apostila de noções direito constitucional

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    DIREITO

    CONSTITUCIONAL

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    Direito Constitucional 5

    DDiirreeii ttoo CCoonnssttii ttuucciioonnaall,, sseegguunnddoo aa ttiiccaa ddoo PPrrooffeessssoorr JJooss AAffoonnssoo ddaa SSiillvvaa,, OOpp.. CCiitt..,, ss ffllss3366,, oo rraammoo ddoo DDiirreeiittoo PPbblliiccoo,, eemm qquuee ssoo ddiissppoossttooss,, iinntteerrpprreettaaddooss ee ssiisstteemmaattiizzaaddooss oosspprriinnccppiiooss ee aass rreeggrraass ffuunnddaammeennttaaiiss ddoo EEssttaaddoo eennqquuaannttoo eennttee.. SSuuaannaattuurreezzaa ddee ddiirreeiittooppbblliiccoo,, tteennddoo eemm vviissttaa aa pprreevvaallnncciiaa ddaa vvoonnttaaddee uunniillaatteerraall ddoo EEssttaaddoo ssoobbrree ooss sseeuuss

    ssddiittooss;; sseeuuoobbjjeettoo ,, oo eessttuuddoo ddooss eelleemmeennttooss ccoommppoonneenntteess ((aa aannaattoommiiaa)) ddoo EEssttaaddoo..

    DIREITOCONSTITUCIONAL

    Conceituar a composio de um Estado dizer sua particular maneira deser ou existir, visando a demonstrar quem (anatomia), como se organiza e funciona apartir de seus elementos (constitutivos) fundamentais: s i s tema de no rmas j u r d i cas ,escr i t as ou costum ei ras, que regu la a fo rm a do Estado, a fo rm a de seu gover no , o modo de aqu is io e exerc c io do poder , o estabe lec imento de seus rgos, os l im i tes de sua ao, os d i re i tos fundamenta is do homem e as respect ivasgaran t ias . Em sn tese , a const i tu io o con jun to de normas que organ iza ose lement os const i t u t i vos do Estado. (Jos Afonso da Silva).

    DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    DI REI TOS E DEVERES I NDI VI DUAI S E COLETI VOS

    Direitos so faculdades postas disposio das pessoas, fsicas ou jurdicas, peloordenamento jurdico de um Estado para, por intermdio de seu exerccio, frurem do gozoque lhes permitido ou no lhes seja proibido. Sero individuais quando importarem a umanica pessoa; coletivos, quando a utilidade disser respeito a um grupo de pessoas.

    As garantias, por sua vez, so expressas por meio dos instrumentos postos disposio dessas pessoas com o objetivo de efetivar o uso, o gozo e a fruio dessesdireitos mesmos.

    A previso desses direitos coloca-se em elevada posio hermenutica em relaoaos demais direitos previstos no ordenamento jurdico, apresentando diversascaractersticas:

    1. Imp resc r i t i b i l i dade : no prescrevem;2. I na l i enab i l i dade : no podem ser vendidos ou permutados;3. I r r enunc iab i l i dade : nenhuma pessoa pode abrir mo dos Direitos e

    Garantias de forma definitiva, sendo admitido em alguns casos a pura desistncia;4. I nv io lab i l i dade : no so passveis de violaes, pois o direito de um nasce

    quando o direito do outro termina, ou seja, violado;5.Universa l idade: podem ser opostos contra todos, efeito erga omnes;6.Efe t iv idade: podem ser a qualquer momento invocados, usufrudos,

    independentemente da vontade alheia;7. I n te rdependnc ia : so independentes, porm formam um conjunto de

    direitos e deveres;8.Comp lemen ta r i edade : uns completam os outros devido s garantias

    constitucionais.

    A doutrina moderna classifica os direitos fundamentais de acordo com a ordemcronolgica em que tais disposies passaram a ser incorporadas ao texto das constituies.

    Destarte, os direitos fundamentais de primeira gerao so os direitos polticos ecivis e realam o princpio da l iberdade; os direitos de segunda gerao so os direitossociais, econmicos e culturais e realam o princpio da igualdade; os direitos de terceiragerao so os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade, que englobam

    interesses de grupos menos determinados de pessoas, sem que haja entre elas um vnculojurdico muito preciso (fraternidade).

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    ss pprreessiiddiirriiaass sseerroo aasssseegguurraaddaass ccoonnddiieess ppaarraa qquuee ppoossssaamm ppeerrmmaanneecceerr ccoomm sseeuussffiillhhooss dduurraannttee oo ppeerrooddoo ddee aammaammeennttaaoo;;

    O legislador constituinte percebeu que as apenadas so as mes e no seus filhosrecm-nascidos e no perodo de aleitamento materno. Prestigia-se o direito da criana dereceber o leite da vida, evitando que a pena da me se estenda, transcendendo, aos filhosinfantes.

    Cumpre ao Estado criar todas as condies no que concerne a instalaes fsicas(estabelecimentos prisionais especiais com trocador, berrio etc.), sade (atendimentopeditrico), assistncia (assistentes sociais, orientaes higinicas, psiclogos etc.).

    nneennhhuummbbrraassiilleeiirroo sseerr eexxttrraaddiittaaddoo,,ssaallvvoo oo nnaattuurraalliizzaaddoo,, eemm ccaassoo ddee ccrriimmee ccoommuumm,,pprraattiiccaaddoo aanntteess ddaa nnaattuurraalliizzaaoo,, oouu ddee ccoommpprroovvaaddoo eennvvoollvviimmeennttoo eemm ttrrffiiccoo iillcciittoo ddeeeennttoorrppeecceenntteess ee ddrrooggaass aaffiinnss,, nnaa ffoorrmmaa ddaa lleeii;;

    Extradio ocorre quando um Pas entrega um indivduo a outro Estado, quereclamou e requisitou essa pessoa, para responder a processo e, eventualmente, ser

    punido, em face de crime cometido no Pas que pediu a extradio.A regra, no Brasil, a no extradio de brasileiros, quer se trate de natos (quejamais sero alvo de extradio), quer se trate de naturalizados.

    As excees que admitem a extradio inclusive do brasileiro naturalizado (= o queera estrangeiro e adquiriu a naturalizao brasileira) so:

    a) extradio do estrangeiro, quando requisitada, e desde que o fato delituoso porele praticado no estrangeiro tambm seja considerado crime no Brasil;

    b) extradio do brasileiro naturalizado, para o Pas que o requisitou, desde que aprtica da infrao tenha sido ANTES DA NATURALIZAO e que o fatodelituoso por ele praticado no estrangeiro tambm seja considerado crime no

    Brasil. P ex.: 1) Suponha-se que o indivduo naturalizou-se brasileiro e, emvisita ao seu Pas de origem, tenha matado algum e retornado para o Brasilantes da descoberta do crime de homicdio; j de volta ao Brasil, e descobertoo fato, o Brasil quem o processar e aplicar a pena, acaso cabvel, eis que odelito somente ocorreu quando o autor j era brasileiro. 2) Se, contudo, oestrangeiro matou algum em seu ou em outro Pas e apenas depois veio aresidir no Brasil, onde se naturalizou brasileiro, se o Estado, onde ocorreu ofato, requisitar a extradio para processar e punir esse indivduo, o Brasilpoder entreg-lo, haja vista que a naturalizao brasileira somente se deudepois do fato criminoso comum;

    c) extradio do brasileiro naturalizado, quando houver comprovao deenvolvimento na prtica do crime de trfico ilcito de entorpecentes ou drogasafins, pouco importando que a conduta tenha sido praticada antes ou depois danaturalizao;

    d) extradio do portugus equiparado, nas mesmas hipteses do brasileironaturalizado, mas apenas para Portugal3.

    nnoo sseerr ccoonncceeddiiddaa eexxttrraaddiioo ddee eessttrraannggeeiirroo ppoorr ccrriimmee ppoollttiiccoo oouu ddee ooppiinniioo;;O inciso ratifica o princpio fundamental da Repblica Federativa do Brasil,

    respeitante ao pluralismo poltico, e justifica a concesso de asilo poltico como princpio derelacionamento internacional, conforme j estudamos anteriormente.

