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 CURSO DE COBRANÇA CURSO DE COBRANÇA PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS 16 a 18 de outubro de 2012  Auditóri o da DPO/PTA - Araraquara

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  • CURSO DE COBRANACURSO DE COBRANA

    PELO USO DOS RECURSOS HDRICOSPELO USO DOS RECURSOS HDRICOS

    1 6 a 1 8 d e o u t u b r o d e 2 0 1 2

    A u d i t r i o d a D P O / P T A - A r a r a q u a r a

  • P

    PRROOGGRRAAMMAA DDEE CCUURRSSOO DDEE CCOOBBRRAANNAA PPEELLOO UUSSOO DDOOSS RREECCUURRSSOOSS HHDDRRIICCOOSS 1 6 a 1 8 d e o u t u b r o d e 2 0 1 2

    Local : Auditrio da DPO/PTA - Araraquara

    Tera-feira Horrio A t i v i d a d e

    13:30 - Abertura: DAEE/DPO; apresentao geral do contedo do Programa Leila de Carvalho Gomes Diretoria de Procedimentos de Outorga - DPO

    13:40 as 15:30

    - Legislao da Cobrana pelo uso da gua

    Lei 12.183, de 29/12/2005; Decreto n 50.667, de 30 de maro de 2006, explicando a base de calculo da

    cobrana (frmula, base de calculo, etc.); Deliberao CRH n 63, de 04 de setembro de 2006:

    Aprova procedimentos, limites e condicionantes para cobrana pela utilizao de recursos hdricos do Estado de So Paulo;

    Resoluo Conjunta SERHS/SMA n 1, de 22 de dezembro de 2006; Portaria DAEE n 717, de 06 de maio de 2008:

    Estabelece parcelamento de dbitos.

    Luiz Roberto Moretti Diretoria da Bacia do Mdio Tiet - BMT 15:30 as 16:00 - Intervalo Caf 16:00 as 16:30 - Debates.

    16:30 as 17:30 - Panorama geral da cobrana no Estado de So Paulo (estado da arte). Eliseu Ayabe - Diretoria de Recursos Hdricos e Coordenador da CTCOB

    17:30 as 18:00 - Debates. 18:00 - Encerramento das Atividades.

    Quarta-feira Horrio A t i v i d a d e

    - Sistema de Cobrana (Prodesp) Apresentao do Banco de Dados da Prodesp e suas ferramentas para a

    aplicao da cobrana. Luiz Setsuo Aragaki - Diretoria de Procedimentos de Outorga - DPO 8:30 as 9:30 - Ato Convocatrio Explicao dos procedimentos do Ato Convocatrio, desde a emisso da

    correspondncia at a consistncia dos dados. Leila de Carvalho Gomes e Luiz Setsuo Aragaki - Diretoria de Procedimentos de Outorga - DPO

    9:30 as 10:00 - Debates. 10:00 as 10:30 - Intervalo Caf

    10:30 as 11:30 - Procedimentos Operacionais da Cobrana adotados no Paraba do Sul (Paulista) Nazareno Mostarda e Marcos Leal - Diretoria de Bacia do Paraiba do Sul e Litoral Norte - BPB

    11:30 as 12:00 - Debates. 12:00 as 13:30 - Intervalo almoo

    13:30 as 14:30 - Procedimentos Operacionais da Cobrana adotados no Alto Tiet e Baixada

    Santista Seica Ono e Rui Selmer Diretoria da Bacia do Alto Tiet - BAT

    14:30 as 15:00 - Debates. 15:00 as 15:30 - Intervalo Caf

    15:30 as 16:30 - Procedimentos Operacionais da Cobrana adotados no PCJ.

    Caroline Tubero Bacchi Diretoria de Recursos Hdricos da Bacia do Mdio Tiet - BMT 16:30 as 17:00 - Debates. 17:00 as 18:00 - Atividade: Exerccios sobre cobrana (exemplos).

    18:00 - Encerramento das Atividades. Quinta-feira

    Horrio A t i v i d a d e

    8:00 as 10:30 - Atividade: Questionamento dos usurios Apresentao de e-mails com questionamento dos usurios;

    10:30 as 11:00 - Intervalo Caf

    11:00 as 12:00 - Discusso das atividades e levantamento das principais dificuldades do DAEE para implementao da cobrana. 12:00 - Encerramento das atividades

  • (Transcrito do DOE de 30/12/2005)

    LEI N 12.183, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2005

    Dispe sobre a cobrana pela utilizao dos recursos hdricos do domnio do Estado de So Paulo, os procedimentos para fixao dos seus limites, condicionantes e valores d outras providncias O GOVERNADOR DO ESTADO DE SO PAULO:

    Fao saber que a Assemblia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

    SEO I

    Do Objetivo e da Implantao da Cobrana

    Artigo 1 -A cobrana pela utilizao dos recursos hdricos objetiva:

    I reconhecer a gua como bem pblico de valor econmico e dar ao usurio uma indicao de seu real valor;

    II -incentivar o uso racional e sustentvel da gua;

    III -obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenes contemplados nos planos de recursos hdricos e saneamento, vedada sua transferncia para custeio de quaisquer servios de infra-estrutura;

    IV distribuir o custo scio-ambiental pelo uso degradador e indiscriminado da gua;

    V utilizar a cobrana da gua como instrumento de planejamento, gesto integrada e descentralizada do uso da gua e seus conflitos.

    Artigo 2 -A cobrana pela utilizao dos recursos hdricos ser vinculada implementao de programas, projetos, servios e obras, de interesse pblico, da iniciativa pblica ou privada, definidos nos Planos de Recursos Hdricos, aprovados previamente pelos respectivos Comits de Bacia e pelo Conselho Estadual de Recursos Hdricos.

    1 -O produto da cobrana estar vinculado s bacias hidrogrficas em que for arrecadado, e ser aplicado em financiamentos, emprstimos, ou a fundo perdido, em conformidade com o aprovado pelo respectivo Comit de Bacia, tendo como agente financeiro instituio de crdito designada pela Junta de Coordenao Financeira, da Secretaria da Fazenda do Estado de So Paulo, nas condies a serem definidas em regulamento.

    2-Podero obter recursos financeiros provenientes da cobrana os usurios de recursos hdricos, inclusive os da iniciativa privada, e os rgos e entidades participantes de atividades afetas ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos, na forma definida em regulamento, exceto os usurios isentos por lei.

    3 -Desde que haja proporcional benefcio para a bacia sob sua jurisdio, o Comit poder, excepcionalmente, decidir pela aplicao em outra bacia de parte do montante arrecadado.

    4 -Dever ser aplicada parte dos recursos arrecadados na conservao do solo e na preservao da gua em zona rural da Bacia, nos termos da regulamentao, respeitando-se o estabelecido no respectivo Plano de Bacias, obedecidas as caractersticas de cada uma delas.

    LEI N 12.183, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2005 1 / 8

  • Artigo 3 -A implantao da cobrana prevista nesta lei ser feita com a participao dos Comits de Bacia, de forma gradativa e com a organizao de um cadastro especfico de usurios de recursos hdricos.

    Artigo 4 -O acompanhamento e a fiscalizao da aplicao dos recursos da cobrana, junto a cada um dos comits de bacias ser efetuada de acordo com a legislao vigente.

    Pargrafo nico -A Assemblia Legislativa do Estado, por meio de suas Comisses competentes, efetuar o acompanhamento e a fiscalizao da aplicao dos recursos da cobrana, para cujos membros sero disponibilizadas todas as informaes solicitadas.

    Artigo 5 -Esto sujeitos cobrana todos aqueles que utilizam os recursos hdricos.

    1 -A utilizao de recursos hdricos destinada s necessidades domsticas de propriedades e de pequenos ncleos populacionais distribudos no meio rural estar isenta de cobrana quando independer de outorga de direito de uso, conforme legislao especfica.

    2 -Os responsveis pelos servios pblicos de distribuio de gua no repassaro a parcela relativa cobrana pelo volume captado dos recursos hdricos aos usurios finais residenciais, desde que seja comprovado o estado de baixa renda do consumidor, nas condies a serem definidas em regulamento.

    3 -A cobrana para fins de gerao de energia eltrica seguir o que dispuser a legislao federal.

    4 -A utilizao de recursos hdricos por micro e pequenos produtores rurais ser isenta de cobrana, conforme dispuser a regulamentao.

    5 -vetado

    Artigo 6 -A fixao dos valores para a cobrana pela utilizao dos recursos hdricos obedecer aos seguintes procedimentos:

    I -estabelecimento dos limites e condicionantes pelo Conselho Estadual de Recursos Hdricos;

    II -proposta, pelos Comits de Bacia Hidrogrfica, dos programas quadrienais a serem efetivamente realizados, das parcelas dos investimentos a serem cobertos com o produto da cobrana, e dos valores a serem cobrados na Bacia;

    III -referenda, pelo Conselho Estadual de Recursos Hdricos, das propostas dos Comits, de programas quadrienais de investimentos e dos valores da cobrana;

    IV -aprovao e fixao dos valores a serem aplicados em cada Bacia Hidrogrfica, por decreto do Governador do Estado.

    1 -Da proposta, pelo Comit de Bacia Hidrogrfica, dos valores a serem cobrados na Bacia, caber recurso administrativo ao Conselho Estadual de Recursos Hdricos, na forma a ser definida em regulamento.

    2 -As decises do Conselho Estadual de Recursos Hdricos e dos Comits de Bacia sobre a fixao dos limites, condicionantes e valores da cobrana pela utilizao dos recursos hdricos sero tomadas por maioria simples, mediante votos dos representantes da Sociedade Civil, dos Municpios e do Estado, os quais tero os seguintes pesos:

    1 - 40% (quarenta por cento), os votos dos representantes de entidades da sociedade civil,

    LEI N 12.183, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2005 2 / 8

  • fixado em 70% (setenta por cento), no contexto destas, o peso dos votos das entidades

    representativas de usurios pagantes de recursos hdricos;

    2 - 30% (trinta por cento), os votos dos representantes dos Municpios;

    3 - 30% (trinta por cento), os votos dos representantes do Estado.

    Artigo 7 -A cobrana ser realizada:

    I -pela entidade responsvel pela outorga de direito de uso nas Bacias Hidrogrficas

    desprovidas de Agncias de Bacias;

    II -pelas Agncias de Bacias.

    Pargrafo nico -O produto da cobrana correspondente Bacia em que for arrecadado ser

    creditado na subconta do Fundo Estadual de Recursos Hdricos -FEHIDRO, de acordo com as

    condies a serem definidas em regulamento, devendo ser repassadas:

    1 conta geral do Fundo, a parcela correspondente aos emprstimos contratados pelo Estado, aprovados pelo Comit ligado Bacia;

    2 conta geral do Fundo, a quota-parte que couber Bacia, necessria implantao e desenvolvimento

    das bases tcnicas e instrumentos da Poltica Estadual de Recursos Hdricos, conforme deliberado pelo Conselho Estadual de Recursos Hdricos;

    3 s subcontas de outras bacias, as quantias que nelas devam ser aplicadas e que beneficiem a regio

    onde forem arrecadadas. Artigo 8 -O modo e a periodicidade da cobrana sero definidos pelos Comits de Bacia, em funo das respectivas peculiaridades e convenincias.

