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APAE DE TOMAZINA Escola “Maria Bonfim” CNPJ: 78.059.300/0001-33 Rua Tenente Ubaldo, 397 Centro. Fone/Fax: (43) 3563-1418 E-mail: [email protected] CEP: 84.935-000 Tomazina Estado do Paraná ESCOLA “MARIA BONFIM” EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL / ANOS INICIAIS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MODALIDADE EDUCAÇÃO ESPECIAL APAE TOMAZINA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO TOMAZINA 2010

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APAE DE TOMAZINA Escola “Maria Bonfim”

CNPJ: 78.059.300/0001-33 Rua Tenente Ubaldo, 397 – Centro.

Fone/Fax: (43) 3563-1418 – E-mail: [email protected]

CEP: 84.935-000 – Tomazina – Estado do Paraná

ESCOLA “MARIA BONFIM” – EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO

FUNDAMENTAL / ANOS INICIAIS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL –

MODALIDADE EDUCAÇÃO ESPECIAL

APAE TOMAZINA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

TOMAZINA

2010

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APAE DE TOMAZINA “Maria Bonfim”

CNPJ: 78.059.300/0001-33 Rua Tenente Ubaldo, 397 – Centro.

Fone/Fax: (43) 3563-1418 – E-mail: [email protected]

CEP: 84.935-000 – Tomazina – Estado do Paraná

1 - APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA

CURRICULAR.

A elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola “Maria Bonfim” –

Modalidade Educação Especial, mantida pela APAE de Tomazina, localizada à Rua

Tenente Ubaldo, nº 397, em consonância com as Diretrizes Nacionais da APAE

Educadora, respaldadas pela Legislação Educacional em vigor, preocupada com a

melhoria da qualidade de vida da pessoa com necessidades educativas especiais,

ressaltando aquelas com deficiência Intelectual e deficiências múltiplas, representa

um conjunto de esforços de todos os educadores, funcionários, técnicos, e familiares

dos educandos, no sentido de concretizar uma educação democrática de qualidade,

tendo como princípio a inclusão social da pessoa com deficiência.

A nossa escola, integrando o movimento apaeano, apresenta um projeto de

ações destinadas às pessoas portadoras de deficiências que devam contribuir para o

afastamento do assistencialismo e do segregacionismo, procurando a participação

efetiva na vida em sociedade, isto é, a inclusão social.

O Projeto Político Pedagógico, sendo um dos instrumentos de identidade da

Escola possibilita transformar em realidade social os nossos compromissos em fazer

acontecer o fato “o direito de todos à uma educação de qualidade”. A identificação

da nossa escola, refletindo os princípios norteadores da APAE Educadora,

reafirmará nas práticas educativas cotidianas com os nossos alunos, familiares e

todos os que estiverem envolvidos, o compromisso com a conquista dos direitos e

cidadania da pessoa com deficiência.

O Projeto Político Pedagógico organiza-se nas seguintes etapas: Num

primeiro momento, apresentamos alguns dados básicos de identificação da escola e

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a estrutura organizacional da APAE Educadora, sob a forma de diagrama, para

situarmos a estrutura e funcionamento da nossa instituição; num segundo momento,

realiza-se uma introdução com o objetivo de ressaltar as linhas, tais como:

- Deficiência Intelectual;

- Deficiências Múltiplas;

- Transtornos Globais do Desenvolvimento.

INTRODUÇÃO

A proposta do Projeto Político Pedagógico, sistematizado traduz o trabalho

coletivo dos profissionais compromissados com a Educação. Expressa a

preocupação e o compromisso com os educandos, com a melhoria do ensino no

sentido de responder as necessidades sociais e pedagógicas. A partir do

pressuposto, é fundamental considerar os agentes sociais presentes na relação de

ensino – aprendizagem que são sujeitos inseridos e determinados socialmente, ou

seja, professor e alunos estão inseridos numa mesma prática social global, embora

ocupem, relativamente ao processo pedagógico, funções diferenciadas.

As interações são fundamentais no processo de desenvolvimento e

aprendizagem dos seres humanos. Para a criança além da interação com adultos que

é fundamental, a interação entre as crianças é igualmente importante.

O homem é resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é herdeiro

de um longo processo cumulativo que reflete conhecimento e as experiências

adquiridas pelas numerosas gerações que o antecederam. A manipulação adequada

e criativa deste patrimônio cultural permite as inovações. Estas não são, pois, os

produtos de ações isolados de um gênio, mas o resultado do esforço de toda uma

comunidade.

Na construção do conhecimento, a grande tarefa que se coloca para o

educador é estabelecer, através de sua prática a aproximação, a interação entre os

alunos e os objetos de conhecimento (e a realidade). Para isto deverá atuar

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dialeticamente entre três frentes a saber: sobre os objetos de conhecimento, o sujeito

do conhecimento e sobre o contexto de aprendizagem.

O que busca é que o aluno domine tanto o “porquê” quanto o “para que” e o

“como”. No processo de desenvolvimento todos os alunos devem chegar a ser

capazes dessa abertura e busca do conhecimento por si mesmo (autonomia).

Precisamos resgatar aqui, mais uma vez, o movimento dialético de Educação

destacando que o ser humano não cria necessidades, elas são criadas socialmente,

medidas pela realidade. O trabalho da escola deverá contribuir para o rompimento

dos processos de alienação do aluno e para a construção de seu processo de

humanização.

Tarefa esta complexa, pois; passa tanto pela formação da consciência, como

pelo quadro de valores do aluno.

O aluno precisa ter clareza quanto à finalidade daquilo que vai fazer. Se não

sabe para onde caminha não poderá ter uma participação ativa, a finalidade surge a

partir do contexto, de confronto do aluno com a realidade.

Pois para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve.

Deve-se possibilitar aos alunos o desenvolvimento de capacidades para

aprender continuadamente, da autonomia intelectual e do pensamento crítico de

modo a ser capaz de prosseguir os estudos e de adaptar-se com flexibilidade a novas

condições de ocupação e aperfeiçoamento, sendo esta uma das tarefas primordiais

do trabalho do professor.

Elaborando assim propostas curriculares, com responsabilidade a fim de

buscar a integração dos educadores, num processo de interlocução em que

compartilham e explicitam os valores e propósitos que orientam o trabalho

educacional que se quer desenvolver e que o currículo básico seja capaz de atender

às reais necessidades dos alunos.

Os conteúdos curriculares devem atuar não como fins em si mesmos, mas

como meios para a aquisição e desenvolvimento dessas capacidades. Nesse sentido,

o que se tem em vista é que o aluno possa ser sujeito de sua própria formação, em

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um complexo processo interativo em que o professor assume uma postura de

mediador e em muitos momentos de aprendiz nas interfaces do processo ensino

aprendizagem.

A proposta Pedagógica deve considerar as capacidades que os alunos já têm

e as suas potencialidades, preocupando-se em proporcionar aos alunos

oportunidades para que os mesmos possam atingir o desenvolvimento das

capacidades básicas. Elegendo também temas transversais dependendo da realidade

de cada contexto social, político, econômico e cultural.

Acreditamos que a escola sozinha não pode transformar o mundo, mas é ela

um grande agente de transformações, pois; pode ser o foco de muitas mudanças, ou

melhor dizendo, quase todas as mudanças passam pela escola quando a vemos

como responsável pela construção de cidadãos.

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINAR

CAPÍTULO I

IDENTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E ENTIDADE MANTENEDORA

Art. 1º - A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim”, situada à Rua

Tenente Ubaldo, 397, Tomazina – Paraná, endereço eletrônico:

[email protected], com autorização de funcionamento na área da

Deficiência Intelectual, Decreto Estadual nº 1979/80. Mantida pela Associação de

Pais e Amigos dos Excepcionais, identificada neste documento, em conformidade

com a legislação vigente, com organização política, administrativa e pedagógica

assegura os direitos, deveres e atribuições que expressam sua ação educativa.

CAPÍTULO II

DAS FINALIDADES E OBJETIVOS

Art. 2º - A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” tem a finalidade de

efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispositivos

Constitucionais, Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

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Nacional - LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei

nº 8.069/90, a Legislação do Conselho Nacional de Educação, do Conselho Estadual

de Educação e do Sistema Estadual de Ensino no que se refere à Educação

Especial.

Art. 3º - Esta escola garante o princípio democrático de igualdade de

condições de acesso e de permanência na escola, com qualidade, nas etapas da

Educação Básica, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Profissional em

Nível Básico, AJA/Alfabetização para Jovens e Adultos, vedada qualquer forma de

discriminação e segregação.

Art. 4º - A escola objetiva a implementação e acompanhamento do seu

Projeto Político-Pedagógico, elaborado coletivamente, com observância aos

princípios democráticos, e submetido à aprovação da Entidade Mantenedora e do

Conselho Escolar e homologado pelo Núcleo Regional de Educação.

Art. 5º - Serão assegurados aos alunos com (deficiências intelectual e

deficiências múltiplas associadas a essas), currículos, métodos, técnicas, recursos

educativos, avaliação e organização específica para atender as suas necessidades

educacionais especiais.

Art. 6º - Encaminhamento dos alunos com Deficiência Intelectual para mundo

do trabalho.

2 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Dados da Mantenedora

1.1 Mantenedora Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Tomazina

1.2 CGC/CNPJ Nº 78.059.300/0001-33

1.3 Endereço completo Rua: Tenente Ubaldo, 397

CEP: 84.935-000- Tomazina – Paraná

1.4 Telefone/Fax Tel. (43) 3563 1418

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1.5 Data da Fundação 29/04/1979

1.6 Registros C.N.A.S- Nº 228.345/80 de 01/12/80

_____________________________________________

Certificado de Fins Filantrópicos- N: 28987.010447/94-40

1.7 Utilidade Pública

Municipal – Nº 069 de 1979

_____________________________________________

Estadual – Nº 14137 de 19/09/03

Federal – Nº 1108 de 12/03/85

1.8 Presidente Nome: Pedro Nazário Gomides Filho

_____________________________________________

Endereço: Major Tomaz, 197.

Tomazina – Paraná CEP: 84.285.000

_____________________________________________

CPF: Nº 214.740.449-72 RG: Nº 1.194.862-6

Dados da Escola

2.1 Nome da Escola Escola “Maria Bonfim” – APAE - Tomazina

2.2 Endereço completo Rua: Tenente Ubaldo, 397 Tomazina - Paraná

2.3 Telefone/Fax Tel: (43) 3563 1418

2.4 Localização:

Zona Urbana

2.5 NRE de Ensino Nome: Núcleo Regional de Educação – Ibaiti - Pr

Endereço: Rua Antônio de Moura Bueno, 1.031.

Telefone: (43)- 3546 8100

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2.6 Data da criação da Escola 29/04/1979

2.7 Turno de Funcionamento ( x ) Manhã ( x ) Tarde

2.8 Nível de Ensino Ofertado Educação Básica Modalidade Educação Especial

2.9 Programas e projetos especiais ofertados pela entidade

1-Educação Infantil

2-Ensino Fundamental

3-Educação Profissional

3 - RECURSOS E MATERIAIS DA ESCOLA

Secretaria: 02 mesas de computador e 01 mesa de canto, computador

Windows XP, uma copiadora 3535 da HP, 02 computadores SAMSUNG, 01 Notebook

Acer, 01 aparelho de fax, 02 telefones, 01 arquivo de aço, 02 cadeira de digitador, 01

cadeira de secretária e 02 cadeiras p/ visitas, 01 impressora SAMSUNG SCX 4200,

02 balcões e 01 ar condicionado.

Sala de Espera: 01 bebedouro, 01 cadeira, 01 tapete.

Direção: 01 balcão, 01 mesa, 02 cadeiras estofadas, 01 telefone sem fio e 01

ar condicionado.

Coordenação Pedagógica: 01 mesa, 02 cadeiras, 01 armário de aço, livros,

brinquedos pedagógicos, materiais para avaliação, 01 espelho, 01 ventilador e 01

telefone.

Fisioterapia: 02 espelhos, 02 esteiras, 01 cadeira estofada, 01 escada de

canto com rampa, 01 barra de ling, 01 bicicleta, 02 rolos, 06 bolas, 01 Prancha de

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equilíbrio, 01 roda de ombro, 01 escada de dedos, 01 mesa de Kannavel, 02 tatames,

01 aparelho parádico galvânico, 01 banheira de hidromassagem, 01 prancha

ortostática, 01 tens, 01 balança, 01 ultrassom.

Terapia Ocupacional: 02 espelhos, 01 mesa infantil, 02 cadeiras infantis, 01

armário de aço, 01 arquivo, 01 estante, 01 mesa, 01 cadeira estofada, 02 carteiras,

02 cadeiras, 01 colchonete, 01 bola bobat, 01 bola feijão, 01 relógio parede, 01

ventilador de teto e materiais referentes à Terapia.

Psicologia: 01 mesa, 02 cadeiras, 01 maca, Brinquedos Pedagógicos,

Materiais para Avaliação, Arquivo, 01 Telefone e 01 Ventilador.

Fonoaudiologia: 01 mesa, 02 cadeiras, 01 espelho, 01 mesa infantil e 02

cadeiras infantis, 01 telefone, materiais referentes à Fonoaudiologia e materiais para

avaliação.

Assistência Social: 01 mesa, 02 cadeiras, 01 armário de parede e 01

ventilador, 01 armário para Remédios, 01 arquivo de ferro, 01 banco.

Biblioteca: 02 estantes de ferro, 02 armários, 01 computador, 01 mesa, 01

arquivo, 03 cadeiras, 01 espelho, 01 mimiógrafo, 01 máquina xérox e 01 rádio e 01

ventilador teto.

Sala 1: 08 cadeiras, 01 quadro de giz, 02 armários, 01 mesa grande, 01 mesa

para professor e 01 cadeira almofadada, 01 pia em mármore e 01 ventilador de pé.

Sala 2: 01 armário, 01 banheira, 02 berços, 01 tatame, 01 mesa infantil, 02

cadeirinhas, 01 escorregador pequeno, 01 trocador com gavetas, 01 espelho, 01 baú

e 01 ventilador teto.

Sala 3: 01 mesa grande circular e 08 cadeirinhas, 02 prateleira, 01 rádio, 01

espelho, 01 relógio, 01 quadro de giz e 01 ventilador teto.

Sala 4: 1 armário de aço, 01 mesa grande, 06 cadeiras, 01 quadro de giz, 01

espelho, 01 mesa professor, 01 cadeira almofadada e 01 ventilador de pé.

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Sala 5: 01 armário madeira, 01 estante de madeira, 01 ventilador de teto, 01

mesa professor, 01 cadeira almofadada, 10 carteira, 01 espelho, 01ventilador de teto

e 01 relógio.

Sala 6: 01 mesa professor, 01 cadeira, 06 carteiras, 01 armário embutido, 03

prateleiras, 01 porta fichas e 01 ventilador.

Sala 07: 01 mesa professor, 01 cadeira com rodinha, 04 carteiras, 02

cadeiras, 01 armário, 01 rádio, 01 ventilador e 01 espelho.

Sala 08: 04 carteiras e 04 cadeiras, 04 estantes de madeira, 01 mesa para

professor, 01 espelho e 01 tapete.

Sala 09: 01 baby – mac (confecção de fralda), 01 máquina de costura GC1 3,

01 armário, 03 estantes, 02 carteiras, 02 máquinas de escrever e 02 mesas.

Sala 10: 01 mesa grande, 01 mesa pequena, 02 estantes de aço, 01 armário,

01 arquivo, 01 ventilador de pé, 01 rádio e 01 pirógrafo.

Sala de Dança: 01 espelho, 01 mesa, 01 aparelho de som, 01 DVD, 01

Televisão e 02 colchões.

Sala de Jogos: 01 baú, 02 mesas, 08 cadeiras, 01 espelho, 01 quadro de

giz, 02 armários de madeira, 01 armário de aço, 01 casa de bonecas de madeira e 01

de tapete.

Refeitório: 10 mesas com 04 cadeiras, 01 televisor de 29 polegadas, 01

televisor de 20 polegadas, 01 DVD, 01 caixa amplificada de som, 01 bebedouro de

pressão, 01 banheiro masculino e 01 feminino, 01 aparelho de parabólica, 01 mesa

grande para servir alimentação, 03 mesinhas infantis c/ quatro cadeiras.

Cozinha: 02 geladeiras de 370 lt, 06 botijões de gaz, 02 fogões industrial de

06 bocas, 03 balcões, 01 armário comum, 01 mesa com 05 banquetas, 03 freezers,

01 pia c/ duas bocas, 01 liquidificador, 02 batedeiras, 02 ventiladores de teto e 01

exaustor.

Lavanderia: 01 tanquinho, 01 máquina de lavar de 5kg, 01 armário de

madeira.

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Banheiros: 08 banheiros p/ uso adulto e 01 banheiro de uso infantil

Oficina de marcenaria: 01 serra circular, 01 torno simples, 01 serra tico-tico,

01 furadeira, 02 mesas grandes, 01 tesoura de jardim, 01 máquina de cortar grama,

01 garrote, pregos, martelos, serras, lixadeira elétrica etc.

4 - HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE TOMAZINA

A Escola “Maria Bonfim – APAE de Tomazina foi fundada em 1979, sendo

autorizada em 22 de fevereiro de 1980, através da Resolução nº 1979/80 e tendo

como Entidade Mantenedora a APAE de Tomazina.

Atualmente a escola possui convênio firmado com a SEED/DEE (Amparo

Técnico) para repasse de professores QPM, Conveniados, Secretário, Serviços

Gerais, Instrutor e também um repasse financeiro relativo ao número de alunos na

escola. Possui registro na Secretaria da Criança e Assuntos da Família n º 0846-01.

Esta escola não-governamental e sem fins lucrativos, expressa a disposição

de ofertar as etapas da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental e

Educação Profissional em Nível Básico, prestando atendimento nos turnos matutino

e vespertino, na modalidade de Educação Especial, exclusivamente para alunos na

área da deficiência mental, deficiências múltiplas e Síndromes.

A Escola teve início com 11 (onze) alunos matriculados, todos portadores de

deficiência, 2 (dois) professores, 1 diretora e 1 serviço gerais, sendo que 1 professor

exercia também o papel de secretário e 1 psicóloga. Mantinha um convênio com a

Prefeitura Municipal para cedência de pessoal.

No início funcionava em uma casa de madeira, com duas salas de aula, 1

sala para diretoria e 1 barracão onde funcionava a cozinha e refeitório. A casa era

cedida por uma família da comunidade. No ano de 1983, a diretoria da APAE,

conseguiu firmar convênio com uma entidade da Alemanha: C.B.M. Cristoffel

Blindeumission da Alemanha Ocidental, para a compra do local de uma nova sede

para funcionamento da Escola Especial “Maria Bonfim”. Contou, ainda, com a ajuda

da Prefeitura Municipal e da própria comunidade para realização do projeto. No ano

de 1985, foi inaugurada a nova sede da escola, à rua Tenente Ubaldo, 397, centro,

Tomazina – Paraná.

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Caracteriza-se como estabelecimento de Ensino especial, visto que apresenta

uma proposta pedagógica ajustada às necessidades educacionais dos alunos e ao

disposto na legislação vigente, proporciona acessibilidade nas edificações, com a

eliminação de barreiras arquitetônicas nas instalações, mobiliários, equipamentos,

conforme normas técnicas vigentes, oferece ajudas e apoios intensos e contínuos,

adaptação curricular significativa e currículo funcional.

Para sua criação, autorização, renovação da autorização de funcionamento e

cessação de atividades, a Escola de Educação Especial Maria Bonfim atendeu e

atende às normas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná e

Secretaria de Estado da Educação.

Mantém apoio técnico pedagógico e financeiro dos órgãos governamentais,

tendo acompanhamento e avaliação da Secretaria Estadual de Educação/SEED no

cumprimento das determinações legais vigentes.

A clientela atendida na escola é composta por 102 alunos, caracterizam-se por

portadores de deficiência mental e deficiências múltiplas, síndromes, os mesmos são

oriundos da zona rural e urbana, em sua maioria da zona rural. Provenientes de

famílias de nível sócio-econômico e cultural baixo, grande maioria com famílias

desestruturadas, com pais analfabetos e que não valorizam o processo educacional

de seus filhos.

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

IDENTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E ENTIDADE MANTENEDORA.

Art. 1º - A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” – Apae de Tomazina,

situada à rua: Tenente Ubaldo, 397 Centro, telefone: 3563-1418, endereço eletrônico

[email protected], com autorização de funcionamento nº 1979/80, na área

da deficiência mental, deficiências múltiplas e síndromes, mantida pela Apae de

Tomazina, identificada neste documento, em conformidade com a legislação vigente,

com organização política, administrativa e pedagógica assegura os direitos, deveres

e atribuições que expressam sua ação educativa.

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CAPÍTULO II

DAS FINALIDADES E OBJETIVOS

A Instituição pretende desenvolver seu trabalho, a partir, dos objetivos elencados

abaixo:

- Proporcionar a igualdade de oportunidades, mediante a diversificação dos

serviços educacionais, de modo a acentuar as diferenças individuais dos educandos,

por mais acentuadas que elas sejam;

- Incentivar a autonomia, cooperação, espírito criativo da pessoa com

deficiência;

- Atender adequadamente às necessidades especiais do alunado, no que se

referem aos Currículos adaptados, métodos, técnicas e material pedagógico

diferenciado e adaptado;

- Desenvolver programas voltados à preparação para o trabalho;

- Envolver a família e a comunidade nas ações referentes ao aprendizado e

ao desenvolvimento global dos educandos;

- Incentivar o trabalho coletivo a partir de uma gestão democrática e

participativa;

- Desenvolver as ações pedagógicas a partir das premissas contidas nos

documentos: Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração de Jontiem,

Declaração de Salamanca e de teóricos como Vygotsky, Gardner, Paulo Freire e

suas reflexões sobre uma educação voltada para a autonomia, para as múltiplas

inteligências e para a história de vida de cada educando.

Possibilitar aos alunos um desenvolvimento favorável para que possam ser

incluídos na escola e na sociedade.

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5 - MISSÃO

A APAE tem como missão promover e articular ações de defesa de direitos,

prevenção de deficiência, orientação à família, prestação de serviços, apoio a família,

direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência e a

construção de uma sociedade justa e solidária.

As ações do movimento abrangem três esferas de atuação:

1 - Defesa de direitos, desde a concepção até velhice;

2 - Prestação de serviços;

3 - Apoio à família.

A concretização de uma proposta de atuação tão ampla envolve, como

clientes da APAE, não só as pessoas portadoras de deficiências em todas as fases

de sua vida, mas os demais indivíduos e instituições que interagem em sua causa,

destacando-se.

- Familiares e vizinhos de pessoas portadoras de deficiência;

- Profissionais das diferentes áreas envolvidas no trabalho da APAE;

- Voluntários;

- Órgãos Públicos;

- ONGs;

- Estudantes Estagiários;

- Escolas;

- Hospitais;

- Fornecedores/Parceiros;

- Financiadores;

- Comunidade em geral.

