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 APOSTILA DE PORTUGUÊS

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Aposlita de Português - Concurso

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  • APOSTILA DE PORTUGUS

    CONCURSO PETROBRS 2006

    www.apostiladigital.com

    todos os direitos reservados

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    INTERPRETAO TEXTUAL OS DEZ MANDAMENTOS PARA ANLISE DE TEXTOS: 1. Ler o texto duas vezes. A primeira para tomar contato com o assunto; a segunda para observar como o texto est articulado, desenvolvido. 2. Observar que um pargrafo em relao ao outro pode indicar uma continuao ou uma concluso ou, ainda, uma falsa oposio.

    3. Sublinhar, em cada pargrafo, a idia mais importante, ou seja, o tpico frasal. 4. Ler com muito cuidado os enunciados das questes para entender direito a inteno do que foi pedido. 5. Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto, etc., para no se confundir no momento de responder a questo. 6. Escrever, ao lado de cada pargrafo ou de cada estrofe, a idia mais importante contida neles. 7. No levar em considerao o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse, escreveu. 8. Se o enunciado mencionar tema ou idia principal, deve-se examinar com ateno a introduo e/ou a concluso. 9. Se o enunciado mencionar argumentao, deve preocupar-se com o desenvolvimento. 10. Tomar cuidado com os vocbulos relatores (os que remetem a outros vocbulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.) CONOTAO X DENOTAO DENOTAO - o significado prprio da palavra que independe do contexto. o uso da palavra no seu sentido prprio. Aparece com freqncia na linguagem informtica e tcnica. A rapaz construiu o muro. O corao um rgo do corpo humano. O homem atravessou um rio. Comprei uma correntinha de ouro. CONOTAO - um novo significado que a palavra pode adquirir dentro de um determinado contexto. Na conotao, as palavras assumem um sentido figurativo. A mulher nadava em ouro. As beatas choraram rios de lgrimas. Aquela senhora um corao de pessoa. O tempo ia pingando lentamente.

    EXERCCIOS Anteponha s frases D ou C para sentido conotativo ou denotativo apresentado:

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    A) ....... Quebrei um galho de rvores. B) ....... O presidente quebrou o protocolo. C) ....... No sejas escravo da moda. D) ....... O escravo fugiu para o quilombo. E) ....... Tive uma idia luminosa. F) ....... Os cometas tm uma cauda luminosa. G) ....... Joel estava imerso em profunda tristeza. H) ....... Doces recordaes e amargas desiluses. I) ....... A fruta tem um sabor amargo.

    ERROS COMUNS EM ANLISE DE TEXTOS EXTRAPOLAO - o fato de se fugir do texto, ou melhor, escorregar na maionese. Ocorre quando se interpreta o que no est escrito. Muitas vezes so fatos reais, mas que no esto expressos no texto. Deve-se dar importncia somente ao que est relatado. REDUO - o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas parte dele. CONTRADIO - o fato de se entender justamente o contrrio do que est escrito. bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, no, o verbo ser, principalmente.

    COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTO. Compreendemos um texto quando o analisamos por inteiro - o que realmente est escrito - coletando dados do texto. Interpretamos um texto quando damos a ele um valor pessoal. Mas vlido ressaltar que mesmo diante de nossa interpretao pessoal do texto, deve-se observar a existncia de uma idia bsica defendida pelo autor. E essa a idia que precisamos encontrar ao ler o texto, a fim de respondermos questes de interpretao textual. O primeiro passo para se interpretar um texto, depois de l-lo, identificar qual a tipologia textual, ou seja, o tipo de texto que lemos. H trs tipos: TEXTO DESCRITIVO: descrever representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicao de aspectos caractersticos. E para isso, impe-se o uso de palavras especficas, exatas, que esto intimamente ligadas s sensaes (sentidos fsicos: olfato, paladar, viso, audio; sentidos psquicos ou de sensibilidade interna: fadiga, tristeza, alegria, estresse, etc.) de cada indivduo. "O feijo estava to gostoso, mas to gostoso que eu comi s uma bacia." "A cidade de Recife linda, com locais fantsticos, que demonstram a beleza do povo, o cheiro gostoso do ambiente e o cuidado que Deus teve para cri-la. " TEXTO NARRATIVO: o relato de um fato, de um acontecimento, em que atuam personagens. Os acontecimentos so narrados por um narrador, que pode assumir duas atitudes distintas: colocar-se fora ou dentro da histria.

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    Situando-se fora, restringe seu conhecimento e informao ao que lhe permite sua limitada viso (narrador-observador), ou assume, em ltima instncia, a oniscincia (narrador onisciente). Narrador onisciente - sabe tudo a respeito das personagens, seus pensamentos, sentimentos, etc. "Jos Ribamar , no colgio, o menino que usa dentes de fora, monstruoso e intempestivo, assassino frio de gatos, canrios e sabis, matador de gambs, pres e outros bichos que s de ver, brrr! Nos do calafrios. A prpria imagem do terror: ele tira partido de sua prpria aparncia m, mostrando ainda pior. Faz com que a prpria me espere sfrega, a hora de abrir o colgio e a professora, ainda mais sfrega, a hora de fech-lo."

    (Jos Ribamar Rainho - O Monstro - Millor Fernades) B) situando-se dentro, aumenta o conhecimento e a informao e pode adotar o ponto de vista de uma ou mais personagens (narrador-personagem). " A nave movia-se lentamente em direo ao destino, abrindo caminho, levada, pelo emaranhado de molculas de gs to unidas que o prprio hidrognio era reduzido densidade de um lquido. Vapor amonaco, emanando dos vastssimos oceanos daquele lquido, saturava a horrvel atmosfera... Jpiter no era um mundo agradvel."

    (Os novos robs - Isaac Asimov) Disso decorre que toda produo do discurso depende da cosmoviso (viso de mundo) do narrador e o ponto de vista ou foco narrativo um critrio para sistematizar a narrao, revelando todos os valores do mundo enfocado. O foco narrativo pode ser em: (a) 3 pessoa: o narrador pode ou no fazer parte da narrao. Ele narra os fatos na forma de um observador ou fazendo parte das personagens. (b) 1 pessoa: o narrador faz parte da histria, pois ele sempre vai falar em seu nome e a partir do seu ponto de vista. O texto narrativo possui uma estrutura bsica composta de enredo (o desenrolar dos acontecimentos), espao fsico (o lugar onde ocorre a ao, a histria) e tempo (o momento em que os fatos ocorrem). TEXTO DISSERTATIVO: o texto dissertativo no nos conta uma histria, no nos descreve um lugar; ele nos apresenta uma idia a ser defendida com argumentos, atravs de exemplos, estatsticas, etc. formado de trs partes: introduo, desenvolvimento e concluso. INTRODUO Qual o fato? DESENVOLVIMENTO

    Exemplos, Estatsticas Fatos concretos Aspectos positivo e negativo Argumentao Comparaes Pessoas envolvidas na mesma idia.

    CONCLUSO H soluo? Qual a soluo?

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    PARFRASE, PERFRASE, SNTESE E RESUMO PARFRASE: o comentrio amplificativo de um texto ou a explicao desenvolvida de um texto. O maior perigo que enfrenta quem explica um texto a parfrase.

    "Um gosto que hoje se alcana,

    Amanh j no o vejo; Assim nos traz a mudana

    De esperana em esperana E de desejo em desejo

    Mas em vida to escassa Que esperana ser forte? Fraqueza da humana sorte, Que, quanto na vida passa, Est receitando a morte."

    (Cames) "Lus Vaz de Cames, o grande poeta luso, nos fala, nestes versos, da fugacidade dos bens, que hoje alcanamos e amanh perdemos; mesmo a esperana e os desejos so frgeis e a prpria vida se esvai rapidamente, caminhando para a morte. Tinha o poeta muita razo, pois, realmente, na vida, todos os gostos terrenos se extinguem como um sopro: o homem, que sempre vive esperando e desejando alguma coisa, tem constantemente a alma preocupada com o seu destino. Ora, mesmo que chegue a realizar seus sonhos, estes no perduram..." Podemos continuar indefinidamente dando voltas ao redor do texto, sem penetrar em seu interior, sem saber o que que realmente existe nele. Ou ento, tendo em mente a forma em que o poema construdo, poderamos acrescentar umas observaes vulgares, como: "...estes versos so muito bonitos; soam muito bem e elevam o esprito. Constituem uma dcima." "Percebe-se que o autor, o ilustrssimo e renomado autor de to nobre poca, consegue, atravs do uso correto e bem adequado, transparecer a real inteno de mostrar como a vida realmente, atravs um palavras que ultrapassam a inimaginvel condio de ser, num mundo onde a vida temporal no uma referncia, mas sim um motivo, uma fora para se bem viver, j que ela breve." Estes versos so de Lus Vaz de Cames. Este poeta nasceu em Lisboa, em 1524. Supe-se que estudou em Coimbra, onde teria iniciado suas criaes poticas. Escreveu poesias lricas, peas de teatro e "Os Lusadas", o imortal poema pico da raa lusitana..." Resumindo: Para comentar ou explicar um texto no devemos nos deter em dados acidentais, perdendo de vista o que mais importante. Explicar um texto no consiste em uma parfrase do contedo, ou em elogios banais

    de estrutura. No consiste, tambm, num alarde de conhecimentos a propsito de uma passagem

    literria.

