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  • 5/21/2018 Apostila Contabilidade Avan ada-Encarte I(1).pdf

    Encarte I

    UNIVERSIDADE CATLICA DE GOISPR-REITORIA DE GRADUAODEPARTAMENTO DE CINCIAS CONTBEIS

    Material Didtico

    ContabilidadeAvanada

    noes preliminares

    demonstraes contbeis

    mtodo da equivalncia patrimonial

    consolidao de demonstraes contbeis

    correo monetria integral

    provises e reservas

    exerccios de fixao

    Prof. Paulo Henrique Alves Parreira

    Goinia, Fevereiro de 2008Material Didtico Elaborada pelo Professor Orismar Parreira Costa

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    Material Didtico de Contabilidade Avanada

    Paulo Henrique Alves Parreira

    1NDICE

    APRESENTAO .................................................................................................................................................................................2I NOES PRELIMINARES...............................................................................................................................................................3

    1. Introduo ....................................................................................................................................................................................33. Objetivos ......................................................................................................................................................................................32. Tcnicas contbeis ......................................................................................................................................................................4

    II ESTUDO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS ..........................................................................................................................51. Demonstraes obrigatrias para todas as empresas ...............................................................................................................5

    2. Demonstraes obrigatrias para determinadas empresas .....................................................................................................193. Outras demonstraes de carter gerencial .............................................................................................................................224. Outras consideraes importantes sobre as demonstraes contbeis ..................................................................................265. Outras consideraes importantes sobre as sociedades por aes ........................................................................................29

    III INVESTIMENTOS TEMPORRIOS E PERMANENTES..............................................................................................................331. Tipos de investimentos............................................................................................................................................................332. Contabilizao de investimentos temporrios .........................................................................................................................343. Principais motivos que justificam investimentos permanentes em outras empresas..............................................................35

    IV AVALIAO DE INVESTIMENTOS PERMANENTES.................................................................................................................361. Mtodo de Custo de Aquisio MCA....................................................................................................................................362. Mtodo da Equivalncia Patrimonial MEP............................................................................................................................363. Demonstrao dos efeitos dos mtodos MCA e MEP.............................................................................................................364. Contabilizao das operaes bsicas de participaes permanentes em outras empresas ................................................37

    V MTODO DA EQUIVALNCIA PATRIMONIAL ............................................................................................................................36

    1. Algumas definies..................................................................................................................................................................382. Determinao do valor dos investimentos relevantes em outras empresas ...........................................................................413. Tcnica de elaborao ............................................................................................................................................................454. Contabilizao do resultado da equivalncia patrimonial........................................................................................................455. Contabilizao no MEP de alguns tipos de variaes no investimento e no PL da coligada ou controlada...........................456. Variao na porcentagem de participao ..............................................................................................................................467. Patrimnio lquido das investidas ............................................................................................................................................478. Companhias no exterior...........................................................................................................................................................479. Resultados no realizados de operaes intercompanhias ....................................................................................................4710. Eliminao de resultados no realizados de operaes intercompanhias ............................................................................4912. gio e desgio na aquisio de participao societria ........................................................................................................4913. Amortizao do gio e desgio .............................................................................................................................................51

    VI CONSOLIDAO DE DEMONSTRAES CONTBEIS ...........................................................................................................521. Conceito...................................................................................................................................................................................52

    2. Aplicabilidade...........................................................................................................................................................................523. Tcnicas de consolidao .......................................................................................................................................................534. Eliminaes de saldos e transaes .......................................................................................................................................535. Participaes minoritrias em controladas..............................................................................................................................636. Impostos na consolidao .......................................................................................................................................................657. Outros ajustes na consolidao...............................................................................................................................................688. Forma de evidenciao da consolidao ................................................................................................................................69

    VII ATUALIZAO MONETRIA......................................................................................................................................................701. Objetivo....................................................................................................................................................................................702. Tipos e caractersticas.............................................................................................................................................................70

    VIII CORREO MONETRIA INTEGRAL ......................................................................................................................................731. Conceito e importncia............................................................................................................................................................732. Faculdade de adoo da sistemtica ......................................................................................................................................733. Outras razes para adoo da sistemtica .............................................................................................................................74

    4. Outros aspectos legais e contbeis.........................................................................................................................................755. Metodologia da sistemtica .....................................................................................................................................................756. Exemplo simplificado da sistemtica .......................................................................................................................................77

    IX PROVISES E RESERVAS.........................................................................................................................................................811. Distino entre provises e reservas .....................................................................................................................................812. Alguns tipos de provises ......................................................................................................................................................823. Classificao das reservas.....................................................................................................................................................84

    X EXERCCIOS DE FIXAO..........................................................................................................................................................85BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................................................................112

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    Paulo Henrique Alves Parreira

    2

    APRESENTAO

    Acreditando que o material possa se constituir em relevante recurso didtico no desenvolvimentodo contedo programtico da disciplina Contabilidade Avanada, procurou-se contemplar os principais tpicosdesta rea contbil, destacando-se: um aprofundamento no estudo das demonstraes contbeis; os ajustesessenciais dessas demonstraes (avaliao de investimentos permanentes, provises e outras formas dedestinao de resultado, e consolidao de demonstraes contbeis, entre outros), para melhor refletir a realsituao do patrimnio e adequar-se s normas internacionais de contabilidade; alm da resoluo de vriosexerccios fixao.

    Goinia, Agosto de 2007.

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    3I NOES PRELIMINARES

    1. INTRODUO

    O processo ensino-aprendizagem inerente disciplina Contabilidade Avanada enseja o estudo,a pesquisa e o debate acerca de alguns conhecimentos considerados complexos e estratgicos no contextodessa importante cincia social, que a Contabilidade.

    Pode-se sintetiz-la ou ement-la como sendo o estudo dos ajustes e tcnicas de elaboraodas demonstraes contbeis no contexto dos conhecimentos especficos da Contabilidade Superior, assimconsiderados em funo do nvel de complexidade e aprofundamento que a sua adoo exige dosprofissionais envolvidos.

    Destacam-se como temas principais da Contabilidade Avanada:Investimentos temporrios e permanentes;Avaliao de investimentos pelo mtodo da equivalncia patrimonial;Consolidao de demonstraes contbeis;Reavaliao de ativos;Provises e reservas;Transaes entre partes relacionadas;Concentrao e extino de sociedades (fuso, incorporao, ciso, etc);Operaes entre matriz e filiais.

    Para melhor caracterizar a importncia do assunto em discusso no mbito educacional eempresarial, busca-se a ajuda dos ilustres professores e consultores Jos Hernandez Perez Junior e LusMartins de Oliveira, que em seu livro intitulado Contabilidade Avanada: Teoria e Prtica, publicado pelaEditora Atlas, destacam que "... apesar do extraordinrio avano experimentado pela Contabilidade no Brasilnas ltimas dcadas, principalmente aps a promulgao da Lei n 6.404/76 (Lei das Sociedades por Aes),ainda h muito trabalho pela frente, no sentido de fazer com que a Contabilidade praticada atualmente entrens alcance o padro vigente nas economias mais desenvolvidas e, como uma das conseqncias naturais,os profissionais e acadmicos desta Cincia no Brasil alcancem o mesmo elevado "status" desfrutadoprincipalmente pelos colegas americanos e ingleses e de outras naes do primeiro mundo".

    Perez Junior e Oliveira continuam, afirmando que "... o processo de globalizao dos mercadosexige, cada vez mais, padres contbeis internacionais para atender as exigncias feitas para a captao derecursos externos por parte das empresas locais e para melhor entendimento das demonstraes contbeispor parte dos investidores estrangeiros".

    Para eles, "... a economia brasileira, principalmente com a estabilidade econmica propiciadapelo Plano Real, vem recebendo volumes expressivos de capitais do exterior, onde diversas multinacionaisdirigiram grandes parcelas de capital para o Brasil, ampliando suas subsidirias ou adquirindo empresas jconstitudas, alm do fluxo de capital diretamente aportado no Brasil pelos investidores estrangeiros".

    Ainda, segundo os citados autores, "... so exatamente esses, os principais fatores que fazemcom que cresa entre os contabilistas a necessidade da harmonizao dos procedimentos contbeis e donvel de divulgao feito pelas empresas de capital aberto. Tais fatores, de fato, implicam que estudantes,

    contadores, auditores, professores e demais envolvidos com a Contabilidade necessitem cada vez mais detreinamento mais rigorosos e, conseqentemente, material bibliogrfico adaptado aos desafios dos temposmodernos".

    2. OBJETIVOS

    Consoante a exigncia de carter tcnico-acadmico, o objetivo principal da disciplinaContabilidade Avanada a capacitao do aluno para a execuo de procedimentos de ajustes eelaborao de demonstraes contbeis de natureza especfica, mediante a aplicao dos conhecimentosavanados no contexto das tcnicas contbeis da escriturao e da demonstrao, de modo a que ele sejacapaz de pesquisar, analisar, debater e compreender, dentre aqueles j relacionados na introduo, osseguintes procedimentos contbeis:

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    4A utilizao do mtodo da equivalncia patrimonial para avaliao de investimentos

    permanentes da empresa em coligadas e controladas;A constituio de provises e outras formas de destinao de resultados, como as reservas

    de lucros;A elaborao de demonstraes contbeis consolidadas de grupos de empresas, como

    instrumento gerencial e informativo;A elaborao de demonstrao contbil em moeda de poder aquisitivo constante (correo

    monetria integral CMI).

    Para desenvolver os contedos programticos, se prope a abordagem dos temas sob variadosaspectos, tais como: conceitos, tipos, mtodos, tcnicas, dispositivos legais (envolvendo normas e incidnciastributrias), estudos de casos, resoluo de exerccios e outros procedimentos, visando a construo de umaconscincia crtica e tcnica das pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem relativo aos temaspropostos.

