apostila da escola de lÍderes 1ª fase

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Page 1: APOSTILA DA ESCOLA DE LÍDERES 1ª FASE

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ANO 2014

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1ª AULA

SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS CRENTES

O sacerdócio universal de todos os crentes é reconhecido como um dos ensinos da REFORMA, ainda que não tenha ocupado lugar de destaque na discussão teológica e ficado praticamente restrito ao ensino de LUTERO e às críticas ao clericalismo católico romano. O teor da doutrina é bem simples: por meio de CRISTO,todos os crentes são sacerdotes,têm acesso a DEUS sem a necessidade de mediadores humanos. O sacerdócio de todos os crentes foi um instrumento fundamental para a realização e organização da REFORMA PROTESTANTE e ainda é um precioso ensino para todos aqueles que estão a serviço do reino de DEUS. I. O CONCEITO BÍBLICO DE SACERDÓCIO Quando pensamos em sacerdócio, imediatamente nos lembramos dos levitas. No entanto, o ensino bíblico sobre esse tema é mais antigo e mais abrangente do que o grupo sacerdotal separado para o serviço no tabernáculo. A primeira menção bíblica a um sacerdócio diz respeito a um rei sacerdote, Melquisedeque (Gn.14:18-20). A partir disso,vemos que a conjunção do sacerdócio com a realeza é um importante tema bíblico e está presente nos principais textos sobre o assunto. Quando estabeleceu sua aliança com o povo de ISRAEL, DEUS o chamou para ser ''reino de sacerdotes e nação santa (EX 19.6). Ser sacerdotes reais é um glorioso privilégio que exemplifica nossa união e semelhança com CRISTO, uma vez que ele é o grande rei-sacerdote da ordem de Melquisedeque (Sl. 110.2, 4). A AÇÃO SACERDOTAL DE MELQUISEDEQUE Hebreus 7.3 nos lembra de quão pouco sabemos sobre Melquisedeque. Não temos informações sobre sua ascendência ou sobre sua descendência. Não temos informações sobre como ele foi ordenado ou o lugar em que ele ministrava. Por isso, podemos deduzir que nada disso faz de alguém um sacerdote e, portanto,não podemos nos concentrar em nenhuma dessas coisas para definir esse conceito.O sacerdócio de Melquisedeque só pode ser reconhecido pelos seus atos no encontro com Abrão.Gênesis descreve três atos. 1. Provisão. A primeira ação de Melquisedeque, no exercício de seu sacerdócio,foi prover o suprimento

das necessidades materiais de Abrão. Ao saber que Abrão voltava de um extenuante combate, Melquisedeque tomou de suas provisões e saiu ao encontro dele (Gn.14:18). No texto, sua atitude é comparada ás do rei de sodoma, que vai ao encontro de Abrão para requerer seu povo de volta. Melquisedeque se mostra como um representante de DEUS no cuidado de Abrão. Isso nos indica que o sacerdócio tem a ver com a manifestação do cuidado de DEUS para com o homem (MT 5.45). Essa característica de DEUS é ressaltada quando JESUS responde a PEDRO que, ter compaixão de si mesmo ao invés de entregar-se para o resgate de outros, é pensar nas coisas dos homens e não nas de DEUS (Mt16.23). Não é possível que o amor de DEUS permaneça naqueles que, dispondo de recursos, despede seu irmão desprovido (1Jo 3.17) Isso está de acordo com o que lemos em Hebreus 5.1 ''porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens é constituído nas coisas concernentes a DEUS, a favor dos homens". Assim, reconhecemos um sacerdote quando ele está agindo em nome de DEUS,em favor de seus irmãos. Essa é uma característica do sacerdócio para qual nem sempre damos a devida atenção. 2. Intercessão. O segundo ato de Melquisedeque estava relacionado com as necessidades espirituais

de Abrão. Ainda que notemos a importância da ação sacerdotal em socorro das necessidades materiais dos homens, não há como negar que a bênção de DEUS seja um benefício muito mais valioso a ser ministrado pelos sacerdotes. Fisicamente suprido, Abrão recebeu de Melquisedeque um importante recurso espiritual. Suas palavras a Abrão são divididas em duas partes. Na primeira, Melquisedeque abençoa Abrão intercedendo por ele diante do DEUS altíssimo (Gn. 14.19). Não há dúvidas de que abençoar e interceder pelo povo é o aspecto mais notório de ofício sacerdotal. Essa função, no caso dos Levitas era realizada através do oferecimento dos sacrifícios (LV1.5,7) e da incumbência de abençoar o povo em nome do Senhor (Nm 6.22,27).O mesmo é demonstrando a respeito de Cristo em Hb.7.25,quando diz que ele vive sempre para interceder pelos que por ele se chegam a DEUS.Os eleitos de Deus não são condenados porque Cristo está à direita de Deus intercedendo por eles (Rm. 8.34). A mais clara demonstração desse aspecto do ministério sacerdotal de Cristo é sua oração em João 17. Ali o Senhor ilustra qual tem sido o teor e a extensão de sua intercessão pelos seus discípulos. 3. Promoção da glória de DEUS. A segunda parte das palavras de Melquisedeque é de louvor a Deus

ressaltando o que o Senhor havia feito por Abrão naquela batalha (Gn. 14.20). Nesse sentido, um sacerdote é

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um proclamador das virtudes de Deus (1Pe 2.9).Seus atos buscam promover a glória de DEUS entre os homens. O sacerdócio levítico também demonstrava a glória de Deus por meio de vestimentas ricamente ordenadas (Ex. 28.2ss), mas em especial notamos uma placa de ouro que ficava sobre a mitra (o chapéu) do sumo sacerdote, que dizia ''Santidade ao Senhor" (Ex. 28.36). Isso significava uma soleníssima responsabilidade,que exigia do sacerdote uma firme dedicação ao serviço divino (Lv.10.3). De acordo com Feinberg,"a função primária do sacerdote levítico, consequentemente, era manter, assegurar e restabelecer a santidade do povo escolhido de DEUS (Ex. 28.38; LV. 10.7; Nm.18.1)."(Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã.vol 5). Ao abençoar a tribo de Levi, antes da sua morte, Moisés disse, definindo seu ministério:''Ensinou os teus juízos a Jacó e a tua lei,a Israel; ofereceu incenso às tuas narinas e holocausto, sobre o teu altar" (Dt. 33.10). Em João 17.4 Jesus afirma ter glorificado o nome de DEUS na terra consumando a obra que lhe foi confiada; buscar e salvar o que se havia perdido. Seu total empenho foi no sentido de fazer a vontade daquele que lhe enviou. Desse modo, demonstrou ser um misericordioso e fiel sumo sacerdote (Hb. 2.17-18). 4. O sacerdócio do povo de DEUS. A mudança na escritura e na natureza do povo de DEUS, após a concretização da redenção promovida por CRISTO mostrou que o sacerdócio levítico era um instrumento temporário da glória de DEUS, sendo uma sombra do superior e perfeito sacerdócio exercido por Jesus. É nele que encontramos o único, verdadeiro e suficiente rei-sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. A Escritura ensina ainda que, por meio de Cristo, Deus quer fazer de seu povo um reino de sacerdotes. Foi por isso que, em diversas ocasiões, o Senhor nos lembra que seu povo constitui-se num reino sacerdotal (Ex.19.6;1Pe2.5,9). Desde o Antigo Testamento, Israel deveria ser um povo consagrado a Deus, um povo santo (Lv. 11.44). E com a chegada do dia do Senhor, o povo seria conhecido por ser formado por sacerdotes do Senhor e ministros de Deus (Is. 61.6). Daí as recomendações do Novo Testamento para que ofereçamos sacrifícios espirituais a Deus, que são o nosso corpo, o louvor de lábios que confessam o seu nome (Rm 12.1;HB13.15-16). II. O SACERDÓCIO UNIVERSAL NO CONTEXTO DA REFORMA Ainda que a Bíblia aponte para o caráter sacerdotal do povo de Deus,foi apenas no alvorecer da Reforma Protestante que esse tema ocupou lugar na discussão teológica,sendo que não ocupou lugar central nos temas da Reforma .Martinho Lutero foi quem mais promoveu o ensino. A DOUTRINA SEGUNDO LUTERO A principal exposição dessa doutrina encontra-se em um documento intitulado À nobreza cristã da nação alemã, acerca da melhoria do estamento cristão (obras selecionadas .vol 2- O programa da Reforma; Escritos de 1520.2ª ed.Editora Sinodal/Concórdia Editora). Nele Lutero desafia os príncipes alemães a convocar um concílio para tratar dos problemas da igreja e refuta os argumentos dos romanistas contra tal iniciativa. Um dos argumentos centrais da igreja romana era que seus clérigos formavam uma classe especial de pessoas (estamento):o sacerdócio.Por isso ,estaria acima de todos os demais homens ( os leigos) .Desse modo,somente os bispos poderiam tratar das questões referente à igreja. É na contestação desse argumento que Lutero registra a doutrina do sacerdócio de todos os crentes.Ele escreveu:"todos os cristãos são verdadeiramente de estamento espiritual,e não há qualquer diferença entre eles a não ser por força do ofício....pois,como somos todos igualmente sacerdotes,ninguém deve se projetar a si mesmo e atrever-se,sem nossa aprovação e escolha,a fazer aquilo que para todos temos o mesmo poder.Pois ninguém pode arrogar-se o que é comum sem a vontade e ordem da comunidade". Assim, Lutero defendeu que todos os crentes são feitos sacerdotes a partir do batismo,fazem parte do estamento espiritual e que todos têm na igreja os mesmos direitos e deveres espirituais. Ao expor essa doutrina,Lutero não queria dizer que a igreja não deveria ter pastores nem o ministério pastoral deveria ser abolido.Pelo contrário,entendia que, para que houvesse ordem ,era necessária a vocação e a ordenação de alguns que se dedicassem ao ministério da proclamação da Palavra e da administração dos sacramentos.Para Lutero,''a fundamentação da peculiaridade do ministério eclesiástico como ministério da proclamação pública da Palavra e da administração dos sacramentos é simples:o que por força do batismo compete a todos não pode ser exercido por todos simultaneamente,para que não se instaure o caos''(Ateologia de Martim Lutero,Martin Bayer,Sinodal).seguindo essa linha ,em1523,escreveu no artigo Como instituir ministros na igreja.''Pois,visto que todas essas coisas pertencem a todos os cristãos(...),a ninguém é permitido interferir por autoridade própria ou arrebatar para si o que é de todos(...)mas nessa comunhão de direitos exige que um ou quantos a comunidade queira sejam escolhido sou aceitos e que,em lugar e em nome de todos os que têm o mesmo direito,execute esses ofícios publicamente,para que não surja uma confusão torpe entre o povo de Deus". Lutero ensinou que todos os cristãos eram sacerdotes, mas nem todos são pastores (ministros). Ele queria que,a despeito de sua relevância,o ministério pastoral não fosse considerado isolado dos demais ministérios da igreja.Todos têm participação no ministério da palavras e cada crente possui um ministério,um carisma (dom).Esse princípio eclesiástico de Lutero,foi assimilado pacificamente pelas igrejas da Reforma.

