aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e...

68
Revista Fecomércio DF 1 Revista do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça Secretária de Turismo do Distrito Federal Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não se vive só de política e de funcionalismo público. Essa visão mudará ainda mais com ações para reforçar a cidade como protagonista no cenário mundial

Upload: others

Post on 21-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

PB Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 1

Revista do SistemaFecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto FecomércioAno XX nº 247Abril 2019

Entrevista // pg. 8Vanessa Chaves de Mendonça Secretária de Turismo do Distrito Federal

Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não se vive só de política e de funcionalismo público. Essa visão mudará ainda mais com ações para reforçar a

cidade como protagonista no cenário mundial

Page 2: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

2 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 3

CONFIRA AS VANTAGENS E ESCOLHA SEU PLANO AGORA.

Empregador do Comércio: graças à parceria da Qualicorp

com a FECOMÉRCIO-DF e mais de 500 entidades de classe, você pode

escolher um plano de saúde ideal para as suas necessidades. Planos de saúde

a partir de

R$30710800 799 3003qualicorp.com.br/anuncio

1R$ 306,90 - Amil 400 QC Nacional R Copart PJCA (registro na ANS nº 472.929/14-3), da Amil, faixa etária até 18 anos, com coparticipação e acomodação coletiva (tabela de julho/2018 - DF). 2A disponibilidade e as características da rede médica e/ou do benefício especial podem variar conforme a operadora de saúde escolhida e as condições contratuais do plano adquirido. Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras de saúde, bem como a disponibilidade para cada entidade de classe. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Março/2019.

Siga a Qualicorp:

C O M A Q U A L I C O R P V O C Ê

CARÊNCIAS REDUZIDAS2

LIVRE ESCOLHA COM REEMBOLSO2

SEGURO VIAGEM2

OS MELHORES HOSPITAIS E

LABORATÓRIOS2

anuncio_FECOMÉRCIO-DF_410x275_ed-MAR.indd 1 06/03/2019 16:15:52

Page 3: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

2 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 3

CONFIRA AS VANTAGENS E ESCOLHA SEU PLANO AGORA.

Empregador do Comércio: graças à parceria da Qualicorp

com a FECOMÉRCIO-DF e mais de 500 entidades de classe, você pode

escolher um plano de saúde ideal para as suas necessidades. Planos de saúde

a partir de

R$30710800 799 3003qualicorp.com.br/anuncio

1R$ 306,90 - Amil 400 QC Nacional R Copart PJCA (registro na ANS nº 472.929/14-3), da Amil, faixa etária até 18 anos, com coparticipação e acomodação coletiva (tabela de julho/2018 - DF). 2A disponibilidade e as características da rede médica e/ou do benefício especial podem variar conforme a operadora de saúde escolhida e as condições contratuais do plano adquirido. Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras de saúde, bem como a disponibilidade para cada entidade de classe. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Março/2019.

Siga a Qualicorp:

C O M A Q U A L I C O R P V O C Ê

CARÊNCIAS REDUZIDAS2

LIVRE ESCOLHA COM REEMBOLSO2

SEGURO VIAGEM2

OS MELHORES HOSPITAIS E

LABORATÓRIOS2

anuncio_FECOMÉRCIO-DF_410x275_ed-MAR.indd 1 06/03/2019 16:15:52

Page 4: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

4 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 5

registradora

[email protected]

COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DFDiego Recena

REVISTA FECOMÉRCIO

Diretor de Redação: Diego Recena

Editora Senac: Luciana Corrêa

Editor Sesc: Marcus César Alencar

Fotógrafo: Cristiano Costa

Repórteres: Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Jeniffer Rodrigues, José do Egito, Liliam Rezende, Luciana Corrêa, Sacha Bourdette e Sílvia Melo

Projeto Gráfico: Gustavo Pinto eAnderson Ribeiro

Diagramação: Denis Sousa

Edição e revisão: Luciana Corrêa

Impressão: Coronário

REDAÇÃOSCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Newton Rossi,2º andar - Brasília-DF - 70306-908(61) 3038-7527@fecomerciodf /fecomerciodf fecomerciodf.com.br

revista

Sesc e Globo assinam termo para realizar o DF Cidadão

A abertura oficial do DF Cidadão, ação comunitária realizada pelo Sesc-DF e pela Globo, ocorreu no dia 19 de março, no Sesc da 504 Sul. Em solenidade, o termo de parceria para a realização da ação comunitária em 2019 foi assinado pelo presidente do Conselho Regional do Sesc-DF, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante, e o diretor regional da Globo, Cláudio Corrêa,

juntamente com o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, e o diretor regional do Sesc-DF, Francisco Soares Campelo Filho. O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei-DF), Marco Tulio Chaparro, também esteve presente na solenidade.

Reeleição noSindhobar-DF

A eleição da diretoria do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF) foi realizada dia 25 de março, na sede da entidade, em Brasília. O pleito contou com duas chapas e o presidente, Jael Antônio da Silva, foi reconduzido ao cargo pelo próximo quadriênio (2019-2022) com 37 votos dos 69 votantes.

Substituiçãono Sindesei-DF

O empresário Christian Tadeu assumiu interinamente, no mês de março, o cargo de presidente do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei-DF). Christian substituiu Marco Tulio Chaparro,que se afastou temporariamente.

Natal Monumentalfomentará turismoem Brasília

O projeto Natal Monumental movimentará Brasília no final do ano de 2019. Haverá uma megaestrutura na Esplanada dos Ministérios, com uma superprodução natalina com espetáculos e atrações que envolvem bailarinos, cantores, músicos, atores, produtores e diretores, além de muita gastronomia. O evento também contará com pista de patinação no gelo, grandes espetáculos, shows de som e luz.

Page 5: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

4 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 5

abril de 2019

34

12

Artigos

Colunas

Seções

EntrevistaVanessa Chaves de Mendonça Secretária de Turismo do DF

8

GastronomixRodrigo Caetano18GenteDaniel Alcântara, Fabíola Souza, Sacha Bourdette e Silvia Melo

20

Empresa do Mês64

Sindicatos60

Caso de Sucesso44

TecnologiaRenato Carvalho

Indicadores do ComércioJosé Eustáquio

56

50

Novidades da Base62

Pesquisa Relâmpago66

CapaBrasília, 59 anosA visão da capital do país mudará ainda mais com ações da Fecomércio-DF para reforçar a cidade como protagonista no cenário mundial.

26 Fim dos descartáveisPrazo de 90 dias para a adaptação dos estabelecimentos foi estendido para 18 meses

Proteção de dadosLei geral de proteção de dados de clientes está em discussão no Senado. Multa pode chegar a R$ 5 mil

45 Direito no TrabalhoLirian Sousa SoaresCavalhero

Direito de Empresa Antonio Teixeira42

Aconteceu58

Agenda FiscalAdriano Marrocos52

A Marca Brasília foi escolhida por concurso para representar a capital em ações que visem

fortalecer o turismo e a imagem positiva da cidade

Isenção de VistoCaetana Franarin30Doses Econômicas Eloy Corazza39

Cri

stia

no C

osta

Page 6: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

6 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 7

SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília-DF – 70306-911 – (61) 3038-7500

Fernando Bizerra da SilvaFrancisco Sávio de OliveiraGeraldo César de AraújoJair Magalhães JúniorJoão Orivaldo de OliveiraJosé Amaro NetoJosé Evanio Bernardo dos SantosMilton Carlos da Silva

DIRETOR DA ÁREA DE COMBUSTÍVEIS:Paulo Roberto Correa Tavares

DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, RESTAURANTES, BARES E SIMILARES:Jael Antonio da Silva

CONSELHO FISCAL TITULARES:Antônio Fernandes de Souza FilhoBenjamim Rodrigues dos SantosÉrico Cagali

CONSELHO FISCAL SUPLENTES:Hamilton César Junqueira GuimarãesHenrique Pizzolante Cartaxo

CONSELHO CONSULTIVOPRESIDENTEAlberto Salvatore Giovani Vilardo

CONSELHEIROSAntonio José Matias de SousaEdy Elly Bender K. SeidlerJose Djalma Silva BandeiraMitri MoufarregeRogerio Tokarski

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC TITULARES1° Francisco Maia Farias2° Edson de Castro

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC SUPLENTES1° Diocesmar Felipe de Faria2° Christian Tadeu de Souza dos Santos

SINDICATOS FILIADOSSindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões, Institutos e Centros de Beleza, Estética e Profissionais Autônomos do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio

DIRETORIA

PRESIDENTEFrancisco Maia Farias

1º VICE PRESIDENTE:Edson de Castro

2º VICE PRESIDENTE:Antônio Tadeu Perón

3° VICE-PRESIDENTE:Francisco Valdenir Machado Elias

VICE-PRESIDENTES:Alexandre Augusto BitencourtÁlvaro Silveira Junior Antônio Carlos de AguiarBartolomeu Gonçalves MartinsFrancisco Messias VasconcelosGlauco Oliveira SantanaJosé Geraldo Dias PimentelOvídio Maia FilhoTallal Ahmad Ismail Khalil Abu AllanWiliam Vicente Bernardes

VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO:José Aparecido da Costa Freire

1º DIRETOR SECRETÁRIOJosé Fernando Ferreira da Silva

2º DIRETOR SECRETÁRIO---

VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO:Paolo Orlando Piacesi

1º DIRETOR DE FINANÇASCélio Ferreira de Paiva

2º DIRETOR DE FINANÇASAntônio Simoneto

DIRETORES ADJUNTOS:Augustus Bruno von SperlingCharles Dickens Ázara AmaralFrancisco Carlos CarvalhoFrancisco Joaquim LoiolaHélio Queiroz da SilvaJó Rufino AlvesJoaquim Pereira dos SantosJúlio Torres Ribeiro NetoRoberto Gomide CastanheiraSérgio Lúcio Silva de Andrade

DIRETORES SUPLENTES:Cristiane Carvalho Mendes

Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato dos Centros de Veículos Automotores do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindevídeo: Sindicato das Empresas Videolocadoras do Distrito Federal (Sindevídeo/DF) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindipel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato das Empresas de Produção de Imagens, Fotografias, Filmagens e Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) • Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Especializadas em Bombeiro Civil do DF (Sepebc).

SINDICATOS ASSOCIADOSSindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)

Page 7: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

6 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 7

Francisco MaiaPresidente do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senace Instituto Fecomércio

editorial

Uma homenagem como Brasília merece

A Fecomércio-DF

têm intensificado as

ações de apoio ao

turismo, trabalhando

em conjunto com o

governo local e outros

parceiros, e tem

apoiado iniciativas que

fortaleçam Brasília.

Quase sexagenária, Brasília com-pleta mais um ano neste mês de abril e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal homenageia os 59 anos da cidade. Destacamos a necessidade de promover a capital federal no País e no mundo. Devemos focar mais os nossos pontos fortes para reforçar a imagem positiva da cidade. Com tantas características ímpares, como arquitetura moderna, gastronomia riquíssima, grande diversidade cultu-ral e religiosa, natureza exuberante e um povo trabalhador e acolhedor, temos que mostrar como aproveitar cada detalhe dessa linda metrópole. Já ultrapassamos a marca de 3 mi-lhões de habitantes e temos orgulho de Brasília.

Em prol de um movimento maior de valorização e defesa da cidade, a Fecomércio-DF têm intensificado as ações de apoio ao turismo, trabalhan-do em conjunto com o governo local e outros parceiros, e tem apoiado ini-ciativas que fortaleçam Brasília. Na matéria de capa, falamos sobre algu-mas delas, inclusive da mais recente que entrará no ar ainda neste mês: o portal Brasília City. Nele, iremos con-centrar tudo o que os turistas preci-sam saber para definir seus roteiros dentro da nossa capital.

Nesta edição da Revista Feco-mércio-DF, você pode ler ainda sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (nº 13.709), atualmente em discussão no Senado Federal, e que deve mudar o jeito de divulgação das empresas de dados pessoais de seus consumi-dores, como por exemplo: número de cartão de crédito, endereço, CPF e RG. Outra preocupação para o co-mércio é sobre o prazo para troca de produtos previsto na Lei nº 6.266, que proíbe o uso de embalagens descar-táveis, como canudos e copos de plás-tico, derivados de polímeros sintéticos fabricados à base de petróleo.

Dentro do Sistema Fecomércio--DF, o Sesc comemora os 20 anos do OdontoSesc no Brasil, e em Brasília celebrará 15 anos de prestação de serviços. Os números são impressio-nantes: quase 11 mil pessoas soma-ram 40.738 consultas odontológicas atendidas em unidades móveis. Den-tre eventos culturais para o público brasiliense, o tradicional festival de palhaços, o Sesc Festclown chegará em sua 17ª edição, que vai de 22 a 26 de maio.

O Senac-DF apresenta as próxi-mas oficinas de gastronomia para que o público experimente o que poderá aprender nos cursos, além de uma lista com diversas capacitação para abril e maio. No caso de sucesso, uma ex-aluna do curso de Gestão Comer-cial da Faculdade de Tecnologia Se-nac-DF conseguiu uma oportunidade na área com seu currículo atualizado na rede social LinkedIn após se for-mar. Nesta edição, você pode ler ain-da sobre novidades do Instituto Feco-mércio, tais como parcerias, suporte ao empresário e números da Páscoa.

Page 8: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

8 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 9

A secretária de Turismo do DF é economista e publicitária, com pós-graduação em Marketing e mestrado em Gestáo Empresarial. Vanessa Chaves De Mendonça nasceu em Goiânia e veio para Brasília em 1996. Antes de assumir o cargo de secretária em janeiro de 2019, foi diretora de marketing do Ministério do Turismo e presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda do DF. Nessa edição, Vanessa comenta

sobre o Acordo de Cooperação com a Fecomércio-DF para o fomento e

desenvolvimento do turismo na capital. Além, de ações futuras para incluir Brasília na rota de grandes eventos e turistas nacionais e internacionais.

//Por Fabiola Souza

Vanessa

Mendonça

Cri

stia

no C

osta

entrevista

Page 9: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

8 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 9

1. A Secretaria de Turismo do DF e a Fecomércio-DF assinaram um Acordo de Cooperação Técnica. Qual a sua avaliação sobre o papel da Fecomércio no fomento e desenvolvimento do turismo local?

O Turismo é uma das atividades econômicas mais importantes do mundo. Para cada cinco empregos, um é gerado nesse segmento. O trabalho conjunto entre a Secretaria de Turismo e a Fecomércio permitirá que realizemos ações mais assertivas e estratégicas que irão nos aproximar do trade turístico e impulsionar a economia da cidade por meio desse setor. São mais de 50 atividades, muitas delas com ligação direta com a Fecomércio, que representa a cadeia produtiva e o turismo é um dos setores que mais empregos pode gerar. 2. Além dos Centros de Atendimento ao Turista – CAT’s – que estão em reforma, a secretaria pretende criar, em outras localidades, novos espaços de atendimento?

Além da reabertura ou criação de novos centros, estamos trabalhando com as regiões administrativas para que elas ofereçam informações aos turistas. Outro dado importante é que temos dois CATs móveis, que permitem o apoio aos turistas em diversas localidades. Estamos desenvolvendo com o BRB um planejamento para a ativação e movimentação dos CATs. Os dos

“O trabalho conjunto entre

a Secretaria de Turismo e a Fecomércio permitirá que

realizemos ações mais assertivas

e estratégicas que irão nos

aproximar do trade turístico. ”

setores hoteleiros Sul (Quadra 1, próximo ao Hotel Nacional) e Norte (Quadra 1, ao lado do Kubitschek Plaza) já estão sendo reformados. Desde o mês de fevereiro, a Secretaria de Turismo iniciou o processo de pintura e revitalização dos espaços. Além desses, o da Casa de Chá na Praça dos Três Poderes, que funciona todos os dias das 9h às 18h, foi pintado e teve o mapa, localizado em frente ao Centro de Atendimento, trocado. A Secretaria de Turismo ainda irá reativar o atendimento do CAT da Torre Digital aos finais de semana, já conseguiu com a Inframérica um espaço na área de desembarque para instalar o Centro de Atendimento ao Turista no Aeroporto de Brasília e está sendo negociado um espaço na Rodoviária Interestadual.

3. Em relação a Orla do Lago Paranoá, a secretaria tem algum projeto de desenvolvimento enquanto espaço turístico?

Iniciamos um diálogo com o trade do Lago Paranoá para otimizar a utilização do local como ponto turístico. Aliado a isso, estamos fazendo um mapeamento de todas as empresas e opções de lazer da região. Iremos potencializar a beleza do Lago e seus recursos. Apesar de não termos um mar, temos referências de cidades como Ilha Bela (SP) como modelo de exploração de Turismo Náutico. Não temos rio, mas temos um lago espetacular. Já estamos apoiando o Aloha Spirit, que é maior festival de esportes aquáticos da América

Page 10: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

10 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 11

entrevistaC

rist

iano

Cos

ta Latina e um dos três maiores do mundo. A segunda etapa do campeonato será realizada em junho desse ano, na capital federal. A primeira é em Ilha Bela e a terceira em Cabo Frio (RJ). Brasília é a única cidade que terá uma etapa realizada em água doce. O Lago é um dos principais atrativos para o turismo na nossa cidade pelas diversas experiências que podemos oferecer. Desde atividades esportivas a eventos. O Turismo Náutico será promovido em ações com todo o trade.

4. A secretaria pretende criar parcerias para incluir Brasília na rota dos grandes eventos nacionais e internacionais? Se sim, como?

Criamos uma unidade de captação de eventos para o mercado nacional e internacional. Além disso, a nossa estratégia é transformar os profissionais que participam de congressos e outros eventos em Brasília em turistas, oferecendo opções em parceria com o trade, para que eles possam conhecer a nossa cidade. São vários segmentos que promovem eventos aqui, como por exemplo, trabalhadores das áreas de saúde, direito, tecnologia, educação e arquitetura. Estamos trabalhando na identificação dos eventos que ocorrem em Brasília e com a parceria com o trade, estamos ofertando aos participantes condições especiais em diversos serviços. Essa é uma forma de apoiarmos a comercialização local com o fluxo contínuo de turistas de negócios e representantes públicos que sempre estão na cidade e, muitas das vezes, por desconhecimento não experimentam nossa vasta oferta de bares e restaurantes.

5. Por ser a sede da política brasileira, Brasília tem uma imagem que se confunde muito com os esteriótipos nacionais de corrupção, como a secretaria pretende trabalhar a imagem da cidade para não ser associada dessa forma? A Setur tem a intenção de criar uma identidade própria para Brasília e o Distrito Federal, que se desvincule da política, para tornar o nosso destino um dos mais importantes nacional e internacionalmente?

Durante muito tempo, Brasília foi vista apenas como uma cidade política. Local onde as decisões são tomadas. Nosso trabalho na Setur é mudar esse posicionamento. Reinventar a nossa cidade e fazer com que ela seja percebida por todos, não como um palco político, mas como protagonista de acontecimentos positivos pelo que ela representa como cidade. Estão sendo criadas novas rotas turísticas para oferecer aos turistas experiências únicas: religiosa e mística, dos azulejos, de arquitetura, do artesanato, de Patrimônio Cultural, de Cidade Criativa do Design e do Turismo Cívico. Também estamos participando de feiras nacionais e internacionais, como por exemplo, a BTL de Lisboa e a WTM América Latina, de São Paulo. Estamos promovendo ações de integração com o trade e acordos com as empresas aéreas.

6. Falando sobre os projetos da Câmara de Turismo da Fecomércio, qual a sua opinião sobre o Portal Brasília City (www.brasiliacity.com.br), promovido pela Fecomércio, em parceria com o Correio Braziliense. Até então, Brasília não tinha nenhum portal, site ou perfil

Page 11: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

10 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 11

“Queremos que a capital federal entre em definitivo

nos roteiros de viagens de

brasileiros e estrangeiros.

Iremos transformar

Brasília em um dos destinos

mais desejados do mundo.”

em redes sociais para divulgar o que o destino tem a oferecer aos visitantes ou mesmo ofertar produtos e serviços turísticos. Para o turismo local, a secretaria vê esse projeto como um incentivo ao fortalecimento do turismo?

Vejo como uma importante ferramenta de prestação de serviços aos turistas e como uma plataforma de visibilidade para a nossa cidade.

7. O aniversário de Brasília é comemorado no dia 21 de abril. O que a secretaria está programando para os brasilienses este ano?

No mês de abril, teremos uma manhã cívica com várias atividades antes e após a solenidade da Troca da Bandeira, que ocorre todo primeiro domingo do mês na Praça dos Três Poderes. Criamos um comitê que irá trabalhar a programação de aniversário para comemorar os 60 anos de Brasília, a intenção é que diversas ações sejam realizadas até 21 de abril de 2020.

8. Para encerrar, qual é o legado que a secretária pretende deixar na sua gestão para o turismo de Brasília?

Queremos que a capital federal entre em definitivo nos roteiros de viagens de brasileiros e estrangeiros. Iremos transformar Brasília em um dos destinos mais desejados do mundo. A nossa meta é impulsionar o turismo. Fazer com que a cidade ocupe a sua posição de destaque. Brasília tem muito a oferecer. Não podemos ignorar esse potencial e o meu compromisso é o de transformar esse setor

como um dos mais importantes de geração empregos e renda. É revelar a nossa cidade pela sua beleza e diversidade em todas as experiências turísticas que podemos oferecer.

9. Qual o impacto para o turismo da cidade com o acordo do stopover assinado entre o Governo do Distrito Federal e a empresa aérea portuguesa TAP?

A estimativa da TAP é que a nossa cidade tenha um incremento no número de turistas europeus de 20 mil, uns anos após o início da operação do programa. Estamos trabalhando para tornar Brasília um dos destinos mais desejados pelos europeus. O diretor de Marketing da TAP, Francisco Guarisa, tem destacado nas reuniões que a empresa aérea portuguesa acredita que o programa irá estimular os europeus a conhecerem uma Brasília que ninguém conhece.A vinda de mais turistas impactará diretamente na economia. A atividade turística aumenta a arrecadação e gera empregos e renda. Também estimula a melhoria de prestação de serviços, a infraestrutura da cidade e a qualidade de vida da população. Estados vizinhos também serão beneficiados. Já estivemos reunidos com governadores, prefeitos e secretários de Turismo da região Centro-Oeste e de Tocantins para associarmos o turismo na capital federal a destinos nessas localidades. Estamos trabalhando com todo o trade. Nosso projeto elaborado com a TAP vai transformar o turismo na região e mostrar aos turistas do mundo inteiro que o país tem muito mais além de belas praias.

