apostila de audiovisual grecocruz

31
1 www.grecocruz.com.br

Upload: grecocruz

Post on 15-Jan-2016

33 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Manual básico de audiovisual do workshop apresentado por Greco Cruz.

TRANSCRIPT

Page 1: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

1

www.grecocruz.com.br

Page 2: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

2

Caracterizando uma produção audiovisual

O que é audiovisual?

“Audiovisual - o que resulta da fixação de imagens com ou sem som, que tenha a finalidade de criar, por meio de sua reprodução, a impressão de movimento, independentemente dos processos de sua captação, do suporte usado inicial ou posteriormente para fixá-lo, bem como dos meios utilizados para sua veiculação”. (Fonte: Lei 9610/98 – Art. 5° Par. VIII – i)

O que pode ser considerado uma obra audiovisual:

TIPO DESCRIÇÃO

COMERCIAIS / PROPAGANDAS /

TRAILERS

Obras audiovisuais que promovem um produto, serviço, idéia, pessoa ou empresa. Inclui trailers e vídeos produzidos para serem veiculados pelas companhias aéreas e aeroportos.

COMPILAÇÕES Junção de duas ou mais obras.

DOCUMENTÁRIOS Obra audiovisual caracterizada pelo compromisso com a exploração da realidade sobre pessoas, animais, vegetais, eventos e processos da indústria.

SÉRIES / SERIADOS / NOVELAS /

MINISSÉRIES

Programa televisivo com um número definido de episódios, com os mesmos atores principais e cuja história continua em cada emissão.

EDUCACIONAIS Obras audiovisuais destinadas às salas de aula ou à internet (ensino à distância), com exclusivo objetivo educacional.

FILMES Longa metragem produzido para qualquer tipo de mídia (cinema, TV, DVD, etc).

EVENTOS AO VIVO (FILMADOS)

Obras audiovisuais advindas de eventos filmados como: debates políticos, eleições, eclipse da lua e sol, etc. Obs. Shows de dança, música ou apresentações serão classificados como performance (identificado abaixo *). Jogos de futebol, campeonatos gravados de qualquer esporte (olimpíadas, copas do mundo) serão classificados em esporte (identificado abaixo **).

MULTIMÍDIAS Combinação interativa de elementos como áudio, imagem, texto e artes visuais.

Page 3: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

3

Filmes interativos e jogos multimídia serão inclusos nesta classificação.

MÚSICAS / VIDEO CLIPS

Clipes musicais.

NEWS / REPORTAGENS

Obra audiovisual que reproduza uma reportagem, um evento ou um assunto específico.

OUTROS PROGRAMAS DE

TELEVISÃO

Reality shows, variedades e programas de entrevistas serão classificados como outros programas.

PERFORMANCES (*) Apresentações de dança, música, ópera, opereta, recital, show de mágica, circo, comédias ao vivo, etc.

CURTAS Curta-metragem produzido para qualquer tipo de mídia (cinema, TV, DVD, etc.).

ESPORTES (**) Jogos e campeonatos gravados de qualquer esporte (olimpíadas, copas do mundo etc).

FILMES PARA TV / BROADCAST

Audiovisual produzido especificamente para veiculação em tv (broadcaster).

VÍDEO-GAMES Jogos para videogame ou computador.

Comunicação audiovisual é todo meio de comunicação expresso com a utilização conjunta de componentes visuais (signos, imagens, desenhos, gráficos etc.) e sonoros (voz, música, ruído, efeitos sonoros etc.), ou seja, tudo que pode ser ao mesmo tempo visto e ouvido.

Produto audiovisual é uma designação genérica para qualquer produto de comunicação

(artístico, cultural, educativo, técnico, informativo, publicitário, etc.) formado por imagens com impressão de movimento acompanhadas de som sincronizado.

A definição de produto audiovisual inclui, portanto, filmes exibidos em cinema, programas de televisão aberta ou fechada, vídeos distribuídos em VHS ou DVD ou exibidos em salas especiais, programas transmitidos por telefonia móvel, vídeos disponibilizados na internet, sejam eles ficcionais ou documentários, de animação ou "live-action", comerciais, institucionais, educativos, musicais, etc.

Apesar da tradição de considerar em separado os fenômenos ligados a cinema e televisão - como se uns fizessem parte apenas do campo das artes e outros, do campo da comunicação -, nas últimas décadas vem crescendo a presença de estudos conjuntos e interdisciplinares do novo campo do audiovisual, tanto na área da formação universitária e da teoria crítica quanto da produção profissional e da legislação.

Longa-metragem, no Brasil, é uma obra cinematográfica com duração de pelo menos

setenta minutos.

Page 4: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

4

Em outros países, o tempo mínimo pode ser diferente. Nos EUA, A Academia de Artes e Ciências Cinematográfica e o American Film Institute definem um longa pela duração de 40 minutos ou mais. Porém, a Screen Actors Guild exige um mínimo de 80 minutos.

No Reino Unido, o British Film Institute segue o padrão da Academia e do AFI (80 minutos). A legislação da França define long métrage como um filme no formato 35mm com pelo menos 1.600 metros, o que equivale a 58 minutos e 29 segundos de projeção

Curta-metragem, ou simplesmente curta, é o nome que se dá a um filme de pequena duração. O Dicionário Houaiss define curta-metragem como "filme com duração de até 30 minutos, de intenção estética, informativa, educacional ou publicitária, geralmente exibido como complemento de um programa cinematográfico". Documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a

exploração da realidade. Mas dessa afirmação não se deve deduzir que ele represente a realidade «tal como ela é». O documentário, assim como o cinema de ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade. Vídeo institucional é uma peça de comunicação, realizada no suporte vídeo, para divulgar uma empresa, uma marca ou uma atividade da empresa. Geralmente é utilizada para ser exibida em eventos, sites institucionais e na própria empresa, para clientes ou colaboradores.