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    PERFRASE: o rodeio de palavras ou a frase que substitui o nome comum prprio. Na perfrase, sempre se destaca algum atributo do ser. Visitei a Cidade Maravilhosa. (=Rio de Janeiro) Como linda a Veneza Brasileira. (=Recife)

    PROCESSOS COESIVOS DE REFERNCIA Para no se sentir enganado pela articulao do texto, o aluno deve estar atento coeso textual. COESO TEXTUAL - o que permite a ligao entre as diversas partes de um texto. Nesse tpico, ser abordada somente a coeso do tipo referencial . a) Coeso referencial - a que se refere a outro(s) elemento (s) do mundo textual. Exemplo 1:

    Eu darei sempre o primeiro lugar modstia entre todas as belas qualidades. Ainda sobre a inocncia? Ainda, sim. inocncia basta uma falta para perder; da modstia s culpas graves, s crimes verdadeiros podem privar. Um acidente, um caso podem destruir aquela, a esta s uma ao prpria, determinada e voluntria. (Almeida Garret)

    Exemplo 2: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profisso e passara pesadamente a ensinar no curso primrio: era tudo o que sabamos dele. O professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contrados. (Clarice Lispector)

    Exemplo 3: Andr e Pedro so fanticos torcedores de futebol. Apesar disso, so diferentes. Este no briga com quem torce para outro time; aquele o faz. Exemplo 4: O presidente George W. Bush ficou indignado com o atentado no World Trade Center. Ele afirmou que castigar os culpados. (retomada de uma palavra referente Ele = Presidente George W. Bush) De voc s quero isto: a sua amizade. (antecipao de uma palavra isto = a sua amizade) O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou um bom dinheiro na loteria. (retomada por palavra lexical o felizardo = o homem)

    EXERCCIOS 1. Observe o texto abaixo para responder as questes abaixo: (...) a cabea da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ningum na rua... E como se no bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluo a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mo.(...) O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com ala partida. Segurava-a com um amor conjugal j habituado, apertando-a contra os joelhos. Com relao ao texto acima, procure responder os tpicos seguintes: A) De quem era a casa? Que palavra no texto assegura essa certeza? ____________________________________________

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    B) Qual a referncia da palavra ningum? Essa referncia feita de modo vago, impreciso ou de modo preciso, determinado? ___________________________________________ C) De quem era o olhar submisso? ___________________________________________ D) Quem era interrompido pelo soluo? Qual a palavra que indica essa referncia? ___________________________________________ E) Que referncia as palavras que e se retomam? ___________________________________________ F) quanto aos pronomes em negrito a salvava, segurava-a, apertando-a , a que eles se referem no texto? ___________________________________________ 2. Observe agora o texto abaixo: Ed Mota lembra um poltico em campanha. Em todos os lugares, todo mundo olha para ele e se sente vontade para chegar e conversar. E ele corresponde com um tremendo bom humor. Em poucas horas, conversou com estudiosos e com pessoas simples sem distino. Existem dois Ed Motas. E eu no me refiro ao tamanho do rapaz. Nem ao Ed Mota cantor ou ao Ed Mota gourmet. H um lado juvenil, daquele garoto que se sente bem informado entre discos e livros na sua casa, o cara que uma verdadeira enciclopdia de Jazz e Soul, mas ainda vibra com Led Zeppelin. E existe o lado dedicado do artista que controla totalmente sua carreira. Entre o Ed eterno adolescente e o Ed virtuoso, o melhor ficar com os dois. O cara to na dele, to boa-praa que sua arrogncia soa simpatia. No d para no gostar de um ser que vive como quer 24 horas por dia. Sem dvida, uma histria de sucesso. (O Dia/Caderno C 06/10/01, Rio de Janeiro) Julgue os itens abaixo: 1. O pronome pessoal do caso reto de 3 pessoa, presente no 2 e 3 perodos, refere-se a Ed Mota. 2. O primeiro perodo do texto detm a idia principal de todo o primeiro pargrafo. 3. E ele corresponde com um tremendo bom humor. - H uma associao de idias entre a atitude de um poltico em campanha e a de Ed Mota. 4. E eu no me refiro ao tamanho do rapaz - o termo rapaz retoma Ed Mota para informar que ele jovem. 5. No segundo pargrafo, o sujeito dos verbos referir, vibrar e controlar o mesmo, ou seja, Ed Mota. 6. daquele garoto que se sente bem informado entre discos e livros na sua casa - a expresso daquele garoto denota uma certa proximidade entre o autor do texto e o cantor. 7. O cara to na dele, to boa-praa que sua arrogncia soa simpatia. - nesta passagem, o pronome possessivo sua refere-se a boa-praa. 8. Sem dvida, uma histria de sucesso. - a expresso em negrito resume todas as informaes apresentadas no corpo do texto.

    ----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------ Um levantamento do Servio Mulher Marginalizada aponta que existem 7 milhes de mulheres se prostituindo no pas. Elas tm de 9 a 65 anos. Estimativas indicam que uma parte significativa (500mil) composta por meninas com menos de 18 anos de

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    idade. O Brasil detm um recorde lamentvel: o pas da Amrica Latina com maior nmero de prostitutas infantis.

    O racismo, que muitas vezes barra o acesso ao mercado de trabalho, tambm responsvel por conduzir as mulheres prostituio. Cerca de 70% das prostitutas so negras ou mulatas. A violncia domstica contra mulheres e crianas outro fator determinante para o aumento da prostituio. A maioria entra nessa vida porque sofreu violncia em casa, afirma Monique Laroche, coordenadora do servio e responsvel pela Casa de Convivncia da Luz. QUESTO 1: O texto aponta as seguintes causas para o aumento da prostituio feminina no Brasil: A) a violncia enfrentada nas ruas e o preconceito racial. B) O preconceito racial existente no pas e a violncia sofrida pelas mulheres dentro de suas casas. C) A falta de emprego para as mulheres com menos de 18 anos e o racismo. D) A violncia dos pais, o racismo e a injustia social do Brasil. E) A falta de acesso ao mercado de trabalho e a violncia dos pais e irmos. QUESTO 2: Podemos afirmar que o texto tem, como funo primordial: A) sensibilizar o leitor, despertando-lhe a emoo. B) narrar, pormenorizadamente, casos verdicos do cotidiano das grandes cidades. C) informar os leitores sobre dados da realidade vivenciada por algumas mulheres. D) descrever, claramente, o universo feminino. E) argumentar contra a injustia social cometida contra as mulheres negras e mulatas.

    ----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------ Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas em planos de estabilizao o conflito entre perdedores e ganhadores. s vezes reais, outras fictcias, estes conflitos geram confrontos e polmicas que, com freqncia, podem pressionar os formuladores da poltica de estabilizao a tomar decises erradas e, com isto, comprometer o sucesso das estratgias anti-inflacionrias. Questo : julgue as opes abaixo quanto a manuteno do mesmo sentido do trecho destacado acima::

    1. Os formuladores da poltica de estabilizao podem tomar decises erradas se os conflitos, gerados por confrontos e polmicas, os pressionarem; o sucesso das estratgias anti-inflacionrias fica, com isto, comprometido.

    2. Estes conflitos, reais ou fictcios, geram confrontos e polmicas que, freqentemente, podem pressionar os formuladores da poltica de estabilizao a tomar decises erradas e, com isso, comprometer o sucesso das estratgias anti-inflacionrias.

    3. O sucesso das estratgias anti-inflacionrias pode ficar comprometido se, pressionados por conflitos, reais ou fictcios, os formuladores da poltica de estabilizao gerarem confrontos e polmicas ao tomarem as decises erradas.

    4. Os conflitos, s vezes reais, outras fictcios, que podem pressionar os formuladores da poltica de estabilizao a confrontos e polmicas, comprometem o sucesso das estratgias anti-inflacionrias, se as decises tomadas forem erradas.

    5. O sucesso das estratgias anti-inflacionrias pode ficar comprometido se os formuladores da poltica de estabilizao, pressionados por confrontos e polmicas decorrentes de conflitos, tomarem decises erradas.

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    ----------------------------- TEXTO 3 ------------------------------

    Dizem-me que mais da metade da humanidade se dedica prtica dessa arte; mas eu discordo dessa afirmativa, visto que no existe tal quantidade de gente inativa. O que acontece estar essa gente interessada em atividades impessoais com repercusses imediatas para o mundo. QUESTO : Analise e julgue as opes abaixo quanto a manuteno do mesmo sentido do trecho destacado acima::

    1. mas eu discordo dessa afirmativa, uma vez que existe muita inativa. O fato que essa gente demonstra interesse por atividades impessoais com repercusses imediatas para o mundo.

    2. mas eu duvido desta afirmativa, j que no existe tanta gente laboriosa. O fato que essa gente decide desenvolver atividades imparciais sem conseqncias vantajosas para o mundo.

    3. mas eu interrogo esta afirmao, posto que existe muita gente sem fazer nada. O que acontece que essa gente est interessada em atividades bilaterais sem conseqncias vs para o mundo.

    4. mas eu discordo desta afirmativa, porque existe muita gente inativa. O que acontece que essa gente fica desinteressada em atividades exclusivas com repercusses positivas para o mundo.

    5. mas eu no concordo com esta afirmao, porque no existe tanta gente sem fazer nada. O fato que essa gente prefere desenvolver atividades impessoais com repercusses imediatistas para o mundo.

    ----------------------------- TEXTO 4 ------------------------------ Elas podem ser maioria, mas enfrentam preconceito

    Existem vrios mitos a respeito da diferena de tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais caro empresa.; outros, que no existe discriminao salarial entre sexos. A revista Veja, por exemplo, est entre estes ltimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos femininos inferiores um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de grupos feministas. Com o ttulo de Elas j so maioria na firma, a publicao traz uma reportagem bastante positiva sobre a insero das mulheres no mercado de trabalho, na qual garante: Quando ocupam a mesma funo e tm o mesmo currculo e experincia, as mulheres recebem o mesmo que os homens. Ou seja, com oportunidades iguais, no h diferena.(...) A tese da Veja contraria a posio no s de feministas, mas de diversos pesquisadores que estudam o problema a fundo, sem pressa, tanto brasileiros como internacionais. A prpria matria apresenta dados de uma recente pesquisa da organizao Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporo salarial entre sexos. Sem dvida um dado positivo: em dez anos a diferena caiu de 32% para 22%. No entanto, a pesquisa no deixa de mencionar o que a entidade intitulou como teto de vidro - uma faixa invisvel que impede mulheres de ascender profissionalmente dentro de uma empresa.(...) ZAVALA, R. Texto da Internet.Adaptado QUESTO 1: Das alternativas abaixo, a nica que corresponde a uma idia presente no texto : A) um equvoco afirmar que as mulheres sofrem discriminao salarial. B) A revista Veja defende que as mulheres so discriminadas no ambiente de trabalho. C) Feministas e pesquisadores defendem que a discriminao feminina um dado real.

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    D) A desproporo salarial entre os sexos um mito. E) Pesquisas da OIT apontam para a intensificao das diferenas salariais entre os sexos. QUESTO 2: No texto, observe que alguns substantivos aparecem uma primeira vez e, depois, ao longo do texto, so substitudos por palavras equivalentes ou so simplesmente inferidos pelo contexto. Sobre esses mecanismos textuais, analise as seguintes afirmativas: I. H elipse do substantivo mitos em: Existem vrios mitos a respeito da diferena de tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais caro empresa; outros, que no existe discriminao salarial entre sexos. II. Em A revista Veja, por exemplo, est entre estes ltimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos femininos inferiores um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de grupos feministas. Com o ttulo de Elas j so maioria na firma, a publicao traz uma reportagem bastante positiva sobre a insero das mulheres no mercado de trabalho, o termo destacado corresponde a uma retomada de A revista Veja. III. No segmento A prpria matria apresenta dados de uma pesquisa da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporo salarial entre sexos. Sem dvida um dado positivo: em dez anos a diferena caiu de 32% para22%. No entanto, a pesquisa no deixa de mencionar o que a entidade intitulou como teto de vidro..., o termo sublinhado retoma a Organizao Internacional do Trabalho. Est (o) correta (s): A) 1, apenas. D) 2, apenas. B) 3, apenas. E) 2 e 3. C) 1, 2 e 3.

