apostila de gerência de investimentos - ufrrj - 2010.1

Upload: ana-carla-castanheira

Post on 30-Oct-2015

189 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

  • Disponvel no Xerox e no Quiosque

    Apostila de Gerncia de

    Investimentos Prof. Msc. Davi Riani Gotardelo

    Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    2010.1

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 1

    Contedo CAPTULO 01 ORAMENTO DE CAPITAL

    1.1 - O processo de deciso de oramento de capital ............................................................ 4

    Princpios da anlise de investimentos: ........................................................................ 4

    Processo de Oramento de Capital ............................................................................... 5

    Algumas questes relevantes ........................................................................................ 5

    1.2 Payback e Payback Descontado; ........................................................................................ 6

    Pay-back ........................................................................................................................ 7

    Pay-back Descontado .................................................................................................... 7

    Custo de Capital ............................................................................................................ 7

    Exerccio Pay-Back e Pay-Back Descontado ............................................................. 8

    1.3 - Valor Presente Lquido (VPL):............................................................................................ 8

    Procedimentos de clculo .............................................................................................. 9

    Fundamentao do Mtodo VPL ................................................................................... 9

    O VPL na HP 12-c: ...................................................................................................... 10

    Exerccio VPL (Valor Presente Lquido) ................................................................... 11

    1.4 - Taxa Interna de Retorno (TIR): ......................................................................................... 12

    1.5 - Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRm): .................................................................. 14

    Vantagem da TIRm ...................................................................................................... 16

    Exemplo ....................................................................................................................... 16

    Exerccio TIR e TIR Modificada ................................................................................ 17

    1.6 - ndice de Lucratividade ou Rentabilidade ...................................................................... 18

    Consideraes sobre o IR ........................................................................................... 18

    Exemplo ....................................................................................................................... 19

    Exerccio ndice de Rentabilidade ............................................................................ 19

    1.7 - Quadro Comparativo entre as tcnicas .......................................................................... 20

    CAPTULO 02 RISCO E RETORNO

    2.1 - Consideraes iniciais ..................................................................................................... 21

    2.2 - Relao Risco x Retorno .................................................................................................. 21

    2.3 - Retorno Esperado ou Taxa de Retorno Esperada ......................................................... 22

    2.4 - Medidas de Risco .............................................................................................................. 23

    2.5 - Anlise de Sensibilidade ou Volatilidade ....................................................................... 23

    2.6 - Definio de Cenrios ....................................................................................................... 23

    2.7 - Curva Normal ou Distribuio de Gauss ........................................................................ 23

    2.8 - Varincia e Desvio-Padro ............................................................................................... 24

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 2

    2.9 - Coeficiente de Variao .................................................................................................... 25

    2.10 - Exerccio Exemplo ............................................................................................................ 25

    2.11 Risco de Carteira ................................................................................................................. 27

    2.12 Risco Diversificvel e Risco de Mercado .......................................................................... 28

    2.13 Correlao ............................................................................................................................ 28

    2.14 Diversificao ...................................................................................................................... 28

    2.15 Modelo CAPM Modelo de Precificao de Ativos Financeiros.................................... 28

    2.16 Coeficiente Beta .................................................................................................................. 29

    2.17 Modelo SML Linha de Mercado de Ttulos ..................................................................... 29

    CAPTULO 03 CUSTO DE CAPITAL

    3.1 - Consideraes iniciais ..................................................................................................... 31

    3.2 - O que Custo de Capital? ................................................................................................ 31

    3.3 - Custo de Capital Prprio .................................................................................................. 31

    3.4 - Custo de Capital de Terceiros ......................................................................................... 35

    3.5 - Custo de Capital Mdio Ponderado ................................................................................. 35

    Qual o capital mais barato: Prprio ou de Terceiro? ............................................................... 35

    Exerccio Custo de Capital ....................................................................................................... 36

    CAPTULO 04 ALAVANCAGEM E ESTRUTURA DE CAPITAL

    4.1 - A questo da estrutura de capital ................................................................................... 37

    4.2 - Alavancagem ..................................................................................................................... 37

    4.3 - Alavancagem Financeira e o seu efeito .......................................................................... 37

    4.4 - Alavancagem Financeira e o LAJIR de equilbrio .......................................................... 38

    4.5 - Estrutura de capital e Valor da Empresa Proposio I de M&M: Modelo de pizza.. 39

    4.6 - Risco Operacional e Risco Financeiro ............................................................................ 40

    4.7 - O benefcio fiscal do capital de terceiros ....................................................................... 40

    4.8 - Estrutura tima de capital ................................................................................................ 40

    Exerccios de Alavancagem Financeira e Estrutura de Capital .............................................. 41

    CAPTULO 05 POLTICA DE DIVIDENDOS

    5.1 - O que dividendo? ........................................................................................................... 42

    5.2 - Quais os tipos de dividendos? ........................................................................................ 42

    5.3 Mtodo de pagamento de dividendos no Brasil............................................................... 42

    5.4 A poltica de dividendos relevante ou irrelevante? ...................................................... 42

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 3

    5.5 - Teoria residual dos dividendos ....................................................................................... 44

    5.6 - Determinao da poltica de dividendos ........................................................................ 44

    5.7 - Instrumentos da poltica de dividendos ......................................................................... 45

    5.8 - Juros sobre capital prprio .............................................................................................. 45

    5.9 - Relaes com investidores .............................................................................................. 45

    Bibliografia ........................................................................................................................................... 46

    Exerccios............................................................................................................................................ 54

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 4

    Oramento de Capital

    1.1 - O processo de deciso de oramento de capital

    A anlise de investimentos de longo prazo tem

    fundamental importncia, tendo em vista a necessidade da

    empresa decidir sobre alternativas que impactaro, positiva ou

    negativamente, os resultados, dependendo da deciso tomada.

    Uma funo-chave do administrador financeiro a montagem do

    oramento de capital que nada mais do que uma identificao

    quantificada das inverses a serem realizadas envolvendo o Ativo

    Permanente. A elaborao deste engloba todo o processo de

    anlise de projetos e tomada de deciso sobre se eles devem ou

    no ser includos no oramento de capital ( (BRIGHAM, et al.,

    2002)

    O lucro corporativo ser diretamente influenciado pelas

    decises estratgicas da empresa. E estas decises so melhor tomadas, quando se utilizam tcnicas que permitem, por exemplo, planejar o financiamento dos gastos de capital, a compra de equipamentos, e onde, quando e quanto investir. Logo, o oramento de capital visa atender objetivos estratgicos fundamentais para o sucesso das empresas

    Princpios da anlise de investimentos:

    1 - PRINCPIO DA COMPARAO:

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    2 - UNIDADE DE TEMPO E MOEDA EM COMUM:

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    QUESTES PARA

    DISCUSSO INICIAL DO

    CAPTULO

    Como avaliar a

    viabilidade de um

    investimento?

    CONCEITOS A SEREM

    DEFINIDOS NESSE

    CAPTULO

    Pay-Back

    Pay-Back Descontado

    VPL Valor Presente

    Lquido

    TIR Taxa Interna de

    Retorno

    TIR Modificada

    ndice de Rentabilidade

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 5

    3 - RETORNO QUANTIFICVEL X RETORNO NO-QUANTIFICVEL:

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    4 - CONCEITO DE PROJETOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS ou EXCLUDENTES:

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    5 - CONCEITO DE PROJETOS INDEPENDENTES:

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    6 - PROJETOS POR TIPO DE FLUXO DE CAIXA (CONVENCIONAIS E NO-CONVENCIONAIS);

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    Processo de Oramento de Capital

    1) Gerao de propostas --> 2) Determinao de alternativas (PB, VPL, TIR, BE, IR) --> Tomada de

    deciso --> Implementao --> Acompanhamento

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 6

    Algumas questes relevantes

    A questo dos Custos Irrecuperveis (Sunk Costs)

    Um custo irrecupervel, por definio, aquele em que j se pagou ou j foi comprometido a pagar. Tal

    custo no pode ser alterado hoje, pela deciso de aceitar ou rejeitar o projeto.

    Ex.: Consultoria em projetos -> Incluso dos honorrios no projeto.

    A questo do Custo de Oportunidade

    O custo de oportunidade aquele em que o investidor obtm retorno independente da

    aceitao ou no do projeto. Geralmente mensurado em aplicaes mais seguras. O custo de

    oportunidade deve ser includo na anlise incremental dos fluxos de caixa.

    Ex.: Terreno para estacionamento. Construo do prdio.

    A questo dos efeitos colaterais

    possvel que a aceitao de um projeto provoque redues e efeitos colaterais em outros

    produtos da mesma empresa. Pode ocorrer at o canibalismo de produtos (eroso). Neste caso, devem

    ser ajustados para baixo os fluxos de caixa do projeto. No se deve confundir eroso com concorrncia.

    Ex.: Lanamento de novo modelo de carro.

    A questo do regime de caixa e regime de competncia

    A anlise baseia unicamente no regime de caixa.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 7

    1.2 Payback e Payback Descontado;

    Pay-back

    o perodo de tempo necessrio para que as entradas lquidas de caixa recuperem o

    investimento inicial do projeto.

