api.ning.comapi.ning.com/.../artigobullyinginesp.docx · web viewsão direitos essenciais da...

62
A Prevenção da Violência e do Bullying nas Escolas, usando a Inteligência Social e a Psicologia Positiva *Maria José Esmeraldo Rolim RESUMO. O artigo apresenta como a prevenção do bullying pode ser feita nas escolas através da aplicação da psicologia positiva, como uma pesquisa qualitativa descritiva de aspectos potencialmente saudáveis dos alunos felizes e integrados socialmente, em oposição aos alunos agressivos e na ênfase em corrigir os atos de violência usando a psicologia social, pesquisando e revendo os aspectos da teoria personalista segundo Ortega Vera e Bohm,que exaltam o desenvolvimento dos aspectos antropológicos, teleológicos, e metodológicos,e buscam entender que a inteligência social é caminho novo nas relações na visão de Gadner e Golemar, podendo ser também uma habilidade aprendida. Dentre os fenômenos, destaca-se a resiliência, por referir-se a processos que explicam a superação de adversidades, cujo discurso hegemônico foca o indivíduo nas suas potencialidades. As pesquisas colaboram para naturalizar a resiliência como capacidade humana a ser desenvolvida e os estudos nas famílias trazem contribuições de pesquisas qualitativas realizadas na visão sistêmica, humana e de desenvolvimento. Palavras chaves: Bullying, resiliência, prevenção, violência, psicologia positiva, inteligência social. Hoje, na sociedade atual e nas escolas, falamos muito de violência e no bullying. A morte José Leonardo,dia 25 de outubro, dormindo, nos chocou. A ciência e a psicologia buscam transformar velhas questões como violência, bullying e agressividade em novas possibilidades de compreensão de fenômenos, e nesta “ visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas” segundo Sheldon & King,(2001, p. 216), vê-se as oportunidades de resolver muitos problemas emocionais como:inveja, felicidade, otimismo, altruísmo, esperança, alegria, satisfação e outros temas humanos, tão importantes para a nossa qualidade de vida, e busca-se descobrir a causa da agressividade.

Upload: phamdien

Post on 27-Apr-2018

218 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

A Prevenção da Violência e do Bullying nas Escolas, usando a Inteligência Social e a Psicologia Positiva

*Maria José Esmeraldo Rolim

RESUMO. O artigo apresenta como a prevenção do bullying pode ser feita nas escolas através da aplicação da psicologia positiva, como uma pesquisa qualitativa descritiva de aspectos potencialmente saudáveis dos alunos felizes e integrados socialmente, em oposição aos alunos agressivos e na ênfase em corrigir os atos de violência usando a psicologia social, pesquisando e revendo os aspectos da teoria personalista segundo Ortega Vera e Bohm,que exaltam o desenvolvimento dos aspectos antropológicos, teleológicos, e metodológicos,e buscam entender que a inteligência social é caminho novo nas relações na visão de Gadner e Golemar, podendo ser também uma habilidade aprendida. Dentre os fenômenos, destaca-se a resiliência, por referir-se a processos que explicam a superação de adversidades, cujo discurso hegemônico foca o indivíduo nas suas potencialidades. As pesquisas colaboram para naturalizar a resiliência como capacidade humana a ser desenvolvida e os estudos nas famílias trazem contribuições de pesquisas qualitativas realizadas na visão sistêmica, humana e de desenvolvimento.

Palavras chaves: Bullying, resiliência, prevenção, violência, psicologia positiva, inteligência social.

Hoje, na sociedade atual e nas escolas, falamos muito de violência e no bullying. A morte José Leonardo,dia 25 de outubro, dormindo, nos chocou. A ciência e a psicologia buscam transformar velhas questões como violência, bullying e agressividade em novas possibilidades de compreensão de fenômenos, e nesta “ visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas” segundo Sheldon & King,(2001, p. 216), vê-se as oportunidades de resolver muitos problemas emocionais como:inveja, felicidade, otimismo, altruísmo, esperança, alegria, satisfação e outros temas humanos, tão importantes para a nossa qualidade de vida, e busca-se descobrir a causa da agressividade.

A agressividade campeia a nossa existência, e a cidade de Fortaleza figura entre as cidades com maior índice de agressividade do mundo, explica-se os dados estatísticos da ONG do México, com os estudos feitos pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal. Tais indicadores são alarmantes, no contexto mundial, e Fortaleza figura como a 37ª cidade mais violenta do planeta, segundo fonte do O POVO, do dia 14 de janeiro de 2012. Nesta ótica, o movimento intitulado Psicologia Positiva vem se firmar, e explica o fenômeno na edição especial de 2001 do periódico American Psychologist, antes de tudo para romper com o viés “negativo” e reducionista de algumas tradições epistemológicas que têm adotado o ceticismo diante de expressões de indivíduos, grupos ou comunidades que procuram na psicologia positiva, soluções . Entretanto, postular uma ciência que focalize as potencialidades e qualidades humanas exige tanto esforço, reflexão e seriedade conceitual, teórica e metodológica, para alcançá-la.

Na minha tese de doutorado ,pesquisei e estudei as razões do alto grau de violência nas escolas públicas e o acentuado número de casos de bullying nas salas de aulas, detectados na cidade de Fortaleza, fortalecendo a tese que este problema é também de outros municípios do Brasil, e de todos países do mundo. *

Page 2: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

*Maria José Esmeraldo Rolim, doutoranda da Univesidad Del Pacífico,escritora com vários livros sobre o bullying, professora concursada da rede pública municipal de Fortaleza.Email: [email protected] Fone:55-85-41413070.

Na definição como ciência, e na psicologia positiva busca -se a compreender através da investigação científica, e nos processos que nos dar qualidade de vida e emoções positivas. É o objeto de interesse científico apontar novos conhecimentos acerca da psique humana, tentando ajudar a resolver os problemas de saúde, bem estar mental dos indivíduos, também para alcançar melhor qualidade de viver, hoje, no quotidiano tão devastado por agressividade, bullying e todos os outros tipos de violência.

Alícia Fernandez (2009) explica a agressividade e diz:: “Começarei analisando a agressividade com base na minha experiência de vida. Como aluna, vivi a experiência de ter sido agredida por não ter sido respeitada, mas por não ter sido entendida e escutada em minha originalidade, por mandatos recebidos de alguns professores que queriam que se acreditasse que ser boa aluna era o mesmo que ser submissa e obediente”. Na psicologia positiva, essa aprendizagem serve de base para alcançar vôos maiores e apreender que a inteligência social é a capacidade de lidar com pessoas e entender seus sentimentos, e trabalhar o relacionamento. Os conhecimentos sobre a agressividade tem importância nas atitudes e nas habilidades que implicam em saber reconhecer quando agressividade é violência, saber fazer mediação e querer refazer o caminho antes percorrido de forma harmônica. O saber constituir-se pelos seus conhecimentos nas áreas: específica formal ou informal. As experiências dos conhecimentos técnicos transformam-se em habilidades. Colocar em prática o saber fazer e como fazer devem gerar novos conhecimentos vão manifestar atitudes compatíveis entre as habilidades e os conhecimentos adquiridos, tornando o aluno defensor da paz, mas não submisso.

Para emancipar o aluno, em 2000 foram criadas as "8 Metas do Milênio", que foram aprovadas por 191 países da ONU, em Nova Iorque, na maior reunião de dirigentes mundiais de todos os tempos. Estiveram presentes 124 Chefes de Estado e de Governo. Os países se comprometeram a cumprir os 8 objetivos, que seguem abaixo, até 2015: 1. Acabar com a fome e a miséria. 2. A Educação Básica e de qualidade para todos. 3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher. 4. Reduzir a mortalidade infantil. 5. Melhorar a saúde das gestantes. 6. Combater a aids, a malária e outras doenças. 7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. 8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. ( Disponível em: http://www.br.com.br/portalbr/calandra)

Com o objetivo de promover a Cultura de Paz, a Cidadania e o respeito aos Direitos Humanos, foi inaugurado o Instituto Pró-Mediação, trabalhando pelo desenvolvimento de espaços de Mediação Social nas periferias das grandes cidades. A Mediação Social incentiva a participação na gestão democrática das cidades, na medida em que torna os cidadãos mais conscientes da sua realidade (apreensão crítica da realidade) e desperta sentimentos e ações de co-responsabilidade pelo bem-estar comum (sujeitos coletivos de direitos e de desejos), além de promover a rejeição de todas as formas de  violência. Na era da inteligência social e da psicologia positiva, a arte de se relacionar é uma das maiores habilidades de combate e de prevenção à agressividade, melhorando as competências sociais para se viver melhor, com o aperfeiçoamento da nossa fala, dos nossos gestos e atitudes.

Page 3: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

1.1. História da violência

Na natureza, a violência é luta seletiva para a sobrevivência. É a aversão extrema que certos animais provocam para dividir o espaço equitativamente. No combate animal, atinge sua amplitude máxima quando visa assegurar uma distribuição regular de território e se opera, também, na reprodução dos indivíduos mais vigorosos que perpetuam a espécie.

Parece ser congênita na trajetória do homem. No poema de John Milton, em Paraíso Perdido, revela a maldição de Deus ao fratricida Caim, pois esta guerra simboliza o primeiro assassinato, com a perda do Paraíso. A dificuldade de conviver com outros, a intolerância com as diferenças, exclusão social e práticas de atos cruéis estão presentes sempre e são de conhecimento público. No fundo, a agressividade humana não é de todo má, porque seria prejudicial tentar eliminar os impulsos agressivos com os quais atacamos e vencemos os problemas.

Internacionalmente, a violência encontra representação quase que em toda a obra de Fiodor Dostoievski e Frank Kafka, ilustrando um tipo de violência psicológica, peculiar em O Processo (Der Prozeß, 1925). Ernest Hemingway é apenas um dos escritores a publicar obras sobre guerras, conquanto seu ‘Por quem os sinos dobram’ (For Whom the Bells Tolls, 1940) seja um bom retrato de um conflito real, a guerra civil espanhola. Jorge Amado em ‘Capitães de Areia’ (1936), mostra com ternura a violência de um grupo de meninos abandonados nas ruas de Salvador; em Jubiabá (1935), Graciliano Ramos mostra a trajetória de Antônio Balduíno, menino de rua que pratica atos criminosos menores, boxeador, assassino (quando ‘o olho da piedade vazou’), vagabundo e finalmente grevista, que aprende o caminho da razão justamente quando confrontado com a violência política.

Mas é Graciliano Ramos que, na literatura do Brasil, se compara a Dostoiévski na presença constante da violência. Suas obras trazem quase invariavelmente o conflito do homem que sofre alguma restrição, alguma coação ou alguma rejeição social, econômica ou cultural e tenta inutilmente reverter esse quadro. Em seus livros de memórias, como Infância (1945) e Memórias do Cárcere (1953) Graciliano documenta sua própria convivência com o mundo violento e cruel.

O livro Angústia, de Graciliano Ramos (1936) gira em torno de um assassinato, justificado pelo narrador-protagonista como necessário e impositivo. O crime perturba definitivamente o criminoso, antes e depois do ato propriamente dito: antes, nas constantes paranóias sobre enforcamento, e depois, na convalescença de um mês e na necessidade de escrever o livro para exorcizar-se, eximir-se da culpa.

O cinema é um veículo que tem uma grande infiltração mundial. Muitos filmes apresentam cenas de extrema e exagerada violência, e as crianças assistem sem ter ainda discernimento para julgar o certo. A vida humana é por vezes tratada como algo banal. Existem diversos relatos de contraventores que, ao praticar seus maldosos atos, se inspiraram nos personagens considerados heróis. Trata-se também de um tipo de violência cultural, na medida em que são estabelecidos novos valores incompatíveis com a conduta humana.

Page 4: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

A televisão tem sido tema de muita discussão em relação às cenas de violência realísticas. Programas que reproduzem a realidade em toda sua crueza; o terremoto no Japão em tempo real. Muitas vezes, quase simultaneamente, expõem em suas programações, nos telejornais, nas telenovelas e seriados, o retrato mais difícil. A grande infiltração dos programas televisivos em todos os lares pode rapidamente banalizar e difundir alguns dos tipos de violência. Vivemos ano passado a crueldade do atirador que atacou os alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro. Quando criança, sofreu bullying na escola e, mais tarde, já adulto, na sua insanidade, resolveu se vingar de todos na escola. Com os depoimentos dos alunos depois do incidente vimos que as crianças, mesmo chocadas, começam a achar normal morrer, matar, e já faz parte da sua vivência uma realidade bem triste.

A agressividade existe em todos os lugares, muito praticada entre esportistas e entre torcedores de determinadas categorias. Ressaltamos os diversos esportes que são considerados violentos, tais como: boxe, futebol, rugby, entre outros. Na copa do mundo de 2010, o jogador de futebol francês Zidane, ao sofrer uma ofensa verbal, agrediu fisicamente outro jogador em pleno jogo da final, demonstrando uma atitude não adequada aos esportes. Acontecimento como este chamamos de violência planejada. Para que a violência planejada se concretize, passa-se por três etapas: a fantasia da agressividade, “e se eu agredir, o que acontece?” Mais tarde, vem o desejo de querer agredir, e ação. Qualquer pessoa tem esse potencial para agredir, o que as impede são os mecanismos psíquicos aprendidos e reforçados ao longo da vida pela educação recebida e vivências em família.

Nas Ciências Humanas a oposição da agressividade, chamamos de resiliência, que é um processo envolvendo a superação de dificuldades e adversidades individuais ou coletivas. A palavra é originada da Física, como afirma Yunes (2006,p. 49), “[..] a resiliência refere-se à capacidade de um material absorver energia sem sofrer deformação plástica ou permanente”. Na Psicologia Positiva, ela é abordada como a capacidade que as pessoas tem de superar problemas graves, com a saúde, crises emocionais, com sofrimentos e continuar mantendo o curso da vida e agindo com competência para superar. Esse conceito, antes centrado na capacidade individual, é hoje revisto como algo processual, produto do trabalho da inteligência emocional. Segundo Rutter (1987 apud Poletto;Koller, 2006,p. 24) refere- se a “variação individual em resposta ao risco”[...] Não sendo um atributo imutável, varia dependendo das circunstâncias psíquicas, resultado de características individuais, familiares, do ambiente social, da autonomia e autoestima. É uma capacidade de adaptar-se a mudanças e resolução de problemas de maneira positiva. Alguns estudiosos reconhecem a resiliência como um fenômeno comum presente no desenvolvimento de qualquer ser humano (Masten, 2001), e outros enfatizam a necessidade de cautela no uso “naturalizado” do termo (Martineau, 1999; Yunes,(2001).

