apostila crisma-2015

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Queridos Crismandos!

JESUS CRISTO conta com você para construir uma nova estrada. Vamos lá?

Esta nova estrada ira mostrar a você diferentes lugares, iremos conhecer novas pessoas e buscar novas descobertas.

Serão “Encontros de Crisma”, em que você estará irá descobrir novas experiências para confirmar sua Fé em Jesus Cristo e na Santa Igreja Católica apostólica Romana.

A Bíblia, palavra de Deus, vai iluminar esta caminhada. A tarefa parece ser muito difícil, mas não é. Será muito agradável porque tudo será feito com a ajuda

de outros amigos, dos catequistas, dos seus pais e da comunidade e saiba que juntos a Deus conseguiremos alcançar o que é difícil para cada um de nós.

Esta apostila vai acompanhá-lo nesta estrada de novas descobertas onde você conhecerá o amor de Deus aos seus filhos.

A Experiência desses encontros vai levá-lo a confirmar sua fé em Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua amada Igreja Católica Apostólica Romana.

Contamos com a sua Disposição, Fé, Alegria e Força na construção desta estrada.

~ 4 ~

Sumário 1º ENCONTRO | A IDENTIDADE DO CRISTÃO .................................................................................... 15

A Igreja ....................................................................................................................................................... 18

A Igreja é a família de Deus .................................................................................................................... 19

2º ENCONTRO | BÍBLIA ............................................................................................................................. 21

A função da bíblia ..................................................................................................................................... 21

Quem escreveu a Bíblia? ......................................................................................................................... 22

3º ENCONTRO | O PLANO DE AMOR DE DEUS E AS MARAVILHAS DA CRIAÇÃO .................... 24

No paraíso ................................................................................................................................................. 24

O propósito de Deus para o homem e a mulher ................................................................................. 24

4º ENCONTRO | O PECADO ORIGINAL ................................................................................................. 26

-A Queda do Homem - ............................................................................................................................. 26

O Pecado original ..................................................................................................................................... 26

Meditação sobre o pecado original....................................................................................................... 26

As más escolhas dos homens e mulheres ............................................................................................ 27

A liberdade humana ................................................................................................................................. 27

Conceito de pecado ................................................................................................................................. 27

O pecado nos afasta de Deus ................................................................................................................ 27

O pecado de Caim .................................................................................................................................... 27

O Inferno ................................................................................................................................................... 27

As boas obras ............................................................................................................................................ 28

Confissão dos pecados ............................................................................................................................ 28

Reconhecimento da culpa na confissão ............................................................................................... 28

Perdoar os inimigos ................................................................................................................................. 28

Espécies de pecados ................................................................................................................................ 28

Purgatório ................................................................................................................................................. 29

Misericórdia .............................................................................................................................................. 29

Virtude ....................................................................................................................................................... 29

A corrupção da humanidade .................................................................................................................. 29

A nova humanidade a partir de Noé e a Aliança com Deus .............................................................. 29

A Torre de Babel ...................................................................................................................................... 29

O período da Quaresma .......................................................................................................................... 30

Vida nova do Cristão ................................................................................................................................ 30

[TAREFA PARA A SEMANA] .................................................................................................................... 30

5º ENCONTRO | A HISTÓRIA DA SALVAÇÃO ...................................................................................... 31

A História da Salvação ............................................................................................................................. 31

Realidade vivida pelo povo da época ................................................................................................... 31

Culto às divindades .................................................................................................................................. 31

~ 5 ~

Nosso Deus ................................................................................................................................................ 31

O chamado de Abraão ............................................................................................................................. 32

A Fé em Deus move Abrão ...................................................................................................................... 32

A aliança de amizade com Abrão ........................................................................................................... 32

Deus chama novos Abraãos .................................................................................................................... 33

6º ENCONTRO | ESAÚ E JACÓ ................................................................................................................. 34

- A história de José - ................................................................................................................................... 34

7º ENCONTRO | A LIBERTAÇÃO DO POVO DE DEUS ........................................................................ 38

- Antiga aliança – Páscoa Judaica ........................................................................................................... 38

A história de Moisés ................................................................................................................................. 38

A Vocação de Moisés ............................................................................................................................... 38

Moisés diante do faraó ............................................................................................................................ 38

Saída de Moisés do Egito......................................................................................................................... 39

A páscoa no Antigo Testamento ............................................................................................................ 39

A travessia do Mar Vermelho ................................................................................................................. 39

Moisés organiza a celebração da vida ................................................................................................... 39

A Aliança de Deus com Moisés - Os dez mandamentos ..................................................................... 39

No deserto o povo peca contra Deus .................................................................................................... 39

A morte de Moisés.................................................................................................................................... 40

8º ENCONTRO | A ALIANÇA DE AMIZADE COM DEUS: OS 10 MANDAMENTOS ........................ 41

O que são os 10 mandamentos? ............................................................................................................ 41

Viver os mandamentos ............................................................................................................................ 41

MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS ......................................................................................................... 41

1º MANDAMENTO - AMAR A ADEUS SOBRE TODAS AS COISAS ..................................................... 41

2º MANDAMENTO - NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO ....................................................... 42

A blasfêmia ................................................................................................................................................ 42

O juramento pelo nome de Deus ........................................................................................................... 42

3º MANDAMENTO - GUARDAR DOMINGOS E FESTAS ...................................................................... 42

O Domingo ................................................................................................................................................. 42

A celebração do domingo ....................................................................................................................... 42

9º ENCONTRO | A ALIANÇA DE AMIZADE COM DEUS: OS 10 MANDAMENTOS ........................ 44

4º MANDAMENTO: HONRAR PAI E MÃE .............................................................................................. 44

O desamor, o desrespeito e a insensibilidade de alguns filhos ........................................................ 44

O mandamento se dirige aos filhos ....................................................................................................... 45

A família no plano de Deus ..................................................................................................................... 45

Direitos e deveres dos membros da família ......................................................................................... 45

A Família cristã .......................................................................................................................................... 45

Deveres dos membros da família........................................................................................................... 45

~ 6 ~

5º MANDAMENTO: NÃO MATAR .......................................................................................................... 46

Estamos proibidos de matar .................................................................................................................. 46

A legítima defesa ..................................................................................................................................... 46

Meios de defesa da vida.......................................................................................................................... 46

O homicídio voluntário............................................................................................................................ 47

O infanticídio ............................................................................................................................................ 47

O aborto .................................................................................................................................................... 47

Auxílio para matar .................................................................................................................................... 47

6º MANDAMENTO: NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE ................................................................. 47

A unidade no matrimônio ....................................................................................................................... 48

A vocação na castidade pelo matrimônio ............................................................................................ 48

Obediência a Deus e a provação nas tentações ................................................................................. 48

Formas de castidade ................................................................................................................................ 48

Ofensas à castidade ................................................................................................................................. 49

O adultério ................................................................................................................................................ 49

O divórcio .................................................................................................................................................. 49

7º MANDAMENTO: NÃO FURTAR ......................................................................................................... 49

8º MANDAMENTO: NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO ............................................................ 50

Ser verdadeiro e não falso ...................................................................................................................... 50

Não falsear a verdade ............................................................................................................................. 50

A mentira ................................................................................................................................................... 50

O sigilo sacramental ................................................................................................................................ 50

9º MANDAMENTO: NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO ......................................................... 50

Desejar a mulher do próximo é um pecado contra a dignidade da mulher ................................... 50

10º MANDAMENTO: NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS ................................................................ 51

10º ENCONTRO | JUIZES E REIS ............................................................................................................. 53

Juízes.......................................................................................................................................................... 53

Os principais juízes foram quinze .......................................................................................................... 53

Reis ............................................................................................................................................................. 54

Principais reis de Israel ............................................................................................................................ 54

A história do Rei Davi, um homem corajoso. ....................................................................................... 54

11ºENCONTRO | OS PROFETAS .............................................................................................................. 55

- Anunciadores do Reino - ....................................................................................................................... 55

Os Profetas da Bíblia: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e Jonas ............................................................. 55

Os profetas não são adivinhos ............................................................................................................... 56

A história do profeta Elias – um profeta terrível ................................................................................ 57

Falsos profetas ......................................................................................................................................... 57

Ter atitudes de profetas ......................................................................................................................... 57

~ 7 ~

12ºENCONTRO| RESUMÃO ...................................................................................................................... 58

13º ENCONTRO | O NOVO TESTAMENTO ............................................................................................ 60

NOVO TESTAMENTO ............................................................................................................................... 60

O Novo Testamento e a história ............................................................................................................ 61

Escritos e coleções do Novo Testamento ............................................................................................ 61

14º ENCONTRO | MARIA ........................................................................................................................... 63

- Em Maria se realiza o Plano de Salvação - ......................................................................................... 63

A história de Maria ................................................................................................................................... 63

O que é a Anunciação de Nossa Senhora ............................................................................................. 63

As dificuldades enfrentadas por Maria ................................................................................................. 64

Palavras dirigidas a Maria ........................................................................................................................ 64

Nomes atribuídos a Maria ....................................................................................................................... 64

Maria a mãe da humanidade ................................................................................................................... 64

Dogmas de Maria ...................................................................................................................................... 64

Títulos conferidos a Maria ....................................................................................................................... 65

As sete dores de Maria ............................................................................................................................ 65

A maternidade de Maria com relação à Igreja ..................................................................................... 65

Maria vigilante pela Igreja ....................................................................................................................... 65

O culto da Santíssima Virgem ................................................................................................................. 65

SAGRADA FAMÍLIA ................................................................................................................................... 65

15º ENCONTRO | O BATISMO DE JESUS ............................................................................................... 67

- Vida pública de Jesus - ............................................................................................................................ 67

Introdução ................................................................................................................................................. 67

A mensagem de João batista (o precursor) ......................................................................................... 67

O batismo de Jesus .................................................................................................................................. 68

João Batista apresenta Jesus ao povo ................................................................................................. 68

16º ENCONTRO | A MENSAGEM.............................................................................................................. 69

CENTRAL DO EVANGELHO ...................................................................................................................... 69

- O anuncio do Reino de Deus e a Salvação de todos - .................................................................................. 69

A escolha dos apóstolos: ......................................................................................................................... 69

A mensagem de salvação de Jesus: ....................................................................................................... 69

A lei do perdão .......................................................................................................................................... 70

Nomes dos apóstolos............................................................................................................................... 70

A instituição do sacerdócio e da eucaristia .......................................................................................... 70

A instituição da igreja por Jesus Cristo ................................................................................................. 70

A paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo ................................................................................................ 71

A ressurreição de Jesus: .......................................................................................................................... 71

A ascensão de Jesus ao Céu.................................................................................................................... 71

~ 8 ~

17º ENCONTRO | JESUS: CAMINHO, VERDADE E VIDA ................................................................... 72

Jesus - bom pastor ................................................................................................................................... 72

Jesus - caminho, verdade e vida ............................................................................................................ 72

A condição para a salvação ..................................................................................................................... 72

Os desafios de seguir Jesus ................................................................................................................... 73

O início da missão da igreja .................................................................................................................... 73

18º ENCONTRO | OS SACRAMENTOS DA VIDA CRISTÃ .................................................................. 74

Sacramentos ............................................................................................................................................. 74

1º SACRAMENTO: BATISMO .................................................................................................................. 74

Batismo: fundamento da vida cristã ..................................................................................................... 74

Filiação divina ........................................................................................................................................... 75

O batismo de João Batista ..................................................................................................................... 75

A validade do batismo ............................................................................................................................. 75

Batismos válidos de outras igrejas ........................................................................................................ 75

Batismos inválidos ................................................................................................................................... 75

A missão de evangelizar e batizar ......................................................................................................... 76

O batismo na água e no espírito ............................................................................................................ 76

O batizado se torna luz do mundo ........................................................................................................ 76

2º SACRAMENTO: PRIMEIRA EUCARISTIA ........................................................................................... 76

A Santa Ceia .............................................................................................................................................. 76

A função do sacerdote ............................................................................................................................ 77

A Eucaristia ................................................................................................................................................ 77

O Cristão é o sacrário vivo de Jesus...................................................................................................... 77

A Eucaristia - Dogma de Fé ..................................................................................................................... 77

O Milagre Eucarístico de Lanciano ........................................................................................................ 77

3º SACRAMENTO: CRISMA ..................................................................................................................... 78

A promessa do Espírito Santo ................................................................................................................ 78

O dia da crisma ......................................................................................................................................... 78

A missão do crismado .............................................................................................................................. 79

Qual o sentido do Sacramento da Crisma? .......................................................................................... 79

O sinal da confirmação ............................................................................................................................ 79

O selo da confirmação ............................................................................................................................. 79

A confirmação é um chamado ao apostolado de Jesus..................................................................... 79

4º SACRAMENTO: PENITÊNCIA OU RECONCILIAÇÃO ....................................................................... 79

A história da confissão e da penitência ................................................................................................ 80

O perdão dos pecados ............................................................................................................................ 80

A confissão dos primeiros cristãos ........................................................................................................ 80

A quem deve ser feita a confissão ........................................................................................................ 80

~ 9 ~

19º ENCONTRO | OS SACRAMENTOS DA VIDA CRISTÃ: .................................................................. 82

5º SACRAMENTO: UNÇÃO DOS ENFERMOS ....................................................................................... 82

O que é a unção dos enfermos? ............................................................................................................. 82

Jesus cuida dos doentes .......................................................................................................................... 82

A antiga tradição do sacramento da unção dos enfermos ................................................................ 82

Liberdade na aceitação do sacramento ................................................................................................ 82

Jesus proclama a cura de um cego ........................................................................................................ 83

O fundamento do Sacramento da unção dos enfermos .................................................................... 83

Quem pode receber a unção dos enfermos? ....................................................................................... 83

A unção dos enfermos nos hospitais ..................................................................................................... 83

A pastoral da saúde e a unção dos enfermos ...................................................................................... 83

6º SACRAMENTO: MATRIMÔNIO .......................................................................................................... 84

O sacramento do matrimônio ................................................................................................................ 84

O Fundamento e a origem do matrimônio bíblico .............................................................................. 84

Jesus confirma a aliança no matrimônio .............................................................................................. 84

O casamento no Senhor .......................................................................................................................... 85

Em Canaã da Galileia, Jesus se manifesta num casamento ............................................................... 85

A virgindade por causa do reino de Deus ............................................................................................. 85

Efeitos do Matrimônio ............................................................................................................................. 85

O consentimento matrimonial ............................................................................................................... 86

O lar cristão ............................................................................................................................................... 86

O matrimônio e o adultério .................................................................................................................... 86

A unidade e a indissolubilidade do matrimônio .................................................................................. 86

7º SACRAMENTO: ORDEM ...................................................................................................................... 87

O sacramento da ordem e a missão do sacerdote .............................................................................. 87

O sacramento da ordem e o apostolado .............................................................................................. 87

Não temerão chamado de Deus ............................................................................................................. 87

Rezar pelas vocações ............................................................................................................................... 87

O sacerdócio no Antigo Testamento .................................................................................................... 87

Jesus instituiu o sacerdócio .................................................................................................................... 87

O sacramento da ordem no catecismo da Igreja Católica ................................................................. 88

A celebração do sacramento da ordem ................................................................................................ 88

20º ENCONTRO | DONS E FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO ............................................................... 89

A importância dos dons do Espírito Santo ........................................................................................... 89

O que são dons? ........................................................................................................................................ 89

Frutos do Espírito Santo .......................................................................................................................... 90

Frutos da carne ......................................................................................................................................... 90

21º ENCONTRO | ANJOS, SANTOS E DEMÔNIOS. .............................................................................. 92

~ 10 ~

Anjos ........................................................................................................................................................... 92

Anjos e Jesus ............................................................................................................................................ 92

Os anjos na vida do povo ........................................................................................................................ 92

Santos ........................................................................................................................................................ 93

A Canonização dos santos ...................................................................................................................... 93

Santos na Bíblia ........................................................................................................................................ 93

Demônios .................................................................................................................................................. 94

O ensinamento do catecismo obre os demônios ............................................................................... 94

Libertação do demônio ........................................................................................................................... 94

Obras do demônio ................................................................................................................................... 95

22º ENCONTRO | CÉU, INFERNO E PURGATÓRIO.............................................................................. 96

Beleza do céu e conhecimento de Deus .............................................................................................. 96

Comunhão entre a Igreja celeste e a Igreja terrestre ........................................................................ 96

Criação do Céu e da Terra e simbologia da cruz ................................................................................. 96

Inferno ....................................................................................................................................................... 96

A noção de inferno para o cristianismo ................................................................................................ 96

Existência do inferno ............................................................................................................................... 97

Referências bíblicas sobre o inferno .................................................................................................... 97

Purgatório ................................................................................................................................................. 97

23º ENCONTRO | A SANTÍSSIMA ............................................................................................................ 98

TRINDADE .................................................................................................................................................... 98

A verdade sobre a Santíssima Trindade ............................................................................................... 98

Deus Pai ..................................................................................................................................................... 98

Deus Filho – Deus filho e Deus Espírito Santo .................................................................................... 98

A Trindade é Uma ..................................................................................................................................... 99

24º ENCONTRO | A IDENTIDADE DO CATÓLICO E A SANTA MISSA .......................................... 100

A IDENTIDADE DO CATÓLICO ............................................................................................................. 100

No batismo nasce o Católico ................................................................................................................ 100

Morte do cristão católico ...................................................................................................................... 100

O crismado católico ............................................................................................................................... 100

A identidade do católico e seu compromisso com o Reino de Deus ............................................. 100

A consagração do Católico ................................................................................................................... 100

O Católico vence as armadilhas do mundo ........................................................................................ 101

O símbolo do Cristão Católico ............................................................................................................. 101

O alimento do Cristão Católico ........................................................................................................... 101

A vocação do Católico na Igreja ........................................................................................................... 101

A morte do Católico ............................................................................................................................... 101

A vida eterna do Católico ..................................................................................................................... 101

~ 11 ~

A SANTA MISSA ...................................................................................................................................... 102

Porque ir à Igreja? .................................................................................................................................. 102

Missa – sinal de unidade do católico .................................................................................................. 102

A participação nas missas ..................................................................................................................... 102

Significado dos gestos e posição dos fieis ........................................................................................ 102

Momentos litúrgicos ............................................................................................................................. 103

A expressão do Cristo ........................................................................................................................... 103

25º ENCONTRO | A IGREJA DE JESUS ................................................................................................ 105

Igreja Católica ......................................................................................................................................... 105

A universalidade da Igreja Católica .................................................................................................... 105

Salvação por meio da Igreja Católica.................................................................................................. 105

A missão da Igreja Católica .................................................................................................................. 106

O sinal dos Cristãos Católicos .............................................................................................................. 106

A autoridade da Igreja .......................................................................................................................... 106

Organização da Igreja Católica ............................................................................................................ 106

A hierarquia da Igreja Católica ............................................................................................................ 106

A autoridade do papa ........................................................................................................................... 106

A Igreja é o Corpo de Cristo ................................................................................................................. 107

Fora da Igreja Católica não há Salvação ............................................................................................. 107

FALSAS RELIGIÕES ................................................................................................................................ 107

O Católico deve permanecer firme da fé .......................................................................................... 107

A sedução de falsos pastores .............................................................................................................. 107

Sedução do mundo ................................................................................................................................ 108

Falsos cristos .......................................................................................................................................... 108

O Católico deve dar testemunho de sua fé ....................................................................................... 108

Há um único caminho ............................................................................................................................ 108

A Igreja Católica – a verdadeira Igreja de Cristo .............................................................................. 108

Características da Igreja verdadeira ................................................................................................... 108

As divisões da Igreja Católica .............................................................................................................. 109

Pluralidade de religiões ........................................................................................................................ 110

Estudemos algumas religiões, seitas e crendices. ........................................................................... 110

O espiritismo .......................................................................................................................................... 110

Advertência às práticas espirituais ..................................................................................................... 110

Bruxaria ................................................................................................................................................... 110

Adivinhação ............................................................................................................................................ 110

Feitiçaria e magia ................................................................................................................................... 111

Nova era .................................................................................................................................................. 111

No âmbito religioso ............................................................................................................................... 111

~ 12 ~

A Igreja Universal do Reino de Deus ................................................................................................... 111

Edir Macedo e a teologia da prosperidade ........................................................................................ 111

Advertência à teologia da prosperidade............................................................................................ 112

Testemunhas de Geová ......................................................................................................................... 112

Congregação Cristã no Brasil ............................................................................................................... 112

A igreja do evangelho quadrangular .................................................................................................. 112

A igreja católica brasileira..................................................................................................................... 112

A igreja internacional da graça ............................................................................................................ 113

A igreja mundial do poder de Deus ..................................................................................................... 113

A Associação vitória em Cristo ............................................................................................................. 113

Igreja apóstólica renascer em Cristo .................................................................................................. 113

A Igreja Deus é amor ............................................................................................................................. 113

A igreja messiânica Johrei .................................................................................................................... 113

A igreja metodista .................................................................................................................................. 114

26º ENCONTRO | DIGA NÃO AS DROGAS .......................................................................................... 116

Evite as drogas ....................................................................................................................................... 116

Ouvir os verdadeiros amigos ............................................................................................................... 116

O traficante ............................................................................................................................................. 116

Desconfiar sempre ................................................................................................................................. 116

Estude um pouco sobre as drogas ...................................................................................................... 116

Conversando com os pais ..................................................................................................................... 117

Tipos de drogas ...................................................................................................................................... 117

Pastoral da sobriedade ......................................................................................................................... 117

ANEXO I | QUARESMA ............................................................................................................................ 118

1. O que quer dizer Quaresma? ........................................................................................................... 118

2. Qual o significado destes 40 dias? .................................................................................................. 118

PRINCIPAIS FATOS OCORRIDOS NA SEMANA SANTA .................................................................... 118

QUINTA-FEIRA SANTA ........................................................................................................................... 118

SEXTA-FEIRA SANTA .............................................................................................................................. 118

SÁBADO SANTO ..................................................................................................................................... 118

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO ............................................................................................................ 118

ANEXO II | TEMPOS LITÚRGICOS ......................................................................................................... 119

Advento ................................................................................................................................................... 119

Tempo do Natal ...................................................................................................................................... 119

Tempo da Quaresma ............................................................................................................................. 119

Tríduo Pascal ........................................................................................................................................... 119

Tempo Pascal .......................................................................................................................................... 120

Tempo Comum ....................................................................................................................................... 120

~ 13 ~

ANEXO III | SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI ............................................................................... 121

Origem Sacra da Solenidade ................................................................................................................ 121

ANEXO IV | FESTA DE NOSSA SENHORA DE APARECIDA ............................................................ 122

Início da devoção ................................................................................................................................... 122

ANEXO V | FESTA DE SÃO JUDAS TADEU ......................................................................................... 123

História de São Judas Tadeu ................................................................................................................ 123

São Judas Tadeu na santa ceia ............................................................................................................ 123

Vida apostólica de São Judas Tadeu .................................................................................................. 123

História do Santuário São Judas Tadeu ............................................................................................. 123

~ 14 ~

~ 15 ~

1º ENCONTRO | A

IDENTIDADE DO CRISTÃO

Para começar os nossos encontros, hoje, iremos aprender a rezar. Você sabe qual foi a principal oração que Jesus nos ensinou? Responda ________________________________________ Jesus quer que sigamos o seu exemplo porque REZAR é muito bom! A oração nos faz ficar mais perto de Deus, nos faz sentir amados e protegidos por Ele, nos faz mais unidos e mais irmãos uns dos outros. Jesus nos ensina a rezar porque nos ama. Vamos conhecer as principais orações do católico:

SINAL DA CRUZ + Pelo sinal da Santa Cruz + livrai–nos Deus nosso Senhor + dos nossos inimigos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

GLÓRIA AO PAI Glória ao Pai, ao filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

PAI NOSSO Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje; e perdoai – nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai –nos do mal. Amém.

AVE MARIA Ave, Maria, cheia de graças, O senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA Ó minha Senhora e minha mãe, eu me ofereço todo a vós, e em prova da minha devoção para convosco, vos consagro neste dia e para sempre, meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração, e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou vosso, ó incomparável mãe, guardai–me como coisa e propriedade vossa. Amém.

ORAÇÃO DA MANHÃ Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir – te a paz, a sabedoria, a força... Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor; ser pacientes, compreensivos, mansos e prudentes; ver, além das aparências, teus filhos, como te os vês, e assim não ver senão o bem de cada um deles. Cerra meus ouvidos a toda calúnia. Guarda a minha língua de toda maldade. Que só a benção se encha o meu espírito. Que eu seja tão bondoso e alegre, que todos quantos se achegarem a mim sintam a tua presença. Reveste – me de tua luz, Senhor, e que no decurso deste dia eu te revele a todos. Amém.

ORAÇÃO DA NOITE É noite! Termina mais um dia e outro começa. Há silêncio e mistério. Senhor, com a noite chega para nós o cansaço, a consciência de nossas dificuldades, de nossos erros e carência. A noite faz realçar os ângulos de nossos limites, o

ATO DE CONTRIÇÃO Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração de vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo, com a vossa graça, esforçar – me para ser bom. Meu Jesus, misericórdia!

ANJO DA GUARDA Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti

[ORAÇÃO DA

FAMÍLIA, IGREJA,

MISSA E BÍBLIA]

~ 16 ~

peso de nossa solidão, a amargura de nossas decepções e a profundidade de nossa dor. Mas, com nossa fé que persiste, sabemos, Senhor, que não paramos na noite. Caminhamos na escuridão com a certeza de acordar para luz. Enquanto enfrentamos a noite, rezamos com o salmista: “Ainda que eu passe por um vale escuro, nada temerei, Senhor, porque estás junto a mim” (Sl 23). Enquanto enfrentamos a noite, partilhamos sua luz com os que sofrem. E, com as luzes que vamos acendendo no coração dos irmãos, iluminamos o nosso próprio caminho. Pedimos que nós abençoes, Senhor, e que tenhamos chance de acordar para o novo dia cantando a alegria de viver.

CREDO Creio em Deus Pai todo – poderoso Criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor: que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu a mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo – poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os motos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém.

ESPÍRITO SANTO Vinde, Espírito Santo, enchei o coração dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo fazei que apreciemos corretamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

ORAÇÃO DA PAZ Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas fé que anima vossa Igreja; daí – lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém

ORAÇÃO DO TERÇO É uma oração simples que fortifica a Fé, alimenta nossa esperança e nos impulsiona a amar como Jesus. É uma oração fácil de ser rezada em qualquer tempo e lugar, permanecendo assim uma oração nova e atual. Faz crescer o amor é a fraternidade entre nós, ajuda – nos a superar os sofrimentos e dificuldades do dia - a – dia, com alegria e paz.

Como rezar o terço NA CRUZ: Oferecimento.

Senhor Jesus, nós vos oferecemos este treco que vamos rezar, contemplando os mistérios de vossa redenção. Concedei – nos, pela intercessão de Maria, Vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as atitudes que nos são necessárias para bem reza – lo e as graças que nos vêm desta santa devoção.

Em seguida, um Creio em Deus Pai. PRIMEIRA CONTA MAIOR: Um Pai Nosso AS TRÊS PRIMEIRAS CONTAS MENORES: Três Ave – Marias em honra a Santíssima Trindade. SEGUNDA CONTA MAIOR: Um Pai Nosso

Mistérios

Gozosos (da Alegria) – Rezado às Segundas Feiras e Sábados: Primeiro Mistério: Anunciação do Anjo: Maria diz sim a Vida ( Lc. 1, 26 – 38).

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Rezemos: Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai. Segundo Mistério: Maria vai ao encontro de sua prima Isabel ( Lc. 1, 39 – 56).

Rezemos: Um Pai – Nosso, Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai Terceiro Mistério: Nasce Jesus na gruta de Belém (Lc. 2, 1 -20).

Rezemos: Um Pai – Nosso, Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai Quarto Mistério: Apresentação de Jesus no Templo (Lc. 2, 21 – 40).

Rezemos: Um Pai – Nosso, Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai Quinto Mistério: Jesus é reencontrado no templo com os doutores da lei (Lc. 2, 41 -52).

Rezemos: Um Pai – Nosso, Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai

Dolorosos (de Dor) – Rezado às Terças Feiras e Sextas-Feiras: Primeiro Mistério: Sofrimento d Jesus n Jardim das Oliveiras ( Lc. 22, 39 – 46).

Rezemos: Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai. Segundo Mistério: A flagelação de Jesus ( Jo. 19, 1 – 3).

Rezemos: Um Pai – Nosso, Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai Terceiro Mistério: A coroação de espinhos(Mt. 27, 27 -31). Quarto Mistério: Jesus carrega a Cruz (Jo.19, 16 – 17). Quinto Mistério: Jesus morre pregado na Cruz (Jo. 19, 25 - 30).

Gloriosos (de Glória) – Rezado às Quartas Feiras e Domingos: Primeiro Mistério: A Ressurreição de Jesus ( Mt. 28, 1 – 8).

Rezemos: Um Pai-Nosso Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai. Segundo Mistério: A ascensão de Jesus( Lc. 24, 50

– 53).

Rezemos: Um Pai – Nosso, Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai

Terceiro Mistério: A Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos e Maria (Mt. 27, 27 -31).

Quarto Mistério: Assunção de Maria aos céus. Quinto Mistério: Maria é coroada Rainha do céu e

da terra.

Luminosos (de luz) – Rezado às Quintas Feiras:

Primeiro Mistério: Batismo de Jesus no Rio Jordão ( Mt. 3, 13 – 17).

Rezemos: Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai.

Segundo Mistério: A auto Revelação de Jesus nas Bodas de Cana ( Jo. 2, 1 – 12).

Rezemos: Um Pai – Nosso, Dez Ave – Marias e Um Glória ao Pai

Terceiro Mistério: O anúncio do Reino de Deus com o convite conversão(Mc. 1, 14 -15).

Quarto Mistério: A Transfiguração de Jesus (Lc. 9, 28 – 36).

Quinto Mistério: A Instituição da Eucaristia (Lc. 22, 14 - 30).

Agradecimento Infinitas graças vos damos, soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de

vossas mãos liberais. Dignai – vos agora e para sempre tomar–nos debaixo de vosso poderoso amparo e, para mais vos agradecer, vos saudamos com uma Salve-Rainha.

~ 18 ~

IGREJA, MISSA E BÍBLIA

Na Bíblia Deus nos ensina como devemos tratar os pais. Vamos ler e procurar entender o que diz Eclo 3,1-16. “Honrar significa respeitar, estimar, obedecer e amar”. É o que devemos ter para com nosso pai e para com nossa mãe e para com as pessoas que também cuidam de nós (avós, tios e outros). É na FAMILIA QUE você nasce, cresce e aprende a se relacionar com os outros. Cada um de nós tem laços de união e compromisso com a sua família. A família é nosso primeiro mundo. É preciso cultivar o amor, a solidariedade, o dialogo, a compreensão e a oração para superar os problemas que aparecem nas famílias, como desemprego, as doenças e a separação dos pais. Devemos também ter carinho para com as pessoas mais idosas, os doentes, os vizinhos, os professores, os amigos, os catequistas porque todos eles, e nós também, fazemos parte da grande família de Deus.

A Igreja também é uma família Todas as pessoas que participam da Igreja Católica, nas missas e celebram a Palavra de Deus são semelhantes a uma família, pois elas estão envolvida pelo Ministério de Cristo que escolheu seus apóstolos para enviá-los ao mundo para evangelizar.

ORAÇÃO PELA FAMÍLIA Que nenhuma família comece em qualquer de repente. Que nenhuma família termine por falta de amor. Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente E que nada no mundo separe um casal sonhador. Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte. Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois. Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte. Que eles vivam no ontem, no hoje e em função de um depois. Que o marido e a mulher tenham força de amar sem medida. Que ninguém vá dormir sem pedir a benção ou sem dar seu perdão.

Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida, Que a família celebre a partilha do abraço e do pão. Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois. Que seu firmamento a estrela que tem maior brilho, Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois. Que a família comece e termine sabendo onde vai E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai. Que a mulher seja um céu de ternura aconchego e calor. Que os filhos conheçam a força que brota do amor. Abençoa SENHOR as famílias, amém. Abençoa senhor a minha também.

A Igreja Igreja é a reunião do povo de Deus. Deve ser uma comunidade viva, com a finalidade de continuar a missão que Jesus nos deixou. Para que isso aconteça, é necessário que vivamos o amor de Jesus Cristo, e que nos coloquemos a serviço da comunidade. A igreja somos todos nós que temos a mesma fé. Não é somente o Papa, o padre, as freiras ou os religiosos que formam a Igreja. Eles estão a serviço da Igreja. Nós também somos Igreja. Vamos conversar mais sobre os termos clero e leigo. LEIGOS\FIEL: São os fiéis em Cristo pelo batismo e constitui o povo de Deus. São chamados para construir a Igreja. CLERO\RELIGIOSO: É formado pelos: Bispos, Presbíteros e os Diáconos. Bispos – São sucessores dos apóstolos até o fim dos tempos. Tem como missão ensinar e pregar o EVANGELHO a toda criatura, para que alcance a salvação pela fé.

~ 19 ~

Presbíteros (Padres) – Através do sacramento da ordem são portadores de Graça para pregar o EVANGELHO, conquistando os fiéis e celebrar o culto divino. Diáconos – Servem ao povo de Deus no serviço da Liturgia, da palavra e da caridade. Estão a serviço do povo de Deus em comunhão com o bispo e o presbítero. Não realizam Missas. (Fonte: Documento do concílio Ecumênico Vaticano II – Editora Paulus)

A Igreja é a família de Deus A Igreja Católica Apostólica Romana é a família de Deus. Uma vez reunidos em comunidade, o povo de Deus, ao celebrar a Palavra e a Eucaristia cumprem o mandamento de Cristo de fazer isto para recordar a sua memória até que ele volte outra vez. Por essa razão, o cristão verdadeiro é aquele comprometido com o Reino de Deus, com sua Palavra, com a Evangelização de seus irmãos e especialmente, é um cristão participante da celebração da comunidade nas missas aos domingos, nas comemorações religiosas, entre outras. Ao se reunir na Igreja, os cristãos formam uma família porque estão reunidos em torno do banquete que é o altar. No Altar se realiza o Santo Sacrifício de Nosso Senhor. É do Altar que provém todas as bênçãos. Caros Crismandos, se nós não participarmos das missas como podemos confirmar nossa Fé. ? É preciso participar atualmente. Somente a participação atuante dos Crismandos demonstrará seu verdadeiro amor por Cristo, por sua Igreja e isso marcará um encontro profundo de amor com o Filho de Deus e o jovem, o adulto, o idoso, entre outros. Esses irmãos, verdadeiramente atuantes jamais abandonarão sua Igreja Católica Apostólica Romana porque o Senhor passa a fazer parte de sua história, atuando com poder e autoridade.

A Missa A Missa é a reunião da família de Deus para louvar e agradece, pede perdão e se alimenta com o Corpo de Jesus. Vamos entender um pouquinho o que acontece na Missa.

1- ENTRADA – è a procissão do povo de Deus que se dirige à casa do Pai. Todos estão alegres e cantando. 2- SAUDAÇÃO- No início da Missa o padre faz uma pequena saudação, cumprimentando os participantes. 3- ATO PENITENCIAL- Para participar da Celebração devemos estar com o coração bem limpo, sem nenhum

pecado; por isso pedimos perdão a Deus. Escreva um pequeno ato de arrependimento: _______________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4- Sabemos que Deus sempre nos perdoa. Nós o louvamos cantando ou rezando o GLÓRIA. 5- LEITURAS- Até agora Deus nos ouviu. É a nossa hora de ouvi-lo contemplando as três leituras apresentadas

pela igreja a cada missa ou celebração da palavra. 6- HOMILÍA - Onde o padre explica a mensagem tirada das leituras da Bíblia e a posição mais coerente do cristão

frente ao mundo atual. 7- Nós acreditamos nas coisas de Deus, por isso rezamos o CREDO. 8- Na ORAÇÃO DA ASSEMBLÉIA, a comunidade faz os seus agradecimentos e/ou pedidos. Escreva um

agradecimento ou pedido à Deus por meio de Jesus Cristo:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9- OFERTÓRIO - Está na hora de preparar a mesa para grande banquete. Além do Pão e do Vinho, oferecemos tudo o que somos e temos. Escreva o que você deseja oferecer a Deus:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10- Na ORAÇÃO EUCARÍSTICA- O pão e o vinho são transformados no Corpo e Sangue de Jesus Cristo, n momento da consagração.

~ 20 ~

11- PAI NOSSO- É a oração que ________________ nos ensinou. 12- Na ORAÇÃO PELA IGREJA, pedimos pela unidade e pela paz. 13- SAUDAÇÃO DA PAZ- é a hora de desejar ao irmão a PAZ de Cristo. Escreva a saudação de Paz que dizemos

na Missa: ________________________________________________________________ 14- CORDEIRO DE DEUS - é a oração que nos diz que só Cristo pode perdoar a nossos pecados. 15- COMUNHÃO - é a hora da refeição, onde o próprio Cristo é nosso alimento. Comungando, nós também nós

comprometemos com toda a humanidade que sofre e se alegra. 16- AÇÃO DE GRAÇAS- Por causa de tudo que temos e somos, nós agradecemos ao Senhor. Escreva uma

mensagem de agradecimento:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

17- DESPEDIDA- O padre dá a bênção e se despede. Só que ela não deve terminar aí. Ela deve continuar durante a semana, lembrando- nos do que celebramos.

~ 21 ~

2º ENCONTRO | BÍBLIA

A Bíblia fala da história do Povo que foi escolhido por Deus. A Bíblia nos ajuda a viver conforme o desejo de Deus. A Bíblia é o livro mais lido no mundo e mais conhecido no mundo inteiro. A palavra Bíblia vem da língua grega e quer dizer “coleção de livros” ou “biblioteca”. A Palavra de Deus contida na Bíblia é para ser vivida. O crismando é, sobretudo um Cristão, que compreendendo a sua importância no mundo, ler, medita e reflete a Palavra de Deus, e pela ação do Espírito Santo, toma a decisão acertada em sua vida.

A função da bíblia Diz a palavra de Deus: “Toda a escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na Justiça. Por ele o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.”. (2 Tm. 3.16-17)

Divisão da Bíblia A Bíblia se divide em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. Antigo Testamento (AT): Fala da história do povo que Deus escolheu para fazer a Aliança. Foi escrita antes do nascimento de Jesus. Possui 46 livros. São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, Samuel 1e 2, Reis 1e 2, Crônicas 1 e 2, Esdras, Neemias, Jô, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico, Sabedoria, Eclesiástico, Tobias, Judite, Ester, Macabeus 1 e 2, Isaias, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Os cincos primeiros livros da Bíblia são chamados de Pentateuco. Escreva–os: ______________________________________________________________________________________ Novo Testamento (NT): Relembra a Aliança feita entre Deus e o povo. Foi escrita depois da Ressurreição de Jesus. Possui 27 livros. São eles: os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, Atos dos Apóstolos, Tiago, Pedro 1e 2, João 1, 2 e 3, Judas, Romanos, Coríntios 1 e 2, Gálatas, Efésios, Filipenses,Colossenses, Tessalon 1 e 2, Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus e Apocalipse. A Bíblia tem 73 livros, divididos em capítulos e versículos.

[A BÍBLIA É UM LIVRO QUE

CONTÉM A PALAVRA DE DEUS. É

POR MEIO DELA QUE DEUS SE

REVELA A PESSOA HUMANA.

DEUS FALA PELA BÍBLIA PARA

NOS ANIMAR E ORIENTAR NA

CAMINHADA CRISTÃ. DEUS NOS

FALA TAMBÉM PELOS

ACONTECIMENTOS DE CADA

DIA.]

~ 22 ~

Os capítulos e versículos são indicados de forma abreviada. Veja o exemplo: Mt 4, 1-5, que quer dizer: Evangelho de São Mateus, Capítulo 4, Versículo de 1 a 5.

É muito importante que toda a família tenha a Bíblia. A Bíblia é a palavra de Deus. Vamos ouvir a palavra de Deus sempre com atenção e muito amor no coração!

Exemplificando a divisão da Bíblia

Caro crismando, pelo desenho abaixo, você pode ter a compreensão de como está dividida a Bíblia e como está predisposta em seus livros, isto é, organizada.

Quem escreveu a Bíblia?

Já dissemos no encontro anterior que a Bíblia foi totalmente inspirada por Deus. Para Definirmos inspiração, preferimos seguir o conceito descrito por São Tomás de Aquino:

~ 23 ~

Vemos, assim, que os livros da Bíblia foram escritos por homens movidos pela ação direta de Deus, de forma a prevenir erros, fazendo que aceitemos Deus como autor principal e o homem como autor secundário. O homem é instrumento de Deus e é movido e dirigido por Ele. Porém, não devemos confundir inspiração com revelação: a revelação ocorre quando Deus mostra ou descobre ao homem verdades de fé; a inspiração, como vimos, é o ato de Deus mover o homem a escrever verdades de fé, assistindo e preservando seus escritos do erro. O fato de Deus ter inspirado homens, não significa, contudo, que tenha anulado a inteligência e a liberdade do ser humano. Sobre isso, ensina-nos o Magistério da Igreja:

Mas por que Deus inspiraria seres humanos para elaborar a Bíblia? Ora, Deus é nosso Criador e nos criou por amor! Inspirando alguns santos homens a escrever tais livros, deu à religião uma base divina, absolutamente correta, já que, por serem inspirados, os livros da Bíblia são a própria Palavra de Deus, em toda a sua essência e força. Já que foram escritos por homens, de forma que podemos entender seu conteúdo, foram usadas linguagens humanas. Quase todas as Bíblias modernas trazem logo na primeira folha as três linguagens que foram usadas para compô-la: o hebraico, o aramaico e o grego. O hebraico foi usado para a redação de quase todo o Antigo Testamento; o aramaico (língua falada na Palestina na época de Jesus) foi usado para alguns pequenos trechos do Antigo Testamento e, segundo alguns estudiosos, para o original do Evangelho de Mateus; o grego comum (koiné), por fim, foram utilizados para escrever alguns poucos livros do Antigo Testamento e para todo o Novo Testamento.

1. Você e seus pais costumam participar das missas? 2. É importante participar das missas? Por quê? 3. Você lê e medita a Palavra de Deus todos os dias? 4. Você está disposto (a) a meditar a Palavra de Deus todos os dias? 5. Qual a importância da Igreja, da Missa e da Bíblia na vida do Cristão?

~ 24 ~

3º ENCONTRO | O PLANO DE

AMOR DE DEUS E AS MARAVILHAS

DA CRIAÇÃO

Leitura: Primeiro Livro da Bíblia: Livro do Gênesis, capítulos 1 e 2

Deus, em seu infinito amor, criou tudo o que no mundo existe, mas somente ao homem o fez a “sua imagem e semelhança”. O homem, ao contrário das plantas e animais é uma Criatura Especial, pois Deus o diferenciou em tudo das outras espécies de vida do Planeta Terra. Deus é amor. O fato de criar o Mundo já demonstra o quanto Deus desejou que tudo o que nele estivesse e pudesse desempenhar uma função, uma missão. Nada foi criado por acaso. No encontro de hoje, nós vamos aprender sobre as maravilhas de Deus, ou seja, as maravilhas da criação. Vamos constatar na realidade que Deus fez tudo por amor. Que ele tinha e tem um plano de amor para todos nós. As maravilhas criadas por Deus no início dos tempos é fruto desse Plano de Amor. No centro desse Plano de amor está a pessoa humana, a quem Deus o fez semelhante a ele mesmo. Fazemos um convite a você para mergulhar nas maravilhas criadas por Deus e constatar o quanto o Senhor Javé é eternamente bondoso, amoroso, manso, compassivo, misericordioso, justo e bom.

No paraíso O Paraíso é o retrato de quanto Deus queria e ainda quer o bem da humanidade, pois bastava aos seus habitantes, homem e mulher respeitar as normas estabelecidas por Deus, como não comer do fruto da árvore que estava no meio do Jardim, ou seja, a árvore da ciência do bem e do mal. É preciso respeitar e obedecer a Deus: Quando Deus impede e não permite ao homem e a mulher que comam do fruto proibido é porque não deseja que eles sofram e conheçam todas as espécies de fraquezas e sofrimentos que hoje conhecemos, como as guerras, as doenças, o desemprego, a fome, a pobreza, o desrespeito ao próximo.

O propósito de Deus para o homem e a mulher Deus tem um propósito para o homem e a mulher: O que Deus quer de nós?. Deus quer que cada um de nós faça uma reflexão de sua própria vida, a luz de seu imenso amor, pois Deus nos concedeu a vida, por meio de nossos pais, aos nossos pais ele dá o trabalho que lhe permite comprar os alimentos para nos manter vivos. Deus permitiu aos nossos pais que nos colocassem na escola para aprender a ler, escrever e a viver no mundo.

Em fim, nossos pais nos ensinam a viver no mundo, a conhecê-lo e a vencê-lo. O amor de Deus é o amor do Pai pelo Filho (a), da Mãe pela filha (o), e de uns apara com os outros.

Fazer o bem sempre: Na criação do mundo Deus nos mostra que quem ama é capaz de fazer tudo de bom, de fazer o bem ao próximo, sempre. Se amamos nossos pais Deus nos dará muitas bênçãos. Se amamos a Igreja de Deus, Igreja Católica Apostólica Romana, Deus é capaz de realizar nas nossas vidas tudo de bom, porque Deus é amor. Mas também é preciso amar a quem não nos ama, aquelas pessoas que não nos quer o bem, e orar para Deus manifestar o seu imenso amor e transformar os corações desses nossos irmãos. Também devemos amar: Devemos amar também aquelas pessoas que ele nos deu, nos enviou, por exemplo, nossos pais, nossos irmãos, os sacerdotes, as freiras, os professores, os vizinhos, nossos amigos, e tantas outras pessoas. Construindo um mundo melhor: A decisão de amar é uma decisão pela construção de um mundo melhor. E nisso devemos lembrar que o maior gesto de amor, foi quando Deus nos deu Jesus Cristo, seu único filho para a Salvação do Mundo. Uma mudança de vida: Para amar de verdade é preciso mudar de vida. É preciso mudar os comportamentos que nos afastam de Deus. É preciso que eu decida vier para amar, amar a Deus, meus pais e a todas as pessoas que Deus colocou na minha vida, pois todos nós somos filhos e filhas de Deus.