Page 12: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

12 Revista Fecomércio DF

DADOSPROTEGIDOS

segurança

Lei que protege dados de consumidores está em discussão no Senado Federal. Empresários precisarão ficar atentos, pois multa chega a R$ 5 mil reais por informação vazada

//Por Daniel Alcântara

Após vazamento de dados dos usuários do Facebook, coletados pela empresa Cambridge Analytica, e usados nas últimas eleições nos Estados Unidos, o

tema de proteção de dados veio à tona em vários países do mundo, entre eles o Brasil. Atualmente em discussão no Senado Federal, a Lei Geral de Proteção de Dados (nº 13.709) promete mudar o jeito de divulgação das empresas de dados pessoais de seus consumidores, como por exemplo: número de cartão de crédito, endereço, CPF e RG.

A Lei garante a todos a informação sobre como em-presas públicas e privadas tratam os dados do cidadão. Ou seja, como são coletados, armazenados e com quem os compartilham. A norma atingirá qualquer atividade que envolva utilização de dados pessoais. Além da ne-cessidade de autorização expressa da parte do consumi-dor para que a coleta de dados ocorra. É o que explica a advogada e vice-presidente de articulação política da Federação das Empresas de Tecnologia da Informa-ção (Assespro Nacional), Letícia Batistela. Segundo ela, dentre os pontos mais relevantes da norma estão: uma maior garantia de segurança jurídica; regras únicas de aplicação nacional a todos os setores da economia, evi-tando assim o surgimento de normas conflitantes; além é claro, da proteção à privacidade. “É uma lei extrema-

Page 13: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

Revista Fecomércio DF 13

mente positiva, pois ela cria uma pri-vacidade maior, uma proteção. Tem a preocupação que os dados sejam preservados”, diz.

O Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei--DF) acredita que ainda há muito o que se debater sobre o tema. De acordo com o presidente da entida-de, Christian Tadeu de Souza Santos, o sindicato juntamente a Assespro Nacional e a Federação do Comér-cio-DF, está discutindo o assunto junto com parlamentares para que a Lei saia da melhor forma possí-vel, sem prejudicar o empresário e o cidadão. “Nós que somos da área de tecnologia ainda temos dúvidas sobre a norma, imagina o pequeno e médio empresário que utiliza de da-dos dos clientes para movimentar o seu negócio”, questiona Christian.

“Visando a proteção desses co-mércios, a Assespro Nacional, que tem como diretor adjunto de articu-lação política o presidente do SINDE-SEI, apresentou algumas propostas de emendas ao projeto para enten-der claramente como isso vai ser fei-to, pois, se até mesmo aquele mer-cado do bairro que faz um sorteio de bicicleta, por exemplo, utiliza dados do cliente, precisará entender como utilizar essas informações”, explica o presidente. No texto atual da Lei, a cada vazamento de dados, a empre-sa está sujeita a uma multa que pode

chegar a R$ 5 mil reais. O presidente do Sindesei-DF destaca ainda que a tecnologia veio para ajudar o empre-sário a se conectar com o consumi-dor final, mas não com essa invasão que existe hoje. “Quando você faz um cadastro em algum site, ou baixa um aplicativo, você recebe milhares de e-mails de diferentes lugares, sem saber como isso aconteceu”, diz Christian. “Precisamos encontrar um meio termo para fomentar os negócios e que não seja tão invasivo”, pondera.

O empresário da área de tecno-logia, Marco Tulio Chaparro, deixa claro que o empresariado precisa ter uma maior atenção sobre essa questão, muitos ainda nem sabem sobre o assunto. Segundo ele, será necessário revisar toda a parte de Serviço de Atendimento ao Consu-midor (SAC) e teleatendimento, tudo que envolve coleta de dados e que pode acabar vazando informação. “É importante investir na educação do consumidor, primeiro que ele não deve disponibilizar tantas informa-ções assim e o empresário também deve ficar atendo com esses dados, pois é um potencial risco que pode estar na mão. Para pequenas em-presas pode significar o fechamento. É preciso tomar bastante cuidado e tomar conhecimento do caso”, infor-ma Marco Túlio. Ele considera que uma solução pode ser colocar essas

informações em um banco de dados em uma nuvem, criptografada, sem interferência humana, resguardando assim os dados, evitando multas.

O presidente da Assespro Na-cional, Ítalo Nogueira visitou o presi-dente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, no mês de fevereiro, para dis-cutir a importância da tecnologia no comércio e assuntos pertinentes ao setor de TI, como a Lei. Na ocasião, Francisco Maia disse que a Feco-mércio está disposta a ajudar, por se tratar de um assunto de grande relevância para o setor produtivo. Ítalo informa que a Lei foi criada de uma maneira muito dura, com pe-nalizações muito altas. Ele informa que a Assespro Nacional está bata-lhando para que a nova norma não prejudique os empresários. “É uma lei boa, entretanto, será necessária uma atenção redobrada para que a norma seja feita de forma gradual, para ajudar as pequenas e médias empresas que não tem um gestor de dados”, disse. “Todo o merca-do pode ser atingindo de maneira positiva ou negativa, de acordo do modo que você use ou cuide desses dados. Se o empresário tem uma planilha com nome, telefone e en-dereço dos clientes e faz uma mala direta, sem a devida autorização, ele pode sofrer danos por conta da divulgação sem a devida autoriza-ção”, explica Ítalo.

Page 14: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

14 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 15

Sem concurso há 26 anos, defasagem na Vigilância Sanitária do DF trava setor produtivo e ameaça vida do cidadão. Fecomércio pede auxílio ao GDF

brasília

//Por Daniel Alcântara Foto: Cristiano Costa

Entrave no comércio

Há 26 anos sem concurso, a Vi-gilância Sanitária do Distrito Federal está com um déficit crítico de funcio-nários que ameaça a economia da cidade e a vida do brasiliense. A área de fiscalização em atividades urba-nas é uma das que apresenta maior comprometimento. A falta de servi-dores interfere na atuação em bares, restaurantes, hospitais, farmácias, salões de beleza e quase todas as atividades produtivas.

Hoje, o DF conta com 140 fiscais para prestar esse serviço. Na parte de aprovação de projetos de arqui-tetura, o órgão possui apenas um funcionário, o que provoca atrasos de até 270 dias para a abertura de uma empresa de alto impacto. Em fevereiro deste ano, mais de 1,4 mil empreendimentos aguardavam a

aprovação de seus projetos para en-trar em funcionamento, o que atrasa a geração de empregos, onera ainda mais o empresariado e compromete o desenvolvimento de Brasília.

Ciente da urgência do assun-to, o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, encaminhou um do-cumento para o governador Ibaneis Rocha com uma análise da situação e sugestões para destravar a Vigilân-cia Sanitária. “Essa realidade é um risco para a sociedade e para o setor produtivo. Sem fiscalização, pode-se criar um ambiente de concorrência desleal, com uma situação que nem o setor econômico e nem a socieda-de desejam”, afirma Francisco Maia. Ele explica que o objetivo da Feco-mércio é auxiliar o GDF a encontrar uma solução. “O governo do DF tem

conhecimento da situação e enten-de que essa é uma prioridade, tanto que o governador Ibaneis já colocou a questão como uma meta dos 100 dias de governo”, diz Francisco Maia.

O documento da Fecomércio foi entregue no final de março pelo se-gundo vice-presidente da entidade, Antonio Tadeu Perón, e pelo conse-lheiro da Federação, Rogério Tokar-ski, ao secretário-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki. Perón afirma que o GDF entende a urgência do assunto. “Neste momento o governo do DF tem uma dificuldade para am-pliar o quadro, mas eles entendem a urgência da situação”, destaca. “É uma questão urgente pois acaba atrapalhando o desenvolvimento do comércio. O empresário quer abrir, comercializar, empregar e desiste por conta da falta de funcionários da vigilância”, salienta Perón.

O conselheiro da Fecomércio--DF, fundador e proprietário da rede de farmácias de manipulação Farmacotécnica, Rogério Tokarski, também destaca que a vigilância é um órgão de extrema importância para o funcionamento do setor far-macêutico e para diversos outros segmentos econômicos da cidade. “Precisamos de uma concorrência sadia, pois temos muitos empresá-rios irregulares que não são fisca-lizados, atrapalhado o comércio. É inacreditável, mas essa é a realidade no DF”, explica Tokarski.

Page 15: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

14 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 15

sesc garagem

Cantor e compositor Lô Borges participa das comemorações dos 40 anos do Teatro Sesc Garagem

//Por Sacha Bourdette

@sescdf

/sescdf

www.sescdf.com.br

Um palcode histórias

Conhecido por ser referência para os artistas de todo o Brasil, o Teatro Sesc Garagem, localizado na unidade da 913 Sul, completa este ano quatro décadas. Para celebrar esse marco, durante todo o ano se-rão realizadas diversas atividades culturais no local. Para abrir as co-memorações, o teatro recebeu nos dias 6 e 7 de abril, o cantor e com-positor mineiro Lô Borges. O técni-co de Cultura do Sesc 913 Sul, Ivaldo Gadelha, adianta que toda a progra-mação foi alusiva ao aniversário do teatro que exerce um papel impor-tante para a cultura brasileira. “O Garagem hoje em dia é reconhecido nos quatro cantos do País como um palco sagrado e chega à sua maturi-dade em pleno vigor e firme em sua vocação para a difusão das mais di-ferentes formas de expressão artís-tica. O Sesc-DF ao manter em fun-cionamento um espaço cultural por tanto tempo, reafirma a sua missão social de fomento à cultura e educa-ção. É mais do que justo e oportuno comemorarmos o aniversário deste teatro durante todo o ano de 2019 e foi uma honra abrir a temporada com a apresentação do músico Lô Borges”, afirmou.

O artista Lô Borges é um dos criadores do Clube da Esquina, movimento musical de Minas Ge-rais que marcou a história da MPB. Pela primeira vez no Teatro Sesc Garagem, ele falou da expectativa antes dos shows. “O Teatro é um espaço histórico de promoção das

artes e da cultura, no Distrito Fe-deral. Fiquei muito lisonjeado em abrir as comemorações dos 40 anos do Garagem, e por isso apresenta-mos, também pela primeira vez em Brasília, o show Nada Será Como Antes - Uma Homenagem ao Bituca (Milton Nascimento), que é um tri-buto à nossa amizade, e foi a partir desse encontro que foram lançadas as sementes do Clube da Esquina”, contou. Lô Borges (voz e violão) in-terpretou sucessos e dividiu o palco com Henrique Matheus (guitarra e vocais) e com o irmão Telo Borges (teclados e voz).

SOBRE O TEATROConstruído na parte subterrânea

da unidade do Sesc 913 Sul, o Teatro Sesc Garagem é reconhecido por revelar e divulgar talentos do ce-

nário cultural. Inaugurado em julho de 1979, o espaço foi projetado para ser um teatro arena para aproximar o público do artista. O local tem em média 20 apresentações por mês e capacidade para receber 204 pes-soas. O Teatro Sesc Garagem já recebeu grandes nomes das artes, como: Ivan Lins, Luiz Melodia, João Bosco, Cássia Eller, Dorival Caym-mi, Renato Russo, Raimundos, Pau-lo José, Pedro Paulo Rangel e Hugo Rodas.

Page 16: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

16 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 17

por dentro do sistema - FECOMÉRCIO

FRANCISCO MAIA PARTICIPA DE ALMOÇO COM O VICE-PRESIDENTE, GENERAL MOURÃO

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Francisco Maia, juntamente com o vice-presidente da Câ-mara de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Fecomércio-DF, Christian Tadeu de Souza Santos, par-ticipou, no dia 19 de março, do almoço com o Grupo de Lí-deres Empresariais (Lide), no Brasília Palace Hotel, com o presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão. No encontro, Mourão disse que o governo federal buscará recursos para colocar em operação o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entre Brasília e Luziânia (GO).Também participaram do encontro, o governador do Dis-trito Federal, Ibaneis Rocha, o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Bittar, parlamentares e cerca de 40 empresários brasilienses de diversas áreas. O Lide tem o objetivo de incentivar e promover as relações empresariais, discutir temas econômicos e políticos de interesse nacional e fortalecer a Governança Corporativa, além de defender a ética, os princípios democráticos e a eficiência de gestão nos setores público e privado

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, participou no dia 14 de março, no Rio de Janeiro, da reunião de Diretoria da Confed-eração Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), presidida por José Roberto Tadros, presidente da entidade. Essa foi a primeira participação do presi-dente, após assumir o cargo. Na ocasião, foram debatidos temas relativos as câmaras setoriais e a importância de levar a visão da política empresarial formada ness-es grupos para todos os estados do País. Em consonância com a CNC, a Fecomércio-DF anunciou que irá criar uma Câmara da Mulher Empreendedora, onde uma das representantes do grupo fará parte da câmara nacional da CNC.

A Fecomércio-DF quer dar destaque para o empreendedoris-mo feminino. “Além da câmara temática, vamos fazer uma parceria

FECOMÉRCIO-DF ANUNCIA EXPANSÃO DE CÂMARAS EMPRESARIAIS EM CONSONÂNCIA COM A CNC

com a comunicação da CNC para exibir a TV CNC na Fecomércio-DF, depois levar para a estrutura do Sesc-DF e do Senac-DF”, destacou Francisco Maia. Outro anuncio importante realizado durante a reunião de Diretoria foi a data e o local do próximo Con-gresso Nacional do Sicomércio 2019, que ocorrerá no Rio de Janeiro, de 28 a 30 de agosto. Francisco Maia disse que esse evento será de extrema im-portância para debater a sustentabilidade do sistema. “O Sicomércio deste ano debaterá muito a questão da receita para os sindica-tos, como resolver esse problema, alternativas e caminhos a se seguir, por isso acredito que será um dos eventos

mais importantes do ano”, afirmou.Também estiveram presentes na reunião o 2º vice-presidente da Fecomércio-DF e presidente do Sindisuper-DF, Antônio Tadeu Perón e o 1º diretor secretário da Fecomércio-DF e presidente do Sindesei-DF, Marco Túlio Chaparro.

Page 17: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

16 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 17

A Administração do Plano Piloto estabeleceu como regra interna concluir os trâmites de concessão de licenças para eventos em, no máximo, 10 dias. Na avaliação da Administração, esse prazo é uma inovação muito importante. O novo procedimento baseia-se na lei 5.281/2013, em vigor para todo o Distrito Federal, que especifica regras para a realização de even-tos e para a atuação do Executivo local na concessão das respecti-vas licenças e autorizações.

Na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Pro-moção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos (Sindeventos-DF), Luís Otávio Rocha Neves, a decisão é boa e fomentará o segmento de eventos. “Muito relevante para o nosso setor. Até então estava levan-do de 30 a 40 dias para conseguir essa licença. Pode ser que essa

ADMINISTRAÇÃO DO PLANO PILOTO REDUZ PRAZO DE CONCESSÃO PARA EVENTOS. SINDICATO APOIA INICIATIVA

ATIVIDADES NA CÂMARA LEGISLATIVA

determinação gere mais eventos”, informa Luís Otávio. Ele destaca ainda que a redução da burocracia é sempre um ponto positivo para o setor produtivo da cidade.

Na página da Administração do Plano Piloto, é possível acessar informações e um passo a passo para a solicitação de licenças.

Entre as áreas abrangidas estão: Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de Clubes, Setor de Garagens e Oficinas, Setor de In-dústrias Gráficas, Área de Camp-ing, Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaix-adas Sul e Norte, Vila Planalto, Granja do Torto, Vila Telebrasília, Setor de áreas Isoladas Norte.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal acompanhou na quinta-feira (21) a sessão solene de lançamento da Frente Parlamentar Ambientalis-ta em comemoração ao Dia Mundial da Água, presidida pelo deputado distrital Leandro Grass (Rede). A frente estará atenta à questão ambi-ental nas discussões sobre a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e do Plano de

Preservação do Conjunto Urbanísti-co de Brasília (PPCUB). O assessor parlamentar da Fecomércio-DF, Athayde Passos da Hora, participou da sessão atendendo a solicitação do presidente da Federação, Fran-cisco Maia.

A Fecomércio buscará cada vez mais uma inserção nas causas da sociedade em discussão no Poder Legislativo local. Nesta sexta-feira

(22), Passos da Hora participa da sessão solene em comemoração aos 20 anos da Associação dos Servidores da Fundação Jardim Zo-ológico de Brasília. Na oportunidade será outorgado o título de cidadão honorário ao diretor do Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços e Especializadas em Bombeiro Civil do Distrito Federal (Sepebec-DF), José Carlos Lopes de Oliveira. O Sepebec faz parte da base da Fecomércio.

Page 18: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

18 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 19

gastronomix

Rodrigo CaetanoJornalistae blogueiro

www.portalgastronomix.com.br

[email protected]

www.facebook.com/portalgastronomix

@portalgastronomix

Rapport: Nova carta de drinksA casa conta com uma nova carta de drinks elaborada pelo mixologista Vittor Moretti. Além disso, toda quarta tem um drink em dobro, das 19h às 21h, sempre ao som de uma boa música. São 12 opções entre receitas que apostam em releituras de coquetéis clássicos, como o Negroni (R$ 29) e o Dry Martini (R$ 29) e criações exclusivas para a casa como o Pink Tonic (R$ 29) que leva gin Beefeater Pink, água tônica, amora e hortelã e o Extrakt Tonic (R$ 26), com vodka Absolut Extrakt Sueca, cardamomo, maçã, gengibre, shrub de limão, vermute branco artesanal, água tônica, abacaxi e folha de sálvia para perfumar. Para os amantes de whisky, as dicas são o Salé (R$ 29), Chivas extra com infusão de chá chinês

preto defumado, shrub de limão, finalizado com presunto de Parma crocante e folha de sálvia para perfumar; e o Toronto (R$ 26), feito com Jack Daniel’s, calda de açúcar, bitter mentolado e Fernet branca, finalizado com perfume de laranja. Todos os drinks são perfeitos para acompanhar as entradinhas da casa, como o Arancini (R$ 28,00) de açafrão recheado com muçarela e servido com molho pesto de manjericão e

a tábua de frios para compartilhar (R$ 57,00), com queijo gorgonzola, queijo brie, presunto de Parma, azeitonas azapa, sour cream, mostarda Dijon, tomatinhos confitados, nozes e mel, pães e mix de chips.

Rapport Cafés Especiais e Bistrô

Telefone: (61) 3322.0259

201 Sul, bloco B, loja 09 – Asa Sul

Música às quartas: 19h às 22h

Couvert quarta-feira: 5 reais

Os empresários Eduardo e Ariela Nobre – sócios do IVV Wine Bar, na Asa Norte – inauguraram o Iviva Bowls & Smothies Bar. Espaço destinado à alimentação saudável e o cardápio aposta em bowls - tigelas com frutas e castanhas – e smothies. Cada porção desta pode receber ingredientes extras como frutas secas, mel e suplementos como whey protein e golden milk.

Vai ser parada obrigatória para quem curte uma academia ou esportes. Tanto os bowls quanto os smothies ganharam seis versões cada um. No cardápio, tem as opções de sucos (R$ 10 e R$ 14), kombuchas brasiliense Jeyy’s (R$ 12) e wheatgrass shot (R$ 10), um prensado. Os itens podem ser cosumidos no local ou levados para casa.

Iviva: alimentação saudável

Iviva Bowls & Smothies Bar

102 Norte, Bloco D. Funciona

de terça-feira a domingo,

das 12h às 20h.

Page 19: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

18 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 19

Sirène

LayBack Park Brasília

SHTN Trecho 1 Orla do Lago ao lado

da Concha Acústica Lote 6 e 7

SAJ

Boulevard Shopping

Setor Terminal Norte, Conj J

Árabe invade o BoulevardO restaurante Saj – uma rede de São Paulo – trouxe para o Booulevard Shopping, na Asa Norte, seus quitutes árabes. A casa trouxe uma novidade para a capital. Está servindo a comida com um bufê de self-service,

durante o almoço, com 17 opções de pratos quentes e 10 frios. Há entradinhas como húmus, quibe cru, babaganouch e linguiça árabe. Além disso, o Saj também oferece, entre outras gostosuras, as esfirras abertas, quibe de

abóbora, falafel e espetinhos na grelha.

Marca pioneira no segmento de confeitaria sem glúten e leite animal, a Quitutices está de casa nova, na 315 Sul. A loja é especializada em bolos, doces e salgados diversos, também livres de açúcar refinado, soja e aditivos químicos. A charmosa vitrine foi mantida, mas a loja vem com uma importante novidade: pedidos serão anotados nas mesas, e não apenas no balcão. Uma grande mesa para compartilhar, sofás, lugares na área externa e um ambiente com brinquedos para crianças vão compor a novo ambiente.

A confeitaria também ampliou seu horário de atendimento: agora, também vai abrir às segundas-

Quitutices inaugura novo endereço

feiras, das 12h às 18h. De terça a sábado, a casa funcionará das 10h às 20h. Assim, os clientes terão quitutices de segunda a sábado. Além disso, a ideia é que, uma vez por mês, a confeitaria atenda aos domingos, com as delícias do dia a dia e eventos variados, como feiras, sarau, atividades recreativas e pocket show.

Quitutices

CLS 315, Bloco A, Loja 33

Telefone: (61) 3543-5057 / (61)

98303-5396

A Primus Boutique de Carnes acaba de inaugurar mais um novo ponto. Até então, somente em Vicente Pires, a Primus se consolidou como uma mistura restaurante e açougue de carnes nobres e exóticas. Na nova casa na Asa Sul, o destaque fica para a Parrillada, servida todas as quartas-feiras das 19h30 às 23h, com entradas, acompanhamentos e os melhores cortes angus. Além disso, a nova unidade também

Nova casa de carnesterá opções vegetarianas e veganas, como o Spaghetti de abobrinha ao pesto de baru e tomate cereja, a Omelete de queijo brie com mel e amêndoas, o risoto de shitake com pequi e a Parmegiana de berinjela.