    3. TCNICAS CONTBEISSabendo-se que a Contabilidade uma cincia e que a mesma conceituada e estudada de

    forma abstrata, constata-se que a sua materializao ou concretizao se d atravs de suas tcnicas, quaissejam:

    Escriturao Contbil, que a tcnica contbil exercida com a finalidade de efetuar o

    registro, atravs do lanamento, dos fenmenos ou fatos que afetam o patrimnio de uma entidade. Saliente-se que estes fenmenos para se constiturem em objeto da escriturao devem ser passveis de valoraomonetria;

    Demonstrao Contbil, tambm chamada de evidenciao, a tcnica que se encarregade informar aos usurios da informao contbil a situao do patrimnio e suas mutaes. Atravs dedemonstraes e outros relatrios, as pessoas que mantm relao de interesse com a entidade, soprovidas com as informaes contbeis indispensveis ao processo decisrio;

    Auditoria Contbil, que constitui-se num conjunto de procedimentos tcnicos exercidos como objetivo de emitir parecer sobre a adequao das demonstraes contbeis, buscando a confirmao daveracidade das informaes sobre a posio patrimonial e financeira e sobre o resultado das operaes erecursos de uma entidade;

    Anlise Contbil, a tcnica que permite, atravs da utilizao de instrumentos diversos, a

    decomposio, a comparao e a interpretao das demonstraes contbeis ou gerenciais e suasextenses, com vistas a avaliar o desempenho e as tendncias da entidade, para atender determinadoobjetivo.

    Resumindo:

    TCNICAS

    CONTBEIS

    ESCRITURAO CONTBIL

    Registra os fatos contbeis produzidos pelo patrimnio

    DEMONSTRA O CONTBIL

    Elabora relatrios contbeis sobre o patrimnio

    AUDITORIA CONT BIL

    Verifica a ex resso de verdade dos relatrios contbeis

    ANLISE CONTBIL

    Decompe, compara e interpreta os relatrios contbeis

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    5II ESTUDO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS

    1. DEMONSTRAES OBRIGATRIAS PARA TODAS AS EMPRESAS

    Segundo a NBC T-31, as demonstraes contbeis so aquelas extradas dos livros, registros edocumentos que compem o sistema contbil de qualquer tipo de Entidade, devendo na sua elaborao seremobservados os Princpios Fundamentais de Contabilidade (PFC) aprovados pelo Conselho Federal deContabilidade (CFC).

    A atribuio e responsabilidade tcnica do sistema contbil da Entidade cabem, exclusivamente, acontabilista registrado no CRC2.

    As demonstraes contbeis devem especificar sua natureza, a data e/ou o perodo e a Entidadea que se referem, cujo grau de revelao deve propiciar o suficiente entendimento do que cumpre demonstrar,inclusive com o uso de notas explicativas, que, entretanto, no podem substituir o que intrnseco sdemonstraes.

    De conformidade com o art. 176 da Lei n 6.404, de 15.12.1976 (DOU de 17.12.1976), e outrosdispositivos legais emanados dos rgos encarregados da normatizao dos procedimentos contbeis, asempresas esto sujeitas elaborao e publicao (para as sociedades por aes) das seguintesdemonstraes contbeis:

    Balano Patrimonial (BP);

    Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE);

    Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA);

    Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR).NOTA: por fora do 6 do art. 176 da citada lei (com nova redao dada pelo art. 1 da Lei n 9.457, de 05.05.1997

    DOU de 06.05.1997), a companhia fechada, e as demais empresas, com patrimnio lquido, na data dobalano, no superior a R$ 1.000.000,00 (um milho de reais), no ser obrigada elaborao e publicaoda demonstrao das origens e aplicaes de recursos (DOAR).

    1.1. BALANO PATRIMONIAL

    Segundo o novo conceito emanado da NBC T-3, o balano patrimonial a demonstrao contbildestinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, o Patrimnio e o Patrimnio

    Lquido da entidade3

    .Assim, esta demonstrao contbil representa graficamente a esttica patrimonial, evidenciando

    claramente os elementos patrimoniais. Pode-se comparar o balano patrimonial como uma fotografia (esttica)do patrimnio de uma entidade em determinado momento.

    O balano patrimonial constitudo pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimnio Lquido, sendo:

    Ativo- compreende as aplicaes de recursos representadas por bens e direitos;

    Passivo - compreende as origens de recursos representados pelas obrigaes para comterceiros;

    Patrimnio Lquido - compreende os recursos prprios da Entidade e seu valor a diferenaentre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo menos Passivo). Portanto, o valor do Patrimnio Lquido podeser positivo, nulo ou negativo. Quando o valor do Patrimnio Lquido for negativo, este tambm denominado de

    "Passivo a Descoberto".Na situao em que o patrimnio lquido for negativo, este deve ser demonstrado aps o ativo,

    sendo o seu valor final denominado de Passivo a Descoberto.

    1.1.1. CRITRIOS DE CLASSIFICAO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

    1A NBC T-3 a Norma Brasileira de Contabilidade que dispe sobre conceito, contedo, estrutura e nomenclatura dasdemonstraes contbeis, a qual foi aprovada pela Resoluo CFC n 686, de 14/12/1990, do Conselho Federal deContabilidade (CFC).2CRC - Conselho Regional de Contabilidade, rgo pertencente ao sistema CFC, responsvel pelo registro e fiscalizao dosprofissionais de contabilidade.3Esta nova conceituao foi introduzida pela Resoluo CFC n 847, de 16/06/1999, que alterou a citada Resoluo CFC n686/90.

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    6Os elementos patrimoniais, de conformidade com a Lei n 6.404/76, so classificados no

    Balano Patrimonial da seguinte forma:

    1.1.1.1. CLASSIFICAO DOS ELEMENTOS DO ATIVO

    No Ativo as contas sero dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementosnelas registrados, nos seguintes grupos e subgrupos:

    A) ATIVO CIRCULANTE

    Disponibilidades, as contas representativas dos recursos financeiros disponveis daempresa. Exemplos:

    Caixa; Bancos c/Movimento; Aplicaes de Liquidez Imediata.

    Realizvel a Curto Prazo, as contas representativas dos direitos e bens realizveis at ofinal do exerccio social subseqente ao do encerramento do balano ou de conformidade com o ciclooperacional da empresa. Exemplos:

    Duplicatas a Receber; Duplicatas Descontadas (credora); Proviso para Devedores Duvidosos (credora); Ttulos a Receber; Estoques.

    Despesas do Exerccio Seguinte, as contas que representem aplicaes de recursos emdespesas do exerccio seguinte (despesas antecipadas). Exemplos:

    Aluguis Antecipados; Seguros a Apropriar; Encargos Financeiros a Apropriar.

    B) ATIVO REALIZVEL A LONGO PRAZO

    As contas representativas de bens e direitos realizveis aps o final do exerccio socialseguinte ao do encerramento do balano ou de acordo com o ciclo operacional da empresa. Exemplos:

    Imveis Destinados Venda; Caues Contratuais a Longo Prazo.

    As contas representativas de bens e direitos oriundos de negcios no usuais realizados comcoligadas, controladas, proprietrios, scios, acionistas e diretores, independentemente do vencimento ou prazode realizao. Exemplos:

    Emprstimos a Scios; Emprstimos Empresas do Grupo.

    C) ATIVO PERMANENTE

    ATENO!!!

    A diviso do grupo patrimonial Ativo Circulante retrodescrita (subgrupos Disponibilidades, Realizvel a CurtoPrazo e Despesas do Exerccio Seguinte) est em consonncia com as disposies da Lei n 6.404/76,porm a Norma Brasileira de Contabilidade Tcnica n 3 (NBC-T-3), do Conselho Federal de Contabilidade(CFC), prev a diviso do Ativo Circulante nos seguintes subgrupos:

    Disponvel; Crditos; Estoques; Despesas Antecipadas; Outros Valores e Bens.

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    7 Investimentos, as contas representativas de direitos por participaes permanentes em

    outras sociedades e os bens e direitos de qualquer natureza, no classificveis no Ativo Circulante, e que no sedestinem manuteno das atividades da empresa. Exemplos:

    Aes de Outras Empresas; Provises para Perdas (credora); Obras de Arte; Imveis no de Uso ou de Renda.

    Imobilizado, as contas representativas dos bens e direitos que sejam destinados manuteno das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrialou comercial. Exemplos:

    Imveis; Instalaes; Mveis e Utenslios; Veculos; Marcas e Patentes; Jazidas de Minrios; Plantaes; Semoventes;

    Depreciaes, Amortizaes e Exaustes Acumuladas (credoras). Diferido, as contas representativas dos gastos ou aplicaes de recursos em despesas que

    beneficiaro a empresa por mais de um exerccio social, ou seja, contribuiro para a formao do resultado devrios exerccios. Exemplos:

    Gastos Pr-Operacionais; Gastos com Organizao e Expanso; Despesas com Desenvolvimento de Novos Produtos; Benfeitorias em Imveis de Terceiros; Juros Pagos ou Devidos aos Proprietrios antes do Incio das Atividades da Empresa; Amortizaes Acumuladas (credoras).

    1.1.1.2. CLASSIFICAO DOS ELEMENTOS DO PASSIVO

    No Passivo as contas sero dispostas em ordem decrescente de grau de exigibilidade doselementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

    A) PASSIVO CIRCULANTE

    As contas representativas das obrigaes da empresa, inclusive financiamentos paraaquisio de Ativo Permanente, que tenham prazos de vencimentos at o final do exerccio social subseqenteao de encerramento do balano ou de acordo com o ciclo operacional da empresa. Exemplos:

    Fornecedores; Encargos Sociais a Recolher; Impostos a Recolher; Ttulos a Pagar; Emprstimos e Financiamentos Bancrios.

    B) PASSIVO EXIGVEL A LONGO PRAZO

    As contas representativas das obrigaes da empresa com vencimentos aps o trmino doexerccio social seguinte ao do encerramento do balano ou conforme o ciclo operacional da empresa.Exemplos:

    Impostos a Recolher; Ttulos a Pagar; Emprstimos e Financiamentos em Moeda Nacional ou Estrangeira.

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    8C) RESULTADOS DE EXERCCIOS FUTUROS

    As contas representativas das receitas de exerccios futuros, diminudas dos custos oudespesas a elas correspondentes.

    As principais caractersticas deste grupo de contas so: a inexigibilidade para com terceiros (mesmo que haja desfazimento do negcio no h

    obrigatoriedade de devoluo da importncia recebida); ser considerada como receita de exerccios futuros em funo dos princpios contbeis

    da Realizao da Receita e do Regime de Competncia de Exerccios. Exemplos:Aluguis Recebidos Antecipadamente;Comisses Recebidas Antecipadamente;Custos ou Despesas Correspondentes s Receitas (devedoras).

    NOTA: por fora do Regulamento do Imposto de Renda, as empresas que exploram atividades deincorporao e venda de imveis devem enquadrar neste grupo os recebimentos antecipados erespectivos custos.