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A Constituição Federal estabelece que a educação é direito social de todo

brasileiro sendo garantido pelo Estado, bem com a saúde, o trabalho o lazer, a

segurança, a previdência social, a proteção a maternidade e a infância, a assistência

aos desamparados, na forma desta Constituição.

Isso é reforçado pelo Artigo 203, inciso III quando se aborda a promoção da

integração ao mercado de trabalho e no, inciso IV destaca-se, dentre os objetivos da

assistência social, a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de

deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.

No Artigo 206, encontramos os princípios que regem o ensino brasileiro,

tendo como premissa: “A igualdade de condições para o acesso e permanência na

escola (inciso I) e gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais prevista

no inciso IV. Em seu artigo 208, o inciso III relaciona os deveres do Estado com a

educação, garantindo o atendimento especializado as pessoas com deficiência

preferencialmente na rede regular de ensino”.

O artigo 54, em seu inciso III da Lei nº 8069 de 1990, estabelece a

responsabilidade do Estado em assegurar “atendimento educacional especializado

aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” – O

artigo 66 garante que ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho

Protegido.

A Educação Especial também se apóia na lei nº 7853/89 que estabelece

normas gerais para o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas

portadoras de deficiência e sua ativa integração social.

Porém, é importante ter certeza de que, com maior ou menor envolvimento

por parte dos diferentes segmentos participantes desse processo, não são os

dispositivos legais que definem, por si só, o projeto educacional, mas a forma como

essa legislação é operacionalizada na realidade escolar.

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6- HISTÓRIA DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DE TOMAZINA

Nós, da Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” pertencemos a uma

grande rede de aproximadamente 2.025 escolas filiadas ao movimento como maior

movimento filantrópico do mundo e do Brasil, sob a responsabilidade da Federação

Nacional das APAEs. Em cada Estado temos uma Federação e Conselhos Regionais

que atuam como articuladoras, visando garantir a unidade filosófica e educacional do

movimento APAEano, no momento atual a Apae da Figueira é a nossa Conselheira

Regional.

A missão é a razão da existência do Movimento APAEano, delimitando suas

atividades, dentro do espaço que deseja ocupar na sociedade. Tem como missão:

Promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações,

prestação à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção

de uma sociedade justa e solidária.

As ações do Movimento abrangem três esferas de atuação:

1. A defesa de direitos, desde a concepção até a velhice;

2. Prestação de serviços;

3. Apoio à família.

Os desdobramentos dessas esferas de atuação incluem ações nas áreas de:

a) Defesa dos Direitos;

b) Prevenção da incidência da deficiência;

c) Educação;

d) Educação Profissional;

e) Saúde;

f) Promoção da Saúde;

g) Assistência Social;

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h) Esporte, lazer e cultura;

i) Assistência ao idoso portador de deficiência;

j) Estudos e pesquisas;

k) Capacitação e aperfeiçoamento profissional.

A Escola ao longo de sua história foi acumulando experiências na Educação

Especial, na área de deficiência Mental com relação ao ensino, currículo e

organização escolar.

Nosso trabalho se efetivou de forma sistemática voltada para o atendimento

ao aluno com:

- Deficiente Intelectual;

- Múltiplas Deficiências (DF- DA – DV);

- Transtornos Globais do Desenvolvimento.

Nossos professores em conjunto com as equipes técnicas e pedagógicas têm

papel central nessa história porque são os principais atores, construtores da proposta

pedagógica diferenciada que ao longo desses trinta anos de existência contribuiu

para a construção da identidade APAEana:

Os conteúdos curriculares passaram por uma reformulação no ano de 2001, e

todos os anos vêem sendo reestruturados de acordo com as exigências da

SEED/DEEIN. De forma, clara e objetiva, buscando integrá-los e prepará-los para o

exercício da cidadania.

Quanto a Educação Profissionalizante os alunos estão sendo treinados para

o mercado de trabalho, mas apenas uma pequena clientela apresenta condições para

ser incluído a outra parcela desse alunado, devido a deficiência mais acentuada, é

atendida em programa de preparação de suas competências e habilidades, num

sistema de pequena empresa nos setores de marcenaria, horticultura, costura e

artesanato, também no sentido de preparar profissionais liberais.

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A Educação Especial é uma área relativamente nova. Como campo de estudo

da Pedagogia foi sistematizada em meados do século XX e, apenas na década de 60,

passou a integrar a organização das Secretarias de Estado da Educação como parte

da estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino. Isso acontece, de forma

pioneira no cenário nacional, no Estado do Paraná, em 1963.

Esse marco histórico guarda um significado para a compreensão atual da

Educação Especial, já que as concepções sobre a natureza do atendimento

realizado, que o antecederam e o sucederam, relacionam-se a uma complexa luta de

interesses decorrentes das transformações políticas e econômicas por que passaram

as diversas formações sociais.

Deve-se entender o movimento histórico que definiu a educação especial

como parte integrante do sistema de ensino em meio às mesmas contradições

existentes no contexto geral de educação, decorrentes de suas formas de

participação na sociedade capitalista, constituída na dimensão da práxis e do trabalho

social.

São as mudanças nas formas de organização da vida produtiva e material

que determinam as transformações na constituição do alunado da Educação

Especial, ao longo da história. Se, em sua origem, no séc. XVIII, prestava-se ao

atendimento apenas às pessoas com deficiências sensoriais como a surdez e a

cegueira, atualmente ampliam seu escopo de atuação, incorporando a ampla gama

de alunos com necessidades educacionais especiais e que, não necessariamente,

apresentam alguma deficiência, como é o caso dos superdotados. A definição desse

alunado está condicionada às complexas relações de poderes imersas nos

movimentos sociais concretos e não à mera relação do meio social com a

representação da deficiência.

Neste texto, apresenta-se um amplo panorama da atenção às pessoas com

deficiência na história, desde a antiguidade aos dias atuais, destacando-se as

concepções de sujeito subjacentes, em cada uma das etapas que constituíram

marcos em relação ao atendimento prestado. Assim, pretende-se demonstrar que

muitas das práticas, desenvolvidas na contemporaneidade, tem suas raízes fundadas

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nas primeiras percepções da sociedade em relação a esse grupo de pessoas,

fortalecendo mitos e estereótipos de suas limitações e possibilidades.

DO HISTÓRICO DO MOVIMENTO APAEANO

As Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais, presentes no Brasil há cinco

décadas constituem-se, hoje, no maior movimento social de caráter filantrópico do

país, na defesa de direitos e prestação de serviços visando proporcionar qualidade

de vida, promoção e inclusão social da Pessoa com Deficiência.

A primeira iniciativa no Brasil, ocorreu no Rio de Janeiro em 1954, liderada

pela Senhora Beatrice Bemis, membro do corpo diplomático americano e mãe de

uma criança com Síndrome de Down que, com outras famílias, viviam o drama de

não encontrarem escolas para a educação de seus filhos.

Em 1955, no Rio de Janeiro, com o apoio da Sociedade Pestalozzi do Brasil,

começou a funcionar a primeira escola mantida por uma Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais/APAE para crianças com deficiência.

Segundo Magalhães - et al,1997, no período de 1954 a 1962, foram criadas

16 Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/APAEs no Brasil.

Devido à necessidade de troca de experiências, divulgação e padronização

de terminologias e planejamento realizou-se, em 1962, em São Paulo, a 1ª Reunião

Nacional de Dirigentes Apaeanos, presidida pelo Dr. Stanislau Krynsky.

Assim, pela primeira vez no Brasil, discutiu-se a questão sobre as Pessoas

com Deficiência, envolvendo técnicos e familiares, que traziam para o movimento

suas experiências profissionais e como pais.

Para facilitar a articulação e a troca de idéias, os participantes da reunião

constataram a necessidade de se criar um organismo nacional para esta finalidade.

Nesse sentido, no dia 10 de novembro de 1962, foi fundada a Federação

Nacional das APAEs, tendo como primeiro presidente da diretoria provisória eleita o

Dr. Antônio dos Santos Clemente Filho.

Em 1963, realizou-se o 1º Congresso da Federação Nacional das APAEs, na

cidade do Rio de Janeiro, ocasião em que foi aprovado o estatuto e eleita a primeira

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Diretoria da Federação Nacional das APAEs, que teve na presidência o Dr. Antônio

Clemente dos Santos Filho (Santos Filho, 1997).

A Federação Nacional das APAEs, adotou como símbolo a figura de uma flor

margarida ladeada por duas mãos em perfil, desniveladas, uma em posição de

amparo e a outra de orientação à Pessoa Portadora de Deficiência (Magalhães . et

al, 1997; FENAPAEs/ Projeto Águia, 1998).

Atualmente, o Movimento Apaeano está estruturado em quatro níveis:

1º) A Federação Nacional das APAEs, responsável pelos rumos, diretrizes e

estratégias do Movimento Apaeano e pela articulação política, defesa de direitos e

ações, em âmbito nacional, em atenção à Pessoa com Deficiência.

2º) As 21 Federações das APAEs dos Estados, responsáveis pelos rumos,

diretrizes e estratégias do Movimento Apaeano e pela articulação política,defesa de

direitos e ações, em âmbito estadual, em atenção à Pessoa com Deficiência.

3º) Os 180 Conselhos Regionais, com a função de organizar as APAEs nas

microrregiões, orientando seus rumos e sendo o contato direto entre a base e a

Federação das APAEs do Estado.

4º) As 2126 APAEs, prestadoras de serviços com atendimentos diretos,

articulação e defesa dos direitos da Pessoa com Deficiência nos municípios.

2. Dos princípios filosóficos:

2.1 A Pessoa com Deficiência dotada de sentimentos, emoções e elaborações

mentais deve ser respeitada e sua deficiência ser entendida como uma de suas

múltiplas características.

2.2 A manifestação dos desejos da Pessoa com Deficiência deve ser respeitada e

aceita.

2.3 A Pessoa com Deficiência possui diferentes possibilidades ensejando o

reconhecimento e abordagens necessárias ao seu desenvolvimento.

2.4 A sociedade tem a responsabilidade de comprometer-se nas questões referentes

às Pessoas com Deficiência, não devendo atribuir somente às famílias, órgãos

públicos e organizações filantrópicas.

2.5 A Pessoa com Deficiência deve ter seus direitos assegurados.

3. Dos Princípios Institucionais

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3.1. Possibilitar o desenvolvimento da Pessoa com Deficiência visando a melhoria de

sua qualidade de vida.

3.2. Propiciar à Pessoa com Deficiência condições para o desenvolvimento e

manifestação de sua individualidade.

3.3. Promover e prover acessibilidades: atitudinal, arquitetônica, de comunicação,

instrumental, programática e metodológica para a inclusão social da Pessoa com

Deficiência.

3.4. Sensibilizar a sociedade para a causa da Pessoa com Deficiência, eliminando

preconceitos e discriminações.

3.5. Assegurar a divulgação e o cumprimento dos direitos da Pessoa com

Deficiência.

4. Da Visão Institucional

Movimento de excelência e referência no país, na defesa de direitos e

prestação de serviços.

7. A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO PARANAENSE

No Estado do Paraná, desde a criação da primeira escola especial, em 1939,

o Instituto Paranaense de Cegos, reproduzem-se concepções e práticas já atestadas

nos movimentos sociais, nacionais e internacionais.

No entanto, pelo pioneirismo das ações aqui ambientadas, como o fato da

criação da primeira classe especial, na rede pública (atual Escola Estadual Guairá,

em Curitiba), em 1958, e a implantação do primeiro serviço de educação especial, em

nível governamental, em 1963 (ALMEIDA, 1998) coloca o Paraná na vanguarda das

políticas de atendimento educacional especializado, em nível nacional.

Assim, desde o início, a educação escolar de pessoas com deficiência

estendeu-se aos dois contextos: as escolas especiais e os, então denominados,

programas especializados na rede pública.

Em função do descaso histórico do Estado, já atestado anteriormente no

contexto mundial, em relação aos direitos educacionais das pessoas com deficiência,

mobilizam-se diferentes lideranças comunitárias na luta pelo acesso aos serviços

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especializados. A ação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais –

APAES destaca-se pela ampla rede de instituições de disseminou em vários

municípios do Estado para o atendimento desse grupo de educandos. Pela falta de

investimentos públicos, coube ao movimento apaeano a busca de difusão de

metodologias, materiais específicos e o suporte à criação de programas de formação

e capacitação de professores. Um outro lado interessante, é que por se construir na

única possibilidade de atendimento especializado nos municípios, passou a

incorporar, além das deficiências sensoriais, além dos chamados distúrbios de

comportamento e/ou emocionais.

Apenas na década de 70, com a estruturação da SEED, que se mantém até

hoje, é que se intensificaram as ações no âmbito da escola pública, com a expansão

do atendimento em diferentes municípios do Estado e a implantação de classes

especiais voltadas ao atendimento de deficiências, por área. Destaca-se com

relevante, neste ponto, a política de descentralização administrativa, com a criação

das equipes de Educação Especial nos Núcleos Regionais de Educação que

possibilitou a interiorização dessa modalidade de ensino (PARANÁ, 1998)

8 - ESCOLA/FAMÍLIA E COMUNIDADE

Somente uma sociedade pluralista, ciente de que é formada por pessoas

diferentes, com capacidade diferente é que acontecerá realmente uma sociedade

integradora, onde todos poderão exercer plenamente seu direito de cidadão.

A Apae de Tomazina procura realizar um trabalho de informação,

conscientização e prevenção das deficiências através de palestras, reuniões e outras

ações envolvendo a equipe de saúde municipal, onde destina-se, aos professores da

rede regular de ensino , Pastoral da criança, Conselho tutelar e Agentes Comunitários

de saúde.

O professor é visto como mediador no processo da busca de conhecimento,

busca essa que deve partir do aluno. Cabe ao professor organizar e coordenar as

situações de aprendizagem, adaptando suas ações às características individuais dos

alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais.

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Proporciona orientação familiar e comunitária de modo a gerar ambiente

adequado à pessoa portadora de deficiência, tanto em casa como no contexto que

está inserido, de maneira a desenvolver ao máximo suas potencialidades.

A integração da família na escola é feita com palestras, vídeos, conversas

informais, onde são dadas orientações referentes ao processo de desenvolvimento

dos alunos e a importância da participação das famílias nesse aspecto.

O trabalho de orientação e participação dos pais ou responsáveis na

integração com a escola é feito de acordo com a necessidade da família e da criança,

orientando e auxiliando os pais para atender a criança nas práticas de atividades que

levam ao desenvolvimento e na prevenção de problemas comportamentais.

Sendo que a perseverança dos profissionais da família é a mola mestra para

enfrentar os obstáculos, e o amor pela criança significa acreditar no seu potencial e

procurar novos caminhos para atingir os objetivos necessários pra o seu melhor

desenvolvimento.

A participação da família e da comunidade nas atividades desenvolvidas pela

escola como nas reuniões escolares e projetos desenvolvidos com outras escolas do

município, tem como finalidade maior integração da mesma junto aos órgãos

escolares para que possam desenvolver o espírito de cooperação e participação.

A escola na sua interação com a família transforma e colabora na construção

do saber dos seus educandos.

É através da escola que se realiza o processo de transformação, o qual

possibilita a liberdade e a compreensão do mundo de cada cidadão.

8.1 - Caracterização – Comunidade/Aluno

A clientela da Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” caracteriza-se por

indivíduos com deficiência intelectual, deficiências múltiplas e transtornos globais do

desenvolvimento oriundos da zona rural e urbana, provenientes de famílias com

condições muito precárias, baixo nível cultural e sócio-econômico. A grande maioria

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são trabalhadores rurais, sem renda mensal fixa, as condições são precárias, não

tendo as mínimas condições de higiene, de moradia, alimentação e acesso à saúde.

As necessidades primordiais para essa comunidade ter uma melhor condição

de subsistência:

- Emprego para seus pais;

- Moradia adequada;

- Alimentação adequada;

- Higiene e saúde;

- Valores morais;

- Valores religiosos;

- Educação básica (leitura e escrita);

Em decorrência da condição de vida precária, as conseqüências são as

piores possíveis nos alunos.

Uma grande maioria chega até a escola num estado deplorável, muitas vezes

sem as mínimas condições de higiene, sem ao menos ter o que comer em casa,

alunos que chegam com bloqueios emocionais e em conseqüência disso apresentam

grandes dificuldades em seu desempenho escolar.

Através do trabalho conjunto da equipe multidisciplinar e equipe pedagógica,

procura-se trabalhar os problemas de ordem familiar, sócio- econômico, saúde e de

ordem emocional, selecionando conteúdos de modo a auxiliá-los, a se adequarem ás

várias situações a que os alunos se deparam em seu dia a dia, preocupando-se com

aqueles alunos que encontram dificuldades no desenvolvimento das ações básicas.

A formação escolar deve propiciar o desenvolvimento de capacidades, de

modo a favorecer a compreensão e a intervenção social e cultural dos educandos,

assim como possibilitar as manifestações culturais, nacionais e universais.

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Apesar da evolução do aluno com deficiência intelectual apresentar as

mesmas etapas do desenvolvimento de uma criança comum, o déficit de sua

estrutura intelectual pode apresentar uma imaturidade cognitiva, psicológica, social e

outras, quando comparado a uma criança de uma mesma faixa etária. Desse modo,

deve-se considerar cada aluno como dotado de características singulares e com

necessidades educativas específicas, exigindo, portanto, planejamento de ensino

individualizado, condizente com suas reais capacidades de aprendizagem.

Alguns alunos com deficiência intelectual são capazes de assimilar os

conteúdos curriculares referentes ao ensino fundamental, reúnem condições

suficientes para adaptar-se socialmente através da atuação independente na

comunidade e estão aptos a adquirir formação profissional que lhes garanta o

sustento, parcial ou total, na vida adulta.

Outros apresentam condições de desenvolver o domínio das habilidades

lingüísticas básicas, são competentes para obter sucesso no processo de aquisição

de leitura e de escrita, e outros ainda, são capazes de cuidar de si próprios

protegerem-se de perigos comuns e possuem condições para ajustarem-se e serem

úteis, social e economicamente, no lar e na comunidade, auxiliando em tarefas

caseiras, trabalhando em ambientes especiais ou mesmo realizando atividades

rotineiras, sob supervisão.

Outro grupo apresenta ainda, defasagem cognitiva em grau tão acentuado

que acarreta severo comprometimento no seu desenvolvimento global; sua educação

baseia-se na estimulação multissensorial, com perspectiva limitada de aprendizagem

dos conteúdos acadêmicos.

Diante dessas diferenças entre os alunos com deficiência mental, é

imprescindível, o uso de adaptações curriculares a fim de atender a necessidades

particulares de aprendizagem dos alunos. Uns dos instrumentos que a escola utiliza

para combater a evasão é a Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA.

Através de documentos de apoio e de sua prática pedagógica diária a escola

identifica a necessidade de se realizar adaptações significativas no currículo para

atendimento de alunos que apresentam déficits graves permanentes, e muitas vezes,

evolutivos que comprometem o funcionamento cognitivo, sensorial e psíquico, vindo a

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constituir deficiências múltiplas e graves. A esses alunos é indicado conteúdos de

caráter mais funcional e prático, levando em conta suas características individuais.

Há necessidade de um currículo especial, voltado para o desenvolvimento de

habilidades básicas, que requerem a participação familiar e uma avaliação

educacional e psicopedagógica do aluno, com procedimentos pedagógicos

adequados ao seu desenvolvimento.

Autodefensoria

Art. 24 - O Autodefensor (a) é o aluno (a) com deficiência intelectual

associada a deficiências múltiplas, escolhido (a) por seus pares para representar o

corpo discente.

Parágrafo único – A escolha do autodefensor (a) será realizada em fórum

específico convocado para este fim, por aclamação da maioria dos participantes

devidamente credenciados.

Art. 25 - Compete ao autodefensor(a):

I. participar das reuniões do Conselho Escolar com direito a voz e voto.

II. defender os interesses individuais e coletivos dos alunos.

III. incentivar a participação dos alunos em eventos culturais, artísticos e

desportivos.

IV. reivindicar a acessibilidade nos espaços escolares.

V. reivindicar acessibilidade nos transportes escolares;

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ORGANOGRAMA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

DIRETORIA DA APAE

Ed. Infantil Ens.

Fundamental

DIREÇÃO

ÁREA

ADMINISTRATIVA ÁREA

PEDAGÓGICA

ÁREA DE

APOIO

SECRETARIA

SERVIÇOS GERAIS

COORDENADORIAS

PEDAGÓ GICO

PROFISSIO NALIZANTE

PROFESSORES

ATENDENTEEEEES

EDUCAÇÃO BÁSICA

INSTRUTORES

SETOR TÉCNICO

SETOR MÉDICO

ED. PROFISSIONAL

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9.1 – Objetivos da escola:

Art. 2º Atendendo os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional nº 9.394/96, a Escola tem por finalidade prestar atendimentos educacionais

a educandos com necessidades educativas especiais, na área de deficiência

intelectual e deficiências múltiplas, crianças de alto risco visando o desenvolvimento

de suas potencialidades, valorização, preparação para o trabalho e o pleno exercício

de sua cidadania.

Art.3º De acordo com os princípios de liberdade, solidariedade e promoção humana,

que regem a Educação Especial e em consonância com a filosofia que norteia à

ação educativa do Movimento Apaeano, a escola de educação básica na

modalidade de educação especial, visa aos seguintes objetivos:

I. Oferecer a educação básica nos níveis e modalidades de ensino, Educação

Infantil, Ensino Fundamental e Educação Profissional, conforme a necessidade e a

demanda, para educandos com deficiência intelectual e/ou múltipla, cujas

necessidades educativas exigem adaptações curriculares específicas que a escola

comum não consegue prover;

II. Oferecer formas alternativas de educação escolar, como currículos adaptados e

funcionais, visando ao desenvolvimento integral das crianças, jovens e adultos com

deficiência intelectual e/ou múltipla, garantindo-lhes acesso, permanência e

desenvolvimento na escola;

III. Oferecer programas educacionais adequados de acordo com os interesses,

necessidades e possibilidades dos educandos, abrangendo todos os aspectos que

favoreçam o desenvolvimento global dos mesmos, visando à sua inclusão e

participação pessoal no meio em que vivem;

IV. Propiciar o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem;

V. Oportunizar aos alunos espaços culturais e desportivos, visando o

desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades;

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VI. Favorecer e promover a inclusão escolar/social;

VII. Envolver todos os profissionais da escola no processo educacional para a

construção coletiva de valores, concepções, princípios e crenças referentes ao futuro

do homem e da sociedade;

VIII. Oferecer aos profissionais condições para a melhor forma de construir, adquirir,

transmitir e produzir conhecimentos capazes de orientar e motivar a caminhada de

educandos na busca de sua auto-realização, compreensão de mundo, para a

elaboração e consolidação de repertórios de conhecimentos e de vivências como

direitos inerentes ao cidadão;

IX. Proporcionar situações de aperfeiçoamento aos profissionais;

X. Estimular, apoiar e defender o desenvolvimento permanente dos serviços

oferecidos pela escola da APAE, com a observância de padrões de ética e

eficiência;

XI. Definir a sua missão no contexto educacional por meio do processo ensino-

aprendizagem, propiciando a construção da auto-estima, alimentando e incentivando

a curiosidade, cooperação, respeito mútuo, responsabilidade, compromisso,

autonomia, caráter e a alegria de aprender;

XII. Envolver as famílias no processo educativo, prestando-lhes apoio e orientação

em relação aos cuidados, atendimentos específicos e procedimentos necessários

para favorecer o pleno desenvolvimento da criança, do jovem e do adulto com

necessidades educacionais especiais;

XIII. Proporcionar orientação familiar e comunitária de modo a contribuir para gerar

ambientes adequados para desenvolver ao máximo as potencialidades e convívio

social;

XIV. Viabilizar e articular com instituições, órgãos e serviços do município, ações que

propiciem a promoção de educandos em todos os aspectos;

XV. Firmar parcerias com Secretaria(s) de Estado (Educação, Cultura, Trabalho,

Saúde, etc.), visando à integração de ações para atendimento e promoção;

XVI. Promover por meio de iniciativa própria e com auxilio de órgãos públicos

municipais, estaduais ou federais e comunidade, campanhas educativas para

prevenção de deficiências;

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10 - PARCERIAS

Nós da Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” reconhecemos que uma

educação de qualidade se faz com parcerias, cientes disso buscamos em nossa

comunidade os órgãos e setores responsáveis pelo desenvolvimento saudável do

indivíduo de forma global para nos juntarmos a eles estabelecendo metas e iniciativas

de trabalho em pról das pessoas com deficiência e a sua inclusão na sociedade.