[MEUS IRMÃOS, A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO

DO MUNDO É A HISTÓRIA DO AMOR DE

DEUS. QUANDO DEUS PRETENDEU CRIAR O

MUNDO, ELE FEZ BROTAR E HABITAR NA

TERRA TODAS AS ESPÉCIES DE PLANTAS E

ANIMAIS QUE PUDESSEM SER ÚTEIS AO

MAIS SUBLIME E BELO DE TODOS OS

HABITANTES, OU SEJA, AO HOMEM E A

MULHER.]

~ 25 ~

Amara criação: Além de amar a pessoa humana com a expressão do amor de Deus. Todas as coisas existem no mundo e precisa do nosso amor, do nosso respeito. Logo, precisamos preservar os rios, lagos, mares, peixes, animais terrestres e silvestres e todas as espécies de animais criados por Deus.

Vamos orar Também não se esqueçam de rezar (orar) pela manhã, ao levantar e a noite ao dormir, mas também a todo o momento, pedindo a proteção dos anjos, de Nossa Senhora e de todos os santos.

Muito importante: Não se esquecer de frequentar a missa. Ela é parte integrante da nossa formação e indispensável para o crescimento de nossa fé e o contato que devemos ter com Deus e seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo.

~ 26 ~

4º ENCONTRO | O PECADO

ORIGINAL

-A Queda do Homem - Leitura: Primeiro Livro da Bíblia: Livro do Gênesis, cap. 3.1-24.

Recapitulando o terceiro encontro Já refletimos e aprendemos que Deus é nosso Pai e nos trata como filhos. Que ao criar o mundo e tudo o que nele existe, manifestou seu Plano de Amor e desejou que tudo fosse bom, útil e agradável ao homem e a mulher, a quem conferiu o poder para administrar tudo e fazer com que toda a criação crescesse, geminasse e desse muitos frutos. Mas, nem sempre foi assim. O homem e a mulher, vivendo no Paraíso, desconfiaram das maravilhas de Deus e de seu Plano de Amor, desobedeceram aos preceitos prescritos, e ouvindo a voz do inimigo (satanás) pecaram contra Deus, contrariando seus mandamentos, suas ordens, seus decretos e deixaram entrar em suas vidas a força do mal. Essa realidade de desordem põe em evidência outro Plano que não é o Plano de Deus, mas o plano de satanás, o adversário, aquele que quer nos aprisionar e nos fazer seu predileto aprendiz.

O Pecado original A noção de pecado original está muito presente na cultura da pessoa humana. Na verdade, fala-se em culpa, na medida em que o homem foi considerado culpado em algum momento por ter contrariado as ordens de Deus, suas maravilhas e seu Plano de Amor. Já vimos que o propósito de Deus com a criação era a perfeição do mundo, a existência de um ambiente agradável e favorável á vida de todas as espécies. O homem, pela força do mal e pela desconfiança não acreditou nessas maravilhas e nesse Plano de Amor, vindo, em razão dessas circunstâncias (ausência de fé em Deus e desconfiança), a cair no pecado, isto é, ferir aquilo que Deus criou para homem e mulher.

Meditação sobre o pecado original Vamos meditar o livro do gênesis, capítulo 3 versículos de 1 a 24. Inicialmente, a leitura bíblica sobre o pecado original registra a existência de um lugar onde viviam duas pessoas, Adão e Eva, mas também um animal astuto, conhecido por serpente. O local onde essas pessoas e esse animal viviam é conhecido como Jardim do Édem, também conhecido como paraíso. Reflexão: O que é um paraíso? Paraíso é um local bom ou ruim? Quando alguém fala que tal lugar é um paraíso, está se falando de coisa feia o bonita? No Jardim do Édem, Deus colocou óbices, isto é impedimentos a certos atos que homem e mulher não podiam fazer. Que óbice ou impedimentos eram esses? O que era permitido fazer ou não fazer no Édem? A leitura fala em fruto proibido. Que fruto era esse? O que era permitido fazer do Édem? Por que Adão e Eva comeram de um certo “fruto proibido” ? Porque Adão e Eva esconderam-se da face de Deus? O que vem a ser esse esconder-se? Em algum momento de nossas vidas, também nós escondemos da face de Deus? Quando isso ocorre? Porque Adão coloca a culpa em Eva pelo comer do fruto? Quem é a mulher que o versículo 15 do capítulo 3 do livro do Gênesis está falando? Porque Deus impõe à Adão e a Eva encargo tão pesados?

[VAMOS RECORDAR: NO

TERCEIRO ENCONTRO NÓS

APRENDEMOS QUE DEUS É NOSSO PAI

E NOS TRATA COMO FILHOS.

APRENDEMOS TAMBÉM QUE DEUS

CRIOU UMA SÉRIE DE MARAVILHAS

PARA SERVIR AO HOMEM E A MULHER,

ASSIM TAMBÉM, A TODA ESPÉCIE DE

SER VIVO DO PLANETA. ]

~ 27 ~

As más escolhas dos homens e mulheres O pecado original é o retrato das más escolhas do homem e da mulher, pois ao ouvirem a voz da serpente no Jardim do Éden e desconfiarem do Plano de Amor de Deus e de suas maravilhas, acabaram por permitir o conhecimento sobre o bem e o mal, o justo e o injusto, o alegre e o triste, a riqueza e a pobreza, a doença e a saúde, etc.

A liberdade humana Deus deu ao homem o livre arbítrio. Isto é, a capacidade de escolher o que fazer e como fazer. Mas Deus não deu ao homem e a mulher a licença para o pecado, ou seja, Deus não autorizou ao homem e a mulher que pecassem, pois só desejou o amor. A liberdade exagerada de homem e mulher promoveu e ainda promove nos dias de hoje afronta as leis de Deus e isso gera a desobediência ao Plano de Amor, e cria vários impedimentos para que vivamos esse Plano de Amor em nossas vidas.

Conceito de pecado Pecado é toda transgressão as leis, mandamentos, decretos, ordens e princípios religiosos de Deus e de sua Igreja. É tudo aquilo que vai contra a vontade de Deus e seu Plano de amor.

O pecado nos afasta de Deus Ao pecar, homem e mulher, de um modo ou de outro acabam se afastando de Deus, com maior ou menor intensidade, de acordo com o grau (gravidade) do pecado cometido. Deus é amor e não fica feliz quando homem e mulher se encontram numa situação de pecado. Por isso, amados, devemos nos afastar de toda a situação de impurezas e de pecados. Deus quer habitar num coração limpo, sem manchas, por esse motivo vamos vigiar nossos comportamentos, atitudes, gestos, pensar e agir para poder viver na luz de Deus.

O pecado de Caim O pecado de Caim contra Abel se deve a inveja do primeiro pelo segundo. Abel fez oferendas agradável a Deus e por isso Deus o cumulou de bênçãos. Caim teve inveja da oferta de Abel e por essa razão, tramou a morte do irmão.

O Inferno O inferno é a completa ausência de Deus na vida do homem e da mulher. Jesus fala em várias passagens da Bíblia no fogo eterno, no fogo que não se apaga, num lugar onde o sofrimento será eterno. Para lá irão todos aqueles que não amaram e não fizeram à vontade de Deus. Exemplos de situações de pecados. A Bíblia Sagrada está repleta de situações cometidas pelos homens e mulheres que são considerados pecados, ou seja, posturas que desagradam a Deus e afastam os seus filhos das maravilhas da Criação. “Ora, as obras da carne são estas: formicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes”.(Gl. 5.19-21) Veja a advertência: “Dessas coisas vos previno, como já vos previni; os que as praticam não herdarão o Reino de Deus”! (Gl. 5.22) Explicação: Quem praticar todas as situações descritas na Carta de São Paulo aos Gálatas tem sua recompensa: Essa recompensa é o afastamento das maravilhas de Deus e de seu Plano de amor, vindo por conseguinte a ganhar a morte e o inferno. O jovem da Crisma e o adulto devem ficar longe das impurezas (pornografia por meio de revistas, acesso a internet, filmes, mas inclinações, maus pensamentos, maus desejos. Tudo isso leva a impureza e nos afasta do Plano de amor de Deus. Registra-se no livro dos Salmos: “Que os pecadores caiam na região dos mortos, todos esses povos que olvidaram a Deus”. (Sl. 9.18)

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As boas obras As boas obras que são tudo de bom, são aquilo que fazemos pela ação do Espírito Santo. O Espírito Santo é a pessoa da Santíssima Trindade e os cristãos o recebem por ocasião do Sacramento do Batismo. Vivendo sob a ação do Espírito Santo somos capazes de pensar só coisas boas, somente as cosias que agradam a Deus, que respeitam suas maravilhas e seu Plano de Amor. As boas obras são obras que nos conduzem ao amor de Deus. Elas são responsáveis por nos ligar à chama de amor de Deus e evitar a chama do fogo eterno. Por isso, o homem e a mulher devem escolher entre dois caminhos: 1) o que leva a Graça ou 2) o que leva a desgraça.

Confissão dos pecados Os pecados precisam ser confessados, ou seja, manifestados e declarados a Deus, por meio de sua autoridade, ou seja, o sacerdote, que em nome de Deus devolve ao pecador a graça, absolvendo a pessoa pelo cometimento dos pecados. Quem absolve os pecados é Deus após o sacerdote clamar a misericórdia do Pai. O sacerdote, ao final da confissão exprime: “Eu te absolvo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Essa absolvição é a resposta de Deus a humildade do pecador que procurou Deus e se declarou culpado pelas ofensas aos mandamentos, leis e decreto divinos.

Perdão dos pecados Jesus desejou que homem e mulher se arrependessem de seus pecados e perdoassem os pecados uns dos outros. (Mt. 5.23-24; Mt. 18.15-17; Lc. 17.3-4 ; Gal. 5.19-21; Colos. 3.114; Tiago 5.16, etc.) A confissão dos pecados devolve ao cristão a condição de beleza da criação inicial, sem mancha, sem sujeira, sem nada que possa impedir a alegria e o conforto espiritual que nos é devolvida pelo fato de confessar a Deus, pelo sacerdote os nossos pecados.

Reconhecimento da culpa na confissão A confissão é o reconhecimento da culpa, da transgressão às ordens, leis, decretos, mandamentos e prescrições de Deus. É o momento em que olhamos para nosso interior e procuramos enxergar as nossas falhas, aquilo que ofendeu o coração de Deus, o Senhor Jesus Cristo, a sua Igreja e ao coração do meu irmão, da minha Irmã, etc.

Perdoar os inimigos Devemos amar e perdoar os nossos inimigos, aquelas pessoas que nos fazem e querem o mal para nós, pois Jesus disse: “(...) amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem”. (Mt. 5.44). E Paulo adverte: “Reconcilia-vos com Deus”! (2. Cor. 5.20). Também é preciso orar a Deus para ele nos afastar de todos os males do mundo, do mal que as pessoas possam desejar e cometê-los a nós. Precisamos clamar o Poder de Deus para que envie os seus anjos para nos proteger no dia a dia, no trabalho, na escola, no lazer, em fim, em qualquer lugar onde estivermos.

Espécies de pecados Há várias espécies de pecados: entre eles os pecados capitais. São eles: Orgulho; inveja; ira; impureza, preguiça, avareza e luxúria.

Pecado mortal O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave a lei de Deus; desvia o homem de Deus (...)”. “O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora ofenda e fira o coração de Deus”. (Catecismo 1855). Exemplos de pecados mortais: Disse São Paulo: “Ora as obras da carne são manifestas: formicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes (...)” “(...) Os que praticam, não herdaram o Reino de Deus (...)” (Gal. 5.19-21).

Pecado venial Pecado venial é o desviou do reto caminho de Deus, não condena o pecador a morte da alma, não o leva para o inferno e sim ao purgatório. Um conjunto de pecados veniais forma um pecado mortal e se não confessados, pode levar a morte da alma para aquele que não se arrepende.

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Purgatório Purgatório é o local onde as pessoas que não foram totalmente fiéis e não se encontram plenamente na graça, antes de entrar no Céu, esses irmãos são purificados de seus pecados veniais. “A Igreja denomina de Purgatório a purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados” (Catecismo 1031).

Misericórdia Misericórdia é a compaixão de Deus para com o homem e mulher pecadores. O Arcanjo Gabriel anuncia a José: “Tu o chamará com o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo de seus pecados”. (Mt. 1.21). O mesmo se dá com a Eucaristia, sacramento da redenção: “Isto é o meu sangue, o sangue da eterna aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt. 26.28).

Lembrando: Jesus Cristo deu à sua Igreja o poder de perdoar todos os pecados, através dos seus representantes (Papas, Bispos, Arcebispos, sacerdotes, etc-.Mt. 16.18-19).

Virtude A virtude é uma disposição habitual e firme de fazer o bem. (Catecismo 1833). O cristão Católico deve está sempre disposto a fazer o bem, pois o bem conduz a satisfação da alma e purifica muito de nossos pecados perante Deus. São exemplos de virtudes: Generosidade; Despreendimento; Temperança; Auto-controle; Presteza; Paciência, Caridade, etc.

Virtudes cardeais: Prudência; justiça; fortaleza e temperança - Sabedoria - (Catecismo nº 1805, fundamenta todas as outras virtudes).

A corrupção da humanidade A medida em que a humanidade foi crescendo, homens e mulheres iam crescendo, casando-se e multiplicando-se. No entanto, é fato também que cresceu no coração do homem a maldade, levando inclusive Deus a se arrepender de ter criado o homem. (Gn. 6.1-6). Entre os homens viventes, existia um homem bom, amável, que conhecia a Deus e a ele era temente. Este homem era Noé. (Gn.6.8). Afirma a Bíblia: “A terra corrompia-se diante de Deus e enchia-se de violência. Deus olhou para a Terra e viu que ela estava corrompida: toda a criatura seguia na terra o caminho da corrupção. Então, Deus disse a Noé: Eis chegado o fim de toda a criação diante de mim, pois eles encheram a terra de violência. Vou exterminá-los juntamente com a terra”. (Gn. 7.11) Noé então fez uma arca, colocou nela seus filhos um tomou sete casais de animais machos e fêmeas para que após a destruição da terra, pudesse uma nova humanidade nascer e viver conforme as leis de Deus. o dilúvio caiu sobre a terra durante 40 (quarenta) dias e somente depois desse período foi possível encontrar terra firme. (Gn. 7 e 8).

A nova humanidade a partir de Noé e a Aliança com Deus Caros crismando, após os 40 (quarenta) dias do dilúvio, Noé e sua família encontram terra firme e Deus fez com Noé e sua família uma aliança, uma Aliança de Amor. “Sede fecundos, disse ele, multiplicai-vos e enchei a terra. Vós sereis objeto de temor e de espanto para todo o animal da terra, toda ave do céu, tudo o que se arrasta sobre o solo e todos os peixes do mar: eles vos são entregues nas mãos. Tudo o que move e vive vos servirás de alimento; eu vos dou tudo isto, como vos dei a erva verde”. (Gn.9.1-3) Deus fez com Noé e sua família uma aliança e afirmou: “Faço esta aliança convosco: nenhuma criatura será mais destruída pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”. (Gn. 9.11) Como sinal da aliança, Deus pôs no céu o sinal desta aliança, um arco de cores. (Gn. 9.12-17).

A Torre de Babel A torre de babel registra um momento em que o homem após a aliança firmada com Deus, começa a se orgulhar dos feitos que pode realizar, mas Deus, a fim de evitar que o orgulho tome conta do homem, resolve confundi-los e dispersá-los sobre a terra (Gn. 11.1-9)

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O período da Quaresma O período da Quaresma é um período de grande reflexão na vida dos cristãos. Aqueles que fazem a opção por viver uma vida justa, uma vida de amor, uma vida de obediência aos mandamentos de Deus, vive na quaresma um momento de intensa oração, jejuns e abstinência, clamando o Poder de Deus, seu Amor e sua Misericórdia, para ter uma Semana Santa repleta de bênçãos e uma páscoa feliz e renovada em Cristo Jesus.

Vida nova do Cristão A confissão é uma oportundade de recomeço, de começar de novo, de esquecer tudo aquilo que fizemos ao próximo, a Deus e a nós mesmos para recomeçar um novo momento, um novo tempo. Um tempo de graça, de felicidade e de Justiça diante de nosso Deus e dos homens. Com a confissão dos pecados, Deus nos propõe uma nova etapa em nossas vidas, uma vida nova, isto é, um recomeço. Um novo Homem e uma nova Mulher com Nosso Senhor Jesus Cristo. Durante a semana, é preciso ficar a tento e refletir a palavra de Deus. os jovens da Crisma e os adultos do catecumenato, lêem, refletem o ponto e à luz do Espírito Santo respondem às questões para no dia do encontro, haver uma maior integração e participação de todos.

[TAREFA PARA A SEMANA]

Como tarefa para a semana e para o próximo encontro, vamos refletir sobre esse amor de Deus. Vamos pensar se sou capaz de amar tudo aquilo que Deus fez e está fazendo na minha vida. É bom também questionar se estou agindo conforme as maravilhas criadas por Deus. isto é, preservando tudo o que ele nos deu, desde os animais e os vegetais, e também, aquilo que o próprio homem criou a partir do conhecimento que também foi concedido por Deus. 1) Qual o Plano de Deus para o homem e para a mulher? 2) Sou capaz de amar tudo aquilo que Deus criou? 3) Estou preservando a criação de Deus? Como posso preservar a criação de Deus? 4) Quais foram os dois grandes milagres da Criação de Deus? 5) No seu entender, porque Deus não deixou Adão viver sozinho no paraíso? 6) É possível viver o Plano de Amor de Deus no pecado? 7) Quais são os pecados mais comuns que praticamos? 8) Tem algum pecado que não merece perdão? Qual? 9) Deus é misericórdia. Por ser misericordioso, significa que podemos pecar sempre e ele nos perdoará? 10) Qual o proposto da confissão? 11) Você acredita que o sacerdote tem o poder de perdoar os pecados e de absolver? 12) Quem confere ao sacerdote o poder de perdoar os pecados?

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5º ENCONTRO | A HISTÓRIA

DA SALVAÇÃO - Manifestação de Deus a Abrão -

Leitura: Primeiro Livro da Bíblia: Livro do Gênesis, cap. 12, 1-9; 17, 1-8; 22, 1-19.

Introdução

Deus estabeleceu pela criação, o seu Plano de Amor. Esse Plano era um plano sólido, justo, eficaz e muito propício a todos os habitantes do jardim do Édem. Mas, homem e mulher desrespeitaram o Plano de Amor de Deus, ouviram a voz da serpente e pecaram contra Deus, vindo a conhecer todas as espécies de maldades. Deus expulsou o homem e mulher do paraíso e eles passaram a viver com o próprio trabalho. O rompimento com o amor de Deus nos permite afirmar que após Adão e Eva pecarem contra Deus, seus mandamentos, leis e decretos tem-se início o Projeto de Salvação de Deus. Esse projeto busca resgatar a condição anterior que tinham homem e mulher no paraíso. Trata-se de uma tarefa difícil que Deus não realiza sozinho. Muito pelo contrário, Deus, escolhe pessoas boas e lhes confere o encargo, de aos poucos, resgatar homem e mulher do pecado original. Essa missão, continua até os dias de hoje, e é também, um papel do jovem crismando, que busca em Deus e em seu Filho Jesus, a confirmação de sua fé, por meio do Sacramento da Crisma.

A História da Salvação A Palavra de Deus nos conta que por volta de 2.000 (dois mil) anos antes de Cristo, a Mesopotâmia, país de origem dos patriarcas bíblicos, é o centro de uma civilização florescente.

Na Bíblia, encontramos a HISTÓRIA DE ABRAÃO, servo de Deus escolhido para salvar o povo do pecado. Essa história se inicia nunca pequena cidade chamada de UR (Região da Caldéia) Cidade da Babilônia. Naquela época, eram comuns as migrações dos caldeus rumo ao norte da Mesopotâmia. Numa delas estava Abraão, com toda a sua família.

Realidade vivida pelo povo da época Nem a civilização avançada, nem a fertilidade das terras conseguiram criar um ambiente para a vida dos pastores nômades. As muitas invasões criavam tensões que provocavam migrações de diversas tribos em busca de uma maior liberdade. O povo vivia cada um acreditando em uma divindade, por eles mesmo criadas, e não em um único Deus verdadeiro, que criou céus e Terra.

Culto às divindades Naquela época, havia o culto as divindades (deuses), como por exemplo, ao O Sol, a Lua, as Estrelas, as águas misteriosas e temíveis, a tempestade, a chuva, a serpente, entre outros. Os homens acreditam num certo misticismo. Criavam a figura de divindades, isto é deuses (falsos deuses) que pudessem guiar e controlar suas vidas. Na verdade, não conheciam a figura de Deus Javé, que logo mais falaremos, pois para cada realidade (sol, água, montanha, etc) acreditam que um deus protegia e também poderia um deus vir a protegê-los também.

Nosso Deus Nosso Deus é um Deus forte, potente que a Bíblia revela como sendo Deus Javé, isto é Deus para sempre. Um Deus amoroso, um Deus que ama profundamente o seu povo. É esse Deus que busca resgatar o seu povo. É esse Deus que vamos conhecê-lo mais profundamente a partir de agora.

[VAMOS RECORDAR:

NO QUARTO ENCONTRO

APRENDEMOS SOBRE A ORIGEM

DO PECADO. APREEDEMOS

TAMBÉM QUE O SURGIMENTO

DO PECADO CONTRÁRIA O

PLANO DA CRIAÇÃO DE DEUS E

ROMPE O EQUILÍBRIO

EXISTENTE NO MUNDO. A

PESSOA HUAMANA (HOMEM E

MULHER) PASSAM A CONHECER

O BEM E O MAL.]

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O chamado de Abraão Inicialmente, cumpre lembrar que o nome de Abraão era Abrão no singular, sendo que somente depois que Deus fez uma aliança com ele, é que passou a chamar Abraão no plural, significando que ele seria o pai de uma grande geração. Um dia, estando Abrão adorando a Deus que ele tão pouco conhecia, sentiu no íntimo de seu coração algo de extraordinário: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrar. Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos. Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ri”. (Gn 12, 1-3). Era o chamado de Deus que dava início a libertação do povo de Deus. Abrão acreditou em Deus, e partiu, acompanhado de sua mulher Sara, seu sobrinho Lot e todos os seus servos. A partida de Abrão, obedecendo a um chamado de Deus que ele sentiu no íntimo de seu coração, não foi fácil. Para ele a migração foi uma experiência de fé. Esta história é de toda a humanidade: Com Abrão começa surgir o embrião de um povo que terá a missão de trazer a bênção de DEUS para todas as nações da terra. Esse povo será portador do projeto de DEUS: Toda nação que se orientar por esse projeto estará refazendo no homem a imagem e semelhança de DEUS, desfigurada pelo pecado. O caminho começa pela fé: Abrão atende o chamado divino e aceita o risco sem restrições.

A Fé em Deus move Abrão Abraão partiu, acompanhado de sua mulher Sara, seu sobrinho Lot e todos os seus servos. Abrão obedeceu ao chamado de DEUS que ele sentiu no íntimo de seu ser. Abrão entrega-se a DEUS na fé, para que este lhe aponte o caminho. E Deus lhe faz uma promessa: “Ser abençoado e ter uma grande descendência”, era a promessa da Aliança. Aliança quer dizer um pacto de amizade entre Deus e os homens.

A aliança de amizade com Abrão Deus tinha um propósito para Abrão e para a humanidade, por isso fez com Abrão uma aliança eterna. Disse Deus Javé. “Este é o pacto que faço contigo: “serás o pai de uma grande multidão de povos. De a gora em diante não te chamarás mais Abrão, e sim Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de povos. Tornar-te-ei extremamente fecundo, farei nascer de ti nações e terás rei por descendentes. Faço aliança contigo e com tua posteridade, uma aliança eterna, de geração em geração, para que seja o teu Deus e o deus de tua posteridade. Darei a ti e a teus descendentes depois de ti a terra em de Canaã, em possessão perpétua, e serei o teu Deus”. (G.17.4-8). A promessa de Deus: “ser abençoado e ter uma grande descendência” era a promessa da ALIANÇA. Essa aliança permaneceria se Abraão fosse fiel ao Novo Projeto de Deus. Era portanto, uma aliança. ALIANÇA: Aliança é um pacto de amizade entre Deus e os homens. É esse mesmo o significado da palavra TESTAMENTO = pacto de amizade, de amor mútuo. A PROMESSA DE DEUS: Abraão seria o iniciador de um grande povo, de uma grande nação. A promessa de Deus não se refere apenas a um reino material, mas acima de tudo a um reino espiritual. A Aliança de amor entre Deus e os homens, prometida a Abraão e a seus descendentes se estenderia, no Novo Testamento, a todos os povos do mundo, tendo como personagem central o seu filho Jesus Cristo. É por isso que Abraão é chamado “pai dos que crêem”; por sua experiência de fé, ele é o pai de todos aqueles que crêem em Deus e o amam. Deus também promete a Abraão uma terra. Uma terra diferente! Onde a lei não seja a dominação de uns pelos outros, onde a civilização não seja opressora, mas libertadora e humana. ABRÃO E SARA NÃO TINHAM FILHOS: Abraão e Sara não tinham filhos. Quando tiveram a felicidade da realização da promessa de Deus com o nascimento de Isaac, Abraão recebeu do Senhor a ordem de sacrificar o seu único filho. No momento em que tudo estava preparado, um anjo impede Abraão de sacrificar Isaac. A narração bíblica do sacrifício de Isaac trouxe ao povo hebreu a mensagem de que o Senhor não queria sacrifícios humanos.(Gn. 18.1-15) A BENÇÃO DAS GERAÇÕES: A promessa de Deus feita a Abrão foi transmitida a seus filho Issac, e aos filhos de Isaac, isto é Esaú e Jacó, mas somente Jacó, recebeu a benção de seu pai Isaac, porque roubou a vez que era de Esaú. Jacó recebeu a benção de Deus em sonho e prometeu ser fiel a Deus. Jacó teve inúmeros filho, um deles José foi vendido pelos outros irmãos para o Egito e lá se tornou um governador no Egito. Depois, após um período de grande seca e fome, os irmãos de José vão ao Egito em busca de comida, lá encontram José,

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que após certo tempo se revela aos irmãos e disse que são seu parente. Os irmãos ficam felizes e buscam a pedido de José o Pai Jacó, para que ele o veja. Sobreveio ao Egito um novo rei que escraviza todo o povo de Deus durante quatrocentos anos. É preciso agora libertar esse povo da escravidão e para isso Deus suscita um líder de nome Moisés, um homem fiel a Deus.

Resumindo: Quando Deus escolhe Abraão e seus descendentes, ele na realidade decide resgatar seu povo do pecado e reconduzir à sua amizade. A promessa de Deus é conduzir o seu povo a uma terra onde corre leite e mel, isto é, onde seja possível viver uma vida próxima de Deus, cultivando a terra e extraindo dela os bens necessários para viver.

Deus chama novos Abraãos O crismando de hoje é o novo Abraão que Deus quer chamar. Deus chama os crismandos para assumir um papel, uma missão, um compromisso. O compromisso de viver a fé, de dar testemunho e evangelizar novas pessoas. Como Deus chamou Abraão ele também nos chama, nem sempre precisamos ir para outra cidade, ou país, mas quando deixamos de assistir a novela ou o programa de televisão de que gostamos ou um jogo de futebol, uma ida ao clube, um passeio ao shopping e dedicamos nosso tempo para o crescimento da comunidade e colocamos nossos dons a serviço do Reino de Deus, nos também somos missionários.1 Caro jovem crismando, a exemplo de Abraão, Deus também o escolhe para uma missão. Deus quer fazer contigo uma aliança de amor para toda a eternidade. Essa aliança começa contigo e continuará com toda a sua posteridade, de geração em geração. Para que isso ocorra em sua vida é preciso aceitar o Plano de amor de Deus, um plano sólido, justo e lindo.

1) Como posso fazer para ser um escolhido de Deus da mesma forma como ocorreu com Abraão?

2) Qual foi o gesto de Abrão a Deus? Você seria capaz de fazer um gesto tão sublime?

3) Abrão acreditou no Plano de Deus, e você? Quer também acreditar?

1 Paróquia Santo Antonio Maria Claret. Iniciação I.

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6º ENCONTRO | ESAÚ E JACÓ

- A história de José -

Leitura: Segundo Livro da Bíblia: Livro do Êxodo, cap: 2, 1-10; 3, 1-8; 12, 1-14.

Introdução - O nascimento de Esaú e de Jacó A parteira viu Jacó nascer puxando o pé de Esaú, que havia nascido primeiro. Enquanto Esaú era pesado e peludo, Jacó era esguio e liso, como um sabão. Um dia, o irmão desejou comer seu prato de lentilhas. Jacó o deixou, mas exigiu em troca o direito de primogenitura. Na hora decisiva da bênção do mais velho, com a ajuda da mãe, cobriu-se com uma pele de cabra e se fez abençoar como primogênito pelo velho pai Isaac, já cego. Esaú ficou furioso e Jacó teve de fugir para o norte. Foi se casar com a filha de seu tio Labão. Este pensava tê-lo enganado, dando-lhe Lia em lugar de Raquel, que Jacó amava, mas Jacó ficou com as duas e, depois de trabalhar catorze anos para o sogro, estava mais rico do que ele. Teve de fugir de novo, agora para o sul, com onze filhos e as esposas, sendo que Raquel estava grávida. Na sua esperteza, consegue fazer um acordo com Labão, que o perseguia e, depois, com Esaú, que vinha contra ele com mais de 400 homens. A esperteza de Jacó foi o fio condutor da história da salvação, do mesmo modo que a serenidade de Abraão ou a coragem de Moisés. Assim como a serenidade do primeiro é sinal de sua fé, a esperteza de Jacó é manifestação de seu empenho em fazer valer, acima de tudo, a vontade de Deus. Na véspera do encontro com Esaú, ficou sozinho à margem do rio Jaboc, e lutou a noite inteira com Deus. Ao amanhecer era outro homem. A visão noturna, sem se identificar, abençoou-o e deu-lhe o nome de Israel, aquele que luta com Deus ou por Deus (Gn 32,22-33). Experiência semelhante se repetirá em Betel, lugar onde Jacó outrora, fugindo de Esaú, vira uma escada comunicando o céu com a Terra (Gn 28, 10-22). Todas essas são experiências de oração e de comunicação com Deus. São elas que libertam Jacó das convenções sociais e o tornam um hábil militante de Deus, cujo desígnio vai se realizando na História. A promessa de Deus a Jacó 10 Jacó, partindo de Bersabéia, tomou o caminho de Harã.11 Chegou a um lugar, e ali passou a noite, porque o sol já se tinha posto. Serviu-se como travesseiro de uma das pedras que ali se encontravam, e dormiu naquele mesmo lugar.12 E teve um sonho: via uma escada, que, apoiando-se na terra, tocava com o cimo o céu; e anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto estava o Senhor,13 que lhe dizia: ?Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai e o Deus de Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em que estás deitado.14 Tua posteridade será tão numerosa como os grãos de poeira no solo; tu te estenderás, para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o meio-dia, e todas as famílias da terra serão benditas em ti e em tua posteridade.15 Estou contigo, para te guardar onde quer que fores, e te reconduzirei a esta terra, e não te abandonarei sem ter cumprido o que te prometi.?16 Jacó, despertando de seu sono, exclamou: ?Em verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia!?17 E, cheio de pavor, ajuntou: ?Quão terrível é este lugar! É nada menos que a casa de Deus; é aqui, a porta do céu.?18 No dia seguinte, pela manhã, tomou Jacó a pedra: sobre a qual repousara a cabeça e a erigiu em estela, derramando óleo sobre ela.19 Deu o nome de Betel a este lugar, que antes se chamava Luz.20 Jacó fez então este voto: ?Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir,21 e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus.22 Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes.? (Ge. 28.10-22)

[VAMOS RECORDAR: DEUS

ESCOLHEU UM HOMEM: SEU NOME

ABRAÃO. O SENHOR PROMETEU-LHE

UMA GRANDE DESCENDÊNCIA, UMA

TERRA ONDE CORRE LEITE E MEL. EM

ABRAÃO, DEUS PLANTOU A SEMENTE

DA SALVAÇÃO PARA RESGATAR A

HUMANIDADE DO PECADO. SEU FILHO

ISAAC CONTINUA A MISSÃO E SEU

SUCESSOR JACÓ LEVARÁ ESSA MISSÃO

ADIANTE.]

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Os filhos de Jacó Os filhos de Jacó foram: 1. Rúben (Lia); 2. Simeão (Lia); 3. Levi (Lia); 4. Judá (Lia); 5. Dã (Bila, escrava de Raquel); 6. Neftali (Bila, escrava de Raquel); 7. Gad (Zilpa, escrava de Lia); 8. Aser (Zilpa, escrava de Lia); 9. Issacar (Lia); 10. Zabulon (Lia); 11. José (Raquel); e 12. Benjamim (Raquel). Os sonhos de José e o discernimento dos sonhos Jacó habitou na região onde seu pai havia morado, na terra de Canaã.2 Eis a história da descendência de Jacó: José, ainda jovem, com a idade de dezessete anos, apascentava o rebanho com seus irmãos, os filhos de Bala e os filhos de Zelfa, mulheres de seu pai; e ele contou ao seu pai as más conversas dos irmãos.3 Israel amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o filho de sua velhice; e mandara-lhe fazer uma túnica de várias cores.4 Seus irmãos, vendo que seu pai o preferia a eles, conceberam ódio contra ele e não podiam mais tratá-lo com bons modos.5 Ora, José teve um sonho, e o contou aos seus irmãos, que o detestaram ainda mais:6 ?Ouvi, disse-lhes ele, o sonho que tive:7 estávamos ligando feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e se pôs de pé, enquanto os vossos o cercavam e se prostravam diante dele.?8 Seus irmãos disseram-lhe: ?Quererias, porventura, reinar sobre nós e tornar-te nosso senhor?? E odiaram-no ainda mais por causa de seus sonhos e de suas palavras.9 José teve ainda outro sonho, que contou aos seus irmãos. ?Tive, disse ele, ainda um sonho: o sol, a lua e onze estrelas prostravam-se diante de mim.?10 Ele contou isso ao seu pai e aos seus irmãos, mas foi repreendido por seu pai: ?Que significa, disse-lhe ele, este sonho que tiveste? Viremos, porventura, eu, tua mãe e teus irmãos, a nos prostrar por terra diante de ti??11 Seus irmãos ficaram, pois, com inveja dele, mas seu pai guardou a lembrança desse acontecimento.12 Os irmãos de José foram apascentar os rebanhos de seu pai em Siquém.13 Israel disse a José: ?Teus irmãos guardam os rebanhos em Siquém. Vem: vou mandar-te a eles.? ?Eis-me aqui?, respondeu José.14 ?Vai, pois, ver se tudo corre bem a teus irmãos e ao rebanho, e traze-me notícias deles.? Enviou-o do vale de Hebron, e José foi a Siquém.15 Um homem encontrou-o errando pelo campo: ?Que buscas?? perguntou ele.16 ?Busco meus irmãos, respondeu ele. Dize-me onde apascentam os rebanhos.?17 E o homem respondeu: ?Partiram daqui e ouvi-os dizer: Vamos a Dotain.? Partiu então José em busca dos seus irmãos e encontrou-os em Dotain. A venda de José para o Egito 18 Eles o viram de longe. Antes que José se aproximasse, combinaram entre si como o haveriam de matar;19 e disseram: ?Eis o sonhador que chega.20 Vamos, matemo-lo e atiremo-lo numa cisterna; diremos depois que uma fera o devorou; e então veremos de que lhe aproveitaram os seus sonhos.?21 Ouvindo-o, porém, Rubem, quis livra-lo de suas mãos: ?Não lhe tiremos a vida, disse ele.22 Não derrameis sangue. Jogai-o naquela cisterna, no deserto, mas não levanteis vossa mão contra ele.? Pois Rubem pensava livrá-lo de suas mãos para o reconduzir ao pai.23 Quando José se aproximou de seus irmãos, eles o despojaram de sua túnica, daquela bela túnica de várias cores que trazia,24 e jogaram-no numa cisterna velha, que não tinha água.25 E, sentando-se para comer, eis que, levantando os olhos, viram surgir no horizonte uma caravana de ismaelitas vinda de Galaad. Seus camelos estavam carregados de resina, de bálsamo e de ládano, que transportavam para o Egito.26 Então Judá disse aos seus irmãos: ?Que nos aproveita matar nosso irmão e ocultar o seu sangue?27 Vinde e vendamo-lo aos ismaelitas. Não levantemos nossas mãos contra ele, pois, afinal, é nosso irmão, nossa carne.? Seus irmãos concordaram.28 E, quando passaram os negociantes madianitas, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito. ..... 36 Os madianitas venderam-no a Putifar, no Egito, eunuco do faraó e chefe da guarda.. A vida de José para o Egito 1 José foi conduzido ao Egito, e Putifar, um oficial egípcio do faraó, chefe da guarda, comprou-o aos ismaelitas que o levavam.2 O Senhor estava com José, e tudo lhe prosperava. Morava na casa do seu senhor, o egípcio.3 Seu senhor viu que o Senhor estava com ele e lhe fazia prosperar tudo o que empreendia.4 José conquistou a simpatia do seu senhor, que o empregou ao seu serviço, pondo-o à testa de sua casa e confiando-lhe todos os seus bens.5 Desde o momento em que José tomou o governo de sua casa e de todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio, por causa de José: a bênção do Senhor desceu sobre tudo o que lhe pertencia, na casa como nos campos.6 Ele entregou todos os seus negócios a José, sem mais se preocupar de coisa alguma, exceto do que se alimentava. Ora, José era belo de corpo e de rosto. José interpreta os sonhos do copeiro e do padeiro do faraó

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1 Depois disto, aconteceu que o copeiro e o padeiro do rei do Egito ofenderam o seu senhor.2 O faraó, encolerizado contra os seus dois oficiais, o copeiro-mor e o padeiro-mor,3 mandou-os encarcerar na casa do chefe da guarda, na prisão onde se encontrava detido José.4 O chefe da guarda associou-lhes José para os servir. Havia já um certo tempo que estavam detidos,5 quando os dois prisioneiros, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, tiveram um sonho numa mesma noite, cada um o seu, com seu sentido particular.6 Quando José voltou junto deles no dia seguinte pela manhã, viu que estavam tristes.7 Perguntou então aos oficiais do faraó, detidos com ele na casa do seu senhor: ?Por que tendes hoje um ar sombrio??8 ?Tivemos um sonho, responderam; e não há ninguém para no-los interpretar.? ?Porventura, não pertence a Deus, replicou José, a interpretação dos sonhos? Rogo-vos que mos conteis.?9 E o copeiro-mor contou seu sonho a José: ?Em meu sonho, disse ele, vi uma cepa que estava diante de mim,10 e nesta cepa três varas, que pareciam brotar; saiu uma flor e seus cachos deram uvas maduras.11 Eu tinha na mão a taça do faraó; tomei as uvas e espremi-as na taça, que entreguei na mão do faraó.?12 José disse-lhe: ?Eis o significado do teu sonho: as três varas são três dias.13 Dentro de três dias, o faraó te reabilitará em tuas funções. Apresentarás ao faraó sua taça, como o fazias antes, quando eras seu copeiro.14 Quando fores feliz, lembra-te de mim e faze-me o favor de recomendar-me ao faraó, para que ele me tire desta prisão.15 Porque é por um rapto que fui tirado da terra dos hebreus, e aqui, igualmente, eu nada fiz para merecer a prisão.?16 O padeiro-mor, vendo que José tinha dado uma boa interpretação, disse-lhe: ?Eu também, em meu sonho, levava sobre minha cabeça três cestas de pão branco.17 Nada de cima, havia toda a sorte de manjares para o faraó; mas as aves do céu comiam-nas na cesta que estava sobre minha cabeça.?18 ?Eis, disse José, o que isto significa: as três cestas são três dias.19 Dentro de três dias, o faraó levantará a tua cabeça: ele te suspenderá numa forca, e as aves devorarão a tua carne.?20 No terceiro dia, celebrava-se o aniversário natalício do faraó, e ele ofereceu um banquete todo o seu pessoal. Ele levantou a cabeça do copeiro-mor, no meio de todos os seus servos:21 restabeleceu no seu cargo o copeiro-mor, que apresentou novamente a taça ao faraó,22 e mandou suspender no patíbulo o padeiro-mor, segundo a interpretação que José lhes havia dado.23 Mas o copeiro-mor não pensou mais em José; esqueceu-o. Os sonhos do Faraó 15 Este disse-lhe: ?Tive um sonho que ninguém pôde interpretar. Mas ouvi dizer de ti, que basta contar-te um sonho para que tu o expliques.?16 ?Não sou eu, respondeu José, mas é Deus quem dará ao faraó uma explicação favorável.?17 O faraó disse então a José: ?Em meu sonho, eu estava à margem do Nilo,18 e eis que do Nilo saíram sete vacas gordas e belas, que se puseram a pastar a verdura.19 E saíram em seguida sete outras vacas magras, feias e disformes, como jamais vi em todo o Egito.20 As vacas magras e feias devoraram as sete primeiras, as gordas,21 que entraram em seu ventre como se nada fossem, pois ficaram tão macilentas e feias como antes. Nesta altura despertei.22 E tive outro sonho: vi elevar-se de uma mesma haste sete espigas cheias e belas.23 Mas eis que sete outras espigas medíocres, finas e queimadas pelo vento do oriente, germinaram em seguida;24 e as espigas magras engoliram as sete belas espigas. Em vão contei tudo isto aos mágicos; nenhum deles pôde dar-me a explicação?. O discernimento de José aos sonhos do Faraó 25 José disse ao faraó: ?O (duplo) sonho do faraó reduz-se a um só. Deus revelou ao faraó o que ele vai fazer.26 As sete belas vacas são sete anos, e as sete belas espigas, igualmente, sete anos; o sonho é um só.27 As sete vacas magras e feias que saíram em seguida são também sete anos; e as sete espigas vazias e queimadas pelo vento do oriente serão sete anos de miséria.28 É como eu disse ao faraó: Deus lhe revela o que vai fazer.29 Haverá sete anos de grande abundância para todo o Egito.30 Virão em seguida sete anos de miséria que farão esquecer toda a abundância no Egito. A fome devastará o país.31 E a abundância do país não será mais notada, por causa da fome que se seguirá, porque será violenta.32 Se o sonho se repetiu duas vezes ao faraó, é que a coisa está bem decretada da parte de Deus, que vai apressar-se em executá-la.33 Agora, pois, escolha o rei um homem sábio e prudente para pô-lo à testa do país.34 Nomeie também o faraó administradores no país, que recolham a quinta parte das colheitas do Egito, durante os sete anos de abundância.35 Eles ajuntarão todos os produtos destes bons anos que vêm, e armazenarão o trigo nas cidades, à disposição do faraó como provisões a conservar.36 Estes mantimentos formarão para o país uma reserva em previsão dos sete anos de fome que assolarão o Egito. Dessa forma o país não será arruinado pela fome.?37 Essas palavras agradaram o faraó e toda a sua gente.38? Poderíamos, disse-lhes ele, encontrar um homem que tenha, tanto como este, o espírito de Deus?? José é feito governador do Egito

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39 E disse em seguida a José: ? Pois que Deus te revelou tudo isto, não haverá ninguém tão prudente e tão sábio como tu.40 Tu mesmo serás posto à frente de toda a minha casa, e todo o meu povo obedecerá à tua palavra: só o trono me fará maior do que tu.?41 ?Vês, disse-lhe ainda, eis que te ponho à testa de todo o Egito.?42 E o faraó, tirando o anel de sua mão, pôs na mão de José; e o fez revestir-se de vestes de linho fino e meteu-lhe ao pescoço um colar de ouro.43 E, fazendo-o montar no segundo dos seus carros, mandou que se clamasse diante dele: ?Ajoelhai-vos!? É assim que ele foi posto à frente de todo o Egito, Vamos refletir a ação de Deus na vida de José e em nossas vidas

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7º ENCONTRO | A LIBERTAÇÃO

DO POVO DE DEUS

- Antiga aliança – Páscoa Judaica Leitura: Segundo Livro da Bíblia: Livro do Êxodo, cap. 2.1-10; 3.1-8; 12.1-14. Introdução Desejando que homem e mulher estivessem sempre na presença de Deus, o Senhor fez com eles uma Aliança de amor e amizade, prometendo a eles e a seus descendentes uma terra onde corria leite e mel. Essa promessa feita inicialmente a Abraão foi estendida aos seus descendentes, ou seja, a Isaac, Jacó e seus sucessores. É bom lembrar também que dos 12 filhos de Jacó, um deles, José que tinha o discernimento para desvendar os sonhos, foi vendido para mercadores que por sua vez o levou para o Egito. No Egito, José desenvolvendo suas habilidades, conseguiu conquistar a confiança do Faraó, que o tornou governador de todo o Egito. Tempos depois sobreveio uma grande fome em Israel, tendo o povo de Deus si refugiado no Egito para buscar alimento. No entanto, esse povo ficou 400 anos e tendo vindo ao Egito outro faraó a substituir os anteriores, este resolve impor um duro castigo ao povo de Israel para que eles não mais saíssem do Egito. (Ex. 1.8-22) Esse novo faraó começa a escravizar o povo de Deus, impondo-lhes pesados trabalhos e levando o povo a grandes sofrimentos. Para evitar que o povo hebreu crescesse ainda mais, o faraó determinou as parteiras que ao nascerem novos meninos, esses deveriam ser mortos, enquanto que as meninas poderiam viver. Diante dessa realidade, Deus escolhe Moisés que era um homem bom e que temia a Deus. Deus fez uma Aliança com Moisés para que este liberte o povo do Egito e o leve a antiga Terra prometida, ou seja, a Terra de Canaã.

A história de Moisés Nasce um menino da Tribo de Levi. Durante algum tempo a mãe o esconde e, para evitar que ele morra, coloca-o numa cesta e o abandona no Rio Nilo. (Ex. 2, 3). Mas, salvo das águas, Moisés é educado no ambiente principesco e “iniciado em toda a sabedoria dos egípcios”. (At 7,22). Passaram-se anos..., mas, um dia Moisés, já adulto, foi visitar seus irmãos e viu os duros trabalhos que lhes eram impostos. Matou um egípcio e fugiu apavorado... (Ex. 2, 1-15). Moisés, com medo do faraó, foge para o deserto. Lá ele fica muitos anos como pastor nômade.