    ----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------ - Haveis de entender, comeou ele, que a virtude e o saber tm duas existncias paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no esprito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito solitrio, remoto de todo contato com outros homens, como se eles no existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ningum os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ningum os vir, no valem nada; ou, por outras palavras mais energticas, no h espetculo sem espectador. (...) (Machado de Assis, O segredo do bonzo.) QUESTO : Nos segmentos do texto o ouvem ou contemplam, se eles no existissem e se ningum os vir, os pronomes o, eles e os referem-se, respectivamente, a: A) esprito, outros homens, frutos de uma laranjeira.

    B) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens. C) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos. D) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma laranjeiras. E) esprito, virtudes e conhecimentos, outros homens.

    ----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------

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    O que incomoda a populao (...) o piolho da cabea, que se hospeda geralmente em crianas em idade pr-escolar. No se sabe ao certo o porqu da maior incidncia em crianas, mas se acredita que seja provavelmente pelo contato mais ntimo entre elas. Afinal, s pode ocorrer infestao se a criana entrar em contato com outra, desmitificando assim que o piolho voa ou que o uso em comum de pentes e escovas pode ser tranqilo.

    Outro mito (...) a transmisso do piolho animal para o ser humano. Isto no existe porque cada espcie tem seu piolho e se o parasita picar outra espcie que no seja a sua, morre.

    QUESTO : Diante da interpretao do texto acima, julgue as alternativas abaixo: 1. O texto aborda um dos problemas que atinge a populao brasileira, principalmente quando na idade pr-escolar. 2. Afinal, s pode ocorrer infestao se a criana entrar em contato com outra - h a elipse do substantivo criana logo aps a palavra outra. 3. A expresso outro mito (2 pargrafo) retoma coesivamente a expresso anterior (...) piolho voa. 4. No perodo cada espcie tem seu piolho e se o parasita picar outra espcie que no seja a sua, morre, o pronome sua se refere claramente ao piolho animal. 5. ...No se sabe ao certo o porqu da maior incidncia em crianas, mas se acredita... - a conjuno insere uma idia de explicao.

    EXERCCIOS GERAIS PROGRAMA

    ----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------ O homem

    O sertanejo , antes de tudo, um forte. No tem o raquitismo exaustivo dos mestios neurastnicos do litoral.

    A sua aparncia, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrrio. Falta-lhe a plstica impecvel, o desempeno, a estrutura corretssima das organizaes atlticas. desgracioso, desengonado, torto. Hrcules-Quasmodo, reflete no aspecto a fealdade tpica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translao de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicncia que lhe d um carter de humildade deprimente. A p, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. (...) E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo - cai o termo - de ccoras, atravessando largo tempo numa posio de equilbrio instvel, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos ps, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridcula e adorvel. o homem permanentemente fatigado. (...) Idem, ibidem, p. 81. UEST QUESTO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 1: 1. Apesar de ser forte e socivel, o sertanejo um indivduo muito desleixado, porque pobre e feio. 2. Em Agrava-o a postura normalmente abatida (l.12), o pronome o refere-se a O andar .

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    3. Em Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicncia que lhe d um carter de humildade deprimente., o pronome sublinhado refere-se a sertanejo .

    4. Na passagem A p, quando parado, recosta-se invariavelmente (l.14-15) , o sujeito est subentendido. 5. Nas linhas 21-22, a orao intercalada cai o termo, que est entre travesses, pode ser suprimida sem prejuzo para o sentido textual.

    ----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------

    Bilhete complicado O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros moda antiga, que gostava de tudo certinho e no seu devido tempo. Namorava uma linda donzela, por quem estava realmente apaixonado. Um dia, quando fazia uma viagem de negcios, Gumercindo entrou em uma loja e comprou um presente para a namorada: finssimo par de luvas de pelica. S que na hora do embrulho, a balconista se enganou e colocou na caixa uma calcinha de renda, e o pacote foi despachado pelo correio com o seguinte bilhete: "Estou mandando este presente para fazer-lhe uma surpresa. Sei que voc no usa, pois nunca vi usar. Pena no estar a para ajud-la a vestir. Fiquei em dvida com a cor, no entanto a balconista experimentou na minha frente e me mostrou que esta era a mais bonita. Achei meio larga na frente, mas ela me explicou que era para a mo entrar mais fcil e os dedos se mexerem bem. Voc no deve lavar em casa por recomendao do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso para no dar mau cheiro. Espero que goste, pois este presente vai cobrir aquilo que vou lhe pedir muito em breve. Receba um afetuoso abrao do seu Gumercindo." (Marcos Vinciius Ribeiro, Humor na Mirabilndia - Paraguau, MG) QUESTO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 2: 1. Atravs do texto, percebe-se claramente que as conseqncias no sero agradveis e que certamente o relacionamento com a linda donzela chegar ao fim. 2. Mesmo diante do acontecimento inesperado, o personagem deixa claro que as suas intenes so as mais apaixonadas possveis e que, mesmo numa viagem de negcios, lembrou a amada. 3. O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros moda antiga, que gostava de tudo certinho - o termo destacado est no grau diminutivo, logo apresenta idia de reduo, diminuio. 4. Voc no deve lavar em casa por recomendao do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso para no dar mau cheiro. - Diante da recomendao do rapaz, compreende-se que os verbo "lavar", "usar" e "virar" possuem o mesmo complemento verbal subentendido: calcinha de renda. 5. "Estou mandando este presente para fazer-lhe uma surpresa." - A expresso "este presente" e o pronome oblquo "lhe" retomam , no texto, respectivamente "luva de pelica" e "namorada".

    ----------------------------- TEXTO 3 ------------------------------ Afinal, o que ser cidado?

    Ser cidado ter direito vida, liberdade, propriedade, igualdade perante lei: , em resumo, ter direitos civis. tambm participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos polticos. Os direitos civis e polticos no asseguram a democracia sem direitos sociais, aqueles que garantem a participao do indivduo na riqueza coletiva: o direito educao, ao trabalho, ao salrio justo, sade, a uma velhice tranqila. Exercer a cidadania plena ter direitos civis, polticos e sociais.

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    QUESTO : Acerca do texto 3 e do tema nele abordado, julgue os itens subseqentes: 1. Constitui uma estrutura alternativa e tambm correta para o primeiro perodo do texto o trecho : Ser cidado ter direito a vida, liberdade, propriedade, igualdade perante a lei: , em resumo, ter direitos civis. 2. Inserir a expresso "isto ", entre vrgulas, imediatamente antes de "ter direitos polticos" (l.4) tornaria o perodo incoerente. 3. Imediatamente antes de "aqueles" (l.6), a insero da estrutura "que so" no causa prejuzo para a correo do texto. 4. "... aqueles que garantem a participao do indivduo na riqueza coletiva..." - substituindo-se a palavra "que" por "os quais " no alteraria o sentido da orao em destaque. 5. Os verbos "asseguram" e "garantem" concordam com o mesmo sujeito na 3 pessoa do plural.

    ----------------------------- TEXTO 4 ------------------------------ A sociedade brasileira clama por transformaes e a esperana tornou-se palavra-chave desses novos tempos. A superao dos graves problemas que afligem o povo brasileiro, como a fome e a misria, o principal desafio do novo governo. Vencer as desigualdades faz parte de uma estratgia e de um novo modelo de desenvolvimento para o pas, que pode dispor, para tanto, da imensa riqueza natural de nossa Nao. A construo de um novo momento histrico um compromisso que deve estar pautado em todas as aes de governo. Nesse contexto que afirmamos o direito da sociedade brasileira informao e educao. O caminho, portanto, o da incluso social, momento em que deve ser construda uma nova cultura embasada nos direitos fundamentais da vida humana, fortalecidos na concepo e na prtica de uma nova poltica social e econmica para o pas. QUESTO : Acerca do texto 4 e do tema nela abordado, julgue os itens subseqentes: 1. Nas linhas 1 e 2, a conjuno "e" liga transformaes a "esperana" para complementar a idia de clamar. 2. Na linha 4, o emprego de "como" indica que "a fome e a misria" no so os nicos "graves problemas que afligem o povo brasileiro". 3. O emprego dos sinais indicativos de crase antes de "informao" (l.13) e de "educao" (l.14) mostra que estes substantivos complementam "direito" (l.12) 4. Na linha 8, o pronome relativo "que" tem como referente "desigualdades" (l.6). 5. A substituio de "fortalecidos" (l.17) por "fortalecida" preservaria a correo gramatical, mas alteraria as relaes entre as idias do texto.

    ----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------ AAB Corretora, em parceria com a Fundao do Banco do Brasil e com a Federao Nacional das Associaes Atlticas Banco do Brasil, manteve o apoio ao Programa de Integrao AABB Comunidade, que oferece prticas esportivas, reforo alimentar, conhecimentos bsicos de higiene e sade, dando senso de responsabilidade e cidadania a crianas e adolescentes. Em 2002, o programa

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    beneficiou 51.520 crianas carentes em todo o pas, sendo assistidas regularmente por 3.680 educadores. Continuou tambm apoiando o Projeto Criana e Vida, desenvolvido pela Fundao banco do Brasil. Esse projeto objetiva investir na modernizao de centros mdicos e atualizao de recursos humanos, na promoo de campanhas de conscientizao sobre os sintomas e tratamento de cncer infantil e na busca da elevao de taxas de cura da doena em crianas e adolescentes. QUESTO : Acerca do texto 5 e do tema nela abordado, julgue os itens subseqentes: 1. A forma verbal "manteve" (l.3), por estar no singular, restringe o foco da ao, relacionando-a a uma nica instituio entre as trs parceiras citadas. 2. Na linha 4, o emprego de preposio aglutinada ao artigo masculino singular em "ao Programa" deve-se regncia da palavra "apoio". 3. A forma verbal "oferece" (l.5) vincula-se ao agente antecedente, representado pela palavra "apoio" (l.4) 4. Se a expresso "dando senso de responsabilidade" (l.6-7) for substituda por despertando o senso de responsabilidade, sero desnecessrias outras modificaes para que o respectivo perodo do texto permanea correto. 5. "sendo assistidas regularmente por 3.680 educadores". - a palavra "assistidas" est no feminino plural para concordar com crianas e adolescentes.

    ----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------ As condies sociais da populao brasileira sofreram um retrocesso nos

    ltimos vinte anos. O forte aumento das taxas de desemprego e dos ndices de violncia fizeram com que a excluso social voltasse a crescer aps ter diminudo entre 1960 e 1980. A constatao faz parte do Atlas da Excluso Social no Brasil (vol.2, Cortez), publicao feita por pesquisadores da PUC, USP e UNICAMP, sob a coordenao do secretrio municipal do trabalho de So Paulo. O estudo revela que, de 1980 a 2000, aumentou o nmero de estados com alto ndice de excluso social - passou de 15 para 17. Em 1960, eram 21 os estados com condies consideradas ruins. Em 2000, a parcela de excludos era equivalente a 47,3% de uma populao de 170milhes de pessoas. Em 1980, o total era 42,6% de 120 milhes, e, em 1960, 49,3% de 70 milhes. (...) QUESTO : Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 6: 1. Para reforar a coeso textual, seria correto empregar, no incio do terceiro perodo do texto, o pronome demonstrativo Essa em lugar do artigo indefinido "A". 2. A vrgula aps "(vol.20, Cortez)" (l.5) dispensvel, porque isola um termo que explica o antecedente. 3. Em "a parcela de excludos era equivalente a 47,3% de uma populao de 170milhes de pessoas" - " a 47,3% " seria correto introduzir o sinal indicativo de crase em "a". 4. O "estudo" revela que, de 1980 a 2000, aumentou o nmero de estados - a palavra estudo retoma coesivamente o referente Atlas da Excluso Social no Brasil (vol.2, Cortez). 5. O "... estudo revela que, de 1980 a 2000, aumentou o nmero de estados ..." - o pronome relativo em destaque retoma o termo estudo.

