apostila crisma stº andré

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal

Matriz Imaculada Conceio

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal SUMRIO:Mensagem do Cardeal Apresentao pgina3 O Catecumenato crismal ...............................................................................................................................3 Estrutura da Iniciao dos Adultos .................................................................................................................3 Orientaes gerais .........................................................................................................................................4 Sobre a escolha dos padrinhos ......................................................................................................................4 pgina1

- A Verdade sobre o homem 1- A Histria da Salvao Bblia ...........................................................................................................5 e a

1.1- Aliana e Pscoa ....................................................................................................................................5 1.2- Campanha da fraternidade......................................................................................................................8 1.3- Bblia .......................................................................................................................................... ...........9 1.4- Prtica semanal ....................................................................................................................................21 2A Conscincia Moral e os Deus ...............................................................22 10 Mandamentos da Lei de

2.1Mandamentos ..................................................................................................................................... ...22 2.2Prticas semanais ................................................................................................................................24

- A Verdade sobre o Jesus Cristo 3- A vida de Jesus Cristo ..........................................................................................................................25 3.1Deus .................................................................................................................................................... 25 3.1.1- A existncia ......................................................................................................................................25 3.1.2- A essncia ........................................................................................................................................26 3.1.3- Os atributos ......................................................................................................................................26

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal3.2- Jesus Cristo ....................................................................................................................................... 27 3.2.1- O estilo do ensinamento de Jesus ...................................................................................................27 3.2.2- Os principais ensinamentos .............................................................................................................27 3.2.3- Seguir Jesus: O preo ......................................................................................................................28 3.3- Santssima Trindade ............................................................................................................................29 3.3.1- O dogma da Santssima Trindade ....................................................................................................29 3.4- Prticas semanais ...............................................................................................................................29 4- Morte e Ressurreio de Jesus Cristo ..................................................................................................30 4.1 Prtica Semanal .................................................................................................................................37 5- A Promessa do Dom do Esprito Santo: Pentecostes e o nascimento da Igreja ..................................37 5.1 Pentecostes: Dia da efuso do Esprito Santo ...................................................................................37 5.2 Pentecostes: dia da plena revelao da trindade ..............................................................................39 5.3 Prtica semanal .................................................................................................................................39

- A Verdade sobre a Igreja 6- A histria da Igreja ................................................................................................................................40 7- A misso da Igreja ................................................................................................................................41 8- Doutrina Social da Igreja ......................................................................................................................41 9- Como a Igreja se organiza e nossa igreja local ....................................................................................48 10- Os Sacramentos da Igreja ....................................................................................................................50 10.1 Eucaristia: raiz, cume e centro da vida crist ...................................................................................52 10.2 Prtica semanal ...............................................................................................................................52

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal11- Liturgia ............................................................................................................................................ ......53 11.1 A Santa Missa ..................................................................................................................................53 11.2 Ano Litrgico.....................................................................................................................................58 11.3 - Prtica semanal ................................................................................................................................59 12- Maria: me e modelo da Igreja ............................................................................................................59 12.1- Prtica Semanal..................................................................................................................................61

- A Verdade sobre a Crisma 13- O sacramento Confirmao .............................................................................................................62 14- Os dons do Santo ....................................................................................................................63 15- Os frutos do Santo ...................................................................................................................64 da Esprito Esprito no

16- A liturgia sacramento .......................................................................................................................66

Mensagem do Cardeal Dom Euzbio Oscar Sheid, scj (29/05/2007)

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato

O Esprito Santo, presena divina em nsFoi Jesus quem nos revelou o Esprito Santo, isto , tirou o vu que O encobria, nas aluses da Antiga Aliana, desde o momento da Criao. Jesus deixou esta revelao para a ltima Ceia, durante o encontro definitivo com os Apstolos, sob a forma de uma promessa, (cf. Jo 14,16-17.26 ; 15,26 ; 16,7-15), que seria confirmada aps a glria da Ressurreio (cf. Jo 20,22-23), e cumprida em Pentecostes (cf. At 2,1-13). Quando nos fala do divino Esprito Santo, Jesus no-lo apresenta como nosso advogado (Parclito), palavra grega que significa Aquele que assenta ao lado; em latim, o termo Assistere. O Esprito Santo o assistente, que nos orienta e nos anima ao fiel cumprimento da vontade do Pai. Fazendo uma analogia, poderamos dizer que Ele age como bssola, instrumento de orientao para os navegantes, indicando o rumo, o norte. Da o verbo nortear, que define a influncia do Esprito Santo em ns, para atinarmos com o sentido da nossa vida, do nosso trabalho, e da nossa misso. O Esprito Santo atuou sobre os que foram incumbidos por Deus de misses especiais junto a Israel, como os patriarcas, juzes e profetas. Fecundou Maria, na Encarnao do Verbo, como Amor eterno, e inspirou a vocao dos apstolos e discpulos de Jesus. Enfim, agiu, de maneira toda particular, sobre os hagigrafos, isto , os escritores dos textos bblicos, de modo que eles registrassem as verdades da f, para as futuras geraes. Da mesma forma, suscitou os Santos Padres, nos primeiros sculos da Igreja. Eles se tornaram a ponte entre a Sagrada Escritura e a evoluo da Teologia Sistemtica posterior. Esta a cincia da f, baseada sempre na Sagrada Escritura, vivenciada pela Tradio, e fielmente guardada pelo Magistrio eclesial. A imagem mais perfeita que os Santos Padres nos do do Esprito Santo a do Artista, para o qual o autor como um instrumento, apto a executar as suas inspiraes. Pensemos, por exemplo, na harpa, da qual gosto muito. Ela pode at vibrar, ao som de outros instrumentos, mas , em si, muda. Quem a dedilha, criando toda aquela beleza de melodias, que ultrapassam a inteligncia humana, o Artista, o prprio Esprito Santo. Esta uma das maneiras de ns entendermos a sua ao, tambm em ns. Podemos encontrar uma profunda reflexo sobre a Trindade, na trilogia de encclicas escritas pelo Papa Joo Paulo II, e que so, praticamente, a base do seu magistrio. A primeira, Redemptor Hominis (1979), dedicada a Jesus Cristo, Redentor do homem, centro do cosmos e da histria; a segunda, Dives in Misericordia (1980), sobre Deus-Pai rico em misericrdia; e a terceira, Dominum et Vivificantem (1986), sobre o Esprito Santo na vida da Igreja e do mundo. Neste ltimo texto, interessante notar que o Papa fala de uma renovao da vida interior, um novo ardor. Segundo os Atos dos Apstolos, o Esprito Santo veio, sobre a comunidade reunida, como chamas de fogo, que pairavam sobre eles e os penetravam (cf. At 2,3). Os discpulos de Emas somente reconheceram Jesus pela Palavra, que lhes abrasou o corao, e pelo partir do Po (cf. Lc 24,30-32). Portanto, este ardor a renovada alegria da intimidade com Deus, que estimula a prosseguirmos no anncio da Boa Nova. Como ensina o Papa Joo Paulo II: Em muitas pessoas e em muitas comunidades amadurece a conscincia de que, mesmo com todo o progresso vertiginoso da civilizao tcnico-cientfica e no obstante as reais conquistas e as metas alcanadas, o homem est ameaado, a humanidade est ameaada. Diante deste perigo, e mais ainda ao experimentar a inquietude perante uma real decadncia espiritual do homem, pessoas individualmente e comunidades inteiras, como que guiados por um sentido interior da f, buscam a fora capaz de erguer de novo o homem, de o salvar de si mesmo, dos seus prprios erros e das iluses que tornam nocivas, muitas vezes, as suas prprias conquistas. E assim descobrem a orao, na qual se manifesta o Esprito que vem em auxlio da nossa fraqueza. Deste modo, os tempos em que vivemos aproximam do Esprito Santo muitas pessoas, que retornam orao (DeV n65). O intelecto humano aberto verdade, assim como a vontade apetece o bem. Entretanto, captamos as coisas de forma limitada, e o herosmo de nossos ideais esbarra na fraqueza de nossas iniciativas. O Esprito Santo vem em nosso auxlio, como dynamis, fora, para nos alentar, iluminando o intelecto e reforando a vontade enfraquecida, aps o pecado das origens. Todo nimo inovador, audcia espiritual ou entusiasmo juvenil devemos ao do Esprito Santo, bem ntima a ns e, ao mesmo tempo, presente na Igreja. Ele que nos incita inovao nos mtodos de apresentar o Evangelho como, por exemplo, o emprego frutuoso dos meios de comunicao social. Inspira-nos expresses novas, uma linguagem apropriada, em estilo atual, que transmita, ao mais variados grupos humanos, a autntica mensagem da Salvao universal em Cristo.

crismal

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismalO Esprito de Amor que harmoniza as nossas comunidades. As divises, decorrentes das barreiras na comunicao, simbolizadas no episdio da torre de Babel (cf. Gn 11,1-9), so sanadas pelo Dom da Unidade, prprio de Pentecostes. Mesmo que desdobrada em inumerveis idiomas, a linguagem do Amor universal, e a nica apta a penetrar os coraes. Uma analogia que expressa, claramente, a unidade a do Corpo da Igreja, no qual cada membro exerce a sua funo, dentro do contexto de um organismo operante. O corpo humano, segundo So Paulo, o grande exemplo. Nossos rgos e membros funcionam numa complementaridade harmoniosa, dentro do conjunto (cf. 1Cor 12,4-30). Quem aciona esta engrenagem perfeita o divino Esprito Santo. Peamos, sempre, ao Pai e a Jesus Cristo, o Esprito Santo. No precisamos de frmulas. A melhor maneira de faz-lo nos apresentarmos de mos vazias, reconhecendo nossa carncia e incapacidade de nos preenchermos dos bens eternos. Deus, certamente, no deixar de nos atender, pois se ns, sendo maus, sabemos dar boas coisas a nossos filhos, quanto mais o nosso Pai celestial dar o Esprito Santo aos que lho pedirem(cf.Lc11,13).