A Vocação de Moisés No meio de seus rebanhos, o Anjo do Senhor manifestou-se a ele sob a forma de uma chama de fogo que brotava do meio de uma sarça... Deus o chamou: Moisés, Moisés! “Eis-me aqui!” (Ex. 3, 1-6). Moisés não vê Deus, mas ouve. Ele sabe que se encontra na presença de Deus. Moisés houve o pedido de Deus para libertar o povo de Israel do Egito. Depois de resistir ao pedido de Deus (Ex 3-11; Ex 4.1; Ex 4. 10 e 13). Após Deus pedir a Aarão para que vá com Aarão, Moisés aceita o desafio, e liberta o povo de Deus do Egito. A IDENTIDADE DE DEUS: EU SOU AQUELE QUE SOU (Ex. 3.14) É JAVÉ, o Deus de vossos pais...(Ex 3.15).

Moisés diante do faraó Moisés, se aproxima do faraó e com autoridade e poder disse a ele que Deus Javé determinava que o Faraó liberte o povo, se não Deus mandaria pesados castigos a terra do Egito. O Rei não acredita e Deus envia ao faraó

[VAMOS RECORDAR: DEVIDO

AO GRANDE PERÍODO DE ESCASSEZ

DE ALIMENTOS QUE TOMOU CONTA

DE TODA A TERRA, VÁRIOS POVOS

FORAM COMPRAR ALIMENTOS NO

EGITO. OUTROS TAMBÉM FORAM

MORAR LÁ, INCLUSIVE A FAMÍLIA DE

JOSÉ. POR 400 ANOS, O POVO

HEBREU E ISRAELITA MOROU NO

EGITO, ATÉ QUE SUBIU AO TRONO

EGIPÍCIO UM NOVO FARAÓ QUE NÃO

CONHECIA A HISTÓRIA DE JOSÉ. O

POVO DE DEUS FOI ESCRAVIZADO.

VAMOS CONFERIR A SUA

LIBERTAÇÃO.]

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e a todo o Egito 10 (dez) pragas (Ex.7,8,9,10,11). Deus testa a paciência do rei do Egito até que este resolve libertar o povo de Deus.

Saída de Moisés do Egito Embora tendo Deus libertado o seu povo do Egito, o faraó ficou descontente, organizou sua guarda e foi atrás do povo de Deus até o Mar Vermelho.

A páscoa no Antigo Testamento Para celebrar esse feito, ou seja, a libertação do povo do Egito, Deus determinou a Moisés que cada família preparasse um cordeiro, de preferência macho para ser comido assado e com pão, um sinal da NOVA ALIANÇA COM DEUS (Ex.12.1-11), e pediu que fizesse isso sempre, como sinal de lembrança, amor e respeito por tudo o que Deus fez ao seu povo e para recordar como Deus agiu poderosamente ao libertar o seu povo da escravidão. (Ex 12, 14). (Sl 104, 9-12).

A travessia do Mar Vermelho Deus determinou a Moisés que levantasse o seu cajado quando chegasse próximo ao mar, para que as águas se abrissem ao meio, formando uma muralha a direita e outra a esquerda. Moisés obedeceu, o povo de Deus atravessou o mar vermelho e quando o exercito egípcio tentou atravessar, Moisés uso o seu cajado e as águas voltaram como antes e todo o exército do faraó morreu afogado. A passagem do Mar Vermelho registra o profundo amor de Deus pelo seu povo liberto da escravidão no Egito.

Moisés organiza a celebração da vida No Sinai o Senhor disse a Moisés: "Haveis de fazer-me um santuário. Quero habitar no meio de vós". Moisés mandou então construir o Tabernáculo. Era feito de tábuas, com ricas coberturas. Quando os israelitas se punham em marcha, desmanchavam o Tabernáculo para o levarem com eles. O Tabernáculo tinha dois compartimentos: o santo e o santo dos santos. No santo dos santos, encontrava-se a arca da aliança. Na arca, guardavam-se as duas tábuas da Lei. [No santo, encontravam-se o altar dos perfumes, a mesa dos pães da proposição e o candeeiro de sete braços. No átrio, estava o altar dos holocaustos. Deus disse também a Moisés: "Aarão e seus filhos exercerão funções sacerdotais". Moisés estabeleceu seu irmão Aarão como sumo-sacerdote e designou para sacerdotes os filhos de Aarão e os seus descendentes. Os sacerdotes deviam oferecer os sacrifícios. Geralmente ofereciam animais, que se imolavam, sendo a carne consumida pelo fogo sobre o altar. Havia também sacrifícios incruentos. Celebravam-se três grandes festas: a Páscoa, em memória da saída do Egito; o Pentecostes, comemorando a promulgação da Lei ao pé do Sinai; e a dos Tabernáculos, para relembrar a peregrinação do povo através do deserto. Em todas as semanas, o sétimo dia ou sábado devia ser consagrado unicamente ao culto do Senhor.]2

A Aliança de Deus com Moisés - Os dez mandamentos Para o seu povo liberto Deus concede-lhe uma Lei, ou seja, os 10 (dez) mandamentos (Ex. 20.1-21) que são leis que devem ser respeitadas por todos os homens e mulheres. Entretanto, o povo vivia desobedecendo a essas leis, vindo a adorar outros deuses que não a Deus Javé, despertando a ira do Deus verdadeiro. Deus considerava que o seu povo liberto era um povo de cabeça dura (Ex. 33.3-5), isto é a Vocação do Povo Liberto, ser um Reino de sacerdotes e uma Nação Consagrada (Ex. 19, 1-4). O povo liberto da escravidão era a família de Moisés. Igual a família de Moisés, a nossa também precisa ser liberta e tomar posse da Nova Terra. Essa Terra Nova da qual estamos em constante busca é o Reino de Deus. É o seu Plano de Amor, É fazer a vontade de Deus e nele encontrar a felicidade. No Egito, o povo vivia oprimido, amarrado com as armas da opressão. No dia a dia, nós também precisamos nos libertar da algemas de satanás, para encontrar em Cristo a liberdade de viver seu Plano de Amor. Um Plano sólido, Justo, amoroso e eficaz.

No deserto o povo peca contra Deus Embora tenha Deus libertado o seu povo e determinado que Moisés o conduzisse de volta a Canaã, esse mesmo povo se voltou contra Deus porque não queria comer o maná que o Senhor dava diariamente, reclamando daquela comida. O povo pecou muito contra Deus e a ele foi imposto um julgo, ou seja, eles ficariam 40 (quarenta) anos vagando no deserto e somente os sucessores deles tomariam parte na nova terra.

2 Paróquia Santo Antonio Maria Claret. Iniciação I.

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A morte de Moisés Moisés morreu e Josué, um servo de Deus é encarregado de conduzir o povo a Canaã, antes, porém eles venceram a grande Muralha de Jericó e Deus deu a vitória para todos os sucessores do povo liberto do Egito, e estes pó sua vez, entraram na Terra Prometida, a terra de Canaã da Galileia.

1) O que levou Moisés a aceitar a proposta de Deus de resgatar o povo hebreu?

2) Moises tinha alguma dificuldade que não lhe permitia aceitar a proposta de Deus. Que dificuldades eram essas?

3) Como crismando, quais são as suas dificuldades hoje que o impede de assumir uma proposta de Deus?

4) Você é como Moises que ao estar diante de um desafio, começa a procurar dificuldades ou a impor situações para não aceitar a proposta?

5) Como alguém que está se preparando para assumir definitivamente a Fé Católica Apostólica Romana, o que dizer dos desafios de Deus em nossas vidas?

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8º ENCONTRO | A ALIANÇA

DE AMIZADE COM DEUS: OS

10 MANDAMENTOS [DO 1º AO 3º MANDAMENTO]

Leitura: Segundo Livro da Bíblia: Livro do Êxodo, capítulo: 20. 1-21

Introdução

Neste encontro, vamos refletir sobre os seguintes mandamentos: 1º, 2º e 3º que estão relacionados uns aos outros

O que são os 10 mandamentos? Os Mandamentos da Lei de DEUS são como instruções, sinais que DEUS coloca em nosso caminho, isto é, na nossa vida. Foi por amor que DEUS ajudou Moisés a organizar aquele povo escravo que estava no Egito, para libertá-lo da escravidão do Faraó. No dia em que Deus proclamou a lei dos Dez Mandamentos para o seu povo amado, Ele declarou primeiro o motivo e autoridade da nova lei. Pergunta-se: É qualquer um que pode decretar uma lei? Não! Mas somente aquele que tem autoridade para isso. Deus teria autoridade para decretar leis para todos os homens, pois ele é o Criador de todos. Mas, ao decretar os Dez Mandamentos, ele não invocou a sua autoridade como Criador. Ele não disse ao povo: “Eu sou o Criador que te dei existência e vida!” O que levou Deus a decretar os Dez Mandamentos não foi o fato de dele ser o Criador de todos, mas foi a sua vontade de ser o Libertador do seu povo. O que o levou a decretar a lei foi o “clamor do povo” (Ex.3,7-8), esse clamor foi o sofrimento vivido na Terra do Egito. O Criador, vendo o seu povo oprimido, resolveu ser Libertador. A libertação é a continuação da obra da criação! Libertando o povo do Egito, Deus conquistou um título de “propriedade pessoal” sobre ele (Ex.19,5). Conquistou o direito de poder declarar a sua vontade ao povo libertado. Este direito divino é a fonte permanente da autoridade da lei dos Dez Mandamentos. Os mandamentos são leis e decretos de Deus, por meio dos quais Deus manda que os homens e mulheres passem a agir de modo diferente daquele que antes vivia.

Viver os mandamentos Viver os dez mandamentos é viver conforme os ensinamentos de Deus. É reconhecer nele o único Deus verdadeiro e que por isso Deus se identifica por meio de regras para que possamos ser felizes.

MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS

1º MANDAMENTO - AMAR A ADEUS SOBRE TODAS AS COISAS Amar a Deus é amar a nós mesmos, porque somos filhos de Deus. É também amar o próximo, mas na realidade, temos que amar a todos. Na medida em que amamos a Deus, aprendemos a perdoar. Meus amigos, Deus nos ama, por isso que ele resgatou os nossos antepassados (Israel) das mãos do faraó e sempre que o povo passava por dificuldades, ele mandava alguém para ajudar seu povo. Deus pede para que amemos ele sobre todas as coisas, que respeitemos o dia do Senhor, o domingo, e também, respeite a sua Igreja, guardando todos os dias santos e festas religiosas, a fim de que tenhamos um contato com Deus. Amar a Deus sobre todas as cosias é colocar Deus no primeiro lugar de nossas vidas. Logo, não podemos deixar Deus e buscar as ilusões do mundo. Nas fraquezas e fragilidades, Deus cuida de nós, pois ele está sempre por perto. Basta que oremos a ele, clamemos o seu amor e ele se manifestará.

[VAMOS RECORDAR: QUERIDOS

IRMÃOS EM CRISTO JESUS, APÓS TER

APRENDIDO QUE DEUS RESGATOU

SEU POVO DO EGITO E O LIBERTOU

DA ESCRAVIDÃO DO FARAÓ, DEUS

FEZ NO MONTE SINAI, UMA ALIANÇA

DE AMOR COM SEU SERVO MOISÉS E

TODO O ISRAEL, E LHES ENTREGOU

OS 10 (DEZ) MANDAMENTOS. DE

AGORA EM DIANTE VÃO VER COMO

ISSO ACONTECEU.]

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A maior prova do amor de Deus A maior prova do amor de Deus, foi que ele deu seu próprio filho Jesus Cristo para a salvação da humanidade, como anuncia o apóstolo João: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu filho único, para que todo o que nele crer não pereça (mora), mas tenha a vida eterna”. (João 3.16). Quando amamos Deus em primeiro lugar, não podemos deixar ele esperando na missa, não podemos nos esconder do frio ou da chuva, mas compreender que Deus é o Pai, que ele me quer bem e que está comigo. Por isso, não posso trocar Deus por nada. Se não posso trocar Deus por nada, também na posso trocar Jesus por nada, porque Jesus é Deus.

2º MANDAMENTO - NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO O segundo mandamento regula o uso que fazemos do Santo nome de Deus. Não devemos proferi-lo abusadamente. Deus revela o seu Santo nome só àqueles que crêem nele. Com isso Ele estabelece uma relação de confiança e intimidade com seu povo. O uso indevido do nome de Deus é proibido pelo segundo mandamento e também o nome se Jesus Cristo, da virgem Maria, dos santos, etc.... As promessas feitas em nome do Senhor mostram a fidelidade, a veracidade e a honra contida nessas promessas. Devemos, pois, ser fiéis a elas e não cumpri-las é o mesmo que dizer que Deus é mentiroso.

A blasfêmia A Blasfêmia consiste em usar palavras de ódio, ofensa, de desafio a Deus e de até mal dizê-lo. A sua proibição também é estendida às palavras contra a Igreja, os Santos, as coisas sagradas, etc.

O juramento pelo nome de Deus O juramento é a invocação de Deus para ser testemunha daquilo que afirmamos. O cristão não pode fazer um juramento falso porque é contrário ao segundo mandamento. Fazendo isso ele está invocando a Deus para ser testemunha de sua mentira. Tomemos cuidado também para não jurarmos pelo Santo nome de Deus, como adverte Jesus no Sermão da Montanha, "Vocês ouviram também o que foi dito aos antigos: 'Não jure falso, mas cumpra seus juramentos para com o Senhor”. Eu, porém, lhes digo: “Não jurem de modo algum: nem pelo Céu porque é o trono de Deus; ... diga apenas 'Sim' guando é 'Sim' e 'Não' quando é 'Não'. O que você disser alem disso vem do maligno" (Mt. 5,33-34.37).

3º MANDAMENTO - GUARDAR DOMINGOS E FESTAS

O Domingo O domingo é, para os cristãos católicos, o primeiro dia de todos porque Jesus Cristo ressuscitou no Domingo, o que simboliza a primeira criação. Com a ressurreição relembramos a Nova Criação iniciado por Cristo. É a plenitude do Sábado porque nos anuncia o repouso Eterno em Deus.

A celebração do domingo A celebração do Domingo é um culto prestado em honra ao Senhor e é visível, público e nos recorda a Antiga Aliança que Deus fez com seu povo. MISSA: Ao participar da celebração da Missa no Domingo, o cristão pode dar o seu testemunho na Santidade de Deus e na sua esperança de Salvação, bem como confirmar sua comunhão e fé. Pode-se também participar da missa no Sábado à tarde.

Dispensa da missa A dispensa da missa é possível desde que o cristão esteja nas seguintes situações: doenças graves, cuidar de doentes, etc. PECADO GRAVE: Deixar de participar da missa se constitui falta e pecado grave. Assim como o Senhor trabalhou e depois descansou no sétimo dia, todos nós temos uma vida ritmada pelo trabalho e pelo repouso.

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O Domingo é o Dia do Senhor. O dia do Senhor porque ele foi santificado para que possamos desfrutar do laser a que temos direito nesse dia. Os cristãos se dedicam, neste dia às atividades relativas ao culto a Deus, ao repouso espiritual e corporal, ao relacionamento familiar, social e cultural com as outras pessoas.

1) Estou amando a Deus sobre todas as coisas? 2) Deus está em primeiro lugar em minha vida? 3) Estou participando das missas aos domingos, durante a semana, nas festas da Igreja? 4) Estou comungando Jesus Cristo eucarístico? 5) Ao amar a Deus, sou capaz de amar também meu pai e minha mãe, meus irmãos e irmãs? E os professores, meu patrão, eu também tenho que amá-los? 6) Estou amando a criação de Deus? 7) Estou guardando as datas comemorativas da Igreja? 8) Estou participando delas? Qual o significado das festas comemorativas da Igreja? 9) É obrigação do Cristão participar delas?

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9º ENCONTRO | A ALIANÇA DE

AMIZADE COM DEUS: OS 10

MANDAMENTOS [DO 4º AO 10º MANDAMENTO]

Leitura: Livro do Êxodo: Cap. 20-12 - Livro do Deuteronômio (Dt 5.I6; Mc 7,8).

4º MANDAMENTO: HONRAR PAI

E MÃE

Honrar pai e mãe é o quarto mandamento da Lei de Deus. Deus quer que todos os filhos encontre no pai e na mãe o rosto de Deus, por essa razão o Senhor enche de bênçãos os filhos que cumprem este mandamento afirmando: “Honra teu pai e tua mãe , como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus”.(Deuteronômio 5.16) Honrar é amar, respeitar e está atento a observância e obediência as ordens, ensinamentos dos pais para que crianças, adolescentes, jovens e adultos aprendam de seus pais o que é útil e agradável a Deus. A Carta de São Paulo aos Efésios ainda descreve: "Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, porque isso é justo. Este é o mandamento acompanhado de uma promessa: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra" (Ef 6,1-3). De acordo com o quarto mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e os que ele, para nosso bem, investiu de autoridade. A comunidade conjugal está fundada na aliança e no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos cônjuges (esposo e esposa), a procriação e a educação dos filhos. Os filhos devem a seus pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar.

O desamor, o desrespeito e a insensibilidade de alguns filhos Caros Crismandos, é possível verificarmos que em muitos casos, há jovens que não amam, não respeitam e ainda são insensíveis com os pais. Há falta de amor aos pais quando estes não se preocupam em respeitá-los, não cumprindo aquilo que os pais estabelecem em suas casas no dia a dia. A insensibilidade desses jovens está em achar que o que os pais aconselham são “coisas ultrapassados”, que são de épocas passadas e que o Pai e a Mãe estão velhos, ultrapassados e não são “jovens”. No memento dessa reflexão você deve está pensando isso mesmo. Pois é, cuidado!!!, não se deixe levar pelas ondas do mundo, da internet, por aquela mensagem do celular, do facebook, etc. Cuidado também, as novelas nos passam mensagem de uma realidade que não existe, mas de um mundo bom, maravilhoso e sem problemas, muitas vezes. Nas novelas, é comum os filhos responderem mal seus pais, afrontar, desrespeitar e desafiá-los. O filho que desafia seus pais, não ficará sem a resposta de Deus. Resposta esta que você não sabe, pois se você cometer essas práticas, cedo ou mais tarde, Deus levantará seu braço!!! Pense nisso. Mude de comportamento. Evite atrair para sua vida, com as mas ações, a ira de Deus, pois Deus é amor e quer que vivamos unidos para sempre. É preciso compreender que os pais querem o bem dos filhos. Eles os protegem, ainda que se possa pensar que a forma como eles nos quer proteger está ultrapassada, pois no mundo, muitos não respeitam os ensinamentos dos pais e isso é, em outras palavras, desrespeitar o 4º mandamento. Os pais são pessoas experientes, já tiveram muitos dissabores, sofreram e experimentaram situações que não querem que os filhos experimentem. Por isso, é preciso amá-los, ouvi-los e obedecê-los.

[VAMOS RECORDAR: NO ENCONTRO

ANTERIOR TIVEMOS A OPORTUNIDADE

DE APRENDER QUE DEVEMOS AMAR A

DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E QUE

NINGUÉM PODE DIZER QUE AMA DEUS,

SE ODEIA SEU IRÃO. HOJE VAMOS

APRENDER QUE DEVEMOS AMAR,

RESPEITRAR E HONRAR NOSSO PAIS E

TAMBÉM, PORQUE DEVEMOS

RESPEITAR A VIDA HUMANA,

PRESERVANDO-A E QUE SOMENTE DEUS

É O AUTOR DA VIDA.]

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O mandamento se dirige aos filhos O quarto mandamento se dirige aos filhos em suas relações com o seu pai e a sua mãe, por que essa relação é a mais universal. Diz respeito também às relações de parentesco. Manda prestar honra, afeição e reconhecimento aos avós e aos antepassados. Estende-se, enfim, aos deveres dos alunos com o seu professor, dos empregados com os seus patrões, dos subordinados para com os seus chefes, dos cidadãos para com a sua pátria e para com os que a administram ou a governam. (Catecismo: 2197)

A família no plano de Deus Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e adotou-a de sua constituição fundamental. Seus membros são pessoas iguais em dignidade. Para o bem comum de seus membros e da sociedade, a família implica uma diversidade de responsabilidades, de direitos e deveres. (Catecismo: 2203)

Direitos e deveres dos membros da família Numa família todos têm direitos e todos também têm deveres. Os pais trabalham. Muitas vezes pai e mãe trabalham fora do lar. Enquanto pais trabalham os filhos não podem ficar em casa perdendo o seu tempo na internet e nas redes sociais, exceto quando a internet for necessária para os trabalhos escolares. Dar uma olhada no facebook, no MSN não é nada de mais, mas ficar investindo o tempo nessas redes sociais, enquanto se tem a lição de casa para fazer, o inglês para estudar, a prova para estudar, em nada contribui para sua aprendizagem. E muitas vezes as notas baixas na escola é o reflexo da perda de tempo e da falta de preparo para as provas. Se você está agindo dessa forma, reflita e mude de atitude. Quando você ficar sozinho em casa cuidado com a internet, não fique olhando o que não deve (pornografia), se comunicando em salas de bate-papo ou até mesmo namoros virtuais. Isso é um risco. É conhecido inúmeros casos de namoros pela internet de adolescentes e jovens que foram seqüestrado e levado a seqüestro internacional (fora do Brasil) e em alguns casos, para a prostituição e até mesmo para a morte. Após a morte, o assassino tira os órgãos e os vende clandestinamente. O resultado é o desespero e o sofrimento dos pais, parentes e amigos. É isso que queremos???? Por essa razão, caros crismandos, observem e cumpram o que os seus pais vos pedem, como por exemplo: desligar o computador quando usado sem medida, desligar o chuveiro quando se está demorando no banho, ao sair da escola vir direto para casa, quando passar na casa do amigo (a), avisar com antecedência aos pais e cumprir o horário de retorno. Quando seus pais lhe pedir para fazer algo não faça cara feia, não chame ela ou ele de chata ou chato, eles querem o seu bem. Não pense que tudo deve ser de seu jeito ou que seus pais não querem seu bem. Muito pelo contrário!!! Por outro lado, um filho arrogante, cheio de si não encontra em Deus um olhar de doçura tão facilmente. Nunca mentir, sempre dizer a verdade. Nunca fazer as coisas às escondidas, pois cedo ou mais tarde, elas serão descobertas e você pode ser prejudicado e vir a sofrer. Vamos confirmar tudo isso lendo e meditando o Livro do Eclesiástico, capítulo 3.1.18.

A Família cristã A família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai. Ela é chamada a partilhar da oração e do sacrifício de Cristo. A oração cotidiana e a leitura da Palavra de Deus fortificam nela a caridade. A família Cristã é evangelizadora e missionária. (Catecismo 2205)

Deveres dos membros da família A Paternidade divina é a fonte da paternidade humana, é o fundamento da honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo pai e pela mãe alimenta-se da afeição natural nascida do vínculo que os une e é exigido pelo preceito divino. (Catecismo 2214). Enquanto o filho viver na casa de seus pais, deve obedecer a toda a solicitação dos pais que vise ao seu bem ou a bem da família. “Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, pois isso é agradável ao Senhor.”(Colossenses 3.20). CRESCIMENTO DOS FILHOS: Quando crescerem, os filhos continuarão a respeitar seus pais. Antecipar-se-ão aos desejos deles, solicitarão de bom grado seus conselhos e aceitarão suas justas admoestações.

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A OBEDIÊNCIA: A obediência aos pais cessa com a emancipação dos filhos, mas o respeito, que sempre lhes é devido, não cessará de modo algum, pois (tal respeito) tem sua raiz no temor de Deus, um dos dons do Espírito Santo. (Catecismo 2217) AJUDAR OS PAIS: O quarto mandamento lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais. Enquanto puderem, devem dar-lhes ajuda material e moral nos anos da velhice e durante o tempo de doença, de solidão ou de angústia. Jesus lembra este dever de reconhecimento. (Catecismo 2218)

5º MANDAMENTO: NÃO MATAR Meus irmãos, o 5º mandamento é uma ordem de Deus para que ninguém tire a vida do outro e nem a própria vida, pois Deus deseja que todos tenham vida em plenitude. De acordo com a Doutrina da Igreja Católica, “A vida humana é sagrada porque desde sua origem ela encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente". (Catecismo 2258) Desde os tempos mais antigos Deus quis que os homens preservassem a vida. A própria vida e a vida dos membros da família e de quem quer que ocupe a Terra.

Relata as Sagradas Escrituras e os documentos da Igreja Católica: “O respeito à vida humana. A Escritura, no relato do assassinato de Abel por seu irmão Caim, revela, desde o começo da história humana, a presença da cólera e da cobiça no homem, consequências do pecado original. O homem se tornou inimigo de seu semelhante.” Deus expressa a atrocidade deste fratricídio: "Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar por mim. Agora, és maldito e expulso do solo fértil que abriu a boca para receber de tua mão o sangue de teu irmão" (Gn 4,10-11). (Catecismo 2260) A Aliança entre Deus e a humanidade está cheia de lembranças do dom divino da vida humana e da violência assassina do homem: O Antigo Testamento sempre considerou o sangue como um sinal sagrado da vida. A necessidade deste ensinamento é para todos os tempos. (Catecismo 2259)

Estamos proibidos de matar Toda a pessoa humana foi criada a imagem de Deus, de modo que não é permitido a ninguém tirar a vida de seu próximo. Quando matamos alguém, estamos na realidade matando o próprio Criador. É bom lembrar que ninguém pode amar a Deus e odiar o seu irmão, quando mais matá-lo, pois isto seria uma imensa mentira e uma afronta aos mandamentos de Deus.

A Escritura determina com precisão a proibição do quinto mandamento: "Não matarás o inocente nem o justo" (Ex 23,7). O assassinato voluntário de um inocente é gravemente contrário à dignidade do ser humano, à regra de ouro e à santidade do Criador. A lei que o prescreve é universalmente válida, isto é, obriga a todos e a cada um, sempre e em toda parte. (Catecismo § 2261)

A legítima defesa A legítima defesa das pessoas e das sociedades não é uma exceção à proibição de matar o inocente, que constitui o homicídio voluntário. "A ação de defender-se pode acarretar um duplo efeito: um é a conservação da própria vida, o outro é a morte do agressor. Só se quer o primeiro; o outro, não." (Catecismo 2263) A legítima defesa pode ser não somente um direito, mas um dever grave, para aquele que é responsável pela vida de outros. Preservar o bem comum da sociedade exige que o agressor seja impossibilitado de prejudicar a outrem. A este título os legítimos detentores da autoridade têm o direito de repelir pelas armas os agressores da comunidade civil pela qual são responsáveis. (Catecismo 2265)

Meios de defesa da vida O ensino tradicional da Igreja não exclui, depois de comprovadas cabalmente a identidade e a responsabilidade de culpado, o recurso à pena de morte, se essa for à única via praticável para defender eficazmente a vida humana contra o agressor injusto. Se os meios incruentos bastarem para defender as vidas humanas contra o

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agressor e para proteger a ordem pública e a segurança das pessoas, a autoridade se limitará a esses meios, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum e estão mais conformes à dignidade da pessoa humana. (Catecismo 2267)

O homicídio voluntário O quinto mandamento proscreve como gravemente pecaminoso o homicídio direto e voluntário. O assassino e os que cooperam voluntariamente com o assassinato cometem um pecado que clama ao céu por vingança. (Catecismo 2268)

O infanticídio O infanticídio, o fratricídio, o parricídio e o assassinato do cônjuge são crimes particularmente graves, devido aos laços naturais que rompem. Preocupações de eufemismo ou de higiene pública não podem justificar nenhum assassinato, mesmo a mando dos poderes públicos.

O aborto O aborto, de acordo com o Catecismo da Igreja Católica: “A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida. (Catecismo 2270)

Auxílio para matar A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja sanciona com uma pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. "Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão “latae sententiae" "pelo próprio fato de cometer o delito" e nas condições previstas pelo Direito. Com isso, a Igreja não quer restringir o campo da misericórdia. Manifesta, sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao 'inocente morto, a seus pais e a toda a sociedade. (Catecismo 2272). A EUTANÁSIA (MORTE DO ENFERMO OU DOENTE) Aqueles cuja vida está diminuída ou enfraquecida necessitam de um respeito especial. As pessoas doentes ou deficientes devem ser amparadas, para levar uma vida tão normal quanto possível. (Catecismo 2276) O SUICÍDIO Cada um é responsável por sua vida diante de Deus, que "lha deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor. Devemos receber a vida com reconhecimento e preservá-la para honra dele e salvação de nossas almas. Somos os administradores e não os proprietários da vida que Deus nos confiou. Não podemos dispor dela. (Catecismo 2280)

6º MANDAMENTO: NÃO PECAR CONTRA A

CASTIDADE O sexto mandamento é uma ordem de Deus para que o homem e a esposa respeitem a pessoa humana de seus esposos, respeitando a unidade e a integridade do matrimônio. Mas não é só, adultério significa em latina ad alterum torum que significa literalmente na cama de outro(a) que designava a prática da infidelidade conjugal. O homem ou a mulher pego em adultério se tornam infiéis não apenas em relação a ambos, mas especialmente em relação a Deus. A infidelidade no matrimônio fere o Plano de Amor Deus e conduz aquele que foi infiel a se afastar de Deus. A infidelidade conjugal conduz o pecador às trevas e torna refém de satanás, atrai para si a maldição e a desgraça. A infidelidade conjugal continuada caracteriza prostituição.

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Castidade significa pureza no plano da dignidade da pessoa humana. Castidade do jovem, da jovem, sem qualquer ocupação de relações sexuais antes do casamento. Castidade em relação aos esposos significa que tanto o esposo quanto a esposa devem se manter íntegros um para o outro, sem a adesão a outra pessoa fora do relacionamento matrimonial. A castidade do jovem e da jovem requer também um auto-controle de suas paixões e das paixões do mundo, daí o entendimento de que devem se manter longe da pornografia, da masturbação, da formicação, das relações sexuais e desordenadas,em fim, for a de qualquer situação que macule (manche) a identidade do filho de Deus, que cada pessoa humana adquire com o batismo.

A unidade no matrimônio Deus, no paraíso tudo fez para o homem. Deu-lhes poder para administrar e governar toda a criatura. Deus também criou a mulher para que fosse esposa de Adão, por isso que Deus disse: “Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne”.(Gn. 2.24). O sexto mandamento é uma ordem de Deus para que o homem e a mulher não desrespeite as leis do matrimônio, pois uma vez casado (a), esposo e esposa não podem ter novos namorados e esposas fora do casamento, pois será uma violação as leis de Deus. A ordem de Deus é para viver em unidade, em harmonia, não em divisão e luxúrias. A sexualidade afeta os aspectos da união entre o corpo e a alma. É a capacidade de amar, a afetividade e procriação e, em geral, a aptidão de criar vínculos de união com os outros. Cada um deve aceitar e reconhecer a sua sexualidade. É muito importante para um casal a maneira como se vivem, como se doam mutuamente, como se apoiam mutuamente, como se completam. (Catecismo 2332). O respeito no casamento é o respeito às leis de Deus que não quer um casamento cheios de promiscuidade.

A vocação na castidade pelo matrimônio A castidade consiste em aprender, a dominar a si mesmo, sendo uma alternativa bem clara: ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz, ou se deixa dominar por elas e se torna infeliz. A Dignidade do homem exige o seu livre arbítrio, ou seja, que ele possa agir simplesmente por força de um impulso interno cego ou estímulos externos. O homem alcança essa dignidade quando se liberta da escravidão de suas paixões e escolhe livremente o bem. A convivência de esposo e esposa no matrimônio também deve ser casto, isto é, ambos devem viver uma para o outro,de modo que prevaleça a unidade que Deus estabeleceu no início dos tempos com a criação do mundo. (Gn. 2.24-25).

Obediência a Deus e a provação nas tentações Para ser fiel às promessas do Batismo e resistir às tentações devemos nos apegar à obediência, aos mandamentos divinos, à oração, às verdadeiras virtudes morais (= não se deixar levar pelas práticas despudoradas). Devemos tomar muito cuidado com o que se considera moral no mundo atual. Ex: venda de bebida alcóolica e cigarros a menores, programas que exploram a sensualidade do corpo, tanto de adultos quanto de crianças, etc. Esses poucos exemplos citados são considerados, mascaradamente, pela mídia, como virtudes morais.

Formas de castidade A virtude da castidade é comandada pela virtude da temperança (= é o refrear dos desejos, principalmente os do gosto e do tato). O domínio de si mesmo é um processo muito demorado e que requer muita força de vontade. Deve ser retomado em todas as idades da vida. Isso deve ser ensinado desde cedo. Nas fases da infância e da adolescência esse processo se torna mais difícil exigindo um maior esforço da pessoa.A castidade é uma virtude moral e um Dom de Deus. O Espírito Santo nos concede o Dom de imitar a pureza de Cristo, através do Batismo. Há três formas da virtude da castidade: 1) a primeira dos esposos, 2) a segunda da viuvez e a 3) terceira da virgindade. Não se pode louvar uma delas sem excluir as outras. Os noivos são também convidados a viver a castidade conjugal que é a prova de fidelidade e respeito mútuo e de esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão as manifestações de ternura específicas de amor conjugal para o tempo do casamento.

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Ofensas à castidade Há várias ofensas a castidade. São exemplos de ofensa a castidade: a luxúria, a masturbação, a formicação, a pornografia, a prostituição, o estupro, entre outros. a) A Luxúria: É um desejo desenfreado do prazer sexual quando é buscado para outras finalidades que não sejam a procriação e a união; b) A Masturbação: É excitação voluntária dos órgãos sexuais a fim de conseguir prazer sexual. É um ato extremamente egoísta e desordenado. Tal ato fere a ordem moral que se realiza num contexto de amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e procriação humana; c) A Fornicação: É o ato sexual ou a sexualidade entre as pessoas fora do casamento (adultério), E é gravemente contrário à castidade das pessoas. É um escândalo grave quando há corrupção de jovens; d) A Pornografia: É a utilização de cenas de sexo (reais ou simuladas), da intimidade dos parceiros, para exibi-los a terceiros. A pornografia denigre o ato conjugal. Atenta gravemente contra a dignidade dos que o praticam, porque cada um se torna para o outro um objeto de prazer rudimentar; e) A Prostituição: Vai contra a dignidade da pessoa que se prostitui, que fica reduzida ao um objeto de prazer sexual, que dela se obtêm. Aquele que paga peca gravemente contra si mesmo, mancha seu corpo, Templo do Espírito Santo. A prostituição é um ato pecaminoso, porém o estado de miséria e a chantagem podem atenuar a falta; f) O Estupro: É a penetração à força na intimidade sexual de uma pessoa. Fere gravemente a justiça e a caridade. Provoca um dano que pode marcar a vítima por toda a vida. É um ato extremamente mal. O que torna o estupro mais grave é o estupro cometido pelos pais.

O adultério Mostra a infidelidade conjugal. Cristo condena o adultério mesmo de simples desejo. O sexto mandamento e o Novo Testamento prescrevem o adultério. Os profetas denunciam sua gravidade e vêem nele o pecado da idolatria. O adultério é uma injustiça. Cometendo o adultério ferimos o sinal da aliança que é o vínculo matrimonial, lesamos o direito do outro cônjuge e prejudicamos o casamento. O Adultério prejudica também o bem da geração da vida e dos filhos, que precisam da união estável dos pais. (Mat. 5.27-28)

O divórcio O Senhor Jesus quis, por vontade do Criador, que o casamento fosse indissolúvel. Entre os batizados o casamento não pode ser dissolvido por nenhum poder humano, exceto pela morte.É uma ofensa grave à lei natural. Isso porque o divórcio rompe com o contrato consentido livremente pelos esposos de viverem um como o outro. Não se pode casar novamente, depois da primeira união matrimonial, porque quem resolve casar de novo passa encontrar-se em situação de adultério público e permanente. “Se o marido, depois de se separar de sua mulher, se aproximar de outra mulher, se torna adúltero, porque faz essa mulher cometer adultério; e a mulher que habita com ele é adúltera, porque atraiu a si o marido de outra”. S. Basílio. O divórcio acarreta vários problemas: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados com a separação dos pais, e muitas vezes disputados entre eles, e por seu contágio que o torna uma praga social. Quando um dos cônjuges é a vítima inocente do divórcio decidido por uma lei civil, ele não fere o preceito moral. Existe uma grande diferença entre o cônjuge que tentou ser fiel ao matrimônio e se vê injustamente abandonado e aquele que, por falta grave de sua parte, destrói um casamento canonicamente válido.

7º MANDAMENTO: NÃO FURTAR Introdução O sétimo mandamento proíbe o roubo. O roubo é a usurpação de um bem de outrem contra a vontade razoável do proprietário. Toda a forma de apropriação e uso injusto dos bens de outrem é contrária ao sétimo mandamento. A injustiça cometida exige reparação. A justiça comutativa exige a restituição do bem roubado. Quem rouba as coisas alheias está sujeita também, na lei dos homens, a pena de prisão, que pode ser de 1 (um) a 4 (quatro) anos, dependo das circunstância de cada furto ou roubo A lei moral, ou seja, de Deus, proíbe os atos que, visando a fins mercantis ou totalitários, conduzem à servidão dos seres humanos, à sua compra, venda e troca como mercadorias. O domínio concedido pelo Criador sobre os recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser separado do respeito às obrigações morais, inclusive para com as gerações futuras.

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8º MANDAMENTO: NÃO LEVANTAR FALSO

TESTEMUNHO "Não levantarás falso testemunho contra teu próximo" (Ex 20,16). Os discípulos de Cristo "revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade" (Ef 4, 24).

Ser verdadeiro e não falso A verdade ou veracidade é a virtude que consiste em mostra-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, da simulação e da hipocrisia. O cristão não deve "se envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor" (2Tm 1,8) em atos e palavras. O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé.

Não falsear a verdade Este mandamento proíbe falsear a verdade nas relações com os outros. Essa proibição moral decorre da vocação do povo santo a ser testemunha de seu Deus, que é e quer a verdade. O respeito à reputação e à honra das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia.

A mentira A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar o próximo, que tem direito à verdade. Toda falta cometida contra a verdade exige reparação. A regra de ouro ajuda a discernir, nas situações concretas, se convém ou não revelar a verdade àquele que a pede.

O sigilo sacramental "O sigilo sacramental é inviolável". Os segredos profissionais devem ser guardados. As confidências prejudiciais a outros não devem ser divulgadas. A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. E conveniente que se imponham moderação e disciplina no uso dos meios de comunicação social. As artes, mas, sobretudo a arte sacra, têm em vista, "por natureza, exprimir de alguma forma nas obras humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos de Deus".

9º MANDAMENTO: NÃO DESEJAR A MULHER DO

PRÓXIMO

Desejar a mulher do próximo é um pecado contra a dignidade da mulher Este pecado vai de encontro à cobiça, que neste caso, não é apenas a cobiça de bens materiais, mas também da pessoa da mulher. Este pecado se comete por meio do desejo de um homem de contrair com a mulher de outro uma relação de convivência que pode se dá por meio do namoro e até mesmo pela conjunção carnal. Da mesma forma e em igual identidade, se dá quando a mulher cobiça um homem, desejando com ele contrair desejos impuros, mantendo-o para si mediante relações carnais. Embora o nono mandamento informe “não desejar a mulher do próximo”, ele vale também para as mulheres que desejarem o homem da próxima, da sua oponente, do seu marido ou de quem quer que seja. Vale lembrar que este é um pecado que gera a impureza interior da pessoa, homem ou mulher, valendo lembrar as palavras de Cristo que afirma: “aquilo que sai da boca provém do coração, e é isso o que mancha o homem. Porque é do coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falso testemunhos, as calúnias”. (Mt.15.18-20). Por isso caro crismando (a), nada de ficar pensando na mocinha, no mocinho, nada de ficar alimentando impurezas, maus desejos, más inclinações. Se em seu coração, você desejar a moça ou o moço, então já terá infringido o 9º mandamento e por essa razão deve confessar. O pecado é mais grave ainda se a mulher ou homem com quem alguém pensou pecar for alguém casado ou casada.

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Se pensares em contrair namoros ou situações contra a dignidade do casamento de ágüem, então ocorrerá o adultério que se constitui num pecado gravíssimo e leva a morte da alma. Sobre o adultério, afirma Jesus: “todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração.” Não precisa consumar o adultério com a conjunção carnal, isto é as relações sexuais, pois este pecado já se completa com o simples desejo.

10º MANDAMENTO: NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS Afirma a Palavra de Deus: "Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem o seu escravo, nem a sua escrava, nem a sua escrava, nem seu boi, nem o seu jumento, nem nada do que lhe pertence”. (Ex. 20,17). Disse Jesus: “Onde está teu tesouro, aí estará teu coração” (Mt. 6.21) e (Mt. 6.24-34). Jesus quer nos advertir que as preocupações exageradas nos tornam reféns das cosias do mundo, nos desviando da Palavra de Deus e de seus ensinamentos. É preciso compreender que se Deus é tudo em nossas vidas, nele devemos acreditar, se queremos algo e este algo é necessário para a satisfação de nossas necessidades, Deus providenciará o que precisamos. O décimo mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder. A inveja é a tristeza sentida diante do bem de outrem e o desejo imoderado de dele se apropriar é um vício capital. O batizado combate a inveja pela benevolência, a humildade e abandono nas mãos da Providencia divina. Os fiéis de Cristo "crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências" (Gl 5,24); são conduzidos pelo Espírito e seguem seus desejos.

O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. "Bem-aventurados os puros de coração".

Eis o verdadeiro desejo do homem: "Quero ver a Deus". A sede de Deus é saciada pela água da Vida Eterna

1) Estou respeitando meus pais? 2) Consigo compreender os esforços de pai e mãe para me educar, dar de comer, vestir e educar? 3) Meus pais meditam comigo o material de reflexão da crisma? Sim ou não? 4) Sou obrigado a respeitar meus pais mesmo tendo se afastado do lar após o casamento? 5) Ponha-se no lugar de seus pais: Se você fosse casado (a) e seu filho (a) lhe desrespeitasse, o que você faria? 6) Quais são as formas de morte encontradas em nossa sociedade? 7) Sou a favor ou contra o aborto? Se você viesse a engravidar ainda jovem, você abortaria? 8) O que fazer para não engravidar quando se está jovem? 9) Você conhece alguém que já abortou uma criança? 10) O que você acha do abandono de crianças em sacos e latas de lixos? É uma forma de morte?

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11) Alguém pode está viva e morta ao mesmo tempo? Como isso é possível? Você conhece alguém nessas condições? Faça seu relato. 12) O que vem a ser a sedução? Quais são as suas espécies? 13) Sou fraco e por isso sou seduzido? Ou ao contrário, me deixo seduzir ou a sedução não é algo que dependa de minha vontade? 14) Quando sou atraído pelos maus desejos e mas inclinações, o que faço? Qual a minha atitude? 15) Diante da atração da moça ou do rapaz bonitos, o que faço? Dou trela? Envolvo-me? 16) Estou ficando com alguém? Estou pegando alguém, ou alguém está me pegando? O que significa tudo isso a luz da Palavra de Deus? 17) Você acha que é um copo descartável, que depois de usado (a) é jogado (a) fora? 18) Quando você casar que tiver filhos (as), você irá querer que os outros usassem e abusem de seus filhos e filhas e depois os descartem?

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10º ENCONTRO | JUIZES E

REIS Leitura: Primeiro e Segundo Livro dos Reis

Introdução

Nessa terra prometida, eles começaram a viver com outros povos, às vezes mais fortes, mais poderosos do que eles. Começaram então a se afastar de Deus e a se comportar mal, aprendendo os costume ruins desses povos e a se esquecer dos mandamentos dados por Deus. Deus abandonou este povo que começou a ser roubado e explorado pelos filisteus que eram poderosos vizinhos. Passado algum tempo, Deus suscitou Sansão (Jz. 13,16) para ser juiz. Deus deu-lhe poder e este com uma queixada de burro matou 1.000 (mil) filisteus.

Juízes Após a morte de Josué e dos anciãos, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2.12-15). E em consequência disso certas pessoas foram escolhidas por intervenção divina, para governarem a nação como juízes ou libertadores. Não tinham poder de fazer novas leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia neles, também o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente algumas vezes a certa parte do país. Não tinha estipêndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos. Samuel foi o mais notável dos juízes, parecendo que na última parte de sua vida ele se limitava a exercer principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, finalizou a forma teocrática de governo (1Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que “consultar a Deus” (Ex 18.15). Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém. Além dos juízes supremos, havia anciãos da cidade, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver pequenas causas da localidade (Dt 16.18). Juízes foram instrumentos eficazes de DEUS para manter acesa a fé do povo e não deixá-lo perder sua identidade de “povo de DEUS”. O livro dos juízes é a história de um povo mergulhado na História. Relata fatos situados ente 1200 e 1020 a.C.: a continuação da conquista da Terra Prometida e a vida das tribos até o início da monarquia. Trata-se de um tempo de “democracia” (Jz 21,25) e cheio de dificuldades. As tribos são governadas por chefes que têm um cargo vitalício (juizes menores); nos momentos de grande dificuldade surgem chefes carismáticos (juizes maiores), que unem e lideram as tribos na luta contra os inimigos.3

Os principais juízes foram quinze 1- Otniel (Jz 3.9) – De Judá, livrou a Israel do rei da mesopotâmia; 2- Eúde (Jz 3.15) – Expulsou os amonitas e os moabitas; 3- Sangar (Jz 3.31) – Matou 600 filisteus e salvou a Israel; 4- Débora (Jz 4.5) – Associada a Baraque, guiando a Naftali e Zebulom à vitória contra os cananeus; 5- Gideão (Jz 6.36) – Expulsou os midianitas do território de Israel; 6- Abimeleque (Jz 9.1) – Pseudo libertador sem autoridade divina; 7- Tola (Jz 10.1) – Subjugou os amonitas; 8- Jair (Jz 10.3) – Subjugou os amonitas; 9- Jefté (Jz 11.11) – Subjugou os amonitas; 10- Ibsã (Jz 12.8) – Perseguiu os filisteus; 11- Elom (Jz 12.11) – Perseguiu os filisteus; 12- Abdom (Jz 12.13) – Perseguiu os filisteus; 13- Sansão (jz 16.30) – Perseguiu os filisteus; 14- Eli (1Sm 4.18) – Julgou a Israel como sumo sacerdote; 15- Samuel (1Sm 7.15) – Agiu principalmente como profeta.