Dicas para realizar um vídeo institucional

Existem algumas dicas para que um vídeo institucional seja eficiente e produza o devido impacto.

Conhecer muito bem a instituição que queremos divulgar.

Levantar todas as características da instituição, separando-as em duas listas, uma

só das qualidades e outra dos defeitos. E obviamente, devem-se destacar os

pontos positivos da instituição no vídeo e jamais divulgar os pontos negativos.

Quando escrever o argumento ter em atenção as principais informações e a forma

como se encerra o vídeo

A introdução do vídeo deve ser muito interessante para chamar a atenção

Não colocar a história detalhada da instituição no desenvolvimento do vídeo

Usar textos simples, com frases curtas para prender a atenção do público-alvo.

Quando o texto estiver pronto, pensar em imagens para ilustrá-lo.

Quando coletar as imagens, tenha muito cuidado com a estética (conferir

iluminação do ambiente para que o vídeo não fique muito escuro ou com fundo

estourado, maquiar as pessoas para que elas não fiquem com brilho no rosto e

esconder detalhes técnicos do ambiente que não devem aparecer.

É necessário definir, por exemplo, se há um público-alvo muito específico ou se o

público é amplo e diversificado. É possível que haja necessidade de versões

diferentes, com estratégias de comunicação pensadas para públicos distintos.

Realize um clipe simples com os melhores trabalhos editados de maneira

cuidadosa, pois geralmente, são muito eficazes.

Um clipe eficiente deve começar e terminar causando grande impacto.

Page 5: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

5

Outra técnica de grande impacto é produzir uma música de fundo eficiente. Um

erro muito comum é utilizar músicas muito conhecidas e clichês, que não conferem

nenhuma identidade ao seu repertório. Se possível, utilize composições originais

ou pouco conhecidas, e certifique-se de possuir os direitos de utilização.

É aconselhável que o vídeo não ultrapasse 5 minutos. Geralmente, 3 ou 4 minutos

são suficientes.

Também não inclua informações que possam ser desatualizadas rapidamente,

como números de telefone e endereço. Forneça essas informações na etiqueta e

na caixa do disco de DVD, que devem ser produzidos com tanto cuidado quanto o

vídeo.

Processo de produção:

1. Reunião de briefing

2. Pesquisa de conteúdo e referências

3. Estimativa de produção (levantamento e apresentação de pré-orçamento baseado

nas informações coletadas)

4. Aprovação de pré-orçamento

5. Inicio da produção do roteiro

6. Aprovação do conteúdo

7. Finalização/revisão do conteúdo

8. Análise de produção e levantamento detalhado de custos baseado no roteiro final

9. Aprovação final do roteiro.

10. Inicio da produção

Faço aqui algumas perguntas, sei que as respostas são muitas e variadas e é justamente nessa multiplicidade de indagações que podemos encontrar maneiras de refletir a própria experiência de vida, neste caso, a nossa experiência com a linguagem audiovisual. Você se lembra de qual foi a imagem que primeiro o tocou e por quê? Qual foi primeiro filme que você assistiu? Que impressão lhe causou? E quanto à televisão, você se lembra da primeira coisa que viu na tevê? Ou ainda, o que primeiro chamou a sua atenção na televisão? Faço essa última pergunta assim, pois a televisão, entre nós, tornou-se tão corriqueira que muita gente fica diante dela todos os dias, por muitas horas, e se esquece de prestar atenção em como a televisão nos mostra as coisas, como pode direcionar nossa visão e nossos pensamentos e, com isso, nos seduzir. Sedução é um conceito complexo e, talvez por isso, pode ser encarado com aquele certo desprezo que temos quando alguma coisa nos incomoda, mas não sabemos lidar muito bem com ela. Quebra qualquer possibilidade de uma visão maniqueísta das coisas. A idéia de sedução está relacionada a certa ambiguidade, com coisas que oscilam entre o bem e o mal, o certo e errado, o claro e o escuro, o silêncio e o som. A sedução atua no universo das nossas dúvidas mais profundas, aquelas que muitas vezes nem sabemos que são nossas. A sedução questiona nossas certezas e pode transformar nossa percepção do mundo criando maneiras que nos fascinam, encantam, deslumbram, atraem. A linguagem audiovisual do cinema e da televisão são linguagens sedutoras, sugerem muito mais do que afirmam e, em sons e silêncios, claros e escuros, cores cambiantes, criam um universo de magia e encantamento, até mesmo quando quer ser objetiva, afirmativa, certa, como em alguns filmes educativos e programas de televisão como os jornais. A linguagem audiovisual é carregada, com maior ou menor intensidade, de sedução.

Page 6: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

6

O que você já aprendeu com os audiovisuais, seja para a sua profissão, seja para a sua vida pessoal? Como vê esse aprendizado ou conhecimento? E ainda uma última pergunta, daquelas assim esquisitas, que podem ter uma resposta simples e curta ou render uma longa explanação: como seria a nossa vida sem a televisão? Ou, que é a nossa vida com a televisão?

A linguagem audiovisual

A linguagem audiovisual, como a própria palavra expressa, é feita da junção de elementos de duas naturezas: os sonoros e os visuais. Portanto, estamos falando de artefatos da cultura que afetam esses dois sentidos do homem, a visão e a audição. Estes são os sentidos mais privilegiados no mundo moderno, pois uma das características da modernidade é o fato de permitir certo afastamento das pessoas do chamado mundo natural ou natureza. O fotograma é a unidade mínima do filme. Para que possamos perceber visualmente o movimento são necessários 24 quadros ou fotogramas por segundo. Nos filmes de Charles Chaplin e em outros do cinema mudo, temos a impressão de que as pessoas pulam. Isso acontece porque esses filmes foram captados na velocidade 16 quadros e, como os projetores de hoje não projetam nessa velocidade, acontece o salto.