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Apresentao1.1 O Catecumenato crismal: A confirmao aperfeioa a graa batismal, o sacramento que d o Esprito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiao divina, incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais slida a nossa vinculao com a Igreja, associar-nos mais sua misso e ajudar-nos a dar testemunho da f crist pela palavra, acompanhada das obras (Catecismo da Igreja Catlica 1316) O amor de Deus foi derramado em nossos coraes, pelo Dom do Esprito Santo, no dia do nosso batismo e revigorado no dia da celebrao da confirmao. com muita alegria que demos incio ao Catecumenato Crismal! Saiba que vocs so escolhidos de Deus! E, voc ao aceitar este convite, disse sim ao chamado de Deus. No entanto, o seu sim se estende ao compromisso e respeito a tudo o que Jesus tem a oferecer nesta catequese, atravs de pessoas que sero instrumentos em suas mo. Ser cristo aderir consciente e livremente a Cristo, vivendo na prpria vida, individual e social, as conseqncias desta adeso. Ser Cristo comprometer-se com o evangelho e a sociedade, ser coerente, procurar promover em si e nos outros, todos os valores humanos, iluminados pelo evangelho. Proclamar as realidades do reino exige muito! Ser que o Cristo pode deixar de aceitar uma misso a que foi chamado no dia do Batismo? A estrada longa! Mas, no podemos desanimar. A crisma nos prepara para a luta, nos encoraja e d esperana. O 10 Plano de Pastoral de Conjunto da Arquidiocese do Rio de Janeiro, no qual todos ns fomos e estamos sendo solicitados a trabalhar, em consonncia com toda a Igreja no Brasil, mostra a preocupao com a formao crist dos adultos, ou seja, com aquelas pessoas que formam as nossas comunidades de f. Assim, em nossa parquia, a catequese adotou no ano de 2007 a metodologia do Ritual de Iniciao Crist de Adultos - RICA, para o desenvolvimento do trabalho. O corao do RICA o Catecumenato. Nele consta a Teologia da Iniciao Crist e suas diferentes etapas, e as celebraes significativas de entrada no Catecumenato. A restaurao do Catecumenato, possibilita uma autntica experincia Crist em sua integridade. A formao compreendida como um itinerrio espiritual de passagem do velho homem para o novo. 1.2 Estrutura da Iniciao dos Adultos: A iniciao dos catecmenos processa-se gradativamente no seio da comunidade dos fiis que, refletindo com os catecmenos sobre a excelncia do mistrio pascal e renovando sua prpria converso, os induzem pelo seu exemplo a obedecer com maior generosidade aos apelos do Esprito Santo.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal O Rito de iniciao se adapta ao itinerrio espiritual dos adultos que varia segundo a multiforme graa de Deus, a livre cooperao dos mesmos, a ao da Igreja e as circunstncias de tempo e lugar. Nesse itinerrio, (...) h etapas ou passos, pelos quais o catecmeno, ao caminhar, como que atravessa uma porta ou sobe um degrau. Verifica-se a primeira etapa quando, aproximando-se de uma converso inicial, quer tornar-se cristo e recebido como catecmeno pela Igreja. A segunda, quando, j introduzido na f e estando a terminar o catecumenato, admitido a uma preparao mais intensiva para os sacramentos. A terceira quando, concluda a preparao espiritual, recebe os sacramentos de iniciao crist. As etapas conduzem aos tempos de informao e amadurecimento; O primeiro tempo: consagrado evangelizao e ao pr-catecumenato, encerrandose com o ingresso na ordem dos catecmenos. O segundo tempo: dedicado catequese e aos ritos anexos, terminando no dia da eleio. O terceiro tempo: assinalado pela purificao e pela iluminao. Coincide com a preparao quaresmal para as solenidades pascais e os sacramentos. O ltimo tempo, que dura todo o perodo pascal, consagrado mistagogia, isto , aquisio de experincias e de resultados positivos, assim como ao aprofundamento das relaes com a comunidade dos fiis. So, portanto, quatro os tempos sucessivos: o de pr-catecumenato caracterizado pela primeira evangelizao; o do catecumenato, destinado catequese completa; o da purificao e iluminao, destinado a mais intensa preparao espiritual; e o da mistagogia, assinalado pela nova experincia dos sacramentos e da comunidade. No h um tempo definido para o catecumenato, cada um necessita de um tempo para amadurecer na f.! 1.3 Orientaes gerais: Para alcanar seus objetivos, necessrio presena nos encontros. Lembrese: Ser Crismado ser comprometido na F. imprescindvel o comprometimento com o horrio. Lembre-se: existe algum esperando por voc. Buscando maior integrao e vivncia na f, durante a catequese, haver momentos de partilha, vivncia externa e Retiros. Lembre-se que sua presena muito importante! O catecmeno que possuir situao matrimonial irregular, deve regularizar a situao antes de receber o sacramento. 1.4 Sobre a escolha dos padrinhos: Deve-se seguir as normas do Cdigo de Direito Cannico. Ao padrinho/madrinha, cabe cuidar que o crismando se comporte como verdadeira testemunha de Cristo e cumpra com fidelidade as obrigaes inerentes a este sacramento.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal O can.892, coloca que enquanto possvel assista ao confirmando um padrinho. Isto significa que no h uma obrigatoriedade da presena do padrinho na Crisma. Para ser padrinho preciso preencher as seguintes condies:

Ter mais de dezesseis anos; Ser Catlico, crismado, j ter recebido o Santssimo Sacramento da Eucaristia e que leve uma vida de acordo com a f e o encargo que vai assumir; No tenha sido atingido por nenhuma pena cannica; Que no seja pai / me ou namorado(a) do crismando, conveniente que se assuma como padrinho de Crisma o mesmo que assumiu esse compromisso no Batismo. possvel, porm, escolher outro padrinho/madrinha de crisma,, sobretudo no caso em que os padrinhos de Batismo no estejam em condies de ser exemplos de f para o crismando.

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A verdade sobre o homem1 - Histria da Salvao e a Bblia (Antiga Aliana)1.1 Aliana e Pscoa O mistrio pascal considerado o fato primordial da nossa f e o centro de todas as celebraes litrgicas crists. Cristo que morreu e ressuscitou para nos mostrar que o Reino de Deus pregado por Ele est presente e vivo entre ns. Para entendermos a Pscoa crist, vamos, sinteticamente buscar sua origem na festa judaica de mesmo nome. O Ritual da Pscoa judaica apresentado no Livro do xodo (Ex 12,1-28). Por esta festa, a mais importante do calendrio judaico, o povo celebra o fato histrico de sua libertao da escravido do Egito acontecido h milhares de anos, cujo protagonista principal deste evento foi Moiss comandando o povo pelo Mar Vermelho e Deserto do Sinai. O evento xodo/Sinai compreende a libertao do Egito, a caminhada pelo deserto e a aliana no monte Sinai (sintetizado nos dez mandamentos dado a Moiss). De evento histrico se torna evento de F. A passagem do Mar Vermelho foi lembrada como Pscoa (Pscoa=passagem) e ficou como um marco na histria do povo hebreu. Nos anos seguintes ela sempre foi comemorada com um rito todo particular. Todo ano, na noite de lua cheia de primavera, os hebreus celebravam a Pscoa com o sacrifcio do cordeiro e o uso dos pes zimos (sem fermento), conforme a ordem recebida por Moiss . Era uma viglia para lembrar a viglia libertadora da sada do Egito (forma pela qual tal fato era passado de gerao em gerao - Ex 12,42; 13,2.8ss). Essa celebrao ganhou tambm dimenso futura, com o tempo. E quando novamente dominados por estrangeiros, celebravam a Pscoa lembrando o passado, mas pensando no futuro, com esperana de uma nova libertao, ltima e definitiva, quando toda escravido seria vencida, e haveria o comeo de um mundo novo h muito tempo prometido. A celebrao da Pscoa reunia 3 realidades distintas:

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Uma realidade do passado: o acontecimento histrico da libertao do Egito quando Israel tornou-se o povo de Deus; Uma realidade do presente: a memria ritual (=celebrao) do fato passado levava o israelita a ter conscincia de ser um libertado de Jav (=Deus), no somente os antepassados, mas o sujeito de hoje (Dt 5,4ss); Uma realidade futura: a libertao do Egito era smbolo de uma futura e definitiva libertao do povo de toda a escravido. Libertao esta que seria a nova Pscoa, marcando o fim de uma situao de pecado e o comeo de uma nova era. Jesus oferecendo o seu corpo o sangue assume o duplo sentido da pscoa judaica: sentido de libertao e aliana. E ao celebrar a Pscoa (Mt 26,1-2.17-20), Ele institui a Nova Pscoa, a Pscoa da libertao total do mal, do pecado e da morte numa aliana de amor de Deus com a humanidade. A nova pscoa no era uma libertao poltica do poder dos romanos, como os judeus esperavam. Poucos entenderam que o Reio de Deus transcende o aspecto poltico, histrico e geogrfico. Hoje ao celebrarmos a Pscoa, no o fazemos com sacrifcio do cordeiro e alimentado-nos com pes sem fermento, pois Cristo se deu em sacrifcio uma vez por todas (Jo 1,29; 1Cor 5,7; Ef 5,2; Hb 5,9), como cordeiro pascal como prova e para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime. Hoje, em cada Eucaristia, celebramos esse mistrio pascal e na festa da Pscoa, propriamente dita, no s relembramos a presena constante de Deus nos fatos marcantes da histria, mas sobretudo a concretizao histrica da promessa divina de libertao plena e eterna de todo tipo de mal que aflige o ser humano. Cristo foi e a vtima deste sacrifcio e a realizao dessas promessas. E assim como aconteceu com Cristo, tambm em ns ir se realizar, se crermos e optarmos por seu Reino. Semana Santa Examinando os dias da celebrao da paixo, morte e ressurreio do Senhor, percebemos que so ncleos das celebraes e constituem o que chamamos de Semana Santa. Podemos compreender que o sentido e a teologia desta semana est no encontro com o Cristo-Ressuscitado: nas celebraes religiosas so a recordao dos ltimos acontecimentos da vida terrestre de Jesus de Nazar. Cada dia da semana um fato a ser recordado e atualizado. A liturgia da Semana Santa no um jogo de representao teatral, mas atualiza sempre o nico Mistrio Pascal. Domingo de Ramos No Sculo IV, j encontramos em Jerusalm notcias sobre uma celebrao que procurava recordar o mais exatamente possvel a entrada de Jesus de Nazar em Jerusalm. Neste dia celebramos a entrada do Senhor em Jerusalm, para realizar o seu mistrio pascal. O povo o reconhece como Rei e Redentor, Servo do Senhor para salvar a todos. Quinta-feira Santa

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Cada ano pela manh, o bispo se rene com todos os padres e com o povo para benzer os leos usados nos sacramentos: leo dos catecmenos, usado antes do batismo; leo do crisma, usado depois do batismo, na crisma na ordenao de padres e na sagrao dos bispos e tambm na dedicao de igrejas e altares; leo dos enfermos, usado no sacramento da Uno dos Enfermos. O leo sinal da beno divina. Sinal do Esprito de Deus. noite com a Missa de 5 Feira Santa, iniciamos o Trduo Pascal que termina com as vsperas no Domingo de Pscoa. O ponto alto se encontra na Viglia Pascal, onde sacramentalmente celebramos a ressurreio de Cristo. Ele se entrega por ns nos sinais simblico-sacramentais da Orao Eucarstica. A grande ao de graas, a comunho no po e no vinho. Celebrar a Ceia do Senhor na noite da Quinta-feira Santa proclamar o mistrio da Cruz de Cristo no qual reside a nossa glria. participar da Pscoa da ceia. sentar junto com Jesus para celebrar a Pscoa do seu povo.