Primus Boutique de Carnes

409 Sul Bloco D

Consolidada como a maior rede de fish n’ chips da América Latina, o Sirène chega em Brasília com sua versão pocket, implantada no LayBack Park Brasília, um dos principais pontos de encontro gastronômicos e culturais da cidade, que une bares, pistas de skate, música e arte em um só lugar. No Sirène, o público de Brasília terá a oportunidade de saborear o incrível fish n’ chips que ganhou o país, servido em um cone (pequeno ou grande) com peixe frito empanado e batatas fritas deliciosas. Além disso, o preparo pode ser acompanhado por várias opções de molhos especiais, entre eles tártaro, picante, barbecue e maionese da casa. Existe a possibilidade, também, de pedir um cone só com peixe frito empanado (Só Fish) ou só com batatas rústicas fritas (Só Chips).

Fish n’ chipsna capital

Page 20: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

20 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 21

somos Sistema Fecomércio-DF

O médico geriatra Otávio Castello tem graduação e residência em Geriatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Morando em Brasília há qua-se 9 anos, ele integrou a equipe do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Atualmente, o médi-co, além de atender pacientes, é fundador e diretor Científico da Associação Brasileira de Alzheimer, a ABRAz, no Distrito Federal. Ele explica que o número de casos de Alzheimer tem aumentado. “A doença de Alzhmeir e outras demências estão em crescimento. Nos últimos 20 anos o número de casos mais que do-brou e nos próximos 30 deve triplicar e está associado ao envelhecimento populacional. Portanto, todos os esforços que forem feitos de conscientização e apoio são necessários”, revelou. O trabalho da ABRAz ocorre de diversas maneiras. “A Associação organiza grupos de apoio e rodas de conversa que são para familiares e cuidadores. Os objetivos são oferecer informação, trocar experiências e dar acolhimento. Aqui no DF os encontros ocorrem nas unidades do Sesc da 504 Sul e de Taguatinga Norte. Com a par-ceria todos saem ganhando, a ABRAz possuindo um espaço, o Sesc por oferecer mais um serviço e a po-pulação recebendo apoio”, finalizou o médico.

Promover a inserção social da pessoa com defi-ciência é o principal objetivo da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal - APAE--DF, que beneficia cerca de 730 pessoas por ano por meio de programas voltados para a educação pro-fissional, o desenvolvimento acadêmico, a inserção e o acompanhamento no trabalho, e o atendimento em centro-dia (voltado para pessoas com deficiência intelectual em processo de envelhecimento). Na área de educação profissional, a APAE-DF conta com o apoio do Senac por meio de cursos profissionalizan-tes e de atendimentos em podologia. “A parceira com o Senac veio só para somar. Com a podologia, nós já temos uma parceria mais antiga, com mais de cinco anos, destinada aos meninos em processo de enve-lhecimento”, explica Kelly Assunção Colares, coor-denadora geral de Educação da APAE-DF. “Além de profissionalizá-los, que hoje é super importante, pois o mercado exige, o Senac também promove o acesso ao mundo laboral e social, o exercício da cidadania e o aumento da autoestima”, destaca Kelly. “É muito relevante a visibilidade que o Sistema S traz para a inclusão e a profissionalização da pessoa com defici-ência”, conclui Kelly.

//Por Sacha Bourdette Foto: Cristiano Costa

// Por Silvia Melo

Lidando com o Alzheimer

Inclusão sociale profissional

Page 21: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

20 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 21

//Por Fabíola Souza Foto: Cristiano Costa

Cincoperguntas paraYoshihiro Karashima //Por Daniel Alcântara Foto: Cristiano Costa

Há mais de oito anos, a empresa Cia Athlética contrata os serviços do Instituto Fecomércio (IF) para intermediar os contratos dos estagiários de Educação Física. Segundo o líder do programa de estágio da empresa, Cleiton de Araújo Brito, ao todo, a atualmente academia tem 44 estagiários trabalhando na empresa. “O estagiário é funda-mental para o trabalho diário, inclusive sou sus-peito para falar, pois também fui estagiário aqui pelo IF e depois fui contratado”, disse Brito. Para ele, trabalhar com o Instituto Fecomércio é ótimo, pois além da instituição mandar comunicados fre-quentemente avisando sobre o prazo de vigência de cada contrato de estágio, todas a solicitações que são encaminhadas pela empresa para a Instituto são respondidos de imediato. Há trinta anos, a rede de academia Cia Athlética apresenta ao mercado o conceito de academia completa, reunindo em um único ambiente as melhores opções para cada fase da vida. A Companhia Athlética atende 35.000 alu-nos e conta com 18 unidades pelo Brasil e é a única rede de academias a funcionar 363 dias por ano.

Estágios

Yoshihiro Karashima, de 67 anos, natural de Sacramento-MG, é empresário da área de turismo, com a empresa Prestheza turismo.

Como você enxerga a Fecomércio-DF?A Fecomécio é uma entidade muito importante que vem trabalhando no turismo, desde 2016, com a criação da Câmara de Turismo e Hospitalidade. A entidade conseguiu unir lideranças do segmento e realizar ações de visualizações do setor, na parte de turismo receptivo, que traz visitantes para a capital.

Quais as ações mais relevantes para o setor?A Fecomércio conseguiu realizar vários projetos, entre eles destaco o apoio na visita de operadores de turismo de outros Países, que vieram para Brasília no intuito de conhecer a capital e criar pacotes no exterior para Brasília.

O que você achou da Marca Brasília?A Marca Brasília foi um projeto muito interessante. Todo destino importante, como Nova York, tem uma marca.

O governado do DF anunciou um acordo com a TAP, para realizar stopover em Brasília, uma ação voltada para melhorar o turismo na cidade. Como isso poderá beneficiar o empresário?É um fato extremamente importante. Vai propiciar ao visitante europeu que vem de Lisboa ficar em Brasília, ou região, sem nenhuma cobrança a mais na passagem aérea. É papel do empresário da região que faça um trabalho de divulgação e comercialização. Neste sentido, acredito que a Fecomércio faz um trabalho muito bom.

Expectativa das ações da Fecomércio para 2019?A minha expectativa é que a Câmara de Turismo continue trabalhando, agora mais forte ainda. É essencial esse trabalho, ainda mais com as pessoas que estão a frente desse projeto e a relevância que a entidade tem no meio empresarial.

Page 22: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

22 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 23

descartáveis

Para cumprir a lei, empresários do Distrito Federal buscam alternativas para substituir embalagens descartáveis de plástico

//Por Silvia Melo Fotos: Cristiano Costa

Plástico comos dias contados

Com a sanção da Lei nº 6.266 que proíbe o uso de emba-lagens descartáveis, como

canudos e copos de plástico, deri-vados de polímeros sintéticos fabri-cados à base de petróleo, estabe-lecimentos comerciais do Distrito Federal terão que encontrar alterna-tivas para substituir esses itens para evitar multas. Entre as opções para substituição estão os produtos des-cartáveis elaborados a partir de ma-térias orgânicas como fibras naturais celulósicas, mandioca, bagaço de cana, amidos de milho, óleo de ma-mona, cana-de-açúcar, beterraba, ácido lático, milho e proteína de soja, entre outros. Como o prazo para a troca dos produtos é no final de maio, donos de bares, restaurantes, cafés e lanchonetes estão se esforçando para se adaptarem à lei.

A Lei em questão foi sancionada pelo governador do Distrito Fede-ral em 30 de janeiro deste ano, com veto ao artigo 3º, que determinava o prazo de 90 dias para regulamenta-ção. Empresários do setor, Sindica-to de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) e a Abrasel, entre outras instituições, se movimentaram para derrubar o veto, já que o comércio teria prejuí-zos se a lei tivesse efeito imediato. Após uma ação do Sindicato junto à Câmara Legislativa do Distrito Fede-ral para sensibilizar os deputados, o veto ao artigo 3º foi derrubado em 19 de fevereiro, por meio de uma sessão ordinária, mantendo-se o prazo de 90 dias para regulamentação do texto.

De acordo com o Sindhobar, no Distrito Federal existem aproximada-mente 10 mil bares e restaurantes e

poucos fizeram a troca dos produtos. A lei atinge não só esses estabeleci-mentos, mas todas as “organizações públicas e privadas, incluindo micro-empreendedores individuais, bem como as entidades da administração direta, autárquica e fundacional do Distrito Federal”. Pelo novo prazo, a data limite para adequação é até dia 19 de maio de 2019. “A gente espera que o governo, nesses 90 dias, faça algum tipo de regulamentação, por-que a nossa grande preocupação era de que, da forma como estava, a lei entraria em vigor imediatamente e a multa era de R$ 5 mil para quem não estivesse cumprindo. A grande difi-culdade de colocar em prática ime-diatamente é a questão dos grandes estoques existentes nos estabeleci-mentos e também o fato de que não existem empresas aptas para aten-der a demanda de Brasília”, explica Jael Antônio da Silva, presidente do Sindhobar. “Estamos na expectativa do que vai acontecer. Alguns empre-sários já estão comprando e fazendo gradativamente essa mudança, ou-tros provavelmente deixarão para o prazo final”, afirma Jael.

O restaurante Bom Gosto, loca-lizado na quadra comercial da 114 Norte, utiliza desde o início deste ano canudos 100% recicláveis, que pos-suem em sua composição aditivos que aceleram o tempo de biodegra-dação no meio ambiente deixando no final da decomposição apenas H2O, Biomassa e CO2. A troca pelo produ-to biodegradável não trouxe prejuízo

Page 23: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

22 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 23

Fabiana Braga, proprietária do Rapport Cafés

Especiais

para o restaurante, pois a empresa não trabalha com grandes estoques. “A compra é feita semanalmente e di-vidida entre três restaurantes”, expli-ca Patrícia Oliveira de Souza, gerente do Bom Gosto e das duas unidades do restaurante Bischoff Goumert, que pertencem ao mesmo proprietário. “Como temos vários clientes cons-cientes, alguns nem aceitam mais os canudos de plástico”, afirma. “Em relação a valores, acredito que alguns comerciantes serão prejudicados, já que o preço dos canudos biodegradá-veis é bem mais caro em relação aos de plástico. Mas temos que pensar no futuro e no benefício que essa troca trará para o meio ambiente”, conclui a gerente.

No Rapport Cafés Especiais e Bistrô, localizado na 201 Norte, o cliente já não encontra mais copos de plástico e os canudos são des-cartáveis, feitos à base de mandioca, milho e dendê. Quando dispensados, podem servir como adubo. “Sou as-sociada ao Instituto Ecozinha, que é uma fundação criada justamente para atender esse assunto. Na ver-dade, eu já tinha comprado o produto biodegradável, mas estamos traba-lhando com o canudoca, que é o ca-

nudo de mandioca, que o pessoal da Ecozinha distribui”, explica Fabiana Braga, proprietária do Rapport.

Reaberta há três meses na 207 Norte, a Bendito Suco, lanchonete e restaurante de comidas saudáveis, contratou uma consultora de meio ambiente que fez o projeto de sepa-ração de lixo e mapeou a loja desde o primeiro dia de funcionamento. “Tentamos eliminar o uso dos canu-dos o máximo possível e só fornece-mos se o cliente pedir. Normalmen-te, são utilizados quando servimos a caipifruta e os canudos são de amido de milho e azeite de dendê”, destaca Pedro Soares, sócio e idealizador da marca Bendito Suco, lembrando que o empreendimento é conveniado ao Instituto Ecozinha, que fornece os canudos compostáveis.

Paulo Mello, proprietário do res-taurante Dona Lenha e presidente do Instituto Ecozinha, alerta para os

plásticos biodegradáveis, que são ti-picamente materiais de natureza bio-lógica ou convencional, com aditivos/agentes degradantes que os tornam contaminantes e não recicláveis. “O biodegradável some da nossa vista, mas não some do meio ambiente. Pelo contrário, como é microplásti-co, ele não pode ser mais reciclado, não pode ser mais encontrado e é isso que está acabando com a fauna e com a flora”, destaca. Segundo ele, a solução é o bioplástico, 100% or-gânico e originário apenas de fontes renováveis agrícolas. “O canudoca, que o instituto fornece aos 80 esta-belecimentos associados, é um bio-plástico feito de mandioca, milho e azeite de dendê, que é enviado após o consumo para a compostagem, junto aos resíduos orgânicos das cozinhas, evitando a poluição”, explica, lem-brando que a lei é importante para chamar a atenção sobre o assunto.

PL alterao prazo

Em 26 de março, o Projeto de Lei nº 148/2019 da deputada Júlia Lucy (Novo) foi aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal em segundo turno e redação final. O PL altera a Lei nº 6.266/2019, que estabelecia um prazo de 90 dias para a adaptação dos estabelecimentos, para um prazo maior de 18 meses. Para entrar em vigor, é necessária a sanção pelo governador do DF.

Page 24: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

24 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 25

por dentro do sistema - SESC

Para atender as comunidades que não tem acesso a serviços odontológicos, o Sesc criou o Odon-toSesc. O projeto conta com uma frota volante por todo o Brasil que consegue percorrer muitas cidades e municípios do interior. Neste mês de abril, o OdontoSesc completa 20 anos de atuação no Brasil. Já no Distrito Federal, o serviço vai cele-brar, no dia 19 de outubro, 15 anos de prestação de serviços. Para comemorar, no mês de aniversá-rio será realizada uma exposição de fotos, depoimentos, palestras, além de atendimento gratuito.

Ao longo desses 15 anos de prestação de serviços, já foram atendidas quase 11 mil pessoas que somaram 40.738 consultas odontológicas, sendo mais de 7 mil tratamentos concluídos por meio do projeto. O Sesc-DF possui três unidades móveis que circulam todo o DF: duas carretas OdontoSesc, sendo uma com quatro consultó-rios e outra com três, além de um trailer que possui uma cadeira para atendimento. No final do ano, a unidade móvel do OdontoSesc deve passar por uma reforma e manu-tenção para poder atender melhor a clientela.

Segundo a coordenadora de Serviços Odontológicos do Sesc--DF, Simone Fonseca, o objetivo do projeto é dar mais acessibilidade. “O serviço móvel é um diferencial no qual se configura o acolhimento, valor este que permite adotar atitu-des e condições para materializar o adequado acesso e a permanência dos diversos públicos. Desta forma, esta prática fortalece a identidade institucional em todo o Distrito Fe-deral. Também alcançam, de for-ma gratuita, as instituições cadas-

//Por Sacha Bourdette

ODONTOLOGIAITINERANTEProjeto OdontoSesc completa 20 anos de atuação no Brasil e 15 anos no Distrito Federal, levando atendimento odontológico

tradas no Programa Mesa Brasil”, lembrou.

O projeto realiza o atendimento a sua clientela em diversos locais, e oferece consultas nas áreas de prevenção, promoção de saúde, restaurações, clareamento, tra-tamento de canal, periodontia e pequenas cirurgias. A coordena-dora de Serviços Odontológicos do Sesc-DF reforça o caráter facili-tador do projeto. “O OdontoSesc possui características essenciais de um atendimento extra muro, que é ser itinerante, ter agilidade e proporcionar facilidade no acesso dos seus serviços em locais onde não se tem clínicas fixas. O projeto também oferece maior objetividade no desenvolvimento da sua missão que é promover saúde nas empre-sas comerciárias e instituições. Es-tudos científicos comprovam que os atendimentos realizados em unidades móveis são meios facilita-dores de alcance da saúde bucal à todos os indivíduos”, explicou.

De acordo com a coordenadora,

15 ANOSde prestação de

serviço no Distrito Federal, no Brasil

são 20 anos.

Page 25: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

24 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 25

40.738consultas

odontológicas, sendo mais de 7 mil tratamentos concluídos por

meio do projeto.

as unidades móveis de odontolo-gia têm como objetivo aproximar o Sesc do público-alvo. “Atendendo diretamente no seu local de tra-balho, conseguimos diminuir o ab-senteísmo e o tempo fora do traba-lho para atendimento odontológico, melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores. Em 2018, as unida-des móveis prestaram atendimento gratuito à comunidade e projetos sociais em boa parte do ano, po-dendo contribuir com a melhora da qualidade de vida da população que em geral que se vê sem acesso aos meios públicos de tratamento”, exemplificou.

As unidades móveis do Odon-toSesc possuem equipamentos odontológicos com cadeira, unida-de auxiliar (broca, seringas de ar e de água), cuspideira, instrumental de exame clínico (pinça, sonda e espelho), sugadores, raios X e sala de esterilização. Além disso, conta com uma sala de espera que é uma tenda montada do lado de fora para poder receber o público.

Neste ano, a carreta do Odonto-Sesc já esteve presente de fevereiro e março na Penitenciária Feminina do Distrito Federal. O próximo local a receber é a cidade da Fercal para a ação comunitária DF Cidadão. A unidade móvel fica até o dia 30 de abril no local. Na sequência a cida-de de Samambaia recebe o projeto de 6 de maio a 4 de julho. Entre 8 de

julho e 16 de agosto é a vez do Cen-tro de Progressão Penitenciária (CPP), no SIA. De 19 de agosto a 27 de setembro, a OdontoSesc vai para o Gama. O Instituto Promocional Madalena Caputo, que é atendida pelo programa Mesa Brasil, vai re-ceber o serviço de 30 de setembro a 31 de outubro. Para fechar o ano, as escolas públicas do Governo do Distrito Federal devem contar com a visita da unidade de 1º de novem-bro a 19 de dezembro.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃODO ODONTOSESC DE 2019:

FERCAL – DF CIDADÃO:até 30/4

SAMAMBAIA – DF CIDADÃO:de 6/5 a 4/7

CENTRO DE PROGRESSÃO PENITENCIÁRIA:8/7 a 16/8

GAMA – DF CIDADÃO:19/8 a 27/9

INSTITUTO PROMOCIONAL MADALENA CAPUTO:30/9 a 31/10

ESCOLAS PÚBLICAS DO GDF: 1/11 a 19/12

Page 26: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

26 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 27

novidade

Empresas inovam e oferecem soluções para as dúvidas dos clientes antes de comprar

//Por Liliam Rezende

Diogo Ruiz, proprietário da startup Bluezup

Teste antesde comprar

A dúvida na hora de adqui-rir um produto é algo que, muitas vezes, faz com que

você desista. Outra situação recor-rente é obter a mercadoria, usá-la, mas se arrepender, deixando-a de lado. O test-drive feito nas conces-sionárias já é bem conhecido por quem está pensando em comprar um carro e quer saber como ele é na prática. Agora, há empresas oferecendo testes também para roupas, colchão, eletrônicos e até objetos de decoração.

Por esses motivos, empreende-dores brasileiros criaram a Blue-zup, um serviço que permite a você testar o objeto antes de comprá-lo. A startup foi montada por brasilei-ros no Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos. Após bons resul-tados e um processo de acelera-ção, chegou ao Brasil em agosto de 2017, sendo lançada em Curitiba, terra natal do fundador e CEO Diogo Ruiz. Hoje, ela também atende em Porto Alegre e São Paulo.

A dinâmica é simples: basta en-trar no aplicativo, escolher seu pro-duto, determinar uma data para o teste e, a partir de R$ 40, você o re-cebe para testar por três dias. Caso você goste e queira comprá-lo, ganha um desconto; se não gos-tar, é só devolver. “Eu já deixei de comprar muita coisa com medo de me arrepender. Mesmo com uma política de retornos, todo brasileiro sabe o quanto é difícil tentar devol-ver um produto, até mesmo quando vem com defeito. Muitas vezes, para

evitar estresse, a pessoa não devol-ve e fica com o produto parado em casa”, afirma Diogo Ruiz.

Um dos objetivos da empresa é revolucionar a forma de consumo por onde passa. A startup também oferece aluguel de produto e venda de itens usados. Ruiz afirma que no Brasil a conversão de vendas de al-guns produtos é de 41%. “A gente reinventou o modelo tradicional do varejo”, se empolga Diogo. “A com-pra online é um caminho sem volta. Mas o usuário compra de olhos fe-chados, não consegue tocar o pro-duto, sentir, saber o peso, o tama-nho da tela”, explica.

Desde o lançamento, a mé-dia de crescimento foi de 20% ao mês. A equipe da Bluezup já conta com 13 pessoas. Para 2019, a meta é expandir. Ga-nhar escala para chegar em outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “Vamos utilizar a mesma tática do Uber, que é de expandir por CEP. Acaba-mos de começar, há todo um esforço que vai ser feito para que as pessoas nos conhe-çam, nos reconheçam. Mas, daqui a pouco as pessoas vão falar da época que não dava para testar um produto antes

de comprar. Este dia vai chegar e a Bluezup quer ser parte fundamen-tal desta mudança”, finaliza Diogo.

FASHION DELIVERY NO DFHoje é muito comum pedir pelo

telefone comida, gás, água e remé-dio. A novidade agora é a de pedir roupas em casa. Ir ao shopping é uma experiência válida, mas obs-táculos como excesso de trabalho, trânsito caótico nas grandes cida-des e estacionamentos lotados nos centros de compras contribuem para que, cada vez mais, as pessoas busquem alternativas para driblar o estresse e a briga contra o relógio.

Para suprir essa necessidade, várias lojas disponibilizam o serviço

Page 27: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

26 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 27

Mayara Milfont é proprietária de loja que oferece roupas em casa por delivery

de delivery para clientes que resi-dem em áreas próximas ao estabe-lecimento. Antes restrito às lojas de luxo dos grandes centros, as em-presas direcionadas ao consumidor comum tem encontrado neste tipo de serviço um nicho a ser explorado. É o caso da marca Mayara Milfont.

“A proposta é livrar o cliente do estresse e da correria. Para aque-las consumidoras que já tem ca-dastro conosco, é só agendar, que levamos as peças em casa. Deixa-mos a noite para ela experimentar e pegamos no dia seguinte, o que ela não gostar ou não servir volta para a loja. As clientes tem amado essa facilidade.” Explica Mayara, empre-sária à frente da loja que leva seu nome e que disponibiliza o serviço de delivery.

Cliente fiel da loja de Mayara há 1 ano, Marina Toledo não abre mão das visitas da vendedora. “Sempre que ela tem peças novas, já agendo uma visita. Ela separa meu tamanho, já conhece meu gosto também. Gos-

to muito dessa praticidade.”, conta.Mayara explica que, após dois

dias, a mala é recolhida por um fun-cionário, que leva uma máquina de cartão de crédito para que o paga-mento seja realizado.