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Foi o ensino de Lutero que fez com que elas dessem preferência aos termos"ministro"e "presbítero"para indicar os seus oficiais e reservassem a palavra "sacerdote' ao ensino do ofício de Cristo e, eventualmente,de toda a igreja em relação com o mundo. III. DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS À DOUTRINA DO SACERDÓCIO UNIVERSAL A despeito da distância que nos separa daqueles primeiros dias da Reforma Protestante,podemos dizer com segurança,que a doutrina do sacerdócio universal mantém importância vital na organização da igreja contemporânea,de modo que,bem entendida,auxiliará a combater erros que comumente vemos na igreja hoje. O clericalismo O ponto básico de Lutero é que não havia classes diferentes de pessoas dentro da igreja de Cristo.Não existe a distinção entre clérigos e leigos. Todos igualmente são servos de Jesus e precisam estar comprometidos com a sua obra. Todos receberam o Espírito santo e são chamados a experimentar os benefícios e as responsabilidades da comunhão com Deus e do acesso a ele. Ha apenas um intermediário, um único mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo (1Tm2.5). Por isso, devemos rejeitar tudo que leve ao pensamento de que algumas pessoas têm maior acesso a Deus do que outras.Que a oração de alguns é mais ouvida do que a de outros.Na relação com Deus,que é a essência do sacerdócio,todos os crentes estão igualmente habilitados em Cristo.Devemos reconhecer que Deus concedeu dons e ministérios diferentes aos homens,mas que todos eles estão sob direção do mesmo Espírito para a glória de Deus(1Co12). O Individualismo Nesse contexto, o individualismo é o extremo oposto do clericalismo. Freqüentemente a doutrina do sacerdócio de todos os crentes é entendida como se cada um fosse sacerdote de si mesmo, não precisando da igreja ou dos outros crentes para servir a Deus.''Posso servir a Deus em minha casa, dentro do meu coração,dizem. Isso também é um erro a ser combatido Como vimos, o conceito de sacerdócio implica estar a serviço dos outros, suprindo suas necessidades materiais e espirituais, e conduzindo-os à glória de Deus. Assim, o que Lutero ensinou foi que cada crente deve participar do ministério da igreja, servindo a seus irmãos com os dons que Deus lhe deu. O Hedonismo Hedonismo significa a busca do prazer e bem estar próprio é uma forma de pensar e agir que está arraigada no modo de viver contemporâneo, inclusive de muitas igrejas. Ha aqueles que buscam agradar a si mesmos, aqueles que conduzem a igreja para agradar os outros, mas um sacerdote deve reconhecer que vive para agradar a Deus. Ele não está em busca dos privilégios que sua condição lhe confere, nem é somente um representante de seus irmãos diante de Deus. Ele é um representante de Deus, de sua glória e de sua santidade. CONCLUSÃO Com base no ensino bíblico de que Deus, por meio de Cristo, o rei sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque fez de seu povo um reino de sacerdotes, Lutero formulou a doutrina do sacerdócio de todos os crentes. Por meio dela ensinou que todos nós desfrutamos do mesmo privilégio de acesso a Deus e termos as mesmas responsabilidades de atuar no ministério da igreja servindo ao próximo e manifestando a glória e a santidade de Deus. A compreensão adequada dessa doutrina ainda é muito útil no enfrentamento de problemas contemporâneos como o clericalismo, o individualismo e o hedonismo. APLICAÇÃO O sacerdócio de todos os crentes é para você uma doutrina ou padrão de vida cristã? Como os atos sacerdotais de Melquisedeque e de Cristo têm inspirado sua ação sacerdotal? estudo tirado da revista páginas 16,17,18 e 19(NOSSA FÉ EDITORA CULTURA CRISTÃ)

2ª AULA

FRUTOS DO ESPÍRITO

Através do Fruto do Espírito Santo o caráter de Cristo é novamente formado no homem. O pecado afetou consideravelmente a imagem de Deus em nós levando-nos a produzir as obras da carne. (Ef 2.2,3; Gálatas 5.19-21). Entretanto através do novo nascimento, Cristo é novamente formado em nós e assim somos transformados constantemente de glória em glória, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo (2 Co 3.17,18). O fruto do Espírito Santo relaciona-se com a santificação (separação do pecado e consagração a Deus). É através da manifestação do fruto do Espírito Santo que a maturidade espiritual torna-se perceptível. Qualquer novo convertido pode manifestar fruto do Espírito Santo se a sua conversão for realmente autêntica.

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Na Bíblia, em João 15.1,2 Jesus se expressou assim: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.” Ele usou a metáfora da videira para comunicar a necessidade de um relacionamento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produção do fruto do Espírito Santo. Esta é a única maneira que demonstra que somos realmente discípulos de Cristo. (Mt 7.16; 5.13-16) É através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado em nossa vida, e assim muitos são abençoadas através de nosso bom testemunho (João 15.8). O fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi derramado por Deus em nossos corações (Rm 5.5) Lendo em Gálatas 5.22 verificamos que o fruto do Espírito pode se apresentar de 9 formas distintas: 1. Amor (gr. ágape) – É o amor divino para com a humanidade perdida (Jo 3.16). É um amor imutável, sacrificial, espontâneo e que nos leva a amar até os próprios inimigos (Mt 5.46,48). 2. Alegria (gozo) – é o amor exultante. É uma alegria constante na vida do crente, decorrente de seu bem-estar com Deus. Este amor se manifesta inclusive nas tribulações (2 Co 7.4; At 13.52). 3. Paz – A paz é o amor em repouso. É uma tranqüilidade íntima e perfeita, independente das circunstâncias. Podemos desfrutar da paz em três sentidos: Paz com Deus (Rm 5.1; Cl 3.15); paz com o próximo (Rm 12.18; Hb 12.14) e a paz interior. A paz que guarda nossos corações e os nossos sentimentos em Cristo Jesus. (Fp 4.7) Os ímpios não tem paz! (Is 48.22) 4. Longanimidade (paciência) – É o amor que suporta a falta de cortesia e amabilidade por parte dos outros. (Ef 4.2; 2 Co 6.4) É a paciência de forma contínua. Paulo reconheceu a paciência de Jesus Cristo para com ele. (1Tm 1.16) Em 2 Coríntios 6.4-6 Paulo fala da muita paciência. 5. Benignidade – É uma forma de amor compassivo e misericordioso. É a virtude que nos dá condições de sermos gentis para com os outros, expressando ternura compaixão e brandura. A benignidade de Deus na vida de Paulo impediu de o carcereiro de Filipos se suicidasse. (Atos 16.24-34) 6. Bondade – É a prática do bem, o amor em ação. É ser uma bênção para os outros. (Rm 15.14) e alcança o favor de Deus (Pv 12.2). É o amor generoso e caridoso. Se antes fazíamos o mal agora Cristo nos capacita para sermos bons cidadãos. 7. Fé – Não é apenas crer e confiar. É também ser fiel e honesto, pois Deus é fiel. (1 Co 1.9) Através desta virtude o crente se mantém fiel ao Senhor em quaisquer circunstâncias. Descobrimos se temos esta qualidade quando somos desafiados à infidelidade. É o amor em sua fidelidade a Deus. (1 Pe 1.6,7) 8. Mansidão – Virtude que nos torna pacíficos, com serenidade e brandura diante de situações irritantes, perturbadora e desagradáveis. Antes éramos agressivos e nos irritávamos com qualquer coisa que nos contrariava. Jesus falou para aprendermos a mansidão com ele. Ele se conservou manso diante de seu traidor. (1 Pe 2.21-23), e curou a orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinham ido prendê-lo. (Lc 22.51) É o amor submisso a Deus. 9. Temperança (Domínio próprio) – Deus respeita o nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas nos guia na verdade. Além da orientação do Espírito Santo contamos com o domínio próprio que atua como um freio contra as paixões da carne as quais vão contra os propósitos de Deus para nossa vida. De vez em quando somos tentados, velhas paixões e coisas ilícitas podem bater à porta de nosso coração (1 Co 10.13 ; 2 Pe 2.9) mas através dessa virtude o crente avalia e reconhece que a vontade de Deus é mais importante e assim ele é vitorioso. (Mt 10.37-39). É o domínio próprio que nos aperfeiçoa em santidade, por isso precisamos cultivá-lo (1 Co 6.12; 9.25) É o amor disciplinar de Deus. O domínio próprio envolve todas as áreas de nossa vida: os pensamentos, as palavras e nos atos. CONCLUSÃO: A Bíblia fala de diferentes níveis de frutificação: fruto (Jo 15.2a); mais fruto (Jo 15.2b); muito fruto (Jo 15.5,8) e o fruto permanente (João 15.16) Todos nós que já possuímos uma aliança com Deus fomos designados para darmos o fruto do Espírito Santo afim de que sejamos espirituais e não mais carnais. O caminho para a frutificação é ser sensível à voz do Espírito Santo em nosso interior. É Ele quem nos impulsiona a buscar a plena vontade de Deus para nossa vida (Rm 12.1-2; 2 Co 7.1). Por sua vez a busca pela vontade de Deus envolverá o exercício de nossa fé (fidelidade) e esta opera a maturidade. (Hb 5.14)