    3Maximilianus C. A. Fhrer.

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    Todos so iguais perante a lei e sem distino de qualquer natureza, como bemassenta o artigo 5, CF/88, estudado acima.

    OO ppaaggaammeennttoo ddee ssaallrriioo,, oo eexxeerrcccciioo ddee ffuunneess ee aass eexxiiggnncciiaass ppaarraa ccoonnttrraattaaoo ddeeaallgguumm nnoo ppooddeemm vvaarriiaarr eemm rraazzoo ddee oo ccaannddiiddaattoo aaoo eemmpprreeggoo sseerr hhoommeemm oouu mmuullhheerr,,

    jjoovveemm oouu iiddoossoo,, aammaarreelloo oouu bbrraannccoo,, ccaassaaddoo oouu ssoolltteeiirroo,, ggoorrddoo oouu mmaaggrroo eettcc..OO ccaassoo ccoonnccrreettoo qquuee vvaaii ddeetteerrmmiinnaarr aa ooccoorrrrnncciiaa oouu nnoo ddee ddiissccrriimmiinnaaoo

    ttrraabbaallhhiissttaa.. NNoo ssee ppooddee aalleeggaarr ddiissccrriimmiinnaaoo,, pp.. eexx..,, qquuaannddoo uummaa eemmpprreessaa eexxiiggiirrccaannddiiddaattaass ddoo sseexxoo ffeemmiinniinnoo ppaarraa ttrraabbaallhhaarr eemm ssaalleess ddee ddeeppiillaaoo ffeemmiinniinnaa..

    pprrooiibbiioo ddee qquuaallqquueerr ddiissccrriimmiinnaaoo nnoo ttooccaannttee aa ssaallrriioo ee ccrriittrriiooss ddee aaddmmiissssoo ddoottrraabbaallhhaaddoorr ppoorrttaaddoorr ddee ddeeffiicciinncciiaa;;

    Com a mesma fundamentao imediatamente anterior acima, e guardadas asdevidas propores, a Constituio agora tutela o empregado deficiente, proibindoigualmente qualquer espcie distintiva ou segregadora das pessoas que, pelos desgnios deDeus, no comportam a perfeio psicossomtica.

    pprrooiibbiioo ddee ddiissttiinnoo eennttrree ttrraabbaallhhoo mmaannuuaall,, ttccnniiccoo ee iinntteelleeccttuuaall oouu eennttrree oosspprrooffiissssiioonnaaiiss rreessppeeccttiivvooss;;A Constituio no est, por esse inciso, igualando o trabalho ou o trabalhador braal

    ao artstico ou intelectual. A proibio precisamente no sentido de que o ordenamento jurdico no pode, sob qualquer pretexto, deixar de tutelar, proteger ou normatizar asdiferentes espcies de trabalho.

    NNoo ppooddeerr hhaavveerr ddiissttiinneess qquuee eexxcclluuaamm ddaa pprrootteeoo qquuaallqquueerr ttiippoo ddee ttrraabbaallhhoo,,ddeessddee qquuee ccoonnffiigguurraaddooss ooss eelleemmeennttooss ddoo ccoonnttrraattoo ddee ttrraabbaallhhoo,, sseegguunnddoo aa lliioo ddee VVaalleennttiinnCCaarrrriioonn,, ss ffllss.. 3377 ddee sseeuuss CCoommeennttrriiooss CCoonnssoolliiddaaoo ddaass LLeeiiss ddoo TTrraabbaallhhoo,, SSaarraaiivvaa//22000022..

    pprrooiibbiioo

    ddee

    ttrraabbaallhhoo

    nnoottuurrnnoo,,

    ppeerriiggoossoo

    oouu

    iinnssaalluubbrree

    aaooss

    mm

    eennoorreess

    ddee

    1188

    ((ddeezzooiittoo))

    ee

    ddeeqquuaallqquueerr ttrraabbaallhhoo aa mmeennoorreess ddee 1166 ((ddeezzeesssseeiiss)) aannooss,, ssaallvvoo nnaa ccoonnddiioo ddee aapprreennddiizz,, aa

    ppaarrttiirr ddooss 1144 aannooss

    O dispositivo auto-explicativo. O menor de dezoito anos, quer em ocupaourbana ou rural, no pode ser submetido ao trabalho durante a noite, nem trabalhar ematividades perigosas (p. ex. com explosivos), insalubres (p. ex. com radiologia) ou penosas(p. ex. ser estivador).

    proteo pblica com vistas ao crescimento fsico e desenvolvimento social epsquico de nossa juventude. Lugar de criana e adolescente na escola formadora de suaspotencialidades para o futuro mercado de trabalho.

    Contudo, o prprio Texto Maior permite que o jovem trabalhe j a partir dos 16anos, sendo possvel a ocupao como aprendiz a partir dos 14 anos de idade.

    Considera-se de aprendizagem o contrato individual de trabalho realizado entre umempregador e um trabalhador maior de 14 (quatorze) e menor de 18 (dezoito) anos, peloqual aquele se obriga a submeter o empregado formao profissional metdica do ofcioou ocupao para cujo exerccio foi admitido e o menor assume o compromisso de seguir orespectivo regime de aprendizagem.

    Entende-se como sujeito formao profissional metdica de ofcio ou ocupao otrabalhador menor matriculado em curso do SENAI ou SENAC ou em curso por elesreconhecidos nos termos da legislao que lhes for pertinente.

    Entende-se, igualmente, como sujeito quela formao, o trabalhador menor,submetido, no prprio emprego, aprendizagem metdica:

    a) de ofcio ou ocupao para as quais no existam cursos em funcionamento no

    SENAI ou SENAC;

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    b) de ofcio ou ocupao para cujo preparo existam cursos do SENAI ou SENAC,quando no possam estes aceitar a inscrio do menor, por falta de vaga, ouno mantiverem cursos na respectiva localidade.

    Considera-se ainda aprendiz, no concernente s atividades do comrcio, otrabalhador menor matriculado por conta do empregador, at a 3 srie, em ginsiocomercial definido em lei e desde que fiquem asseguradas as regalias previstas peloordenamento de proteo ao trabalho do menor aprendiz.

    SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - SUM.205 - Tem direito a salrio integral o menor nosujeito aprendizagem metdica.

    TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - ENUN.134 - Ao menor no aprendiz devido osalrio mnimo integral (ex-prejulgado n 5).

    iigguuaallddaaddee ddee ddiirreeiittooss eennttrree oo ttrraabbaallhhaaddoorr ccoomm vvnnccuulloo eemmpprreeggaattcciioo ppeerrmmaanneennttee ee oottrraabbaallhhaaddoorr aavvuullssoo;;

    Avulso o trabalhador que presta servios a inmeras empresas, agrupado ementidade de classe, por intermdio desta e sem vnculo empregatcio (Valentin Carrion, Op.Cit, pg. 34).

    Caracteriza o trabalho avulso:

    a) intermediao do sindicato ou rgo especfico na colocao de mo-de-obra;

    b) curta durao dos servios;

    c) predomnio da remunerao em forma de rateio.

    Embora sem vnculo empregatcio, o avulso (p. ex.: estivador, arrumador e

    conferencista de cagas, vigia porturio, amarradores etc.) tem garantidos todos os direitosconferidos ao empregado com vnculo empregatcio (salrio-famlia, FGTS, frias, 13,previdncia etc.).

    ssoo aasssseegguurraaddooss ccaatteeggoorriiaa ddooss ttrraabbaallhhaaddoorreess ddoommssttiiccooss ooss ddiirreeiittooss pprreevviissttooss nnoossiinncciissooss IIVV,, VVII,, VVIIIIII,, XXVV,, XXVVIIII,, XXVVIIIIII,, XXIIXX,, XXXXII EE XXXXIIVV,, bbeemm ccoommoo ssuuaa iinntteeggrraaoo pprreevviiddnncciiaa ssoocciiaall..

    Domstico a pessoa fsica, homem ou mulher, que trabalha para outra (s) pessoa(s) fsica (s), prestando servios de natureza contnua e de finalidade no lucrativa, nombito residencial do empregador domstico (p. ex.: arrumadores, cozinheiros, jardineiros,babs etc.).

    OO rreeggiimmee ccoonnssttiittuucciioonnaall ddee pprrootteeoo eessppeeccffiiccoo,, jjuussttiiffiiccaannddoo--ssee ppoorrqquuee ooeemmpprreeggaaddoo ddoommssttiiccoo nnoo pprreessttaa sseerrvviiooss ddee nnaattuurreezzaa lluuccrraattiivvaa ppaarraa oo sseeuu eemmpprreeggaaddoorr..NNooss mmoollddeess ddaass eexxppllaannaaeess ssuupprraa,, ssoo--llhheess aasssseegguurraaddooss::

    aa)) ssaallrriioo mmnniimmoo;;

    bb)) iirrrreedduuttiibbiilliiddaaddee ddoo ssaallrriioo;;

    cc)) ddcciimmoo tteerrcceeiirroo ssaallrriioo;;

    dd)) rreeppoouussoo sseemmaannaall rreemmuunneerraaddoo;;

    ee)) ffrriiaass aannuuaaiiss rreemmuunneerraaddaass ccoomm uumm tteerroo aa mmaaiiss;;

    ff)) lliicceennaa ggeessttaannttee;;

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    gg)) lliicceennaa--ppaatteerrnniiddaaddee;;

    hh)) aavviissoo pprrvviioo;;

    ii)) aappoosseennttaaddoorriiaa..

    EEssssee oo eelleennccoo ddooss ddiirreeiittooss ccoonnssttiittuucciioonnaallmmeennttee ggaarraannttiiddooss aaooss eemmpprreeggaaddoossddoommssttiiccooss..

    OBSERVAO: No h garantia constitucional ao regime do FGTS para essa espciede trabalhadores. Como dito antes, trata-se de uma FACULDADE que, se implementada porum empregador domstico quanto ao (s) seu (s) empregado (s), torna-se obrigatria. Ouseja, efetivado o primeiro depsito na conta vinculada, o empregado domstico serautomaticamente includo no FGTS. A incluso do empregado domstico no FGTS irretratvel com relao ao respectivo vnculo contratual e sujeita o empregador sobrigaes e penalidades previstas na Lei.

    A ORGANIZAO DO ESTADO

    A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil compreendea Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos, nos termos daConstituio, configurando a descentralizao poltica. A Capital Federal Braslia.

    Os Territrios Federais integram a Unio, e sua criao, transformao emEstado ou reintegrao ao Estado de origem sero reguladas em lei complementar.O legislador constituinte no conferiu autonomia e capacidade poltica aos Territrios, nopodendo eles se autogovernarem segundo a vontade prpria. Ficam submetidos aoordenamento jurdico da pessoa poltica que o criou.

    Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se

    anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territrios Federais, medianteaprovao da populao diretamente interessada, atravs de plebiscito, e do CongressoNacional, por lei complementar. Respeita-se a vontade da populao local no exercciodireto do poder (plebiscito), assegurada, tambm, a participao da vontade geral porintermdio da aprovao do Congresso Nacional.

    A criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de Municpios far-se-opor lei estadual, dentro do perodo determinado por Lei Complementar Federal, edependero de consulta prvia, mediante plebiscito, as populaes dos Municpiosenvolvidos, aps divulgao dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados epublicados na forma da lei.

    vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:

    a) estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes ofuncionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes dedependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interessepblico;

    b) recusar f aos documentos pblicos;

    c) criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si.

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    Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituies e leis que adotarem,observados os princpios da Constituio Federal, sendo-lhes reservadas as competnciasque no lhes sejam vedadas pela Constituio da Repblica.

    O Municpio reger-se- por lei orgnica, votada em dois turnos, com o interstciomnimo de dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal, que apromulgar, atendidos os princpios estabelecidos na Constituio Federal e na Constituiodo respectivo Estado.

    O Distrito Federal, que no pode ser dividido em Municpios, reger-se- por le iorgnica , votada em dois turnos com interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por doisteros da Cmara Legislativa, que a promulgar, atendidos os princpios estabelecidos naConstituio Federal, cabendo-lhe as competncias legislativas reservadas aos Estados eMunicpios.

    Quanto s espcies de competncias (exerccio do poder poltico

    descentralizado), a lio de Michel Temer permite as seguintes concluses:

    a) expressas e enumeradas (ou exaustivas) => so as que exaurem, pelaenumerao no texto constitucional, as matrias que competem a determinadoente;

    b) expressas, no enumeradas => quando a Constituio concede aCompetncia, mas no esgota a matria a ser tratada;

    c) competncia residual => a extraordinria, a ser tomada pela Unio, nocaso de instituio de impostos no previstos no Texto Maior, p. ex. naiminncia ou no caso de guerra externa;

    d) em comum => quando os Estados, Municpios e Distrito Federal,

    conjuntamente com a Unio, tambm se ocupam da matria;e) concorrente => h a concorrncia de normas da Unio e dos Estados e

    Distrito Federal (no se aplica aos Municpios);

    f) suplementar => relativa aos Estados e em decorrncia da concorrente, ocorrequando a Unio fixou as normas gerais sobre determinada matria, obrigandoo Estado a regular, para si, o assunto.

    AUTONOMI A DOS ESTADOS-MEMBROS

    Caracteriza-se pela denominada trplice capacidade de auto-organizao, auto-governo e auto-administrao.