Sexta-feira Santa Lembramos o dia em que o esposo foi tirado. cantar a ao de graas pela doao da sua vida a ns. E pela vitria da ressurreio que o Pai lhe deu. Celebrando esta Pscoa da cruz, recebemos fora para sermos fiis a nossa misso, confiantes na vitria que o Pai nos d. Sbado Santo o dia do grande silncio. Cristo desce manso dos mortos. dia de recolhimento na paz e na espera. Viglia Pascal celebrar a me de todas as viglias, noite santa na qual renascemos. celebrar, em plena escurido, o resplendor de uma luz que no se apaga. beber com alegria da gua da vida, renovando os nossos compromissos batismais e batizando na vida nova de Cristo novos membros de nossas comunidades. Domingo de Pscoa Este o dia que o Senhor fez. Alegremo-nos e nele fiquemos felizes (Sl 118). A ao libertadora do Senhor acontece cada dia do ano e em toda a nossa vida, mas ns a celebramos com mais intensidade no tempo pascal. Cinqenta dias celebrados como um grande Domingo. 12

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Liturgia da Semana Santa A liturgia do Sbado Santo e do Domingo de Pscoa est repleta de smbolos. Vejamos alguns deles: O Fogo No Sbado Santo a celebrao iniciada com a beno do fogo, chamado de fogo novo. Os agricultores desprovidos de tecnologia e de conhecimento, utilizam o fogo, uma tcnica milenar e primitiva, para limpar o terreno que ser destinado ao plantio. Nesse caso o fogo limpa aquele espao do mato, das ervas daninhas e de tudo aquilo que prejudica ou obstculo para o plantio. Em grandes incndios florestais o fogo aparece como uma fora destruidora e s vezes incontrolvel e invencvel, como aconteceu recentemente nos Estados Unidos e Grcia. Na liturgia Cristo esse fogo que veio limpar o mundo do pecado, da desesperana, do dio pregando e instaurando o Reino de Deus (Mt 3,11; Mt 13,40; Lc 12,49; Hb 12,29). A sua ressurreio mostra que ele destruiu at a morte , o grande medo humano. O pecado foi vencido pela graa de sermos filhos de Deus, templos de Deus (Gl 4,7; Rm 8,14). O ser imagem e semelhana de Deus descrito na criao, conforme o livro do Gnesis (Gn 1,26), foi restaurado por Ele. A esperana por um mundo novo, justo e solidrio foi reacendida.

O Crio Pascal O que o Crio Pascal? aquela grande veia decorada sendo a cruz o desenho central. Aqui novamente o fogo o elemento principal. Alm dos significados anteriormente relatados, acrescentamos mais um: o fogo at hoje usado para iluminar. Quando falta luz em nossa casa, a vela o mais prtico. Cristo a luz que ilumina a vida do cristo para que ele no caia nas trevas da desesperana, da vida sem sentido, do egosmo e da maldade (Jo 8,12; Rm 2,19; Lc 8,16). O Crio, simbolizando Cristo ressuscitado, nos apresenta como uma grande coluna de fogo para guiar e iluminar a humanidade (Ex 13,21). As letras gravadas e marcadas pelos cravos na cruz do Crio, significam que pela morte e ressurreio de Cristo a humanidade foi redimida para sempre por aquele que eterno e pelo qual a razo da existncia do mundo (Ef 2,6; Rm 8,11; Lc 1.68). A gua Na celebrao do sbado, vspera da Pscoa, acontece a beno da gua que ser utilizada nos batismos durante o ano. Em nossa vida diria, utilizamos esse bem precioso para matar nossa sede, para limpar de nosso corpo a sujeira e suor, para fazermos comida e usada para a limpeza domstica. A gua tambm alimento

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal principal das plantas e meio de vida dos animais aquticos. Ela tambm pode ser sinnimo de destruio, como acontece nas grandes enchentes. Para o cristianismo: Cristo a verdadeira gua (Jo 4,9-15); a gua da vida que livra para sempre o homem do egosmo e da maldade, desde que ele queira beber dessa gua; a Morte e Ressurreio de Jesus destruram para sempre a incerteza do futuro e prpria morte trazendo humanidade o verdadeiro sentido da vida. O batismo a resposta do ser humano proposta de Deus. Por isso aps a beno da gua se realiza a renovao das promessas batismais (Rm 6,1-11). A asperso do povo com gua benta simboliza a nossa disposio em nos limpar de tudo aquilo que fere e prejudica o outro. O que a Quaresma? o tempo de preparao para a festa da Pscoa, a maior festa do Cristianismo. Um tempo em que devemos viver na reflexo e orao, tomando conscincia dos compromissos que assumimos pelo nosso Batismo. Tempo de jejum, penitncia e converso. A Quaresma comea na Quarta-feira de Cinzas, que sempre cai entre os dias 4 de fevereiro 1 11 de maro, e termina na quarta-feira da Semana Santa. A cor roxa. Abrange seis domingos. Na ltima semana, voltamos toda a nossa ateno para a Paixo de Cristo, desde sua entrada solene em Jerusalm (Domingo de Ramos) at a sua morte e sepultura. So quarenta os dias da Quaresma. nesse perodo que a liturgia no Brasil promove a Campanha da Fraternidade, para valorizar mais ainda esse fecundo tempo litrgico. No Ano A, predomina o tema do Batismo, com suas exigncias na seqncia dos Evangelhos; no Ano B, o tema de Cristo glorificado por sua morte e ressurreio, fonte da restaurao da dignidade humana; e no Ano C, os fiis so convidados a penitncia ou converso, condies para a nova aliana em Cristo Jesus, selada no Batismo e a ser renovada na Pscoa. 1.2 A Campanha da Fraternidade Em 1961, trs padres responsveis pela Critas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituio e torn-la autnoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adeso de outras trs Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. No teve xito financeiro, mas foi o embrio de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ao Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso Pas. Em seu incio, teve destacada atuao o Secretariado Nacional de Ao Social da CNBB, sob cuja dependncia estava a Critas Brasileira, que fora fundada no Brasil em 1957. Na poca, o responsvel pelo Secretariado de Ao Social era Dom Eugnio de Arajo Sales, e por isso, Presidente da Critas Brasileira. O fato de ser administrador Apostlico 14

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal de Natal-RN explica que a Campanha tenha iniciado naquela circunscrio eclesistica e em todo o Rio Grande do Norte. Este projeto foi lanado, em nvel nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renovador do esprito do Conclio Vaticano II, em andamento na poca, e realizado pela primeira vez na quaresma de 1964. O tempo do Conclio foi fundamental para a concepo e estruturao da Campanha da Fraternidade. Em 20 de dezembro de 1964, os Bispos aprovaram o fundamento inicial da mesma intitulada: "Campanha da Fraternidade - Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma". Em 1965, tanto Critas quanto Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ao Social, foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. Em 1970, a Campanha da Fraternidade ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa em rdio e televiso em sua abertura, na quarta-feira de cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF. De 1963 at hoje, a Campanha da Fraternidade uma atividade ampla de evangelizao desenvolvida num determinado tempo (Quaresma), para ajudar os cristos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformao da sociedade a partir de um problema especfico que exige a participao de todos na sua soluo. grande instrumento para desenvolver o esprito quaresmal de converso, renovao interior e ao comunitria como a verdadeira penitncia que Deus quer de ns em preparao da Pscoa. momento de converso, de prtica de gestos concretos de fraternidade, de exerccio de pastoral de conjunto em prol da transformao de situaes injustas e no crists. precioso meio para a evangelizao do tempo quaresmal, retomando a pregao dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitncia que agrada a Deus repartir o po com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos. A Campanha da Fraternidade tornou-se especial manifestao de evangelizao libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovao da vida da Igreja e a transformao da sociedade, a partir de problemas especficos, tratados luz do Projeto de Deus. A Campanha da Fraternidade tem como objetivos permanentes: despertar o esprito comunitrio e cristo no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justia e do amor, exigncia central do Evangelho; renovar a conscincia da responsabilidade de todos pela ao da Igreja na Evangelizao, na promoo humana, em vista de uma sociedade justa e solidria (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ao evangelizadora e libertadora da Igreja; da o destino da coleta final: realizao de projetos de caridade libertadora e manuteno da ao pastoral). 1.3 BBLIA 1.3.1 Um Livro escrito em mutiro Hoje qualquer pessoa tem acesso ao Livro mais famoso do mundo: a Bblia Sagrada.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Ela j foi traduzida para todas as lnguas (aproximadamente em 1685 idiomas). A Bblia foi escrita por partes e em diversas etapas. Comeou a ser escrita, mais ou menos, pelo ano 1250 antes de Cristo - no tempo de Moiss - quando o fara Ramss II governava o Egito. A ltima parte da Bblia foi escrita no final da vida do evangelista e apstolo So Joo, por volta do ano 100 depois de Cristo. Portanto, foram necessrios 1350 anos para a Bblia ser escrita. O Museu Britnico e a Biblioteca do Vaticano guardam as cpias mais antigas da Bblia. 1.3.2 No que foi escrita a Bblia? No tempo que foi escrita a Bblia no existia papel como hoje, muito menos as mquinas impressoras. A Bblia foi escrita mo, e em diversos materiais, como cermica, papiro e pergaminho. Cermica: conhecida como a arte mais antiga da humanidade. O barro servia para fazer desde vasos, at chapas, nas quais se escrevia. Muitos textos bblicos foram escritos nesses " tijolos". Papiro: planta originria do Egito. Nascia e crescia espontaneamente s margens do Rio Nilo, chegando at a altura de 4 metros. Do Egito o papiro passou para a Sria, Siclia e Palestina (onde foi escrita a Bblia). Do papiro era feita uma espcie de folha de papel para nela se escrever. Seu canio era aberto em tiras e prensado ainda mido. O papiro era ainda usado na fabricao de barcos e cestos. Dizem que 3.000 a.C os egpcios j escreviam no papiro. Tais folhas eram escritas s de um lado e depois guardadas em rolos. Da que veio a palavra BBLIA. A folha tirada do caule do papiro chamava-se BIBLOS. BIBLOS Livro (plural de Biblos = BBLIA) BBLIA os livros ou coleo de livros. Pergaminho: feito de couro curtido de carneiro. Comeou a ser usado como "papel" na cidade de Prgamo, pelo rei umens II 200 a.C. Prgamo era uma importante cidade da sia Menor. Os egpcios, com inveja da grande importncia da biblioteca de Prgamo, no quiseram mais vender papiro para os moradores daquela cidade. Por isso, o rei de Prgamo se viu obrigado a usar outro material para a escrita, que foi a pele de ovelha. O pergaminho se espalhou rapidamente para outras regies. Os pergaminhos, assim como as folhas de papiro, no eram "encadernados" num livro como fazemos hoje. Os antigos ligavam umas folhas s outras e faziam "rolos". 1.3.3 Como a Bblia est dividida e em que lngua foi escrita?

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Bblia divide-se em duas (2) grandes partes: Antigo Testamento (AT) e Novo Testamento (NT).

ANTIGO TESTAMENTO: formado por 46 livros escritos antes de Cristo. Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico ou aramaico, menos o Livro da Sabedoria, I e II Macabeus e trechos dos Livros de Daniel e de Ester, que foram escritos em grego.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal NOVO TESTAMENTO: formado por 27 livros que contam a vida de Jesus e a formao da Igreja. O Novo Testamento foi escrito em grego, menos o Evangelho de So Mateus que foi escrito em aramaico. Portanto a Bblia formada por 73 livros. Sendo 46 Livros no AT + 27 Livros no NT Bblia = Livros O hebraico era uma lngua do Povo Hebreu ou Povo de Deus. Era especialmente religiosa; O aramaico era uma lngua usada no meio diplomtico. No tempo de Jesus j no se usava mais o hebraico e sim o aramaico. Na Bblia a palavra TESTAMENTO tem o sentido de ALIANA ANTIGA ALIANA e NOVA ALIANA. Toda a Bblia gira em torno da Aliana que Deus fez com seu povo. Aliana - um contrato muito especial. Um pacto de amor entre as pessoas. Um compromisso de fidelidade entre Deus e os homens. No Antigo Testamento essa Aliana foi selada com um sinal visvel. Ex: Declogo Dez Mandamentos. A Aliana foi gravada na pedra e selada com o sangue dos animais. No Novo Testamento a Nova Aliana gravada no Esprito e selada com o Sangue de Jesus. A Nova Aliana ao contrrio da Antiga Aliana que era feita somente com o Povo de Israel, uma Aliana Universal, aberta a todos os homens que aceitam a proposta da Salvao trazida por Jesus. A Antiga Aliana a promessa; a Nova a sua realizao. Cristo a plena realizao da Antiga e Nova Alianas. Ele o "Alfa" e o "mega" (Alfa e mega so a primeira e a ltima letra do alfabeto grego). Significa que Jesus o comeo e fim de todas as coisas.

