brasília capital 247

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CONTINUA NA PÁGINA 4 www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 PÁGINA 6 PÁGINA 5 PÁGINA 7 PÁGINAS 8 e 9 PÁGINAS 2 e 3 Ano VI - 247 A falta que faz Brizola O Brasil vive tempos de Moros e Moratórias. A Suprema Corte muda a Lei para adequá-la às demandas de um juiz da primeira instância que avocou para si o papel de passar o país a limpo. Os governos, em todas as esferas, cortam benefícios e aumentam impostos, penalizando a sociedade e os contribuintes. Mas nenhum deles faz o dever de casa – reduzir suas despesas e criar mecanismos de reativação da economia. A política virou um samba de uma nota só: combate à corrupção, embora muito desses “combatentes” não ostentem currículos que os credenciem a comandar uma guerra de tão grandes proporções. A maioria deles, aliás, não resistiria a uma única investida do “japonês da federal”, cultuado como herói nacional até no plenário da Câmara dos Deputados, comprovando um vácuo histórico de falta de verdadeiras lideranças populares. É nesse vazio moral e político que a nação percebe “Estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder esquecem os compromissos com o povo.” PELAÍ ENTREVISTA O KUJUBA Lula está perdendo a oportunidade de vir a público dizer a verdade Janine Brito e Adelmir Santana cobram atitu- de do governo Rollemberg Reginaldo Veras: PDT terá candidato a governador Janela aberta para mudança de partido agita cenário no DF STF admite prisão de condenados em segunda instância Justo Magalhães começa o terceiro mandato na Acit Distrital minimiza saída de Cristovam, Reguffe e Celina e lança Joe ao Buriti

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Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016

PÁGINA 6 PÁGINA 5 PÁGINA 7 PÁGINAS 8 e 9

PÁGINAS 2 e 3

Ano VI - 247

A falta que faz Brizola

O Brasil vive tempos de Moros e Moratórias. A Suprema Corte muda a Lei para adequá-la às

demandas de um juiz da primeira instância que avocou para si o papel de passar o país a limpo. Os governos, em todas as esferas, cortam benefícios e aumentam impostos, penalizando a sociedade e os contribuintes. Mas nenhum deles faz o dever de casa – reduzir suas despesas e criar mecanismos de reativação da economia. A política virou um samba de uma nota só: combate à corrupção, embora muito desses “combatentes” não ostentem currículos que os credenciem a comandar uma guerra de tão grandes proporções. A maioria deles, aliás, não resistiria a uma única investida do “japonês da federal”, cultuado como herói nacional até no plenário da Câmara dos Deputados, comprovando um vácuo histórico de falta de verdadeiras lideranças populares. É nesse vazio moral e político que a nação percebe

“Estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder

esquecem os compromissos com o povo.”

Pelaí entrevista

o kujuba

Lula está perdendo a oportunidade de vir a público dizer a verdade

Janine Brito e Adelmir Santana cobram atitu-de do governo Rollemberg

Reginaldo Veras: PDT

terá candidato a governador

Janela aberta para mudança de partidoagita cenário no DF

STF admite prisão de condenados em segunda instância

Justo Magalhães começa o terceiro mandato na Acit

Distrital minimiza saída de Cristovam, Reguffe e

Celina e lança Joe ao Buriti

2 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]ítica

E x p E d i E n t E

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CIrCulação aos sáBados.

CART

AS

A Revolução dos Bichos

Quero cumprimentar o Brasília Capital pela qualidade dos seus articulistas, de suas colunas, e pela seleção dos temas que apresenta. A excelência do texto “A Revolução dos Bichos”

(edição 246) e sua relação com o atual momento político brasileiro indica a competência dos jornalistas que pensam e constroem uma imprensa livre, inteligente e lúcida, disponibilizando-a generosamente para quem gosta de pensar o Brasil. Como leitor assíduo

de jornais, lamento não ter conhecido o” Brasília Capital” antes. Agora, incluo-me entre seus assíduos leitores e admiradores.Muito obrigado.

nAntonio Massarioli André, da Asa Sul, via e-mail

Parabéns por mais uma edição. O Brasília Capital é a certeza de uma boa leitura! Parabéns.nAciol Martins, via Whatsapp

Só tenho a agradecer pelo privilégio de ler o Brasília Capital.

Pel

Ai

Os deputados Chico Leite (Rede) e

Agaciel Maia (PTC) assumiram com o presidente da Acit, Justo Magalhães, o compromisso de que nenhum projeto de interesse de Taguatinga tramitará na Câmara Legislativa sem que a entidade seja consultada. Justo promete cobrar...

Ex-senador, Adelmir Santana diz ainda acreditar que o governo Rollemberg vai da certo. “Ele perdeu a oportunidade de fazer um livro revelando, afinal, a verdadeira herança maldita que recebeu do antecessor Agnelo Queiroz (PT)”. Para o presidente da Fecomércio, Rollemberg tem procurado o caminho mais difícil: o aumento de tributos, que resulta no crescimento da informalidade. “Ele ampliou a presença do Estado, que não cabe mais no PIB da capital da República”.

Hora de mostrar serviçoDuas das

principais lideranças empresariais de Brasília, o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, e a delegada sindical do Sindiatacadista, Janine Brito, têm avaliação semelhante em relação à gestão

Rollemberg. Ambos entendem que chegou o momento de o governo mostrar a que veio ou perderá o trem da História.

É preciso atitudeEmpresária do ramo

da construção civil, Janine Brito vê o setor paralisado desde o ano passado. “Não há obras públicas e as empresas estão em debandada para os estados vizinhos”, diz. Segundo ela, não é o aumento de tributos que vai incrementar a arrecadação. “Isto estrangula as empresas e acaba reduzindo a atividade econômica na cidade”.