Áudio

Som, silêncio e a fala, os diálogos e monólogos, compõem o que chamamos em linguagem audiovisual de trilha sonora. É chamada assim porque, ao definir a trilha sonora, é definido o caminho do som. Como cada música, cada silêncio, cada ruído, cada barulho deve entrar ou surgir nas caixas de som e como deve interagir com a imagem que aparece na tela. A música é decisiva numa trilha sonora. O tema musical sempre guarda relação com alguns personagens ou situações que se repetirão ao longo do audiovisual constituindo assim um fio condutor da história.

O cinema e seus processos

Um filme passa por muitas etapas antes de chegar ao produto final. Primeiro, é realizado o argumento, define-se o que a história do filme irá contar. Com base no argumento, é feito o roteiro literário que transformará a história em linguagem cinematográfica. Nesse roteiro, os planos são descritos com detalhes e são marcados os diálogos. Depois, esse

roteiro literário é transformado em roteiro técnico. Nele, vão ser acrescentadas as indicações técnicas da filmagem. O ângulo da câmera, as lentes, o enquadramento, o plano da imagem, a luz, a movimentação da câmera, a movimentação dos personagens, todos os detalhes necessários para que o fotógrafo e o diretor possam trabalhar nas filmagens.

É importante mencionar que os enquadramentos podem ser considerados como o percurso que a câmera faz em direção ao objeto filmado, sejam movimentos de aproximação ou de distanciamento. Os planos podem ser gerais, de conjunto, médios, aproximados e de detalhe.

Page 7: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

7

Claquete

Uma pequena lousa onde está marcado o número da cena, do plano e do take, além do nome do vídeo e um espaço para observações. Ela deve ser preenchida e filmada por cerca de 10 segundos antes de cada take. Se o som estiver sendo captado por um gravador externo (não pela câmera) ela deve ser ditada e ter capacidade de produzir um ruído seco que corresponda a um movimento rápido e preciso na imagem (normalmente uma haste de madeira presa à claquete é usada para isto). Este som e movimento vão permitir que o vídeo e o áudio sejam rapidamente sincronizados na edição.

Story Line Resumo em uma ou duas linhas, é do quê se trata a história. É a ideia, primeiro passo do roteiro. É a descrição da ação da história de modo simplificado. Ela pode nascer em qualquer lugar e a qualquer momento seja na leitura de um livro, de um jornal, da vida de amigos, de conhecidos, etc.

Sinopse

Sinopse, dependendo do tamanho do filme, é uma lauda descritiva do conteúdo do roteiro. A sinopse é um pequeno resumo do filme que mostra, em linhas gerais, o contexto da história e é usada para apresentar o projeto para o elenco, a equipe, eventuais patrocinadores e para a imprensa.

Argumento

Geralmente cinco laudas com as passagens mais importantes do roteiro descrito de maneira detalhada. No caso de longa metragem, é muito usado na captação de recursos, pois não é tão sucinta como a sinopse nem tão grande como o roteiro. O argumento basicamente é um resumo completo da história que se deseja contar, com começo, meio e fim. É um texto literário, com a história completa com todos seus elementos dramáticos. É a parte mais criativa do processo. Semelhante a um conto, porém mais objetivo, sem "literatices" e normalmente sem diálogos, apenas referência à estes. É a descrição visual e detalhada da história completa, contendo já as cenas mais ou menos esquematizadas.

Page 8: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

8

Biografia dos personagens

É um resumo da vivência de cada personagem. Em geral se dedicam 2 páginas ao protagonista e seu antagonista (se houver), e uma página para cada personagem secundário. Características físicas, infância, educação, status social, etc...

Escaleta

É um resumo cena a cena do filme. Fichas contendo as diversas passagens do roteiro. Dispostas em um quadro na parede, por exemplo, propicia maior visualização do conjunto da história. Com a escaleta, torna-se fácil qualquer tipo de mudança no que se refere a ordem cronológica dos acontecimentos.

Roteiro

Na prática, como o nome diz, o roteiro cinematográfico é algo a ser seguido durante a realização de um filme. É onde se encontram todas as informações necessárias para que os integrantes da equipe técnica do filme possam trabalhar de forma harmoniosa visando à máxima fidelidade com o texto original. É sempre bom lembrar que o roteiro não é uma obra acabada. Muito ainda precisa ser feito para que todo o seu conteúdo saia do papel. No roteiro, define-se o fio condutor da trama, ou seja, qual a história principal a ser contada, bem como as tramas paralelas (caso existam). A quantidade e as personalidades dos diferentes personagens também são definidas no roteiro, assim como os ambientes onde os personagens vivem, não só descritivamente – talvez o menos importante – mas deve estar claro qual o “clima” do filme. Os diálogos – caso sejam necessários – são importantíssimos em um roteiro e, portanto, devem ser muito bem elaborados. São a forma com que os personagens irão se expressar. Tem que soar naturais quando ditos por cada personagem. Diálogos falsos podem custar a qualidade de um filme, quebrando a tênue linha que divide a verdade e a verossimilhança (nem tudo que acontece na vida real aparenta ser real na tela do cinema). O conflito é fator primordial em qualquer história que se proponha a prender a atenção de quem a está acompanhando. Em um roteiro não é diferente. O espectador deve sentir-se seduzido a permanecer na sala de projeção até o desfecho do filme. Com a ajuda dos atores, do diretor, do fotógrafo, técnico de som e todos envolvidos, o interesse pela história contada no roteiro é primordial para a carreira de um filme. Sem a cumplicidade do público não há cinema. No caso de documentário, depois de minuciosa pesquisa sobre o tema a ser desenvolvido no filme, ao invés do roteiro tradicional trabalhamos com uma pauta onde as entrevistas definidas e as imagens a serem captadas conduzirão o processo, sempre prevendo brechas para acontecimentos não planejados anteriormente. O roteiro de um documentário, na verdade, é muito mais uma decupagem de edição, feita após as filmagens. O roteiro é dividido por “sequências” numeradas e, para fácil entendimento, possui “cabeça”, “descrição”, “rubricas”, “personagem” e “diálogo”.