1.3.4 "Muitos Livros" num s Livro A Bblia um livro de volume nico, que rene muitos assuntos diferentes. A cada um desses assuntos d-se o nome de Livros. Exemplo: h um trecho da Bblia que fala da sada do povo de Deus do Egito - Livro do xodo (a palavra xodo significa sada). De onde tirado o nome ou o ttulo do livro: O nome tirado de diversos lugares e de vrios modos: Assunto contido no Livro. Ex: Livro da Sabedoria; Nome do autor do Livro. Ex: I Carta de So Pedro; Nome da comunidade para a qual o Livro foi escrito. Ex: Carta aos Romanos; Nome do personagem central em torno do Livro. Ex: Livro de Josu. 1.3.5 Bblia, o Livro inspirado por Deus. 17

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal O principal Autor da Bblia DEUS. Os escritores sagrados (homens) registraram suas experincias de f e de vida, inspirados por Deus. Antes desses Livros serem registrados - TRADIO ESCRITA - tais experincias eram passadas oralmente de gerao em gerao - TRADIO ORAL. "Toda a Escritura inspirada por Deus e til para ensinar e para convencer, para corrigir e para educar na justia, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e preparado para as boas obras." (2 Tm 3, 16-17)". Hagigrafo: aquele que escreve a Palavra de Deus. Ele inspirado pelo Esprito Santo. Quando falamos em Livros Inspirados, entendemos aqueles Livros que formam a Bblia Sagrada. So os 73 Livros, reconhecidos oficialmente pela Igreja como tais. So chamados Livros Cannicos. Essa inspirao para escrever Livros da Bblia j foi encerrada no tempo dos Apstolos. Agora no se acrescenta mais nenhum Livro. Livros Apcrifos: So os Livros no inspirados. Tambm no quer dizer que sejam falsos. So at piedosos e edificantes. Seus escritos esto misturados com lendas e muita imaginao. No fazem parte dos Livros Cannicos. 1.3.6 Modo de falar dos hebreus Precisamos ter bem claro que os escritores da Bblia eram pessoas simples, diferentes dos gregos e latinos, que eram desenvolvidos na filosofia e usavam uma linguagem racional. O povo de Deus usava uma linguagem bem concreta, personificando seu pensamento. Ex: "humanidade" = carne (Gn. 6, 12); Para dizer que a mulher tinha a mesma natureza humana do homem, Ado se expressou com esta linguagem: (Gn 2,23) - "Eis agora aqui, o osso de meus ossos e a carne da minha carne". Quem no leva em conta essas coisas prprias da lngua do povo que escreveu a Bblia, no vai entender a Palavra de Deus. 1.3.7 A palavra "irmo" e os hebrasmos Os orientais gostavam muito de usar provrbios. Recorriam as hiprboles (expresses exageradas). Ex: " mais fcil um camelo passar no fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos cus".( Mt. 19, 24). Outra coisa que precisamos entender so os "HEBRASMOS", ou seja, certas expresses prprias da lngua hebraica que no tem traduo em outras lnguas. Ex: algum ama uma pessoa mais que a outra - ama uma pessoa e odeia a outra (Lc. 14, 26). Precisamos notar tambm a palavra "IRMO". No hebraico no existem as palavras "primos, tio, tia, sobrinhos, etc." Qualquer parentesco usa-se a palavra Irmo. Ex: Mt. 13, 55-56; Mt. 12, 48; Gn. 11, 27-28; Gn. 13, 8 1.3.8 Formas literrias da Bblia

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Para entendermos qualquer Livro da Bblia, precisamos saber a que gnero literrio pertence, ou seja, a forma de literatura usada para escrever. Forma literria o conjunto de regras e expresses usadas para escrever tal tipo de Livro. Os gneros literrios que se encontram na Bblia so os seguintes: Tratados Religiosos: Com aparncia de narrao histrica, apresentam verdades religiosas. No podem ser entendidos como histria propriamente dita. Ex. Gn. 1 a 11. Histria Popular: quando mistura um pouco de histria verdadeira com elementos de fantasia. Trata-se de um modo de ensinar a religio. Histrias Descritivas: Possui uma finalidade religiosa, mas os personagens e os fatos so todos verdadeiros, documentados pela histria. Gnero Didtico: So Livros que trazem instrues religiosas ou morais. Fazem recomendaes e do orientaes de vida. Gnero Proftico: Apresentam a Palavra de Deus atravs dos profetas, que advertem, repreendem e encorajam o Povo de Israel diante da realidade em que vive. Gnero Apocalptico: So vises profticas sobre a sorte do Povo de Deus. Gnero Potico: Apresenta a Palavra de Deus maneira de poesia, usando, portanto, de maior liberdade e recurso literrio. Gnero Jurdico: a Palavra de Deus apresentada sob a forma de Lei. um modo de escrever bem diferente daquele usado na poesia. Gnero Epistolar: "Epistola" uma palavra latina que significa carta. O gnero epistolar traz a Palavra de Deus maneira de Cartas dirigidas a certas comunidades ou pessoas. 1.3.9 - O significado dos nmeros na Bblia Na mentalidade dos povos antigos, os nmeros tinham um sentido simblico. Muitas vezes significavam qualidade e no quantidade. Os orientais no sabiam falar sem recorrer ao simbolismo dos nmeros e dos provrbios. Assim, por exemplo, para dizer que uma pessoa era virtuosa e abenoada por Deus, a Bblia diz que tal pessoa viveu uma grande soma de anos. Os nmeros mpares eram sempre mais perfeitos que os pares. Pelo fato de serem mais facilmente divisveis, os nmeros pares eram inferiores, pois davam a idia de coisa fraca. Os nmeros simblicos mais freqentes na Bblia so: UM, TRS, SETE, DEZ e DOZE. O Dez e o Doze no so mpares, mas tinham uma razo especial para entrar na lista dos nmeros simblicos. UM: era o nmero perfeito por excelncia, por ser o primeiro ou origem dos outros nmeros. TRS: era nmero perfeito por ser o primeiro composto de mpar, e por representar o tringulo, que era uma figura perfeita, com trs faces iguais. SETE: o mais significativo na linguagem bblica. Comea por isto: Deus fez o mundo em sete dias (Gn. 1, 1-31; 2, 1-2). Indicava perfeio e totalidade.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Quando Pedro perguntou a Jesus se deveria perdoar o irmo at sete vezes, o Senhor respondeu-lhe: - "No te digo at sete, mas at setenta vezes sete" (Mt. 18,21-22). O perdo deve ser completo - infinitamente. DEZ: entrou na lista dos nmeros perfeitos, apesar de no ser mpar, porque dez so os dedos das mos. E essa era a maneira primitiva de se contar. DOZE: era um nmero simblico porque o ano divide-se em 12 meses. Indica plenitude e perfeio. As tribos de Israel eram doze (Gn 35, 22-26). Os Apstolos eram doze (Mt 10,1-5). O nmero dos eleitos era 144 mil, sendo doze mil de cada uma das tribos de Israel (Ap.7,4-8). 1.3.10 Nome de Deus na Bblia Quando Jesus nasceu, foi-lhe dado um nome. Antes disso, no se encontra na Bblia nenhum lugar onde se d um nome a Deus. Mesmo quando Moiss perguntou a Deus qual era o Seu Nome, Deus no lhe disse qual o Seu Nome. Mas usou de expresso em lugar do nome. Para o Povo de Deus o nome no era apenas uma palavra externa com a qual chamamos algum. O nome possua um contedo interior. Deveria significar aquilo mesmo que a pessoa era no ntimo de seu ser. Da a dificuldade de se chamar Deus por um nome. Quem poderia penetrar o ntimo divino? Na Bblia encontramos certas expresses que designavam a Pessoa Divina. Eis as mais conhecidas: Elhim: o plural de "El" O SENHOR. ADONAI: quer dizer MEU SENHOR ou MEU DEUS. ELYON: significa a parte mais alta de um lugar. usada para dizer O DEUS ALTSSIMO. SADDAI: palavra que significa O TODO PODEROSO. JAV: (Jaheweh) quer dizer: EU SOU AQUELE QUE SOU. Jeov: uma traduo errada de "Yahweh".Os judeus tinham excesso de respeito com o nome de Deus. O segundo mandamento do Declogo (10 mandamentos) no permitia que se pronunciasse o nome de Deus em vo. Ento por medo de usar indevidamente um nome to sagrado, os judeus passaram a escrever "Jav" somente com as quatro consoantes, sem as vogais. Ento ficou YHWH. Mais tarde, colocaram as vogais da palavra Adonai e surgiu " Yehowah" ( Jeov ) em lugar de Yaheweh ( Jav ). Quer dizer DEUS. 1.3.11 Como esto agrupados os Livros na Bblia ANTIGO TESTAMENTO - 46 Livros Pentateuco Livros histricos Livros sapienciais Livros profticos 1. Gnesis - Gn 1. Josu - Js 1. J - Jo 1. Isaias - Is 2. xodo - Ex 2. Juzes Jz 2. Salmos - Sl 2. Jeremias - Jr 3. Levtico - Lv 3. Rute - Rt 3. Provrbios - Pr3. Lamentaes - Lm 4. Nmeros - Nm4. I Samuel - I Sm 4. Eclesiastes - Ecl 4. Baruc - Br 5.Deuteronmio - Dt II Samuel - II SmCnt. dos Cnticos - Ct Ezequiel - Ez 5. 5. 5. 20

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal 6. I Reis - I Rs 6. Sabedoria - Sb 6. Daniel - Dn 7. II Reis - II Rs 7. Eclesistico - Eclo 7. Osias - Os 8. I Crnicas - I Cr 8. Joel - Jl 9. II Crnicas - II Cr 9. Ams - Am 10. Esdras - Esd 10. Abdias - Ab 11. Neemias - Ne 11. Jonas - Jn 12. Tobias - Tb 12. Miquias - Mq 13. Judite - Jt 13. Naum - Na 14. Ester - Est 14. Habacuc - Hab 15. I Macabeus - I Mc 15. Sofonias - Sf 16. II Macabeus - II Mc 16. Ageu - Ag 17. Zacarias - Zc 18. Malaquias - Ml NOVO TESTAMENTO - 27 Livros Evangelhos Escritos de Lucas Cartas de So Paulo Epstolas Catlicas Escritos de Joo 1. Mateus - 1. Atos dos Apstolos - At Romanos - Rm Mt 1. 1. Tiago - Tg1. Apocalipse - Ap 2. Marcos - Mc 2. I Corntios - ICor 2. I Pedro - I Pd 3. Lucas - Lc 3. II Corntios - II Cor3. II Pedro - II Pd 4. Joo - Jo 4. Glatas - Gl 4. I Joo - I Jo 5. Efsios - Ef 5. II Joo - II Jo 6. Filipenses - Fl 6. III Joo - III Jo 7. Colossenses - Cl 7. Judas - Jd 8. I Tessalonicenses - I Ts 9. II Tessalonicenses - II Ts 10. I Timteo - I Tm 11. II Timteo - II Tm 12. Tito - Tt 13. Filemn - Fm 14. Hebreus - Hb PENTATEUCO uma palavra grega que significa "cinco livros". O Pentateuco rene os cinco primeiros livros da Bblia. O Pentateuco era tambm chamado de Tor = Lei. Gnesis: palavra grega que significa origem. Narra as origens do mundo e do homem e a formao do Povo de Deus e a histria dos Patriarcas. xodo: palavra latina, que significa sada. Trata da sada do Povo de Deus do Egito, a passagem pelo Mar Vermelho; fala dos Dez Mandamentos e a caminhada do Povo Terra Prometida. Levtico: Levi era um dos doze descendentes de Jac. um Livro que trata das leis sobre o culto divino. 21