Eu acredito

sérgio Camelo (*)

Atitude

3 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]ítica

nMilanês, via Whatsapp

Excelente jornal. Dá espaço para todas as linhas ideológicas. Só achei que, quando cita os integrantes do PT, não deveria citar o FHC. Não que seja um santo.nLuiz Sérgio da Silva, via Whatsapp

Muito bom. Livro excelente de sátira à revolução russa. “Já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco”.nPaulo Vitor Henriques, via Whatsapp

Leiam todos o excelente jornal Brasília Capital do não menos excelente jornalista Orlando Pontes.nCarlos Pontes, publicitário, via Whatsapp

A melhor capa de todos os tempos.nLuiz Bezerra Neto, via Whatsapp

(*)Gerente de ti do Banco do Brasil

Em todas as mídias o assunto é o mesmo: crise. Crise política, crise econômica, crise na saúde, e por aí vai. De uma forma ou de outra, esses eventos acabam afetando o nosso dia a dia, em maior ou menor escala.

Mas o que podemos fazer efetivamente para mudar esse quadro? É simples: precisamos fazer a nossa parte. Seja em casa, eliminando a água parada, seja reorganizando as finanças nessa época de vacas magras, seja trabalhando duro fazendo jus ao nosso salário, seja se envolvendo na política.

Aposto que boa parte dos leitores torceu o nariz em relação a esse último ponto. Política?! Esse país não tem jeito!

Não é bem assim. E não pode ser assim. Do jeito que muita gente fala – inclusive renomados jornalistas – parece até que os políticos são seres de outro planeta, e não pessoas comuns, que, por um ou outro motivo, estão onde estão.

Tudo bem que nos últimos meses está um pouco difícil acreditar em alguma coisa, ou em alguém. Mas, se acreditamos poder construir algo, se pensamos no futuro dos nossos filhos, precisamos fazer por onde.

Todos os segmentos da sociedade são um retrato dela própria. Boa parte das pessoas adota um discurso inflamado em prol da ética. Indo a fundo, muitos não são contra a corrupção, e sim contra a corrupção que não lhes beneficia.

O estigma de que determinadas atividades – fundamentais ao funcionamento da nossa sociedade – somente podem ser exercidas por bandidos apenas afasta mais e mais as pessoas decentes dela. E cada vez mais, estaremos deixando nas mãos dos outros o nosso país, o futuro dos nossos filhos.

Ter consciência dos imensos problemas da nossa sociedade é importante. Parar por aí é omissão. Se cada um fizer a sua parte, com trabalho, seriedade e bons propósitos, chegaremos lá. Precisamos de um olhar crítico e isento sobre nossas atitudes. Não é fácil, mas não custa tentar.

O presidente do Tribunal de Contas do DF, Renato Rainha, terminou recentemente um trabalho de mestrado no qual concluiu que, nos países da União Europeia, o Estado está se afastando de interferências no setor produtivo. “O governo precisa entender que não há mais espaço para criar novos tributos ou aumentar a alíquota dos já existentes”, entende o conselheiro, que conclama o setor produtivo a se unir à Corte para combater a corrupção.

A Câmara vai debater a contratação de Organizações Sociais (OSs) para gerir as unidades de saúde pública do DF. Mais de 300 pessoas são esperadas no auditório da Casa no dia 14 de março. A audiência foi proposta pelo presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, Reginaldo Veras (PDT).

R$ 6 bi em 10 anosPara se ter uma ideia, o GDF gastou

R$ 500 milhões com o programa Asfalto Novo, em 2014, e deve investir R$ 6 bilhões nos próximos 10 anos.

Laboratório de asfaltoO TCDF investiu R$ 120 mil na aquisição

de um laboratório de análise da qualidade do asfalto. A inauguração está marcada para o dia 31 de março. Segundo o presidente do tribunal, Renato Rainha, com o equipamento os auditores terão condições de avaliar se os serviços contratados pelo governo foram feitos dentro das especificações do edital de licitação. Até hoje, o TC recorre ao DER e à UnB para fazer esse controle.

Experiência europeia

Dancinha socialistaFilmada sambando no plenário em

comemoração às emendas para projetos culturais, a deputada Luzia de Paula, ficou sem espaço no Rede da presidenciável Marina Silva, onde chegou há pouco, depois de sair do PEN. E vai encontrar abrigo no PSB do governador Rollemberg. Bendita janela!

OSs em debate

Cabeça de sardinhaPrimeiro-secretário nacional do PEN e

detentor da maioria da executiva local, o ex-deputado Alírio Neto só admite trocar de partido se lhe oferecerem a presidência e o comando geral da executiva. “Não posso deixar de ser cabeça de sardinha pra ser rabo de tubarão”.

Capoeira é reconhecidaO Conselho Nacional do Esporte

reconheceu na terça-feira (16) a capoeira e outras artes marciais como atividade esportiva. A decisão havia sido aprovada pelo Conselho no ano passado, mas faltava a publicação do Ministério do Esporte. O presidente do Conselho Federal de Educação Física, Jorge Steinhilber, e a conselheira Marta Lima comemoraram.

Política 4 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

DivulgAçãO

O que diria o velho caudilho?N

a quarta-feira (17), os se-nadores Cristovam Buar-que e José Antônio Reguffe anunciaram sua saída do

PDT, conforme antecipou em primei-ra mão a coluna Pelaí deste Brasília Capital na edição 246, que circulou no sábado (13). Ambos alegaram discor-dância das diretrizes do presidente nacional, Carlos Luppy, de apoio ao governo petista de Dilma Rousseff. Cristovam assinou imediatamente a ficha de filiação ao PPS. Reguffe prefe-riu ficar sem partido por, pelo menos, um ano. No mesmo embalo, a presi-dente da Câmara Legislativa, Celina Leão, também admitiu estar de parti-da da legenda fundada pelo velho cau-dilho, engenheiro Leonel de Moura Brizola.