No nosso país e demais países da America Latina, , a palavra resiliência e seus significados ainda permanecem como “ilustres desconhecidos”. O dicionário de língua inglesa Longman Dictionary of Contemporary English (1995) oferece duas definições de resiliência, sendo a primeira: “habilidade de voltar rapidamente para o seu usual estado de saúde ou de espírito depois de passar por doenças, dificuldades, estresses ou momentos de agressividade etc.”A segunda explicação para o termo encontrada no mesmo dicionário afirma que resiliência “é a habilidade de uma substância retornar à sua forma original quando a pressão é removida: flexibilidade”. O fenômeno da resiliência é relativamente recente. Os precursores do termo na Psicologia Positiva são os termos invencibilidade ou invulnerabilidade, ainda bastante referidos na literatura. Vários autores (Masten & Garmezy),1985; Rutter, 1985; Werner & Smith, 1992) relatam que “em 1974, o psiquiatra infantil E. J. Anthony introduziu o termo invulnerabilidade na literatura da psicopatologia do desenvolvimento para descrever crianças que, apesar de prolongados períodos de adversidades e estresse psicológico, apresentavam saúde emocional e alta competência” (Werner & Smith, 1992, p. 4). No entendimento

Page 5: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

dos professores pesquisados, as pessoas resilientes são como a “bola de borracha e tem jogo de cintura”, mudam sempre que haja necessidade e não costumam culpar os outros por seus erros, assumindo-os.O desafio é procurar não nos “auto-boicotarmos” para transformar metas e sonhos em realidade e tornar a resiliência uma característica adquirida e trabalhada com a inteligência social.

Em 2009, havia 1,2 bilhão de adolescentes de 10 a 19 anos de idade no mundo todos sujeitos a vulnerabilidade, segundo estudo mundial sobre essa faixa etária, expostos a todos os tipos de violência, e muitos não chegarão a idade adulta, dado divulgado pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Para Walsh (2003 apud YUNES), os processos chaves da resiliência (superação de conflitos) em família atribuem sentido na adversidade, no olhar positivo, na transcendência e espiritualidade. Sem solidariedade, sem compreensão e enfrentamento desses desafios, o número de adolescentes mais do que duplicou desde 1950, quando eram cerca de 500 milhões. A delinquência juvenil, a cada dia, vem se disseminando no seio da sociedade, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, pela desagregação da família, pela falta de orientação por parte dos pais de como ensinar o processo de superar dificuldades materiais, espirituais e sociais.

Com base nas afirmações de Teixeira (1981), a droga surge como uma necessidade dentro dos grupos que são transgressores em essência e não são portadores do gene da resiliência. Procuram apoio nas drogas e em função do caráter de transgressão comum às gangues, muitos projetos se equivocam ao buscar a recuperação desses jovens através do trabalho. Eles se revoltam contra a condição de submissão e exclusão do grupo social ao qual pertencem e, portanto, sabem que as suas opções de trabalho são aviltantes. Refugiam-se nas drogas desde as mais violentas como OXI (droga nova que está chegando ao Brasil, com efeito avassalador, pois mata em pouco tempo) ou o Crack.

A escola é um ponto importante nessa tarefa de solucionar o problema da violência e delinquência de adolescentes e jovens, e até mesmo em crianças, pois, como espaço privilegiado de convívio e de formação da pessoa, precisam dar garantias a qualidade na sua formação e se integrar à comunidade a sua volta. Isso é comprovado nas estatísticas e nos indicadores sociais, que referem as escolas com altos níveis de aproveitamento escolar,quando permanecem abertas aos finais de semana para uso da comunidade, conseguem assim ,quase eliminar o vandalismo em suas dependências.

Conforme aponta Abramovay (2005):

Apresentar um conceito de violência requer uma certa cautela, isso porque ela é, inegavelmente, algo dinâmico e mutável. Suas representações, suas dimensões e seus significados passam por adaptações à medida que as sociedades se transformam. A dependência do momento histórico, da localidade, do contexto cultural e de uma série de outros fatores lhe atribui um caráter de dinamismo próprio dos fenômenos sociais (p. 53).

Nesse contexto, o professor precisa lutar em busca de mudanças, pois ele é, incondicionalmente, um agente de libertação e de transformação. É preciso constituir uma escola sem exclusão, sem elitismo, na qual todos se engajem e tenham voz e vez.Além de uma escola pública melhor e que envolve a comunidade, fazem parte da lista de ações recomendadas por quem estuda a violência uma polícia melhor equipada e um Poder Judiciário mais ágil e, se necessário, mais rigoroso. Trabalhar de forma macro e micropolítica. No Livro "Democracy and education", Dewey (1959) define a educação como: "uma reconstrução ou reorganização da experiência, que esclarece e aumenta o sentido desta e também a nossa aptidão para dirigirmos o curso das experiências subseqüentes" (1959, p.83). Na definição acima, mostra a importância da experiência, a capacidade de direção para o desenvolvimento dos valores educativos.

Page 6: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

Winfried Böhm (1991) diz que a pedagogia deve libertar o homem, tornando-o livre, ético e democrático. A sua metodologia não se apresenta como uma didática mecânica ou tecnológica, mas de uma forma provocativa e animadora. "Éstos son dos límites innegables de la educación, la no comprensión y la decisión libre del alumno. Querer negar estos límites es negar la pedagogía misma." (Schweizer, 1993 apud Böhm). Nesse modelo, prevalece o acordo entre o professor e o aluno por meio do diálogo, em que predomina a razão e o respeito, a bondade em estimular e escutar com atenção o que outro busca, na ânsia sua de liberdade, mas não é um sistema acabado, uma atitude, que não tem solução para tudo.Testemunha uma convergência de vontades e põe-se a seu serviço para a busca do pensamento sobre a sua história. Repudia crimes, crueldades cometidos ao longo da história como o nazismo de Hitler, e anuncia o comprometimento com o processo de superação humana, quando afirma Mounier(1967)

El personalismo no anuncia, pues, la creación de una escuela, la apertura de una capillla, la invención de un sistema cerrado. Testimonia una convergencia de voluntades y se pone a su servicio....para buscar los medios de pesar eficazmente sobre la historia.

A Índia, apesar de não ser o país mais populoso do mundo, tem a maior população nacional de adolescentes (243 milhões), seguida por China (207 milhões), Estados Unidos (44 milhões), Indonésia e Paquistão (ambos com 41 milhões). O Brasil, segundo a pesquisa da Unesco, tem 21 milhões de adolescentes. Na formação do ser humano voltada para o capital, existe uma característica fundamental, a pessoa integral. Nesta, combate-se a inversão rentável da produção com programas de combate ao trabalho infantil, através do ensino tecnicista usado somente para produzir coisas úteis para satisfazer as necessidades do mercado e estimula-se ainda a grande potencialidade do ser, de crescimento do ideal humano, o humano personalista.

Faz-se uma integrada imersão no processo evolutivo da educação através dos tempos, mostrando as raízes do que conhecemos por Pedagogia Personalista, baseando-a na Antropologia, Teleologia, e na Metodologia. No Seminário em Anápolis, Winfried Böhm apresentou ideias para colocar os mestres e os educandos para pensar. Ele, inclusive, defende a ideia de que “a educação é essencial, mas não é um instrumento para resolver problemas econômicos”.

De acordo com o UNICEF, em todas as regiões que dispõem de dados, o número de meninos adolescentes supera o de meninas, inclusive nos países industrializados. Não se deve pensar em educar somente para produção, mas torná-los seres completos, racionalistas e mostrar a importância de boas experiências, a capacidade de direção para o desenvolvimento dos valores humanos.

Na África, o número é quase igual: 995 meninas de 10 a 19 anos de idade por mil meninos na África Oriental e Meridional, e 982 meninas por mil meninos na África Ocidental e Central. A diferença de gênero é maior nas duas regiões asiáticas. Temos que organizar estratégias que consigam transformar esses milhões de crianças em cidadãos livres das drogas, e de prevenir todas as formas de violência. A violência nem sempre é aparente.

Segundo Alícia Fernandez (2009) violência simbólica é ter que expulsar mandatos fazendo aquilo que nos é imposto por outrem, dito de forma amigável, nos fazendo crer que é para nosso bem, mas mascara a verdadeira intenção que nos cerceiam, anulam, e tolhem a nossa criatividade. Necessitamos de tempo e percepção para descobrir as verdadeiras intenções, são ditos de forma amena, sem agressividade. Sua função é mascarar agressão e confundir sua autoestima. Fazer você engolir sua dor e fazer o desejo de outrem. Quando não se pode incluir no nível simbólico aquilo que incomodou, eu estou cometendo uma autoagressão, depois sem resolve-la e me faz sentir culpa. Precisa-se tomar distância do problema para aprender, tentar refletir dando espaço a criatividade de elaborar a solução.

Page 7: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

As meninas, desde a mais terna idade, são agredidas por determinantes culturais. O desejo de saber culturalmente é dos meninos. “O ser curioso para a nossa cultura tem sexo masculino”. A agressividade é necessária, e tem um papel diário de reconstrução dos jogos simbólicos infantis quando aprendemos a trabalhar a violência emocional com inteligência social, com resiliência. Precisamos de uma revolução interna dos explorados (alunos) com os exploradores de linguagem (professores) de entendimento, de ações pensadas em todos os conflitos, nas escolas e na sociedade, que perpassam e deságuam na inquietude, na indefinição da prioridade básica; a educação. A essa forma de agressividade podemos chamar de Psicologia Negativa, que oposiciona “a tentativa de levar os psicólogos contemporâneos a adotarem uma visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas” (Sheldon & King, 2001, p. 216) que estes autores chamam de psicologia positiva.

1.2 Tipos de violência

Discutir a violência e suas causas é por princípio, ambígua . A multiplicidade de atos violentos e o equacionamento sobre o que é violência legítima nos faz pensar sobre a violência branca. Pergunta-se, o que constitui essa violência? Segundo Aranha, “muito mais sutil, porque não ‘salta à vista’, passa despercebida como se apenas resultasse da ‘ordem natural das coisas’, não da ação humana intencional” (ARANHA1997, p. 28).

Acostuma-se com a pobreza como normal, muitos desperdiçam e outros são carentes de tudo. Sabe-se também sobre a violência simbólica, que embora seja disfarçada, atua nos altos escalões para ludibriar o povo com falsas promessas que nunca são cumpridas “A vida não é banal, nem a violência pode ser banal”, continua Aranha. Cada ato é resultado da vontade humana que, ao naturalizar, ao fazer de conta que “tem que ser assim, sempre foi assim”, desconsidera a gravidade que o fato exige.

A multiviolência é produto de uma grande rivalidade criminal, caracterizada por sua desconfiança, por vergonha, por tentar controlar as atividades ilegais de uma comunidade, e ganhar dinheiro com tráfico e com o controle de drogas. A violência simbólica proposta por Bourdieu, segundo Vasconcellos (2002) “aparece como eficaz para explicar a adesão dos dominados: dominação imposta pela aceitação da regras, das sanções, a incapacidade de conhecer as regras de direito ou morais, as práticas linguísticas e outras” (p. 81).

Assim, a violência escolar pode inserir-se no fenômeno da violência geral, também incorporando em seu conceito essa violência sutil, estrutural, que diminui as possibilidades de uma pessoa de classe pobre ascender socialmente e transformar sua realidade. Feita tal explicação do porquê de incluir a violência escolar no fenômeno mais amplo dessa violência, propõe-se levantar as perguntas a serem feitas quando se pretende delinear a multiplicidade de maiores aspectos que se incorporam ao conceito.

Para facilitar o estudo, considera-se violência doméstica também nesta realidade cruel da escola. O abandono e a negligência quando criança, dos irmãos, parceiros de brincadeiras, ou idosos, avós e pais, repercute na sua educação. Na tipologia proposta por Dahlberg Krug, na categoria interpessoal, esse tipo de violência subdivide-se quanto a natureza: Física, Sexual, Psicológica ou de Privação e de Abandono. Afetando ainda a vida doméstica, pode-se incluir na categoria autodirigida, o comportamento suicida de causalidade. É frequente o uso do termo "violência doméstica" para indicar

Page 8: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

a violência contra parceiros, contra a mulher, contra filhos. A expressão substitui "violência no relacionamento", "violência conjugal" e "violência intra-familiar". Além desta categoria, outros tipos de violência foram apontados como perniciosos a educação, no grupo observado de professores, o que foi mais debatido, a violência institucional.

1.2.1 Violência institucional

Violência institucional é aquela exercida nos próprios serviços públicos, por ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso as informações até a má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições, até por uma noção mais restrita de dano físico intencional. Esta violência pode ser identificada de várias formas: quando tratamos de forma agressiva alguém que pede informações em órgãos públicos ou informamos errado abrangendo a forma intencional e os abusos de poder cometidos propositalmente em virtude das relações desiguais entre usuários e profissionais dos órgãos públicos. Peregrinação por diversos serviços até receber atendimento, falta de escuta e tempo para a clientela.

Violência institucional é aquela praticada nas instituições prestadoras de serviços públicos como hospitais, postos de saúde, escolas, delegacias, e pelo judiciário. É perpetrada por agentes que deveriam proteger as pessoas vítimas de violência, garantindo-lhes uma atenção humanizada, preventiva e também reparadora de danos. Nas escolas, ocorre quando os gestores são nomeados por pedidos de políticos (vereadores ou deputados) e fazem das escolas oligarquias familiares, e aqueles que se rebelam são ameaçados e transferidos para locais inóspitos.

Ocorre também como mobbing, que é a perseguição de um funcionário ou professor por alguém com poder, e conduz ao conceito de bullying vertical, como veremos a seguir, também denominado bossing. Esse assédio psicológico no trabalho e nas escolas não é um problema exclusivo de determinados países, mas um fenômeno que vem sendo estudado e é generalizado. No entanto, os dados disponíveis dos estudos realizados e as novas iniciativas advindas de pesquisas quase que exclusivamente dos países mais desenvolvidos do continente europeu e, principalmente, dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia, os quais possuem recursos para fazer investimentos em pesquisas desta natureza (Suárez, 2002). Como uma nova causa de mal-estar e adoecimento no trabalho, tem mobilizado pesquisadores da área da saúde mental ocupacional e foi objeto de um seminário especial, que antecedeu a programação do 27º Congresso Internacional de Saúde no Trabalho, ocorrido em Foz do Iguaçu (PR) em 2002. O conceito de mobbing foi proposto pela primeira vez por Niko Tinbergen e Konrad Lorenz em seus estudos com gaivotas e gansos.