3 Paróquia Jesus Sacramentado. Padre Nivaldo Alves dos anjos. O Pároco Maria auxiliadora.

[VAMOS REFLETIR: O POVO DA BÍBLIA

APÓS RECEBER OS DEZ MANDAMENTOS

SE TORNOU UM POVO FORTE E

CONSEGUIRAM COMO MOISÉS HAVIA

PROMETIDO, CHEGAR A TERRA

PROMETIDA. TODAVIA, NESSA TERRA

PROMETIDA COMEÇARAM A

CONTRARIAR A VONTADE DEUS E

PASSARAM A EXIGIR DE SAMUEL QUE

LHES DESSE UM REI. ]

~ 54 ~

Reis O Povo de Israel, vendo que os outros povos tinham um Rei que mandava sobre eles, desejou também ter um Rei. Havia um homem muito bom, considerado um santo, e o povo lhe pediu que escolhesse um rei. Samuel rezou a Deus e Deus então disse a Samuel que o verdadeiro Deus era o Deus Criador do Céu e da Terra, mas o povo rejeitou e pediu um rei para que governasse sobre eles. Por ordem de Deus, Samuel nomeou um rei que lhes impôs as regras, este povo foi escravizado e levado para a babilônia porque não ouviram a voz de Deus. No entanto, Deus nunca abandonou seu povo e para libertar o povo do sofrimento e da escravidão, Deus suscitou profetas (Livro de Samuel, 8-7).

Principais reis de Israel REI SAUL: Os principais reis de Israel foram Saul, Davi e Salomão. O REINADO DE SAUL: No inicio de seu governo, os amonitas, comandado por Naas, iniciaram o cerco a cidade de Jabes. Saul convocou todo o reino de Israel e venceu os amonitas. Saul, então, entrou em guerra contra os filisteus. Como os hebreus não tinham o domíno da metalurgica, foram obrigados a lutar com equipamentos agricolas. Saul e seu filho conseguiram importantes vitórias militares sobre os filisteus o que garantiu ao povo de Israel um período pacífico. Saul combateu Moab, Edom, Soba e os amalecitas. Mas a constante ameaça dos filisteus, os desentendimentos entre as tribos e a imaturidade de Saul fadaram seu reinado ao fracasso. Saul em sua arrogância teria usurpado funções sacerdotais e violado as leis de Moisés quanto aos aspectos de guerra. REI DAVI: Depois da morte de Saul, Davi governou a tribo de Judá, enquanto o filho de Saul, Isboset,

governou o resto de Israel. Davi foi escolhido o rei de toda Israel e seu reinado marca uma mudança na realidade

dos judeus. Ele transferiu a capital de Hebron para Jerusalém, após

conquistá-la, pois esta não tinha nenhuma lealdade tribal anterior, e tornou-

a o centro religioso dos israelitas, trazendo consigo a Arca Sagrada (seu

mais sagrado objeto). Ele é tradicionalmente visto como o autor do livro

dos Salmos, mas apenas uma parte é considerada seu trabalho.

A história do Rei Davi, um homem corajoso. Caros Crismandos, vamos acompanhar a história do Rei Davi na Bíblia, no Livro do Profeta Samuel (Sm. 17,26-54 ). Nas colinas de Belém um jovem cuida dos rebanhos de seu pai Jessé. É Davi, e ele leva a sério tudo o que faz. Certa vez lutou contra um leão que ameaçava o seu rebanho. Em outra ocasião, matou um urso.4 Os filisteus e os israelitas estavam prontos para a guerra. Os filisteus

estavam em uma colina e os israelitas em outra. REI SALOMÃO: O direito de Salomão ao trono é assegurado mediante ação decidida de sua mãe, do Sumo Sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com aprovação do idoso Rei David. Logo que se tornou rei, Salomão eliminou todos os conspiradores e consolidou o seu reinado.Diferente de seu pai, Salomão não se tornou num líder guerreiro, e isso, não foi preciso. Soube manter a grande extensão territorial que herdara de seu pai. Mostrou, de acordo com a tradição judaica cristã, ser um grande governante e um juiz justo e imparcial. Soube habilmente desenvolver o comércio externo e da indústria, as relações diplomáticas com países vizinhos, o que levou a um progresso considerável das cidades israelitas. (1 Reis. 3.1-28)

4 Paróquia

Santo Antonio Maria Claret. Catequese. Iniciação I, p. 72.

~ 55 ~

11ºENCONTRO | OS

PROFETAS

- Anunciadores do Reino - Introdução Profetas são pessoas simples que não tem medo de dizer a verdade. Eles anunciam a Palavra de Deus e denunciam as injustiças. Denuncia tudo aquilo que está acontecendo de errado no mundo e diz ao povo o que é preciso fazer para se converter a Deus. Os profetas são homens e mulheres fieis a projeto de Deus, fiéis aos 10 (dez) mandamentos. Profetas são homens e mulheres chamados por Deus para transmitir a mensagem de Deus ao povo. Eles são membros do povo, que participam do dia a dia do povo, conhecem os problemas e a realidade do povo, sabe do que o povo precisa. Os profetas denunciam as injustiças e anunciam o amor de Deus por seu povo. Hoje falaremos de alguns profetas que estão na Bíblia e cada um tem um livro que conta sua missão. Vamos ler um trecho do livro do profeta Amós: Am. 3. 4,1 (ler todo o capitulo 3 e versículo 1 do cap. 4 ). Amós denunciava a injustiça que havia na sociedade daquela época, será que hoje há injustiças em nosso meio? De revistas e jornais, tirem reportagens que falam das injustiças que acontecem hoje em nossa sociedade.

Os Profetas da Bíblia: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e Jonas Mais do que homens possuidores de dons extraordinários, os profetas do Antigo Testamento são exemplo de amor a Deus e ao próximo. Mas que ninguém se engane: eles não eram perfeitos. Assim como qualquer um de nós, também sentiam medo, passavam por momentos de dúvida e desconsolo... Porém, a fidelidade à sua vocação era maior que tudo e os impulsionava a perseverar. É o que testemunha Jeremias, que chegou a pensar em desistir de sua missão: "E, a mim mesmo, eu disse: Não mais o mencionarei e nem falarei em seu nome. Mas em meu seio havia um fogo devorador que se me encerrara nos ossos. Esgotei-me em refreá-lo, e não o consegui"5 (Jer. 20:9). Isaías Era descendente de Davi. Por sua clareza ao falar de Jesus, mais parece Evangelista que profeta. Uma de suas principais profecias é a referente à virgindade de Nossa Senhora: "Um virgem conceberá e dará à luz um filho, e seu nome será Emanuel" (Emanuel, significa "Deus conosco"). É o profeta mais citado no Novo Testamento. São João Batista, o precursor do Messias, identifica-se com "a voz que clama no deserto" e menciona textualmente o capitulo 40: "Preparei o caminho do Senhor, endireitai na solidão as veredas de nosso Deus". E o próprio Jesus aplicou a si mesmo suas profecias, quando, por exemplo, se apresenta como o Bom Pastor: "Ele apascentará como um pastor o seu rebanho: nos seus braços recolherá os cordeiros" (Is 40, 11). Vejamos o grau de exatidão e de profundidade do capítulo 53. "Ele não tem beleza, nem formosura, e vimo-lo e não tinha parecença do que era, e por isso não fizemos caso dele. Ele era desprezado e o último dos homens, um

5 Associação Cultural e Artística Nossa Senhora das Graças, In http://www.arnsg.org.br/artigo/21275/Os-Profetas-da-

Biblia--Isaias--Jeremias--Ezequiel--Daniel-e-Jonas.html. Acesso: Dia 25-02-2015, às 06:00h

[VAMOS REFLETIR: OS PROFETAS

ERAM SERVOS DE DEUS, ESCOLHIDOS

PELO SENHOR PARA ANUNCIAR A

VIONTADE DE DEUS E DENUNCIAR AS

INJUSTIÇA. ELES REVELAVAM A

VONTADE DO SENHOR PARA O POVO

DE ISRAEL. TODAS AS VEZES QUE

OCORRIA SITUAÇÕES QUE

DESAGRADAVAM A DEUS ERA

ENVIADO O PROFETA PARA ALERTAR

OS REIS E O POVO DE QUE

DETERMINADAS CONDUTAS

CONTRARIAVA A OS PRECEITOS DE

DEUS. VAMOS CONFERIR.]

~ 56 ~

homem de dores e experimentado nos sofrimentos; e o seu rosto estava encoberto; era desprezado, e por isso nenhum caso fizeram dele. Verdadeiramente, ele foi o que tomou sobre si nossas fraquezas (e pecados), ele mesmo carregou as nossas dores; e nós o reputamos como um leproso e como um homem ferido por Deus e humilhado. Mas foi ferido por causa das nossas iniquidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz caiu sobre ele, e nós fomos sarados com as suas pisaduras. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas, cada um se extraviou por seu caminho; e o Senhor carregou sobre ele a iniquidade de todos nós. Foi oferecido (em sacrifício), porque ele mesmo quis, e não abriu a sua boca; como uma ovelha que é levada ao matadouro, e como um cordeiro diante do que o tosquia, guardou silêncio e não abriu sequer a boca" (....) "entregou a sua vida à morte, e foi posto no número dos malfeitores, e tomou sobre si os pecados de muitos, e intercedeu pelos pecadores". Escrita com cerca de 700 anos de antecedência, realmente, encontra-se ai a fiel narrativa da paixão de Cristo. Jeremias Profetizou cerca de 550 anos a.C., em que deplora a destruição do templo de Jerusalém e a ruína da cidade. Seus gemidos e dores são figuras dos de Jesus: "Oh vós todos que passais pelo caminho, atendei e vede se há dor semelhante à minha dor". (Lm 1, 12) Ezequiel Foi cativo na Babilônia, profetizou, aproximadamente, entre os anos 592 e 570 a.C. Suas profecias são muito obscuras. São Jerônimo considerou-o difícil). Predisse o castigo do povo hebreu e sua libertação da Babilônia, como, também, a vinda do Messias. "Eis que eu mesmo irei buscar as minhas ovelhas e as visitarei. Assim com um pastor visita o seu rebanho no dia que se acha no meio das suas ovelhas (depois que andaram) desgarradas, assim eu visitarei as minhas ovelhas e as livrarei de todos os lugares por onde tinham andado dispersas no dia nublado e de escuridão" Daniel Era descendente de Davi. Jovem ainda, foi levado cativo para a Babilônia, por Nabucodonosor, que, impressionado pelo talento e sabedoria que ele demonstrou, tomou-o a seu serviço. No capitulo 3 de suas profecias, conta o episódio dos três hebreus lançados na fornalha, por aquele rei. No capítulo 5 narra o festim de Baltasar, em que ele próprio interpretou a misteriosa inscrição gravada na parede (Mane, Técel, Fáres, isto é, Contado, Pesado e Dividido). É, também, o principal personagem na bela história de Suzana, em que a livra de seus malfeitores (Cap. 13). Por duas vezes foi, milagrosamente, salvo na cova dos leões (Cap. 6 e 14). Contudo, a sua maior importância está no capítulo 9, 24: "Setenta semanas (de anos) foram decretadas sobre o teu povo e sobre a tua cidade santa a fim de que a prevaricação se consume e o pecado tenha o seu fim, e a iniquidade se apague e a justiça eterna seja trazida, e as visões e profecias se cumpram, e o Santo dos santos seja ungido". De fato, contando-se setenta semanas de anos, ou seja, 490 anos (7 X 70 = 490 - "de anos": 490 anos), a partir da época em que Daniel fez esta profecia, chega-se a cerca do ano 33 de nossa era, data da morte de Jesus, data em que o Santo dos santos foi ungido - como Sacerdote e Vítima - , data em que as visões e profecias se cumpriram, a justiça eterna foi apaziguada, a iniquidade, o pecado e prevaricação atingiram o auge, sendo, ao mesmo tempo, vencidos pelo Sangue Redentor. Além dos profetas maiores, há, ainda, outros doze, chamados menores, dentre os quais destaca-se Jonas que, engolido por um peixe, durante três dias, permaneceu vivo em seu ventre, sendo, por isso, figura de Jesus (ressuscitado depois de três dias no sepulcro). "Clamei desde o ventre do sepulcro e tu ouviste a minha voz" (Jn 2, 3).

Os profetas não são adivinhos Os profetas: a) Não eram pessoas que ficavam tentando adivinhar o futuro; b) Profetas eram aqueles que falavam em nome de Deus, dizendo o que estava errado e como o povo devia viver para cumprir a aliança que tinha feito com Deus; c) Profetas eram pessoas que viviam de acordo com os Mandamentos. Eram chamados por Deus para cumprir a missão de defensores da justiça e da fraternidade (AM. 8.4-7), etc.]

~ 57 ~

A história do profeta Elias – um profeta terrível O próprio nome Elias, que significa "Yahweh é Deus" ou "Yahweh é meu Deus", já expressa seu caráter e sua função na história bíblica. Ele foi um campeão do monoteísmo de Yahweh. É ele quem mantém a fé em Yahweh entre o povo e quem luta com vigor pelos Seus direitos. Sua árdua luta contra todo sincretismo religioso faz deste profeta, que "surgiu como fogo e cuja palavra queimava como uma tocha", uma figura de primeira linha na sucessão das duas Alianças. Enquanto o livro do Eclesiástico (48,1-11) canta suas glórias, os livros dos Reis nos contam sua vida de forma ampla. Nesta narração distinguem-se dois ciclos: "o ciclo de Elias" (1Rs 17 - 2Rs 1,18), que se centra na atividade do profeta, e o "ciclo de Eliseu" (2Rs 2-13), que começa com o arrebatamento de Elias, momento em que Eliseu o sucede.

Os maiores profetas foram: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Eles deixaram muitos ensinamentos sobre a Palavra de Deus.

Os profetas menores foram: Baruc, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habaruc, Sononias, Ageu, Zacarias e Malaquias. São chamados menores porque deixaram poucos escritos.

Falsos profetas São aqueles que falam em seu próprio nome, sem terem sido enviados por Deus (Jr. 14.14-14s; Jr. 23, 16: 27-15). São aqueles que seguem a própria vontade (Ez. 13.3). Atualmente, existem vários falsos profetas. São pessoas que se dizem inspiradas por Deus. Elas abrem Igrejas, até mesmo em garagens de suas casas para pregar a Palavra de Deus, porém não foram enviadas por autoridades constituídas por Deus, que na Igreja Católica é o sacerdote, o Bispo, os Cardeais e o Papa. Muitas vezes, eles enganam o povo e acabam por sugar todo o dinheiro do povo, vendendo a ideia de que a prosperidade ocorre em nossas vidas quando somos capazes de doar tudo o que temos.

Nos dias de hoje, há falsos profetas. São eles:

a) Pessoas que se infiltram (penetram) na sociedade para se promoverem; b) Essas pessoas são famosas por aquilo que ocupam o representam na sociedade; c) Eles são: Paulo Coelho; Zibia Gaspareto; d) Pastores de Igrejas que não estão preocupados em salvar as alma, mas em salvar sua condição de

vida; e) Há políticos também que são falsos, porquanto eles vendem a imagem de bonzinhos, mas quando

chegam no poder são verdadeiros lobos ferozes. Cuidado.

Ter atitudes de profetas Procurar todos os dias ter atitudes de profeta, porque o Cristão deve ser um projeta; dizer aos outros o que está certo e o que está errado; de acordo com o que estamos refletindo nos encontros; não ter medo de zombarias, porque estamos com Deus, amamos a Deus e estamos fazendo a sua vontade. Jesus Cristo é o profeta dos profetas. Sendo ele filho de Deus, ele é maravilhoso, é o Conselheiro Admirável, Deus Forte e Príncipe da Paz (Isaias 9.6).

1) Existem profecias? Elas se cumprem? 2) Profeta é coisa do passado? 3) Em sua opinião quem são os profetas de hoje? 4) Nos dias de hoje há falsos profetas? 5) O que eles pregam? 6) Você concorda com o que eles pregam?

~ 58 ~

12ºENCONTRO| RESUMÃO

Caros crismandos, nesse encontro vamos resumir nossa

trajetória até aqui. Vamos refletir a ação de Deus na história de

seu povo, desde o jardim do éden até o nascimento de Jesus.

Essa tarefa não é simples, mas vamos procurar lembrar de

muitas reflexões que fizemos até o presente momento. Vamos

lá.

A lista cronológica abaixo foi adaptada a partir de The Chronological Bible. O propósito é ajudar você a "enxergar" a ordem dos maiores eventos da Bíblia e das pessoas envolvidas. As datas são questionadas aqui e ali, mas, o objetivo principal é servir como uma referência no tempo.

A pré-existência de Cristo Jo 1:1

Da Criação ao Dilúvio

Criação Gn 1:1

Satanás expulso do céu Is 14:12-17

Seis dias da criação Gn 1:3-26

Jardim do Édem Gn 2:8-17

Queda de Adão e Eva Gn 3:1-7

Expulsão do Édem Gn 3:21-24

Caim mata Abel Gn 4

Nascimento de Noé Gn 5:28-29

O Dilúvio Gn 7:10:24

A Torre de Babel Gn 11

Do Dilúvio aos

Patriarcas

Nascimento de Abrão (Abraão) Gn 11:27

Jó Jó 1

Abrão torna-se Abraão Gn 17

Nascimento de Isaque, Jacó e José Gn 21-30

José é vendido como escravo no Egito Gn 37:28

Dos Patriarcas até o

Êxodo

1606 - 1462 a.C.

Fome e ida dos Hebreus para o Egito Gn 41

A população de hebreus cresce Gn 47:27

A Escravidão e Opressão do povo Ex 8

Nascimento de Moisés Gn 21-30

A pragas contra o Egito Ex 7-11 O Êxodo para Canaã

[VAMOR RECORDAR O CONTEÚDO:

CAROS CRISMANDOS, ANTES DE

ENTRARMOS NO NOVO

TESTAMENTO, VAMOS FAZER UMA

BREVE REVISÃO DO APRENDIZADO

ATÉ AQUI.]

~ 59 ~

Os Hebreus são libertos e depois perseguidos Ex 12 (Ex 13 - Nm 21)

1462 - 1065 a.C. Atravessando o Mar Vermelho Ex 13-15

Recebendo os 10 Mandamentos Ex 20

Israel vagueia pelo deserto por 40 anos Nm 14

A conquista e a divisão de Canaã Js 6-12 Canaã até o reinado de

Saul

(Js 1 - 1 Sm 8)

1422 - 1065 a.C.

Israel torna-se uma nação 1200-750 a.C.

Nascimento de Sansão Jz 13

Saul torna-se o primeiro rei 1 Sm 9

Davi mata Golias 1 Sm 17

O reinado de Davi

2 Sm 5 - 1 Rs 2

1025 - 985 a.C

Davi torna-se rei 2 Sm 5

Davi com Bateseba 2 Sm 11

A rebelião de Absalão 2 Sm 12

Davi prepara os materiais para o templo 1 Cr 22

Salomão torna-se rei 1 Rs 1

O reinado de Salomão

1 Rs 2 - 1 Rs 11

985 - 945 a.C.

Salomão pede a Deus sabedoria 1 Rs 3

A construção do Templo 1 Rs 6

Declínio de Salomão 1 Rs 11

A nação de Israel divide-se em duas: Judá ao Sul e Israel ao Norte. Neste período há uma sucessão de reis. Muitos eram maus, uns poucos eram louvados. Durante este tempo Elias realizou seu ministério. Jonas pregou em Nínive. Roma foi fundada. O templo foi restaurado.

O Reino Dividido (Israel e Judá) de

Salomão à Queda de Israel

945 - 721 a.C.

Israel e Judá caem ante potências estrangeiras. Profecias de Miquéias. Martírio de Isaías. Nascimento de Jeremias. Nascimento de Daniel. Profecias de Zacarias. Nascimento de Ezequiel. Pregação de Jeremias.

A Queda de Israel e a Queda de Judá 2 Rs 16; Is 21 721 - 586 a.C.

~ 60 ~

13º ENCONTRO | O NOVO

TESTAMENTO - Jesus, a nova e eterna aliança -

Leituras: Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João Introdução

Embora tenha Deus organizado sua criação é fato que o homem se perturbou diante do fato de não puder comer do fruto da árvore que estava no meio do jardim. Homem e mulher desconfiaram de Deus, foram seduzidos e induzidos pela serpente (satanás), vindo a desrespeitar o Plano de Amor de Deus. Esse desrespeito provocou a queda, isto é a ruína da pessoa humana, passando ela a viver num mundo hostil, onde todos passaram a desrespeitar os outros e a sujeitar-se por meio da opressão e pela escravidão. A pessoa humana conheceu o pecado e suas consequências, mas mesmo assim Deus sempre se preocupou com o homem e buscou resgatá-lo da condição de pecador. Nós acompanhamos a partir de Abraão a luta de Deus para resgatar o homem de todo o pecado, devolvendo-lhe as maravilhas do Paraíso, mas esse trabalho se mostra muito difícil, tendo o Senhor que escolher pessoas que pudessem lhe ajudar nessa empreitada, que conhecemos por Salvação. As pessoas foram perseguidas pelos reis estrangeiros e muitas vezes pelas próprias pessoas a quem Deus confiou à administração do povo, vide o caso do Rei Saul. Constantemente, o povo pecava e Deus enviava alguém par anunciar sua palavra. Houve muito capricho do povo que de tempos em tempos reclamava de Deus Javé. Deus, mesmo sendo amor e misericórdia, enviava os profetas para anunciar que se o povo não se convertesse, eles seriam oprimidos e levados à escravidão. Engraçado, tudo isso o povo pagou para ver e efetivamente foram escravizados, até que um dia libertos pelo Poder de Deus, Deus voltou a ficar com eles, mais tarde, tudo começava de novo, ou seja, o povo tinha a cabeça dura. Por fim, Deus envia seu Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo, marcando um novo tempo e uma nova história. É o que passaremos a aprender a partir de agora. No novo testamento, ocorre uma Nova Aliança. Essa Aliança depende do sim de Maria, que acolhe o projeto de Deus de ser a Mãe do Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja promessa é a libertação e a salvação do povo de Deus. Vale destacar que essa libertação e essa salvação é a continuação da obra de Deus que começa com Abraão, Isaarc, Jacó, e continua com Moisés, e tantos outros. A Nova e Eterna Aliança promovida por Jesus se consolida com o seu sangue derramado na Cruz, onde ele garante a salvação a todos aqueles que fizerem a vontade de Deus.

NOVO TESTAMENTO Novo Testamento é uma expressão que vem do latim: indica os livros da Bíblia escritos depois de Cristo e contrapõe-se a Antigo Testamento, ou seja, aos livros da Bíblia escritos antes de Cristo. Para designar os dois

[UMA NOVA ETAPA NA CAMINHADA: MEUS IRMÃOS, DEPOIS DE PASSARMOS 12 (DOZE) ENCONTROS JUNTOS, TOMAMOS CONHECIMENTO DAS MARAVILHAS DE DEUS, DE SEU PROPÓSITO PARA O SEU POVO ELEITO, O POVO HEBREU, A QUEM O PRÓPRIO DEUS PASSOU A CHAMAR DE ISRAEL. ESSE POVO FOI LIBERTADO DO EGITO E PASSOU A CAMINHAR COM DEUS. EMBORA AS DIFICULDADES DA VIDA TENHA PERMITIDO VÁRIAS VEZES QUE O POVO SE AFASTASSE DO SENHOR. UM DIA DEUS CUMPRE SUA PROMESSA FEITA A SEU SERVO DAVI - QUE DE SUA DESCENDÊNCIA ENVIARIA O SALVADOR PARA INSTAURAR UMA NOVA E ETERNA ALIANAÇA. APATIR DE AGORA VEREMOS COMO ISSO OCORREU]

~ 61 ~

“Testamentos”, melhor seria a expressão “Antiga Aliança” e “Nova Aliança” (berîth, em hebraico, e diatheke, em grego). De facto, a ideia teológica de aliança é fundamental na dinâmica interna da Bíblia, como Palavra de Deus para todos os crentes, e percorre-a do primeiro livro ao último. O Antigo Testamento resume-a nesta expressão: «Vós sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus.» (Lv 26,12; Jr 7,23; Ez 37,27) Mas esta Aliança era provisória, apontava para a Nova Aliança (Jr 31,31-34) que foi selada com o sangue de Jesus Cristo (Mt 26,27; Mc 14,24; Lc 22,20). A este respeito, diz o Concílio Vaticano II: “A Palavra de Deus, que é poder de Deus para a salvação de todos os crentes, apresenta-se e manifesta a sua virtude de um modo eminente nos escritos do Novo Testamento. Pois, quando chegou a plenitude dos tempos, Cristo estabeleceu o Reino de Deus na terra, manifestou o seu Pai e a sua própria Pessoa com obras e palavras e completou a sua obra mediante a sua morte, ressurreição e gloriosa ascensão e com a missão do Espírito Santo (...). De todas estas coisas são testemunho perene e divino os escritos do Novo Testamento.” (DV, 17)

O Novo Testamento e a história Escritos entre os séc. I-II d.C., em plena civilização greco-romana, os livros do Novo Testamento aparecem-nos na língua “comum” dessa civilização (o grego da koiné) e giram em torno da mensagem de Jesus. Por isso, os Evangelhos são a base de todos os outros livros do Novo Testamento, que, por sua vez, os explicitam e aplicam à vida prática. Mas não podemos compreender suficientemente a mensagem de Jesus nem os escritos que a explicitam, sem conhecermos as circunstâncias históricas em que nasceram.

Escritos e coleções do Novo Testamento O Novo Testamento está integrado por 27 livros, divididos em vários grupos ou colecções de escritos: Quatro Evangelhos e Actos dos Apóstolos, Cartas de Paulo, Carta aos Hebreus, Cartas Católicas (Tiago, 1 e 2 de Pedro, 1, 2 e 3 de João, Judas) e Apocalipse de João. Trata-se de uma grande quantidade de livros, e de diferentes géneros literários, o que torna mais difícil a sua compreensão. Por isso é feita uma breve Introdução a cada uma destas colecções.

A ordem acima referida é temática e pouco tem a ver com a cronologia. De facto, o escrito mais antigo do Novo Testamento é a Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses; e o Evangelho de João foi um dos últimos escritos a aparecer. Tais colecções, portanto, estão organizadas segundo a temática e o género literário. O Nascimento de Jesus marca o início do Novo Testamento Tudo o que foi anunciado no Antigo Testamento se cumpriu em Jesus Cristo. O nascimento de Jesus é o registro do maior acontecimento de todos os tempos, por isso que a história registra o que aconteceu antes de Jesus, com a expressão a.C, antes de Cristo, com a expressão d.C, depois de Cristo. Jesus é o próprio Deus que se fez carne e habitou entre nós. O apóstolo Filipe disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. Respondeu Jesus: “Há tanto tempo estou convosco e não me conhecestes, Filipe! Aquele que me viu, viu também o Pai. Verdadeiramente quem conhece Jesus conhece Deus, e quem conhece Deus conhece seu Plano de Amor, de Misericórdia e de Salvação. O pedido de Filipe a Jesus para mostrar o pai revela muitas vezes, a falta de compreensão do Cristão em não conhecer as dimensões da pessoa de Cristo. É por essa razão que cada membro da Igreja deve continuamente buscar a Jesus por meio da oração. Todos os anos, em obediência aos preceitos da Lei, os judeus eram obrigados a participarem das três principais festas religiosas que se realizavam no Templo em Jerusalém: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. Por essa razão, desde criança, JESUS com seus pais, em companhia de parentes, vizinhos e amigos, formavam uma grande caravana e viajavam de Nazaré à Jerusalém, para participarem daquelas celebrações. Era necessário a formação de caravanas para se protegerem contra os assaltos de bandidos e ladrões, que infestavam aquela região.

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Também pela Lei, aos 12 anos de idade, os homens eram considerados “cidadãos judeus”, adquirindo direitos e obrigações civis e religiosas, da mesma forma que as mulheres ficavam legalmente autorizadas a se casarem. Geralmente a declaração da “maioridade” dos rapazes, era feita no Templo, num dia da semana durante as celebrações da Páscoa. Quando JESUS completou 12 anos de idade, a viagem à Jerusalém para participar da Páscoa, também tinha o objetivo de declarar a sua maioridade, conforme determinava a Lei. Naquela primavera do ano 7 d.C., quando JESUS foi a Jerusalém para declarar a sua maioridade, encontrou a cidade muito movimentada, cheia movimentos políticos e aconteciam brigas, furtos, saques de propriedades e mortes violentas, deixando no povo um grande medo e uma imensa incerteza, pela ausência de uma autoridade constituída que mantivesse a ordem e impusesse o direito e a justiça. Em conseqüência, as famílias que chegavam para participarem das cerimônias, procuravam manter-se unidas entre si e junto de seus amigos, para que não fossem atacadas pelos assaltantes. Terminadas as solenidades da Páscoa Judaica, como acontecia em todos os anos, as famílias regressaram a seus lares. Entretanto, desta vez JESUS ficou em Jerusalém, sem que ninguém percebesse. José e Maria sentiram falta de sua presença, mas imaginaram que ELE estivesse com outros rapazes na caravana. Não deram grande importância ao fato porque O conheciam muito bem e sabiam, que algo de útil estava fazendo. Mas, no fim do primeiro dia de viagem, quando a caravana parou a fim de descansarem e passarem a noite, sua ausência começou a ser realmente sentida, porque ELE não apareceu para ajudar os seus pais. Com aflição, José e Maria O procuraram nas barracas das diversas famílias e não O encontraram, ninguém tinha notícias DELE. Preocupados, não conseguiram dormir e no dia seguinte, logo bem cedo, retornaram à Jerusalém em busca do FILHO. Cada hora que passava, mais aumentavam os seus temores e as suas incertezas, porque se lembravam daquele estado de revolta e violência que estava Jerusalém. Chegaram ao entardecer, cansados da viagem e cheios de pensamentos negativos que tirava a tranqüilidade do casal. No terceiro dia, pela manhã, encontraram JESUS no Templo! ( Que alívio !)ELE estava sentado entre os escribas e doutores da lei, sendo questionado e respondendo todas as perguntas com sabedoria e discernimento, explicando os versículos da Sagrada Escritura com a autoridade que somente ELE sabia exercer. Todos estavam admirados com sua inteligência e com suas palavras. Verdadeiramente o ESPIRITO DE DEUS estava NELE e falava pelos seus lábios, pelos seus gestos e seu Coração. - José e Maria ficaram impressionados com o que viram, aguardaram o momento oportuno e O chamaram. Maria falou: “Meu Filho, porque agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos”. (Lc 2,48) JESUS respondeu: “Porque me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (Lc 2, 49).

1) O que vem a ser o Novo Testamento? O que o diferencia do Antigo Testamento? 2) Qual a importância de Maria no projeto de Deus da Salvação? 3) Você crismando, crismanda, como Maria, se coloca para ouvir a Palavra de Deus? 4) Comente a seguinte passagem bíblica: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua

Palavra”. (Lc. 1.38). 5) A Palavra de Deus, em Lucas 1.39, nos ensina que Maria, naqueles dias, isto é, após a sua gravidez, foi às presas para as montanhas, a uma Cidade de Judá, para a casa de Isabel, sua parenta que também estava grávida. Comente a atitude de Maria e qual a importância de seu gesto no contexto do Cristianismo Católico.

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14º ENCONTRO | MARIA

- Em Maria se realiza o Plano de Salvação -

A história de Maria

Uma jovem, nascida da descendência de Davi, vivia com seus pais Joaquim e Ana, no lugarejo chamado Nazaré, próximo à cidade de Jerusalém. Ela, como as jovens daquele tempo fazia os serviços da casa, estudava as escrituras e como todos os judeus, esperava pela vinda do Messias, aquele que iria salva-los das mãos dos Imperadores Romanos. Esta

jovem, de nome Maria (Miriam em Hebraico) estava comprometida com José, também da descendência de Davi, homem bom e justo. Eles se casariam daí a alguns dias. Numa tarde, quando voltava do poço, Maria entrou em casa, quando o seu quarto ficou todo iluminado por uma luz muito forte e desta luz veio uma voz: Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco! Quem será que conversa comigo? pensou Maria, muito assustada. Encontrastes graça diante de Deus, não tenhas medo. Você vai ficar grávida, terá um filho e colocará nele o nome de Jesus. Este menino é o filho de Deus e ele reinará para sempre. Maria, inquieta perguntou ao anjo: Mas, como posso engravidar, se sou virgem e ainda não me casei? O Espírito do Senhor lhe cobrirá, e será gerado em ti o filho do Altíssimo. Lembra-se de Isabel, sua prima? Ela também está grávida, apesar de ser mais velha, veja, para Deus nada é impossível. Resposta de Maria: Eis aqui a serva do Senhor, que ele faça em mim segundo a sua vontade. (Lucas 1, 26-38).

O que é a Anunciação de Nossa Senhora A anunciação de Nossa Senhora é a visita do anjo Gabriel à Virgem Maria, onde o anjo proclama que ela é cheia de Graça, porque Deus a escolheu para ser a Mãe do Salvador Nosso Senhor Jesus Cristo. (Lc. 1.30) Ao aceitar o projeto de Deus de ser a Mãe de Jesus Cristo, Maria se insere na História da Humanidade e passa a fazer parte do Plano de Salvação do povo de Deus. Com a festa da Anunciação a Nossa Senhora, a Igreja quer celebrar esse momento único em que Cristo começa a ser gerado no ventre de Maria. A jovem, que questiona o anjo por não entender como tal coisa poderia acontecer já que não conhecia homem, consegue perceber nas palavras do mensageiro a certeza de Deus e Sua verdade. Assim, abre seu coração e seu corpo ao extraordinário, àquilo que assombrará a humanidade por gerações: ser corpo virgem gerará uma vida – mistério insondável de Deus, revelação suprema de Seu poder em tornar possível o impossível aos olhos humanos.

RESUMO DA ANUNCIAÇÃO: (Lc 1,26-38): 1) Toda preparação e espera do Antigo Testamento se realiza em Maria. Ela é escolhida para ser a Mãe do Salvador; 2) Recebe o anúncio do Anjo em sua casa, em Nazaré. A figura do anjo significa a dimensão de fé, (cfr. Jz 6,11-24; Ex 3,1-3); 3) “Não conheço nenhum homem”. Maria não era casada. Era virgem; 4) - “Conceberá pelo Espírito Santo”. Nessa união se realizam a aliança de Deus com a humanidade; 5) Nova Eva. A primeira disse “Não”. Maria diz “Sim” ao Plano de Deus; - 6) “Faça-se em mim segundo a Vossa vontade”. Ela se coloca a disposição de Deus, e neste diálogo com o anjo vemos a intimidade de Maria com Deus; 9) Maria é o primeiro modelo de fé da Igreja. Ter fé é receber tudo de Deus e dar-lhe o que Ele quer de nós; - 10) “Eis aqui a serva do Senhor”. Significa: aceitação, abertura e pobreza; 11) - Foi aí que Jesus se encarnou: “e o Verbo se fez Carne” (Jo 1,14); 12) A cada dia Maria vai renovar o “sim” e reviver a presença de Deus dentro dela. (Cfr.Lc 1,28); 9) - Há mudança de planos, mas ela sabe que aquilo que Deus escolhe para nós nos santifica mais do que quando escolhemos o próprio caminho; 13) - Maternidade de Maria é um grande privilégio. Ela é a Mãe de Jesus não só porque o gerou, mas fez a sua vontade.

[REFLETINDO PODEROSAMENTE

CAROS CRISMANDOS, A HISTÓRIA DA

SALVAÇÃO NECESSARIAMENTE PRECISA

SER COMPREENDDIA A LUZ DO PLANO DE

AMOR DE DEUS, QUE DESDE O INÍCIO DOS

TEMPOS FEZ CUMPRIR SUAS PROMESSAS

A SEU POVO ELEITO. NESSE SENTIDO, O

NASCIMENTO DE JESUS PASSA PELO SIM

DE MARIA. E É EM MARIA QUE SE

CUMPRE A PROMESSA DE DEUS DE

ENVIAR SEU ÚNCIO FILHO PARA QUE

TODO AQUELE QUE NELE CRER NÃO

PEREÇA, MAS TENHA A VIDA ETERNA.

VAMOS CONFERIR]

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As dificuldades enfrentadas por Maria Maria sabia que iria enfrentar muitas dificuldades, a primeira delas era contar para seu noivo José, o que tinha acontecido. Naquele tempo, a mulher que engravidasse, sem se casar era apedrejada até morrer, então Maria contou a José tudo o que o anjo lhe falou. José era um homem temente a Deus, bom e gostava de tudo muito certo e ficou muito triste e sem saber o que fazer, porque ele não entendia como podia ter acontecido, Maria uma jovem tão responsável, como ela podia ter deixado isto acontecer, pensava José. Mas o mesmo anjo lhe apareceu em sonho e falou para José que ele deveria aceitar Maria como sua esposa, porque o filho que ela esperava era mesmo o filho de Deus e que era verdade tudo aquilo que Maria lhe contara. Foi assim que José pegou Maria e casou-se com ela. E os três tiveram que ir para uma cidade chamada Belém, por que o imperador queria saber quantas pessoas viviam em seu Império.

Palavras dirigidas a Maria Nos Evangelhos por oito vezes a palavra é dirigida a Maria: 1) A saudação do anjo: Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo. (Lc.1,28): 2) O anúncio da Encarnação: Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho a quem porás o nome de Jesus. (Lc. 1,30-33); 3) Por obra e graça do Espírito Santo: O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o que nascer será chamado Santo, Filho de Deus. (Lc. 1,35-37).; 4) Simeão lhe fala da espada que trespassará o coração: ...e uma espada trespassará a tua própria alma a fim de que se descubram os pensamentos de muitos corações. (Lc. 2,34); 5) Isabel ao responder à sua saudação: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! (Lc.1, 42-45); 6) O Menino-Deus a responde no templo: Por que me buscáveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai? (Lc. 2,49); 7) Cristo em Caná:Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. . (Jo.2,4);) 8) Por Cristo na Cruz: Jesus, vendo a sua Mãe e, junto dEla, o discípulo que amava, disse à sua Mãe: "Mulher, eis aí o teu filho." Depois disse ao discípulo: "Eis aí a tua Mãe." E daquela hora em diante o discípulo a levou para sua casa. (Jo. 19,26-27).

Nomes atribuídos a Maria Em nossa Igreja, Nossa Senhora, a Mãe de Jesus também é conhecida: a) Nossa Senhora das Graças, b) Nossa Senhora Auxiliadora; c) Nossa Senhora De Fátima, d) Nossa Senhora de Lurdes; e) Nossa Senhora Desatadora dos Nós, f) Nossa Senhora Aparecida (padroeira do Brasil), etc. Características de Nossa Senhora: a) humildade, b) obediência; c) simplicidade; d) serviço (serva de Deus e dos irmãos); e) evangelizadora; f) Mãe Santíssima (Santa porque gerou o filho de Deus); g) peregrina (ela serve a sua prima Isabel, peregrina porque vai de encontro aos necessitados para ajudar), e tantos outros.

Maria a mãe da humanidade Para nós Católicos, Maria é a mãe da humanidade. Maria é a mãe do Salvador Nosso Senhor Jesus Cristo, pois ele salva a todos os que o aceita, e Maria é a Mãe da humanidade porque é o próprio Jesus que antes de morrer na Cruz entrega João à Maria, como sinal de que ela deve acolher a todos, e Jesus entrega sua Mãe a João, sinal de que João como filho, deveria cuidar de Maria, como alguém que cuida de sua Mãe. (Jo. 19.26). Maria é a Mãe do filho de Deus. Maria é a nossa mãe, Maria é a Mãe da humanidade.

Dogmas de Maria Em primeiro lugar cumpreesclarecer que dogmas são princípios eleitos como verdades máxima de uma fé. No caso da Igreja Católica Apostólica Romana, os dogmas são verdadeides máximas extraídas do Evangelho, da bíblia, não nada enventado.

De acordo com a doutrina da Igreja Católica, Maria está associada aos seguintes dogmas de fé:

1) Maternidade Divina - Este dogma foi proclamado pela Igreja Católica no Concílio de Éfeso em 431, como sendo Maria a "Mãe de Deus", em grego Theotokos e em latim Mater Dei. O Concílio de Éfeso proclamou que "se alguém não confessa que o Emmanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema "(...). Segundo São Tomás de Aquino "A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, derivada do bem infinito que é Deus”; 2) Virgindade Perpétua - Virgem antes, durante e depois do parto; 3) Santidade absoluta - Cheia de graça (gratia plena) por toda a sua existência; 4) Imaculada Conceição – Concebida sem a mancha do pecado original. O Papa Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, fez a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição, aos 8 de Dezembro de 1854; 5) Assunção aos Céus -– Refere-se à elevação de Maria em corpo e alma ao Céu. Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1 de Novembro de 1950, na encíclica Munificentissimus Deus.

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A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA: É segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha ("mácula" em latim) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão.[2][3] Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.

Títulos conferidos a Maria A profunda devoção dos católicos por todo o mundo a encobriu de títulos como: Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora de Fátima, dentre outros.

As sete dores de Maria A historiografia de Maria colhe uma tradição fundada nos evangelhos que venera as Suas Sete Dores, são sete momentos da sua vida em que passou por sofrimento humano notável: Primeira dor: A profecia de Simeão; Segunda dor: A fuga para o Egipto; Terceira dor: Jesus perdido no Templo; Quarta dor: Maria encontra o seu Filho com a cruz a caminho do Calvário; Quinta dor: Jesus morre na Cruz; Sexta dor: Jesus é descido da Cruz e entregue a sua Mãe; Sétima dor: O corpo de Jesus é sepultado.

A maternidade de Maria com relação à Igreja O papel de Maria com a Igreja é inseparável de sua união com Cristo, decorrendo diretamente dela (dessa união). “Esta união de Mariacom seu Filho na obra da salvação manifesta-se desde a hora da concepção virginal de Cristo até sua morte. Ela é particularmente manifestada na hora da paixão de Jeusus.(Catecismo 964)

Maria vigilante pela Igreja Após a ascensão de seu Filho, Maria “assistiu com suas orações a Igreja nascente. Reunida com os apóstolos e algumas mulheres, “vemos Maria pedindo, também ela, com suas orações, o dom do Espirito, o qual, na anunciação, a tinha coberto com sua sombra”. (Catecismo 965).

O culto da Santíssima Virgem Afirma as Sagradas Escrituras: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada”(Lc.1.48). A Piedade da Igreja para com a Santíssima Virgerm é intrinseca ao culto cristão. A Santíssima Virgem é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja. (Catecismo 971).

SAGRADA FAMÍLIA

Durante o primeiro século antes de Cristo, muitas famílias judias migraram da Judéia, no Sul, para a Galiléia, no Norte. Iam por dois motivos: para encontrar melhores condições de vida e para levar a fé verdadeira a uma região que eles chamavam “Galiléia dos pagãos” (Mt 4,15). Muito provavelmente, a família de Jesus da parte de José, seu pai, era migrante. Tinha saído de Belém na Judéia (Lc 2,4), para a Galiléia, em busca de melhores condições de vida. Por isso, na hora do recenseamento, José teve que voltar até Belém na Judéia, levando consigo Maria, sua esposa, grávida de nove meses (Lc 2,5).

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Assim, antes de nascer, Jesus já era vítima do sistema político e econômico da época. Augusto, o Imperador de Roma, mandou fazer o recenseamento em vista da reorganização administrativa e da cobrança dos impostos (Lc 2,1-3). Por isso, Jesus nasce fora de casa, em Belém. Nasce leigo, pobre, sem a proteção de uma classe ou de uma família poderosa. Logo depois de nascido, foi perseguido pela tirania de Herodes e seus pais tiveram que fugir para o Egito (Mt 2,13), de onde voltaram para Galiléia (Mt 2,22).

Assim, nascido em Belém da Judéia, no Sul (Mt 2,1), Jesus foi criado no

interior, na roça, em Nazaré da Galiléia, no Norte (Lc 4,16). Ele não teve oportunidade de estudar como o apóstolo Paulo (At 22,3). Teve que trabalhar. Como todo judeu do interior, trabalhava como agricultor. Além disso, aprendeu a profissão de seu pai (Mt 13,55) e servia ao povo como carpinteiro (Mc 6,3). Era visto como judeu pela samaritana (Jo 4,9), e como galileu pelos judeus da Judéia. Tudo por causa do sotaque (Mt 26,73). Mais ou menos como o nordestino criado no Rio de Janeiro. Os do Rio dizem que ele é nordestino, mas os do Nordeste dizem que é carioca.

1) Porque em Maria se realiza o Plano de Amor de Deus? 2) Maria era da descendência de qual Rei de Israel? 3) Você acredita no poder de intercessão da Virgem Maria? 4) Quais são as características próprias de Maria? 5) O que diferencia Maria das demais mulheres de sua época? 6) Nos dias de hoje é possível encontra novas Marias? Explique.

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15º ENCONTRO | O

BATISMO DE JESUS

- Vida pública de Jesus -

Introdução

Quando Jesus começa a se manifestar, ele começa a demonstrar o seu senhorio, isto é, quem ele é e de onde ele veio, e mais, o que ele pode fazer. O senhorio de Jesus compreende a sua missão, a sua atuação como profeta que anuncia e denuncia as injustiça, mas sobretudo, ele anuncia “O Projeto de Salvação de Deus Pai”. A missão de Jesus é marcada por sua autoridade, por sua majestade, pois ele é rei e veio para cumprir o Projeto de Deus Pai, de Salvar o seu povo do pecado e dar-lhes a salvação. Para manifestar seu poder, Jesus ama a pessoa humana, independente de que classe social ele seja, ele ama o rico, o pobre, o surdo, o mudo, o coxo, o aleijado, a mulher prostituta, o cobrador de impostos que cobra altos juros e aquele que pratica o mal. Em fim, Jesus é o profundo amor de Deus Pai. Caro crismando, O amor é fundamental na nossa jornada para a eternidade. Jesus resumiu a lei divina em dois mandamentos: Amar a Deus e amar ao próximo (Mateus 22:36-40). O amor é a decisão de fazer o que é melhor para a pessoa amada, e assim se tornou uma ordem de Deus para nós. Se a pessoa não amar a Deus ou não amar ao próximo, ela peca contra Deus. Se o homem não amar a sua mulher e procurar o bem dela, ele peca contra Deus (Efésios 5:25). O ensinamento de Jesus é tão elevado que nos chama a amar os nossos inimigos (Mateus 5:43-45). A pessoa que odeia peca contra o Criador do céu e da terra. Observamos nestes exemplos que o amor divino é a base do nosso amor. O apóstolo João explica: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 João 4:19). É interessante que o mesmo capítulo, um dos trechos mais bonitos sobre o amor, não trata o amor como sentimento emocional, mas como dever a ser cumprido (1 João 4:11). É por isso que entendemos que o amor é uma escolha e que a falta de amor é pecado.