Por tratar-se de parlamentares que obtiveram expressiva votação nas úl-timas campanhas eleitorais, a primei-ra impressão é de que o PDT se desmi-linguiu em Brasília. Mas o presidente regional Georges Michel computou apenas seis desfiliações de militantes, “todas de funcionários do Cristovam”, como fez questão de ressaltar. Reguffe não tinha nenhum aliado nas fileiras pedetistas. E o pessoal de Celina ainda não havia se manifestado, até quinta--feira (18), em relação a acompanhar ou não a próxima opção partidária da deputada distrital.

Diante de tantas defecções, torna--se oportuno fazer um exercício de imaginação para tentar adivinhar como Brizola reagiria em relação à postura de Cristovam, Reguffe e Celi-na. O presidente regional do partido no DF, Georges Michel Sobrinho, um dos mais ferrenhos e históricos brizo-listas, acredita que o líder morto há 12 anos, aos 82 anos, comemoraria. “Sem dúvida, ele diria que é melhor o

desleal fora do partido do que dentro, traindo os ideais e os compromissos de campanha”. E cita uma frase do ve-lho caudilho: “há políticos que entram no bar e trocam de camisa”.

Michel compara o comportamento de Cristovam com o do senador Álva-ro Dias (PR), que recentemente saiu do PDT para o PV sem fazer alarde. “O Cristovam só faltou contratar banda de música”, afirma, enquanto Dias

manteve total discrição. Para o pre-sidente do PDT-DF, o senador “traiu todos os princípios que o elegeram”. Na ótica do pedetista, o mais surpre-endente foi a reação de vários parla-mentares que, durante três horas de sessão, exaltaram a decisão do ex-rei-tor da UnB, “elogiando-o pela traição”.

Mesmo indignado, Georges Michel não percebe grande prejuízo para o PDT. Segundo ele, o partido tem 15

mil filiados registrados no cartório eleitoral e pelo menos outras 5 mil fi-chas a serem homologadas. E, junto com Cristovam e Reguffe, saíram ape-nas seis pessoas. E encerra lembran-do mais uma frase de Brizola: “Estou pensando em criar um vergonhódro-mo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder esquecem os compromissos com o povo”.

Fundador e militante histórico do PDT, Georges Michel acredita que Brizola comemoraria a saída de Cristovam e de Reguffe

Brizola pensava em criar o “vergonhódromo” para “políticos sem-vergonha, queao verem a chance de chegar ao poder esquecem os compromissos com o povo”

(Continuação da capa)

gustAvO gOes

O meu eleitor, quando votou em mim, votou dentro de uma legenda. Se eu trocar de partido, estarei traindo o meu eleitor e as minhas bandeiras históricas - a educação, o trabalhismo e a ética na política”.

Deputado distrital em primeiro mandato, o geólogo Professor Reginaldo Veras, 43 anos, se diz um “brizolista de carteirinha”, em-bora só tenha se filiado ao PDT quando decidiu se candidatar a um mandato na Câmara Legislativa. Antes, militou nas bases estudan-tis do PT. Convicto de que o político, ao ser eleito, carrega consigo o compromisso de honrar as bandeiras partidárias, tentou convencer os senadores Cristovam e Reguffe a não se desfiliar do partido. Não conseguiu e acredita que os dois ex-correligionários têm mais a per-der do que o próprio partido.

Política 5 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

BC - O PDT perdeu três parla-mentares de peso: a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão, e os senadores Cristovam Buarque e Reguffe. O que restará do PDT no DF?

Reginaldo Veras – Restam ainda dois parlamentares, eu e o atual secre-tário de Trabalho, Joe Valle. Ou seja, continuamos um partido muito forte. Até porque boa parte das legendas que compõem a Câmara Legislativa tem um membro só.

BC – O que você acha que Leonel Brizola diria para Cristovam e Re-guffe em uma circunstância desta?

Reginaldo Veras – Para o Cristo-vam, ele diria que em nenhum outro partido ele encontrará espaço para defender a bandeira da educação e do trabalhismo como ele teve no PDT. Para Reguffe, ele diria que em ne-nhum outro partido ele terá a liberda-de democrática para fazer as críticas que sempre fez como no PDT.

BC – E para Celina?Reginaldo Veras – Talvez o Brizola

não dissesse nada. Ela é minha amiga, mas creio que ela veio para o PDT na aba do Reguffe. Ela nunca teve uma identidade ideológica com as bandei-ras do partido.

BC- O senhor acredita que esses três ex-correligionários tendem a crescer politicamente fora do PDT?

Reginaldo Veras – O Reguffe sem-pre critica a forma de se fazer política e os políticos. De tal maneira que, mais cedo ou mais tarde, ele terá que se fi-liar a algum partido. Eu tenho muita fé que ele voltará para o PDT, porque dentro do nosso partido há liberdade para criticar e para tomar caminhos diferentes da orientação do partido que dificilmente ele encontrará em outra agremiação. A Celina é uma política em ascensão no DF desde quando fazia parte da base da família Roriz. Então, para onde ela for, habi-lidosa e articulada do jeito que é, vai acabar se dando bem. Não tenho dúvi-da disso. Já o Cristovam é um cara que historicamente no DF recebeu votos da esquerda, do PT e dos segmentos ligados às causas sociais. O PPS, para onde ele está indo, não representa essa esquerda. O PPS é um garoto de recados do DEM e do PSDB, de tal ma-neira que o Cristovam corre sérios ris-

entrevistA / reginaldo veras

cos de encerrar sua carreira no PPS de forma ruim.

BC – O senhor acredita que ele será candidato a presidente?

Reginaldo Veras – Eu aposto que não.

BC – E o PDT terá candidato pró-prio?

Reginaldo Veras – Terá. A não ser que dê algo errado nesses próximos três anos, Ciro Gomes será nosso can-didato a presidente.

BC - E a governador?Reginaldo Veras –Nós temos

como projeto construir a candidatura do Ciro Gomes. E o PDT vai precisar de um palanque em Brasília. Então, ficou orientado a lançarmos uma candida-tura a governador, caso Rollemberg não emplaque e tenha uma difícil re-eleição.