No contexto etológico, pode-se definir o comportamento de mobbing como um ataque coletivo direcionado a um alvo considerado perigoso, por exemplo, um predador. Normalmente, este ataque envolve vários indivíduos da mesma espécie ou de espécies diferentes que tentam confundir o intruso com muitas vocalizações e ameaças a distância, afligindo-o com ataques sucessivos. No ser humano, é ataque planejado para fragilizar e imobilizar o indivíduo e torná-lo incapaz de reagir.

Para Richard Parreral (1985), os grandes primatas diurnos, gregários e que vivem nas florestas são incapazes de manterem-se despercebidos, portanto, respondem ao predador fugindo ou apresentando mobbing. Na década de 1980, o conceito de mobbing foi popularizado pelo psicólogo do trabalho

Page 9: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

Heinz Leymann, alemão, radicado na Suécia, considerado o "pai do mobbing" (DUQUE, MUNDUATE & BAREA, 2003, p. 56). Ele retomou as observações realizadas anteriormente por Lorenz relacionando-as ao estudo da conduta humana nas organizações laborais. Nesta época, Leymann define:

Mobbing pode ser considerado o fenômeno no qual uma pessoa ou grupo de pessoas exercem violência psicológica extrema, de forma sistemática e recorrente e durante um tempo prolongado – por mais de seis meses e que os ataques se repitam numa freqüência média de duas vezes na semana – sobre outra pessoa no local de trabalho, com a finalidade de destruir as redes de comunicação da vítima ou vítimas, destruir sua reputação, perturbar a execução de seu trabalho e conseguir finalmente que essa pessoa ou pessoas acabe abandonando o local de trabalho (LEYMANN, 1990, p. 121).

Uma triste realidade social, um verdadeiro fenômeno de delinquência organizada, com três componentes: a vítima (o ‘mobizado’), o agressor(es) (Mobbers) e os cúmplices (os colegas, que compactuam de forma covarde com o(s) mobber (s). Os efeitos do mobbing sobre a vítima são ansiedade, insônia, falta de apetite ou apetite excessivo, dores fortes de cabeça, tonturas, esgotamento e depressão. O perfil pessoal da vítima é quase sempre: um colega tímido, sensível, inteligente um pouco mais do que a média, insatisfeito, honesto, pessoa de princípios e valores. Gosta do que faz, e se destaca com ideias criativas. Bem dedicado à Instituição ou à Empresa e normalmente trabalha acima da média.

Perfil pessoal do mobber (agressor): Pessoa invejosa, de ideias fixas, manipuladora, gosta de impor aos outros colegas ideias negativas, gosta de se fazer vítima, se expressa e influencia com facilidade outros colegas. Não gosta da sua profissão e por isso é pouco dedicado, nem gosta dos colegas que se dedicam, por isso conspira e influencia outros colegas a terem a mesma atitude contra esses colegas, de forma a isolá-los. Às vezes, tem problemas na família e não tem outros objetivos na vida. É certamente uma pessoa com problemas pessoais, de família, é um colega instável mas extrovertido. Sua grande instabilidade é a inveja dos que se destacam por qualquer característica que ele não tenha.

O mobbing é usado por colegas de instituições ou empresas que querem afastar outro trabalhador que se tornou um incômodo para eles. Muitas vezes, não é a própria empresa ou instituição pública, nem um superior, que exercem o mobbing; ele pode ser exercido por alguém que, apesar de estar a pouco tempo na empresa ou instituição, quer ser promovido, ou mostrar serviço ao padrinho político, tentando exercer pressão sobre os que já trabalham ali, antes da sua admissão.

Acontece principalmente nas horas de greve. Muitos gestores criticam, mas fazem o jogo do poder “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, essa é a máxima de tais pessoas.Nas entrevistas a esta pesquisadora, muitos professores falaram do mobbing, mesmo desconhecendo essa definição de violência.Os educadores são vítimas de mobbing, sendo transferidos para uma unidade distante da sua residência, também quando ficam sempre ao lado dos oprimidos. A causa é a falta de eleições para diretores e oligarquia nas escolas municipais. “Quando nós vamos aos superiores mostrar esse descalabro, tentam minimizar, mas não tomam nenhuma atitude contra os agressores. Os cargos são comissionados e gestores têm medo de perdê-los por se tratar de pessoas com indicações políticas” dizem os professores.

A nossa justiça é muito lenta e os professores não tem condições financeiras para custear uma ação de assédio moral contra os agressores, e torna-se, então, um círculo vicioso. Os professores tirando licença para conseguir sobreviver e administração pública fingindo que o problema não existe. Fazer uma pergunta no questionário indagando quantas vezes os professores adoeceram foi a solução. Quase todos os que responderam disseram sim, muitas vezes.

Page 10: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

A porcentagem é muito grande e cada professor tem uma historia para contar. Como minimizar o mobbing? Colocando um telefone à disposição para denunciar nas instituições públicas para que cada vítima denuncie anonimamente.

A educação precisa ser prioridade, segundo Böhm (2000) quando se faz um resgate histórico da educação, para uma reflexão sobre sua influência no ensino mundial, latino-americano, sul-americano e brasileiro. Além disso, mostra que o papel da Pedagogia não se limita apenas à Didática e à Metodologia, e nos apresenta quais são as implicações para um país ao deixar em segundo plano a formação e valorização de um docente. Nesta última eleição o alto numero que pessoas que se abstiveram de votar ,votaram em branco e nulo deve ser estudado, com resaltou a ministra Carmem Lúcia do TRE.Numa conversa que tive com os professores, eles disseram que sabem do seu poder de formadores de opinião dos alunos e isto influenciou muito e foi uma forma de protesto contra um governo que fala de prioridade em educação,mas não qualifica nem remunera adequadamente.

1.2.2 A violência na escola

A violência na escola não é cometida por uma só pessoa, mas por muitos. É resultado de cultura, da vida e do desequilíbrio para manter uma sociedade injusta e de multidimensionalidade natural com interação de fatores históricos, ambientais, sociais e genéticos, que não pode ser analisada isoladamente, dissociada do todo.

Discutir e prevenir a violência e suas causas. O seu equacionamento sobre o que é ou não violência legítima, nos faz pensar sobre a violência branca, também sobre a simbólica, que embora seja disfarçada, atua nos altos muito nos escalões para ludibriar o povo e a multiviolência. A indireta, quando um ato visa desencadear um perigo posterior: como devastação da natureza com gás CFC (clorofluorcarbono) destruindo a camada de ozônio. Esta violência, embora perigosa, é pouco estudada e difundida na imprensa.

A violência branca possibilita uma reflexão, mesmo quando não se conheça o seu agente causador. Revela a carência, a fome e escassez de tudo. Conduz a sofrimentos inúteis os trabalhadores, como a falta de oportunidade e a superação de conflitos de ordem social. A pobreza parece ser consequência inevitável de certa “ordem natural”. O povo é manipulado ideologicamente e obrigado à adesão sem críticas, de forma disfarçada para idéias de outrem. Promessas mirabolantes fazem os políticos e distorção de realidade, usando propagandas e slogan para ocultar seus desmandos. A violência dos poderosos, também chamadas de simbólica, é usada em casa e no dia-a-dia. Os alunos devem conhecer tudo isso para saber votar e melhorar sua condição de aprendiz na escola e na vida.

A sociedade esconde e procura outros culpados, não ver o óbvio. Culpam as escolas públicas, os professores pelo fracasso escolar e a falta de aprendizagem, também pela violência. As salas super lotadas e professores dando aulas em três turnos para sobreviver. Falta o investimento devido, e as autoridades culpam a baixa qualidade de ensino, o professor. Vai se diluindo a solução, porém, a raiz do problema encontra-se na desigualdade social, fruto da repartição injusta dos privilégios e de riquezas, por poucos, aproveitadas. Esta é a violência passiva, quando deixa-se de fazer determinadas ações para evitar sofrimentos futuros e salvar vidas.

Os altos índices de acidentes de trabalho por falta de atendimento das normas de segurança tem de ser discutido e pensado nas escolas. As infrações que provocam danos, mesmo que involuntariamente, devem ser verificadas, punidas, se houver descuido e negligencia. Educação, que devia ser prioridade, passa ser mero dado estatístico. São maneiras de perpetuação no poder, como forma de dominação. São situações injustas e humilhantes, que nos levam a analisar todas as partes em confronto e o jogo

Page 11: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

de interesses. Negando uma educação participativa e abrangente o educando irá repetir todos os erros passados e não saberá discernir entre certo e errado para aplicará na sua vida, e o sonho de uma comunidade justa e democrática. A escola assim jamais será patíbulo de mudanças e discussões, um lugar que ensina e pratica a paz.

Todo esse tipo de discussão foi realizado na Jornada Internacional de Prevenção da Violência, na escola Sete de Setembro, para analisar as causas. Foi realizado um mini curso e foram abordados num seminário as temáticas: Agressividades das crianças-definições e fatores, com o conferencista Ricard Parrreral, da Universidade de Paris,França. Outros temas também foram estudados, como: A agressividade da criança e mediação de conflitos; A violência no âmbito institucional e social proferida pela PHD e também doutora pela Universidade de Paris, Ieda Maria Maia Pires, da Universidade Federal Institucional.

O tema violência foi abordado sob diversos enfoques sociais, econômicos, espirituais e muitas conclusões dos debates coincidiram com minha pesquisa. As conclusões chegadas revelam que a violência diminuiria na medida em que Escola, Igreja e sociedade em geral passassem a valorizar o direito à palavra, à democracia, e o ser humano como um cidadão em pleno poder de suas escolhas. Segundo Paulo Freire em Ano Mundial de La Paz, El Correio de La Unesco, Diciembre (1986, p 46): “A paz se cria e se constrói com a superação das realidades sociais perversas. A paz se cria e se constrói com a edificação incessante da justiça social.”

O trabalho de valores desenvolvendo a personalidade dos alunos que recebe influência direta dos pais, considerando as ações e o comportamento evidente dos mesmos diante dos problemas enfrentados, como valores culturais, desigualdade social, agressão física e psicológica, e todos os tipos de reações hostis. Destruir objetos e explosões temperamentais são comportamentos copiados do pai e da mãe, que são levados para outros ambientes durante toda a vida.Resolver os conflitos usando a mediação, a psicomotrocidade, a teoria personalista nas escolas será um prevenção pois trabalhará os aspectos racionais, motores, sensoriais, cognitivos e psíquicos dos alunos, dos professores, dos gestores ,e também dos pais, enfim, de toda comunidade escolar.

São direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela adoção de políticas sociais e públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Outro fator importante observado nas relações sociais das escolas seria possibilitar convivência entre diferentes tipos de jovens com produção de eventos em locais públicos, com função de acompanhar, apoiar e observar esta rede de relações. Uma articulação que tem como missão primordial a construção e está expressa nos artigos da UNESCO produziu o projeto Programa Escolas de Paz, que foi implantado no Rio de Janeiro em 2001.

Segundo Abramovay et al (2003, p. 45):

Instrumentos para apropriação das diferentes formas de leitura e de intervenção sobre a realidade repleta de problemas a serem selecionados, inclusive no próprio espaço escolar, a partir de 3 focos básicos: o jovem, a escola e a comunidade.

As populações das grandes cidades vivem cercadas das mais diferentes formas de violência. Num mundo no qual as pessoas pouco dialogam e recorrem a conflitos armados para defender seus

Page 12: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

interesses, a paz surge como uma alternativa para tentar trazer um pouco de harmonia para as sociedades.

A violência está estampada em jornais e outros diversos veículos de comunicação, manifestando-se por diversos agentes e sob diferentes formas: a violação dos direitos humanos; a violência urbana, policial e familiar, refletindo na escola o que acontece no interior da sociedade. Estes tipos de violência põem em risco a ordem, a motivação, a satisfação e as expectativas de alunos e corpo docente. Têm graves efeitos nas escolas, contribuindo para o insucesso dos propósitos e objetivos da educação, comprometendo o processo ensino-aprendizagem.

A melhor possibilidade de paz se dá quando há meios de canalizar a agressividade resultante de conflitos mal administrados para a pacificação. A violência, tanto na escola, como na sociedade em geral, constitui-se como uma forma de expressão dos que não tem acesso à palavra. Quando a palavra não é possível, a violência se afirma e a condição humana é negada.

A escola, frequentemente, reproduz o padrão de comportamento de uma microssociedade comum, que se vangloria dos seus saberes e humilha com gozações aqueles que têm respostas inadequadas. Proporcionar e argumentar com clareza situações de respeito ao aluno. Segundo Weisz (2004, p. 73):

Aprende-se muito quando se está exposto a uma argumentação, e mais ainda quando se tem defender um ponto de vista. O esforço de comunicar uma idéia sempre faz avançar a compreensão e é altamente produtivo do ponto de vista da aprendizagem. A interação entre os alunos não é necessária só porque o intercâmbio é condição para o convívio social na escola: ela é necessária porque informa a todos os envolvidos e potencializa quase infinitamente a aprendizagem.

O aluno inserido no contexto em que sua cultura e classe social são de respeito por seus valores, é menos propenso a violência. Eles defendem e discutem suas opiniões com argumentações. Tem sua condição de ser humano preservada. Segundo a teoria de Schultz que contraria a teoria personalista, que a educação é essencial mas deve ser para resolver problemas econômicos, cita como exemplo a pesquisou da rápida recuperação Alemanha e do Japão depois da segunda guerra mundial comparando a situação desses países à do Reino Unido ,onde ainda havia racionamento de alimentos, durante muito tempo depois da guerra.Concluiu que a velocidade de recuperação de um país se devia a uma população saudável e altamente educada. Segundo ele, que introduziu a idéia de "capital educacional" relacionando-o especificamente aos investimentos feitos em educação e que torna as pessoas mais produtivas quando tem boa atenção à saúde e o seu o retorno aumenta o investimento feito na educação.

Mais tarde Gary Becker(1992) desenvolve a teoria do capital educacional, com base na idéia do que é hoje, a Teoria do Capital Humano.A teoria do capital humano é alavancado pelo investimento feito em Educação, no conhecimento adquirido, dando ênfase a valorização do conhecimento como maior recurso de um ser. É manter-se atualizado e ser capaz de usar os recursos tecnológicos procurando fazer uma análise, sintetizando e avaliando as informações mais importantes quando for tomar decisões e resolver problemas.Becker foi um homem foi pioneiro ao aventurar-se em áreas consideradas restritas aos sociólogos, trabalhando com temas como :discriminação racial, crimes,organização familiar e drogas(ver Freaknomics). Ele argumenta que muitos dos diferentes tipos de comportamento humano estão centrados na maximização de utilidades. Becker é também creditado pelo "rotten kid theorem”. Os seus trabalhos podem ser categorizados em quatro áreas:

Page 13: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

investimentos em capital humano

distribuição do trabalho e alocação do tempo dentro das famílias

crime e punição

discriminação nos mercados de trabalho e bens.