Exemplo: SEQUÊNCIA 25 – BAR – INT./NOITE = cabeça

JOÃO está sentado no balcão à espera de MARIA. Ela se aproxima. = descrição

JOÃO = personagem (AFOBADO) = rubrica

Maria! Demorou. Estava preocupado. = diálogo

Page 9: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

9

Roteiro Literário

Material cuja principal função é contar a história, com começo, meio e fim, e que servirá de base para as etapas seguintes da produção, bem como para os atores se localizarem na história.

O Roteiro Técnico

Um roteiro técnico é basicamente a conversão do roteiro literário em uma sequência de planos (pedaços) de imagens que serão filmadas para que, depois de editadas, criem a noção e o sentido da história que está sendo contada.

Elementos de composição: Tomada, Plano, Cena e Sequência.

Tomada: duração do pedaço do filme que vai do momento em que a câmera foi ligada ao

instante em que a mesma foi desligada. Exemplo: câmera enquadra o personagem numa Pan em PC e em câmera baixa ou contre-plongée durante 25 segundos; é um ângulo de câmera.

Plano: pode ter a duração da tomada ou ter uma duração menor. Ou melhor, é o pedaço da tomada ou a própria tomada no filme. Um plano pode ser uma tomada, mas nem sempre uma tomada é um plano.

Cena: um conjunto de planos dentro de uma determinada sequência; mas também pode

ser apenas um plano. Tempo e Espaço. Toda mudança de espaço implica uma mudança de cena no roteiro. Mas a mudança de tempo nem sempre envolve uma mudança de cena, exceto quando a elipse temporal é muito longa. Sequência: conjunto de cenas que produz uma unidade dramática. É o conjunto de cenas que definem toda uma situação ou um cenário onde há continuidade da ação. Por exemplo: “Sequência 19: Fuga na rua” se refere à parte do filme que se passa na rua, tendo a fuga como objeto central da trama.

Planos O plano de um filme pode ser considerado uma linha de um texto literário. É o que dita a forma como o filme está sendo contado (sem esquecermos do som, das atuações, da arte etc.). Cada plano deve ter um motivo para existir e não ser apenas uma ferramenta burocrática para se narrar a história. Plano é a unidade mínima da narrativa cinematográfica, expressa um ponto de vista. Por isso chamamos de plano o registro que é feito do momento em que o botão de filmagem é acionado e inicia a gravação e o momento em que se para de filmar ou gravar.

Page 10: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

10

Grande plano (GP)

Plano Geral (PG): Nesse plano a câmera enquadra todos os elementos da cena, os personagens, cenários e etc.

Page 11: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

11

Plano Aberto (PA): Enquadra todo o objeto da cena e nada mais.

Page 12: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

12

Plano Conjunto (PC): É um plano ligeiramente mais aproximado do que o geral, chamando

mais a atenção para o ponto principal da cena, como um diálogo, por exemplo.

Plano Americano (PA): É um plano com o qual enquadramos o(s) personagem(s) a partir da metade da coxa (mais ou menos um palmo acima do joelho). Esse nome surgiu dos filmes de “bang-bang” americanos quando era necessário enquadrar o revólver na cintura do personagem, por exemplo, numa cena de duelo.

Page 13: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

13

Plano Médio (PM): É quando enquadramos o personagem a partir da altura da cintura até quatro dedos acima da cabeça.

Page 14: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

14

Plano Próximo (PP): É quando enquadramos o personagem na altura do peito até dois dedos

acima da cabeça.

Close-up: É quando enquadramos o rosto do personagem meio palmo abaixo do queixo e no topo da cabeça.

Page 15: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

15

Grande Close-up ou Big Close: E quando enquadramos o rosto do personagem da ponta do queixo até o meio da testa.

Plano Detalhe (PD): É quando queremos mostrar, ou “detalhar” qualquer assunto, por exemplo, o olho de um personagem, as letras de um livro, as mãos e etc.

Plongeé: E quando a câmera é colocada acima da linha do olhar do(s) personagem(s), registrando a cena do alto, verticalmente, de cima para baixo.

Contra Plongeé: É exatamente o contrário do plongeé, a câmera registra a cena de baixo para cima.

Page 16: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

16

Plano Zenital (PZ) A câmera é colocada no topo, no alto, do cenário, apontando diretamente para baixo. O nome zenital vem de zênite, que é o ponto central do céu quando olhamos diretamente para cima. Plano Contra Zenital (CZ) Como no plongeé e contra plongeé, esse plano é exatamente o contrário do zenital, a câmera fica em baixo apontando diretamente para o alto.

Movimentos de Câmera Para dar maior agilidade e unidade ao filme, podemos nos utilizar de alguns movimentos de câmera. São eles: Panorâmica: É quando a câmera, sem sair do próprio eixo (fixa no tripé ou no ombro), movimenta-se para os dois lados. Pan ou panorâmica de reconhecimento – câmera “investiga” o espaço. Pan ou panorâmica de acompanhamento – câmera acompanha o personagem.

Page 17: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

17

Travelling: A câmera se movimenta em cima de um carrinho, grua, steadycam ou na mão, para os lados, para frente ou para trás (em linha reta ou curva). É qualquer movimento onde a câmera sai do lugar, indo de um ponto a outro.

Steadycam: equipamento acoplado ao corpo da câmera e ao corpo do cinegrafista e que permite manter a câmera estável, independente do deslocamento.

Page 18: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

18

Tilt ou Pan vertical: É uma panorâmica com movimento vertical, de cima para baixo e de baixo para cima.

Chicote: É uma panorâmica muito rápida (por vezes deixa uma espécie de rastro de luz quando passa pelos objetos filmados) Pan ou panorâmica de ligação ou chicote – liga dois eventos próximos. Zoom: movimento de lente que aproxima ou distancia o objeto, alterando também a profundidade de campo (distância aparente entre o fundo e o objeto). Pode ser In ou Out.