    D) PATRIMNIO LQUIDO

    As contas representativas dos seguintes valores: dos investimentos dos proprietrios na empresa; das reservas oriundas de lucros obtidos pela empresa;

    das reservas provenientes de reavaliao de ativos.

    As contas pertencentes ao Patrimnio Lquido sero distribudas nos seguintes subgrupos: Capital Social, as contas representativas do valor do capital subscrito e da parcela ainda

    no integralizada ou realizada. Exemplos:Capital Social;Capital Social a Realizar ou Integralizar (devedora).

    Reservas de Capital, as contas que representam valores recebidas que no transitarampelo seu resultado como receitas e outros. Exemplos:gio na Emisso de Aes;Produto da Alienao de Partes Beneficirias;Produto da Alienao de Bnus de Subscrio;

    Prmios na Emisso de Debntures;Doaes e Subvenes para Investimentos; Incentivos Fiscais.

    Reservas de Reavaliao, as contas representativas das contra partidas de aumentos devalor atribudos a elementos do Ativo em virtude de novas avaliaes, com base emlaudo tcnico. Exemplos:Reavaliao de Imveis;Reavaliao de Imveis Prprios;Reavaliao de Imveis de Controladas;

    Reavaliao de Recursos Naturais;Reavaliao de Participaes Societrias.

    Reservas de Lucros, as contas que representam lucros obtidos pela empresa e retidoscom finalidade especfica. Essa reteno pode se dar por imposio legal, pordeterminao estatutria ou por propsitos aprovados pelos proprietrios da empresa.Exemplos:Reserva Legal;Reservas Estatutrias;Reserva para Aumento de Capital;Reserva para Resgate de Debntures;Reserva para Resgate de Partes Beneficirias;Reserva para Amortizao de Aes;

    Reservas para Contingncias;Reservas para Expanso ou Planos para InvestimentosReservas de Lucros a Realizar;Reservas para Dividendos Obrigatrios.

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    9 Lucros ou Prejuzos Acumulados, as contas representativas de resultados obtidos,

    porm retidos sem finalidade especfica (quando lucros), ou espera de absoro futura(quando prejuzos). Assim, os lucros ou prejuzos do exerccio so transferidos paraconta Lucros ou Prejuzos Acumulados e l permanecem at se tomar deciso sobre adestinao do lucro ou amortizao do prejuzo. Exemplos:Lucros Acumulados;Prejuzos Acumulados (opcional).

    1.1.2. CRITRIOS DE AVALIAO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

    Consoante a Lei n 6.404/76, no Balano Patrimonial os elementos sero avaliados mediante osseguintes critrios:

    1.1.2.1. AVALIAO DOS ELEMENTOS DO ATIVO

    A entidade avaliar seus bens e direitos:

    Os direitos e ttulos de crdito, e quaisquer valores mobilirios no classificados comoinvestimentos, pelo custo de aquisio ou pelo valor do mercado, se este for menor, devendo ser excludos os jprescritos e feitas as provises necessrias para ajust-lo ao valor provvel de realizao, facultado o aumentodo custo de aquisio, at o limite do valor do mercado, para registro de correo monetria, variao cambialou juros acrescidos;

    Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comrcio da companhia, assimcomo matrias-primas, produtos em fabricao e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisio ou produo,deduzido de proviso para ajust-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

    Os investimentos em participao no capital social de outras sociedades, ressalvadas ahiptese de avaliao pelo mtodo da Equivalncia Patrimonial (art. 248 da Lei n 6.404/76) e as demonstraesconsolidadas (art. 250 da Lei n 6.404/76), pelo custo de aquisio, deduzido de proviso para perdas provveisna realizao do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que no sermodificado em razo do recebimento, sem custo para a companhia, de aes ou quotas bonificadas;

    Os demais investimentos, pelo custo de aquisio, deduzido de proviso para atender sperdas provveis na realizao do seu valor, ou para reduo do custo de aquisio ao valor de mercado,quando este for inferior;

    Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisio, deduzido do saldo darespectiva conta de depreciao, amortizao ou exausto;

    O ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das contas que registrem asua amortizao.

    Para efeito de avaliao dos elementos do ativo, considera-se como valor de mercado:

    Das matrias-primas e dos bens em almoxarifado, o preo pelo qual possam ser repostos,mediante compra no mercado;

    Dos bens ou direitos destinados venda, o preo lquido de realizao mediante venda nomercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessrias para a venda, e a margem de lucro;

    Dos investimentos, o valor lquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.

    A diminuio de valor dos elementos do ativo imobilizado ser registrada periodicamente nasseguintes contas:

    Depreciao, quando corresponder perda do valor dos direitos que tm por objeto bensfsicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ao da natureza ou obsolescncia;

    Amortizao, quando corresponder perda do valor do capital aplicado na aquisio dedireitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existncia ou exerccio de duraolimitada, ou cujo objeto sejam bens de utilizao por prazo legal ou contratualmente limitado;

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    10 Exausto, quando corresponder perda do valor, decorrente da sua explorao, de

    direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa explorao.

    Outras consideraes previstas em lei:

    Os recursos aplicados no ativo diferido sero amortizados periodicamente, em prazo nosuperior a 10 (dez) anos, a partir do incio da operao normal ou do exerccio em que passem a ser usufrudosos benefcios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados osempreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades no podero

    produzir resultados suficientes para amortiz-los; Os estoques de mercadorias fungveis destinadas venda podero ser avaliados pelo valor

    de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela tcnica contbil.

    1.1.2.2. AVALIAO DOS ELEMENTOS DO PASSIVO

    A entidade dever avaliar os elementos do passivo:

    As obrigaes, encargos e riscos, conhecidos ou calculveis, inclusive imposto de renda apagar com base no resultado do exerccio, sero computados pelo valor atualizado at a data do balano;

    As obrigaes em moeda estrangeira, com clusula de paridade cambial, sero convertidasem moeda nacional taxa de cmbio em vigor na data do balano;

    As obrigaes sujeitas a correo monetria sero atualizadas at a data do balano.

    1.1.3. RESUMO SOBRE O PATRIMNIO LQUIDO

    I O PL est subdividido em:1. Capital Social2. Reservas de Capital3. Reservas de Reavaliao4. Reservas de Lucros5. Lucros ou Prejuzos Acumulados6. Aes em Tesouraria (S/A) ou Quotas Liberadas (Ltda)7. Lucros ou Dividendos distribudos antecipadamente

    II So classificadas como Reservas de Capital:1. gio na Emisso de Aes2. Produto da Alienao de Partes Beneficirias3. Produto da Alienao de Bnus de Subscrio4. Prmios na Emisso de Debntures5. Doaes e Subvenes para Investimentos6. Incentivos Fiscais

    III As Reservas de Capital somente podem ser utilizadas para:1. Absoro dos prejuzos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros2. Resgate, reembolso ou compra de aes3. Resgate de partes beneficirias4. Incorporao ao Capital Social5. Pagamento de dividendos a aes preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada

    IV O Lucro Lquido do Exerccio pode ter a seguinte destinao:1. Capitalizao de Lucros2. Compensao de Prejuzos3. Formao de Reservas de Lucros4. Distribuio de Dividendos5. Outras

    V As Reservas de Lucros so:1. Reserva Legal2. Reservas Estatutrias3. Reservas para Contingncias4. Reserva de Lucros para Expanso ou Reservas de Planos para Investimentos5. Reserva de Lucros a Realizar

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    116. Reserva de Lucros para Dividendos Obrigatrios

    VI So tipos de Reservas Estatutrias:1. Reserva para Aumento de Capital2. Reserva para Resgate de Debntures3. Reserva para Resgate de Partes Beneficirias4. Reserva para Amortizao de Aes

    VII Os Lucros a Realizar representam a soma dos seguintes itens:1. O aumento do valor de investimentos em coligadas e controladas, avaliados pela equivalnciapatrimonial2. O lucro em vendas a longo prazo, cujo prazo de recebimento ocorrer aps o trmino doexerccio seguinte, como por exemplo, na venda de bens do ativo permanente.

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    12

    A seguir, modelo de balano patrimonial:

    BALANO PATRIMONIALATIVO PASSIVO

    CIRCULANTEDISPONIBILIDADES

    Caixa e Bancos Conta Corrente

    Aplicaes de Liquidez ImediataCRDITOS

    Clientes(-) Duplicatas Descontadas(-) Proviso para Devedores DuvidososAdiantamentos a FornecedoresImpostos a CompensarInvestimentos Temporrios

    ESTOQUESEstoque de Mercadorias para RevendaEstoque de Matria-Prima

    DESPESAS ANTECIPADASPrmios de Seguros a Apropriar

    OUTROS VALORES E BENSBens No Destinados a UsoREALIZVEL A LONGO PRAZO

    VALORES A RECEBERClientes(-) Proviso para Devedores DuvidososEmprstimos a Coligadas e ControladasEmprstimos Compulsrios da Eletrobrs

    INVESTIMENTOS TEMPORRIOSTtulos e Valores MobiliriosParticipaes No-Permanentes

    DESPESAS ANTECIPADASPrmios de Seguros a Apropriar

    PERMANENTE

    INVESTIMENTOSParticipaes em Sociedades ControladasObras de ArteImvel No de Uso - de Renda(-) Depreciaes Acumuladas

    IMOBILIZADOTerrenosMquinas, Aparelhos e EquipamentosMveis e UtensliosVeculosMarcas, Direitos e Patentes Industriais(-) Depreciaes Acumuladas(-) Amortizaes Acumuladas

    Obras em AndamentoDIFERIDOPesquisas e Desenvolvimento de ProdutosGastos de Reorganizao(-) Amortizaes Acumuladas

    CIRCULANTEOBRIGAES DE FUNCIONAMENTO

    Fornecedores

    Obrigaes Trabalhistas e SociaisObrigaes TributriasAdiantamentos de ClientesDividendos a Pagar

    OBRIGAES DE FINANCIAMENTOSEmprstimos BancriosTtulos a Pagar

    EXIGVEL A LONGO PRAZOEmprstimos e FinanciamentosRetenes ContratuaisTtulos a PagarProviso para Imposto Renda Diferido

    RESULTADOS EXERCCIOS FUTUROS

    Receitas de Exerccios Futuros(-) Custos ou Despesas CorrespondentesPATRIMNIO LQUIDO

    CAPITAL SOCIALCapital Subscrito(-) Capital a RealizarRESERVAS DE CAPITAL

    Reservas de Incentivos FiscaisSubvenes para InvestimentosDoaes para Investimentos

    RESERVAS DE REAVALIAESReavaliao de Ativos PrpriosReavaliao de Ativos de Controladas

    RESERVAS DE LUCROS

    Reserva LegalReserva EstatutriaReserva para ContingnciasReserva de Lucros a Realizar

    LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOSLucros Acumulados(-) Prejuzos Acumulados

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    141.2. DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO

    A presente pea expositiva demonstra a dinmica patrimonial, cuja elaborao se d com afinalidade de evidenciar os vrios elementos que formam o resultado econmico da entidade, representadospelas receitas e pelos rendimentos auferidos no perodo, independentemente de sua realizao em moeda, epelos custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos e que mantenham correspondncia comaquelas receitas e rendimentos.

