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1 APLICAÇÃO DE INDICADORES PERCEPTIVOS PARA ANÁLISE DAS PAISAGENS CÊNICAS DE UMA SEÇÃO DA RODOVIA JOAQUIM MARACAÍPE / TO- 030 ENTRE O DISTRITO DE TAQUARUÇÚ E PALMAS/TO – CONTRIBUIÇÕES PARA O ECOTURISMO DA REGIÃO E APLICAÇÕES EM TRILHAS ECOLÓGICAS MÁRCIA DA COSTA RODRIGUES DE CAMARGO PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS/TO [email protected] 1. A TRILHA 3. ECOLOGIA DA PAISAGEM E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL Introdução A conservação das paisagens cênicas como retratos vivos que contam a “história de um lugar”, sua diversidade ecológica e seus atributos naturais devem ser objetos de ações controladas de manejo sustentável, buscando a sua maior integridade ambiental dentro de um cenário atual e futuro (GRIFFTH, 1995). Neste contexto a aplicação de um procedimento metodológico, que considere as paisagens cênicas e seus valores estéticos derivados de uma análise perceptiva e que possa mensurar a integridade das paisagens evocando seus atributos estéticos, devem ser incorporados ao uso de indicadores ecológicos para caracterização de ecossistemas com vista ao seu manejo sustentável, conservação da biodiversidade, com a finalidade de uso do ecoturismo, implantação de trilhas ecológicas e para a criação de novas áreas de preservação ambiental. Segundo FONT (apud PIRES, 2002) que vê a percepção visual da paisagem como um campo de estudo amplo, complexo, multidisciplinar e vital para o adequado zoneamento ambiental onde o caráter visual das paisagens e suas qualidades estéticas são abordados em estudos científicos e incorporados ao processo de criação de trilhas ecológicas. A preocupação mundial sobre o desaparecimento das paisagens resultou no desenvolvimento de técnicas para a análise e o manejo objetivo dos recursos paisagísticos. A importância dos biomas brasileiros e o conhecimento de suas respectivas paisagens abrem um vasto campo de pesquisas que visa inventariar, diagnosticar os recursos naturais de cada bioma com o objetivo de se criar um mapa nacional de paisagens para o planejamento e a

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Page 1: APLICAÇÃO DE INDICADORES PERCEPTIVOS PARA ANÁLISE DAS PAISAGENS CÊNICAS DE UMA SEÇÃO DA RODOVIA JOAQUIM MARACAÍPE / TO

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APLICAÇÃO DE INDICADORES PERCEPTIVOS PARA ANÁLISE DAS PAISAGENS CÊNICAS DE UMA SEÇÃO DA RODOVIA JOAQUIM MARACAÍPE / TO- 030 ENTRE O DISTRITO DE TAQUARUÇÚ E

PALMAS/TO – CONTRIBUIÇÕES PARA O ECOTURISMO DA REGIÃO E APLICAÇÕES EM TRILHAS ECOLÓGICAS

MÁRCIA DA COSTA RODRIGUES DE CAMARGO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS/TO [email protected]

1. A TRILHA 3. ECOLOGIA DA PAISAGEM E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

Introdução A conservação das paisagens cênicas como retratos vivos que contam a “história de

um lugar”, sua diversidade ecológica e seus atributos naturais devem ser objetos de

ações controladas de manejo sustentável, buscando a sua maior integridade ambiental

dentro de um cenário atual e futuro (GRIFFTH, 1995). Neste contexto a aplicação de

um procedimento metodológico, que considere as paisagens cênicas e seus valores

estéticos derivados de uma análise perceptiva e que possa mensurar a integridade

das paisagens evocando seus atributos estéticos, devem ser incorporados ao uso de

indicadores ecológicos para caracterização de ecossistemas com vista ao seu manejo

sustentável, conservação da biodiversidade, com a finalidade de uso do ecoturismo,

implantação de trilhas ecológicas e para a criação de novas áreas de preservação

ambiental. Segundo FONT (apud PIRES, 2002) que vê a percepção visual da

paisagem como um campo de estudo amplo, complexo, multidisciplinar e vital para o

adequado zoneamento ambiental onde o caráter visual das paisagens e suas

qualidades estéticas são abordados em estudos científicos e incorporados ao

processo de criação de trilhas ecológicas. A preocupação mundial sobre o

desaparecimento das paisagens resultou no desenvolvimento de técnicas para a

análise e o manejo objetivo dos recursos paisagísticos. A importância dos biomas

brasileiros e o conhecimento de suas respectivas paisagens abrem um vasto campo

de pesquisas que visa inventariar, diagnosticar os recursos naturais de cada bioma

com o objetivo de se criar um mapa nacional de paisagens para o planejamento e a

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implantação de trilhas ecológicas que possam levar o Brasil a fazer roteiro do

ecoturístico internacional. Assim nossa pesquisa fez uso de Indicadores Perceptivos e