    Regra de deciso:

    PB < Padro da empresa --> Aceita-se o projeto;

    PB = Padro da empresa --> Aceita-se o projeto;

    PB > Padro da empresa --> Rejeita-se o projeto;

    Problemas:

    No considera o valor do dinheiro no tempo;

    A anlise se restringe ao perodo do investimento;

    Pay-back Descontado

    quase o mesmo que o payback, mas antes de calcul-lo, desconta-se primeiro fluxo de caixa.

    pelo custo de capital. Por qu? Porque dinheiro que vai ser ganho no futuro, e ter menos valor que o

    dinheiro hoje.

    Da mesma forma:

    PB < Padro da empresa --> Aceita-se o projeto;

    PB = Padro da empresa --> Aceita-se o projeto;

    PB > Padro da empresa --> Rejeita-se o projeto;

    Problema:

    A anlise se restringe ao perodo do investimento;

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 8

    Custo de Capital

    O custo de capital para um investimento um custo de oportunidade, ou seja, a taxa de

    retorno esperada que os investidores num projeto conseguem ganhar no mercado de capitais sobre

    outros investimentos de risco similares.

    Exerccio Pay-Back e Pay-Back Descontado

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 9

    1.3 - Valor Presente Lquido (VPL):

    Mtodo utilizado para avaliao de projetos que se baseia nas tcnicas de fluxos de caixa

    descontados - FCD - (ordenao de propostas de investimento que utilizam conceitos de valor do

    dinheiro no tempo).

    Procedimentos de clculo

    1. Encontramos o valor presente de cada fluxo de caixa, incluindo tanto entradas como

    sadas, descontadas ao custo de capital do projeto.

    2. Somamos esses fluxos de caixa descontados, esta soma definida como o VPL do projeto.

    3. Se o VPL for positivo o projeto deve ser aceito; se negativo, rejeitado. Se dois projetos so

    mutuamente excludentes, deve ser escolhido o que tem o VPL mais alto - desde que positivo.

    Assim, FC o fluxo de caixa lquido esperado no perodo t e k o custo de capital do projeto.

    Sadas de caixa (gastos como o custo de comprar o equipamento ou construir fbricas) so tratadas

    como fluxos de caixa negativos.

    Fundamentao do Mtodo VPL

    simples. Um VPL de zero significa que os fluxos de caixa do projeto so exatamente

    suficientes para recuperar o capital investido e proporcionar a taxa de retorno exigida daquele capital.

    Se um projeto tem um VPL positivo, ento ele est gerando mais caixa do que necessrio para o

    pagamento de sua dvida e para prover o retorno exigido aos acionistas, e esse excesso de caixa reverte

    unicamente em favor dos acionistas da empresa.

    O VPL considera o valor do dinheiro no tempo e considera todos os fluxos de caixa do projeto.

    Exemplo de VPL:

    Projeto A Projeto B Projeto C

    Investimento Inicial 40.000 40.000 40.000

    Ano Entradas de caixa

    1 13000 7000 19000

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 10

    2 13000 10000 16000

    3 13000 13000 13000

    4 13000 16000 10000

    5 13000 19000 7000

    Calcule o VPL de cada projeto e diga qual o melhor, supondo um custo de capital de 10% a.a.

    Grfico 1 - VPL Valor Presente Lquido

    O VPL na HP 12-c:

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 11

    Para se efetuar clculos de VPL na HP-12c, deve-se considerar:

    CFo = Valor do Investimento inicial (deve ser negativo)

    CFj = a sequncia de fluxos de caixa

    i = taxa de atratividade

    f NPV = Valor presente lquido

    Nj = nmero de vezes que a parcela se repete.

    Exemplo 01:

    Ms 0 = -300,00

    Ms 1 = 100,00

    Ms 2 = 150,00

    Ms 3 = -100,00

    Ms 4 = 150,00

    i = 7% a.m.

    R.: -42,72

    Exemplo 02:

    Ms 0 = -340,00

    Ms 1 = 170,00

    Ms 2 = 170,00

    Ms 3 = 170,00

    Ms 4 = 510,00

    i = 4.5% a.m.

    Obs.: Nj = 3.

    R.: 554,99

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 12

    Exerccio VPL (Valor Presente Lquido)

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 13

    1.4 - Taxa Interna de Retorno (TIR):

    a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa esperadas de um projeto

    ao valor presente dos custos esperados do projeto, ou seja, a taxa que torna o VPL do projeto igual a

    zero.

    Exemplo:

    Regra de deciso:

    Se TIR > k, aceita-se o projeto

    Se TIR = k, indiferente

    Se TIR < k, rejeita-se o projeto

    Consideraes sobre o mtodo:

    1) A TIR parte do pressuposto implcito de reinvestimento dos fluxos intermedirios de

    caixa prpria IRR durante a durao do projeto, ou seja, o saldo final do projeto

    igual a zero;

    2) O clculo da TIR para fluxos de caixa no-convencionais causa problemas;

    3) O resultado da TIR entendido mais facilmente;

    4) Ao se analisar projetos mutuamente excludentes, no se deve optar pela TIR, sendo

    preferido o VPL;

    5) Quando no se utiliza mquinas financeiras, o clculo da TIR feito com base em

    tentativas.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 14

    Grfico 2 - VPL x TIR

    Fonte: Adaptado de (BRIGHAM, et al., 2002)

    Taxa de Equilbrio: a taxa de desconto em que os grficos VPL de dois projetos de cruzam

    e neste ponto, se equivalem.

    1.5 - Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRm):

    Utilizada como um aprimoramento da TIR, a TIRm a taxa de desconto em que o valor

    presente do custo de um projeto igual ao valor presente de seu valor final, sendo este encontrado

    como a soma dos valores futuros das entradas de caixa, capitalizados ao custo de capital da empresa.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 15

    Frmula:

    VP Custos = VF / (1+TIRm)n

    Exemplo:

    Fonte: Adaptado de (BRIGHAM, et al., 2002), p. 393.

    Como utilizar a HP 12-c para encontrar a TIRm: (BRIGHAM, et al., 2002), p. 393

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 16

    Vantagem da TIRm

    A TIRm supe que os reinvestimentos dos fluxos de caixa so realizados a taxa do custo de

    capital, e no da prpria TIR, como era o caso da TIR.

    Qual o melhor mtodo para analisar o investimento? Tanto a TIRm quanto o VPL, ambos

    levam ao mesmo resultado, exceto quando os perodos de anlise forem diferentes.

    Exemplo

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 17

    Exerccio TIR e TIR Modificada

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 18

    1.6 - ndice de Lucratividade ou Rentabilidade

    a relao entre o valor atualizado dos fluxos operacionais lquidos de entrada de caixa e os de

    sada de caixa (investimentos).

    Frmula:

    IR = VP dos Fluxos de Caixa Lquidos / VP dos Investimentos

    Exemplo:

    Ano 0: -100.000

    Ano 1: 45.000

    Ano 2: -28.500

    Ano 3: 56.000

    Ano 4: 74.000

    k= 10%

    VP dos Investimentos = R$ 123.553.72

    VP dos FCLquidos = R$ 133.525,72

    Ir = 1,08

    Regra de deciso:

    Ir > 0 = Aceita o projeto

    Ir = 0 = Indiferente (VPL = 0)

    Ir < 0 = Rejeita o projeto

    Consideraes sobre o IR

    O IR a forma de expressar o VPL em %;

    Permite avaliar fluxos de caixa no-convencionais;

    considerado como uma variante do VPL;

    Mostra a razo entre os benefcios e os custos do projeto no momento zero (relao

    custo x benefcio)

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 19

    Exemplo

    Exerccio ndice de Rentabilidade

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 20

    1.7 - Quadro Comparativo entre as tcnicas

    Vantagens Desvantagens Frmula Regra de Aceitao

    Observaes

    Pay-Back

    Pay-Back Descontado

    VPL

    TIR

    TIR Modificada

    ndice de Rentabilidade

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 21

    Risco e Retorno

    2.1 - Consideraes iniciais

    Risco e retorno so variveis bsicas da tomada de deciso

    de investimentos. Genericamente, o risco uma medida de

    volatilidade ou incerteza dos retornos,e retorno a expectativa de

    receitas de qualquer investimento.

    Para GITMAN p.202), risco a possibilidade de prejuzo

    financeiro. J para GROPPELLI p. 67, o risco uma medida da

    volatilidade ou incerteza dos retornos.

    Retorno, de acordo com LEMES JR. p. 135), o total de

    ganhos ou de perdas de um proprietrio ou aplicador sobre

    investimentos anteriormente realizados. J para GITMAN p.203), o

    retorno medido como o total de ganhos ou prejuzos dos

    proprietrios decorrentes de um investimento durante um

    determinado perodo de tempo.

    2.2 - Relao Risco x Retorno

    Grfico 3 - Relao Risco x Retorno

    Em suma, pode-se definir Risco como o grau de incerteza

    associado a um investimento. Quanto maior a volatilidade dos

    retornos de um investimento, maior ser o seu risco. Quando dois

    projetos tm os mesmos retornos esperados, escolhe-se o de menor

    risco.

    QUESTES PARA

    DISCUSSO INICIAL DO

    CAPTULO

    H investimento livre de

    risco?

    O que o risco?

    H relao entre risco e

    retorno?

    O que o Risco Brasil?