Foi Becker quem recebeu o National Medal of Science em 2000.

A ciência prova com pesquisas, auxiliada pela genética, com novas técnicas de imageamento cerebral, o que antes já se desconfiava e hoje já se sabe: quanto mais cedo se intervir no comportamento de jovens violentos, melhor será o resultado. E tudo começa com os pais. O conceito quando expõem que a violência simbólica ou institucional é compreendida como: a falta de sentido de permanecer na escola por tantos anos; o ensino como um desprazer, que obriga o jovem a aprender matérias e conteúdos alheios aos seus interesses; as imposições de uma sociedade que não sabe acolher os seus jovens no mercado de trabalho; a violência das relações de poder entre professores e alunos.Também o é a negação da identidade e da satisfação profissional aos professores, a sua obrigação de suportar o absenteísmo e a indiferença dos alunos (Charlot citado por Abramovay & Rua, 2002, p. 69).

Esse tipo de intervenção não é accessível a todos. Algumas estratégias testadas e bem sucedidas começam antes mesmo de uma criança nascer. Um estudo divulgado pela Universidade do Colorado (EUA), em 1998, feito pelo pesquisador David Olds, reportou-se ao acompanhamento de 315 crianças nascidas entre 1978 e 1980, ao longo de 15 anos.

Suas mães receberam a visita mensal de uma enfermeira desde a gravidez até a criança completar dois anos. O foco do trabalho era o cuidado positivo, a boa nutrição e o desenvolvimento pessoal da mãe. Os resultados foram drásticos entre os filhos das mais pobres e solteiras: aos 15 anos, eles contabilizaram apenas metade do número de detenções e um quinto do número de condenações da média entre a mesma população. “Os jovens também bebiam e fumavam menos e tinham menos parceiros sexuais do que aqueles que vinham de família que não passaram pelo programa” (REVISTA GALILEU, junho de 2008, p. 79).

A intervenção pacífica de dominar a raiva e o medo são outros métodos de vencer a violência e não ficar desprotegida. A incapacidade e esforço de sentir e exprimir a raiva faz o ser humano um controlador de sentimentos, que a qualquer ocasião pode explodir.Alguns consideram uma emoção negativa que deve ser contida, mas é uma emoção necessária e inevitável para se aprender a lidar com os nossos sentimentos, e saber quais são os motivos, e a sua causa.

As crianças são seres emocionais e tem um ponto fraco, o insucesso, quando surge a vergonha e a humilhação que acompanham o seu fracasso e são causadas pela falta de não adaptação de suas necessidades básicas que não foram satisfeitas na infância, ameaçando a sobrevivência nos primeiros anos.Os sentimentos feridos,e as injustiças, a princípio, são também reações de protesto das emoções,a solução é trabalhar os sentimentos, garantir a segurança e impor limites. Usar a inteligência emocional é um bom argumento para se acalmar e não fugir da emoção, pois só trabalhando-a desde cedo, podemos dominá-la. Para o médico Jorge Harada, chefe da área de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria,o estresse orgânico e os transtornos de pressão causados pela competição exacerbada, o insucesso de uma atividade, desencadeia um processo de sofrimento nas crianças que

Page 14: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

pode levá-las a perda da imunidade e causar muitas doenças como as ansiedades e outras doenças. Precisamos de medidas alternativas como a mediação para amenizar o quadro de estresse escolar.

A mediação escolar segundo a pesquisadora Flávia Beleza do Instituto Pró- Mediação, Pesquisa e Formação tem grande benefícios nos conflitos escolares : “ O Instituto Pró-Mediação leva a Cultura da Mediação para a escola, colaborando para a estruturação de espaços de mediação no interior das escolas, com o objetivo de melhorar a convivência no ambiente escolar, prevenir a violência e a delinqüência, promover a inclusão, o diálogo, a autonomia, a participação coletiva (escola-família-comunidade), a cidadania, a Cultura de Paz e o respeito aos Direitos Humanos.”

3.2.1 Entendendo o bullying

O termo Bullying refere-se a atos de violência física ou psicológica intencionais e repetitivos, praticados por um indivíduo (do inglês, bully, ‘tiranete’ ou ‘valentão’) ou grupo de indivíduos em busca de intimidar ou agredir a outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) considerados como incapaz de se defender.

O Bullying decorre de um desejo de afirmação de poder, através da agressão, um valentão sobre um indivíduo que considera mais fraco. Suas formas mudam com a idade: bullying escolar, assédio sexual, ataques de gangue, violência no namoro, violência conjugal, abuso infantil, assédio no local de trabalho e abuso a idosos (CRAIG e PEPLER, 1995).

Para Olweus (1997), o assédio escolar se caracteriza de três formas essenciais: o comportamento é agressivo e negativo; comportamento executado repetidamente; comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Para o autor citado, o bullying se divide em duas categorias: bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o agressor em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência. O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto social.

O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas conduzindo a vítima ao isolamento social, valendo-se de ações maliciosas capazes de espalhar comentários, pela recusa em se socializar com a vítima; pela intimidação de outras pessoas que desejam se socializar com a vítima; ou por ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades e outras características).

Como assédio escolar, o bullying pode ocorrer em escola de educação básica e até em universidades, caracterizando uma estrutura de poder bastante evidente entre o agressor (bully) e a vítima, que geralmente é considerada pelas demais pessoas como percebida somente pela vítima, que se mostra demais intimidada para oferecer qualquer resistência. Entretanto, a vítima tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.

Page 15: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

Os adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Assim, eles adquirem poder sobre as suas vítimas, em decorrência de fatores como a idade, tamanho, força física, ou por fatores de natureza social como status no grupo ou suporte por parte de outros colegas (NATIONAL CRIME PREVENTION COUNCIL, 1997). Dessa forma, as vítimas sentem-se impossibilitadas de defender-se, ou de procurar auxílio delatando o agressor. Ocorrendo, quase sempre, sem que sejam presenciados por adultos capazes de interferir, o bullying tem crescido em relação aos níveis de incidência uma vez que a vítima, quase sempre mais fraca ou mais nova do que o agressor, não pode se queixar pelo medo de represálias ou por se sentir humilhada e envergonhada pelos ataques.

A inveja e o ressentimento podem ser motivos desencadeadores do assédio escolar, havendo pouca evidência de que os bullies sofram de qualquer déficit de autoestima,(BATSCHE & KNOFF, 1994). A facilidade de se enraivecer e usar a força também concorre significativamente para explosões de comportamentos agressivos, diante de atos hostis de colegas, gerando a preocupação com resguardar a autoimagem (HAZLER et al. 1997).

O assédio escolar, ou bullying, não envolve necessariamente criminalidade ou violência, mas desencadeia um abuso psicológico ou verbal.

3.2.2 Tipos de assédio escolar

Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros, por meio de insultos à vítima; acusações de que é um ser inferior e inútil; ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade; interferência na propriedade pessoal de uma pessoa (livros ou material escolar, roupas e outros, danificando-os); espalhar rumores negativos sobre a vítima; depreciar a vítima sem qualquer motivo; levar a vítima a fazer o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens; colocar a vítima em situação problemática e vexatória com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully; fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião ,etnia, nível de renda ,nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência; levar a vítima ao isolamento social; usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying, criar páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos e outros instrumentos depreciativos; chantagear; direcionar à vítima expressões ameaçadoras; grafitagem depreciativa; usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora), enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima; fazer com que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.

3.2.3 Bullying professor-aluno

O assédio escolar pode ser praticado de um professor para um aluno, cujas técnicas mais comuns, sugeridas por Whitted, (2005). são:

intimidar o aluno em voz alta humilhando-o perante a classe e ofendendo sua autoestima ou, de uma forma mais cruel e severa, manipulando a classe contra um aluno, ridicularizando-o;

assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o aluno e não com os demais; alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas;

ameaçar o aluno de reprovação;

Page 16: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, expondo-o a tortura psicológica;

difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e acusá-lo de atos que não cometeu;

tortura física, mais comuns em crianças pequenas, puxões de orelha, tapas e cascudos.

Essa postura do professor viola o ECA (BRASIL, 1994) e pode ser denunciada numa delegacia ou no ministério público. A revisão de provas pode ser requerida ao pedagogo ou coordenador e, em caso de recusa, por medida judicial. Alguns sinais de bullying são comuns como a recusa da criança de ir à escola ao alegar sintomas como dor de barriga ou apresentar irritação, nervosismo ou tristeza anormais (BATSCHE & KNOFF, 1994).

As vítimas de bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como o suicídio ou a atitudes tresloucadas como aconteceu nesste ano de 2011, na Escola Tasso da Silveira, no Realengo, Rio de Janeiro-Brasil, em que um ex-aluno da escola, vários anos depois de ter saido dela, retornou para praticar uma chacina em que doze (12) crianças foram mortas e vinte e quatro (24) ficaram gravemente feridas, culminando com o suicídio do criminoso, para cuja intenção era vingar-se de terríveis atos caracterizados como buyilling, sofridos em sua adolescência (MEDEIROS NETO, 2011).

As escolas são corresponsáveis nos casos de bullying, quando não fazem intervenções no ambiente escolar e não previnem. A escola deve orientar e escolher novas estratégias de como tratar, fazer reciclagens com professores e alunos buscando novas abordagens. Existe, no momento, um contexto social que estimula alunos a interagirem, reagindo às ofensas nas escolas, famílias, grupos ou universidade, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos.

Há uma tendência das escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecerem o problema, negando-se a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão, geralmente, ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. No bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas e a exclusão nas brincadeiras são práticas correntes.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, convivem com a violência e silenciam em razão de temerem se tornar as ‘próximas vítimas’ do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.

Muitas pessoas confessaram ter sido vítima ou praticante de bullying na infância e adolescência e agora, tomando consciência do problema apresentado nas escolas do Rio de Janeiro com a matança de dezenas de crianças por um ex-aluno que sofreu Bullying, refletem usando o teatro, fazendo peças que abordam o tema.

Camila Iuspa (2011) descreve em seu livro ‘brincadeira de mau gosto’ que teve problemas com bullying na infância e, também, ao entrar faculdade. Além de sofrer assédio por parte de colegas de classe, a autora citada diz ter sido vítima de bullying por uma professora, que lhe ocasionou a perda da autoestima durante a fase em esteve na faculdade, onde sofreu grande hostilidade, pois seus agressores falavam que, pelo fato de ser escritora, ela só queria aparecer. Para ela, alunos que se destacam por ter porte elegante, beleza física ou inteligência acima da média, quase sempre são vítimas. Qualquer característica que os torne diferentes dos demais é motivo para que se seja uma vítima do bullying.

Page 17: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

Características das vítimas potenciais de bullying;

1) Baixa estima,canalização da pulsão de agressividade para o lado negativo,pouco autonomia interna quanto as suas necessidades de afeto,medo da pulsão vital, pessoa tímida, com dificuldade de relacionar suas conquistas e suas emoções. Tendência a ser alguém aparentemente mais frágil do que o agressor, características de personalidade (sinceridade, timidez, introversão, calma, etc);

1. Ser novo na turma ou na escola;

2. Ter poucos amigos; ser superprotegido pelos pais;

3. Pertencer a grupos diferentes da maioria (religiosos, étnicos, etc);

4. Possuir características físicas que o diferenciem da maioria (obesidade, magreza, coxear, gaguejar, usar óculos e/ou aparelho dos dentes, possuir piercings, cor da pele, etc);

5. Possuir necessidades educativas especiais; ter interesses diferentes da maioria (poesia, leitura, línguas estrangeiras, etc);

6. Usar roupas desadequadas à sua idade ou à “beatinho”;

7. Demonstrar interesses diferentes da maioria (política, religião, etc);

8. Ter problemas de saúde (asma, bronquite, alergias, diabetes, problemas de pele, etc);

9. Ser portador de síndrome de Down; ser sobredotado;

10. Tirar boas notas ou muito más (Duncan, 1999; Palma e Castanheira, 2006).

No entanto, a falta de acompanhamento familiar também pode incrementar a probabilidade da criança/adolescente vir a ser vítima, uma vez que, existem evidências de que as crianças provenientes de famílias problemáticas, onde não haja um devido envolvimento de amor e carinho virar a próxima vítima.

Page 18: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

2. CAUSAS DA VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

A educação sempre foi considerada como um meio de minimizar os comportamentos violentos nas sociedades e grupos sociais que vivenciam esse problema. Entretanto, o que se presencia nas escolas atuais parece contradizer esse pensamento. Depredações, ameaças e vandalismo no ambiente escolar fazem parte do cotidiano de alunos e professores. As características do indivíduo como a constituição genética, o sexo, a idade, a etnia ou raça, história de vida, e a dinâmica familiar são importantes dados, no que se referem a caracterização da unidade escolar destacando a localização, as instalações físicas,os recursos humanos disponíveis,e também os métodos de ensino empregado. Importante saber das ideologias predominantes e do histórico institucional, como se comporta, com democrática ou não, com maior ou menor desigualdade socioeconômica, com ou sem igualdade de gênero e de etnia, entre outras.

Dessa forma, alguns estudiosos dessa problemática, e pertencentes ao CRISP de Belo Horizonte, realizaram uma pesquisa, partindo da ideia, pertencente ao senso comum, de que a violência e a criminalidade estão associadas ao fenômeno da urbanização acelerada e da desigualdade social, o que acabaria por transformar ambientes pobres em violentos. A pesquisa teve como locus cinquenta escolas estaduais, municipais e particulares, em busca de conhecer o nível de medo presente no cotidiano das instituições e até que ponto esse medo provocaria queda de rendimento escolar, trazendo consequências para a qualidade do aprendizado (CRISP, 2009).

As instituições de ensino sempre abrigaram um tipo de violência simbólica, através da qual eram explicitadas as relações de poder entre professores e alunos e as disputas entre alunos mais fortes e mais fracos. Entretanto, a pesquisa do CRISP revelou a existência de outro tipo de violência, oriunda da prática de criminalidade predominante no entorno das escolas, mas que prejudica, significativamente, o seu trabalho. Os ambientes nos quais as escolas estão inseridas se tornam palco de conflitos constantes que acabam por fazer parte do cotidiano escolar. Assim, a violência das ruas invade a escola (CRISP, 2009).

A escola, que sempre atuou como principal tutora da educação, tendo um papel social importante junto à comunidade, apareceu como uma vítima do ambiente no qual está inserida, absorvendo e reproduzindo a crescente violência da sociedade. Vê-se, portanto, que a violência interfere na sensação de segurança do aluno, comprometendo a satisfação com seu aprendizado. Além disso, fatores como a desordem e a ausência de controle exercido pela escola sobre o seu público também favoreciam a ocorrência de atitudes violentas dentro das escolas (CRISP, 2009).