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Nmeros: chama-se Nmeros por causa dos recenseamentos e sries de nmeros neles contidos. Narra a parte final da caminhada do Povo de Deus pelo deserto, do Sinai at a Terra de Cana.Fala das lutas que os israelitas enfrentaram perante os povos que ocupavam as fronteiras da Palestina ou Terra Prometida. Deuteronmio: Deuteronmio quer dizer Segunda Lei. So Leis que deveriam ser obedecidas quando o Povo entrasse na Terra Prometida. LIVROS HISTRICOS Contam a histria do Povo de Deus. Uma histria feita de bnos e de castigos, mostrando sempre a fraqueza do homem e a misericrdia de Deus. Essa histria tem como cenrio a Palestina e os perodos de exlio nas terras pags. Josu: Com a morte de Moiss, Josu conduz o Povo de Israel at Cana. O Livro narra a conquista da Terra Prometida. Juzes: Depois da morte de Josu at a Constituio do Reino, as Tribos de Israel eram invadidas por povos inimigos. Ento certos lderes defendiam o povo. Tais chefes eram chamados de Juzes. No se sabe quem escreveu este Livro. Rute: Conta a histria de Rute, que se casa com Booz. Rute modelo de piedade e de fidelidade. Ela se torna bisav do rei Davi. Rute era estrangeira maobita por isso sinal de que a salvao de Deus se estende a todos os povos. I Samuel: Foi o ltimo Juiz de Israel. Foi tambm um grande Profeta. Consagrado a Deus desde a infncia, foi educado pelo sacerdote Eli. Pelo ano de 1200 a.C Samuel unifica as Tribos de Israel para poder enfrentar os filisteus. Como chefe poltico e religioso, unge Saul como Rei de Israel. II Samuel: O Livro de Samuel foi dividido em dois. Este segundo Livro narra o reinado de Davi. I Reis: Conta a histria dos israelitas depois da morte do rei Davi (970 a.C) at a destruio de Jerusalm e a deportao do Povo de Israel por Nabucodonosor, no ano 587 a.C. II Reis: Este Livro narra a histria dos reis de Israel e Jud, mostrando os desgnios de Deus. I Crnicas: Tambm chamado de Paralipmenos, formavam uma s obra com os Livros de Neemias e de Esdras. II Crnicas: Mostram o culto e a fidelidade do povo de Israel Aliana. Esdras: a continuao do Livro das Crnicas. Supe-se que o autor seja o mesmo. Conta a restaurao religiosa de Israel em 538 a.C, quando Ciro, rei da Prsia, autorizou a volta dos judeus para Jerusalm. Neemias: Forma um s Livro com Esdras. Assim que os judeus regressaram a Jerusalm, comearam a reconstruo do Templo e do Muro de Jerusalm. Tobias: Tobias exemplo de um israelita justo. um Livro que mostra a f e a piedade deste jovem. 22

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Judite: Mostra que a f e a confiana em Deus so mais forte que um exrcito armado.Judite a jovem israelita fiel a Lei. Ela defende seu povo, acreditando na bondade de Deus. Ester: Forma uma unidade com o Livro de Judite. Ambos tem a mesma finalidade. A rainha Ester era esposa de Assuero, rei da Prsia. E ela intercede e salva seu povo, os judeus estabelecidos na Prsia, onde eram duramente hostilizados. I Macabeus: Abrange um perodo de 40 anos. Conta a lutas empreendidas pelos Macabeus contra os generais srios, em defesa de Jerusalm. Macabeu quer dizer martelo. Eram 5 irmos, filhos do sacerdote Matatias. II Macabeus: Foi escrito aproximadamente no ano 100 a.C. Mostra a crena na imortalidade da alma. LIVROS SAPIENCIAIS Falam da sabedoria dos homens e da experincia do amor de Deus na vida da comunidade. Estes Livros contm oraes, cnticos e poesias, escritos e vividos luz da f. J: Apresenta o problema do sofrimento num estilo potico. Esse Livro trata-se, provavelmente, de uma parbola. Salmos: Salmos quer dizer Louvores. So poesias para serem cantadas. Ao todo so 150 salmos. Boa parte foi composta pelo rei Davi. Provrbios: Parte deste Livro foi escrita pelo rei Salomo filho do rei Davi. O autor fala de um Deus criador e justo, misericordioso e inefvel. Eclesiastes: No se sabe ao certo quem o escreveu. Mostra a instabilidade e a insegurana da vida presente, mas tambm muitas coisas boas que vem de Deus. Cntico dos Cnticos: Significa: O canto por excelncia ou O mais belo dos cnticos. um cntico de amor, bem no estilo oriental. Toma como exemplo o amor do esposo e da esposa, mas quer mostrar o amor de Deus com o seu Povo, com quem fez uma Aliana. Sabedoria: Foi escrito por um judeu que morava no Egito. O nome do autor no se sabe. Fala da imortalidade da alma e do destino eterno do homem. Eclesistico: Conhecido tambm como Sirac. Foi escrito mais ou menos no ano 120 a.C. Mostra o valor estvel da Lei de Deus. LIVROS PROFTICOS Profeta no uma pessoa que prev o futuro, mas uma pessoa que fala em nome de Deus. Isaas: o maior profeta de Israel. Nasceu em Jerusalm por volta do ano 760 a.C. Com 20 anos comeou a profetizar. Exerceu essa misso durante 50 anos. o profeta da Justia.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Jeremias: Nasceu no ano 650 a.C. Profetizou durante quarenta anos. Foi o profeta das desgraas. Predisse a deportao dos judeus. Jeremias lutou pela reforma religiosa de Israel. Lamentaes: Composto nos anos aps a destruio de Jerusalm, em 586 a.C. Contm oraes, lamentaes e splicas. Este Livro era lido anualmente pelos judeus, no aniversrio da destruio do Templo. Baruc: O profeta exorta o povo a fazer penitncia. Baruc quer dizer abenoado. Foi secretrio de Jeremias. Ezequiel: Ezequiel quer dizer aquele que Deus faz forte.Exerceu sua funo no meio dos judeus deportados para a Babilnia. Daniel: O autor do Livro desconhecido. Daniel o nome do personagem ideal que sofre no exlio. Tem f viva e ardor patritico. Foi escrito durante a perseguio de Antoco, entre 167-163 a.C. O autor pretende consolar e animar os que so perseguidos pelo rei. Osias: Exerceu seu ministrio por volta do ano 750 a.C. Fala da infidelidade de Israel para com seu Deus, e compara a unio de Deus com seu povo ao amor de um noivado. o profeta da Ternura de Deus. chamado de Profeta Menor. Joel: Profetizou no reino de Jud e Jerusalm, onde nasceu. Fala do culto divino e do amor Divino. chamado de Profeta Menor. Ams: Era campons, de alma simples e fervorosa.Pastor de ovelhas nas proximidades de Belm. Profetizou durante o reinado de Jeroboo II. Ams condenou as injustias sociais que massacraram a Samaria. chamado de Profeta Menor. Abdias: Profetizou pelos anos 550 a.C. Anunciou castigos contra Edom e o triunfo de Israel no dia de Jav. chamado de Profeta Menor. Jonas: O Livro deve ser uma espcie de parbola. Mostra que Deus chama converso, no somente os judeus, mas tambm os pagos. chamado de Profeta Menor. Miquias: Nasceu perto de Hebron. Anunciou a runa da Samaria. Predisse que o Messias nasceria em Belm. chamado de Profeta Menor. Naum: O profeta fala da grandeza de Deus e do poder com que o Criador governa o mundo. Alegra-se com a queda de Nnive, que se deu no ano 608 a.C. chamado de Profeta Menor. Habacuc: Profetizou entre os anos 625 a 598 a.C. Predisse a invaso dos caldeus. Foi um profeta filsofo. Anunciou que Deus salvaria os justos e puniria os maus. chamado de Profeta Menor. Sofonias: Profetizou no reinado de Josias pelo ano de 625 a.C. Predisse a justia divina, anunciando o Dia de Deus, ocasio em que sero punidos todos os maus, pagos ou judeus. Fala tambm da felicidade dos tempos messinicos. chamado de Profeta Menor.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Ageu: Exerceu seu ministrio em Jerusalm no ano de 520 a.C, quando era reconstrudo o templo. Anima o povo com esperana dos tempos messinicos. Ageu quer dizer aquele que nasceu durante a festa ou peregrino. chamado de Profeta Menor. Zacarias: contemporneo de Ageu. Prega uma reforma moral e exorta o povo a reconstruir o templo. Fala da vinda do Messias e da converso das naes. chamado de Profeta Menor. Malaquias: Malaquias quer dizer meu mensageiro Fala do amor de Deus pelo seu povo. Denuncia as infidelidades do povo. chamado de Profeta Menor. EVANGELHOS O Evangelho um s. Quando falamos em quatro Evangelhos, estamos nos referindo s quatro redaes do mesmo Evangelho, feita por quatro Evangelistas diferentes e datas diversas. neste sentido que podemos dizer Evangelho de So Mateus, So Marcos, So Lucas e So Joo. Os trs primeiros so mais semelhantes entre si. Narram quase sempre os mesmos fatos. Por isso, so chamados SINTICOS. Os Evangelistas no pretendem escrever uma biografia de Jesus. Seu objetivo principal provar que em Jesus, cumpriram-se todas as profecias a respeito do Messias. Por isso, a preocupao dos Evangelistas mostrar a divindade de Jesus e a Sua misso divina. O contedo principal da pregao de Jesus o Reino de Deus.Mateus (1) Era do grupo dos Doze Apstolos Marcos (2) No era do grupo dos Doze Apstolos

Evangelhos Sinticos

Lucas (3) EVANGELHO - Boa No era do grupo dos Doze Apstolos

Nova ou Boa Notcia.

Joo (4) Era do grupo Doze Apstolos

dos

1.