BC – Que nome seria?Reginaldo Veras – Hoje, nós temos

o deputado Joe Valle.BC – Além dele, o PDT também

tenta atrair novos parlamentares para fortalecer a legenda?

Reginaldo Veras – Vou resumir o que disse o presidente Carlos Luppy: “nós não somos um gueto. As pessoas que vierem para o PDT terão que ter o mínimo de identidade ideológica com o partido. Não vamos aceitar qual-quer um”. Tanto é que já andaram nos procurando e, como consideramos que não tinham identidade, ainda que fosse nome de peso, não aceitamos.

BC – Quem?Reginaldo Veras – Não vou citar

nomes para não constranger pessoas.BC – Quais os nomes o PDT gosta-

ria de atrair nessa janela? Reginaldo Veras – Eu gostaria

de ver na estrutura do nosso partido pessoas como os deputados Cláudio Abrantes, Chico Leite e Wasny de Rou-re.

BC – Mas o Cláudio Abrantes e o Chico Leite acabaram e sair do PT para a Rede...

Reginaldo Veras – Exatamente. Ainda assim, acredito que o Cláudio pode vir. Ele tem o meu aval.

BC – O Alírio Neto andou falando em sair do PEN. Ele seria bem-vindo ao PDT?

Reginaldo Veras – Se depender de mim, não. Não o conheço pessoal-mente, mas seu histórico não guarda nenhuma identidade com o PDT.

BC – O senhor cogita trocar de partido?

Reginaldo Veras –O fato de eu per-manecer no PDT é porque levo o par-tido a sério e levo as bandeiras parti-dárias a sério. O meu eleitor, quando votou em mim, votou dentro de uma legenda. Se eu trocar de partido, esta-rei traindo o meu eleitor e as minhas bandeiras históricas - a educação, o trabalhismo e a ética na política.

Trocar de partido é trair

o eleitor

Política 6 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

DivulgAçãO

o k

uju

bA

Para o ex-deputado Alírio Neto (PEN), as

contradições da gestão Rollemberg são tantas que ele está dizendo que é um “esquizogoverno”, uma mistura de governo com esquizofrenia, cujos sintomas, em alguns casos, são o interesse demasiado por temas exóticos, místicos, religiosos, astronômicos ou filosóficos, que passam a dominar o cotidiano. Para bom entendedor...

Bitoque

Por que te calas, Lula?Vários anos se passaram

e nós, brasileiros, nos can-samos de ouvir o Sr. Luís Inácio Lula da Silva fazendo bravatas em suas pregações messiânicas. Desde as gre-ves na região do ABC, nos anos 1980, Lula vem enga-nando ou escondendo suas reais intenções e interesses escusos para galgar à Presi-dência da República, objeti-vo este alcançado.

Encastelado no Palá-cio do Planalto, de pronto montou uma equipe de sal-teadores dos cofres públi-cos, utilizando-se do modus operandis do PMDB, PP, PR e outros satélites de menor grandeza. Num primeiro es-tágio, precisou montar uma estratégia de cooptação de profissionais políticos com vasta experiência em assal-to aos cofres públicos, in-cumbindo o Sr. José Dirceu de arregimentar essa equi-pe para a consecução do grande golpe – assalto aos cofres da Petrobrás, da Ele-trobrás e nos grandes con-tratos de empreiteiras com o governo.

Para isso, usou os ser-viços prestados pelo Wal-demar Costa Neto, Pedro Correia, José Janene e seus executores, todos respal-dados pela experiência das grandes empreiteiras que já detinham expertise neste ramo. Sem falar na grande experiência do PMDB e dos seus operadores.

Por um azar desta qua-drilha, numa investigação na operação Faktor, onde estavam envolvidos alguns

membros de uma família política do estado do Mara-nhão, chegaram ao grande delator Paulo Roberto – o Paulinho do Lula na Petro-brás. Aí a cutia piou ao meio dia. Mesmo tendo o STJ anu-lado as provas do envolvi-mento da família política do Maranhão, sobraram evi-dências e provas de que ha-via algo de malcheiroso ali – daí, surgia o Petrolão.

Até os guardanapos de Santa Pelonha sabem de carreirinha o envolvimen-to do Sr. Luís Inácio Lula da Silva neste episódio, que to-dos e em todos os lugares chamam de o maior proces-so de corrupção visto em to-dos os tempos.

A relação promíscua do Sr. Lula e do seu PT com o senhores José Carlos Bu-mlai e Léo Pinheiro – dire-tamente e com as empreitei-ras através de achacadores

– é de conhecimento até da grama da Esplanada dos Mi-nistérios.

O que a sociedade brasi-leira quer saber é: por que o Sr. Luís Inácio Lula da Sil-va não esclarece de manei-ra definitiva se esses ben-ditos sítio e o tríplex são de sua propriedade ou não? Se forem foram adquiridos por ele por meio de tercei-ros, por que não regularizar essas propriedades ofere-cendo ao Fisco o pagamen-to dos tributos com a retifi-cação na sua declaração de renda? Por que usa de ter-ceiros e da complacência do Conselho do Ministério Pú-blico para se esquivar de ser inquirido a respeito des-sas operações?

O Sr. Luís Inácio Lula da Silva – a alma mais limpa do mundo contemporâneo – está perdendo a oportu-nidade que estão lhe dan-

do para vir a público dizer a verdade, coisa que achamos muito difícil, afinal ele não é dado a falar a verdade!

Por que não aproveita e explica como tem pagado uma pilha de advogados pa-ra tentar esconder o que to-do mundo já sabe?