    Portanto, a Demonstrao do Resultado do Exerccio um resumo ordenado das receitas obtidase das despesas incorridas pela empresa durante o exerccio social, dispostas graficamente de forma vertical ededutiva, isto , das receitas subtraem-se as despesas com vistas a apurar o resultado econmico do perodo,que pode ser lucro ou prejuzo.

    Por fora do art. 187 da Lei n 6.404/76, na DRE devem ser evidenciadas, de forma ordenada eresumida, as operaes realizadas durante o exerccio social de modo a destacar o resultado lquido do perodo.Para tanto, as receitas e despesas sero discriminadas obedecendo os seguintes grupos de contas:

    Receita Bruta de Vendas e Servios

    Dedues da Receita Bruta

    Receita Liquida de Vendas e Servios

    Custo das Vendas e Servios

    Resultado (Lucro ou Prejuzo) Bruto Despesas Operacionais

    Resultado (Lucro ou Prejuzo) Operacional Lquido

    Resultados No Operacionais

    Resultado (Lucro ou Prejuzo) antes dos Tributos

    Provises para Tributos

    Resultado antes das Participaes e Contribuies

    Participaes e Contribuies

    Resultado (Lucro ou Prejuzo) Liquido do Exerccio Lucro ou Prejuzo por Ao

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    A seguir, modelo de demonstrao do resultado do exerccio:

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO

    RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIOSVendas de ProdutosVendas de MercadoriasServios Prestados

    DEDUES DA RECEITA BRUTAImpostos Incidentes sobre VendasImpostos Incidentes sobre ServiosVendas CanceladasAbatimentos sobre Vendas

    RECEITA LQUIDA DE VENDAS E SERVIOSCUSTOS DAS VENDAS E SERVIOS

    Custo dos Produtos VendidosCusto das Mercadorias VendidasCusto dos Servios Prestados

    RESULTADO (LUCRO/PREJUZO) BRUTODESPESAS OPERACIONAIS

    Despesas com Vendas

    Despesas Administrativas e GeraisDespesas TributriasDespesas Financeiras(-) Receitas Financeiras

    OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAISPrejuzos em Participaes Societrias (Equivalncia Patrimonial)Lucros em Participaes Societrias (Equivalncia Patrimonial)Dividendos e Rendimentos de Outros Investimentos

    RESULTADO (LUCRO/PREJUZO) OPERACIONAL LQUIDORESULTADO NO OPERACIONAL

    Ganhos e Perdas de Capital nos InvestimentosGanhos e Perdas de Capital no Imobilizado

    RESULTADO (LUCRO/PREJUZO) ANTES DOS IMPOSTOS

    Proviso para Imposto de RendaContribuio Social sobre Lucro

    RESULTADO (LUCRO/PREJUZO) ANTES DAS PARTICIPAES ECONTRIBUIES

    DebnturesEmpregadosAdministradoresPartes BeneficiriasFundos de Assistncia a Empregados

    RESULTADO (LUCRO/PREJUZO) LQUIDO DO EXERCCIOLUCRO LQUIDO POR AO

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    16QUADRORESUMO ILUSTRATIVO DA APURAO DO LUCRO

    (dedues, participaes e destinaes do resultado do exerccio)DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO CLCULOS EXTRACONTBEIS

    1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA Dedues Vendas de Mercadorias 3.050.000 Proviso para Contribuio Social

    2. DEDUES E ABATIMENTOS 1. Ajustes do Resultado do Exerccio: Vendas Anuladas 50.000 Resultado do Exerccio antes do IR 532.500 Descontos Incondicionais Concedidos - a) Excluses: ICMS sobre Vendas 540.000 Resultado positivo da avaliao de PIS sobre Faturamento 19.500 investimentos pelo valor do PL 90.000 COFINS 60.000 (669.500)

    Dividendos 40.2303. RECEITA OPERACIONAL LQUIDA (1-2) 2.380.500 b) Adies (no ocorrem)

    4. CUSTOS OPERACIONAIS = Base de Clculo da Proviso 402.270 Custo das Mercadorias Vendidas (1.000.000) 2. Clculo da Proviso:

    5. LUCRO OPERACIONAL BRUTO (3-4) 1.380.500 CS = 402.270 x 10 / 100 = 40.2276. DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas 321.000 Proviso para Imposto de Renda LALUR Despesas Financeiras 19.000 1. Ajustes do Resultado do Exerccio: (-) Receitas Financeiras (80.000) Resultado do Exerccio antes do IR 532.500 Despesas Administrativas 701.000 a) Adies: Outras Despesas Operacionais 20.000 (981.000) Excesso de retiradas 9.773

    7. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 34.000 Multas Fiscais 10.0008. LUCRO (PREJUZO) OPERACIONAL (5-6+7) 433.500 b) Excluses:9. RECEITAS NO OPERACIONAIS 125.000 Receitas de participaes societrias 90.00010. DESPESAS NO OPERACIONAIS (26.000) c) Compensaes:11. RESULTADO DO EXERCCIO ANTES DA PROVISO Prejuzos Acumulados (Fiscal) 150.000

    PARA O IMPOSTO DE RENDA (8+9-10) 532.500 = Lucro Real 312.27312. PROVISO PARA CONTRIBUIO SOCIAL (40.227) 2. Clculo do valor da Proviso:13. PROVISO PARA IMPOSTO DE RENDA (78.068) IR = Lucro Real x 25 / 100 = 312.272 x 25 / 100 = 78.06814. RESULTADO DO EXERCCIO APS O IMPOSTO

    DE RENDA (11-12-13) 414.205 Participaes15. PARTICIPAES Resultado do Exerccio aps o IR 414.205

    Debntures 41.420 (-) Prejuzos Acumulados (Contbil) - Empregados 37.278 = Base de Clculo para Debntures 414.205 Administradores 33.550 (-) Participaes de Debntures (10%) 41.420 Partes Beneficirias 30.195 = Base de Clculo p/ Participaes de Empregados 372.785 Contribuies p/ Instituies ou (-) Participaes de Empregados (10%) 37.278

    Fundos de Assistncia ou = Base de Clculo Participaes de Administradores 335.507Previdncia de Empregados 27.176 (169.619) (-) Participaes de Administradores (10%) 33.550

    16. LUCRO LQUIDO DO EXERCCIO (14-15) 244.586 = Base de Clculo das Partes Beneficirias 301.95717. LUCRO LQUIDO POR AO DO CAPITAL 0,53170 (-) Participaes das Partes Beneficirias (10%) 30.195

    = Base de Clculo para Contribuies 271.762DEMONSTRAO DE LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS (-) Contribuies de Empregados (10%) 27.176

    1. SALDO NO INCIO DO PERODO 120.000 = Lucro Lquido do Exerccio 244.5862. (+ ou -) AJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIORES -3. SALDO AJUSTADO 120.000 Destinaes4. (+ ou -) LUCRO OU PREJUZO DO EXERCCIO 244.586 Base de Clculo5. (+) REVERSO DE RESERVAS - Lucro Lquido do Exerccio 244.5866. SALDO DISPOSIO 364.586 Reserva Legal (5%) 12.2297. DESTINAO DO EXERCCIO Reservas Estatutrias 9.783 Reserva Legal 12.229 Dividendos a Pagar 73.375 95.387 Reservas Estatutrias 9.783 Reservas para Contingncias - Outras Reservas - Dividendos Obrigatrios (R$ 0,15951 p/ ao) 73.375

    8. SALDO NO FIM DO EXERCCIO 269.199

    DISPOSITIVOS LEGAIS Proviso para Contribuio Social: Lei n 7.689, de 15/12/88. Proviso para Imposto de Renda: art. 6 do Decreto-Lei n 1.598, de

    26/12/77 e RIR. Participaes: art. 190 da Lei n 6.404, de 15/12/76. Reserva Legal: art. 193 da Lei n 6.404, de 15/12/76.

    NOTA: quadro extrado do livro Contabilidade Geral Fcil, de Osni MouraRibeiro, Editora Saraiva, 1 edio 1997.

    Reservas Estatutrias: art. 194 da Lei n 6.404, de 15/12/76, que faculta aoestatuto fixar critrios para determinar a base de clculo. No nosso exemplo,utilizamos o prprio Lucro Lquido do Exerccio.

    Dividendos: art. 202 da Lei n 6.404/76, que tambm faculta ao estatuto fixarcritrios para determinar a sua base de clculo. No nosso exemplo,utilizamos o prprio Lucro Lquido do Exerccio.

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    17

    1.3. DEMONSTRAO DOS LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS

    Esta demonstrao contbil evidencia de forma precisa o lucro lquido obtido em determinadoexerccio social, a destinao ou distribuio dada a este. Enfim, demonstra toda a movimentao registrada naconta Lucros ou Prejuzos Acumulados, constituindo-se num instrumento de integrao entre o balanopatrimonial e a demonstrao do resultado.

    Assim, ela permite a evidenciao dos dividendos distribudos e das dedues para formao dereservas patrimoniais ou sua reverso, entre outras movimentaes passveis de ocorrer com os lucros obtidospela empresa.