Considerando que 70% das deficiências podem ser evitadas, é necessário

que se tomem medidas individuais, governamentais e comunitárias para identificarem

e eliminarem os fatores causadores de deficiências resultantes da pobreza, da

ignorância e da assistência insuficiente.

Atualmente contamos com a parceria do Sistema Único de Saúde – SUS,

com verba destinada ao pagamento do corpo técnico bem como: Psicóloga,

Fonoaudióloga, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Assistente Social,

Neurologista, Pediatra e Psiquiatra que veio para acrescentar no desenvolvimento

dos nossos educandos.

11 - INCLUSÃO

Segundo a Declaração de Salamanca, (1994), o princípio fundamental desta

Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças

independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,

linguísticas ou outras. Devem acolher crianças que vivem nas ruas e que trabalham,

crianças bem dotadas, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais, de

outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizados.

Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e têm, portanto,

necessidades educativas especiais em algum momento de sua escolarização.

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As escolas têm que encontrar a maneira de educar com êxito todas as

crianças, inclusive as com deficiências graves. O desafio que enfrentam as escolas

integradoras é o de desenvolver uma pedagogia centralizada na criança, capaz de

educar com sucesso todos os meninos e meninas inclusive os que sofrem de

deficiências graves. O mérito dessas escolas não está só na capacidade de ofertar

educação de qualidade a todas as crianças, com sua criação, dá-se um passo muito

importante para tentar mudar atitudes de discriminação, criar comunidades que

acolham a todas e sociedades integradoras.

As necessidades educativas especiais incorporam os princípios já provados

de uma pedagogia equilibrada que beneficia todas as crianças. Parte do princípio de

que todas as diferenças humanas são normais e de que a aprendizagem deve,

portanto, se ajustar às necessidades de cada criança, em vez de cada criança se

adaptar aos supostos princípios quanto ao ritmo e à natureza do processo educativo.

Uma Pedagogia centralizada na criança é positiva para todos os alunos e

consequentemente, para toda a sociedade.

A Constituição Federal em seu art. 208, inciso III, estabelece que o

atendimento especializado aos portadores de deficiências se fará preferencialmente

na rede regular de ensino.

Essa afirmação é extremamente importante no combate à segregação e

estigmatização, tendo em vista a integração do aluno portador de deficiência,

oportunizando o atendimento em escolas comuns, junto a outras crianças.

Mas o que se tem visto com nossos alunos que foram para a rede regular de

ensino, é que as escolas têm medo de recebê-los por não estarem preparadas, medo

de não saberem como estar trabalhando esses novos alunos. Porém, é necessário

demonstrar comprometimento, atenção e interesse em estar com esses alunos, o que

para eles é algo diferente. É necessário que se realizem cursos para capacitação dos

professores do ensino regular que estão recebendo alunos especiais e apresentam

dificuldades no trabalho com os mesmos, muitas vezes por não ter um apoio na área

pedagógica, o que deveria acontecer é que se capacitassem as equipes pedagógicas

para que juntamente com os professores possam desenvolver uma pedagogia

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diferenciada que beneficie o processo ensino-aprendizagem desses educandos e

consequentemente os levem ao sucesso acadêmico.

Os sentimentos dos professores de educação especial e dos professores de

educação regular poderiam ser resumidos da seguinte maneira:“Estes alunos sempre

foram educados junto com outros semelhantes diferentes daqueles que trabalhamos

e, o que é muito importante, seus professores têm afiliações diferentes, fontes de

recursos diferentes, e responsabilidades diferentes das nossas”.

Incluir não é tratar igual, pois as pessoas são diferentes, alunos diferentes,

devem ser tratados diferentes, para que o ensino alcance os mesmos objetivos.

Incluir é abandonar esteriótipos, é mudar de paradigma.

O sucesso da inclusão depende de avaliação constante do processo

pedagógico, da flexibilidade da equipe multidisciplinar para alterar programas e do

apoio da família, da escola e da comunidade. Quando o processo de inclusão na

escola é bem conduzido os benefícios são amplos; amizades se desenvolvem,

estudantes sem deficiência aprendem a apreciar as diferenças e os alunos com

deficiência se tornam mais motivados, e nessa luta todos ganham.

12 - PRINCIPIOS NORTEADORES

A finalidade da Educação Especial é oferecer atendimento especializado aos

educandos portadores de deficiências e superdotados, respeitando-se as

necessidades e diferenças de cada criança, com o objetivo de proporcionar o

desenvolvimento global desses alunos, em seus aspectos cognitivo, afetivo,

psicomotor, lingüistica e social, tornando possível não só o reconhecimento de suas

potencialidades como sua integração na sociedade.

O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até

encaminhamento ao mercado de trabalho. Sob o enfoque sistêmico, a educação

especial integra o sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade

que é a de formar cidadãos independentes.

Promovendo a inclusão dos deficientes mentais na comunidade, e de acordo

com suas potencialidades na rede regular de ensino, conscientizando o procedimento

adequado com relação ao mesmo.

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A Educação Especial, hoje tem como proposta primordial garantir aos

portadores de necessidades especiais direitos assegurados na Constituição Federal.

Apesar dos esforços já desenvolvidos o que se constata ainda hoje, no

âmbito da Educação Especial, é que a rede pública de ensino não se estruturou

adequadamente para atender os alunos portadores de deficiência, sendo que as

instituições filantrópicas especializadas assumissem a tarefa.

Art.4 º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o lazer;

III. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V. Valorização do profissional da educação;

VI. Gestão democrática do ensino na forma da legislação vigente;

VII. Garantia de padrão de qualidade em educação;

VIII. Valorização de experiências;

IX. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

13 - DOS DIREITOS DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Art. 5º Será assegurado aos educandos com necessidades educacionais especiais:

I. Ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram

acesso na idade própria;

II. Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com

necessidades educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;

III. Atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos

de idade;

IV. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,

segundo a capacidade de cada um;

VII. Atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de

programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e

assistência à saúde;

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VIII. Padrões mínimos de qualidade de ensino definido como a variedade e

quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do

processo de ensino-aprendizagem.

14 - DOS DIREITOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art.6º Será assegurado aos educandos com necessidades educacionais especiais:

I. Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para

atender às suas necessidades;

II. Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido

para a conclusão do ensino fundamental, e aceleração para aqueles que possuírem

condições e que necessitarem;

III. Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para

atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados

para trabalhar com esses educandos e promover sua inclusão social;

IV. Educação profissional, visando à inclusão na vida em sociedade, proporcionando

condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no

trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como

para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual

ou psicomotora;

V. Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares

disponíveis para os respectivos níveis do ensino regular.

14.1 - Epistemológicos

A Difusão dos conteúdos é a tarefa primordial. Não se trata de conteúdos

abstratos, mas vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das qualidades sociais. A

valorização da escola como instrumento de apropriação do saber e o melhor serviço

que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode contribuir para

eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se o que define uma pedagogia

crítica é a consciência de seus condicionantes históricos sociais, a função pedagógica

dos conteúdos é dar um passo a frente ao papel transformador da escola, mas a

partir das condições existentes.

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Assim, a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir

a todos um ensino de qualidade, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares

básicos que tenham ressonância na vida dos alunos.

Em síntese, a atuação da Escola consiste na preparação do aluno para o

mundo e suas contradições, fornecendo-lhes um instrumento por meio de aquisição

de conteúdos e da socialização da Sociedade.

14.2 - Didático - Pedagógico

A metodologia escolhida pelo corpo docente que fundamenta a “PràxIs

Pedagógica” para o programa do Ensino Fundamental é baseada no Método Fônico e

no Método das Boquinhas.

Metodologicamente a escola tem como objetivo os conhecimentos da teoria

que contribuem para a melhoria qualitativa do processo de ensino-aprendizagem de

forma integrada onde auxilie os professores na compreensão global do processo de

desenvolvimento de crianças e adolescentes, tornando seu aprendizado mais rico e

eficaz, onde ambos aprendem a aprender, a construir e interagir.

Dentro desta concepção o corpo docente deverá conhecer a realidade de

seus alunos, percebendo como se dá o seu desenvolvimento no ambiente concreto

em que vivem, entendendo os mecanismos que propiciam e facilitam a apropriação

de conhecimentos, assim, o professor poderá selecionar criticamente os conteúdos

escolares e os métodos de ensino, que propiciem uma aprendizagem promovedora

de um desenvolvimento efetivo.

15 - DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Art. 7° O trabalho pedagógico compreende todas as atividades teórico-

práticas desenvolvidas pelos profissionais do estabelecimento de ensino para a

realização do processo educativo escolar.

Art. 8° A organização democrática no âmbito escolar fundamenta-se no

processo de participação e co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada

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de decisões coletivas, para a elaboração, implementação e acompanhamento do

Projeto Político-Pedagógico.

Art. 9 ° A organização do trabalho pedagógico é constituída pela equipe de

direção, equipe pedagógica, equipe docente, equipe técnica administrativa, equipe

auxiliar operacional, equipe multiprofissional e representantes dos pais e alunos.

Art. 10 São elementos da gestão democrática a indicação do (a) diretor (a)

pelo Presidente da mantenedora da escola, APAE - Associação de Pais e Amigos

dos Excepcionais, evitando vínculo de parentesco e devendo obrigatoriamente ser

aprovado pela diretoria da entidade.

16- OPÇÃO POR METODOLOGIA DE CURRÍCULO FUNCIONAL PARA A

EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE

A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” optará pela metodologia de

projeto no Programa Profissionalizante, onde o aluno é o sujeito da aprendizagem,

deve ser ativo e investigador. Os conteúdos serão trabalhados na intenção de

aprimorar hábitos e atitudes da vida diária através de experiências cotidianas.

Será dada ênfase a formação de hábitos e atitudes adequadas para a

inserção no mundo do trabalho preparando para a profissão, nas instituições

trabalhadoras e também no preparo como profissional autônomo capaz de

desenvolver atividades para seu próprio sustento.

O papel do professor é colocar os alunos em condições propicias para que

partindo das suas necessidades e estimulando os seus interesses, possa buscar por

si mesmos conhecimentos e interesses.

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18 – PLANO DE TRABALHO DOCENTE

Todos os profissionais da escola, professores e técnicos, devem ter seus

planos ou projetos organizados.

A prática dos planos é avaliada periodicamente, conforme observação do

desempenho que o aluno vem obtendo. O relato dos pais e demais pessoas com

quem a criança convive, sobre as mudanças positivas e/ou negativas que vem

obtendo são um fator significativo na observação e avaliação do plano de trabalho do

professor.

O plano de trabalho docente é feito semestralmente com a orientação da

equipe pedagógica.

Para que o professor atinja seus objetivos é necessário que ele tenha

esquematizado passos para o encaminhamento de sua aula.

Os horários das aulas especiais (Educação Física, Música e Artes), devem

ser rígidos e previamente organizados.

Os objetivos e conteúdos usados na elaboração dos projetos são baseados

nas orientações da proposta da APAE Educadora e das Diretrizes Curriculares da

Educação Básica do Estado do Paraná.

O Plano de Trabalho Docente contempla também:

- Orientações familiar e comunitária de modo a gerar ambiente adequado

ao Projeto Político Pedagógico, tanto em casa como no contexto escolar e social em

que está inserido, de maneira a desenvolver ao máximo sua potencialidade.

- O desenvolvimento de todas as capacidades de modo a tornar o ensino

mais humano, mais ético;

- Meios para promover o educando portador de necessidades educativas

especiais, desenvolvendo recursos na comunidade para possibilitar sua integração;

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- As atividades pedagógicas com sessão de Terapia Ocupacional,

fisioterapia e fonoaudiologia.

- A sociedade a respeito dos direitos dos portadores de necessidades

educativas especiais à educação, por meio de ampla divulgação pelos meios de

comunicação, baseando-se no princípio de normalização.

- As necessidades de cada um, visto que as maiorias das famílias

apresentam desestruturas que conseqüentemente atingem o desenvolvimento de

menor a maior grau.

19 - A ESCOLA QUE TEMOS

A Educação Especial é um direito constitucionalmente assegurado, a

execução desse direito é que tem sido questionável e bastante desigual. Por ser um

órgão não Governamental esta tem desempenhado um importante papel, em

substituição às ações que por dever, caberiam ao governo.

Temos uma escola com escassos recursos materiais.

Apesar do trabalho da escola especial ser bem direcionado as necessidades

biopsicossociais dos educandos com a equipe multidisciplinar (professores

especializados, psicólogo, pedagogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta

ocupacional, assistente social, neurologista, pediatra e neurologista), ainda

encontramos dificuldades, por parte dos órgãos governamentais e da sociedade que

não tem comprometimento com o portador de necessidades especiais. Deixando a

cargo do serviço social, oferecido pela escola.

Apesar das dificuldades encontradas, o comprometimento dos profissionais

da área proporciona elevado nível de qualidade de atendimento aos nossos

educandos.

Como em todo processo existem mudanças de paradigmas, a Escola

Especial necessita acompanhar essas mudanças para que a cada dia venha entender

plenamente a necessidade dos nossos educandos.

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No Brasil se rastrearmos nossa História, percebemos que nos quatro

primeiros séculos, praticamente nada se fez a favor da pessoa portadora de

deficiência e as questões relacionadas às mesmas, daí decorrentes disso, esta

lacuna histórica, tem no tratamento dispensado a essas pessoas sem sombra de

dúvidas a cerca do descaso e da rejeição.

Mesmo considerando os avanços históricos da humanidade: as grandes

descobertas cientificas, as conquistas espaciais e os avanços da informática,

percebemos que até os dias atuais, a questão da discriminação e da segregação da

pessoa portadora de deficiência pouco evoluiu.

No Brasil, nos anos anteriores a 1980, surgiram leis e decretos que de um

lado ou de outro favoreciam essas pessoas, a igualdade perante a lei que era

garantida aos brasileiros, por constituições até 1969 não traduz parâmetro, para

afirmarmos que o Estado brasileiro preocupava-se plenamente com questões

referentes à pessoa portadora de deficiência (CARMO 1991).

Acreditamos que não foi então suficiente o Estado assumir, apenas na forma

da lei a pessoa portadora de deficiência. Muito pouco se fez e ainda se está fazendo

em favor desse segmento social, o que existe são ações pontuais isoladas em

diferentes cidades brasileiras, onde grupos, com grande esforço e dedicação, tentam

desenvolver trabalhos e pesquisa nesta área do conhecimento.

Resta-nos apenas dizer que por pior que pareça a situação das pessoas

portadoras de deficiências em nossa sociedade, grandes conquistas estão se

concretizando, pois onde cresce o que mata, cresce, também, o que salva. E nessa

luta social as pessoas, que trabalham com os deficientes nas diferentes instituições,

bem como as associações de pessoas portadoras de deficiências, por razões

diversas, são peças fundamentais no processo d luta para superação deste estado de

hipocrisia social, em que estamos vivendo: e que tem contribuído de forma decisiva

para a estagnação e, às vezes, até para o processo desse movimento social.

Queremos neste sec. XXI preparar nossos educandos não somente para a

difusão do saber culturalmente construído, mas com a formação do cidadão crítico,

participativo e criativo para fazer face às demandas cada vez mais complexas da

sociedade moderna.

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20 - A ESCOLA QUE QUEREMOS

A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” tem como perspectiva a

inserção do aluno num sistema educacional de qualidade, com base nos princípios

normativos vigentes da Educação Nacional. É o esforço permanente da busca de

uma educação mais igualitária e justa a todos os cidadãos, independente de suas

condições pessoais e sociais.

A Escola que queremos, tendo como principio a educação Especial, enquanto

uma das modalidades da Educação Básica organiza-se, de modo a buscar a inclusão

social - Paradoxo de uma sociedade global vista na perspectiva que todos os

cidadãos têm acesso aos diferentes serviços e usufrutos dos bens materiais. É o que

Rivera (IN Ozório 1995, p.5) denomina pelas expressões “Universalização e

mundialização da vida.” Nossa realidade, mostra um cenário um pouco diferenciado

dessas possibilidades, principalmente em se tratando da educação nas tentativas de

criar uma nova forma de ver a realidade nas relações entre diversidade, diferença e

deficiência, rompendo com preconceitos e mecanismos de exclusão e de segregação

social.

Pensar uma sociedade para todos, na qual se respeite à diversidade da raça

humana, atendendo as necessidades dos maiores e minorias, é concretizar a

realização da sociedade inclusiva, no qual caberá à educação, a mediação deste

processo.

A Educação escolar desempenha um papel relevante neste processo, ao

quebrar barreiras e estigmas consolidados em relação a grupos marginalizados

socialmente, e ao promover, sempre que possível, a aprendizagem conjunta de todas

as crianças, independente de suas dificuldades e diferenças. O mais importante,

entretanto, é que essas diferenças, depois de reconhecidas, sejam respeitadas pela

escola, que mobilizará todos os seus segmentos com o intuito de oferecer respostas

educacionais adequadas a todas as suas necessidades especiais. (Anais do III

Seminário Paranaense de Educação Especial).

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21 - O ALUNO

Apesar da evolução do aluno com deficiência intelectual apresentar as

mesmas etapas do desenvolvimento de uma criança comum, o déficit de sua

estrutura intelectual pode apresentar uma imaturidade cognitiva, psicológica, social e

outras, quando comparado a uma criança de uma mesma faixa etária. Desse modo,

deve-se considerar cada aluno como dotado de características singulares e com

necessidades educativas específicas, exigindo, portanto, planejamento de ensino

individualizado, condizente com suas reais capacidades de aprendizagem.

Alguns alunos com deficiência intelectual são capazes de assimilar os

conteúdos curriculares referentes ao ensino fundamental, reúnem condições

suficientes para adaptar-se socialmente através da atuação independente na

comunidade e estão aptos a adquirir formação profissional que lhes garanta o

sustento, parcial ou total, na vida adulta.

Outros apresentam condições de desenvolver o domínio das habilidades

lingüísticas básicas, são competentes para obter sucesso no processo de aquisição

de leitura e de escrita, e outros ainda, são capazes de cuidar de si próprios, para

protegerem-se de perigos comuns, possuem condições para ajustarem-se, serem

úteis, social e economicamente, no lar e na comunidade, auxiliando em tarefas

caseiras, trabalhando em ambientes especiais ou mesmo realizando atividades

rotineiras, sob supervisão.

Um outro grupo apresenta ainda, defasagem cognitiva em grau tão acentuado

que acarreta severo comprometimento no seu desenvolvimento global; sua educação

se baseia na estimulação multisensorial, com perspectiva limitada de aprendizagem

dos conteúdos acadêmicos.

Diante dessas diferenças entre os alunos com deficiência intelectual, é

imprescindível, o uso de adaptações curriculares a fim de atender a necessidades

particulares de aprendizagem dos alunos.

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A esses alunos é indicado conteúdos de caráter mais funcional e prático,

levando em conta suas características individuais.

A necessidade de um currículo especial voltado para o desenvolvimento de

habilidades básicas, requer a participação familiar e uma avaliação educacional e

psicopedagógica do aluno, e da eficiência dos procedimentos pedagógicos

empregados em sua educação.

De acordo Vygotsky (1983), uma criança portadora de um defeito não é

simplesmente uma criança menos desenvolvida que as demais, apenas se

desenvolvem de forma diferente. Portanto a construção do conhecimento é adquirida

por meio das interações sofrendo alterações apenas nos caminhos a serem

percorridos e as diversas maneiras de fazê-lo, que dependerá das necessidades de

cada ser humano e a escola deverá oportunizar respostas eficazes por meio de ações

que contemplem as necessidades especiais desses alunos.

Dessa forma acreditamos que conseguimos caracterizar o alunado da Escola

“Maria Bonfim” e demonstrar algumas de suas necessidades e a importância de

currículos diferenciados para o trabalho com os mesmos.

22- FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES

A capacitação dos educadores deve estar voltada para diferentes aspectos

da ação educativa: planejamento e execução da prática pedagógica, avaliação do

processo ensino-aprendizagem e competência interpessoal. A escola é o local

privilegiado para formação continuada. Estudos sobre capacitação docente têm

revelado que projetos de formação eficazes foram desenvolvidos a partir das

demandas dos profissionais envolvidos no trabalho escolar. Esses estudos

contribuíram para a constituição de modelos de formação permanente nas escolas

com as seguintes características:

Formação dirigida à equipe de professores e não aos professores

individualmente;

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Ter como eixo norteador a demanda concreta e contextualizada dos

professores que participam da formação;

Realizada em horário de trabalho, pois faz parte da atuação docente e

também em horários extras;

Reconhecer que as tarefas de formação permanente são instrumentos

básicos para garantir o desenvolvimento profissional;

Reconhecer a relevância da auto gestão da formação do professor

estimulando o desenvolvimento de projetos pessoais de estudo e trabalho.

Por tudo que foi dito, pode-se afirmar que a formação permanente deve ser

considerada como um dos elementos do projeto pedagógico assim como a formação

profissional é um processo permanente de reflexão e aperfeiçoamento da equipe e,

portanto, não tem fim.

A escola como contexto de formação vai planejar as atividades de acordo

com as necessidades de seus profissionais, o que implicará em formas e conteúdos

variados. Algumas possibilidades:

O professor dispõe de 20 % de sua carga horária assegurado pela Instrução

Normativa nº 11/06 – SEED/SUED, sob a lei nº 103/2004.

grupos de estudo e seminários sobre LDB, Diretrizes, textos educativos

e pedagógicos com o objetivo de ler, analisar, interpretar as idéias ali contidas para

melhoria do processo ensino aprendizagem;

Elaboração do projeto pedagógico pela equipe pedagógica e pelos

professores e coletivo escolar;

Reconhecer que as tarefas de formação permanente são instrumentos

básicos para garantir o desenvolvimento profissional;

Reconhecer a relevância da autogestão da formação do professor para

a melhoria da qualidade do ensino ofertado na instituição.