A mensagem de João batista (o precursor) No mês de junho, mais precisamente no dia 24, a Igreja celebra a festa de São João Batista. Nascido numa pequena cidade localizada na região montanhosa da Judéia, ele foi crescendo e ficando forte de espírito e, depois, segundo o evangelho de São Lucas, viveu no deserto até o dia em que se manifestou a Israel. Foi nesse tempo, que Deus enviou a sua Palavra a João.6 João Batista é conhecido como precursor, aquele que se antecede a Jesus, aquele que vem antes, que abre o caminho para o Senhor passar. João Batista prepara os corações do povo de Israel para acolher Jesus após o seu batismo no Rio Jordão. É de João Batista que fala o profeta Isaias, quase 8 séculos antes do nascimento de João: “Uma voz exclama: “Abri no deserto um caminho para o Senhor, traçai reta na estepe uma pista para nosso Deus. Que todo o vale seja aterrado, que toda a montanha e colina sejam abaixadas...” (Isaias 10.3-4). No Evangelho de São Mateus, o precursor aparece pregando no deserto: “convertam-se porque o Reino dos céus está próximo” (Mt 3,2). Na sua pessoa se cumpria o que foi anunciado pelo profeta Isaías: “esta é a voz daquele que grita no deserto: preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas!” (Mc 1,3).

6 Padre Amauri Ferreira.É preciso que ele cresça e eu diminua.

http://www.imaculadaguararapes.org.br/Art_%C3%A9precqEle_peamauri.html

[REFLETINDO PREVIAMENTE

NOSSO SENHOR JESUS VIVEU UMA VIDA

AO LADO DE SEUS PÁIS, JOSÉ E MARIA.

TODAVIA, ANTES DE SUA VIDA PÚBLICA

GUARDOU OS PRECIETOS DE DEUS E

AGUARDOU O TEMPO DE SER REVELADO

AO MUNDO. O MARCO PROFUNDO QUE

DÁ INÍCIO A SUA VIDA PÚBLICA É O

BATISMO. JESUS O SANTO DOS SANTOS,

NÃO PRECISAVA SER BATIZADO, MAS

CUMPRE A VONTADE DO PAI PARA SE

REALIZAR O PLANO DE SALVAÇÃO.

[VAMOS CONSTATAR.]

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O texto registra, também, o assédio de habitantes de Jerusalém, de toda Judéia e de muitos outros lugares em torno do Jordão que procuravam João para confissão de seus próprios pecados e dele receberem o batismo. O capítulo 1,19ss do Evangelho de São João ressalta a preocupação das autoridades dos judeus que enviaram a Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar-lhe: “quem é você? Elias? João disse: ‘não sou!’. E continuaram: ‘você é o profeta?. Ele respondeu: ‘não!’. Então indagaram: ‘quem é você? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram’”. Não satisfeitos com as explicações de João, insistiram: “então, porque é que você batiza, se não é o Messias, nem Elias e nem o profeta?”. João respondeu: “eu batizo com água, mas no meio de vocês existe alguém, que vocês não conhecem, o que vem depois de mim. Ele é quem batiza com o Espírito Santo. Eu não mereço nem sequer desamarrar a correia das sandálias d’Ele”. 7

O batismo de Jesus A narrativa dá contas de que, no dia seguinte, João viu Jesus que se aproximava dele e, então, exclamou: “eis o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!” (Jo 1,29). Segundo Mateus, “Jesus foi da Galiléia para o Rio Jordão a fim de se encontrar com João e ser batizado por ele. Mas João procurava impedi-lo, dizendo: “sou eu quem deve ser batizado por ti, e tu vens a mim?”. Jesus, porém, lhe respondeu: “por enquanto deixe como está, porque devemos cumprir toda a justiça!” (Mt 3,13-15). 8

João Batista apresenta Jesus ao povo

Profundamente maravilhado com a presença de Jesus, afirma João Batista:: “esta é a minha alegria, e ela é muito grande. É preciso que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,29b-30). Não é sem razão que assim Jesus se pronunciou sobre ele: “entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João” (Lc 7,28a). Após o batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo, ele se manifesta ao mundo e passa a exercer as funções para a qual Deus lhe enviou. Mas Jesus não quis exercer essa missão sozinho, ele escolhe um grupo de pessoas simples para lhe ajudar. Esse grupo de pessoas são os discípulos, as quais o Senhor os enviou para anunciar o Evangelho, ou seja, a Boa Nova da Palavra de Deus. Na realidade, o que os Crismandos devem compreender é que Jesus não precisava ser batizado, mas ele resolve cumprir a vontade de Deus, e deixar que João o batize. A humildade e a obediência de Jesus em cumprir a vontade do Pai revelam que o Senhor está em sintonia com o Plano de Amor de Deus. Jesus é o autor do batismo, do Batismo no Espírito Santo, como então que ele se deixou batizar. Ele se deixou batizar para mostrar a obediência e a humildade, mas também, para dar o exemplo de que sendo ele Deus, se colocava na condição de pecador para receber o batismo e a chama do Espírito Santo. O batismo de Jesus é o marco de sua missão na Terra.

1) O que vem a ser o Natal? 2) Porque o nascimento de Jesus é o maior acontecimento da história? 3) Qual a importância de João Batista na história da salvação? 4) Fale sobre a história e a realidade política de Roma nos tempos de Jesus? 5) O que representa a vinda de Jesus para os cristãos católicos?

7 Padre Amauri Ferreira. É preciso que ele cresça e eu diminua.

http://www.imaculadaguararapes.org.br/Art_%C3%A9precqEle_peamauri.html 7 Padre Amauri Ferreira. É preciso que ele cresça e eu diminua.

8 Padre Amauri Ferreira. É preciso que ele cresça e eu diminua.

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16º ENCONTRO | A

MENSAGEM

CENTRAL DO EVANGELHO

- O anuncio do Reino de Deus e a Salvação de todos -

Introdução

A Doutrina (ensinamentos) de Jesus é uma Doutrina inovadora porque ela é o fruto do profundo amor entre Deus que é Pai, e seu filho Jesus. Nessa psicologia percebemos o contato íntimo de Jesus para com Deus. Quando Jesus vem ao mundo, ele também deseja implantar essa psicologia, ou seja, essa profunda relação entre os homens e Deus, porém, Jesus deixa claro que isso só é possível se o homem primeiro aceitar Jesus, pois, ninguém vai ao Pai, se não for primeiro ao Filho. Para se chegar até o Pai, que é o Senhor do Universo, é preciso chegar primeiro a Jesus. Se queremos amar a Deus, amemos primeiro o filho dele.

A escolha dos apóstolos: Ao escolher os apóstolos para servir a Deus, Jesus tem claro

que ele precisa de homens comprometidos com a realidade,

por isso, ele sabe que se escolher pessoas ricas, famosas, membros do governo terá dificuldades em realizar a

missão de evangelizar e de salvar o povo. Nesse momento, Jesus se pergunta: A quem escolherei para vir

comigo? A Resposta imediatamente vem: Escolherei o pequenino, o humilde e o pecador, pois foi para eles que

meu Pai me enviou.

A mensagem de salvação de Jesus: No Sermão da montanha, Jesus está preocupado como ele enviará os discípulos. No Evangelho de Mateus, ele

mostra o respeito para com os discípulos, o seu amor por eles. Por isso, Jesus chama a atenção para dizer como

eles devem estar preparados, como cada um deve amar uns aos outros e, sobretudo observar, cumprir e respeitar

os mandamentos de Deus. Jesus parte do pressuposto de que aqueles homens que ele irá enviar para pregar a sua

palavra devem ser homens livres, libertos, curados de todo o mal. Jesus propõe uma mudança de vida a todos

eles, primeiro afirmando que devemos ser bem aventurados (Mt.5.1-11), depois ele afirma que o nosso agir deve

ter sabor, devemos ter gosto por aquilo que fazemos, e se isso é bom, iremos frutificar aquilo que fazemos

(Mat.5.13). Jesus quer que todos nós, homens e mulheres, crianças e idosos sejam Luz do Mundo, isto é que o

nosso agir seja capaz de produzir bons frutos entre as pessoas que conosco convivem no dia a dia.

[BREVE REFLEXÃO

NO ANTIGO TESTAMENTO, DEUS SE

REVELAVA AO POVO POR MEIO DE

PROFETAS, PESSOAS SIMPLES

ESOCLHIDAS PARA ANUNCIAR UM

NOVO TEMPO NA VIDA DAS PESSOAS.

ESSES PROFETAS TAMBÉM

DENUNCIAVAM AS INJUSTIÇAS

COMETIDAS PELAS AUTORIDADES E

PELO PRÓPRIO POVO DE DEUS. NO

NOVO TESTAMENTO JESUS VEM PARA

REALIZAR DEFINITIVAMENTE O PLANO

DE DEUS QUE É A SALVAÇÃO DE

TODOS, JESUS ANUNCIA A SALVAÇÃO

POR MEIO DA PREGAÇÃO DE QUE

TODOS DEVEM CONVERTER-SE E CRER

NO EVANGELHO. O EVANGFELHO É A

BOA NOVA, A PRÓPRIA PALAVRA DE

DEUS REVELADA NA PESSOA DE

JEUSUS CRISTO. É O QUE VAMOS VER

A SEGUIR.]

~ 70 ~

A lei do perdão Para fazer parte do senhorio de Jesus devemos amar, mas também devemos perdoar, ou seja, nos arrepender de nossos pecados e também perdoar as pessoas que nos fazem mal. Disse Jesus: “Por que se perdoardes aos homens suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco, vosso Pai vos perdoará”. Escreve o apóstolo São João: “Se dizermos que não temos pecado, engana-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus ais está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda a iniquidade”. (1 Jo.1.8-9).

Nomes dos apóstolos

Eis os nomes dos 12 apóstolos: O primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananéu, e Judas Iscariotes, o que foi o traidor. Após a breve catequese no sermão da montanha Jesus envia os apóstolos e afirma: “Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos”. (Mt.10.16). Com isso, Jesus quer dizer aos discípulos que a missão de evangelizar e educar na fé não será tarefa fácil, pois muitos tentarão surpreender os apóstolos com armadilhas,

emboscadas e perseguições. Jesus advertiu aos discípulos de que eles deveria ser

prudentes na missão: “Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas. Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas”.(Mt. 10.16-17).

A instituição do sacerdócio e da eucaristia Jesus é o Pão da Vida, é o Cálice da Nova e Eterna Aliança. Ele antes de morrer, desejou ficar com todo o seu povo, por meio da Eucaristia. Por isso, manifestou seu amor na Santa Ceia. Disse Jesus na última ceia: “Toma e comei, isto é meu corpo.” Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: “Bebei deles todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados”. (Mt. 26-26-28).

A instituição da igreja por Jesus Cristo A Igreja de Jesus é instituição perpétua e Jesus estando na região de Cesaréia de Felipe, perguntou aos discípulos, no dizer do povo quem era o filho do homem. Após dizerem que muitos achavam que era João Batista, Elias, Jeremias ou alguns dos profetas, Jesus perguntou aos discípulos: E vós quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu:

“Tú és o Cristo, o filho de Deus Vivo”.

Jesus, então lhe disse:

“Feliz és tu Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas o meu pai que está nos céus.”

E eu te declaro:

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“Tu és Pedro, e sob esta Pedra edificarei a minha igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

O apóstolo Pedro foi o homem escolhido por Jesus para ser a rocha fundamental sob a qual foi construída a Igreja Católica Apostólica Romana. A Pedro foi dada a autoridade sob o inferno e sobre o Céu, inclusive para conferir o Direito de entrar na Vida Eterna.

A paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo O rito da Paixão começa na Quinta-Feira Santa após a Santa Ceia, quando Jesus se retira para o Monte das Oliveiras. Lá Jesus é acuado, cercado pelo destacamento de soldados romanos e é entregue a eles por Judas Iscarites, o traidor. Uma vez preso, Jesus é levado na presença de Anás e Caifás, em seguida, à presença de Pôncio Pilatos que o interroga e o entrega ao povo para decidir o que fazer. O povo clama pela crucificação de Jesus. Jesus é coroado de espinhos e em suas costas é colocada uma cruz de madeira e a carrega até o calvário. Lá Jesus é pregado na cruz e morre, entregando sua vida por toda a humanidade.

A ressurreição de Jesus: Três dias após a sua morte, Jesus ressuscita e nos garante a Vida Eterna. A

garantia da vida eterna na presença de Deus Pai é para aqueles que fizerem a

vontade de Deus, observam e cumprem os 10 (dez) Mandamentos.

A ascensão de Jesus ao Céu A Ascensão de Jesus registra que Jesus subiu aos céus para estar na presença de Deus Pai, prometendo um dia voltar. (Mc. 16-19).

1) Qual a missão de Jesus? 2) Jesus era um projeta? 3) Jesus pregava igualmente aos mestres da lei? 4) O que diferenciava Jesus de outros profetas? 5) A quem Jesus confiou a sua Igreja? 6) No que consiste o sacerdócio? 7) Qual a verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo? 8) Você abandonaria a igreja Católica e iria à busca de outras igrejas? 9) O que vem a ser a eucaristia? 10) Onde você encontra a Eucaristia?

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17º ENCONTRO | JESUS:

CAMINHO, VERDADE E VIDA

Introdução

Amigos crismandos, o Reino pertence aos pobres e aos pequenos, isto é, aos que acolher com o coração humilde. Jesus é enviado para evangelizar os pobres” (L. 4,14) Declara-os bem aventuarados, pois o “Reino dos Céus é deles” (MT 5,3): foi aos “pequeninos” que o Pai se designou revelar o que permanece escondido aos sábios e entendidos. O pastor é aquele que vai à frente do rebanho para indicar o caminho que conduz às pastagens e às nascentes de água.

Jesus - bom pastor Jesus é o Bom Pastor que dá sua vida por cada um de nós, que cuida de nós com amor, com carinho, com dedicação. Ele nos protege de todo o mal, nos quer bem e está sempre ao nosso lado. Como Bom Pastor, Jesus nunca nos abandona e se em algum momento de nossas vidas nos afastamos de Jesus, ele está sempre a nossa espera, aguardando o nosso retorno.

Jesus - caminho, verdade e vida Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. (Jo. 14-6) . Jesus é o único caminho que nos leva a Deus. Não há como chegar ao Pai, sem antes passar pelo filho, não tem como conhecer Deus, sem antes conhecer Jesus. E afirma Jesus ao apóstolo Filipe: “Aquele que mim viu, viu também o Pai”. (Jo.14-9). Nenhum outro caminho levará a Jesus se não o caminho da obediência, da humildade, da missa e da eucaristia. O cristão católico pode andar por qualquer caminho, ir a vários lugares, mas nenhum deles conduzirá verdadeiramente à Jesus. Se o Católico conhecer a sua Igreja verdadeiramente, ele nunca a abandonará. Não há outra Igreja verdadeira, a única é a Igreja Católica Apostólica Romana. Ninguém entra ao Céu, sem passar pela eucaristia. A Eucaristia só existe na Igreja Católica. Em nossa Igreja, renovam-se o ministério eucarístico todos os dias. É o próprio Cristo que vem ao nosso encontro para se doar em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Jovem, compreenda essa realidade, essa realeza de Jesus. Peça ao Espírito Santo de Deus para lhe tocar, para lhe dar o discernimento, para dizer o seu sim verdadeiro a Santa Igreja Católica. Peça ao Espírito Santo para lhe mostrar a verdade e afastar toda a mentira.

A condição para a salvação Jesus Cristo em seu ministério de amor exige a abertura do coração. Essa abertura deve ser feita, primeira com a aceitação do Senhor em nossas vidas, segundo com a fé em suas palavras e em suas pregações, permitindo que age com poder. Essa fé deve ser proclamada, como lembra São Paulo, em suas carta aos Romanos: “ Portanto, se com tua boca a confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração credes que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo”.(Rm. 10-9) A salvação é conferida aquele que crer em Cristo, professa que ele é o seu Senhor e Salvador.

[JESUS É O PASTOR QUE CONDUZ O

POVO. O POVO SÃO AS OVELHAS DE

JESUS QUE BUSCA MANTÊ-LAS SOBRE

OS SEUS CUIDADOS DIA A DIA.]

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Os desafios de seguir Jesus Quando Jesus orientou os apóstolos sobre os desafios do seu trabalho, ele disse: “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu Senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mateus 10:24-25). A perseguição é um fato de vida para o cristão. “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3:12). Jesus não somente nos conduz num caminho que inclui perseguições, ele nos mostra como reagir: “...Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pedro 2:21-23). (www.estudodabiblia.net)

O início da missão da igreja Com a subida de Jesus ao Pai, tem início à missão da Igreja, e o Senhorio de Jesus continua com a missão da Igreja de Evangelizar, de anunciar o nome de Jesus e Proclamar a Boa Nova, até que Jesus retorne novamente. Disse Jesus, antes de sua Ascensão ao aos Céus: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinado-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mat. 28-19). 1) O que significa Jesus para a sua vida? 2) Reflita as seguintes palavras de Jesus: “Aquele que mim viu, viu também o Pai” (Jo.14-9). 3) O que deve fazer o Cristão Católico para não abandonar a Igreja? 4) Você pretende se crismar e nunca mais vir a Igreja? 5) Porque muitos deixam a Igreja Católica e vão para outras igrejas?

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18º ENCONTRO | OS

SACRAMENTOS DA VIDA

CRISTÃ

Introdução

Os sacramentos não é uma invenção da Igreja Católica. Com efeito, se consultamos a Palavra de Deus, comprovaremos em várias de suas passagens, o fundamento de cada sacramento, pondo fim ao entendimento de muitos de nossos irmãos desgarrados (denominados de crentes), de que os sacramentos na Igreja Católica é obra do homem e não de Deus. Por isso, vamos descobrir que o que a Igreja prega é a verdade e a verdade está na Palavra de Deus. Quem vive os sacramentos da Igreja está vivendo a própria Palavra de Deus, na medida em que Deus se faz presente em cada gesto sacramental, pois seu fundamento é a Palavra do Senhor.

Sacramentos O que são sacramentos? "Os sacramentos são sinais eficazes da graça”, instituídos por Jesus Cristo e confiados à Igreja, por meio dos quais nos é dispensada a vida divina. Os ritos visíveis sob os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças próprias de cada sacramento. Produzem fruto naquele que os recebem com as disposições exigidas. A Igreja celebra os sacramentos como comunidade sacerdotal estruturada pelo sacerdócio batismal e pelos ministros ordenados (padres). O Espírito Santo prepara para a recepção dos sacramentos por meio da Palavra de Deus e da fé que acolhe a Palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortalecem e exprimem a fé. O fruto da vida sacramental é ao mesmo tempo pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é para cada fiel uma vida para Deus em Cristo Jesus; por outro, é a para a Igreja crescimento na caridade e em sua missão de testemunho." Sacramento são sinais de Deus em nossa vida. Realizam aquilo que expressam simbolicamente. Os sacramentos são, por conseguinte: A) Sinais sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual; B) Sinais eficazes, porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no realmente; C) Sinais da graça, porque transmitem dons diversos da graça divina; D) Sinais da fé, não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem, robustecem e exprimem a sua fé; E) Sinais da Igreja, porque foram confiados à Igreja, são celebrados na Igreja e em nome da Igreja, exprimem a vida da igreja, edificam a Igreja, tornam-se uma profissão de fé na Igreja. (http://www.auxiliadora.org.br/sacramentos).

1º SACRAMENTO: BATISMO

O Batismo é o nascimento. Como a criança que nasce depende dos pais para viver, também nós dependemos da vida que Deus nos oferece. No Batismo, a Igreja reunida celebra essa experiência de sermos dependentes, filhos de Deus. Pelo Batismo, participamos da vida de Cristo. Jesus Cristo é o grande sinal de que Deus cuida de nós. O sacramento do Batismo foi instituído por Nosso Senhor Jesus, por isso se diz que o senhor Jesus é o autor do Batismo.

Batismo: fundamento da vida cristã O Santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: "Baptismus est sacramentum regenerationis per aquam in verbo – “O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra".

[CRISMANDOS, NO ENCONTRO DE

HOJE VAMOS REFLETIR SOBRE OS

SACRAMENTOS. OS SACRAMENTOS

FORAM CRIADOS POR JESUS E SEU

FUNDAMENTO É A PALAVRA DE

DEUS.]

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Filiação divina Quando recebemos o Sacramento do Batismo, transformamo-nos de criaturas para Filhos Amados de Deus. Muitos pensam que os sacramentos em geral são obras eclesiásticas, ou seja, os sacramentos são "invenções" da Igreja. Isso não é verdade, os sacramentos são sem sombra de dúvidas criadas por Jesus Cristo, o próprio Deus Encarnado.

O batismo de João Batista Jesus é o autor do Batismo. Somente após o batismo do Senhor, no rio Jordão é que ele iniciou sua vida pública, se manifestou ao mundo e realizou os feitos anunciados pela Bíblia. O profeta João Batista, primo de Jesus, que veio ao mundo para preparar o caminho para a vinda do Messias, era quem batizava as pessoas para a vinda de Cristo (Mc 1, 2s). Ele sabia que o seu Batismo era temporário, pois logo depois dele viria o seu primo Jesus que batizaria no Espírito Santo e com Fogo, ou seja, o profeta batizava com água e Jesus batizava com o Espírito Santo. A Bíblia sugere o batismo de todos, o que inclui as crianças. Registra a Palavra de Deus: "Disse-lhes Pedro: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe - a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar'." (At. 2, 38-39) . E também outras passagens. ( At. 16, 15; At. 16, 33; At. 18, 8; 1Cor. 1, 16)

A validade do batismo O batismo é ordinariamente válido quando o ministro (bispo, presbítero, diácono) - ou, em caso de necessidade qualquer pessoa (batizada ou não) - derrama água sobre batizando, enquanto diz: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Isso supõe a fé em Jesus Cristo, pois sem a fé o batismo não passa de uma encenação.

Batismos válidos de outras igrejas Mas não só o batismo na Igreja Católica é válido. O batismo de crianças ou de adultos realizados em algumas outras igrejas também o é, desde que realizado na Fé Trinitária e cuja igreja esteja em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana. Batizam validamente: as Igrejas Orientais; a Igreja Vetero-Católica; a Igreja Episcopal (Anglicana) do Brasil; a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB); a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB); e a Igreja Metodista. O batismo em outras Igrejas é válido se realizado com águas e na mesma fé, utilizando a fórmula trinitária. Por razões teológicas, ou pelo sentido que dão ao sacramento, a Igreja Católica tem reservas quanto à validade do batismo realizado em algumas Igrejas e considera inválido o batismo de certas expressões religiosas.

Batismos inválidos

Há Igrejas de cujo batismo se pode prudentemente duvidar e, por essa razão, requer -se, como norma geral, a administração de um novo batismo, sob condição. Essas Igrejas são: 1) Igreja Pentecostal Unida do Brasil (esta Igreja batiza apenas \"em nome do Senhor Jesus\", e não em nome da Santíssima Trindade); 2) \"Igrejas Brasileiras\" (embora não se possa levantar nenhuma objeção quanto ? matéria ou ? forma empregadas pelas \"Igrejas Brasileiras\", contudo, pode-se e deve-se duvidar da intenção de seus ministros; conforme Comunicado Mensal da CNBB, setembro de 1973, p. 1227, c, nº 4; cf. também, no Guia Ecumênico, o verbete \"Brasileiras, Igrejas\"); 3) Mórmons: (negam a divindade de Cristo, no sentido autêntico e, consequentemente, o seu papel redentor). Com certeza, batizam invalidamente: 1)Testemunhas de Jeová (negam a fé na Trindade); 2) Ciência Cristã (o rito que pratica, sob o nome de batismo, tem matéria e forma certamente inválidas.

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(Algo semelhante se pode dizer de certos ritos que, sob o nome de batismo, são praticados por alguns grupos religiosos não-cristãos, como a Umbanda)( Prof. Felipe Aquino)

A missão de evangelizar e batizar Jesus disse aos discípulos: "Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês" (Mt 28, 19-20). O Cristo Ressuscitado envia sua Igreja ao mundo, pois a salvação é oferecida a todos.

O batismo na água e no espírito Jesus Cristo, conversando com Nicodemos que era Doutor da Igreja em Israel, assegurou: “Em verdade em verdade vos digo: “Quem

não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.” (Jo. 3. 3-4). E continuo Jesus: “O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu

do Espírito é espírito. Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer; ouves-

lhes o ruído, mas não sabes onde vem, nem para onde vai. Assim, acontece com aquele que nasceu do espírito.” (Jo. 3. 6-8).

O batizado se torna luz do mundo A luz que brilha no batizado é a luz de Cristo. Aquela luz que não se apaga. O Cristão quando recebe a luz de Cristo na pessoa do Espírito Santo, não pode deixar que ela se apague. No Sermão da Montanha, Jesus proclama aos discípulos: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” (Mt. 5.14-16).

2º SACRAMENTO: PRIMEIRA EUCARISTIA

Introdução

A eucaristia é o segundo sacramento da vida cristã. A eucaristia é o alimento. Ninguém vive sem se alimentar. Para viver, dependemos não só da comida, mas também do pão da fraternidade, do carinho, da justiça. Nessa experiência de repartir o pão de cada dia, seja o pão de trigo, seja o pão da dor ou da alegria, Deus está presente. Celebrar a Eucaristia é também uma denúncia contra a falta de fraternidade que existe no mundo; porque na Eucaristia comemos do mesmo pão, quando na vida falta pão para tanta gente. Acreditamos e celebramos tudo isso na comunhão. A Eucaristia é Deus mesmo se repartindo como pão, na doação de Jesus. A santa Eucaristia conclui a iniciação cristã. Os que foram elevados à dignidade do sacerdócio régio pelo Batismo e configurados mais profundamente a Cristo pela Confirmação, estes, por meio da Eucaristia, participam com toda a comunidade do próprio sacrifício do Senhor. A riqueza inesgotável deste sacramento exprime-se nos diversos nomes que lhe são dados. Cada uma dessas designações evoca alguns de seus aspectos. Ele é chamado Eucaristia, porque é ação de graça de Deus. Elas lembram as bênçãos judaicas que proclamam sobretudo nas refeições. (Lc. 22-19; 1 Cor. 11,24). (Catecismo1328)

A Santa Ceia A Ceia do Senhor é o momento em que Jesus se reúne com os discípulos, na quinta-feira para com eles ceiar, onde Jesus, após abençoar o pão, reparte-o e distribui entre os discípulos. A Santa eucaristia é a memória da Paixão de Cristo que se renova no altar todos os dias. Na Santificação do Pão e do Vinho, o sacerdote atualiza o sacrifício de Jesus e a oferece a toda a Igreja. Ele é um sacrifício de louvor” (Hb. 13,15) sacrifício espiritual, sacrifício puro e santo, pois realiza e supera todos os sacrifícios da antiga Aliança. (Catecismo1330) Na última ceia, na noite em que foi entregue, nosso Salvador institui o Sacrifício Eucarístico de seu Corpo e Sangue. Por ele, perpetua pelos séculos, até que volte, o sacrifício da cruz, confiando destarte à Igreja, sua dileta esposa, o memorial de sua morte e ressurreição: sacramento da piedade, sinal da unidade, vínculo da caridade, banquete pascal em que Cristo é recebido como alimento, o espírito é cumulado de graça e nos é dado o penhor da glória futura.

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Muitos pensam que os Sacramentos são obras eclesiásticas, ou seja, criadas pela Igreja, mas isso não é verdade, todos os Sacramentos são sinais da graça de Deus que são expressos sem sombra de dúvidas na Palavra de Deus. Por exemplo: a presença de Jesus no Pão e no Vinho, é bem explicada nas Escrituras que relatam a última refeição de Cristo com os Apóstolos: A Santa Ceia.

A função do sacerdote Somente o sacerdote tem na madre igreja, a autoridade para trazer Jesus para nós. Como isso ocorre? Ocorre da

seguinte forma: "Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lhe, dizendo:

'Tomai, isto é o meu corpo”.

Em seguida, tomou o cálice em suas mãos, deu graças e o apresentou, e todos deles beberam. E disse-lhes:

'Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que é derramado por muitos”.

E disse Jesus:

Em verdade eu vos digo: já não bebereis do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no

Reino de Deus'" (Mc 14, 22-25)

A Eucaristia

A Eucaristia é o CORPO, SANGUE, ALMA E DIVINDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO: Jesus disse também:

"Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede" (Jo. 6, 35).

Quem recebe o Cristo, com a convicção que realmente Jesus está presente na Hóstia Consagrada, tem a benção de estar sempre saciado de graças vindas Dele.

O Cristão é o sacrário vivo de Jesus Quando comungamos, nos transformamos em verdadeiros Sacrários, por isso é importante deixar bem limpo o lugar em que Jesus vai habitar. É através da Confissão que limpamos o nosso ser, recebendo a absolvição de nossos pecados. Podemos então concluir que a Eucaristia, que significa "Ação de Graças" é o alimento da alma. Através dele passamos a caminhar com mais força rumo à Salvação. O importante é comungar com a convicção que Jesus é o Sacramento da Eucaristia, que é um grande presente Dele à nós.

A Eucaristia - Dogma de Fé Dogma quer dizer princípio, ou seja, eu creio porque acredito que é verdade, porque foi o próprio Cristo que na santa Ceia que os discípulos deveriam os mesmos gestos em memória dele Jesus. A PRESENÇA DE CRISTO NA EUCARISTIA: Desde que Jesus instituiu a Eucaristia na Santa Ceia, a Igreja nunca cessou de celebrá-la, crendo firmemente na presença do Senhor na Hóstia consagrada pelo sacerdote legitimamente ordenado pela Igreja. Nunca a Igreja duvidou da presença real do Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Senhor na Eucaristia (www.cleofas.com.br).

O Milagre Eucarístico de Lanciano Há mais de 12 séculos deu´se o primeiro e mais prodigioso Milagre Eucarístico da Igreja Católica. Por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano, viviam no mosteiro de São Legoziano os Monges de São Basílio, e entre eles havia um que se fazia notar mais por sua cultura mundana do que pelo conhecimento das coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, e ele era perseguido todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse o verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho o Seu verdadeiro Sangue. Mas a Graça Divina nunca o abandonou, fazendo´o orar continuamente para que esse insidioso espinho saísse do seu coração. Foi quando, certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu´se confuso e dominado pelo temor diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou´se

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para as pessoas presentes e disse: ´Ó bem´aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar´se neste Santíssimo Sacramento e tornar´se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!´A estas palavras os fiéis se precipitaram para o altar e começaram também a chorar e a pedir misericórdiaA antiga cidade de Anxanum dos Frentamos conserva nos últimos doze séculos o primeiro e maior Milagre Eucarístico da Igreja Católica. Esse Prodígio aconteceu no oitavo século de nossa era, na igrejinha de São Legonziano, por causa da dúvida de um frade basiliano sobre a presença Real de Jesus na Eucaristia. Durante a celebração da Santa Missa, terminada a consagração do pão e do vinho, a hóstia transformou´se em Carne Viva e o vinho em Sangue Vivo formando cinco glóbulos irregulares e distintos uns dos outros em sua forma e tamanho. A Hóstia´Carne, como hoje se observa muito bem, tem o tamanho da hóstia grande atualmente em uso na Igreja Latina. É ligeiramente escura e quando olhada contra a luz adquire um colorido róseo.

3º SACRAMENTO: CRISMA

Introdução A Crisma é a força de Deus. Nós só conseguimos viver porque Deus nos dá essa força. Essa força de Deus é o Espírito Santo agindo em nós. Na Igreja, a experiência de nossa vida é celebrada no sacramento da Crisma. A Crisma é o sacramento do cristão que está amadurecendo na fé. Chamamos de Sacramentos da Iniciação Cristã aqueles formados pelo Batismo, pela Primeira Eucaristia e pela Crisma, cuja unidade deve ser salvaguardada.

A promessa do Espírito Santo Durante a primeira vinda de Cristo sobre a Terra, ele prometeu aos seus apóstolos o Paráclito (advogado, defensor). Jesus também prometeu o Espírito Santo para nós, e nos é concedido através do Sacramento da Confirmação. A Crisma também é chamada Sacramento da Confirmação, pois através dele confirmamos o nosso Batismo que recebemos na maioria das vezes quando criança. Confirmar o Batismo é muito importante, pois quando criança não há a consciência do Sacramento, mais sim os nossos parentes mais próximos que resolveram levá-lo até a pia batismal. Já na Crisma, não são os seus parentes que escolhem se queres ou não receber a Crisma, mas sim você mesmo. A decisão do jovem, da jovem, agora já maduros é capaz de dizer (CONFIRMAR) um sim verdadeiro da proposta do Cristo, de viver o Projeto de Salvação de Deus pai, que nos conduzirá ao Céu. No sacramento da Crisma recebemos mais uma vez, os dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Piedade, Ciência e Temor de Deus. Eles são dons que nos aproximam de nossa vocação: a Santidade. Quando recebemos o Espírito Santo e nos abrimos inteiramente à graça sacramental não agimos em nós, mas sim o próprio Deus nos usa de instrumento e age em nós. Por isso podemos considerar o crismando uma pessoa com grandes responsabilidades. Veja: No Batismo recebemos o Espírito Santo e nos transformamos de criaturas de Deus para Filhos de Deus. Já na Crisma dizemos com consciência: Quero ser Filho de Deus e assumir a minha missão de evangelizar. O mesmo Deus que os apóstolos receberam no dia de Pentecostes é o mesmo que recebemos no Sacramento da Crisma, por isso a mesma autoridade que eles tinham ao anunciar a Palavra de Deus é a mesma que possuímos.

O dia da crisma O dia em que nos crismamos é sem dúvida o dia de nosso Pentecostes. Onde o Espírito Santo nos é enviado para transformar e santificar. As transformações do Espírito Santo são nitidamente vistas na Bíblia. Observe: Vamos dar o exemplo do apóstolo Pedro. Antes do dia de Pentecostes era um pescador de pouca instrução, medroso, incrédulo e infiel. Quando se passou o dia de Pentecostes, melhor dizendo, logo ao sair do cenáculo onde o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos e Maria, Pedro realizou um discurso que prova o poder do Espírito Santo (At 2, 14-41). Podemos até duvidar se realmente era o mesmo Pedro pescador e incrédulo.

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Foi a partir daí que a Igreja se firmou, ou seja, foi através do Papa São Pedro que a Igreja de Jesus Cristo surgiu. Vejamos: se somos também Igreja, é através do Sacramento da Crisma que firmamos em nós o "tijolo" eclesial que somos.

A missão do crismado A finalidade dos Sacramentos é para tornarmos um sinal de testemunho de vida; é para identificar-nos cada vez mais com Cristo. Não é para só sentirmos bem, pagar ou cumprir promessa. Por que recebemos o Sacramento da Crisma, chamado também Confirmação? Comumente dizemos que a Crisma nos faz soldados de Cristo, que confirma o Batismo, Sacramento adulto que dá responsabilidade. Uma só coisa a Igreja nos garante sobre este Sacramento. A crisma nos concede com plenitude o Espírito Santo. “(......) Pelo sacramento da confirmação, os (fiéis) são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras”. (Catecismo 1285).

Qual o sentido do Sacramento da Crisma? Podemos dizer o seguinte: Todos os Sacramentos são Sacramentos de Cristo, mas um deles, a Eucaristia, é por excelência o Sacramento de Cristo. Assim, todos os Sacramentos são do Espírito Santo, mas um deles, a Crisma ou Confirmação, é por excelência o Sacramento do Espírito Santo. Para melhor compreendermos o sentido do Sacramento da Crisma, devemos perguntar-nos qual a função do Espírito Santo na Economia da salvação (plano de Deus) manifestada na História da Salvação.

O sinal da confirmação No rito da confirmação convém considerar o sinal da unção e aquilo que a unção designa o imprime: O selo espiritual. A unção, no simbolismo bíblico e antigo, é rica de significados: o óleo é sinal de abundância e de alegria, ele purifica (unção antes e depois do banho) e torna ágil (unção dos atletas e dos lutadores), é sinal de cura, pois ameniza as contusões e feridas, e faz irradiar beleza, saúde e força. (Catecismo 1293).

O selo da confirmação Cristo mesmo se declara marcado com o selo do Pai. Também o cristão está marcado por um selo: “Aquele que nos fortalece convosco em Cristo e nos dá a unção é Deus, o que nos marcou com um selo e colocou em nossos corações o penhor do Espírito” (2Cor. 1,21-22). Este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, o colocar-se a seu serviço para sempre, mas também a promessa da proteção divina na grande provação escatológica. (Catecismo 1296)

A confirmação é um chamado ao apostolado de Jesus A Crisma (Confirmação), além de nos confirmar na fé como Cristãos, Católicos, Apostólicos Romanos, nos convida ao ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo, a participar de um convite muito especial, que é o serviço ao Senhor (Mat. 28). Você que é jovem ou adulto, Jesus, a exemplo do que fez com Pedro, ele lhe convida ao Ministério da Igreja, para assumir a ação salvívica de anunciar a Palavra, seja, como leigo, consagrado (a), (freira) ou como sacerdote (padre). Assim, no crisma, o Senhor Jesus age e convida ao jovem para o caminho do serviço Igreja e ao próximo.

4º SACRAMENTO: PENITÊNCIA OU RECONCILIAÇÃO Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações. A confissão consiste em um sacramento instituído por Jesus Cristo no qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do batismo.

Relata as Sagrada Escritura: "O justo cai sete vezes por dia" (Prov 24, 16). E se o próprio justo cai sete vezes, que será do pobre que não é justo? "Não há homem que não peque" (Ecl 7, 21). "Aquele que diz

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que não tem pecado faz Deus mentiroso" (1 Jo 1, 10). O "Livre Arbítrio" humano permite ao homem realizar atos contrários ao seu criador. É necessário obter o perdão desses pecados. "Nesta porta do Senhor, só o justo pode entrar" (Sl 117, 20). "Não sabeis que os pecadores não possuirão o reino de Deus?" (1 Cor 6, 9). Portanto, para entrar no Reino de Deus, é necessário obter o perdão dos pecados. Nosso Senhor instituiu um sacramento: Qual é o meio que existe para alcançar o perdão dos pecados? Nos diz São João: "Se confessarmos os nossos pecados, diz o Apóstolos, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar-nos de toda injustiça" (1 Jo 1, 8). Todavia, "aquele que esconde os seus crimes não será purificado; aquele, ao contrário, que se confessar e deixar seus crimes, alcançará a misericórdia" (Prov. 38, 13). "Não vos demoreis no erro dos ímpios, mas confessai-vos antes de morrer" (Ecl 17, 26).

A história da confissão e da penitência A confissão não é nova, já existia no Antigo Testamento. Relata o livro do Êxodo que após Moisés notar que o povo fizera um bezerro de ouro,ele subiu ao Monte Horebe, onde se encontrava Deus disse: “Oh, esse povo cometeu um grande pecado: fizeram para si um deus de ouro. Rogo-vos que lhes perdoeis agora esse pecado! Senão apagai-me do livro que escrevestes. O senhor disse a Moisés:”Aquele que pecou contra mim, este apagarei do meu livro”.

O perdão dos pecados Afirma a Bíblia Sagrada: “Jesus tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade. Eis que lhes apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.”. Caros crismandos, Jesus instituiu o sacramento da confissão. Jesus ressuscita e após a sua ressurreição, aparece aos discípulos e lhe diz: “A paz esteja convosco! Como o pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito santo. Aqueles a quem perdoades os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”. (Jo.1921-23).

A confissão dos primeiros cristãos Após Jesus enviar os apóstolos para pregar por todos os cantos da Terra, houve muitos casos de exorcimos. Afirma a Bíblia: Muitos dos que haviam acreditado vinham confessar e declarar as suas obras. Muitos também que tinham exercidos artes mágicas, ajuntaram os seus livros e queimaram nos diante de todos”. (At. 19.18-19).

A quem deve ser feita a confissão A confissão deve ser feita a um padre. Pelo próprio livro dos Atos dos Apóstolos, quando se afirma que o convertido "vinha fazer a confissão", fica claro que era necessário um deslocamento da pessoa para realizar a confissão junto aos Apóstolos, pois o verbo "vir" é usado por quem recebe a visita do penitente. Se a confissão fosse direta com Deus, bastaria pedir perdão de seus pecados, sem precisar 'ir' até a Igreja. Aliás, S. Tiago é explícito a esse respeito: "confessai os vossos pecados uns aos outros, diz ele, e orai uns pelos outros, a fim de que sejais salvos" (Tgo 5, 16). Isto é, confessai vossos pecados a um homem, que tenha recebido o poder de perdoá-los. De qualquer forma, a instituição do Sacramento deixa claro o poder que Nosso Senhor conferiu à sua Igreja. Sem a vontade de se confessar com um outro homem, o pecador demonstra que seu arrependimento não é profundo, pois ele não se envergonha mais de ofender a Deus do que de expor sua honra. (http://www.auxiliadora.org.br/sacramentos/penitencia.htm)

Contrição e atrição: a contrição consiste em pedir o perdão de seus pecados por amor de Deus. A atrição, por sua vez, consiste em pedir o perdão dos pecados por temor do inferno. A primeira, contrição (chamada de contrição perfeita), apaga os pecados da pessoa antes mesmo da confissão. Todavia, só é verdadeira se há a disposição de se confessar com um padre. Foi desta forma que se salvaram os justos do Antigo Testamento. A atrição só é válida através do sacramento da confissão, o qual é eficaz mesmo se há apenas "medo do inferno". Confissão – gesto de humildade Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus. Por isso "Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte, e morte na Cruz" (Flp 2, 8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer o perdão. Por isso ele exige de nós este ato de humildade e de obediência, na Confissão sacramental,

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na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será exaltado, e quem se exalta, será humilhado" (Lc 18, 14).

1) Porque precisamos ser batizados? 2) Para que serve o batismo? 3) O que vem a ser batismo no Espírito Santo? 4) O Jovem crismando quando recebe o sacramento da crisma confirma a sua fé? De que fé se está

falando? 5) Quando foi que recebemos pela primeira vez a fé? 6) O que vem a ser eucaristia? 7) Porque precisamos receber a eucaristia? 8) Qual o significado da crisma? 9) O que o Jovem fará depois de crismado? 10) Você tem vontade de servir a Deus no Santuário São Judas Tadeu? Onde? 11) Qual a importância de ser crismado? 12) Você acredita na efusão do Espírito Santo?

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19º ENCONTRO | OS

SACRAMENTOS DA VIDA

CRISTÃ:

5º SACRAMENTO: UNÇÃO DOS ENFERMOS

Introdução As pessoas que estão padecendo de algum mal em suas vidas, necessitam de cura e de restabelecimento de sua condição física, psíquica e mental. Quando os cristãos católicos se encontram em grave situação de saúde ou precisam passar por um processo cirúrgico, há um sacramento por meio do qual se buscar devolver o estado de saúde, ânimo e conforto anteriormente existentes. Este sacramento é o sacramento da unção dos enfermos.

O que é a unção dos enfermos? A Unção dos Enfermos é a cura. A doença nos mostra que somos limitados. A doença é também sinal de nossa falta de fraternidade, de nosso pecado. Deus cura a doença e a raiz da doença. Deus está presente em nosso esforço de arrancar o mal pela raiz. É o que celebramos na Unção dos Enfermos. (http://www.auxiliadora.org.br/sacramentos). Pelo sacramento da penitência Deus nos conforta, nos liberta da culpa e nos dar um novo ânimo para viver conforme os seus mandamentos.

Jesus cuida dos doentes Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e à morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus. (http://www.auxiliadora.org.br/sacramentos) Não podemos rotular o Sacramento da Unção dos Enfermos como sinal de morte próxima, mas sim um Sacramento que podemos receber mais de uma vez quando passamos por doenças graves que necessitam de cuidados. Costuma-se na celebração o padre dar ao doente o Sacramento da Confissão, com o propósito do doente também arrepender-se de seus pecados.

A antiga tradição do sacramento da unção dos enfermos Na antigamente, o Sacramento da Unção dos Enfermos era chamado Sacramento da extrema-unção dos Enfermos, foi trocado o nome, pois muitos vinham a caracterizá-lo como o "sacramento da morte", não sendo bem assim. Inúmeros são aqueles que já receberam o Sacramento da Unção dos Enfermos mais de duas vezes e estão vivos até hoje.

Liberdade na aceitação do sacramento Um importante requisito para a realização do Sacramento é a vontade do doente querer recebê-lo, ou seja, não adianta a família querer impor algo que o próprio doente não deseja (isso não vale só para esse Sacramento, mas sim para todos os outros). A família pode aconselhá-lo, chamar o padre à casa do doente, mas não impor o Sacramento sem a vontade e a consciência do doente. Se o doente querer e tiver a consciência da importância do Sacramento, aí sim, o Sacramento terá muitos frutos e graças. A Unção dos Enfermos é o sacramento da salvação total, do corpo e do espírito ao mesmo tempo. É o sacramento da esperança, porque ajuda o doente a entregar-se confiante nas mãos de DEUS. Jesus sempre teve um grande carinho pelos doentes. Quando os judeus os desprezavam, porque considerava a doença um castigo de DEUS, Ele acolhia com amor e os curava.

[AS PESSOAS QUE ESTÃO

PADECENDO DE ALGUM MAL EM

SUAS VIDAS, NECESSITAM DE CURA

E DE RESTABELECIMENTO DE SUA

CONDIÇÃO FÍSICA, PSÍQUICA E

MENTAL.]

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Jesus proclama a cura de um cego Relata as Sagradas Escrituras: Caminhando, viu Jesus um cego de nascença. Os seus discípulos indagaram dele: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: “Nem este pecou nem seus pais, mas é necessário que nele se manifestem as obras de Deus.” (Jo. 9, 1-3).

O fundamento do Sacramento da unção dos enfermos O dom da cura transmitido pelo Senhor aos discípulos. Jesus quis que aqueles que o acompanhavam

continuassem sua missão, por isso deu a seus discípulos o dom da cura. "Então os discípulos partiram e

pregaram para que as pessoas se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungido-os com

óleo" (Mc 6, 12s), (Mat. 2.1-12).

O Senhor ressuscita renova este envio e confirma, através de sinais realizados pela Igreja ao invocar seu nome:

"Quando colocarem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados" (Mt 16, 18).