    ----------------------------- TEXTO 7 ------------------------------

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    Talvez voc ainda no saiba, mas, para a maioria dos pais, a despesa com os cursos universitrios dos filhos s ser menor que o gasto empreendido na compra da casa prpria. Em algumas faculdades, por exemplo, o preo pago por quatro anos de estudo supera os R$100.000,00. Como conseguir poupar essa quantia? Onde investir o dinheiro? E, provavelmente o mais importante, quando e como comear a se preparar para essa batalha? Quase nunca os pais tm noo de quanto vo gastar na educao dos filhos para comear a se inteirar do assunto, confira a tabela abaixo, que, embasada em levantamentos do IBGE em 1998, estima o custo do herdeiro, desde o dia do nascimento at completar 22 anos de idade, para uma famlia de classe mdia com renda mensal entre 20 e 40 salrios mnimos. QUESTO : Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 7: 1. O pronome "voc" (l.1) e o trecho "para comear a se inteirar do assunto, confira" (l.11-12) indicam interesse em tornar o texto menos formal e mais interativo. 2. O texto demonstra que h clculos precisos para estimar os custos educacionais e, por isso, todos os pais j sabem quanto devem economizar para arcar com o investimento nos cursos superiores dos filhos. 3. De acordo com as idias do texto, para muitos pais, o investimento com a aquisio da casa prpria o nico gasto que supera a despesa com os cursos universitrios dos filhos. 4. O segundo perodo do texto permite a inferncia de que existem faculdades em que o custo por quatro anos de estudo no chega a R$100.000,00. 5. " Onde investir o dinheiro?" - nesse perodo, o pronome relativo "onde" faz meno ao lugar incerto para se investir o dinheiro.

    ----------------------------- TEXTO 8 ------------------------------ Uma das novas tendncias brasileiras a demanda popular, mesmo nas

    camadas mais pobres, por vaga nas universidades, especialmente nas pblicas, livres das pesadas mensalidades. Emparelha-se, para centenas de milhares de jovens de escolas pblicas, ao sonho da casa prpria. Mas, pela falta de recursos, essas instituies tm cada vez menos condies de abrir novas vagas e garantir a qualidade de ensino. Como o Brasil convive simultaneamente com diferentes dcadas (ou mesmo sculos), enfrentam-se, lado a lado, a fome mais primitiva, o trabalho escravo e infantil e a presso dos milhes de estudantes de escolas pblicas que correm atrs de um diploma de faculdade, exigido por uma sociedade com forte impacto tecnolgico. Sinais desse movimento so algumas inovaes que sero lanadas ainda neste semestre em So Paulo e compem o novo perfil do Brasil. A prefeitura decidiu fortalecer os cursinhos pr-vestibulares gratuitos e garantir bolsas nos que so pagos. algo que, at h pouco tempo, ningum poderia imaginar como papel de uma prefeitura, pela lei, do ensino fundamental. Percebeu-se que, sem determinado tipo de habilitao e formao escolar, o jovem, mesmo de classe mdia baixa, entra no mundo da marginalidade. Muitas empresas esto exigindo diploma de ensino mdio a trabalhadores para executarem atividades que, no passado, ficavam nas mos de analfabetos ou de semi-analfabetos. Indstrias mais sofisticadas preferem operrios com cursos universitrios. QUESTO : Julgue os itens abaixo:

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    1. Na linha 11, as expresses "diferentes dcadas" e "sculos" no se referem exatamente a um marco temporal, mas a desigualdades sociais, que marcaram poca. 2. "A prefeitura decidiu fortalecer os cursinhos pr-vestibulares gratuitos e garantir bolsas nos que so pagos. " - subentende-se a palavra cursinhos antes da expresso "que so pagos" 3. ... Como o Brasil convive simultaneamente com diferentes dcadas (ou mesmo sculos), enfrentam-se, lado a lado, a fome mais primitiva, o trabalho escravo e infantil e a presso dos milhes de estudantes de escolas pblicas..." - percebem-se, claramente, no perodo acima, as idia de causa e conseqncia. 4. " ... Percebeu-se que, sem determinado tipo de habilitao e formao escolar, o jovem, mesmo de classe mdia baixa, entra no mundo da marginalidade.." - o pronome "se", em "Percebeu-se", tem como referente "o jovem" . 5. Infere-se da ltima orao do texto que as indstrias esto se tornando mais sofisticadas porque empregam operrios com cursos universitrios.

    ----------------------------- TEXTO 9 ------------------------------ Ano internacional da gua: alerta para crise sem precedentes. O Programa Mundial para a Avaliao dos Recursos de gua Doce, uma colaborao entre 23 agncias das Naes Unidas, apresentou seu Relatrio Mundial de Desenvolvimento da gua durante o 3 Frum Mundial da gua, realizado em Kyoto, Japo. O informe mundial sobre a gua adverte os governos sobre a "inrcia poltica", que s agrava a situao, marcada pela permanente reduo dos mananciais do planeta, pelo alto grau de poluio e pelo aquecimento global. De acordo com o documento, o agravamento da escassez de gua dificultar o combate fome no mundo, comprometendo a meta mundial de erradicar a fome at 2050. Atualmente, 25 mil pessoas morrem de fome a cada dia e outras 815 milhes sofrem de desnutrio. Com o agravamento da falta de gua, esses nmeros tendem a piorar. O alerta de que o mundo enfrenta uma crise sem precedentes no abastecimento de gua, feito pela ONU, est contido no estudo coordenado pela UNESCO e apresenta dois cenrios sobre escassez. No primeiro, so 2 bilhes de pessoas sem gua em 48 pases. No segundo, mais pessimista, so 7 bilhes em 60 naes. Em 2050, a populao mundial estimada ser de 9,3 bilhes de pessoas. QUESTO : Julgue os itens abaixo: 1. " ... Atualmente, 25 mil pessoas morrem de fome a cada dia e outras 815 milhes sofrem de desnutrio..." - O emprego de "outras" indica que as pessoas que "morrem de fome" no sofriam de desnutrio. 2. De acordo com o texto, 23 agncias das Naes Unidas mantm, em colaborao, um programa para a avaliao dos recursos de gua doce. 3. " ... De acordo com o documento, o agravamento da escassez de gua dificultar o combate fome no mundo, comprometendo a meta mundial de erradicar a fome at 2050.." - Mantm-se as relaes de sentido e a correo gramatical do texto ao se substituir "comprometendo" por e comprometer, retirando-se a vrgula que precede a forma de gerndio.

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    4. Pelos sentidos textuais, os vocbulos "pases" e "naes" esto empregados como sinnimos e, por isso, admitem ser livremente trocados um pelo outro. 5. "... O alerta de que o mundo enfrenta uma crise sem precedentes no abastecimento de gua, feito pela ONU, est contido no estudo coordenado pela UNESCO e apresenta dois cenrios sobre escassez..." - Preserva-se o sentido do texto ao se substituir "O alerta" por "A advertncia" , mas, para que a correo gramatical seja preservada, ser tambm necessrio mudar "feito pela ONU, est contido" por feita pela ONU, est contida.

    ----------------------------- TEXTO 10 ----------------------------- Embora nessa sua ofensiva para reformar a previdncia do funcionalismo pblico e criar uma contribuio para os inativos, o Congresso e o Poder Judicirio j deixaram claro que, se depender deles, tudo continuar como est. Para os parlamentares, que desfrutam da aposentadoria mais rpida do pas, as medidas so "impopulares". Para a magistratura, composta ela prpria de funcionrios pblicos, elas so ilegais, pois a Constituio da Repblica veda a cobrana retroativa de qualquer tipo de taxa ou imposto. Esses argumentos, contudo, no resistem um minuto quando confrontados com a realidade dos fatos. Na verdade, qualquer um que examinar os grandes nmeros do sistema previdencirio brasileiro chegar, obrigatoriamente, concluso de que ele a maior mquina institucionalizada de transferncia de renda de pobres para ricos e remediados de que se tem notcia no planeta.

    QUESTO : Julgue os itens abaixo: 1. A expresso "Esses argumentos" retoma as idias de impopularidade e de ilegalidade trazidas ao debate pelos parlamentares e pelos magistrados, respectivamente. 2. " ... Esses argumentos, contudo, no resistem um minuto quando confrontados com a realidade dos fatos... " - A conjuno contudo pode ser substituda por embora sem alterao da coerncia do texto. 3. Infere-se do texto que os mais beneficiados pelo sistema de previdncia no so os mais necessitados. 4. " ... Para os parlamentares, que desfrutam da aposentadoria mais rpida do pas, as medidas so "impopulares".." - as vrgulas aps "parlamentares" e "pas" conferem carter restritivo orao por elas isoladas. 5. possvel que a palavra "impopulares" esteja entre aspas no texto tanto para representar citao quanto para conferir carter de ironia informao.

    ----------------------------- TEXTO 11 ---------------------------- A revoluo da informao, o fim da guerra fria - com a decorrente hegemonia de uma superpotncia nica - e a internacionalizao da economia impuseram um novo equilbrio de foras nas relaes humanas e sociais que parece jogar por terras as antigas aspiraes de solidariedade e justia distributiva entre os homens, to presentes nos sonhos, utopias e projetos polticos nos ltimos dois sculos. Ao contrrio: o novo modelo - cuja arrogncia chegou ao extremo de considerar-se o ponto final, seno culminante, da Histria - promove uma brutal reconcentrao de renda em mbito mundial, multiplicando a desigualdade e banalizando de maneira assustadora a perverso social. QUESTO : Julgue os itens abaixo:

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    1." A revoluo da informao, o fim da guerra fria - com a decorrente hegemonia de uma superpotncia nica - e a internacionalizao da economia impuseram um novo equilbrio de foras nas relaes humanas..." - Pelo sentido textual, as palavras "foras" e "relaes" podem ser interpretadas como sinnimas. 2. " ... a internacionalizao da economia impuseram um novo equilbrio de foras nas relaes humanas e sociais que parece jogar por terras as antigas aspiraes de solidariedade e justia distributiva entre os homens... " - a locuo verbal "parece jogar" est no singular porque est empregada numa funo impessoal. 3. " ... as antigas aspiraes de solidariedade e justia distributiva entre os homens, to presentes nos sonhos, utopias e projetos polticos nos ltimos dois sculos..." - o adjetivo "presentes" qualifica "homens". 4. Mantm-se a correo gramatical e o mesmo sujeito da orao, acrescentando-se o pronome "SE" s formas verbais da ltima orao: "multiplicando-se" e "banalizando-se". 5. Os travesses nas linhas 1 e 2 marcam a insero de uma observao adicional e, por isso, podem ser substitudos por sinais de parnteses.