    Auto-organizao: Os Estados-membros se auto-organizam por meio do seupoder constituinte (Assemblias Legislativas), sempre levando em considerao osprincpios constitucionais sensveis (inobservncia em relao as suas competncias podeacarretar a interveno art. 34, VII CF), os princpios constitucionais extensveis (so asnormas centrais comuns a todos os entes, art.1 ao 5) e os princpios constitucionais (so preceitos centrais de observncia, divide-se em normas de competncia art. 23, 24,25, etc. e normas de pr-ordenao art.27, 28, etc.).

    Autogoverno: o prprio povo que escolhe seus representantes legislativos eexecutivos, sem que haja qualquer vnculo de subordinao por parte da Unio.

    Auto-administrao: A direo administrativa, legislativa e tributria fica porconta dos prprios Estados.

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    AUTONOMI A DOS MUNI C PI OS

    A CF consagrou, como entidade indispensvel ao sistema federativo, os Estados, osMunicpios que tambm se caracterizam pela trplice capacidade.

    O Municpio se auto-organiza por intermdio de sua Lei Orgnica Municipal, seguindosuas peculiaridades locais, bem como sua competncia comum, suplementar e em

    consonncia com a CF, Art. 29.

    AUTONOMI A DO DI STRI TO FEDERAL

    Foram concedidas ao Distrito Federal todas as competncias e caractersticasreservadas aos Estados e aos Municpios ( CF art. 32 e 147).

    ORGANIZAO DOS PODERES

    Desde os tempos antigos at a idade moderna houve pouca evoluo nos conceitos e

    sistemas de Estado. No perodo medieval, particularmente centralizador, o poder estavaconcentrado nas mos de um monarca absoluto, vivendo-se ento, de certa forma, sobo Estado de Polcia, quando o direito pblico se resumia numa s verdade: O rei noerra; o rei no lhe far mal. Tais citaes inspiravam-se fortemente na infeliz unioentre o Estado e a Igreja, de onde veio a noo de que o poder real seria concedido porDeus, da resultando a infalibilidade do seu exerccio e, como corolrio, a absolutismopleno, bem representado pela mxima de Lus XIV, Rei da Frana: O Estado sou eu.Esse tipo de filosofia poltica no deixava espao para o desenvolvimento do DireitoAdministrativo.Somente com os movimentos revolucionrios e filosficos ocorridos na Frana e naInglaterra e que se passou a buscar um modelo de Estado diferente, inspirando-separticularmente nos escritos dos antigos filsofos gregos, como Plato, por exemplo.

    A partir da o atual conceito de Estado foi sendo desenvolvido, com destaque para oBaro de Montesquieu, que a partir dos estudos que realizou nas obras de John Locke,explicitou, no livro O Esprito das Leis, que o poder real tinha em si concentradas trsformas de manifestao, a saber: A LEGISTATIVA, A EXECUTIVA E A JUDICIRIA.At os dias de hoje essa tripartio serve de modelo para os Estados modernos, sendoque a cada qual dessas manifestaes de poder corresponde uma funo peculiar, masno exclusiva. Diz o Art. 2 da CRFB: So poderes da Unio, independentes eharmnicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judicirio. Assim sendo, no hhierarquia entre eles.Como ente personalizado, o Estado tanto poder atuar no campo do Direito Pblico comono do Direito Privado, mantendo sempre sua nica personalidade de Direito Pblico, poisa teoria da dupla personalidade do Estado acha-se definitivamente superada.Esse o Estado Democrtico de Direito, ou seja, o Estado cujo poder emana do povo e

    juridicamente organizado sendo obediente s suas prprias leis.

    Hodiernamente, o Poder Estatal uno, no sofre divises. O que existe adistribuio entre rgos autnomos e independentes nas funes de Estado, com afinalidade de proteger a liberdade de cada cidado frente autoridade estatal.

    O seu objetivo evitar a concentrao nas mos de uma s pessoa, o que poderiagerar situaes de abuso de poder. A separao de funes estatais, como garantia daperpetuidade do Estado Democrtico de Direito, serve para impor limites aos detentores ouexercentes do poder, uma garantia contra possveis arbitrariedades dos seus agentes.

    A separao das trs funes de poderes surgiu da passagem do Estado Absolutistapara o Estado Liberal e tem em Montesquieu seu idealizador: o poder deve limitar o poder,para evitar o abuso de poder.

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    Destarte, no existir um Estado Democrtico de Direito, sem que haja (diviso defunes) Poderes de Estado, independentes e harmnicos entre si, bem como previso dedireitos e garantias individuais.

    As trs funes bsicas foram adotadas pela CF, expressas no art. 2:

    Art. 2 SO PODERES DA UNIO, I ND EPENDENTES E HARMNI COS ENTRE SI, OLEGISLATIVO, O EXECUTIVO E O JUDICIRIO.

    No existe subordinao, pois atuam de modo independente, bem como no devemexistir conflitos entre eles, devido ao objetivo de todos os poderes: assegurar o bemcomum.

    A funo legislativa: estabelecer as regras de direito gerais e impessoais, impostascoativamente a todos.

    A funo executiva: administrao do Estado, de acordo com as leis elaboradas peloLegislativo.

    A funo judiciria: atividade de distribuio da justia e aplicao da lei ao casoconcreto, em situaes de litgio.

    A separao dos poderes no rgida, pois existe uma interferncia de um poderno outro, ou seja, um poder desempenha sua funes, mas ao mesmo tempo fiscaliza ooutro poder (conhecido como sistema de freios e contrapesos). Tambm no absoluta,posto que nenhum poder exercita apenas as suas funes tpicas, sendo necessrioressaltar que cada um dos chamados poderes possui uma funo predominante (funestpicas), que o caracteriza como detentor de uma parcela da soberania estatal, alm deoutras funes previstas no texto constitucional (funes atpicas), seno vejamos:

    O Poder Executivo responsvel por sancionar ou vetar os projetos de lei do PoderLegislativo, bem como edita medidas provisrias com fora de lei (art. 62; 66, 1 );

    O Poder Legislativo tem o dever de julgar anualmente as contas do Poder Executivo(art. 49, IX, CF);

    de competncia do Poder Executivo nomear os Ministros dos Tribunais Superioresdo Poder Judicirio, aps prvia aprovao do Congresso Nacional (art. 52,III; e 84, XIV);

    O chefe do Poder Executivo julgado pelo Poder Legislativo nos casos de crimes de

    responsabilidade;O chefe do Poder Executivo julgado pelo Poder Judicirio nos casos de crime

    comum.

    PODER LEGI SLATI VO

    No que respeita ao Poder Legislativo as funes tpicas so legislar e fiscalizar,tendo ambas o mesmo grau de importncia. Destarte, se por um lado a CF estabelece asregras de processo legislativo (elaborao das leis), de outro, determina que ao Congressocompete a fiscalizao contbil, financeira, oramentria , operacional e patrimonial da Unio (art. 70, CF).