Seria muito mais elegan-te o Sr. Luís Inácio Lula da Silva convocar sua famí-lia, seus operadores, seus fi-nanciadores, seus corrup-tos e corruptores, chamar o João Santana, e gravar um vídeo onde todos teriam a oportunidade de confessar suas trampolinagens, evi-tando, assim, que o Minis-tério Público, juízes, Tribu-nais Superiores, imprensa e até as zelites, gastem tempo e dinheiro para descobrir o que todos já sabem: o Sr. Lu-ís Inácio Lula da Silva é um Corrupto!

Por que te calas, Lula?

FOtOs: DivulgAçãO

Política 7 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

Ajustes para 2018Novos e velhos grupos políticos se articulam para lançar candidatos à vaga de Rollemberg

Gabriel Pontes

2018 é logo ali. No Distri-to Federal, por não

haver eleições municipais, como no restante do país, os políticos já miram as próximas eleições majoritárias para traçar planos e montar coligações. Com a pro-mulgação, na quinta-feira (18), da Proposta de Emenda à Consti-tuição que abre uma janela de 30 dias para os políticos trocarem de partido sem perder seus man-datos, as especulações em torno das possíveis chapas para 2018 cresceram substancialmente.

O PDT perdeu, em menos de uma semana, três dos seus prin-cipais nomes (leia matérias nas páginas 4 e 5), mas já se movi-menta para levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. O objetivo do senador Cristovam Buarque, ao migrar para o PPS, é ser candidato à presidência da República. Em Brasília, cresceu a necessidade de o possível can-didato do PPS ao Planalto ter um correligionário concorrendo ao GDF. Celina Leão, nos bastido-res, é a mais cotada, embora pu-blicamente afirme que disputará uma vaga de deputada federal. A presidente da CLDF herda votos de Roriz e tem o aval do senador Reguffe, que teve 826 mil votos em 2014 e optou por ficar sem partido por pelo menos um ano.

Em Brasília, a Rede, de Ma-rina, está reforçada pelos dis-tritais Chico Leite e Cláudio Abrantes, ex-petistas. O primei-ro trabalha para alçar voos mais altos em 2018 – concorrendo ao governo ou ao Senado. O PDT, que já anunciou Ciro Gomes co-mo candidato a presidente, tam-

bém pretende formar palanque no DF. O nome do partido para a disputa seria o do secretário do Trabalho, Joe Valle, que está no segundo mandato de distrital.

O PSD do deputado federal Rogério Rosso e do vice-gover-nador Renato Santana tenta se fortalecer e fez convites a vá-rios parlamentares. A maior possibilidade é atrair o distrital Cristiano Araújo, do PTB. A me-ta é montar um time para eleger Rosso para o Senado e Santana e Karina Rosso (esposa de Rogé-rio) para as Câmaras Legislati-va e Federal. O maior sonho de consumo é o atual presidente do Tribunal de Contas, Renato Rai-nha, que seria o nome do partido para o Buriti.

tradicionais - No bloco dos ve-lhos conhecidos na disputa pelo governo, Arruda, Roriz, Luiz Este-vão e Gim Argello estão todos com problemas com a Justiça. Mas de-vem se unir novamente em torno de um nome. Disputam esse espaço os deputados federais Izalci Lucas (PSDB) e Alberto Fraga (DEM). Este deve mudar de partido.

Pela esquerda, o PT, que sequer conseguiu levar Agnelo Queiroz para o segundo turno em 2014, ain-da está indefinido. Mas o deputado distrital Chico Vigilante garante que o partido terá candidato ao Buriti. Geraldo Magela segue alimentando o sonho de ser governador, mas, in-ternamente, quem tem mais chan-ces de ser indicada para a disputa é a deputada federal Érika Kokay.

De olho na Presidência da República, Cristovam trocou o PDT pelo PPS e foi seguido por Celina Leão. Reguffe também saiu do partido, mas optou por ficar sem filiação por pelo menos um ano. Quem ficou vê os três como traidores

STF autoriza prisão após decisão em 2ª instânciaZilta Marinho

Por sete votos a favor e quatro con-tra, o STF modificou o entendimento anterior e decidiu favoravelmente pela prisão de condenados depois da confir-mação da sentença em julgamento de segunda instância, mesmo antes de se esgotarem as possibilidades de recurso pela defesa do réu. No Brasil, a segunda instância é representada pelos Tribunais de Justiça e pelos Tribunais Regionais Fe-derais. A modificação foi proposta pelo ministro Teori Zavascki, relator dos pro-cessos da Operação Lava Jato.

Um dos argumentos para essa decisão foi a diminuição de recursos considera-dos protelatórios que buscam retardar o início do cumprimento da pena. Esses recursos, na opinião da maioria dos mi-nistros, passavam a ideia de uma Justiça morosa e uma percepção de impunida-de por parte da sociedade. Consideram ainda os magistrados que essa modifi-cação também evita que os tribunais locais sejam considerados apenas tribu-nais de “passagem”.

Votaram com o relator os ministros Gilmar Mendes, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fachin, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Celso de Mello, Mar-co Aurélio Mello, o presidente do tri-bunal, Ricardo Lewandowski, e Rosa Weber defenderam a manutenção da decisão anterior quando só haveria a prisão quando fossem esgotados todos os recursos.

Essa alteração havia sido defendida pelo Juiz Sérgio Moro. O procurador--geral da República, Rodrigo Janot, tam-bém considerou a decisão importante contra a impunidade. Entretanto, essa decisão foi recebida com cautela entre advogados e a OAB, que se manifestou com preocupação, reafirmando que de-ve ser respeitado o princípio constitu-cional da presunção de inocência, que não permite a prisão enquanto houver direito a recurso.

Nas redes sociais, os brasileiros come-moraram manifestando apoio à decisão.