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A lista poderia continuar indefinidamente expressando a grande diversidade

de instrumentos para a formação e que só dependem da vontade de realizá-los e de

alguém que se encarregue de organizá-las.

Assim a formação dos profissionais da educação e dos demais profissionais

da escola, acontecerá através de cursos promovidos pela SEED, da participação em

Congressos, Seminários, Palestras Cursos de Pós Graduação e outros. Dar-se-á

também através de Grupos de Estudos promovidos pela instituição através de

parcerias com Secretarias Municipais de Educação e Institutos de Ensino Superior

(IES).

Ressaltando a importância da formação continuada percebe-se a relevância

do trabalho do professor como sujeito político no processo de transformação do

aluno, isso se mostra muito forte nas palavras de Paulo Freire:

“Minha presença de professor que não pode passar despercebida dos alunos,

na classe e na escola é uma presença política. Enquanto presença não pode ser uma

omissão mais um sujeito de ações

Pensar uma sociedade para todos, na qual se respeite à diversidade da raça

humana, atendendo as necessidades dos maiores e minorias, é concretizar a

realização da sociedade inclusiva, no qual caberá à educação, a mediação deste

processo.

A educação escolar desempenha um papel relevante neste processo, ao

quebrar barreiras e estigmas consolidados em relação a grupos marginalizados

socialmente, e ao promover, sempre que possível, a aprendizagem conjunta de todas

as crianças, independente de suas dificuldades e diferenças. O mais importante,

entretanto, é que essas diferenças, depois de reconhecidas, sejam respeitadas pela

escola, que mobilizará todos os seus segmentos com o intuito de oferecer respostas

educacionais adequadas a todas as suas necessidades especiais.

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23 - DA AVALIAÇÃO E DESEMPENHO ESCOLAR

Art.111 A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem com a função de diagnosticar o nível de apropriação de

conhecimento pelo aluno.

Art.112 A avaliação será a fonte principal de informação e referência para a

organização e formação de práticas pedagógicas que possibilitem a aprendizagem

dos alunos.

Art.113 A avaliação é contínua, cumulativa, e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Art.114 A avaliação escolar considera todas as dimensões de aprendizagem, como

a cognitiva, afetiva, cultural, social e outras.

Parágrafo Único: No processo de avaliação serão considerados, além do produto, o

processo de aprendizagem e os aspectos relacionados à atitude dos alunos.

Art.115 o resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão

sobre a ação pedagógica, contribuído para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Art.116 A verificação do desempenho escolar tem por objetivo avaliar o

desempenho do aluno, dificuldades e possibilidades, procedimentos didáticos e

metodológicos, a fim de programar ações educativas necessárias ao

desenvolvimento integral do mesmo.

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Art.117 O desempenho e a freqüência dos alunos serão periodicamente avaliados,

sendo os pais e/ou responsáveis cientificados.

Parágrafo Único: A direção da escola, com a equipe pedagógica, deve organizar

situações, como reuniões e/ou momentos individuais com as famílias, para análise

do processo ensino-aprendizagem, freqüência e outros apostos relevantes para o

desenvolvimento do aluno.

Art.118 O desempenho do aluno será consignado em fichas individuais para

comprovação e legalidade da vida escolar do mesmo.

24 – A AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM

Definir o real objetivo da avaliação é a missão mais complexa que todo o

educador enfrenta no processo de ensino aprendizagem.

Numa perspectiva qualitativa e diagnóstica, a avaliação serve para verificar

como está se dando o aprendizado dos alunos, as dificuldades e os avanços desse

processo, para que o educador possa corrigir ou mudar as diretrizes do planejamento

pedagógico. É, portanto, uma ferramenta fundamental para garantir ao professor a

aferição de seu trabalho, sendo assim deve assumir um caráter cooperativo e

orientador.

Infelizmente a avaliação ainda para muitos, tem o objetivo de mostrar aquilo

que o aluno não aprende. O objetivo da avaliação está no lado diametralmente oposto

desse campo de batalha.

Ou seja, deveria mostrar aquilo que não foi bem ensinado, tratando também

da avaliação do professor.

Se ela continuar a estigmatizar, classificar, discriminar ou excluir as

possibilidades de avanço, a avaliação perde o caráter humano, pois avaliar é, em seu

sentido multidimensional, uma leitura que ser faz da realidade do aluno em termos

afetivos, sociais e epistêmicos. Ela tem sua natureza específica. Para que a avaliação

seja uma ação sistemática, para que ela alcance seus propósitos, é preciso que o

professor se de conta de que está desenvolvendo, efetivamente, o processo

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avaliativo. Se ele observa o aluno, se o conhece, por exemplo, é com o objetivo de

intervir, de auxiliá-lo, de ajudá-lo a aprender mais.

25 - DO ENCAMINHAMENTO

Art. 121 A escola especial tem autonomia para avaliar o aluno a ser encaminhado

para o ensino comum devendo ocorrer ao final do ano letivo, garantindo sua

matrícula e freqüência no inicio do ano letivo seguinte no ensino comum.

Art.122 A documentação correspondente ao processo de encaminhamento de cada

aluno será arquivada na escola para comprovar a legalidade da vida escolar do

aluno.

Art.123 Para fins de encaminhamento para o ensino comum, a escola especial

deverá observar as seguintes medidas e critérios administrativos, conforme

legislação do Estado. Exemplo:

1. Organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para

efetivar o processo;

2. Comunicar o responsável a respeito do processo;

3. Proceder à avaliação documentada pela equipe pedagógica;

4. Registrar os resultados na documentação escolar do aluno;

5. Arquivar ATA, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

6 . A Escola da APAE é que vai fazer todos estes procedimentos e munidos da ATA

e de toda a documentação correspondente ao processo, os pais e/ou responsáveis

efetivarão a matrícula no ensino comum.

26 - ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA, FUNCIONAMENTO E GESTÃO DAS

ESCOLAS APAEanas.

26.1 - Organização das Turmas

Para a distribuição das turmas (programas), a equipe pedagógica se reúne e

cada técnico dá seu parecer sobre o professor, embasado na observação,

acompanhamento e orientações feitas durante o trabalho que é desenvolvido na

escola, levando em conta faixa etária e grau de deficiência do aluno.

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26.2 - Oferta de Cursos e Turmas

O encaminhamento dos alunos para as Escolas Especiais normalmente é

feito pelos órgãos educacionais, por outras escolas, pela saúde ou por indicações da

comunidade.

Após avaliação diagnóstica e comprovada a necessidade de atendimento

especial o aluno é devidamente matriculado no programa adequado com toda a

documentação exigida pela mesma.

Internamente esses documentos são arquivados, de forma que todos tenham

acesso aos mesmos. Os documentos necessários à pasta individual do aluno são:

Certidão de nascimento, ficha de matricula, ananmenese do aluno, relatório dos

profissionais e instituições anteriores que trabalharam com a criança.

O número de aluno para cada Professor é de acordo com a Resolução

estabelecida pela SEED e são distribuídos de forma o mais homogênea possível,

respeitado a idade cronológica e o programa a ser inserido.

A Escola de Educação Especial ”Maria Bonfim” atende pessoas com

deficiência intelectual, crianças de alto risco, condutas típicas e múltiplas deficiências.

A Escola oferta os seguintes programas:

Educação Infantil Especializada

Para crianças de 0 a 03 anos

Para crianças de 04 a 05 anos e 11 meses

Ensino Fundamental Especializado

Educação Profissional

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27 - EDUCAÇÃO INFANTIL – ESPECIALIZADA DE 0 A 03 ANOS

27.1 Concepção da infância

A concepção de criança é uma noção historicamente construída e

conseqüentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de

forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época. Assim

é possível que, por exemplo, em uma mesma sociedade existam diferentes maneiras

de se considerar as crianças pequenas dependendo da classe social a qual

pertencem, do grupo étnico do qual fazem parte. No Brasil, grande parte das crianças

pequenas enfrenta um cotidiano bastante diferente do considerado normal, sofrendo

exploração por parte de adultos. Outras crianças são protegidas de todas as

maneiras, recebendo de suas famílias e da sociedade em geral todos os cuidados

necessários ao seu desenvolvimento. Essa dualidade revela a contradição e conflito

de uma sociedade que não resolveu ainda as grandes desigualdades sociais

presentes no cotidiano.

A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte

de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma

determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente

marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca. A criança

tem na família, biológica ou não, um ponto de referencia fundamental, apesar da

multiplicidade de interações sociais que estabelece com outras instituições sociais.

As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como

seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que

estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as

circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem

as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as

condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos. No processo de

construção do conhecimento, as crianças utilizam-se das mais diferentes linguagens

e exercem a capacidade que possuem de terem idéias e hipóteses originais sobre

aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o

conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com

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o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas

sim, fruto de um intensivo trabalho de criação, significação e ressignificação.

Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem

e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais.

Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina

etc. possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas

características comuns de ser das crianças, elas permanecem únicas em suas

individualidades e diferenças.

27.2 – Fundamentação Teórica

A educação infantil constitui um processo de caráter preventivo, no qual são

adotados técnicas e procedimentos de intervenção e estimulação aplicados por

equipes multidisciplinares (médica, psicológica e social) com a participação efetiva da

família, proporcionando condições para que a criança se aproxime, gradativamente,

dos padrões de desenvolvimento esperados para sua idade e possa alcançar etapas

evolutivas subseqüentes.

As crianças de alto risco estão sujeitas a necessitar mais tarde de

atendimento especial, por mais tempo do que na verdade necessitariam, caso não

recebam os atendimentos adequados nos primeiros anos de vida.

Pelo acima exposto, a Escola Especial desenvolve um trabalho, com

atendimento Psicopedagógico para crianças com deficiência mental leve e para

crianças de alto risco, com atraso no desenvolvimento psicomotor e cognitivo, sob

sua responsabilidade.

Os estímulos serão de acordo com o desenvolvimento alcançado, não se

tratando de “treinar” para determinada atividade e sim oportunizar estímulos e

situações (ação); que permitam adquirir gradativamente habilidades especificas de

cada área do desenvolvimento neuropsicomotor.

Os esclarecimentos à comunidade são importantes e constituem o primeiro

passo, mas não podemos ficar esperando resultados, precisamos iniciar uma prática

mais efetiva. É utópico imaginarmos grandes conquistas, pois continuaremos

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encontrando barreiras, a contribuição é mínima, porém necessária. A Estimulação

Essencial é a mola propulsora do trabalho na Educação Especial.

Os estímulos serão de acordo com o desenvolvimento alcançado, não se

tratando de “treinar” para determinada atividade e sim oportunizar estímulos e

situações (ação); que permitam adquirir gradativamente habilidades especificas de

cada área do seu desenvolvimento.

Por todos os caminhos que se possa trilhar na educação é indiscutível a

importância exercida pela Educação Infantil no desenvolvimento global do ser

humano tenha ele ou não deficiência. As primeiras teorias do desenvolvimento e da

aprendizagem enfatizam a infância como o período em que o indivíduo se organiza

no mundo. E que sua estimulação deve se iniciar desde a mais tenra idade.

Trazer esse ensaio sobre a educação da criança com deficiência, mais

especificamente da criança com deficiência intelectual, para dentro da discussão

sobre a “Educação da criança de 0 a 6 anos” manifesta nossa concepção de que a

criança com deficiência intelectual é antes de tudo “criança”.

Os profissionais da área da Educação Infantil têm discutido com muita

propriedade o caráter que o atendimento à clientela de 0 a 6 anos deve assumir,

considerando existência de duas concepções dicotômicas: atendimento com caráter

tutelar, orientando para o cuidado com a criança nos aspectos relativos à

segurança, higiene, alimentação e aquisição de hábitos e atendimento com caráter

educativo. (Haddad,1997).

O aluno com deficiência exige que a educação de maneira geral reveja seu

papel, seus objetivos, visando otimizar seu processo de aprendizagem, uma vez

que não se enquadram nos padrões de normalidade estabelecidos hoje pela nossa

sociedade.

Como fundamentações teóricas estão sendo utilizadas a perspectiva

construtivista de Piaget e a teoria sócio-histórica de Vygotsky, pelo fato de que para

ambas as leis que regulam o desenvolvimento infantil são as mesmas para a

criança com e sem deficiência.

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Mantoan (1995, p.4) resume os aspectos estruturais e funcionais da vida

intelectual dos deficientes intelectuais dizendo:

.os deficientes mentais configuram uma condição intelectual análoga a uma construção inacabada,

mas, até o nível em que conseguem evoluir intelectualmente, essa evolução se apresenta como

sendo similar a das pessoas normais mais novas;

.embora possuam esquemas de assimilação equivalentes aos normais mais jovens, os deficientes

mentais mostram-se inferiores às pessoas normais, em face da resolução de situações-problema, ou

seja, na colocação em prática de seus instrumentos cognitivos;

.apesar de se definir por paradas definitivas e uma lentidão significativa no progresso intelectual, a

inteligência dos deficientes mentais testemunha uma certa plasticidade ao reagir satisfatoriamente à

solicitação adequada do meio.

Conclui Mantoan (1995, 1997) que existe entre normais e deficientes uma

semelhança estrutural e uma especificidade funcional, o que aponta para a

possibilidade de se intervir no desenvolvimento cognitivo dos deficientes mentais,

através da solicitação do meio escolar de suas estruturas cognitivas e do

favorecimento de melhores condições para o seu funcionamento intelectual. Nas suas

palavras (1995, p. 9),

Têm-se, portanto, de assegurar ao sujeito cognitivamente prejudicado uma ação

concomitante de apoio e estimulação da construção de seus instrumentos intelectuais e de utilização

mais ampla, adequada e eficiente dos mesmos na resolução de situações-problema.

Também para Vygotsky (1993), as leis que regulam o desenvolvimento

infantil são as mesmas tanto para a criança deficiente quanto para a criança

normal.nas suas palavras, apud Knox e Stevens (1993, p.16),

A criança cujo desenvolvimento está impedido por um defeito não é simplesmente

uma criança menos desenvolvida que seus pares; mais precisamente ela tem se desenvolvido

diferentemente. Uma criança em cada estágio de seu desenvolvimento, em cada uma dessas

fases, representa uma singularidade qualitativa, isto é, uma estrutura orgânica e psicológica

específica; exatamente no mesmo caminho uma criança deficiente representa qualitativamente

uma diferença, um tipo único de desenvolvimento.

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A teoria formulada por Vygotsky (1993) propõe que a criança deficiente seja

estudada numa perspectiva qualitativa e não como uma variação quantitativa da

criança normal. Afirma que a deficiência geraria um processo de compensação,

estimulando um direcionamento para o crescimento do indivíduo. Caberia à

defectologia estudar os ciclos e as transformações no desenvolvimento, os processos

compensatórios que permitiriam transpor as deficiências, sendo seu objeto de análise

as reações físicas e psicológicas do deficiente. A singularidade do desenvolvimento

do deficiente estaria nos efeitos positivos da deficiência, ou seja, nos caminhos

encontrados para a superação do déficit. Desta forma, o deficiente não e, nessa

concepção, inferior aos seus pares, apenas apresenta um desenvolvimento qualitativamente

diferente e único.

O meio social, para Vygotsky (1993), pode facilitar ou dificultar a criação desse

novos caminhos de desenvolvimento. O defeito, assim, não está no indivíduo, uma criança

que tem um defeito não é necessariamente deficiente, estando seu grau de normalidade

condicionado à sua adaptação social.

Ao se referir às pessoas com deficiência, Vygotsky (1993) ressalta que, muito

mais do que o defeito em si, o que decide o destino da personalidade da criança é sua

realização sócio-psicológica. Segundo Van der Veer (1996, p. 74-5), uma característica dos

primeiros escritos de Vygotsky na área da defectologia é:

Sua ênfase na importância da educação social de crianças deficientes e no potencial da

criança para o desenvolvimento normal. Esta ênfase estava intimamente ligada à análise

de Vygotsky do papel de qualquer defeito físico na vida da criança. Ele afirmava que todas

as deficiências corporais – seja a cegueira, surdo-mudez ou um retardo mental congênito –

afetavam antes de tudo as relações sociais das crianças e não suas interações diretas

com o ambiente físico. O defeito orgânico manifesta-se inevitavelmente como uma

mudança na situação social da criança. Assim, pais, parentes e colegas irão tratar a

criança deficiente de uma maneira muito diferente das outras crianças, de um modo

positivo ou negativo.

Segundo Knox e Stevens (1993) e Van der Veer (1996), Vygotsky teria desenvolvido o

conceito de zona de desenvolvimento proximal a partir de sua experiência com deficientes

mentais. Para Vygotsky, as crianças deficientes mentais, quando trabalhavam em grupo,

construíam situações de aprendizagem diferenciadas, nas quais umas auxiliam as outras no

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seu desenvolvimento. Mais tarde esse conceito seria estendido à teoria geral do

desenvolvimento e da aprendizagem.

28 - ÁREAS DESENVOLVIDAS

28.1 Áreas: Cognitiva, Linguagem, Social, Emocional e motora.

A dimensão cognitiva diz respeito a tudo o que seja relacionado ao raciocínio,

memória, operações mentais, comparações, análise, síntese, julgamento, escolha,

resolução de problemas, coerência, ética.

Já a emocional diz respeito a tudo o que seja relacionado ao sentimento,

todas as emoções, necessidades de amar e ser amado, de dar e de receber, de ser

aceito, querido, prezado, considerado útil, bom e de grande valor.

Na área da linguagem as atividades verbais são importantes para conduzir a

criança a expressar-se com desinibição, espontaneidade, a ir fazer entender e a

satisfazer seus anseios e desejos. É através do treino da linguagem oral que os

alunos adquirem o hábito de ouvir, falar e organizar o pensamento.

A área social está relacionada ao convívio com as outras pessoas, com a

necessidade de comunicação e de pertença a uma comunidade, regras sociais

estabelecidas, interações as mais variadas, e as “entrelinhas” do comportamento

social.

Entretanto, a área motora trabalha a capacidade de manter o equilíbrio motor

geral e fino e de se movimentar ritmicamente, assim conhecendo seu corpo num

todo.

28.2. Objetivos:

- Perceber a ausência e presença de sons.

- Diferenciar sons e reconhecer objetos que emitem sons, identificando-os.

- Perceber a presença a ausência de estímulos visuais.

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- Identificar a diferença entre claro e escuro.

- Distinguir diferentes sabores (gustativa), fazendo a correspondência com o

alimento.

- Identificar odores de objetos, de local e de alimento.

- Desenvolver mobilidade com mãos.

- Identificar objetos pela percepção.

- Perceber a diferença de figuras.

- Ouvir e compreender histórias.

- Dramatizar histórias e situações reais ou imaginárias.

- Participar de diálogos.

- Empregar novas palavras no seu vocabulário.

- Desenvolver habilidades de compor oralmente e memorizar.

- Atender ordens simples ou complexas.

- Reconhecer o seu nome, endereço...

- Comportar-se ao público.

- Participar de comemorações sociais e cívicas.

-Adquirir hábitos de cortesia.

- Ter boas maneiras a mesa.

- Relacionar-se adequadamente com os colegas e demais funcionários.

- Aceitar suas limitações e as possibilidades, valorizando-se.

- Identificar e nomear as diferentes partes do corpo.

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- Dominar as habilidades motoras e viso motor específicas, como: piscar,

rasgar, amassar, alisar, recortar, dobrar, encaixar, enfiar, abrir e fechar.

28.3 Conteúdo

- Linguagem

- Histórias

- Diálogos

- Vocabulário

- Ordem simples e complexa

- Dramatizações

- Cognitiva

- Presença e ausência de sons

- Presença e ausência de estímulos visuais

- Diferença entre o claro e o escuro

- Hábitos de polidez

28.4 Percepções:

- Olfativa, visual, auditiva, gustativa e tátil

- Orientação temporal e espacial social:

- Socialização do aluno com si mesmo, com a escola e família

- Noções de fatos da vida diária

- Reconhecimento das dependências da escola

- Bons hábitos sociais

- Emocional

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- Auto- aceitação

- Auto- identificação

- Adequação de comportamento

- Motora

- Viso - motora e motora fina.

- Colagem

- Pintura

- Rasgadura (mosaico)

- Dobradura

- Pintura

- Alinhavo

- Recorte com tesoura

- Exercícios grafos motores

- Movimento de pinça

- Fazer bolinhas

- Amassar papel

- Jogos de encaixe

- Quebra-cabeça

- Música

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29 - METODOLOGIA

O desenvolvimento dos conteúdos dar-se-á de forma que envolva o aluno

com materiais concretos, apresentando uma construção continua evidenciando a

natureza e a extensão da problemática do educando, seu perfil de desenvolvimento,

compreendendo habilidades, potencialidades, interesses, dificuldades e necessidades

educativas especiais.

30 - AVALIAÇÃO

Será feita através de observação e participação, sendo diagnóstica, a fim de

promover uma consciência comum do desenvolvimento e das dificuldades do aluno.

31- EDUCAÇÃO INFANTIL

31.1 Educação Pré-escolar

A educação pré-escolar realiza-se em complementação à ação da família,

sendo considerada um direito da criança, conquanto não efetivada como obrigatória

nos sistemas educacionais. Desse modo, são incipientes as ofertas nas cidades

brasileiras.

A proposta da APAE Educadora inclui o pré-escolar na sua proposta

pedagógica por reconhecer e relevar a importância do processo educacional nos

primeiros anos de vida e no desenvolvimento da criança. Essa relevância torna-se

mais significativa quando a criança é portadora de deficiência(s). Neste caso, além de

natureza educativa, confere-se ao programa um caráter preventivo.

Na escola especial da APAE educadora, são elegíveis para ingressar na

educação pré-escolar, crianças:

- egressas do programa de educação precoce da Escola APAE e de outras

instituições;

- com deficiência mental associada, ou não, a outras deficiências;

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- com atraso no desenvolvimento, caso não existam pré-escolas na comunidade.

A educação pré-escolar proposta pela APAE Educadora orienta-se pelo

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC/SEE, 1998) e por

outras literaturas do gênero. Recomendando-se a proposição de um currículo flexível,

com ajustes necessários que atendam, também, às peculiaridades das crianças.

Caso necessário, o programa pedagógico pode ser complementado com

atendimentos especializados nas áreas emocional, cognitiva, psicomotora,

fonoaudiológica comportamental, fisioterápica, etc.

Ao finalizar a educação pré-escolar, o aluno, mediante um processo

avaliativo, poderá ser encaminhado para o ensino fundamental nas escolas regulares

da comunidade. Se indicado pela avaliação ele pode permanecer matriculado na

escola especial da APAE para continuidade de seu processo educacional.

Recomenda-se que o currículo, a avaliação e o programa pedagógico para

alunos com múltipla deficiência contemplem adaptações, ajustes e/ou

complementações que possibilitem a aprendizagem significativa e a participação do

aluno em todas as atividades escolares.