3ª AULA DONS ESPIRITUAIS

O que são dons os dons espirituais? É a manifestação do Espírito Santo no cristão, para capacitá-lo com poder para realizar uma tarefa segundo a vontade de Deus. A palavra “dons” vem do grego “charismata”, derivada da palavra “charis” que significa “graça.” São, portanto, dons pela graça de Deus e não algo que conseguimos ou merecemos. Os dons são de grande valor e merecem um cuidadoso estudo bíblico para se evitar desordens na igreja que afete sua unidade. Efésios 4.12-15, lemos sobre os propósitos dos dons os quais são:

Capacitar ou aperfeiçoar os santos

Promover a obra do ministério – aqui inclui o trabalho de células

Edificar o Corpo de Cristo. (A igreja).

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Os dons também proporcionam um conhecimento mais profundo de Cristo, e de toda a riqueza espiritual disponível para desempenho da missão que ele tem em nossa vida. Conforme 1Co.12.8-10, os dons do Espírito Santo são 9 e podem ser assim classificados: 1. DONS DE REVELAÇÃO (saber): palavra de sabedoria, palavra de ciência e discernimento de espíritos. 2. DONS DE PODER (fazer): fé, cura e operação de milagres. 3. DONS DE INSPIRAÇÃO (falar): profecia, variedades de línguas. 1. DONS DE REVELAÇÃO

1.1 Palavra de sabedoria – É saber o que falar em determinada ocasião (solucionar um problema específico) é um fragmento da sabedoria divina dada ao crente. Não se trata de conhecimento humano ou inteligência. Exemplo: José Gn 41.38,39; Salomão e as duas mães. 1Rs 3.16-28, Josué Dt 34.9

1.2 Palavra de ciência (conhecimento) – É uma revelação do que está acontecendo no momento. Não se trata de adivinhação, fenômeno psíquico ou telepatia e nem resultado de um profundo estudo teológico. Através desse dom a igreja tem acesso a fatos a respeito de pessoas, circunstâncias e de verdades bíblicas. É a penetração na ciência de Deus. Ef 3.3. Exemplo: Eliseu 2 Rs 6.12; Aias 1 Rs 14.1-6; Em Atos 20.23 O Espírito Santo revelava a Paulo o que ia acontecer..

1.3 Discernimento de espíritos – É uma percepção sobrenatural para conhecer a natureza de uma atividade espiritual. Serve para combater as imitações, enganos e falsificações. (Ap 2.2; 1 Tm 4.1-4). Exemplos: o caso de Ananias e Safira (At 5.1-11), Elimas, o mágico (At 13.6-12) e da jovem possessa (At 16.17,18) Esse dom serve como um antídoto contra as heresias dos falsos mestres.

2. DONS DE PODER

2.1 O dom da fé – E a confiança em Deus de um modo sobrenatural. Manifesta-se somente em ocasiões especiais. Este dom movimenta os dons de cura e operação de milagres. (Mt 17.20) Ele(a) sabe que Deus vai fazer o impossível, inclusive quando outros crentes ao seu redor não crêem. Esta fé dá autoridade diante de problemas como ocorreu com Josué. (Js 10.12) Elias (1Rs 18.33-35) Estêvão (At 6.8)

2.2 Cura – É uma solução divina para amenizar o sofrimento humano. Todas as enfermidades estão sujeitas a cura divina. (Mt 10.8; Lc 4.18 19); O sacrifício de Cristo trouxe-nos perdão, libertação e cura ( Is 53.4,5; Mt 8.16,17) . Ele delegou aos seus discípulos poder para curar enfermos em seu nome. (Lc 10.9,17; At 3.6,16; 9.34; At 19.11,12)

2.3 Operação de milagres (maravilhas) – É uma operação de poder que ultrapassa as leis naturais. Exemplo:Ex 15.21,22 – a travessia do Mar Vermelho; Mt 8.26 - Jesus acalma a tempestade; Jo 11.43 - A ressurreição de Lázaro. A operação deste dom gera confiança e autoridade especial. (Mt 8.27)

3. DONS DE INSPIRAÇÃO

3.1 Profecia – O objetivo deste dom é falar aos homens em nome de Deus. Não pode ser confundida com pregação embora a pessoa possa profetizar enquanto prega. Seu objetivo é a edificação da igreja e está sujeito ao julgamento da mesma. Não é adivinhar a sorte, prever o futuro ou tornar realidade o desejo de alguém. (Ez 13.3). Todos podem profetizar, porém no culto apenas dois ou três devem profetizar. Nunca devem profetizar ao mesmo tempo para não afetar a ordem do culto. (1 Co 14.26-33) Toda profecia que contraria o ensino das Escrituras deve ser classificada como falsa, razão pela qual as profecias devem ser julgadas. (1 Co 14.1-40)

3.2 Variedade de línguas e interpretação – As línguas estranhas como sinal são dirigidas a Deus são ilimitadas. O dom de variedades de línguas é dirigido à igreja e não é dado a todos que são batizados no Espírito Santo. Tudo depende da soberania, do propósito e da vontade do Espírito Santo. (1Co 12.11) Tem que ser acompanhado de interpretação e é equivalente a uma profecia. O dom de interpretação não existe sozinho. Serve para explicar o que foi dito em línguas. Não é uma tradução lingüística, pois a linguagem não é lógica. Veja 1 Coríntios 14.

Observações: 1. Dons e fruto do Espírito Santo. Dons e Fruto ambos denotam a habitação do Espírito, mas os dois não são a mesma coisa, os propósitos são diferentes. Os dons são serviços para serem prestados aos outros, enquanto que o fruto do Espírito Santo são traços característicos da pessoa de Cristo implantado no crente mediante a obediência à Palavra.

2. Dons e Talentos Que diferença há entre um dom e um talento? Todos nós nascemos com certos talentos, ou seja, habilidades naturais, mas quando nascemos de novo, recebemos dons espirituais. Talento é algo natural enquanto dom é sobrenatural e é ministrado à igreja. Um talento natural pode ser usado por Deus para a edificação da igreja. Um professor secular ao se converter pode se tornar “espiritual” e assim ganha a capacidade para ministrar para a igreja com o mesmo talento, o mesmo dom. Deus nos equipa no nascimento natural e futuramente, a dimensão espiritual é adicionada no novo nascimento.

3. Manifestações Conforme 1 Coríntios 12:7 o dom espiritual é uma “manifestação do Espírito.” Então eles são manifestados e não temos controle sobre eles, pois afinal o Espírito Santo é soberano. Para concluir, o exercício dos dons espirituais demonstra em suma, como o Espírito Santo é visto. Uma das maiores bênçãos que podemos desfrutar é quando os membros de uma igreja exercitam os dons uns para com os outros. Um dom espiritual não

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é apenas uma habilidade para servir, ele é um canal pelo qual o Espírito Santo ministra ao corpo. E fazendo parte da igreja, como corpo de Cristo, torna-se um grande privilégio, Deus nos escolher para ministrar ao Seu povo através de nós. É simplesmente incomparável.

4ª AULA

O CORPO DE CRISTO

Texto bíblico: 1Co.12:12-31

INTRODUÇÃO. A figura do corpo humano, que o Novo Testamento emprega como uma descrição da igreja é uma das maiores revelações metafóricas da Bíblia. Enquanto muitos têm aceitado que a figura sempre significa a mesma coisa, sejamos cuidadosos para observar as diferenças em seu uso e aplicação.