Política 8 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

getúliO rOmãO

getúliO rOmãOgetúliO rOmãO

tempO De muDAnçAs em tAguAtingAR

econduzido para o terceiro mandato como presidente da

Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), o empresário Justo Magalhães usou a cerimônia de posse da nova diretoria, terça-feira (16), no auditório do Sesi de Taguatinga, para conclamar a sociedade local a iniciar uma nova era na cidade. Magalhães cobrou dos políticos e empresários atitudes que reconduzam Taguatinga à posição de vanguarda que sempre ocupou no Distrito Federal. Exigiu mais debate sobre temas estratégicos para a população, como a adoção do sistema de mão-única nas avenidas Comercial e Samdu, a construção de um túnel “decente” ligando a EPTG e a avenida Elmo Serejo e o funcionamento imediato do Centro Administrativo, onde funcionará a maioria dos órgãos do Governo de Brasília. Antes de encerrar seu discurso, Justo Magalhães fez um desabafo em defesa de sua própria honra, atribuindo ao presidente da Associação Comercial do DF, Cléber Pires, uma onda de boatos contra ações da Acit no ano passado. “Ele é o Caim das lideranças empresariais da Capital da República”, disparou.

Entre Diretoria Executiva, suplentes e Conselho Fiscal, 33 empresários vão comandar os destinos da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga no próximo biênio

Justo Magalhães foi reconduzido ao cargo para o terceiro mandato consecutivo e rebateu críticas no discurso de posse

Justo Magalhães com o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana: união

Agaciel com a vice-presidente da Acit, Armildes Corrêa: uma luta histórica

Chicão, da Faci-DF, Justo Magalhães e a subsecretária de Desenvolvimento Humano do GDF, Karina Rosso

Diversas autoridades e lideranças empresariais compareceram ao auditório do Sesi para prestigiar a posse da diretoria da Acit

ligiA KAtze

Política 9 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

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tempO De muDAnçAs em tAguAtingA

Deputado distrital Chico Leite: CLDF vai ouvir a Acit em temas sobre Taguatinga

Chicão, da Faci-DF, Justo Magalhães e a subsecretária de Desenvolvimento Humano do GDF, Karina Rosso

Justo Magalhães com o secretário de Desenvolvimento Econômico Arthur Bernardes: sintonia por Taguatinga

A empresária Janine Brito e o presidente do TCDF, Renato Rainha: crias de Taguatinga

Justo Magalhães e o Adriano Marrocos, presidente do Conselho Federal de Contabilidade

Diversas autoridades e lideranças empresariais compareceram ao auditório do Sesi para prestigiar a posse da diretoria da Acit

O presidente da Faci-DF, Chicão, e a delegada do Sindiatacadista, Janine Brito em primeiro plano

César Domingos, filho do ex-distrital Benedito Domingos, e a esposa

Benedito Domingos, presidente de honra da Acit: “se não cuidar, a vaca vai pro brejo”

ligiA KAtze

ligiA KAtze ligiA KAtze

Cidades 10 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

RIO - Éramos como três adolescentes em férias, terminado o longo Congresso Internacional de Municípios em San Diego, na Califórnia, em 1960, que durou mais de duas semanas: eu, o deputado baiano Valter Lomanto, e o simpático e mais velho secretário de Saúde de Recife, João Ferreira Filho. Alugamos um carro e saímos por ai, até São Fran-cisco.

Eu tinha ficado amigo do presidente do Conse-lho Municipal de Los Angeles, jornalista como eu, que me convidou para ser hóspede de sua cidade por uma semana e ver o que só conhecia do cine-ma de Hollywood. Vavá e Ferreira também topa-ram a viagem toda na hora.

E ainda fiz um charme. Convidei minha bela amiga Mara, já mais do que amiga, jornalista da Guatemala, cara, cabelos e grandes olhos aveluda-dos de índia, como um desenho de Paul Gauguin, que ia voltar exatamente para lá, onde ela morava e estava a representação do seu jornal e revista da Guatemala.

O Impala Rabo de Peixe, amarelinho, capota conversível, alugado pelos três, dava perfeito para os quatro: Vavá e Ferreira dirigindo na frente, eu e a Mara namorando atrás. Rodamos a Califórnia por um mês, das praias geladas do Pacífico até a Serra Nevada, as divinas pontes de São Francisco.

Em Los Angeles liguei para meu anfitrião. Ele estava eufórico:

- Jornalista precisa mesmo ter estrela. Hoje à tarde vamos encontrar o futuro presidente dos Estados Unidos, John Kennedy. Daqui a pouco es-tarei aí para pegá-los para o almoço e depois levá--los ao grande comício.

Exatamente naquele dia Kennedy abria sua campanha na Califórnia. Almoçamos com vinhos da Califórnia (“Sebastien” e “Augustus”) e quando chegamos ao hotel onde seria o comício pequena multidão já enchia as ruas próximas desde cedo. Na frente do hotel, um palanque e, tocando gui-tarra e pulando, um rapaz muito branco, páli-

www.sebastiaonery.com [email protected]

Sebastião

do, cabelos bem pretos até a testa, arrebatava os ouvintes com seu rock meio alucinado: era Elvis Presley.

No fim da tarde, jovem, alto, flor no paletó, Kennedy subiu correndo a escada para o palco. Só quase madrugada o prefeito de Los Angeles nos apresentou para umas poucas palavras. Mas deu para ver e sentir bem, no discurso e naqueles poucos minutos, que havia “uma força estranha no ar”.

No hotel, escrevi que ele ia ganhar. Derrotou Nixon por 1%.samuel - Uma semana em Los Angeles, conver-sando com jornalistas e políticos, a maioria evi-dentemente suspeita porque do Partido Demo-

NeryUm velho kennedy?

crata, deu para sair de lá convencido de que havia alguma coisa errada na imprensa americana e também na brasileira, que já davam Nixon, vice de Eisenhower, como eleito. A Mara morava e tra-balhava lá há muito tempo e tinha um grande cir-culo de amigos jornalistas europeus, latino-ameri-canos e da América Central. A maioria achava que Nixon ganharia.