COLCHÕES“Ninguém experimenta um col-

chão dando uma deitadinha rápida no mostruário da loja”, explica Pe-dro Cruz, sócio da marca de col-chões Flow. Para provar ao cliente que vale a pena gastar dinheiro com

seu produto, ele dá até cem dias para aqueles que não gostarem da compra devolverem-no e recebe-rem toda a quantia de volta, poucos dias depois. Assim como Cruz, cres-ce o número de empresários que oferecem uma experiência de con-sumo mais prolongada e exclusiva para seus fregueses antes da con-cretização da venda, numa forma de mostrar os benefícios de seus pro-dutos e também de consolidar uma relação com o comprador.

Cruz, fundou a Flow há dois anos e todas as vendas são feitas por e-commerce, e há apenas um modelo de colchão no site, dispo-nível em cinco tamanhos. O em-presário resolveu montar o próprio negócio decidido a revolucionar a indústria dos colchões. Ele mesmo passou por uma experiência frus-trada, quando comprou um colchão king size que não coube em seu quarto, pois tinha medidas diferen-tes do padrão. A estratégia de devo-lução foi inspirada pelos mercados americano e europeu, onde já é co-mum esse tipo de oferta. A política da Flow é bastante simples, se o cliente não gostar da mercadoria, ela é retirada pela própria empresa e, como não pode ser reaproveitada, doada para o Exército da Salvação

Pedro Cruz é proprietário da colchões Flow

Page 28: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

28 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 29

– grupo de apoio assistencial, ou, algumas vezes, destruída.

“O mercado de colchões é mui-to confuso para o consumidor, e a experiência de compra é a pior pos-sível. O colchão influencia na saú-de, na qualidade do dia. Ele é tão importante quanto a alimentação. Por isso, nós damos cem dias para a pessoa se decidir. E estamos con-victos de que o Código de Defesa do Consumidor deveria dar pelo menos 30. Você só vai saber se o colchão é bom ou não dormindo nele. Essa é nossa filosofia. Acredito que estou mudando um mercado importante, e enxerguei nisso uma oportunida-de de fazer diferença na vida das pessoas”, observa Cruz. O índice de devolução é menor do que 10% do total de vendas, o que, segundo o empresário, representa um nível de satisfação altíssimo. Cruz ressalta ainda que, apesar das devoluções, os clientes não ficam insatisfeitos com a marca, uma vez que o pro-cesso não gera custos para eles.

DEGUSTAÇÃODE DECORAÇÃO

A Tendência, loja de decoração localizada no Sudoeste, permite que

arquitetos levem às residências dos clientes alguns dos itens vendidos no estabelecimento, como tapetes, quadros e bandejas. A proposta é fazer com que as pessoas visuali-zem como será o resultado final da ornamentação. Com o apartamento reformado pela arquiteta Adriana Pestana, a funcionária pública Pa-trícia Souza ficou em dúvida sobre que tapete ficaria melhor em sua sala. Os profissionais levaram até lá duas opções geométricas, mas Pa-trícia acabou não fazendo a compra. Optou por esperar até a chegada do sofá para tomar a decisão final. “Eu adorei um que era azul, mas fiquei na dúvida. Antes de decidir, esperei o sofá chegar para ver como o tape-te ficava com todos os móveis. Isso é maravilhoso, pois compramos já sabendo exatamente como vai ficar na nossa casa”, conta Patrícia.

Adriana Pestana diz que essa parceria com a Tendência é uma forma de o arquiteto colocar a ce-reja do bolo em seu projeto. Com o empréstimo dos objetos, o pro-fissional apresenta um resultado final rico em detalhes, da toalha do banheiro ao quadro da sala. Cabe ao cliente decidir o que vai querer.

novidade

Adriana Pestana é arquiteta e tem parceria com lojas para levar produtos às casas dos clientes

“Embora façamos uma perspec-tiva, o cliente só sabe como fica realmente o ambiente quando as coisas chegam. Apresentamos o apartamento completo, ficamos lá até o final. E quem sai ganhando é o cliente.”, diz.

CONSUMIDORTEM OBRIGAÇÕES

Professor de Marketing da Uni-versidade Católica de Brasília e es-pecialista em direito do consumidor, João Ricardo Matta, ressalta que a estratégia adotada pelas empresas que cedem produtos temporaria-mente aos consumidores é uma prática moderna, bastante alinhada à competitividade do mercado e ao momento de crise pelo qual passa o país. Em outras palavras, é uma maneira encontrada pelas lojas de oferecer um diferencial aos fregue-ses, diminuindo, também, o risco e a indecisão do consumidor no mo-mento da compra.

Assim, uma vez que o cliente te-nha ficado satisfeito, maiores são as chances de ele promover a marca e o produto entre as pessoas de seu convívio. Nas palavras do professor, “mais vale um cliente feliz do que uma única venda”. Matta ressalta, entretanto, que o consumidor deve estar ciente de suas responsabilida-des, sendo a principal delas devol-ver o produto intacto. “Dificilmente as lojas vão lhe dar um contrato. O que ocorre é um acordo verbal, re-gido pelo bom senso de ambas as partes. Isso faz a empresa fidelizar os clientes, criar lealdade. O con-sumidor, por sua vez, deve tentar esclarecer quais são seus limites, suas obrigações e seus riscos. Aci-ma de tudo, deve redobrar os cuida-dos, como se aquele objeto já fosse dele.”, salienta.

Page 29: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

28 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 29

Mais inforMações @senacdf /senacdistritofederal www.df.senac.br

aprendizagem

Nos últimos 16 anos, mais de 18 mil jovens aprendizes foram matriculados na instituição

// Por Sílvia Melo Foto: Cristiano Costa

Empresas do setor do comércio de bens, serviços e turismo que, por força da lei, precisam contratar jo-vens aprendizes, podem aderir gra-tuitamente ao programa de Apren-dizagem realizado pelo Senac. Isso porque as empresas contribuintes, que recolhem o compulsório para a instituição, têm a possibilidade de cumprir suas cotas matriculando os aprendizes nos cursos de Aprendi-zagem por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG). Nesse caso, a empresa arcará apenas com os custos trabalhistas e previdenciários do contrato de aprendizagem. Ofe-recido pelo Senac-DF desde 2002, o programa matriculou 18.145 jovens aprendizes até 2018. Em 2019 estão previstas 12 turmas nas unidades do Senac em Ceilândia, Gama, Sobradi-nho e Taguatinga.

“Os cursos que o Senac oferece são Aprendizagem em Serviços Ad-ministrativos, Hoteleiros, de Super-mercados, de Vendas e de Lanchone-te”, destaca Denise Corrêa Mamede, responsável pelo programa no Senac do Distrito Federal. O empresário interessado em matricular o jovem aprendiz no Senac deve entrar em contato com a instituição pelos te-lefones 3313-8825/14 ou pelo email [email protected].“Vale ressaltar que o Senac não faz a inscrição do jo-vem diretamente no programa. Para participar, ele deve procurar empre-sas do comércio para se cadastrar. Depois de selecionado, a própria em-

presa encaminha o aprendiz para os cursos no Senac”, explica Denise.

Instituída pelo Decreto-Lei nº 8.622 de 10 de janeiro de 1946 e atu-alizada pela Lei nº 5.598 de 1º de dezembro de 2005, a Lei de Aprendi-zagem Comercial (Programa Jovem Aprendiz) tem como objetivo promo-ver a inclusão social e profissional, oferecendo formação técnico-pro-fissional. A Lei determina que em-presas de médio e grande porte con-tratem jovens de 14 a 24 anos, para capacitação profissional (prática e teórica), cumprindo cotas que variam de 5% a 15% do número de funcioná-rios efetivos qualificados. É facultati-va a contratação de aprendizes pelas microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).

Ao aderir à lei da Aprendizagem, empresários do Distrito Federal pas-sam a contribuir para a redução do índice de desemprego na cidade. Isso acontece porque eles dão oportuni-dades aos jovens de exercerem uma profissão dentro de suas empresas, desenvolvendo e formando profis-sionais que poderão atuar em outras áreas e também seguir carreira na própria empresa. Foi o caso da jovem Beatriz Martins da Silva Lima, de 18 anos. Em 2016, indicada pelas Lojas Americanas, ela fez o curso Apren-dizagem Profissional Comercial em Serviços de Vendas. Tinha aulas no Senac durante uma semana e tra-balhava na loja durante a outra se-mana. Assim que acabou o contrato

ela começou o curso Aprendizagem Profissional Comercial em Serviços Administrativos. Dessa vez pela BB-Tur. Antes mesmo de concluir as aulas, foi contratada pela empresa como auxiliar administrativa. “Co-mecei a trabalhar cedo para ser in-dependente, poder comprar minhas coisas e ganhar experiência no mer-cado de trabalho”, afirma a jovem. “O curso do Senac me ajudou bastante, me deu muito conhecimento no que eu trabalho hoje. Eu fico muito feliz por isso e sei que lá na frente essa escolha me levará ao sucesso profis-sional”, conclui Beatriz.

Programa de Aprendizagemé gratuito no Senac

Beatriz Lima

Page 30: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

30 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 31

artigo

Em 1996, quando ingressei no curso de Turismo, o Brasil não pra-ticava políticas públicas efetivas para o desenvolvimento do Turismo nacional, que, no contexto provin-ciano da nossa política, sempre foi tido como uma subpasta, de pouca relevância na esplanada dos minis-térios, mas que, na voz corrente dos profissionais da área, é considerado um segmento de enorme potencial, justamente por ser uma das nossas maiores vocações. Foi, essencial-mente, por esse motivo que escolhi a profissão de turismóloga, porque, acima de tudo, via no Turismo uma causa a ser abraçada.

A baixa atratividade do Brasil aos olhos do turista estrangeiro1 sem-pre me afligiu, antes mesmo de eu me tornar uma acadêmica, mas, principalmente, depois, quando le-cionei na cadeira de Políticas de Turismo, ou, mais recentemente, ocupando cargo à frente da pasta do Turismo de Brasília. E passa-dos mais de 20 anos desde o meu ingresso na área do Turismo, com alguns bons projetos executados2, mas, no mais das vezes, de forma

Ainda sobre a Isenção de Visto para Turistas Estrangeiros

Caetana Franarin Turismóloga, especialista em Gestão e Marketing do Turismo e em Desenvolvimento Sustentável e Direito Ambiental.

descontinuada, insuficiente para al-çar o Brasil à posição de excelência que merece, é que fora, mais preci-samente em 16 de março de 2019, assinado o Decreto 9.731, que dis-pensa, sob determinadas condições, o visto para turistas australianos, canadenses, japoneses e estaduni-denses.

Essa liberação controlada de visto de entrada para os turistas provenientes de alguns países, me-recendo destaque os Estados Uni-dos, de quem não se pode esperar reciprocidade, ganhou a pauta do dia, em mudança indistintamente comemorada pelos profissionais do setor, defendida por aliados e bas-tante criticada pelos opositores do atual governo, flutuando a opinião pública, de um modo geral, ao sabor das considerações que vem sendo colocadas nos debates a respeito, tendo no centro dessa discussão ba-sicamente dois pontos, quais sejam: o impacto, se positivo ou irrelevante, no afluxo de turistas internacionais no Brasil, e, o outro, bradado na crí-tica oposicionista, atrelado à ausên-cia de reciprocidade por parte dos

1 Importante frisar que o Turismo interno, dito doméstico, mantem-se forte no Brasil, na tradição brasileira de se viajar para outros es-tados durante as férias escolares, sobretudo para as praias do nordeste no verão.

2 O visto eletrônico, por exemplo, na sim-plificação (desburocratização) dos procedi-mentos para emissão de vistos de turistas ad-vindos da Austrália, Canadá, EUA e Japão, teve resultados comprovadamente positivos.

Page 31: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

30 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 31

governos dos países beneficiados. Na condição de profissional da

área, vejo como alvissareira essa isenção de visto para turistas estran-geiros, sem fechar os olhos, no en-tanto, para o fato de que fere o prin-cípio da bilateralidade diplomática, na circunstância de não se esperar que o governo Trump abra mão da sua política de combate à imigração ilegal, o que, como se sabe, envol-ve austera restrição de vistos para turistas estrangeiros, pretendendo, isso sim, erguer muros físicos a esse propósito. Mas quem sabe – e não se pode perder a esperança –, o Brasil venha a ser abarcado por medidas já praticadas pelos EUA, como a facilitação do ingresso de cidadãos de determinados países, o que contempla, por exemplo, nos-sos vizinhos colombianos e argenti-nos. Mas vamos nos ater à área de especialização desta articulista, tra-tando apenas do impacto positivo do aumento, quantitativo e qualitativo, de turistas internacionais.

É curiosa a forma como alguns profissionais da área desabafam, ao se depararem, agora, com esse as-sunto, dizendo algo como ‘‘sempre achei um absurdo o Brasil restrin-gir, em óbices burocráticos, o visto para americanos entrarem no Bra-sil.’’ Dá a impressão de alívio tardio, fazendo lembrar o sujeito que tenta, em vão, avisar alguém do outro lado do vidro sobre algo urgente, e só de-pois de muito tempo é, finalmente, ouvido e atendido.

Por tudo o que o Turismo repre-senta na encomia mundial, inclusive no Brasil, foge à lógica o argumen-to de que justamente a tradição di-plomática defenda a ideia de que, sem reciprocidade, não se deve fle-xibilizar o rigor no visto de entrada para estrangeiros. Em boa hora,

deixou-se de lado essa aparente arrogância de achar que os EUA, na sua autoimagem de superpotência econômica e militar, em constante estado de alerta, possam simples-mente liberar, em agradecimento, o acesso de estrangeiros àquele país.

É evidente que o Decreto 9.731/2019 aumentará, a partir de junho do corrente ano, o ingres-so de turistas oriundos dos quatro países beneficiados com a isenção de vistos, mitigando, com isso, a nossa posição extremante desvan-tajosas (e, diga-se com franqueza, injustificada) em relação a outros países. Aliás, em reforço do acerto da medida em questão, cabe fazer um parêntese acerca da deficiên-cia crônica do Brasil explorar suas potencialidades turísticas, havendo uma profusão de estatísticas a esse respeito, que, invariavelmente, nos constrangem. Em matéria de Turis-mo, o 7 a 1 é uma constante.

Enquanto o Turismo cresce ao redor do mundo em uma média de 7% ao ano, no Brasil não se atinge 1%3. Recebemos todos os anos me-nos turistas do que, por exemplo, o Coliseu. Isso mesmo, tendo ultra-passado a marca dos 7 milhões de visitantes por ano, o anfiteatro fla-viano, em Roma, recebeu mais vi-sitantes do que o Brasil com todos as suas belezas naturais, cuja maior marca foi, em 2015, a de 6.588.770 turistas s, em dados compartilha-dos entre a Policial Federal e Mi-nistério do Turismo. Esse número, embora representasse uma alta de 0,6% em relação ao ano anterior, era, diga-se com franqueza, ínfimo se comparado ao patamar atingido por outros países.

Outro fator que atesta o acerto desse Decreto – e da necessidade da sua ampliação – é o aumentado

significativo, em torno de 40%, do volume de turistas oriundos da Aus-trália, Canadá, EUA e Japão com a implantação do visto eletrônico, em dezembro de 2017.

Nesse cenário, considerando que políticas públicas estratégicas devem envolver a identificação das causas, avançando para um prog-nóstico que possa respaldar uma solução efetiva, tem-se como acer-tada a medida adotada pelo atual governo. Aliás, pode-se dizer até mesmo que outros países deve-riam ter sido incluídos no Decreto 9.731/2019, como a China, cujos tu-ristas, ao lado dos Estados Unidos, tem o perfil de mais gastarem em viagens internacionais.

É verdade que muito ainda precisa ser feito, mas não se pode, por dever de justiça, no acolhimento de anseio antigo dos profissionais da área, deixar de se reconhecer o acerto do Decreto 9.731/2019, na esperança de que esse primei-ro passo do atual Governo seja só o anúncio de novos tempos para o Turismo brasileiro. E olha aí a Lei Geral do Turismo, trazendo mudan-ças importantes de paradigmas, a fomentar novos debates e posturas. Mas isso é um outro assunto. Fique-mos, por ora, apenas na comemo-ração da expectativa dos turistas a mais que talvez nos visitem a partir de junho, já se anunciando a inten-ção do Congresso em revogar esse festejado Decreto, o que traz à me-mória o livro do escritor americano John Steinbeck, O Inverno da nossa Desesperança: “Quando uma luz se apaga, fica mais escuro do que se essa luz jamais tivesse brilhado”.

3 Segundo dados da Word Travel & Tourism Council (WTTC).

Page 32: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

32 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 33

por dentro do sistema - SENAC

ATENDIMENTOSGRATUITOS NO SENAC

As unidades do Senac localizadas no Setor Comercial Sul (Jessé Freire), Ceilândia, Gama, Taguatinga e Sobradinho estão realizando atendimentos gratui-tos de beleza. Os procedimentos são realizados por alunos, supervisionados pelos instrutores dos cursos. Não é necessário agendar horário, pois os atendi-mentos são feitos por ordem de chegada, de terça a sexta-feira, exceto feriados. Confira os atendimentos de cada unidade:

//Por Silva Melo

GAMA

Mais informações: 3484-4128.

Procedimentos: escova e corteData: 2 de abril a 8 de agosto, das 8h às 10h

Procedimentos: escova e tratamentoData: 2 de abril a 23 de agosto, das 19h às 20h30

Procedimentos: corte de cabelo e barbaData: 2 de abril a 9 de maio – 8h às 10hData: 2 de abril a 4 de junho, das 14h às 15hData: 2 de abril a 2 de maio, das 19h às 20h30

SOBRADINHO

Mais informações: 3591-8877.

Procedimentos: escova e hidrataçãoData: 16 de abril a 10 de setembro, das 19h às 21h30

OBS: O cliente deverá levar uma toalha e o produto que usará para hidratação. Quem puder, pode doar 1 kg de alimento não perecível que entregue a uma instituição de caridade.

CEILÂNDIA

Mais informações: 3373-8877.

Procedimentos: corte masculino e barbaData: 1º de abril até 2 de maio, das 19h às 21h30

Procedimentos: manicure e pedicureData: 1º de abril até 14 de maio, 14h às 16h

Procedimento: depilaçãoData: 1º de abril até 22 de maio, 8h às 10h

TAGUATINGAMais informações: 3354-6540.

Procedimento: maquiagemData: 1 a 23 de abril, das 8h às 10h30

Procedimentos: corte de cabelo e barbaData: 1º a 30 de abril, das 19h às 21h30

Procedimento: design de sobrancelhasData: 1 a 9 de abril, das 19h às 21h30

JESSÉ FREIRE – ASA SULMais informações: 3226-5235.

Procedimentos: hidratação e escovaData: a partir de 15 de abril, das 8h às 10h30 e das 14h às 16h30

Procedimentos: hidratação e escovaData: durante todo o mês de abril, das 19h às 21h

Procedimentos: corte masculino e design de barbaData: a partir de 27 de março, das 19h às 21h

Procedimento: design de sobrancelhasData: a partir de 29 de abril, das 8h às 10h30

Page 33: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

32 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 33

//Por Luciana Corrêa

A unidade de gastronomia do Senac oferece oficinas rápidas, com carga horária de 4 horas, que servem como amostra de conteúdo do curso correspondente ao tema. A unidade está localizada na quadra 5 do Setor Comercial Sul, com matrículas abertas para as oficinas de abril e maio. Todas acontecerão no turno vespertino, das 14h às 17h35. O investimento está

entre R$ 35 e R$ 74.

//Por Luciana Corrêa

OFICINAS DE GASTRONOMIA OFERECEM AMOSTRA DE CURSOS

PRÓXIMOS TEMAS:10/04 – Sobremesas para Páscoa (R$ 53)17/04 – Sushi (R$ 50)24/04 – Crepes (R$ 39)08/05 – Menu dia das mães (R$ 34)

Outras informações, clique aqui ou pelos telefones: (61) 3224-5210 / 3347-6684.

O Senac está presente em cinco cidades administrati-vas no DF com matrícula aberta para diversos cursos nos próximos meses. A matrícula poderá ser feita até a data de início das aulas, se ainda tiver vaga dis-ponível, na Central de Relacionamento com o Aluno, de segunda a sexta-feira. Os documentos necessários para matrícula são RG, CPF, comprovante de escolar-idade (originais e cópias), além itens dos requisitos de cada um. Para mais informações, ligue (61) 3313-8877 ou consulte o site (www.df.senac.br/cursos).

CEILÂNDIAAssistente AdministrativoCostureiroExcel Básico e AvançadoOratóriaManicure e PedicureEntre outros.

ASA SUL - GASTRONOMIA ConfeiteiroCamareira em Meios de HospedagemCozinheiroGarde MangerBartenderEntre outros.

TAGUATINGADepiladorBolosExcel Básico e AvançadoDesign de SobrancelhasCurtos e Formação de PreçosEntre outros.

CURSOS PARA ABRIL E MAIO

GAMADesign de SobrancelhasFaturamento de Serviços de SaúdeOperador de ComputadorTécnicas de Vitrinismo e Visual MerchandisingEntre outros.

ASA SUL - 903 SULCálculos Aplicados a Administração de Medicamen-tos na EnfermagemEspecialização Técnica em Instrumentação CirúrgicaEspecialização Técnica em Urgência e EmergênciaEntre outros.

SOBRADINHOAlterações no Departamento Pessoal com a Implan-tação do E-SocialAnálise em Faturamento HospitalarAssistente AdministrativoBarbeiroEntre outros.

ASA SUL - JESSÉ FREIREAcessibilidade nos Projetos de InterioresAdministrador de Banco de DadosAnálise em Faturamento HospitalarAssistente AdministrativoAssistente de PessoalEntre outros.