UMA RELAÇÃO ENTRE CRISTÃOS

Por um lado, parece haver de fato uma consistência em como a imagem da igreja como "corpo" é usada para ilustrar e ressaltar certas características da relação que existe entre o povo de Deus:

UNIDADE. A figura do corpo é muito útil para descrever a "unidade na diversidade" que existe entre cristãos (Romanos 12:4-8; 1Coríntios 10:17; 12:12-31; Efésios 2:16; 4:4; Colossenses 3:15). Assim como o corpo tem diferentes partes, assim também o grupo que pertence a Deus é composto de muitos tipos diferentes de pessoas: diferentes personalidades, capacidades, níveis de maturidade espiritual, formações. Entretanto, estas diferenças são insignificantes à luz da fé comum que partilhamos em Cristo. Nossa diversidade não força esta unidade espiritual nem um pouco, mas é realmente uma bênção, no que os cristãos são capazes de ajudar um ao outro de um modo complementar, em vez de todos serem exatamente idênticos.

INTERDEPENDÊNCIA. A diversidade entre o povo de Deus ajuda a fortalecer o corpo através de seu trabalho complementar, porque todos do povo de Deus estão ligados um ao outro e são dependentes uns dos outros (Romanos 12:4-8; 1 Coríntios 12:12-31; Efésios 4:11-16; Colossenses 2:19). Como membros de um corpo estão entrelaçados entre si, entretecidos, e juntos em um todo unificado, assim também o povo de Deus é interligado. O funcionamento adequado, saudável, de cada parte é essencial à saúde geral do corpo. Nenhuma parte é insignificante, irrelevante ou dispensável. Os cristãos devem possuir uma consciência de tal dependência e necessidade uns dos outros. Na verdade, devemos ser tão interligados que os cuidados com outras pessoas são os nossos mesmos; choramos com os que choram e nos regozijamos com os que se regozijam.

CRESCIMENTO. Toda a unidade e interdependência do povo de Deus é destinada a levar a uma única meta: o crescimento espiritual (Efésios 2:21; 4:11-16; Colossenses 2:19). A figura de um corpo é perfeitamente adequada para salientar que o povo de Deus é um organismo que cresce, e não um objeto sem vida, estático, adormecido. O corpo é para sobreviver e ser saudável pelo labor adequado de cada parte individual, como cada parte faz a sua tarefa. Sendo equipados através do ensino, os santos têm que servir, e assim fazendo o corpo de Cristo é edificado.

UMA RELAÇÃO COM CRISTO

Por outro lado, há uma variedade na qual a figura do "corpo" é usada para descrever a relação que existe entre o povo de Deus e Cristo:

Cabeça. Há, naturalmente, as passagens familiares nas quais Cristo é chamado a cabeça do corpo, da igreja (Efésios 1:23; 4:16; 5:23; Colossenses 1:18; 2:19). Aqui, o corpo é claramente a parte inferior do todo, composto de tronco e membros, enquanto Cristo é a cabeça.

Obviamente, isto significa o papel de Cristo como de autoridade. Ele é aquele que toma as decisões, cuja vontade tem que ser seguida. Mas observe como a imagem do corpo sugere que esta não deve ser uma atividade antagônica. Além do mais, nossos corpos físicos não lutam com a cabeça, não se opõem a sua vontade, nem contradizem suas ordens. As partes do corpo naturalmente agem de acordo com as determinações da cabeça para o bem estar do corpo inteiro. A cabeça é também o que confere uma certa unidade de propósito e direção, de modo que as partes estejam trabalhando em direção à mesma meta, em vez de se esquartejando e indo em direções diferentes.

Espírito. Há passagens, contudo, que usam a figura do corpo, mas que não retratam Cristo como a cabeça do corpo. Observe, por exemplo, que em 1 Coríntios 12, a cabeça é claramente uma das partes do corpo que representa o cristão comum (12:21), como também o são várias partes especificadas da cabeça, tais como o olho e o ouvido (12:16-17). Neste caso, que relação Cristo tem com o corpo, se não é sua cabeça? Bem, assim como um corpo físico, se está vivo, tem um espírito que habita esse corpo, dando-lhe vida e personalidade, assim também Jesus é o Espírito vivo que mora dentro do corpo de seu povo. Este mesmo ponto está implícito em Efésios 2:21, onde as figuras de corpo e edificação estão misturadas, falando de um templo crescente no qual Deus mora. Do mesmo modo, Efésios 4:4 emparelha um corpo e um Espírito, como se indicasse uma ligação

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particular. Finalmente, a afirmação de Paulo de que somos "um corpo em Cristo" (Romanos 12:5) pode se apoiar sobre esta mesma figura. Como tal, a figura do corpo indica ainda mais intimamente o grau em que devemos ser possuídos por Deus, participantes de sua divina natureza, quando ele mora e vive dentro de nós.

A IMPORTÂNCIA DA UNIDADE DO CORPO DE CRISTO

Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros (...). Então, tende o mesmo sentimento uns para com os outros. (Rm 12:5,16)

Do mesmo modo como o Pai está unido ao Filho e o Filho está unido ao Pai, os cristãos devem viver unidos entre si. Viver em união com os seus irmãos na fé constitui a melhor prova que o cristão pode dar de sua união com Deus. Esse foi o desejo expresso por Jesus em sua oração ao Pai: Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. O Mestre completa seu pedido, dizendo: Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade (Jo 17:21,23). É dessa união entre os fiéis que trata o estudo de hoje.

FALANDO MAIS SOBRE A UNIDADE DO CORPO

Com base nos ensinos de Cristo e dos apóstolos, trataremos a questão da união espiritual entre os cristãos. Antes de tudo, porém, cumpre-nos dizer que o viver em união constitui uma das mais importantes recomendações da palavra de Deus. O apóstolo Paulo, por exemplo, escreve aos Coríntios e solicita a esses irmãos, em nome de Jesus, que sejam unidos entre si. Ele diz: ... que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer (1 Co 1:10). O cristão que ainda não aprendeu a viver em harmonia com seus irmãos de fé, ainda não entendeu a verdadeira essência do evangelho de Cristo.

1. Precisamos aprender a andar em unidade: Para tornar mais clara a questão da nossa unidade, temos a contribuição dada por Paulo, na comparação que fez entre a igreja e o conjunto de membros que formam o corpo humano. No corpo humano, como sabemos, cada membro tem a sua maneira própria de operar e nenhum pode dispensar a participação dos demais. Sobre isso, o apóstolo diz que, assim como, em um corpo, existem muitos membros e nem todos têm a mesma função, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros (Rm 12:4-5).

Considerando a comparação feita entre a igreja de Cristo e o corpo humano, há algo que jamais podemos esquecer: cada membro desse corpo está de tal modo ligado aos demais que aquilo que acontece com um deles afeta, de alguma forma, os outros. A Bíblia afirma: Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele (1 Co 12:26 – NVI). Em virtude dessa dependência que há, entre os membros do corpo de Cristo, Paulo novamente sugere: Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram (Rm 12:15).

A frase anterior nos mostra que precisamos aprender a ter empatia, a ponto de sofrermos com os que sofrem e alegrar-nos com os que se alegram. Devemos nos importar e nos preocupar uns com os outros. Não estamos num campeonato dentro do corpo de Cristo (igreja), competindo para saber quem é o mais talentoso, o mais espiritual ou para saber quem é o maior ou o melhor. Somos companheiros e não concorrentes. Aos Efésios, Paulo recomendou vida cristã em união, dizendo: Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Ef 4:3 – NVI). Isso porque a convivência dos irmãos em união é boa e agradável(cf. Sl 133:1).

2. O perigo de se destruir a unidade. Para que os irmãos vivam em união, é necessário, ainda, que cada um reconheça as virtudes que existem nos outros. Foi seguindo esta linha de pensamento que o apóstolo dos gentios escreveu aos filipenses as seguintes palavras: Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros (Fp 2:4). Quando desvalorizamos os outros e nos supervalorizamos, tornamo-nos egoístas, e o egoísmo leva-nos ao orgulho, que, por sua vez, pode determinar a ruína da unidade existente entre nós, igreja de Cristo. Precisamos ver e reconhecer as virtudes dos outros e evitarmos em nós qualquer sentimento de superioridade. 3. Não há unidade onde não há humildade! O humilde alegra-se com o bem-estar do outro e se entristece

com a tristeza do outro. A partilha dos sentimentos fortalece a unidade. A palavra de Deus nos exorta: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus (Fp 2:5-6). Se quisermos permanecer unidos, como Cristo deseja que sejamos, sigamos o exemplo do Mestre, que foi humilde por excelência. Todos nós somos iguais. Não devemos nos achar superiores, ao contrário, devemos nos ver inferiores aos demais irmãos. De outra forma, estaremos contribuindo para a destruição de nossa unidade.

4. Como preservar a unidade na igreja? A “unidade cristã” não é criada pelos cristãos, mas é produzida

pelo Espírito Santo (cf. Ef 4:3). Portanto, é nosso dever preservá-la como algo indispensável à boa convivência entre os cristãos. O desejo que o apóstolo expressou, no tocante aos filipenses, ilustra o desejo de Deus em

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relação a todos nós. Paulo dizia: ... completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude (Fp 2:1 e 2). Na carta aos Efésios, o mesmo Paulo ensina que essa preservação da unidade deve ser feita com toda diligência e amor (Ef 4:2-3), ou seja, precisamos trabalhar de maneira esforçada e amorosa pela integração da igreja.