Mateus: representado pela figura de um Homem, porque comeou a escrever seu Evangelho dando a genealogia de Jesus. Mateus um nome hebraico que significa dom de Deus. Mateus era cobrador de impostos em Cafarnaum, por isso se intitulava Mateus o publicano. Era tambm chamado Levi. Foi convidado pessoalmente por Jesus para ser discpulo. O Evangelho de Mateus dirigido aos judeus convertidos e quer mostrar que Jesus de Nazar o herdeiro das promessas feitas por Deus a Davi. Portanto, Jesus o Messias anunciado pelos profetas.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal 2. a Marcos: representado pela figura de um Leo, porque comeou narrao de seu Evangelho no deserto, onde mora a fera Era tambm chamado de Joo Marcos. Marcos era primo de Barnab e discpulo de Pedro. Redigiu o Evangelho a partir das pregaes de Pedro. Pe em evidncia os milagres de Jesus, pois pretende mostrar a bondade do Senhor e a sua divindade. Seu Evangelho se dirige aos cristos vindos do paganismo (gregos e romanos). 3. Lucas: representado pelo Touro, porque comea o Evangelho falando do templo, onde eram imolados os bois. Lucas nasceu em Antioquia da Sria, de famlia pag. Converteu-se por volta do ano 40. Estudou Medicina. No foi discpulo de Jesus, mas de Paulo. Lucas escreveu o Evangelho como historiador. Talvez pelo ano 67 d.C. Dirige seu Evangelho aos cristos de origem pag (gregos e romanos). O objetivo de seus escritos o fortalecimento na f. o evangelista que mais fala do nascimento e da infncia de Jesus. D destaque especial a misericrdia de Deus.

4. de

Joo: representado pela guia, por causa do elevado estilo seu Evangelho, que fala da Divindade e do Mistrio Altssimo do Filho de Deus. filho de Zebedeu e Salom. Era pescador do Mar da Galilia, por onde Jesus passou e o chamou para ser Apstolo, juntamente com Tiago, seu irmo. Joo era chamado o discpulo amado. Comeou a seguir Jesus quando tinha 19 anos e foi testemunha de toda a misso do Senhor.Fala da vida eterna como realidade j presente na terra, na Pessoa de Jesus. Joo escreve aos cristos. ATOS DOS APSTOLOS Conta como tiveram origem e como eram as primeiras comunidades da Igreja. Mostra as lutas e dificuldades da Igreja nos seus primeiros anos. Destaca, logo no incio a pregao e o testemunho dos Apstolos sobre a Ressurreio do Senhor. O Livro dos Atos uma continuao do terceiro Evangelho (Lucas) As duas personagens de destaque no Livro dos Atos so os Apstolos Pedro e Paulo. O livro dos Atos salienta a ao do Esprito Santo na vida da Igreja. Foi escrito entre os anos 70 a 80 d.C. Apresenta a experincia vivida pela Igreja primitiva, com aqueles quatros pontos fundamentais para a vida da Igreja: Qurigma: o primeiro anncio do Evangelho ou chamado converso. Catequese: educao na f ou aprofundamento no conhecimento da Palavra de Deus. Vida em Comunidade: experincia muito forte onde partilhavam os bens, a orao era em comum e a participao na Eucaristia.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Misso: Misso Apostlica exerccio do poder que os Apstolos receberam de Jesus. EPSTOLAS So 21 as Cartas ou Epstolas. As 14 primeiras so chamadas Epstolas Paulinas; as 7 restantes, chamadas Epstolas Catlicas. EPSTOLAS PAULINAS: Romanos: Carta que So Paulo escreveu a uma Comunidade Crist de Roma, no ano de 57 d.C. Fala das conseqncias do pecado e que o homem salvo pela f em Jesus Cristo, por pura misericrdia de Deus. I Corntios: So Paulo escreveu de feso aos cristos da cidade de Corinto, no ano 55 d.C, para repreend-los quanto aos abusos e disputas que surgiram na comunidade. Prega a humildade, inspirada na cruz de Jesus. Recomenda a caridade II Corntios: Seis meses depois So Paulo escreve a segunda carta. Manifesta suas tribulaes e esperanas. Glatas: Escreveu nos anos 48 ou 56 d.C a uma comunidade da Galcia, para resolver problemas surgidos por causa dos judeus convertidos, que quiseram impor sua lei judaica aos cristos vindos do paganismo. Efsios: Escreveu quando estava preso em Roma, nos anos 61 a 63 d.C. Recomenda unidade dos cristos. Filipenses: Tambm estava preso. A carta tem um cunho muito pessoal. Manifesta alegria e afetividade. Colossenses: Fala do mistrio de Cristo e da Igreja e acrescenta uma srie de conselhos morais aos cristos que vivem uma vida nova em Jesus Cristo. I Tessalonicenses: a carta mais antiga que So Paulo escreveu. Foi por volta do ano 50 d.C. Fala da alegria que sente ao saber da felicidade deles e de poder contar com seu progresso espiritual. II Tessalonicenses: Adverte os fiis a respeito das falsas idias sobre a volta gloriosa de Jesus. I Timteo: uma carta dirigida aos bispos aos quais So Paulo d normas de pastoral. Timteo seu discpulo e companheiro de viagem. II Timteo: D normas de vida para homens, mulheres, diconos e Bispos. Fala tambm como devemos tratar as vivas, os ancios e os escravos. Tito: Tito um grego, colaborador de Paulo. Nesta carta orienta a respeito de como organizar as comunidades crists na ilha de Creta. Filemn: uma carta curtinha. Dirigida a um cristo rico de Colossos, cujo escravo fugitivo tinha vindo procurar proteo junto a Paulo. Pede que perdoe o escravo arrependido e convertido ao cristianismo.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Hebreus: Talvez esta carta no tenha sido escrita por Paulo. As idias so suas, mas o estilo bem diferente. dirigida aos judeus que receberam o batismo e sofrem por deixar o templo e a sinagoga. EPSTOLAS CATLICAS (catlica significa universal) Tiago: Tambm chamado de irmo do Senhor o Tiago Menor, filho de Alfeu. Foi bispo de Jerusalm. A carta tem a espiritualidade do Sermo da Montanha. Traz conselhos para a vida moral. Recomenda a prtica da caridade, da justia e da piedade. I Pedro: Fala da alegria do cristo e da unidade de todos os batizados em Jesus Cristo. Dirigida aos cristos que sofrem por causa da f, esta carta lembra a importncia da cruz de Cristo e exorta todos a uma vida de santidade. II Pedro: O contedo semelhante Carta de Judas. Rejeita as doutrinas pregadas por falsos profetas de vida corrupta. uma exortao fidelidade a Cristo e ao amor de Deus, lembra a vinda de Jesus. I Joo: As trs cartas que seguem foram escritas pessoalmente pelo Apstolo e Evangelista So Joo. Na primeira carta, Joo fala que Deus Amor e Luz. Por isso, o cristo deve se comportar como filho da Luz, fugindo do pecado. II Joo: Dirigida a uma comunidade da sia, uma exortao a caminhar na verdade e no amor. III Joo: Dirigi-se a um certo Gaio, a quem elogia suas virtudes. Judas: Foi escrita, talvez em Jerusalm pelo ano 65 d.C. Ela pe os fiis de alerta perante falsas doutrinas e falsos mestres. APOCALIPSE Significa revelao Trata-se de um Livro proftico. Foi escrita s Sete Igrejas (feso, Esmirna, Prgamo, Tiatira, Sardes, Filadlfia e Laodicia) da sia Menor, por volta do ano 100 d.C, por So Joo Evangelista, quando estava exilado na ilha de Patmos. Naquela poca tais Igrejas passavam por dura provao perseguio religiosa. Muitos cristos sentiam-se desanimados e at desesperados. para esses cristos que Joo escreve o Apocalipse. Trata-se de uma mensagem sobrenatural, transmitida de maneira misteriosa e simblica, por causa do clima de perseguio. 1.3.12 Como manusear a Bblia? Para manusear a Bblia necessrio seguir alguns passos: Saber o Nome ou o Ttulo do Livro - ver se o Livro est no Antigo ou no Novo Testamento; (oriente-se pelo ndice). No ndice, verificar a abreviatura do Livro. Nmero do Captulo est sempre em tamanho grande, no incio do captulo do Livro. Nmero do versculo est sempre em tamanho menor, espalhado pelo meio do texto. Entre o nmero do captulo e do versculo vai sempre uma vrgula.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Se o texto abranger mais de um versculo, ento separa-se a seqncia dos versculos por um trao. s vezes encontramos um s ou dois ss depois do versculo. Quer dizer versculo seguinte ou versculos seguintes. s vezes encontramos um a ou um b aps o versculo. Indicam se a primeira ou a segunda parte do versculo. Isso acontece quando o versculo formado por uma ou mais frases.

Mt 4 , 23 - 25Nome do Livro Nmero do Captulo

Nmeros dos Versculos

Portanto, se l: Evangelho de So Mateus, Captulo 4, versculos de 23 a 25

1.3.13 Qual a

diferena entre a Bblia Catlica e a Bblia protestante ? Existe uma diferena quanto ao nmero de Livros. O Novo Testamento da Bblia evanglica e o nosso so iguais = 27 Livros. Mas o Antigo Testamento da Bblia evanglica ou protestante no possui 7 Livros que fazem parte da Bblia Catlica. A Bblia dos evanglicos no possui o Livro de Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesistico, Baruc, I Macabeus e II Macabeus. Alm disso, o Livro de Daniel na Bblia protestante, no tem os captulos 13 e 14, e os versculos 24 a 90 do captulo 3. No tem tambm os captulos 11 a 16 de Ester. Explicao: Os judeus eram radicalmente nacionalistas. Por isso, achavam que Deus s poderia inspirar os Livros escritos na lngua dos judeus, que era o hebraico e o aramaico. Achavam tambm que a Palavra de Deus s poderia ser escrita dentro do territrio de Israel, e at o tempo de Esdras. Quando os judeus comearam a ser espalhar pelo mundo, logo aps a destruio de Jerusalm (ano 70 d.C), eles mesmos viram a necessidade de traduzir o Livro Sagrado para o grego, que era a lngua mais universal daquela poca. E, nessa traduo foram includos esses 7 Livros (que estavam escritos em grego). Foi da que surgiram as discusses. Os fariseus que zelavam pela pureza e conservao das escrituras Sagradas no quiseram aceitar esses 7 Livros como inspirados por Deus. Isso no quer dizer que tanto uma como a outra no so verdadeiras. Todas as duas so Palavra de Deus. 1.3.14 Partidos Polticos na poca de Jesus. 29

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Saduceus: Eram grandes proprietrios de terra, membros da elite sacerdotal, controlavam o sindrio e o templo de Jerusalm e cultuavam a Tora. Escribas: Eram intrpretes da Lei (Sagradas Escrituras). Eram os doutores que atuavam nas escolas rabnicas. Fariseus: Vrias camadas sociais. Eram minuciosos nas regras de pureza (separao). Foram criticados por Jesus e acreditavam na imortalidade da alma. Zelotas: Eram dissidentes dos fariseus, pretendiam expulsar os dominadores com armas. Foram zelotas: Simo, Judas Iscariotes. Essnios: Puritanos viviam em comunidades fechadas (QUWRAM), perto do Mar Morto. Praticavam o celibato e viviam de muito trabalho. Aguardavam a vinda do Messias. 1.4 Prtica Semanal: Leitura: Ex 12,1-28 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. O que significa o ritual da Pscoa Judaica e como era celebrado? Qual o significado da Pscoa aps a vinda de Cristo? Explique o que Semana Santa? Qual o significado da Quaresma? Qual o significado da Campanha da Fraternidade? O que a Bblia Quantos livros a Bblia possui? Qual a diferena entre a bblia catlica e a protestante? Quem escreveu a Bblia? Quem o seu autor? No que foi escrito a bblia? Qual o significado dos nmeros?