Page 34: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

34 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 35

capa

MONUMENTAL

Umacidade

Aos 59 anos, Brasília desafia rótulos e prova que não se vive só de política e de funcionalismo público na capital do país. Com a proposta de reforçar a cidade como protagonista no cenário mundial, além de outras ações já realizadas, a Fecomércio-DF lançará o Portal Brasília City com tudo que há de mais completo sobre a cidade

//Por José do Egito Foto: Cristiano Costa

Page 35: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

34 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 35

Ao completar 59 anos, a ca-pital do País é considera-da jovem e, mesmo com a

pouca idade, acumula histórias, títu-los e abriga a diversidade cultural do Brasil e também do mundo. Nesse contexto, a cara de Brasília se tor-nou multicultural. Sede de mais de 127 embaixadas, que são prósperas fontes de cultura e intercâmbio, a ci-dade recebe eventos gastronômicos e musicais, acervos e exposições de inúmeros países, o que sempre contribuiu para a formação de um conjunto cultural e histórico de re-ferência mundial. Brasília aproveita até hoje do empreendedorismo de quem largou seu estado ou país de origem em busca de recomeço, seja no período da construção, seja nos dias atuais. Na gastronomia, na música, na arte, na engenharia, na agricultura, em diversas áreas, houve uma inestimável contribui-ção de quem adotou Brasília como cidade do coração.

A capital é muito mais do que o centro político do Brasil. Há 31 anos, tornou-se a primeira cida-de moderna do mundo a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. A con-cepção absolutamente original de Brasília passou a ser reconhecida e valorizada no mundo inteiro. En-tretanto, vira e mexe, os apaixona-dos pela capital têm que sair em sua defesa e mostrar que ela vai muito além da Esplanada dos Mi-nistérios e dos escândalos de cor-rupção. É o caso do lançamento do Portal Brasília City e do concurso Marca Brasília, promovidos pela Federação do Comércio de Bens,

Serviços e Turismo do Distrito Fe-deral (Fecomércio) e da campanha “Mexeu com Brasília, mexeu comi-go”, apoiada pela Federação para valorizar a capital.

BRASÍLIA CITY: UM PORTALQUE A CAPITAL MERECE

Segundo pesquisa divulgada em 2018 pelo Facebook IQ, a maioria das pessoas buscam seus destinos de viagem pela Internet. Por isso, não é novidade as maiores capitais e ci-dades turísticas do mundo contarem com portais, sites e perfis em redes sociais para divulgar o que os locais têm para oferecer aos visitantes. Por muito tempo, a capital do Brasil ficou de fora dessa realidade, mas isso acaba de mudar. Com o objeti-vo de divulgar e incluir Brasília nessa maioria, a Fecomércio-DF promo-veu a criação do Portal Brasília City (www.brasiliacity.com.br), adminis-trado pelo Correio Braziliense.

O presidente da Fecomércio--DF, Francisco Maia, explica que a ideia do portal é trazer informações sobre o DF como ninguém nun-ca viu. “As pessoas passam horas procurando por opções de hotéis, restaurantes ou por um simples passeios pela cidade. O Brasília City concentra tudo o que os turis-tas precisam saber para definir o seu próximo destino de viagem, que é naturalmente a nossa capital”, explica. Francisco Maia conta ain-da que o Brasília City também traz informações úteis como telefones para recorrer em casos de emer-gências e endereços de embaixa-das, entre outros dados. “Sozinha, Brasília já é uma opção incrível para

turistas por sua história, sua arqui-tetura, seu belíssimo céu. Porém, uma ajuda para conhecer o que a capital tem de melhor e desvendar seus mistérios, como as siglas que usamos nas ruas, é outro papel do Brasília City”, pontua Maia.

O portal contará com o apoio de alguns parceiros que pretendem mostrar o que a capital tem de melhor, seja pela visão única nas fotos da Casa da Luz Vermelha, de Kazuo Okubo, ou pelas curio-sidades dos canais do YouTube, tais como Histórias de Brasília, de João Carlos Amador, e o #Minha-Brasília, de Daniel Zukko. Daniel é um dos defensores da capital e explica a importância dela como uma verdadeira epopeia. “A con-cepção de Brasília é simplesmente espetacular. Eu sou um defensor. Costumo dizer que Brasília não é um puxadinho, Brasília não é ape-nas uma cidade de fim de semana e nem de política. Eu defendo isso porque Brasília conta com a genia-lidade da concepção urbanística de Lúcio Costa. Claro, há outras ge-nialidades, como os monumentos e palácios projetados por Oscar Nie-meyer, os jardins de Burle Marx, a arte de Athos Bulcão”, explica. Para Daniel, a iniciativa da Fecomércio--DF em apresentar o portal para o turista e para o brasiliense, auxilia na tarefa de criar multiplicadores de Brasília. “O Portal também foi feito pensando nesse mercado tu-rístico, para que o morador possa conhecer melhor o seu local e sua cidade. Reforçando esse sentimen-to de pertencimento, às vezes es-quecido”, defende Daniel Zukko.

Page 36: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

36 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 37

capa

MARCA BRASÍLIAO portal Brasília City é parte de

um projeto maior: transformar a ca-pital do Brasil em um dos principais roteiros turísticos do mundo. A ideia ganhou força com o concurso Marca Brasília, lançado pela Fecomércio--DF em abril de 2017. E, em novem-bro do mesmo ano, os brasilienses, por votação popular, escolheram a marca batizada de Skyline como a vencedora. O design vencedor apresenta traços que remetem às principais obras do arquiteto Oscar Niemeyer. O azul do céu, referência de Brasília, se destaca na imagem. O objetivo do concurso foi criar um símbolo para ser usado em hotéis e supermercados, por exemplo, e que esteja desvinculado do contexto político. O presidente da Fecomér-cio-DF, Francisco Maia defende a marca. “Alcançamos nosso objetivo de escolher uma marca que repre-sente a nossa cidade além da Espla-nada dos Ministérios ou da política. E por isso envolvemos as entidades produtivas, as universidades, os jo-vens e claro toda a população neste processo da criação e escolha dessa marca vencedora”, conta.

A ideia da criação da Marca Brasília surgiu como uma estraté-gia de posicionamento da identida-de da capital como destino turístico modernista, inteligente, acolhedor, plural e diversificado, como palco de grandes eventos e cenário de mobilizações sociais muito impor-tantes para o país. “A identidade de Brasília, como a soma das diversi-dades do povo brasileiro, foi o ob-

jetivo do concurso Marca Brasília. Além de potencializar a identidade e as qualidades da nossa cidade na sua diversidade, dar visibilidade nacional e internacional à capital federal, divulgar Brasília para além dos aspectos de cidade administra-tiva e sede dos Poderes da Repúbli-ca e definir uma marca visualmente atrativa e vinculada à cidade”, expli-ca Francisco Maia.

O projeto, inclusive, já foi apre-sentado ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Durante a reunião no Palácio do Buriti, em ja-neiro deste ano, Ibaneis agradeceu a visita e se interessou pela marca eleita, inclusive com a possibilidade de utilização em regiões adminis-trativas com o intuito de promover a capital federal. “A iniciativa da Fe-comércio-DF engrandece a nossa cidade. Queremos ações como essa que ajudem a construir algo efeti-vo para o turismo da capital”, disse Ibaneis. Francisco Maia presenteou o governador com uma réplica da marca e ressaltou os pontos fortes da identidade visual, destacando a sua importância para fortalecer o turismo brasiliense.

A repercussão positiva da mar-ca fez com que algumas empresas e instituições adotassem a imagem em seus produtos comerciais ou de divulgação. É o caso do Serviço Bra-sileiro de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas do DF (Sebrae-DF), que possui a marca espalhada nas instalações físicas, além da rede de cartões Vale Shop e dos mapas tu-rísticos de Brasília, da Brasília e Re-

gião Convention & Visitors Bureau. O diretor presidente da Vale Shop, Marconi de Souza, conta que a em-presa possui cerca de 300 mil car-tões em circulação em todo o Brasil e que a parceria com a Fecomércio ajudará na exposição da marca. “Brasília é um museu a céu aberto. A qualquer hora você enxerga mo-numentos fantásticos. A Marca Bra-sília sintetiza bem o que é Brasília. Toda cidade no mundo vende seu nome e chegou a vez de Brasília fa-zer isso com competência”, explica. Segundo Marconi, a ideia é atualizar todos os cartões da empresa con-tendo a Marca Brasília pouco a pou-co. “Queremos colocar 5 mil cartões por mês com a logo. Sem contar com os pedidos que nós já tínhamos planejado, mas que fiz questão que já saíssem com a marca e em breve estarão em circulação”, conta. Há 20 anos no mercado, a Vale Shop é a única empresa administradora de cartões de Brasília e líder no mer-cado privado. “Nós nos sentimos honrados em ser de Brasília. Essa parceria será boa para todos”, afir-ma Marconi.

Outra ação que a Fecomércio-DF pretende apresentar é a construção de um parquinho com as mesmas características da marca. “Hoje a identidade visual das cidades, quan-do aplicadas como monumento, se restringem, quando muito, a pontos de fotos. Nós acreditamos, que Bra-sília, pela sua arquitetura ousada e moderna, merece uma abordagem muito mais inovadora. Foi a par-tir dessa premissa, que propomos

Page 37: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

36 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 37

uma aplicação tridimensional da marca como um parquinho de brin-quedos”, explica Francisco Maia. O projeto prevê um espaço interativo que comunique o melhor da arqui-tetura da cidade em formato de um parquinho com a Marca Brasília e estará presente nos principais pon-tos turísticos da cidade como: Ermi-da Dom Bosco, Torre de TV, Parque da Cidade e etc. “Fora as aplicações institucionais, acreditamos que ou-tras instituições públicas ou priva-das também podem construir esse espaço, como escolas, shoppings, universidades”, completa Maia. O projeto do parquinho prevê também uma versão especial para patrocina-dores, onde a marca do interessado pode ser exposta em formato de um totem de apresentação do projeto ou nas cores do próprio parquinho.

SOBRE O CONCURSOA iniciativa do concurso Marca

Brasília surgiu a partir do entusias-mo da presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do DF (ADVB), Cláudia Maldona-do, que na época, em 2017, junto com então vice-presidente da Câ-mara de Turismo e Hospitalidade da Fecomércio-DF, Francisco Maia, mobilizaram o trade turís-tico, agências de comunicação, associações, veículos de comu-nicação e sindicatos para reali-zação do concurso. Lançado em abril do mesmo ano, o processo foi aberto a toda a sociedade. Os participantes foram orientados a oferecer a sua visão de Brasília traduzida na forma de uma mar-ca a partir de premissas como a essência e a singularidade, atri-butos urbanísticos e vocação tu-rística. Ao longo do processo de inscrição foram apresentados 515 trabalhos. A marca eleita foi anunciada em novembro de 2017. Os autores da marca vencedora, Brasília Monumental, são os jo-

vens brasilienses Igor Guimarães Borges e Matheus Gomes de Vas-concelos.

MEXEU COM BRASÍLIA,MEXEU COMIGO

Parceiras da Fecomércio-DF, apaixonadas por Brasília e cansadas de ver a cidade retratada sempre da mesma maneira, as jornalistas Már-cia Zarur e Samanta Sallum, lança-ram em 2017 o site Olhar Brasília e a campanha “Mexeu com Brasília, Mexeu Comigo”. “Há turistas que viajam centenas de quilômetros para ver a arquitetura e o plano ur-banístico que ainda são vanguarda, mesmo com quase 60 anos de exis-tência. Brasília é única, é linda, mas ainda é muito pouco valorizada pelo próprio Brasil. Ainda há muito des-conhecimento a respeito da impor-tância e da relevância da nossa capi-tal. E o trabalho do Olhar Brasília vai nesse sentido, de uma valorização desse nosso patrimônio”, defende

Márcia Zarur. Em dezembro de 2017 a dupla lançou a campanha “Mexeu com Brasília, Mexeu Comigo”, que conta com apoio da Fecomércio-DF e surgiu de uma resposta a uma nota publicada na imprensa, que menosprezava o aumento do turis-mo no DF. Para Samanta, a ideia nasceu de um sentimento de indig-nação. “É como uma resposta mais contundente aos que ferem a ima-gem da capital, aos que nos criticam sem nos conhecer, que ignoram que moram aqui 3 milhões de trabalha-dores honestos que são tão vítimas dos desmandos na política como o resto da população brasileira”, de-fende Samanta Sallum.

CONCURSO DEFOTOGRAFIA

E para comemorar os 59 anos da capital, o site Olhar Brasília, em parceria com a Fecomércio-DF e com organização da Comunica Con-sultoria e Planejamento, promove o Prêmio Olhar Brasília de Fotografia,

com objetivo de valorizar a capi-tal com o olhar fotográfico dos moradores das 31 regiões ad-ministrativas do Distrito Federal. Já em fase de seleção até o dia 21 de abril, serão premiadas as imagens escolhidas nas catego-rias: profissional - das áreas de jornalismo, publicidade, arquite-tura e urbanismo; e amador – de moradores que residam na cida-de. Segundo Samanta, o prêmio é uma das novidades para 2019. “A Fecomércio, assim que soube do nosso movimento, nos apoiou desde o início, pois, a entidade compartilha desse espírito de de-fesa e valorização da cidade. Foi um apoio muito importante para Brasília melhorar a imagem tão desgastada injustamente. Reali-zamos, no ano passado, alguns eventos com a comunidade nessa parceria com a Fecomércio-DF. E agora estamos juntos de novo

Márcia Zarur e Samanta Sallum defendem a cidade

por meio da campanha Mexeu com Brasília, Mexeu Comigo

Foto:Glenio Dettmar

Page 38: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

38 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 39

capa

com o Prêmio e outras ações. Im-portante mostrar também que o se-tor do comércio no DF gera muitos empregos, que temos um setor pri-vado atuante, compromissado com a cidadania, com os brasilienses e em trazer melhorias para a capital”, afirma Samanta.

O concurso pretende reunir um mosaico de imagens que reflitam a capital multifacetada, segundo Márcia Zarur. “Nossa cidade é bela, humana, arrojada, surpreendente, poética e, ao mesmo tempo, sim-ples, cultural e bucólica como cida-de-parque”, explica. O Prêmio Olhar Brasília de Fotografia distribuirá R$ 8 mil em prêmios. O projeto, que tem o apoio da Coca-Cola, Feco-mércio-DF e Venâncio Shopping, não tem fins lucrativos e não serão cobradas taxas de inscrição. Para participar, os interessados deverão preencher o formulário de inscri-ção no site Olhar Brasília e seguir o

“Brasília não é um puxadinho, Brasília não é apenas uma cidade de fim de semana e nem de política.”

“De posse de um Plano Diretor, poderemos realizar

ações mais assertivas e impulsionar a economia da

cidade por meio desse setor que está entre as tendências

globais de consumo em 2019 ”

perfil do prêmio no Instagram www.instagram.com/df_olharbrasilia.

PARCERIAS COM O GOVERNOUma das bandeiras da Federa-

ção do Comércio do DF é fortalecer também a representatividade turís-tica de Brasília. Com isso, a Secre-taria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF) e a Fecomércio-DF, as-sinaram durante a 63º Reunião do Conselho de Desenvolvimento de Turismo do Distrito Federal (Con-detur), um acordo de cooperação técnica. Sem custos paras as duas instituições, o acordo irá nortear as ações promocionais e estruturan-tes do Distrito Federal no setor, de forma conjunta entre governo e em-presariado. “A Fecomércio tem todo o interesse e satisfação de continuar com essa parceria que já tem qua-se quatro anos. Convidei a secretá-ria para assinar o termo e darmos continuidade a esse trabalho por um longo período. Desde que assumi a presidência da Fecomércio, vi que era importante essa aproximação da Federação com o governo, que esta-va distanciado” disse o presidente

da Fecomércio, Francisco Maia. O termo de cooperação irá nor-

tear as ações promocionais e es-truturantes do Distrito Federal no setor turístico. “O turismo é uma das atividades econômicas mais importantes do mundo. Para cada cinco empregos, um é gerado nes-se segmento. De posse de um Plano Diretor, poderemos realizar ações mais assertivas e impulsionar a economia da cidade por meio desse setor que está entre as tendências globais de consumo em 2019”, afir-mou o presidente. O acordo balizará o planejamento, a gestão e a pro-moção das atividades turísticas na Capital Federal pela Setur-DF e terá sua primeira versão finalizada até agosto deste ano. Após a conclusão do plano, ele passará por atualiza-ção anual.

Foto: Divulgação

Page 39: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

38 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 39

artigo doses econômicasParceria:

Um ponto importante da teoria econômica é a questão relaciona-da às preferências do consumidor por bens e serviços. Muitas situ-ações viáveis existem, mas umas são claramente preferíveis às ou-tras, considerado o fato de que necessitam de menos recursos para que sejam obtidos os mes-mos resultados. A economia se ocupa precisamente de buscar es-sas situações mais eficientes, que permitam maior satisfação das necessidades humanas com o me-nor esforço possível o que, inques-tionavelmente, integra a forma de atuar racional do homem em todos os tempos.

A racionalidade econômica está igualmente presente na ava-liação do custo-benefício de deter-minada ação ou empreendimento econômico, cuja base teórica é conhecida como o “custo de opor-tunidade”¹ e é fator determinante na concretização de negócios em uma sociedade. Além disso, mui-tas ações na vida envolvem a efeti-vação de pequenos ajustes adicio-nais a um plano de ação existente. Os economistas os denominam de “alterações marginais”. Assim, a tomada de decisão depende de fatores subjetivos influenciados por uma dinâmica de incentivos ou vantagens.

Tomemos o seguinte exemplo: Como a Lei do cinto de segurança afeta a segurança do trânsito? O efeito direto é óbvio. Com o cinto em todos os carros, mais pessoas o utilizam e a probabilidade de so-breviver a um acidente aumenta. Neste sentido, os cintos salvam as vidas. O impacto direto na se-gurança foi o que levou à edição de uma Lei obrigando o seu uso. Mas, para se entender o alcance

César BergoEconomista, Presidente do Corecon-DF

da mesma, deve-se reconhecer que as pessoas alteram seu com-portamento em resposta aos in-centivos oferecidos. Neste caso, o comportamento relevante é a velo-cidade e a prudência com as quais as pessoas dirigem. Ao decidirem com que nível de segurança de-vem dirigir, as pessoas racionais comparam o benefício marginal de uma direção segura com o seu custo marginal. Elas dirigem mais lentamente e com cautela, quando o benefício da maior segurança é alto. Isso explica porque as pes-soas dirigem mais atentamente quando está chovendo.

Veja agora como isso afeta o cálculo de custo-benefício de um motorista racional. Os cintos tor-nam os acidentes menos custosos para o motorista porque reduzem a probabilidade de ferimentos ou morte. Logo, a Lei do cinto de se-gurança reduz o benefício de se dirigir lenta e cautelosamente. As pessoas respondem aos cintos de segurança como o fariam a uma melhoria das estradas: dirigindo com mais velocidade e menos cau-tela. Portanto, o resultado final da Lei do cinto de segurança é um nú-mero maior de acidentes.

Tudo isso serve para mostrar que ao analisar qualquer ação no campo econômico é preciso consi-derar não só os impactos diretos, mas também as consequências in-diretas que decorrem da aplicação de vantagens ou incentivos, pois sempre irá provocar uma alteração no comportamento das pessoas.

As preferências do “consumidor” e a análisedo custo-benefício

¹Custo de oportunidade: qual-quer coisa de que se tenha de abrir mão para obter algum produto ou serviço. Muitas vezes os toma-dores de decisão verificam que o benefício obtido não compensa o custo e o negócio não é efetivado.

Page 40: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

40 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 41

yellow

//Por Sacha Bourdette Fotos: Cristiano Costa

Para ondequer ir?

Empresa oferece serviço de compartilhamento de bicicletas e patinetes elétricos sem estação para retirada e devolução

Já imaginou poder alugar por al-guns minutos ou horas uma bi-cicleta e poder finalizar o trajeto

sem se preocupar em encontrar um ponto para estacionar? A empresa de soluções de mobilidade urbana individual, Yellow, oferece desde o fim de janeiro deste ano, o serviço de compartilhamento de bicicletas e pa-tinetes elétricos por meio do sistema dockless, ou seja, sem uma estação para retirada e devolução. Na mes-ma onda e se juntando à Yellow, a Grin, que disponibiliza apenas patine-tes elétricos, chegou à capital federal no mês de março. As duas empresas pertencem ao grupo latino-america-no, a Grow Mobility Inc que é a ter-ceira maior empresa de mobilidade urbana do mundo.

As operações da empresa se res-tringem ao Plano Piloto e à Águas Claras. As bicicletas da Yellow ficam

em uma área de 19 quilômetros qua-drados no Plano Piloto e de 6 quilô-metros em Águas Claras. Já os pa-tinetes elétricos possuem uma área de atuação inicial de 6,82 quilôme-tros no Plano Piloto e de 6 quilôme-tros em Águas Claras. O valor é de R$ 1,50 a cada 10 minutos para as bi-cicletas e R$ 3,50 o desbloqueio mais R$ 0,50 a cada minuto de uso do pa-tinete. Já os veículos da Grin podem transitar em uma área limite de 12,4 quilômetros quadrados no Plano Pi-loto e de 6 km² em Águas Claras. O custo é de R$ 3 para o desbloqueio e o primeiro minuto de uso, mais R$ 0,50 por minuto a mais. Os dez pri-meiros minutos do primeiro passeio são gratuitos para o usuário.

O serviço de compartilhamento é oferecido pelo aplicativo da Yellow e da Grin, disponíveis nas plataformas App Store e Google Play. Por meio

dele, o usuário se cadastra, encon-tra o veículo no mapa e desbloqueia a bicicleta ou o patinete mais próxi-mo. As bicicletas da Yellow funcio-nam todos os dias e é 24 horas, já os patinetes estão disponíveis das 8h às 20h. Os veículos estão estacionados em qualquer lugar dentro da área de atuação, sendo possível parar de maneira perpendicular à via, e em locais permitidos e gratuitos para estacionar veículos em geral. A Grin funciona das 6h às 22h e os patinetes podem transitar em ciclovias e ciclo-faixas com o limite de 20 km/h e nas calçadas até 6 km/h.

De acordo com a Yellow, a ideia é ir crescendo aos poucos e assim expandindo a área de atuação. O objetivo da empresa é garantir uma experiência nova ao cidadão, preser-vando o ambiente urbano e apoiando boas práticas. Os Guardiões Yellow

Page 41: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

40 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 41

Jéssica Lopes: “As bikes facilitam bastante a minha vida”

Felipe Soares: “O aplicativo é bem intuitivo e fácil de usar”

Cairo Hendry: “Eu nunca usei. Acho bacana ter essa opção de transporte”

circulam todos os dias da semana para mapear bicicletas e patinetes, além de organizá-los, redistribuí--los e retirá-los para manutenção quando necessário. O recolhimento dos patinetes para recarga ocorre no fim do dia.