Para conservarmos a unidade de pensamento entre os irmãos, precisamos cultivar, entre estes, uma boa relação de amizade. O apóstolo Pedro ensinou: Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes. Não retribuam mal com mal, nem insulto com insulto (1 Pe 3:8-9 – NVI). Tiago, por sua vez, ensina que não devemos falar mal uns dos outros (Tg 4:11). Paulo também diz que não devemos mentir (Cl 3:9), nem invejar (Gl 5:26), nem odiar (Tt 3:3) uns aos outros. Ao contrário, devemos amar cordialmente uns aos outros com amor fraternal (Rm 12:10). Em suma, a comunhão uns com os outros se desenvolve e prevalece através do esforço comum e da boa vontade de todos. A nossa maior prioridade deve ser cuidar de nosso irmão, e a do seu irmão deve ser cuidar de você. É assim que acontece com o corpo humano. Por exemplo: você, às vezes, gosta de um tipo de comida; todavia, o médico o proíbe de comê-la, por não ser boa para a sua saúde. Assim, você deixa de comer tal alimento. Por que você deixa de comer? Por causa da saúde do corpo! Imagine que você esteja com dor de cabeça. Você precisa tomar um analgésico. Então, as suas “mãos”, que não têm nada a ver com a sua dor de cabeça, se envolverão, levando o remédio até a boca, o que lhe produzirá o alívio. Isso quer dizer que um membro sofre pelo outro e trabalha em benefício de todo o corpo.

No corpo de Cristo, cada membro tem a sua maneira própria de operar. Só há regularidade no funcionamento geral da igreja quando cada um dos seus membros estiver operando em perfeita harmonia com os demais. Unir-nos uns aos outros é mandamento do Senhor. Por isso, no que depender de nós, devemos cultivar e preservar a unidade entre os irmãos.

CONCLUSÃO

Em todo este estudo tratamos sobre necessidade de união entre os irmãos. Na comparação feita entre os membros da igreja e os membros do corpo humano, ficou claro que Deus quer que, como irmãos que somos, vivamos em integração e dependência uns dos outros, assim como acontece com as diversas partes do corpo humano. Para que haja união entre os irmãos, é necessário também que haja humildade. Em matéria de humildade, nenhum exemplo pode ser comparado ao que Cristo nos deixou. Foi ele que, sendo Deus, fez-se homem. Fez de tudo para nos unir a ele e para nos unir uns aos outros, assim como ele está unido com o Pai.

5ª AULA

EVANGELHO QUADRANGULAR

A ORIGEM DA IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR

A Igreja do Evangelho Quadrangular é o prosseguimento do movimento cristão pentecostal iniciado nos tempos apostólicos que atravessou os séculos e chegou até nossos dias.

História e Principais Doutrinas do Evangelho Quadrangular

O movimento pentecostal, reavivado no início do século XX na Europa e nos Estados Unidos, foi um marco de um novo tempo de avivamento espiritual no mundo e como conseqüência, nasceu a mensagem Quadrangular sob inspiração Divina em julho de 1922, na cidade de Oakland – Califórnia, por revelação específica de Deus, segundo Ezequiel 1:4-10, à fundadora da “International Church of the Foursquare Gospel”, missionária Aimée Semple Mcpherson, que elaborou a declaração de fé, base doutrinária da Igreja do Evangelho Quadrangular.

Foi durante a campanha em Oakland, no verão de 1922, que Deus levou Aimee, uma noite, a falar sobre a visão do profeta Ezequiel, como está registrado no primeiro capítulo, do versículo 4 ao 10.

Aproximadamente 8 mil pessoas lotavam a enorme tenda e centenas mais enchiam os corredores e as passagens. As pessoas inclinavam-se para frente em expectativa, quando Aimee começou a entregar a mensagem de Deus, que vinha do íntimo do seu ser. Sua própria alma sentia-se reverente, quando o Espírito começou a descrever a gloriosa visão de Ezequiel.

Conforme ela falava, Deus revelava àquela enorme multidão que as quatro faces tipificavam os quatro aspectos do ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Na face do HOMEM nós vemos “o homem de dores e experimentado nos trabalhos” – O Salvador do mundo!

Na face do LEÃO vemos a face daquele poderoso Batizador no Espírito Santo e com fogo. “Jesus é o Leão da tribo de Judá”. Como o leão demonstra força e poder, este é um claro símbolo de Cristo como Doador do Espírito Santo.

Na face do BOI vemos o Grande Carregador de fardos, que levou sobre si mesmo “as nossas enfermidades e por suas pisaduras fomos sarados”. Jesus é o grande Médico e curador dos nossos corpos.

Na face da ÁGUIA vemos refletir a visão do Rei dos Reis que está voltando. Suas asas se abrirão brevemente no céu brilhante, de onde Ele retornará para arrebatar Sua noiva que O está esperando!

IGREJA QUADRANGULAR NO BRASIL

Em 15 de novembro de 1951 no Brasil, na cidade de São João da Boa Vista, São Paulo, os missionários Harold Edwin Williams e Jesus Emílio Vasques Ramos fundam a Igreja Evangélica do Brasil, que após a convenção nacional de 11 de janeiro de 1958 passou a denominar–se Igreja do Evangelho Quadrangular.

Um Evangelho perfeito! Um Evangelho completo, para o corpo, para a alma, para o espírito e para a eternidade! Um Evangelho que olha “quadradamente” para todas as direções!

Estudando a Palavra de Deus desde aquele dia, Aimee descobriu que a palavra “QUADRANGULAR” é totalmente bíblica e que está entrelaçada inteiramente com cada época do Velho e do Novo Testamento.

Quatro cores foram reveladas através do estudo das Escrituras, que Aimee aplicou às quatro fases do ministério de Cristo:

VERMELHA, simbolizando seu precioso sangue, que Ele derramou na cruz, morrendo por toda a humanidade, para a primeira fase – SALVAÇÃO.

AMARELO OURO, simbolizando o fogo que caiu do céu no dia do Pentecostes – BATISMO COM O

ESPÍRITO SANTO. AZUL, a cor do céu, de onde vem a terceira fase – CURA DIVINA.

PÚRPURA, a cor da realeza, para a quarta fase - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO, como Rei.

Durante a última semana da Campanha, foi realizada uma reunião ministerial com o propósito de reunir leigos e pastores na América que aceitavam e praticavam a mensagem do EVANGELHO QUADRANGULAR. A nova organização, nascida do espírito de unidade e oração, seria conhecida como: IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR.

Milhares de pastores, evangelistas, professores e proeminentes membros de igrejas evangélicas assinaram a declaração da doutrina e propósito, e muitos milhares, de todas as igrejas, permaneciam prontos para assumirem, tão rápido quanto o novo projeto fosse apresentado no retorno de seus representantes e visitantes.

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EVANGELHO QUADRANGULAR

Doutrina Rosto Cor Símbolo Evangelho 1. Salvação Jesus, o Salvador

Lucas

2. Batismo com o Espírito Santo Jesus, o Batizador com o Espírito Santo

João

3. Cura Divina. Jesus, o Médico Divino

Marcos

1. Segunda Vinda Jesus, o Rei que Voltará

Mateus

SAUDAÇÃO OFICIAL A igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil seguindo sua tradição histórica no que se refere a comunicação privada entre membros de suas congregações, utiliza a expressão “Paz seja convosco”, para saudar a coletividade e, a palavra “Paz”, para a saudação individual.

6ª AULA

DECLARAÇÃO DE FÉ DA IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR

Tudo aquilo que a Igreja do Evangelho Quadrangular prega e acredita está definido em sua declaração de fé. O texto dessa declaração segue abaixo, é uma forma de se compreender melhor a visão da igreja e de seus membros.

Compilada por: AIMEE SEMPLE McPHERSON, fundadora da Igreja (Internacional) do Evangelho Quadrangular. Traduzido do original DECLARATION OF FAITH por Anísio S. Dametto - Curitiba - PR. (As referências usadas são da Edição Revista e Corrigida e Revista e Atualizada).

AS SAGRADAS ESCRITURAS Cremos que a Bíblia Sagrada é a Palavra do Deus Vivo; Verdadeira, imutável, firme, inabalável, como seu autor, o Senhor Jeová; que foi escrita por santos homens do passado, conforme eram movidos pelo Espírito Santo e por Ele inspirados; que ela é uma lâmpada acesa para guiar os pés de um mundo perdido, desde as profundezas do pecado e tristeza até as elevações da honradez e da glória; um espelho claro que revela a face de um Salvador crucificado; uma linha de prumo a tornar reta a vida de cada indivíduo ou comunidade; uma afiada espada de dois gumes para convencer do pecado e maldade; um forte elo de amor e ternura para levar os arrependidos a Cristo Jesus; um bálsamo de Gilead, sob o sopro do Espírito Santo, que pode curar e vivificar todo o coração desfalecente; único sustentáculo verdadeiro da comunhão e unidades cristãs. Apelo de amor de um Deus infinitamente amantíssimo; advertência solene, trovejar distante da tempestade e da ira e retribuição que cairá sobre os desatentos; uma seta apontada para o céu; um sinal de perigo que adverte quanto ao inferno; o divino, supremo e eterno tribunal por cujos padrões todos os homens, nações, credos e argumentos serão julgados.