    Conforme disposio da Lei n 6.404/76, a demonstrao das movimentaes ocorridas na contaLucros ou Prejuzos Acumulados da empresa deve ser apresentada da seguinte forma:

    Saldo no Incio do Exerccio

    Ajustes de Exerccios Anteriores

    Parcela de Lucros Incorporada ao Capital

    Reverses de Reservas

    Lucro (Prejuzo) do Exerccio

    Destinao do Lucro

    Saldo No Final do Exerccio

    A seguir, modelo da demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados:

    DEMONSTRAO DOS LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS

    SALDO NO INCIO DO EXERCCIOAJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIORES

    Efeitos da Mudana de Critrio ContbilRetificao de Erros de Exerccios Anteriores

    PARCELA DE LUCROS INCORPORADA AO CAPITALREVERSES DE RESERVAS

    De Contingncias

    De Lucros a RealizarLUCRO (PREJUZO) DO EXERCCIODESTINAO DO LUCRO

    Constituio de ReservasReserva LegalReserva de ContingnciasReservas Estatutrias

    Reserva para aumento de capitalReserva para resgate de debnturesReserva para resgate de partes beneficiriasReserva para amortizao de aes

    Reservas para Expanso ou Planos para InvestimentosReserva de Lucros a Realizar

    Reserva para Dividendos ObrigatriosDividendos a Distribuir (R$ p/ao)SALDO NO FINAL DO EXERCCIO

    1.4. DEMONSTRAO DAS ORIGENS E APLICAES DE RECURSOS

    Esta demonstrao visa apresentar as informaes relativas s operaes de financiamento einvestimento em determinado perodo, buscando, tambm, evidenciar as modificaes na posio financeira daempresa.

    Como os fenmenos contbeis so capazes de provocar alteraes de ordem qualitativa equantitativa em mais de um elemento do patrimnio ao mesmo tempo, ela se presta a indicar a movimentao

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    18dos elementos patrimoniais no circulantes com reflexos nos elementos circulantes, bem como demonstra avariao ocorrida no valor do capital circulante da empresa.

    A seguir, apresentada a estrutura da Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos:

    Origens de Recursos

    Aplicaes de Recursos

    Aumento ou Reduo do Capital Circulante Lquido

    Demonstrao da Variao do Capital Circulante LquidoA seguir, modelo de demonstrao das origens e aplicaes de recursos:

    DEMONSTRAO DAS ORIGENS E APLICAES DE RECURSOS(*)

    ORIGENS DE RECURSOSDAS OPERAES

    Lucro (Prejuzo) Lquido do ExerccioDespesas No Desembolsveis

    DepreciaesAmortizaesExaustesProvises para Provveis Perdas

    Resultado da Equivalncia PatrimonialVariaes nos Resultados de Exerccios Futuros

    DOS PROPRIETRIOSRealizao de Capital SocialContribuies para Reservas de Capital

    DE TERCEIROSReduo do Ativo Realizvel a Longo PrazoAumento do Passivo Exigvel a Longo Prazo

    APLICAES DE RECURSOSAumento do Ativo InvestimentosAquisio de Direitos do Ativo ImobilizadoAumento do Ativo DiferidoAumento do Ativo Realizvel a Longo PrazoReduo do Passivo Exigvel a Longo PrazoDividendos Distribudos

    AUMENTO (REDUO) DO CAPITAL CIRCULANTE LQUIDO

    DEMONSTRAO DA VARIAO DO CAPITAL CIRCULANTE LQUIDOATIVO CIRCULANTE

    Incio do Exerccio (-) Final do Exerccio (=) VariaoPASSIVO CIRCULANTE

    Incio do Exerccio (-) Final do Exerccio (=) VariaoAUMENTO (REDUO) DO CAPITAL CIRCULANTE LQUIDO

    1.5. NOTAS EXPLICATIVAS

    As notas explicativas so informaes complementares s demonstraes contbeis (contbeis),representando parte integrante destas, necessrias para esclarecimento da situao patrimonial e dosresultados do exerccio, nos termos do 4 do art. 176 da Lei n 6.404/76.

    Podem ser expressas tanto na forma descritiva como na de quadros analticos, ou mesmoenglobando outras demonstraes que forem necessrias ao melhor e mais completo esclarecimento dasdemonstrativos contbeis.

    As notas explicativas podem ser usadas para descrever prticas contbeis utilizadas pelaempresa, para explicaes adicionais sobre determinadas contas ou operaes especficas e ainda paracomposio de detalhes de certas contas.

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    19Outro aspecto a ser considerado que a meno de um erro contbil numa Nota Explicativa

    no justifica esse erro; interessante sua meno para esclarecimento do leitor das demonstraes contbeis,porm o erro persiste, apesar de mencionado em nota explicativa.

    Consoante o 5 do citado artigo, as notas explicativas que acompanham as demonstraescontbeis, devem indicar o seguinte:

    Os principais critrios de avaliao dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dosclculos de depreciao, amortizao e exausto, de constituio de provises para encargos ou riscos, e dosajustes para atender a perdas provveis na realizao de elementos do ativo;

    Os investimentos em outras sociedades, quando relevantes;

    O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliaes (reavaliaes deativos);

    Os nus reais constitudos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros eoutras responsabilidades eventuais ou contingentes;

    A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigaes a longo prazo;

    O nmero, espcies e classes das aes do capital social;

    As opes de compra de aes outorgadas e exercidas no exerccio;

    Os ajustes de exerccios anteriores;

    Os eventos subseqentes data de encerramento do exerccio que tenham, ou possam a vira ter, efeito relevante sobre a situao financeira e os resultados futuros da companhia.

    Como se verifica, a Lei das S.A estabelece nove casos expressos que devem ser mencionadosem notas explicativas, todavia, a meno dessas nove possibilidades de notas representa o elenco bsico a serseguido pelas empresas, sendo que pode haver situaes em que sejam necessrias outras notas explicativasadicionais, alm das previstas em lei.

    2. DEMONSTRAES OBRIGATRIAS PARA DETERMINADAS EMPRESAS

    Em funo da natureza e caractersticas da entidade, bem como em decorrncia de atos legaisoriundos de outros rgos disciplinadores dos procedimentos contbeis, mais especificamente da Comisso de

    Valores Mobilirios (CVM), as companhias de capital aberto (empresas que tm seus valores mobiliriosnegociados em bolsas de valores ou em mercado de balco) esto sujeitas a elaborarem e publicarem asseguintes demonstraes contbeis:

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido, substitui a Demonstrao dos Lucrosou Prejuzos Acumulados e exigida por fora da Instruo CVM n 59, de 22.12.1986 (DOU ;

    segundo a NBC T 3.5, baixada pelo Conselho Federal de Contabilidade atravs daResoluo CFC 686/90 (com nova redao dada pela Resoluo CFC 887/00), a DMPL aquela destinada a evidenciar as mudanas, em natureza e valor, havidas noPatrimnio Lquido da entidade, num determinado perodo de tempo;

    esta demonstrao evidencia a movimentao de todas as contas do grupo doPatrimnio Lquido durante o exerccio encerrado, ao contrrio da Demonstrao dosLucros ou Prejuzos Acumulados DLPA que mostra a movimentao somente da conta

    Lucros ou Prejuzos Acumulados.; dessa forma, ela de grande utilidade em funo de demonstrar de forma abrangente o

    capital prprio da empresa no incio e no fim do exerccio social, constituindo-se emimportante elemento para elaborao da Demonstrao das Origens de Aplicaes deRecursos e para avaliao dos investimentos permanentes (pela investidora) emcoligadas e controladas;

    a rigor, a elaborao desta demonstrao obedece as mesmas tcnicas adotadas naDLPA, isto , todas as movimentaes ocorridas nas contas do Patrimnio Lquido sodemonstradas, partindo dos saldos do final do exerccio anterior, registrando osaumentos ou diminuies durante o perodo e chegando aos saldos atuais.

    A seguir, um modelo de demonstrao das mutaes do patrimnio lquido:

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    20

    DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO LQUIDORESERVAS DE

    CAPITALRESERVAS DE LUCROS

    DESCRIO DOSELEMENTOS

    CAPITALREALI-ZADO

    gioEmissode Aes

    Incen-tivos

    Fiscais

    Subven-es p/Investi-mentos

    Reservapara

    Contin-gncia

    ReservasEstatu-trias

    Reservapara

    Expan-so

    ReservaLegal

    Reservade Lucrosa Realizar

    LU-CROS

    ACUMU-LADOS

    TOTAL

    SALDOS EM ___/___/___

    AJUSTES DE EXERCCIOSANTERIORES (NE. N)Mudanade critrioscontbeisRetificao de errosAUMENTOS DE CAPITALCom lucros e reservasPor subscrio realizadaREVERSES DERESERVASDe ContingnciasDe Lucros a RealizarLUCRO LQUIDO DOEXERCCIO

    DESTINAO DO LUCROReservasDividendos ($ por ao)SALDOS EM ___/___/___

    Demonstraes Contbeis Consolidadas, que, nos termos dos arts. 249 e 250 da Lei n6.404/76 e da Instruo CVM n 247/96 (vigncia: demonstraes relativas ao exerccio social findo a partir de01.12.96), devem ser elaboradas e divulgadas, juntamente com suas demonstraes contbeis, pela companhiaaberta que tiver mais de 30% do valor de seu patrimnio lquido representado por investimentos em sociedadescontroladas e pela sociedade de comando de grupo de sociedades (holding) que inclua companhia aberta.

    A seguir, modelos de balano patrimonial e demonstrao do resultado do exerccio consolidados:

    BALANO CONSOLIDADOELIMINAES E

    AJUSTESDESCRIO DOS

    ELEMENTOSCONTROLADORA

    S/ACONTROLADA

    S/ADBITO CRDITO

    SALDOSCONSOLIDADOS

    ATIVODisponibilidadesValores a ReceberEstoquesInvestimentosImobilizadoDepreciao AcumuladaTOTAL

    PASSIVOValores a PagarParticipao Minoritria no CapitalReservas de CapitalReservas de Lucros e LucrosAcumuladosTOTAL

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    21

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO CONSOLIDADAELIMINAES E

    AJUSTESDESCRIO DOS

    ELEMENTOSCONTROLA-DORA S/A

    CONTRO-LADA S/A

    DBITO CRDITO

    SALDOSCONSOLIDADOS

    RECEITA BRUTA DE VENDASCustos das VendasLUCRO BRUTO

    Despesas OperacionaisLUCRO OPERACIONALImpostos sobre o LucroLUCRO LQUIDO TOTAL DO GRUPOParticipao Minoritria nos Resultadosda Controlada S/ALUCRO LQUIDO CONSOLIDADO

    Demonstrao Contbil em Moeda de Capacidade Aquisitiva Constante (tambmdenominada de Demonstrao Financeira com Correo Monetria Integral), recomendada para a companhiaaberta nos termos da Instruo CVM n 191, de 15.07.1992 (DOU de 17.07.92). J a Instruo CVM n 248, de29.03.1996, tornou facultativa, a partir de maro de 1996,a elaborao e divulgao desta demonstrao, em

    funo de que os arts. 4 e 5 da Lei n 9.249/95 extinguiram a correo monetria, inclusive para finssocietrios.