    SEO II

    Dos Critrios Gerais para a Cobrana

    Artigo 9 -A fixao dos valores a serem cobrados pela utilizao dos recursos hdricos

    considerar:

    I na captao, extrao e derivao:

    a) a natureza do corpo d'gua superficial e subterrneo;

    b) a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo d'gua no local do uso ou

    da derivao;

    c) a disponibilidade hdrica local;

    d) o grau de regularizao assegurado por obras hidrulicas;

    e) o volume captado, extrado ou derivado e seu regime de variao;

    f) o consumo efetivo ou volume consumido, calculado pela diferena entre o volume captado e o

    LEI N 12.183, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2005 3 / 8

  • volume devolvido, dentro dos limites da rea de atuao do Comit de Bacia, ou pelo volume exportado para fora desses limites, segundo o tipo de utilizao da gua e seu regime de variao;

    g) a finalidade a que se destinam;

    h) a sazonalidade;

    i) as caractersticas dos aqferos;

    j) as caractersticas fsico-qumicas e biolgicas da gua no local;

    k) a localizao do usurio na Bacia;

    l) as prticas de conservao e manejo do solo e da gua;

    II -na diluio, transporte e assimilao de efluentes:

    a) a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo dgua receptor no local;

    b) o grau de regularizao assegurado por obras hidrulicas;

    c) a carga lanada e seu regime de variao, ponderando-se os parmetros orgnicos e fsico-qumicos dos

    efluentes;

    d) a natureza da atividade;

    e) a sazonalidade;

    f) a vulnerabilidade dos aqferos;

    g) as caractersticas fsico-qumicas e biolgicas do corpo receptor no local do lanamento;

    h) a localizao do usurio na Bacia; e

    i) as prticas de conservao e manejo do solo e da gua;

    III -outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da gua existente em um

    corpo d'gua.

    1 -A fixao dos valores a serem cobrados, de que trata este artigo, ter por base o volume

    captado, extrado, derivado e consumido, bem como a carga dos efluentes lanados nos corpos dgua.

    2 -Os Comits de Bacia podero propor diferenciao dos valores a serem cobrados, em funo de critrios e parmetros definidos em regulamento, que abranjam a qualidade e disponibilidade de recursos hdricos, de acordo com as peculiaridades das respectivas unidades hidrogrficas.

    3-Sero adotados mecanismos de compensao e incentivos para os usurios que devolverem a gua em qualidade superior quela determinada em legislao e normas regulamentares.

    SEO III

    LEI N 12.183, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2005 4 / 8

  • Das Bases de Clculo para a Cobrana

    Artigo 10 -As entidades responsveis pela outorga de direito de uso, pelo licenciamento de atividades poluidoras, e as Agncias de Bacias mantero cadastro integrado de dados e informaes, a serem fornecidos pelos usurios em carter obrigatrio, que possibilitem determinar as quantidades sujeitas cobrana, facultado ao usurio acesso a seus dados cadastrais.

    1 -Para a elaborao do cadastro os agentes responsveis podero contar com o suporte tcnico dos demais rgos do Governo.

    2 -O cadastro de dados e informaes de que trata o "caput" deste artigo ser definido em regulamento.

    Artigo 11 -O volume consumido ser avaliado em funo do tipo de utilizao da gua, pela multiplicao do volume captado, extrado ou derivado por um fator de consumo, a ser definido em regulamento.

    Artigo 12 -O valor a ser cobrado por captao, extrao, derivao e consumo resultar da multiplicao dos respectivos volumes captados, extrados, derivados e consumidos pelos correspondentes valores unitrios, e pelo produto dos coeficientes que considerem os critrios estabelecidos no artigo 9, respeitado o limite mximo correspondente a 0,001078 UFESP (um mil e setenta e oito milionsimos de UFESP) por m captado, extrado ou derivado.

    Pargrafo nico -Na hiptese de extino da UFESP, o limite a que se refere o "caput" ser definido com base na legislao que vier a substitu-la.

    Artigo 13 -Na diluio, transporte e assimilao de efluentes, os parmetros a serem considerados e as cargas referentes a cada um deles, por atividade, sero definidos em regulamento.

    Artigo 14 -A carga lanada ser avaliada, em funo da atividade do usurio, pela multiplicao da carga produzida por um fator de tratamento, conforme condies a serem definidas em regulamento.

    Artigo 15 -O valor a ser cobrado pela utilizao dos recursos hdricos para a diluio, transporte e assimilao das cargas lanadas nos corpos dgua resultar da soma das parcelas referentes a cada parmetro, respeitado o teto de 3 vezes o valor a ser cobrado por captao, extrao, derivao e consumo desde que estejam sendo atendidos os padres de lanamentos estabelecidos pela legislao ambiental vigente.

    Artigo 16 -Se o usurio ou qualquer das entidades encarregadas da cobrana julgar inconsistentes as quantidades calculadas, podero estas ser revistas com base em valores resultantes de medio direta dos volumes captados, extrados, derivados, consumidos e das cargas lanadas.

    SEO IV

    Das Sanes

    Artigo 17 -O no-pagamento dos valores da cobrana at a data do vencimento, sem prejuzo de sua cobrana administrativa ou judicial, acarretar:

    I -a suspenso ou perda do direito de uso, outorgado pela entidade competente, a critrio do outorgante, na forma a ser definida em regulamento;

    II -o pagamento de multa de 2% (dois por cento) sobre o valor do dbito;

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  • III -o pagamento de juros moratrios de 1% (um por cento) ao ms.

    Artigo 18 -A informao falsa dos dados relativos vazo captada, extrada, derivada ou consumida e carga lanada pelo usurio, sem prejuzo das sanes penais, acarretar:

    I -o pagamento do valor atualizado do dbito apurado, acrescido de multa de 10% (dez por cento) sobre seu valor, dobrada a cada reincidncia; II - a cassao do direito de uso a critrio do outorgante, a ser definida em regulamento. Artigo 19 -Das sanes de que trata o artigo anterior caber recurso autoridade administrativa competente, nos termos a serem definidos em regulamento.

    Artigo 20 -A regulamentao desta lei se far no prazo de 180 (cento e oitenta) dias de sua publicao, mediante proposta do Conselho Estadual de Recursos Hdricos, ouvidos os Comits de Bacias Hidrogrficas.

    Pargrafo nico -O regulamento ser estabelecido de forma clara e objetiva de maneira a possibilitar o melhor entendimento possvel, especialmente pelos usurios de recursos hdricos.

    Artigo 21 -Esta lei e suas Disposies Transitrias entram em vigor na data de sua publicao, ficando expressamente revogados o inciso III do artigo 7 das Disposies Transitrias da Lei n 7.663, de 30 de dezembro de 1991 e o artigo 31 das Disposies Transitrias da Lei n 9.034, de 29 de dezembro de 1994, retroagidos os efeitos, quanto a esta, data da respectiva publicao.

    SEO V

    Disposies Transitrias

    Artigo 1 -Os usurios urbanos e industriais dos recursos hdricos estaro sujeitos cobrana efetiva somente a partir de 1 de janeiro do ano de 2006.

    Pargrafo nico -Os demais usurios estaro sujeitos cobrana somente a partir de 1 de janeiro do ano de 2010.

    Artigo 2 -O Poder Executivo dever propor, dentro dos 24 (vinte e quatro) meses seguintes aprovao desta lei, as leis especficas, previstas na Lei n 9.866/97, referentes s reas de Proteo e Recuperao de Mananciais das Sub-Bacias do Guarapiranga, Cotia, Billings, Tiet-Cabeceiras e Juqueri-Cantareira, nos limites da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hdricos do Alto Tiet.

    Pargrafo nico -Na hiptese de no-aprovao das leis referidas no artigo anterior, em at 24 (vinte e quatro) meses aps a sano ou promulgao desta lei, o montante arrecadado a partir do primeiro dia subseqente ao perodo citado, no Estado, ficar retido nas subcontas do Fundo Estadual de Recursos Hdricos FEHIDRO.

    Artigo 3 -O Comit da Bacia Hidrogrfica do Alto Tiet dever destinar, pelo perodo de 10 (dez) anos, no mnimo 50% (cinqenta por cento) dos recursos de investimento oriundos da cobrana para conservao, proteo e recuperao das reas de mananciais que atendam a sua rea de atuao.

    Artigo 4 -A cobrana pela utilizao de recursos hdricos para abastecimento das operadoras pblicas e privadas do servio de saneamento (abastecimento de gua e esgotamento sanitrio), devido s suas peculiaridades de uso, ser de 50% (cinqenta por cento) do valor a ser cobrado dos usurios de recursos hdricos, at dezembro de 2009, mediante comprovao conforme dispuser o regulamento, da realizao de

    LEI N 12.183, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2005 6 / 8

  • investimentos com recursos prprios ou financiamentos onerosos, em estudos, projetos e obras destinadas ao afastamento de esgotos (exceto redes) e tratamento dos mesmos.

    Artigo 5 -Excluem-se do disposto no 4 do artigo 2 as Bacias da Baixada Santista e do Alto Tiet, levando em considerao suas caractersticas de conurbao.

    Palcio dos Bandeirantes, 29 de dezembro de 2005 GERALDO ALCKMIN

    Mauro Guilherme Jardim Arce

    Secretrio de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento

    Fbio Augusto Martins Lepique

    Secretrio-Adjunto, Respondendo pelo Expediente da Casa Civil

    Publicada na Assesoria Tcnico-Legislativa, aos 29 de dezembro de 2005

    VETO PARCIAL AO PROJETO DE LEI N 676 DE 2000

    MENSAGEM N 181 DO SR GOVERNADOR DO ESTADO

    So Paulo, 29 de dezembro de 2005

    Tenho a honra de levar ao conhecimento de Vossa Excelncia, para os devidos fins, que, nos termos do artigo 28, 1 , combinado com o artigo 47, inciso IV, da Constituio do Estado, resolvo vetar, parcialmente, o Projeto de lei n 676, de 2000, aprovado por essa nobre Assemblia, conforme Autgrafo n 26.635.

    De minha iniciativa, a propositura dispe sobre a cobrana pela utilizao dos recursos hdricos do domnio do Estado de So Paulo, os procedimentos para fixao de seus limites, condicionantes e valores, e d outras providncias.

    O texto por mim encaminhado sofreu modificaes provenientes da aprovao da Emenda Aglutinativa n 59, oferecida por ilustres representantes dessa Casa Legislativa.

    Em que pese, todavia, o apreo que sempre dispensei s judiciosas intervenes desse Parlamento, buscando aprimorar as propostas oriundas do Executivo, no posso acolher integralmente as aludidas alteraes, fazendo, destarte, recair o veto sobre o 5 do artigo 5, em face de sua inconstitucionalidade e das ponderveis razes oferecidas pela Secretaria de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento, que recomendam a impugnao da regra nele contida.