A DIVINDADE ETERNA Cremos que só há um Deus vivo e verdadeiro: autor do céu e da terra e tudo o que neles há; o alfa e o ômega; que sempre foi, é, e será pelos tempos sem fim, amém; que ele é infinitamente santo, poderoso, terno, amoroso e glorioso; digno de todo amor possível e honra e obediência, majestade, domínio e poder, assim agora e para sempre; e que a unidade da Divindade se constitui triplicemente em consonância perfeita para com toda a perfeição divina, executando funções distintas mas harmoniosas, no grande trabalho da redenção:

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O Pai - Cuja glória é tão inexcedivelmente brilhante que o homem mortal não pode contemplar Sua face e ainda viver, mas, cujo coração foi tão transbordante de amor e piedade pelos seus filhos perdidos e vítimas do pecado que Ele, voluntariamente, deu Seu Filho Unigênito, para redimi-los e reconciliá-los consigo mesmo. O Filho - Co-existente e Co-eterno com o Pai que, concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, assumiu a forma de homem, suportou nossos pecados, e levou nossas tristezas e, pelo derramamento de Seu precioso sangue sobre a cruz do calvário, adquiriu a redenção para todos os que n’Ele creiam; então, quebrando os grilhões da morte e do inferno levantou-se da sepultura e subiu às alturas levando cativo o cativeiro, para que, como o grande Mediador entre Deus e o homem, pudesse estar à direita do Pai intercedendo por aqueles por quem entregou a sua vida. O Espírito Santo - A terceira Pessoa da Divindade, o Espírito do Pai derramado, Onipotente, Onipresente, realizando uma missão indizivelmente importante sobre a terra, convencendo de pecado, de justiça e de juízo, levando pecadores ao Salvador, rechaçando, rogando, buscando, confortando, guiando, vivificando, glorificando, batizando e revestindo de poder do alto a todos àqueles que se entregam às suas sagradas ministrações, preparando-os para o grande dia do aparecimento do Senhor.

A QUEDA DO HOMEM Cremos que o homem foi criado à imagem de Deus, diante de quem Ele andava em santidade pureza mas que, por voluntária desobediência e transgressão, caiu da pureza e da inocência do Éden às profundezas do pecado e iniquidade, e que, em consequências disso, toda humanidade é constituída de pecadores vendidos a Satanás - pecadores não por compulsão, mas por escolha, caracterizados pela iniquidade e inteiramente desprovidos por natureza, daquela santidade exigida pela lei de Deus, decididamente inclinados ao mal, culpados e sem justificativa, justamente merecendo a condenação de um Deus justo e Santo.

O PLANO DE REDENÇÃO Cremos, que sendo nós ainda pecadores, Cristo morreu por nós - o Justo pelo injusto - espontaneamente, e por eleição do Pai, tomando o lugar de pecadores, levando seus pecados, recebendo sua condenação, morrendo sua morte, pagando inteiramente suas faltas, e assinando, com o sangue de sua vida, o perdão de todos aqueles que haveriam de n’Ele crer; que, simplesmente pela fé a aceitação da expiação adquirida no Monte do Calvário, o mais vil pecador pode ser limpo de suas iniquidades e tornado mais branco do que a neve (Is. 53:5; Tt. 2:14; Is. 55:7; Hb. 7:25; Is. 1:18).

SALVAÇÃO PELA GRAÇA Cremos que a salvação dos pecadores é inteiramente pela graça, que não temos justiça alguma ou bondade em nós mesmos, por onde procurar o divino amparo, havendo que lançarmo-nos, portando, à inabalável misericórdia e amor daquele que nos comprou e nos lavou no seu próprio sangue, clamando os méritos e a justiça de Cristo o Salvador, firmados na sua palavra e aceitando o livre dom de seu amor e perdão (Ef. 2:8; Rm, 3:10; 3:23; Is. 64:6; Jo. 6:47; Ef. 2:13; Rm. 6:23).

ARREPENDIMENTO E ACEITAÇÃO Cremos que, pelo sincero arrependimento, verdadeira tristeza pelo pecado, e verdadeira aceitação do coração para com o Senhor Jesus Cristo, aqueles que O invocam podem ser justificados pela fé, através do seu precioso sangue e que, em vez da condenação, podem obter a mais bendita paz, segurança e amparo com Deus; que, com braços abertos de perdão e misericórdia o Salvador espera para receber, em contrição não fingida e súplica por misericórdia todo arrependido que queira abrir a porta do seu coração e aceitá-lO como Senhor e Rei (I Jo. 1:9; Rm. 5:1,2; Rm. 8:1; Lc. 1:77-79; Jo. 6:37).

O NOVO NASCIMENTO Cremos que a mudança que se efetua no coração e na vida, por ocasião da conversão, é absolutamente real; que o pecador é então nascido de novo, de maneira gloriosa e transformadora tal, que as coisas velhas são passadas e tudo se faz novo; de tal modo que coisas anteriores desejadas são agora desprezadas, enquanto coisas outrora aborrecidas são agora respeitadas e sagradas; e que tendo sido agora a ele imputada a justiça do redentor e recebido do Espírito de Cristo, novos desejos, novas aspirações, novos interesses e uma nova perspectiva da vida, do tempo e da eternidade, enchem o coração lavado no sangue, de modo tal que o seu desejo se torna, agora, abertamente confessar e servir ao Mestre, sempre procurando as coisas que são de cima (Jo. 3:3; II Co. 5:17; Jo. 15:19; Gl. 2:20; Rm. 3: 24,25; Sl. 1: 1,2).

VIDA CRISTÃ DIÁRIA Cremos que, tendo sido limpos pelo precioso sangue de Jesus Cristo e, tendo recebido o testemunho do Espírito Santo na conversão, é desejo de Deus que nos santifiquemos diariamente e, nos tornemos participantes de sua santidade crescendo constantemente, cada vez mais fortes na fé, poder, oração, amor e serviço; primeiramente, como crianças desejando leite não falsificado, neste mundo; depois como homens fortes vestindo toda a armadura de Deus, marchando avante para novas conquistas em seu nome, ao abrigo do seu estandarte de sangue; vivendo sempre uma vida paciente, sóbria, não egoísta, segundo Deus, a qual representa um verdadeiro reflexo de Cristo em nós (I Ts. 4:3; 1Ts. 5:23; II Co. 7:1; Pv. 4:18; Hb. 6:1; Rm. 8:5; Is. 35:8 (I Pe. 2:2).

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BATISMO E SANTA CEIA

Cremos que o batismo nas águas, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, de acordo com o mandamento de nosso Senhor, é um sagrado sinal exterior de uma obra interior; um belo e solene símbolo a lembrar-nos de que, assim como nosso Senhor morreu sobre a cruz do Calvário, assim também contamo-nos como mortos para o pecado, e a velha natureza com ele pregada no madeiro; e que, assim como ele foi descido do madeiro e sepultado, assim nós somos sepultados com ele pelo batismo da morte - para que, assim com o Cristo foi levantado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida. Cremos na comemoração e observância da ceia do Senhor pelo sagrado uso do pão partido, um precioso tipo de Pão da vida - Jesus Cristo, cujo corpo foi partido por nós; e da seiva da videira- um maravilhoso tipo a lembrar sempre o participante, o sangue derramado pelo Salvador, que é a videira verdadeira, da qual seus filhos são as varas; que esta ordenança é como um glorioso arco-íris a transpor a amplidão do tempo entre o Calvário e a vinda do Senhor, quando no Reino do Pai ele compartilhará novamente da companhia de seus filhos, e que o servir e o receber este sagrado sacramento deve ser sempre precedido pelo mais solene exame do coração, autocrítica, perdão e amor para com todos os homens, para que ninguém participe indevidamente e beba condenação para sua própria alma (Mt. 28:19 (também At. 10:47,48, Gl. 3:27,28); Rm. 6:4 (Também Cl. 2:12; I Pe. 3:20,21; At. 22:16); At. 2:41 (Também Mt. 28:19,20); I Co. 11:26; I Co. 11:28 e II Co. 13:5).