    CONCEITOS A SEREM

    DEFINIDOS NESSE

    CAPTULO

    Risco

    Retorno

    Retorno Esperado

    Risco Brasil

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 22

    2.3 - Retorno Esperado ou Taxa de Retorno Esperada

    Retorno esperado ou Taxa de Retorno Esperada , de acordo com (GROPPELLI, et al., 1999), a

    remunerao que os investidores solicitam para manter suas aplicaes no ativo considerado. Vale

    ressaltar que o retorno esperado difere-se do retorno efetivo apenas por se tratar ex-ante, enquanto

    que o retorno efetivo j foi efetivamente conhecido.

    A probabilidade ser usada como forma de quantificar o nvel de possibilidade de um projeto

    ter os seus valores projetados correspondidos efetivamente, levando sempre em considerao os

    cenrios projetados para cada um deles.

    Exemplo:

    Probabilidade Investimento A Investimento B

    Cenrio 01: Expanso Econmica 0,3 100% 20%

    Cenrio 02: Estabilidade - Normal 0,4 15% 15%

    Cenrio 03: Recesso Econmica 0,3 - 70% 10%

    Total 1,0

    Se multiplicarmos a probabilidade pela taxa de retorno projetada e da somarmos esse produtos,

    teremos ento a taxa de retorno esperada ou retorno esperado.

    Por exemplo:

    Voc est prestes a investir ou em uma franquia de sorvetes do Mc Donalds ou em um parque de

    diverses. Ambos os eventos esto sujeitos ao sucesso em relao s condies climticas do lugar em

    que sero instalados.

    Probabilidade Investimento A Taxa de retorno

    esperada

    Investimento B Taxa de retorno

    esperada

    Cenrio 01 0,25 13% 3,25% 7% 1,75%

    Cenrio 02 0,50 15% 7,50% 15% 7,50%

    Cenrio 03 0,25 17% 4,25% 23% 5,75%

    Total 1,0 15% 15%

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 23

    2.4 - Medidas de Risco

    Definido o retorno esperado de um

    projeto ou investimento, o que resta agora

    conhecer o grau de risco envolvido. No exemplo

    anterior, percebe-se que a taxa de retorno

    esperada para o Investimento A e para o

    Investimento B a mesma. Assim, torna-se

    necessrio saber quais dos dois projetos

    apresentam o menor risco.

    Neste caso, as unidades de risco

    adotadas sero as medidas de disperso

    tradicionalmente trabalhadas pela Estatstica:

    varincia, desvio-padro e coeficiente de

    variao.

    2.5 - Anlise de Sensibilidade ou

    Volatilidade

    a abordagem comportamental que

    utiliza inmeros valores possveis para uma

    determinada varivel, a fim de avaliar o seu

    impacto no retorno da empresa. Na verdade,

    preocupa-se em avaliar a discrepncia entre os

    valores mnimos e mximos dos VPL's para os

    cenrios projetados em questo.

    2.6 - Definio de Cenrios

    Comumente, para fins de anlise de

    risco, costume traar cenrios atravs da

    ponderao das probabilidades dos mesmos

    ocorrerem. Por exemplo, pode-se definir que a

    probabilidade de crescimento econmico do pas

    acima de 5% ao ano, para o prximo ano seja de

    40%, e assim por diante.

    2.7 - Curva Normal ou Distribuio

    de Gauss

    A distribuio de probabilidades

    trabalhada na anlise de risco e volatilidade a

    PORQU CURVA NORMAL?

    A curva normal, tambm conhecida como

    a curva em forma de sino, tem uma histria bastante

    longa e est ligada histria da descoberta das

    probabilidades em matemtica, no sculo XVII, que

    surgiram para resolver inicialmente questes de

    apostas de jogos de azar.

    O responsvel mais direto da curva normal

    foi Abraham de Moivre, matemtico francs exilado

    na Inglaterra, que a definiu em 1730, dando

    seqncia aos trabalhos de Jacob Bernoulli (teorema

    ou lei dos grandes nmeros) e de seu sobrinho

    Nicolaus Bernoulli, matemticos sucos.

    Moivre publicou seus trabalhos em 1733

    na obra The doctrine of the chances. O sucesso da

    descoberta foi rpido e grandes nomes passaram a

    trabalhar sobre a curva normal, tais como Laplace,

    que em 1783 a utilizou para descrever a distribuio

    dos erros, e Gauss, que em 1809 a empregou para

    analisar dados astronmicos. Inclusive, a curva

    normal chamada de distribuio de Gauss.

    Hoje em dia, a curva normal um ganho

    fundamental em cincia, porque a normalidade

    ocorre naturalmente em muitas, seno todas as

    medidas de situaes fsicas, biolgicas e sociais, e

    fundamental para a inferncia estatstica.

    Segundo a lei dos grandes nmeros de

    Bernoulli, em uma situao de eventos casuais, em

    que as chances de ocorrncia so independentes,

    obter coroa em lances de uma moeda de cara e

    coroa, tem a probabilidade matemtica exata de 50%

    (porque so somente dois eventos possveis: cara ou

    coroa), mas na prtica esta probabilidade de 50%

    apenas aproximada.

    Quanto maior o nmero de tentativas,

    mais exata ser a aproximao desse valor. Isso quer

    dizer que os erros (desvios) sero menores na

    medida em que aumenta o nmero de lances.

    Desvios grandes so raros e desvios

    pequenos freqentes. Portanto, aumentando as

    tentativas, aumenta o nmero de desvios pequenos,

    prevalecendo cada vez mais sobre os desvios

    grandes, de tal forma que, no limite, haver quase

    somente desvios pequenos, sendo o desvio 0 (zero) o

    menor deles e, por conseqncia, o mais freqente.

    Dessa forma, os erros se distribuem

    simetricamente em torno da mdia, formando uma

    curva simtrica com o pico na mdia e caindo

    suavemente esquerda (erros que subestimam a

    mdia) e direita (erros que superestimam a mdia).

    Alm disso, essa curva simtrica permitiu

    a Moivre calcular uma medida de disperso das

    observaes em torno da mdia, medida esta

    chamada posteriormente como desvio-padro.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 24

    normal (Curva Normal ou Distribuio de Gauss).

    O nome curva normal, atribudo por Moivre, existe porque a mdia representa a norma, isto ,

    todo valor diferente da mdia considerado desvio, sendo que todos os valores deveriam ser iguais

    mdia.

    Em dois casos, deve ser utilizada a distribuio normal:

    Quando a distribuio da prpria populao de eventos normal, ou

    Quando a distribuio da populao no for normal, mas o nmero de casos for grande

    (Teorema de Bernoulli ou o Teorema do limite central).

    Assim, qualquer que seja a distribuio dos seus dados, se houver um nmero grande de

    observaes, pode-se utilizar a curva normal como uma aproximao adequada para a anlise dos

    dados.

    2.8 - Varincia e Desvio-Padro

    Varincia o quadrado dos desvios dos eventos encontrados em relao mdia. Utiliza-se a

    funo exponencial () para eliminar os efeitos dos sinais negativos (-) e positivos (+) da amostra. J o

    Desvio-Padro a raiz quadrada da Varincia.

    O roteiro bsico para clculo da varincia e desvio padro :

    1) Calcule a taxa de retorno esperada;

    2) Subtraia a taxa de cada evento da taxa de retorno esperada para calcular os desvios;

    3) Eleve cada desvio ao quadrado;

    4) Multiplique o resultado pela probabilidade;

    5) Somando os produtos, temos a Varincia (quadrado do desvio-padro);

    6) Tire a raiz da Varincia para encontrar o Desvio-Padro;

    Isso significa, por exemplo que, se a distribuio de probabilidades normal, o retorno

    realizado estar dentro de +/- 1 desvio padro do retorno esperado em 68,26% das vezes.

    Figura 1 - Curva Normal

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 25

    2.9 - Coeficiente de Variao

    Como resolver para decidir entre dois projetos em que um apresente um retorno esperado

    mais alto e ao mesmo tempo apresenta um risco maior (desvio-padro maior)? Para resolver isso,

    utiliza-se um nmero que represente o risco por unidade de retorno. o coeficiente de variao:

    C.V. = /Retorno esperado

    Exemplo:

    O projeto X tem uma taxa de retorno esperada de 60% e um desvio padro de 15%, enquanto

    que o projeto Y tem uma taxa de retorno de 8% e um desvio-padro de apenas 3%.

    CVx= 15/60 = 0,25 CVy = 3/8 = 0,375

    Ainda sim o projeto Y mais arriscado, uma vez que o risco por unidade de retorno ainda

    maior.

    2.10 - Exerccio Exemplo

    Determinada empresa estava em dvida se investia em 03 de seus projetos de expanso.

    Ambos eram mutuamente excludentes. A tabela seguir mostra o desempenho de cada projeto frente

    aos cenrios econmicos traados para o prximo ano:

    VPL's

    p(n) Proj A Proj B Proj C

    Cenrio 01 (Pessimista): Recesso Econmica 0,4 150.000 140.000 180.000

    Cenrio 02 (Realista): Estagnao Econmica 0,4 250.000 280.000 250.000

    Cenrio 03 (Otimista): Crescimento Econmico 0,2 500.000 380.000 350.000

    Determine:

    a) O Retorno Esperado de cada projeto;

    b) O desvio-padro de cada um;

    c) a Varincia de cada um;

    d) Indique qual projeto deve ser escolhido.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 26

    Exerccio sobre Anlise de Cenrios e Sensibilidade

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 27

    2.11 Risco de Carteira

    RISCOS DE CARTEIRA: No risco de carteira, o que

    importa no o risco inerente cada ao ou investimento, mas

    sim o risco relativo carteira de aes, ativos ou investimentos.