    A funo tpica parlamentar de fiscalizao, pode ser classificada em:

    a) poltico-administrativa busca controlar a gesto da coisa pblica, podendoinclusive serem criadas CPIs para a apurao de fato determinado e por prazocerto, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao MP para quepromova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores (art. 58, 3, CF);

    b) financeiro-oramentria prevista nos arts. 70 a 75 da CF, a atuao abrangeno somente as contas pblicas no mbito dos Poderes de Estado e doMinistrio Pblico, como tambm todas as contas das pessoas fsicas ouentidades pblicas ou privadas que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciemou administrem dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unioresponda, ou em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria, e

    caracteriza-se pela sua natureza poltica, apesar de estar sujeita prviaapreciao tcnico-administrativa do Tribunal de Contas.

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    oportuno o estudo dos casos de perda do cargo, a saber:

    1. condenao proferida pelo Senado Federal (crimes de responsabilidade);2. condenao proferida pelo STF (crimes comuns);3. ausncia do pas por mais de 15 dias sem autorizao do CN;4. nos casos de vacncia, a saber: morte; perda da nacionalidade; incapacidade absoluta; pela renncia; admitido o julgamento pelo Senado de crime de responsabilidade; pela perda dos direitos polticos; por condenao do STF de crime comum.

    oo mmaannddaattoo ddoo PPrreessiiddeennttee ddaa RReeppbblliiccaa ddee qquuaattrroo aannooss ee tteerr iinncciioo eemm 11.. ddeejjaanneeiirroo ddoo aannoo sseegguuiinnttee aaoo ddaa ssuuaa eelleeiioo..

    NNoo eexxcceessssiivvoo lleemmbbrraarr qquuee sseerr aaddmmiittiiddoo oo pplleeiittoo,, eemm bbuussccaa ddaa rreeeelleeiioo aaoo ccaarrggooddee PPrreessiiddeennttee,, aappeennaass ppaarraa oo ppeerrooddoo iimmeeddiiaattoo ee ppoorr nniiccaa vveezz,, nnoo sseennddoo oobbrriiggaattrriioo ooaaffaassttaammeennttoo ddaass ffuunneess eexxeeccuuttiivvaass ((ddeessiinnccoommppaattiibbiilliiddaaddee)),, ssaallvvoo ssee oo PPrreessiiddeennttee vviissaarrccoonnccoorrrreerr aa oouuttrroo ccaarrggoo ((pp.. eexx..:: DDeeppuuttaaddoo FFeeddeerraall))..

    OO PPrreessiiddeennttee ee oo VViiccee--PPrreessiiddeennttee ddaa RReeppbblliiccaa nnoo ppooddeerroo,, sseemm lliicceennaa ddoo CCoonnggrreessssooNNaacciioonnaall,, aauusseennttaarr--ssee ddoo PPaass ppoorr ppeerrooddoo ssuuppeerriioorr aa qquuiinnzzee ddiiaass,, ssoobb ppeennaa ddee ppeerrddaa ddooccaarrggoo..

    As atribuies do Presidente da Repblica so tpicas de Chefe de Governo (I , II ,

    II I, IV, V, VI , IX , X), de Chefe de Estado (VII , VIII , XIX, XX, XXI, XXII ), bem comoas atpicas nos casos de edio de Medidas Provisrias. Fora estas, o Presidente daRepblica no poder estabelecer normas gerais criadoras de direitos ou obrigaes,limitando-se ao exerccio do Poder Regulamentar.

    No que tange aos regulamentos, enquanto ato normativo expedido pelo PoderExecutivo, cumpre considerar que:

    1. No podem ser contrrio s leis, nem criar direitos ou obrigaes, ou seja, no alterama lei (princpio da legalidade). O regulamento depende da lei, nela encontrando seufundamento de validade.

    2. No so admitidos pelo nosso ordenamento jurdico os regulamentos autnomos ouindependentes, editados com o fim de suprir as lacunas da lei.

    Decreto o ato administrativo normativo de competncia exclusiva do Chefe doExecutivo (Presidente da Repblica, Governador e Prefeito), destinado a dar eficcia asituaes gerais ou especiais previstas de forma explcita ou implcita na lei. Todos os atosdo Chefe do Executivo so executados por meio de decreto, inclusive os regulamentos.

    DDOO PPOODDEERR JJUUDDIICCII RRIIOO

    AA ccaappaacciiddaaddee ddee ddiizzeerr oo ddiirreeiittoo aapplliiccvveell aa uumm ccaassoo ccoonnccrreettoo ppoossttoo ddiiaannttee ddooEEssttaaddoo--JJuuiizz ,, ccoommppeettee aaoo PPooddeerr JJuuddiicciirriioo nnoo eexxeerrcccciioo ddee ssuuaa ffuunnoo ttppiiccaa..

    JJuurriissddiicciioonnaarr ddeerriivvaa ddaass eexxpprreesssseess llaattiinnaassjjuurriiss== ddiirreeiittoo eeddiicceerree== ddiizzeerr.. CCaabbee--llhhee,, ppoorr llttiimmaa aannlliissee,, ssoolluucciioonnaarr ooss ccoonnfflliittooss ssoocciiaaiiss ddeemmaannddaaddooss eemm jjuuzzoo,, rreessoollvveennddoo aaqquueessttoo ddee mmooddoo ddeeffiinniittiivvoo..

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    AAttiippiiccaammeennttee,, eexxeerrccee aattiivviiddaaddee lleeggiissllaattiivvaa,, qquuaannddoo ooss TTrriibbuunnaaiiss eellaabboorraamm sseeuussrreessppeeccttiivvooss RReeggiimmeennttooss IInntteerrnnooss,, ee eexxeeccuuttiivvaa,, qquuaannddoo aaddmmiinniissttrraa sseeuuss bbeennss,, iinnssttaallaaeess eeffuunncciioonnrriiooss ((lliicciittaaeess ee ccoonnttrraattooss ppbblliiccooss))..

    Os principais fundamentos do Poder Judicirio so o da Inrcia (s se manifestaquando provocado, art. 5, XXXV), o do Devido Processo Legal (a prestao jurisdicionaldeve ser dada de acordo com todas as formalidades legais, art.5, LIV), o efeito inter partes(a deciso judicial, em regra, s produz efeitos entre as partes litigantes) e bem como oprincpio do Juiz Natural, j estudado.

    No se concebe a existncia do Estado Democrtico de Direito sem a existncia deum Poder J udicirio autnomo e independente, para que exera suas funes de guardiodas leis e da Constituio Federal.

