apostila de bioimagem radiografia pulmão
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Apostila para estudo de
Bioimagem
Radiografia Torácica
Italo Emmanoel Silva e Silva – 6º Semestre de Fisioterapia - UESB
Tópicos:
Radiografia de Tórax
Posições Radiográficas
Pneumonia Radiográfica
Derrame Pleural Radiografia de Tórax
Pneumotórax
Sinais e Sintomas Respiratórios
Sistematização na definição do diagnóstico
Radiografia de Tórax
Incidência em Póstero-Anterior
1º Costela
2º Costela
Traqueia
Clavícula
Espaço intercostal
Arvore Brônquica
Mediastino
Silhueta Cardíaca
Diafragma
Seio Costofrênico
Radiografia de Tórax
Pulmão Esquerdo
Lobo Superior
Lobo Inferior
Pulmão Direito
Lobo Superior
Lobo Medio
Lobo Inferior
Sistematização para a visualização da radiografia de tórax:
Partes moles, ossos, coração, mediastino, hilo, parênquima pulmonar, pleura,
diafragma e seios costofrênicos.
Tipo de incidência
Antero-Posterior:
Posição da Escapula
Aumento da Silhueta Cardíaca
Utilizada em pacientes
acamados
Escápulas se apresentam no
campo de visão do pulmão, a
coluna por estar mais próxima do
filme se apresenta em mais
detalhes que a porção anterior do
tórax.
Póstero-Anterior
Posição das Clavículas
Silhueta Cardíaca Normal
Posição das escápulas
Melhor incidência, não ocorre a
deformação da silhueta cardíaca. A
imagem formada é mais fidedigna.
A posição das clavículas deve ser
observada, as mesmas devem estar
equidistantes caso isso não ocorra o
paciente pode estar em posição rodada alterando a visualização das estruturas
do pulmão. A traqueia deve estar centralizada, os arcos costais devem estar
nítidos. As escapulas devem ser observadas lateralizada a imagem do pulmão
caso não estejam o paciente pode estar mal posicionado ou em A-P.
Espaços Intercostais
A respiração correta é
aquela em que na
radiografia o paciente
apresenta até 10 espaços
intercostais. Menos que 9
espaços o paciente está
hipo, acima de 11
hiperinsuflado.
O primeiro espaço
observado na radiografia é
o 2 espaço intercostal.
Paciente Hiperinsuflado
Espaços intercostais aumentados,
costelas horizontalizadas,
aumento do número de espaços
intercostais visíveis, hemicupulas
diafragmáticas achatadas,
coração verticalizado. (Enfisema)
Radiografia Criança
Neonato
Área cardíaca aumentada
Costelas horizontalizadas
Predomínio de cartilagens
costais
Bolha Gástrica aumenta
Pediátrica
Menor aumento cardíaco
Costelas menos horizontalizadas
Cartilagens mais reduzidas
Índice Cardiotorácico
O índice cardiotorácico é um sinal
radiológico para avaliação aproximada
do aumento da silhueta cardíaca. É a
razão entre o diâmetro cardíaco
máximo transversal e o diâmetro da
caixa torácica em inspiração profunda.
Usualmente corresponde a 0.5 no
adulto, um pouco mais na criança.
Paciente Cardiomegálico
Aspectos radiológicos das principais patologias – Adulto
Pneumonia
Infecção do trato respiratório inferior causado por vírus, bactéria ou fungos.
Principal característica grande componente de secreção no alvéolo por
excesso de trabalho das células ciliadas e mucosa.
Pneumonia
Na radiografia a pneumonia se
apresenta com o apagamento da
silhueta cardíaca ou borramento da
mesma. Pode ocorrer ingurgitamento
hilar – aumento do fluxo sanguíneo no
pulmão. A pneumonia pode vir a gerar
um derrame pleural, devido ao fluxo
aumentado.
Tuberculose Comum
Alta tendência à lesão apical
Formação de cavitação – caverna de BK
Falta de Vascularização
Tuberculose Miliar
A imagem é granulada nos três terços do
pulmão, não tem apagamento da silhueta
cardíaca. A Tuberculose miliar ou
tuberculose cutânea aguda disseminada é
uma classificação médica internacional
para um agravamento da tuberculose por
sua ampla difusão dentro do corpo humano
gerando pequenas lesões na pele (de 1 a
5mm). Essa infecção bacteriana crônica e
contagiosa geralmente causada por
Mycobacterium tuberculosis que se
espalhou para outros órgãos do corpo, através do sangue ou do sistema
linfático. TB miliar pode infectar qualquer número de órgãos, frequentemente
afetando os pulmões, as meninges, o fígado e o baço. É uma complicação
grave de cerca de 1 a 3% dos casos de tuberculose.