Como em São Paulo, as corridas pela Yellow podem ser pagas com cartão de crédito, boleto e dinheiro. Os créditos para uso das bicicletas poderão ser comprados em dinhei-ro em bancas de jornal e lojas, entre outros estabelecimentos parceiros espalhados pela cidade, como lan-chonetes, que vão receber o valor em espécie e transferir o montante para o aplicativo do usuário. Para locali-zar um parceiro, basta visualizar no mapa do app. Pelo celular, é possível adicionar o valor e ainda transferir para amigos. No aplicativo da Grin é preciso adicionar na forma de paga-mento um cartão de crédito.

Segundo a assessoria da Grin, a empresa tem como prioridade fazer com que o serviço beneficie os usuá-rios como também os não usuários, contribuindo para reduzirem o nú-mero de carros nas ruas, a poluição e os ruídos. Os patinetes da Grin são monitorados em tempo real e reco-lhidos todas as noites pela empresa, que conta com uma equipe local para realizar o processo de coleta, recar-ga e recolocação diária nas estações. Além disso, para garantir a seguran-ça e o uso cuidadoso só maiores de 18 anos podem utilizar o patinete, sendo uma pessoa por vez.

USUÁRIOS

Para a estudante e modelo, Jés-sica Lopes, 19 anos, a ideia de poder deixar a bicicleta parada onde termi-nar a viagem é uma das principais vantagens. “As bikes facilitam bas-tante a minha vida, porque estudo na Universidade de Brasília e lá tem sempre uma e me ajuda a locomo-ver por lá. Eu comecei a usar tem um mês e gostei bastante, ainda mais

por não precisar estacionar em um ponto fixo. Isso é bem bacana, por-que às vezes preciso vir com a bici-cleta de um lugar para o outro e não preciso trazer ela de volta”, relatou.

O advogado Felipe Soares, tam-bém já usou a bicicleta e acredita que o serviço deve crescer cada vez mais. “Foi uma ótima ideia e inclusi-ve já usei e a princípio não vejo nada que possa ser melhorado. O aplica-tivo é bem intuitivo e fácil de usar. Eu moro aqui em Brasília, acho que é bem útil para se locomover”, con-tou. Já o promotor de vendas, Cairo Hendry, nunca usou o serviço, mas pensa que seria bom expandir para outras cidades satélites da capital. “Eu nunca usei, mas vejo muitas pessoas usando e passando pelas ruas, parece ser um excelente meio de transporte. Eles também não ocupam muito espaço e se estiver no caminho na calçada não custa nada desviar, acho bacana ter essa opção de transporte. Penso em usar algum dia, mas moro em Planaltina e seria bom expandir para mais lu-gares do DF”, sugeriu.

Page 42: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

42 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 43

artigo direito da empresa

Antonio TeixeiraAdvogado, mestre em Direito

Constitucional, com MBA em Direito Tributário e Mercado de Capitais

Toda atividade econômica possui riscos. Podem ocorrer crises econô-micas, ou a prática de concorrência predatória no mercado, ou a má ad-ministração, dentre outros eventos que causam impactos diretamente sobre o faturamento, resultando na impossibilidade da empresa pa-gar as suas dívidas. Se a sociedade empresária não conseguir quitar os títulos devidos cujo valor ultrapasse 40 (quarenta) salários mínimos, a Lei nº 11.101/2005 fixa, no artigo 94, inciso I, que poderá ser decretada a sua falência.

Em novembro de 2018, o Supe-rior Tribunal de Justiça, STJ, julgou a possibilidade de ser decretada a falência de sociedade empresária inadimplente, quando o credor e o devedor acordam previamente que seus conflitos serão resolvidos por meio de arbitragem. O litígio versava sobre o pedido de falência ajuizada por certa empresa metalúrgica con-tra a Volkswagen do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda., pelo não pagamento de duplicatas pro-testadas no valor de R$ 617.075,56. Ou seja, solicitava-se a falência de uma das maiores montadoras de veículos do Brasil, além de ser uma empresa controlada integralmen-te pelo grupo alemão Volkswagen, que, hoje ocupa a posição de maior montadora do mundo. Mas a nossa lei de falências é clara ao fixar a pos-sibilidade de decretação da falência de qualquer empresa, independen-temente do seu porte, caso não haja o pagamento das dívidas vencidas.

A Volkswagen do Brasil, em sua defesa, alegou que as partes, ao celebrarem contrato de prestação de serviços, fixaram, em cláusula compromissória, que escolheriam

A decretação da falênciaindepende de prévia arbitragem

a solução de litígios por meio de arbitragem. Portanto, as situações conflituosas deveriam ser resolvi-das pelo arbitro e não pelo Poder Judiciário. A juíza de primeira ins-tância acolheu este argumento e decidiu pelo não prosseguimento do processo falimentar. Mas o Tribunal de Justiça de São Paulo reformou o decidido, fixando que poderia sim ser decretada a falência, mesmo que houvesse compromisso arbi-tral. Houve recurso desta decisão, o que deslocou a controvérsia para o Superior Tribunal de Justiça.

No STJ, os Ministros da Quarta Turma julgaram o caso. O Relator, Ministro Raul Araújo, reconheceu, inicialmente, que as partes estavam sim obrigadas a submeterem seus litígios ao arbitro, caso pactuassem neste sentido. Mas, “no caso con-creto, a despeito da previsão con-tratual de cláusula compromissória, existem títulos executivos inadim-plidos, consistentes em duplica-tas protestadas e acompanhadas de documentos para comprovar a prestação efetiva dos serviços, o que dá ensejo sim ao pedido de falência, com fundamento no art. 94, I, da Lei 11.101/2005.”

Todos os demais Ministros se-guiram este entendimento e por de-cisão unânime, a Quarta Turma do STJ concluiu que deveria prosseguir o pedido de falência contra a empre-sa que injustificadamente deixar de pagar os seus títulos no valor acima de 40 salários mínimos, ainda que haja compromisso arbitral firmado entre os contratantes. Com esta de-cisão, consolidou-se o entendimen-to de que, havendo ou não compro-misso de arbitragem acordado entre as partes, o credor pode instaurar o processo falimentar contra o deve-dor, caso este não quite os títulos de crédito vencidos, nos termos da lei de falência.

Page 43: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

42 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 43

festival

Festival vai ser realizado, pela primeira vez, em todas as unidades do Sesc-DF

//Por Liliam Rezende

@sescdf

/sescdf

www.sescdf.com.br

Festclown chega a17º edição com atrações inéditas

Tradição cultural milenar, a riqueza da arte circense se reinventa e resiste através do tempo. Em diálogo cons-tante com público de todas as idades, as cores e risos da 17º edição do Sesc Festclown vão ocupar os palcos de Brasília, nos dias 22 a 26 de maio. Companhias nacionais e internacio-nais realizarão uma série de apresen-tações gratuitas, em diferentes espa-ços e regiões da cidade. O evento será realizado, de forma inédita, em todos as unidades do Sesc: Presidente Dutra (Setor Comercial Sul), Gama, Samam-baia, Ceilândia, Taguatinga Norte e Sul, Guará, 913 e 504 sul, além da Funarte, hospitais infantis e escolas rurais.

Fitas, acrobacias, tecidos e mala-bares se expandem através de olhares diversos e mostram a capacidade do circo de se transformar e crescer entre múltiplas linguagens constantemente. Segundo a coordenadora de Ações Cul-

turais do Sesc-DF, Juliana Valadares, o festival manterá o formato tradicional, mas focado no aspecto sociocultural. “Vamos realizar programações em to-das as unidades do Sesc, mesmo aque-las que não tem equipamento cultural, como um teatro. A ideia é também intensificar as apresentações em hos-pitais infantis e escolas da zona rural. Vamos continuar valorizando os espe-táculos tradicionais por meio da lona de circo, além, claro, de dar espaço para os novos artistas da arte da palhaçaria. O Sesc garante a cada edição diversidade de atrações para o público”, conta.

Juliana explica que o festival se consagra como importante espaço de diálogo e trocas artísticas, além de se transformar em ponto de encontro para aqueles que buscam a transformação através do riso. “No festclown o hu-mor se coloca como ferramenta para proporcionar mudança e permitir que

a descontração se transforme em ca-minhos e ideias”. O formato do projeto deste ano vai trazer um recorte cultu-ral que envolve a arte da palhaçaria de forma segmentada. Juliana destaca ainda que a pluralidade ou diversidade de estéticas aliada à quantidade de pú-blico presente faz acreditar que a arte do palhaço não morreu e nem vai sofrer esse risco. “Este ano vamos dar espa-ços a grupos de palhaços indígenas, por exemplo. Nossa ideia é apresentar um ineditismo de obras às plateias que todo ano comparecem ao festival”, finaliza.

Page 44: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

44 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 45

//Por Luciana Corrêa Foto: Cristiano Costa

Recrutadores encontraram Kássia após atualização de

seu currículo na rede social, LinkedIn

Mais informações

@senacdf

/senacdistritofederal

www. df.senac.br

caso de sucesso

Tecnóloga garante emprego após formatura

A ex-aluna do curso de Gestão Comercial da Faculdade de Tecnologia Senac-DF, Kássia Ionara de Aquino Carvalho Mota (27), formanda do segundo semestre de 2018, conseguiu um emprego na área assim que finalizou o curso. “Os recrutadores do Atacadão Dia-a-Dia me en-contraram através do LinkedIn. Fiz a entrevista e graças a Deus consegui a vaga. Com certeza foi a questão da graduação que fez a diferença no meu currículo, e por eu já ter uma certa experiência no varejo, adquirida no período em que trabalhei em outro mercado”, explicou.

Kássia é moradora do Recanto das Emas e conheceu o Senac por meio da Internet. “Estava buscando uma faculdade e optei pelo Senac pela credibilidade no mercado. A princípio eu estava querendo cursar Marketing, porém na época ainda não tinha essa graduação no Se-nac, mas pesquisando constatei que a grade de Marketing e Gestão Comercial era praticamen-te a mesma”, completou. Para a aluna, o curso foi fantástico. “A didática dos professores é o

diferencial com certeza, por estarem sempre antenados nas mudanças do mercado. São pro-fissionais maravilhosos, sempre prestativos e dedicados”, elogiou.

A gestora comercial percebeu que poderia mudar de carreira quando não estava mais sa-tisfeita com a função anterior. “Sabia que para conseguir uma melhor colocação no mercado teria que me especializar, então a partir desse desejo de mudança surgiu a oportunidade de es-tudar Gestão Comercial, que por sinal é um cur-so super abrangente”, concluiu. Kassia pretende continuar estudando e fazer o curso de pós-gra-duação em Marketing – Do Varejo ao Digital.

Page 45: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

44 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 45

artigo direito no trabalho

Lirian Sousa Soares CavalheroConsultora jurídica da

Fecomércio-DF e da OpeLegis Consultoria Empresarial

No dia 1º de março foi publica-da a Medida Provisória-MP nº 873 que alterou os procedimentos pre-vistos para o recolhimento da con-tribuição sindical, facultativa, e as demais contribuições recolhidas para os sindicatos.

Como já dito alhures, a Con-tribuição Sindical agora é faculta-tiva, e permanecerá sendo parti-lhada entre Sindicato, Federação, Confederação e Centrais, com as mesmas épocas dos pagamentos, com a devida publicação dos edi-tais, mediante recolhimento na Caixa Econômica Federal com a manutenção de conta para isso, e cumprimento das determinações previstas no capítulo III da CLT. O que foi modificado pela MP é a forma de recolhimento que agora é mediante boleto bancário (antes era guia de contribuição), que de-verá ser entregue pelo empregado ao empregador para recolhimento juntamente com sua autorização expressa, individual e por escrito para dedução daquele valor em seu salário. Caso o Sindicato não consiga entregar o boleto ao em-pregado, poderá entregar para empresa, mas o desconto somen-te poderá ocorrer se o empregado entregar documento autorizando o desconto em seu salário para pa-gamento do boleto entregue.

É de clareza solar que essa MP

advém dos problemas gerados, após entrada em vigência da Refor-ma Trabalhista Lei nº 13467/2017, no que tange à violação do previsto no art. 611-b da CLT, inciso XXVI , em relação aos quais os sindica-tos, juntamente com a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho fizeram letra morta do texto da lei, buscando os subterfú-gios mais absurdos possíveis para manter o status quo anterior, ou seja, que as contribuições sindi-cais seguissem sendo obrigatórias para todos, sem autorização indivi-dual do empregados.

Infere-se pela modificação do art. 545, que quaisquer contribui-ções ou mensalidades, indepen-dentemente de sua nomenclatura, devidas ao sindicato, previstas no estatuto da entidade ou em norma coletiva, serão recolhidas, cobra-das e pagas na forma do dispos-to nos art. 578 e art. 579, que em resumo preveem que qualquer contribuição depende de autori-zação prévia, voluntária, indivi-dual e expressa do empregado, não admitida a autorização tácita ou a substituição dos requisitos estabelecidos neste artigo para a cobrança por requerimento de oposição. E, por fim, é nula a regra ou a cláusula normativa que fixar a compulsoriedade ou a obriga-toriedade de recolhimento a em-

A medida provisória nº 873/2019 e as modificações nas contribuições para os sindicatos

1Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a re-dução dos seguintes direitos:

...XXVI - liberdade de associação profissional

ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anu-ência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;

pregados ou empregadores, sem observância dessas regras, ainda que referendada por negociação coletiva, assembleia-geral ou ou-tro meio previsto no estatuto da entidade.

Esses seriam os pontos modi-ficados pela MP, sendo de extre-ma importância sua observância pelas empresas quando fizerem a dedução de valores do salário do empregado em prol do sindicato laboral.

Page 46: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

46 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 47

desburocratização

Secretaria de Turismo do Distrito Federal reabre os espaços em seis endereços da Capital Federal

//Por Liliam Rezende Fotos: Cristiano Costa

Centros de Atendimentoao Turista serão reabertos

O Governo do Distrito Fede-ral (GDF) vai reabrir os seis centros de atendimento ao

turista (CAT) da capital. Por meio de um convênio com o Banco de Bra-sília (BRB) e a Companhia Urbani-zadora da Nova Capital - Novacap, a Secretaria de Turismo do Distrito Federal irá revitalizar a estrutura das unidades de apoio dos setores hoteleiros Sul e Norte, da Torre Digital, do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek, da Casa de Chá (na Praça dos Três Poderes) e Rodoviária Interestadual de Brasília.

A secretária de Turismo do Dis-trito Federal, Vanessa Mendonça, explica que dois CATs dos setores

hoteleiros sul e norte já estão em reforma. “Desde o mês de feverei-ro, a Secretaria de Turismo iniciou o processo de pintura e revitaliza-ção dos espaços. Também estão sendo realizadas trocas de louças, de blindex, de portas e checagem e reforma das partes elétricas e hi-dráulicas”, explicou. Vanessa des-taca que além desses dois CATs, outros estão sendo reformados. “O CAT da Casa de Chá na Praça dos Três Poderes, que funciona todos os dias das 9h às 18h, foi pintado e teve o mapa, localizado em frente ao Centro de Atendimento, troca-do. A imagem do mapa estava toda apagada e queimada devido à ação do tempo, o que não permitia que

Page 47: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

46 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 47

os turistas conseguissem localizar os principais pontos turísticos da cidade”. A Secretaria de Turismo ainda irá reativar o atendimento do CAT da Torre Digital nos finais de semana e já conseguiu com a Inframérica um espaço na área de desembarque para instalar o Cen-tro no Aeroporto de Brasília. Tam-bém está sendo negociado um es-paço na Rodoviária Interestadual.

Os recursos de recuperação dos CAT serão patrocinados pelo BRB, que dará o suporte na gestão dos postos. A partir dos centros, quem chegar à capital poderá se infor-mar sobre hospedagem, atrações e serviços de gastronomia, entre-tenimento e lazer. “A ideia é que, ao assumirmos essa gestão, apoie-mos todo o esforço que está sendo feito para geração de emprego e renda na nossa cidade”, informou o presidente do banco Paulo Henri-que Costa. O BRB não quer investir só no atendimento físico ao turista. Para isso, está sendo criado um aplicativo para smartphone e tablet que funcionará como uma espécie de CAT virtual. Por meio da ferra-menta, o turista poderá se informar sobre as atrações de Brasília antes mesmo de chegar à cidade, além disponibilizar opções de seguro de viagem e indicar casa de câmbio em agências do banco em Brasília, por exemplo.

MERCADOO mercado de turistas é uma

das apostas do GDF para os pró-ximos anos na capital, segundo a secretaria de Turismo. A intenção da gestão será ampliar o merca-do e recrutar eventos que atraiam público para o DF. Os Centros de Atendimento ao Turista tinham sido criados para recepcionar os turis-tas na Copa do Mundo em 2014, porém foram fechados logo após o mundial. De acordo com Vanessa Mendonça, a informação para o tu-

rista é um item essencial para que uma viagem seja aproveitada da melhor forma possível. “Os centros são fundamentais pois permitem o primeiro contato entre o visitante e a cidade. Tem o relevante papel de orientar e informar para que o tu-rista tenha uma boa impressão do destino logo na chegada”, ressalta.

Vanessa destaca também a par-ceria com a Inframerica. “Temos um grande parceiro que será o ae-roporto de Brasília. A Inframerica, que é a responsável pelo terminal, cedeu uma sala, e vamos nos pró-ximos meses reabrir o CAT lá. En-tão quando o turista desembarcar, já terá todas as informações sobre a capital”, promete Mendonça. A secretária de turismo reforça que outras cias aéreas estão investin-do na cidade, como a portuguesa TAP. “Os centros de atendimento ao turista bem estruturados e com servidores preparados serão ainda

mais essenciais quando começar o serviço de stopover, que assinamos recentemente com a TAP, e permi-tirá que turistas que embarcarem na Europa com destino ao Brasil possam ficar até cinco noites em Brasília sem aumento da tarifa de passagem”.

Para o diretor-presidente da In-framerica, Jorge Arruda, a fixação de Brasília como capital para liga-ção entre os demais estados pelas empresas aéreas e o crescimento das rotas internacionais irão am-pliar a movimentação de turistas pela capital. “A Gol fez uma gran-de aposta lançando quatro novos voos internacionais para Brasília, com isso, o número de turistas es-trangeiros deverá crescer 70% em 2019. O nosso aeroporto recebe 18 milhões de pessoas por ano, e boa parte destes passageiros querem conhecer mais a capital do país”, afirma Arruda.

O empresário Mario Oliveira, que mora no Rio de Janeiro, acha que os Centros de Atendimento ao Turista são fundamentais devido à dificuldade de localizar os endere-ços em Brasília. “Aqui é completa-mente diferente de outros lugares. Em Brasília, as ruas não têm nome, existe uma lógica diferente, quase todos os endereços são compos-tos de siglas e números, então não tem como a pessoa saber. Por isso, essa reabertura vai ser essencial para ajudar o turista que chega na capital do país”, destaca.

Já a funcionária pública, Mar-cela Dutra, conta que apesar de morar em Brasília, sempre rece-be parentes de fora, o que reforça a importâncias dos CATs. “Nem sempre eu posso receber meus fa-miliares no aeroporto ou fazer um city tour com eles. Com a ajuda dos CATs e dos mapas por eles distri-buídos, o turista tem mais inde-pendência para conhecer a cidade sozinho”, finaliza.

CENTROS DE ATENDIMENTOAO TURISTA

SETOR HOTELEIRO SUL,QUADRA 1 (PRÓXIMOAO HOTEL NACIONAL)

SETOR HOTELEIRO NORTE,QUADRA 1 (AO LADO AO

KUBITSCHEK PLAZA HOTEL)

TORRE DIGITAL(PRÓXIMO AO COLORADO)

AEROPORTO INTERNACIONAL JUSCELINO KUBITSCHECK

(PISO TÉRREO)

CASA DE CHÁ (NA PRAÇA DOS TRÊS PODERES)

RODOVIÁRIA INTERESTADUAL (PRÓXIMA AO GUARÁ)

Page 48: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

48 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 49

mesa brasil

Sesc homenageia produtores do Carnaval no Parque pela parceria na arrecadação de 43 mil quilos de alimentos

//Por José do Egito Foto: Cristiano Costa

@sescdf

/sescdf

www.sescdf.com.br

Foliasolidária

Mesa Brasil Sesc arrecadou 43 mil quilos de alimentos que foram doados durante os oito dias do evento Carnaval no Parque. Para celebrar o recorde de arrecadação, o Sesc-DF homenageou os produtores do Car-naval no Parque com um certificado, em março, no banco de alimentos Mesa Brasil, localizado no SIA. Eles também acompanharam a entrega para as 217 entidades sociais cadas-tradas, que atendem 64 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social.

O Carnaval no Parque contou com cerca de 60 voluntários de instituições parceiras do projeto, além da equipe do programa. O diretor regional do Sesc-DF, Francisco Soares Campelo Filho, destacou a procura de empre-sas interessadas no programa. “Gran-des multinacionais fazem o processo de arrecadação dos alimentos e só doam se for para o Mesa Brasil. Jus-tamente porque essas companhias possuem um sistema de compliance e de controle, e só fazem a doação se tiverem certeza que a empresa está de fato fazendo o uso e a destinação correta desses alimentos”, ressaltou.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, participou da entrega do certificado e explicou que a ação social do Mesa Brasil é uma parce-ria de grande valor humanitário, que atende as pessoas mais necessitadas, além de reforçar a responsabilida-de social tanto da empresa parceira quanto do Sesc. “Esse programa nos auxilia a reforçar o trabalho social que o Sesc desempenha em todo o DF. Parabenizo os nossos parceiros por confiarem no trabalho desenvolvido

pelo Sesc. O trabalho do Mesa Brasil no DF é referência no País e tem se destacado cada vez mais. Prova dis-so são as empresas que sempre nos procuram para fazer a devida arre-cadação e distribuição dos alimentos doados”, disse Francisco Maia.