    O Estatuto da Magistratura, ou seja, o regime jurdico-funcional aplicvel aosJuzes, Desembargadores e Ministros do Poder Judicirio, ser disposto em le icomplementar de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, tendo como princpios:

    O ingresso na carreira por concurso pblico de provas e ttulos, com aparticipao da OAB em todas as fases, sendo exigido do bacharel em direito um

    mnimo de 3 (trs) anos de atividade jurdica;

    O cargo inicial ser de juiz substituto; As nomeaes obedecem a ordem de classificao; A promoo alternada de entrncia para entrncia, por antigidade e

    merecimento, sendo obrigatria a promoo do que figure por 3 (trs) vezesconsecutivas ou 5 (cinco) alternadas em lista de merecimento;

    A verificao do mereimento pressupe 2 (dois) anos de exerccio na entrncia ea figurao do juiz na primeira quinta parte da lista de antigidade desta, salvose no houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

    A aferio do merecimento observar o desempenho e critrios objetivos deprodutividade e presteza no exerccio da jurisdio e freqncia eaproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeioamento;

    O tribunal somente poder recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado dedois teros de seus membros, assegurada ampla defesa, repetindo-se a votaoat fixar-se a indicao;

    No ser promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poderalm do prazo legal, no podendo devolv-los ao cartrio sem o devido despachoou deciso;

    O acesso aos tribunais de segundo grau far-se- por antigidade e merecimento,alternadamente, apurados na ltima ou nica entrncia; Necessria previso de cursos oficiais de preparao, aperfeioamento e

    promoo de magistrados, constituindo etapa obrigatria do processo devitaliciamento a participao em curso oficial ou reconhecido por escola nacionalde formao e aperfeioamento de magistrados;

    O subsdio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponder a 95% dosubsdio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

    Os subsdios dos demais magistrados sero fixados em lei e escalonados, emnvel federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura

    judiciria nacional, no podendo a diferena entre uma e outra ser superior a dezpor cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento

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    do subsdio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, emqualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, 4;

    O juiz titular residir na respectiva comarca, salvo autorizao do Tribunal; O ato de remoo, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por

    interesse pblico, fundar-se- em deciso por voto da maioria absoluta do

    respectivo tribunal OU do Conselho Nacional de Justia, assegurada ampladefesa;

    Todos os julgamentos dos rgos do Poder Judicirio sero pblicos efundamentadas todas as decises, sob pena de nulidade. Pode a lei limitara presena, em determinados atos, s prprias partes e a seus advogados, ousomente a estes, em casos nos quais a preservao do direito intimidade dointeressado no sigilo no prejudique o interesse pblico informao;

    AAssdecises administrativas dos tribunais sero motivadas e em sesso pblica,sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

    Nos tribunais com nmero superior a vinte e cinco julgadores poder serconstitudo rgo especial com o mnimo de onze e o mximo de vinte ecinco membros, para o exerccio das atribuies administrativas E

    jurisdicionais DELEGADAS DA COMPETNCIA DO TRIBUNAL PLENO,provendo-se metade das vagas por antigidade e a outra metade por eleio pelotribunal pleno;

    A atividade jurisdicional ser ininterrupta, sendo vedado frias coletivas nosjuzos e tribunais de segundo grau , funcionando, nos dias em que no houverexpediente forense normal, juzes em planto permanente;

    O nmero de juzes na unidade jurisdicional ser proporcional efetiva demandajudicial e respectiva populao;

    Os servidores recebero delegao para a prtica de atos de administrao Eatos de mero expediente sem carter decisrio, sendo a distribuio de processosimediata, em todos os graus de jurisdio.

    O Poder Judicirio goza de autonomia administrativa e financeira, sendoassegurado aos tribunais a elaborao de suas propostas oramentrias, dentro dos limitesestipulados, conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes oramentrias.

    O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete,no mbito da Unio, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos TribunaisSuperiores, com a aprovao dos respectivos tribunais. J no mbito dos Estados e no doDistrito Federal e Territrios, aos Presidentes dos Tribunais de Justia, com a aprovao dosrespectivos tribunais.

    Se os rgos competentes mencionados no encaminharem as respectivaspropostas oramentrias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Poder Executivoconsiderar, para fins de consolidao da proposta oramentria anual, os valoresaprovados na lei oramentria vigente, devidamente ajustados.

    J, porm, se se tratar proposta oramentria encaminhada em desacordo com oslimites estipulados conjuntamente com os demais Poderes e com a LDO, o Poder Executivoproceder aos ajustes necessrios para fins de consolidao da proposta oramentriaanual.

    Como regra de Direito Financeiro aplicada ao Poder Judicirio, a CR determina quedurante a execuo oramentria do exerccio no poder haver a realizao de despesasou a assuno de obrigaes que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes

    oramentrias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de crditossuplementares ou especiais. Em verdade, trata-se de exacerbo da Lex Principalis, pois que

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    essas regras so de observncia obrigatria para todo e qualquer rgo ou Poder dequalquer das esferas de governo.

    SSoo rrggooss ddoo ppooddeerr jjuuddiicciirriioo::

    11 --SSUUPPRREEMMOO TTRRIIBBUUNNAALL FFEEDDEERRAALL aaCCoorrttee SSuupprreemmaa ddaa ccoonnssttii ttuucciioonnaall iiddaaddee nnooPPaass ,, ccoomm oo ddeevveerr pprreeccppuuoo ddee vveellaarr ppeellaa gguuaarrddaa ddaa CCoonnssttiittuuiioo FFeeddeerraall.. ccoommppoossttoo ddeeonze Ministros, escolhidos dentre cidados com mais de trinta e cinco e menos desessenta e cinco anos de idade, de notvel saber jurdico e reputao ilibada, ao quaissero nomeados pelo Presidente da Repblica, depois de aprovada a escolha pelamaioria absoluta do Senado Federal.

    O STF possui um quadro de competncias estabelecido nos arts. 102 e 103, podendoser dividida em competncia originria e competncia recursal. Destarte, o STF poderser acionado diretamente, atravs de aes que lhe cabe processar e julgar originariamente(inicialmente) e, nesses casos, o STF analisar a questo em nica instncia (competnciaoriginria). Porm, pode-se chegar ao STF por meio de recursos ordinrios ouextraordinrios e, nesses casos, o Tribunal analisar a questo em ltima instncia

    (competncia recursal).No exerccio da competncia originria, alm das aes tpicas a serem propostas na

    Corte Suprema, o STF tambm resolve os conflitos de competncia entre TribunaisSuperiores, entre o STJ e quaisquer tribunais, ou entre estes e qualquer outro tribunal (art.101, o).

    Da mesma maneira, apesar da omisso do texto constitucional, compete ao STF ojulgamento do conflito de competncia envolvendo Tribunais Superiores e Juzes vinculadosa outros tribunais, pois o STJ no possui precedncia hierrquica sobre os demais TribunaisSuperiores.

    A competncia recursal do STF ocorre quando h o julgamento de recursos ordinriosou extraordinrios.

    A EC/04 trouxe uma incluso ao Texto Mor, relativamente aos recursos extremos,

    estabelecendo que no recurso extraordinrio o recorrente dever demonstrar a repercussogeral das questes constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que oTribunal examine a admisso do recurso, somente podendo recus-lo pelamanifestao de dois teros de seus membros.

    Uma grande novidade trazida pela EC 45/04 para o corpo da Constituio se refere deciso de carter vinculante, pois que, de acordo com o texto do art. 103-A e seuspargrafos, o Supremo Tribunal Federal poder, de ofcio ou por provocao, mediantedeciso de dois teros dos seus membros , aps reiteradas decises sobre matriaconstitucional, aprovar smula que, a partir de sua publicao na imprensa oficial,ter efeito vinculante em relao aos demais rgos do Poder Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,bem como proceder sua reviso ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

    A smula ter por objetivo a validade, a interpretao e a eficcia denormas determinadas, acerca das quais haja controvrsia atual entre rgos judicirios ou entre esses e a administrao pblica que acarrete graveinsegurana jurdica e relevante multiplicao de processos sobre questoidntica.