    O artigo 22, inciso IV, da Carta da Repblica, outorga Unio competncia privativa para legislar sobre guas e energia. Ao criar regra de iseno de cobrana pela utilizao de recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica, o 5 do artigo 5 invade rea reservada ao Poder Central.

    No exerccio dessa competncia, e com fulcro no 1 do artigo 20 da Constituio Federal, a Unio editou a Lei n 7.990, de 28 de dezembro de 1989, que instituiu, para os Estados, Distrito Federal e Municpios, compensao financeira pelo resultado da explorao de petrleo ou gs natural, de recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica, de recursos minerais em seus respectivos territrios, plataforma continental, mar territorial ou zona econmica exclusiva.

    LEI N 12.183, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2005 7 / 8

  • Registre-se, a propsito, que o artigo 4 da referida lei previu taxativamente hipteses de iseno do pagamento dessa compensao.

    Ainda, em obedincia s disposies constitucionais, foi promulgada a Lei federal n 9.984, de 17 de julho de 2000, que disps sobre a criao da Agncia Nacional de guas -ANA, entidade autrquica federal de implementao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos e de coordenao do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos, e, no artigo 28, fixou em 6,75% (seis inteiros e setenta e cinco centsimos por cento) a compensao financeira pela utilizao de recursos hdricos a que se refere a Lei federal n 7.990/98. Cuidou referido dispositivo, tambm, de decompor o valor devido, destinando 6% (seis por cento) do valor da energia produzida para distribuio entre os entes federados, e 0,75% (setenta e cinco centsimos por cento) desse valor ao Ministrio do Meio Ambiente, constituindo essa ltima parcela pagamento pelo uso de recursos hdricos.

    Em abono desse entendimento, vale destacar que o 3 acrescido ao artigo 5 do projeto por via de emenda, a qual acolho, em harmonia com os ditames constitucionais, remete, como de rigor, a cobrana pela utilizao de recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica ao regime fixado na legislao federal.

    Como se v, a matria est amplamente disciplinada pela Unio, ente poltico que detm competncia privativa para o exerccio do poder legisferante, ostentando o dispositivo impugnado, em consequncia, irremissvel vcio de inconstitucionalidade material.

    Expostas as razes que me induzem a vetar, parcialmente, o Projeto de Lei n 676, de 2000, restituo o assunto ao oportuno exame dessa ilustre Assemblia.

    Reitero a Vossa Excelncia os protestos de minha alta considerao.

    Geraldo Alckmin

    GOVERNADOR DO ESTADO

    A Sua Excelncia o Senhor Deputado Jorge Caruso, 1 Vice-Presidente no exerccio da Presidencia da Assemblia Legislativa do Estado.

    LEI N 12.183, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2005 8 / 8

  • DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 Regulamenta dispositivos da Lei n 12.183 de 29 de dezembro de

    2005, que trata da cobrana pela utilizao dos recursos hdricos do

    domnio do Estado de So Paulo, e d providncias correlatas.

    GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de So Paulo, no uso de suas atribuies legais,

    Decreta:

    SEO I

    Disposies Gerais

    Artigo 1 -Este decreto regulamenta a cobrana pela utilizao de recursos hdricos do domnio do Estado

    de So Paulo dos usurios urbanos e industriais, conforme estabelecido pelo artigo 1 das Disposies

    Transitrias da Lei 12.183, de 29 de dezembro de 2005.

    Artigo 2 -A cobrana pela utilizao dos recursos hdricos superficiais e subterrneos do domnio do Estado

    de So Paulo, os procedimentos para fixao dos seus limites, condicionantes e valores reger-se- pelas

    disposies da Lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005, deste decreto e demais atos administrativos

    decorrentes.

    Artigo 3 -Para efeito da aplicao deste decreto, entende-se por bacia, bacia hidrogrfica e unidade

    hidrogrfica cada uma das Unidades Hidrogrficas de Gerenciamento de Recursos Hdricos -UGRHIs

    definidas pelo artigo 4 da Lei n 9.034, de 27 de dezembro de 1994, ou outra que vier a substitu-la.

    Pargrafo nico -Os Comits de Bacias Hidrogrficas -CBHs com atuao em mais de uma UGRHI

    podero adotar o conceito de bacia definido no "caput" para a totalidade de sua rea de atuao.

    SEO II

    Dos Objetivos da Cobrana

    Artigo 4 -A cobrana pelo uso dos recursos hdricos tem por objetivos:

    I -reconhecer a gua como um bem pblico de valor econmico e dar ao usurio uma indicao de seu real

    valor;

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 1 / 19

  • II -incentivar o uso racional e sustentvel da gua;

    III -obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenes contemplados nos planos

    de recursos hdricos e saneamento, vedada sua transferncia para custeio de quaisquer servios de infra-

    estrutura;

    IV -distribuir o custo scio-ambiental pelo uso degradador e indiscriminado da gua;

    V -utilizar a cobrana da gua como instrumento de planejamento, gesto integrada e descentralizada do

    uso da gua e seus conflitos.

    1 -Consideram-se servios de infra-estrutura, para os fins do inciso III deste artigo, aqueles relativos ao

    sistema de abastecimento de gua; coleta, afastamento e tratamento de esgotos; coleta e tratamento de

    lixo; e drenagem urbana.

    2 -O custeio dos servios de infra-estrutura compreende o pagamento de despesas com pessoal,

    servios de reposio e manuteno em equipamentos e instalaes.

    Artigo 5 -Esto sujeitos cobrana todos os usurios que utilizam os recursos hdricos superficiais e

    subterrneos.

    1 -Ficam isentos da cobrana prevista no " "caput" " deste artigo:

    1. os usurios que se utilizam da gua para uso domstico de propriedades ou pequenos ncleos

    populacionais distribudos no meio rural quando independer de outorga de direito de uso, conforme dispuser

    ato administrativo do Departamento de guas e Energia Eltrica DAEE, nos termos dos 1 e 2 do artigo

    1 do Regulamento aprovado pelo Decreto n 41.258, de 31 de outubro de 1996, acrescentados pelo artigo

    36 deste decreto.

    2. os usurios com extrao de gua subterrnea em vazo inferior a cinco metros cbicos por dia que

    independem de outorga, conforme disposto no artigo 31, 3, do Decreto n 32.955, de 07 de fevereiro de

    1991.

    2 -Sero considerados usurios finais de baixa renda, aos quais os servios pblicos de distribuio de

    gua no repassaro a parcela relativa cobrana pelo volume captado dos recursos hdricos, nos termos

    do 2 do artigo 5 da Lei n 12.183 de 29 de dezembro de 2005, aqueles que se enquadrarem nas

    seguintes condies:

    1. os classificados na categoria tarifa social ou equivalente, nos respectivos cadastros das concessionrias

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 2 / 19

  • pblicas ou privadas dos servios de gua e esgoto no seu municpio;

    2. nos municpios onde a estrutura tarifria no contemple a tarifa social ou equivalente, os inscritos nos

    cadastros institucionalmente estabelecidos dos programas sociais dos Governos Municipais, Estadual ou

    Federal ou que estejam cadastrados como potenciais beneficirios desses programas.

    3 - A cobrana para fins de gerao de energia eltrica seguir o que dispuser a legislao federal.

    SEO III

    Do Cadastro de Usurios Artigo 6 -O cadastro de usurios de recursos hdricos, especfico para a cobrana de que tratam os artigos

    3 e 10 da Lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005, ser realizado pelo Departamento de guas e

    Energia Eltrica -DAEE, em articulao com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental -

    CETESB e em parceria com as Agncias de Bacias Hidrogrficas no mbito de suas respectivas

    competncias, mediante ato convocatrio do DAEE, por bacia hidrogrfica, no qual ser estabelecido prazo

    a ser atendido pelos usurios.

    1 -O DAEE, a CETESB e as Agncias de Bacia celebraro termos de cooperao tcnica para que as

    informaes cadastrais possam ser compartilhadas entre os mesmos e demais rgos participantes dos

    Sistemas Nacional e Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos.

    2 -Todos usurios de recursos hdricos tero acesso aos respectivos dados constantes do cadastro

    referido no "caput" deste artigo.

    Artigo 7 -No prazo fixado no ato convocatrio, mencionado no artigo anterior, para fim especifico da

    cobrana, os usurios de recursos hdricos devero declarar, no que couber:

    I -os usos no outorgados;

    II -os usos em quantidade superior ao limite estabelecido na outorga de recursos hdricos;

    III -os usos em conformidade com a outorga; e

    IV -a concentrao dos parmetros de carga poluente presentes no efluente final, objeto ou no de

    licenciamento, a serem cobrados de acordo com a Deliberao do respectivo CBH.

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 3 / 19

  • 1-As declaraes objeto dos incisos I e II deste artigo sero consideradas como protocolo de pedido de

    regularizao de outorga de recursos hdricos.

    2 -Resoluo Conjunta a ser publicada pelas Secretarias de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento -

    SERHS e de Meio Ambiente -SMA, estabelecer os procedimentos para a expedio de retificaes ou

    ratificaes dos atos administrativos das outorgas de uso de recursos hdricos do DAEE e do licenciamento

    da CETESB ou de novos atos dessas entidades.

    3 -A partir da declarao, o usurio ter o prazo de 90 (noventa) dias, passvel de prorrogao at 365

    dias, a seu pedido e a critrio do DAEE, para apresentar a documentao exigida na legislao vigente.

    4-No perodo compreendido entre a declarao de uso de recursos hdricos e o ato de deferimento ou

    indeferimento da outorga de recursos hdricos, emitido pelo DAEE, no estar o usurio sujeito

    penalidade prevista no inciso II do Artigo 12 da Lei n 7.663, de 30 de dezembro de 1991, sobre os usos

    declarados.

    5 -Os valores declarados pelo usurio relativos aos incisos I a IV deste artigo sero utilizados como base

    de clculo para a cobrana.

    SEO IV

    Da Base de Clculo da Cobrana

    Artigo 8 -Para efeito de cobrana pelo uso dos recursos hdricos superficiais e subterrneos de que trata o

    "caput" do artigo 1 das Disposies Transitrias da Lei n 12.183 de 29 de dezembro de 2005, so

    classificados os seguintes tipos de usurios de gua:

    I - usurio urbano, pblico ou privado: abrange toda captao, derivao ou extrao de gua destinada

    predominantemente ao uso humano, bem como o consumo de gua e o lanamento de efluentes lquidos

    em corpos d'gua, mesmo fora do permetro urbano, compreendendo:

    a) sistema pblico: aquele sob responsabilidade do poder pblico mesmo que administrado em regime de

    concesso ou permisso; e

    b) soluo alternativa privada: toda modalidade, individual ou coletiva, distinta do sistema sob

    responsabilidade do poder pblico.

    II -usurio industrial: abrange toda captao, derivao ou extrao de gua bem como o consumo de gua

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 4 / 19

  • e o lanamento de efluentes lquidos em corpos d'gua, pelo setor industrial, definido de acordo com a

    classificao nacional de atividades econmicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica -IBGE.