    --------------------------- TEXTO 12 ------------------------------ O mundo das finanas nunca mais ser o mesmo. O fantstico desenvolvimento da tecnologia nos ltimos anos mudou em definitivo o conceito de dinheiro. Os melhores investimentos passaram a ser fruto da velocidade das transaes, da ausncia de barreiras geogrficas e do acesso informao. Quanto mais rpido e bem informado for o investidor, menor ser sua chance de perda. O tino para negcios foi substitudo, em larga escala, por mquinas velozes e precisas.

    1. O segundo perodo do texto estaria tambm correto se a forma verbal mudou estivesse no plural para concordar com anos. 2. O termo em definitivo pode ser substitudo, sem prejuzo para a correo gramatical do perodo, por definitivamente ou por de forma definitiva. 3. A palavra fruto (l.4) est empregada em sentido conotativo e corresponde idia de resultado. 4. O pronome sua (l.8) elemento coesivo que se refere a informado. 5. Est correta a seguinte reescritura do ltimo perodo do texto: Substituiu-se o tino para os negcios, em larga escala, por mquinas velozes e precisas.

    --------------------------- TEXTO 13 ------------------------------ As aes de respeito para com os pedestres

    > Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os faris. Procure no usar a meia-luz. > No use faris auxiliares na cidade. > Nas rodovias, use sempre os faris ligados. Isso evita 50% dos atropelamentos. Seu carro fica mais visvel aos pedestres. > Sempre, sob chuva ou neblina, use os faris acesos. > Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e preste ateno. O pedestre tem a preferncia na passagem. > Motorista, atrs de uma bola vem sempre uma criana.

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    > Nas rodovias, no d sinal de luz quando verificar um trabalho de radar da polcia. Voc estar ajudando um motorista irresponsvel, que trafega em alta velocidade, a no ser punido. Esse motorista, no sendo punido hoje, poder causar uma tragdia no futuro. > No estacione nas faixas de pedestres. QUESTO : Julgue os itens a seguir. 1. Entre os diversos fatores que ampliam as aes de respeito para com os pedestres, est o fortalecimento do conceito cidadania, marcante na civilizao contempornea. 2. Embora o vocativo Motorista esteja explcito apenas em dois tpicos do texto, o emprego dos tempos verbais indica que est subentendido em todos os demais. 3. As relaes semnticas no terceiro tpico permitem subentender a idia de porque entre atropelamentos Seu. 4. No quarto tpico, a circunstncia sob chuva ou neblina tem funo caracteristicamente explicativa e, por isso, se retirada, no se alteraro as condies de uso para faris acesos. 5. O sexto tpico, diferentemente dos outros, no explicita ao do motorista, apenas fornece uma condio para seja subentendida cautela.

    ------------------------- TEXTO 14 ------------------------------ Os EUA acreditam que o Brasil seja o segundo maior consumidor de cocana do mundo. Segundo o subsecretrio do Escritrio Internacional para Assuntos de Entorpecentes, James Mack, estima-se que o pas consuma entre 40 e 50 toneladas (t) de cocana por ano. A estimativa baseia-se na produo e circulao da droga no mundo. Em 2000, foram produzidas 700 t de cocana, estando 95% da produo concentrada na Colmbia. Desse total, segundo Mack, 100 t passam pelo Brasil, mas apenas entre 50 t e 60 t chegam Europa. Os norte-americanos acreditam que a droga que no vai para a Europa consumida no Brasil. O Brasil s ficaria atrs dos EUA, que, em 2000, consumiram 266 t. Em 1999, 80% da cocana do mundo foi consumida nos EUA e, em 2000, conseguimos reduzir esse total para menos da metade. O problema que a droga est indo para outros pases, entre eles o Brasil, disse Mack. Mack veio ao Brasil, acompanhado de outros especialistas norte-americanos no assunto, para a reunio anual entre o Brasil e os EUA sobre coordenao no combate ao narcotrfico e outros ilcitos, como lavagem de dinheiro, por exemplo. QUESTO: Com base no texto, julgue os seguintes itens. 1. Sero conservadas as mesmas relaes de coerncia com a argumentao do texto se, em lugar de acreditam (l.1) , for usado "sabem", com as devidas alteraes sintticas. 2. O emprego de consuma (l.5) indica, sintaticamente, uma ao dependente de outra, ao mesmo tempo que denota uma hiptese, algo de que no se pode afirmar a certeza. 3. Mantm-se as mesmas relaes percentuais ao se empregar a preposio em no lugar de para na expresso para menos da metade (l.17).

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    4. Mantm-se a coerncia e a coeso textuais ao deslocar-se a expresso acompanhado de outros especialistas norte americanos no assunto (l.20-21) para o incio do perodo ou para imediatamente aps ilcitos. 5. Nas linhas 1 e 22, Brasil e EUA esto sendo utilizados para designar representantes brasileiros e representantes norte-americanos.

    --------------------------- TEXTO 15 ------------------------------ O capitalismo, ao contrrio do comunismo e do socialismo, no , de forma

    alguma, um ismo. No um sistema sonhado por filsofos, polticos ou economistas e depois posto em prtica por deciso de governos. Trata-se de um evento natural, uma pea orgnica no progresso humano. A Histria mostra que o capitalismo ocorre nas sociedades humanas quando elas atingem certo nvel de progresso tecnolgico e as pessoas com dinheiro percebem que podem lucrar ao se organizarem para investir.

    Acontecendo naturalmente, o capitalismo no tem necessidade de ajuda dos governos. Pode-se dizer que ele inevitvel, a no ser que o governo tome determinadas medidas para impedi-lo. Ocorreu em larga escala, pela primeira vez, na Inglaterra, na segunda metade do sculo XVIII, e foi possvel porque a sociedade britnica era relativamente livre, com poucas leis que impedissem as mudanas econmicas e tcnicas. O governo no teve praticamente nada a ver com ele. O fenmeno foi chamado de Revoluo Industrial, mas esse nome supe mudana dramtica e violncia. No houve nada disso. Nem houve grandes planos, regras ou decises grandiosas.

    Assim, o capitalismo nasceu de decises no-coordenadas e meramente coincidentes de muitos milhares de pequenos fabricantes, comerciantes, artesos, poupadores, investidores e instituies financeiras. Os grandes bancos no desempenharam papel algum, pois simplesmente no existiam. Veja, 27/12/2000, p. 163 (com adaptaes). QUESTO: Com relao ao texto 15, julgue os itens abaixo. 1. No texto, o termo ismo (l.2), geralmente usado como sufixo, est empregado como substantivo. 2. No texto, a argumentao a favor da idia do capitalismo como evento natural baseia-se em testemunhos de autoridade, pois h citao de filsofos e pensadores. 3. A expresso do texto pea orgnica (l.5-6) pode ser interpretada como parte naturalmente constituinte da organizao, ou seja, algo que tem o carter de um desenvolvimento natural, inato, em oposio ao que ideado, calculado. 4. No texto, as expresses instituies financeiras (l.27-28) e grandes bancos (l.28) esto sendo usadas como sinnimas. 5. No texto, se alterarmos a palavra "mudana" (l.21) por "alteraes", o sentido permaneceria inalterado e no seriam necessrias alteraes gramaticais. -------------------------- TEXTO 16 ------------------------------

    O Brasil vai crescer menos O ritmo de crescimento da economia brasileira se desacelerou mais rpido ante o previsto. No segundo trimestre deste ano, o produto interno bruto (PIB) - que mede a produo de riquezas do pas - foi inferior ao do perodo de janeiro a maro. Isso interrompe a seqncia de expanso que vinha sendo registrada desde o segundo

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    trimestre de 1999. No semestre, o pas cresceu 2,49%. Esse resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), contraria todas as previses do mercado, que esperava uma expanso de 3% na comparao com 2000. O mau desempenho da economia resultado do aumento dos juros e das turbulncias no mercado de cmbio provocados pela crise Argentina. Alm disso, em maio, pouco antes de fechar o trimestre, o pas deparou-se com a escassez de energia. Surpreendido pelo PIB do segundo trimestre, o mercado financeiro se prepara para rever suas projees para este ano. Os grficos abaixo ilustram as variaes do PIB brasileiro. O grfico superior, intitulado Variao do PIB por trimestre, representa a taxa acumulada do PIB nos ltimos quatro trimestres (em relao aos quatro trimestres imediatamente anteriores). QUESTO: A respeito das idias e do emprego das estruturas lingsticas do texto 16, julgue os itens subseqentes. 1. Na passagem "... contraria todas as previses do mercado, que esperava uma expanso de 3% ..." (l.10-11), a vrgula pode ser retirada sem que haja prejuzo quanto ao sentido e s regras gramaticais. 2. O emprego do pronome tono nas expresses se desacelerou (l.2) e se prepara (l.18) tem, respectivamente, como uso opcional: desacelerou-se e prepara-se. 3. Emprega-se a preposio ante (l.2) com o valor semntico de anterioridade, semelhante ao do prefixo formador de palavras como anterior e antecontrato. 4. O pronome Isso (l.5) refere-se queda no PIB, ou seja, queda na produo de riquezas do pas. 5. A locuo verbal vinha sendo registrada (l.6-7) expressa uma ao que se desenvolve gradualmente; por isso, corresponde, no presente, locuo vem a ser registrada.

    -------------------------- TEXTO 17 ------------------------------ A economia brasileira: indicadores de produo

    No incio de 1999, as expectativas quanto evoluo do nvel de atividade incorporavam os desdobramentos da crise financeira internacional, ocorrida no fim de 1998, tais como a mudana no regime cambial brasileiro, levada a efeito em janeiro. Assim, as perspectivas quanto trajetria da economia eram desenhadas em um cenrio que considerava a elevao nas taxas de juros e o provvel recrudescimento da inflao, resultante do impacto desfavorvel da desvalorizao do real. Relatrio anual do BACEN, 1999, v. 35, p. 13 (com adaptaes). QUESTO: A partir do texto acima, julgue os itens que se seguem. 1. No texto, os verbos levada (l.5) e desenhadas (l.7), empregados na forma de particpio, tm como referentes, respectivamente: < a mudana no regime cambial brasileiro (l.4); < as perspectivas quanto trajetria da economia (l.6-7). 2. Infere-se das idias do texto que desdobramentos da crise financeira internacional (l.3) so conseqncia da elevao nas taxas de juros (l.8) e do recrudescimento da inflao (l.9). 3. Na linha 2, o verbo "incorporavam" pode ser substitudo sem prejuzos para a estrutura textual por sua forma pronominal "incorporavam-se".