Ecológicos para a análise das paisagens cênicas na secção da Rodovia TO-030, entre

Palmas e Taquaruçú buscando analisar na Serra do Carmo, os melhores pontos

visuais que possam atrair os turistas visitantes, criando uma trilha ecológica à partir da

rodovia cênica TO-030 onde os recursos naturais encontrados na região integrem o

maior número de atrativos turísticos. A utilização sustentável dos recursos

paisagísticos desta região que faz parte do Pólo-ecoturístico de Palmas e é um dos

caminhos para a conservação do seu patrimônio natural e cultural.

Objetivos Gerais O desenvolvimento econômico está recriando as paisagens brasileiras, principalmente

com o advento do turismo. Consciente dos conflitos entre desenvolvimento e

necessidade de preservação das belezas cênicas, como controlar o destino de um

fenômeno tão complexo como as paisagens? A questão se coloca então em não se

devemos ou não recriar as paisagens, mas sim, de que maneira elas deverão ser

recriadas. Como será a qualidade dos resultados das alterações antrópicas que o

desenvolvimento econômico imporá nestes anos (GRIFFTH, 1995). Como chegar ao

manejo sustentável das paisagens integrando as questões estéticas e ecológicas e

como criar metodologias de preservação dos biomas brasileiros com suas respectivas

paisagens para o uso do ecoturismo, principalmente no caso do Cerrado, que é um

dos biomas mais ameaçados atualmente no Brasil. Para FONT (apud PIRES, 2002) ao

mesmo tempo que vê na paisagem um valor fundamental para toda a oferta turística,

identifica nesta atividade uma das maiores causas da degradação ambiental, o que

vem em detrimento da própria rentabilidade econômica dos assentamentos turísticos.

Quando se consolida uma determinada oferta turística, a paisagem deve ser

considerada um recurso turístico muito mais valioso que outros recursos, por ser a

imagem utilizada com mais freqüência para difundir tal oferta. Com igual convicção

RODRIGUES (apud PIRES, 2002) evoca a condição de recurso turístico ao se referir à

paisagem e a sua importância nos estudos de Geografia do Turismo. Para

FERNANDEZ (apud PIRES, 2002) diz que as atuações humanas afetam em maior ou

menor grau o aspecto perceptivo da paisagem, da mesma forma que afetam a

qualquer outro aspecto do meio ambiente, então a paisagem assume importância

semelhante aos demais elementos do meio físico, constituindo-se num valor estético a

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ser valorizado e protegido. Assim a integração da paisagem e de seu caráter visual,

cênico ou estético como uma variável do meio, passou a ser uma necessidade e hoje

a paisagem é vista não mais como um simples entorno estético da atividade humana,

mas sim como um recurso e um bem cultural com importância crescente em meio ao

conjunto de valores ambientais. Assim busca-se criar metodologias de inventário de

paisagens para subsidiar futuros projetos de criação de áreas de proteção ambiental e

planejamento de trilhas ecológicas para uso do ecoturismo (BOMBIM, 1987 apud

PIRES, 2002).

Objetivos Específicos

Inventariar, valorar, qualificar as paisagens cênicas a partir de uma análise perceptiva

aplicando os indicadores de percepção visual e fazendo uma análise ambiental com o

uso de indicadores ecológicos, com o objetivo de se encontrar o Índice de Qualidade

Visual e Ecológica da seqüência visual da seção da Rodovia Joaquim Maracaípe/ TO-

