e cmaras de ar 1

    Indstria Papel e celulose 1

    Indstria Vidros 1

    Indstria Foges, refrigeradores e

    lavadoras

    1

    Indstria Cermicas 1

    Indstria Pedras e rochas ornamentais 1

    Indstria Tintas e vernizes 1

    Indstria Construo metlica 1

    Indstria Equipamento ferrovirio 1

    Indstria Fabricao de ferramentas 1

    Indstria Fabricao de forjados de ao 1

    Indstria Parafusos, porcas e trefilados 1

    Indstria Brinquedos 1

    Indstria Instrumentos ticos 1

    Servios Suporte tcnico informtica 2

    Servios

    Manuteno e reparao de

    avies

    1

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    Transporte Transporte areo 1

    Transporte Transporte martimo, fluvial e

    navegao de apoio

    1

    Transporte Transporte rodovirio coletivo 2

    6 DECRETO 7.828/2012

    DECRETO No- 7.828, DE 16 DE OUTUBRO DE 2012

    Regulamenta a incidncia da contribuio previdenciria sobre a receita devida pelas empresas de que

    tratam os arts. 7 a 9 da Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

    A PRESIDENTA DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da

    Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011, D E C R E T A :

    Art. 1 A incidncia da contribuio previdenciria devida pelas empresas de que tratam os arts. 7 a 9

    da Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011, ocorrer em conformidade com o disposto neste Decreto.

    Art. 2 Entre 1 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2014, incidiro sobre o valor da receita bruta,

    em substituio s contribuies previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei n 8.212, de 24 de

    julho de 1991, as contribuies das empresas que prestam exclusivamente os servios de Tecnologia da

    Informao - TI e de Tecnologia da Informao e Comunicao - TIC, assim considerados:

    I - anlise e desenvolvimento de sistemas;

    II - programao;

    III - processamento de dados e congneres;

    IV - elaborao de programas de computadores, inclusive de jogos eletrnicos;

    V - licenciamento ou cesso de direito de uso de programas de computao;

    VI - assessoria e consultoria em informtica;

    VII - suporte tcnico em informtica, inclusive instalao, configurao e manuteno de programas de

    computao e bancos de dados; e

    VIII - planejamento, confeco, manuteno e atualizao de pginas eletrnicas.

    1 O disposto neste artigo no se aplica s empresas que exeram exclusivamente as atividades de

    representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador.

    2 Entre 1 de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2014, ser aplicado o disposto no caput s empresas

    de call center e de TI e TIC, ainda que se dediquem a outras atividades, alm das previstas nos incisos I

    a VIII do caput, observado o disposto no art. 6.

    3 Entre 1 de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014:

    I - aplica-se o disposto no caput s empresas:

    a) do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificao Nacional de Atividades

    Econmicas - CNAE 2.0; e

    b) que exeram atividades de concepo, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados;

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    II - no se aplica o disposto no caput s empresas que exeram as atividades de representao,

    distribuio ou revenda de programas de computador e cuja receita bruta que decorra dessas atividades

    seja igual ou superior a noventa e cinco por cento da receita bruta total; e

    III - no caso de contratao de empresas para execuo dos servios referidos neste artigo, por meio de

    cesso de mo de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei n 8.212, de 1991, a empresa contratante

    dever reter trs inteiros e cinco dcimos por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestao de

    servios.

    4 Entre 1 de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, ser aplicado o disposto no caput s

    empresas:

    I - de transporte rodovirio coletivo de passageiros, com itinerrio fixo, municipal, intermunicipal em

    regio metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e

    4922-1 da CNAE 2.0;

    II - de manuteno e reparao de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos;

    III - de transporte areo de carga;

    IV - de transporte areo de passageiros regular;

    V - de transporte martimo de carga na navegao de cabotagem;

    VI - de transporte martimo de passageiros na navegao de cabotagem;

    VII - de transporte martimo de carga na navegao de longo curso;

    VIII - de transporte martimo de passageiros na navegao de longo curso;

    IX - de transporte por navegao interior de carga;

    X - de transporte por navegao interior de passageiros em linhas regulares; e

    XI - de navegao de apoio martimo e de apoio porturio.

    5 As alquotas da contribuio a que se refere o caput sero de:

    I - dois inteiros e cinco dcimos por cento, no perodo entre

    1 dezembro de 2011 e 31 de julho de 2012;

    II - dois por cento, no perodo entre 1 de agosto e 31 de dezembro de 2012;

    III - dois por cento, no perodo entre 1o de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas

    referidas no inciso I do 4o; e

    IV - um por cento, no perodo entre 1 de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas

    referidas nos incisos II a XI do 4.