    Artigo 9 -O valor total da cobrana pela utilizao dos recursos hdricos, de cada usurio, para

    o perodo de clculo a ser definido pelo respectivo CBH, ser obtido pela soma das parcelas decorrentes da

    multiplicao dos volumes de captao, derivao ou extrao, de consumo e das cargas de poluentes

    lanadas no corpo hdrico, pelos respectivos Preos Unitrios Finais -PUFs, conforme formulao constante

    do Anexo I deste decreto.

    1 -Os volumes de captao, derivao ou extrao a serem utilizados para o clculo da cobrana sero:

    1. os constantes do ato de outorga, para os usos declarados, conforme dispe o inciso III do artigo 7

    deste decreto;

    2. os declarados pelo usurio, para os usos que se enquadrem nos incisos I e II do artigo 7.

    2 -As concentraes necessrias ao clculo das cargas mencionadas no "caput" sero:

    1. as constantes do processo de licenciamento e respectivo processo de controle de poluio; 2. as declaradas pelo usurio em decorrncia do ato convocatrio previsto no artigo 7 deste decreto

    para as atividades no licenciveis.

    Artigo 10 -Os PUFs sero obtidos atravs da multiplicao dos Preos Unitrios Bsicos -PUBs por

    Coeficientes Ponderadores, conforme expresses constantes do Anexo deste decreto. 1 - Os PUBs, para cada bacia hidrogrfica, devero ser propostos pelos CBHs

    correspondentes, conforme suas especificidades e posteriormente referendados pelo CRH.

    2 -O valor do PUF para captao, extrao ou derivao dever respeitar o limite mximo

    correspondente a 0,001078 UFESP por metro cbico de gua.

    3 -Os valores dos PUBs podero ser aplicados de forma progressiva, a partir da implementao da

    cobrana conforme deliberao do respectivo CBHs.

    4 -Na hiptese de extino da UFESP, o limite a que se refere o 2 deste artigo ser definido com base

    na legislao que vier a substitu-la.

    Artigo 11 -O valor a ser cobrado pela utilizao dos recursos hdricos para a diluio, transporte e

    assimilao das cargas lanadas nos corpos dgua resultar da soma das parcelas referentes a cada

    parmetro, respeitado o teto de 3 vezes o valor a ser cobrado por captao, extrao, derivao e consumo

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 5 / 19

  • desde que estejam sendo atendidos, em todos os seus lanamentos, os padres estabelecidos pela

    legislao ambiental vigente.

    1 -Para clculo do teto estabelecido no "caput" sero considerados todos os usos de recursos hdricos

    relativos a captao, extrao ou derivao e consumo existentes no empreendimento.

    2 -Os valores a serem utilizados para clculo do teto mencionado no "caput" observaro a

    metodologia constante do Anexo deste decreto. Artigo 12 -Os Coeficientes Ponderadores, mencionados no

    artigo 10, alm de permitirem a diferenciao dos valores a serem cobrados, podero servir de mecanismo

    de compensao e incentivo aos usurios conforme previsto nos 2 e 3 do artigo 9 da Lei n 12.183, de

    29 de dezembro de 2005, e sero definidos considerando caractersticas diversas, conforme segue:

    I -para captao, extrao, derivao e consumo devem considerar:

    a) X1 -a natureza do corpo d'gua, superficial ou subterrneo;

    b) X2 -a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo d'gua no local do

    uso ou da derivao;

    c) X3 -a disponibilidade hdrica local;

    d) X4 -o grau de regularizao assegurado por obras hidrulicas;

    e) X5 -o volume captado, extrado ou derivado e seu regime de variao;

    f) X6 -o consumo efetivo ou volume consumido;

    g) X7 -a finalidade do uso;

    h) X8 -a sazonalidade;

    i) X9 -as caractersticas dos aqferos;

    j) X10 -as caractersticas fsico-qumicas e biolgicas da gua;

    l) X11 -a localizao do usurio na bacia;

    m) X12 -as prticas de conservao e manejo do solo e da gua; e

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 6 / 19

  • n) X13 -a transposio de bacia.

    II -para diluio, transporte e assimilao de efluentes, ou seja carga lanada, devem considerar:

    a) Y1 -a classe de uso preponderante do corpo d'gua receptor;

    b) Y2 -o grau de regularizao assegurado por obras hidrulicas;

    c) Y3 -a carga lanada e seu regime de variao;

    d) Y4 -a natureza da atividade;

    e) Y5 -a sazonalidade;

    f) Y6 -a vulnerabilidade dos aqferos;

    g) Y7 -as caractersticas fsico-qumicas e biolgicas do corpo receptor no local do lanamento;

    h) Y8 -a localizao do usurio na bacia; e

    i) Y9 -as prticas de conservao e manejo do solo e da gua.

    III -outros usos e interferncias que alterem o regime, a quantidade e a qualidade da gua

    existente num corpo d'gua, podero ter Coeficientes Ponderadores especficos, a serem

    propostos por deliberao dos respectivos CBHs.

    1 -Os Coeficientes Ponderadores mencionados neste artigo e seus respectivos critrios de

    medio, quando couber, devem ser propostos pelos respectivos CBHs e referendados pelo

    CRH.

    2 -Para definir a compensao e incentivo aos usurios que devolverem a gua em

    qualidade superior quela determinada em legislao e normas complementares, conforme

    disposto no 3 do artigo 9 da Lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005, os Comits de

    Bacias Hidrogrficas devero aplicar coeficiente redutor ao valor atribudo ao parmetro Y3

    referido na alnea "c" do inciso II deste artigo.

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 7 / 19

  • 3 -A critrio do respectivo CBH, o regime de variao referido na alnea e do inciso I,

    poder considerar a relao entre os volumes outorgados ou declarados, de acordo com o

    disposto no artigo 9, e o volume utilizado, conforme metodologia prevista no Anexo deste decreto.

    Artigo 13 -A critrio do usurio, para fins de clculo do valor total a ser pago, os volumes captados,

    extrados ou derivados e lanados podero ser aqueles por ele diretamente medidos, conforme metodologia

    prevista no Anexo deste decreto.

    1 -A medio referida no "caput" deste artigo dever ser feita por meio de equipamentos medidores

    aceitos pelo Departamento de guas e Energia Eltrica -DAEE.

    2 -O usurio que possuir equipamentos conforme descrito no 1 deste artigo dever informar ao

    responsvel pela cobrana na respectiva bacia hidrogrfica, at data a ser definida por este, a previso

    relativa aos volumes de gua a serem captados, extrados ou derivados e lanados, no perodo do

    pagamento, bem como os valores efetivamente medidos no perodo anterior.

    3 -No perodo seguinte ser realizada eventual compensao entre os valores previstos e aqueles

    efetivamente medidos.

    SEO V

    Da Implantao e Suspenso da Cobrana

    Artigo 14 -A cobrana pelo uso de recursos hdricos de domnio do Estado de So Paulo ser implantada

    por bacia hidrogrfica e depender do atendimento s seguintes etapas:

    I -cadastro dos usurios sujeitos cobrana em conformidade com o artigo 6 deste decreto;

    II -aprovao pelo CRH de limites e condicionantes para a cobrana;

    III -aprovao, se ainda no houver, do Plano de Bacias Hidrogrficas previsto no artigo 17 da Lei n 7.663,

    de 30 de dezembro de 1991, pelo respectivo CBH;

    IV -aprovao pelos CBHs de proposta ao CRH contendo os programas quadrienais a serem efetivamente

    realizados, as parcelas de investimentos a serem cobertos com o produto da cobrana, os valores a serem

    cobrados na Bacia, a forma e periodicidade da cobrana;

    V -referenda, pelo CRH, da proposta mencionada no inciso anterior, no que se refere aos programas

    quadrienais de investimentos e dos valores da cobrana;

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 8 / 19

  • VI -aprovao e fixao dos valores a serem aplicados em cada Bacia Hidrogrfica, por decreto especfico.

    Pargrafo nico -Da proposta a que se refere o inciso IV deste artigo devero constar estudos financeiros e

    tcnicos que a fundamentem.

    Artigo 15 -Para efeito da implantao gradativa da cobrana, de que trata o artigo 3, da Lei n 12.183, de

    29 de dezembro de 2005, a parcela referente cobrana pela utilizao dos recursos hdricos para diluio,

    transporte e assimilao de efluentes, dever ser iniciada com o parmetro Demanda Bioqumica de

    Oxignio de 5 dias a 20 C (DBO 5,20).

    Pargrafo nico -Os CBHs, ouvida a CETESB, aps 2 anos da implementao da cobrana na sua rea de

    atuao, podero propor a implantao de outros parmetros de poluio especficos, representativos da

    poluio de recursos hdricos no mbito da sua bacia hidrogrfica.

    Artigo 16 - As estimativas de arrecadao com a cobrana constaro de rubricas especficas do FEHIDRO

    no oramento estadual conforme legislao pertinente.

    Artigo 17 -Para obteno do desconto de 50% (cinqenta por cento) no valor total da cobrana pelo uso de

    recursos hdricos os usurios operadores pblicos e privados dos servios de saneamento, de acordo com o

    previsto no Artigo 4 das disposies transitrias da Lei 12.183, de 29 de dezembro de 2005, devero

    apresentar anualmente Agncia de Bacias ou, na ausncia desta, ao DAEE, os seguintes documentos

    relativos aos investimentos realizados no exerccio anterior na respectiva bacia hidrogrfica, com recursos

    prprios ou financiamentos onerosos:

    I -extratos de contratos celebrados de forma a caracterizar que os objetos dos empreendimentos realizados

    referem-se a estudos, projetos e obras destinadas ao afastamento e tratamento de esgotos, exceto redes

    de coleta de esgoto sanitrio;

    II -planilhas oramentrias constantes dos contratos indicando as atividades a serem consideradas para

    efeito do desconto referido no "caput" deste artigo;

    III -comprovantes de quitao dos pagamentos e de execuo dos servios e obras correspondentes;

    IV -outros documentos solicitados necessrios identificao dos investimentos realizados e respectivos

    pagamentos.

    1 -A concesso do desconto previsto no "caput" deste artigo fica condicionada realizao de

    investimentos correspondentes a, no mnimo, 50% (cinqenta por cento) do valor total a ser cobrado pelo

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 9 / 19

  • uso da gua;

    2 -Do valor total dos investimentos a serem considerados para obteno do desconto de que trata este

    artigo, at 10% (dez por cento) podero referir-se a estudos e projetos, devendo, no mnimo, 90% (noventa

    por cento) abranger obras.

    3 -Para os fins do desconto previsto no "caput" deste artigo, os investimentos devero ser feitos em

    empreendimentos compatveis com as prioridades previstas no Plano de Bacias Hidrogrficas do respectivo

    CBH.

    Artigo 18 -A cobrana poder ser suspensa por deliberao justificada do respectivo CBH, por prazo

    determinado ou indeterminado, mediante referenda do CRH. Artigo 19 -As entidades responsveis pela cobrana pelo uso da gua devero implantar sistema de

    informaes que permita o acesso dos usurios aos respectivos clculos dos valores a serem pagos.

    1-Constatadas eventuais inconsistncias nos valores calculados, os usurios podero requerer a reviso

    dos mesmos mediante apresentao das devidas justificativas.