030 entre Palmas e Taquaruçú, nosso estudo de caso, que buscou valorar as

paisagens cênicas da Serra do Carmo para o planejamento de trilhas ecológicas no

Pólo-ecoturístico de Taquaruçú, que atualmente abrangem também as rodovias que

levam ao parque estadual do Jalapão. O interesse da administração municipal e

estadual é fazer com que as rodovias cênicas façam parte do roteiro turístico nacional,

integrando assim o estado de Tocantins no percurso ecoturístico do Brasil,

considerando a diversidade de recursos naturais que o estado apresenta nos diversos

biomas encontrados, desde a Floresta Amazônica no Bico do Papagaio, o Cerrado, a

Ilha do Bananal e o Jalapão, uma das regiões mais conhecidas no roteiro ecoturístico

nacional pela passagem do Rallye dos Sertões, que atravessa diversos estados no

Brasil central e norte. Esta metodologia foi adaptada de PIRES (2002) e GRIFFTH

(1995) com o intuito de se conjugar os indicadores perceptivos e ecológicos para a

elaboração de um gráfico que indica a Qualidade Visual e Ecológica das paisagens

que demonstram a integridade das mesmas, identificando as melhores do ecossistema

que pertence a Unidade de Paisagem Planalto Residual Tocantins onde está presente

a Sub-bacia do Ribeirão Taquaruçú-Grande, responsável com seus recursos hídricos

de abastecer a capital Palmas e região. O município de Palmas em 2000 reconheceu

a importância dos recursos naturais existentes no distrito de Taquaruçú e investiu em

estudos que culminaram no Diagnostico Turístico de Taquaruçú (DIAS,2000) que

inventariou mais de 82 atrativos turísticos como paisagens cênicas, cachoeiras, grutas

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e sítios arqueológicos. Este estudo inventariou e diagnosticou o potencial turístico

para a região com o objetivo de promover qualidade de vida, promover e captar

recursos para o turismo, capacitar a população na área do ecoturismo e turismo,

fortalecer a cooperação institucional, criar uma imagem de Taquaruçú como local de

destinação turística e sua habilidade de atrair turistas regionais, nacionais e

internacionais que buscam paisagens diferenciadas. A importância deste espaço

geográfico como patrimônio natural do Cerrado e sócio-cultural da comunidade de

Taquaruçú e da capital Palmas determinaram a escolha desta área para a elaboração

do Inventário das paisagens cênicas como instrumento metodológico de suma

importância para possibilitar ações, planos e projetos de implantação de um roteiro de

trilhas visando a educação ambiental, conservação da biodiversidade, manejo

sustentável e integração regional e nacional através de trilhas ecológicas.

Localização de Palmas e o seu macrozoneamento

Metodologia Aplicada A área do nosso estudo de caso é a seção da Rodovia Joaquim Maracaípe /TO-030

entre o município de Palmas e o distrito de Taquaruçú, distante de 35km da capital,

localiza-se entre os paralelos 100 10’ 33” e 10 0 25’ 18”de Latitude Sul e os meridianos

48 0 03’ 57” e 48 0 23’ 03” de Longitude Oeste, estando inserida dentro da Área de

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Proteção Ambiental – APA Serra do Lageado tem uma 63.918.45 ha. A delimitação

da área compreende o espaço visual das paisagens que o observador pode ter

percorrendo de carro os 15 km da rodovia. Esta área pertence à Unidade de Paisagem

do Planalto Residual Tocantins e tem características do bioma cerrado. O instrumento

básico de trabalho foram as imagens capturadas no inventário fotográfico que serviram

para a análise descritiva realizada posteriormente com a aplicação dos indicadores

perceptivos e ecológicos. Dentro do espectro metodológico dos estudos da paisagem,

a análise desenvolvida neste trabalho pode ser enquadrada como método misto,

segundo IGNÄCIO (1984) com a utilização de substitutos da paisagem (imagens

fotográficas, desenhos e observações de campo). A metodologia aplicada no nosso

estudo de caso foi adaptada de GRIFFTH (1995) que inventariou as paisagens

cênicas do Parque Nacional de Caparaó utilizando os elementos visuais de linha,

forma, cor, textura, escala e complexidade e analisando o efeito dinâmico da

sequência visual com uso do inventário fotográfico. Destacam-se três conceitos que

foram aplicados no nosso estudo de caso que fundamentaram a pesquisa: Paisagens

como Unidades Visuais, a Vivacidade dos Elementos Visuais, o Efeito da Seqüência

Visual.