    EEssttaabbeelleeccee oo tteexxttoo iinnoovvaaddoorr qquuee sseemmprejuzo do que vier a ser estabelecido em lei, aaprovao, reviso ou cancelamento de smula poder ser provocada por aquelesque podem propor a ao direta de inconstitucionalidade .

    Relativamente s smulas j existentes imprescindvel a ateno ao art. 8 da EC45/04, cujo teor determina que AS ATUAIS SMULAS DO SUPREMO TRIBUNALFEDERAL SOMENTE PRODUZIRO EFEITO VINCULANTE APS SUA CONFIRMAOPOR DOIS TEROS DE SEUS INTEGRANTES E PUBLICAO NA IMPRENSAOFICIAL.

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    22 --SSUUPPEERRIIOORR TTRRIIBBUUNNAALL DDEE JJUUSSTTIIAA aaCCoorrttee SSuuppeerr iioorr ddee JJuussttiiaa,, ccoommppoossttaade,no mnimo, trinta e trs Ministros, os quais sero nomeados pelo Presidente daRepblica, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,de notvel saber jurdico e reputao ilibada, depois de aprovada a escolha pelamaioria absoluta do Senado Federal, sendo um tero dentre Juzes dos TribunaisRegionais Federais e um tero dentre desembargadores dos Tribunais de Justia, indicadosem lista trplice elaborada pelo prprio Tribunal, e um tero, em partes iguais, dentreadvogados e membros do Ministrio Pblico Federal, Estadual, do Distrito Federal eTerritrios, alternadamente, indicados na forma da Constituio.

    Da mesma forma o STJ possui competncias originrias (aes que caiba ao STJ julgar originariamente) e recursais (aes que chegam ao STJ atravs de recursosordinrios constitucionais ou recursos especiais), previstas no art. 105 da CF.

    Assim como o STF o guardio da Constituio, tambm pode-se dizer que o STJ oguardio do ordenamento jurdico federal. Ao STJ cabe resolver o conflito decompetncias entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, o, da CF,bem como entre tribunais e Juzes a ele no vinculados e entre Juzes vinculados a tribunaisdiversos.

    Da mesma forma, compete ao STJ resolver conflitos de atribuies de membro doMinistrio Pblico de Estados ou entre membros de Ministrio Pblico Estadual e Federal,

    desde que ambos tenham suscitado perante os respectivos Juzos a ausncia ou presenade atribuio para determinado feito.

    Por expressa determinao da CR, sendo a nova redao trazida pela EC 45/04, junto ao STJ devem funcionar a Escola Nacional de Formao e Aperfeioamento deMagistrados - ENFAM, cabendo-lhe, dentre outras funes, regulamentar os cursos oficiaispara o ingresso e promoo na carreira, e o Conselho da Justia Federal - CJF, cabendo-lheexercer, na forma da lei, a superviso administrativa e oramentria da Justia Federal deprimeiro e segundo graus, como rgo central do sistema e com poderes correicionais,cujas decises tero carter vinculante.

    SSuupprreemmoo TTrriibbuunnaall FFeeddeerraall ee ooss TTrriibbuunnaaiiss SSuuppeerriioorreess,, aallmm ddee tteerreemm sseeddee nnaa CCaappiittaallFFeeddeerraall,, ttmm jjuurriissddiioo eemm ttooddoo oo tteerrrriittrriioo nnaacciioonnaall..

    33 --OOSS TTRRIIBBUUNNAAIISS RREEGGIIOONNAAIISS FFEEDDEERRAAIISS EE JJUUZZEESS FFEEDDEERRAAIISS FFoorrmmaamm aa JJuussttiiaaFFeeddeerraall aa sseerr pprreessttaaddaa nnooss EEssttaaddooss,, eemm nnvveell ddee sseegguunnddoo ee pprriimmeeiirroo ggrraauu ddee jjuurriissddiioo,,rreessppeeccttiivvaammeennttee..

    SSoo ccoommppoossttooss ddee no mnimo, sete Juizes, recrutados, quando possvel, narespectiva regio e nomeados pelo Presidente da Repblica dentre brasileiros com mais detrinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo um quinto dentre advogados com mais dedez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministrio Pblico Federal com maisde dez anos de carreira, e os demais, mediante promoo de Juizes federais com mais decinco anos de exerccio, por antigidade e merecimento, alternadamente. O ingresso nacarreira como juiz federal somente se d por meio de concurso de provas e ttulos.

    A competncia da Justia Federal vem taxativamente prevista na CF (art. 109),concluindo-se que a competncia da Justia comum estadual subsidiria.

    Importante inovao trazida para o Texto Constitucional pela EC 45/04 a de quenas hipteses de grave violao de direitos humanos, o Procurador-Geral da Repblica, coma finalidade de assegurar o cumprimento de obrigaes decorrentes de tratadosinternacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poder suscitar, peranteo Superior Tribunal de Justia, em qualquer fase do inqurito ou processo, incidente dedeslocamento de competncia para a Justia Federal.

    44 --OOSS TTRRIIBBUUNNAAIISS EE JJUUZZEESS DDOO TTRRAABBAALLHHOO SSoo aa JJuussttiiaa FFeeddeerraall eessppeecciiaalliizzaaddaa eemmrraazzoo ddaa mmaattrriiaa,, aaqquuii ttrraabbaallhhiissttaa..

    JJuunnttoo aaooTribunal Superior do Trabalho funcionaro a Escola Nacional de Formaoe Aperfeioamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funes,regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoo na carreira, e o Conselho

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    Superior da Justia do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisoadministrativa, oramentria, financeira e patrimonial da Justia do Trabalho de primeiro esegundo graus, como rgo central do sistema, cujas decises tero efeito vinculante.

    Em matria de competncias a Justia Especializada do Trabalho certamente aque mais vem sofrendo alteraes para cada vez mais alcanar todas as relaesdecorrentes do labor. Atualmnete, compete Justia do Trabablho processar ejulgar: I -as aes oriundas da relao de trabalho , abrangidos os entes de direito pblicoexterno e da administrao pblica direta e indireta da Unio, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municpios; II - as aes que envolvam exerccio do direito de greve; III - asaes sobre representao sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, eentre sindicatos e empregadores; IV - os mandados de segurana, habeas corpus ehabeas da ta , quando o ato questionado envolver matria sujeita sua jurisdio; V - osconflitos de competncia entre rgos com jurisdio trabalhista, ressalvado o disposto noart. 102, I, o (= Refere-se competncia originria para o processamento e julgamento,pelo STF, dos conflitos de competncia entre o STJ e quaisquer Tribunais, entre TribunaisSuperiores, ou entre estes e qualquer outros Tribunais.); VI - as aes de indenizao pordano moral ou patrimonial, decorrentes da relao de trabalho; VII - as aes relativas spenalidades administrativas impostas aos empregadores pelos rgos de fiscalizao dasrelaes de trabalho; VIII - a execuo, de ofcio, das contribuies sociais previstas no art.

    195, I, a, e II, e seus acrscimos legais, decorrentes das sentenas que proferir; IX - outrascontrovrsias decorrentes da relao de trabalho, na forma da lei.