Afirma São Tiago:

“Alguém entre vós está triste? Reze! Está alegre? Cante. Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam orações sobre

ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor”. (Tg. 5. 13-14)

O enfermo é salvo pela fé. Afirma São Tiago:

“A oração da Fé salvará o enfermo e o senhor o ressuscitará. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados”. (Tg.5. 15-16).

Quem pode receber a unção dos enfermos? Pode-se conferir a Sagrada Unção às pessoas idosas, cujas forças se encontrem sensivelmente debilitada, mesmo que não se trate de grave enfermidade, e ainda as pessoas que serão submetidas a operação cirúrgica, inclusive nos casos de cirurgia cesariana. Também às crianças a Sagrada Unção seja conferida, desde que tenham atingido tal uso da razão que possam encontrar conforto no Sacramento. Na dúvida, se já tenham atingido o uso da razão, seja-lhes administrado o Sacramento. Este Sacramento pode ser repetido se o doente convalescer após ter recebido a Unção, ou também se, perdurando a mesma doença, vier a encontrar-se em situação mais grave. (http://www.diocesedejundiai.org.br/nor_dir_est/05.htm).

A unção dos enfermos nos hospitais Em caso de uma visita ao hospital onde haja vários enfermos no mesmo quarto, constatando que são católicos e tendo analisado a gravidade da internação de cada um, administre-se a todos que quiserem a Sagrada Unção. (http://www.diocesedejundiai.org.br/nor_dir_est/05.htm).

A pastoral da saúde e a unção dos enfermos Na nossa Igreja Católica, há a pastoral da saúde que são leigos que visitam os doentes, podendo ministrar orações, e entregar a comunhão ao doente. Recomenda-se que seja feita ao menos uma visita aos enfermos, nos hospitais ou em suas casas, pelos agentes da Pastoral da Saúde, antes da vinda do Sacerdote, a fim de os preparar para a recepção dos Sacramentos. Além das visitas comuns, os agentes da Pastoral da Saúde, promovam também, se o doente desejar, breves Celebrações da Palavra em suas residências ou nos quartos dos hospitais. Quando for ministrada a Sagrada Eucaristia, esta Celebração é indispensável, devendo haver leitura bíblica, o Pai Nosso e outras orações apropriadas.

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6º SACRAMENTO: MATRIMÔNIO

Introdução

O Matrimônio é o amor. Ninguém consegue viver sem a presença e a amizade de outras pessoas. Ninguém está sozinho. No casamento, essa amizade é repartida entre o marido e a mulher: é repartida entre o casal e os filhos, e com a comunidade onde vivem. O mais difícil do amor é permanecer firme nele. Só Deus mesmo é capaz de ser, sem defeito, fiel e amoroso. Quando o casal é fiel no amor, é um grande sinal de Deus. Deus está presente no amor do casal. Quem acredita nisso pode casar na Igreja. O sacramento da ordem é o sacramento conferido por Deus a uma pessoa que destina sua vida a serviço do próximo. O sacerdote é esta pessoa que escolhendo seguir os passos de Cristo, se doa totalmente a serviço do povo de Deus. Há quem diga que tanto o sacramento do matrimônio quanto o sacramento da ordem são sacramentos de serviços, pois no caso do matrimônio, marido e mulher servem uma ao outro e nos sacerdócio propriamente dito, o sacerdote serve a toda a comunidade.

O sacramento do matrimônio O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. Concede aos esposos a graça de se amarem com o mesmo amor com que Cristo amou a sua Igreja. A graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna. Se os cônjuges separam-se, divorciam-se, separam algo que Deus uniu. O novo casamento dos divorciados ainda em vida do legítimo cônjuge contraria o desígnio e a lei de Deus, que Cristo nos ensinou. Eles não estão separados da Igreja, mas na o têm acesso à comunhão eucarística. Levarão vida cristã principalmente educando seus filhos na fé. "A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevado, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor." (http://www.catequisar.com.br/texto/materia/dout/lv03/22.htm)

O Fundamento e a origem do matrimônio bíblico Deus, quando criou o homem, deu à ele uma companhia: Eva. Deus também acrescentou:

"Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne" (Gn 2, 24).

Afirmamos que o matrimônio é a segunda grande maravilha de Deus em beleza, pois após criar o mundo e todos os seres vivo, Deus permitiu pelo matrimônio perpetuação da espécie.

Jesus confirma a aliança no matrimônio A respeito do matrimonio, afirma Nosso Senhor:

“Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”. (Mat. 19.6).

O Matrimonio não é uma instituição simplesmente humana, apesar das inúmeras variações que sofreu no curso dos séculos, nas diferentes culturas, estruturas sociais e atitudes espirituais (...) Deus, que criou o homem por amor, também o chama ocupar ao amor, vocação fundamental e inata de todo ser humano. Pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é amor. Tendo Deus criado o homem e a mulher, seu amor mútuo

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se torna uma imagem do amor absoluto e indeclinável de Deus pelo homem. Este amor é bom, muito bom, aos olhos do Criador, que é “amor” (1 Jo. 4.8-16). (Catecismo 1603).

O casamento no Senhor A aliança nupcial entre Deus e seu povo Israel preparado a nova e eterna aliança na qual o Filho de Deus, encarando-se e entregando sua vida, uniu-se de certa maneira com toda a humanidade salva por ele, preparando, assim, “as núpcias do cordeiro”.

Em Canaã da Galileia, Jesus se manifesta num casamento No limiar de sua vida pública, Jesus opera seu primeiro sinal - a pedido de sua Mãe – por ocasião de uma festa de casamento. A Igreja atribui grande importância à presença de Jesus nas núpcias de Caná. Vê nela a confirmação de que o casamento é uma realidade boa e o anúncio de que, daí em diante, será ele um sinal da presença de Cristo. (Catecismo 1612)

A virgindade por causa do reino de Deus Cristo é o centro de toda a vida Cristã. O vínculo com ele está em primeiro lugar, na frente de todos os outros vínculos - familiares ou sociais. Desde o começo da Igreja, houve homens e mulheres que renunciaram ao grande bem do Matrimônio para seguir o cordeiro. Onde quer que fosse, para ocupar-se com as coisas do Senhor, para procurar guardar-lhes, para ir ao encontro do esposo que vem. O próprio Cristo convidou alguns para segui-lo neste modo de vida, cujo modelo continua sendo o mesmo. (Catecismo 1618). Nesse sentido, o sacerdote é uma pessoa que escolhe o caminho que deve seguir em sua vida. Ao fazer a escolha por seguir Jesus, o sacerdote não pode casar, pois a sua esposa é Igreja, a quem deve cuidar como sua família.

Efeitos do Matrimônio

De acordo com a Santa Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana: §1638 Os efeitos do sacramento do Matrimônio "Do Matrimônio válido origina-se entre os cônjuges um vínculo que, por sua natureza, é perpétuo e exclusivo; além disso, no Matrimônio cristão, os cônjuges são robustecidos e como que consagrados por um sacramento especial aos deveres e à dignidade de seu estado."

§1639 O VÍNCULO MATRIMONIAL: “O consentimento pelo qual os esposos se entregam e se acolhem mutuamente é selado pelo próprio Deus. De sua aliança "se origina também diante da sociedade uma instituição firmada por uma ordenação divina". A aliança dos esposos é integrada na aliança de Deus com os homens: "O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino".

§1640 O vínculo matrimonial é, pois, estabelecido pelo próprio, Deus, de modo que o casamento realizado e consumado entre batizados jamais pode ser dissolvido. Este vínculo que resultado ato humano livre dos esposos e da consumação do casamento é uma realidade irrevogável e dá origem a uma aliança garantida pela fidelidade de Deus. Não cabe ao poder da Igreja pronunciar-se contra esta disposição da sabedoria divina.

§1641 A GRAÇA DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO "Em seu estado de vida e função, (os esposos cristãos) têm um dom especial dentro do povo de Deus." Esta graça própria do sacramento do Matrimônio se destina a aperfeiçoar o amor dos cônjuges, a fortificar sua unidade indissolúvel. Por esta graça "eles se ajudam mutuamente a santificar-se na vida conjugal, como também na aceitação e educação dos filhos".

§1642 Cristo é a fonte desta graça. "Como outrora Deus tomou a iniciativa do pacto de amor e fidelidade com seu povo, assim agora o Salvador dos homens, Esposo da Igreja, vem ao encontro dos cônjuges cristãos pelo sacramento do Matrimônio." Permanece com eles, concede-lhes a força de segui-lo levando sua cruz e de levantar-se depois da queda, perdoar-se mutuamente, carregar o fardo uns dos outros, "submeter-se uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5,21) e amar-se com um amor sobrenatural, delicado e fecundo. Nas alegrias de seu amor e de sua vida familiar, Ele lhes dá, aqui na terra, um antegozo do festim de núpcias do Cordeiro.

Onde poderei haurir a força para descrever satisfatoriamente a felicidade do Matrimônio administrado pela Igreja, confirmado pela doação mútua, selado pela bênção? Os anjos o proclamam, o Pai celeste o ratifica... O casal ideal não é o de dois cristãos unidos por uma única esperança, um único desejo, uma única disciplina, o mesmo serviço? Ambos filhos de um mesmo Pai, servos de um mesmo Senhor. Nada pode separá-los, nem no

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espírito nem na carne; ao contrário, eles são verdadeiramente dois numa só carne. Onde a carne é uma só, um também é o espírito.

O consentimento matrimonial Os protagonistas da aliança matrimonial são um homem e uma mulher batizados, livres para contrair o matrimonio e que expressam livremente seu consentimento. “Ser livre” que dizer: Não sofrer constrangimento; não ser impedido por uma lei natural ou eclesiástica. A Igreja considera a troca de consentimento entre os esposos como elemento indispensável “que produz o matrimônio. Se faltar o consentimento, não há casamento. O consentimento consiste num “ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente”: eu ti recebo por minha mulher - “eu te recebo por meu marido. Este consentimento que liga os esposos entre si encontra seu cumprimento no fato de “os dois se tornarem uma só carne”. (Catecismo 1626-1628) Se faltar o consentimento e a liberdade de A manifestação, o casamento será invalidado. (Catecismo 1628)

O lar cristão O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de "Igreja doméstica", comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã. (http://www.catequisar.com.br/texto/materia/dout/lv03/22.htm)

O matrimônio e o adultério Afirma Jesus: “Todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ele em seu coração”. (Mt. 5.28).

A unidade e a indissolubilidade do matrimônio O amor dos esposos exige, por sua própria natureza, a unidade e a indissolubilidade da comunidade de pessoas que engloba toda a sua vida: “De modo que já não são dois, mas uma só carne” (Mt.19.6). (Catecismo 1644). A manifestação pela adoção do matrimônio sob a autoridade do Poder de Deus é uma realidade da qual os nubentes (homem e mulher) escolhem livremente. Ao escolher a benção de Deus devem ter claro que hão de enfrentar juntos, todos os desafios para viver unidos em torno da Aliança proclamada no altar. Deus pede licença para entrar na vida do casal, mas não pede permissão para sair, decorrendo daí que o Senhor sempre desejou que o relacionamento dos futuros esposos fosse selado por sua autoridade. Essa autoridade é capaz de manter a dignidade divina do matrimônio, a unidade entre os esposos e a luta em comum para a sua perpetuidade até que a morte o separe. A pessoa humana (homem e mulher) está rodeados de prazeres mundanos, de paixões desordenadas, dai ser muito difícil manter um relacionamento sólido, porquanto o mundo oferece a cada dia uma nova oportunidade a cada membro do matrimônio de se perguntar: Porque tenho que me manter casado com ele (ela) se é possível deixá-lo (a) e me unir a outro (a)? O casal precisa manter-se unido ao coração de Deus pela oração. A oração é o alimento do amor eterno do Pai, depositado sobre o casal e a família, será capaz de renovar o amor e o primeiro encontro havido entre ambos. Quando Deus está presente no seio da família e do matrimônio não há motivos ou falsas desculpas para o rompimento e a dissolubilidade da família, pois Deus mesmo se encarrega de renovar a cada dia o amor entre o casal. Para isso, é preciso querer essa união. Sem o querer divino, essa realidade não se manifesta no plano material, pois encontra ao lado do querer divino, um querer mundano, fragilizado, sedutor e relativizado pelas más paixões, maus desejos, e isso, levam a fragilização do matrimônio e a quebra da unidade pela desordem de cada um e de cada casal, que deixa de ouvir a voz de Deus para ouvir a voz de satanás.

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7º SACRAMENTO: ORDEM Introdução A Ordem é a dedicação. Todo dia precisamos de ajuda de outras pessoas para viver com a gente, orientar, mostrar o caminho. Essas pessoas nos ajudam a alimentar a fé, acreditar na esperança, esperar na fraternidade. Tem gente que se dedica a esse serviço. Vive para isso. O Padre é um exemplo. Dedicação por excelência, só a de Deus. Deus se dedica tanto que chegou a confiar seu próprio filho a nós, a aceitar que ele morresse por nós. O sacerdote é por excelência a pessoa que assume aqui na terá as funções de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem pode receber este sacramento? § 1577 – “Só um varão (‘vir’) batizado pode receber validamente a ordenação sagrada” (CIC, cân. 1024). O Senhor Jesus escolheu homens (“viri”) para formar o colégio dos doze Apóstolos (Cf. Mc 3,14-19; Lc 6,12-16), e os apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os colaboradores (Cf. 1Tm 3,1-13; 2Tm 1,6; Tt 1,5-9) que seriam seus sucessores na missão (Cf. S. Clemente de Roma, Cor. 42,4: SC 167,168-170). O colégio dos Bispos, ao qual os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e atualiza, até o retorno de Cristo, o colégio dos doze. A Igreja se reconhece vinculada por essa escolha do próprio Senhor. Por isso, a ordenação de mulheres não é possível (Cf. MD 26-27; AAS 80 (1988) 1715-1720; id., Ep. ap. Ordinatio sacerdotalis: AAS 86 (1994) 545-548; CDF, Inter Insigniores: AAS 69 (1977) 98-116; id., Responsum ad dubium circa doctrinam in Epist. Ap. “Ordinatio sacerdotalis” traditam: AAS 87 (1995) 1114). (Catecismo577)

O sacramento da ordem e a missão do sacerdote A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos continuam sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. Comporta três graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconato. Todos nós somos chamados a uma vocação, ou seja, Deus nos chama a servir a Ele através de algo: a Vida Leiga, a Vida Religiosa, a Vida Consagrada, a Vida Sacerdotal. (Catecismo 1536)

O sacramento da ordem e o apostolado A Ordem é o Sacramento onde Deus nos chama a sermos verdadeiros apóstolos. Na Bíblia podemos ver os inúmeros chamados de Jesus: "Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, que estava sentado no posto do pagamento das taxas, Disse-lhes: 'Segue-me'. O homem levantou-se e o seguiu" (Mt 9, 9). Através da leitura acima, podemos perceber que Jesus com uma só palavra consegue levar Mateus, um homem pagão e rico, ao sacerdócio (sacer = sagrado; dócio = Dom). A missão do sacerdote é ser uma "seta sinalizadora", ou seja, o sacerdote deve indicar ao povo o caminho à Cristo.

Todos os apóstolos que vemos nas Escrituras, são os mesmos diáconos, padres, vigários, bispos e papa que existe nos dias de hoje. Bento XVI é o sucessor de São Pedro (o primeiro papa), os sacerdote são verdadeiramente apóstolos que batizam, confessam, crismam, celebram a Santa Missa em nome de JESUS.

Não temerão chamado de Deus Não devemos temer o chamado, pois Jesus não escolhe pobre ou rico, mas sim aquele que Ele deseja. Jesus chamou Pedro (apóstolo sem cultura e incrédulo), Paulo (perseguidor dos cristãos), Mateus (apóstolo pagão e rico), Judas Iscariotes (apóstolo traidor).

Rezar pelas vocações Nós como cristãos devemos rezar muito pelas vocações sacerdotais, pedindo a cada dia que Jesus chame mais jovens a viver essa vida de entrega ao Senhor. Pois como sabemos: "A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para vossa messe" (Mt 9, 37s).

O sacerdócio no Antigo Testamento Podemos constatar, já no Antigo Testamento, Deus escolheu a tribo de Levi para dela saírem os sacerdotes da antiga aliança. Eram muitos os sacerdotes, os ritos e os sacrifícios (Nm 3,11-13; Lv 1,27-34).

Jesus instituiu o sacerdócio Jesus escolheu os Doze Apóstolos para dar início à Igreja, porque quis que ela não fosse um povo sem forma, ao contrário, a quis estruturada em uma hierarquia definida, como mostram os Evangelhos: “Ele escolheu Doze para estarem com Jesus” (Mc 3, 13-16). Jesus lhes deu ordem e poder de agirem como se fosse Ele mesmo?:

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“Quem vos ouve, a mim ouve; que vos rejeita a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lc 10,16). Segundo o Concílio de Trento, os Apóstolos foram constituídos sacerdotes na última Ceia. (DS, 1752[949]). (http://www.cleofas.com.br).

Jesus é o sacerdote perfeito: Jesus veio para com o seu sacrifício levar à plenitude os sacrifícios da Antiga Aliança; por isso, Ele aboliu o sacerdócio levítico e fez-se Ele mesmo o Único Sacerdote da Nova e Eterna Aliança, de acordo com Melquisedec, Rei e Sacerdote (Hb 7,1-10; 10,4-10). Como único Sacerdote ofereceu um Único sacrifício, oblação perfeita da sua vida da sua vontade, entregues ao Pai. O seu Sim, inspirado no amor a nós, apagou o Não dito pelo primeiro homem por falta de amor ao Pai. (http://www.cleofas.com.br)

O sacramento da ordem no catecismo da Igreja Católica A palavra ordem, na Antigüidade romana, designava corpos constituídos no sentido civil, sobretudo o corpo dos que governavam. “Ordinatio” (ordenação) designa a integração num “ordo” (ordem). Na Igreja, há corpos constituídos que a Tradição, não sem fundamento na Sagrada Escritura (Cf. Hb 5,6; 7,11; Sl 110,4), chama, desde os tempos primitivos, de “taxeis” (em grego; pronuncie “tacseis”), de “ordines” (em latim). Por exemplo, a liturgia fala do “ordo episcoporum” (ordem dos bispos), do “ordo presbyterorum” (ordem dos presbíteros), do “ordo diaconorum” (ordem dos diáconos). Outros grupos recebem também este nome de “ordo”; os catecúmenos, as virgens, os esposos, as viúvas etc.(Catecismo § 1537) A integração em um desses corpos da Igreja era feita por um rito chamado ordinatio, ato religioso e litúrgico que consistia numa consagração, numa bênção ou num sacramento. Hoje a palavra “ordinatio” é reservada ao ato sacramental que integra na ordem dos bispos, presbíteros e diáconos e que transcende uma simples eleição, designação, delegação ou instituição pela comunidade, pois confere um dom do Espírito Santo que permite exercer um “poder sagrado” (“sacra potestas”) (Cf. LG 10) que só pode vir do próprio Cristo, por meio de sua Igreja. A ordenação também é chamada “consecratio” por ser um pôr à parte, uma investidura, pelo próprio Cristo, para sua Igreja. A imposição das mãos do bispo, com a oração consecratória, constitui o sinal visível desta consagração. Catecismo § 1538) O sacerdote é o próprio cristo: “In persona Christi Capitis” (Na pessoa de Cristo Cabeça...)§ 1548 – No serviço eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja enquanto Cabeça de seu Corpo, Pastor de seu rebanho, Sumo Sacerdote do sacrifício redentor, Mestre da verdade. A Igreja o expressa dizendo que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age “in persona Christi Capitis” (na pessoa de Cristo Cabeça) ( Cf. LG 10; 28; SC 33; CD 11; PO 2; 6).

A celebração do sacramento da ordem A celebração da ordenação de um Bispo, de presbíteros ou de diáconos, devido à sua importância para a vida da Igreja particular, exige o concurso do maior número possível de fiéis. Deverá realizar-se de preferência num domingo e na catedral, com uma solenidade adaptada à circunstância. As três ordenações – do Bispo, do padre e do diácono – seguem o mesmo movimento. Seu lugar é no seio da liturgia Eucarística. (Catecismo § 1572).

1) Você acredita que a unção dos enfermos pode levar a pessoa para o céu? 2) A unção deve ser ministrada com fé e orações? Por quê? 3) Você acredita no sacramento da confissão? 4) Você está em dia com sua confissão? 5) Quando foi sua última confissão? 6) Em que situações devo me confessar? 7) O que você entende por matrimônio? 8) Matrimônio é o mesmo que casamento? 9) Porque as pessoas se separam? 10) Você acha que os padres deveriam casar? Por quê? 11) Você já pensou em ser padre e ou freira? 12) Quais as funções de um sacerdote?

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20º ENCONTRO | DONS E

FRUTOS DO ESPÍRITO

SANTO

Introdução

Ao viver esta realidade a partir do sacramento do Batismo, o Senhor confere ao homem dons especiais que lhe permite no dia a dia se relacionar com o Criador e com seus irmãos. Os dons são valores que o homem tem em relação ao Espírito de Deus e por isso deve comunicar esses dons no dia a dia para viver conforme a graça da santificação. Reflexão Fundamental: O profeta Isaias, capítulo 11, vers. 2. “Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, espírito de SABEDORIA e de ENTENDIMENTO, espírito de CONSELHO e de FORTALEZA, espírito de CIÊNCIA (e de PIEDADE) e de TEMOR DE DEUS”. A lista de nove itens encontrada no versículo 22 do capítulo 5 da Epístola de Paulo aos Gálatas se refere aos frutos do Espírito: "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança (autodomínio)".

A importância dos dons do Espírito Santo É importante para dissernir o que Deus quer de nós e o que ele tem para realizar em nossas vidas. Por isso que a criança, o jovem e o adulto devem orar no Espírito Santo para que Deus manifeste o seu Plano de Amor, aquilo que pretende para cada um de nós. A Oarção no Espírito Santo já era uma recomendação do apóstolo Judas Tadeu, o nosso São Judas. (Epístola de São Judas. Cap.1.20).

O que são dons? Os dons são sinais da presença de Deus na vida do Cristão e revela a identidade desse Cristão para com Deus e seu povo. Afirma a Palavra do Senhor: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça”. (Jo. 15.16). DIVERSIDADE DE DONS (I Cor. 12.4-11) Os dons do Espírito Santo são: 1) Sabedoria - Não se trata de conhecimento intelectual. Neste Dom adquirimos uma afinidade com o nosso PAI que nos permite julgar com senso espiritual e ter uma compreensão íntima da riqueza de DEUS, traduzindo em palavras; 2) Entendimento(inteligência) - Aperfeiçoa nossa faculdade de conhecer e captar as realidade divinas em profundidade, favorece o entendimento das Escrituras Sagradas, com visão clara, direta da interpretação da Igreja; 3) Conselho - Indispensável para agirmos de acordo com o bem, a ética e o Evangelho. Devemos consultar uns aos outros para encontrar a vontade de DEUS. Nos impede de tomarmos decisões contrárias a DEUS. É o dom da Prudência; 4) Fortaleza - È para termos forças, coragem e lutar contra o pecado. Praticar a virtude com santo fervor, paciência e alegria, suportando as dificuldades de vida (traições, calúnias, etc. ). É para não esmorecermos no dia a dia; 5) Ciência - Ajuda a olhar e julgar as coisas e os acontecimentos ao nosso redor com os “olhos” de DEUS, dando-nos o verdadeiro sentido e o discernimento das coisas, principalmente dos sinais dos tempos. É a luz invocada pelo cristão para sustentar a fé do batismo; Não é adquirido através de estudos, pesquisas, cursos. É um conhecimento que alcança a mente humana através de uma revelação do Espírito Santo que nos permite conhecer todas as coisas criadas segundo a Lei de DEUS. É a ciência se pondo a serviço da Fé para compreendermos e aceitarmos os desígnios de DEUS; 6) Piedade – É a ação do Espírito Santo, comunicando-nos os bons sentimentos e atitudes para que possamos amar e servir a DEUS como Pai, e também amar, respeitar e servir ao próximo, com respeito e dignidade. É ponto alto da nossa religião. É a forma mais ampla da virtude da justiça. É ajudar o próximo, perdoar o próximo, tornar as pessoas mais carinhosas e bondosas. Nos faz aceitar DEUS como verdadeiro PAI, Nossa Senhora como nossa Mãe e as pessoas como irmãos em Cristo;

[PARA REFLETIR: “BROTARÁ UM

RAMO DA RAIZ DE JESSÉ, UMA FLOR

NASCERÁ DESTA RAIZ E

DESCANSARÁ NELA O ESPÍRITO

SANTO DE SABEDORIA E DE

ENTENDIMENTO, O ESPÍRITO DE

CONSELHO E FORTALEZA, O

ESPÍRITO DE CIÊNCIA E DE PIEDADE

E A ENCHERÁ O ESPÍRITO DO

TEMOR DO SENHOR.”]

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7) Temor de Deus – Não é medo de DEUS, pois DEUS é bondoso, terno, misericordioso, generoso e todo AMOR. Temor de DEUS é um profundo respeito a DEUS que faz arder nosso coração. É sermos fiéis a DEUS e a seus ensinamentos. É não praticar e recear qualquer transgressão as leis de DEUS. É reverenciar DEUS Pai e nos submetermos a Ele. DEUS é Fiel, portanto devemos ser fiéis a DEUS.

Frutos do Espírito Santo O Espírito Santo é a água Viva que rega nosso coração, a cada dia, para que possamos produzir seus Frutos. Quais são os frutos? A tradição da Igreja enumera doze frutos que são: AMOR; ALEGRIA; PAZ; PACIÊNCIA; LONGAMIGANIDADE; BONDADE; MANSIDÃO; FIDELIDADE; MODÉSTIA; CONTINÊNCIA; CASTIDADE, ETC. Os frutos do Espírito Santo são: a) AMOR: Alem de ser um fruto que plantamos em nossos corações é o maior sentimento de dedicação absoluta para com o outro, é se doar totalmente ao outro é o nosso imenso Amor ao Pai; b) ALEGRIA: A base desse fruto é o fruto do Amor, Deus nos que alegres, pois ele não nos criou para a tristeza, é o prazer de se viver; c) PAZ: Com a união do Amor e da Alegria se tem o grande sentimento interno e externo da Paz que Deus nos deixou, é a ausência de medo de culpa a ausência de Guerras; d) PACIÊNCIA: Um dos Frutos que nos dá a qualidade de saber esperar, uma virtude que consiste suportar dores, infortúnios com uma tranqüilidade que só Deus suportou; e) LONGANIMIDADE: Um dos Frutos difíceis de entender, pois ele esta interligado com a Paciência e a Paz, significa ser magnânimo, grande na alma e generoso, um fruto sobrenatural que é à disposição da alma que nos permite esperar, sem se queixar das amargurar dos planos de Deus de santidade para todos nós; f) BONDADE É simplesmente querer o bem para o outro, mas não basta querer o bem para que o Amor seja eficaz, a Bondade deve nos levar a ter atos concretos para o bem do outro o que nos leva ao fruto da Benignidade; g) BENIGNIDADE: É o Amor mostrando compaixão é procurar nunca magoar ninguém, é o ato de fazer o bem sem precisar recompensa por isso; h) MANSIDÃO: É o fruto que nos deixa manso perante a Deus, assim nos deixa obediente para com Deus e seus ensinamentos, a Mansidão nos da à vontade para suportarmos as contrariedade com suavidade e sem irritação, sem dar amostras de impaciência e muito menos fúria.; i) FIDELIDADE: É a qualidade de sermos fiel, leal, honrado, aquele que não falha, a qualidade de sermos verdadeiro, é a uma qualidade sobrenatural que nos inclina a dar ao próximo tudo o que lhe é devido, sob que forma for, é a justiça perfeita, é o que devemos ao próximo, Amor um Amor misericordioso, gratuito, um Amor de boa vontade e um Amor compassivo, um Amor que tem piedade, compaixão; j) MODÉSTIA: É um fruto com total ausência de vaidade, total desinteresse de atrair a atenção para si, sobre seus exageros, sobre suas virtudes, Dons ou qualidades, paixão ou beleza, é moderação nas ações e na conduta; k) CONTINÊNCIA: É se conter, controle de seus instintos, poder sobre sua própria pessoa, é privar-se dos prazeres tendo assim domino sobre si; l) CASTIDADE: A Castidade é o contrário do que muitas pessoas pensam, ser castro, não é simplesmente ser virgem (sentido puro do corpo). Ter o fruto da Castidade é ser fiel para com seu dom, para com sua vocação perante Deus, é ser fiel a suas promessas, a sua Fé. Vivemos assim a nossa Castidade em nossa vocação, por exemplo, ser fiel intimamente para com ao Sacramento do Matrimônio, ser fiel para com seu esposo ou esposa, ser fiel ao Sacramento da Ordem, ser fiel para com Deus, se abstendo assim de relações sexuais, é o fruto do Amor agindo em nós, por isso o fruto da Castidade tem que ser vivido e vivenciado.

Frutos da carne As Sagradas Escrituras devem algumas situação de pecados que nos afastam de Deus. São os chamados da carne, pois são produzidos pelo homem por sua falta de amor e controle aos mandamentos e leis de Deus. São frutos da carne: Fornicação; Impureza; Libertinagem; Idolatria; Superstição; Inimizades; Brigas; Ciúmes; Ódio; Ambição; Discórdia; Partidos; Invejas; Bebedeiras; Orgias; E outras coisas semelhantes (Gl 5,19). Esses frutos da carne são gerados se colocarmos obstáculos em nossas vidas, esses obstáculos são nossos medos, ressentimentos, amargura, rejeição, falta de perdão, magoa, etc.

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1) Quais são os frutos que estamos produzindo em nossas vidas? 2) É possível produzir bons frutos quando estamos com mas intenções? 3) O que nos leva a produzir maus frutos e não os bons frutos? 4) O jovem ou a jovem que não se veste conforme os mandamentos de Deus e da Igreja produz bons ou maus

frutos? Por quê? 5) Quais são os frutos maus que podemos encontra em nossa sociedade? 6) Jovem, você tem algum fruto? Pode colocá-lo a serviço de Deus? 7) O que você gostaria que tivesse no mundo? Você está disposto a lutar a implantar esse sonho? Como?

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21º ENCONTRO | ANJOS,

SANTOS E DEMÔNIOS. Anjos

A palavra "anjo" é derivada da palavra grega "angelos" que significa "mensageiro". As primeiras descrições sobre anjos apareceram no Antigo Testamento. A menção mais antiga de um anjo aparece em Ur, cidade do Oriente Médio, há mais de 4.000 a.C. A Bíblia se refere aos anjos como seres intelectuais, superiores aos homens e inferiores a Deus. Isto é um dogma. Os católicos dizem que Deus criou do nada duas espécies de seres: Os anjos e os humanos. No Novo Testamento, anjos apareceram nos momentos marcantes da vida de Jesus: nascimento, pregações, martírio e ressurreição. Como Bispo de Veneto, o Papa João Paulo I, disse que é necessário falar muito sobre os anjos como ministros da Providência no governo do mundo e dos homens.Os téologos modernos afirmam que os anjos existem, sim. Eles não podem e não devem ser reduzidos à simples idéias abstratas, segundo Karl Rahner, um dos maiores estudiosos do assunto. Não se sabe o número de anjos que foram criados por Deus, mas a Escritura Sagrada deixa transparecer que o número é bastante grande, incalculável. Quanto à diversidade e categoria dos anjos, pode-se dizer que, nem todos possuem as mesmas características e, portanto, não pertencem à mesma categoria. Os arcanjos são citados nas Escrituras Sagradas, são, pelo próprio termo, anjos de uma classe superior. estes livros sagrados falam de anjos, arcanjos, principados, potestades, virtudes, dominações, tronos, querubins e serafins. É justamente por isso que são contados nove coros ou graus na hierarquia dos anjos. No entanto, não se sabe ainda se tais nomes significam os vários níveis de perfeição ou diversos ofícios. Existem os que aceitam a existência dos anjos mas, ao mesmo tempo, acreditam que eles não são assim tão importantes na vida dos homens. Esse pensamento contraria, em tudo, os ensinamentos da Igreja, bem como os da Bíblia Sagrada. Mesmo depois do Concílio Vaticano II, a Igreja conserva a memória dos Anjos da Guarda. Anjos da Guarda: A creditar em Anjo da Guarda, na verdade, não é dogma de fé, no entanto, trata-se de uma doutrina comum e teologicamente correta da Igreja. Anjo da Guarda esta relacionado a um trecho do Salmo 90: "Aos teus anjos Ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos."

Anjos e Jesus Cristo é o centro do mundo angélico. São seus os anjos: "Quando o Filho do homem vier em sua glória com todos os seus anjos..." (Mt 25,31). São seus porque foram criados por e para Ele: "Pois foi nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Dominações, Principados, Potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele" (Cl 1,16). São seus, mais ainda, porque Ele os fez mensageiros de seu projeto de salvação. "Porventura não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?" (Hb 1,14) e (Catecismo 331)

Os anjos na vida do povo Ei-los, desde a criação e ao longo de toda a história da salvação, anunciando de longe ou de perto esta mesma salvação, e postos ao serviço do plano divino da sua realização: eles fecham o paraíso terrestre (Gn 3, 24); protegem Lot (Gn 19), salvam Agar e seu filho (Gn 21, 17), detêm a mão de Abraão (Gn 22, 11); pelo seu ministério é comunicada a Lei (Act 7, 53), são eles que conduzem o povo de Deus (Ex 23, 20-23), eles que anunciam nascimentos (Jz 13) e vocações (Jz 6, 11-24; Is 16, 6), eles que assistem os profetas (1Reis 19, 5) - para não citar senão alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus (Lc 1, 11.26)333 - Da Encarnação à Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é rodeada da adoração e serviço dos anjos. Quando Deus introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: Adorem-n'0 todos os anjos de Deus (He 1, 6). O seu cântico de louvor, na altura do nascimento de Cristo, nunca deixou de se ouvir no louvor da Igreja: «Glória a Deus (...)» (Lc 2, 14). Eles protegem a infância de Jesus (Mt 1, 20; 2,13.19), servem-n'0 no deserto (Mc l, 12; Mt 4, 11) e confortam-n'0 na agonia (Lc 22, 43), no momento em que por eles poderia ter sido salvo das mãos dos inimigos (Mt 26, 53) como outrora Israel (2 Mac 10, 29-30; 11,8). São ainda os anjos os que «evangelizam» (Lc 2, 10),

[CARÍSSIMOS CRISMANDOS, NESTE

ENCONTRO DE HOJE, NÓS VAMOS

CONHECER QUEM SÃO OS ANJOS, OS

SANTOS E OS DEMÔNIOS. VAMOS

CONHECER AS FUNÇÕES DE CADA UM DELES

NO MUNDO ESPIRITUAL.]

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anunciando a Boa-Nova da Encarnação (Lc 2, 8-14) e da Ressurreição (Mc 16, 5-7) de Cristo. E estarão presentes, quando da segunda vinda de Cristo, que eles anunciam, ao serviço do seu juízo. (Catecismo 332-333).

Santos A definição comumente aceita de santos, entre os católicos, é que são aqueles indivíduos que viveram uma vida exemplar na terra e a quem a Igreja Católica determinou que estão certamente com Deus. Os santos são mais comumente conhecidos pelo martírio, virtude heróica, e milagres. Como resultado destes dons, católicos em todo o mundo rezam aos santos, e os honram celebrando seus dias festivos, mencionando-os de tempos em tempos na celebração da Missa, colocando estátuas e pinturas deles, entesourando seus pertences mundanos, bem como seus restos físicos, e dando os nomes deles a seus filhos e a suas igrejas.

A Canonização dos santos O processo pelo qual a Igreja Católica determina quem é santo é chamado canonização. O candidato tem que ter estado morto há pelo menos cinco anos antes que um processo de santidade possa ser oficialmente iniciado. Quando uma pessoa religiosa muito respeitada morre, o bispo local tem que deixar que a reputação de santidade dessa pessoa cresça por si só. Se a adoração das pessoas aumenta e continua durante cinco a dez anos depois da morte da pessoa, então o bispo é autorizado a iniciar uma investigação oficial da vida e obra do candidato, de modo a ver se a reputação de santidade é fundada na verdade. Há dois diferentes níveis de honra para os santos indivíduos que faleceram. Aquelas pessoas que são veneradas localmente ou por ordens religiosas de padres ou freiras são beatificadas. Elas são chamadas pelo título "beato". Somente aquelas que são canonizadas pelo Papa são realmente santos. Esta distinção é virtualmente ignorada pela maioria dos católicos. A mais completa compilação dos santos católicos, A Bibliotheca Sanctorum, está beirando os vinte volumes e alista mais de 10.000 santos. Só aproximadamente 400 deles foram oficialmente canonizados por papas. A Congregação pelas Causas dos Santos, um dos nove ministérios da Santa Sé, supervisiona a canonização dos santos. No passado, o processo era mais extenso e minucioso do que é hoje. Antes de João Paulo II se tornar Papa, havia muitos bloqueios estrategicamente colocados no caminho da santidade. Houve realmente, no Vaticano, um ofício cujo propósito era fazer tudo que pudesse para expor o lado negativo do candidato de modo a assegurar que nenhum indivíduo fosse indevidamente honrado. Esse ofício era conhecido como o do Advogado do Diabo. Nos anos recentes, o ofício do Advogado do Diabo tem sido afastado, e o processo de canonização inteiro foi drasticamente agilizado. João Paulo II beatificou e canonizou mais indivíduos do que todos os outros papas juntos no século vinte. Uma vez que uma pessoa é canonizada, os católicos ficam seguros de poderem rezar com confiança ao santo para que interceda com Deus em seu benefício. O nome da pessoa é acrescentado à lista de santos e é determinado um dia festivo no qual ela será honrada na celebração da Missa desse dia. Alguns santos são indicados como intercessores especiais junto a Deus em benefício de certas causas ou grupos de pessoas. Eles são chamados Santos Padroeiros. O que se segue relaciona vários Santos Padroeiros bem conhecidos.

Santos na Bíblia Dentro das páginas do Velho Testamento (na Bíblia Sagrada, Edição Pastoral), três diferentes palavras hebraicas são traduzidas como "santo" ou "santos": qadosh, qodesh e qaddiysh. Estas palavras são variações da mesma palavra raiz. Em geral, o significado dessas palavras é santo, uma coisa ou lugar sagrado, bondoso, devoto, piedoso, bom, santo e anjo. Embora essas palavras, em algumas passagens, podem ser entendidas como anjos ou pessoas santas que já haviam morrido, a mesma palavra hebraica é usada para convidar seres humanos vivos (o povo consagrado) a louvar a Deus (Salmo 34:10). No Novo Testamento, a palavra grega, "hagios", é traduzida "santo" ou "santos". Ela é definida como sagrado, puro, sem culpa ou religioso, consagrado, santo. Um santo é aquele que é separado do pecado e, portanto, consagrado a Deus, sagrado. Sob a nova lei, é também aparente que santos freqüentemente são pessoas consagradas, vivendo na terra. Esse fato é, às vezes, mais difícil enxergar lendo a Bíblia em nossa própria língua, pois alguns tradutores interpretam a mesma palavra original de maneiras diferentes. A mesma palavra grega é traduzida por santos, fiéis, à santidade, anjos e cristãos. Embora os tradutores de Bíblias modernas utilizam palavras diferentes, os autores originais, guiados pelo Espírito Santo, usaram a palavra "santo" para descrever pessoas santificadas (fiéis, cristãos) vivendo na terra. Alguns dos lugares onde eles viveram foram Jerusalém, Lida, Acaia, Éfeso, Filipos, a casa de César, Colossos e Itália (Atos 19:13; Romanos 15:26; Atos 9:32; 2 Coríntios 1:1; Efésios 1:1; Filipenses 1:1; 4:22; Colossenses 1:2; Hebreus 13:24). Eles eram idivíduos que podiam ser ministrados e serem equipados para ministrar a outros. O termo "santo" no Novo Testamento parece ser sinônimo de "cristão".

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Não há menção do processo de canonização ou beatificação nem no Velho, nem no Novo Testamentos. Também não há nenhum uso dos termos "santo" ou "beato" como títulos. A palavra "santo" era um termo descritivo. Também não há exemplo de ninguém, na Bíblia, orando aos santos ou dando honra a eles, em particular ou em assembléia pública. De igual modo, o conceito de santos sendo habilitados a receber qualquer tipo de adoração não é encontrado nas Escrituras. De fato, essa prática é condenada. Quando Jesus estava sendo tentado pelo diabo, Satanás disse a Jesus que se prostrasse e o adorasse. Jesus replicou citando a Escritura do Velho Testamento que dizia para adorar e servir somente a Deus (Mateus 4:8-10; Lucas 4:6-8; Deuteronômio 6:13; 10:20). A ideia de que santos são indivíduos que morreram e se tornaram especialmente qualificados para interceder pelos vivos também não é encontrada na Bíblia. Há, contudo, uma passagem nas Escrituras que mostra que os próprios santos estão necessitando de intercessão. Romanos 8:26 e 27 diz: "... mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que sonda os corações sabe quais são os desejos do Espírito, pois o Espírito intercede pelos cristãos de acordo com a vontade de Deus." As Escrituras indicam que Jesus e o Espírito Santo são capazes de fazer intercessão por nós junto ao Pai (Isaías 53:12; Romanos 3:34). Em Hebreus nos é dito que Jesus sempre vive para fazer intercessão pelo seu povo (7:25). Cristãos vivos devem orar uns pelos outros (Tiago 5:16; 1 Timóteo 2:1). A Bíblia não autoriza a prática de pedir que pessoas fiéis que viviam no passado intercedessem por nós. Do mesmo modo, a idéia de santos padroeiros não é encontrada na Bíblia.

Demônios Na maioria das religiões cristãs os demônios são anjos caídos que foram expulsos do terceiro Céu (presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). Lúcifer era um Querubim da guarda ungido (Ezequiel 28 & Isaías 14:13-14) que, ao desejar ser igual ao Criador (Deus), foi lançado fora do Paraíso. Quando porém ele foi lançado fora do Céu sobre a Terra, a Bíblia nos relata que Lúcifer (que tem por nome diabo, serpente, dragão, príncipe da potestade do ar, etc…) trouxe com sua cauda um terço dos anjos de Deus (Ap 12:4) - lembrando que isto é uma linguagem figurativa, que significa apenas que junto de si levou os demônios. A Bíblia não cita a quantidade de anjos caídos, mas tem uma passagem que diz que o número de anjos que adoram ao Senhor são milhares de milhares e milhões de milhares (Ap. 5:11). O Inferno foi feito para eles e a função deles é destruir a máxima criação de Deus (Homem). Sua função é fazer com que o ser humano não conheça a Jesus Cristo. Todos aqueles que morrem sem arrependerem de seus pecados, crendo que Jesus Cristo não é o único Salvador, é lançado no Inferno juntamente com estes anjos caídos. Devido a rituais ou simplesmente a submissão de pessoas ao Diabo, os demônios podem entrar no corpo de alguém, tornando-o o que se chama de endemoniado, ou atuando sobre o corpo de alguém - como no caso do vudu. Fora isso eles podem simplesmente usar alguém para dizer alguma mensagem para outro indivíduo/grupo. Segundo o que se sabe hoje em dia, os meios para se tirar um demônio de um corpo possuído são, pela Igreja Católica, o exorcismo, e pelos evangélicos a simples oração (e, em alguns casos, jejum), como orientado pela Bíblia (Mt 17:21).

O ensinamento do catecismo obre os demônios Os demônios são anjoscaídos. Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a Deus e que, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo. A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus. "Diabolus enim et alii daemones a Deo quidem natura creati sunt boni, sed ipsi per se facti sunt mali - Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa." §392 A Escritura fala de um pecado desses anjos. Esta "queda" consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: "E vós sereis como deuses" (Gn 3,5). O Diabo é "pecador desde o princípio" (1Jo 3,8), "pai da mentira" (Jo 8,44). Satanás ou o Diabo, bem como os demais demônios, são anjos decaídos por terem se recusado livremente a servir a Deus a seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revolta contra Deus.

Libertação do demônio O último pedido ao nosso Pai aparece também na oração de Jesus: "Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno" (Jo 17,15). Diz respeito a cada um de nós pessoalmente, mas somos sempre "nós" que

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rezamos em comunhão com toda a Igreja e pela libertação de toda a família humana. A Oração do Senhor não cessa de abrir-nos para as dimensões da economia da salvação. Nossa interdependência no drama do pecado e da morte se transforma em solidariedade no Corpo de Cristo, na "comunhão dos santos".

Obras do demônio A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de "o homicida desde o princípio" (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai. "Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo" (1Jo 3,9). A mais grave dessas obras, devido às suas conseqüências, foi a sedução). (Catecismo 394).

1) Fale sobe a história dos anjos, dos santos e dos demônios? 2) Quais são as atitudes praticadas pelo homem e pela mulher que

se assemelham a dos demônios? 3) O que fazer para imitar os santos? 4) Quem é na literatura das Sagradas Escrituras, o Santo dos Santos? Por quê?

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22º ENCONTRO | CÉU, INFERNO E

PURGATÓRIO

Introdução

Segundo a doutrina católica, imediatamente após a morte, uma pessoa sofre o julgamento particular em que o destino da alma é especificado. Alguns se unem com Deus no Paraíso, e em contrapartida, outros são destinados ao Inferno, um estado de punição e separação eterna de Deus. No entanto, segundo a crença católica, algumas almas não estão suficientemente livres do pecado e suas conseqüências para entrar imediatamente no Paraíso, tais almas, em última análise, estão destinadas a se unirem com Deus no céu, e para isso devem passar pelo estado de purificação do purgatório. No purgatório, as almas "obtém a santidade necessária para entrar na alegria do céu”.

Beleza do céu e conhecimento de Deus A partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo, se pode conhecer a Deus como origem e fim do universo. (Catecismo, § 32). O Plano de Deus é que todos sejam salvos, pela foca da oração e pela crença em seu Filho Jesus Cristo.

Comunhão entre a Igreja celeste e a Igreja terrestre Os três estados da Igreja. "Até que o Senhor venha em Sua majestade e, com ele, todos os anjos e, tendo sido destruída a morte, todas as coisas lhe forem sujeitas, alguns dentre os seus discípulos peregrinam na terra; outros, terminada esta vida, são purificados; enquanto outros são glorificados, vendo claramente o próprio Deus trino e uno, assim como é”. (Catecismo 954). “A União dos que estão na terra com os irmãos que descançam em paz de Cristo de maneira alguma se interrrompe; pelo contrário, segundo a fé perene da Igreja, vê-se fortalecida pela comunicação dos bens espirituais”. (Catecismo 955).