A pesquisa do CRISP (2009) também mostrou que uma relação saudável e afetiva entre professor, aluno e representantes da comunidade acarreta bons resultados para todos esses segmentos, oportunizando um clima de maior harmonia, paz e tranquilidade para todos. A cooperação e a prática do diálogo entre a escola e as comunidades são excelentes instrumentos a serviço da minimização da violência na escola e na sociedade.

Jares (2004) cita os marcos da convivência, ao referir que conviver significa viver uns com outros com base em certas relações sociais e códigos valorativos, forçosamente subjetivos, no marco de um determinado contexto social. Estes pólos, que marcam o tipo de convivência, estão potencialmente cruzados por relações de conflito, o que de modo algum significa ameaça à

Page 19: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

convivência. Conflito e convivência são duas realidades sociais inerentes a toda vida em sociedade.

Culpamos a desigualdade social, falta de oportunidade, como desencadeadores destes processos, mas para minimizar a problemática devemos propor intervenções, estudando e alicerçando um levantamento bibliográfico, buscando autores diferentes cujas ideias e conceitos mostram na literatura consultada,a possibilitando da análise de tendências e situações que venham a sanar o comportamento violento e intolerante, nos papéis sociais de dominação econômica, no ambiente escolar e no comportamento desses alunos na sua comunidade.

Os alunos precisam receber dos seus pais limites certos e objetivos, desde cedo, para se sentirem seguros e, só colocamos limites em alguém quando esta pessoa se auto conhece e tem um bom senso de limite pessoal e interpessoal. Quando não fica claro para a criança, jovem ou ao adolescente a autoridade natural dos pais, cria-se um impedimento ao desenvolvimento sadio de seu próprio senso de autoridade e de poder, que deveriam ser pautados em dignidade, autorrespeito e amorosidade.

Certa dose de agressividade até pode ser considerada normal nas crianças, quando pequenas, pois ainda não sabem lidar direito com suas emoções, necessidades, sensações, sentimentos, com sua energia pessoal e ambiental, e nem se expressar de forma a se fazer entender totalmente. Entretanto, mesmo essa agressividade precisa ser orientada e cuidada, para que a criança sinta-se suficientemente segura do afeto dos pais, para reconhecer sentimentos e emoções, aprendendo sobre eles e sobretudo, como administrá-los. Ignorar a atitude agressiva da criança não é um bom caminho. Abrirá as portas para torná-lo mais tarde um adulto sem limites.

Tomar atitudes igualmente agressivas para coibir o filho é igualar-se a ele, disputando poder de igual para igual, o que também não dá certo. O correto será ter uma conversa e mostrar que todas as decisões tomadas tem conseqüência e eles terão de arcar-las.

Os dados são preocupantes, segundo o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), no estudo realizado em serviços de referência para atendimento de vítimas de violência doméstica, sexual e outras violências, em 18 municípios de 14 estados do Brasil.. Entre as vítimas, quase todas do sexo feminino, os casos se concentraram em adolescentes e jovens na faixa dos 10 aos 19 anos (28,8%), crianças de 0 a 9 anos (21%) e mulheres dos 20 aos 29 (19,9%) e dos 30 aos 39 anos (13,9%). As menores concentrações foram identificadas nas faixas etárias de 40 a 49 (7,8%), 60 anos ou mais (4,3%) e de 50 a 59 (3,5%).

“O estudo permite ao Ministério da Saúde, aos estados e aos municípios traçar o perfil das vítimas e dos autores das agressões, para subsidiar ações de enfrentamento a esses problemas, por meio de políticas públicas de prevenção e de promoção da saúde e da cultura de paz”, avalia Marta Silva (coordenadora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde.) Segundo esta pesquisadora, os homens foram responsáveis por 70,3% dos casos de violência sexual, doméstica e outras violências contra mulheres. Sempre os agressores foram parceiros com quem elas mantinham relação estável/cônjuge (18,7%), ex-cônjuge (6%), namorado (2,4%) e ex-namorado (2%), o que revela a violência doméstica. Em 14,2% dos casos, a violência foi praticada pelos pais, o que também evidencia a violência doméstica ou intrafamiliar. Pessoas desconhecidas (13,5%) e amigos (13,3%) também figuram entre os principais prováveis agressores, segundo relatos das vítimas. Contra este tipo existe a lei Maria da Penha.

Page 20: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

A Lei Maria da Penha, de proteção a mulher, diz no artigo1:

Art. 1o  Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

A LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006,chamada de Maria da Penha, em homenagem a uma mulher espancada por seu marido, que ficou paraplégica e lutou muito para vê-la ser sancionada, consegue somente em agosto de 2007, ganhará mais força no Pronasci. Serão construídos Centros de Educação e Reabilitação para Agressores. Os espaços servirão como local de combate à impunidade e promoção da cultura de paz e serão erguidos nas regiões atendidas pelo Programa. Ainda no âmbito da Lei Maria da Penha, deve ser implementados juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher, delegacias e núcleos especializados nas defensorias públicas. A meta é realizar, por meio de parcerias com tribunais estaduais de justiça, ministérios públicos e defensorias públicas, cerca de 70 mil atendimentos até final de 2011.

Depois da residência, a escola foi o segundo local de ocorrência mais relatado (11%) de violências contra mulheres, porém com percentual menor do que as fichas sem informação (21%). A suspeita do uso de álcool por parte dos agressores foi relatada por 27,7% dos homens atendidos nos serviços de referência. Em 56,6% dos casos, o agressor foi outro homem. Os principais autores das agressões foram amigos (15,7%), desconhecidos (16%) e os pais (23,4%) – o que também revela a violência doméstica. Na minha pesquisa, estou vendo que os resultados não são muito diferente do acompanhamento do Ministério da Saúde.Precisamos ter projetos e políticas públicas mais eficientes.

Poucos estudos analisam o envolvimento com álcool ou drogas por parte das vítimas. Wolfang (l958), num estudo sobre o perfil dos homicídios nos EEUU, cunhou uma expressão "vítima precipitante" para caracterizar a situação em que a vítima provocou primeiro o agressor; o autor notou que, em tais casos, encontrou-se grande quantidade de álcool no sangue delas. Outros pesquisadores, como Coid (1986), mostram que o álcool altera a percepção das interações sociais, aumentando os riscos de desentendimentos às pessoas que participam da situação e fazendo–as vítimas.

Parte das políticas que visam combater a violência são direcionadas para a juventude pobre dos grandes centros urbanos para estudar e têm como objetivo principal manter o jovem ocupado. Por trás disso está uma concepção discriminatória da juventude, especialmente a pobre, tida como perigosa, o que é reforçada, potencialmente, pelo ócio. Tais políticas não contribuem para a diminuição da violência, mas para estigmatizar esses alunos. Outro equívoco recorrente é o de considerar que esse enfrentamento se resuma a políticas de segurança pública, colocando mais efetivo nas ruas, sobretudo as de caráter repressivo.

O fenômeno da violência é bastante amplo, a pesquisa reforça que as drogas lícitas e não lícitas são as maiores desencadeadoras, mas os pesquisadores da área são unânimes em reconhecer a desigualdade econômico-social e cultural como uma de suas principais causas.

Page 21: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

A questão da violência vem sendo divulgada pela mídia e por alguns setores sociais associada à visão negativa da juventude. Porém é necessário contextualizar a problemática social que é a violência, que hoje vem sendo apontada não só no âmbito da Segurança como também no da Saúde Pública. É necessário, entre outras respostas, políticas de inclusão social e de desenvolvimento sustentável e social. A inclusão social passa pelo empoderamento dos próprios jovens das políticas públicas, daí a importância de programas como ProJovem Urbano, CredJovem, PopFor e dos Cucas. Fortaleza foi pioneira em constituir um Conselho de Juventude representado na sua maioria pela sociedade civil.

O programa ProJovem Urbano embora seja um programa federal tem como objetivo proporcionar aos estudantes e à comunidade uma experiência de outro tipo de economia visando a valorização do trabalho, na coletividade, no bem comum e no respeito, em detrimento do lucro e do capital e é um programa bem implantado em Fortaleza.Na escola São Raimundo, temos exemplo exitoso do programa.

O ProJovem tem como finalidade principal realizar a formação integral dos jovens, por meio da associação efetiva entre a Formação Básica, que visa elevar a escolaridade e proporcionar a conclusão do ensino fundamental; a qualificar profissionalmente, com certificação de formação inicial e Participação Cidadã, com a provisão de experiências de atuação social na comunidade. As finalidades específicas são: a reinserção de jovens no processo de escolarização; a capacitação de jovens para o mercado de trabalho; a participação de jovens em ações sociais; a inclusão digital como instrumento de produção e comunicação e a ampliação de acesso de jovens à cultura. O programa tem duração média de 18 meses, oferecendo cursos de formação no ensino fundamental, iniciação profissional, aulas de informática e bolsa auxílio, de cerca de R$ 100,00 mensais Para participar, o jovem tem que ter cursado até 8ª série e o propósito é de atingir um público alvo de brasileiros com idade entre 18 e 29 anos, que, apesar de alfabetizados, não terminaram o ensino fundamental.

Nesse sentido, a prefeitura está buscando dar aos jovens a oportunidade de mais políticas públicas, experiências que encara-se positivamente aqui no nosso Município, à frente da gestão da prefeita Luizianne Lins. A cidade de Fortaleza, segundo dados da UNESCO, em 2006 era um dos municípios com os maiores índices de vitimização juvenil.

Os motivos de tantas vítimas jovens é o mercado das drogas, que é muito tentador,o álcool é oferecido gratuitamente nas rodadas de fim de semana. O crack, quem não tem com que financiar a sua dependência, pode conseguir a satisfação de seu vício tornando-se intermediário entre o fabricante e os consumidores, ajudando na venda dessas substâncias. Esse é, portanto, o ‘passaporte’ para adentrar no crime. A escola pública, atualmente, tem sido vista como um dos maiores pontos de venda de drogas, pois lá existem alunos cujo interesse não é estudar, mas servir de ‘aviãozinho’ para repassá-las a outros colegas inexperientes e desavisados, que, por isso, são vistos como presas fáceis.

O crack é definido:

“Mistura feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio, chega ao organismo do usuário através da fumaça produzida pela queima de uma espécie de pedra da droga. Seu efeito, que altera estados de euforia superiores ao do uso da cocaína seguidos de profunda depressão, dura de 3 a 10 minutos, o que leva o usuário a usar novamente a droga para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência.” ( UFRJ, 2011).

Page 22: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

Aumenta a cada dia o número de viciados e chega ao limite da tolerância e paciência diante dos fatos. Paciência e resiliência, penso que esse é um dos nossos grande aprendizado para combater e tratar,que todos têm que obter, e saber como agir quando estamos sendo lesados, prejudicados, injustiçados,presenciando a morte de tantos jovens,e muita gente sem levar a sério um problema tão grave. Apesar de seu consumo estar diretamente associado às camadas mais pobres da população, o crack é usado por todas as classes sociais, e é uma droga barata. Citando Freud em O mal-estar da Civilização, José Mauro Brás Lima esclarece que:

“O consumo de drogas está essencialmente associado, mais do que à busca pelo prazer, à fuga do desprazer. E, como o desprazer é inerente a todo indivíduo ou grupo coletivo, o que deve ser buscado e incentivado, como forma de se evitar o direcionamento para as drogas, são caminhos diversos que possam reduzir esse mal-estar como, por exemplo, o trabalho e a arte.”

Para solucionar esse problema, reconhece-se que a melhor forma de investir no futuro de um jovem é a educação, sendo a própria escola o principal locus onde se deve travar a luta contra o crescimento dos índices referentes aos usuários de drogas. No Brasil, entretanto, as escolas públicas não têm capacidade para se envolver nessa batalha, pois os professores não são preparados para isso, ganham salários bastante desestimulantes e o governo investe menos do que é necessário para que se possa oferecer às crianças e adolescentes pobres, uma educação digna, capaz de prepará-los para a vida, para o mundo do trabalho e para o exercício da cidadania (MONTALI; TAVARES, 2007)

A presidente Dilma Rousseff prometeu uma “luta sem quartel” contra o crack. Um projeto desenvolvido pela Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas prevê a implantação de 49 Centros Regionais de Referência em Drogas em universidades federais. “ As unidades serão responsáveis por capacitar, em um ano, 14,7 mil profissionais, como médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários.” Ressalta a nossa presidente, e vai além quando diz:

“ a questão das drogas não pode ser resolvida ao se assumir a visão de mera criminalização do usuário.A dependência de substâncias químicas é uma questão ampla que envolve saúde pública, questão judiciária e estrutura social, e que também não deve ser tratada apenas com usuário, mas também com seus familiares e laços mais próximos”. (BRASIL,2011)

No Brasil, existe um programa na Rede de Saúde da Família com o desafio do tratar contra drogas em CAPS-ad. O CAPS-ad é um Centro de Atenção Psicossocial de combate ao Álcool e Drogas, que ensina os pais a lidar com a situação do uso de drogas pelos filhos, bastante amplo, oferece psicólogo, terapeuta ocupacional, técnico de enfermagem e também as oficinas de terapia. O projeto está sendo organizado para dar abertura para diversos questionamentos, mas precisa desfazer alguns tabus existentes em nossa sociedade sobre as drogas como disse nossa presidente.. Contudo, sabemos que esta análise apresenta alguns limites teóricos, mas a pretensão é estudar, refletir e questionar a realidade atual, deixando lacunas para outras discussões e outros tipos de tratamentos. Portanto, está clara que a responsabilidade do profissional da área de Psicologia, é  orientar as pessoas ao nosso redor sobre questões que permitam um melhor entendimento do que é a droga como ela penetra na família e as possíveis formas de tratamento, quebrando paradigmas e superando tabus. De tal modo, a existência da diversidade deve ser vista e trabalhada como inerente a condição humana, promovendo o respeito às diferenças.

Page 23: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

A Coordenadoria de Saúde Mental do Município de Belo Horizonte participou de reunião com os membros da Comissão de Drogas, no dia 15 de junho, de 2011,na qual foram expostas as políticas municipais para o enfrentamento ao uso da droga. Entre as ações destacadas estão os dois “consultórios de rua” para dependentes químicos, os 60 psicólogos disponibilizados nos centros de saúde, os Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM) e a proposta de criação de “leitos de abstinência.” Esta política será bem vinda no Ceará e em Fortaleza, pois temos poucas opções para o tratamento de drogados e alcoolistas.O governo do Estado do Ceará precisa criar comissões de forma a embasar os vereadores da Comissão de Crack municipal a ampliar a busca de medidas efetivas de enfrentamento e prevenção ao crack e outras drogas.