As paisagens como unidades visuais ou subdivisões de grandes regiões nacionais

sistematiza a análise ambiental e o seu manejo. O conceito de unidade visual é similar

ao conceito de bacia hidrográfica em estudo hídricos. Podemos delimitar uma unidade

visual determinando os parâmetros de cada paisagem individual, inventariando as

combinações dos fatores naturais – indicadores ecológicos (geomorfologia, hidrologia,

pedologia, cobertura vegetal, clima) e sociais (uso da terra já presente no local). Estes

indicadores quando sobrepostos em mapas revelam a coincidência ou agrupamento

dos elementos visuais que compõem cada unidade visual. Segundo LITTON (apud

GRIFFTH, 1976) foi um dos primeiros a destacar (EUA) que cada tipo estrutural de

uma paisagem exige manejo específico para não alterar suas condições, como

exemplo definiu que para o percurso de uma rodovia cênica é preciso saber quais as

unidades entrelaçadas que exibem maior ou menor vivacidade visual, comparando as

paisagens por meio de uma valoração da intensidade dos elementos visuais de cada

unidade.

A vivacidade visual de uma paisagem é percebida pelas acentuações e contrastes que

os elementos visuais emitem como qualquer expressão visual, seja um quadro

artístico, um conjunto arquitônico, ou uma paisagem natural ou cultural. Os indicadores

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perceptivos capazes de serem aplicados foram reconhecidos por LITTON (apud

GRIFFTH, 1976) como elementos clássicos da estética, que são: linha, forma, cor,

textura, escala, complexidade. Estes elementos visuais ocorrem com uma vivacidade

variável nos contextos paisagísticos da geomorfologia, da hidrologia e da ecologia.

Assim é comum falar-se da linha do horizonte, das formas do cerrado, das serras e da

textura complexa da vegetação tropical e subtropical encontradas no Brasil. Porém a

dificuldade de se mensurar o grau de intensidade da linha, forma, da textura, da

escala, da cor e da complexidade das paisagens já foi sanado em parte com o uso dos

substitutivos da paisagem que são as fotografias, o sensoriamento remoto.

A utilização da seqüência visual para simular o movimento, criar um ambiente ou

desenvolver um conceito ou tema, já é muito conhecido nas Belas Artes e na

Arquitetura LINCH (1960) pode-se modificar de várias maneiras a força, a duração, a

complexidade e a focalização dos compassos da seqüência visual. Em uma estrada

com paisagens cênicas onde várias unidades estão interligadas, pode-se ter uma idéia

de quanto é possível usar a criatividade para fazer uso dos seus pontos esteticamente

mais bonitos para fazer uso dos seus pontos estéticamente mais bonitos para uso do

ecoturismo. A elaboração de um gráfico mostrando a variedade visual da rodovia na

sua seqüência visual e a análise descritiva das paisagens que é elaborado através do

inventário fotográfico, pode diagnosticar quais as paisagens e seus perspectivos

elementos visuais que aumentam ou diminuem a sensação do observador quando

percorre a estrada. Os elementos-chaves de cada unidade indicam os aspectos

críticos ecológicos e os impactos visuais que se mostram como obstáculos para a

integridade da paisagem e apontam a sua vulnerabilidade.

Segundo BOMBIM (apud PIRES, 2002) a integração da paisagem e de seu caráter

visual, cênico e estético como uma variação do meio, passa a ser uma necessidade,

pois hoje a paisagem não é só vista como um simples entorno estético da atividade

humana, mas sim como um recurso e um bem cultural com importância crescente em

meio ao conjunto dos valores ambientais. A vulnerabilidade de uma paisagem

depende do grau de suscetibilidade a degradação ambiental e dos impactos

recebidos, assim o grau de fragilidade pode ser medido em relação à capacidade da

paisagem de absorver as alterações naturais e antrópicas. Quanto maior for a

capacidade menor será o grau de vulnerabilidade. Assim é possível prescrever

restrições ou níveis de proteção ambiental e visual da paisagem e conseqüentemente

calcular os níveis de ocupação segundo os princípios conservacionistas. Tais ações

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são aplicáveis a toda atuação humana o que inclui ecoturismo e as trilhas ecológicas.