Cabe ressaltar que a inclusão escolar dos alunos poderá ser efetuada a

qualquer momento, mediante documento de transferência para pré-escola da rede

regular de ensino. Recomenda-se que os critérios especificados no Referencial

Curricular Nacional pra a Educação Infantil (MEC/SEF, 1998, vol. 1.p.37) sejam

observados, ao proceder à inclusão escolar do aluno:

- Condições e potencialidades de cada criança;

- Idade cronológica;

- Disponibilidade de recursos humanos e materiais existentes na comunidade;

- Condições socioeconômicas e culturais da região;

- Estágio de desenvolvimento dos serviços de educação especial implantados nas

unidades federadas.

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32- ENSINO FUNDAMENTAL

Art.74 O Ensino Fundamental constitui nível de ensino obrigatório e gratuito para o

desenvolvimento da capacidade de aprender e a formação de atitudes e valores

para a vida por meio:

I. da aprendizagem de leitura, escrita e cálculo;

II. da compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, de tecnologia,

das artes, dos esportes e dos valores que fundamentam a sociedade;

III. do fortalecimento dos vínculos familiares, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social;

I. da educação para a liberdade, para a participação na vida

da família e da sociedade, para a independência e para o d

II. desenvolvimento do potencial.

Art.75 O Ensino Fundamental ofertado pela escola especial será desenvolvido no

programa de Educação Escolar e tem por finalidade o desenvolvimento de objetivos,

conteúdos e estratégias metodológicas correspondentes ao 1º ciclo do Ensino

Fundamental;

Art. 76 A faixa etária dos alunos que freqüentam o Programa de Educação Escolar

no Ensino Fundamental é de 6 a 16 anos, de acordo com a Resolução 3616/08 –

SEED/PR;

Art. 77 As disciplinas são as mesmas que compreendem o núcleo comum do Ensino

Fundamental – Fase I, com adaptações curriculares de médio e grande porte, de

acordo com a necessidade do aluno;

Art. 78 O currículo desse nível de ensino está em consonância às capacidades de

ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social, tendo em

vista uma formação ampla.

Art. 79 Ao aluno, cujo comprometimento não permite o pleno domínio da leitura,

oralidade, escrita e cálculo, será desenvolvido um currículo funcional, podendo

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demonstrar sua capacidade de aprender por formas diferentes de expressão como

desenho, expressão corporal, linguagem, comunicação alternativa, pintura, entre

outros.

Art. 80 As Adaptações Curriculares são realizadas sempre que as condições dos

alunos assim a exigirem, com base no reconhecimento da diversidade e na

necessidade de respeitar e atender essa especificidade. Em vários casos são feitas

adaptações curriculares de médio e grande porte para atender as especificidades

dos alunos.

Art. 81 A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” deverá reavaliar seus alunos

no final do ano letivo, visando sempre que possível, o encaminhamento destes para

a classe comum da rede pública de ensino, com anuência da família e

acompanhamento da equipe técnica pedagógico da Educação Especial dos Núcleos

Regionais de Educação, conforme Art. 21 da Resolução 3616/08.

O programa objetiva a formação integral do aluno por meio de sua

escolarização. Contempla o 1º ciclo do Ensino Fundamental do que tem por base

para construção de seus objetivos e definição de conteúdos a partir das bibliografias

elencadas para essa etapa da educação básica com as devidas adaptações

curriculares e complementares que se fizeram necessárias, bem como o

desenvolvimento de currículos funcionais de acordo com as necessidades e

peculiaridades dos educandos.

- São elegíveis para o ingresso na fase I do ensino fundamental educando

com deficiência mental:

- Egressos da pré-escola de outras instituições especializadas; oriundos da

comunidade com deficiência mental e outras associadas a esta;

No programa de escolarização da fase I do ensino fundamental, o aluno

poderá ser transferido para as escolas comuns do ensino regular para

prosseguimento de sua escolarização. Se indicado pelo processo avaliativo, poderá

receber da escola especial atendimento de apoio especializado, psicopedagógico,

bem como beneficiar-se de outros serviços disponíveis na entidade. É importante

considerar, na transferência do aluno para o ensino regular, a observância do sistema

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de progressão adotado pela escola que receber o aluno, de modo a adequá-lo ao

sistema de avaliação da referida escola. Nesse caso, a terminalidade específica será

concedida pela escola regular que receber o aluno.

O ensino fundamental consolida-se na LDB (1996) como segunda etapa da

educação básica e realiza-se por meio de conteúdos curriculares que integram

conhecimentos úteis ao exercício da cidadania, incorporados a valores éticos e

estéticos e que contemplem a auto-estima do aluno e atitudes adequadas ao convívio

social. Enfim, currículos que façam com que o educando comprometa-se com

posturas relevantes para sua vida pessoal e coletiva.

Na estrutura operacional funcional (fig 04) proposta pela APAE Educadora, o

ensino fundamental realiza-se:

Fase I – por meio do ciclo da escolarização inicial para os educandos na

faixa etária de seis a catorze anos de idade;

Fase II – Por meio do ciclo de escolarização e profissionalização com a

oferta dos programas pedagógicos específicos, de modo interdisciplinar com a área

de formação profissional.

32.1 - Objetivos

Visar o desenvolvimento global e harmônico do educando, de acordo com

suas necessidades físicas e psicológicas nesse momento de sua vida inseridas em

sua cultura e em sua comunidade.

Tomar a realidade das crianças como ponto de partida para o trabalho,

reconhecendo sua diversidade;

Observar as ações infantis e as interações entre as crianças, valorizando

essas atividades;

Confiar nas possibilidades que todas as crianças têm de se desenvolver e

aprender, promovendo a construção de sua auto-imagem positiva;

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Propor atividades com sentido, reais e desafiadoras para as crianças, que

sejam, pois, simultaneamente significativas e prazerosas, incentivando sempre a

descoberta, a criatividade e a criatividade;

Fornecer a ampliação do processo de construção dos conhecimentos,

valorizando o acesso aos conhecimentos do mundo físico e social;

Enfatizar a participação e a ajuda mútua, possibilitando a construção da

autonomia e da cooperação.

Consciência fonológica: Habilidade de manipular os seguimentos da fala são

aspectos fundamentais para a aquisição da leitura e escrita.

- consciência de palavras;

- consciência de rimas;

- consciência de sílabas;

- consciência de fonemas.

Conhecimentos de correspondências grafo fonêmica em sistemático de letra e som.

São ensinadas tais correspondências uma a uma de forma clara e sistemática na

introdução de letras e dígrafos.

Produção e interpretação de texto: objetivo final da alfabetização iniciados apenas

após as crianças já terem adquirido algumas habilidades essenciais nos níveis da

letra e da palavra.

- Reconhecer conceitos básicos da matemática;

- Reconhecer número e numeral;

Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas, com base

na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem oral, de registros

informais e da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática.

32.2 - Metodologia

A metodologia usada para alfabetização da pessoa com deficiência é o

Método Fônico de Alfabetização, baseado nas instruções de Capovilla, as atividades

são realizadas através de forma sistêmica e gradativa em um ambiente exclusivo ao

conteúdo trabalhado para que o aluno se desenvolva satisfatoriamente.

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É no decorrer das atividades que o educando incorpora os dados e relações e

é enfrentado desafios e trocas de informações umas com as outras, realizando

atividades com material concreto.

Além desses, deve-se valorizar as conversas informais, histórias, desenhos,

músicas, livros e muitos jogos para um bom desenvolvimento do educando. Criar

“dificuldades” e “problemas” para que a criança possa ter um espaço criativo,

permitindo a diversificação e ampliação de suas experiências, valorizando a iniciativa,

curiosidade e inventividade da criança e promovendo a sua autonomia.

32.3 - Avaliação

A avaliação realizar-se-á através de observação e participação sendo um

processo contínuo e individualizado.

O processo de avaliação deverá implicar na aceitação do educando com suas

possibilidades de realização, sem a preocupação de enquadrá-lo em modelos rígidos

preestabelecidos.

54.6 - Ensalamento

Os encaminhamentos dos alunos para a Escola Especial normalmente é feito

pelos órgãos educacionais, por outras escolas, pela saúde ou por indicações da

comunidade.

Após avaliação diagnóstica e comprovada a necessidade de atendimento

especial o aluno é devidamente matriculado, sendo que a mesma é efetivada após a

entrega de todos os documentos exigidos pela escola.

Internamente esses documentos são arquivados, de forma que todos tenham

acesso aos mesmos. Os documentos necessários a pasta individual do aluno são:

Certidão de nascimento, ficha de matricula, anamnese do aluno, relatório dos

profissionais e instituições anteriores que trabalharam com a criança.

O número de alunos para cada Professor é de no número 06 e o máximo 15

alunos, e são distribuídos de forma mais homogênea possível, respeitando a idade

cronológica e o programa a ser inserido.

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55 - SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: NA ESCOLA E DA ESCOLA

Para ingresso em programas de Educação Especial é indispensável que o

educando seja submetido a avaliação diagnóstica realizada por equipe constituída

por profissionais habilitados.

O processo de avaliação diagnóstica visa investigar o funcionamento global

do educando, identificando a natureza e a extensão das dificuldades fornecendo

dados que se relacionam do modo pelo qual o educando aprende e indicando meios

pelos quais a excepcionalidade pode ser educacionalmente abordada. O diagnóstico

deverá ser elaborado por equipe multidisciplinar, podendo envolver pareceres de

profissionais em várias áreas tais como: médico, psicólogo, fonoaudiólogo, professor,

assistente social, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta que, através da utilização de

instrumentos formais e informais de avaliação, emitem parecer sobre o desempenho

do educando nas diversas áreas de comportamento que incluem: acuidade sensorial,

habilidade mental, linguagem, comportamento visual, desenvolvimento motor,

maturidade emocional e social e habilidades acadêmicas. Os dados obtidos pelos

profissionais da equipe de avaliação constituem elementos essenciais que permitem

uma visão clara e objetiva das dificuldades dos educandos em cada área e

possibilitam o estabelecimento da programação terapeutico-educacional a ser adota

da pela escola e pela família.

O encaminhamento do educando para a avaliação diagnóstica é realizado

pela família, nela são observados desde os primeiros anos de vida sinais

significativos de distúrbios no desenvolvimento da criança.

Antes da idade escolar, são encaminhados também através da Assistente

Social do Município, Pastoral da criança, agentes de saúde e comunidade em geral.

Os educandos com deficiência leve, os quais são identificados no ambiente

escolar, especialmente nas primeiras séries, sendo nesses casos, responsabilidade

da escola alertar a família e em conjunto serem tomadas a providências quanto ao

encaminhamento da criança para a avaliação diagnóstica.

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A avaliação é um processo continuo que acontece sistematicamente pôr

todos os profissionais que atuam com a criança.

Os dados da avaliação são registrados e fornecidos para todos os que atuam

com a criança. Fornecemos também ficha de avaliação semestral para o professor,

onde este registra as modificações e evoluções que vem sendo observados em seu

educando.

56 - RECURSOS HUMANOS

A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” possui convênio com a

SEED/DEEIN (Amparo Técnico) hoje consta com 13 professores QPM e 03

Professores Conveniados.

A sua estrutura fica assim distribuída:

- Direção;

- Vice – Direção;

- Equipe Administrativa;

- Equipe Pedagógica;

- Professores

- Instrutor;

- Atendentes;

- Auxiliares de Serviços Gerais;

- Alunos

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PROPOSTA CURRICULAR

33 - ENSINO FUNDAMENTAL – 06 À 15 ANOS

ALFABETIZAÇÃO ESPECIALIZADA FASE I

Fundamentos Teóricos

33.1 Língua Portuguesa:

A língua portuguesa é a base fundamental que nos leva a interagir com o meio

social e termos uma visão mais ampla do mundo.

A fala, a leitura e a escrita são manifestações de um mesmo sistema, que é o

sistema funcional de linguagem. A linguagem sistematiza a experiência direta das

crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo,

reorganizando os processos que nele estão em andamento, exercendo papel

fundamental no processo de interpretação do mundo pelo sujeito, onde modela seus

pensamentos, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e atos.

33.2 Objetivos

.Utilizar a linguagem p/ expressar sentimentos, experiências e idéias, acolhendo,

interpretando e considerando os das outras pessoas e respeitando os diferentes

modos de falar.

.Compreender a função da escrita como mais uma forma de comunicar-se e

conhecer e participar modos de falar.

.Ler e escrever os grafismos que simbolizam cada letra.

.Associar os diferentes formando fonemas, palavras e frases.

.Conhecer regras básicas de acentuação, pontuação e escrita.

.Adquirir o hábito e o gosto pela leitura.

.Contar em síntese as leituras de seus livros.

.Produzir textos escritos c/ coerência e seqüência lógica em função do

desenvolvimento da escrita.

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33.3 Oralidade

-Diálogos não verbal e verbal

-Histórias

-Expressão gestual

-Leitura

-Ordens simples e complexas

-Música

-Recados e avisos

-Sons onomatopaicos

-Exposições de idéias

-Gravuras

-Cantar

-Quebra-cabeça

-Dramatização e mímicas

-Exploração de ritmo e rimo das palavras

-Relato de desenhos, filmes, brincadeiras, jogos, historias familiares e do cotidiano.

-Expressões de cortesia

-Leitura

-Jornais

-Revistas

-Rótulos

-Bulas e receitas

-Pesquisa

-Livros infantis

-Jogos: gravura/palavra-palavra/palavra

-Cartelas para leitura

-Jogos de encaixe

-Leitura de textos produzidos em parceria (professor e aluno)

-Escritas

-Escrita de cartas, bilhetes e cartões

-Pesquisa de palavras

-Recorte

-Colagem

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-Poemas

-Canções

-Histórias

-Alfabeto de mesa

-Cartelas para produção de textos

-Cartaz alfabético

-Pintura

-Montagem de sílabas

-Ditado

33.4 Metodologia

Valorizar o treino de habilidades, tais como discriminação visual e auditiva

coordenação motora etc... Tais práticas estão muito presentes em nossas escolas e

tem por objetivo preparar o aluno para a fase posterior; aprender a ler e escrever.

Pressupõe-se que, agindo assim, o aluno irá adquirir a tal falada prontidão para o

domínio da linguagem escrita. A criança realizará atividades, que se relacionem c/ a

observação e escrita do próprio nome, até aquelas que envolvam o material escrito

como: rótulos, revistas, jornais, audição de histórias, poemas, noticias, leituras

dirigidas de textos criados pelos alunos, desenhos. É preciso criar em sala

aprendizagem: a interação estimula a aprendizagem, a linguagem muda a natureza

da tarefa, cognitiva, o trabalho escolar se institui como elemento necessário para a

situação de aprendizagem e o diálogo é o meio de efetivação da parceria necessária

para aprendizagem.

“ Ensinar é criar condições intelectuais para a criança”.

33.5 Avaliação

A avaliação será feita através de observação e participação sendo um

processo contínuo e individualizado.

O processo de avaliação deverá implicar na aceitação do educando com suas

possibilidades de realização, sem a preocupação de enquadrá-lo em modelos rígidos

preestabelecidos.

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33.6 Matemática

Tanto no campo da Língua, bem como no da matemática, as crianças precisam

ser estimuladas para que possam dominar estratégias espontâneas e para poderem

ampliá-la e usá-las de maneira consistente. Nesta perspectiva entendemos que a

matemática, como parte do conjunto de conhecimentos científicos, é um bem

cultural construído nas relações do homem com o mundo em que vive e no interior

das relações sociais.

33.7 objetivos:

.Reconhecer conceitos básicos da matemática.

.Identificar alguns termos que expressem: espessura, tamanho, altura, quantidade,

comprimento, semelhança, posição no espaço, massa e temperatura.

.Diferenciar formas geométricas: círculo, qualidade e triângulo

.Distinguir as cores Primárias

.Comprar conjuntos através de correspondência biunívoca

.Reconhecer número e numeral

.Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas, com

base na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem oral, de registros

informais e da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática.

.Reconhecer a unidade monetária nacional e as diversas formas de seu uso.

.Dominar técnicas operatórias de adição, subtração, multiplicação, divisão.

33.8 Conteúdo

-Quantidade

-Tamanho

-Posição

-Distancia

-Formas geométricas

-Numerais

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-Adição

-Subtração

-Multiplicação

-Divisão

-Cores Primárias e Secundárias

-Agrupamentos

-Conjuntos

-Moeda

-Sinais de = e #

-Sucessor e Antecessor

-Expessura ( fino-grosso)

-Comprimento

34 - METODOLOGIA

A construção do concerto matemático na alfabetização deve ser iniciada através

de situações “reais” que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem

algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber e que a escola

promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado.

A aprendizagem dos conhecimentos matemáticos é adquirida através dos

conceitos referentes ao número e ao espaço e vão sendo fortalecidos os diferentes

procedimentos: discriminar, analisar, generalizar, reunir. A construção do conceito

matemático na alfabetização deve ser iniciada através ouvir, verbalizar, representar

etc... A criança deve viver rodeada de pessoas e objetos que podem ser tocadas,

mexidos, organizados, e ela própria pode orientar-se em relação a eles. Dentro

desse meio da interação a criança começa a agrupar os objetos, nesse contato com

o material concreto, observará as diferenças e conseguirá e conseguirá resolver os

problemas.

34.1 Avaliação

Será feita através de observação e participação, sendo diagnostica, a fim de

promover uma consciência comum do desenvolvimento e das dificuldades do aluno.

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25 – GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O currículo de Geografia deve ser trabalhado em espiral desde a Educação

Infantil até o Ensino Médio através da observação e interpretação dos aspectos

geográficos, políticos, sociais e éticos. Objetiva propiciar a compreensão dessas

estruturas, desenvolvendo a capacidade de analisar, pensar e intervir no meio de

forma a valorizar o ser humano, sua cultura, questionar o sistema político,

econômico, social e tecnológico. Através de constantes informações, de forma

interdisciplinar, busca desenvolver projetos que visem possibilitar complexas

relações para um maior conhecimento do mundo, levando o aluno a ter consciência

de sua identidade, da importância do meio ambiente, de cidadania e da ética de

forma crítica.

A partir do Ensino Fundamental a geografia capacita o educando a exercitar

suas aptidões de forma, a interpretar, na paisagem geográfica, a intervenção

humana.

Através da observação global do planeta e a compreensão de que o educando

se insere no meio em que vive é propiciar-se a criação de atitudes que possam ser

de respeito e de preservação. Conhecendo e refletindo sobre o espaço, construirá

uma visão abrangente, possibilitando uma análise crítica e consciente da realidade.

A escola deve oportunizar a leitura nos aspectos político, econômico, cultural e

ético, extraindo dessa percepção, ferramentas necessárias para a compreensão

global e local das transformações sócio ambientais.

25.1- OBJETIVOS GERAIS

Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão de

como as paisagens, os lugares e os territórios se constroem;

.Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas

conseqüências em diferentes espaços e tempos de modo que construa referenciais

que possibilitem uma participação positiva e reativa nas questões sócio-ambientais

locais;

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Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos

estudados em suas dinâmicas e interações;

Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da geografia para

compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,

identificando suas relações, problemas e contradições.

25.2 - METODOLOGIA

Considerando que o aprendizado é um processo e que o mesmo envolve a

reflexão e o desenvolvimento do raciocínio lógico, não podemos perder de vista,

entretanto, que para alcançar esses objetivos há a necessidade de estímulos

permanentes.

A abordagem dos conteúdos da geografia deve colocar-se na perspectiva da

leitura da paisagem, permitindo o conhecimento do espaço geográfico, que serão

trabalhados através de:

Elaboração de textos a partir de imagens;

Estudo dirigido de texto; propiciando a desinibição dos alunos, promovendo

uma maior desenvoltura na socialização dos conhecimentos adquiridos;

Pesquisa de campo para posterior contextualização e debates e cartazes

sobre o ambiente;

Uso de filmes, para provocar discussões, estimular análise, além de permitir

que os alunos expressem suas opiniões e sentimentos;

Composição de melodias de músicas, paródias, letras através dos assuntos

abordados;

Exposições de feiras para desenvolver a participação em grupos, promover a

integração à cooperação e a criatividade entre alunos;

Aula expositiva, dialogada através de diálogos constantes, usando globos,

mapas, maquetes, slides e transparências e multimídia.

24.3 - AVALIAÇÃO:

No processo de ensino-aprendizagem escolar, a avaliação se inicia

quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a

se evidenciar durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a

avaliação ao final de um período de trabalho é o resultado tanto de um

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acompanhamento continuo e sistemático pelo professor como de momento

especifico de formalização, ou seja, a demonstração de que as metas de

formação de cada etapa foram alcançadas. Seja em função de uma visão

prática ou teórica, objetiva ou subjetiva, o que precisa ficar claro nesse

processo e que a avaliação é um instrumento que tem por objetivo aumentar as

potencialidades do próprio aluno. Deve-se deixar bem claro que essa

conscientização o tornará mais critico e perceptivo não só na resolução de

problemas referentes ao âmbito escolar, mas também em relação àqueles que

aparecem no cotidiano e que, para serem solucionados, necessitam

implicitamente desses conhecimentos adquiridos. A avaliação é sempre um

desafio no esboçar de um currículo. Embora fonte de muitos estudos e

pesquisas, tem ainda diferentes modalidades, entre as quais citamos:

Avaliação do processo, de produto, formativa, diagnóstica, etc. A concepção de

ensino-aprendizagem bem como as escolhas pedagógicas, definição de

objetivos e conteúdos de ensino estão intimamente ligados à forma de avaliar.

Se pensarmos na avaliação diagnóstica, então, avalie-se para agir. O ato de

avaliar, nesta concepção, implica dois processos articulados e indissociáveis:

Diagnosticar e decidir. Dessa maneira a avaliação só se completará com a

tomada de decisão do que fazer com a situação diagnosticada.

Como na aprendizagem escolar o erro é considerado um caminho para

buscar o acerto, todo o diagnóstico feito diariamente deve servir como ponto de

partida para o trabalho em sala de aula. Sendo que a revisão e retomada dos

conteúdos deve ser utilizada sempre que necessário.

26 – CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O estudo das Ciências Biológicas ajuda na compreensão do mundo e suas

transformações, permitindo que nos reconheçamos como parte integrante do

universo. Por meio desse saber podemos questionar, criticar o que vemos, e refletir

sobre as questões éticas que estão implícitas na relação entre a Ciência e a

sociedade.

A busca de um viver equilibrado relaciona-se com o conhecimento do ambiente

onde o ser humano interage como ser biológico que é, a fim de usufruir de

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condições necessárias à integração com o seu meio, o que promove a melhoria da

qualidade de vida.

Para isto a escola procura valorizar a vivência do aluno trabalhando a

compreensão das interações dos seres vivos com o meio não pode ser entendida

como o fim, mas como o princípio, como base para o desenvolvimento de um senso

crítico e, acima de tudo atuante, podendo fazer desta vivência um aprendizado,

ponderando e questionando a própria existência e a interdependência de todos os

organismos biológicos, seus fenômenos, causas e conseqüências.