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO Cremos que o batismo no Espírito Santo é o recebimento do prometido Consolador, em poderosa e gloriosa plenitude, a fim de revestir o crente com poder do alto; para glorificar e exaltar o Senhor Jesus; para dar uma palavra inspirada em testemunho dEle; para promover o espírito de oração, santificação e sobriedade para capacitar o indivíduo e a igreja a ganhar almas de maneira eficiente, prática, alegre, cheio do Espírito; e que, sendo esta ainda a dispensação do Espírito Santo, tem o crente todo direito de esperar o seu recebimento da mesma maneira pela qual o receberam judeus e gentios igualmente, nos dias bíblicos, conforme se encontra registrado na Palavra, de modo que possa ser dito de nós o que foi com respeito à casa de Cornélio; o Espírito Santo caiu sobre eles, no princípio, assim como em nós agora (Jo. 14:16,17; At. 1:5,8; 2:4; 8:17; 10:44-46; 19:6; I Co. 3:16)

A VIDA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO Cremos que, sendo o Espírito Santo como um vento poderoso e veemente, como línguas de chamas vivas, que podem sacudir e convulsionar comunidades inteiras para Deus, ele é, também, como uma delicada pomba, facilmente ofendido e magoado pela impiedade, frieza, vãs conversações, jactância e espírito de crítica ou julgamento, bem como pensamentos e ações que desonrem o Senhor Jesus; e que é, portanto, vontade de Deus que vivamos e andemos no Espírito, momento a momento, sob o precioso sangue do Cordeiro, a pisar respeitosa e suavemente na presença do Rei, sendo pacientes, amorosos, verdadeiros, sinceros, de oração, não murmuradores, estando a tempo e fora de tempo servindo ao Senhor ( Ef. 4:30-32; 6:18; Rm. 12:1,2; Gl. 5:16,25; I. Co. 3:17)

OS DONS E FRUTOS DO ESPÍRITO Cremos que o Espírito Santo tem os seguintes dons a serem concedidos à Igreja crente e fiel ao Senhor Jesus Cristo: a palavra de sabedoria, palavra de conhecimento fé, operação de maravilhas, dons de curar, profecia, discernimento, línguas, interpretação que, conforme o grau de graça e fé de quem os recebe, são repartidos a cada um diversamente, segundo a vontade do Espírito; que eles são dignos de serem mui avidamente desejados e buscados, na ordem e proporção em que mais sejam edificantes e benéficos à Igreja; e que o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, mansidão, bondade, benignidade, fé, temperança, deve ser manifesto, cultivado e cuidadosamente guardado como adorno resultante de uma vida cheia do Espírito e evidência constante, eloqüente e irrefutável disso (I Co. 12:1,31; I Co. 12:11; 14:12; I Co. 14:12; Rm 11:29; Rm. 12:6-8; João 15:8; Lc. 3:9).

MODERAÇÃO Cremos que a moderação do crente deve ser notória a todos os homens; que sua experiência e proceder diários jamais o levem a extremos, fanatismos, manifestações escandalosas, calúnia, murmurações; mas que, sua sóbria, experiência cristã seja de uma firme retidão, sensatez, humildade, auto-sacrifício e conforme a Cristo (Fl. 4:5; Ef. 4:14,15; I Co. 13:5; Cl. 3:12,13).

CURA DIVINA Cremos que a cura divina é o poder do Senhor Jesus Cristo para curar os enfermos e os aflitos, em resposta à oração sincera; que Ele, sendo o mesmo ontem, hoje e para sempre, jamais mudou; mas é, ainda, um auxílio plenamente suficiente na hora da dor, capaz de saciar as necessidades, vivificar o corpo, a alma e o espírito a uma novidade de vida, em resposta à fé daqueles que oram com submissão à sua vontade divina e soberana (Mt. 8:17; Mt. 9:5; Mc. 16:17,18; At. 4:30; Tg. 5:15).

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

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Cremos que a segunda vinda de Cristo é pessoal e iminente; que ele descerá do céu nas nuvens de glória com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus. E que, nesta hora, a qual ninguém sabe antecipadamente, os mortos em Cristo se levantarão, e os remidos que estiverem vivos serão levados acima, junto com eles, nas nuvens a encontrar o Senhor nos ares, para estarem sempre com o Senhor. E, vendo nós também, que mil anos são como um dia para o Senhor, e que ninguém sabe a hora do seu aparecimento, o qual cremos estar iminente, cada dia deve ser vivido como se Ele fosse esperado aparecer antes de findar o dia. Todavia, em obediência à sua ordem categórica "trabalhai até que eu venha", a obra de propagação do Evangelho, o envio de missionários e as obrigações gerais para a edificação da igreja devem ser promovidas tão ampla e diligentemente como se nem a nossa geração nem a vindoura fosse viver em carne para que pudesse ver aquele glorioso dia (I Ts. 4:16,17; Tt. 2:12,13; Mt. 24:36,42,44; Hb. 9:28; Lc. 19:13; Lc. 12:35-37).

RELAÇÕES PARA COM A IGREJA Cremos que, tendo aceitado o Senhor Jesus Cristo como Salvador pessoal e Rei, e tendo assim nascido na família e no corpo invisível da Igreja do Senhor, é sagrado dever do crente, quanto esteja em seu poder, identificar-se com a visível Igreja de Cristo sobre a terra, e trabalhar com o maior entusiasmo pela edificação do Reino de Deus; e que essa Igreja visível é uma congregação de crentes que se tem associado entre si, em cristã comunhão e na unidade do Espírito, a observar as ordenanças de Cristo, adorando-O na beleza da santidade, falando uns aos outros em salmos e hinos e cânticos espirituais, lendo e proclamando sua palavra, trabalhando pela salvação das almas dando dos seus meios temporais para promover a sua obra, edificando, encorajando; exortando uns aos outros na mais santa fé e trabalhando harmoniosamente juntos, como filhos diletos que, embora muitos, são um só corpo, do qual Cristo é o cabeça (Sl. 111:1; Hb. 10:24,25; At. 16:5; At. 2:47; Rm. 12:5 (Também ver Rm. 12:6,7,8); Mt. 3:16,17).

GOVERNO CIVIL Cremos que o governo civil é de indicação divina, para a promoção da boa ordem na sociedade humana e dos interesses da mesma; e que se deva orar pelos governantes e administradores, devendo eles ser obedecidos e apoiados em todo tempo exceto, somente, nas coisas contrárias à vontade de nosso Jesus Cristo, o qual é soberano da consciência do seu povo, Rei dos reis, e Senhor dos Senhores (Rm. 13:13. (Também Dt. 16:18; IISm. 23:3; Ex. 18:21-23; Jr. 30:21); Mt. 10:28 (Também Dn. 3:15-18; 6:7-10; At. 4:18-20); Mt. 23:10; Ap. 19:16. (Também Sl. 72:11; Sl. 2; Rm. 14:9-13).

O JUÍZO FINAL Cremos que os mortos, tanto humildes como poderosos, serão ressuscitados e estarão como os vivos perante o trono de julgamento de Deus; e que, aí, uma solene e terrível separação se dará, em que os maus serão condenados à punição eterna e os justos à vida eterna; e que esse julgamento estabelecerá para sempre o estado final dos homens, no céu ou no inferno, em princípios de justiça, conforme é manifesto na Sua santa Palavra (IICo. 5:10; Mt. 13:41-43, Hb. 9:27)

O CÉU Cremos que o céu é a habitação indescritivelmente gloriosa do Deus vivo; e que para lá foi o Senhor a fim de preparar um lugar para seus filhos; que, para que essa cidade quadrangular, cujo construtor e realizador é Deus, os crentes mais fervorosos, que lavaram suas vestiduras no sangue do Cordeiro e venceram pela espada do seu testemunho, serão levados; que o Senhor Jesus Cristo os apresentará ao Pai, sem manchas ou tristezas; e que lá, em alegria indizível eles contemplarão, para sempre, sua face maravilhosa, num reino eterno onde não há trevas, nem há necessidade de luz, nem tristeza, nem lágrimas, nem dor, nem morte, mas hostes de anjos servidores dedilham suas harpas, cantam os louvores do nosso Rei e, reverenciando perante o trono, proclamam: "Santo, Santo, Santo" (I Co. 2:9; João 14:2; Ap. 22:4; Ap. 21:4; Ap. 7:15-17).

O INFERNO Cremos que o inferno é um lugar de trevas exteriores e da mais profunda tristeza, onde o verme não morre e o fogo não se apaga; um lugar preparado para o Diabo e seus anjos, onde haverá choro e pranto e ranger de dentes, lugar de amargura e eterno arrependimento por parte daqueles que rejeitaram a misericórdia, o amor e a ternura do Salvador crucificado, escolhendo a morte em vez da vida; e que ali, em um lago que queima com fogo e enxofre serão lançados os descrentes, os abomináveis, os criminosos, os feiticeiros, os idólatras, os mentirosos, e os que rejeitaram e desprezaram o amor e sacrifício de um Redentor banhado em sangue, deixando atrás a cruz para sua perdição, apesar de toda instância e advertência do Espírito Santo (Mt. 13:41-42; Ap. 20:10,15; Ap. 14:10,11; Mt. 25:41; Mc. 9:43,44.5; Ez. 33:11).

EVANGELISMO Cremos que, à vista do fato de que todo o presente estado de coisas passará, e que o fim de todas as coisas é iminente, os filhos remidos do Senhor Jeová devem levantar-se e brilhar como uma luz que não pode ser escondida, uma cidade edificada sobre um monte, espargindo o evangelho aos confins da terra, cingindo o globo com a mensagem da salvação, declarando com zelo e entusiasmo ardentes todo o conselho de Deus; que, quando o Senhor da glória aparecer, eles serão achados de pé, tendo seus lombos cingidos com a verdade, suas

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atividades e seus mistérios ricamente compensados com a abundância de jóias que ganharam e guardaram para ele - as almas preciosas - conduzidas das trevas para a luz, através do instrumento de seu fiel testemunho; que ao ganhar almas é a atividade por excelência da igreja sobre a terra; e que, portanto, toda opressão ou embaraço que vise a extinguir a chama ou prejudicar a eficiência na pregação mundial do evangelho, deve ser eliminada e não admitida, como indigna da igreja, prejudicial á sacratíssima causa de Cristo e contrária à grande comissão do Senhor (II Tm. 4:1,2; Ef. 5:16; Pv. 11:30; Tg. 5:20; Ez. 3:17,18; Jo. 4:35-37).