Para a determinação da vulnerabilidade da paisagem podem ser considerados vários

fatores que podem ser incluídos em três grandes grupos: Fatores biofísicos que são

relacionados as características do terreno, fatores de percepção visual relacionados a

configuração física do entorno e finalmente os fatores histórico-culturais que são

relacionados a compatibilidade das ações antrópicas com o meio sócio-cultural

preexistente no local. Para o nosso estudo de caso foram escolhidos indicadores

perceptivos de acordo com PIRES (2002) e também os indicadores ecológicos para

elaborar o Inventário das paisagens cênicas da Serra do Carmo BOMBIM (apud

PIRES, 2002). Para chegarmos ao Índice de Qualidade Visual e Ecológica usamos a

metodologia de valoração das paisagens de acordo com GRIFFTH (1995) e

elaboramos um gráfico que mostra quais são as paisagens de maior vivacidade visual

que são representativas da diversidade ecológica, encontradas dentro do bioma

cerrado neste espaço geográfico. A análise perceptiva desenvolveu-se sobre 38

paisagens representativas da Serra do Carmo, existentes ao longo da seqüência

visual da rodovia /TO-030 e também das paisagens visíveis do centro urbano de

Taquarucú, elaborando assim um roteiro para a implantação da trilha ecoturística que

liga Palmas e Taquaruçú. A tabela de valoração das paisagens foi adaptada da

metodologia de GRIFFTH (1995) e de PIRES (2002) que consideram que são sete os

critérios necessários para a análise visual e ecológica para compreendermos a

dinâmica das paisagens do ponto de vista do observador e do funcionamento deste

ecossistema. As tabelas foram elaboradas após análise descritiva das paisagens

através das fotografias e desenhos, que serviram de substitutos da paisagem. Os

dados diagnosticados e valorados das 38 paisagens analisadas, foram posteriormente

transformadas em um gráfico que gerou o Índice de Qualidade Visual e Ecológica das

paisagens cênicas da Serra do Carmo.

Rod.TO-030-direção Taquaruçú/Palmas características geomorfológicas

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características da hidrografia características do solo -latossolo

Taquaruçú- portal de entrada /km 15 /TO-030 Área urbana-Praça Joaquim Maracaípe

Resultados e Discussão

Segundo PIRES (2002) que estabelece como legenda geral nos estudos perceptivos

os componentes da paisagem tais como o relevo, água, vegetação e ações antrópicas

e as propriedades da paisagem que são: linha, forma, cor, textura, escala, espaço.

Segundo RAMOS (apud PIRES, 2002) as características da qualidade visual das

paisagens podem ser valoradas de acordo com alguns conceitos básicos que são

usados como indicadores para a análise descritiva, tais como:

• Diversidade que expressa a variedade paisagística.

• Naturalidade que apresentam uma grande quantidade de recursos naturais.

• Singularidade são pontos de atração natural ou antrópicos na paisagem.

• Complexidade Topográfica são as diferenças de nível.

• Superfície de borda d’água acontece no limite da terra com a água.

• Bacia visual é o conjunto visível de pontos que dá a amplitude visual.

• Intrusão visual se dá com a presença de ações antrópicas.

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• Detração da qualidade visual quando o número de impactos afetam a

qualidade da paisagem

• Patrimônio natural, conceito adotado pela Organização Mundial de Turismo

(OMT, 1978) representado por todo elemento natural presente num espaço

geográfico.

• Recurso turístico são os bens naturais ou culturais que podem satisfazer uma

demanda turística.

• Aproveitamento turístico é o uso sustentável do patrimônio natural e cultural

para fins turísticos e ecoturísticos. Estes indicadores são importantes para a

análise descritiva da paisagem que fará parte do trilha ecológica Tabela de aplicação dos Indicadores perceptivos e ecológicos para análise das paisagens cênicas da seqüência visual do trajeto entre Palmas e Taquaruçú / TO-030

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10

12 3

4 56 7

89

1011

1213

141516

RODOVIA JOAQUIM MARACAIPE- TO-030

KM

Taquaralto

Taquaruçu

Palmas

Rodovia TO-030 no trajeto entre Taquaralto e Taquaruçú

Satélite de Imagem SPOT SCENE – 5m color 2B - Projeção UTM-SAD 69

Ano de passagem, 2003. Fonte: SEDUH, 2005 Análise Descritiva das Figuras do Inventário Fotográfico da Seqüência Visual na

seção da TO-030 entre Taquaralto e Taquaruçú Legenda para análise descritiva das paisagens com uso dos Indicadores Perceptivos e Ecológicos: IPV - Índice de Percepção Visual, IE-Índice Ecológico, IQVE-Índice de Qualidade Visual e Ecológica, IV-Intrusão Visual, AA-Ação Antrópica, Números 1,2,3 e 4 - Amplitude visual.