Nas escolas, o contato e uso de drogas faz com que os alunos se desinteressem pelo estudo, deixando de ter boas perspectivas de vida e se entreguem ao vício. Além disso, sofrem com a violência trazida pelo tráfico, intimidando alunos e professores. Uma forma de acabar com esse problema é estabelecer uma relação entre a comunidade e a escola, ou seja, fazendo com que ela não seja um espaço só para quem estuda lá, mas sim para todos desfrutarem dela. Existem muitas escolas privadas situadas perto das estaduais que não têm esse problema, pois fazem assistência médica, ajudam a população e outros, convencendo à comunidade a respeito das suas boas intenções. Sem uma boa rede de ensino público, dificilmente os jovens vão se interessar em estudar (Montalvi 2007).

Page 24: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

2.1 O papel da escola no enfrentamento à violência

A escola precisa estar alerta para aqueles estudantes que costumam faltar às aulas, sendo necessário, para isso, um permanente contato com os pais. É preciso saber o que fazem os jovens absenteístas quando não estão na escola.

A instituição educacional deve se tornar um instrumento de inserção social, de forma a motivar o interesse e o desejo de permanecer nela, para participar de atividades de seu interesse, como grupos musicais e de teatro, atividades esportivas, festividades saudáveis e outras. A escola precisa, também, abrir suas portas para a comunidade, como um ambiente de socialização e de disseminação da cultura em todos os seus aspectos. Entretanto, a desmotivação e o abandono escolar têm se transformado em um problema de exclusão e, muitas vezes, de marginalização social (CHOUQUET e HASSLER, 1993).

Muito elevado é o índice atual de evasão do sistema educativo, por alunos que ainda estão na idade obrigatória de frequentar a escola, ou por aqueles que nunca fizeram, realmente, parte dele. Isso diz respeito tanto à importância do problema social quanto ao complexo e doloroso processo que se esconde por trás do absenteísmo e da evasão escolar.

Para compreender o fenômeno do fracasso escolar, não existem determinantes sociais. Entretanto, observam-se problemas macroestruturais diversos, dentre os quais se destaca a baixa escolaridade da população brasileira. Isso acontece porque o sentido da escola vem se deteriorando, fazendo, com que a escola perca gradativamente a capacidade de propiciar um processo de aprendizagem de qualidade (CHARLLOT, 1997).

Em pesquisa realizada pela UNESCO e referida por Delors (2001), sobre a situação do ensino Médio no Brasil, ficou comprovado que os próprios alunos se apontam como responsáveis pela maioria dos problemas vivenciados na escola. Segundo a referida pesquisa, 66% dos alunos afirmaram que seu desinteresse é a principal causa dos problemas que acontecem na escola, ou seja, seis em cada 10 estudantes se autoincriminam, pois a escola é a primeira a convencê-los de que são eles os principais causadores dos problemas da escola.

A atitude e o comportamento dos professores são fatores determinantes do tédio dos alunos pela escola e do seu desinteresse pela escola. As relações professor-aluno, quase sempre, são marcadas pela falta de atenção, pouca interação, falta de interesse, agressividade e violência de ambas as partes. Isso se deve ao fato, de os professores se manterem distantes do cotidiano dos alunos e restritos à ‘demonstração’ dos conteúdos e disciplinas que ministram e, ainda mais, pela sensação de insegurança também vivenciada por esses educadores.

Entretanto, o abandono e o tédio na escola não são os únicos fatores que desempenham um papel importante nos problemas de adaptação na escola e na evasão. Resgatar a complexidade de situações e contextos em que ocorrem estes fenômenos pode colaborar com a análise de como pode ser percebido o fracasso escolar.

Segundo Abramovay e Castro (2003), o fenômeno do ‘fracasso escolar’ pode ser medido pelas crianças que não são atendidas pelas escolas. Em 1991, eram atendidas 89% das crianças brasileiras de 7 a 14 anos. De acordo com os dados de 2000, o Brasil atendia 96,4% das crianças de 7 a 14 anos. Porém, é necessário observar a trajetória das crianças que permanecem na escola e o nível de aprendizagem que elas conseguem alcançar. Vimos na teoria de Walon (2007) que propõe o estudo da pessoa completa, tanto em relação a seu caráter cognitivo quanto ao caráter

Page 25: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

afetivo e motor. Para Wallon, o desenvolvimento da cognição é importante, mas não mais importante que a afetividade ou a motricidade. Nesse sentido, os números são mais preocupantes. Na 1ª série do Ensino Fundamental, 20,6% (1.052.772) das crianças que estudam na Rede Pública tem nove anos ou mais e são trabalhadas desde a infância nestes aspectos.

A tecnologia e a ciência descobriram que são várias as causas da agressividade, dentre as quais estão as biológicas. Alguns estudos recentes chegaram a conclusões de que as amígdalas do cérebro são responsáveis por comportamentos violentos. As amígdalas cerebrais são estruturas em forma de amêndoas (como as da garganta), localizadas uma de cada lado do cérebro, situadas na região anteroinferior do lobo temporal, interconectadas ao hipocampo, aos núcleos septais, à área pré-frontal e ao núcleo dorsomedial do tálamo (AMARAL & OLIVEIRA, 1998).

Essas conexões têm papel significativo no controle das atividades emocionais de ordem maior, como amizade, amor e afeição, nas exteriorizações do humor e, principalmente, nos estados de medo e ira e na agressividade. As amígdalas permitem identificar o perigo, gerando o medo e a ansiedade, colocando o ser em situação de alerta, permanecendo, assim, de sobreaviso para se evadir ou lutar no momento oportuno. Por isso, as amígdalas desempenham têm função significativa na autopreservação humana.

A destruição experimental das amígdalas torna o animal dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente descaracterizado e indiferente às situações de risco. O estímulo elétrico dessas estruturas provoca crises de violenta agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão (AMARAL & OLIVEIRA, 1998).

Sempre ao menor sinal de perigo, a informação vai para a amígdala e logo em seguida para o neocórtex, que permite ao indivíduo ponderar e analisar a situação.Normalmente a amígdala é responsável por ações intempestivas e impensadas, com reações repentinas e inesperadas. Nesse caso, tanto as agressões físicas como as verbais ou emocionais são ‘descargas’ geradas pelas amígdalas. A teoria das inteligências ganhou espaço na psicologia após a década de setenta do século passado (AMARAL & OLIVEIRA, 1998).

A amígdala protege física e emocionalmente o indivíduo, valendo-se das respostas bruscas e impensadas, dadas nos momentos de raiva intensa que são uma forma do cérebro proteger emocionalmente uma pessoa.

O cérebro pode explicar, portanto, as reações impensadas, para que se possa aumentar o controle da lógica em relação à resposta emocional. Aumentar esse controle significa aumentar a inteligência emocional, uma das múltiplas inteligências referidas por Gardner (2000).

Inteligência Emocional é um termo utilizado em Psicologia para designar a inteligência que envolve habilidades para manipular as emoções, tornando-as coadjuvantes no processo de crescimento interno (GARDNER, 2000). Por ela, as emoções dispersas, descontroladas e quase sempre maléficas, podem ser analisadas, controladas e direcionadas para o desenvolvimento de pessoas e grupos.

Uma pessoa com nível elevado de inteligência emocional é capaz de perceber e controlar suas emoções e ajudar outras pessoas a se controlarem. Tal pessoa tem a capacidade de dominar suas emoções com inteligência passando a utilizar o fluxo de suas emoções de forma inteligente

Page 26: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

e construtiva, melhorando seus relacionamentos conjugais, afetivos, sociais e profissionais (GOLEMAN, 1995).

Assim, Daniel Goleman desfaz o mito de que a inteligência é determinada pela carga genética. Para ele a inteligência é emocionalmente construída de acordo com a forma como se vivencia e aprende a controlar as emoções. Qualquer pessoa pode, desenvolver um alto nível intelectual, desde que tenha capacidade suficiente para controlar seus impulsos, agindo com coerência e uma inteligência emocionalmente construída (GOLEMAN, 1995).

Inteligência emocional é, portanto, a capacidade de processar informações carregadas de afeto, quando as mágoas e rancores são esquecidos, colocando na prática somente sentimentos de perdão e amor.

Segundo Goleman (1995, p. 57) “o QI e a inteligência emocional não são capacidades que se sobrepõem, mas distintas. Na verdade, há uma ligeira correlação entre QI e alguns aspectos da inteligência emocional embora bastante pequena para que fique claro que se trata de duas entidades bastante independentes.” Mayer e Salovey (1997) dizem também que a inteligência emocional não é o oposto da inteligência, mas sim a combinação entre ela e a emoção. Assim, ela seria uma habilidade cognitiva relacionada ao uso das emoções para ajudar na resolução de problemas; argumentam ser inadequado conceber a emoção sem inteligência, ou esta sem aquela, trazendo o conceito uma visão integrada da razão e emoção. Na analise comportamental detecta a empatia, a comunicação à capacidade de negociação, a persuasão, o bom humor e o entusiasmo. Precisa-se do comprometimento e dos resultados.

O equilíbrio emocional, a persistência, a resiliência, a determinação e a criatividade são fatores de avaliação na escolaridade, na capacidade de negociação e na solução de conflitos. A gestão também precisa se envolver nessas habilidades e competências. No mundo do trabalho "As organizações buscam atrair e selecionar colaboradores que compartilham de seus valores e crenças e utilizam sistemas de reconhecimento para estimular e tentar garantir os desempenhos considerados adequados e desejáveis às suas realidades." (Formosi e Silva, 2004).

A gestão precisa de compromisso com professores respeitando-os e valorizando seu trabalho pedagógico, procurando respeitar as leis que regulam espaço mínimo nas escolas e não superlotar as salas de aulas. As salas precisam adequar-se para ter temperaturas amenas que possibilite a concentração do aluno, sem ruídos para ouvir e ter raciocínio lógico prepara as salas com ar- condicionado pois no calor é impossível grande aproveitamento. Rever as condições de políticas públicas e da gestão. Precisam ser avaliadas pela comunidade e eleita por elas. Uma ouvidoria com estatísticas de ocorrências nas escolas com um disque denuncia anônimo seria a solução de muitos conflitos.

Usar a inteligência emocional, porque a Neurociência diz que ela é organizada em quatro níveis de complexidade, dos mais elementares aos mais complexos e psicologicamente mais integrados:

- A primeira diz respeito à percepção, avaliação e expressão da emoção da raiva referindo-se a capacidade de identificar emoções em si e em outras pessoas, com palavras, desenhos, objetos e paisagem mediante linguagem, sons, aparência e comportamento. Abrangendo também a capacidade de expressar as suas emoções agressivas e necessidades relacionar os sentimentos, bem como de diferenciar entre expressões falsas e verdadeiras.

Page 27: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

- A segunda refere-se à emoção como facilitadora do ato de pensar, sem rancor, é possível facilitar o pensamento quando, por exemplo, as emoções priorizam certas idéias dirigindo a atenção para informações mais importantes; desde que o ouvinte esteja calmo para poder examinar as informações explicadas nessas experiências, de tal forma a ajudar fazer o julgamento de situações agressivas que as envolvem.

- A terceira, chamada de inteligência do sorriso amarelo (riso desconcertante) compreensão de gestos e trejeitos negativos, pesquisa da análise de emoções agressivas; emprego do conhecimento emocional refere-se à capacidade de rotular emoções, de interpretar os significados agressivos das respostas que elas trazem sobre os relacionamentos interpessoais, de compreender as complexas e de reconhecer transições mais comuns entre elas.

- A quarta e última ramificação é o controle reflexivo de emoções da raiva para promover o crescimento emocional e intelectual, referindo-se à capacidade de manter-se aberto, aberto a novos sentimentos, agradáveis ou desagradáveis, administrando a emoção em si mesmo e nos outros, pela moderação das respostas negativas e valorização de coisas agradáveis, sem que haja repressão ou exagero dos estados psicológicos que elas podem provocar (MAYER & SALOVEY, 1997).

Um dos questionamentos centrais da literatura sobre inteligência emocional é se realmente este tipo de inteligência difere das já pesquisadas, ou se ela não estaria ligada aos traços de personalidade. Diante disso, a pergunta é “será que as capacidades referidas no conceito inteligência emocional se constituem realmente em algo novo que não podem ser explicadas por construtos já conhecidos como as inteligências tradicionais e a personalidade?”

Embora existam pesquisadores trabalhando no conceito de inteligência emocional, os estudos que buscam evidências empíricas de que ela realmente existe e que difere dos traços de personalidade e da inteligência emocional proposta há décadas são escassos, principalmente no Brasil, em que duas pesquisas foram realizadas buscando investigar as correlações entre inteligência emocional e a tradicional e mostraram que elas são baixas, o que é de fato esperado entre esses construtos (BUENO, 2002; JESUS JUNIOR, 2004). Já com relação à personalidade, estudos realizados indicam maior divergência do que convergência entre as medidas de inteligência.

Jean Piaget conduziu um trabalho durante décadas no Instituto Jean Jacques Rousseau e no Centro Internacional de Epistemologia Genética, em Genebra,Suíça, observando como as crianças passam do conhecimento mais simples ao mais complexo, comparam, ordenam,classificam, e relacionam os diversos objetos. Compreendeu que a inteligência se desenvolve em sucessivas fases. Essas fases, dependem das interações do sujeito com o meio, das estruturas mentais (chamados de conhecimentos prévios)que vão se tornando mais elaboradas até o final da vida. Para Piaget (1983), o conhecimento somente é possível quando existem outros anteriores, é assim, que a inteligência se desenvolve. As estruturas cognitivas são construídas passo a passo, elaborando sempre as mais simples para chegar as mais complexas.

Se o seqüestro da razão que nos leva a reações violentas e desproporcionais, dizendo ou fazendo coisas que depois nos arrependemos, o que ocorre de maneira espontânea, comandada apenas por nossa biologia, podemos fazer algo para controlar esse fenômeno? Adianta contar até dez, cem, mil ou um milhão? Como saber quando temos que começar a nos preocupar com aumentar o tempo transcorrido entre as palavras da outra pessoa e as nossas próprias palavras?Tudo indica que precisamos estudar estes aspectos humanos sim, que podemos aumentar o controle

Page 28: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

da lógica sobre a resposta emocional. Aumentar esse controle significa, na prática, aumentar a inteligência, aquela que é chamada de inteligência emocional pela Psicologia Cognitiva.