DÍZIMOS E OFERTAS Cremos que o método estabelecido por Deus para manter o seu ministério e promover a propagação do evangelho, conforme sua ordem é o dízimo, o qual é acatado por nossas igrejas internacionalmente, não só como sendo o método de Deus para prover quanto às necessidades materiais e financeiras da sua igreja, mas, para soerguer a moral espiritual do seu povo de tal sorte que Deus haja por força abençoá-los. Somos ordenados em Ml. 3:10: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, depois, fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas dos céus e não derramar sobre vós uma bênção tal que dela vos advenha a maior abastança. " No tocante a "dar" e "ofertas voluntárias" é ordenado pelo Senhor e praticado em todas as nossas igrejas, internacionalmente, como parte do plano de Deus para atender às necessidades materiais da igreja e satisfazer a espiritualidade do seu povo. Somos admoestados em Lucas 6:38 - "Daí, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos deleitarão no vosso regaço, porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo". Sendo co-herdeiro com ele, sabemos que dar para o seu reino - que é, também, nosso - é algo agradável, sendo mais abençoado dar do que receber, pois somos ordenados em II Co. 9:7 - "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria."

7ª AULA

O CARÁTER CRISTÃO TEXTO BÍBLICO. Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. (Efésios 4.12-13) INTRODUÇÃO Vivemos numa época em que os valores estão sendo descartados dia-a-dia. A sociedade tem andado num ritmo acelerado de inversão de valores a ponto de não nos espantarmos mais com a infinidade de absurdos que nos são comunicados. O mundo tenta impor, através de uma diversos meios, que Deus, a família, a igreja, o bom caráter e a moral não são relevantes ou necessários. Nesta sociedade relativista, o valor absoluto das coisas se perdeu, e cada qual cria seu próprio mundo, sua própria cosmovisão. Desta forma, os valores que o cristianismo apregoa são considerados por muitos como falidos e ultrapassados. Valores estranhos que outrora não faziam parte da realidade da igreja passam a ser tolerados. A igreja que antes era caracterizada por andar na contramão dos valores materialistas tem se deixado levar por modismos e novidades que passam a moldar seu “novo” jeito de ser. Neste ritmo, já não podemos brilhar como luz do mundo e nem temperar como sal da terra. Neste ritmo, a moral e o bom caráter não têm um valor tão intenso como deveria ter. Não importa se a igreja faz a diferença no meio em que está inserida, em sua comunidade, mas o que importa é ser numérica, mesmo que não tenha qualidade. O objetivo com este estudo é definir e apresentar uma proposta para trazer para a aplicação pessoal a essência do caráter cristão, entendendo como ele é formado, quais são seus valores, suas virtudes. Veremos como isso faz toda diferença. DEFINIÇÃO DE CARÁTER Segundo o Dicionário Aurélio, caráter é definido por: “qualidade inerente a uma pessoa, animal ou coisa; o que os distingue de outra pessoa, animal ou coisa; o conjunto dos traços particulares, o modo de ser de um indivíduo, ou de um grupo; índole, natureza, temperamento”. O significado literal do termo grego charaktēr é “estampa”, “impressão”, “gravação”, “sinal”, “marca” ou “reprodução exata”. Caráter é algo que vai sendo formado e impresso com o tempo em nosso interior, uma verdadeira marca. O caráter de cada qual não é formado do dia para noite. É um processo gradual que está relacionado a um amplo conjunto de fatores que influenciam na formação de cada um. Meios como TV, internet, família, religião, infância, desprazeres, decepções, alegrias, enfim, uma gama variada de fatores influencia na formação do caráter de cada indivíduo. Desde o berço. O CARÁTER CRISTÃO – FORMAÇÃO, INFLUÊNCIAS E VIRTUDES Assim como o caráter de cada indivíduo é formado desde o berço, nosso caráter cristão também passa a ser moldado desde o primeiro passo de nossa caminhada com Cristo (Jo 1.12; 3.3). Os valores do Reino de Deus

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passam a ser impressos em nós, para que verdadeiramente possamos ser seguidores de Jesus Cristo genuinamente. Deus usa de muitos meios e formas para que o caráter de seus filhos seja formado, mas sem dúvida alguma, o principal fator de influência é o agir da Palavra dEle na vida de cada um, bem como o consolo e direção que o Espírito Santo dá aos Seus (Ef 1.13). Afinal, o que pode ser considerado como um caráter cristão? Podemos relacionar alguns pontos, que evidentemente, não serão os únicos: 1) Não se trata apenas de bons valores morais: Apesar do cristianismo carregar implicitamente um forte viés moral – pois a Bíblia nos dá parâmetros morais – o caráter cristão não está repousando apenas sobre o fato de ser “bom”. A boa moral está contida, mas de modo algum é o todo. Cada um de nós pode dar exemplos de pessoas que confessam ser cristãs, mas que não são bons exemplos de conduta digna, bem como pessoas não-cristãs que são cidadãos de bem. 2) O cristão genuinamente bíblico admite suas falhas: Cada um de nós, sem exceção, é um pecador (Rm 3.23). Todos temos o pecado dentro de nós, e isso produz limitações e conseqüentemente falhas. A virtude do cristão de caráter é ser transparente, é ter dignidade suficiente para admitir que é limitado e que depende completamente da misericórdia e graça do Senhor. 3) O caráter moldado cria controle: Quando nosso caráter entra em fase de maturidade, conseguiremos controlar situações que de algum modo podem manchar a marca de Jesus em nós, afetando nosso testemunho cristão. Neste ponto de plenitude, não haverá espaço para amargura, ira, discórdia, egoísmo, arrogância, discussões, facções. Apesar de – eventualmente – tais coisas ocorrerem, precisam ser enfrentadas e enfraquecidas. Nosso ser por completo, mente, atitude, palavras, precisa ser um meio de culto e adoração permanente (Mc 12.30; Gl 5.22). Com tal caráter formado em nós, passaremos a frutificar em atitudes que atestam que somos de Deus e temos Sua Palavra em nossas vidas. Passamos a frutificar em virtudes, como:

Pureza - vida separada – santificação – para o Senhor. Uma vida distinta num mundo corrupto (Fp 4.8). Uma vida que aborrece até a roupa contaminada pela carne (Jd.v.23), a pornografia, a masturbação etc.

Imparcialidade - trataremos a todos – seja quem for – de modo único, sem acepção de pessoas. Seremos justos com as pessoas, independente de afinidade, sejam amigos, parentes, irmãos, parceiros de caminhada (1Ts 5.15).

Sem fingimento - é prezar pela verdade. Não existe espaço para máscaras e ânimo duplo (1Pe 2.1; Tg 4.8).

Humildade - ninguém é auto-suficiente. Vaidade e soberba não devem encontrar espaço no coração do cristão; tais coisas devem ser banidas de nosso meio! Somos um corpo e dependemos uns dos outros (Mt 5.3).

Mansidão - serenidade. Ser manso, não permitindo que disputas e discórdias tomem conta. Gentil, sensível e paciente com todos (Mt 5.5).

Misericórdia - compaixão pela dor, “pela miséria do coração” alheio. Entender que nosso próximo pode passar por lutas, dores, infelicidades extremas. Experimentar e participar do sofrimento alheio (Mt 5.7)

Coração puro - ser livre de impurezas no altar – no coração. Relacionamento constante com Deus e com a Sua presença, nos limpando genuinamente daquilo que nos separa dEle (Mt 5.8).

O modelo supremo de caráter – fonte de inspiração Nosso modelo supremo de formação de caráter é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Ele deve ser nosso alvo, razão, adoração, modelo, tudo! Afirmar que somos cristãos é carregar nos ombros a responsabilidade de sermos seguidores e praticantes dos ensinos do Mestre. Ter um modelo é fundamental na formação do caráter, e para formação do caráter cristão, o modelo do Senhor nos leva a amá-Lo, admirá-Lo, imitá-Lo, segui-Lo. Ele nos faz dia-a-dia ver que podemos aplicar viver e frutificar em tudo que vimos acima. Que possamos afirmar, assim como Paulo que somos imitadores de Jesus (1Co 11.1). Para tal, devemos: - Conhecer o Filho de Deus | Buscar, estar em pura intimidade com o mestre e o auxílio do Consolador (Ef 4.13; Jo 15.5; 26-27; 1Jo 1.1-3). O testemunho da Palavra e do Espírito Santo nos levam a conhecer e ter intimidade com Ele. - Submeter-se ao senhorio de Jesus | Rm 10.8-9 – estar submetido completamente ao governo e autoridade de Cristo sobre nós. Não basta reconhecer e ter Jesus como Salvador, mas sim estar submisso a Seu senhorio. - Obediência irrestrita | A época em que vivemos tem ressaltado cada vez mais que o ser humano vive em rebeldia contra Deus e Sua Palavra. Jesus nos mostrou que a obediência ao Pai deve ser praticada (Fp 2.8). - Negar a si mesmo | Matar nossa carne e viver para ele; o negar a si mesmo é um verdadeiro atestado de compromisso com o Reino. Jesus serviu e não foi servido. Adoramos ao Senhor de modo especial quando estamos negando ao nosso ego e mortificando nossa vontade, deixando que Ele viva em nós (Gl 2.20). CONCLUSÃO. Que possamos caminhar moldando nosso caráter de glória em glória (2Co 3.18) e que isso seja como aroma suave subindo à presença de Deus. Um verdadeiro meio de adoração