Derrame Pleural
Derrame pleural é a acumulação
excessiva de fluido na cavidade pleural,
a qual é naturalmente lubrificada. Uma
quantidade excessiva deste fluido pode
descompensar a ventilação por limitar a
expansão dos pulmões durante a
inalação.
Gera atelectasia, presença de liquido
no seio costofrênico, sinal do menisco
(Pulmão arredondado), deslocamento
para o lado contralateral.
Sinal do Menisco
Derrame Pericárdico
Hemopneumotoráx
Limite hidroaéreo ocorre uma
retificação não formando sinal de
menisco.
Seio costofrênico apagado.
Pneumotórax
Não apaga seio costofrênico, apaga a trama vascular. Pneumotórax irá sempre
estar na área não dependente, ao contrário do derrame pleural que estará na
área dependente, ou seja, oposta a gravidade. Pode apresentar bolhas
enfisematosas, caso não haja bolhas é um pneumotórax clássico.
Ausência de trama vascular
Compressão e afastamento do
mediastino para o lado
contralateral.
Achatamento da cúpula
diafragmática
Edema Agudo de Pulmão
Sinal de vidro fosco
Pode ser inflamatório a pressão de
oclusão da artéria pulmonar menor
que 18mmHg. Já não inflamatória,
causada por cardiopatia, infiltrados
difusos sinal de vidro fosco.
Atelectasia
Colabamento da parede alveolar, podendo ela ser laminar ou segmentar,
sublaminar ou subsegmentar, lobar ou unilateral total. A atelectasia ocasiona
shunt pulmonar. Um shunt pulmonar é uma condição fisiológica que resulta
quando os alvéolos do pulmão são perfundidos normalmente com sangue, mas
a ventilação (o fornecimento de ar) falha em suprir a região perfundida.
Na imagem radiográfica geralmente apresenta traqueia desviada para o
mesmo lado da lesão diferente do derrame pleural.
A Atelectasia pode ocorrer de quatro formas:
Atelectasia Segmentar Atelectasia Subsegmentar
A diferença entre a atelectasia segmentar ou laminar para subsegmentar ou
sublaminar é que a laminar percorre toda a extensão pulmonar, já a sublaminar
termina sem tocar a parte externa do pulmão como podemos observar nas
imagens.
Atelectasia Lobar
Observa-se radio opacidade no terço
superior do pulmão direito.
Elevação da hemicúpula
diafragmática
Atelectasia Unilateral Total
Desvio traqueal
Desvio do mediastino
Enfisema Pulmonar
Principais características são:
Cúpulas retificadas
Enfisema ou Asma em Crise
Mediastino Reduzido
Espaços intercostais
aumentados
Seio costofrênico alongado
Fibrose
É uma condição decorrente de uma série
de fatores na qual os pulmões apresentam
cicatrizes profundas e espessamento
interior. Estas características são resultados
de doenças que atacam os pulmões, mais
conhecidas como doenças pulmonares
intersticiais, ou ILDS. Estas complicações
são também muitas vezes chamadas de
fibrose pulmonar intersticial, porém nem
todas resultam realmente em fibrose.
Alguns dos fatores que podem levar à cicatrização e ao espessamento interior
dos pulmões são, por exemplo, alterações do sistema imune, substâncias
tóxicas e medicamentos, infecções, radioterapias, exposição a gases, fumaças
ou vapores, radiação industrial, poeiras orgânicas e poeiras minerais.
Bronquiectasia
Podemos definir este tipo de patologia, como uma “dilatação anormal,
irreversível e permanente dos brônquios e bronquíolos”. Origina-se geralmente
na infância depois de episódios repetitivos de bronquite ou bronquiolite
obliterante, durante infecções respiratórias de origem vírico ou bacteriano. É
uma patologia que produz uma alta mobilidade, interferindo com a qualidade de
vida dos portadores.
As maiorias dos pacientes apresentam sintomas respiratórios (tosse crônica e
secreção purulenta) de longa duração (meses ou anos), os quais se iniciaram
na infância ou juventude.
Outros sintomas como febre, estertores úmidos, dispnéia, hemoptise (até nos
50% dos casos), dor torácica, hipocratismo digital, etc., podem fazer parte do
quadro geral do paciente.
Uma associação freqüente com sinusite e asma tem sido notada pela maioria
dos pneumologistas, por tal motivo é indispensável à realização de Rx e/ou TC
de seios da fase e provas funcionais respiratórias, para o diagnóstico das
mesmas.