Lentes Há três tipos de lentes utilizadas em cinema. As teleobjetivas, as normais e as grande angulares. Todas com características específicas que se enquadram em cada tipo de plano e linguagem a ser utilizada no filme. Teleobjetiva: É um tipo de lente fechada. Não possui uma grande profundidade de campo (foco) o que a torna muito utilizada, por exemplo, quando se quer delimitar a atenção do espectador unicamente para o objeto/ator filmado, deixando todo o resto fora de foco. Normal: É um tipo de lente que “imita” o ponto de vista do olhar humano.

Page 19: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

19

Grande Angular: Aberta, a grande angular possui uma profundidade de foco mais ampla. Ao contrário da teleobjetiva, quase tudo que estiver em quadro fica visível. Este tipo de lente cria uma falsa relação de distância entre dois objetos filmados.

Olho de peixe: Nada mais é do quê uma grande angular mais aberta. Tão aberta, que tudo que estiver nos cantos de quadro, criando “aberrações” na imagem, fica “distorcido”. É uma lente de efeito muito utilizada em vídeo clipes.

Macro: É uma objetiva que permite que façamos o foco com câmera bem próxima do assunto. Possibilita, por exemplo, filmarmos um formigueiro como se estivéssemos junto das formigas, porém, tem pouquíssima profundidade de campo.

Decupagem Técnica Depois de pronto o roteiro técnico, passa-se para a fase de decupagem do roteiro, isto é, o detalhamento do roteiro técnico de forma a prever todos os recursos que serão utilizados em cada cena.

É uma listagem de necessidades e providências feita pelos departamentos envolvidos na produção (iluminação, equipamentos, figurinos, transporte, cenários etc.). Todos os setores encaminham suas análises técnicas à direção de produção, que faz o planejamento global da produção.

Storyboard O storyboard é um recurso muito útil para o planejamento visual das cenas a serem filmadas e também para transmitir a toda a equipe o que o diretor tem em mente para o seu filme. Ele consiste de uma sequência de quadros onde são desenhadas as cenas da forma como imaginadas pelo diretor, incluindo o ângulo da câmera, a iluminação desejada, etc. Cada um desses desenhos pode ser acompanhado de anotações sobre a cena, tais como a descrição da ação, do movimento, o som (ou sons) que a acompanharão, ou qualquer outra informação que se julgar importante.

Equipe Técnica

Todas as pessoas que trabalham na produção de um filme são cruciais para o seu sucesso nas telas. O talento humano sempre é maior que qualquer recurso ou efeito usados no filme. Os profissionais certos devem compreender e respeitar a visão do diretor, trabalhar bem em conjunto e inclusive agregar valor ao processo. Num curta-metragem, uma equipe básica pode ser constituída de:

1 roteirista

1 diretor

1 produtor

1 diretor de fotografia (que acumula as funções de cinegrafista e iluminador)

1 microfonista (opcional)

1 ou mais atores

1 diretor de arte (que acumula as funções de cenógrafo e figurinista)

1 maquiador /cabeleireiro

Page 20: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

20

É claro que esta lista de funções pode ainda ser mais enxuta. Só depende de quantas funções as pessoas envolvidas poderão acumular durante a produção.

Os Equipamentos básicos A câmera

Sem esse item é impossível se fazer um filme (exceto os de animação ou os feitos em computação gráfica, mas isso é outra história). Na prática, é possível produzir filmes com qualquer tipo de equipamento que produza imagens em movimento: uma câmera fotográfica digital que grava pequenas sequências de vídeo, uma antiga filmadora Super-8 ou VHS, um celular com recursos de vídeo, smartphone, etc. Vale a pena testar esses recursos. Câmera na Mão

1. Colocar a bateria 2. Ligar a Câmera 3. Retirar a proteção da lente 4. Acoplar o microfone externo 5. Bater o branco (balanço de branco) 6. Ajustar o som 7. Ajustar a íris 8. Ajustar o foco 9. Gravar (rec) 10. A cada pausa, deixar a câmera em stand by

Tripé

Embora não seja estritamente necessário numa produção de baixo orçamento, só o tripé pode oferecer estabilidade nas filmagens e proporcionar qualidade e um visual mais profissional para o seu filme. Microfone Embora todas as câmeras possuam seu microfone interno, é melhor não apostar todas as fichas nesse recurso. Esses microfones são feitos para captar o “som geral” do ambiente e talvez pode não ser isso que você queira para a cena. Imagine você gravando uma cena com um diálogo entre dois atores e passa uma ambulância na rua. A melhor maneira de contornar isso é você dispor de um microfone direcional (também conhecido como “microfone boom”) que pode ser plugado na entrada específica para microfone externo em sua câmera.

Iluminação Iluminação é a ação de controlar as luzes e as sombras para mostrar a forma e a textura de um rosto ou um objeto, sugerir um ambiente em particular ou, como acontece com a música, criar uma atmosfera. A filmagem em vídeo geralmente requer menos luz do que a película. No entanto, a iluminação deve ser bastante considerada para a composição da imagem, cobrindo pontos deficitários da cena ou realçando outros, conforme a necessidade.