Com o foco em estabelecer parce-rias, arrecadar e distribuir alimentos e realizar ações educativas, o programa contribui a cada ano para a diminui-ção no desperdício de alimentos, re-dução da fome e consequentemente para a preservação do meio ambien-te. Segundo a gerente de projetos do Carnaval no Parque, Nath Rezende, o Sesc possibilitou que o propósito do evento fosse atingido. “Essa parceria com o Sesc foi estratégica porque te-mos planos ambiciosos com o Mesa Brasil, até em termos nacionais. Sa-bemos que o Sesc é uma instituição sólida. Para gente foi um prazer, até porque batemos a nossa meta de

arrecadação, que era atingir 40 mil quilos de alimentos. Acreditamos que um evento é uma plataforma para propósitos maiores e a parceria foi a nossa principal conexão com algo maior”, adiantou Nath.

O Programa Mesa Brasil Sesc foi lançado nacionalmente no início de 2003. No DF, chegou em 9 de junho do mesmo ano. O objetivo principal é criar uma rede nacional contra a fome e o desperdício de alimentos. Atualmente, o Mesa Brasil Sesc conta com 45 parceiros, além das entidades sociais cadastradas no DF.

Page 49: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

48 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 49

BOLETIM DA CONJUNTURA IMOBILIÁRIA - SÍNTESEdados de Fevereir0/2019

O índice Imobiliário Secovi-DF reflete o comportamento geral dos preços de aluguel e de venda dos imóveis ofertados no DF. Demonstra ainda as tendências do mercado imobiliário auxiliando nas tomadas de decisão, tanto de empresários quanto do público em geral.

Amostragem

Comercialização

locação

Acompanhe asprincipais oportunidades de

negócios imobiliários: www.imovelsecovi.com.br

“Nos últimos anos as locações, compras e vendas de imóveis estavam estagnadas no DF. Mas agora os preços dos imóveis estão estáveis, o que indica que o mercado começa a reagir, mas a expectativa de crescimento será mais acentuada em 2020. Estamos vendo uma movimentação positiva no setor, está sendo uma recuperação lenta, mas ficamos felizes com isso, pois não queremos que seja vertiginosa, queremos que seja uma recuperação gradual e consistente. ”

Ovídio Maia, presidente do Secovi-DF

Apartamentose Casas

SalasComerciai s

e Lojas

5645

29629

1126

11662

Apartamento - Locação Apartamento - Comercialização

Casa - Locação Casa - Comercialização

3157

2211

1699

1229

Sala Comercial - Locação Sala Comercial - Comercialização

Loja - Locação Loja - Comercialização

Page 50: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

50 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 51

economia

Indicadoresdo comércio //Por José Eustáquio Moreira de CarvalhoEconomista pela UnB e Especialista emFinanças de Empresas pela FEA/USP

PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal

Fevereiro 2019

Cartão de Crédito90,6%88,5,6%89,0%

Dívida impágavel0,1%0,2%0,1%

Inadimplência12,9%11,9%11,4%

Dívida Total81,3%79,2%79,5%

Fevereiro Janeiro Dezembro

Fonte: CNC

O Governo Federal continua com atenção total na re-forma da Previdência e no Pacote Anticrime. O pri-

meiro passo para o andamento da reforma da Previdência já foi dado com a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem maioria governistas. Já o Paco-te Anticrime, está na fase de “bate--cabeças” entre os poderes e entre

os próprios membros do judiciário brasileiro. No Distrito Federal, já aconteceu o primeiro entrave ao cumprimento de compromissos gerais de campanha: caixa baixo em decorrência da frustração de receitas. Alia-se a isto reinvindi-cações de diversas categorias de servidores públicos para o mesmo tratamento dado aos policiais civis e militares.

A taxa de inflação nacional em fevereiro ficou em 0,43%, e quando anualizada o indicador fechou em 3,89%, ainda abaixo do centro da meta, hoje fixado em 4,25%. No DF, o comportamento foi bem melhor: inflação anualizada de 2,89% e de 0,18% como indicador de fevereiro. Sempre variando entre 0,1% e 0,2% em 2018 e janeiro 2019, o indicador da dívida impagável fechou o mês de fevereiro em 0,1%. Os demais indi-cadores de dívidas foram os seguin-tes no período: cartão de crédito, crescimento de 0,5 ponto percen-tual janeiro; inadimplência redução de 0,5 ponto percentual; e o endi-vidamento geral cresceu 0,3 ponto percentual.

Page 51: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

50 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 51

A intenção de consumo das famílias reduziu substancial-mente em fevereiro, com o ICF/DF, apresentando redução de 1,6 ponto no indicador geral. Quanto às classes de ren-da, o comportamento também foi de queda em ambas as classes: na classe de renda até 10 SM houve redução de 0,9 ponto, enquanto na classe de renda superior a 10 SM essa redução foi de 3,2 ponto.

O otimismo dos empresários continuou crescente em fevereiro. O ICEC/DF, apresentou crescimento em todos os indicadores: 3,0 pontos no indicador de expectativas; 2,6 pon-tos no indicador de investimentos; 14,0 pontos no indicador das condições atuais; 6,6 pontos no indicador geral.

Todas as taxas de juros continuam em trajetória descendente. Em fevereiro de 2019, comparado com janeiro, tivemos os seguintes registros: 1) para a Pes-soa Jurídica, a taxa da Conta Garantida reduziu 1,8 ponto percentual, fixando-se em 128,27%; 2) para a Pessoa Física, as taxas do Cheque Especial e do Car-tão de Crédito, foram reduzidas, a primeira em 2,43 pontos percentuais atingindo 276,45% e a segunda em 4,75 pontos percentuais, fechando o mês em 265,28%.

Mais de10 SM 112,2

116,2113,0

98,6102,5100,9

92,396,295,3

ICF - Intenção de Consumo das Famílias Distrito Federal

Fevereiro 2019

Até10 SM

Geral

SM: Salário-MínimoFonte: CNC

Indicadores deinvestimento

Geral

Indicadores das expecta-tivas

Indicadores dascondições atuais

105,6109,5112,1

165,1172,5175,5

84,893,7107,7

118,5125,2 131,8

ICEC - Índice de Confiança doEmpresário do Comércio DF

Fevereiro 2019

Fonte: CNC

Dezembro

Janeiro

Fevereiro

Empréstimo pessoalFinanceiras

Chequeespecial

Empréstimo pessoalBancos

Cartão decrédito

119,48%118,74%118,20%

282,97%279,70%278,88%

23,14%22,85%22,42%

81,44%80,41%80,00%

56,09%55,37%55,01%

272,42%270,03%276,45%

131,62%

130,07%

128,27%

25,05%

24,75%

24,16%

20,70%

20,41%

20,13%

Taxas de Juros Pessoa Jurídica

Taxas de Juros Pessoa Física

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

CDCAutomóveis

Juros docomércio

Conta garantidaDesconto deduplicatas

Capitalde giro

Fonte: ANEFAC

Fonte: ANEFAC

Fevereiro

Fevereiro

Fevereiro

Janeiro

Janeiro

Janeiro

Dezembro

Dezembro/18

Dezembro

Page 52: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

52 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 53

Adriano de Andrade MarrocosContador da Fecomércio-DF e do IFPD e presidente do CRC/DF

O Governo Federal publicou no portal do eSocial, dia 7 de fevereiro, uma estranha mensagem: “Insta-bilidade atingiu a rede Serpro, no período das 11h50 às 18h30 desta quarta-feira, dia 6 de fevereiro, in-clusive o eSocial. Usuários relataram dificuldades ao tentar fechar a folha, mas elas não foram provocadas pelo volume de transmissão de arquivos do período de fechamento de folha. O problema já foi solucionado”. Enfim, estamos diante de uma nova reali-dade na relação “governo – empre-gador – empregado”, que nos trouxe

diversas situações. No início, foram a inconsistência e os dados duplicados (travaram o sistema) e a quantidade de informações (elevou custos na área de RH e contabilidade). Agora, vivenciamos as constantes modifi-cações e atualizações no programa e a preocupação com elevadas mul-tas, além da falta de informações e de campanhas para conscientizar empregados e empregadores, o que trouxe para nós, contadores, imensa responsabilidade. Mas, nosso des-taque neste mês, é a relação entre empregador e empregado, principal-

mente das pequenas e microempre-sas. Nossos empregados não foram orientados de suas obrigações, o que deveremos fazer com maestria, evitando desentendimentos, afinal, o ambiente nas empresas é funda-mental. Desta feita, recomendamos aditivos ao contrato ou implantação de regimentos internos com regras básicas diante prazos e exigências na legislação trabalhista, previdenciária e social e com obrigações a serem cumpridas no ambiente do eSocial, além de nova cultura na empresa na relação laboral.

Abril/2019Calendário

Cri

stia

no C

osta

agenda fiscal

eSocial apresenta“primeiros” problemas

15/abr Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais e facultativos) referente à 3/2019.

18/abr

Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente à 3/2019.

Contribuição Mensal do Microempreendedor Individual referente à 3/2019.

Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente à 3/2019.

COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, referente à 3/2019.

22/abrSIMPLES NACIONAL referente à 3/2019.

ISS e ICMS referente à 3/2019 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).

25/abr PIS e COFINS referente à 3/2019.

30/abr

Contribuição Sindical Laboral e Mensalidade Sindical laboral mensal referente à 3/2019.

1ª quota do IRPJ e da CSLL referente ao 1º trimestre/2019 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.

Recolhimento do Carnê Leão referente à 3/2019.

IRPJ e CSLL referente à 3/2019, por estimativa.

Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado).

O QUÊ e QUANDO pagar?

12/abr Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária s/Receita (EFD Contribuições) a SRF/MF referente a 2/2019.

15/abr Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) a SRF/MF referente a 3/2019.

22/abr Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 2/2019.

30/abr

Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente à 3/2019.

Declaração de Operações Liquidadas com Moeda em Espécie (DME) a SRF/MF referente à 3/2019.Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) a SRF/MF referente ao ano calendário 2018.Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 3/2019: observar Portaria/SEF nº 22, de 19/01/2017.

O QUÊ e QUANDO entregar?

Page 53: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

52 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 53

Page 54: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

54 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 55

por dentro do sistema - IF

//Por Fabiola Souza

PARCERIAS

Nos primeiros três meses de 2019, o Instituto Fecomércio estabeleceu importantes novas parcerias para a inserção de jovens no mercado do trabalho, entre elas: Conselho Regional de Contabilidade do DF (CRC-DF); Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e a Fundação Cultural Palmares. SUPORTE AO

EMPRESÁRIO

Com o objetivo de apoiar e oferecer suporte ao empresariado local, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal, por meio do Instituto Fecomércio, visitou 880 micro e pequenas empresas de diversos segmentos. Estas visitas aconteceram no primeiro trimestre deste ano e continuarão ocorrendo ao longo de 2019.

MERCADODE TRABALHO

Somente este ano, o Instituto Fecomércio já inseriu mais de 885 jovens no mercado de trabalho, entre estagiários e menores aprendizes, contribuindo para a capacitação dos alunos e geração de emprego e renda na economia da capital.

PÁSCOA

Os comerciantes brasilienses esperam um crescimento de 11,47% nas vendas da Páscoa em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que revela a pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio, entre os dias 13 e 18 de fevereiro, com 402 empresários de 11 segmentos. Em 2018, a estimativa de crescimento nas vendas foi de 9,39% para a data comemorativa.

Page 55: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

54 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 55

instituto fecomércio

Mais informações

@if_df

/institutofecomerciodf

institutofecomerciodf.com.br

// Por Fabíola Souza Foto: Cristiano Costa

Em homenagem ao Dia da Mulher, celebrado dia 8 de março, o Instituto Fecomér-

cio e o Conselho Regional de Admi-nistração do DF (CRA), realizaram o 6º Encontro da Mulher Empresária e Administradora do DF, no dia 12 de março, no auditório da Legião da Boa Vontade (LBV). Uma das princi-pais palestrantes foi a presidente da Magazine Luiza, a empresária Luiza Helena Trajano.

Para Luiza, o poder hoje está nas mãos de quem tem o conhecimento e de quem faz acontecer. “Eu sou uma pessoa que faz acontecer e por isso ter foco é indispensável para o sucesso”, completou. Para apoiar as mulheres do Brasil inteiro, a empre-sa Magazine Luiza lançou uma cam-panha intitulada “Eu meto a colher sim”, com objetivo de dar força para as mulheres denunciarem a violência doméstica e não se sentirem sozi-nhas nessa situação.

A empreendedora também con-tou sobre a criação da Lu, a vendedo-ra virtual, surgiu pela necessidade de um atendimento único, que só pode ser feito por um vendedor. “A Lu foi criada para humanizar o atendimen-to, pois todo cliente quer um aten-dimento diferenciado. Tanto faz na internet quanto na pessoa física, as pessoas querem atenção”, contou. Segundo ela, toda empreendedora precisa se questionar sobre alguns pontos para que a empresa tenha sucesso: devem analisar os 5 pontos que a empresa deve continuar fazen-do, as 5 coisas que a empresa não faz, mas deveria fazer e as 5 coisas que a empresa faz e não deveria es-tar fazendo.

O presidente da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turis-mo do DF (Fecomércio-DF), Francis-

co Maia, afirmou que o Encontro da Mulher Empresária e Administrado-ra já se tornou uma tradição. “O obje-tivo é homenagear as mulheres não somente pelo seu dia, comemorado na última sexta-feira, mas queremos mostrar a força da mulher, a sua importância e coragem no empre-endedorismo local e nacional”, disse Maia. Ainda segundo ele, há muito o que se melhorar em termos de igualdade. “As mulheres continuam ganhando menos do que os homens. Sei dos desafios, que não são fáceis. Mas precisamos seguir lutando para combater todo tipo de descriminação e desigualdade. Mudanças são ne-cessárias para esse cenário e podem começar com todos nós, dentro e fora das empresas”, apontou o pre-sidente da Fecomércio.

TALK SHOWLogo depois da palestra de Lui-

za Trajano ocorreu o Talk Show: A mulher empreendedora e o cami-nho para o sucesso. A moderação do painel foi coordenada pela ex-di-retora do Instituto Fecomércio-DF, Elizabet Garcia Campos. “Agradeço a

presença de todas, por estarem aqui contando suas histórias e motivando outras mulheres a começarem seus próprios negócios. Pois, são histórias inspiradoras para nós”, afirmou Eli-zabet. Participaram como convida-das a empresária Meg Sud, proprie-tária da Confeitaria Chico Mineiro; a empresária Jacqueline Rodriguez, da Galeria Joy; e a Cris Cavalli, especia-lista em marketing e eventos. Todas contaram um pouco de suas respec-tivas histórias e foram unânimes em dizer para as mulheres da plateia para acreditarem em seus sonhos. Foram apoiadores do encontro a Fe-comércio-DF; o CRA-DF; a LBV; o Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Brasília-DF; a Fênix Eventos; o Clu-be Internacional de Brasília; o ICB Oftalmologia; e o Sabin – Medicina Diagnóstica.

Instituto Fecomércio realiza 6º Encontro da Mulher Empresária e Administradora do DF

Page 56: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

56 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 57

tecnologia

[email protected] CarvalhoMoringa Digital

tecnologia

[email protected] CarvalhoMoringa Digital

Em março, comemoramos mais um dia do consumidor. E como essa figura é a peça-chave de todos os em-preendimentos, sejam eles pequenos ou grandes, gostaríamos de aprovei-tar a coluna deste mês para falar um pouco sobre quatro tendências de comportamento do consumidor para o ano de 2019.

É importante começarmos mencio-nando que o consumidor atual, além de estar mais exigente do que nunca, é quem efetivamente comanda as rela-ções de negócio. Com uma infinidade de produtos no mercado de qualidade comparável, marcas são facilmente substituíveis por outras, então cabe às empresas conquistar seu cliente através de outras estratégias com-plementares e que agregam valor à experiência de compra.

A primeira tendência que vale a pena comentar é que a personalização no atendimento está se tornando cada vez mais prioridade. Quando um clien-te entra em contato com uma empre-sa cujos produtos ou serviços tenha consumido, o cliente espera que ela já tenha um histórico das conversas anteriores, dos problemas que eles estão enfrentando, dos produtos que já foram consumidos, além de uma personalização nas ofertas, baseada em suas necessidades e desejos individuais.

A segunda tendência diz respeito ao compartilhamento de dados. Há algum tempo o consumidor se acostumou a compartilhar seus dados

4 tendências de comportamento do consumidor

em sites ou até mesmo lojas físicas. Antigamente ele não se preocupava muito com a importância desses dados, porém, hoje, sabendo o quanto eles têm valor, o cliente espera receber em troca desses dados uma experiência personalizada e relevante em sua jornada de consumo. Segundo a Salesforce, 56% dos consumidores estão dispostos a compartilhar dados pessoais para receber uma experi-ência de atendimento mais rápida e conveniente.

Outra tendência é a melhoria do relacionamento entre cliente e atendimento. Segundo pesquisa da PwC, apenas 38% dos consumi-dores disseram que o atendimento das empresas com quem interagem efetivamente entende suas necessi-dades. Por outro lado, em uma outra pesquisa da American Express, mais de 60% dos clientes afirmaram que um bom atendimento foi essencial

para o fechamento de um negócio.E, falando em atendimento, chegamos à última tendência que gostaríamos de mencionar: a autonomia do consu-midor. Ela revela que os clientes não querem mais sentir que têm a neces-sidade de interagir com operadores ou profissionais de atendimento para resolverem seus problemas, pre-ferindo fazer isso por conta própria. Infelizmente, ainda são poucas as empresas que estão preparadas para permitir que isso aconteça.

É importante que as empresas estejam cientes dessas tendências a fim de que possam ter tempo de se prepa-rar melhor para atender este novo consumidor. Segundo a Temkin, 77% dos clientes recomendariam uma empresa que forneceu uma experiên-cia relevante a um amigo. Ou seja, além de aumentar o valor do que é fornecido, uma experiência pode fazer com que uma empresa faça mais negócios!

Page 57: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

56 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 57

Tem novidade interessante para quem procura um bom smartphone, mas não quer investir em um modelo Premium. O novo Moto G7, lançado em feverei-ro, chega com visual renovado e um preço interessante. O modelo conta com processador Snapdragon 632, 4 GB de memória RAM, 64 GB de armazenamento interno (expansível até 256 GB com cartão MicroSD), bateria de 3.000 mAh, câmera principal dupla de 12 MP (f/1.8) e 5 MP (f/2.2) e frontal de 8 MP (f/2.2) e já vem com o siste-ma operacional Android 9 (Pie). Os pontos altos do aparelho são sua velocidade de processamento e também o design da tela, que traz o “notch”, recorte na parte superior feito para acomodar a câmera frontal. Esse estilo ficou famoso após o lançamento do iPhone X e tem se tornado uma tendência de mercado. O aparelho está disponível no Brasil desde fevereiro deste ano e pode ser encontrado nas cores Ônix (preto) e Polar (branco).

VALOR: R$ 1.599,00

Novidade intermediáriada Motorola

O astrolábio resgatado nos mares de Omã em 2014 foi confirmado como o mais antigo do mundo segundo pesquisa lançada recentemente. O dis-positivo, usado para determi-nar em qual latitude os navios se encontravam, fazia parte de uma nau portuguesa capita-neada pelos irmãos Vicente e Brás Sodré, tios do famoso navegador Vasco da Gama, que naufragou próximo à cidade de Al Hallaniyah durante uma viagem à Índia entre 1502 e 1503. Ao ser encontrada, a peça, feita de bronze gunme-tal, ainda exibia claramente o escudo português e a esfera armilar, porém a confirmação de que se tratava realmente de um astrolábio só foi feita após análises laboratoriais com laser. Atualmente o aparelho pode ser encontrado no Museu Nacional do Omã, em Muscat.

Tecnologia do século XVI

Para aqueles que sentem falta dos saudosos fliperamas das décadas de 1980 e 1990, uma excelente pedida é o Capcom Beat’Em up Bundle, título que reúne gran-des clássicos da desenvolvedora japonesa que eram febre na época dos antigos arcades. Nele você irá encontrar clássicos como Final Fight, The King of Dragons, Captain Commando, Knights of the Round, Warriors of Fate, Armored Warriors e Battle Circuit. O pacote está disponível em mídia digital no Nintendo Switch, PC (Steam), PS4 e XBOX One, e todos os jogos do pacote têm suporte ao multiplayer cooperativo online e local, para quem quiser reunir a galera em casa para jogar.

VALORES: VARIAM DEPENDENDO DA PLATAFORMA.

Para os nostálgicos de plantão

R$ 350 MIL:valor pago por

um cartucho de Super Mario Bros.

original, lacrado.

Page 58: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

58 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 59

facsenac

// Por Luciana Corrêa Fotos: Cristiano Costa

Faculdade Senacrealiza colação de grau

A Faculdade de Tecnologia Se-nac-DF realizou solenidade de co-lação de grau do segundo semestre de 2018, no dia 21 de março, às 20h, no auditório do Centro Educacional Maria Auxiliadora, dos alunos da unidade do Plano Piloto, dos cur-sos de Gestão Comercial, Gestão em Recursos Humanos, Gestão de Tecnologia da Informação, Gestão Pública, Gestão de Análise e De-senvolvimento de Sistemas e Ges-tão em Marketing.

O diretor da Faculdade Senac--DF, Carlos Humberto Spezia, falou aos formandos sobre a continuida-de em seus estudos e a aplicação no mercado de trabalho. “Foram

meses de aprendizagem mútua e continua. Sempre associada ao mundo do trabalho e à educação ao longo da vida. É por meio da apren-dizagem que desenvolvemos o diá-logo, a argumentação, a técnica e principalmente o respeito à vida. Quando iniciarem suas atividades laborais, para aqueles que ainda não o fizeram, coloquem em práti-ca as competências desenvolvidas, no casamento indissolúvel entre a teoria e a prática “, disse.

A formanda do curso de Ges-tão em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Iasmine Melo Fran-co Lorena de Barros, discursou como oradora e representante dos

Page 59: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

58 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 59

Mais inforMações @senacdf /senacdistritofederal www.df.senac.br

cursos tecnólogos da Faculdade Senac-DF. “Hoje, comemoramos uma vitória com muito esforço. Finalizamos com mérito a nossa graduação. Nessa noite colhemos os frutos desse esforço. Nos torna-mos profissionais de respeito e os professores, muito competentes, nos ajudaram muito. Que a colação seja só o começo de nossas carrei-ras”, comemorou.