    RETORNOS DE CARTEIRA: O retorno esperado de

    uma carteira simplesmente a mdia ponderada dos retornos

    esperados dos ativos individuais da carteira, sendo que os pesos

    so a frao do total investido em cada ativo.

    Exemplo:

    Investimento A - 14%;

    Investimento B - 13%;

    Investimento C - 20% e;

    Investimento D - 18%.

    Se se formasse uma carteira de R$ 100.000, com 25% investido

    em cada investimentos, teramos :

    Ret. Esp. = 0,25x(14%)+0,25x(13%)+0,25x(20%)+0,25x(18%) =

    16,25%

    EXEMPLO:

    Invest. A Invest. B Carteira (a,b) 1991 40% -10% 15% 1992 -10% 40% 15% 1993 35% -5% 15% 1994 -5% 35% 15% 1995 15% 15% 15% Retorno mdio 15% 15% 15% Desvio-Padro 22,6% 22,6% -

    Obs.: Caso os retornos projetados fossem iguais, as aes ou

    investimentos seriam perfeitamente correlacionados

    positivamente (r = +1,0); Logo a diversificao no oferece

    nenhum benefcio de reduo de risco, uma vez que o risco da

    carteira equivale ao risco das aes individualmente.

    O QUE O RISCO BRASIL?

    De acordo com (DOMINIC, 2005),

    o Risco Brasil o risco financeiro de todos

    os pases de economia aberta medido

    por vrias instituies internacionais,

    levando em conta indicadores como o

    tamanho da dvida pblica (externa e

    interna), a sua capacidade de pagamento,

    o tamanho do dficit pblico, a magnitude

    das taxas de juros e da taxa de cmbio

    (valor do dlar) e outros indicadores.

    O Risco Brasil, sendo uma

    medida hipottica ou no, muitas vezes

    utilizada como parmetro pelos investidores

    externos, que buscam, acima de tudo, a

    segurana na aplicao de seus recursos.

    Ao lado da rentabilidade (lucro da

    aplicao) e da liquidez (rapidez no resgate

    em moeda corrente e, claro, garantia de

    troca pela moeda de origem da aplicao),

    a segurana um fator essencial do

    investimento.

    H muitas agncias e instituies

    financeiras que analisam os aspectos

    econmicos e polticos de um pas para

    classificar o seu risco. A agncia Fitch

    Ratings, por exemplo, classifica em nveis

    de B+, B, A-, etc. J o banco J.P.

    Morgan realiza uma classificao diria em

    pontos, em que cada 100 unidades

    equivalem a uma sobretaxa de 1% em

    relao aos ttulos pblicos americanos.

    Segundo matria no stio

    www.portalbrasil.net/economia_riscopais.ht

    m, Tecnicamente falando, o risco pas a

    sobretaxa de se paga em relao

    rentabilidade garantida pelos bnus do

    Tesouro dos Estados Unidos, pas

    considerado o mais solvente do mundo,

    ou seja, o de menor risco para um

    aplicador no receber o dinheiro

    investido acrescido dos juros

    prometidos.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 28

    O exemplo acima citado da inexistncia do risco no encontrado de fato na vida real. No

    possvel formar carteiras de aes totalmente sem risco. A diversificao pode reduzir o risco mas no

    elimin-lo.

    2.12 Risco Diversificvel e Risco de Mercado

    Risco diversificvel: ocasionado por eventos aleatrios, como processos judiciais, greves,

    programas de marketing mal sucedidos, ganho ou perda de grandes contratos e outros eventos

    especficos a uma empresa. Como os eventos so aleatrios, alguns eventos ruins de umas empresas

    sero compensados por eventos positivos de outras empresas.

    Risco de Mercado: Parcela do risco que no pode ser eliminada pela diversificao. O risco

    de mercado tem origens em fatores que afetam sistematicamente a maioria das empresas: guerra,

    inflao, recesses, taxas de juros altas entre outros.

    Importante destacar sobre o papel fundamental que o risco de uma ao pode contribuir para

    a reduo do risco da carteira, ainda que o seu risco isolado seja maior. (BRIGHAM, et al., 2002).

    2.13 Correlao

    Para (BRIGHAM, et al., 2002), a correlao a tendncia de duas variveis a se moverem

    juntas. O coeficiente de correlao pode variar de -1,0 a +1,0, indicando que as duas variveis se

    movimentam para cima e para baixo em perfeita sincronia.

    No Microsoft Excel, a funo CORREL determina o grau de correlao existente entre duas

    variveis.

    2.14 Diversificao

    De acordo com (ROSS, et al., 2000) a diversificao a distribuio de um investimento em

    vrios ativos para eliminar parte, mas no a totalidade do risco. Portanto, uma carteira com ativos

    correlacionados negativamente apresenta, de uma forma geral, menor risco diversificvel. medida

    que se aumenta o nmero de ativos na carteira, o desvio-padro mdio da carteira diminui.

    2.15 Modelo CAPM Modelo de Precificao de Ativos Financeiros

    Quanto maior o risco de um investimento, maior ser o seu retorno. No entanto, se os

    investidores estiverem preocupados principalmente com o risco de carteira ou diversificvel, ao invs

    do risco individual ou de mercado, como ser que o grau de risco de uma ao individual deve ser

    medido?

    Portanto, o grau de risco relevante de uma ao individual a sua contribuio ao grau de

    risco de uma carteira bem diversificada. (BRIGHAM, et al., 2002)

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 29

    Grfico 4- Risco Diversificvel e Risco de Mercado

    Fonte: Adaptado de (BRIGHAM, et al., 2002)

    2.16 Coeficiente Beta

    O coeficiente beta a medida do grau em que os retornos sobre uma dada ao variam com o

    mercado de aes. Ou seja, o beta visa estudar o comportamento de determinado ttulo em relao ao

    mercado, definindo assim o ndice de risco no-diversificvel do investimento. O coeficiente beta a

    medida de volatilidade dos retornos de um ttulo com relao aos retornos do mercado como um todo.

    Este coeficiente indica a contribuio que o ttulo traz carteira de mercado, em termos de risco.

    Se o coeficiente beta for lastreado pelo IBOVESPA, seu nmero ser de 1,00 acompanhando

    sistematicamente as variaes do IBOVESPA. Sendo assim, o beta mede a volatilidade de uma ao em

    relao de uma ao mdia, que, por definio, tem o beta=1,0. Portanto, o beta se baseia em dados

    passados, tendo em vista a utilizao de dados anteriores para clculo do ndice.

    O beta de uma carteira ser a mdia ponderada dos betas das aes individuais das carteiras

    (multiplicado pela proporo de ao na carteira).

    Obs.: O beta calculado mediante regresso linear de sries histricas dos dois ativos ou

    investimentos separados.

    2.17 Modelo SML Linha de Mercado de Ttulos

    Portanto, o risco diversificvel pode ser eliminado pela diversificao e o risco sistemtico tem

    seu comportamento comparado com o mercado atravs do ndice beta. Assim, como definir qual o

    retorno esperado de uma ao ou ttulo? Alguns conceitos antes so necessrios para responder essa

    questo.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 30

    Taxa de retorno do ativo livre do risco

    A Taxa de retorno livre do risco aquela cujo retorno esperado seria igual ao retorno efetivo,

    ou seja, aquela em que no h varincia no retorno. Embora teoricamente no seja mais correto

    afirmar, como se fosse a taxa mnima de retorno para um ativo sem risco. Poupana e CDI so

    exemplos clssicos de taxa de retorno livre do risco no Brasil. Nos EUA, o ttulo do tesouro o

    parmetro utilizado.

    Taxa de retorno do mercado

    a taxa de retorno auferida, na mdia, pelo mercado. No Brasil, pode-se considerar o

    IBOVESPA ou IBX como parmetros. Assim, para a definio de qual o retorno esperado em um

    investimento, utiliza-se a seguinte frmula (GITMAN, 2002):

    Resp = Rlivre + ( x (Rmerc - Rlivre))

    Em que:

    Resp = Retorno esperado do ttulo ou ao

    Rlivre = Retorno livre do risco

    = ndice beta do ttulo ou ao

    Rmerc = Retorno de mercado

    Concluindo: Qual o real objetivo da Linha de Mercado dos Ttulos na administrao financeira?

    Grfico 5 - Grfico da Linha do Mercado de Ttulos

    Fonte: Adaptado de (GITMAN, 2002)

    0

    15,0

    12,0

    9,0

    6,0

    a = 1,5 0,5 1,0 1,5 Risco no

    diversificvel, beta

    LMT

    RETORNO

    EXIGIDO

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 31

    Custo de Capital

    3.1 - Consideraes iniciais

    Quando da avaliao de investimentos, das alternativas

    estudadas (VPL, TIR, ndice de Rentabilidade), era necessrio

    definir a taxa mnima de atratividade ou custo de capital. A partir

    de agora, a definio primordial passa a ser de financiamento e

    no mais de investimento.

    Portanto, torna-se indispensvel saber qual a taxa

    mnima de retorno que a empresa ou investidor ir exigir de seus

    investimentos, sejam estes financiados por capital do acionista

    (prprio) ou por terceiros.