    A seguir, modelos de balano patrimonial e demonstrao do resultado do exerccio em moeda depoder aquisitivo constante (correo monetria integral CMI):

    BALANO PATRIMONIALATIVO PASSIVO

    Elementos LegislaoSocietria

    CorreoMonetria

    IntegralElementos LegislaoSocietria

    CorreoMonetria

    IntegralCIRCULANTE CIRCULANTEDisponibilidades Fornecedores

    Aplicaes Financeiras EmprstimosClientes Obrigaes TributriasEstoques

    PATRIMNIO LQUIDOPERMANENTE CapitalImobilizado Reservas de CapitalDepreciao Acumulada Lucros Acumulados

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO

    Elementos Legislao Societria Correo MonetriaIntegralRECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIOSVendas de Mercadorias

    Vendas de ServiosRECEITA LQUIDA DE VENDAS E SERVIOSLUCRO BRUTODespesas OperacionaisGanhos em Itens MonetriosPerdas em Itens MonetriosLUCRO OPERACIONAL LQUIDORESULTADO NO OPERACIONALRESULTADO ANTES DOS TRIBUTOSLUCRO LQUIDO DO EXERCCIO

    NOTA: por fora da Resoluo CFC n 900, de 22.03.2001, baixada pelo Conselho Federal de Contabilidade, considerada compulsria a aplicao do Princpio da Atualizao Monetria, previsto no art. 8 da ResoluoCFC n 750/93, quando a inflao acumulada no trinio for de 100% ou mais. A inflao acumulada ser

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    22calculada com base no ndice Geral de Preos do Mercado (IGPM), apurado mensalmente pela FundaoGetlio Vargas (FGV). A aplicao compulsria do Princpio da Atualizao Monetria dever ser amplamentedivulgada nas notas explicativas s demonstraes contbeis.

    3. OUTRAS DEMONSTRAES DE CARTER GERENCIAL

    Embora ainda no exigidas pela legislao societria, a Demonstrao do Fluxo de Caixa (DFC) ea Demonstrao do Valor Adicionado (DVA), constituem-se em importantes instrumentos de controle gerencialdas mutaes patrimoniais, permitindo ao administrador a identificao e acompanhamento de todos os fluxos

    de entradas e sadas de caixa, bem como dos elementos que produzem a riqueza na empresa. Eis algumasconsideraes sobre estas demonstraes:

    Demonstrao do Fluxo de Caixa, apresenta a modificao no saldo de disponibilidades deuma entidade durante determinado perodo, por meio dos fluxos de recebimentos e pagamentos financeiramenteconcretizados, sendo esta ltima uma das particularidades da DFC, ou seja, sua elaborao pelo regime decaixa, de forma contrria s demonstraes contbeis exigidas pela Lei 6.404-76, que so elaboradas peloregime de competncia.

    O fluxo de caixa uma informao de relevncia como complemento das DemonstraesContbeis.

    A empresa pode ter lucros fantsticos e vendas ascendentes, mas, se no tiver um fluxo de caixaadequado, corre o risco de no ter sua continuidade amparada.

    O conceito de caixa a ser utilizado engloba o dinheiro em caixa e bancos, bem como osequivalentes de caixa, assim considerados os investimentos altamente lquidos:

    que sejam, de imediato, conversveis em caixa, conforme definio da empresa, e quedevem constar em nota explicativa (podendo incluir aplicaes com vencimento de attrs meses); e

    que estejam to prximos do vencimento que no exista risco de mudana de valor emfuno de alterao na taxa de juros.

    A DFC utiliza a classificao do fluxo de caixa em trs grupos: atividades operacionais, atividadesde investimento e atividades de financiamento, da seguinte forma:

    atividades operacionais - este grupo inclui todas as transaes ou outros eventos nodefinidos como atividades de investimento ou financiamento. Atividades operacionais

    geralmente envolvem a produo e venda de produtos, e a prestao de servios.Quando o avaliamos por diversos anos, o fluxo de caixa operacional indica, em extenso,que atividades operacionais tm gerado mais caixa do que o que se tm usado.

    atividades de investimento - a aquisio de ativos no-circulantes, particularmentebens imveis, instalaes fabris e equipamentos, usualmente representa a maiordestinao de dinheiro das empresas. A entidade, na sua continuidade operacional, forada, em determinadas circunstncias, a substituir ativos no-circulantes por outrosativos semelhantes, e ativos adicionais, na inteno de incrementar os negcios edesenvolver-se. Desse modo, a empresa obtm parte de sua necessidade de caixa paraadquirir ativos no-circulantes pela venda dos ativos que esto sendo substitudos. Dequalquer maneira, certo que as entradas de caixa raramente cobrem a totalidade doscustos das novas aquisies.

    atividades de financiamento - a empresa tambm consegue dinheiro por meio deemprstimos a curto e longo prazo e de emisso de aes representativas do capital. Elautiliza o caixa para pagamento de dividendos aos acionistas, para amortizar osemprstimos e resgate de aes prprias nas mos do pblico.

    As empresas podem escolher entre apresentar o fluxo de caixa pelo mtodo indireto ou direto,mas so incentivadas a usar o segundo:

    o mtodo indireto aquele no qual os recursos provenientes das atividadesoperacionais so demonstrados com base no lucro lquido, ajustado pelos itensconsiderados nas contas de resultado e que no afetam o caixa da empresa;

    o mtodo direto aquele no qual so demonstrados os recebimentos e pagamentosprovenientes das atividades operacionais da empresa, em vez do lucro lquido ajustado.

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    23A seguir, os modelos da DFC:

    FLUXO DE CAIXA MTODO DIRETO FLUXO DE CAIXA - MTODO INDIRETO

    Entradas e sadas de caixa e equivalentes de caixa

    Fluxo de caixa das atividades operacionais:Venda de mercadoria e servios (+)Pagamento de fornecedores (-)Salrios e encargos sociais dos empregados (-)Dividendos recebidos (+)Impostos e outras despesas legais (-)Recebimento de seguros (+)Caixa lquido das atividades operacionais (+/-)

    Fluxo de caixa das atividades de investimento:Venda de imobilizado (+)Aquisio de imobilizado (-)Aquisio de outras empresas (-)Caixa lquido das atividades de investimento (+/-)

    Fluxo de caixa das atividades de financiamento:

    Emprstimos lquidos tomados (+)Pagamento de leasing(-)Emisso de aes (+)Caixa lquido das atividades de financiamento (+/-)

    Aumento/diminuio lquido de caixa e equivalentes decaixaCaixa e equivalentes de caixa incio do anoCaixa e equivalentes de caixa final do ano

    Entradas e sadas de caixa e equivalentes de caixa

    Fluxo de caixa das atividades operacionais:Lucro lquido (+)Depreciao e amortizao (+)Proviso para devedores duvidosos (+)Aumento/diminuio em fornecedores (+/-)Aumento/diminuio em contas a pagar (+/-)Aumento/diminuio em contas a receber (-/+)Aumento/diminuio em estoques (-/+)Caixa lquido das atividades operacionais (+/-)

    Fluxo de caixa das atividades de investimento:Venda de imobilizado (+)Aquisio de imobilizado (-)Aquisio de outras empresas (-)Caixa lquido das atividades de investimento (+/-)

    Fluxo de caixa das atividades de financiamento:Emprstimos lquidos tomados (+)Pagamento de leasing (-)Emisso de aes (+)Caixa lquido das atividades de financiamento(+/-)

    Aumento/diminuio lquido de caixa e equivalentes decaixaCaixa e equivalentes de caixa - incio do anoCaixa e equivalentes de caixa - final do ano

    NOTA: texto extrado do material publicado na Revista Brasileira de Contabilidade, ano XXVI, n 105, de julho de 1997, elaborado por Egberto LucenaTeles, contador, mestrando em contabilidade e controladoria pela FEA/USP.

    Demonstrao do Valor Adicionado (DVA), que evidencia o valor das riquezas criadas pelasociedade, bem como sua efetiva distribuio, constituindo-se em ferramenta importante para os vrios gruposde usurios da informao contbil (internos e externos), que no pode ser obtida com clareza nasdemonstraes tradicionais, razo pela qual a DVA est ganhando cada vez mais adeptos em vrios pases.Portanto, a DVA apresenta o valor adicionado ou valor agregado, que significa a riqueza criada por uma entidadenum determinado perodo de tempo, que via de regra de um ano. A exemplo do PIB de cada pas, a soma dasimportncias agregadas representa, na verdade, a soma das riquezas criadas pela empresa.

    Fatores que evidenciam a importncia da elaborao da DVA: algumas naes exigem que as empresas internacionais que desejem se instalar no pas

    demonstrem qual o valor adicionado que pretendem gerar, pois para esses pases podeno ser interessante a empresa produzir muito importando muito, sendo que o

    fundamental medir a nova riqueza produzida, ou seja, o valor adicionado ao pas, bemcomo a forma de distribuio dessa riqueza;

    alguns estados e municpios, antes da concesso de incentivos fiscais, analisam oprojeto de instalao da empresa, incluindo nessa anlise o montante do possvel valor aser adicionado e sua efetiva distribuio, na forma de pagamento de mo-de-obra,servios de terceiros, impostos, juros e lucros. O montante a ser agregado e a forma desua distribuio podem, na maioria das vezes, se constiturem no principal elemento dedeciso para conceder ou no os incentivos fiscais, vez que a obteno e distribuio dovalor adicionado representa o valor da efetiva riqueza produzida e distribuda pelaempresa, provocando, assim, crescimento econmico efetivo na rea municipal ouestadual;

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    24 assim, a DVA deve indicar de forma clara e precisa a parte da riqueza que pertence

    aos scios ou acionistas, a que pertence aos demais capitalistas que financiam aempresa (capital de terceiros), a que pertence aos empregados e finalmente a parte quefica com o governo;

    na Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE) a parte de terceiros, formada peloscapitalistas, empregados e governo, considerada como despesa ou custo, pois doponto de vista dos proprietrios, esses valores distribudos representam reduo do lucroe, de conseqncia, reduo da parcela que cabe a cada dono da empresa;

    dessa forma, a DRE e a DVA apresentam enfoques bem diferentes e objetivam fornecerinformaes sob distintos pontos de vista, o que as torna complementares eimprescindveis, pois a elaborao e divulgao de ambas atende de forma eficaz anecessidade que os usurios possuem de informaes adicionais em relao sdemonstraes contbeis obrigatrias.