Page 21: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

21

Iluminação e Tecnologia

Luz e sombra são elementos percebidos pela visão, tanto pela visão como pela visão das câmeras. A palavra fotografia significa registrar a luz, e lembremos que as cores são variações da luz. Sem luz nenhuma cor existiria. Para captar e registrar a luz, precisamos saber qual a fonte de luz ilumina a cena ou objeto que desejamos registrar. Nossa fonte de luz é sempre o sol, mas temos as luzes artificiais que o substituem. Veja a seguir alguns tipos de iluminação:

Luz baixa: posiciona-se no chão ou em planos inferiores ao objeto, pessoa ou cena. As iluminações que se posicionam de forma diversa da nossa fonte principal, que é o sol que está acima de nós, são sempre mais dramáticas e intensas;

Luz frontal: constrói imagens claras, sem relevo, contraste e profundidade. Fica uma fotografia chapada, que é aquela em que todos os planos parecem estar numa mesma chapa plana;

Iluminação lateral: é aquela que deixa o assunto fotografado muito escurecido em um lado e muito iluminado no outro. As imagens ficam como silhuetas quando o assunto principal está posicionado em local com menos luz que o fundo. Vemos muito esse tipo de efeito em imagens de gravações domésticas de vídeo, quando são feitas dentro de casa.

Variáveis

Natureza – (dura ou difusa)

Intensidade

Direção

Luz e Sombra

Uma imagem só existirá se existir luz e sombra: sem um desses 2 elementos, não há imagem alguma, restando um clarão uniforme ou uma imagem totalmente escura. Mais do que uma técnica, a iluminação é uma arte, através da qual as formas dos objetos e pessoas podem ser modeladas, revelando com maior ou menor intensidade sua tridimensionalidade, sua textura e seu posicionamento junto aos outros elementos à sua volta. Sombras não devem nunca ser completamente eliminadas - o que causaria o ‘achatamento’ da imagem - e sim serem controladas. E uma das formas mais eficientes de efetuar este controle é atenuando-as, suavizando a luz que cria as mesmas através da utilização de recursos como filtros difusores colocados sobre os refletores (uma placa grande de acrílico translúcido ('leitoso') colocada a 1 ou 2 palmos de distância da fonte de luz pode fazer esta função, mas podem ser utilizados também outros materiais, como lençóis brancos, cortinas, papéis e similares), caixas do tipo soft-box (uma estrutura em forma de cubo relativamente grande recoberta por tecido branco com a fonte de luz embutida em seu interior pode fazer esta função), reflexão da luz em anteparos colocados próximos à pessoa ou objeto (uma parede branca pode fazer esta função), etc... Qualquer que seja o objetivo da iluminação é necessário trabalhar com dois tipos de luzes:

Direcional

Difusa A Luz Direcional gerada por luzes diretas que iluminam áreas relativamente pequenas, tem um facho de luz muito marcado, que produz sombras densas e bem definidas. O sol de um dia claro e sem nuvens, atua como um gigantesco Spotlight que produz sombras densas e definidas.

Page 22: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

22

A Luz Difusa ilumina áreas relativamente grandes através de um facho amplo e pouco definido. Produz-se por meio de luzes difusas ou Floodlights, as quais geram sombras suaves e transparentes. O sol de um dia nublado atua como uma luz difusa ideal, já que as nuvens transformam os severos raios do sol em luz altamente difusa. Iluminação Básica de 3 pontos:

Luz Chave: Luz principal proveniente de uma fonte de iluminação direcional que incide sobre um sujeito ou área; permite distinguir a forma básica do objeto. Contra-Luz: É a iluminação proveniente de trás, dirigida ao objeto e oposta à câmera; permite distinguir a sombra do objeto do fundo e reforça o contorno do objeto. Luz de Preenchimento: É a que reduz o grau de contraste da sombra. Pode ser direcional se a área a ser preenchida é muito limitada. * Luz de Fundo: Se emprega para iluminar o fundo ou a cenografia e se maneja por separado da iluminação dos executantes ou da área de atuação.

Luz Principal: (key light ou frontal ou chave ou primária) em um sistema de iluminação de

3 pontos, é a luz mais importante das três, localizada à frente da pessoa a ser gravada. É

ela que define a iluminação básica da cena. Normalmente é uma luz direta e concentrada

(denominada luz dura ou hard), causando, individualmente (quando só ela é acesa)

sombras pronunciadas sobre o rosto da pessoa. No entanto, pode também ser do tipo

difusa, dispersa (denominada luz suave ou soft), que quase não causa sombras. A luz

dura é obtida diretamente do refletor, enquanto que a luz suave é obtida com o emprego

de dispositivos suavizadores como o difusor, colocado à frente do refletor, ou então o

emprego de um soft box.

Page 23: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

23

Luz de Preenchimento: (fill light ou lateral ou secundária) em um sistema de iluminação de

3 pontos, é a luz que localiza-se ao lado da pessoa que está sendo gravada. Tem a

finalidade básica de suavizar sombras causadas no rosto da pessoa (olhos, nariz e

pescoço) pela luz principal e de preencher os vazios que causam essas sombras, daí seu

nome, preenchimento. Para obter este efeito, a luz de preenchimento é normalmente mais

extensa, suave e difusa do que a luz principal. Após o posicionamento da luz principal e

da contraluz, a luz de preenchimento é a última a ser ajustada. Sua intensidade deve ser

menor do que a intensidade da luz principal. Como as rugas e marcas de expressão

presentes no rosto humano conferem dramaticidade à ação quando são mostradas, a

intensidade da luz de preenchimento deve ser inversamente proporcional ao desejo de se

transmitir esta sensação.

Page 24: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

24

Contraluz (backlight ou contraluz) em um sistema de iluminação de 3 pontos, é a luz que

localiza-se atrás da pessoa que está sendo gravada. Tem a finalidade básica de moldar o

rosto da pessoa destacando-o do cenário ao fundo e evidenciando a distância em que o

mesmo se encontra em relação ao fundo. Após o posicionamento da luz principal, a

contraluz é ajustada diametralmente oposta à mesma.