    3.2 - O que Custo de Capital?

    De acordo com (GROPPELLI, et al., 1999), o custo de

    capital a taxa de retorno que uma empresa deve pagar aos

    investidores a fim de induzi-los a comprar aes e ttulos.

    J para (GITMAN, 2002), o custo de capital a taxa de

    retorno mnima exigida para um novo investimento.

    Em sua estrutura de capital, uma empresa remunera seus

    acionistas e scios atravs de dividendos, distribuies de lucro e

    outros; por outro lado, existem terceiros que ajudam a financiar

    as atividades da empresa (bancos, fundos de penso, entre

    outros). Portanto, o custo de capital da empresa deve abranger a

    remunerao exigida pelos scios e acionistas e mais a

    remunerao exigida pelos terceiros, ponderado, logicamente,

    pela participao de cada um no capital da empresa. Assim,

    pode-se dividir o custo de capital da empresa em (i) prprio e (ii)

    terceiro.

    3.3 - Custo de Capital Prprio

    O custo de capital prprio corresponde ao retorno que os

    investidores, sejam acionistas ou scios exigem pelo

    investimento nas aes da empresa ou participao direta no

    capital social da empresa. (ROSS, et al., 2000)

    Diversos autores definem diferentemente a abordagem

    QUESTES PARA

    DISCUSSO INICIAL DO

    CAPTULO

    Decises de

    investimento

    x

    Decises de

    financiamento

    O que o Custo de

    Capital?

    CONCEITOS A SEREM

    DEFINIDOS NESSE

    CAPTULO

    Custo de Capital

    Custo de Capital

    Prprio

    Custo de Capital de

    Terceiros

    Custo de Capital Mdio

    Ponderado

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 32

    do custo de capital prprio. Nesse material, ser utilizada a abordagem de ROSS, entendendo tratar-se

    da mais simples, didtica e aplicvel realidade brasileira.

    Segundo (ROSS, et al., 2000), existem duas abordagens para se calcular o custo de capital

    prprio:

    a) Modelo de Crescimento de Dividendos ou Modelo de Gordon; e

    b) Modelo SML ou Linha de Mercado de Ttulos (visto no captulo anterior);

    Ao final, ser apresentada ainda a metodologia de clculo da ao preferencial.

    Modelo de Crescimento de Dividendos ou Modelo de Gordon

    A remunerao de um acionista consiste basicamente nos dividendos1 pagos pela empresa.

    Supondo que os dividendos de uma empresa tendem a crescer a uma taxa constante, o retorno exigido

    pelo acionista ser o percentual do dividendo em relao ao valor da ao, acrescido da taxa de

    crescimento do dividendo.

    Rexig = D/Po + g

    Po = preo corrente da ao ordinria

    D = dividendo por ao esperado no final do ano 01

    Rexig = taxa de retorno exigida sobre a ao ordinria

    g = taxa anual de crescimento constante dos dividendos

    1 Dividendos a parcela do lucro apurado pela empresa, que distribuda aos acionistas por ocasio do

    encerramento do exerccio social (balano). Pela lei das S/A' s, dever ser distribudo um dividendo de no mnimo

    25% do lucro lquido apurado, e sempre em dinheiro (moeda corrente). Os dividendos podem ter periodicidade

    diversa: mensal, trimestral, semestral, anual, etc., desde que conste no estatuto da empresa o perodo

    determinado. A Assemblia Geral Ordinria (AGO) quem determina a parcela a ser distribudo como dividendo,

    de acordo com os interesses da empresa, atravs da manifestao de seus acionistas. O montante a ser distribudo

    dever ser dividido pelo nmero de aes emitidas pela empresa, de forma a garantir a proporcionalidade da

    distribuio. (WIKIPDIA, 2007)

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 33

    Exemplo:

    Po = R$ 50

    D = R$4

    g = 5%

    Ks = ??

    R.: 13% o retorno mnimo exigido pelo acionista

    Modelo SML ou Linha de Mercado de Ttulos

    Para o modelo SML, conforme visto no captulo anterior, o custo de capital prprio calculado

    da seguinte forma:

    Resp = Rlivre + ( x (Rmerc - Rlivre))

    Em que:

    Resp = Retorno esperado do ttulo ou ao ou Custo de Capital Prprio

    Rlivre = Retorno livre do risco

    = ndice beta do ttulo ou ao

    Rmerc = Retorno de mercado

    Exemplo:

    Rlivre = 7%

    = 1,50

    Rmerc = 11%

    Resp = 7% + [1,5 x (11% - 7%)]

    Resp = 7% + 6% = 13%.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 34

    Tabela 1 - Vantagens e desvantagens dos dois modelos

    MODELO VANTAGENS DESVANTAGENS

    Crescimento de dividendos - Simples de calcular; - Fcil de ser compreendida e utilizada;

    - S aplicvel a empresas que paguem dividendos; - O pressuposto de que os dividendos crescem a uma taxa constante forado; - No considera o risco explicitamente;

    SML - Considera o risco, uma vez que trabalha com o beta; - Aplicado no somente s empresas que pagam dividendos;

    - O retorno de mercado deve ser estimado, o que torna o modelo mais impreciso; - Por utilizar o beta, o futuro est sendo projetado com base no passado, o que nem sempre ser necessariamente seguido.

    Fonte: Adaptado de (ROSS, et al., 2000).

    Custo da ao preferencial

    A diferena bsica entre uma ao ordinria e preferencial que a ordinria d direito a voto

    ao acionista, enquanto que a ao preferencial tem prioridade na distribuio de dividendos. Por isso,

    as aes preferenciais tendem a ter um custo menor que o das aes ordinrias (Modelo de Gordon),

    porque so menos arriscadas que aquelas quanto ao recebimento de dividendos. Os acionistas

    preferenciais no exigem uma remunerao, a empresa que a oferece; no entanto se esta no for

    satisfatria, provavelmente no compraro aes da empresa. (LEMES JR, et al., 2001)

    Diferentemente dos EUA, onde a ao preferencial considerada capital de terceiros, sendo

    sua remunerao fixa e predeterminada; no Brasil, a ao preferencial considerada capital prprio e

    sua remunerao varivel. A idia americana de que a ao preferencial capital de terceiro driva da

    questo de que o nico interesse do acionista pela liquidez do ttulo e no pela tomada de deciso da

    empresa (acionista ordinrio).

    A forma de clculo da ao preferencial :

    Rexig = D/P0

    Em que:

    Rexig = Retorno exigido pela ao preferencial

    D = Dividendo a ser pago

    P0 = Preo da ao preferencial

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 35

    3.4 - Custo de Capital de Terceiros

    O Custo de Capital de Terceiros consiste na taxa de juros sobre o capital de terceiros, menos a

    reduo do imposto proveniente do fato dos juros serem dedutveis do LAJIR. Segundo (LEMES JR, et

    al., 2001), o custo de capital de terceiros o retorno que os banqueiros exigem por seus recursos.

    Custo de Capital de terceiros =

    Em que:

    J = juros do emprstimo ou financiamento;

    Ir = alquota de Imposto de Renda

    Ct = total do capital de terceiros tomado

    3.5 - Custo de Capital Mdio Ponderado

    O Custo de Capital Mdio Ponderado a mdia ponderada dos custos dos componentes capital

    de terceiros, aes preferenciais e aes ordinrias. Para (GITMAN, 2002), o custo de capital mdio

    ponderado reflete o futuro custo mdio esperado de fundos da empresa a longo prazo; encontrado

    ponderando-se o custo de cada tipo especfico de capital por sua proporo na estrutura de capital da

    empresa.

    CCMP = CCPrprio x %Part. CCP + CCTerceiros x %Part. CCT

    Qual o capital mais barato: Prprio ou de Terceiro? Por qu ?

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 36

    Exerccio Custo de Capital

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 37

    Alavancagem e

    Estrutura de Capital

    4.1 - A questo da estrutura de capital

    Conforme visto no captulo anterior, o custo de capital

    mdio ponderado retrata o custo de capital prprio e de terceiros,

    de acordo com a proporo financiada por cada um.

    A principal razo para estudar o custo de capital est na

    questo de que o valor da empresa ser maximizado quando o

    custo de capital da empresa estiver minimizado, ou seja, a

    empresa gastar menos para financiar seus recursos (GITMAN,

    2002).

    Assim, pode-se definir a estrutura tima de capital como

    aquela que proporciona o menor custo de capital mdio

    ponderado, maximizando, dessa forma, o valor da empresa.

    4.2 - Alavancagem

    De acordo com (GITMAN, 2002), a alavancagem o uso

    de ativos ou recursos com um custo fixo, a fim de aumentar os

    retornos dos proprietrios da empresa.

    J o site (INVESTSHOP, 2007), a alavancagem o

    conceito que define o grau de utilizao de recursos de terceiros

    para aumentar as possibilidades de lucro, aumentando

    conseqentemente o grau de risco da operao.

    Ainda de acordo com (GITMAN, 2002), existem trs

    tipos bsicos de alavancagem: operacional, financeira e total. A

    alavancagem operacional determinada pela relao entre as

    receitas de vendas da empresa e seu LAJIR. A alavancagem

    financeira refere-se relao entre o LAJIR e o lucro por ao e a

    alavancagem total determinada pela relao entre a receita de

    vendas da empresa e o lucro por ao.