    6 No faro jus s redues previstas no caput do art. 14 da Lei n 11.774, de 17 de setembro de

    2008:

    I - a partir de 1 de dezembro de 2011, as empresas que prestam exclusivamente os servios de TI e TIC

    referidos nos incisos I a VIII do caput; e

    II - a partir de 1 de abril de 2012, as empresas que se dediquem a outras atividades alm das referidas

    nos incisos I a VIII do caput e as empresas de call center.

    7 As empresas que prestam exclusivamente os servios a que se referem os incisos I a VIII do caput e

    as empresas de call center continuam fazendo jus s redues das contribuies devidas a terceiros a

    que se refere o 7 do art. 14 da Lei n 11.774, de 2008.

    Art. 3 Entre 1 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2014, incidiro sobre o valor da receita bruta,

    em substituio s contribuies previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei n 8.212, de 1991,

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    as contribuies das empresas que fabriquem os produtos classificados na Tabela de Incidncia do

    Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto n 7.660, de 23 de dezembro de

    2011, nos seguintes cdigos:

    I - 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos captulos

    61 e 62; e

    II - 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06.

    1 Entre 1 de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2014, aplica-se o disposto no caput s empresas que

    fabriquem os produtos classificados na TIPI nos seguintes cdigos e posies:

    I - 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14;

    II - 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; e

    III - 9506.62.00.

    2 Entre 1 de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014:

    I - aplica-se o disposto no caput s empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI nos

    cdigos referidos no Anexo I; e

    II - no se aplica o disposto no caput s empresas:

    a) que se dediquem a atividades diversas das previstas neste artigo, cuja receita bruta delas decorrente

    seja igual ou superior a noventa e cinco por cento da receita bruta total; e

    b) aos fabricantes de automveis, comerciais leves - camionetas, picapes, utilitrios, vans e furges;

    caminhes e chassis com motor para caminhes, chassis com motor para nibus, caminhes

    tratores, tratores agrcolas e colheitadeiras agrcolas auto propelidas.

    3 Entre 1 de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, aplica-se o disposto no caput s empresas

    que fabricam os produtos classificados na TIPI nos cdigos referidos no Anexo II.

    4 As alquotas das contribuies referidas neste artigo sero de:

    I - um inteiro e cinco dcimos por cento, no perodo de 1 dezembro de 2011 a 31 de julho de 2012; e

    II - um por cento, no perodo de 1 de agosto de 2012 a 31 de dezembro de 2014.

    5 O disposto no caput aplica-se apenas em relao aos produtos industrializados pela empresa.

    6 Para os fins do 5, sero considerados os conceitos de industrializao e industrializao por

    encomenda previstos na legislao do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

    7 Nos casos em que a industrializao for efetuada parcialmente por encomenda, o disposto no caput

    aplica-se tambm s empresas executoras, desde que de suas operaes resulte produto discriminado

    neste artigo.

    Art. 4 As contribuies de que tratam os arts 2 e 3 tm carter impositivo aos contribuintes que

    exeram as atividades neles mencionadas.

    Pargrafo nico. As empresas que se dedicam exclusivamente s atividades referidas nos arts. 2o e 3o,

    nos meses em que no auferirem receita, no recolhero as contribuies previstas nos incisos I e III do

    caput do art. 22 da Lei n 8.212, de 1991.

    Art. 5 Para fins do disposto nos arts. 2 e 3:

    I - a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei

    n 6.404, de 15 de dezembro de 1976; e

    II - na determinao da base de clculo da contribuio previdenciria sobre a receita, podero ser

    excludos:

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    a) a receita bruta de exportaes;

    b) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

    c) o IPI, quando includo na receita bruta; e

    d) o Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de

    Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos

    bens ou prestador dos servios na condio de substituto tributrio.

    1 As contribuies de que tratam os arts. 2 e 3 devero ser apuradas e pagas de forma centralizada,

    pelo estabelecimento matriz da pessoa jurdica.

    2 A informao e o recolhimento das contribuies de que tratam os arts. 2 e 3 ocorrero na forma

    estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministrio da Fazenda, em ato prprio.

    3 As empresas a que se referem os arts. 2 e 3 continuam sujeitas ao cumprimento das demais

    obrigaes previstas na legislao previdenciria.

    Art. 6 No caso de empresas que se dediquem a outras atividades, alm das previstas nos arts. 2 e 3,

    at 31 de dezembro de 2014, o clculo da contribuio obedecer:

    I - ao disposto nos arts. 2 e 3, em relao s receitas referidas nesses artigos; e

    II - quanto parcela da receita bruta relativa a atividades cuja contribuio no se sujeita s substituies

    previstas nos arts. 2 e 3, ao disposto no art. 22 da Lei n 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor das

    contribuies referidas nos incisos I e III do caput do mencionado art. 22 ao percentual resultante da

    razo entre a receita bruta de atividades no relacionadas aos servios de que trata o caput do art. 2 ou

    fabricao dos produtos de que trata o caput do art. 3 e a receita bruta total.