    Como se pode perceber, a DVA tem como objetivo principal fornecer uma viso bem abrangentesobre a real capacidade de uma sociedade produzir riqueza, isto , agregando valor ao seu patrimnio, e sobre aforma de como distribui essa riqueza entre os diversos fatores da produo (trabalho, capital prprio ou deterceiros, governo). No Brasil, embora seja incipiente a sua utilizao e divulgao, pois ainda no obrigatriapela legislao societria, a DVA costuma ser inserida por algumas empresas como informao adicional nosRelatrios da Administrao ou como Nota Explicativa s demonstraes contbeis.

    So fatores que demonstram a necessidade de elaborao da DVA: a DRE identifica apenas a parcela da riqueza criada que de fato permanece na empresa

    na forma de lucro, no identificando as demais geraes de riquezas, os chamadosvalores agregados;

    as outras demonstraes legais tambm no so capazes de indicar:quanto de valor - riqueza - a empresa est agregando s mercadorias ou insumos adquiridos;quanto e de que forma foram distribudos os valores adicionados, isto , no identifica de que

    forma as riquezas produzidas pela empresa foram distribudas.

    A seguir so identificados os elementos que compem a DVA: valor adicionado, que calculado pela diferena entre o valor das vendas brutas,

    deduzido do valor das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, eo total dos insumos adquiridos de terceiros, como o custo das mercadorias vendidos,

    matria-prima e demais insumos de produo, servios adquiridos de terceiros, etc. distribuio do valor adicionado, cuja soma deve ser igual soma do valor adicionado,considera os seguintes valores:mo-de-obra de terceiros;encargos sociais; impostos e contribuies;juros, aluguis e outras remuneraes de terceiros; lucro lquido, inclusive a parcela no distribuda;

    NOTA: quanto aos valores relativos depreciao, amortizao e exausto, vrios pases e autores consideram-noscomo valores adicionados retidos, sendo que neste trabalho essas parcelas aparecem como redutoras doValor Adicionado Bruto, formando o Valor Adicionado Lquido.

    lucro lquido, a parcela do valor adicionado que pertence aos proprietrios, englobandona verdade os lucros totais (distribudos e retidos). Os lucros retidos devem aparecer na

    DVA dentro do subgrupo acionistas ou scios, para indicar qual o montante da parcelaque compe o valor adicionado que efetivamente pertence aos donos; resultados de participaes societrias, onde so identificados os rendimentos de

    participaes societrias avaliadas pela equivalncia patrimonial ou pelo custo deaquisio (ganhos na equivalncia patrimonial ou receita de dividendos), os quais norepresentam gerao de valor adicionado, devendo ser considerados comotransferncias de riquezas geradas pela sociedade investida;

    receitas financeiras, que tambm no representam criao de riqueza pela empresa, massim resultam da aplicao do capital em negcios de terceiros, os quais produziramriqueza e transferiram uma parcela da mesma para a empresa, a ttulos de juros. Taisreceitas devem ser somadas ao valor adicionado pela empresa, formando um montantedenominado de valor adicionado disposio da entidade.

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    25A seguir, uma representao grfica da DFC:

    DEMONSTRAO DO VALOR ADICIONADO

    I - Gerao do Valor Adicionado - Elementos:Receitas Operacionais e No Operacionais(-) Custos das Mercadorias, Produtos e Servios Vendidos(-) Servios adquiridos de terceiros(-) Materiais e insumos, energia, comunicao, propaganda, etc.(-) Outros valores

    (=) Valor Adicionado Bruto(-) Despesas de Depreciao, amortizao e exausto(=) Valor Adicionado Lquido(+) Valores remunerados por terceiros (juros, aluguis e outros)(=) Valor Adicionado Disposio da Empresa

    II - Distribuio do Valor AdicionadoRemunerao do trabalhoRemunerao do governo (impostos e contribuies)Remunerao do capital de terceiros (juros, aluguis, etc)Remunerao do capital prprio (dividendos e lucros retidos)Outros(=) Total do valor distribudo (igual ao total gerado)

    NOTA: este texto sobre a Demonstrao do Valor Adicionado (DVA) foi extrado do livro Contabilidade Avanada e Anlise das DemonstraesFinanceiras, dos professores Silvrio das Neves e Paulo E. V. Viceconti, publicado pela Editora Frase, 7 Edio, fev/1998.

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    264. OUTRAS CONSIDERAES IMPORTANTES SOBRES AS DEMONSTRAES

    CONTBEIS

    A seguir so relacionadas diversas consideraes relevantes acerca do estudo dasdemonstraes contbeis (contbeis), cujos contedos foram extrados da legislao ordinria e das demaisnormas regulamentadoras da cincia contbil no Brasil:

    Tambm integram o Ativo Imobilizado os recursos aplicados ou j destinados a bensdaquela natureza, mesmo que ainda no estejam em operao, mas que se destinem a

    tal finalidade, tais como construo e importaes em andamento.

    Na Demonstrao do Resultado do Exerccio no transitam despesas e receitas deexerccios anteriores. Esses valores se integram ao patrimnio da empresa atravs da

    Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados ou Demonstrao das Mutaes doPatrimnio Lquido.

    ADemonstraodo

    ResultadodoExercciodestina-sea

    evidenciar

    a

    formao

    do

    resu

    ltado

    do

    exerccio,

    mediante

    confronto

    das

    receitas,

    custosedespesasincorridasnoexerccio.

    Distribuiodelucrosecompensaodeprejuzosnotransitampela

    Demonstrao

    do

    Resultado

    do

    Exerccio

    .Esses

    valores

    so

    componen

    tesdaDemonstraodeLucrosouP

    rejuzosAcumuladosou

    DemonstraodasMutaesdoPatrimnioLquido.

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    Somente a escriturao contbil regular d o necessrio respaldo para o BalanoPatrimonial e demais demonstraes contbeis, que se constituem, de forma sinttica,

    no resumo das operaes da empresa em determinado momento.

    Capital a Integralizar e Prejuzos Acumulados so contas de natureza devedora, masdevem ser classificadas no Patrimnio Lquido, pois so contas retificadoras deste.

    Ost

    ermosutilizadosnosregistrosenas

    demonstraescontbeis

    subseqentesdeveme

    xpressar,tantoqua

    ntopossvel,overdadeiro

    significadodastransaesocorridas,

    pres

    ervando-seexpressesdo

    idiom

    anacional.

    Capitala

    Integralizar

    e

    Prejuzos

    Acumulados

    so

    con

    tas

    de

    naturezadevedora,masde

    vemserclassificadasnoPatrimnioLquido,

    poissocontasretificador

    asdeste..

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    28

    Ocorrendo aelaborao dedemonstraescontbeis semrespaldo emescriturao contbilregular, poder oConselho Regional deContabilidade

    instaurar processoadministrativo contrao responsvel tcnico,estando previstaspenas de multa e desuspenso doexerccio profissionalou processo porinfrao ao Cdigo detica Profissional doContabilista, queestabelece penas deadvertncia, censurareservada e censurapblica.

    Nas demonstraes,

    as contas

    semelhantes podero

    ser agrupadas; os

    pequenos saldos

    podero agregados,

    desde que se indique

    sua natureza e noultrapassem a um

    dcimo do valor do

    respectivo grupo de

    contas; mas vedada

    a utilizao de

    designaes

    genricas, como

    Diversas Contas ou

    Contas Correntes.

    Duplicatas Descontadas, Provises para Crditos de Liquidao Duvidosa eDepreciaes Acumuladas so contas de natureza credora, mas devem ser

    classificadas no Ativo, pois so contas retificadoras deste.

    A conta Banco Conta-Corrente com saldo credor representaobrigao para a empresa, portanto deve ser classificada no Passivo

    Circulante.

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    295. CONSIDERAES IMPORTANTES SOBRE AS SOCIEDADES POR AES

    Em funo de suas especificidades, a seguir so apresentadas outras consideraes relevantesacerca das demonstraes contbeis das sociedades por aes, cujos contedos foram extrados da legislaoordinria e da literatura contbil mencionada na Bibliografia:

    TIPOS DE SOCIEDADES POR AES (LEI N 6.404/76)

    1. Sociedade Annima

    Tambm denominada de companhia.

    Tem o seu capital dividido em aes e a responsabilidade dos sciosacionistas limitada ao preo de emisso das aes subscritas ouadquiridas (art. 1 da Lei n 6.404/76).

    Os acionistas tm interesse em adquirir suas aes para obter as seguintesvantagens: dividendos, bonificao, valorizao e direito de subscrio.

    Seus rgos representativos so: assemblia geral (representativo dosacionistas poder legislativo), conselho de administrao (deliberativo),diretoria (executivo) e conselho fiscal (fiscalizador).

    As principais formas de concentrao so: fuso, incorporao, consrcios,controladas e coligadas e grupo de sociedades.

    A forma de transformao a ciso.

    2. Sociedade Comanditapor Aes

    Regulada pelos arts. 280 a 284 da Lei n 6.404/76.

    Tem o capital dividido em aes e rege-se pelas normas relativas scompanhias ou sociedades annimas.

    A sociedade pode comerciar sob firma ou razo social, da qual s faz parteos nomes dos scios diretores ou gerentes.

    So, ilimitada e solidariamente, responsveis pelas obrigaes sociais, osque, por seus nomes, figurarem na firma ou razo social.

    Fonte: ESTRUTURA E ANLISE DE BALANOS UM ENFOQUE ECONMICO-FINANCEIRO, ALEXANDRE ASSAF NETO, Atlas, 2000. So Pau lo.

    TIPOS DE SOCIEDADES ANNIMAS

    1. Companhia Fechada

    aquela cujos valores mobilirios de sua emisso no so colocados emnegociao nas bolsas de valores.

    Os recursos de capital prprio necessrios no so captados publicamenteno mercado, provendo basicamente da poupana dos prprios acionistas.

    Em funo dessa caracterstica, a companhia fechada tem um nmerolimitado de scios.

    o tipo mais tradicional de sociedade annima.