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    4. A termo "Assim", que inicia o segundo pargrafo, faz um resumo de todas as informaes e circunstncias apresentadas no primeiro pargrafo, retomando-o.

    5. ".... resultante do impacto desfavorvel da desvalorizao do real...." - o termo sublinhado tem como sujeito "um cenrio". -------------------------- TEXTO 18 ------------------------------

    Ourocap Milnio O Ourocap Milnio chegou com muitas novidades: mais chances de premiao, possibilidade de resgate parcial e variadas opes de mensalidades. Alm disso, parte da receita da Brasilcap com as vendas do novo produto ser destinada ao programa BBeducar, de alfabetizao de jovens e adultos carentes, coordenado pela Fundao Banco do Brasil. Caractersticas bsicas: < Ourocap Milnio um ttulo de pagamento mensal, com prazo de vigncia de 60 meses; < o novo Ourocap amplia as opes de mensalidades, oferecendo a voc 12 opes, variando entre R$ 30,00 e R$ 400,00; < o capital destinado aos resgates atualizado pela TR e capitalizado com base na taxa de juros da caderneta de poupana, que igual a 0,5% ao ms; < a cada 12 pagamentos, voc pode solicitar o resgate parcial, a partir de R$ 120,00, ou retirar integralmente o capital destinado a resgate at aquele momento; < sorteios regulares (todos os sbados, exceto o ltimo do ms): 1 prmio de 1.000 vezes o valor da ltima mensalidade paga, 2 prmios de 200 vezes o valor da ltima mensalidade paga e 252 prmios de 10 vezes esse valor; < sorteio especial (ltimo sbado de cada ms): 1 prmio de 5.000 vezes o valor da ltima mensalidade paga. (...)((...)QUESTO 16 QUESTO: com relao s estruturas lingsticas do texto 18, julgue os itens a seguir. 1. Na linha 1, o emprego do sinal de dois-pontos justifica-se pela enumerao subseqente. 2. O particpio em destinada (l.5) flexiona-se no feminino porque deve concordar com parte da receita (l.4). 3. Caso a forma verbal (l.14) seja substituda pelo futuro do presente - ser -, o perodo se tornar incoerente e gramaticalmente incorreto. 4. Na linha 15, para evitar redundncia com a preposio de, pode-se substituir da por pela, mantendo-se as mesmas relaes de significao.

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    5. Nas linhas 14 e 15, o segmento atualizado pela TR e capitalizado admite a seguinte redao: atualizam-se pela TR e capitalizam-se. -------------------------- TEXTO 19 ------------------------------ Em um ambiente marcado por turbulncia e mudanas intermitentes, flexibilidade a palavra de ordem para as organizaes. A reforma do estatuto proposta pela Diretoria dar agilidade ao processo decisrio, tornando a estrutura do Banco mais descentralizada. O BB deve responder a uma dupla demanda da sociedade brasileira: como banco, ser eficiente e gerar lucro; como banco pblico, atuar eficientemente na implementao de polticas pblicas, sem prejuzo do equilbrio econmico-financeiro da instituio. A resposta para esse duplo desafio ser dada com a prtica dos princpios de Governana Corporativa, sinal do compromisso da empresa com a transparncia e com o direcionamento das aes para atividades essenciais do negcio bancrio, como banco de varejo especializado em setores econmicos, comprometidos em atender s expectativas dos clientes e com o retorno para os acionistas. Os ajustes recentemente implantados encerram um movimento iniciado em 1996. O aprimoramento dos sistemas de controle e das ferramentas de mapeamento de riscos, a prospeco de oportunidades e a renovada capacidade de superao do BB permitem buscar o paradigma da eficincia operacional, lastreado no trip crescimento, rentabilidade e segurana das operaes. Relatrio da Administrao do Banco do Brasil, Correio Braziliense, 28/8/2001 (com adaptaes). QUESTO 23 QUESTO 1: A partir do texto 19, julgue os itens abaixo. 1. No texto, o tratamento de BB como primeira pessoa do discurso exigncia da impessoalidade do gnero textual relatrio. 2. Como o verbo responder (l.7) admite duas possibilidades de complementao sinttica, na expresso do texto a uma dupla demanda (l.7) pode ser colocado o sinal indicativo de crase. 3. O uso do sinal de ponto-e-vrgula (l.9) justifica-se para evitar incompreenso nas relaes semnticas, j que h, no segundo pargrafo do texto, uma diviso de idias e, em cada uma delas, ocorre vrgula. 4. Subentende-se do segundo pargrafo do texto que, se o BB responder positivamente demanda de ser banco pblico, ele no gerar lucro. 5. Percebe-se claramente que o substantivo "lastreado" concorda em gnero e nmero com o seu referente expresso no texto, ou seja, BB. QUESTO 2: Julgue os itens subseqentes com respeito s palavras do texto 19. 1. A palavra intermitentes (l.2) est sendo utilizada com o significado de intensas. 2. A expresso econmico-financeiro (l.11) pode ser substituda por econmico e financeiro, sem alterao da correo e da significao do perodo. 3. A palavra prospeco (l.22) est sendo utilizada com o sentido de pesquisa, mas seu sentido original mtodo tcnico empregado para localizar e calcular o valor econmico de jazidas minerais. 4. O termo paradigma (l.24) est sendo utilizado como sinnimo de utopia. 5. A palavra lastreado (l.25) est empregada no sentido metafrico de marcado. -------------------------- TEXTO 20 ------------------------------ O futuro se constri A vida socio-econmica de qualquer sociedade depende da ao humana, cujos orientao, coordenao e controle, mais ou menos frouxos ou impositivos, de acordo

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    com a natureza mais ou menos democrtica ou autoritria dos regimes polticos, a sociedade delega ao Estado. , portanto, obrigao do Estado a superviso da vida nacional, tanto nos regimes autoritrios como, resguardadas as propores quanto ao grau de autoridade, nos democrticos. Nem mesmo o pensamento liberal aceita em sua plenitude a idia de que a espontaneidade do mercado resolve tudo, cabendo ao Estado apenas prover segurana e justia. Mario Cesar Flores. O Estado de S. Paulo, 28/8/2001, A2 (com adaptaes). QUESTO: De acordo com as idias e estruturas lingsticas do texto, julgue os itens que se seguem. 1. Ocorre um jogo de idias com o emprego do pronome se no ttulo, que tanto pode ser interpretado como o futuro constri a si mesmo, quanto como algum constri o futuro. 2. De acordo com as regras de concordncia da norma culta, o pronome relativo cujos (l.2) admite, opcionalmente, ser substitudo por em que. 3. A expresso mais ou menos frouxos ou impositivos (l.3-4) subentende: mais frouxo ou menos frouxo, mais impositivo ou menos impositivo. 4. De acordo com a argumentao do texto, caracteriza-se a superviso da vida nacional (R.6) como: presente em diferentes tipos de regime poltico; obrigao do Estado; mais abrangente que a simples proviso de segurana e justia. 5. Pela estrutura sinttica em que ocorre, a forma verbal resolve (l.12) admite a substituio por resolva.

  • Tipologia Textual

    Tudo o que se escreve recebe o nome genrico de redao ou composio textual. Basicamente, existem trs tipos de redao: narrao (base em fatos), descrio (base em caracterizao) e dissertao (base em argumentao).

    Cada um desses tipos redacionais mantm suas peculiaridades e caractersticas. Para fazer um breve resumo, podem-se considerar as proposies a seguir:

    Narrao modalidade textual em que se conta um fato, fictcio ou no, que ocorreram num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos cercados de narraes desde que nos contam histrias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, at as picantes piadas do cotidiano.

    Ex.: Numa tarde de primavera, a moa caminhava a passos largos em direo ao convento. L estariam a sua espera o irmo e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso e o medo de no mais ser esperada...

    Descrio tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produo o adjetivo, por sua funo caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se at descrever sensaes ou sentimentos.

    Ex.: Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudao, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moa da adorvel Dorinha.

    Observao Normalmente, narrao e descrio mesclam-se nos textos; sendo difcil, muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos.

    Dissertao estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposio de idias. Tem por base a argumentao, apresentada de forma lgica e coerente a fim de defender um ponto de vista. a modalidade mais exigida nos concursos em geral, por promover uma espcie de raios-X do candidato no tocante a suas opinies. Nesse sentido, exige do candidato mais cuidado em relao s colocaes, pois tambm revela um pouco de seu temperamento, numa espcie de psicotcnico.

  • ORTOGRAFIA OFICIAL

    a parte da gramtica que visa a escrita correta das palavras. Ns devemos, pois, obedecer s regras do sistema ortogrfico da nossa lngua. Fugir a essas regras seria estar margem do sistema vigente. Vejamos, o texto abaixo: Tiro ao lvaro (Adoniran Barbosa) De tanto levar frechada do teu olhar Meu peito at parece, sabe o que? Tubua de tiro ao lvaro, no tem mais onde furar. Teu olhar mata mais do que bala de carabina Que veneno estriquinina Que peixeira de baiano Teu olhar mata mais Que atropelamento de automverMata mais que bala de revrver. O compositor, propositadamente, utilizou em sua msica algumas palavras com erros de ortografia, porm os escritores e os msicos tm licena-potica que os permite brincar com a normas da lngua portuguesa. Um texto dissertativo exige obedincia gramtica normativa. ATENO ! ! ! Para escrever corretamente, muito importante acostumar-se a resolver dvidas de grafia, consultando gramticas e dicionrios. Ler bastante e com ateno, observando a grafia das palavras. Escrever vrias vezes as palavras de grafia mais difcil. No se pode esquecer tambm de observar as palavras que tm som semelhante, mas escrita e significados diferentes (parnimos), a fim de evitar confuso ao escrev-las, alm de ficar atento ao emprego de algumas letras. O nosso alfabeto composto de 23 letras: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z As letras k, W e Y tambm so utilizadas em abreviaturas, em smbolos de uso internacional e em palavras estrangeiras e nomes prprios. O emprego do H: por motivos de etimologia, aparece no incio de muitas palavras. Nos dgrafos ch, lh, nh (chave, alho, ninho) e no final de algumas interjeies (Ah!, Oh!).

    habitao

    herana higiene honesto hlito hediondo

    hlice

    hbito heri hipoteca honra hesitar hodierno hfen hbil hidrogni

    o homem horizont

    e hermtico

    hecatombe

    hoje

    O emprego do S: usado em adjetivos ptrios terminados em s (-esa) e nos adjetivos com o sufixo oso (-osa) indicadores de abundncia, estado pleno. Depois de ditongos, em verbos derivados de palavras que j tm s no radical, em ttulos de nobreza e alguns nomes prprios.