    2 - Caso sejam constatadas inconsistncias nos clculos dos valores cobrados e j pagos, as

    diferenas apuradas sero compensadas em perodos subseqentes.

    3 -A solicitao de reviso dos clculos dos valores da cobrana depender de medio direta pelos

    prprios usurios ou por qualquer das entidades encarregadas da cobrana, conforme previsto no artigo 16

    da Lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005.

    4 -Na hiptese de medio direta dos volumes captados, extrados, derivados, consumidos e das cargas

    lanadas, pelos prprios usurios ou pelas Agncias de Bacias, os equipamentos medidores devem ser

    aceitos pelo DAEE ou CETESB, conforme o caso.

    SEO VI

    Dos Recursos Proposta de Cobrana

    Artigo 20 -Da proposta, pelo CBH, dos valores a serem cobrados na bacia, caber recurso administrativo ao

    CRH.

    1 -Podero interpor recurso:

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 10 / 19

  • 1. membro do CBH proponente que tenha declarado voto vencido;

    2. usurio de recurso hdrico, sujeito cobrana proposta.

    2 -O recurso poder ser total ou parcial e dever ser interposto no prazo de 30 dias corridos, contados da

    data da publicao da deliberao do CBH no Dirio Oficial do Estado de So Paulo.

    3 -O recurso ser dirigido ao Presidente do CRH, deduzindo as razes pelas quais no so aceitos os

    valores propostos, acompanhado de nova proposta de valores que os substituam, com o devido

    demonstrativo de clculo.

    4 -O recurso no ter efeito suspensivo e o CRH decidir sobre o mesmo, juntamente com a proposta

    recorrida.

    5 -O CRH no conhecer do recurso intempestivo ou que no atender ao disposto no 3 deste artigo.

    SEO VII

    Do Fluxo Financeiro e da Aplicao dos Recursos da Cobrana

    Artigo 21 -O produto da cobrana em cada bacia hidrogrfica em que for implantada ser creditado,

    mediante pagamento pelos usurios dos boletos emitidos pelas entidades responsveis, diretamente na

    correspondente subconta do FEHIDRO aberta em conta bancria no Agente Financeiro.

    1 -Os recursos financeiros devero ser mantidos em aplicaes financeiras at sua utilizao.

    2 -O Agente Financeiro, o Conselho de Orientao do FEHIDRO -COFEHIDRO e a Agncia de Bacia ou

    na sua ausncia o DAEE, devero estabelecer mecanismos para:

    1. compatibilizar a efetiva arrecadao financeira com o previsto na rubrica prpria da Lei de Oramento do Estado; 2. controlar a arrecadao e a aplicao dos recursos; 3. controlar os usurios inadimplentes.

    Artigo 22 -Das subcontas do FEHIDRO abertas para crdito dos recursos da cobrana sero repassados

    recursos:

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 11 / 19

  • I - conta geral do FEHIDRO, a parcela correspondente aos emprstimos contratados pelo Estado,

    aprovados pelo respectivo CBH;

    II - conta geral do FEHIDRO, a quota-parte que couber bacia, necessria implantao e

    desenvolvimento das bases tcnicas e instrumentos da Poltica Estadual de Recursos Hdricos, conforme

    deliberado pelo CRH;

    III -s subcontas de outras bacias, as quantias que nelas devam ser aplicadas e que beneficiem a bacia

    hidrogrfica onde forem arrecadadas, nos termos do 3 do artigo 2 da Lei n 12.183, de 29 de dezembro

    de 2005;

    IV - para pagamento dos desembolsos relativos a investimentos aprovados pelos CBHs e financiados pelo

    FEHIDRO, incluindo as aes necessrias operao e manuteno de sistemas de controle da cobrana

    desenvolvidas pelo DAEE e CETESB;

    V - para pagamento dos agentes tcnicos e financeiro do FEHIDRO referente remunerao a que fizerem

    jus em funo dos servios prestados em relao aos empreendimentos financiados;

    VI -para transferncias de at 10% (dez por cento) para despesas de custeio e pessoal em conformidade

    com o plano anual de aplicao, por bacia hidrogrfica, aprovado pelo respectivo CBH, do qual dever

    constar a destinao de recursos para :

    a) as Agncias de Bacia, ou na sua ausncia ao DAEE, para cobertura de custos operacionais da cobrana; b) as Agncias de Bacias ou entidades que estiverem exercendo as Secretarias Executivas dos CBHs, para

    desenvolvimento das atividades de secretaria executiva; e

    c) as Agncias de Bacias ou entidades que estiverem exercendo as Secretarias Executivas dos CBHs, para

    outras despesas de custeio, observada a legislao pertinente.

    1 - Os repasses a que se refere o inciso II ficam limitados a 7,5% (sete inteiros e cinco dcimos por

    cento) do montante total arrecadado em cada bacia hidrogrfica e estaro condicionados:

    1. aprovao de plano anual de aplicao elaborado pelo Comit Coordenador do Plano Estadual de

    Recursos Hdricos - CORHI, do qual constaro as quotas-parte e respectivas fontes das demais bacias

    hidrogrficas onde eventualmente ainda no tenha sido implantada a cobrana;

    2. ao investimento em aes de interesse geral para o Estado de So Paulo, que forem implementadas ou

    que se referirem respectiva bacia hidrogrfica.

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 12 / 19

  • 2-As transferncias financeiras para atendimento ao disposto no "caput" deste artigo sero

    operacionalizadas pelo FEHIDRO que poder estabelecer normas complementares.

    Artigo 23 -As arrecadaes obtidas pelo retorno de financiamentos reembolsveis, aplicaes financeiras,

    multas e juros decorrentes da cobrana de usurios inadimplentes e demais receitas originadas pela

    cobrana pelo uso da gua sero destinadas s respectivas subcontas do FEHIDRO de cada bacia

    hidrogrfica.

    Artigo 24 -A aplicao do produto da cobrana pelo uso de recursos hdricos ser vinculada

    implementao de programas definidos no Plano Estadual de Recursos Hdricos, por meio de aes,

    estudos, projetos, servios e obras, de interesse pblico, da iniciativa pblica ou privada, definidos nos

    Planos de Bacias Hidrogrficas e programas anuais de investimentos.

    Artigo 25 -O produto da cobrana ser aplicado em financiamentos em conformidade com o aprovado pelo

    respectivo CBH, tendo como agente financeiro instituio de crdito designada pela Junta de Coordenao

    Financeira, da Secretaria da Fazenda do Estado de So Paulo, obedecidas as normas e procedimentos do

    FEHIDRO.

    Artigo 26 -A aplicao dos recursos previstos no 4 do artigo 2 da Lei n 12.183, de 29 de dezembro de

    2005, dever ser definida pelos CBHs que faro constar de seus Planos de Bacias Hidrogrficas e

    programas anuais de investimentos as prioridades de ao e os respectivos montantes a serem investidos.

    Artigo 27 -A concesso de financiamentos depender de parecer tcnico favorvel dos agentes tcnicos do

    FEHIDRO.

    Pargrafo nico -Os financiamentos reembolsveis dependero tambm de aprovao, pelo agente

    financeiro, da capacidade creditria do requerente e das garantias a serem oferecidas.

    Artigo 28 -Tero prioridade para financiamento as obras cujos projetos tenham sido anteriormente

    financiados pelo FEHIDRO.

    Pargrafo nico -Os CBHs, por meio de deliberao especfica, devero estabelecer critrios para indicao

    das obras referidas no "caput" deste artigo, observadas as normas do FEHIDRO.

    Artigo 29 -Os pedidos de financiamento devero descrever ou dimensionar os resultados a serem

    alcanados com o empreendimento, de forma a se avaliar o benefcio social, custo/benefcio e populao

    atendida ou apresentar outros parmetros de avaliao.

    Artigo 30 -A aplicao dos recursos auferidos com a cobrana pelo uso de recursos hdricos e seu

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 13 / 19

  • detalhamento por bacia hidrogrfica dever constar dos relatrios anuais a serem submetidos ao Conselho

    de Orientao do FEHIDRO.

    Pargrafo nico -Informaes especficas ou adicionais ao relatrio mencionado no "caput" deste artigo

    podero a qualquer tempo serem solicitadas pelo CBH ou CRH, ao FEHIDRO, Agncia de Bacia ou ao

    DAEE, conforme o caso.

    SEO VIII

    Dos Beneficirios dos Recursos da Cobrana

    Artigo 31 -Podem habilitar-se obteno de recursos da cobrana, os beneficirios indicados pelos artigos

    37-A e 37-B da Lei n 7.663, de 30 de dezembro de 1991, introduzidos pela Lei n 10.843, de 5 de julho de

    2001, e aqueles referidos no 2 do artigo 2 da Lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005:

    I -pessoas jurdicas de direito pblico, da administrao direta e indireta do Estado e dos Municpios de So

    Paulo;

    II -concessionrias e permissionrias de servios pblicos, com atuao nos campos do saneamento, no

    meio ambiente ou no aproveitamento mltiplo de recursos hdricos;

    III -consrcios intermunicipais regularmente constitudos;

    IV -entidades privadas sem finalidades lucrativas, usurias ou no de recursos hdricos, com constituio

    definitiva h pelo menos quatro anos, nos termos da legislao pertinente, que detenham entre suas

    finalidades principais a proteo ao meio ambiente ou atuao na rea de recursos hdricos e com atuao

    comprovada no mbito do Estado ou da bacia hidrogrfica objeto da solicitao de recursos;

    V -pessoas jurdicas de direito privado, usurias de recursos hdricos;

    VI -Agncias de Bacias Hidrogrficas;

    VII -outros rgos ou entidades com representao nas diversas instncias do Sistema Integrado de

    Gerenciamento de Recursos Hdricos, mediante indicao ao FEHIDRO pelos CBHs ou CRH e desde que

    atendam aos requisitos estabelecidos no inciso IV. Pargrafo nico - Esto impedidos de beneficiar-se dos recursos da cobrana os usurios

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 14 / 19

  • isentos do seu pagamento referidos no 1 do artigo 5 deste decreto.

    Artigo 32 -Para efeito de habilitar-se obteno de financiamento com recursos financeiros obtidos com a

    cobrana pelo uso dos recursos hdricos, os usurios devero observar as normas e procedimentos

    estabelecidos pelo FEHIDRO e estar adimplentes com o pagamento dos boletos da cobrana emitidos no

    exerccio e eventuais parcelamentos de dbitos anteriores.

    SEO IX

    Dos Recursos Relativos s Sanes

    Artigo 33 -Caber recurso da aplicao da sano prevista no do artigo 18, inciso I, da Lei n

    12.183 de 29 de dezembro de 2005.

    1 -O prazo para recorrer de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da fatura.

    2 - Do recurso dever constar, alm do nome e qualificao do recorrente, a exposio das razes de

    seu inconformismo.

    3 -O recurso ser apresentado ao Superintendente do DAEE para, no prazo de 30 (trinta) dias,

    motivadamente manter sua deciso ou reform-la.