    4.3 - Alavancagem Financeira e o seu efeito

    A alavancagem financeira, de acordo com (GITMAN,

    2002) a capacidade da empresa de usar encargos financeiros

    fixos a fim de maximizar os efeitos de variaes no LAJIR sobre

    os lucros por ao da empresa. J (GROPPELLI, et al., 1999)

    define como o efeito de uma mudana no lucro por ao como

    QUESTES PARA

    DISCUSSO INICIAL DO

    CAPTULO

    Custo de Capital

    Prprio x Custo de

    Capital de Terceiros:

    qual a composio

    ideal?

    CONCEITOS A SEREM

    DEFINIDOS NESSE

    CAPTULO

    Alavancagem

    Alavancagem

    Financeira

    Risco Operacional

    Risco Financeiro

    Estrutura tima de

    capital

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 38

    resultado de uma mudana no LAJIR.

    Exemplo:

    Uma empresa tem um capital total de R$ 8 milhes, todo constitudo por capital prprio,

    atravs de 400.000 aes ao preo de R$ 20,00. A empresa decide terceirizar parte da dvida da

    empresa, totalizando R$ 4 milhes de capital de terceiros. A taxa de juros cobrada pelo valor de 10%

    ao ano.

    Supondo que a empresa trabalhe com 03 cenrios de desempenho provveis: recesso,

    esperado e expanso.

    Estrutura de Capital Corrente: Sem Dvidas

    RECESSO ESPERADO EXPANSO

    LAJIR R$ 500.000 R$ 1.000.000 R$ 1.500.000

    Juros 0 0 0

    Lucro Lquido R$ 500.000 R$ 1.000.000 R$ 1.500.000

    ROE 6,25% 12,50% 18,75%

    LPA R$ 1,25 R$ 2,50 R$ 3,75

    Estrutura de Capital Corrente: R$ 4 milhes de capital de terceiros

    RECESSO ESPERADO EXPANSO

    LAJIR R$ 500.000 R$ 1.000.000 R$ 1.500.000

    Juros R$ 400.000 R$ 400.000 R$ 400.000

    Lucro Lquido R$ 100.000 R$ 600.000 R$ 1.100.000

    ROE 2,50% 15,00% 27,50%

    LPA R$ 0,50 R$ 3,00 R$ 5,50

    Percebe-se que o ROE (Retorno sobre Capital) e o LPA (Lucro por ao) so relativamente

    maiores com a estrutura alavancada, a partir de determinado momento, uma vez que no cenrio

    de recesso o montante de juros representa quase a totalidade do LAJIR. medida que o LAJIR vai

    aumentando e o montante de juros permanece o mesmo, aumenta-se o valor do ROE e LPA,

    principalmente porque agora o capital prprio de apenas R$ 4 milhes.

    4.4 - Alavancagem Financeira e o LAJIR de equilbrio

    Conforme visto anteriormente, percebe-se que, a partir de determinado momento, compensa-

    se utilizar capital de terceiros. Portanto, torna-se necessrio descobrir o ponto de equilbrio do LAJIR,

    ou seja, o valor inicial de LAJIR que permita trabalhar alavancado com maiores ganhos.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 39

    Tabela do Ponto de Equilbrio do LAJIR

    Fonte: Adaptado de (ROSS, et al., 2000)

    O GAF Grau de Alavancagem Financeira determinado pela seguinte frmula:

    GAF =

    4.5 - Estrutura de capital e Valor da Empresa Proposio I de M&M: Modelo de

    pizza

    Conforme visto anteriormente, a estrutura de capital da empresa definida pela quantidade de

    capital prprio e capital de terceiros envolvidos na composio da empresa.

    De acordo com Modigliani e Miller (M&M), o valor da empresa independe de sua estrutura de

    capital. A forma com que a empresa divide seu capital no interfere no tamanho do ativo gerado pela

    empresa. Essa proposio ficou conhecida como o modelo de Pizza de M&M, dada a ilustrao de que,

    na verdade, a o tamanho da pizza igual em ambos os casos, variando apenas a forma como ela

    dividida.

    Porm, conforme bem coloca (LEMES JR, et al., 2001), na prtica, o que ocorre que o

    endividamento pode ser vantajoso porque a mudana da estrutura de capital pode reduzir o imposto

    de renda a pagar, tornar o custo de capital menor e aumentar o valor da empresa. Uma crtica sobre o

    modelo de pizza de M&M que os pressupostos so de mercado perfeito e ideal sem impostos, com

    ampla e perfeita divulgao de todas as informaes e sem custos de transao, o que efetivamente no

    ocorre.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 40

    4.6 - Risco Operacional e Risco Financeiro

    O custo de capital prprio pode ser dividido em duas partes: o risco operacional e o risco

    financeiro. O risco operacional diz respeito s operaes da empresa, ou seja, o risco que a empresa

    corre de no gerar receitas suficientes para cobrir seus custos operacionais. J o risco financeiro o

    risco que a empresa corre por utilizar o capital de terceiros, ou seja, resultado direto da deciso de

    financiamento da empresa, tendo em vista o risco existente pelo alto volume de amortizaes e juros a

    pagar. Em suma, o risco de no gerar lucro suficiente para arcar com o principal e juros dos

    emprstimos de terceiros. o que os autores definem como o custo da inadimplncia ou custo de

    falncia. Dentre outros aspectos, Modigliani e Miller revelam que, medida que uma empresa se torna

    mais endividada, o maior risco da empresa assumido pelos acionistas, os quais, por conta disso,

    passam a exigir um retorno mais elevado.

    4.7 - O benefcio fiscal do capital de terceiros

    Os juros pagos a ttulo de emprstimo (capital de terceiros) so dedutveis da base tributvel

    dos impostos sobre resultado (IRPJ e CSLL). Assim, a empresa consegue gerar uma economia no valor

    de impostos a recolher conforme demonstrado na tabela abaixo:

    Tabela 2 - Benefcio fiscal do uso de capital de terceiros

    EMPRESA A EMPRESA B

    LAJIR

    Juros

    Lucro Tributvel

    IR e CSLL

    Lucro Lquido

    Vale ressaltar que, para empresas que apresentem prejuzo contbil, esse benefcio no surte

    qualquer efeito.

    Concluindo, o custo de capital de terceiros definitivamente torna-se mais barato do que o custo

    de capital prprio para a empresa. Ento, nessa lgica, seria interessante para a empresa trabalhar

    sempre com capital de terceiros? Integralmente no, at pelo alto risco financeiro incorrido nessa

    situao, uma vez que ao mesmo tempo que a empresa ganha benefcio fiscal com os juros, sua

    capacidade de gerar lucro compromete-se com o alto montante de amortizao e juros dos

    emprstimos. Portanto, existe uma determinada composio que aproveita os benefcios do baixo

    custo de capital de terceiros sem no entanto comprometer em demasia a gerao de lucros da empresa.

    o ponto timo da estrutura de capital ou estrutura tima de capital.

    4.8 - Estrutura tima de capital

    De acordo com (GITMAN, 2002), uma empresa obtm a maximizao de seu valor quando o

    custo total de capital mnimo, ou seja, quando o custo mdio ponderado de capital mnimo.

    Conforme foi visto anteriormente, o mix ideal de relao entre o capital prprio e capital de terceiro

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 41

    que vai possibilitar ter uma estrutura tima de capital, tendo em vista que ter o seu custo mdio

    ponderado de capital mnimo. (ROSS, et al., 2000) explica bem essa situao: a empresa toma

    emprestado o ponto no qual o benefcio fiscal de um dlar adicional de capital de terceiros

    exatamente igual ao custo oriundo do aumento da probabilidade de dificuldades financeiras (p. 353).

    Assim, no seria prudente afirmar que exista uma nica interseco que corresponderia

    exatamente ao ponto timo da estrutura de capital. O importante nesse ponto atentar-se para o

    trade-off colocado na questo: benefcio fiscal x dificuldades financeiras. Ou seja, a empresa deve

    ponderar at em que ponto consegue se endividar sem comprometer sua gerao de lucro, de forma a

    reduzir seu custo de capital, sem no entanto abdicar da pontualidade de seus compromissos

    (pagamento das dvidas).

    Exerccios de Alavancagem Financeira e Estrutura de Capital

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 42

    Dividendos e Poltica

    de Dividendos

    5.1 - O que dividendo?

    O termo dividendo refere-se normalmente distribuio

    de lucros em dinheiro. Formalmente, (ROSS, et al., 2000) define

    dividendos como as distribuies de lucros da empresa aos

    acionistas, sob a forma de dinheiro ou aes. Para os casos de

    empresas LTDA., os dividendos se equivaleriam s distribuies

    de lucro.

    5.2 - Quais os tipos de dividendos?

    (ROSS, et al., 2000) enumera quatro tipo de dividendos:

    a) Dividendos regulares: so os dividendos

    normalmente pagos em dinheiro diretamente aos

    acionistas, quatro vezes por ano. So de freqncia

    fixa, no curso regular das operaes da empresa.

    b) Dividendos extraordinrios: so dividendos extras

    que no tm obrigatoriedade de freqncia e

    periodicidade definida.

    c) Dividendos especiais: so dividendos extras, de

    carter nico e no repetitivo.

    d) Dividendos de liquidao: significa a distribuio pela

    liquidao total ou parcial da empresa.