Em São Francisco vimos outro comício de Ken-nedy. A mesma competência de comunicação, o sorriso aberto, as frases curtas e fortes e como sempre a promessa de que era preciso mudar. A

cada dia a convicção aumentava. Nixon era o can-didato oficial mas quem falava ao povo era Ken-nedy. E a imprensa, a americana e a nossa, insis-tindo em Nixon.

Anos depois, o saudoso Samuel Wainer me dis-se em São Paulo:

-Você escreveu aquilo como em um cassino de Las Vegas. Arriscou e acertou. Naquela hora sua certeza não se justificava. O José Guilherme (Men-des, mineiro correspondente da “Última Hora” nos Estados Unidos), me disse que você ficou en-volvido pelo rock de Elvis Presley.

Mas, com Elvis ou sem Elvis, quem ganhou foi Kennedy.sanders - Fiquem de olho nesse Bernie Sanders. Não tem o charme e a força de Kennedy. Mas fala para os jovens, os negros, os imigrantes margina-lizados, os explorados pelos banqueiros, o que o povo americano quer ouvir. Se a Hillary continu-ar insistindo nas mesmas velhas teses que a der-rotaram para Obama, poderão ter um novo Ken-nedy, e socialdemocrata, de 74 anos.aedes Corruptus - O “rombo do caixa” da Pe-trobrás foi ainda 10 vezes maior do que o “roubo do caixa” investigado pela Operação Lava Jato. A causa determinante da crise que vive a estatal, en-volvendo grandes empresas, diretores delinquen-tes, funcionários graduados e políticos corruptos não é apenas a petro-roubalheira que representa R$ 6 bilhões. Há mais R$ 44 bilhões de projetos superfaturados, desviados pelo cartel das emprei-teiras e outros fornecedores que ”roubaram” a Pe-trobrás por uma década.

A situação dramática em que está atolada veio a partir de 2003, com o aparelhamento partidá-rio da diretoria e do Conselho de Administração presidido durante 7 anos por Dilma. Lula protege Dilma, Dilma defende Lula. O “rombo do caixa” é o principal responsável pelo endividamento que hoje representa R$ 520 bilhões, sendo a empresa mais endividada do mundo.

Pior do que o “Aedes Aegipti” é o “Aedes Cor-ruptus”. Para livrar-nos do “aedes corruptus”, va-mos ter que tolerar o PT mais de dois anos. Dose!

John Kennedy

Bernie Sanders

FOtOs: DivulgAçãO

Cidades 11 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

O Supercampeão de Fazer Sexo

Direitos humanos

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

Na crônica anterior, escrevi sobre o Matusalém chinês Gong Lai, o homem mais velho do mundo, com nada menos de 127 anos de idade. Mas, ao contrário do que o leitor poderia imaginar, esse macróbio oriental desfruta de excelente saúde. Com 50 quilos de peso e estatura de 1,46 - relembrando o filósofo grego Sócrates, ele preenche os seis dias úteis semanais transmitindo conhecimentos e experiência aos mais jovens, enquanto dá pitadas em seu cigarrinho de

Fernando Pinto (*)

Cláudio SamPaio (*)

(*) consultor jurídico, fundador da Sampaio Pinto advocacia e presidente da abrami-DF

Sem dúvida, é de suma importância proteger os direitos das pessoas à vida, à saúde, à educação, à moradia, à segurança, ao trabalho e à liberdade, conforme é reconhecido pela Organização das Nações Unidas. Percebe-se, todavia, uma grande inversão de valores no Brasil, já que os cidadãos de bem pagam elevadíssimos impostos, taxas e contribuições, inclusive de ordem previdenciária, mas não gozam dos direitos acima citados, os quais também integram a Constituição Federal.

Diferentemente, a saúde e a

Consultório

palha, a reboque de doses de saquê (o uísque asiático). No descanso dos domingos, recorre ao chamado lazer contemplativo, como protagonista de uma novela fantástica, baseada em sua vida “real”.

Também em versão comprovada, o ator hollywoodiano Warren Beaty confessou em sua autobiografia best seller ter ido para a cama, exatamente, 12.775 vezes com mulheres escolhidas a dedo, na certa compensação

por ter perdido a virgindade relativamente tarde, aos 20 anos. E deixou bem claro nessa invejável estatística que não incluiu “sexo feito nas rapidinhas diurnas”. Provocando escândalo, porém sem desmentido das referidas, o feliz autor desse record olímpico citou os nomes da maioria das namoradas, uma lista imensa de estrelas famosas, não escondendo que tinha libido (atração sexual, segundo Freud) por atrizes indicadas ao Oscar.

Quem abriu essa constelação foi a então novata Jane Fonda, com quem Warren viveu alguns meses. Mas, como a carne é fraca, a musa de olhos azuis foi trocada pela britânica Joan Collins, também linda de morrer. E quase em seguida ingressaram no harém Julie Christie, Diane Keaton e outras tantas dezenas de beldades. Entre as que conheceram a virilidade do galã

louro, de 1,90, não escapou nem mesmo a sensual Madonna, que ainda faz sucesso, mesmo aos 58 anos de idade, rebolando aquele bumbum que deixa os velhinhos babando. Como não houve processos de “perdas e danos”, dá para concluir que as ditas cujas consideraram uma honra figurar na lista do gostosão.

Atualmente com 79 anos, o felizardo garanhão baixou o facho aos 55 (será?), desde que casou, em 1992, com a premiada atriz Annette Bening, com quem vive até hoje, em companhia de quatro filhos.

Pelo visto e pesquisado, Warren Beaty se manteria no posto de supercampeão, invicto, se tivesse um campeonato mundial de maker love!

educação providas pelo Estado parecem existir apenas para cumprir um jogo de aparências, como se fossem um favor do Poder Executivo, eis que a massa popular é atendida em hospitais e postos de saúde sem leitos, sem remédios, sem aparelhagem moderna e com poucos médicos.