  • cheiroso coisa formoso maisena dengoso mausolu francs faiso francesa alisar marquesa asa baronesa fuso duquesa sntese poetisa gs profetisa anlise

    SUFIXOS INHO/ -ZINHO

    Para formar o grau diminutivo com esses sufixos, proceda da seguinte forma: se a palavra primitiva terminar por s ou z, basta acrescentar o sufixo inho(a); se a palavra primitiva apresentar outra terminao, acrescente o sufixo zinho(a).

    Primitiva sufixo diminutivo derivada Pires inho piresinho lpis inho lapisinho raiz inha raizinha juiz inho juizinho papel zinho papelzinho p zinho pezinho

    E nas seguintes correlaes: ND, RG, RT, NT: compreender compreenso ascender ascenso apreender apreenso pretender pretenso suspender suspenso expandir expanso, expansivo emergir emerso inverter inverso sentir senso consentir consentimento PEL ou CORR: impelir impulso, impulso, impulsivo repelir repulso, repulsivo expelir expulso concorrer concurso recorrer recurso percorrer percurso

  • O emprego do Z: empregado nos sufixos ez (-eza), formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos. No sufixo izar, formador de verbo e nas palavras da mesma famlia. Porm, palavras como analisar, avisar e pesquisar no ocorre o sufixo verbal izar, pois so verbos que derivam de palavras que j tm s no seu radical.

    beleza embelezar altivez centralizar aspereza civilizar surdez canalizar finalizar valorizar esvaziar agonizar vez autorizar revezar Arborizar cruz profetizar cruzeiro deslize baliza desprezo

    Nos verbos terminados em UZIR: - aduzir - conduzir - produzir - deduzir - reduzir - produzir

    Grafam-se com SS os nomes a que: correspondem verbos cujos radicais so CED, GRED, PRIM:

    conceder concesso progredir progresso imprimir impresso ceder cesso agredir agresso reprimir represso

    correspondem radicais de verbos derivados de METER: cometer comisso prometer promessa remeter remessa ou remisso submeter submisso

    correspondem verbos terminados em TIR: discutir discusso admitir admisso permitir permisso repercutir repercusso demitir demisso

  • Grafam-se com :

    palavras de origem rabe, africana ou tupi: muulmano e acar (origem rabe) caamba e caanje dialeto crioulo do portugus falado em Angola (origem africana) Juara e paoca (origem tupi)

    palavras derivadas do verbo TER:

    conter conteno obter obteno deter deteno reter reteno abster absteno

    palavras derivadas de outras que possuem T no radical: exceto exceo isento iseno

    nos sufixos ao e o, formadores de verbos:

    preparar preparao construir construo nomear nomeao destruir destruio cantar cano optar opo

    aps ditongos se o som for / s / : feio traio eleio loua Obs.: aps ditongos com som / z /, as palavras so grafadas com s (causa, pausa,

    coisa, maisena,etc.) nos sufixos AA(O), -IA(O), -UA(O):

    barcaa ricao carnia dentuo

    Emprega-se X: depois de ditongo com som / x /:

    caixa peixe faixa

    palavras de origem indgena ou africana:

    abacaxi e xavante (origem indgena) orix e xang (origem africana)

  • depois da slaba inicial ME: mexerica mexer Mxico mexicano mexilho

    depois da slaba inicial EN: enxoval enxada enxaqueca Obs.: com exceo do verbo encher (e seus derivados): enchimento, enchente,

    preencher. Quando o prefixo en junta-se a um radical iniciado por ch: charco> encharcar > encharcado; chumao > enchumaar; chiqueiro > enchiqueirar.

    palavras de lnguas modernas: xampu, xerife, xelim (moeda inglesa de prata), xerez (vinho fino e saboroso da

    Andaluzia) Grafa-se com CH:

    nomes de origem : alem, inglesa, espanhola, francesa e latina: chope e chucrute (origem alem) chute e sanduche (origem inglesa) mochila (origem espanhola) chal e chapu (origem francesa) chuva (origem latina)

    O emprego do G: usado em substantivos terminados em agem, -igem, -ugem;

    nas palavras terminados em gio, -gio, -gio, -gio, -gio; nas palavras derivadas de outras que j tm g e outras palavras, conforme sua origem do latim, do grego e do rabe.

    ramagem monge vertigem sugesto ferrugem tigela pedgio tangerina colgio gibi vestgio giz relgio algema refgio gengibre ligeiro gria sargento vagem

    Emprega-se j: nas palavras derivadas de primitivas que se escrevem com j: ajeitar, ajeitado (de jeito); laranjeira ...

  • em palavras de origem tupi: jibia, paj, jenipapo. nas formas dos verbos terminados em jar: arranjei, despejaram, despejado, ... na terminao aje: traje, laje, ultraje

    ETC.

    ETC latino et coetere (significando e outras coisas ou e no mais). Em geral considerado facultativo o uso da vrgula antes da abreviatura etc.. Mas, convm distinguir os casos. Ex.: Os sintomas da doena so: anemia, transtornos endcrinos, etc. Sem a vrgula antes do etc., poderia parecer que etc. representa outros transtornos alm dos endcrinos. Com a vrgula, etc. significa outros sintomas.

    USO DO HFEN

    S se ligam por hfen os elementos das palavras compostas em que se mantm a noo da composio, isto , os elementos das palavras compostas que mantm a sua independncia fontica, conservando cada um a sua prpria acentuao, porm formando o conjunto perfeita unidade de sentido.

    Dentro desse princpio, deve-se empregar o hfen nos seguintes casos:

    1. Nas palavras compostas em que os elementos, com a sua acentuao prpria, no conservam, considerados isoladamente, a sua significao, mas o conjunto constitui uma unidade semntica: gua-marinha, arco-ris, galinha-dgua, couve-flor, guarda- -p, p-de-meia (mealheiro, peclio) , pra-choque, porta-chapus, etc. .

    2. Nas formas verbais com pronomes enclticos ou mesoclticos: ama-lo (amas e lo),

    am- -lo (amar e lo), d-se-lhe, f-lo-, oferec-la-ia, rep-lo-eis, serenou-se-te, traz-me, vedou-te, etc. .

    3. Nos vocbulos formados pelos prefixos que representam formas adjetivas, como

    anglo, greco, histrico, nfero, latino, lusitano, luso, pstero, spero, etc.: anglo-brasileiro, greco-romano, histrico-geogrfico, nfero-anterior, latino-americano, lusitano-castelhano, luso-brasileiro, pstero-palatal, spero-posterior, etc. .

    4. Nos vocbulos formados por sufixos que representam formas adjetivas, como au,

    guau e mirim, quando o exige a pronncia e quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente: and-au, amor-guau, anaj-mirim, capim-au, etc. .

    5. Nos vocbulos formados pelos prefixos: a) auto, contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi e ultra, quando se lhes

    seguem palavras comeadas por vogal, h, r ou s: auto-educao, contra-almirante, extra-oficial, infra-heptico, intra-ocular, neo-republicano, proto-revolucionrio, pseudo-revelao, semi-selvagem, ultra-sensvel, etc. .

  • b) ante, anti, arqui e sobre, quando seguidos de palavras iniciadas por h, r ou s: ante- -histrico, anti-higinico, arqui-rabino, sobre-saia, etc. . c) supra, quando se lhe segue palavra encetada por vogal, h, r ou s: supra-auxiliar,

    supra- -renal, supra-sensvel, etc. . d) super, hiper, inter, quando seguidos de palavra principiada por h ou r: super-homem,

    super-requintado, inter-regional, etc. . e) ab, ad, sob e sub, quando seguidos de elementos iniciados por r e b: ab-rogar, ad-

    renal, ob-reptcio, sob-roda, sub-reino, sub-bibliotecrio, etc. . f) pan e mal, quando se lhes segue palavra comeada por vogal ou h: pan-asitico,

    pan- -helenismo, mal-educado, mal-humorado, etc. . g) bem, quando a palavra que lhe segue tem vida autnoma na lngua ou quando a

    pronncia o requer: bem-ditoso, bem-aventurado, etc. . h) sem, sota, soto, vice, vizo, ex (com o sentido de cessamento ou estado anterior), etc.:

    sem-cerimnia, sota-piloto, soto-ministro, vice-reitor, vizo-rei, ex-diretor, etc. . i) ps, pr e pr, que tm acento prprio, por causa da evidncia dos seus significados e

    da sua pronunciao, ao contrrio dos seus homgrafos inacentuados, que, por diversificados foneticamente, se aglutinam com o segundo elemento: ps-meridiano, pr-escolar, pr-britnico; mas pospor, preanunciar, procnsul, etc. .

    Aurlio Buarque de Holanda Ferreira chama a ateno entre outras omisses

    do Vocabulrio de 1943 para a ausncia do prefixo com (sob a forma co), com o sentido de a par , quando o segundo elemento possui vida autnoma na lngua: co-autor, co-herdeiro, co-proprietrio, co-responsvel, etc. (Novo dicionrio da lngua portuguesa, Nova Fronteira, s. d. , p. XI da 1 edio). Registramos, especialmente, este caso, por suscitar ele dvidas freqentes.

    LIMA, C. H. da Rocha. Gramtica normativa da lngua portuguesa. Rio de Janeiro, Briguiet, 1960.

    USO DAS INICIAIS MAISCULAS

    Nos substantivos prprios (nomes de pessoas, topnimos, denominaes religiosas e polticas, nomes sagrados e ligados a religies, entidades mitolgicas e astronmicas):

    Carolina, Luciana, Leonardo; Alexandre, o Grande; Paran; So Paulo; Campinas; Curitiba; oceano Atlntico; lago Paran; Igreja Catlica Apostlica Romana; Partido dos Trabalhadores; Unio Democrtica Nacional; Deus; Cristo; Buda; Zeus; Afrodite; Jpiter; Via Lctea; . . .

    No incio de perodo, verso ou citao direta: No comeo de versos que no iniciam perodo, usa-se normalmente a letra minscula, como se observa em:

    Amor um fogo que arde sem se ver; ferida que di e no se sente; um contentamento descontente; dor que desatina sem doer;(Cames) De tudo quanto foi meu passo caprichoso, na vida, restar, pois o resto se esfuma, uma pedra que havia no meio do caminho. (Carlos Drummond de Andrade)

    Com o nome pas, quando substitui um nome prprio geogrfico evidente:

    Vai ser implantada a reforma da previdncia no Pas. (=Brasil)

  • O presidente argentino decretou estado de stio no Pas. (=Argentina)

    Nos nomes de perodos histricos, festas religiosas ou datas e fatos polticos importantes:

    Idade Mdia, Renascimento, Natal, Pscoa, Ressurreio de Cristo, Dia do Trabalho, Dia das Mes, Independncia do Brasil, Proclamao da Repblica, . . .

    Nos nomes de logradouros pblicos (avenidas, ruas, travessas, praas, largos, viadutos, pontes, jardins . . .)