    5.3 Mtodo de pagamento de dividendos no Brasil

    A regulamentao nacional sobre o pagamento de

    dividendos no Brasil foi transcrita da Lei das Sociedades por

    Aes (S/As) e encontra-se no Anexo 01.

    5.4 A poltica de dividendos relevante ou irrelevante?

    QUESTES PARA

    DISCUSSO INICIAL DO

    CAPTULO

    A empresa deve

    distribuir dividendos ou

    ela mesmo deve

    reinvestir para os

    acionistas?

    CONCEITOS A SEREM

    DEFINIDOS NESSE

    CAPTULO

    Dividendos

    Tipos de Dividendos

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 43

    Em se tratando de poltica de dividendos, (ROSS, et al., 2000) coloca bem:

    os dividendos so pagos em dinheiro, e dinheiro algo de

    que todo mundo gosta. A questo que discutiremos aqui se a

    empresa deve distribuir dinheiro agora ou investir para

    distribu-lo mais tarde. A poltica de dividendos, portanto, a

    maneira pela qual os dividendos so distribudos no tempo

    (p.369).

    De acordo com (LEMES JR, et al., 2001), em um mercado perfeito, sem risco, impostos e custo

    de transao, a teoria da irrelevncia dos dividendos defende que a poltica de dividendos de uma

    empresa no afeta seu valor de mercado, pois este afetado apenas pela sua capacidade de gerar lucros

    e pelo risco de seus ativos. Algumas consideraes sobre:

    a) ndice de distribuio dos dividendos

    O ndice de distribuio de dividendos, de acordo com a teoria de M&M, no afeta a taxa de

    retorno exigida sobre o capital prprio. O risco para o investidor est na capacidade de gerao de

    lucro e fluxos de caixa operacionais positivos e no simplesmente de sua poltica de distribuio de

    dividendos.

    b) Financiamento x reteno de dividendos

    O fato de reter lucros representa o mesmo valor para o acionista do que receber o dividendo

    pago por aquele lucro. Ex.: Valor da ao x Capital Social

    c) Permanncia do valor e preferncia fiscal

    O princpio da permanncia do valor diz que os investidores podem reproduzir qualquer

    fluxo de dividendos que a empresa possa pagar. Se os dividendos forem inferiores ao que eles

    querem, eles podem vender parte de suas aes para conseguir a distribuio desejada em dinheiro.

    Se os dividendos forem mais do que eles esperam, os investidores podem us-los para comprar mais

    aes da empresa.

    Os investidores procuram tomar suas decises de acordo com vantagens tributrias, que

    variam conforme o local em que as aes da empresa esto sendo negociadas. Quando os impostos

    mais altos incidem sobre ganhos de capital advindos da valorizao das aes e taxas mais baixas

    so aplicadas sobre os dividendos, espera-se que empresas que distribuem maiores valores em

    dividendos sejam mais procuradas e valorizadas em relao s demais e vice-versa.

    Teoria da relevncia dos dividendos

    Segundo (LEMES JR, et al., 2001), a teoria da relevncia dos dividendos defende que, quanto

    mais dividendos forem distribudos pela empresa, maior ser o preo de suas aes e menor ser o

    custo do seu capital prprio.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 44

    a) ndice de distribuio dos dividendos

    A opo de distribuir dividendos ou reter lucros muita mais voltada para oportunidades de

    investimentos do que simplesmente estabelecer um ndice de distribuio.

    b) Dividendos como um resduo passivo

    Se as oportunidades de investimento so mais rentveis do que a taxa de distribuio de

    dividendos, o acionista ficar satisfeito com a reteno de lucros. Por isso, um dos pressupostos que

    o dividendo nada mais do que meio de distribuir recursos ociosos.

    c) Contedo informacional dos dividendos

    Os dividendos so encarados pelos investidores como indicadores do desempenho futuro da

    empresa; transmitem as expectativas da administrao quanto ao futuro. A teoria da relevncia dos

    dividendos defende a importncia do contedo informacional dos dividendos.

    d) Impostos pagos pelo investidor

    Os impostos pagos pelo investidor devem ser analisados na confrontao entre o ganho de capital e

    os dividendos, principalmente quanto ao IR, o que certamente motivar ou no a distribuio de

    dividendos.

    5.5 - Teoria residual dos dividendos

    De acordo (LEMES JR, et al., 2001), a teoria residual dos dividendos defende que os

    dividendos pagos pela empresa seriam o montante remanescente aps todas as oportunidades de

    investimento aceitveis terem sido aproveitadas.

    5.6 - Determinao da poltica de dividendos

    O que poltica de dividendos?

    A poltica de dividendos o procedimento adotado pela empresa nas decises de reter ou distribuir

    lucros.

    Fatores que afetam a poltica de dividendos

    a) Liquidez: a empresa deve garantir a liquidez de suas operaes, j computando sua poltica

    de dividendos, de que forma que no haja quebra de caixa por causa da distribuio de

    dividendos;

    b) Consideraes dos proprietrios: a empresa deve equilibrar o pagamento de dividendos com

    o controle acionrio. Ou seja, se ela paga muito dividendo, quando precisar de recursos

    dever vender aes, o que pode gerar diluio de controle.

    c) Restries legais: Diz respeito aos limites legais impostos poltica de dividendos, como

    prazo, alquota mxima, etc.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 45

    5.7 - Instrumentos da poltica de dividendos

    Distribuio de dividendos

    Pelo menos 25% do lucro lquido;

    Pagamento normalmente feito em dinheiro;

    Periodicidade definida no Estatuto;

    Desdobramento de aes (Splits)

    a diviso do bolo da empresa em fatias ainda menores, ou seja, so desdobramentos de aes que

    so feitos para baixar o preo das aes, numa tentativa de capilarizar o pblico investidor.

    Plano de recompra de aes

    O plano de recompra de aes usado quando a empresa precisa concentrar mais controle e,

    certamente, aumentar a quantidade de aes ordinrias em carteira. Ela mesma compra aes,

    Planos de reinvestimento

    O plano de reinvestimento o plano que habilita os acionistas a usarem dividendos recebidos das

    aes das empresas na aquisio de aes adicionais inteiras ou fracionrias, a um custo de

    corretagem pequeno ou inexistente.

    5.8 - Juros sobre capital prprio

    So os juros calculados sobre o Patrimnio Lquido da empresa. Normalmente, oferecem deduo de

    IR e CSLL e limitam-se TJLP do perodo.

    5.9 - Relaes com investidores

    As relaes com investidores so um conjunto de atividades destinadas a estreitar o relacionamento

    entre a companhia aberta e os investidores. So atividades de comunicao corporativa, finanas e

    marketing, que visam fornecer ao mercado informaes precisas sobre os desempenhos empresarial

    e societrio, e suas perspectivas.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 46

    Bibliografia

    ASSAF NETO Alexandre Estrutura e Anlise de Balanos [Livro]. - So Paulo : Atlas, 2001. - Vol. 6

    ed.

    BRIGHAM Eugene, GAPENSKI Louis e EHRHARDT Michael Administrao Financeira:

    Teoria e Prtica [Livro]. - So Paulo : Atlas, 2002.

    CVM Comisso de Valores Mobilirios [Online] // CVM. - 2007. - 10 de Agosto de 2007. -

    www.cvm.org.br.

    DALMCIO Flvia Zoboli e NOSSA Valcerino A Teoria de Agncia Aplicada aos Fundos de

    Investimento [Artigo] // XXVII ENANPAD. - Atibaia, SP : [s.n.], 2003.

    DOMINIC Erik Campos Espao Acadmico [Online] // http://www.espacoacademico.com.br. -

    2005. - 10 de Agosto de 2007. - http://www.espacoacademico.com.br/050/50cdominik.htm.

    GITMAN Lawrence J. Princpios de Administrao Financeira [Livro]. - So Paulo : Harbra, 2002. -

    Vol. 7 Edio.

    GROPPELLI A A e NIKBAKHY Ehsan Admnistrao Financeira [Livro]. - So Paulo : Saraiva,

    1999. - Vol. 3 Edio.

    IBGC Instituto Brasileiro de Governana Corporativa [Online] // IBGC. - 2007. - 1 de Agosto de

    2007. - www.ibgc.org.br.

    INVESTSHOP www.investshop.com.br [Online] // INVESTSHOP. - 2007. - 10 de Agosto de 2007. -

    http://www.investshop.com.br/ajd/guias/guias.asp?nu_guia=2.

    IUDCIBUS Srgio de. Anlise de Balanos [Livro]. - So Paulo : Atlas, 1998. - Vol. 7 Ed..

    LEMES JR Antnio Barbosa, RIGO Cludio Miessa e CHEROBIM Ana Paula Mussi Szabo

    Administrao Financeira: princpios, fundamentos e prticas brasileiras. [Livro]. - Rio de Janeiro :

    Campus, 2001.

    RECEITA FEDERAL Receita Federal [Online] // Ministrio da Fazenda. - 2007. - 10 de Agosto de

    2007. - www.receita.fazenda.gov.br.

    ROSS Stephen, WESTERFIELD Randolph e JORDAN Bra Princpios de Administrao

    Financeira [Livro]. - So Paulo : Atlas, 2000.

    STICKNEY C e WEIL R Contabilidade Financeira: Uma Introduo aos Conceitos, Mtodos e Usos.

    [Livro]. - So Paulo : Atlas, 2001.