Criação do Céu e da Terra e simbologia da cruz Nossa profissão de fé começa com Deus, pois Deus é ô o Primeiro e o ultimo" (Is 44,6), o Começo e o Fim de tudo. O Credo começa com Deus Pai, pois o Pai é a Primeira Pessoa Divina da Santíssima Trindade; nosso Símbolo começa pela criação do céu e da terra, porque a criação é o começo e o fundamento de todas as obras de Deus.(Catecismo 198).

Inferno Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: "Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto--exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno". (Catecismo 1033).

A noção de inferno para o cristianismo No Cristianismo existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às diferentes correntes cristãs. A idéia de que o inferno é um lugar de condenação eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre foi e ainda não é consenso entre os cristãos. Nos primeiros séculos do cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno era temporária, uma vez que inferno significa "sepultura", de onde, segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa idéia é defendida hoje por várias correntes cristãs.

[CARÍSSIMOS CRISMANDOS: OS

CRISTÃOS ACREDITAM NA

EXISTÊNCIA DO CÉU, OUTROS

DUVIDAM DA EXISTÊNCIA DO

PURGATÓRIO, HAVENDO DE

OUTRO LADO, QUEM AFIRME QUE

O INFERNO EXISTE E ESSE INFERNO

É NA VERDADE O PRÓPRIO

MUNDO EM QUE VIVE. VAMOS

PROCURAR NESSE ENCONTRO

APRENDER UM POUCO DE CADA

UM E SANAR NOSSAS DÚVIDAS

SOBRE UM E OUTRO.]

~ 97 ~

Existência do inferno O ensinamento da igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente após a morte os infernos, onde sofrem as penas do Inferno, “o fogo eterno”. A pena principal do inferno consiste na seapração eterna de Deus, o Úncio em quem o homem poder ter a vidaea felicidade para as quais foi criado e às quais espira. (Catecismo 1035).

Referências bíblicas sobre o inferno Para a corrente conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados novíssimos: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos como quando Jesus disse que o homem que desprezar seu irmão “incorrerá os fogos da Gehenna” (Mt 5,22). Jesus também advertiu, “não temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma. Antes, temei quem pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28). Jesus disse, “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse, “os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e moerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos, Ele dirá ao pecador, “afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). No Livro da Revelação, é relatado que cada pessoa é julgada individualmente e os pecadores são lançados em uma “fosso de fogo, a segunda morte” (20,13-14).

Purgatório Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu. (Catecismo nº 1030). A doutrina do purgatório: É um Dogma de Fé e por isso nenhum cristão pode colocar em dúvida sua existência. A Santa Igreja, baseando-se na Sagrada Escritura e na Tradição, definiu basicamente nos Concílios de Florença e de Trento o que devemos acreditar sobre este assunto. O purgatório nada mais é do que a infinita misericórdia de Deus Pai bondoso que faz de tudo para salvar seus filhos. È um destino temporário da alma penitente que em vida não fez gestos de amor suficiente para pagar as penas de seus pecados e terá que pagá-las todas antes de voar para os braços do Pai Eterno. Em Lucas 12, 58-59 Jesus nos diz: "Ora, quando com o teu adversário ao Magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao Juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo". Purgatório é a condição e processo de purificação ou castigo temporário em que as almas daqueles que morrem em estado de graça são preparadas para o reino dos céus. A noção de purgatório é particularmente associada com a Rito Latino da Igreja Católica, também presente nas igrejas orientais católicas (embora muitas vezes sem usar o termo específico de "Purgatório"); os Anglo-católicos geralmente também professam a crença. As Igrejas Ortodoxas acreditam na possibilidade de purificação das almas dos mortos, através das orações dos vivos e pela oferta da Divina Liturgia, e muitos ortodoxos, especialmente entre os ascetas, na espera da apocatástase. Uma opinião semelhante, que admite a possibilidade de uma salvação final é registrada no Mormonismo. O Judaísmo também acredita na possibilidade da purificação após a morte e pode usar a palavra "purgatório" para apresentar a sua compreensão do significado da Geena. No entanto, o conceito "purificação" da alma pode ser negado explicitamente em outras tradições de fé. A palavra "purgatório" passou a se referir também a uma ampla gama de concepções históricas e modernas de sofrimento pós-morte, e é usado, em um sentido não-específico, para qualquer lugar ou condição de sofrimento ou tormento, especialmente um que é temporário. A cultura popular também apresenta a concepção do purgatório como um lugar físico, embora a Igreja ensine que o Purgatório não indica um lugar, mas "uma condição de existência".

1) Você crê que existe inferno? 2) Você crê no purgatório? 3) Quais são as práticas que podem levar para o inferno? 4) Minhas obras estão me levando para o Céu ou para o inferno?

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23º ENCONTRO | A SANTÍSSIMA

TRINDADE Introdução

Foi Jesus quem revelou o Pai, Ele como Deus, e o Espírito Santo; isto não foi invenção da Igreja.9

A verdade sobre a Santíssima Trindade A verdade revelada da Santíssima Trindade está nas origens da fé viva da Igreja, principalmente através do Batismo. "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós" (2Cor 13,13; cf. 1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6) já pronunciavam os Apóstolos.

Deus Pai Deus é o Infinito de todas as potencialidades que possamos imaginar. Ele é Incriado; não foi feito por ninguém, não teve principio e não terá fim; isto é, é Eterno. A criatura não é eterna, pois um dia ela começou a existir; não era, e passou a ser, porque o Incriado a criou num ato de liberdade plena e de amor. O fato de você existir já é uma grande prova do amor de Deus por você; Ele quis que você existisse e o criou. Deus é espírito (Jo 4, 24) não é feito de matéria criada, pois foi ele quem criou toda matéria que existe fora do nada; logo não poderia ter sido feito de matéria. Muitos têm dificuldade de entender a existência de um ser não carnal, espiritual, como os Anjos, Deus e a nossa alma; mas eles existem de fato. Ora, você não vê a onda eletromagnética que leva o sinal do rádio e da tv, mas você não duvida de que ela exista. Da mesma forma você não pode ver os anjos e a alma, mas eles existem. Deus é Perfeitíssimo: Nele não há sombra de defeito ou de erro; Ele não pode se enganar e não pode enganar ninguém; não pode fazer o mal. Ninguém pode acusar Deus de fazer o mal; Ele só pode fazer o bem. Ele pode "permitir" que o mal nos atinja para a nossa correção (Hb 12, 4ss) e mudança de vida; mas Ele nunca pode criar o mal e nos mandar o mal. O mal vem da nossa imperfeição como criatura e do nosso pecado (Rm 6,23). Deus é Onipotente: (Gn 17,1; 28,3; 35,11; 43,14; Ex 6,3; Ap 1,8; 4,8; 11,17; 16,14; 21,22); pode tudo; nada lhe é impossível. "A Deus nada é impossível" (Lc 1, 37) disse o Arcanjo Gabriel a Maria na Anunciação. Não há alguma coisa que você possa imaginar que Deus não possa fazer simplesmente com o seu querer. Basta um pensamento Seu, uma Palavra, e tudo será feito porque Ele tem poder Infinito. Deus também é Onisciente: quer dizer sabe tudo; ninguém consegue esconder nada de Deus; Ele tudo vê. Deus é Onipresente (Sl 139,7; Sb 1,7; Eclo 16,17-18; Jr 23,24; Am 9,2-3; Ef 1,23); está em toda parte, porque é puro espírito. Diz o Salmista: "Senhor, Vós me perscrutais e me conheceis. Sabeis tudo de mim, quando me sento e me levanto... Para onde irei longe de teu Espírito? Para onde fugirei apartado de tua face? Se subir até os céus, Vós estais ali, se descer para o abismo eu Vos encontro lá." (Sl 138,1-7) E Deus é muito mais; Deus é nosso Pai amoroso com ensinou Jesus. É Amor (1Jo 4,8.) É fonte de vida e santidade (Rm 6,23; Gl 6,8; Ef 1,4-5; 1Ts 4,3; 2Ts 2,13-17). É ilimitado ( 1Rs 8,27; Jr 23,24; At 7,48-49). É misericordioso (Ex 34,6; 2Cr 30,9; Sl 25,6; 51;1; Is 63,7; Lc 6,36; Rm 11,32; Ef 2,4; Tg 5,11). É o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis (Gn 1,1; Jó 26,13; Sl 33,6; 148,5; Pv 8,22-31; Eclo 24,8; 2Mc 7,28; Jo 1,3; Cl 1,16; Hb 11,3). É o Juiz do universo (1Sm 2,10; 1Cr 16,33; Ez 18,30; Mt 16,27; At 17,31; Rm 2,16; 2Tm 4,1; 1Pd 4,5). Deus é uno (Dt 32,39; Is 43,10; 44,6-8; Os 13,4; Ml 2,10; 1Cor 8,6; Ef 4,6); não pode haver mais de um Deus simplesmente pelo fato de que se houvesse dois deuses, um deles seria inferior ao outro; e Deus não pode ser inferior a nada; Ele é absoluto.

Deus Filho – Deus filho e Deus Espírito Santo Deus Pai é o criador do céu e da terra. É o responsável por tudo aquilo que existe no mundo.

9 http://www.cleofas.com.br/ver_conteudo.aspx?m=doc&cat=96&scat=177&id=3284

[REFLETINDO: A SANTÍSSIMA

TRINDADE É A REALIDADE

ESPÍRITUAL DA PRESENÇA DE

DEUS EM TRÊS PESSOAS - PAI,

FILHO E ESPÍRITO SANTO. É EM

NOME DA TRINDADE SANTA QUE

JESUS ENVIA OS APÓSTOLOS A

ANUNCIAR O REINO DE DEUS E A

BATIZAR A TODOS.]

~ 99 ~

O filho é Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus feito homem. Jesus é o verbo que se encarnou e veio morar entre nós. O Espírito Santo é a força de Deus. É a manifestação do quanto Deus nos ama, dano seu próprio Espírito para cuidar de nós. Jesus promete nos dar o paráclito, isto é o Espírito Santo, afirmado: “Quando vier o paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. Também vós darei testemunho, porque estai comigo desde o princípio”. (João. 15-26).

A Trindade é Uma

A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: "a Trindade consubstancial", ensinou o II Concílio de Constantinopla em 431 (DS 421 ). As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: "O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza" (XI Concílio de Toledo, em 675, DS 530). "Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina" (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804). "Deus é único, mas não solitário" disse o Papa Dâmaso (Fides Damasi, DS 71). "Pai", "Filho", "Espírito Santo" não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: "Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho" (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: "É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede" (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804). A Unidade divina é Trina. “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho" (Conc. Florença, em 1442, DS 1331). O Símbolo Quicunque de Santo Atanásio assim explicava: "A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, outra, a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade"(DS 75).

1) O que vem a ser a Santíssima trindade? 2) São três Deuses diferentes? 3) Você crer na Santíssima Trindade? 4) Quais as funções do Pai? 5) Quais as funções do Filho? 6) Quais são as funções do Espírito Santo?

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24º ENCONTRO | A IDENTIDADE

DO CATÓLICO E A SANTA MISSA

A IDENTIDADE DO CATÓLICO Introdução

Bom, esta espécie de identidade não é aquela que adquirimos quando vamos até o Poupa Tempo, uma agência do governo, onde tiramos os nossos documentos. Essa identidade a qual chamamos de “Identidade de Cristão” é algo muito especial. Trata-se na realidade de um conjunto de ações, comportamentos e modo de vida de uma pessoa que segue os mandamentos de Deus, reconhece que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Nosso Senhor e Salvador. Assim para sermos Cristão, precisamos ser como Cristo. Cristo é perfeito e por isso devemos buscar nele a perfeição.

No batismo nasce o Católico No Batismo, o cristão recebe seu nome na Igreja. Os pais, os padrinhos e o pároco cuidarão para que lhe seja dado um nome cristão. O patrocínio de um santo oferece um modelo de caridade e um intercessor seguro. (Catecismo 2165). Pelo Batismo, o cristão é sacramentalmente assimilado a Jesus, que antecipa em seu Batismo a sua Morte e a sua Ressurreição; deve entrar neste mistério de rebaixamento humilde e de arrependimento, descer à água com Jesus para subir novamente com ele, renascer da água e do Espírito para tornar-se, no Filho, filho bem-amado do Pai e "viver em uma vida nova" (Rm 6,4): (Catecismo 537) Sepultemo-nos com Cristo pelo Batismo, para ressuscitar com Ele; desçamos com Ele, para ser elevados com Ele; subamos novamente com Ele, para ser glorificados nele. Tudo o que aconteceu com Cristo dá-nos a conhecer que, depois da imersão na água, o Espírito Santo voa sobre nós do alto do Céu e que, adotados pela Voz do Pai, nos tornamos filhos de Deus.

Morte do cristão católico Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. "Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro" (Fl 1,21). "Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos" (2Tm 1,11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente "morto com Cristo", para Viver de uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este "morrer com Cristo" e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor: É bom para mim morrer em ("eis") Cristo Jesus, melhor do que reinar até as extremidades da terra. É a Ele que procuro, Ele que morreu por nós: é Ele que quero, Ele que ressuscitou por nós. Meu nascimento aproxima-se. (...) Deixai-me receber a pura luz; quando tiver chegado lá, serei homem. (Catecismo 1010)

O crismado católico Tornar-se cristão, eis algo que se realiza desde os tempos dos apóstolos por um itinerário e uma iniciação que passa por várias etapas. Este itinerário pode ser percorrido com rapidez ou lentamente. Dever sempre comportar alguns elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho acarretando uma conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à Comunhão Eucarística. (Catecismo 1229). A unção com o santo crisma, óleo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom do Espírito Santo ao novo batizado. Este tornou-se um cristão, isto é, "ungido" do Espírito Santo, incorporado a Cristo, que é ungido sacerdote, profeta e rei. (Catecismo 1241)

A identidade do católico e seu compromisso com o Reino de Deus Todas as pessoas que mantém com Jesus um ou vários encontros especiais, entre eles, o batismo, a primeira eucaristia, a crisma, o matrimonio, a ordem, entre outros, é convidado a ser um Mensageiro da Palavra de Deus, isto é um Cristão comprometido com a causa do Evangelho.

A consagração do Católico Afirma Paulo, em suas cartas aos Coríntios: "Ora, quem nos confirma a nós e a vós em Cristo, e nos consagrou, é Deus. Ele nos marcou com o seu selo e deu aos nossos corações o penhor do Espírito". Afirmou João Paulo II. O

[CONHECENDO A VERDADE: O

CATÓLICO É O CRISTÃO QUE SE FAZ

FILHO DE DEUS NO DIA EM QUE É

BATIZADO. NO BATISMO, A

CRIANÇA, O ADOLESCENTE, O JOVEM,

O ADULTOU OU O IDOSO RECEBEM

NOVOS CARÁTERES. ESSES

CARÁTERES SÃO DIVINOS. SÃO SINAIS

DA PERTENÇA A DEUS, POR ISSO SE

AFIRMA QUE SOMENTE COM O

BATISMO NOS TORNAMOS FILHOS DE

DEUS. O CATÓLICO DE VERDADE É

AQUELE QUE AMA A DEUS E A SUA

IGREJA, VIVE A PALAVRA DE DEUS,

PROFESSA SUA FÉ E ESPERA UM DIA,

NA MISERICÓRDIA DO SENHOR, SER

SALVO.]

~ 101 ~

verbo “consagrar” está no passado, mas o verbo “confirmar” está no presente. O selo do Espírito Santo nos foi dado no dia de nosso batismo sacramental, mas nos é renovado em novas efusões, hoje, quando pedimos e nos abrimos para recebê-lo. O papa João Paulo II, na Vigília das Vésperas de Pentecostes em 2004, ao se pronunciar a Renovação Carismática Católica, nos convidava a clamar por uma nova e “abundante efusão dos dons do Espírito Santo”.( 2Cor 1,21-22). De acordo com o saudoso João Paulo II: a) nossa carteira de identidade de cristãos é o selo do Espírito Santo (leia Ef1,13 e Ef 4,30). O selo do Espírito Santo é nosso passaporte para o céu, nossa verdadeira e definitiva “pátria”; b) O Selo do Espírito Santo ‘imprime’ em nós, ‘traços’ de Cristo, restaurando nossa imagem e semelhança com Deus, deteriorada pelo pecado original (assim como reconhecemos os orientais pelo olho puxado, os africanos pela pele escura, os filhos de Deus, têm como ‘sinal’ o selo do Espírito Santo); c) Nossa ‘nacionalidade celeste’ nos concede uma ”linguagem” própria dos habitantes do céu, a língua dos anjos, o dom das línguas (Mc 16,17; At 2,4; 1Cor 12,10; 1Cor 14,2). E Continua o Santo Papa João Paulo II: “Assim como todos os povos da terra têm preservados seus costumes e tradições, o Espírito Santo sela em nós, pelo Sagrado Magistério da Igreja, a Sagrada Tradição.(Jo 14,16); Nossa identidade no Espírito nos reconhece e confirma como verdadeiros diante o falso: (Jo, 14, 16-17; Mc 16,20); Nossa identidade pode também ser causa de perseguições (o exemplo da perseguição de raças, por serem ‘diferentes’) (Jo 15,26 a 16,3; Rm 8,15-17). De acordo com o Papa João Paulo II: “Nossa identidade é CATÓLICA antes de tudo, mas precisamos zelar também por nossa porção de identidade CARISMÁTICA (todo mineiro é brasileiro mas nem todo brasileiro é mineiro) Leia Lc 13,6-9 – na vinha do Senhor, somos figueira, porque assim o Senhor quis e nos plantou em seu terreno santo. Assim como algumas certidões ficam quase destruídas com o tempo, ou pelo uso ou pelo desuso, documentos de identidade perdidos ou muito deteriorados precisam de uma 2ª via = UMA NOVA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO. Renovemos todos os dias o grande dom de nossa nova identidade. Renovemos em nós a graça de Pentecostes. "Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem". (Lc 11,13) é Jesus quem promete e garante.

O Católico vence as armadilhas do mundo O Cristão Católico Autêntico que teve um ou mais encontros com Jesus, reconhece-o como o único caminho, a única verdade e a única vida não pode se deixar levar pelas doutrinas falsas, que fazem promessas mirabolantes de curas, milagres, prodígios e enriquecimento. Estes são falsos pastores, eles querem ganhar nossa alma não para Deus, mas para o demônio. Por isso, cuidado com as promessas fantasiosas e muito atraentes.

O símbolo do Cristão Católico O cristão começa seu dia, suas orações e suas ações com o sinal-da-cruz, "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém". O batizado dedica a jornada à glória de Deus e invoca a graça do Salvador, que lhe possibilita agir no Espírito como filho do Pai. O sinal-da-cruz nos fortifica nas tentações e nas dificuldades. (Cetecismo 2.157)

O alimento do Cristão Católico O que o alimento material produz em nossa vida corporal, a comunhão o realiza de maneira admirável em nossa vida espiritual. A comunhão da Carne de Cristo ressuscitado, "vivificado pelo Espírito Santo e vivificante", conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo. Este crescimento da vida cristã precisa ser alimentado pela Comunhão Eucarística, pão da nossa peregrinação, até o momento da morte, quando nos ser dado como viático. (Catecismo 1392)

A vocação do Católico na Igreja É em Igreja, em comunhão com todos os batizados, que o cristão realiza sua vocação. Da Igreja recebe a palavra de Deus, que contém os ensinamentos da "lei de Cristo". Da Igreja recebe a graça dos sacramentos, que o sustenta "no caminho". Da Igreja aprende o exemplo da santidade; reconhece a figura e a fonte (da Igreja) em Maria, a Virgem Santíssima; discerne-a no testemunho autêntico daqueles que a vivem, descobre-a na tradição espiritual e na longa história dos santos que o precederam que a Liturgia celebra no ritmo do Santoral. (Catecismo 2030)

A morte do Católico Na morte, Deus chama o homem a si. É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, um desejo semelhante ao de São Paulo: "O meu desejo é partir e ir estar com Cristo" (Fl 1,23); e pode transformar sua própria morte em um ato de obediência e de amor ao Pai, a exemplo de Cristo: Meu desejo terrestre foi crucificado; (...) há em mim uma água viva que murmura e que diz dentro de mim: "Vem para o Pai". (Catecismo 1011)

A vida eterna do Católico O cristão, que une sua própria morte à de Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu encontro e uma entrada na Vida Eterna. Depois de a Igreja, pela última vez, pronunciar as palavras de perdão da absolvição de Cristo sobre o cristão moribundo, selá-lo pela última vez com uma unção fortificadora e dar-lhe o Cristo no viático como alimento

~ 102 ~

para a Viagem, diz-lhe com doce segurança estas palavras: Deixa este mundo, alma cristã, em nome do Pai Todo-Poderoso que te criou, em nome de Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo, que sofreu por ti, em nome do Espírito Santo que foi derramado em ti. Toma teu lugar hoje na paz e fixa tua morada com Deus na santa Sião, com a Virgem Maria, a Mãe de Deus, com São José, os anjos e todos os santos de Deus. (...) Volta para junto de teu Criador, que te formou do pó da terra. Que na hora em que tua alma sair de teu corpo se apressem a teu encontro Maria, os anjos e todos os santos. (...) Que possas ver teu Redentor face a face (...). (Catecismo 1020) O dia da morte inaugura para o cristão, ao final de sua vida sacramental, a consumação de seu novo nascimento iniciado no Batismo, a "semelhança" definitiva à "imagem do Filho", conferida pela unção do Espírito Santo, e a participação na festa do Reino, antecipada na Eucaristia, mesmo necessitando de últimas purificações para vestir a roupa nupcial. (Catecismo 1682)

A SANTA MISSA

Introdução

A Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração da qual dispõe o católico. Nos dias de hoje, muitos irmãos e irmãs católicos, ainda não sabem o verdadeiro significado e o valor de uma Santa Missa. Alguns vão apenas por um sentido de obrigação ou convenção social, talvez imposta pelos pais na infância. Grande parte deles acabam por abandonar a Igreja por acharem uma coisa repetitiva, desconhecendo o verdadeiro conteúdo de uma Celebração da Eucaristia. Evangelizar também é ensinar o verdadeiro sentido dos sacramentos da Igreja e, portanto, aprenda você também a mostrar o sentido da Santa Missa aos seus parentes, familiares, amigos e vizinhos. Entenda que Deus realmente está presente na missa e fala diretamente conosco. É preciso tornar-se criança no sentido de inocência e humildade para participar bem e aproveitar todas as bençãos que provém dos céus durante a missa. Ao entrar na igreja deixe de lado seus problemas e preocupação com o mundo e se entregue totalmente nas mãos do Nosso Senhor.

Porque ir à Igreja? O individualismo não tem lugar no Evangelho, pois a Palavra de Deus nos ensina a viver fraternalmente. O próprio céu é visto como uma multidão em festa e não como indivíduos isolados. A Igreja é o povo de Deus. Com ela, Jesus fez a Nova e Eterna Aliança no seu Sangue. A palavra Igreja significa Assembléia. É um povo reunido na fé, no amor e na esperança pelo chamado de Jesus Cristo. LEMBREMOS: Quando Jesus partiu para o Pai, ele deixou os apóstolos para que continuasse a missão de Evangelizar, anunciar o Evangelho e batizara todos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (Mat. 28-1620). A Bíblia nos confirma que os Cristãos viviam e tinham tudo em comum porque Jesus estava presente na vida deles (Atos dos apóstolos 3.44).

Missa – sinal de unidade do católico A Missa foi sempre o centro da comunidade e o sinal da unidade, pois é celebrada por aqueles que receberam o mesmo batismo, vivem a mesma fé e se alimentam do mesmo Pão. Todos os fiéis formam um só "corpo". São Paulo disse aos cristãos: "Já não há judeu nem grego, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher, pois todos vós sois um só em Cristo Jesus" (Gl 3,28).

A participação nas missas Todos os católicos fieis, praticantes e comprometidos com o Reino de Deus devem participar das santa Missas. A pessoa humana é corpo e alma. Há nele uma unidade vital. Por isso ele age com a alma e com o corpo ao mesmo tempo. O seu olhar, as suas mãos, a sua palavra, o seu silêncio, o seu gesto, tudo é expressão de sua vida. Na Missa fazemos parte de uma Assembléia dos filhos de Deus, que tem como herança o Reino dos Céus. Por isso na Celebração Eucarística, não podemos ficar isolados, mudos, cada um no seu cantinho. A nossa fé, o nosso amor e os nossos sentimentos são manifestados através dos gestos, das palavras, do canto, da posição do corpo e também do silêncio. Tanto o canto como o gesto, ambos dão força à palavra. A Oração não diz respeito apenas à alma do homem, mas ao homem todo, que é também corpo. O corpo é a expressão viva da alma.

Significado dos gestos e posição dos fieis Meus irmãos, na santa Missa, o Cristão assume e deve ficar em vários momentos de diferentes maneiras, se comportando de acordo com o Rito da Liturgia, ou seja, com o Rito da Missa. Tudo isso se deve ao amor e ao respeito com que temos que nos apresentar diante de Nosso Senhor e diante de sua amada Igreja Católica

~ 103 ~

Apostólica Romana. Vamos ver agora alguns gestos que temos que ficar atentos, observar e se comportar com eles: a) Genuflexão: (ajoelhar-se): É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando entramos na

igreja e dela saímos, se ali existir o Sacrário. Quando entramos na Igreja, temos que cumprimentar o dono da casa que é o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, crianças, jovens e adultos, ao entrar na Igreja cumprimente em primeiro lugar a Jesus Cristo. Fale com ele, ore e diga porque você está vindo a Igreja.

b) Sentado: É uma posição cômoda, uma atitude de ficar à vontade para ouvir e meditar, sem pressa. Essa posição

ocorre principalmente quando se houve a 1ª e a 2ª leitura; quando o sacerdote faz a homilia, ou seja, comenta as leituras, o salmo e o Evangelho. Também podemos ficar sentados, no início das oferendas, oferecendo-se a Deus sua vida, sua família e os bens que Deus concede a cada um.

c) De pé: É uma posição de quem ouve com atenção e respeito. Indica a prontidão e disposição para obedecer. (Posição de orante). Ficamos de Pé no Ato Penitencial: Pedindo perdão a Deus: Quando nos oferecemos a Deus, especialmente nos cantos, antes de ouvir as leituras da Palavra de Deus, quando o sacerdote disse oremos. Nesse momento você se oferece no altar e põe seus pedidos à presença do senhor. De pé também ficamos quando o sacerdote dá a benção final sobre os fiéis.

d) De joelhos: Posição de Adoração a Deus diante do Santíssimo Sacramento e durante a consagração do pão e vinho. Esse momento é um momento de Adoração a Jesus Eucarístico, ou seja, na Consagração quando o Pão e O vinho se tornam Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Após o recebimento da Eucaristia, o Cristão é convidado a ficar de joelhos, agradecendo no silêncio do seu coração o alimento que recebeu, ou seja, o próprio Jesus.

e) Inclinados: Inclinar-se diante do Santíssimo Sacramento é sinal de adoração. A Inclinação da cabeça durante a missa pode ocorrer nos seguintes momentos: a) no início e durante o Ato Penitencial; b) durante a homilia e reflexão da Palavra de Deus, ocasião em que devemos estar atentos se o sacerdote aconselha que a cabeça seja inclinada; c) quando o sacerdote ora para que Deus nos livre de todos os males e também na oração pela paz.

f) Mãos levantadas: É atitude dos orantes. Significa súplica e entrega a Deus.

g) Mãos juntas: Significa recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica, confiança e entrega da vida. h) Silêncio: O silêncio ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. Fazer silêncio também é necessário para interiorizar e meditar, sem ele a Missa seria como chuva forte e rápida que não penetra na terra. O Silêncio absoluto na Ora de ouvir as leituras da Palavra de Deus. Quando o sacerdote na homilia solicita para que nós inclinemos a cabeça e olhar para si mesmo, ou seja, voltar-se ao coração. Silêncio após receber a Eucaristia. Nesse momento Jesus se comunica conosco. Embora nesse comente se cante o canto da comunhão, podemos optar também pelo silêncio interior. Tudo isso depende do interior de cada um.

Momentos litúrgicos A liturgia inclui dois elementos: o divino e o humano. Ela nos leva ao encontro pessoal com Deus, tendo como Mediador o próprio Cristo, que nascido de Maria, reúne em Si a Divindade e a Humanidade. Portanto, a Missa é mais do que um conjunto de orações: ela é a grande Oração do próprio Jesus, que assume todas as nossas orações individuais e coletivas para nos oferecer ao Pai, juntamente com Ele. O canto na Missa está a serviço do louvor de Deus e de nossa santificação. Não é apenas para embelezar a Missa, para nos ajudar a rezar. Cada canto deve estar em sintonia como momento litúrgico que se celebra. O canto penitencial deve nos ajudar a pedir perdão de coração arrependido; um canto de Ofertório deve nos ajudar a fazer a nossa entrega a Deus; um canto de Comunhão deve nos colocar em maior intimidade com Deus e expressar nossa adoração e ação de graças.

A expressão do Cristo Na missa, o sacerdote é a expressão verdadeira do próprio Cristo Nosso Senhor. O Concílio Vaticano II diz que o padre age "in persona Christ", isto é, em lugar da pessoa de Jesus. O padre é presbítero e profeta. Como sacerdote, administra os sacramentos, preside o culto divino e cuida da santificação da comunidade, como profeta, anuncia o Reino de Deus e denuncia as injustiças e tudo o que é contra o Reino; como presbítero, o padre administra e governa a Igreja.

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1) O que vêm a ser um Católico fiel? 2) Seus pais participam das missas todos os domingos? 3) Estou participando das festividades religiosas da Igreja Católica? 4) Porque preciso dar testemunho de minha fé? 5) Você, em breve, receberá o Sacramento da confirmação, o que fará com ele? 6) Como viver o Sacramento da Confirmação num mundo tão difícil?

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25º ENCONTRO | A IGREJA

DE JESUS

Introdução

Ao contrário do que vemos no dia a dia, onde as igrejas surgem da noite para o dia, em garagens de humildes casas e em muitas esquinas, a Igreja Católica não nasceu da inspiração de pessoa humana, mas do próprio Jesus. O desejo de Jesus foi se unir pela palavra, pela oração e pelos gestos de fé e ação entre os apóstolos e todos aqueles que quisessem segui-lo.

Igreja Católica A palavra católico vem do grego ´´catholikón´´, que quer dizer geral, universal, em sentido contrário a particular. Desde a sua origem a Igreja fundada por Jesus, sobre Pedro e os Apóstolos, é universal, católica. Foi este desejo do Senhor, quando enviou os seus apóstolos a todos os povos: Ide, pois e ensinai a todas as nações...(Mt 28,19). Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura(Mc 16,16). Cristo quem quis, desde a sua origem, que a Igreja fosse universal. Há quase trinta anos, anos Edir Macedo fundou a igreja Universal do Reino de Deus; como se ela já não existisse há 20 séculos! Nenhuma Instituição humana está presente em toda a face da terra como a Igreja católica. Na maioria dos países ela está presente, com o representante do Papa, o Núncio Apostólico, os Bispos, os sacerdotes, diáconos e fiéis. É a única Instituição que fala todas as línguas dos homens, como Jesus quis. A catolicidade da Igreja tem vários aspectos: 1. Geográfico e antropológico. É o aspecto externo, e que significa a abertura para todos os homens e mulheres de todos os tempos e lugares da terra. 2. Pessoal, ontológico. Significa que a Igreja é a depositária de toda a Verdade revelada pela Bíblia (escrita), e pela Tradição (oral); e recebeu de Cristo a plenitude dos meios da Salvação, como enfatizou o decreto do Concílio último sobre o Ecumenismo (UR, 3).

A universalidade da Igreja Católica Deus deu à sua Igreja um caráter universal porque quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (2Tm 2,1-5). Essa verdade que salva foi confiada à Igreja por Jesus, para ser levada a todos os homens. O Pai quis e quer o Cristo e a Igreja como sacramento universal da salvação. Cristo é o Salvador único de todos os homens e a Igreja é o Seu Corpo prolongado na humanidade, para salvá-la. São Pedro disse aos judeus: Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual devemos ser salvos (At 4,12). Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus (Col 1,19-20). A catolicidade (universalidade) da Igreja tem como conseqüências a tarefa missionária e o ecumenismo. Cristo mandou que a Igreja pregasse o Evangelho a todos os homens (Mt 28,18-20). Cada cristão é responsável por essa missão que é da Igreja toda (LG nº 17; AG nº 23).

Salvação por meio da Igreja Católica Através da Igreja, Cristo, Cabeça, leva a salvação a todos. Ele é a cabeça do corpo, da Igreja (Col 1,17). E sujeitou a seus pés todas as coisas, e o constituiu chefe supremo da Igreja, que é o seu corpo, o receptáculo daquele que enche todas as coisas sob todos os aspectos (Ef 1,23). Sabemos que o desígnio de Deus é recapitular todas as coisas em Cristo (Ef 1,10), restaurando e reunindo tudo sob a sua autoridade, para reconduzir o mundo a Si. Para cumprir esse desígnio a Igreja abraça todas as dimensões da pessoa humana: ciência, técnica, trabalho, cultura, a fim de santificá-las, impregnando-as com o Evangelho e com a vida de Cristo. Este é um outro aspecto da catolicidade da Igreja, que as seitas não possuem, por não estarem abertas a todos os legítimos valores humanos. Elas são fechadas sobre si mesmas e desprezam muitos desses valores.

[UMA VERDADE QUE MUITOS

REJEITAM: AMADOS IRMÃOS, A

IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA

ROMANA É A IGREJA DE NOSSO

SENHOR JESUS CRISTO, FUNDADA

PELO FILHO DE DEUS, NA PESSOA

DO APÓSTOLO PEDRO. A ESSA

IGREJA JESUS DEU PODER E

AUTORIDADE SOBRE OS INFERNOS

PARA SALVAR TODAS AS ALMAS

DISPOSTAS A VIVER O PLANO DE

AMOR DE DEUS. REFLITAMOS. ]

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A missão da Igreja Católica

A missão da Igreja é transformar a humanidade toda em Povo de Deus, Corpo do Senhor e Templo do Espírito Santo, para que em Cristo, Cabeça de todos, seja dada ao Pai e Criador do universo toda a honra e toda a glória (LG, 17).

O sinal dos Cristãos Católicos E o Papa faz um alerta importantíssimo sobre a necessidade dos cristãos, unidos, testemunharem ao mundo a Cruz redentora de Cristo: “A Cruz! A corrente anti-cristã propõe-se dissipar o seu valor, esvaziá-la do seu significado, negando que o homem possa encontrar nela as raízes da sua nova vida e alegando que a Cruz não consegue nutrir perspectivas nem esperanças: o homem ´´ dizem ´´ é um ser

meramente terreno, que deve viver como se Deus não existisse´´ (nº 1). A união dos cristãos é, portanto urgente e fundamental para o testemunho de Cristo ao mundo; no entanto, não pode ser obtida a qualquer preço, sacrificando o essencial.

A autoridade da Igreja Na Igreja Católica, a autoridade máxima é o Santo Pontífice, ou seja, o Papa. O papa é o sacerdote dos sacerdotes, ou seja, o servo dos servos de Deus.

Organização da Igreja Católica Estruturalmente, o catolicismo romano é uma das religiões mais centralizadas do mundo. O seu chefe, o Papa, governa-a desde a Cidade do Vaticano, um estado independente no centro de Roma, também conhecido na diplomacia internacional como a Santa Sé. O Papa é seleccionado por um grupo de elite de Cardeais, conhecidos como Príncipes da Igreja. Só o Papa pode seleccionar e nomear todos os clérigos da Igreja acima do nível e padre. Todos os membros da hierarquia respondem perante o Papa e a sua corte papal, chamada Cúria. Os Papas exercem o que é chamado Infalibilidade Papal, isto é, o direito de definir declarações definitivas de ensinamento Católico Romano em matérias de fé e moral. Na realidade, desde a sua declaração no Concílio do Vaticano I, em 1870, a infalibilidade papal só foi usada uma vez, pelo Papa Pio XII, nos anos 50.

A hierarquia da Igreja Católica O próprio Cristo é a fonte do ministério na Igreja. Instituiu-a, deu-lhe autoridade e missão, orientação e finalidade: Para apascentar e aumentar sempre o Povo de Deus, Cristo Senhor instituiu em sua Igreja uma variedade de ministérios que tendem ao bem de todo Corpo. Pois os ministros que são revestidos do sagrado poder servem a seus irmãos para que todos os que formam o Povo de Deus... cheguem à salvação. (Catecismo 874) “Como poderiam crer naquele que não ouviram? E como poderiam ouvir sem pregador? E como podem pregar se não forem enviados?” (Rm 10,14-15). Ninguém, nenhum indivíduo, nenhuma comunidade pode anunciar a si mesmo o Evangelho. “A fé vem da pregação” (Rm. 10,17). Ninguém pode dar a si mesmo o mandato e a missão de anunciar o Evangelho. O enviado do Senhor fala e age não por autoridade própria, mas em virtude da autoridade de Cristo; não como membro da comunidade, mas falando a ela em nome de Cristo. Ninguém pode conferir a si mesmo a graça; ela precisa ser dada e oferecida. Isto supõe ministros da graça autorizados e habilitados da parte de Cristo. Dele, os bispos e os presbíteros recebem a missão e a faculdade (o “poder sagrado”) de agir “na pessoa de Cristo-Cabeça”, os diáconos, a força de servir o Povo de Deus na “diaconia” da liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão como o bispo e seu presbitério. A tradição da Igreja chama de “sacramento” este ministério, pelo qual os enviados de Cristo fazem e dão, por dom de Deus, o que não podem fazer nem dar por si mesmos. O ministério da Igreja é conferido por um sacramento específico. (Catecismo 875)

A autoridade do papa A autoridade do Papa vem da crença de que ele é o sucessor directo de S. Pedro e, como tal, o Vigário de Cristo na Terra. A Igreja tem uma estrutura hierárquica de títulos que são, em ordem descendente: Papa, o bispo de Roma e também Patriarca do Ocidente. Os que o assistem e aconselham na liderança da igreja são os Cardeais;

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Patriarcas são chefes de algumas Igrejas Católicas Orientais sui juris. Alguns dos grandes arcebispos Católicos Latinos também são chamados Patriarcas; entre estes contam-se o Arcebispo de Lisboa e o Arcebispo de Veneza; Bispo (Arcebispo e Bispo Sufragário): são os sucessores directos dos doze apóstolos. Receberam o todo das ordens sacramentais; Padre (Monsenhor é um título honorário para um padre, que não dá quaisquer poderes sacramentais adicionais): inicialmente não havia Padres per se. Esta posição evoluiu a partir dos Bispos suburbanos que eram encarregados de distribuir os sacramentos mas não tinham jurisdição completa sobre os fiéis.

A Igreja é o Corpo de Cristo Desde o início, Jesus associou seus discípulos à sua vida (Mc. 1-16), revelou-lhes o Mistério do Reino (Mt. 13.10-17), deu-lhes participar de sua missão, de sua alegria e de seus sofrimetnos. Jesus fala de uma comunhão ainda mais íntima entre ele e os que o seguiam: “Permanecei em mim, como eu em vós... Eu sou a videira, e vós os ramos” (Jo.15.4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio corpo e o nosso: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo. 6,56) (Catecismo da Igreja 787).

Fora da Igreja Católica não há Salvação O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que nos torna presente em seu corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo que afirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituiçaõ necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar.(Catecismo da Igreja 846).

FALSAS RELIGIÕES

Introdução

Amados crismandos depois de passarmos tanto tempo juntos, precisamos cada vez mais abrir nossos corações para ao amor de Deus. Conforme disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, de modo que sem essa verdade, não há como se alcançar a plenitude da Salvação. Devemos lembrar que não há Salvação fora de Jesus e de sua Santa Doutrina, fundada na autoridade da Igreja Católica Apostólica Romana. Cristo é amor, mas esse amor não se vive por meio de divisões, discórdias e separações presentes em muitas denominações. A Igreja Católica Apostólica Romana viveu e ainda vive a muitas tribulações (dificuldades) durante esses mais de mais de 2.000 anos de sua fundação por Nosso Senhor Jesus Cristo na pessoa do apóstolo Pedro, mas foi a única que venceu e continuará a vencer as forças ocultas de satanás e de seus demônios. Caríssimos, temos a firme convicção de que Jesus fundou a sua Igreja e a sua sã doutrina na fé apostólica e que esta fé continua até os dias de hoje, sem exitar, sem vacilar.

O Católico deve permanecer firme da fé Não tenha medo de proclamar a sua fé, a sua fé católica, a sua fé enraizada em Jesus Cristo. Não se envergonhe de proclamar Jesus como o Senhor da sua vida, o seu Mestre, o seu Redentor e o seu Salvador, em fim, o seu Rei, pois disse Jesus: Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, na glória de seu Pai e dos santos anjos. Em verdade, vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não morrerão, até que vejão o Reino de Deus". (Lc. 9.26-27).

A sedução de falsos pastores Não vos deixei seduzir pelos falsos pastores, por aqueles que estão sedentos de riqueza, sedentos de almas, não para Deus, mas para levá-las a Satanás. Muitos estão munidos de falsas promessas, de curas a todo custo e a todo o preço. Este preço não é o Sangue de Jesus, pois o Senhor já derramou o seu sangue para nos salvar e garantir a Nova e Eterna Aliança.

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Sedução do mundo Disse Jesus a seus discípulos: “Cuidai que ninguém vos seduza. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu o Cristo. E seduzirão a muitos. Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. E Jesus ainda Disse: Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim. (Mat. 24.4-6).

Falsos cristos Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade de muito se esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo. (Mat. 24.11-13). Jesus solicita cautela: “Então, se alguém vos disser: eis aqui está o Cristo! Ou: Ei-lo acolá! não creias. Porque se levantar-se-ão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto de seduzir, se isto fosse possível, até mesmo os escolhidos. Eis que estais prevenidos. Se pois vos disserem: Vinde, ele está no deserto, não saiais. Porque, como o relâmpago parte do oriente e ilumina até o ocidente, assim será a volta do Filho do homem”.(Mt. 24.23-27).

O Católico deve dar testemunho de sua fé É chegada a hora e a vez de viver a fé, de convivê-la com os irmãos, de se proclamar libertos definitivamente do julgo do pecado, do julgo de satanás. Satanás quer escravizar, quer amarar, quer levar-nos para o inverno, ao contrário de Jesus que quer salvar, libertar, resgatar e levar para o Céu. Não há amados irmãos dois, três, quatros, cinco, seis ou mais caminhos para o Céu, mas um único caminho, que é Cristo Jesus, o Messias, a Boa Nova do Pai celestial. De acordo com a Bíblia Sagrada: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”. (Mc. 16-16).

Há um único caminho Crismandos, cuidado!!!. Jesus não disse que há vários caminhos, várias verdades, vários meios de preservar a vida, mas e tão somente: “Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jô. 14-6). A esse respeito, Moisés já solicita ao povo liberto do Egito para permanecer fieis a Deus, dizendo: “Tomo hoje por testemunhas o céu e a terra contra vós: ponho diante de ti a vida e a morte, a benção e a maldição. Escolhe, pois a vida, para que vivas com a tua posteridade, amando o senhor, teu Deus, obedecendo a sua voz e permanecendo unido a ele”.

A Igreja Católica – a verdadeira Igreja de Cristo Jesus manifestou o interesse de fundar a Igreja (Mt 16,18), Igreja esta que teria autoridade (Mt 18,17), cujo sinal de unidade seria a pessoa de Pedro (Mt 16,18-19; Jo 21,15-17; etc). A Igreja foi oficialmente fundada após a ressurreição de Jesus, no domingo de Pentecostes, com o derramamento do Espírito Santo (At 2). A Igreja cresceu em número, primeiro em Jerusalém, e foi se espalhando pelo mundo graças à pregação e cuidado dos apóstolos. É de conhecimento geral que, naquela época, Roma era a senhora do mundo, o mais vasto império que a humanidade já conheceu. Foram os próprios apóstolos que viram a necessidade do deslocamento do Cristianismo para o centro do império romano a fim de facilitar a pregação do Evangelho. É fato histórico que Pedro e Paulo foram perseguidos e martirizados em Roma. Clemente Romano, ainda no séc. I, nos testemunha esses martírios. Irineu de Lião apresenta, no séc. II, a lista dos sucessores de Pedro, até aquela data. A arqueologia, através de escavações, confirmou a morte de Pedro e Paulo em Roma ao encontrar seus respectivos túmulos. Ao estudarmos a doutrina da Igreja católica, percebemos que ela não se afastou um milímetro sequer desde a sua fundação, ou seja, a Igreja católica atual é a mesma de 2000 anos atrás.( http://www.bibliacatolica.com.br/). (Fonte: Agnus Dei)

Características da Igreja verdadeira Cristo fundou uma única Igreja e a Igreja Católica é esta verdadeira Igreja verdadeira, e ianda; ÚNICA IGREJA DE CRISTO: Cristo fundou uma única Igreja; Ele falou de um só rebanho e um só pastor. A verdadeira Igreja fundada por Cristo é UNA, SANTA,. CATÓLICA e APOSTÓLICA, como dizemos no Credo.

É UNA, porque tem um só pastor visível, o Papa, uma mesma fé e os mesmos sacramentos.

É SANTA, porque Santíssimo é seu fundador, Jesus Cristo, santa a sua Doutrina e santos os Meios para nos fazer santos (os sacramentos). Ainda mais, sempre existiram e sempre existirão santos na Igreja.

É CATÓLICA, que significa universal, porque chama a todos a seu seio e está estendida por toda a parte. Durará até o fim do mundo e em todos os lugares é a mesma: o mesmo Papa, o mesmo Credo, os mesmos Sacramentos.

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É APOSTÓLICA, porque está fundamentada (alicerçada) sobre os Apóstolos e ensina a doutrina que eles ensinaram. O Papa e os bispos são os legítimos sucessores de Pedro e dos demais Apóstolos. A Igreja de Jesus Cristo é hoje a Igreja Católica, porque só nela cumprem-se estas quatro propriedades e é a única que possui todos os meios de salvação que Cristo quis dar à sua Igreja. (Fonte: http://www.saojorgemartir.com.br/curso/catecismo18.php).