Dentro desse conceito, os fundamentos Vygotskyanos, têm evidentes

implicações educacionais, o que se torna mais claro quando nos é dito que "a

disciplina formal dos conceitos científicos transforma gradualmente a estrutura dos

conceitos cotidianos da criança e ajuda a organizá-la num sistema: isso promove a

ascensão da criança para níveis mais elevados do desenvolvimento" (Vygotsky,

1989).

26.1 - OBJETIVOS GERAIS

Possibilitar a criança à compreensão da importância das Ciências na

resolução de questões vitais como saúde, alimentação, urbanização, higiene e

meio ambiente, levando-a a questionar e formular problemas buscando suas

respostas por meio da observação, comparação e experimentação, executando

investigações, fazendo análise de dados e criticando conclusões.

Permitir a compreensão de conceitos científicos e métodos próprios da

ciência desenvolvendo uma atitude científica onde a curiosidade e fascinação

da criança em relação a problemas relativos ao funcionamento do seu próprio

corpo, à natureza e animais, ao universo e à tecnologia em atividades que

permitam o contato com objetos estudados diretamente ou através dos meios

de comunicação.

26.2 - METODOLOGIA

O processo de ensino e de aprendizagem de Ciências deve valorizar a dúvida,

a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e

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incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos,

priorizando-se a sua função social.

A leitura e análise crítica da realidade social possibilita um novo

encaminhamento pedagógico, a medida que, propõe partir desta realidade como um

todo para a especificidade teórico-prática da sala de aula.

Também é consensual a idéia de que não existe um único caminho para a

construção do conhecimento de determinada disciplina, por essa razão, o trabalho

pedagógico que efetivamente o professor deve desempenhar deve ser interativo e

envolver outras dimensões, como: observação, diálogo, participações em discussões

coletivas e leitura autônoma, utilizando-se para isso, as seguintes estratégias:

Aulas práticas (experimentação com base em desafios constantes,

lançados pelo professor: as certezas estabelecidas do aluno, sobre o mundo e sobre

si próprio) combinando elementos e material teórico;

Pesquisa de campo (com orientação do professor, diálogo constante e

avaliação durante o decorrer da mesma);

Aulas demonstrativas (com questionamentos, confrontos entre

colocações feitas pelos alunos, da mesma).

Elaboração e análise de textos (exercício de produção escrita, da

criação do pensamento, da liberdade de expressão do argumento científico, etc);

Visitas (para o conhecimento de locais que possam auxiliar na

compreensão de determinados conteúdos ensinados em sala de aula);

Entrevistas (troca de informações, enriquecimento cultural, etc).

Recursos tecnológicos como: análises de vídeos, programas na TV

Escola, Teleconferências, filmes ilustrativos.

Trabalhos em equipe

Utilização de jogos

Desenvolvimento de projetos envolvendo vários temas como: Drogas,

Sexualidade, Meio ambiente.

26.3 - AVALIAÇÃO

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem

possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,

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contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram

dos conteúdos tratados.

Por esse motivo a avaliação deve ser um processo contínuo e sistemático,

sendo constante e planejada, fornecendo retorno ao professor, permitindo a

recuperação do aluno. Deve permitir verificar se os objetivos previstos estão sendo

atingidos. È integral, pois deverá considerar o aluno como um todo, ou seja, não

apenas os aspectos cognitivos deverão ser analisados, mas igualmente os

comportamentais e as habilidades psicomotoras. Para tanto, devem ser propostas

atividades que verifiquem o desempenho dos alunos em seu dia-a-dia, considerando

seu interesse, sua responsabilidade, sua curiosidade, sua capacidade de observar e

investigar, discutir idéias, pesquisar, formar conceitos, buscar novos conhecimentos.

Utilizando-se para isso, vários instrumentos, como:

- Exercícios escritos;

- Prova escrita com questões de múltipla escolha;

- Prova oral;

- Auto-avaliação;

- Trabalhos de pesquisa;

- Tarefas em classe e em casa;

- Trabalho integrado – em conjunto com outras disciplinas

- Participação do aluno nas aulas;

- Relatórios referentes as atividades trabalhadas

27 – HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O trabalho de história é concebido como a compreensão da trajetória, humana

ao longo do tempo. A história enquanto ciência social busca localizar no contexto da

sociedade, a matéria prima para compor o seu trabalho.

Com o objetivo de levar os alunos ao conhecimento de que os homens estão

inseridos em um espaço e tempo no qual se reproduzem às relações sociais, busca-

se sua humanização numa interação social.

Os conteúdos da história do Paraná, do Brasil, da América e do mundo estão

agrupados separadamente, a fim de permitir a especificação de acontecimentos

históricos. Aparecem em uma seqüência que pretende expor a importância que as

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histórias brasileira, americana, européia e africana possuem para a compreensão

das dimensões históricas da realidade social dos alunos. Isso não significa que os

diferentes contextos devam ser estudados em momentos distintos ou seguindo uma

seqüência de hierarquia espacial. Prevalecem os estudos de forma integrada e nas

relações do tempo, as reflexões sobre as contradições sociais e sobre os processos

históricos contínuos e descontínuos.

Partindo desses pressupostos no ensino fundamental os conteúdos de história

são desenvolvidos de forma mais específica, correlacionando a interdisciplinarmente

com as demais áreas do saber. Nesta fase do conhecimento histórico é incentivada

a valorização do domínio de conceitos, visando favorecer compreensão e reflexão

histórica. O fato de reter uma informação por si só não implica no entendimento de

um episódio histórico; os dados informativos são importantes, mas precisam estar

acompanhados da compreensão dos conceitos envolvidos na referida situação.

Assim, pouco adianta aos alunos saber que Esparta e Atenas se aliaram para

enfrentar os persas, se eles não entenderem em que consiste uma aliança por que

pessoas, grupos ou países se aliam em determinadas circunstâncias, as alianças

nem sempre se dão entre iguais, o que pode gerar resultados desiguais para as

partes. E, por defender-se o domínio dos conceitos como algo da maior relevância

para o estudo de história, dedica-se muita atenção ao desenvolvimento das

habilidades operatórias: identificar, caracterizar, comparar, sintetizar, listar e

relacionar.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

Todas as disciplinas devem incluir, de forma interdisciplinar, os conteúdos

étnico–raciais, que devem trabalhar com as diversidades culturais explorando as

diferenças etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade,

possibilitando a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de seu lugar, de suas

experiências de vida, de suas lutas diárias. Propondo ações afirmativas trazendo à

tona a diversidade.

27.1 - OBJETIVOS GERAIS

Reconhecer-se como sujeito histórico que ocupa um lugar na sociedade em

que vive e que, como tal, desempenha também um papel na vida coletiva;

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Comparar as temporalidades (presente e passado), bem como as

semelhanças e diferenças, permanências e mudanças que se efetivam na vida

coletiva;

Caracterizar as sociedades nos seus aspectos sociais, políticos, econômicos,

culturais e religiosos;

Valorizar as diversidades étnicas, culturais entre os povos, em diferentes

tempos e espaços, assumindo uma postura de oposição a todos; e quaisquer

práticas sociais que incitem preconceitos e discriminações (religiosas, étnica,

política, ideologias e de gênero);

Conhecer a história da sociedade brasileira e paranaense, bem como a

contribuição dos diferentes grupos que a constituíram ao longo do tempo.

27.2 - METODOLOGIA

A metodologia desenvolvida terá no professor um mediador entre o aluno e o

mundo do conhecimento, necessitando para isso ter clareza do processo de

produção do conhecimento histórico, rompendo com a história que somente

privilegia o factual e a memorização. O aluno deve perceber-se como agente

histórico e assim perceber que suas atitudes individual ou coletivamente formam e

modificam a sociedade na qual está inserida.

A história concebe o mundo contemporâneo como resultado de processos de

permanências ou transformações realizadas pelo homem. O Conteúdo, portanto,

não pode ser entendido como acabado, é o primeiro passo em direção ao

aprofundamento, a dúvida, a interpretação e análise.

Metodologicamente buscar-se-á contemplar o ensino de história da seguinte

forma:

Ter como ponto de partida o tempo presente, refletindo-se sobre temas

significativos à vivência do aluno;

Problematizar o conteúdo a ser trabalhado, desenvolvendo a capacidade de

refletir, discutir, argumentar e propor soluções para as questões em debate. Deve-se

questionar o presente e o passado de tal maneira que os alunos adquiram a postura

de inquirir, pesquisar, criticar e não aceitar respostas prontas e o mundo como

natural e definitivo;

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Desenvolver o espírito de investigação, trabalhando a pesquisa, em que o

aluno coleta dados para que seja realizada uma reflexão sobre eles;

Desenvolver hábitos de leitura, interpretação, argumentação e exposição de

idéias, amparadas em pressupostos consistentes.

Para viabilizar essa proposta propõem-se atividades integradas aos

conteúdos, em situações diversificadas: ora como pesquisa, ora como discussão,

ora com levantamento de hipóteses,ora com outras leituras.

27.3- AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político Pedagógico da Escola, a avaliação deverá

ser diagnóstica propiciando a reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem

levando à decisão de novas ações. É importante ainda estabelecer o que é

necessário para que os alunos dominem para que possam avançar o caminho da

aquisição de conhecimento.

A avaliação da aprendizagem se realizará mediante verificações consistindo

de provas, trabalhos em sala de aula e/ou domicílio, projetos orientados,

experimentações práticas, entrevistas ou outros instrumentos, considerando uma

avaliação progressiva ao longo do bimestre/ano.

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as

hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem

no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação não deve mensurar

simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter caráter diagnostico e

possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo

sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atar no processo de

aprendizagem dos alunos.

Nesse sentido, deverá considerar os objetivos e as metodologias para o

ensino de História que propõem um trabalho reflexivo sobre os processos de

formação das sociedades. Deverá considerar também a possibilidade de formação

de síntese com base na leitura e interpretação de documentos, permitindo aos

alunos terem contato com a natureza do trabalho do historiador.

A avaliação terá como objetivo o desenvolvimento da reflexão, analise e

interpretação de textos, discussão de temáticas e elaboração de textos.

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52- EDUCAÇÃO FÍSICA

52.1 - Fundamentação Teórica

A prática da Educação Física deverá ser incluída no Programa de educação

complementar, objetivando o desenvolvimento e ou aperfeiçoamento motor, aquisição

e reestruturação de hábitos e atitudes ou ainda o equilíbrio de tensões.

Como sabemos a prática de educação física além de extremamente

gratificante, proporcionar aos indivíduos a manutenção da saúde física e até mental,

através de exercícios, jogos, etc. Em se tratando de pessoas deficiente essas

características tomam maiores proporções uma vez que a sua fragilidade física

,mental e social tendem a torna-los arredios um vitorioso é habilidade de extrema

dificuldade e no entanto de relevada importância para nossa vida . Pois em todos os

momentos estamos competindo, vencendo ou perdendo, quem na vida familiar, que

na escola, quer no trabalho. Adquirir essa preciosa habilidade através da educação

física nos parece a maneira mais efetiva direta e porque não dizer, gratificante. O

educador físico Durval Monteiro garante que a prática de Educação Física de forma

organizada e orientada permite a pessoa expandir-se e desenvolver-se tanto física

como mental desse perfeito equilíbrio, dando às atividades um extraordinário valor na

prevenção de enfermidades.

52.2 - Recreação

A recreação deve ser incluída nas atividades de educação física, dentro do

programa de Educação complementar. Fitzgerald, no livro “Leanuship In

Reccreation”, define recreação como a expressão natural dos interesses e

necessidades humanas, buscando satisfações durante o tempo livre. Assim para que

as atividades realizadas durante as horas de ociosidade possam ser chamadas de

recreativas, devem proporcionar alguma física, social, intelectual, cultural ou afetiva.

A recreação divide-se em livre e dirigida, sendo que qualquer uma delas pode

ser praticada de forma coletiva ou individual.

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Fundamentação Teórica

-Buscando uma compreensão que melhor contemple a complexibilidade da

questão a escola adotou a distinção entre organismo: sistema estritamente fisiológico

– e como se relaciona dentro de um contexto sociocultural – e aborda os conteúdos

da Educação Física como expressão de produções culturais, como. Conhecimento

historicamente acumulados e socialmente transmitidos. Portanto, a presente proposta

entende a Educação Física como uma cultura corporal.

O trabalho de Educação Física é importante, pois possibilita aos alunos,

desde cedo, as oportunidades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e

danças, com finalidades de lazer.

A Educação Física traz uma proposta que procura democratizar, humanizar,

diversificar a prática pedagógica, para um trabalho que incorpore as dimensões,

afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos.

Competência e Habilidades

.Integração da personalidade, desenvolver a socialização, o equilíbrio

emocional e autoconfiança.

.Aumentar a possibilidade de saúde através de atividades físicas, conforme

as necessidades do praticante.

.Favorecer um desenvolvimento harmonioso do corpo.

.Fixar hábitos de disciplinas e higiene

.Proporcionar um correto e útil aproveitamento das horas escolares e extra

escolares através de atividades sócio-recreativas e desenvolvimento integral do

educando.

.Participação em diversos jogos e lutas respeitando as limitações e regras,

não discriminando os colegas.

.Desenvolver as aptidões perceptivas como meio ou ajustamento do

comportamento físico motor.

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.Favorecer a socialização através de atividades físicas recreativas.

52.3 - Conteúdo

-Atividade sensória- Perceptiva

-Motricidade global

-Esquema corporal

-Qualidades físicas básicas

-Respiração

-Relaxamento

-Esquema corporal

-Lateralidade

-Comportamento

-Jogos-regras

-Atividades esportivas

-Atividades extra-classe (dança, cantigas de roda, jogos de imitação e

expressão corporal)

-Coordenação motora ampla

-Equilíbrio

-Orientação espacial

-Orientação temporal

-Jogos (jogos de construção, jogos simbólicos, jogos recreativos, jogos pré-

desportivos)

-Recreação e lazer (passeios, ruas de recreio, excursões...).

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.Os conteúdos, que são desenvolvidos no ensino de Educação Física

Especial, são os mesmos propostos no Currículo Básico.

52.4 - Metodologia

Procurar não despertar o sentimento de compatibilidade acirrada,

aproveitando essa disposição natural da criança para jogar pelo simples prazer de

jogar. Além disso, desde selecionar jogos simples, com poucas regras, para serem

praticadas pelas crianças que estão nesta fase de desenvolvimento.

A interação social precisa ser incentivada, dando-se destaque às atividades

de linguagem.

Procurar despertar o espirito de cooperação e de trabalho conjunto no sentido

de metas comuns. A criança precisa de ajuda para aprender vencer sem ridicularizar

uma atitude de compreensão e aceitação: e quando o clima da sala de aula é de

cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura emocionalmente e tende a

aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder como algo normal, decorrente do

próprio jogo.

Jogo supõe relação social. Por isso, participação em jogos contribui para a

formação de atitudes sociais: Respeito mutuo, solidariedade, cooperação, obediência

às regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal.

O relaxamento é um método de recondicionamento psicofisiológico, que

proporciona uma sensação de calma, reduz a fadiga e afeto, em alguns pontos, o

funcionamento do organismo, fazendo com que a agitação desapareça.

Brincar livremente oferece enumeras oportunidades educativas:

Desenvolvimento corporal e mental harmonioso, estímulo a criatividade; a

cooperação, etc.

É importante propiciar à criança oportunidades para muitas brincadeiras

espontâneas e jogos livres, para que ela desfrute a alegria de brincar em conjunto,

favorecendo a sua socialização.

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52.5 - Avaliação

Proceder a avaliação da aprendizagem, clara e consciente, é entendê-la,

como um processo continuo e sistemático de obter informações, de diagnosticar

progressos, capacidades e habilidades aos alunos. Assim será possível orienta-los

para a superação de suas dificuldades e para que façam uma apreciação critica do

seu potencial.

54- ARTES

54.1 - Fundamentação Teórica

A arte é a execução prática de uma idéia ou concepção caracterizada pela

perícia e habilidade do autor. Em nosso sistema educacional tudo se orienta para o

estudo que na maioria dos casos, significa apenas aquisição de conhecimentos. No

entanto sabemos que o mais simples conhecimento não é suficiente para nos fazer

feliz.

A educação em que se da muita importância ao acúmulo de saber tem se

descuidado das coisas importantes do que as crianças especiais ou não, necessitam

para se adaptarem ao mundo em que vivemos...

As manifestações artística, iniciadas nos primeiros anos de vida podem

significar muito para as crianças especiais. A diferença entre crianças adaptadas e

felizes e outras que apesar de sua capacidade continuam as vezes desequilibradas e

com dificuldades de relações com o próprio ambiente.

Quanto a arte, está comprovado que, sem nenhuma sombra de dúvida exerce

influencia fundamental sobre o desenvolvimento da personalidade infantil e portanto o

futuro das crianças.

Em qualquer fase da vida a criança se dedica a atividades criadoras e

desenvolve sua própria liberdade e iniciativa, crescerá dentro de um espírito que lhe

permitirá reconhecer e apreciar as necessidades individuais e coletivas. Aprendendo

a cooperar e entender-se com os outros.

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A medida que vai criando, a criança, confronta-se continuamente com suas

próprias experiências, livrando das tensões, fadiga emocional e muitas vezes supera

ou aprende a conviver melhor com sua deficiência.

Queremos o incentivo a criatividade, o despertar da sensibilidade e não o

ensino de regras estéticas, muito menos aprendizagem de histórias da arte ou nações

de proporções e perspectivas. A Educação Artística percebe-se como elemento

participante necessária para a construção do equilíbrio do homem. Quando

colocamos a arte a serviço da educação global considerando-a como um meio e não

uma finalidade. Nossa finalidade é adaptar a criança harmoniosamente ao mundo.

Pela arte e não para a arte.

A criança especial irá descobrir sua imaginação, ela perceberá que pode

transpor a experiência imediata, mesmo com situações inexistentes. Usando

experiências, ou situações imaginárias, suas fantasias, suas explorações racionais,

assim, torna-se um ser mais completo.

O ensino da arte existiu desde a origem do homem, ensinar foi, na verdade, a

marca da evolução. Para que a arte chegasse aos dias de hoje, certamente houve

quem ensinasse e aprendesse.

A arte na escola significa abertura para a riqueza da própria vida. Quem tem

a oportunidade de conhecer a arte com certeza, terá uma vida mais significativa.

A música é uma forma de expressão que acompanha o homem desde o início

de seu processo evolutivo e está cada vez mais presente na vida contemporânea. O

som influencia o indivíduo desde os primeiros anos de vida: o tom com o qual a mãe

e a babá, assim como os outros habitantes da casa, falam na presença do recém-

nascido, seu comportamento em geral, agem de maneira decisiva sobre suas

aptidões futuras. O gosto pela música surge juntamente com o desenvolvimento

mental e emocional da criança, bastando observar que os sons, os ruídos, a fala

despertam grande interesse nos bebês.

A linguagem musical, como qualquer outra, precisa ser aprendida pelo

indivíduo para que possa servir-lhe como instrumento legitimo de comunicação. É

necessário fazer com que a criança vivência e adquira os conceitos musicais básicos,

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bem como os seus símbolos e convenções, pois são recursos para a compreensão

da linguagem musical e conseqüente ampliação de seu universo simbólico.

Precisamos saber o que a música quer dizer, para compreender o que nós queremos

dizer através dela.

Segundo BOTELHO (1978, P.20), o som é a matéria-prima da música, que o

homem usa para a criação artística e é necessário educar o ouvido para perceber as

obras de arte que fazem parte da cultura acumulada através dos tempos. Leve-se, no

entanto, considerar a música como uma linguagem, no sentido mais amplo do termo,

pois a mesma influencia e instrumentaliza o pensamento humano. Resgatar o ensino

da música como linguagem é ampliar as possibilidades de comunicação do homem.

Objetivos:

-Estimular a curiosidade do indivíduo para o conhecimento de si próprio e do

mundo em que vive, através de suas múltiplas sonoridades, descobrindo novas

formas de “ler” os objetos e seres a sua volta.

-Tornar seu ouvido aberto e sensível todo o tipo de som, desenvolvendo sua

acuidade para escutar (ou seja, reconhecer, identificar e discriminar).

-Despertar o prazer de ouvir música, cantar, dançar e movimentar-se

individualmente em grupo, conduzido por sons, melodias e rítmos diversos.

-Aguçar o desejo de explorar as possibilidades sonoras do próprio corpo, dos

objetos, dos instrumentos musicais (prontos ou construídos a partir de materiais

comuns) para depois usá-los em improvisações de diálogos sonoros,

acompanhamento ou história, etc...

-Proporcionar experiências musicais que exijam a participação do indivíduo

inteiro, mobilizando seu corpo, seus sentimentos, sua afetividade, sua inteligência,

sua imaginação e sua expressividade.

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-Associar as músicas vivenciadas em sala de aula, as produção musicais

veiculadas pelos meios de comunicação de massa, explorando as relações existentes

entre uma modalidade e outra.

-Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca

pessoal e/ ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a

sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

-Interagir com materiais instrumentais e procedimentos variados em artes

(Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de

modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;

-Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e

curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando a arte

de um modo sensível;

-Desenvolver a observação e a atenção e interação com as pessoas com as

quais convivem;

-Oferecer oportunidades à pessoa portadora de necessidades especiais de

conhecer uma forma de linguagem universal de comunicação, por meio do

movimento.

-Adquirir habilidades e formas próprias, desenhando, pintando, construindo,

modelando;

-Compreender os significados expressivos corporais, textuais, visuais,

sonoros da criação teatral;

Conteúdos

-Canto em coro e individualmente, segundo o ritmo e a tonalidade

-Interpretar as canções cantadas

-Percepção auditiva

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-Músicas para relaxamento

-Dança livre

-Exploração do espaço

-Apresentação de canções infantis acompanhadas de gestos, executadas

inicialmente pelo professor, que é seguida e imitada pelos educandos

-Musicalidade pessoal e instrumental

-Marchas ao som de palmas e instrumentos etc...

-Apresentada de discos deixando-se o educando à vontade para ouvir,

apreciar, dançar e cantar.

-Instrumentos

-Notas musicais

-Ritmo

-Canto e discriminação auditiva

-Pintura com temas livres e dirigidos;

-Pintura de pessoas, do educando, da família, do professor, das flores, dos

animais, das frutas, etc;

-Recortes: livres e dirigidos, com e sem tesoura;

-Desenhos de pessoas, do educando, da família, do professor, de flores,

animais, frutas, etc;

-Desenhos livres

-Planejamento corporativo;

-Teatros ou Artes Cênicas;

-Dramatização de histórias criadas pelos próprios alunos;

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-Confecção de fantoches e máscaras;

-Preparação de cartões referentes a Datas Comemorativas;

-Cores – primárias, secundárias e terceárias;

-Dança;

-Técnicas de Pinturas, marmorização

-Confecção de embalagens;

-Jogos recreativos e estimulantes (dominó, memória, quebra-cabeça, etc);

-Brincadeira com fantoches;

-Enfiagem;

-Alinhavo;

-Perfuração;

-Dobradura;

-Rasgadura;

-Modelagem ( livre ou dirigida);

-Decalque;

-Contorno;

-Encaixe;

-Carimbagem

-Montagem;

-Leitura dinâmica de histórias, contos e lendas

-Percepção rítmica

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-Canções coordenadas com movimento das mãos

-Canções educativas

-Canções (para brinquedos de rodas) como: samba-lê-lê, cravo e a rosa,

canções folclóricas etc...