    WIKIPDIA WIKIPDIA [Online] // WIKIPDIA. - 2007. - 10 de Agosto de 2007. -

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Dividendo.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 47

    Lista de Exerccios I

    1. O Projeto M tem um custo de $ 52.125 e se espera que as entradas lquidas de caixa sejam de $

    12.000 por ano durante oito anos.

    a) Qual o payback do projeto?

    b) O custo do capital de 12 %. Qual o VPL do projeto? E o payback descontado?

    c) Qual a TIR do projeto?

    d) Qual o payback descontado do projeto, supondo um custo do capital de 12%?

    e) Calcule a TIRM do projeto, supondo um custo do capital de 12%.

    2. A CP Company est considerando dois investimentos mutuamente excludentes. Os fluxos de caixa

    lquidos dos projetos so os seguintes:

    Fluxos de Caixa Lquidos Esperados

    Ano Projeto A Projeto B

    0 (300) (405)

    1 (387) 134

    2 (193) 134

    3 (100) 134

    4 600 134

    5 600 134

    6 850 134

    7 (180) 0

    a) Construa os grficos VPL para os projetos A e B.

    b) Qual a TIR de cada projeto?

    c) Se lhe dissessem que o custo do capital de cada projeto de 12%, qual projeto deveria ser

    selecionado? E se fosse de 18% qual seria a melhor escolha?

    d) Qual a TIRM de cada projeto, a um custo do capital de 12%? A k=18%? (Dica: considere

    o perodo 7 como o fim da durao do Projeto B.)

    e) O que taxa de equilbrio e qual o seu significado?

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 48

    3. A Northwest Territories Oil Exploration Company est considerando dois planos mutuamente

    excludentes para extrair petrleo de uma propriedade da qual ela detm os direitos de explorao do

    subsolo. Os dois planos exigem o gasto de $12.000.000, para perfurar poos de prospeco. No

    plano A, todo o petrleo ser extrado em um ano, produzindo um fluxo de caixa, em t=1, de

    $14.400.000. Com o plano B, os fluxos de caixa sero de $ 2.100.000 por ano durante vinte anos.

    a) Construa grficos VPL, para os planos A e B, identifique a TIR de cada projeto e indique a

    taxa de retorno de equilbrio aproximada.

    b) Suponha que uma empresa tem um custo de capital de 12% e pode obter quantias

    ilimitadas de capital a esse custo. lgico supor que ela iria empreender todos os projetos

    independentes disponveis (de risco mdio), com retornos maiores do que 12%? E, se todos

    os projetos com retornos superiores a 12% disponveis foram empreendidos, isso significaria

    que os fluxos de caixa de investimentos anteriores teriam um custo de oportunidade de

    somente 12%, porque tudo que a empresa podia fazer, com esses fluxos de caixa, seria repor

    dinheiro que tem um custo de 12%? Finalmente, ser que isto implica que o custo do capital

    a taxa apropriada para se supor o reinvestimento dos fluxos de caixa de um projeto?

    4. A Parrish Publishing Company est considerando dois planos de expanso mutuamente

    excludentes. O Plano A exige o gasto de $ 40 milhes em uma instalao integrada de grande

    escala, que proporcionar uma srie esperada de fluxos de caixa de $6,4 milhes por ano durante 20

    anos. O Plano B exige o gasto de $ 12 milhes para construir uma instalao um pouco menos

    eficiente e mais intensiva em trabalho, que tem uma srie esperada de fluxos de caixa de $2,72

    milhes por ano, durante 20 anos. O custo de capital da Parrish de 10%.

    a) Calcule o VPL e a TIR de cada projeto.

    b) Construa os grficos VPL para o Plano A e para o Plano B. A partir dos grficos VPL

    construdos, faa uma aproximao da taxa de equilbrio.

    c) D uma explanao lgica, baseada em taxas de reinvestimento e em custos de

    oportunidade, de por que o mtodo VPL melhor que o mtodo TIR quando o custo de

    capital da empresa constante a um valor tal como 10%.

    5. A Black Hills Uranium Company est decidindo se deve iniciar uma operao de minerao a cu

    aberto, cujo custo lquido de $2 milhes. Espera-se que as entradas de caixa lquidas sejam de $13

    milhes, todas ocorrendo no fim do Ano 1. A terra deve ser restaurada a seu estado natural, a um

    custo de $12 milhes, pagvel no fim do Ano 2.

    a) Faa o grfico VPL do projeto. (Dica: calcule VPL a k=0%, 10%, 80% e 450% e,

    possivelmente, a outros valores de k.)

    b) O projeto deveria ser aceito se k= 10%? Se k= 20%? Explique seu raciocnio.

    c) Voc consegue imaginar outras situaes de elaborao de oramento de capital em que

    fluxos negativos de caixa, durante ou ao fim da vida til do projeto, podem levar a TIR

    mltiplas?

    d) Qual a TIRM do projeto a k= 10%? A k=20%? O mtodo TIRM leva mesma deciso de

    aceitao ou rejeio que o mtodo VPL?

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 49

    6. Sua diviso est analisando dois projetos de investimento, cada um dos quais exige gastos

    adiantados de $25 milhes. Voc estima que o custo do capital de 10% e que os investimentos

    produziro os seguintes fluxos de caixa lquidos de impostos (em milhes de dlares)

    ANO PROJETO A PROJETO B

    1 5 20

    2 10 10

    3 15 8

    4 20 6

    a) Qual o payback simples para cada um dos projetos?

    b) Qual o payback descontado para cada um dos projetos?

    c) Se os dois projetos so independentes e o custo do capital de 10%, qual projeto ou

    projetos deve(m) ser empreendido(s) pela empresa?

    d) Se os dois projetos so mutuamente excludentes e o custo do capital de 5%, qual projeto

    deveria ser empreendido pela empresa?

    e) Se os dois projetos so mutuamente excludentes e o custo do capital de 15%, qual

    projeto deveria ser empreendido pela empresa?

    f) Qual a taxa de equilbrio?

    g) Se o custo do capital de 10%, qual a TIR modificada (TIRM) de cada projeto?

    7. A Edelman Engineering est considerando incluir dois equipamentos, um caminho e um sistema

    de polias suspensas, no oramento de capital deste ano. Os projetos so independentes. O

    desembolso para o caminho de $l7.l00 e o desembolso para o sistema de polias de $22.430. O

    custo de capital da empresa de 14%. Fluxos de caixa lquidos de impostos, incluindo a depreciao

    so os seguintes:

    ANO CAMINHO POLIAS

    0 5.100 7.500

    1 5.100 7.500

    2 5.100 7.500

    3 5.100 7.500

    4 5.100 7.500

    5 5.100 7.500

    Calcule a TIR, o VPL e a TIRM para cada projeto e indique a deciso correta de aceitao ou rejeio

    para cada um deles.

  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

    A p o s t i l a d e G e r n c i a d e I n v e s t i m e n t o s - U F R R J - 2 0 1 0

    Pgina 50

    8. Davis Industries precisa escolher entre uma empilhadeira a gasolina ou a baterias eltricas para

    movimentar materiais em sua fbrica. Como as duas empilhadeiras desempenham a mesma funo,

    a empresa escolher somente uma delas. (Elas so investimentos mutuamente excludentes) A

    empilhadeira movida a gasolina custar $17.500. O custo do capital aplicvel a ambos os

    investimentos de 12%. A vida til dos dois tipos de empilhadeira estimada em seis anos, tempo

    durante o qual os fluxos de caixa lquidos para a empilhadeira movida a bateria sero de $6.290 por

    ano e os da empilhadeira a gasolina sero de $5.000 anuais. Os fluxos de caixa lquidos anuais

    incluem as despesas de depreciao. Calcule a VPL e a TIR para cada tipo de empilhadeira e decida

    qual delas recomendar.

    9. O Projeto S custa $15.000 e se espera que produza fluxos de caixa de $4.500 por ano durante

    cinco anos. O Projeto L custa $37.500 e se espera que produza fluxos de caixa de $11.100 por ano

    durante cinco anos. Calcule o VPL, a TIR e a TIRM para os dois projetos, supondo um custo de

    capital de 14%. Qual projeto deveria ser escolhido, supondo-se que eles so mutuamente

    excludentes, utilizando cada um dos mtodos de ordenao? Qual deles deveria realmente ser

    selecionado?

    10. A Costa Rican Coffee Company est avaliando o sistema de distribuio interno de suas novas

    instalaes de torrefao, moagem e empacotamento. As duas alternativas so (1) um sistema de

    correias transportadoras, com um alto custo inicial mas com baixos custos operacionais e (2) vrias

    empilhadeiras, as quais custam menos mas tm custos operacionais consideravelmente mais altos. A

    deciso de construir a fbrica j foi tomada e a escolha, aqui, no ter nenhum efeito sobre as

    receitas totais do projeto. O custo do capital para a planta de 9% e os custos lquidos esperados do

    projeto esto relacionados abaixo:

    CUSTOS LQUIDOS ESPERADOS EM DINHEIRO

    ANO CORREIA TRANSPORTADORA EMPILHADEIRAS

    0 ($300.000) ($120.000)

    1 (66.000) (96.000)

    2 (66.000) (96.000)

    3 (66.000) (96.000)

    4 (66.000) (96.000)

    5 (66.000) (96.000)

    a) Qual a TIR de