Rodovia Joaquim Maracaípe/TO-030 Fonte: Autora, 2004

IPV= 7,0 IE=6,0 IQVE= 6,5 A presença de quatro planos de perspectiva apresentam linhas e formas mais

definidas do relevo sendo que no final do panorama encontra-se um volume fechado

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que dá a sensação de detração da paisagem. Observa-se também uma quantidade

maior de informações antrópicas existentes com a presença dos painéis de sinalização

de tráfego. Vê-se um muro fechado formado pelas paredes da serra nas cores verdes

amareladas da cobertura vegetal típica de cerrado, com gramíneas no acostamento da

rodovia.É uma paisagem de média qualidade visual destacando-se apenas pela nitidez

do traçado da rodovia / TO-030 e do contraste que a mesma faz com a paisagem

circundante.

Rod. TO-030 Fonte: a Autora, 2004 IPV= 10.0 IE=10.0 IQVE= 10.0

A presença dos elementos de linhas, formas, cores, contraste e escala fazem deste

ponto da rodovia /TO-030 um dos mais belos considerando a variedade visual e a

amplitude da paisagem que são imponentes pela escala em relação ao observador e

pela diversidade de elementos da paisagem, tornando-se naturalmente um atrativo

visual. A cobertura vegetal nas encostas e planícies com a presença de arvores

floridas e secas e a presença de um ninho de pássaro e também a nitidez dos

paredões nas laterais da Serra do Carmo demonstram a alta qualidade estética, visual

e ecológica desta paisagem. Sendo considerada a de maior valor de qualidade visual

e ecológica.

Gráfico : Indice de Qualidade de Percepção Visual e Ecológica da Sequência visual no trajeto entre Taquaralto e Taquaruçú – Rodovia Joaquim Maracaípe / TO-030. Palmas/Tocantins

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valor

km 0

,0

km1,

0

km 2

,5

km4,

0

km 5

,0

km5,

8

km6,

5

km 7

,0

km 7

,5

km 8

,2

km 8

,7

km 9

,2

km 9

,8

km 1

0,1

km 1

1,0

km 1

2,5

km 1

3,0

km 1

4,0

km 1

6,0

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Legenda de 0,0 a 5,0 de 5,5 a 7,5 de 8,0 a 10,0

Discussão dos Resultados Qualitativos da Análise das Paisagens Cênicas da seqüência visual do trajeto entre Palmas e Taquaruçú- Rodovia Joaquim Maracaípe/ TO-030

Com base no inventário fotográfico, observações de campo e análise qualitativa das

paisagens com a aplicação dos indicadores perceptivos e dados ecológicos, foram

expressos nas tabelas elaboradas de cada ponto fotografado que foi escolhido para a

análise das paisagens. Ficou demonstrado que o trajeto da seqüência visual da seção

da Rodovia Joaquim Maracaípe / TO-030 entre Palmas e Taquaruçú tem na Serra do

Carmo, paisagens de relevância cênica de variedade visual e de vulnerabilidade

ambiental em diversos níveis diferentes. Inseridas dentro da Unidade de Paisagem do

Planalto Residual Tocantins, encontramos em apenas 6 pontos na Rodovia TO-030

nos quilômetros 7,0; 7,2; 11,0; 12,5; 12,8; 13,2km as paisagens cênicas que tem

realmente valores relevantes entre 8,0 e 10,0km, atendendo a maior parte dos

indicadores perceptivos e ecológicos usados na análise qualitativa da seqüência

visual. O que se verificou no Gráfico de Índice de Qualidade de Percepção Visual e

Ecológica das paisagens da Serra do Carmo na seqüência visual da rodovia TO-030,

foi que estes pontos da rodovia com seus recursos visuais de alta qualidade podem

ser transformados em atrativos turísticos e trilhas ecológicas. Na análise qualitativa

constatou-se que os Índices de Qualidade Visual e Ecológica demonstraram que ao

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longo da rodovia os processos de ações antrópicas e os processos naturais ao

longo do tempo modificaram as paisagens originais, sendo que nas áreas que

sofreram intrusão visual e impactos ambientais, traz como indicador perceptivo, a

Detração da qualidade visual e ambiental. Fica demonstrado que nos pontos onde

existem processos erosivos ao longo da rodovia, degradação da cobertura vegetal,

presença de queimadas, abertura de vias vicinais e poluição das águas dos rios e

cachoeiras, estes impactos ambientais afetaram diretamente a qualidade da beleza

cênica, assim como a sua integridade ambiental revelando a vulnerabilidade destas

paisagens. Assim, 15 paisagens receberam um índice de média qualidade as outras

são de baixa qualidade visual e ecológica.