-Canto em coro e individualmente, segundo o ritmo e a tonalidade

-Interpretar as canções cantadas

-Percepção auditiva

-Músicas para relaxamento

-Dança livre

-Exploração do espaço

54.4 - Metodologia

A Criança, ao se expressar livremente através de técnicas do desenho,

pintura, recorte, manifesta sua emoções, seu ritmo interior, seus interesses. Assim, as

palavras, os gestos e os movimentos, a expressão plástica é uma linguagem,

constituindo uma forma de comunicação com o mundo.

A aula deve ser livre e nunca dirigida, dando as crianças oportunidades para

se expressar naturalmente, ensinando-se algumas técnicas, com a única finalidade

de dar a elas meios de expressão.

- Perceber a qualidade das superfícies, explorando diferentes texturas

encontradas na natureza ou objetos construídos, classificando-as de acordo com as

semelhanças e diferenças.

- Observar as transformações de cor na natureza, conhecendo a variação

da cor e suas tonalidades, encontradas nos vegetais, terras e pedras, identificando as

diferenças entre claro / escuro e diferentes cores.

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-Ampliar o diálogo do aluno com os elementos envolvidos nas experiências

da linguagem musical.

-Proporcionar situações para que o aluno se expresse a partir do seu

esquema corporal da relação com o espaço e o tempo.

54.5 - Avaliação

Avaliação em artes é um dos aspectos mais complexos. O ato de avaliar

pressupõe uma atitude de superioridade do avaliador em relação ao avaliado. Já a

arte não pretende descobrir falhas para saná-las.

Numa escola, pode-se avaliar alguns aspectos do fazer artístico, que

indicarão ao professor crescimento preceptivo, criativo e comunicativo do aluno, para

que possam ser proporcionados atividades de arte que lhe despertarão o interesse

pelo prazer estético.

A avaliação é um processo continuo. Os dados da avaliação são registrados,

para que possa analisar o problema e verificar o que está impedindo ou dificultando a

aprendizagem.

ENSINO RELIGIOSO

ENSINO RELIGIOSO

OBJETIVOS CONTEÚDOS

Reconhecer a existência do

Sagrado, suas obras como a vida,

natureza e todas as formas de criatura;

Sagrado-Ser Supremo;

Criação do mundo;

Respeito pela natureza e a vida;

Gestos e atitudes como caminho

para o encontro com Sagrado;

Formas de demonstrar amor pela

natureza;

Desenvolver hábitos de Respeito às diferenças entre as

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cordialidade e respeito ao próximo, a

família, a si mesmo e a todas as

formas de religiosidade;

pessoas quanto às características

físicas, culturais e religiosas;

Símbolos religiosos;

Importância da família partilha;

Diálogo com o Sagrado – Orações

espontâneas;

Distinguir as diferenças entre o

bem e o mal e a violência e a paz;

Importância de se evitar brigas;

Atitudes que possam tornar o

mundo melhor;

Convivência e união;

42.1 – Objetivos Da Educação Nacional

Compreender a cidadania como participação social e política,

respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. Utilizando o diálogo como

forma de mediar conflitos e tomar decisões.

Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio socio-cultural brasileiro,

posicionando contra as diferenças culturais, classe social, crenças, sexo, étnica e

outras características individuais e sociais.

Contribuir ativamente par a melhoria do meio ambiente, percebendo-se

integrante e dependente e agente transformado.

Adotar uma boa qualidade de vida., valorizando e adotando hábitos

saudáveis, agindo como responsabilidade a sua saúde e a coletiva.

Utilizar de diferentes linguagens como forma de expressar e comunicar

suas idéias, através da linguagem verbal, musical, matemática, gráfica plástica e

corporal.

42.2 - Da Educação Especial:

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- Organização e prática pedagógica devem respeitar a diversidade dos

alunos, a exigir diferenciações nos atos pedagógicos que contemplem as

necessidades educacionais de todos levando em conta não só as capacidades

intelectuais de todos levando em conta não só as capacidades intelectuais e os

conhecimentos dos alunos, mas também seus interesses e motivações. Os serviços

educacionais especiais, devem fazer parte de uma estratégia global de educação e

não desenvolver-se isoladamente.

- A atenção a diversidade está centrada no direito de acesso a escola e

visa melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para todos, bem como as

perspectivas de desenvolvimento e socialização. Essas diferenças vistas não como

obstáculos para o cumprimento da ação educativa, mas, como fatores de

enriquecimento.

- A Educação Especial é parte integrante do sistema educacional

brasileiro, constituindo-se como uma modalidade de atendimento que se destina às

necessidades educacionais de pessoas portadoras de deficiência.

42.2 - Da Escola Especial

Oferecer à pessoa portadora de deficiência condições adequadas para o

desenvolvimento do seu potencial proporcionando sua integração no meio social e

respeitando suas limitações.

Oferecer programas educacionais adequados de acordo com seus interesses,

necessidades e possibilidades, abrangendo todos os aspectos que favoreçam o

desenvolvimento global maximizar as semelhanças, visando sua integração

participação e valorização pessoal no meio em que vive;

Dar oportunidade de aperfeiçoamento aos profissionais visando ampliar seus

conhecimentos para obter o máximo aproveitamento no desenvolvimento integral do

aluno;

Proporcionar orientação familiar e comunitária de modo a gerar ambiente

adequado a pessoa portadora de deficiências, tanto em casa como no contexto que

está inserido, de maneira a desenvolver ao máximo suas potencialidades.

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Os horários de funcionamento da Escola de Educação Especial Professora

Maria Celeste de Araújo é de Segunda-feira a Sexta-feira nos turnos matutino,

vespertino.

43 - O CURRÍCULO

A escolarização formal, principalmente em níveis de educação infantil e / ou

nas etapas iniciais do ensino fundamental, transforma o currículo escolar num

processo constante de revisão e adaptação. Os métodos e técnicas, recursos

educativos e organizações especificas da prática pedagógica torna-se elementos

permeadores dos conteúdos, enquanto conhecimento científicos. O currículo, em

qualquer processo de formação, transforma-se na síntese básica da educação. Isto

nos possibilita afirmar que a busca da construção curricular deve ser entendida como

aquela garantida na própria LDB, complementada ou não, com atividades que

possibilitem o aluno que possui necessidades educacionais especiais Ter acesso ao

ensino à cultura e a cidadania comum, conforme determinam os artigos 26 e 27 da

LDB 9394/96, a ser ampliada por uma parte diversificada exigida, inclusive, pelas

características do alunado.

43.1 - Objetivos:

Oferecer oportunidade que possam compensar possíveis atrasos no

desenvolvimento mental e social da criança de alto-risco;

Realizar um trabalho conjunto entre a Escola de Educação Especial e

creche comum, visando a integração da criança no meio.

Proporcionar às crianças de alto risco ou portadores de distúrbios do

desenvolvimento evolução tão harmônica quanto possível e diminuir ou eliminar os

efeitos dos transtornos que apresentam, como também evitar o aparecimento de

outros, decorrentes das situações em que elas se encontram, possibilitando um

desenvolvimento equilibrada, com aumento do potencial existente, para garantir

melhor evolução nas etapas posteriores (Peres-Ramos, 1992).

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- Levar a criança a praticar posturas e movimentos seguinte a seqüência do

desenvolvimento motor e postural.

- Habilitar na aquisição de posturas adequadas a diferentes posições e

movimentos.

- Desenvolver o equilíbrio e locomoção

- Desenvolver a percepção da imagem corporal.

- Favorecer o processo desenvolvimento motor e o bom equilíbrio do corpo.

- Favorecer o desenvolvimento da coordenação viso-motora.

- Capacitar a criança na apreensão dos fatos e fenômenos essenciais do

meio facilitando-lhe a exploração e resolução de problemas cotidianos simples que

envolvem:

- Elaboração dos esquemas perceptivos do objetivo e do espaço.

44 - PROGRAMAS DE PROFISSIONALIZAÇÃO

46 - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Art.86 O programa de educação profissional destina-se a educandos com

deficiência intelectual e múltiplas deficiências, a partir de 16 anos e compreende três

etapas: Iniciação para o Trabalho, Qualificação para o Trabalho e Colocação no

Trabalho.

Art. 87 A Educação Profissional desenvolve-se em três etapas do PECT – Programa

Profissional e Colocação no Trabalho: Preparação para o Trabalho; Qualificação

para o Trabalho;Colocação no Trabalho desenvolvido na escola especial em oficina

protegida terapêutica.

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Art. 88 A primeira etapa do PECT tem como objetivo a avaliação das condições do

aprendiz para o trabalho e a sondagem de suas aptidões para posterior

encaminhamento aos Programas de Educação Profissional e Colocação no

Trabalho, subdividido em:

I. Avaliação Inicial para o Trabalho;

II. Pré-profissionalização

Art. 89 A segunda etapa do PECT caracteriza-se pelo seu objetivo eminentemente

qualificador de mão-de-obra da pessoa com deficiência para o emprego, subdividido

em:

I. Treinamento Profissional;

II. Habilitação Profissional.

Art 90 O aprendiz, necessariamente, não precisa passar por todos os programas de

Qualificação Profissional, cabe aos professores, técnicos, instrutores e coordenador,

indicarem o programa que mais se adeque as suas características.

Art. 91 No desenvolvimento de todos os Programas de Qualificação Profissional o

aprendiz deverá receber atendimento nas Habilidades Específicas, Básicas e de

Gestão, dos conteúdos ainda não adquiridos.

Art. 92 O Treinamento para o Trabalho na Instituição tem caráter transitório,

apresenta situações reais e vivenciadas compatíveis com a demanda do mercado e

com a região.

Art. 93 O Treinamento para o Trabalho é desenvolvido na própria instituição,

utilizando diversos recursos: Oficina Supervisionada, Subcontratos, Treinamento nas

áreas de serviços gerais. (adequar à realidade)

Art. 94 O Treinamento em Estágio é realizado em uma empresa, em situação real, e

o aprendiz indicado para participar deste programa deve atender aos pré-requisitos

(idade superior a l7 anos, possuir os documentos pessoais, independência de

locomoção e AVD, interesse e autorização da família).

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Art. 95 A Colocação no Trabalho é a inserção da pessoa com deficiência em algum

tipo de atividade laborativa, primordialmente competitiva, e sempre condizente com o

potencial, as condições físicas e as aspirações dessa pessoa e também com as

disponibilidades existentes na comunidade. Utiliza-se de três programas, sendo:

I. Programa de Emprego Competitivo Tradicional;

II. Programa de Emprego Competitivo Apoiado;

III. Programa de Trabalho Autônomo. (adequar à realidade)

Art. 96 O Emprego Competitivo Tradicional consiste fundamentalmente em ajudar o

aprendiz na busca de uma atividade profissional, dentro do perfil solicitado pelo

empregador, para o qual não necessita de apoio especializado.

Art. 97 O Emprego Competitivo Apoiado é a modalidade de emprego em que o

aprendiz necessita de um maior apoio em razão de particularidades de sua

deficiência que podem ser de ordem física, mental, sensorial, múltipla ou ainda

social.

Art. 98 O trabalho autônomo caracteriza-se pela atuação profissional sem vínculo

empregatício. Este envolve administração de recursos, aquisição de encomendas e

comercialização, marketing e vendas. Esta modalidade divide-se em quatro:

Individual, Industria Caseira, Cooperativa e Micro-Empresa.

Art. 99 Os alunos que não apresentam condições de inserção no mercado

competitivo de trabalho após avaliação de todo o processo, permanecem para a

Oficina Protegida Terapêutica que funciona na Escola Especial e tem por objetivo a

integração social por meio de atividades de adaptação e capacitação para o trabalho

de adolescentes e adultos que devido ao seu grau de deficiência, transitória ou

permanente, não possa desempenhar atividade laboral no mercado competitivo de

trabalho. DECRETO 3.298 de 20/12/99.

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47 - DAS OFICINAS PROTEGIDAS DE PRODUÇÃO

48 - DOS FINS

Art. 100 A oficina protegida de produção é um espaço voltado à educação

profissional do jovem com deficiência.

49 - DA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO

Art.101 A oficina protegida de produção será organizada de acordo com áreas

correlatas à demanda de mão de obra no município, com vistas à inclusão no

mercado de trabalho.

Art.102 As oficinas protegidas de produção revestir-se-ão de caráter

profissionalizante.

Art.103 As atividades desenvolvidas pelos educandos nas oficinas

profissionalizantes não se revestem de vínculo empregatício, mas unicamente de

aprendizagem profissional.

Art.104 A educação profissional compreende três etapas: a iniciação profissional, a

qualificação profissional e a inclusão no mercado de trabalho.

Art.105 O educando com deficiência mental poderá se matricular a qualquer tempo

do ano letivo e independentemente de faixa etária nos programas de

profissionalização.

Art.106 O jovem com deficiência intelectual somente será desligado do programa de

educação profissional após sua efetiva inclusão no mercado de trabalho.

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Art.107 O educando com deficiência intelectual poderá retornar às oficinas

profissionalizantes da entidade, caso se configure dificuldade ou impossibilidade de

permanência no âmbito do trabalho inclusivo.

Art.108 A oficina profissionalizante objetiva a formação para trabalho e a inclusão

profissional do jovem portador de deficiência.

50- OFICINA PROTEGIDA TERAPÊUTICA

Art.109 A Oficina Protegida Terapêutica destinam-se a educandos a partir de 16

anos de idade, com significativas alterações no processo de desenvolvimento,

aprendizagem e adaptação social. Esse aluno demanda cuidados permanentes e

intensos nas áreas de desenvolvimento com atendimentos específicos a suas

características. Os objetivos e conteúdos são organizados conforme a necessidade

dos alunos, com adaptações de médio e grande porte, adoção de currículo funcional

para facilitar o aprendizado, sua autonomia, melhoria na qualidade de vida e

inclusão social;

Art. 110 A terminalidade específica prevista na LDB nº 9394/96 deverá obedecer a

legislação vigente.

50.1 Fase III – Escolarização e Profissionalização

A fase de Escolarização e Profissionalização é destinada a educandos acima

de 14 anos de idade, constitui-se em um ciclo de atendimento com a oferta de três

programas: Escolarização de Jovens e Adultos, Formação Profissional e Programas

Pedagógicos Específicos, que visam atender ás necessidades e possibilidade de seu

alunado.

A LDB (1996) propõe a vinculação da educação com o mundo do trabalho, ou

seja, destaca a relação estreita entre a escolarização e a preparação para a vida

produtiva. Portanto, os currículos devem oferecer aos educandos portadores de

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deficiência oportunidades de desenvolvimento de competências e habilidades

necessárias ao exercício profissional para o mundo do trabalho.

É importante ressaltar que a educação profissional é uma modalidade

educativa aberta a qualquer pessoa, considerando os níveis mais elevados de

escolarização ou a condição de não escolarização, Decreto 2.208 (artigo 3º Inciso I).

Para as pessoas com deficiência mental, essa prerrogativa legal merece

consideração. Tendo em vista suas perspectivas escolares, a orientação da APAE

Educadora, consiste em oferecer-lhe educação profissional de nível básico, destinada

“à qualificação, requalificação e reprofissionalização de trabalhadores independente

de escolaridade prévia” como preconiza o referido Decreto 2.208 (artigo 3º Inciso I).

O decreto prevê ainda o desenvolvimento da educação profissional de

maneira articulara com o sistema regular de ensino e/ou outras modalidades que

contemplem a possibilidade de educação continuada, realizando-se em

estabelecimentos de ensino regular, instituições especializadas ou em ambientes de

trabalho (art. 2º), condições possíveis e previstas na proposta da APAE Educadora.

Sua concepção de educação profissional pode ser traduzida no seguinte texto de

Teixeira (1997).

“Em face da importância que o mundo do trabalho assume na vida da

sociedade, em qualquer período histórico, a educação profissional, enquanto parcela

da qualificação profissional adquirida dentro do processo formativo, é algo que vai

além de ser um componente educativo, tornando-se também um direito de toda a

população apta ao trabalho”. (p.10).

Nessa perspectiva, para o cumprimento de suas metas e propósitos

educativos e de acordo com a estrutura organizacional proposta pela APAE

Educadora, as escolas das APAEs devem desenvolver, na Fase III, programas que

visam à Educação para o trabalho, levando em conta a interatividade entre as

modalidades de Educação de Jovens e Adultos, Formação Profissional (Iniciação

para o trabalho, qualificação para o Trabalho, Colocação no Trabalho) e Programas

Pedagógicos Específicos.

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São elegíveis para ingressar na Fase II do ensino fundamental para

atendimentos de escolarização e profissionalização os educandos portadores de

deficiência mental:

- egressos dos programas da Fase II;

- transferidos de outras unidades da Escola Especial e outras instituições;

- encaminhados pelas escolas regulares do sistema de ensino;

- oriundos da comunidade, sem escolarização anterior.

Para o desenvolvimento desses educandos, a APAE Educadora propõe a

oferta de programas educativos de natureza propedêutica e profissionalizante. Não

pretendendo, entretanto, manter os educandos necessariamente nos programas que

desenvolve, visa orientar suas escolas para a possibilidade de atuação conjunta com

a rede regular de ensino, para o caso de alunos indicados para a inclusão escolar e a

rede regular de ensino, para ocaso de alunos indicados para a inclusão escolar e o

estabelecimento de parcerias com a comunidade para a formação profissional,

objetivando o desenvolvimento de habilidades e competências por meio do trabalho,

em termos de escolarização, preparo para a vida produtiva e inclusão social desse

educando como agente do processo.

Neste sentido, a LDB (1996) oferece fundamentos legais para concretizar o

ideário apaeano que consiste em preparar o educando para o mundo do trabalho de

maneira processual, iniciando esse processo na Educação Infantil, perpassando o

Ensino Fundamental e estendendo-se durante a trajetória da vida escolar e

profissional do educando.

50.2 - Fundamentação Teórica.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, ao se tratar a

questão do emprego para o portador de deficiência, devemos buscar uma atividade

economicamente rentável que corresponda não tanto às de deficiências do candidato

mas às sua aptidões ao seu potencial. Indica Borges (1998) que “todos sabemos que

o trabalho muito contribui para a auto-estima, confiança e para determinar os status

do ser humano. Seu papel é de fundamental importância para o indivíduo pois

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proporciona aprendizagem, crescimento, transformação de conceitos e atitudes,

aprimoramento e remuneração. Assim sendo, devemos considerar seu

aprimoramento e remuneração. Assim sendo, devemos considerar seu treinamento,

suas qualidades pessoais e sua vontade de trabalho.

Além de situar o sujeito num complexo de relações sociais, o trabalho faz

parte do processo de estruturação e formação do seu mundo psíquico. Assim como a

criança começa a estruturar e elaborar sua vida psíquica através do brincar, o ser

adulto se utiliza do seu trabalho como um final deste processo. Existe uma circulação

do lúcido para o trabalho. O direito ao trabalho é estabelecido na declaração universal

dos direitos do homem em seu artigo 23º garantir esse direito às pessoas portadoras

de deficiência mental é acima de tudo consolidar-lhes a dignidade como membros

integrantes da família humana.

Em resumo, para a pessoa portadora de deficiência, o trabalho vai possibilitar

que apareça um sujeito adulto, criativo, produtivo e responsável. Resgatará sua

dignidade perante a sociedade e sua família.

As fases de profissionalização do deficiente mental ocorrem basicamente em

três grandes programas: Iniciação profissional, oficina pedagógico, trabalho protegido

tendo como finalidade última a inserção do aprendiz como a força de trabalho no

mercado competitivo.

1) Iniciação Profissional – de um programa intermediário entre a

escolarização e a profissionalização propriamente dita.

Nesta fase é realizada a sondagem de aptidões limitações e interesse do

aprendiz, visando facilitar sua inserção no próximo programa.

Este programa destina-se aos portadores de deficiência mental de ambos os

sexos, na faixa etária que se inicia a partir dos quatorze anos(14), considerando-se

potencialidades, habilidades e capacidades.

2) Oficina Pedagógica – É um recurso de atendimento que possibilita

treinamento

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Através de várias técnicas de trabalho: manual, artesanato, domésticas,

horticultura, atividades industriais, etc. Ocorre através da vivência em variadas formas

de atividades a nível de aprendizagem e treinamento. Caracteriza-se como o elo

entre a escola e a oficina protegida. Como recurso complementares como: música,

esportes, reforço, acadêmico, atividades cívicas e sociais, eventos artísticos e

culturais.

3) Oficina Protegida Terapêutica – Sua característica fundamental é a de

prover trabalho ou emprego protegido, realizado em condições especiais, a fim de

atender as necessidades tem palavras ou permanentes das pessoas portadoras de

deficiência.

O trabalho protegido configura-se com uma das possibilidades de

encaminhamento permanente do deficiente mental, quando o mesmo não apresenta

condições de atuar no mercado competitivo em decorrência das características

apresentadas pelo grau de deficiência.

O trabalho protegido utiliza, em geral, a atividade industrial, comercial a

prestação de serviços.

-As atividades devem ser graduadas de acordo com os diferentes níveis e

categorias.

-Competências e Habilidades

-Formação de hábitos, atitudes comportamento condizentes com ambiente de

trabalho, preparação para o ingresso no mercado de trabalho.

-De forma geral, objetiva o desenvolvimento de hábitos atitudes e habilidades

específicas voltadas ao trabalho.

-Favorecer a integração do aprendiz, visando a aquisição de pré-requisitos,

prontidão para o trabalho, sondagem de aptidões, hábitos e atitudes ligados a

formação global.

-Formação de hábitos, atitudes e comportamentos condizentes com o

ambiente de trabalho.

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-Ajustamento sócio-profissional com vistas ao aproveitamento de mão-de-

obra útil ao mercado de trabalho.

-Preparação do aprendiz para ingressar no mercado de trabalho.

50.3 - Conteúdo

-Zelo pela aparência pessoal;

-Conhecimento básico de sim mesmo;

-Consciência do seu valor humano e sua capacidade produtiva.

-Relacionamento comunitário (conhecer lugares, utilizar transporte coletivo)

-Bom relacionamento com colegas superiores;

-Capacidade de reconhecer autoridade nas chefias;

-Noções de autoridade-Federal, Estadual e Municipal;

-Capacidade de receber orientação, ordens e supervisão.

-Manejo de dinheiro;

-Aplicação do dinheiro.

-Domínio do calendário básico indispensável ao exercício da profissão.

-Necessidades vitais, previdência social, saúde, esporte, lazer e cultura.

-As leis do trânsito

-Meios de comunicação

-Serviços de utilidade pública

-Assiduidade

-Pontualidade

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-Persistência

-Responsabilidade

-Motivação para o trabalho

-Tolerância a fadiga

-Iniciativa no trabalho

-Tolerância a frustação

-Cuidados para evitar acidentes

-Manejo de equipamentos, ferramentas e materiais

-Noções sobre prevenção de acidentes no trabalho

-Execução de tarefas, fases de confecção e acabamento no trabalho

-Conhecimento de medidas, moldes, formas.