    Avenida Rio Branco, Rua do Ouvidor, Travessa do Comrcio, Praa da Repblica, Viaduto da Liberdade, Ponte Rio-Niteri, . . .

    Nos nomes de reparties pblicas, agremiaes culturais ou esportivas, edifcios e empresas pblicas ou privadas:

    Ministrio do Trabalho, Academia Brasileira de Letras, Teatro Municipal, Edifcio Itlia, Editora Melhoramentos, Editora Scipione, Editora tica,

    Nos ttulos de livros, peridicos, produes artsticas, literrias e cientficas:

    Dom Casmurro (de Machado de Assis), Veja, Jornal do Brasil , O Pensador (de Rodin), , O Novio (de Martins Penna), A Origem das Espcies (de Charles Darwin)

    Nos nomes de escolas em geral: Escola Tcnica Rezende Rammel, Escola Municipal Frana, Colgio Hlio Alonso, Colgio Pedro II, . . .

    Nos nomes dos pontos cardeais quando indicam regies: Obs.: os nomes dos pontos cardeais so grafados com a inicial minscula quando indicam apenas direes ou limites geogrficos:

    As pessoas do Oriente, o falar do Norte, os mares do Sul, a vegetao do Oeste . . . ... ao sul de Minas Gerais, de norte a sul, de leste a oeste.

    Nas expresses de tratamento:

    Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Santidade, Vossa Excelncia, Vossa Senhoria, Magnfico Reitor, Sr. Diretor, . . .

    Nos nomes comuns sempre que personificados ou individualizados:

    o Amor, a Virtude, a Morte, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga, a Capital, a Repblica, a Indstria, o Comrcio . . .

    Com o nome Papa O Papa visitou o Brasil. O Papa Joo Paulo II visitar, novamente, o Brasil.

    PRTICA

    1) Complete com X ou com CH: afrou____ar bo____e____a bru____a cai____ote ve____ame ____u____u

  • eli____ir en____aguar en____ame en____aqueca en____oval en____urrada fa____ina fei____e frou____o gra____a con____a bomba____a bai____ada be____iga ca____imbo ca____umba ____a____im ____arco engra____ar en____ada co____i____o ori____ ____arope en____ugar

    2) Complete com J ou G:

    verti____em tan____ente ____or____eta here____e mon____e conta____em vi____ncia lambu____em ____e____um ____ria ri____eza o____eriza va____em su____eito ____engiva ____equitib su____eitar ____eada pa____ pa____em vi____ia ____ibia ____irafa me____era cafa_____este ____ilete ____irar ma____estade passa____eiro ____esuta

    3) Complete com SS, S ou :

    Compreen ____ o

    Irrever ____ vel suce____o

    controvr____ia admi____vel repreen____o exten____o ace____vel mu____ulmano dobradi____a preten____io____o prome____a inver____o defen____ivo rever____o emer____o admi____o trai____o ingre____o conver____vel Assun____o ascen____o preten ____ o promi____or opre____o exce____o permi____o afli____o perver____o impre____ora

    4) Complete com SS, S, C ou X:

    m _____ imo apro _____ imar m _____ il ofi _____ ina pro _____ imidade a _____ eio dispen _____ ei disfar _____ e p _____ ego con _____ eguir so _____ ego de _____ idir pa _____ e deflu _____ o ven _____ edor a _____ duo in _____ enso trou _____ emos man _____ inho apro _____ imao per _____ iana per _____ eber po _____ e sinta _____ e pa _____ eata per _____ eguir trou _____ eram f _____ emos ca _____ ique apre _____ iar

    EXERCCIOS

    1. Assinale a alternativa em que todas as palavras esto grafadas corretamente:

  • a) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar b) alteza, empreza, francesa, miudeza c) cuscus, chimpanz, encharcar, encher d) incenso, abcesso, obsesso, Luis 2. Ambas as palavras esto grafadas incorretamente em: a) capitalizar, catalisar b) agonisar, batisar c) improvisar, anarquizar d) modernizar, concretizar 3. O item que apresenta uma palavra de grafia EQUIVOCADA : a) Pireneus, irrequieto; b) freada, puleiro; c) feioso, manteigueira; d) aleijado, mgoa; e) campeo, lampio. 4. Preencha os espaos com as palavras grafadas corretamente: A ____________ de uma guerra nuclear provoca uma grande ___________ na humanidade e a deixa ________________ quanto ao futuro. a) espectativa tenso exitante d) expectativa teno hezitante b) espectativa teno hesitante e) espectativa teno exitante c) expectativa tenso hesitante 5. (TC) O x foi empregado incorretamente em : a) enxada, feixe, ameixa b) enxame, enxugar, lixa c) xale, bruxa, mexerica d) xampu, xcara, graxa e) xaranga, xuxu, xarque 6. Minha ................ est .......................... por culpa no sei de ................. . a) pesquisa, atrazada, qu b) pesquiza, atrasada, qu c) pesquisa, atrazada, que d) pesquisa, atrasada, qu 7. O ............. que ele usava era um ........... da .............. dos petrodlares ostentados pelos ..................... . a) traje, previlgio, expanso, xerifes b) traje, privilgio, expanso, xerifes c) trage, previlgio, expanso, cherifes d) trage, previlgio, expano, xerifes 8. (Sec. Est. de Polcia Civil) Pesquisa palavra escrita com s; qual dos itens a seguir apresenta erro ortogrfico devido confuso entre s e z? a) anlise; b) princeza; c) empresa; d) paralisia;

  • e) catequizar. 9. (Procuradoria Geral da Justia/RJ) Se o pas ganha jeito ... Como se v, a palavra jeito se escreve com j. Em que item a seguir todas as palavras apresentam grafia correta? a) gorjeta paj jibia vajem b) ultraje canjica monje viajem c) majestade jenipapo alforje - manjedoura d) laje traje tijela - jia e) lisonjear gorjeio sarjeta - ferrujem 10. (Tribunal de Justia/RJ) O sufixo izar do verbo ritualizar escreve-se com a letra z, como se v. Que item a seguir s tem grafias corretas?

    a) analizar visualizar capitalizar b) pesquizar realizar universalizar c) catequizar deslizar instrumentalizar d) paralizar centralizar urbanizar e) catalizar batizar animalizar

    11. (Tribunal de Alada Criminal) O verbo nascer grafado com sc; que palavra abaixo est erradamente grafada exatamente porque no contm esse encontro na sua forma grfica? a) piscina d) indescente b) descida e) suscitar c) crescer 12. . (Santa Casa - SP) As silabadas, ou erros de prsdia, so freqentes no uso da lngua. Indique a alternativa onde no ocorre nenhuma silabada: a) Eis a um prototipo de rbricas de um homem vaidoso. b) Para mim a humanidade est dividida em duas metades: a dos filntropos e a dos misantropos. c) Os arqutipos de iberos so mais pudicos que se pensa. d) Nesse interim chegou o mdico com a contagem de leuccitos e o resultado da cultura de lvedos. e) varo de informaes, segui todas as pegadas do febo.

  • I. DIVISO SILBICA

    Ao dividirmos as slabas de uma palavra, devemos observar a soletrao e devemos utilizar o hfen ( - ) para marcar a separao das slabas.

    Porm, outros fatores tambm so importantes para a diviso silbica. Observe: no se separam os ditongos e os tritongos: a-zuis, Pa-ra-guai, gl-ria, ave-ri-

    guou, ... consoante inicial no acompanhada de vogal fica na slaba que a segue: pneu,

    psi-c-lo-go, pseu-d-ni-mo, ... no se separam os dgrafos ch, lh, nh, qu, gu: ch-ca-ra, a-lho, ni-nho, qua-dro, -

    gua. no se separam os encontros consonantais perfeitos (geralmente, consoante + l

    ou r): li-vro, blo-co, su-bli-me, ...

    Obs.: encontros consonantais como gn, mn, pn, ps, pt, tm e outros no aparecem em muitos vocbulos. Quando iniciais, so, naturalmente, inseparveis: gno mo psi co lo - gia mne m ni co pti a li - na (fermento da saliva, que transforma o amido em maltose e dextrina) pneu (pneu- m ti co) tme se (Tmse o termo no usado pela N.G.B. ; a denominao usada mesclise)

    separam-se as letras dos dgrafos rr, ss, sc, s, xc: car-ro, ps-sa-ro, nas-ci-men-to,

    des-o, ex-ce-o, ex-su-dar ... separam-se os demais encontros consonantais: dig-ni-da-de, af-ta, subs-tan-ti-vo,

    rit-mo,..

    separam-se os hiatos: sa--de, sa--da, ra-i-nha, ju iz, co - e lho, di a, lu a, po-ei-ra, ...

    Obs.: os encontros voclicos -ia, ie, -io, -ao, -ua, -uo, quando tonos e finais,

    podem ser realizados como ditongos ou hiatos. co - l - gio ou co- l - gi - o es - t - tua ou es - t - tu a

    separam-se as vogais idnticas: co-or-de-na-dor, Sa-a-ra, a-ben--o, en-j-o, ni-i-lis-mo

    Obs.: ateno aos prefixos:

    sub li nhar, sub-te-nen-te, mas ... su-bo-fi-ci-al bis-ne-to, mas ... bi-sa-v, bi-sa-v trans-por-te, trans-fe-rn-cia, mas ... tran-sa-tln-ti-co, tran-sa-ma-z-ni-ca des-li-gar, mas ... de-ses-pe-rar dis-tra-o, mas ... di-sen-t-ri-co

  • cis-pla-ti-no, mas ... ci-san-di-no ex-tra-ir, mas ... e-xr-ci-to

    EXERCCIOS

    1.(Aeronutica) Assinale a alternativa em que a palavra destacada apresenta correta diviso silbica. a) "Tal luta interestadual sempre existiu." in - ter - es - ta - du - al b) "Vai subalugar a sala a um senhor idoso." su - ba - lu - gar c) Sublocou uma casa em Ubatuba a um amigo. su - blo - cou d) "Como bom filho do sculo XIX, superestimava as possibilidades da Cincia." su -

    per - es - ti - ma va 2. Assinale a seqncia em que todas as palavras esto partidas corretamente: a) trans-a-tln-ti-co, fi-el, sub-ro-gar b) bis-a-v, du-e-lo, fo-ga-ru c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver 3. De acordo com a separao silbica, qual o grupo de palavras abaixo que est totalmente correto? a) as-si-na-da, chei-ro, ma-de-i-ra b) pers-pi-caz, felds-pa-to, des-cer c) avi-so, mi-nha, in-fn-cia d) extra-or-di-n-rio, ve-lha, fel-ds-pa-to 4. Assinale a opo em que a diviso de slaba no est corretamente feita: a) a-bai-xa-do b) es-fi-a-pa-da c) ca-a-tin-ga d) si-me-tria 5. Aponte o nico conjunto onde h erro de diviso silbica: a) flui-do, sa-guo, dig-no b) cir-c