    1 Nos meses em que no auferirem receita relativa s atividades previstas nos arts. 2 e 3, as

    empresas a que se refere o caput devero recolher as contribuies previstas nos incisos I e III do caput

    do art. 22 da Lei n 8.212, de 1991, sobre a totalidade da folha de pagamentos, no sendo aplicada a

    proporcionalizao de que trata o inciso II do caput.

    2 Nos meses em que no auferirem receita relativa a atividades no abrangidas pelos arts. 2 e 3, as

    empresas devero recolher a contribuio neles prevista, no sendo aplicada a proporcionalizao de

    que trata o inciso II do caput.

    3 O disposto neste artigo aplica-se s empresas que se dediquem a outras atividades, alm das

    previstas nos arts. 2 e 3, somente se a receita bruta decorrente dessas outras atividades for superior a

    cinco por cento da receita bruta total.

    4 No ultrapassado o limite previsto no 3, as contribuies a que se referem os arts. 2 e 3 sero

    calculadas sobre a receita bruta total auferida no ms.

    Art. 7 Relativamente aos perodos anteriores tributao da empresa nas formas institudas nos arts. 2

    e 3, mantm-se a incidncia das contribuies previstas no art. 22 da Lei n 8.212, de 1991, aplicada de

    forma proporcional sobre o dcimo-terceiro salrio.

    Pargrafo nico. Para fins de clculo da razo a que se refere o inciso II do caput do art. 6, aplicada ao

    dcimo-terceiro salrio, ser considerada a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao ms

    de dezembro de cada ano-calendrio.

    Art. 8 A Unio compensar o Fundo do Regime Geral de Previdncia Social, de que trata o art. 68 da Lei

    Complementar n 101, de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, no valor correspondente

    estimativa de renncia previdenciria decorrente da desonerao, por meio de transferncia do

    Oramento Fiscal, de forma a no afetar a apurao do resultado financeiro do Regime Geral de

    Previdncia Social.

    Pargrafo nico. A compensao de que trata o caput ser feita na forma regulamentada em ato conjunto

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    da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministrio da

    Fazenda, e do Instituto Nacional do Seguro Social.

    Art. 9 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 16 de outubro de 2012; 191 da

    Independncia e 124 da Repblica.

    DILMA ROUSSEFF

    Nelson Henrique Barbosa Filho

    Esclarecimento

    A parte abrangida pelo inciso I e II do artigo 22 da Lei 8.212/91 no abrangendo o RAT:

    Art. 22. A contribuio a cargo da empresa, destinada Seguridade Social, alm do disposto no art. 23, de:

    I - vinte por cento sobre o total das remuneraes pagas, devidas ou creditadas a qualquer ttulo, durante o ms, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem servios, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos servios efetivamente prestados, quer pelo tempo disposio do empregador ou tomador de servios, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conveno ou acordo coletivo de trabalho ou sentena normativa. (Redao dada pela Lei n 9.876, de 1999).

    II - para o financiamento do benefcio previsto nos arts. 57 e 58 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e

    daqueles concedidos em razo do grau de incidncia de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas, no decorrer do ms, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redao dada pela Lei n 9.732, de 1998).

    a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

    b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado mdio;

    c) 3% (trs por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.

    III - vinte por cento sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas a qualquer ttulo, no decorrer do ms, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem servios; (Includo pela Lei n 9.876, de 1999).

    SOLUO DE CONSULTA N 117, DE 16 DE OUTUBRO DE 2012

    ASSUNTO: Contribuies Sociais Previdencirias

    EMENTA: CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA SUBSTITUTIVA.

    FABRICANTES DE MERCADORIAS DA POSIO 4202 DA NCM. As mercadorias classificadas nos

    cdigos 4202.11.00,4202.21.00, 4202.31.00 e 4202.91.00 da NCM integram o regime da contribuio

    previdenciria substitutiva desde a edio da Medida Provisria n 540/2011 e, portanto, as normas

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    desse regime se aplicam a seus fabricantes desde 01/12/2011. As mercadorias classificadas nos cdigos

    4202.12.20, 4202.22.20, 4202.32.00 e 4202.92.00 da NCM integram o regime da contribuio

    previdenciria substitutiva desde a edio da Medida Provisria n 563/2012, mas as normas desse

    regime se aplicaro a seus fabricantes somente a partir da edio de decreto que regulamente a

    matria.* As mercadorias classificadas nos cdigos 4202.12.10, 4202.19.00, 4202.22.10