    4 -Mantida a deciso ou reformada parcialmente, ser imediatamente encaminhada a reexame pelo

    Secretrio de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento.

    5 -O recurso ser apreciado pela autoridade competente, ainda que incorretamente endereado.

    Artigo 34 - O recurso de que trata o artigo anterior no tem efeito suspensivo e, se provido, dar lugar s

    retificaes necessrias, retroagidos seus efeitos data da aplicao da sano.

    Artigo 35 - O DAEE poder estabelecer prazos e condies de parcelamento de dbitos, por ato

    administrativo geral e impessoal.

    SEO X

    Das Disposies Finais

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 15 / 19

  • Artigo 36 -Acrescente-se ao artigo 1 do Regulamento aprovado pelo Decreto n 41.258, de 31 de outubro

    de 1996, os 1 e 2 com a seguinte redao:

    1 - Independem de outorga:

    I -o uso de recursos hdricos destinados s necessidades domsticas de propriedades e de pequenos

    ncleos populacionais localizados no meio rural;

    II - as acumulaes de volumes de gua, as vazes derivadas, captadas ou extradas e os lanamentos de

    efluentes que, isolados ou em conjunto, por seu pequeno impacto na quantidade de gua dos corpos

    hdricos, possam ser considerados insignificantes.

    2 -Os critrios especficos de vazes ou acumulaes de volume de gua considerados insignificantes,

    sero estabelecidos nos planos de recursos hdricos, devidamente aprovados pelos correspondentes CBHs

    ou na inexistncia destes pelo DAEE.

    Artigo 37 -At 31 de dezembro de 2008 o CRH dever promover estudos e propor a regulamentao da

    cobrana a que se refere o pargrafo nico do artigo 1 das Disposies Transitrias da Lei n 12.183, de

    29 de dezembro de 2005.

    Artigo 38 - Os casos no previstos neste decreto devero ser objeto de Deliberao do CRH por proposta

    dos CBHs ou do DAEE em articulao com a CETESB. Artigo 39 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.

    Palcio dos Bandeirantes, 30 de maro de 2006.

    GERALDO ALCKMIN

    Mauro Guilherme Jardim Arce Secretrio de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento

    Arnaldo Madeira Secretrio-Chefe da Casa Civil

    Publicado na Casa Civil, aos 30 de maro de 2006

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 16 / 19

  • ANEXO

    a que se referem os artigos 10, 11 e 12 do Decreto n 50.667, de 30 de maro de 2006

    Metodologia de Clculo

    1) O valor total da cobrana pela utilizao dos recursos hdricos, para um determinado perodo

    de clculo, ser calculado, para cada usurio, pela seguinte expresso:

    Valor Total da Cobrana = PUFCAP.VCAP + PUFCONS.VCONS + PUF parmetro(x).Qparmetro(x)

    onde:

    VCAP = volume total (m3) captado, derivado ou extrado, por uso, no perodo, em corpos dgua;

    VCONS = volume total (m3) consumido por uso, no perodo, decorrente de captao, derivao ou

    extrao de gua em corpos dgua;

    Qparmetro(x) = Valor mdio da carga do parmetro(x) em Kg presente no efluente final lanado, por lanamento, no perodo, em corpos dgua ;

    PUFs = Preos Unitrios Finais equivalentes a cada varivel considerada na frmula da cobrana.

    2) A considerao da relao prevista no 3 do artigo 12 ser aplicada conforme segue:

    VCAP = KOUT x VCAP OUT + KMED x VCAP MED

    onde:

    KOUT = peso atribudo ao volume de captao outorgado, no perodo;

    KMED = peso atribudo ao volume de captao medido, no perodo;

    VCAP OUT = volume de gua captado, em m3

    , no perodo, segundo valores da outorga, ou constantes do Ato

    Declaratrio;

    VCAP MED = Volume de gua captado, em m3, no perodo, segundo medio que dever ser feita por meio de

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 17 / 19

  • equipamentos medidores aceitos pelo rgo outorgante;

    KOUT + KMED = 1

    3) Quando no existir medio dos volumes captados ser adotado KOUT = 1 e KMED = 0

    4) O usurio que possuir equipamentos de medio aceitos pelo rgo outorgante dever informar ao

    responsvel pela cobrana na respectiva bacia hidrogrfica, at data a ser definida por este, a previso

    relativa ao volume de gua a ser captado, extrado ou derivado, no perodo do pagamento, bem como o

    valor efetivamente medido no perodo anterior. No perodo seguinte ser realizada eventual compensao

    entre os valores previstos e aqueles efetivamente medidos.

    5) O volume consumido (VCONS) corresponde diferena entre o volume captado, derivado ou extrado e o

    volume lanado ser calculado conforme segue:

    VCONS = FC x VCAP

    Sendo:

    FC = ((VCAPT - VLANT) / VCAPT)

    onde:

    FC = Fator de Consumo (FC) aplicado sobre o volume captado, derivado ou extrado;

    VCAP = volume de gua captado, derivado ou extrado, em m3, no perodo;

    VCAPT = volume de gua captado, derivado ou extrado total, em m3

    , igual ao VCAP acrescido dos demais volumes de gua utilizados no empreendimento, no perodo; e

    VLANT = volume de gua lanado total, em m3

    , acrescido dos demais volumes de gua lanados pelo empreendimento no perodo.

    6) Para clculo do volume consumido, o valor VCAP no poder considerar a ponderao prevista para o

    clculo do valor a ser pago pela captao, extrao ou derivao.

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 18 / 19

  • 7) O valor mdio da carga do parmetro(x) medido em Kg presente no efluente final lanado ser calculado

    conforme segue:

    Qparmetro(x) = concentrao mdia do parmetro(x) vezes o volume de efluentes lquidos lanados (VLAN), no

    perodo, em corpos dgua.

    8) O volume lanado (VLAN), em corpos dgua, ser:

    8.1) o constante do ato de outorga, para os usos declarados conforme dispe o inciso III do artigo 7; ou

    8.2) o declarado pelo usurio, para os usos que se enquadrem nos incisos I e II do artigo 7.

    9) Os Preos Unitrios Finais =-PUFs sero calculados segundo as expresses:

    PUFCAP = PUBCAP . (X1 . X2 . X3 . ... . X13)

    PUFCONS = PUBCONS . (X1 . X2 . X3 . ... . X13)

    PUFparmetro(x) = PUBparmetro(x) . (Y1 . Y2 . Y3 . ... . Y9) onde:

    PUFn = Preo Unitrio Final correspondente a cada varivel n considerada na frmula da cobrana; PUBn = Preo Unitrio Bsico definido para cada varivel n considerada na frmula da

    cobrana. Os valores de n correspondem a: CAP = captao, extrao, derivao; CONS = consumo; parmetro(x) = lanamento de carga. Xi = coeficientes ponderadores para captao, extrao, derivao e consumo, definidos no

    inciso I do Artigo 12 deste decreto. Yi = coeficientes ponderadores para os parmetros de carga lanada, definidos no inciso II do

    Artigo 12 deste decreto.

    (Transcrito do Dirio Oficial do Estado de 31/03/2006, retificado pelo DOE de 06/04/2006)

    DECRETO N 50.667, DE 30 DE MARO DE 2006 19 / 19

  • SECRETARIA DE ENERGIA, RECURSOS HDRICOS E SANEAMENTO DEPARTAMENTO DE GUAS E ENERGIA ELTRICA

    CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS CCOOMMIITT CCOOOORRDDEENNAADDOORR DDOO PPLLAANNOO EESSTTAADDUUAALL DDEE RREECCUURRSSOOSS HHDDRRIICCOOSS

    Rua Boa Vista, 170 11 andar - So Paulo/SP - CEP 01014-000 - Tel (011) 3293-8200

    Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006 1 / 7

    Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006

    Aprova procedimentos, limites e condicionantes para a cobrana pela utilizao dos recursos hdricos do Estado de So Paulo

    O Conselho Estadual de Recursos Hdricos - CRH no exerccio de suas atribuies e Considerando a Lei n 7.663, de 30 de dezembro de 1991, que institui a Poltica e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos do Estado de So Paulo; Considerando o art. 6 Inciso I da Lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005, que dispe sobre limites e condicionantes para a cobrana pela utilizao dos recursos hdricos; Considerando o Decreto n 50.667, de 30 de maro de 2006, que regulamenta dispositivos da Lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005. Delibera: Artigo 1 - A implantao da cobrana pela utilizao de recursos hdricos ser efetuada conforme etapas principais indicadas no fluxograma constante do Anexo 1 desta Deliberao. Artigo 2 - Para implantao da cobrana pela utilizao dos recursos hdricos, os Planos de Bacias Hidrogrficas devero ser previamente aprovados pelos Comits de Bacias Hidrogrficas CBHs. Pargrafo nico - Os Planos de Bacia aprovados at a presente data serviro de base para o incio da cobrana, a partir de 2007, e devero ser complementados, no que couber, em conformidade com a Deliberao CRH n 62 / 2006. Artigo 3 - Para a proposta dos Coeficientes Ponderadores referidos no artigo 12 do Decreto n 50.667, de 30 de maro de 2006, os CBHs devero: I - considerar a situao da respectiva UGRHI e as metas propostas pelo seu Plano de Bacia; II - adotar, nos dois primeiros anos, os coeficientes ponderadores descritos no Anexo 2, propondo os respectivos valores; III manter os valores unitrios j indicados no Anexo 2; IV propor valores maiores que zero para os Coeficientes Ponderadores e V propor valor menor que 1 (hum) para o Coeficiente Ponderador Y3 , em decorrncia do disposto no 2 do artigo 12 do Decreto 50.667 de 30 de maro de 2006, nos casos que o lanamento corresponder a uma qualidade superior ao padro, de acordo com Nota

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    Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006 2 / 7

    Tcnica a ser estabelecida na Resoluo Conjunta das Secretarias de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento SERHS e de Meio Ambiente - SMA. 1 - Os CBHs podero adotar os valores de coeficientes ponderadores constantes do Anexo 3. 2 - Os demais Coeficientes Ponderadores previstos na Lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005, e no Decreto n 50.667, de 30 de maro de 2006, que no constam das relaes dos Anexos 2 e 3, tero valor unitrio. Artigo 4 - A cobrana pela utilizao dos recursos hdricos dever obedecer aos limites e descontos constantes dos artigos 12, 15 e artigo 4 das Disposies Transitrias da lei n 12.183, de 29 de dezembro de 2005. 1 O Preo Unitrio Final para fins de consumo (PUFCONS) dever respeitar o limite mximo de 0,002156 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de So Paulo) por metro cbico consumido, at o final do exerccio de 2008. 2 - Outros limites e condicionantes podero ser propostos pelos CBHs em sua rea de atuao e sero submetidos referenda do CRH. Artigo 5 - Os CBHs, para incio da implantao da cobrana, devero encaminhar ao CRH suas propostas de valores para coeficientes ponderadores, preos, limites e condicionantes e demais documentos pertinentes, at o dia 10 de um dos seguintes meses: fevereiro, junho ou outubro. Artigo 6 - Os CBHs que decidirem no realizar, por tempo determinado, a cobrana pela utilizao dos recursos hdricos, devero faz-lo por meio de deliberao fundamentada por consideraes tcnicas e financeiras, referendada no CRH at a ltima reunio plenria de 2007. Artigo 7 A presente deliberao ser reavaliada pelo CRH, no segundo semestre de 2008, para efeito da continuidade da cobrana a partir de 2009 Pargrafo nico - At julho de 2008 a CT-PLAN, com apoio do CORHI, dever apresentar ao CRH parecer sobre o atendimento pelos CBHs ao estabelecido na deliberao CRH 62 / 2006 Artigo 8 - Esta Deliberao entrar em vigor na data de sua publicao.