A luz deve ser direcionada para a parte de trás dos cabelos e ombros da pessoa. A

contraluz não deve ser suavizada com difusores ou softboxes; deve ser um tipo de

refletor capaz de ser focalizado somente sobre a pessoa. Isso porque luzes difusas

propagam-se em um leque bem aberto, podendo atingir a objetiva da câmera acarretando

com isso reflexos indesejados. Mesmo que difusores não estejam sendo utilizados, às

Page 25: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

25

vezes, conforme seu posicionamento, parte da luz emitida pela contraluz pode atingir a

objetiva da câmera. Se isto ocorrer, flags ou bandoors podem ser posicionados

adequadamente sobre o refletor, até bloquear a luz que atinge a câmera. Ao contrário da

luz principal, sua altura não é tão importante, desde que esteja acima da cabeça da

pessoa, da luz principal e que não atinja a objetiva da câmera. Pode até mesmo ser presa

no teto, atrás da pessoa.

A intensidade da contraluz deve ser maior ou menor, conforme as características

particulares da pessoa que está sendo gravada. Assim por exemplo, cores claras de

cabelo e pessoas calvas exigem contraluz menos intensa. Como não são indicados

dispositivos difusores para este tipo de luz, a solução para atenuar ou aumentar sua

intensidade é afastar ou aproximar o refletor do local onde a pessoa está. Por outro lado,

a intensidade maior ou menor dessa luz interfere também, embora em menor escala do

que ocorre com a luz de preenchimento, na atmosfera geral da cena: uma contraluz mais

intensa torna o aspecto da pessoa mais dramático e glamuroso. A questão da calvície tem

ainda uma solução alternativa: o uso de pó apropriado de maquiagem para reduzir o

brilho e os reflexos, com a vantagem adicional de também absorver a transpiração.

Page 26: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

26

Chroma Key

A área Chroma Key de um cenário é um fundo azul (em algumas ocasiões, verde) que se

emprega para agregar à imagem, fundos gerados eletronicamente, os quais substituem

esses fundos azuis durante a produção.

O aspecto mais importante para obter a iluminação da área chroma-key é conseguir a

iluminação uniforme do fundo do cenário, o que significa que o fundo azul

necessariamente deve ser obtido mediante o uso de instrumentos de iluminação

altamente difusos, como luzes suaves.

Page 27: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

27

Como e onde conseguir o seu equipamento?

Como os equipamentos estão em constante aperfeiçoamento, o desenvolvimento de novos modelos não para e as novidades chegam diariamente, não teria muito sentido aqui nos atermos a detalhes sobre cada modelo de câmera, pois a informação com certeza já estaria desatualizada no dia seguinte. De qualquer forma, qualquer que seja o tipo e o modelo que você adquira, leia o manual, teste o equipamento e faça muitas experiências antes de iniciar as filmagens.

Page 28: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

28

Sabendo como funcionam e os recursos que possuem, você poderá tirar o máximo proveito deles.

Decupagem de Montagem

Decupar vem do francês decupé e significa em linguagem audiovisual, cortar, separar os planos e sequências para serem montadas. Decupagem do material filmado

Depois de terminada a filmagem, usando a ficha de filmagem como guia, são escolhidos os takes que serão utilizados na edição. E nada mais é que uma lista dos takes utilizáveis, escritas no formato cena/plano/take: […] , 1/2/6, 1/2/8, [...]

Digitalização Passagem do material escolhido para o computador onde será feita a edição. Hoje em dia os equipamentos de edição (dos mais baratos aos mais sofisticados) são baseados em computador e utilizam de um método chamado "Edição não linear" onde após a digitalização se tem um grande controle sobre o material. O método mais antigo, edição linear, embora não perca tempo digitalizando o material, é muito menos flexível e mais demorado.

Edição e Finalização É o processo onde o vídeo ganha sua forma final, com todas as transições, letreiros, sons e efeitos. Edição (ou montagem) é a arte de dar sentido unitário e rítmico ao filme. O trabalho de edição está intimamente ligado ao caráter emocional que se deseja imprimir à cena, suavizando a ação com tomadas longas em cenas lentas, ou cortando-a em tomadas curtas, quando a cena representa agitação ou ritmo veloz, por exemplo. A montagem dita o andamento do filme. Através dos cortes/fusões, trabalhamos com

associação de imagens e sons deixando o filme mais ou menos ágil. Apesar de ser uma

das fases finais da realização, deve-se tê-la muito bem pensada antes da filmagem, para

que não haja problemas. O diretor deve saber muito bem como quer conduzir a história

que está contando. Montagem é uma ideia. Pronto, simples assim. Já pode passar para o

próximo capítulo. Que ideia? Aquela que surge primeiro em quem faz e depois em quem

vê. Melhor assim?

Depois de todas as tomadas copiadas, e sempre com o roteiro em mãos, siga esses procedimentos:

1. Abra o seu programa de edição e crie um novo ‘projeto’, salvando com o nome do seu filme.

2. Comece pela primeira cena. Selecione a melhor tomada do primeiro plano gravado desta cena (agora você verá a importância da claquete: fica mais fácil achar os planos e as tomadas).

3. Insira esta melhor tomada da primeira cena na timeline do programa. (Use o player do programa para visualizar a cena).

4. Orientando-se pelo roteiro, selecione agora o próximo plano. Da mesma forma, encontre a melhor tomada e insira-a na sequência da anterior, tentando “colar” as imagens ou os diálogos de forma lógica.

Page 29: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

29

5. A junção ficou boa? Ótimo! Passe para o próximo plano/tomada. Não ficou? Então refaça o processo. Será preciso escolher outro “ponto de corte”? Outra tomada? Bom, isso só depende de você e do seu bom senso...

6. Se as ‘junções’ entre as tomadas não ficaram boas, ou se sobram imagens antes ou depois da ação, você pode cortar pedaços da tomada até que se encaixe bem com a tomada anterior/posterior.

7. Faça assim sucessivamente, até chegar ao final do filme. Editar (ou montar) um filme é basicamente dar sentido narrativo, ritmo e continuidade à ação do filme. É um processo mais artístico do que técnico. Assim, o trabalho de edição pode ser resumido da seguinte forma:

1. Escolha das tomadas; 2. Determinação da ordem das tomadas; 3. Escolha do recurso de união entre as tomadas (corte seco, fusão, fade); 4. Criação do ritmo (duração dos planos).