Neste cenário ficou ilustrado que as paisagens da Serra do Carmo na sequência visual

do trajeto entre Taquaralto e Taquaruçú /TO-030 puderam ser inventariadas e

analisadas, sendo que esta metodologia poderá se adequar para outras áreas de

estudo, com o objetivo de se elaborar um zoneamento territorial ambiental de

implantação de trilhas ecológicas que inserem Palmas e outras regiões do estado de

Tocantins, como o Jalapão, a Ilha do Bananal, o Cantão e o Bico do Papagaio, onde

encontramos o ecótono do Cerrado com da Floresta Amazônica de beleza indiscutível.

O inventário das paisagens e sua valoração são primordiais para estabelecer as áreas

de preservação do patrimônio ambiental e paisagístico visando o seu manejo

sustentável e a conservação da biodiversidade onde os recursos naturais podem ser

transformados em atrativos turísticos para percursos ecoturísticos onde se pode

praticar esportes radicais, admirar o meio ambiente através de trilhas de observação

da fauna e flora, entre outras atividades turísticas. Em relação da Dinâmica visual das

paisagens o que se pode observar nas paisagens da Serra do Carmo é que o

percursso nos primeiros 5 km, não temos nenhuma paisagem com variedade visual

que possa prender a atenção do observador. Porém no km 6,8 e km 7,0 temos uma

ruptura no relevo de maior impacto visual com a chegada de uma amplitude visual

proporcionada pelo ângulo de curvatura da rodovia. Estas paisagens são efetivamente

as primeiras que fazem com que o observador tenha uma motivação de parada. A

trilha ecológica deverá criar uma infraestrutura de suporte, necessária para propiciar

momentos de contemplação da paisagem. Do km 7,0 até o km 10,0, vamos ter

variações visuais com maior grau de intensidade, dependendo do ângulo e da abertura

do traçado da rodovia, mas substancialmente é um período de percurso onde o

observador fica mais atento aos elementos visuais das paisagens, isto porque

apresenta um relevo mais variado, mais ondulado, com uma diversidade ecológica

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apresentada pela cobertura vegetal de maior interesse visual através das cores,

contrastes e variedades de espécies vegetais. No km 11,0 temos a primeira paisagem

que realmente se impõe pela presença de um maior número de elementos perceptivos

de maior qualidade visual. Uma quebra brusca de elementos da paisagem perde a

qualidade visual no km 13,0, pela presença de impacto ambiental e intrusão visual. No

km 13,2 temos a primeira paisagem com a nota máxima de qualidade visual e

ecológica, com recursos naturais que devem receber outro ponto de parada com

infraestrutura de suporte e se tornar um atrativo turístico com a construção de um

mirante, é considerada a paisagem mais expressiva da Serra do Carmo, no momento

que o observador se depara com os primeiros paredões nas laterais da serra e

vislumbra uma maior quantidade de contrastes de cores e de elementos da paisagem.

Finalmente, o percurso chega no km 15,0 no portal de entrada de Taquaruçú para

logo após encontrar as primeiras paisagens urbanas com a característica principal que

a serra dá formando uma ferradura que limita o núcleo urbano dando um desenho de

útero aconchegante. Assim o distrito de Taquaruçú revela aos turistas e comunidade,

recursos naturais capazes de atraírem pela beleza de suas paisagens cênicas e das

cachoeiras que podem fazer parte do planejamento de trilhas ecológicas num projeto

regional e nacional.

Conclusão

• Nesta pesquisa foi possível compreender que as paisagens são consideradas

hoje em termos teóricos, com relação aos seus elementos perceptivos de variedade

visual e suas características bio-físicas em pesquisas nas áreas de Percepção Visual,

Ecologia da Paisagem, Geografia, Geomorfologia, Engenharia Florestal e Turismo. A

compreensão destes conceitos sobre percepção visual e a aplicação de indicadores

perceptivos é fundamental para se aprofundar as pesquisas sobre paisagens no Brasil,

principalmente as paisagens cênicas destinadas ao uso turístico e ecoturístico e para

a criação de novas áreas de conservação da biodiversidade e trilhas ecológicas.