    Mauro Guilherme Jardim Arce Presidente do Conselho Estadual de Recursos Hdricos

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    Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006 3 / 7

    Anexo 1 da Deliberao CRH n 63, de 04 de setembro de 2006

    Fluxograma de Procedimentos para Implantao da CobranaDefinio das informaes para

    cadastro

    Disponibilizao dados atuais para CBHs e Orgos Gestores

    Tem Plano? Prepara Plano de Bacia

    Campanha de divulgao cobrana/cadastro

    Ato ConvocatrioDAEE

    (CETESB+Agncia)

    Cadastro de usuriospara cobrana

    Validao de dados

    Emisso de boleto

    Plano de BaciaLimites e Condicionantes

    Programa de Investimento quadrienal

    Coeficientes ponderadores a utilizar

    Parcela Investimento com cobrana

    deliberao para cobrana (art. 14, IV -

    Dec. 50.667)

    referenda CRH e minuta de Decreto

    Decreto do Governador

    Sistema Informaes

    Pagamento usurio

    Conta especfica FEHIDRO

    S

    N

    LEGENDA

    ENTIDADESBSICAS

    CBH

    CRH

    FEHIDRO

    Sistema deInformaes

    Estudos econmicos-financeiros para

    definio dos valores de PUB e coeficientes

    Simulao da cobrana

    Deliberao do CBHestabelecendo cronograma de

    Implantao da Cobranaencaminhada ao

    CRH, DAEE e Agncia

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    Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006 4 / 7

    Anexo 2 da Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006

    COEFICIENTES PONDERADORES

    Tabela 1 - Coeficientes Ponderadores para captao, extrao e derivao superficial a) a natureza do corpo d'gua X1 subterrneo classe 1 classe 2 classe 3

    b) a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo d'gua no local do uso ou da derivao Decreto Estadual 10.755/77

    X2

    classe 4 muito alta (< 0,25)

    alta (entre 0,25 e 0,4)

    mdia (entre 0,4 e 0,5)

    Crtica (entre 0,5 e 0,8)

    c) a disponibilidade hdrica local (Vazo Total de Demanda/Vazo de Referncia). Vazo de Ref = Vazo q7,10 + Vazo Potencial dos Aqferos Local = Diviso de sub-UGRHI na UGRHI, se no existir para UGRHI

    X3

    muito Crtica (acima de 0,8)

    S/Medio e) o volume captado, extrado ou derivado e seu regime de variao X5 C/Medio f) Consumo efetivo ou volume consumido X6 1

    Sistema Pblico Soluo Alternativa

    g) a finalidade do uso X7

    Indstria Existente n) a transposio de bacia X13 No existente 1

    Obs1: Os valores dos coeficientes j preenchidos com o valor unitrio no podero ser alterados Obs2: Quando o coeficiente ponderador no for aplicvel dever ser adotado o valor unitrio.

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    Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006 5 / 7

    Tabela 2 - Coeficientes Ponderadores para consumo superficial 1 a) a natureza do corpo d'gua X1 subterrneo 1 classe 1 1 classe 2 1 classe 3 1

    b) a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo d'gua no local do uso ou da derivao Decreto Estadual 10.755/77

    X2

    classe 4 1 muito alta (< 0,25)

    1 alta (entre 0,25 e 0,4)

    1 mdia (entre 0,4 e 0,5)

    1 Crtica (entre 0,5 e 0,8)

    1

    c) a disponibilidade hdrica local (Vazo Total de Demanda/Vazo de Referncia). Vazo de Ref = Vazo q7,10 + Vazo Potencial dos Aqferos Local = Diviso de sub-UGRHI na UGRHI, se no existir para UGRHI

    X3

    muito Crtica (acima de 0,8) 1

    S/Medio 1 e) o volume captado, extrado ou derivado e seu regime de variao X5 C/Medio 1 f) Consumo efetivo ou volume consumido X6

    Sistema Pblico 1 Soluo Alternativa 1

    g) a finalidade do uso X7

    Indstria 1 Existente 1 n) a transposio de bacia X13 No existente 1

    Obs1: Os valores dos coeficientes j preenchidos com o valor unitrio no podero ser alterados Tabela 3 - Coeficientes Ponderadores para diluio, transporte e assimilao de efluentes (carga lanada)

    classe 2 classe 3

    a) a classe de uso preponderante do corpo d'gua receptor Y1

    classe 4 >95 % de remoo >90 a 95 % de remoo >85 a 90% de remoo >80 a 85% de remoo

    c) a carga lanada e seu regime de variao, atendido o padro de emisso requerido para o local Y3

    = 80% de remoo 1 Sistema Pblico Soluo Alternativa

    d) a natureza da atividade Y4

    Indstria Obs1: Os valores dos coeficientes j preenchidos com o valor unitrio no podero ser alterados

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    Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006 6 / 7

    Anexo 3 da Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006

    COEFICIENTES PONDERADORES

    Tabela 1 - Coeficientes Ponderadores para captao, extrao e derivao superficial 0,95 a) a natureza do corpo d'gua X1 subterrneo 1,05 classe 1 1,1 classe 2 1 classe 3 0,95

    b) a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo d'gua no local do uso ou da derivao Decreto Estadual 10.755/77

    X2

    classe 4 0,9 muito alta (< 0,25)

    0,9 alta (entre 0,25 e 0,4)

    0,95 mdia (entre 0,4 e 0,5)

    1 Crtica (entre 0,5 e 0,8)

    1,05

    c) a disponibilidade hdrica local (Vazo Total de Demanda/Vazo de Referncia). Vazo de Ref = Vazo q7,10 + Vazo Potencial dos Aqferos Local = Diviso de sub-UGRHI na UGRHI, se no existir para UGRHI

    X3

    muito Crtica (acima de 0,8) 1,1

    S/Medio 1 e) o volume captado, extrado ou derivado e seu regime de variao X5 C/Medio 1 f) Consumo efetivo ou volume consumido X6 1

    Sistema Pblico 1 Soluo Alternativa 1

    g) a finalidade do uso X7

    Indstria 1 Existente 1 n) a transposio de bacia X13 No existente 1

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    Deliberao CRH n 63, de 04 de Setembro de 2006 7 / 7

    Tabela 2 - Coeficientes Ponderadores para consumo superficial 1 a) a natureza do corpo d'gua X1 subterrneo 1 classe 1 1 classe 2 1 classe 3 1

    b) a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo d'gua no local do uso ou da derivao Decreto Estadual 10.755/77

    X2

    classe 4 1 muito alta (< 0,25)

    1 alta (entre 0,25 e 0,4)

    1 mdia (entre 0,4 e 0,5)

    1 Crtica (entre 0,5 e 0,8)

    1

    c) a disponibilidade hdrica local (Vazo Total de Demanda/Vazo de Referncia). Vazo de Ref = Vazo q7,10 + Vazo Potencial dos Aqferos Local = Diviso de sub-UGRHI na UGRHI, se no existir para UGRHI

    X3

    muito Crtica (acima de 0,8) 1

    S/Medio 1 e) o volume captado, extrado ou derivado e seu regime de variao X5 C/Medio 1 f) Consumo efetivo ou volume consumido X6 1

    Sistema Pblico 1 Soluo Alternativa 1

    g) a finalidade do uso X7

    Indstria 1 Existente 1 n) a transposio de bacia X13 No existente 1

    Tabela 3 - Coeficientes Ponderadores para diluio, transporte e assimilao de efluentes (carga lanada)

    classe 2 1 classe 3 0,95

    a) a classe de uso preponderante do corpo d'gua receptor Y1

    classe 4 0,9 >95 % de remoo 0,8 >90 a 95 % de remoo 0,85 >85 a 90% de remoo 0,9 >80 a 85% de remoo 0,95

    c) a carga lanada e seu regime de variao, atendido o padro de emisso requerido para o local Y3

    = 80% de remoo 1 Sistema Pblico 1 Soluo Alternativa 1

    d) a natureza da atividade Y4

    Indstria 1

  • GABINETE DO SECRETRIOResoluo SERHS/SMA - 1, de 22-12-2006

    Dispe sobre procedimentos integrados para expedio de retificaes ou ratificaes dos atos administrativos, relativos aos usos dos recursos hdricos do Departamento de guas e Energia Eltrica - DAEE e do licenciamento da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, ou de novos atos dessas entidades, para atendimento ao artigo 7 do Decreto Estadual n 50.667, de 30 de maro de 2006 e d outras providncias.

    Os Secretrios de Estado de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento e do Meio Ambiente, considerando :A Lei Estadual n 7.663, de 30 de Dezembro de 1991, que estabelece a Poltica Estadual de Recursos Hdricos, bem como o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos, que tem por objetivo assegurar que a gua, recurso natural e essencial a vida, ao desenvolvimento econmico e ao bem estar social, possa ser controlada e utilizada em padres de qualidade satisfatrios, por seus usurios atuais e pelas geraes futuras, em todo territrio do Estado de So Paulo. A Lei 12.183, de 29 de dezembro de 2005, que trata da cobrana pela utilizao de recursos hdricos do domnio do Estado de So Paulo, e d outras providncias.O disposto no artigo 7, 2 do Decreto Estadual n 50.667, de 30 de maro de 2006, que regulamenta a cobrana pelo uso dos recursos hdricos no Estado de So Paulo. O disposto no inciso V do artigo 3 da Deliberao CRH n 63/06, do Conselho Estadual de Recursos Hdricos, que aprova procedimentos, limites e condicionantes para cobrana pela utilizao dos Recursos Hdricos no Estado de So Paulo e prev o estabelecimento de Nota Tcnica por Resoluo Conjunta das Secretarias signatrias.As manifestaes exaradas pelo Departamento de guas e Energia Eltrica - DAEE e Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB sobre os termos desta Resoluo, resolvem:Artigo 1 - Estabelecer procedimentos entre o Departamento de guas e Energia Eltrica - DAEE e a CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, visando a expedio de retificaes ou ratificaes dos atos administrativos, ou de novos atos dessas entidades, relativos s outorgas de uso dos recursos hdricos, s licenas ambientais e aos processos de controle de poluio da CETESB, decorrentes do Ato Convocatrio previsto no artigo 6 do Decreto n 50.667, de 30 de maro de 2006, a ser realizado por Unidade Hidrogrfica de Gerenciamento de Recursos Hdricos - UGRHI, tendo em vista a implementao da cobrana pelo uso de recursos hdricos, paraos Usurios urbanos e industriais.Artigo 2 - Para fins desta resoluo e para o Ato Convocatrio referido no artigo 1, sero adotadas as seguintes definies:I - Cadastro de Usurios: informaes existentes nos bancos de dados de Outorgas de Recursos Hdricos e de Licenciamentos Ambientais e processos de controle de poluio, disponibilizados pelo DAEE e CETESB, respectivamente, e as informaes inseridas pelos Usurios, por meio de declaraes de novos usos, retificaes ou ratificaes das