A Psicologia Cognitiva é um campo teórico preocupado com os processos mentais dos sujeitos, ou seja, nos de estudos e pesquisas,estudamos como as pessoas aprendem, percebem, recordam e pensam sobre a informação. Muitos psicólogos cognitivistas trabalham as condições do processamento de informações que são realizados por pessoas. . Klausmeier, um psicólogo americano da área da Psicologia Cognitiva, na década de setenta desenvolveu trabalhos na área de formação conceitual e definiu conceito como a “informação ordenada sobre as propriedades de uma ou mais coisas – objetos, eventos ou processos – que torna qualquer coisa ou classe de coisas capaz de ser diferenciada de ou relacionada com outras coisas ou classes de coisas” (1977, p. 312).

Abordamos a teoria de Kosslyn (1992), o qual realizou estudos referentes ao processamento de imagens mentais.

A mente humana utiliza representações de coisas como forma de poder lembrar objetos sem que os mesmos estejam disponíveis visualmente para a pessoa. Ou seja, elas podem representá-los de alguma forma para poder lembrar. Lembranças da infância negativas, de violência física, bullying e outros tipos, essa representação pode ser similar ao objeto mantendo boa parte das características e na vida, servirão para reproduzirem esses comportamentos. Já a palavra que denomina um objeto muitas vezes não condiz com a imagem que é representada na mente.

De acordo com Kosslyn (1992, p. 170):

As imagens, diferentemente das palavras, não estão arbitrariamente relacionadas às coisas que representam. Ter uma imagem é como ver o objeto, mas sem que o objeto esteja realmente presente. Você reconhece o objeto na imagem do mesmo modo que reconhece o objeto quando você pode realmente vê-lo.

Segundo Paivio (1971 apud KOSSLYN, 1992), conseguir formar uma imagem da coisa a qual se refere, garante que a palavra que a denomina possa ser melhor recordada. A agressividade natural do ser humano passa a ser violência, quando a pessoa passa a ser um objeto, uma coisa. Ainda de acordo com Kosslyn (1992), em estudos recentes, a utilização de imagem mental depende de outras capacidades como a de girar imagens, manter na mente a imagem com um todo entre outras. Com isso, as pessoas poderiam ser melhores em algumas capacidades e não em outras. Assim, as crianças e adolescentes violentas, faltas-lhes o reconhecimento dos direitos dos outros, “coisificando” o ser humano.

A Inteligência Emocional segundo seu criador, [...]. David Hume é definida como: "[...] capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." Essa inteligência permite trabalhar as falhas no desenvolvimento cognitivo dos jovens, melhorando um atributo que propicia resolver equações matemáticas, escrever poemas, projetar edifícios, compor músicas e até dançar e praticar esportes.

Em verdade são várias as nossas inteligências, e duas coisas sabemos a respeito delas: que elas são definidas geneticamente e que podem ser aumentadas através do uso.Em outras palavras, as pessoas nascem com uma tendência natural para artes, matemática ou outras habilidades, como a música,podendo ter mais facilidade para fazer contas do que para escrever poemas, por exemplo. Mas qualquer uma das funções da inteligência pode ser aumentada através da prática,

Page 29: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

do uso, do estímulo repetitivo. Você pode aprender a tocar violão, e isso significa um aumento em sua inteligência musical mesmo que você nunca chegue a ser um Andrés Segóvia.

Na atualidade, duas outras inteligências estão em alta: a interpessoal e a intrapessoal, que ajudam a construção da paz. A interpessoal “denota a capacidade de entender as intenções, as motivações, e os desejos do próximo e, consequentemente, trabalhar de modo eficiente com terceiros”, segundo Gardner (1999); é aquela que permite que se estabeleça uma relação entre o educando e o educador, adequada com os entendimentos subjetivos, satisfazendo as expectativas pessoais. A característica principal deste tipo de inteligência é a facilidade de quem a possui em compreender e identificar as suas próprias emoções e em lidar com elas de forma adequada nas várias situações e nos seus objetivos pessoais.

A inteligência intrapessoal faz com que você conviva bem com você mesmo, afastando tudo o que for negativo, medos e desejos, e diz-se não violência, nas suas ideias, incluindo o uso dessas informações com eficiência no campo pessoal. Implica a necessidade de refletir e de autoavaliar. As pessoas conhecem os seus pontos fracos e os fortes e conseguem definir objetivos e desafios adequados, Os psicomotricistas fazem essa relação. Distinguem a agressividade normal dos distúrbios de comportamentos e estudam os fatores que influenciam e previnem.

A inteligência interpessoal é composta por pelo menos quatro componentes. Dividiram-na em quatro domínios:

1. Percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos, como a voz ou a expressão facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no estado emocional de outra.

2. Uso das emoções – implica na capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio.

3. Entender emoções - é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes.

4. Controle (e transformação) da emoção - constitui o aspecto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional – e a aptidão para lidar com os próprios sentimentos.

Veja esse exemplo: O chefe grita com um subordinado ao perceber um erro que este cometeu. O funcionário pede demissão no meio de uma tarefa por se sentir ofendido pelas as palavras mais duras do chefe. A mulher explode com o marido que chegou tarde antes de perguntar o motivo do atraso. O marido agride a mulher por não tolerar seu jeito de falar, sem se dar conta que ela está naquele período fisiológico que antecede a menstruação e altera o seu estado emocional.

Pense sobre você mesmo e lembre quantas coisas você disse aos seus filhos,seus pais, marido ou companheiro, que se arrependeu depois, e quantas vezes eles foram atingidos por palavras ,suas ou de um aluno anteriormente tão doce e gentil. Quem nunca foi sujeito ou objeto de uma situação assim em casa ou na escola?

Para Kant, todo conhecimento começa pelos sentidos, daí passa ao entendimento e termina na razão [...]. David Hume é, de todos os filósofos, o que mais se aproximou desse problema sobre a agressividade, mas esteve longe de o determinar suficientemente e ele não pensou em toda a

Page 30: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

sua originalidade sobre a violência das palavras e como doem, detendo-se só ante o princípio sintético da relação de causa e efeito (principium causalitatis), acreditou poder deduzir que o tal princípio é absolutamente impossível de dedução a priori se (totalmente independente dos sentidos para saber se a agressividade é ferramenta boa, e quando poderá ser usada para o desenvolvimento da pessoa) e, segundo as suas conclusões, tudo o que denominamos de agressividade e não chegamos a estudar profundamente como os efeitos da raiva e quando esta se torna violência ,será pois ,nas relações humanas o nosso principium causalitatis.Não é possível saber a priori todos os motivos que são desencadeadores ainda, somente com observação e pesquisa.Temos a neurociência e muito a explicar....

Gadner (2000) acredita que a violência é superada com a inteligência social , podendo influir a existência também de uma inteligência espiritual, “na verdade é uma decisão a priori mas que não é mais justificável do que a de admiti-la por fé ou por decreto. Afinal de contas , uma vez que se inclui o conhecimento de domínio pessoal num estudo sobre a inteligência, predisposições humanas como a espiritual devem ser legitimamente consideradas”. É neste sentido que Mussen (1974 apud FANTE e PEDRA, 2008, p. 93) destaca que:

“Se os pais permitem ou reforçam abertamente a agressão, é possível que as crianças se comportem agressivamente em casa e, por generalização, em outros lugares em que sintam ser a agressão permitida, esperada ou encorajada. A presença de um adulto permissivo favorece a expressão do comportamento agressivo.”

Na realidade, a assertiva de recuperar a confiança em ser superior nos remete à empatia e confiança na generosidade das pessoas.Os nossos sentimentos e do próximo ocupam grande espaço e são seis as habilidades a serem trabalhadas para a prevenção e combate ao bullying e da violência nas escolas: a comunicação verbal, não verbal de paz, assertiva positiva nas palavras, autoapresentação, feedback e empatia. Assim o aluno ou professor agredido, não se transformará em poeira que será varrido das oportunidades vitais, mas em luz que iluminará muitas vidas, um ser com aproveitamento de todas as suas capacidades teológicas, antropológicas e metodológicas, uma pessoa com possibilidades de sonhar e ser feliz.

Page 31: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

Referências

ABRAMOVAY, Miriam; RUA, Maria das Graças. Violência nas escolas. Brasília:

UNESCO, 2002.

ABRAMOVAY, Miriam et al. Escolas Inovadoras: experiências bem sucedidas em

escolas públicas. Brasília: UNESCO, 2003.

ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary. Ensino Médio: múltiplas vozes – Brasília: UNESCO, MEC, 2003.

ABRAMOVAY, Miriam ; et alli - Guangues , galeras, chegados e rappers. RJ, Ed. Garamond 1999.

ABRAMOVAY, M; RUA, M. G. Violências nas Escolas: versão resumida. Brasília/DF: UNESCO, 2003.

ALDINE de Gruyter,Garmezy, N.(1991) Resiliency and vulnerability to adverse

developmental outcomes associated with poverty. American Behavioral Scientist, 34, 416-430. 1991.

AMARAL Júlio Rocha do; OLIVEIRA, Jorge Martins de. Sistema límbico: o centro das emoções. Revista cérebro & Mente nº. 5. mar-mai. 1998.

ANTUNES, D. C. & ZUIN, A. A. S. Do Bullying ao preconceito: os Desafios da Barbárie Educação. Psicologia Social, vol. 20, nº. 01, Porto Alegre, Jan/Abr. 2008. Disponível em:. Acesso em: 27 de março de 2009 às 16:00 horas

ARAÚJO, Conceição A. S. Pensando o autismo a partir da teoria do

amadurecimento pessoal de Winnicott: Natureza humana. v. 5, São Paulo: EDUC,

2003. P.70).New York.

ARANHA, M.L.A. Violência e Cidadania. In: Kupstas, M. (org). Violência em

Debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 28.

BISIACH, E.; LUZZATTI, C. Unilateral neglect of representational space. Cortex, 14, p. 129-133, 1978.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. 3 v. Brasília: MEC/SEF, 1998.

Page 32: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

FINKE, R. A.; SCHMIDT, M. J. Orientation-specific color aftereffects following imagination. Journal of Experimental Psychology: Human Perception and Performance, 3, p. 599-606, 1977.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: Difel,1989.

BOURDIEU, P. (coord). A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 1997.

BOURDIEU, P et Al.A Reprodução. Petrópolis .Vozes.2008.

CHARLOT, B. Relação com saber, Formação de professores e Globalização. Porto

Alegre Armed, 2005.

CHARLOT, B. Du rapport au savoir: eléments pour une théorie. Paris: Anthropos,

1997.Publicado em língua portuguesa pela Artmed:Da relação com saber:elementos

para uma teoria.Porto Alegre .2000.

CHALITA, Gabriel. Bullying, o crime do desamor. Revista Construir Notícias.

Pernambuco, n.40, p. 08-10, maio/julho. 2008.

CRAIG, W., & PEPLER, D. (1995). Peer processes in bullying and victimization: an

observational study. Exceptionality Education Canada, 5 (3 & 4), 81-95.

CHOUQUET, M.; HASSLER, C. Absentéisme au Lycée. Les dossiers D´Education et

Formations. Ministère de l´Éducation Nationale de la Recherche et de la Technologie.

Paris, France: 1993. WINNICOTT, D. W. 1965b O ambiente e os processos de

maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1983.

DELORES J. Educação,um tesouro a descobrir.Relatório para UNESCO da

Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI.São Paulo.Cortez;

Brasília:MEC;UNESCO, 2001.

GARDIMAN, ANGELA CECILIA QUARENTEI. Uma análise de configurações

geométricas interveniente no processo ensino-aprendizagem da Geometria a nível de 1º grau.

1994. 174p. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Curso de Pós-graduação em

Educação Matemática, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

HAZLER, R. J., CARNEY, J. V., GREEN, S., POWELL, R., & JOLLY, L. SAreas of

Expert Agreement on Identification of School Bullies and Victims. School Psychology

International, 18, 3-12, 1997.

Page 33: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

HAWDLEY. R. & DeHann, L. (1996) Toward a definition of family resilience:

integrating life span and family perspectives. Family Process, 35, 283-298.

HAZLER, R. J., CARNEY, J. V., GREEN, S., POWELL, R., & JOLLY, L. SAreas of

Expert Agreement on Identification of School Bullies and Victims. School Psychology

International, 18, 3-12, 1997.

HUME,DAVID.Investigação sobre o Entendimento Humano . Coleção Grandes

Pensadores Universais.Trad. André Campos Mesquita. Editora Escala.São Paulo.2011.

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Anuário Estatístico do Brasil. Brasília: Ministério da Cultura, 1991

KLAUSMEIER, H. J.; Goodwin, W. Manual de Psicologia Educacional: aprendizagem e capacidades humanas. (Tradução de Abreu, M. C. T. A.). São Paulo: Harper & Row, 1977.

KOSSLYN, S. M. A capacidade para trabalhar mentalmente com imagens. In:

STERNBERG, R. J. As capacidades intelectuais humanas: uma abordagem em processamento

de informações. Tradução: Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992, P. 169-193.

KOLER,S.H;YUNES,M.A.:SZYMANSKI.( Org.)Resiliência e Psicologia Positiva.São

Paulo:Casa do Psicológo, 2006. p.45-68.

LUTHAR.S. S.; Cicchetti, D. & Becker, B. (2000) The construct of resilience: a

critical evaluation and guidelines for future work. Child Development, 71, (3), 543-

562.

LEARNING: THE TREASURE WITHIN Report to Unesco of the International

Commission on Education for the Twenty-first Century. EDUCAÇÃO UM

TESOURO A DESCOBRIR -Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional

sobre Educação para o século XXI. Conferência de Jomtien, em 1990, sobre Educação

Básica.

LEYMANN, H. The Mobbing Encyclopaedia. Disponível em: <

http://www.leymann.se/ English/frame.htm l >. Acesso em: 20 maio.2009. Longman

Dictionary of Contemporary English (1995). (3ª ed.)

LEYMANN, H. The Mobbing Encyclopaedia 1990, p. 121

MOUNIER, Emmanuel. (1976), Personalismo.1a edição 1950. São Paulo, Martins

Fontes.

Page 34: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

MARTINEAU, S. (1999) Rewriting resilience: a critical discourse analysis of

childhood resilience and the politics of teaching resilience to “kids at risk”. Tese de

Doutorado, The MASTEN, A. S. & Garmezy, N. (1985) Risk, vulnerability and

protective factors in developmental psychopathology.

McCubbin, H. I. & McCubbin, M. A. (1988) Typologies of resilient families:

emerging roles of social class and ethnicity. Family Relations, 37, 247-254.

MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2009.

OLIVEIRA, E.A.; MORELATTI, M. R. M. Os conhecimentos prévios de alunos da 5ª série do ensino fundamental: um caminho para a aprendizagem significativa de conceitos geométricos. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 3, 2006. Águas de Lindóia - SP.

PAIVIO, A. Imagery and verbal processes. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1971.