    55 --OOSS TTRRIIBBUUNNAAIISS EE JJUUZZEESS EELLEEII TTOORRAAIISS SSoo ooss rrggooss ddaa JJuussttiiaa FFeeddeerraall ee EEssttaadduuaalleessppeecciiaalliizzaaddaa eemm rraazzoo ddaa mmaattrriiaa eelleeiittoorraall..

    66 --OOSS TTRRIIBBUUNNAAIISS EE JJUUZZEESS MMIILLII TTAARREESS SSoo ooss rrggooss ddaa JJuussttiiaa FFeeddeerraall ee EEssttaadduuaalleessppeecciiaalliizzaaddaa eemm rraazzoo ddaa mmaattrriiaa mmiilliittaarr..

    77 -- OOSS TTRRIIBBUUNNAAIISS EE JJUUIIZZEESS DDOOSS EESSTTAADDOOSS EE DDOO DDIISSTTRRII TTOO FFEEDDEERRAALL EETTEERRRRII TTRRIIOOSS CCoommpprreeeennddeemm ooss rrggooss ddee pprreessttaaoo ddaa ttuutteellaa jjuurriissddiicciioonnaall nnaassllooccaalliiddaaddeess.. No que respeita aos Tribunais Regionais Federais e do Trabalho, dos Tribunais

    de Justia dos Estados e do DF e Territrios deve ser observada a regra do quintoconstitucional prevista no art. 94 da CF.

    8 O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA Esse mais recente rgo do PoderJudicirio, pois que criado a partir da EC 45/04, tambm tem sede na Capital Federal, masno dispe de jurisdio, sendo composto de 15 membros de diversos setores ecompetncia de fiscalizao administrativa e financeira. Diz o novel artigo 103-B, CR,que o Conselho Nacional de Justia compe-se de quinze membros com mais de trintae cinco e menos de sessenta e seis anos de idade , com mandato de dois anos,admitida uma reconduo.

    So Tribunais Superiores o STF, o STJ, o TSE, o STM e o TST, destacando-se que a

    regra do quinto constitucional, salvo quanto ao TST, no se aplica aos Tribunais Superiores,que possuem regras especficas para sua composio (art. 94).TSE = composio de, no mnimo, 7 (sete) Juzes (vide arts. 118 e 119). De se

    ressaltar que a CF somente exige requisitos especiais para os dois Juzes pertencentes advocacia, uma vez que os outros so membros do STF e do STJ. Obrigatoriamente, oPresidente e o Vice-presidente do TSE sero Ministros do STF, eleitos pelos sete Juzeseleitorais e o Corregedor Eleitoral ser Ministro do STJ, igualmente eleito (art. 119,pargrafo nico).

    TST = a composio de 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiroscom mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente daRepblica aps aprovao pela maioria absoluta do Senado Federal, observada a regra doquinto constitucional (art. 94).

    O STM composto por 15 (quinze) Ministros, sendo 10 militares e 05 civis. Ver art.123 da CF

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    Para assegurar a independncia do Poder Judicirio, a Constituio estabelece umasrie de garantias aos prprios Tribunais e aos membros do judicirio.

    A garantia do Poder Judicirio enquanto instituio se reflete pela autonomiafuncional administrativa e financeira, previstas no art. 99 da CF. Conclui-se que os Tribunaistm autogoverno e devem elaborar suas propostas oramentrias dentro dos limitesestipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes oramentrias. Aeleio de seus rgos diretivos est prevista no art. 96, I, a da CF.

    GARANTIAS DOS MAGISTRADOS:

    aa)) VITALICIEDADEqquuee,, nnoo pprriimmeeiirroo ggrraauu,, ss sseerr aaddqquuiirriiddaa aappssddooiiss aannoossddee eexxeerrcccciioo ,, ddeeppeennddeennddoo aa ppeerrddaa ddoo ccaarrggoo,, nneessssee ppeerrooddoo,, ddee ddeelliibbeerraaoo ddooTTrriibbuunnaall aa qquuee oo jjuuiizz eessttiivveerr vviinnccuullaaddoo ee,, nnooss ddeemmaaiiss ccaassooss,, ddee sseenntteennaa jjuuddiicciiaallttrraannssiittaaddaa eemm jjuullggaaddoo..

    bb)) INAMOVIBILIDADEsalvo quanto ao ato de remoo, disponibilidade eaposentadoria do magistrado, por interesse pblico, que dever ser

    fundado em deciso por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal OU do Conselho Nacional de Justia, assegurada ampla defesa..

    cc)) IRREDUTIBILI DADE DE SUBSDIO oobbsseerrvvaaddoo,, qquuaannttoo rreemmuunneerraaoo,, ooqquuee ddiissppeemm ooss aarrttss.. 3377,, XXII,, 115500,, IIII,, 115533,, IIIIII,, EE 115533,, 22..,, II..

    VVEEDDAAEESS DDOOSS MMAAGGIISSTTRRAADDOOSS::

    EExxeerrcceerr,, aaiinnddaa qquuee eemm ddiissppoonniibbiilliiddaaddee,, oouuttrroo ccaarrggoo oouu ffuunnoo,, ssaallvvoo uummaa ddee mmaaggiissttrriioo..

    Significa que os Juzes somente podem ocupar o cargo de magistrado para o qualforam nomeados e mais um cargo ou funo pblica de professor.

    RReecceebbeerr,, aa qquuaallqquueerr ttttuulloo oouu pprreetteexxttoo,, ccuussttaass oouu ppaarrttiicciippaaoo eemm pprroocceessssoo..Almeja-se, com isso, alm da lisura na entrega do direito sociedade, a moralizao

    da atividade decisria sobre a vida da sociedade e a manuteno da necessriaimparcialidade para que o juiz possa atender ao caso sem se inclinar para um lado noconsentneo com o direito e com o sentimento de justia.

    DDeeddiiccaarr--ssee aa aattiivviiddaaddee ppoollttiiccoo--ppaarrttiiddrriiaa..Nossa Constituio probe textualmente que os magistrados atuem no campo

    poltico. Tal se deve como medida que ratifica a independncia entre ao poderes do Estado.Ou bem julga ou bem legisla.

    RReceber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas fsicas,entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei.

    EEmmbboorraa sseejjaa uummaa rreeggrraa iinnttrroodduuzziiddaa ppeellaa rreecceennttee EECC 4455,, ddee 0088 ddee ddeezzeemmbbrroo ddee22000044,, ooss oobbjjeettiivvooss aaqquuii ppeerrsseegguuiiddooss ssoo pprreecciissaammeennttee ooss eessttaabbeelleecciiddooss ppaarraa aass pprrooiibbiieessddee ppaarrttiicciippaaoo oouu qquuaallqquueerr rreecceebbiimmeennttoo ddee ccuussttaass nnooss pprroocceessssooss..

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    ofensivo, entendidas estas como os crimes (no entram as contravenes penais) a que alei comine pena mxima no superior a dois anos, ou multa.

    Ao Juizado Especial Federal Cvel compete processar, conciliar e julgar causas decompetncia da Justia Federal at o valor de 60 (sessenta) salrios mnimos, bem comoexecutar as suas sentenas.