• No estudo de caso pesquisado foi possível compreender que um dos motivos

que foram decisivos para a escolha do local da fundação do distrito de Taquaruçú por

migrantes vindos do Piauí e Maranhão nos anos 40, deu-se principalmente em razão

da presença dos recursos naturais que foram encontradas na região, fundamentais

para facilitar o manejo agrícola e o inicio do assentamento do núcleo urbano. A

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quantidade de água e de cachoeiras existentes na região e o Ribeirão

Taquaruçuzinho permitiram uma ocupação rural e urbana que se harmonizasse com

os elementos da natureza que facilitaram a busca pela água e permitiram o

desenvolvimento do processo de urbanização, sedimentando no seu desenho urbano

algumas singularidades que deram uma conotação do caráter pitoresco da cidade. A

Qualidade Visual e Ecológica das paisagens cênicas da Serra do Carmo na seção da

Rodovia /TO-030 entre Palmas e Taquaruçú acontece através da presença de um ou

mais elementos visuais expressos nos componentes naturais como a água,

cachoeiras, relevo, solo e vegetação que compõem as perspectivas visuais da

Unidade de Paisagem do Planalto Residual Tocantins e que foram objetos de estudos

e diagnósticos usados para se realizar o projeto de implantação do Pólo-ecoturístico

de Palmas e que agora, depois da revisão do Plano Diretor participativo de

Palmas(2006) deverá receber maior atenção, pois faz parte das 3 rodovias cênicas

escolhidas no macro-zoneamento turístico e ambiental de Palmas para integrar as

trilhas ecológicas do Pólo-ecoturístico de Palmas e do Parque Estadual do Jalapão.

• Ações são fundamentais e devem ser realizadas para que o uso dos recursos

naturais e das paisagens, sejam accessíveis para a população e turistas visitantes.

Um Plano de Trilhas ecológicas deve ser traçado pela atual administração para

promover à proteção da Serra do Carmo através da:- educação ambiental com cursos

de guias turísticos, promoção de enduros ecológicos, passeios à cavalo, trilhas de

observação da flora e fauna, ciclismo rural, infraestrutura de apoio ao turista visitante

com melhores restaurantes, lojas, pousadas, museu natural do Cerrado, mirantes,

equipamentos de apoio ao longo da rodovia TO-030 melhorando os acessos para o

Ribeirão Taquaruçuzinho no km10,0, para a Cachoeira de Taquaruçú, com trilhas

sinalizadas, lanchonetes e wcs. Atrativos turísticos que não danifiquem o meio

ambiente e que valorizem cada vez mais o Pólo-ecoturístico de Palmas. A abertura de

novas trilhas ecológicas que saem de Taquaruçú até o Parque Estadual do Jalapão.

Aumentará o fluxo de turistas visitantes regionais, nacionais e até internacionais

motivados em conhecer os recursos naturais da região.

• Na rodovia TO-030, na faixa de domínio dos 15 km do trajeto entre Taquaralto e

Taquaruçú devem receber um projeto de arquitetura paisagística valorizando os

pontos visuais onde existem paisagens cênicas e também contribuindo para mitigar os

efeitos de degradação ambiental com a recuperação da cobertura vegetal e sistema

de drenagem. O uso de árvores nativas e frutíferas, como o pequi, caju, cajuí entre

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outras espécies do cerrado, podem proporcionar sombras tão necessárias aos

ciclistas e pedestres, além de servirem de suporte de arranjos paisagísticos com

outros elementos como pedras, madeiras, transformando-se em trilha ecológica e

atrativo turístico. Os inventários de paisagens com uso de Indicadores perceptivos e

ecológicos são vitais para que o início do processo de implantação das trilhas

ecológicas no estado do Tocantins aconteça e culmine em resultados que contribuam

para o uso correto do patrimônio ambiental e cultural, onde o planejamento ambiental

e o manejo sustentável promovam à preservação das paisagens do bioma Cerrado

para que o mesmo fique cada vez mais conhecido e visitado, visando o ecoturismo

sustentável.

Bibliografia

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Palmas: Prefeitura Municipal de Palmas, 2000.

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LINCH K.. A Imagem da Cidade, Tradução de Maria Cristina Tavares Afonso. São

Paulo: Edições 70, 1960.

PIRES, P. dos Santos. Paisagem Litorânea de Santa Catarina como Recurso

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