Efeitos de transição Os efeitos de transição são recursos importantes para ajudá-lo a contar a sua história de forma funcional e servem para passar de uma cena para outra, ou plano para outro, ajudando a dar o ritmo e a emoção necessários ao bom desempenho do filme. Os efeitos mais comuns são: FADE – É o escurecimento (fade-out) ou clareamento (fade-in) gradativo da imagem e serve para intercalar duas cenas, onde se deseja mostrar uma passagem de tempo, por exemplo. Também serve para mostrar a conclusão de uma determinada cena, escurecendo-a até o preto total. A duração do fade (mais rápido ou mais lento) pode expressar diferentes tipos de mensagem. Você decide qual a melhor forma de usá-lo. FUSÃO – É a passagem gradativa de uma cena para a outra, onde a primeira vai se desvanecendo dando lugar à cena seguinte. É bastante usado para mostrar uma transição de tempo. Às vezes também é usada para tentar corrigir filmes mal decupados ou com continuidade irregular. Da mesma forma, você saberá o melhor momento para aplicá-lo a fim de realçar a dramaticidade da cena. Existem muitos outros tipos de efeito tais como as “cortinas”, mas, como uma dica, resista à tentação de usar todos os efeitos possíveis e imagináveis e atenha-se somente a esses dois tipos básicos, para você não correr o risco de tornar o seu filme um “carnaval de efeitos”. Lembre-se que o mais importante é que o espectador mantenha-se focado na sua história, sem se perder com pirotecnias e firulas digitais. O Som

Da mesma forma que a imagem, a edição de som é feita com softwares específicos. No entanto, antes de editar o seu filme, você deve planejar, pesquisar e gravar para levar tudo pronto ao estúdio para a edição definitiva. Você pode gravar sons reais usando a sua própria câmera, por exemplo, ou gravá-los em um CD ou pendrive.

Page 30: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

30

No estúdio de edição, com a ajuda do editor, você inserirá os sons nos locais exatos e com o volume adequado. A trilha sonora

Se você pretende utilizar música no seu filme, você deve atentar para o fato de que o uso de músicas de outros autores sem permissão infringe as leis de direito autoral e você poderá arrumar um grande problema para a sua vida. Mas você pode comprar CDs com músicas criadas especialmente para esse fim e já vêm com licença para uso comercial. São as chamadas “stock music”. Geralmente as stock musics são liberadas para qualquer tipo de utilização (comercial inclusive). Elas funcionam em sistema de licenciamento, isto é, você "aluga" o CD por um determinado período e pode usar as trilhas durante a vigência do contrato (geralmente 1 ano). Existem também os sistemas onde você compra o CD e pode usar e abusar das músicas para o resto da vida. Você pode também contratar um diretor musical para produzir as trilhas do seu filme, se o seu orçamento permitir. Aberturas e encerramentos

O ideal é que a abertura não ultrapasse 10 segundos. Só o título do filme e, no máximo, o nome do diretor. Senão irrita o espectador. A menos que a abertura seja uma obra em si, como nos filmes do 007. Os créditos de encerramento não devem ultrapassar 30 segundos. Isso não é padrão, mas é baseado no bom senso. Animação

Se quiser, você pode adicionar recursos de animação no seu filme, tais como aberturas, vinhetas, intercalação de cenas etc. Da mesma forma que o sistema de edição, existe uma infinidade de programas, partindo dos mais simples (como o Gif Animator, por exemplo), passando pelo Macromedia Flash (o mais popular) até os mais complexos (como o 3D Studio Max, Maya, etc.). No entanto, se você não entende nada de animação (ninguém é obrigado a saber tudo), você pode fazer parcerias com jovens desenhistas e animadores pela internet afora. Master

Uma vez terminado o trabalho de edição, e certificando-se de que o resultado está satisfatório, chegou a hora de finalizá-lo, isto é, criar a máster do seu filme, a sua matriz em suporte físico (HD, DVD ou fita DV) a partir da qual todas as cópias poderão ser feitas futuramente. Neste material iremos nos ater ao formato DVD, por ser uma mídia de grande capacidade de armazenamento de dados e de grande versatilidade para futuras utilizações.

Formatos e Codecs

São opções de renderização que os programas de audiovisual fornecem. Existem pacotes de codecs que podem ser baixados direto da internet. Veja alguns exemplos: MPEG, AVI, RAM, MOV, WMA, etc.

Page 31: Apostila de Audiovisual GrecoCruz

31

Bibliografia

COUTINHO, Laura Maria. Audiovisuais: arte, técnica e linguagem. Brasília: Universidade de Brasília, 2006, 92 p.:il.(Profuncionário - Curso técnico de formação para os funcionários da educação)

RONNEY, Prof. Silvio. Curso de Comunicação Social, disciplina: Laboratório de Comunicação UVA – Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro. TAVEIRA, Dr. Maurício Cândido. Linguagem do Cinema.

SOUZA FILHO, Prof. Dr. Antonio Ferreira de; DALLAVERDE, Profª Cláudia; MACIEL, Prof. Leandro V. Técnicas de Roteiro (Rádio e TV). Universidade Anhembi Morumbi.

RIGA, William. Faça seu Curta - Como fazer um curta-metragem com recursos próprios. Popmídia Talentos, 4ª Edição. www.cinemaneiro.com.br - Manual de Produção Audiovisual. www.wikipédia.org www.abrisan.com.br/audiovisual.php - ABRISAN - Associação Brasileira de Codificação de Obras Audiovisuais. www.escolasuperiordecomunicacaosocial.wordpress.com/video-institucional/dicas-para-realizar-um-video-institucional/ - Escola Superior de Comunicação Social. www.cena7.com.br/v3/?p=262 - Cena Sete Produções.