2- A conscincia Moral e os Mandamentos da Lei de DeusOs Mandamentos da Lei de Deus so como instrues, sinais que Deus coloca em nosso caminho, isto , na nossa vida. Foi por amor que Deus ajudou Moiss a organizar aquele povo escravo que estava no Egito, para libertar-se da escravido do Fara. Deus ajudou aquele povo a descobrir dez sinais ou MANDAMENTOS que orientariam sua caminhada. Ento, os DEZ MANDAMENTOS foi a ALIANA que Deus fez com o seu povo para caminhar com Ele. Aliana quer dizer promessa de verdade! "Eis a Aliana: Eu serei o teu Deus e tu sers o meu povo" Ex6, 7. Estes Mandamentos orientam o povo na caminhada para a libertao, isto , evitar o pecado, e viver a fidelidade a Deus.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal s vezes ouvimos que os Mandamentos tira a liberdade de viver. Ser livre no fazer o que se quer, mas descobrir o que bom para mim descobrir quele caminho que nos torna mais pessoa, isto , praticar boas aes, cumprir com nossos deveres, etc. Os dez Mandamentos: Os 3 (trs) primeiros Mandamentos nos ajudam a descobrir a encontrar o Verdadeiro Deus, e os outros 7 (sete) ajudam na organizao do mundo e a vida do Povo, conforme a vontade de Deus. 2.1 Mandamentos: 1 - Amar a Deus sobre todas as coisas - Ex20, 1 -6. Quer dizer acreditar no Deus nico e verdadeiro sem dexar-se enganar plos dolos, dolo tudo aquilo que nos atrapalha de amar o Deus Verdadeiro de todo o corao. por isso que no podemos acreditar em religies falsas que faziam mal dos outros e enganam as pessoas, supersties, objetos que do sorte (dar exemplo). Este Mandamento tambm nos ensina que no podemos dar s coisas poderes que s Deus tem. Por exemplo: horscopo, leitura de mo. Vocs sabiam que tem pessoas que usam pirmide para dar sorte? Usam ferradura atrs das portas'? Fazendo isto, as pessoas esto colocando estas coisas acima de Deus. Adorar imagens - Este preceito se refere a Deus criador. Nenhum ser animal, vegetal ou mineral tem o poder de Deus Ex25, 18-22; Nm21, 4-9; Jo3, 13-15 (explicar os textos). Portanto o culto catlico de imagens no contrrio ao 1 Mandamento, no adoramos imagens, veneramos aqueles que nos serviram de exemplo. A imagem um meio visual e eficaz para catequizar. A venerao a Maria Santssima se chama hiperdulia e aos santos dulia. A venerao a imagens foi liberada pela Igreja devido ao entendimento: "O Filho de Deus se fez imagem do Pai" Jo14-8-9. Para ns cristos, amar a Deus significa tambm seguir seu Filho Jesus Cristo e viver o que ele nos ensinou nos Evangelhos. 2 - No tomar o seu Santo Nome em vo - Ex20, 7. Este Mandamento nos lembra que no podemos usar o poder do nome de Deus e de nossa religio, os Santos, Nossa Senhora para prejudicar os outros, culpar Deus pelas coisas erradas que vemos, jurar em nome de Deus. Quem j viu algum falar assim: "juro por Deus". Pois bem, no podemos fazer isto. Quem j viu nas notas do dinheiro "Deus seja louvado"? Pois , est muito errado. Isto usar o nome de Deus sem necessidade. 3 - Guardar o domingo e festas de preceito - Ex20, 8. Guardar ou santificar o domingo e dias de festas quer dizer usar este dia livre de trabalho para participar da missa ou do culto na comunidade. Juntos louvamos e agradecemos a Deus porque Ele nos ama e nos conserva a vida. Devemos tambm aproveitar este dia para recordar os encontros da catequese e conversar com a famlia. A diverso dever ser sadia (cuidado com filmes, revistas, etc.).

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal A participao da Santa Missa muito importante, pois ela aumenta em ns o amor a Deus. Na Missa reconhecemos que Deus Deus e que ns somos os seus filhos. A Missa o que existe de mais agradvel e valioso que ofertamos a Deus. Notamos que no AT era o sbado santificado, por que hoje ns santificamos e guardamos o domingo? Por que foi no domingo que aconteceu o maior acontecimento de toda a nossa histria. A Ressurreio de Jesus. 4 - Honrar Pai e Me - Ex 20,12 Honrar Pai e Me significa amar e respeitar em todos os momentos da nossa vida. Este mandamento nos lembra a obrigao que todos os filhos tm de cuidar bem dos pais quando ficarem velhos ou doentes. Devemos obedecer aos nossos pais em tudo. Este mandamento nos lembra tambm as nossas obrigaes para com os mais velhos, principalmente os superiores, por exemplo: o padre, os nossos avs, os professores, as catequistas. Este mandamento nos lembra tambm como devemos cuidar de nossos empregados e os deveres dos empregados para com os patres. bom lembrar tambm que este mandamento diz respeito ao comportamento dos pais em relao aos filhos: am-los e respeit-los em tudo. 5 -No Matar - Ex 20,13 Este Mandamento nos diz respeito vida. A vida humana pertence a Deus, pois somente Ele o autor da vida. Por isso, ningum pode matar outra pessoa. Mas o que matar? s tirando a vida? No! s vezes falamos mal dos outros. Vocs sabiam que isso matar? Devemos tambm evitar lugares perigosos. Devemos ter cuidado com a nossa sade, no usar drogas, fumar, fazer uso de bebidas alcolicas. Temos que cuidar da sade tomando os remdios necessrios. s pessoas que trabalham para ns, temos que pagar salrio justo. Usar mtodos anticoncepcionais no aprovados pela Igreja, (plula, diu, diafragma, ligadura de trombas e vasectomia, ou seja, a Igreja tolera somente o mtodo natural para evitar a procriao). bom ressaltar que o pecado do casal. 6 - No pecar contra a castidade - Ex 20,14 Este mandamento nos diz mais a respeito do cuidado que devemos ter para com o nosso corpo e comportamento sexual. O que isto? o relacionamento ntimo que permitido s pessoas casadas. Deus no fez o homem e a mulher para ficarem sozinhos. Por isso, natural que o homem e a mulher gostem de ficar juntos. Eles precisam um do outro para formar uma famlia. Mas a unio entre o homem e a mulher realizada somente peio Sacramento do Matrimnio, relacionamento de homem e mulher sem serem casados pecado contra castidade, isto , contra a pureza do corpo. Isso muito errado. Devem ter cuidado de no falar palavro, no andar com roupas apertadas ou curtas demais. Olhar ou ler revistas que tem cenas de homens e mulheres nus. No devemos emprestar estas coisas aos outros. Casar somente por interesse financeiro pecado grave. O homossexualismo masculino e feminino tambm pecar contra a castidade. Castidade quer dizer pureza. Ser casto ser fiel ao seu estado de vida, isto , se casado, viver como casado fiel ao seu cnjuge, se solteiro, viver como solteiro.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal 7 - No furtar, isto , roubar - Ex 20,15. Este mandamento nos convida a respeitar as coisas dos outros. Todos devem trabalhar para conseguirem suas coisas. Vocs sabiam que tem vrias maneiras de roubar? Quem no paga o salrio justo para as pessoas. Os comerciantes que rouba no peso, vocs sabiam disso? D troco errado. Aumentar o preo das coisas. O empregado que no faz o trabalho direito, passa o dia enrolando no trabalho. Quem estraga as coisas que pertencem a todos, por exemplo: quebrar orelho, jogar lixo na rua. 8 - No levantar falso testemunho - Ex 20,16 Este mandamento nos probe de caluniar, isto , falar mentiras srias que prejudicam a vida das pessoas e da comunidade. Inventar mentira para tirar proveito pecado muito grave. 9 - No desejar a mulher do prximo - Ex 20,14 Se um homem e uma mulher esto comprometidos entre si e com os filhos, no podem abandonar a famlia para juntar-se com outra pessoa. Por isso, muito importante amar de verdade e escolher bem o seu esposo ou esposa com que vai se casar para evitar depois a separao e o divrcio. Este mandamento pede aos pais e mes que se respeitem e se amem. Casamento coisa muito sria. Desejar viver com outro homem ou com outra mulher pecar contra este mandamento e contra o 6 mandamento. 10 - No cobiaras coisas alheias, isto , as coisas que pertencem a outros - Ex 20,17 Cobiar ter o desejo de possuir as coisas dos outros. Cobiar as coisas que se vem nos comerciais da TV, mesmo sem ter necessidade. Podemos satisfazer os nossos desejos de possuir as coisas quando ele puder se realizar, sem cometer injustias ou desonestidade com outras pessoas. Por exemplo: querer comprar uma televiso do seu amigo por um preo menor. Os Mandamentos da Lei de Deus so como sinais que Deus coloca em nosso caminho e nos ajudam a viver como filhos de Deus. Os mandamentos da Lei de Deus nos mostram a imagem que deve ser o homem segundo o corao de Deus. Os mandamentos so sabedoria e felicidade de Deus prometida aos homens. 2.2 Prtica Semanal: 1. O que so Mandamentos? 2. Quantos e quais so os mandamentos?

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal

A verdade sobre Jesus Cristo3- A vida de Jesus Cristo

3.1 Deus Em toda a histria da humanidade o homem no cessa de buscar a Deus. Esta busca se d atravs das oraes, sacrifcios, cultos, meditaes, aes, entre outras formas. Mas como podemos conhecer a Deus, se nunca O vimos? Podemos conhecer a Deus mediante Suas obras e mediante a nossa F. A f a resposta do homem a Deus que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz superabundante ao homem em busca do sentido ltimo de sua vida. Como podemos falar de Deus? Nosso conhecimento de Deus to limitado, como tambm limitada nossa linguagem sobre Deus. S podemos falar de Deus atravs das criaturas vivas ou dos recursos naturais que conhecemos, e segundo nosso modo humano limitado de conhecer e pensar. De qualquer forma, temos que nos lembrar e ter sempre conosco, dentro de nossos coraes, que todas as criaturas trazem em si uma certa semelhana com Deus. O homem guarda caractersticas to dignas como a verdade, a bondade, a beleza, a caridade, o amor...Tais caractersticas no podem ter outro autor seno o Todo Poderoso. Todas estas caractersticas contemplam, portanto, o Seu Autor. Assim como uma obra de arte reflete sempre, de alguma forma, o seu autor, tambm nos devemos refletir nosso Criador. "Sem o Criador a criatura se esvai". Como entender Deus Criador? Deus criou o mundo segundo Sua sabedoria. O mundo procede da vontade livre de Deus que quis fazer as criaturas participarem do Seu Ser, da Sua sabedoria e da sua bondade. Que haveria de extraordinrio se Deus tivesse tirado o mundo de uma matria preexistente? Quando se d um material a um arteso, ele faz do material tudo o que quiser e souber. Se este fato confere a este arteso um lado criador, tanto mais ser nada para criar tudo o que Sua Vontade e Sabedoria desejam. Deus parte do Nada e cria o mundo, dentro dele, o homem.Uma vez que Deus pde criar do nada, pode, atravs do Esprito Santo, dar vida da alma aos homens, com o objetivo de mant-los sempre junto Dele, mas ao mesmo tempo, deixando o homem livre para escolher essa unio. J que pela sua palavra pde fazer resplandecer a luz a partir das trevas, pode tambm dar a luz da f queles que a desconhecem. Dessa forma, a criao uma obra querida por Deus como um dom que foi dirigido ao homem; como uma herana que lhe destinada e confiada. Entretanto, Deus transcende a criao, pois infinitamente maior que todas as Suas obras. Por ser o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo o que existe, Ele est presente no mais intimo das suas criaturas. Segundo as sbias e inspiradas palavras de Santo Agostinho: "Ele maior do que aquilo que h de maior em mim e mais ntimo do que aquilo que h de mais intimo em mim". Deus mantm e sustenta a criao, pois no abandona a sua criatura a ela mesma. No somente lhe d o ser e a existncia, mas tambm a sustenta a todo instante e lhe d o livre-arbtrio. Reconhecer esta dependncia completa em relao ao Criador uma fonte de sabedoria e liberdade, de alegria e confiana. Os estudos sobre 34