Estiveram presentes na ceri-mônia o diretor da Divisão de Edu-cação Profissional do Senac, Gus-tavo Henrique Escobar Guimarães; o diretor administrativo e financeiro da Faculdade Senac, Julio Neffa Araujo Lage; a coordenadora pe-dagógica, Denise Maria dos Santos Paulinelli Raposo; a coordenado-ra do curso de Gestão de Recur-sos Humanos e Gestão Comercial, Graciere Pinheiro Quinino Barroso; o coordenador de Gestão de Ges-tão Pública, Professor Luiz Carlos Spaziani; o coordenador de Ges-tão da Tecnologia da Informação, Professor Nasser Yussif Arabi; e o coordenador de Gestão em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Douglas dos Santos de Almeida.

NOTA ALTA NO MECO curso de graduação de Ges-

tão Comercial da Faculdade de Tecnologia Senac-DF recebeu a nota quatro na avaliação do Minis-tério da Educação (MEC). A nota foi divulgada em fevereiro e é con-siderada alta, tendo em vista que a escala vai de zero a cinco. Uma comitiva de agentes do ministério avaliou toda a organização didáti-co-pedagógica, o corpo docente e a infraestrutura da Faculdade para realizar a renovação do reconheci-mento.

O diretor da Faculdade Senac-DF, Carlos Spezia, lembra que o curso de Gestão Comercial foi o primeiro a ser pensado desde a criação da instituição, para atender aos em-presários e funcionários do comér-cio. “Ele foi pensado para formar tecnólogos interessados em in-gressar rapidamente no mundo do trabalho. Para isso, nesse primeiro ano da nossa gestão, focamos não apenas no planejamento do curso, mas no quadro dos professores, que hoje em sua maioria são mes-tres e doutores, nos projetos inter-disciplinares, na transversalidade

do ensino e na empregabilidade do aluno, ajustada à educação para o trabalho”, explica.

Os principais destaques da ava-liação do curso de Gestão Comer-cial, segundo o documento oficial do Ministério da Educação, dentro da Organização Didático-Pedagó-gica foram: o perfil profissional do egresso (nota 5); o ambiente virtual de aprendizagem: Moodle (nota 5); e políticas institucionais, estrutura curricular, conteúdos curricula-res, objetivos do curso, tecnolo-gias de informações no processo de aprendizagem e metodologia (nota 4). Sobre o corpo docente os destaques foram em Experiência na Docência e Titulação (nota 5) e Experiência Profissional, NDE e Colegiado (nota 4). A Faculdade Se-nac também obteve excelentes no-tas nos tópicos Acessos dos Alunos aos Equipamentos de Informática (nota 5) e Espaço para Trabalho dos Docentes em Regime Integral (nota 4).

Mais informações sobre cada curso da Faculdade, acesse o site (www.df.senac.br/faculdade) ou li-gue: 3217-8821 ou 3313-8877.

Page 60: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

60 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 61

Sindicato dos vendedores ambulantes do DF elabora projeto para poder viabilizar Lei 6.190, que regulamenta profissão na capital da República

sindicatos

//Por Daniel Alcântara Foto: Cristiano Costa

Fundado em 1988, o Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do Distrito Fe-

deral (Sindvamb) tem uma história de luta pela sua categoria na capital da República. Entre as conquistas: o apoio na criação da unidade do Sesc Ceilândia, do Shopping Popular e do Simples Candango. A vitória mais recente foi a aprovação da Lei 6.190, que regula a profissão de ambulan-te na cidade. Entretanto, o Sindicato ainda está num impasse; a norma não foi regulamentada por entrar em conflito com outras Leis. Para tentar solucionar esse empecilho, o sindicato elaborou um projeto, com apoio da Fecomércio, para viabilizar a Lei.

Segundo o presidente da enti-dade, Bartolomeu Gonçalves Mar-tins, o projeto segue propostas de parcerias para o desenvolvimento e ordenamento do trabalho dos ambulantes no DF, com o objeti-vo de aproximar o executivo local do Sistema S. O principal objetivo é construir um termo de cooperação técnica, entre todos os envolvidos para que esse plano seja um modelo nacional, partindo do Distrito Fede-ral. “Propomos um novo grupo de trabalho com o GDF, com foco nesse projeto e com a intenção de adequar o que for necessário da Lei 6.190”, disse Bartolomeu. “Todo sindicato precisa promover o segmento e fo-mentar benefício para a categoria, é isso que estamos fazendo”.

A vice-presidente da instituição, Cristiane Carvalho Mendes, comple-menta que a intenção não é lotar as ruas de barracas, pelo contrário, a principal reivindicação é padronizar e organizar. “A intenção é juntar todo o sistema da Fecomércio, que agre-ga 27 sindicatos, dos mais variados tipos de comércio, para estimular o consumo e organizar. Precisamos mudar a mentalidade de preconcei-to contra o ambulante. Dentre ações concretas, queremos propor a troca das tendas, desenvolver uma car-teirinha com QR Code, que ofereça acesso ao sistema e desconto na faculdade do Senac, por exemplo”,

Na luta para o reconhecimento dos ambulantes

Page 61: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

60 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 61

disse a vice-presidente do sindicato. O presidente da entidade, Bar-

tolomeu Martins, destaca que a profissão precisa ser moralizada, pois existe muito preconceito com o vendedor, as vezes somente por falta de informação. Segundo ele, os ambulantes compram seus produ-tos no mercado legal, ajudando nos comércios estabelecidos. “Não que-remos defender a pirataria e a infor-malidade, mas sim o ambulante de verdade, que faz a economia girar”, informa Bartolomeu.

Entre os benefícios desse do-cumento, elaborado pelo sindicato, está a unificação da categoria, pa-dronização das barracas e a criação de um clube de desconto. Cristiane explica que a ideia de padronização é ter eventos organizados, com guar-da-sóis estampados com a marca do Sistema S, afim de ressaltar que a atividade de venda está legalizada. “É tão importante regulamentarmos juntos. O nosso desejo é ajudar o go-verno, o comércio e os ambulantes”, disse Cristiane.

Sobre o clube de descontos, a ideia é desenvolver uma parceria com os demais sindicatos filiados e associados a Fecomércio-DF. “A proposta cria um desconto, para os vendedores que se filiarem, para consumir nas empresas do Siste-ma. Isso irá estimular, ainda mais, o consumo nas empresas filiadas ou associadas ao nosso comércio”, diz Cristiane. Essa nova proposta tam-bém envolve a capacitação e treina-mento dos vendedores. “Temos um projeto com o Sebrae para padroni-zação, um cadastro único dos am-bulantes, além dos serviços do Sesc e Senac, para criar uma capacitação para os vendedores”, informa.

A vice-presidente explica ainda

que é impossível fazer um trabalho para o vendedor ambulante sem antes falar com os órgãos que es-tão envolvidos no assunto. “Proto-colamos o documento na Secreta-ria da Cultura, Coordenadoria das Cidades, Agefis e com o próprio Governo do DF. É uma proposta que trará vários benefícios, não só para os ambulantes, mas para o comér-cio em geral”, destaca Cristiane.

O Sindvamb informa que. para esse trabalho dar certo, é neces-sário também a ajuda dos ambu-lantes, que precisam se cadastrar. O cadastro é um levantamento para quantificar os profissionais da área, além de alavancar quais os

/sindvambdf

@sindvamb

www.sindvamb.com.br

Maisinformações

produtos que são vendidos, e de-pois organizar o setor e disciplinar o texto da lei. O Sindicato comunica ainda que existem recursos do Mi-nistério do Desenvolvimento Social (MDS), disponibilizados pelo Pro-jeto Progredir, afim de amparar as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade e proporcionar a inclusão desse público. São mi-crocréditos chamados de rede de parceiros disponibilizados pelo MDS, para criar algumas políticas de desenvolvimento para o setor, como a elaboração de cursos, por exemplo. Para isso, é preciso da-dos dos profissionais, o quantitati-vo e os produtos.

Page 62: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

62 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 63

novidades da base

CNC E ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS UNEM FORÇAS EM PROL DO COMÉRCIO NACIONAL

// Por Daniel Alcântara e Fabíola Souza Fotos: Cristiano Costa

Diretores da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

(CNC) e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) se reu-niram no dia 20 de março, no Rio de Janeiro. As duas entidades pre-tendem atuar em harmonia para fortalecer o segmento de super-mercados no País. O vice-presi-dente administrativo da CNC, Luiz Gastão Bittencourt da Silva, está empenhado nessa aproximação. As entidades também pretendem firmar parcerias em áreas relacio-nadas à qualificação profissional de trabalhadores, por meio do Serviço

Nacional de Aprendizagem Comer-cial (Senac).

O segundo vice-presidente da Fecomércio-DF e vice-presiden-te da Abras, Antônio Tadeu Perón, revela que essa união com a CNC tem sido muito importante para o segmento de supermercados. “O vice-presidente da CNC, Luiz Gas-tão, manifestou todo o seu empe-nho em auxiliar a Abras em alguns estados na esfera trabalhista, ten-do em vista que a CNC possui uma grande experiência em convenções coletivas e atividades sindicais, e foi ventilada uma parceria para que possamos ceder ao Senac o

material da Escola Nacional de Supermercados, com o objetivo de ampliar a qualificação profissional de trabalhadores”, ressalta Perón. A escola da Abras é um centro de referência em treinamento para supermercados, com grande tra-dição. A ideia seria que a parceria com o Senac começasse com um projeto piloto no Rio de Janeiro e em Brasília.

No dia 12 janeiro, a lei fede-ral que institui a profissão de bombeiro civil comple-

tou 10 anos. E para comemorar a data, o governador do Distrito Fede-ral, Ibaneis Rocha, sancionou uma lei que institui 12 de janeiro como o Dia de Combate ao Exercício Ile-gal da Profissão de Bombeiro Civil no âmbito do Distrito Federal. Para o Sindicato das Empresas Presta-doras de Serviços e Especializadas em Bombeiros Civis do Distrito Fe-deral (Sepebc-DF), essa medida é um marco para a categoria.

“Essa já era uma demanda an-tiga da classe. Ficamos muito feli-zes com o reconhecimento, pois é muito importante ressaltar o tra-

balho de bons profissionais que são capacitados para executar o ser-viço. Sabemos que ainda existem pessoas que praticam a atividade de bombeiro civil e são totalmente despreparadas, que visam somen-te o lucro com o exercício ilegal da profissão e trabalham sem registro e credenciamento”, disse o pre-sidente do sindicato José Evanio Bernardo dos Santos. Para ele, é importante que o contratante se certifique de que o profissional seja gabaritado, pois em caso de emer-gência, o bombeiro civil é apto a agir imediatamente prestando os primeiros socorros, além de ter a expertise de saber proceder em qualquer eventualidade.

DIA DE COMBATE AO EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO DE BOMBEIRO CIVIL É CRIADO NO DISTRITO FEDERAL

Page 63: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

62 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 63

O Sindicato dos Salões, Institutos e Centros de Beleza, Estética e Profissionais Autônomos do Distrito Federal (Simbeleza) está com uma no-

vidade para as empresas da categoria que são filiadas ao sindicato: um clube de benefícios. A empresa pode optar entre participar da classe Ouro ou Prata. O pre-sidente do Simbeleza, Célio Ferreira de Paiva, explica que o sindicato conseguiu reunir os principais serviços que os empresários utilizam, oferecendo um preço mais acessível. Assim, o empreendedor não precisa se preocupar com questões burocráticas e tem mais van-tagens.

O pacote Prata oferece certificado digital, sistema de automação comercial com agenda de profissionais, que integra processos comerciais que vão desde proce-

dimentos operacionais de gestão de estoque e aquisi-ções até a venda e geração de informações financeiras; além de nota fiscal eletrônica. Já o pacote Ouro inclui todos esses benefícios mais o serviço de contador. “O preço varia de acordo com o tipo de empresa, é um va-lor para microempreendedores individuais, outro para microempresa individual e empresa de pequeno porte, pois depende da quantidade de funcionários. Mas de qualquer forma, a economia é grande se comparado com a contratação individual de cada serviço. É real-mente um clube de benefícios”, ressaltou Célio Paiva. Os valores dos pacotes variam de R$ 49,90 a R$ 747,90 dependendo da opção entre Ouro e Prata e a quantida-de de funcionários de cada empresa. Mais informações pelo telefone: (61) 3349-4396.

SIMBELEZA CRIA CLUBE DE BENEFÍCIOS PARAEMPRESÁRIOS FILIADOS AO SINDICATO

SEGMENTO DE PAPELARIAS APOIA RETOMADA DO CARTÃO MATERIAL ESCOLAR NO DF

O Sindicato do Comércio Va-rejista de Material de Escri-tório, Papelaria e Livraria do

Distrito Federal (Sindipel-DF) apoia a aprovação do projeto de lei do Execu-tivo (119/2019), que retoma o Cartão Material Escolar. A Câmara Legisla-tiva do Distrito Federal aprovou a ma-téria por unanimidade. Agora o texto segue para sanção do governador Ibaneis Rocha. Serão mais de 60 mil estudantes beneficiados. De acordo com o projeto, o auxílio financeiro será operacionalizado pelo BRB e a estimativa de investimento do GDF com o programa em 2019 é de R$ 27,4 milhões.

A previsão é de que, por ano, cada aluno do ensino fundamental receba R$ 240 e do ensino médio receba R$ 320. Para o presidente do sindicato, José Aparecido da Costa Freire, o programa não beneficia somente a economia local, mas também é um incentivo a inclusão social, educa-

cional, e valorização da cidadania. “O programa é destinado a estudantes da rede pública de famílias de baixa renda beneficiárias do Programa Bol-sa Família. Dessa forma, eles terão autonomia para escolher o próprio caderno, mochila e todo o material relacionado a papelaria que quiserem usar no ano letivo”, disse Freire.

Apenas as papelarias inscritas no DF e que estejam com as obrigações tributárias em dia terão direito a se cadastrarem no programa. A esti-mativa é que 50% das papelarias no

DF participem do projeto, cerca de 400 lojas. Os alunos poderão gastar o valor destinado em qualquer uma dessas papelarias, não necessa-riamente todo valor em uma, mas poderão dividir entre as que esta-rão credenciadas. Ainda segundo o Sindipel-DF, a papelaria que vender no Cartão Material Escolar produ-tos não escolares, como uniformes, por exemplo, ficarão suspensas por três anos do programa. O governo pretende entregar o cartão ainda no primeiro bimestre deste ano.

Page 64: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

64 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 65

empresa do mês

Loja Ed’s Farm vende produtos para o lar com design inspirado na fazenda

A Ed’s Farm é uma marca e-commerce de produ-tos para o lar, presente no mercado desde setembro de 2018. Criada por três amigos Felipe Kuhlmann, Lu-cas Malta e Paulo Rocker, a Ed’s Farm propõe agre-gar conceitos da fazenda com design exclusivo para os produtos do dia-a-dia, juntamente com a valorização do alimento e a produção local. Entre os produtos mais vendidos estão panos de prato, ecobags e pratos. A ideia de criação da empresa surgiu através de uma conversa em 2016, entre Felipe e Lucas, sobre seu Tio Edmundo, um fazendeiro de Ipanema, em Minas Gerais.

Edmundo produziu entre os anos de 2010 e 2016, o maior queijo minas do mundo, fazendo parte inclusi-ve do Guinness Book o livro dos recordes. “Pensamos que esse fato poderia render uma boa história para uma marca, pois a ideia inicial foi em torno da fazen-da e nós temos um perfil de consumo muito pareci-do. Valorizamos coisas com procedência e a fazenda é o espaço para consumirmos os produtos direto do produtor e sabemos que esse mercado está cada vez mais aquecido. Em 2017, chegamos ao Paulo Rocker, um ilustrador e grande amigo nosso. Queríamos sua participação nessa ideia, pois as inspirações dele po-deriam contribuir muito para esse projeto - que até então estava somente nas ideias”, explicou Felipe.

Quanto às vendas, o sócio conta que os clientes da Ed’s Farm estão na faixa etária entre 25 a 45 anos. Sobre a produção, ele explica que a qualidade é ga-rantida por bons fornecedores. “Quando a ideia surge, fazemos alguns questionamentos para entender qual poderia ser a adesão por parte dos clientes e, a partir dessa dinâmica, produzimos uma quantidade de teste para validar se tem saída. Já a arte é toda feita por nós e buscamos fornecedores que consigam nos trazer a qualidade que esperamos. Precisamos terceirizar a produção final devido à gama de diferentes produtos que fazemos e pretendemos fazer”, disse Felipe.

Atualmente, o foco principal da Ed’s Farm está vol-

tada para a venda através da Internet, pois estão em fase de compreender os desafios e o comportamento do público. Mas, já firmaram algumas parcerias com cafés de Brasília e estão se comunicado com restau-rantes, como possibilidade de uma maior divulgação. Além disso, no intuito de conseguirem um contato me-lhor com os clientes pessoalmente, a Ed’s Farm parti-cipa de feiras e eventos e deixam claro o interesse em expandir para uma loja física. “Ainda vamos explorar a venda no atacado para alguns parceiros com pontos que nos interessam estrategicamente, mas uma hora vamos ter o nosso espaço”, finalizou o sócio. Conhe-çam o site da loja: https://www.edsfarm.com/ .

// Por Jeniffer Rodrigues Fotos: Matheus Pena

Da fazenda para sua casa

Page 65: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

64 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 65

Conheça como funciona o ciclo perfeito de vendas?

O CupomWeb é uma plataforma de fidelização de clientes e aumento do faturamento. Afinal,

conquistar um novo cliente custa de 5 a 7 vezes mais que manter um atual. Ao oferecer benefí-

cios como descontos reais, a sua loja incentiva o cliente a retornar e a consumir novamente.

Conheça o CupomWeb a nova

parceira da Fecomércio.

Mais descontos paraseus clientes, mais faturamento para você.

O cliente realiza

a compra

O atendente faz

o cadastro

do cliente em

uma simples

página na internet

Após cadastro,

o cliente recebe

o cupom de

desconto

via SMS

O cliente volta

ao ponto de

venda, realiza

uma nova compra

com o cupom

Após o cadastro

da nova compra,

o cliente recebe

um novo cupom

www.cupomweb.com.br

Associado Fecomércio pode testar o CupomWeb de graça por

7 dias e ainda ganhar um desconto especial.

Page 66: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

66 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 67

pesquisa relâmpago

Embora possa gerar uma sensação de segurança, o modelo é paliativo e não resolve problemas arraigados na educação.

A decisão talvez leve a reajustes. É preciso achar uma forma de tarifação que não prejudique quem pouco gasta nem a manutenção do sistema.

O estado da cidade é crítico, mas ainda não é possível dimensionar os impactos da proposta sem o GDF anunciar quais medidas serão tomadas.

Auxiliaria no término das obras o mais rápido possível, assim evitaria problemas futuros.

Acredito que seria bom, porque iremos pagar o valor de acordo com o nosso consumo.

Como pai vejo como uma melhora, pois inibe que nossos filhos fiquem tão expostos a supostos perigos.

A condição presente exige esse passo, mas acima de tudo, se espera uma concreta ação material por parte do poder público.

Do jeito que estava não pode ficar! As escolas eram utilizadas como ponto de droga. Se vai resolver, ainda é cedo para avaliar. Mas é uma ação!

Surge como paliativo, mas não enfrenta as reais precariedades envolvidas na gestão e execução dos serviços públicos.

Deve ser visto com bastante cuidado. Melhor seria a implantação de uma tabela decrescente de reajuste e a fixação dos valores.

A transformação exige um caminho democrático, com a autênticas políticas de transformação comunitária e social.

É o exemplo de ocupação territorial desordenada, com falta de estrutura básica. É necessária maior atenção.

Deve ser vista como um avanço, já que o ensino militar é visto como referência no Brasil. O propósito é melhorar a educação em Brasília.

Acredito na competência do governador, que analisa essa situação de forma delicada. Estou certo que teremos uma solução plausível.

O GDF optou por seguir os procedimentos legais para resolver a situação. 70% das obras serão concluídas em 2019 e 100% até o final de 2020.

Mili

tari

zaçã

o da

s es

cola

s p

úbl

icas

Fim

da

tarif

a m

ínim

a de

águ

a at

é 2

02

0

Rony Soares Construtor civil

Bruno Leonardo Coordenador pedagógico

Marcelo da SilvaMarinho, Especialistaem recursos hídricos

GD

F q

uer d

ecla

rar

esta

do d

e ca

lam

idad

e em

Vic

ente

Pir

es

Jéssica EufrásioJornalista

Daniel de Castro SousaAdministradorde Vicente Pires

www.fecomerciodf.com.br

Ser empreendedor não é uma tarefa fácil. Por isso, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal, está sempre ao lado dos empresários e trabalha para viabilizar mais representatividade, capacitação e qualidade de vida. Por meio do Senac, são oferecidos cursos de formação proossional; por meio do Sesc, assistência social, cultura, esporte e lazer; e por meio do Instituto Fecomércio são desenvolvidas pesquisas e ofertados estágios a estudantes. Além de fomentar o comércio, nós acreditamos no potencial de cada brasiliense.

BOMBOM

BOM BOM

BOM BOM

BOM

BOM

BOM

RUIMRUIM

RUIMREGULAR

REGULAR REGULAR

Page 67: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

66 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF 67

Se você cadastrou algum dependente sem o CPF, leve o documento até a Unidade Sesc mais próxima, regularize já a sua situação e evite o cancelamento da sua credencial.

Antes de fazer ou renovar a sua credencial e as de seus dependentes certifique-se de que todos estão levando o número do CPF. Até mesmo crianças e bebês.

sescdf.com.brsescdf

V A I T I R A R , R E N O V A R O U R E G U L A R I Z A R A C R E D E N C I A L ?

TITULAR E DEPENDENTES DE TODAS AS IDADES DEVEM APRESENTAR O CPF.

Fique atento:

Page 68: Aos 59 anos, a capital federal desafia os rótulos e prova que não … · 2020-07-09 · e Instituto Fecomércio Ano XX nº 247 Abril 2019 Entrevista // pg. 8 Vanessa Chaves de Mendonça

68 Revista Fecomércio DF Revista Fecomércio DF PB

Restituição de IR.Indique o BRB

e antecipe seus planos.

Antecipe até 100% da sua restituição

com as melhores taxas do mercado.

brb.com.br

@brb_bancodebrasilia

@BRB.BancodeBrasilia

@BRB_oficial

BRB TELEBANCO 61 3322 1515

SAC BRB 0800 648 6161