50.4 - Metodologia

No programa de Profissionalização, optamos pela metodologia de projetos,

onde as atividades acadêmicas e complementares não deverão ser planejadas, a

parte e sim estar integradas ás atividades práticas, com vistas á formação de hábitos

e atitudes de trabalho e ao desenvolvimento de conteúdos que tenham valor na vida

dos aprendizes.

Os conteúdos programados são executados dentro dos setores oferecidos

pela Escola, como:

-Marcenaria

-Horticultura

-Cestaria (tecelagem)

-Cozinha experimental

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-Artesanato (pintura, croche, bordado...)

-Jardinagem

50.5 - Avaliação

Considerando que a avaliação sistemática, contínua e integral, o aprendiz

deverá ser avaliado a longo da execução do seu plano individualizado. A avaliação

continua propiciará o aprimoramento do processo de Educação Profissional e

colocação no mercado de trabalho.

Através do SERT em parceria com a Federação Nacional da APAE’ S é

ofertado aos alunos acima de 15 anos cursos de capacitação profissional das

pessoas portadoras de deficiência mental. Estes cursos visam, primordialmente à

reabilitação e a habilitação dos aprendizes.

Para a consecução de seus fins, o quadro de atividades é bastante variado,

rico em recursos.

A implantação desses cursos se justifica pelos aspectos positivos que irão

trazer:

- Preparo pré-profissional através da aprendizagem de várias técnicas de

trabalho (manual, artesanato, atividades industriais, domésticas, ocupacionais; etc),

bem como habilidades específicas;

- Desenvolvimento de hábitos e atitudes de trabalhos;

- Ajustamento social e conquista de auto-realização;

- Tolerância da trabalho;

- Possibilidade de colocação para os aprendizes que consigam atingir o

estágio de trabalho competitivo.

O Direito ao trabalho é estabelecido na Declaração Universal dos Direitos do

Homem em seu artigo 23º. Garantir esse direito às pessoas portadoras de deficiência

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mental é acima de tudo consolidar-lhes a dignidade como membros integrantes da

família humana. Outrossim , oportunizar a plena realização desse direito significa

abrir caminhos para auto-realização e para a integração.

A despeito de todas as crises e adversidade, devem prosseguir olhando para

o horizonte com a firme determinação de vencer o desafio.

51- FORMAÇÃO PROFISSIONAL

A nova LDB atribui à Educação Profissional uma abrangência que se

estende desde o reconhecimento do valor educativo do que se aprendeu na escola e

no próprio ambiente de trabalho, até a possibilidade de expandir sua formação

continuada. Segundo Carneiro (2001), o trabalho pode ter a certificação de

conclusão de seus estudos a partir dos conhecimentos adquiridos.

“Não se trata de pagar disciplinas, com se diz no jargão escolar, mas de

desenvolver competências que assegurem o exercício criativo de um ofício, de uma

tarefa ou de um trabalho. A certificação, portanto, vai resultar da capacidade que o

aluno possui de operar os conhecimentos adquiridos”. (p. 121).

Considerando a legislação em vigor e as políticas de atenção à pessoa

portadora de deficiência para a formação e a colocação no mundo do trabalho, o

Movimento Apaeano desde 1997 vem ampliando e estruturando seus programas de

formação profissional. A implantação do plano Nacional de Educação Profissional e

Colocação no trabalho (PECT, Batista e Col., 1998) propiciou, além da

ressignificação de conceitos, a quebra de paradigmas estigmatizantes, que se

materializaram com iniciativas e ações que propiciaram a manifestação e o

desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de deficiência para o

mundo do trabalho e, conseqüentemente, sua promoção e inclusão social.

A APAE Educadora ao definir na sua estrutura níveis e modalidades de

ensino destaca a educação profissional como forma de propiciar o permanente

desenvolvimento de aptidões e habilidades da pessoa portadora de deficiência para

a vida produtiva.

A vinculação da educação profissional ao desenvolvimento de capacidades

para a vida produtiva serve de base para as ações propostas pela APAE Educadora

quanto à formação do indivíduo. Desse modo, os currículos devem contemplar

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também o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para o

exercício profissional.

Por tratar-se de escola especializada e considerando a natureza dos

educandos, as ações de educação profissional a serem realizadas desenvolvem-se

de forma articulada, com metodologias diversas, envolvendo inclusive os ambientes

de trabalho, possibilitando formas de qualificação diversificadas, compatíveis com os

níveis de escolaridade dos educandos. Considerando, ainda, aqueles que não

tiveram acesso a condições de aprendizagem escolar como lhes faculta a legislação

vigente.

O programa de formação profissional na proposta APAE Educadora

considera três etapas:

1 – Iniciação para o Trabalho;

2- Qualificação para o trabalho;

3 – Colocação no trabalho.

51.1 Qualificação para o trabalho.

Trata-se de um programa que visa à qualificação do educando para o mundo

do trabalho, considerando, ou não, o nível de escolaridade do mesmo. Realiza-se

por meio de cursos de habilitação profissional de nível básico, na instituição APAE

ou em agências formadoras da comunidade e ainda por meio do treinamento

profissional na instituição ou em ambientes reais do trabalho.

Os programas de iniciação para o trabalho quanto os de qualificação

profissional priorizam o desenvolvimento de habilidades e competências relativas ao

pensar, ao fazer e ao agir, relacionadas aos conhecimentos, atitudes e práticas do

trabalho consideram também as expectativas do mercado e, principalmente, as

potencialidades, aptidões, interesse e aspirações dos alunos, propiciando

conhecimentos que contribuam para a compreensão da cultura do trabalho,

associado a conhecimentos filosóficos, éticos, estéticos que permitam a pessoa

portadora de deficiência o exercício de sua cidadania.

51.2 Colocação no Trabalho

A colocação no trabalho consiste na inserção do educando em algum tipo de

atividade laborativa, primordialmente competitiva, e sempre condizente com as

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condições físicas, aspirações pessoais e potencial do educando, assim como as

possibilidades existentes na comunidade.

Os programas de qualificação além de contribuir pra a formação desdobram-

se em ações que visam à colocação da pessoa portadora de deficiência no mundo

do trabalho, essa ação possibilita a conscientização da validade e eficiência de todo

o processo de educação profissional.

Desse modo, propõe-se a colocação no trabalho nas seguintes

possibilidades: emprego competitivo apoiado e não-apoiado e trabalho autônomo.

- Emprego competitivo não-apoiado (tradicional) – consiste fundamentalmente em

ajudar o aprendiz na busca de uma atividade profissional, dentro do perfil

solicitado pelo empregador, para o qual não necessita de apoio especializado.

- Emprego competitivo apoiado – é a modalidade de emprego em que o aprendiz

necessita de um maior apoio em razão de particularidades de sua deficiência que

pode ser de ordem física, metal, sensorial, múltipla ou ainda social.

- Trabalho autônomo – caracteriza-se pela atuação profissional sem vínculo

empregatício. Este envolve administração de recursos de recursos, aquisição de

encomendas e comercialização, marketing e vendas.

Para colocação no trabalho são realizadas pesquisas de mercado, visando à

formação de um cadastro das empresas da comunidade. Essas pesquisas serão

orientadoras não só para os cursos a serem oferecidos como também para os

estágios e empregos para os aprendizes.

Os alunos maiores de 14 anos com deficiência mental, associada ou não a

outras deficiências, contam ainda com projetos especiais de caráter laborativo

desenvolvido por ações institucionais.

61- PLANOS DE AÇÕES DIREÇÃO:

A Diretora tem como principal ação cumprir e fazer cumprir as normas,

estabelecendo diretrizes gerais de planejamento.

Tem como objetivo coordenar e presidir reuniões.

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Avaliar o desempenho da Educação Especial na rede educativa sob os

aspectos qualitativos.

Firmar parcerias locais com outras secretarias como transporte, saúde,

trabalho, família e ação social, realizando as interfaces necessárias ao atendimento

de forma global ao aluno com necessidades educacionais especiais.

Capacitação continuada envolvendo a comunidade escolar através de ações

coletivas;

Aprimorar os recursos materiais e capacitar recursos humanos necessários

para dar suporte ao aluno e ao professor.

Incentivar e subsidiar a comunidade escolar na construção do projeto

Pedagógico, principalmente no que diz respeito às modificações e adequações

curriculares necessárias às especificidades dos alunos com deficiência, valorizando

os recursos da comunidade.

Prever a necessidade de contratação e capacitação de profissionais da

educação para suprir a demanda necessária.

Incentivar a produção de recursos e materiais que favoreçam a aprendizagem

de todos.

Divulgar as conquistas obtidas pelas pessoas com deficiência.

Participar de eventos de capacitação: palestras, seminários e cursos.

Inserção de alunos em programas da comunidade (cursos, estágios et

Conscientização da comunidade, em geral, sobre as potencialidades da

pessoa deficiente e a necessidade de se estabelecerem novas relações sociais,

considerando-se o paradigma da inclusão.

Por final a Diretora oferece condições de trabalho para os profissionais

envolvidos no atendimento à Pessoa Portadora de Deficiência.

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62- COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

A Coordenação Pedagógica tem como principal ação estabelecer e fazer

cumprir as normas didáticas pedagógicas, proporcionando condições favoráveis ao

desenvolvimento educacional.

Tem como meta principal auxiliar diretamente em suas funções, coordenando

o trabalho educativo da escola, sendo responsável pela regularidade do serviço;

Orientar-se e coordenar a prática pedagógica de cada professor necessário

ao aprendizado dos educandos.

Oportunizar aos professores (reuniões, grupo de estudos) que coloquem suas

dificuldades, inovações, estratégias para discussão em prol ao bom desenvolvimento

do educando.

Zelar pelo aperfeiçoamento aos profissionais sob suas responsabilidades

propondo e viabilizando sua participação em eventos oferecidos pela Escola, Núcleo

Regional de Educação, Secretária de Educação e outros.

Elaborar para uso da biblioteca normas próprias, para um bom funcionamento

e atribuições dos usuários.

Expandir e melhorar a oferta de Educação Infantil para criança com

deficiência e as de alto risco.

Desenvolver trabalho preventivo, com apoio da Secretaria Municipal da

Educação.

E segmentos da Sociedade, junto aos professores de Ensino Regular,

evitando-se mecanismo de exclusão de alunos com dificuldades de aprendizagem.

Criar grupos de Estudo para discutir e redigir as adaptações curriculares,

submetendo-as à apreciação crítica das equipes técnica pedagógica das escolas.

Viabilizar e organizar grupos de estudos no âmbito da escola, permitindo a

discussão e socialização do saber acumulado e o relato de experiência bem sucedida

no contexto da escola;

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Criar grupos de estudos buscando inovar as técnicas e metodologias que

auxiliarão positivamente no seu fazer pedagógico e consequentemente irão beneficiar

a integração de todos os alunos e garantir mais sucesso na aprendizagem.

Estimular os professores a elaborar, com seus alunos, material didático-

pedagógico.

Motivar o professor a participar do processo de inclusão, oferecendo-lhes

condições para um dialogo crítico-construtivo, no âmbito escolar, afim de levantar as

dificuldades enfrentadas, apresentando sugestões para a melhoria de seu trabalho.

Estabelecer critérios para a escolarização de alunos com deficiência,

principalmente quanto a terminalidade específica, prevista na LDB/96.

Divulgação das conquistas obtidas pelas pessoas com deficiência.

Elaborar o projeto pedagógico, desenvolvendo em toda a comunidade escolar

o sentimento de pertencer, e de que juntos irão construir a escola que se quer.

Orientação as famílias quanto a importância das providências sobre a

documentação pessoal do filho deficiente. Por final o coordenador cumprirá e fará

cumprir as disposições do Regimento Escolar.

63 - PLANO DE TRABALHO DO DOCENTE

O trabalho do professor como regente de sala de aula, tem como meta

principal de criar condições didático-pedagógicas para o melhor desenvolvimento do

educando, fazendo com que o mesmo adquira o conhecimento de acordo com o

programa que está inserido. Por em prática as orientações recebidas pelos

profissionais que trabalham em parceria para o melhor desenvolvimento do

educando, buscar sempre informações sobre as dificuldades apresentadas em sala

de aula pelo educando, estar sempre bem informado se capacitando na área em que

atua. Cada etapa de ensino, cada avanço na aprendizagem, potencializa, agrega

capacidades adicionais para que o educando adquira novas competências para o seu

progresso.

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Postas estas considerações a escola assume o papel de:

- Promover o acesso do aluno às práticas culturais sociais;

- Estimular e instigar o aluno de forma que ele seja não só consumidor, mas

também produtor de cultura;

- Incentivar e respeitar a opção do aluno por todas as formas de manifestação;

- Incentivar e promover momentos de integração entre a comunidade: pais, alunos,

professores, vizinhos, por meio de diversas iniciativas;

- Instigar a curiosidade, estimular a pesquisa, o estudo e a busca por respostas em

diferentes meios de informação;

- Garantir os alunos e seus familiares o debate de questões sociais afetas à

comunidade, como desigualdade social, preconceito, desemprego, fome,

analfabetismo, entre tantos outros.

64 - FONOAUDIOLOGIA

O setor de fonoaudiologia realiza, anaminese, avaliações, reavaliações,

orientações à pais, orientações à professores e auxiliares, visitas as salas e

encaminhamentos.

O setor atende alunos que apresentam distúrbios de comunicação e

distúrbios orais e miofuncionais.

O objetivo do tratamento é em muitos casos desenvolver comunicação verbal,

melhorar ou compensar esta, e em outros desenvolver comunicação alternativa,

visando melhor socialização estomatogmáticas para mastigar, deglutir e sugar

segundo padrões de normalidades. Melhorar musculatura oro facial pra educação da

sialorréia e conseqüentemente melhoramento da fala e funções.

Para melhor adaptação do educando a situação terapêutica, são realizados

reavaliações e reelaborações de planos de tratamento, bem como novas

estruturações visando o aprimoramento, dentro das potencialidades e possibilidades

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das partes técnicas cabíveis ao setor, para que este obtenha bom desempenho frente

a parte interessada para nós no momento futuramente.

65 - PSICOLOGIA:

Cabe ao psicólogo realizar: triagem para considerar a necessidade ou não do

aluno freqüentar a escola.

Avaliações e reavaliações dos alunos; encaminhamentos adequados;

reuniões com pais; professores e equipe técnica, conforme a necessidade.

As avaliações consideram o intelectual, físico e emocional do aluno, se dá

através de testes padronizados, observações, levantamento do histórico familiar e do

desenvolvimento do indivíduo.

Com o conhecimento das potencialidades e limitações pode-se encontrar a

melhor forma de oferecer ao aluno uma adaptação diante de suas dificuldades.

É também tarefa do psicólogo, orientar e dar suporte ao aluno, professor e

família através de atendimento individual, em grupo e reuniões e projetos.

O objetivo principal deste serviço é proporcionar melhor qualidade de vida ao

aluno, proporcionar boa auto – estima, fazendo com que se sinta seguro e consciente

do que pode e consegue fazer além de prepara-lo para o convívio social e para o

processo de ensino e aprendizagem.

66 - TERAPIA OCUPACIONAL:

O setor de T.O. realiza avaliações, reavaliações, adaptações e orientações

aos pais e professores.

Este setor atende todos os alunos matriculados na escola. O objetivo do

tratamento é proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos alunos, sendo

assim é realizado adaptações pra melhorar nas AVDs e AVPs, orientações aos

professores sobre a defasagem do aluno e suas capacidades, orientações aos pais

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sobre o tratamento realizado na escola e como dar continuidade em casa, terapia

individual e terapia em grupo, visando buscar as potencialidades de cada aluno e

assim realizar o tratamento adequado.

67 - SERVIÇO SOCIAL:

O serviço social tem como objetivo prestar atendimento assistencial,

educacional e de saúde à pessoa portadora de deficiência (mental, física, sensorial e

múltipla), assim integrá-la com a comunidade em que vive através de um

acompanhamento orientado que vai da entidade ao lar, ao trabalho, à escola, centros

comunitários, creches e inclusive ao lazer.

- Entrevistas triagens;

- Relatórios;

- Orientações;

- Visitas domiciliares e atendimento aos pais com orientações aos seus

filhos;

- Orientações específicas diante de situações – problemas.

- encaminhamentos conforme necessidade para recursos da

comunidade, saúde, educação e trabalho;

- Participação na organização das campanhas promocionais beneficente;

- Ampliação de atendimentos as famílias através de programas de

atendimento específico.

68 - FISIOTERAPIA

- Avaliação e laudo das alterações neuro muscular, esquelética e

alterações respiratórias;

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- Avaliação da defasagem de idade motora tendo como parâmetro a idade

cronológica;

- Tratamento individual de todo paciente que necessite de atendimento do

setor de fisioterapia;

- Orientação à professora sobre manobras de facilitação de movimento,

e/ou inibição dos reflexos patológicos;

- Participação de reuniões para debates de casos com a equipe

multidisciplinar;

- Encaminhamento de pacientes para todos afins que fizerem necessários

e que fujam da competência da equipe Apaeana;

- Orientação diagnóstica para os pais, visando continuidade dos

tratamento no lar, o pleno desenvolvimento do educando.

69 - RECURSOS FINANCEIROS

Os Recursos Financeiros são obtidos pelos órgãos Públicos , A nível

Municipal Estadual e Federal.

-FNDE/MEC

-SEED

-FNAS

-SERT

- SUS

. Doações, Promoções e recursos próprios.

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As ações são as seguintes:

1-Parceria com a Igreja

Realização de palestras, projeção de filmes e documentários nos cursos de

noivos, encontro de casais, encontros de jovens...

2-Parcerias com órgãos públicos (Secretaria de Saúde, Educação, Família e

Ação Social).

-Palestras para alunos do 1º e 2º graus.

-Realização de campanhas de prevenção.

-Palestras para gestantes

-Implantação de serviços de prevenção.

A Escola de Educação Especial desenvolve um trabalho com a creche

comum com atendimento psicopedagógico para crianças de alto risco e com

deficiência mental leve, com atraso no desenvolvimento psicomotor e cognitivo, sob

sua responsabilidade.

3-Parcerias com a pastoral da criança, Postos de Saúde, pré-escola e

Conselho Tutelar.

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BIBLIOGRAFIA

-APAE Educadora, Escola que buscamos – Brasília /DF. –abril/2001-09-21

-XVII Congresso Nacional das APAEs. SALVADOR – BAHIA julho/1995

-Parâmetros Curriculares Nacionais. Adaptações Curriculares. Brasíla, 1999.

-Referencial, Curricular Nacional para Educação Infantil.

-Colégio Educação Especial. Ação Pedagógica Vol. 1 e 2. Federação Nacional das

APAEs.1993.

-Pedagogia de Projetos – Interdisciplinares Editora Rideel – 1º Edição. São Paulo

-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei. Nº 9394/96- SINEPE/PR-

Curitiba

-Danilo Gandin/ Luiz Armando Gandin. Temas para um projeto político-Pedagógico.

(Editora Vozes 2º Edição).

-Celso dos S. Vasconcelos. Planejamento. Cadernos Pedagógicos da Libertad-1-

6ºEdição.

-Família e profissionais rumo a parceria. Federação Nacional das APAEs. Brasília

1997.

-Anais 40º Encontro das APAEs do Paraná. Apucarana 2001.

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70 - ANEXOS

71 - PROJETOS

A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” desenvolve atualmente

projetos que atinge direta ou indiretamente alunos, pais, professores e comunidade

em geral. Alguns em andamento e outros a serem realizados a partir do ano de 2002.

72- PROJETO GRUPO DE ESTUDOS

Sabendo que as pedagogias presentes nas salas de aula, precisam ser

conhecidas e articuladas. E assim tomadas, são definidoras dos eixos básicos e

necessários à escola em seu projeto pedagógico.

73 JUSTIFICATIVA

Esta prática está justificada na necessidade de proporcionar aos professores

um momento de acréscimo aos seus conhecimentos, com novas técnicas e teorias

que o ajudem na sua prática pedagógica.

74 OBJETIVO

O grupo de estudo tem com objetivo principal a apropriação de novos

conhecimentos e o constante repensar da prática pedagógica.

- desenvolver o gosto pela cultura e experimentos inovadores

necessários à escola;

- desenvolver a capacidade de memorização e articulação adaptados

no decorrer dos conteúdos;

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- desenvolver a criatividade e responsabilidade de fazer sempre o

melhor.

75 DESENVOLVIMENTO

O grupo de estudos será realizado a cada 60 dias com um tempo previsto de

04 horas distribuídas entre: estudos de materiais específicos (documentos, livros,

revistas, fitas de vídeo, etc). e discussão sobre o material estudado, levantamento

das dificuldades em sala de aula e finalmente propostas de metas pra solução das

mesmas.

- Leitura e trabalho com textos para levantamento de tópicos

importantes;

- Estudo de documentos e apostilas para sustentação especifica

apontadas no trabalho pedagógico;

- Pesquisas inter-grupal apontando opiniões e argumentos para

posterior discussões;

- Pesquisas para trabalhos coletivos ou individuais que venha interagir

para uma tomada de decisões.

76 FINALIZAÇÃO

Ao final de cada grupo de estudo, os professores terão que apresentar junto a

Direção projetos de trabalhos que venham de encontro a solução dos problemas por

eles levantados.

- como reconhecimento pelo trabalho executado em reuniões propostas,

todos os elementos do referido projeto participaram.

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78 - CLUBE DE MÃES

OBJETIVOS:

Propiciar as mães um espaço onde serão realizadas reuniões semanais e

atendimentos individuais, possibilitando a reflexão de seus problemas, na busca de

soluções viáveis para si e o grupo como um todo, bem como, conscientizar quanto a

importância de um maior envolvimento da família com a escola.

79 - PROJETO COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

OBJETIVO:

Desenvolver no aluno com comprometimento neurológico e que apresenta

AFASIA, (ausência de linguagem expressiva uma forma de se comunicar através de

figuras e símbolos).

FONÉTICA

Orientar a equipe pedagógica e informar a importância para alfabetização e

utilização do método fônico.

MÉTODO FÔNICO:

Orientar o professores principalmente para produção adequada dos sons das

letras, e alfabetização à partir daí, auxílio – CAPOVILA E PANLEXIA.

80 - CONCLUSÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

Este Projeto Pedagógico foi elaborado na intenção de atender as necessidades

educacionais de nossos educandos, baseando-se nas Diretrizes Nacionais da

Educação Básica e dos Referenciais Nacionais Curriculares Para a Educação Infantil,

ECA e outros documentos que amparam o direito de nossos alunos a uma educação

de qualidade, igualitária e emancipatória.

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Pretende também ser o espelho de nosso trabalho, possibilitando a todos uma

visualização clara e objetiva das ações desenvolvidas no trabalho pedagógico e em

todas as outras ações executadas no espaço escolar.

EQUIPE DE ELABORAÇÃO

DIREÇÃO: Vera Lúcia Batista Pires Sanchez

PEDAGOGA: Leila Franco Sanchez

____________________ __________________

Diretora Pedagoga

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