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Deus (assuntos da Teologia) so elaborados considerando Deus na Unidade da Natureza e na Trindade das Pessoas. Na Unidade da Natureza, o estudo de Deus dividido em trs partes: a Existncia, a Essncia e os Atributos. Cada uma destas caractersticas existem em Deus ao mesmo tempo e s foram separadas para serem melhor explicadas e compreendidas. 3.1.1 A Existncia um artigo de f e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus: Uma forma natural e uma forma sobrenatural. Forma Natural: "Encontra-se Deus por meio da reflexo do mundo e em ns mesmos" (So Paulo). Uma das maiores comprovaes sobre a Existncia de Deus a tendncia dos homens pela busca da felicidade. Em cada homem esta necessidade no pode ser satisfeita apenas pelo mundo e pelo seus bens. Portanto, segundo Santo Agostinho, preciso que haja um bem eterno capaz de satisfaz-la e este bem Deus. O conhecimento de Deus pela forma natural baseia-se pelo fato de que como no vemos a Deus, O conhecemos por meio de comparaes devido s suas obras, pois no encontramos na Terra a essncia de Deus, mas sim suas obras. atravs de suas criaes que conhecemos que Deus existe, como sua causa. Forma Sobrenatural: "Deus para ns que cremos um 'Deus desconhecido' ainda que luz da f o conheam muito melhor do que luz da razo" (Santo Tomaz de Aquino). Segundo esta forma de conhecimento, cr-se em Deus em virtude de uma revelao sobrenatural que dada por meio da f. A comunicao de Deus conosco e sua manifestao d-se por meio das graas. 3.1.2 A Essncia Estuda o ser de Deus, sendo que a Existncia e a Essncia so inseparveis em Deus. A essncia de Deus compreendida atravs da revelao, onde Deus se revela e se d conhecer aos homens. 3.1.3 Os Atributos So as caractersticas atravs das quais podemos conhecer a Deus e distingui-lo das criaturas. So todas as perfeies existentes em Deus, como por exemplo: Deus UNO: a unidade de Deus um dogma da Igreja. entendido como uma unidade do indivduo levando ao monotesmo. Este atributo foi mencionado em vrias passagens: "Vede que sou Eu somente e no h outro Deus exceto Eu". (Dt 32, 39) "Houve Israel, o Senhor teu Deus o nico Deus". (Mc 12, 29) Deus SIMPLES (PURO): em Deus nada se acrescenta ou se tira. A simplicidade de Deus entendida como um Deus livre de qualquer multiplicidade e disperses prprias das outras criaturas. Deus em sua purssima espiritualidade. Como exemplo, podemos citar uma passagem onde Jesus atribui a Deus uma figura humana ao

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal chamado PAI e ao mesmo tempo lhe atribui estado e morada acima de tudo o que material. Deus IMUTVEL: Deus foi, , sempre ser o mesmo, com sua perfeio e seu amor sem limites. Segundo Santo Tomaz de Aquino: "S Deus ". Deus ETERNO: Deus no teve incio e no ter fim. "O Senhor um Deus Eterno que criou os extremos da Terra e que no se cansa nem se esgota". (Is 40, 28 Deus ONIPRESENTE: a onipresena de Deus nos oferece a possibilidade de nos unirmos espiritualmente a Ele em qualquer tempo e condio e em qualquer lugar. Deus est sempre conosco. Entretanto, de que serve Deus estar perto de ns se ns estivermos longe Dele? Por isso em sua Bondade Infinita ele nos d sua Onipresena e ns, com nossa F, podemos encontr-lo sempre que quisermos. Deus ONISCIENTE: Deus tudo sabe. A revelao a maior prova da oniscincia de Deus. Deus ONIPOTENTE: Deus tudo pode. Algumas passagens revelam com exatido esse atributo de Deus: "Para os homens isto impossvel, mas para Deus tudo possvel". (Mt 19, 25-26) "Pai, tudo Te possvel". (Mt 14, 36) Quem no se sente pasmo, surpreso, arrebatado, maravilhado, com a observao de um cu estrelado e da imensido do universo? Tais coisas nada mais so da que frutos da Onipotncia Divina. Quem deu a vida a estes corpos celestes? s propriedades e foras? Quem lhes indicou o caminho e a finalidade? Baseando-se apenas nessa observao, como se pode recusar inserir-se na harmonia desejada pelo Todo-Poderoso? 3.2 Jesus Cristo Jesus significa Deus Salva. Jesus nasceu em Belm, na Judia, no ano 1 de nossa era. Sua me Maria e seu pai adotivo Jos. Seus avs maternos foram Joaquim e Ana. A palavra Cristo do latim Christus ou Christos semelhante palavra Messias (em hebraico), que significa Ungido. Portanto, Cristo significa Ungido do Senhor, aquele que recebeu a Uno com leo. O derrame com leo sobre a cabea de algum significava a consagrao de um homem por Deus, como profeta, sacerdote e rei. A vida de Jesus, seus ensinamentos, obras e palavras foram registradas nos Evangelhos (Evangelho vem do grego Evangelion e significa boa nova, boas notcias). como foi chamada a mensagem de salvao e de redeno que Jesus trouxe ao mundo. 3.2.1 O estilo do ensinamento de Jesus Na poca de Jesus, a palavra escrita ainda no era facilmente disponvel para a comunicao em massa. Ento, tornava-se essencial que um mestre apresentasse seus 36

Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal ensinamentos de modo a serem claramente compreendidos e memorizados. Isto exigia que o mestre fosse ao mesmo tempo um poeta e um contador de histrias, e Jesus sem sombra de dvidas, dominava ambos talentos. As parbolas cheias de vida tirada da natureza ou essncia humana so bem conhecidas e constituram a principal forma de ensinamento de Jesus. Elas incitavam os ouvintes para pensar e descobrir diversos nveis de significados e aplicaes. 3.2.2 Os principais ensinamentos Dentro dos ensinamentos propostos por Jesus, existem dois temas predominantes: A Verdade e Realidade e A Compreenso da Pessoa de Jesus. A Verdade e Realidade: A Realidade que Jesus veio proclamar tem sido traduzida em Reino; Jesus proclamou o Reino de Deus ou o Reino dos Cus. No apenas proclamou, mas o inaugurou quando deixou claro que "Um novo estado de coisas nasceu para o ser-humano". Muitas foram s parbolas contadas sobre o Reino de Deus; dentre elas Jesus disse: "O Reino dos Cus como um mercador em busca de prolas finas que, encontrando uma de grande valor, vai e vende tudo o que tem e a compra". "O Reino de Deus no vem como sinais que possam ser observados, nem se poder dizer: 'Eis o Reino aqui' ou 'L est o Reino', pois o Reino de Deus est no meio de vocs". Com este tema, Jesus deixa evidente que temos que estar bem conosco mesmos com nossos irmos e com Deus, pois seno no podemos viver no Reino dos Cus. A Pessoa de Jesus: Jesus referiu-se a si mesmo como o Filho do Homem. Essa expresso pode apresentar vrias interpretaes, mas pode ser compreendida como sendo uma interveno pessoal de Deus nos assuntos humanos, no tanto atravs da figura de um mensageiro, mas sim como a do inaugurador de um estado de coisas entre os homens em que o Reino de Deus est efetivamente presente. Uma das passagens em que Jesus se refere ao Filho do Homem: "O Filho do Homem no veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos". 3.2.3 Seguir Jesus: o preo Os Evangelhos contm relatos de um perodo no qual Jesus passou no deserto em solido voluntria e onde ele enfrentou e resistiu a diversas tentaes. Se o prprio Filho de Deus sofreu tentaes quanto mais ns as sofremos! Entretanto, as tentaes de Jesus podem ser vistas por ns como meios fceis e mesquinhos de se estabelecer o Reino. Quando Jesus reconheceu as tentaes como tal, ele viu-se face a face com o nico caminho, o da entrega total, sem qualquer recompensa ou retorno: o caminho do Amor puro e sem sentimentalismo. Jesus no oferecia nenhum atrativo fcil. O preo para ser seu discpulo no haveria de ser alto nem baixo, mas absoluto. Ele usou vrios meios para transmitir esse fato simples: usou poemas, parbolas e falou diretamente aos seus discpulos, especificando qual seria o preo para si e, conseqentemente, para eles.

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Matriz Imaculada Conceio Catecumenato crismal Jesus era s vezes popular ou no. As autoridades de modo geral desconfiavam dele e o temiam. O povo de Israel no acreditou que Ele era de fato o Messias Prometido, pois esperava algum glorioso e poderoso politicamente para libert-los dos romanos; queriam um Messias que lhes desse uma nao livre e poderosa. Por outro lado; Jesus era movido pelo amor e pela vontade de Deus. O amor exigia uma reao amorosa aos sofrimentos do povo e Jesus com seu poder de cura era clamorosamente ansiado, requisitado. Ele curava porque o amor exigia e pedia aos que curava para agradecerem a Deus e ficarem em silncio. Ento, seguir Jesus uma opo e a livre entrega de si a nica expresso de amor que existe; Jesus nos quer por inteiro, sem restries, sem seno, sem porm. Algumas de suas palavras mostram as atitudes esperadas de um seguidor de Cristo: "Se algum esbofeteia sua face direita, volta-lhe tambm esquerda; se algum quer litigar com voc para tirar-lhe a tnica, deixe-lhe tambm a camisa; se algum o forar a caminhar uma milha, ande com ele duas". "Amem aos seus inimigos; faam o bem a quem os odeia; abenoem os que os maldizem; orem pelos que os injuriam". "Aquele que no toma a sua cruz e me segue no digno de mim". Finalmente, analisando a vida de Jesus, constata-se que sua idia-fora, ou seja, o motivo de sua existncia era a realizao da vontade do Pai. As primeiras palavras de Jesus relatadas no Evangelho quando ele tinha doze anos e estava com os Doutores da Lei foram: "No sabeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?" (Lc 2, 49). Jesus foi o homem mais autntico e mais realizado que existiu sobre a face da Terra que fez a vontade do Pai e, portanto fez exatamente o que deveria fazer. 3.3 Santssima Trindade Santssima Trindade um mistrio de um s Deus em trs Pessoas: Pai, Filho e Esprito Santo. Pai que Deus, que Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho. Filho que Jesus Cristo: o Deus visvel que se fez homem, nascendo Virgem Maria para cumprir a vontade de Deus de libertar os homens pecado. Jesus Deus e as principais provas so:

da do

O prprio Jesus diz-se Deus (Jo 10