SANTOS, L. P. Compreendendo dificuldades de aprendizagem na articulação de conceitos geométricos. 2002. 193p. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Curso de Pós-graduação em Educação Matemática, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

SEGAL, S. J.; FUSELLA, V. Influence of imagined pictures and sounds on detection of visual and auditory signals. Journal of Experimental Psychology, 83, p.458-464, 1970.

SHEPARD, R. N.; FENG, C. A chronometric study of mental paper folding. Cognitive Psychology. 2, p. 228-243, 1972.

STERNBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Trad. Maria Regina Borges Osório. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

HAZLER, R. J., CARNEY, J. V., GREEN, S., POWELL, R., & JOLLY, L. SAreas of

Expert Agreement on Identification of School Bullies and Victims. School Psychology

International, 18, 3-12, 1997.

HAWDLEY. R. & DeHann, L. (1996) Toward a definition of family resilience:

integrating life span and family perspectives. Family Process, 35, 283-298.

HAZLER, R. J., CARNEY, J. V., GREEN, S., POWELL, R., & JOLLY, L. SAreas of

Expert Agreement on Identification of School Bullies and Victims. School Psychology

International, 18, 3-12, 1997.

Page 35: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

HUME,DAVID.Investigação sobre o Entendimento Humano . Coleção Grandes

Pensadores Universais.Trad. André Campos Mesquita. Editora Escala.São Paulo.2011.

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Anuário Estatístico do Brasil.

Brasília: Ministério da Cultura, 1991.

KOLER,S.H;YUNES,M.A.:SZYMANSKI.( Org.)Resiliência e Psicologia Positiva.São

Paulo:Casa do Psicológo, 2006. p.45-68.

LUTHAR.S. S.; Cicchetti, D. & Becker, B. (2000) The construct of resilience: a

critical evaluation and guidelines for future work. Child Development, 71, (3), 543-

562.

LEARNING: THE TREASURE WITHIN Report to Unesco of the International

Commission on Education for the Twenty-first Century. EDUCAÇÃO UM

TESOURO A DESCOBRIR -Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional

sobre Educação para o século XXI. Conferência de Jomtien, em 1990, sobre Educação

Básica.

LEYMANN, H. The Mobbing Encyclopaedia. Disponível em: <

http://www.leymann.se/ English/frame.htm l >. Acesso em: 20 maio.2009. Longman

Dictionary of Contemporary English (1995). (3ª ed.)

LEYMANN, H. The Mobbing Encyclopaedia 1990, p. 121

MOUNIER, Emmanuel. (1976), Personalismo.1a edição 1950. São Paulo, Martins

Fontes.

MARTINEAU, S. (1999) Rewriting resilience: a critical discourse analysis of

childhood resilience and the politics of teaching resilience to “kids at risk”. Tese de

Doutorado, The

University of British Columbia.

MASTEN, A. S. (2001). Ordinary magic: resilience processes in development.

American Psychologist, 56 (3), 227-238.

MASTEN, A. S. & Garmezy, N. (1985) Risk, vulnerability and protective factors in

developmental psychopathology.

McCubbin, H. I. & McCubbin, M. A. (1988) Typologies of resilient families:

Page 36: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

emerging roles of social class and ethnicity. Family Relations, 37, 247-254.

MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2009.

MATOS, KSL. NASCIMENTO, V.S. do; NONATO JÚNIOR, R. (orgs.) Cultura de

Paz: do conhecimento à sabedoria. Fortaleza: UFC, 2008.

MERIGHI, M.A.B. Fenomenologia. In: MERIGHI, M.A.B.; PRACA, N.S. (Org.).

Abordagens teoricometodológicas qualitativas: a vivencia da mulher no puerpério

reprodutivo. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. p. 25-32.

OLWEUS, D. Bully/ victim problems in school: Facts and intervention. European Journal of Psychology of Education, XII (4), p. 495-510, 1997.

PAIVIO, A. Imagery and verbal processes. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1971. RUTTER, M. (1970) Sex differences in children's response to family stress. Em: Anthony, E. J.; Koupernik, C. (Eds.). The child in his family. (pp. 165-196) New York: Wiley.RUTTER M. (1971) Parent-child separation: psychological effects on the children. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 12, 233-260. RUTTER M. (1981b) Stress, coping and development: some issues and some questions. Journal of Child Psychology & Psychiatry, 22, 323-356.

SANTOS, L. P. Compreendendo dificuldades de aprendizagem na articulação de conceitos geométricos. 2002. 193p. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Curso de Pós-graduação em Educação Matemática, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

SEGAL, S. J.; FUSELLA, V. Influence of imagined pictures and sounds on detection of visual and auditory signals. Journal of Experimental Psychology, 83, p.458-464, 1970.

SHEPARD, R. N.; FENG, C. A chronometric study of mental paper folding. Cognitive Psychology. 2, p. 228-243, 1972.

.

STERNBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Trad. Maria Regina Borges Osório. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

RUTTER, M. (1970) Sex differences in children's response to family stress. Em: Anthony, E. J.; Koupernik, C. (Eds.). The child in his family. (pp. 165-196) New York: Wiley.

Page 37: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

RUTTER M. (1971) Parent-child separation: psychological effects on the children. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 12, 233-260.

RUTTER, M. (1979) Changing youth in a changing society: patterns of adolescent development and disorder. London: Nulfield Provincial Hospitals Trust.

RUTTER M. (1981a) Maternal deprivation reassessed. Harmondsworth: Penguin.

RUTTER M. (1981b) Stress, coping and development: some issues and some questions. Journal of Child Psychology & Psychiatry, 22, 323-356.SANTOS, L. P. Compreendendo dificuldades de aprendizagem na articulação de conceitos geométricos. 2002. 193p. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Curso de Pós-graduação em Educação Matemática, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

SEGAL, S. J.; FUSELLA, V. Influence of imagined pictures and sounds on detection of visual and auditory signals. Journal of Experimental Psychology, 83, p.458-464, 1970.

SHEPARD, R. N.; FENG, C. A chronometric study of mental paper folding. Cognitive Psychology. 2, p. 228-243, 1972.

.SHELDON, K. M. & King, L. (2001). Why positive psychology is necessary. American Psychologist, 56 (3), 216-217.

SILVA,Jr., J. F. Resistência dos materiais. São Paulo: Ao Livro Técnico. (1972).

SHELDON, K. M. & King, L. (2001). Why positive psychology is necessary.

American Psychologist, 56 (3),p. 216-217.

STERNBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Trad. Maria Regina Borges Osório. Porto Alegre:

Artes Médicas, 2000

WINFRIIED B. Teoría y praxis. México:CREFAL/PREDE-OEA.1991.

WERNECK, H. Werneck, H. 2004. Educar é sentir as pessoas. Aparecida, SP: Idéias e Letra .

VASCONSELLOS, C.S. Planejamento: Plano de ensino-aprendizagem e projeto

educativo. SP: Libertat. . 1995.

VYGOSTSKY, L. 1994 A formação social da mente. (5ª ed.) São Paulo: Martins Fontes. 1994.

Page 38: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

YUNES,M.A.M .SZYMANSKI. :Resiliência: noção, conceito afins e considerações críticas. 1987 apud Polleto;Koller,2006 ,p.49 Em: Tavares J. (Org.) Resiliência e Educação, (pp. 13-42). São Paulo.

YUNES M. A. M. (2001) A questão triplamente controvertida da resiliência em

famílias de baixa renda. Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo, São Paulo.

ZALUAR, Alba (org). Violência e educação. São Paulo, Cortez editora, 1992 .

ZIDNEY, Axinn, "Authority, and the French Revolution", Journal of the History of Ideas, Vol. 32, No. 3 (Jul. - Sep., 1971), pp. 423-432.

GARDIMAN, ANGELA CECILIA QUARENTEI. Uma análise de configurações geométricas interveniente no processo ensino-aprendizagem da Geometria a nível de 1º grau. 1994. 174p. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Curso de Pós-graduação em Educação Matemática, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

Klausmeier, H. J.; Goodwin, W. Manual de Psicologia Educacional: aprendizagem e capacidades humanas. (Tradução de Abreu, M. C. T. A.). São Paulo: Harper & Row, 1977.

KOSSLYN, S. M. A capacidade para trabalhar mentalmente com imagens. In: STERNBERG, R. J. As capacidades intelectuais humanas: uma abordagem em processamento de informações. Tradução: Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992, P. 169-193.

OLIVEIRA, E.A.; MORELATTI, M. R. M. Os conhecimentos prévios de alunos da 5ª série do ensino fundamental: um caminho para a aprendizagem significativa de conceitos geométricos. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 3, 2006. Águas de Lindóia - SP.

PAIVIO, A. Imagery and verbal processes. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1971.

SÃO PAULO (Estado). Proposta curricular para o ensino de matemática. 1º Grau. Secretaria da Educação, CENP, 1992.

Santos, L. P. Compreendendo dificuldades de aprendizagem na articulação de conceitos geométricos. 2002. 193p. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Curso de Pós-graduação em Educação Matemática, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

SEGAL, S. J.; FUSELLA, V. Influence of imagined pictures and sounds on detection of visual and auditory signals. Journal of Experimental Psychology, 83, p.458-464, 1970.

SHEPARD, R. N.; FENG, C. A chronometric study of mental paper folding. Cognitive Psychology. 2, p. 228-243, 1972.

STERNBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Trad. Maria Regina Borges Osório. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

Page 39: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

ABRAMOVAY, M; RUA, M. G. Violências nas Escolas: versão resumida. Brasília/DF: UNESCO, 2003.

ANTUNES, D. C. & ZUIN, A. A. S. Do Bullying ao preconceito: os Desafios da Barbárie Educação. Psicologia Social, vol. 20, nº. 01, Porto Alegre, Jan/Abr. 2008. Disponível em:. Acesso em: 27 de março de 2009 às 16:00 horas.

CALIMAN, G. Estudantes em situações de risco e prevenção. Ensaio: Aval Políticas Públicas em Educação, vol. 14, nº 52, Rio de Janeiro, Jul/Set 2006. 383 – 396 p. Disponível em:. Acesso em: 27 de março de 2009 às 15:00 horas.

CHALITA, G. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Ed. Gente, 2004.

COSTANTINI, A. Bullying, como combatê-lo?: prevenir e enfrentar a violência entre jovens.Tradução Eugênio Vinci de Morais. São Paulo: Itália Nova Editora, 2004.

DEBARBIEUX, E. BLAYA, C. (org.) Violências nas escolas e políticas públicas. Brasília. UNESCO, 2002.

DETONI, B.Bullying: O Lugar da Criança na Família, o Lugar da Criança na Escola. In: Pensando Famílias, 12(1), jul. 2008; (119-131).

FANTE, C. Bullying: o fenômeno hoje. Disponível em: <http://www.bullying.pro.br/>. Acesso em: 18 de março de 2009, às 20:00 horas.

________. O Fenômeno Bullying e as suas Consequências Psicológicas. Disponível em: www.psicologia.org.br /internacional/pscl84.htm. Acesso em: 18 de Março de 2009, às 20:30 horas.

_________. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, São Paulo: Versus, 2005.

FANTE, C. & PEDRA, J. A. Bullying Escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmed, 2008.

FARIA, R. R. de; ANGST, R.; MOSER, A. M. Bullying Feminino: Identificação de comportamentos e variáveis determinantes no estabelecimento da agressividade. [200-]).

FETEMS – Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul. Aula de Cidadania. Mato Grosso do Sul/MS: FETEMS, 2009.

GUARESCHI, A. P. SILVA, M. R. da. (Coord.) Bullyng Mais Sério do que se imagina. 2ª. ed. Porto Alegre: Mundo Jovem, EDIPUCRS, 2008.

LEITE, R. L. O. A supervisão dos recreios: Uma medida eficaz na prevenção do bullying. 1999.

Page 40: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

LOPES NETO, A. A. Bullying: Comportamento Agressivo entre Estudantes. Jornal de Pediatria, (Rio J.) nº. 81, nº.5 suppl. Porto Alegre Nov. 2005. 164 – 172.

MARTINS, M. J. D. O problema da Violência Escolar: uma classificação e diferenciação de vários conceitos relacionados. Revista Portuguesa de Educação, nº 18, 001 Universidade do Minho Braga, Portugal, 2005. 93-105 p.

MINUCHIM, S.; FISHMAN, H. C. Técnicas de terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

MINAYO M. C. de S et al. (org.). Fala, galera: juventude, violência e cidadania na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Garamond, 1999.

MIZELL, A. C. Bullying: the consequences of interparental discord and child's self-concept. In: Family Process, 42(2), 2003.

MONTEIRO, L. O que todos precisam saber sobre o Bullying. Jornal Jovem, n° 11, setembro de 2008. Disponível em: http://www.jornaljovem.com.br/edicao11/convidado03.php.> Acesso em: 02 de março de 2009, ás 10:00 h.

NUNES, M. F. HERMAN, T. B., AMORIM, C. Um estudo sobre Bullying na Cidade de Curitiba.  IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE e III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia, 2009.

PEREIRA, B. O. Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Fundação Caloueste Gulbenkian. Fundação para a Ciência e Tecnologia. Ministério da Ciência e Tecnologia. Porto: Ed. Imprensa Portuguesa, 2002.

PEREIRA, S. M. de S. Bullying e suas implicações no ambiente escolar. São Paulo: Paulus, 2009.

POLATO, A. Violência é produzida na escola sim. Revista Nova Escola. Disponível em. Acesso em 02 de Abril de 2008.

ROLIM, M. Bullying: o pesadelo da escola um estudo de caso e notas sobre o que fazer. Dissertação. UFRGS. Porto Alegre, 2008.

RAMOS, Euricléia Fagundes .Licenciada em Letras com ênfase em Língua Portuguesa e Inglesa e respectivas literaturas, pela Faculdade Integradas de Fátima do Sul/FIFASUL. Especialista em Língua Portuguesa, Literatura e Artes pelo ISFACES. Docente em língua inglesa no ensino fundamental, na rede municipal e estadual de ensino no município de Rio Brilhante/MS

ROLIM, M. Bullying: o pesadelo da escola um estudo de caso e notas sobre o que fazer. Dissertação. UFRGS. Porto Alegre, 2008

SIMMONS, R. Garota fora do Jogo: A Cultura Oculta da Agressão nas meninas. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

Page 41: api.ning.comapi.ning.com/.../Artigobullyinginesp.docx · Web viewSão direitos essenciais da criança e do adolescente a proteção à vida e à saúde, o que deve ser efetivado pela

SPÓSITO, M. P. Um Breve Balanço da Pesquisa sobre Violência Escolar no Brasil. In: Revista Educação e Pesquisa, nº 27, nº 1 São Paulo 2001. 87 – 103 p.