  • informaes disponibilizadas, para viabilizar a implantao da cobrana pelo uso dos recursos hdricos.II - Declarao de novo uso: informao prestada pelo Usurio, sobre usos existentes dos recursos hdricos que no constem dos dados disponibilizados no Ato Convocatrio.III - Retificao: atualizao, pelo Usurio, dos dados disponibilizados no Ato Convocatrio.IV - Ratificao: confirmao, pelo Usurio, dos dados disponibilizados no Ato Convocatrio.V - Usurio urbano, pblico ou privado: aquele que em seu empreendimento possui uma captao, derivao ou extrao de gua destinada predominantemente ao uso humano, bem como que tenha consumo de gua ou promova o lanamento de efluentes lquidos em corpos dgua, mesmo fora do permetro urbano, compreendendo:a) sistema pblico: aquele sob responsabilidade do poder pblico, mesmo que administrado em regime de concesso ou permisso; e b) soluo alternativa privada: toda modalidade, individual ou coletiva, distinta do sistema sob responsabilidade do poder pblico.VI - Usurio industrial: aquele que em seu empreendimento possui uma captao, derivao ou extrao de gua, bem como o consumo de gua e o lanamento de efluentes lquidos em corpos dgua, no setor industrial definido de acordo com a classificao nacional de atividades econmicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.Artigo 3 - Por ocasio da publicao do Ato Convocatrio sero disponibilizados aos Usurios definidos nos incisos V e VI do artigo 2, os respectivos dados necessrios implantao da cobrana pelo uso de recursos hdricos, mediante formulrio eletrnico acessvel pelo sitio www.daee.sp.gov.br, em data especfica a ser divulgada para cada uma das UGRHIs. Artigo 4 - Ao declararem novos usos ou retificarem os dados de usos disponibilizados por ocasio do Ato Convocatrio, de acordo com o previsto nos incisos I e II do artigo 7 do Decreto n 50.667, de 30 de maro de 2006, os Usurios devero apresentar ao DAEE a documentao prevista na Portaria DAEE n 717, de 23 de maro de 1996, e/ou, quando couber, os documentos e estudos previstos nas Resolues Conjuntas SMA/SERHS n 1, de 23 de fevereiro de 2005 e SMA/SERHS/SES n 3, de 21 de junho de 2006, para permitir, ou no, a emisso de nova Outorga ou retificao de Outorga j concedida. 1 - O prazo de apresentao de documentos ao DAEE ser de 90 (noventa) dias da declarao, prorrogveis at 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, a pedido do Usurio e a critrio do DAEE. 2 - No perodo compreendido entre a declarao de uso de recursos hdricos e o ato de deferimento ou indeferimento da outorga de recursos hdricos, emitido pelo DAEE, no estar o usurio sujeito penalidade prevista no inciso II do artigo 12 da Lei n 7.663, de 30 de dezembro de 1991, sobre os usos declarados. 3 - A emisso de nova Outorga ou retificao de Outorga j concedida ficaro condicionadas anlise da viabilidade tcnica da solicitao, conforme a legislao mencionada no caput.Artigo 5 - Ao retificarem os dados de concentrao de DBO5,20 disponibilizados por ocasio do Ato Convocatrio, os Usurios devero, de forma concomitante, submeter a alterao apreciao e aprovao da CETESB, em conformidade com a legislao

  • vigente. Artigo 6 - No caso de ratificao, os dados confirmados pelos Usurios serviro de base para clculo e emisso de boleto dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hdricos. 1 - Sero consideradas ratificadas, para efeito da cobrana pelo uso dos recursos hdricos, as informaes disponibilizadas atravs do Ato Convocatrio, para os Usurios que no atenderem convocao no prazo estabelecido. 2 - Para as atividades no licenciveis pela CETESB em que haja lanamento de efluentes em corpos dgua, no caso de os Usurios no informarem os valores da concentrao de DBO 5,20, at o prazo estabelecido no Ato Convocatrio, ser adotado o valor de concentrao para DBO 5,20 igual a 300 mg/L.Artigo 7 - Os boletos de cobrana sero emitidos com base nos dados constantes no Cadastro de Usurios, formado a partir do Ato Convocatrio e atualizaes posteriores.Artigo 8 - Para fins de clculo do consumo definido no artigo 9 do Decreto Estadual 50.667 de 30 de maro de 2006, devero ser informados, no formulrio eletrnico disponibilizado por ocasio do Ato Convocatrio, todos os pontos de captao, derivao ou extrao de gua e lanamentos de efluentes, localizados em corpos hdricos de domnio do Estado, da Unio e em redes de distribuio de gua e coleta de efluentes,pblica ou privada. Artigo 9 - A CETESB e o DAEE devero celebrar Termo de Cooperao Tcnica para implementao, manuteno e atualizao permanente do Cadastro de Usurios para a cobrana pelo uso dos recursos hdricos.Artigo 10 - A proposio de valor menor que 1 (um) para o coeficiente ponderador Y3 pelos Comits de BaciasHidrogrficas, dever atender ao estabelecido pela Nota Tcnica anexa a esta Resoluo, conforme determina o inciso V do artigo 3 da Deliberao CRH n 63, de 04 de setembro de 2006.Artigo 11 - Os Usurios de recursos hdricos, definidos nos incisos V e VI do artigo 2, so responsveis pelo cumprimento da legislao ambiental vigente, independentemente dos procedimentos estabelecidos nesta Resoluo.Artigo 12 - Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    NOTA TCNICA - anexo da Resoluo Conjunta SERHS/SMA n 01, de 22 de dezembro de 2006. Estabelecimento de redutor ao valor atribudo ao Coeficiente Ponderador Y3 nos casos em que o efluente lanado ao corpo receptor corresponda a uma qualidade superior ao padro estabelecido em legislao e normas complementares, como determina a Deliberao CRH n 63 de 04 de setembro de 2006 1. Atendidas as exigncias do licenciamento ambiental e os padres de lanamento de efluentes e de qualidade do corpo receptor legalmente definidos, a proposio de valor menor que 1 (hum) para o Coeficiente Ponderador Y3 pelos Comits de Bacias Hidrogrficas poder se dar nos casos em que: o sistema de tratamento de guas residurias apresentar ndice de remoo de carga orgnica superior a 80% (oitenta

  • por cento) e atender ao padro de qualidade do corpo receptor para DBO5,20; ea concentrao de DBO5,20 no efluente final do sistema de tratamento de guas residurias no acarretar aumento da desconformidade em relao ao enquadramento do corpo receptor, caso esta j ocorra a montante do ponto de lanamento.2. Os usurios urbanos e industriais devero comprovar o atendimento ao estabelecido no item 1 por meio de amostragens representativas da qualidade dos efluentes e do corporeceptor, sendo que ambas devero ocorrer de forma simultnea.2.1. Amostragem representativa em sistema de tratamentode esgotos urbanos: em sistemas que atendem contingentes populacionais de at 10.000 habitantes, devero ser coletadas no mnimo 3 amostras compostas dos esgotos brutos e tratados, distribudas no perodo contnuo das 06:00h s 20:00h; em sistemas que atendem contingentes populacionais superiores a 10.000 habitantes, devero ser coletadas no mnimo 4 amostras compostas dos esgotos brutos e tratados, distribudas no perodo contnuo de 24 horas; para o esgoto bruto, as alquotas para composio da amostra composta devero ser coletadas de 30 em 30 minutos, de forma proporcional vazo; para o esgoto tratado, as alquotas para composio da amostra composta devero ser coletadas no mesmo perodo da amostragem do esgoto bruto, a cada 60 minutos, com volume fixo.2.2. Amostragem representativa de efluentes lquidos industriais: em indstrias com processamento industrial ininterrupto (operao 24 horas/dia) devero ser coletadas 4 amostras compostas dos efluentes bruto e tratado; nas demais indstrias devero ser coletadas no mnimo 3 amostras compostas dos efluentes bruto e tratado; para o efluente bruto, as amostras devero ser compostas com alquotas proporcionais vazo, coletadas a cada 30 minutos; para o efluente tratado, as amostras devero ser coletadas no mesmo perodo da amostragem do esgoto bruto com alquotas de volume fixo, coletadas a cada 60 minutos; a amostragem dever ser realizada compreendendo todo o perodo produtivo dirio, devendo ser informados os dados de produo; indstrias que no operem durante os finais de semana devero realizar as amostragens na 4, 5 ou 6 feira.2.3. Amostragem representativa da qualidade do corpo dgua receptor:a amostragem dever ser constituda por no mnimo 4 amostras simples, coletadas a montante e a jusante do ponto de lanamento do efluente no corpo receptor;no local definido a jusante, os efluentes j devem estar misturados massa lquida; a amostragem deve ocorrer em perodo crtico de vazo do corpo dgua receptor (perodo de estiagem), descrito nos Planos de Bacia Hidrogrfica ou informado pelo DAEE; devero ser registrados dados de vazo no momento da coleta, sejam por medio especfica ou obtidos a partir de postos fluviomtricos existentes nas proximidades do ponto de coleta, os quais devem estar associados ao perfil de vazes do corpo dgua; 2.4. A comprovao do atendimento aos padres de qualidade dos corpos dgua receptores (conformidade com o enquadramento) para o parmetro DBO5,20, tambm poder ser feita pela apresentao de estudo da capacidade de suporte de carga do corpo de gua receptor. 3. A realizao da anlise laboratorial do parmetro DBO5,20 e a emisso do respectivo Boletim de Anlise devem atender ao estabelecido pela Resoluo SMA n 37 de 30.08.06, que dispe sobre os requisitos dos laudos analticos submetidos aos rgos integrantes do Sistema Estadual deAdministrao da Qualidade Ambiental, Proteo, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais - SEAQUA e, de acordo com o artigo

  • 3, entra em vigor aps dois anos da data de publicao no Dirio Oficial do Estado de So Paulo.3.1. Alternativamente, caso o parmetro DBO no seja acreditado pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normatizao e Qualidade Industrial, na Norma 17.025, durante este perodo de dois anos, devem ser seguidos os seguintes procedimentos: os laudos devem ser assinados por profissionais que possuam registro no respectivo Conselho profissional competente (ex.: CRQ e outros); devem ser realizados os clculos das incertezas de medio; devem estar disponveis CETESB os esquemas de controlede qualidade; o resultado analtico dever ser apresentado em lngua portuguesa e dever conter, no mnimo, as informaes constantes dos itens 5.10.1; 5.10.3; 5.10.5; 5.10.6; 5.10.8 e 5.10.9 da norma ABNT NBR ISO/IEC 17.025. Os resultados das campanhas de amostragem devero estar consolidados em relatrio tcnico conclusivo, assinado por profissional devidamente hab