A VERDADEIRA MORADA DOS CIDADÃOS DOS CÉUS: Afirma São João, no (Livro do apocalipse 21.2-3). Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz de dizia: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e deus mesmo estará com ele. Exugará toda a lágrima de seus olhos e já não haverá morte, men luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição”.

OCIDADÃO DOS CÉUS ÉAQUELE QUE ADORA EM ESPÍRITO E VERDADE: Afirma o Evangelista João “Deus é espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade. (João 4.24).

A ARMA CONTRA AS FALSAS DOUTRINAS – A PALAVRA DO PAPA JOÃO PAULO II: Em 29/1/96, o Papa, referindo-se à necessidade de bem formar a consciência do povo cristão, pediu aos bispos: Formai-lhe a consciência reta, coerente e corajosa. Deixai-me desse modo insistir sobre a conveniência de valerem-se todos do Catecismo da Igreja Católica,´ significativo reflexo da natureza colegial do episcopado, decorridos três anos desde quando autorizei a sua publicação para uma correta interpretação destas e de outras verdades de nossa fé´. Todos esses apelos insistentes do Papa para que o Catecismo seja usado constantemente na evangelização, mostram a sua importância nesta hora difícil em que os católicos são tão ameaçados por tantas seitas e falsas religiões. O Catecismo é hoje o nosso escudo de proteção contra as ameaças das falsas doutrinas e dos erros de doutrina que, infelizmente, são apresentados até mesmo por sacerdotes da nossa Igreja, em desacordo com o ensinamento do Magistério da Igreja. Com o Catecismo acaba a ´achologia´ religiosa, o subjetivismo moral e o relativismo doutrinário, onde muitos querem fazer a religião e a moral a seu próprio modo, à revelia da autoridade da Igreja. Vamos todos evangelizar, mas como manda a Igreja, e não ´como eu quero´; isto seria irresponsabilidade e um desserviço prestado à Igreja. Vale a pena lembrar aqui porque nasceu este Catecismo aprovado em 1992 por João Paulo II.

As divisões da Igreja Católica Após a separação da Igreja Ortodoxa, foram necessários mais 500 anos, aproximadamente, para que nova divisão viesse abalar a Igreja do Ocidente. Também é fato histórico que na Igreja medieval ocorriam vários abusos, a grande maioria ocasionados pelo fato da ligação íntima entre Igreja e Estado; era o Estado que nomeava os bispos, sendo estes pouco preparados a nível religioso. Então era comum encontrarmos bispos que compravam determinada sede episcopal, que eram casados irregularmente, que eram impiedosos por falta de vocação religiosa, etc… Era necessária uma Reforma dentro da Igreja! Vários homens lutaram por essas reformas, cada qual a seu jeito. Francisco de Assis é um desses exemplos: lutou por reformas e conseguiu! Não precisou dividir a Igreja, pois reconhecia sua importâcia e autoridade. Mesmo assim, a Igreja ainda não estava totalmente reformada. Infelizmente, homens como Lutero e Calvino, ao invés de se inspirarem no grande exemplo de São Francisco, acharam mais fácil romper com a Igreja, fundando novas religiões… foi a chamada Reforma Protestante. Lendo a história de maneira completamente imparcial, vemos que, mais uma vez, a política se intrometia no campo religioso. Lutero, para impor suas doutrinas, aliou-se aos príncipes alemães descontentes com as boas relações entre o Imperador e o Papa. Calvino fez de Genebra um Estado cuja política era guiada por preceitos religiosos radicais, com visível orientação antipapal e anticatólica. Ao contrário de Lutero e Calvino, o rei Henrique VIII da Inglaterra estava preocupado em conseguir um descendente (filho) do sexo masculino para ser seu sucessor no trono; como Catarina de Aragão, sua esposa, não conseguia dar-lhe esse filho tão esperado e o Papa não consentisse o divórcio, obrigou ao clero inglês a reconhecê-lo como chefe supremo da igreja na Inglaterra. Observemos, portanto, como os argumentos religiosos são usados por todos, desde o princípio, como justificativa para implantação de idéias meramente políticas. Lutero havia afirmado que quem dirige o crente é o Espírito Santo, de forma que este não necessita da autoridade de Igreja para ajudá-lo a interpretar a Bíblia, única fonte de fé que deve ser considerada pelo cristão. Esse mesmo ponto de vista foi adotado por Calvino e por todo o mundo protestante. Mesmo sendo oposta à própria Bíblia (2Pd 3,15-16), a livre interpretação ocasionou a fragmentação do Cristianismo em mais de 20 mil ramos, o que é um absurdo, já que cada ramo se julga a verdadeira Igreja de Cristo, tendo como único ponto comum o anticatolicismo. Mas, não reconhecendo a autoridade de Igreja, mais uma vez se voltam contra a Bíblia, pois esta afirma que o fundamento e coluna da verdade é a Igreja (cf. 1Tm 3,15), logo, apesar de possuirem alguns pontos verdadeiros (que são iguais aos da Igreja Católica!!!), não são a verdadeira Igreja de Cristo. Vejamos a seguinte lista, organizada em ordem cronológica e incompleta, já que seria impossível listar as 20 mil igrejas cristãs hoje existentes:

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Pluralidade de religiões A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente existem milhares de seitas e religiões falsas, as quais pensam estar fazendo a vontade de Deus quando, na verdade, não estão. Há dez grandes religiões principais: Hinduísmo, Jainismo, Budismo e Siquismo (na índia); Confucionismo e Taoísmo (na China); Xintoísmo (no Japão), Judaísmo (na Palestina), Zoroastrismo (na Pérsia, atual Irã) e Islamismo (na Arábia). Nessa lista, alguns incluem o Cristianismo. Além disso, existem mais de dez mil seitas (ou subdivisões dessas religiões), estando seis mil localizadas na África, 1200 nos Estados Unidos e o restante em outros países. Para efeitos didáticos, o Instituto Cristão de Pesquisas classifica assim as seitas: a) Secretas: Maçonaria,Teosofia, Rosacrucianismo, Esoterismo, etc. - Pseudocristãs: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia, Ciência Cristã, A Família (Meninos de Deus), Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa, etc. b) Espiritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão, etc. - Afro-brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Voduísmo, Cultura Racional, Santo Daime, etc. c) Orientais: Seicho-No-Iê, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare Krishna, Meditação Transcendental, Igreja da Unificação (Moonismo), Perfeita Liberdade, etc. d) Unicitas: Voz da Verdade, Igreja Local,

Estudemos algumas religiões, seitas e crendices.

O espiritismo É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita. “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo). O que revela o espiritismo: Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida. Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento. Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.

Advertência às práticas espirituais Não podemos acreditar na falsa promessa do espiritismo, pois segundo as sagradas escrituras: “Como está determinado que os homens morrem uma só vez, e logo em seguida vem o juízo, assim Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação àqueles que o esperam. os cristãos são cidadãos dos céus”. (Hb. 9.27). E ainda o Evangelista João, em sua Primeira Carta afirma: "Caríssimos, não dei fé a qualquer espírito,mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo (J. 4.1).

Bruxaria A bruxaria é prática contrária a palavra de Deus. de acordo com o livro do Apocalipse de São João: Fora os cães, os envenenadores, os impudicos, os homicidas, os idolatras e todos aqueles que amam e praticam a mentira!. (Ap. 22.15).

Adivinhação A Bíblia Sagrada, desde os tempos de Moisés, já vedava a prática das bruxarias, afirmando: “!Não praticareis a adivinhação, nem a magia. Não cortareis o cabelo em redondo, nem rapareis a barba pelos lados. Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor”. (Lv. 19. 26-28). Afirma ainda o Deuteronômio: quando tiverdes entrado na Terra que o Senhor, teu deus, te dá não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no mei de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, em quem se dê a adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, a magia, ao espiritismo, a adivinhação ou a invocação dos mortos, porque o Senhor teu Deus, abomina aqueles que se dão essas práticas, e é por causa dessas abominações que o senhor teu Deus, expulsa diante de ti essas nações. (Deut. 19.912).

Espiritismo A bíblia também veda a consulta aos espíritos mortos: “Não vos dirijais aos espíritos nem as advindos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus”. ( Lv. 1931).

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Feitiçaria e magia Já no antigo testamento, Deus era contra a prática da magia e da feitiçaria. Segundo as Sagradas Escrituras: "O rei ordenou em seguida ao sumo sacerdote Hilquias, aos sacerdotes da segunda ordem, e aos porteiros, que jogassem fora do templo do Senhor todos os objetos fabricados para o culto de baal, de asserá e de todo o exército dos céus; fê-los queimar fora de Jerusalém, nos campos do Cedron, e mandou levar as suas cinzas para Betel”. (II Reis 23. 4).

Nova era O movimento da Nova Era (do inglês New Age) possui muitas subdivisões, sendo geralmente uma fusão de ensinos metafísicos de influência oriental, de linhas teológicas, de crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas, com uma proposta de um novo modelo de consciência moral, psicológica e social além de integração e simbiose com o meio envolvente, a Natureza e até o Cosmos. VISÃO TEOLÓGICA: É uma teologia ou uma "filosofia de vida" de bem-estar, tolerância universal. A Nova Era pretende realizar o que seu nome indica: “derramamento de água” ou “era de aquários” sobre o mundo, para simbolizar a vinda de um novo “espírito” ou “nova mentalidade”. Esta “nova mentalidade” provocará nos seres humanos uma expressão (ou "despertar") de consciência. Para auxiliar neste processo, algumas psicotécnicas também podem ser empregadas, tais como: Tarô, Yoga, Meditação, Mapa Astral, Gurus, Esoterismo, novas culturas, orações, jogo de Búzios, pirâmides, cristais, numerologia, Gnose, Acupuntura, Pacifismo, Rebieth, Channellins, Sincretismo, busca interior, livros de autoajuda, magia, predição, novo pensamento etc. e esta iluminação deverá possibilitar uma vida com menos dificuldades e menos problemas. A "Nova Era" não é vista por seus seguidores como uma religião propriamente dita, mas apresenta propostas de vida religiosa. Não é um movimento filosófico propriamente dito - pois não parte de construções racionais para justificar suas proposições -, mas tenta dar respostas (ditas) filosóficas a questões existenciais. Não é uma ciência, mas busca alicerçar-se em leis científicas (ou pseudocientíficas).

No âmbito religioso No âmbito religioso misturam também princípios filosóficos e místicos. Alguns instrumentos usados para esses fins são as pirâmides, filosofias orientais, energias cósmicas, cristais energéticos, amuletos, pensamentos positivos, esoterismo (cabala, horóscopo, mantra, mapa astral, Yoga, relaxamento, “ecologia”, aura em harmonia com o corpo, Yin Yang). Acredita-se que a humanidade, assim como todas as coisas, são UM (estão em unidade) com o Cosmos (ou "Deus"). Você mesmo assume-se como parte de Deus. O CULTO: O oculto, o misterioso, o esoterismo, a astrologia, destino, medicina alternativa com filosofias, estrelas influenciando as nossas atitudes, livros de auto-ajuda... Tudo isso faz parte da Nova Era. Esse movimento se sustenta em 4 pilares (Subestrutura científica, O uso de “doutrinas” das religiões orientais, Nova Psicologia e Astrologia). Dentro do prisma da "Nova Era" está a uniformização, principalmente a do sistema econômico, as “leis” da globalização, como percebemos em nossos dias, estão envolvidas nesse processo.

A Igreja Universal do Reino de Deus A Igreja Universal do Reino de Deus foi fundada por um homem comum, pecador.. Igreja Universal do Reino de Deus (conhecida pela sua sigla, IURD) é uma igreja cristã evangélica neopentecostal, com sede no Rio de Janeiro - no Templo da Glória do Novo Israel, localizada no bairro carioca de Del Castilho. Fundada no dia 9 de julho de 1977, por Edir Macedo, a Igreja Universal do Reino de Deus se tornou o primeiro e maior grupo neopentecostal do Brasil e está presente em quase 200 países, segundo a instituição, sendo mais disseminada nos países de língua portuguesa.

Edir Macedo e a teologia da prosperidade A “Teologia da Prosperidade”, propagada hoje no Brasil por alguns segmentos religiosos dos ditos “evangélicos”, tem ressaltado que seguir a Jesus é automaticamente candidatar-se a uma vida de sucesso financeiro, de projeção social e quase imunidade a qualquer tipo de sofrimento. Afirmam que, ao abraçar a fé, as pessoas serão poupadas das dificuldades, terão suas dívidas saldadas, seus problemas familiares se resolverão imediatamente, dentre outros. Na verdade, até mais do que isto, segundo tal proposta, todo cristão tem o direito de reivindicar e até exigir de Deus a satisfação de seus desejos pessoais. E tal projeção não corresponde ao ideal cristão, pois Deus, segundo o Cristianismo, dá a Graça a todos e cabe à Criatura ser fiel ao seu Criador e não vice-versa. Deus ama a sua criatura, mas não tem “obrigação” de realizar quaisquer pedidos dos homens. Para argumentar sua distinta doutrina, eles interpretam alguns textos bíblicos como Gênesis 17.7, Marcos 11.23-24 e Lucas 11.9-10, pois os que são verdadeiramente fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação na área financeira, na saúde, etc. Tal modo de interpretação traz alguns questionamentos.

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Advertência à teologia da prosperidade Essa teologia afirma que Deus concede riqueza e bens materiais a quem Lhe é fiel e paga o Dízimo com generosidade; mas esta concepção está mal fundamentada. Todos os católicos devem dar a sua contribuição material à Igreja para que ela possa prover suas necessidades materiais; isto é ensinado pelo Catecismo da Igreja Católica (CIC) no nº2043: §2043 – "Os fiéis cristãos têm ainda a obrigação de atender, cada um segundo as suas capacidades, às necessidades materiais da Igreja. O quinto mandamento [da Igreja] ("Ajudar a Igreja em suas necessidades") recorda aos fiéis que devem ir ao encontro da necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222)". (http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/juberto/10.htm).

Testemunhas de Geová As Testemunhas de Jeová (TJs) constituem um grupo religioso derivado do Adventismo protestante. Seu fundador, CharIes Russell, em 1874 predizia para 19t4 a vinda de Cristo acompanhado dos patriarcas Abraão Isaque, Jacó e dos profetas da fé... Como nada ocorreu naquele ano os sucessivos presidentes da Sociedade Torre de Vigia (Testemunhas de Jeová) foram adiando a data da segunda vinda de Jesus; a última foi o ano de 1975, no qual também nada se verificou do predito. Atualmente abstém-se de "profecias" em tal sentido. Em síntese: A Bíblia das Testemunhas de Jeová, dita "Tradução do Novo Mundo", apresenta distorções do texto sagrado devidas à intenção, dos tradutores, de adaptar o texto bíblico às concepções religiosas das Testemunhas. Verifica-se também certa oscilação na maneira de verter.

Congregação Cristã no Brasil O fundador da Congregação Cristã do Brasil é o italiano Luigi Francescon, filiado ,à colônia italiana de Chicago (EUA). Ele passou por uma trajetória religiosa muito oscilante: foi, primeiramente, membro de um grupo valdense (semi -calvinista), que se tornou presbiteriano propriamente dito; depois se fez batista; após nove anos de confissão batista, entrou no pentecostalismo. Sempre fora dirigente de comunidades, de modo que se pôs a organizar grupos pentecostais entre os colonos italianos dos Estados Unidos; estes enviaram pregadores para a Itália.Em 1909 e 1910, Francescon viajou para a Argentina e o Brasil. Em 1910, estabeleceu sua modalidade pentecostal entre os imigrantes italianos de Santo Antônio da Platina (PR). O grupo foi crescendo e se difundiu cm diversas regiões do país. Dizem que, antes de regressar aos Estados Unidos, Francescon teve a intuição profética de que sua obra se expandiria rapidamente no Brasil. (http://www.cleofas.com.br/).

A igreja do evangelho quadrangular A Igreja do Evangelho Quadrangular ou Cruzada Nacional de Evangelização tem por fundadora a canadense Aimée Semple McPherson, que passou da denominação batista para a pentecostal. Tinha o dom da oratória, que atraía grande número de pessoas ao pentecostalismo. Certa noite, quando pregava a respeito da visão de Ezequiel (1,5-42), teve uma intuição: os quatro animais representariam quatro títulos de Jesus Cristo; sim, o homem significaria o Salvador; o leão, o Batizador; o vitelo, o Médico; e a águia, o Rei que voltará. Aimée exclamou então: "Este é um momento de alta inspiração... É o Evangelho Quadrangular!"(http://www.cleofas.com.br).A nova denominação foi trazida ao Brasil por Harold Williams e Raymond Boatright em 1951; começaram a pregar em São João da Boa Vista (SP), e finalmente se estabeleceram na capital do Estado em 1954, tendo atraído para si grande número de adeptos, provenientes das várias denominações protestantes. A Igreja do Evangelho Quadrangular pertence ao esquema dos reavivamentos pentecostais protestantes. O declínio do entusiasmo inicial de uma comunidade provoca o descontentamento de alguns de seus membros, que resolvem fazer o reavivamento respectivo. Também a Cruzada Nacional de Evangelização é urna réplica à perda de fervor de uma denominação matriz. Mas, por sua vez, ela entrou na condição de declínio, que provocou a formação de uma dissidência "mais fervorosa e viva", que foi a Igreja de Cristo Jesus. O fundador desta assim justifica a sua dissidência em 1958. ( http://www.cleofas.com.br).

A igreja católica brasileira A Igreja Católica Apostólica Brasileira foi fundada por D. Caros Duarte Costa, Bispo titular de Maura, em 1945. Carece de sistema doutrinário sólido e de praxe pastoral bem definida, de modo que se ramificou a ponto de se falar de "Igrejas Católicas Brasileiras". Faz questão de manter as aparências de Igreja Católica -o que muito confunde os fieis. A celebração dos sacramentos na Igreja Brasileira não é reconhecida pela Igreja Católica, pois é confusa e sujeita a improvisações. (http://www.cleofas.com.br). A Igreja Católica Apostólica Brasileira ou "Igrejas Católicas Apostólicas Brasileiras" (ICAB), tem lançado confusão no público, pois pretendem guardar a aparência de Igreja Católica e facilitam a praxe religiosa dos seus seguidores. - Daí a conveniência de uma análise precisa do fenômeno.

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A igreja internacional da graça É uma Igreja evangélica neopentecostal fundada pelo Missionário Romildo Ribeiro Soares (conhecido como Missionário R.R. Soares) em 1980, na Rua Lauro Neiva, no Município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Romildo fundou a sua própria denominação logo após se separar de seu cunhado, o então pastor Edir Macedo (hoje bispo). Atualmente, possui um programa televisivo denominado Show da Fé, que é transmitido em horário nobre na Rede Bandeirantes e nas tardes e madrugadas da RedeTV!.

A igreja mundial do poder de Deus É uma igreja neopentencostal, fundada por Valdomiro Santiago de Oliveira.Valdomiro santiago é um pastor evangélico. Durante quase 20 anos, era integrante da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Em 1997, desligou-se da Universal após problemas com a liderança, Alguns dias depois fundou a Igreja Mundial do Poder de Deus, que absorveu parte dos membros da IURD, e hoje conta com mais de 1400 templos espalhados pelo Brasil, sendo a sua maioria no Estado de São Paulo.

A Associação vitória em Cristo Associação Vitória em Cristo (Avec), que faz parte do Ministério Silas Malafaia, tem por missão divulgar as verdades das Sagradas Escrituras, através do programa televisivo Vitória em Cristo, cruzadas e congressos, enfatizando que o homem só encontra salvação em Cristo Jesus. Seu líder é o pastor Silas Malafaia que é um pastor protestante pentecostal brasileiro. É o líder da igreja Assembleia de Deus-Vitória em Cristo e um famoso televangelista, também graduado em Psicologia.Silas Malafaia é presidente da editora Central Gospel. É também vice-presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB), entidade que agrega cerca de 8.500 pastores de quase todas as denominações evangélicas brasileiras.

Igreja apóstólica renascer em Cristo A Igreja Apostólica Renascer em Cristo é uma denominação protestante neopentecostal fundada em São Paulo, em 1986, por Estevam Hernandes e Sônia Hernandes. A Igreja Renascer possui uma rede de TV, uma gravadora, rede de rádio, uma editora e uma linha de confecções; no Brasil há cerca de 600 templos e mais de dois milhões de seguidores.[1][2] A Renascer é a segunda maior denominação neopentecostal brasileira. Classificada como neopentecostal, a igreja utiliza a designação "Apostólica" por acreditar na existência da figura do apóstolo como um cargo eclesiástico válido na actualidade. Fundou a CIEAB (Confederação das Igrejas Evangélicas Apostólicas do Brasil), entidade que congrega as igrejas que aceitam essa doutrina. A cada início de ano, durante o culto da virada, o apóstolo Estevam anuncia a palavra profética que servirá como base das ministrações e bênçãos daquele ano que se inicia: 1997: Ano das Portas Abertas; 1998: Ano da Porção Dobrada; 1999: Ano da Grande Pesca; 2000: Ano da Ressurreição; 2001: Ano da Restituição; 2002: Ano da Promessa; 2003: Ano de José; 2004: Ano de Neemias; 2005: Ano de Josué; 2006: Ano de Isaque; 2007: Ano de Elias; 2008: Ano de Ester; 2009: Ano de Davi; 2010: Ano de Pedro; 2011: Ano de Abraão.

A Igreja Deus é amor A Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA), é uma da denominação evangélica brasileira originária do final da primeira onda do Pentecostalismo. Foi fundada em 1962 pelo missionário David Martins Miranda, com sede na cidade de São Paulo, SP - Brasil. A sua membresia foi estimada em 774.830[1] (conforme Censo 2000 feito pelo IBGE), atualmente conta com mais de 17.584 igrejas espalhadas pelo Brasil e mais 136 países,[2] sendo assim a quinta maior igreja em número de membros do ramo pentecostal no Brasil ficando atrás da Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Igreja Universal do Reino de Deus e Igreja do Evangelho Quadrangular, ficando em nono lugar entre as igrejas Protestantes Brasileiras.

A igreja messiânica Johrei Meishu-Sama, fundador da Igreja Messiânica Mundial, nasceu em 1881 no Japão. Aos 45 anos de idade (em 1926), recebeu uma "maravilhosa revelação" que o impeliu a fundar uma nova sociedade religiosa. A "revelação" mostrou a Meishu-Sama as causas das misérias humanas no plano físico: devem-se a males espirituais ou a manchas existentes dentro do homem. Em conseqüência, diz o mestre, Deus está para renovar o mundo, enviando a divina luz, que transformará a velha era da noite em nova era do dia. A Meishu-Sama caberia propagar a divina luz. A transformação do mundo, dizem, há de se fazer mediante um cataclismo, que será o maior de toda a história da humanidade. Mas, "depois da grande purificação do mundo inteiro, uma era de luz e júbilo substituirá a era das trevas e da miséria... Todos os males e erros causados pela ignorância das divinas leis serão corrigidos" (palavras do fundador). Meishu-Sama se sentiu, portanto, chamado a contribuir para realizar o mundo ideal marcado por verdade, virtude e beleza, das quais decorrerá saúde, prosperidade e paz para todos os homens.

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Esse mundo será a concretização do paraíso na terra, concebido por Deus desde os primórdios da criação, mas ainda não efetivado até os nossos dias. O fundador passou o resto da vida a propagar a sua mensagem; formou discípulos e escreveu livros e artigos. Até 1950 a sua organização se chamava "Nippon Kannon Kydan" (Igreja Kannon do Japão); foi-lhe, então, trocado o nome para "Sekai Kyusei-Kyo" (Igreja Messiânica Mundial). Quando Meishu-Sama faleceu, sua esposa continuou a obra como nome de "Nidai-Sama", vice-líder espiritual. Atualmente, o movimento está espalhado pelos Estados Unidos, pelas ilhas Havaí, pelo Brasil.Um dos traços principais da mensagem da nova corrente é o chamado "Johrei". Johrei: o que é? Todo ser humano, pelo fato de ser sujeito a erros, traz máculas em seu corpo espiritual. Visto que tais manchas são espirituais, elas só podem ser removidas pelo poder de Deus. Esse poder purificador de Deus, Meishu-Sama o experimentou e apregoou ao mundo: é a luz divina, que vem ao homem sob a forma de Johrei.( http://www.cleofas.com.br).

A igreja metodista A Igreja Metodista é a principal expoente do metodismo, religião de fé cristã protestante, presente na maioria dos países lusófonos. O metodismo é de origem anglo-americana, organizado pelo reverendo inglês John Wesley que enfatizou o estudo metódico da Bíblia, e busca a relação pessoal entre o indivíduo e Deus. Iniciou-se com a adesão de egressos da Igreja Anglicana e da Presbiteriana, bem como de dissidentes da Igreja Episcopal Americana. Com a divisão causada nos Estados Unidos durante a Guerra Civil, a Igreja Metodista Episcopal também se dividiu, no sul, foi criada a a Igreja Metodista Episcopal do Sul e no Norte, os metodistas continuaram com o mesmo nome de antes da guerra. Junius Estaham Newman, foi o primeiro pastor a se fixar permanentemente no Brasil. "J. E. Newman, recomendado para a Junta de Missões para trabalhar na América Central ou Brasil": essa foi a nomeação que ele recebeu em 1866, na Conferência Anual. Após ter servido durante a Guerra Civil Americana, como capelão às tropas do Sul, observou que muitos metodistas do Sul emigraram para as Américas do Sul e Central e acompanhou-os. A Guerra deixou endividada a Junta, sem possibilidade de enviar obreiros para qualquer local. Newman financiou sua própria vinda ao Brasil, com suas modestas economias. Chegou ao Rio de Janeiro, Niterói, em Agosto de 1867, mas fixou residência em Saltinho, cidade próxima a Santa Bárbara d'Oeste, província de São Paulo. Desde 1869, pregou aos colonos, mas, dois anos mais tarde, no terceiro domingo de Agosto, organizou o "Circuito de Santa Bárbara". O primeiro salão de culto – antes era uma venda – foi uma pequena casa, coberta de sapé e de chão batido. Newman trabalhava com os colonos norte-americanos e pregava em inglês. Um dos motivos da demora de Newman em organizar uma paróquia metodista, é que ele pregava, principalmente para metodistas, batistas, presbiterianos e a todos que desejassem ouvir sua mensagem, pensando ser mais sábio unir os "ouvintes" em uma única igreja, sem placa denominacional. Mas depois, todas as denominações organizaram-se em igrejas, de acordo com sua origem eclesiástica nos EUA. Newman insistiu, através de suas cartas, para que os metodistas norte-americanos abrissem uma missão em nosso país. Em 1876, a Junta de Missões da Igreja Metodista Episcopal Sul, despertada através da publicação das cartas nos jornais metodistas nos EUA, enviou seu primeiro obreiro oficial: Rev. John James Ranson. Dedicou-se ao aprendizado do português para proclamar as boas novas aos brasileiros, sendo o responsável pela criação da primeira publicação metodista no Brasil, o Methodista Catholico. O movimento pela autonomiada igreja metodista no brasil começou por volta de 1910. Diversas manifestações surgiram entre a liderança clerical e leiga, que buscavam um episcopado mais próximo do país, anteriormente os Bispos eram americanos e residiam fora do Brasil, uma constituição própria, regularização dos salários, anteriormente em dólares, e uma igreja mais nacional. A Igreja Metodista tornou-se independente da Igreja Americana em 2 de Setembro de 1930, em São Paulo, na Igreja Metodista Central de São Paulo, onde a Comissão Constituinte se encontrou em nove sessões, e onde a Constituição promulgada foi entregue às mãos de Guaracy Silveira. Elegeu-se o primeiro bispo da Igreja, chamado Willian Tarboux, que era americano. O primeiro bispo brasileiro metodista foi César Dacorso Filho, eleito em 1934.

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1) A quem Jesus conferiu a sua Igreja? 2) Quais foram as funções que Jesus Cristo conferiu aos Apóstolos antes

de sua Assunção aos Céus? 3) Você crer que a Igreja Católica foi a Igreja fundada por

Nosso Senhor Jesus Cristo? 4) Qual a importância do papa, bispos, cardeais e sacerdotes na Igreja Católica? 5) Jovem, você ama a Igreja Católica, apostólica Romana? 6) Para você, o que vem a ser a missa? 7) Você gosta de participar das missas? 8) Você comunga em todas as missas? 9) Você crer que o sacerdote quando celebra a missa está na pessoa de Cristo? 10) Porque que tem católicos que deixa a preciosidade da missa e vão para certas denominações para se reunir?

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26º ENCONTRO | DIGA NÃO AS

DROGAS

Introdução

É preciso evitá-las e não se envolver com elas. Nos dias atuais, mais do que nunca, precisamos ficar atentos para evitar que as drogas entrem em nossas vidas, porque uma vez entrando, elas provocam muito sofrimento na pessoa que passa a usar, e também, em suas famílias, gerando ódio, ira, discórdias, brigas intrigas, e muitas vezes também, os seus usuários acabam se envolvendo com delitos, isto é, provocam crimes, como furtos, roubos, para com a venda de objetos roubados, obter dinheiro para a compra de drogas e sustentar o vício.

Evite as drogas Para evitar que as drogas invadam nossas vidas, as crianças, os jovens e adultos devem ficar cada vez mais perto dos pais, dos verdadeiros amigos, ouvindo seus pais e, sobretudo, obedecer.

Ouvir os verdadeiros amigos Meus amigos precisamos ouvir nossos pais, avós, professores, amigos e não se envolver com as drogas. As drogas estão a solta, não escolhem o rico ou o pobre, não diferencia esta ou aquela pessoa. As drogas atingem a todos e fazem suas vítimas. O verdadeiro amigo não é o traficante. O traficante é um “espertalhão de plantão”. O verdadeiro amigo é o Senhor Jesus que nos ama e que deu sua vida por nós. Somente quem more por nós é verdadeiramente digno de nossa amizade. Foi isso o que ocorreu com Jesus. Ele sempre nos quer bem e continua a dar sua vida por nós, ao contrário do traficante, pois este deseja nos tirar a vida nos oferecendo as drogas. Diga não as drogas e sim a Eucaristia.

O traficante O traficante é aquela pessoa que quer ti enganar. Ele vem com propostas de que é teu amigo. De que vai te ajudar, de que vai para a balada contigo, para se divertir e lá ele te engana, fazendo propostas do primeiro trago no cigarro de maconha, no cheiro cocaína. Você não percebe, mas logo depois você já estará sentindo sensações horríveis, é o efeito da droga que já começa escravizar aquele que começa a usar.

Desconfiar sempre Jovens e adultos desconfiem sempre, não aceitem nenhuma proposta de pessoas que se dizem seus amigos. Elas vêm com aquela conversa de que se você não aceitar, você está sendo um careta, um ultrapassado. No fim, elas não querem nada de você, se não o seu dinheiro para manter a venda ilegal desses produtos, que no fim só irá lhe escravizar e você será uma presa fácil deles. E no fim, todos sofrerão com o vício adquirido.

Estude um pouco sobre as drogas Droga é qualquer substância que, quando introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais funções. Ex: comprimidos para emagrecer (anfetamina) ou para dormir (tranqüilizante), maconha, cocaína, crack, álcool ou cigarro comum. O QUE É DEPENDÊNCIA; DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA é a situação em que há sentimento de insatisfação e um impulso psíquico que "pede" a droga; sem ela, há sensação de desconforto. DEPENDÊNCIA FÍSICA, consiste na adaptação fisiológica do corpo à droga, caso a mesma não seja ministrada, surgirá a "síndrome de abstinência" que são cãimbras, vômitos, tremores, pânico, calafrios, insônia e suores, sendo provocada geralmente pelo ópio e seus derivados, principalmente morfina e heroína. O desconforto físico é muito grande. O QUE É OVERDOSE: É a intoxicação por substâncias tóxicas em quantidade maior à que o organismo pôde suportar. A overdose pode levar à morte por parada cardíaca ou respiratória. É bom lembrar que "VENCEDOR NÃO USA DROGAS".

[UMA DECISÃO SÁBIA:

CARÍSSIMOS JOVENS E ADULTOS,

VIVEMOS NUM TEMPO MUITO

DIFÍCIL. EM TODOS OS LUGARES

POR ONDE ANDAMOS, AS

DROGAS ESTÃO PRESENTES.

CONTRA AS DROGAS, JESUS

OFERECE UM SANTO REMÉRIO: O

SEU CORPO E SANGUE PARA

CURAR, RENOVAR, RESTAURAR,

REVIGORAR, FORTALECER,

ANIMAR E DAR VIDA EM

ABUNDÂNCIA. SEJAM PRUDENTES,

OPTEM PELO CORPO DE CRISTO.]

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Conversando com os pais Os pais devem ser os primeiros a falar sobre drogas com os filhos; para isso, devem estar atualizados sobre o assunto. Já existem crianças com 8 ou 9 anos usando drogas, portanto, quanto mais cedo iniciar a prevenção é melhor. Os pais não devem ter receio de comentar com os jovens, os possíveis prazeres que as drogas podem causar, porém, com segurança, devem destacar os prejuízos orgânicos e psicológicos provocados pelas drogas, inclusive pelo cigarro e o álcool. Devem enfatizar que nem tudo que causa prazer é saudável. Dialogar sem drama, com naturalidade, confiança e autoridade; isto vai ajudar o jovem na formação do conceito negativo sobre a droga. Os filhos precisam de amor, compreensão, carinho, diálogo e limites. Os pais são os modelos dos filhos em palavras e atitudes. Frases como: "você é um inútil", "você não faz nada certo", "estou cansado de você", "assim você não será ninguém na vida", podem destruir qualquer pessoa. Fortaleça o amor próprio do jovem, pois assim ele terá muito mais força para resistir à pressão dos amigos e, com personalidade, não aceitar a droga.

Tipos de drogas a) Tabagismo: O tabaco é uma planta (Nicotina tabacum) da qual é extraída uma substância chamada nicotina.

A fumaça do cigarro contém muitas substâncias tóxicas ao organismo, entre elas a nicotina, monóxido de carbono, alcatrão e mais uma centena de produtos nocivos à saúde. Quando o fumante dá uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões, chegando ao cérebro, geralmente em 9 segundos. Alguns fumantes quando suspendem repentinamente o consumo de cigarros, podem sentir algumas sensações desagradáveis como irritabilidade, agitação, dificuldade de concentração, insônia ou dor de cabeça. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência, que desaparece em uma ou duas semanas. O cigarro é o maior causador de câncer do pulmão. Pode produzir também bronquite crônica, enfisema pulmonar, doenças do coração como a angina do peito e o enfarte, úlceras do estômago, câncer da língua, da faringe, do esôfago, da bexiga e derrame cerebral.

b) álcool: Alcoólatra é aquele que não consegue evitar o primeiro gole, não pára no segundo e perde o controle diante da garrafa. O alcoólatra não aceita ser ajudado e, quando alguém lhe propõe tratamento, torna-se hostil. A dependência do álcool atinge 5 a 10% da população brasileira. O alcoólatra vai necessitar cada vez mais de maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos do início do uso.

Pastoral da sobriedade A Igreja do Brasil também assumiu um papel pioneiro nesta luta em defesa da vida e contra as drogas, ao propor e aprovar, na 36ª Assembléia Geral, em abril de 1998, a criação da Pastoral da Sobriedade. Logo em seguida, foi escolhido o lema da Campanha da Fraternidade para 2001, “Vida sim, drogas não!” O objetivo da Campanha da Fraternidade de 2001 visa sobretudo “mobilizar a comunidade eclesial e a sociedade brasileira para que enfrente corajosamente o grave e complexo problema das drogas que vem arruinando milhares de vidas e afetando profundamente a paz social”. Para que isto se realize de forma permanente, a CF 2001 oferece uma boa oportunidade para que as comunidades organizem a Pastoral da Sobriedade, engajando agentes de pastoral na ajuda aos mais fracos, para que redescubram o gosto pela vida, o profundo significado da liberdade, do amor como base da própria existência e para a prática da partilha, pois, o que se economiza na sobriedade, pertence ao mais necessitado. (Texto base, 207). A Palavra de Jesus promove a vida, as drogas promovem a morte: Disse Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”(João 10, 10). 1) O que as drogas causam em nossas vidas? 2) Você conhece alguém que usa drogas? 3) Como agir numa situação de dependência num membro da família? 4) Qual o remédio para combater as drogas? 5) Qual a diferença da Eucaristia para as drogas?

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ANEXO I | QUARESMA

1. O que quer dizer Quaresma? A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecede a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.10 Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais. Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.

2. Qual o significado destes 40 dias? Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar

PRINCIPAIS FATOS OCORRIDOS NA SEMANA SANTA

QUINTA-FEIRA SANTA

Instituição da Eucaristia

Instituição do Sacerdócio

Oração de Jesus no Horto das Oliveiras

Prisão de Jesus “Jesus Cristo deu-se a si mesmo como presente para nós. Ele gosta das pessoas. Foi por isso que ELE morreu e ressuscitou. Mas antes de voltar junto ao Pai, reuniu-se com os apóstolos e lhes deixou a Eucaristia, onde ELE mesmo se doou aos apóstolos e a todos os homens de todos os tempos.” (Mc 14, 12-26)

SEXTA-FEIRA SANTA

Condenação e morte de Jesus

Sepultamento de Jesus “Com sua morte na cruz, Jesus nos obteve o perdão dos nossos pecados.” (Jo 19, 25-27)

SÁBADO SANTO No Sábado Santo Jesus permanece no Sepulcro

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO Alegremo-nos! Jesus RESSUSCITOU! A morte não tem mais poder sobre a VIDA! Jesus é VIDA NOVA! O sepulcro vazio nos afirma que também nós ressuscitaremos. Nós cremos na RESSURREIÇÃO! Com Jesus nós também queremos ser crianças novas. Cada vez que eu fizer um ato de amor a Páscoa estará acontecendo dentro de mim.

10

Matriz Nossa Senhora Auxiliadora

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ANEXO II | TEMPOS LITÚRGICOS

É PÁSCOA sempre que

PERDOAMOS, AJUDAMOS, ACOLHEMOS, ORIENTAMOS, SOMOS BONS, SOMOS ALEGRES, SOMOS AMIGOS LEAIS DE CRISTO. VIVA JESUS O VENCEDOR DA MORTE !! Os tempos litúrgicos são as divisões existentes no Ano Litúrgico da Igreja Católica. Estes tempos existem em toda a Igreja Católica, apenas há algumas diferenças entre os vários ritos. Os tempos constantes abaixo são referentes ao rito romano.

Advento O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal. O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos. Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.

Tempo do Natal Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da aparição divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.

Tempo da Quaresma Quaresma, palavra que vem do latim quadragésima, é o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa. O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o "Aleluia", nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o "Glória a Deus nas alturas", para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa. A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica marcam para preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus. A Igreja Católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.

Tríduo Pascal O Tríduo Pascal é um conjunto de três dias celebrado no Cristianismo (católico romano), composto pela Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Vigília Pascal, véspera do Domingo da Ressurreição ou Domingo de Páscoa. Este último dia já não faz parte do Tríduo Pascal. O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos. Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de "Ação ou Ato Litúrgico". Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado.Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.

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Tempo Pascal A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna. O tempo pascal é o mais forte de todo o ano, inaugurado na Vigília Pascal e celebrado durante sete semanas até Pentecostes. É a Páscoa (passagem) de Cristo, do Senhor, que passou da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a páscoa também da Igreja, seu Corpo, que é introduzida na Vida Nova de seu Senhor por meio do Espírito que Cristo lhe deu no dia do primeiro Pentecostes. A origem desta cinquentena remonta-se às origens do Ano litúrgico.

Tempo Comum Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio. É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo. Não se podem contrapor os chamados "tempos fortes" ao Tempo Comum, como se este tempo fosse um tempo fraco ou inferior. É o tecido concreto da vida normal do cristão, fora das festas, e pode ver-se nele a comemoração da presença de Cristo na vida quotidiana e nos momentos simples da vida dos cristãos. Duas fontes são importantes para a espiritualidade e força do Tempo Comum: Os Domingos e os tempos fortes. O Tempo Comum pode ser vivido como prolongamento do respectivo tempo forte. Vejamos: a primeira parte do Tempo Comum, iniciada após a Epifania e o Batismo de Jesus, constitui tempo de crescimento da vida nascida no Natal e manifestada na Epifania. Esta vida para crescer e manifestar-se em plenitude e produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo que age no Batismo do Senhor. A partir daqui Jesus começa a exercer seu poder messiânico. Também a Igreja: fecundada pelo Espírito ela produz frutos de boas obras; No Tempo Comum temos algo semelhante ao recomeçar por volta do 9º Domingo, imediatamente depois de Pentecostes: a vida renasce na Páscoa e desenvolve-se através do Tempo Comum, depois de fecundado pelo Espírito em Pentecostes. A força do Mistério Pascal é vivida pela Igreja através dos Domingos durante o ano que amadurece os frutos de boas obras, preparando a vinda do Senhor. O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.

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ANEXO III | SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI Origem Sacra da Solenidade

A Festa de Corpus Christi é a celebração em que solenemente a Igreja Católica comemora a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia;

sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Propriamente é a Quinta-feira Santa o dia da instituição, mas a lembrança da Paixão e Morte do Salvador não permite uma celebração festiva. Por isso, é na Festa de Corpus Christi que os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo. A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na Diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia.

Aconteceu, porém, que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia São Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”. Em 11 de agosto de 1264 o Papa emitiu a bula "Transiturus de mundo", onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. Em 1290 foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas, chamada de "Lírio das Catedrais". Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. A celebração normalmente tem início com a missa, seguida pela procissão pelas ruas da cidade, que se encerra com a bênção do Santíssimo. A Festa de Corpus Christi reconhece, anuncia e proclama a palavra vida de Jesus, quando na Santa Ceia, Quinta Feira Santa, antes de sua morte, proferiu as seguintes palavras: “TOMAI TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS”: “TOMAI TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA A REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM” (Lucas. 22-14-20) Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo. Tudo isto tem muito sentido e deve ser preservado. Fonte: www.cancaonova.com Autor: Professor Felipe Aquino - [email protected] Catecismo da igreja Católica Colaboração: Francisco José Carvalho

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ANEXO IV | FESTA DE NOSSA SENHORA DE

APARECIDA

Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma: a história registrada pelos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757, cujos documentos se encontram no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.

Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.

O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde. Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus. Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente, em vez de peixes, apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço. Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. A partir daquele momento, os três pescadores apanharam tantos peixes que se viram forçados a retornar ao porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar as embarcações. Este foi o primeiro milagre atribuído à imagem.

Início da devoção Durante os quinze anos seguintes a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da

vizinhança se reuniam para orar.[8][10] A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram

alcançadas por aqueles que oravam diante da santa. A fama de seus supostos poderes foi se espalhando por todas

as regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de

repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram

somente os pescadores os que vinham rezar, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família

construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo tornou-se pequeno para abrigar tantos fiéis.

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ANEXO V | FESTA DE SÃO JUDAS TADEU

História de São Judas Tadeu11 São Judas Tadeu, foi um dos apóstolos escolhidos por Jesus Cristo. Nascido na Cidade de Caná da Galiléia, na Região da Palestina. Seu pai era Alfeu, também conhecido por Cleofas e sua mãe era Maria de Cleofas. Alfeu, pai de São Judas Tadeu era irmão de José, pai de Jesus e sua mãe, Maria de Cleofas, era prima-irmã de Maria Santíssima. Nessa linha genealógica, podemos afirmar que Judas Tadeu era primo-irmão de Jesus, tanto pela parte de pai como pela parte de mãe. Devemos compreender que Judas Tadeu teve por irmão Tiago, um dos apóstolos escolhidos por Jesus, a quem foi chamado de Tiago Menor, para diferenciar do outro Tiago, que por ser o primeiro e mais velho, era chamado de Maior. Temos certo que Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Com apoio nos textos bíblicos, sabe-se que sua vida era muito próxima do Senhor, tanto que no início das pregações de Jesus, quando o Senhor foi rejeitado em sua própria terra, o povo pergunta uns aos outros: “Não é ele o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão”? (Mac. 6.3).

São Judas Tadeu na santa ceia Extrai-se da Bíblia Sagrada uma das palavras mais belas da Santa Ceia, quando Judas Tadeu pergunta a Jesus: “Senhor, como se explica que tu te manifestará a nós e não ao mundo? Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós veremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou”.(João. 14.22-24).

Vida apostólica de São Judas Tadeu Como apóstolo de Jesus, São Judas Tadeu foi enviado para pregar a Boa Nova. Por isso ele é representado com um livro na mão, lembrando o Evangelho que ele anunciou e a carta que escreveu, sob a inspiração do Espírito Santo. Pelo fato de ter sido morto a golpes de machado, geralmente ele é representado, segurando na mão esquerda, uma machadinha.12 Ele evangelizou na Mesopotâmia, Palestina, Síria e na Arábia. É localizado na Armênia nos anos de 43 a 66, onde se juntou a quatro outros Apóstolos do Oriente.13 Em sua carta apostólica escreve: “Vós, porém, caríssimos, edificai-vos sobre o fundamento da vossa santíssima fé e orai, no Espírito Santo, de modo que vos mantenhais no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna”.14

História do Santuário São Judas Tadeu O Santuário São Judas Tadeu iniciou suas atividades na década de 60 (1960) como Comunidade Nossa Senhora de Fátima, na época pertencente à Paróquia São José, integrante do Setor Interlagos, na Diocese de Santo Amaro, Cidade da Capital de São Paulo - Brasil. O crescimento desta Comunidade fez com que em 23 de agosto de 1996, o Bispo da Diocese de Santo Amaro, Dom Fernando Antônio Figueiredo a transformasse em Paróquia. No ano de 2002, o padre José Pereira de Lima, após ouvido o Conselho Pastoral Paroquial decidiu ampliar as dependências físicas do antigo prédio, aproveitando-se a área do terreno, por meio da construção de um salão, e ao mesmo templo, ampliando-se a igreja.

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Texto base construído a partir dos textos bíblicos e do devocionário de São Judas Tadeu. 12Devocionário e Novena de São Judas Tadeu. Edições Loyola, São Paulo, 2003, p.07. 13http://www.sca.org.br/biografias/SaoJudasTadeu.pdf. Avesso dia 08/10/2007, às 14:52. 14Novo Testamento. Epístola de São Judas Tadeu. Edições Loyola - CNBB - 1997- p. 464.