    2. Companhia Aberta

    aquela cujos valores mobilirios de sua emisso so admitidos negociao em bolsas de valores ou mercado de balco.

    Somente os valores mobilirios de emisso de companhia registrada naComisso de Valores Mobilirios (CVM) podem ser negociados no mercadode valores mobilirios.

    Possui um nmero ilimitado de scios e apresenta melhores condies parauma fcil negociao de suas aes, que constituem-se em excelentealternativa de investimento, atraindo diferentes investidores e recursos para

    o mercado de capitais.Esse tipo de sociedade atua como captadora das poupanas dispersas da

    populao, canalizando-as para as atividades produtivas da economia epermitindo que os pequenos poupadores tornem scios dos grandesempreendimentos.

    A abertura de capital promove maior segurana financeira aos negcios epermite mais rapidamente a soluo de eventuais questes de arranjossocietrios.

    Fonte: ESTRUTURA E ANLISE DE BALANOS UM ENFOQUE ECONMICO-FINANCEIRO, DE ALEXANDRE ASSAF NETO, ED. ATLAS, 2000.SO PAULO.

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    TIPOS DE VALORES MOBILIRIOS DAS SOCIEDADES ANNIMAS

    1. Aes

    Frao negocivel em que se divide o capital social, representativa dosdireitos e obrigaes do acionista. a menor frao em que se divide ocapital.

    So emitidas no caso de aumento de capital por preo no inferior ao depatrimnio lquido, nem inferior ao valor nominal, quando a ao possuirvalor nominal.

    O preo de emisso da ao que ultrapassar o valor nominal ser registradocomo reserva de capital.

    Quando a ao no tiver valor nominal, seu preo de emisso ser fixadopelo rgo competente, que pode destinar parte do preo formao dereserva de capital.

    2. Partes Beneficirias

    Representam um direito de natureza patrimonial, estranho ao capital socialconcedido a fundadores, acionistas ou terceiros, com as caractersticas deum ttulo que d ao seu possuidor um crdito de participao nos lucros daempresa.

    Mesmo quando alienadas, podero ser convertidas em aes, porm ocapital no pode ser aumentado com o produto de sua alienao e simmediante a capitalizao de uma reserva que deve ser criada para essafinalidade, reserva de converso de partes beneficirias.

    3. Bnus de Subscrio

    So ttulos negociveis, emitidos por companhia de capital autorizado, queconfere a seus titulares o direito de subscrever aes da companhiaemitente, cujo direito no exime o seu titular de pagar o preo de emissodas aes.

    O valor da alienao de bnus de subscrio, por equivaler a um gio naemisso de aes, deve ser registrado como reserva de capital.

    4. Debntures

    So ttulos negociveis, estranhos ao capital social, que conferem direito ecrdito certo contra a companhia, podendo, inclusive, incluir em seu escopopagamento de juros, variao monetria e, at mesmo, participao noslucros.

    O prmio recebido na emisso de debntures destinado reserva decapital, o qual no se confunde com o preo de emisso de debnture, que

    corresponde ao valor do direito de crdito conferido ao seu titular (umaexigibilidade para a companhia emissora).Fonte: CONTABILIDADE SOCIETRIA, JOS LUIZ DOS SANTOS E PAULO SCHMIDT, ATLAS, 2002, SO PAULO.

    OUTRAS CONSIDERAES SOBRE AS SOCIEDADES ANNIMAS

    1. Aes com valor nominal

    So aquelas em que a quantia expressa em dinheiro, determinada peloestatuto, e que corresponde ao preo mnimo que o subscritor pagar pelaao.

    A importncia paga vai, obrigatoriamente, para conta de capital social.

    2. Aes sem valor nominal

    So aquelas que no expressam o valor em dinheiro que representam,embora tenham um valor afervel, nelas no se menciona qualquer valorem moeda corrente.

    A participao dos scios passa a ser medida em razo do nmero deaes de que so titulares, em proporo com o nmero total das aesemitidas pela companhia.

    3. Preo de emisso da ao Corresponde ao preo a ser pago pelos subscritores.

    4. Espcies de aes

    Em funo da natureza dos direitos ou vantagens que conferem a seustitulares, as aes so classificadas nas seguintes espcies:

    ordinrias.

    preferenciais.

    de fruio.

    5. Aes ordinrias Pela legislao atual, so aquelas cuja criao obrigatria em todas ascompanhias.

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    31Conferem ao seu titular o direito de voto pleno ou restrito.Atualmente, comungam dos mesmos direitos inerentes s aes

    preferenciais.

    6. Aes preferenciais

    So aquelas para as quais o estatuto outorga determinados privilgiospatrimoniais em relao s aes ordinrias, podendo, em contrapartida,deixar de conferir-lhes o direito de voto, ou restringi-lo.

    As preferncias ou vantagens das aes preferenciais podem consistir:

    em prioridade na distribuio de dividendo, fixo ou mnimo.

    em prioridade no reembolso de capital.

    na acumulao das preferncias e vantagens enumeradas.

    7. Aes de fruioSo aquelas emitidas em substituio das aes de outras espcies,

    resultantes das operaes de amortizao de aes ordinrias oupreferenciais.

    8. Aes em circulao So todas as aes da companhia, exceto as aes a integralizar e asaes em tesouraria.

    9. Amortizao de aesConsiste na distribuio aos acionistas, a ttulo de antecipao e sem

    reduo de capital social, de quantias que lhes poderiam tocar em casode liquidao da companhia.

    10. Reembolso de aes

    a operao pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia paga

    aos acionistas dissidentes de deliberao da assemblia geral o valor desuas aes.

    11. Resgate de aes Consiste no pagamento do valor das aes para retir-las definitivamentede circulao, com reduo ou no do capital social.

    12. Aes em tesouraria

    Esta conta representa as aes da companhia que foram adquiridas pelaprpria sociedade nas operaes permitidas pelo art. 30 da Lei n6.404/76.

    Devem ser contabilizadas a preo de custo de compra.As aes em tesouraria devem ser apresentadas no balano patrimonial

    como deduo da conta do patrimnio lquido que registrar a origem dosrecursos aplicados em sua aquisio (art. 182, 5, da Lei n 6.404/76).

    Nas sociedades limitadas so denominadas de quotas liberadas, sendo,

    igualmente, classificadas como conta retificadora do patrimnio lquido.

    13. Dividendo

    Pela legislao atual, dividendo o montante do lucro que se divide pelonmero de aes, se constituindo na parcela de lucro relativa a cadaao, isto , o rendimento proporcionado pela ao.

    Enfim, os dividendos representam destinaes de lucro lquido doexerccio, de lucros acumulados ou de reserva de lucros, para osacionistas da sociedade.

    A forma de distribuio de dividendos regulada pelo estatuto social.

    14. Dividendo obrigatrio

    o devido a todas as aes, sejam ordinrias ou preferenciais, e foiintroduzido na legislao societria para evitar que os lucros fosse retidosindefinidamente pela companhia em detrimento da distribuio dedividendos almejada pelos acionistas minoritrios.

    A sua base de clculo o valor do lucro lquido ajustado (art. 202 da lei n6.404/76, alterado pela Lei n 10.303/01).

    15. Exerccio social

    o espao de tempo objeto da apurao do resultado da gesto.Tem durao de um ano e a data do seu trmino fixada no estatuto,

    sendo que na constituio da companhia e nos casos de alteraoestatutria pode ter durao diversa (art. 175, pargrafo nico, da Lei n6.404/76).

    Ao final de cada exerccio social, a companhia deve elaborar, com basena escriturao mercantil de suas atividades, as demonstraescontbeis, que devem exprimir com clareza a situao do patrimnio dacompanhia e as mutaes ocorridas no exerccio.

    16. Capital autorizado o limite estabelecido em valor ou em nmero de aes, pelo qual o

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    Paulo Henrique Alves Parreira

    32estatuto autoriza o Conselho de Administrao a aumentar o capital socialda companhia, independentemente de reforma estatutria, dando maisflexibilidade empresa, o que particularmente til em poca deexpanso, que periodicamente requer novas injees de capital.

    A informao do valor do Capital Autorizado til e deve ser divulgadanas demonstraes contbeis, podendo ser dada no prprio balano, nadescrio da conta Capital, ou tambm ser mencionada no topo dasdemonstraes contbeis, podendo, ainda, constar de uma nota

    explicativa.17. Incorporao desociedades

    a operao pela qual uma ou mais sociedades so absorvidas poroutra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigaes.

    18. Fuso de sociedades a operao pela qual se unem duas ou mais sociedades para formarsociedade nova, que lhes sucede em todos os direitos e obrigaes.

    19. Ciso de sociedade

    a operao pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimniopara uma ou mais sociedades, constitudas para esse fim ou j existentes,extinguindo-se a companhia cindida, se houver verso de todo o seupatrimnio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a verso.

    Fonte:1. MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AES, EQUIPE DE PROFESSORES DA USP, ATLAS, 2003, SO PAULO.2. CONTABILIDADE SOCIETRIA, JOS LUIZ DOS SANTOS E PAULO SCHMIDT, ATLAS, 2002, SO PAULO.

    BASE DE CLCULO DO DIVIDENDO OBRIGATRIOPOR AO

    DEMONSTRATIVO DO NMERO DE AES EMCIRCULAO

    ( + ) Lucro Lquido do Exerccio Composio do Capital Social N de Aes

    ( ) Prejuzos Acumulados Nmero de Aes (Estatuto) 10.000

    ( ) Reserva Legal (constituda) Aes Ordinrias 8.000

    ( ) Reserva para Contingncia (constituda) Aes Preferenciais 2.000

    ( + ) Reverso de Reserva para Contingncia Aes Ordinrias a Integralizar (1.000)

    ( = ) Lucro Lquido Ajustado antes da RLR Total de Aes em Circulao 9.000( x ) Percentual Estabelecido no Estatuto( = ) Dividendo Obrigatrio antes da RLR

    ( ) Reserva de Lucros a Realizar RLR (constituda)( + ) Realizao de Reserva de Lucros a Realizar( = ) Dividendo Obrigatrio( / ) Nmero de Aes em Circulao( = ) Dividendo Obrigatrio por Ao

    Fonte: CONTABILIDADE SOCIETRIA, JOS LUIZ DOS SANTOS E PAULO SCHMIDT, ATLAS, 2002, SO PAULO.

  • 5/21/2018 Apostila Contabilidade Avan ada-Encarte I(1).pdf

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