Nesse passo, as escolas públicas estão a cada dia piores, sem estrutura, com currículo obsoleto, material didático ideológico e professores desmotivados devido aos baixos salários e falta de condições de trabalho, salvo

raríssimas e honrosas exceções.A segurança, por sua vez, apesar

de muitos policiais dedicados, se encontra pouco organizada e com tímido viés de prevenção ostensiva, de modo que os bandidos sentem-se mais à vontade do que as pessoas comuns, muitas vezes se utilizando, premeditadamente, de menores de idade para tirar a vida de pais e mães de família.

A lei penal, por sua vez, é frágil e fruto do descaso e da hipocrisia de políticos, artistas e entidades que dizem defender os direitos humanos, mas, sob leviano intelectualismo, acabam elegendo os meliantes como seus principais agraciados.

O direito ao trabalho também só é objeto de discursos demagógicos e frágeis medidas paliativas, pois, na prática, as ações governamentais achatam, sem nenhum acanhamento, as pequenas e médias empresas do país, maiores provedoras de emprego.

A liberdade, por fim, é relativa, pois se tem exercido um patrulhamento velado da imprensa e das redes sociais, com retirada de patrocínio, quanto aos jornais e emissoras de rádio e televisão, além de bloqueios, quanto aos formadores de opinião, face ao menor sinal de discordância com as posturas e interesses do Executivo federal, dos estados ou do DF.

Desta forma, não obstante o gigantismo da máquina estatal e a alta arrecadação, os deveres das autoridades têm se postado em segundo lugar, em detrimento dos legítimos direitos humanos previstos na Lei Maior, dando lugar a um sujo e escancarado jogo de trocas de favores, calcado na mediocridade, no imediatismo barato e na canalhice política.

12 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

tancredo Maia Filho (*)

O leitor que já foi apre-sentado ao termo passarinhar (sair pa-ra observar aves) já

pode, por dedução, imaginar o que significa uma “Corujada”! No sábado (13), passarinheiros do grupo Observaves fizeram uma corujada no Parque Ecoló-gico Dom Bosco, às margens do lago Paranoá. A expectativa era observar o caburé-acanelado, espécie de hábitos noturnos e com poucos registros no DF e com indicações de que foi regis-trado naquele parque.

Sobre a corujada, recebe-mos mensagem do biólogo e decano do Observaves Herbert Schubart, 75, contando que a corujada no Parque Dom Bosco contou com a participação de 12 observadores munidos de câmera, lanternas, perneiras e

(*) Preserve as aves livres! Seja um observador de aves. Junte-se a nós! Informações em: www.observaves.blogspot.com.brObservaves – Observadores de Aves do Planalto Central - 11 anos ajudando a preservar o meio ambiente.

muita disposição e animação. Depois de três horas de procura, nada de corujas! “Passarinhar e corujar é assim! Resultado ne-gativo também é importante”, afirma Schubart.

Segundo Rodrigo D’Alessan- dro, 40, coordenador do Obser-vaves, a observação de corujas, ou corujada, normalmente é fei-ta à noite, uma vez que a maio-ria delas tem hábitos preferen-cialmente noturnos (algumas também são diurnas). Como são mais ativas no início da noite, esse é o melhor horário para observá-las.

Lanternas e play-backs são itens importantes para atraí-las e localizá-las. No DF há diversas espécies de corujas, de varia-das cores e tamanhos. Todas são caçadoras, mas observá-las caçando não é tarefa fácil. O

Vivemos num mun-do em que desde pequenos somos ensinados a fazer

projetos acerca de nossas vi-das, como se o nosso destino já estivesse pré-determina-do. Essas influências são tão fortes que muitas vezes co-locamos a nossa felicidade nessas pré-determinações e ficamos extremamente per-didos e frustrados quando a vida nos mostra alguma dificuldade que impede que tudo possa se tornar real da forma como imaginamos.

Cada vez mais, chegam aos consultórios casos de pessoas que viram seus

planos frustrados pelo ca-minhar da vida, experi-mentando situações para as quais nunca foram prepa-radas: doenças ou deficiên-cias físicas que acometem familiares, perdas de ami-gos queridos, casos de di-vórcios, questões de ordem homoafetivas (aceitação de si ou dos outros), relaciona-mentos frustrados somados ao medo e ao desespero de ficarem sozinhos, casais que não puderam ou não quise-ram ter filhos, expectativas

profissionais não concreti-zadas, separação dos pais, entre outros.

A vida na maioria das ve-zes nos surpreende, colocan-do-nos em situações difíceis. Porém, é preciso aceitá-las. Quando as pessoas se de-param com tais situações, geralmente acham que são perdedoras, se sentem injus-tiçadas, se sentem punidas e não-amadas e mostram dificuldade de recomeçar. Muitas entram em depres-são por não verem uma sa-

ída eficaz. Tanto persistem nas situações derrotistas que não conseguem ouvir a mensagem que a vida lhes traz: “É hora de mudar!”.

Mesmo que as coisas não tenham ocorrido da forma como planejamos, elas po-dem dar certo sob uma nova perspectiva ou se realizadas de uma forma até então im-pensada. É preciso arriscar uma atitude nova, uma ma-neira de pensar mais fle-xível. Nós somos os nossos maiores julgadores. Precisa-

mos nos amar mais, nos per-doar mais, entender que não temos o controle de tudo.

Caso a vida nos traga pla-nos novos, precisamos acei-tá-los como possibilidades de mudança e de crescimen-to. Quanto mais ampliarmos a nossa forma de pensar e ver o mundo, mais maduros e sábios nos tornaremos.

A felicidade não é um ca-minho reto, e existem mui-tas formas de sermos felizes. Se uma porta se fechou, é importante olhar para to-das as outras possibilidades abertas. E sempre há um ca-minho.

Fernanda sampaio (*)

(¨*) Psicóloga, Psicodramatista, Terapeuta sexual, palestrante, especialista em Brainspotting e EMDR

Coragem para recomeçar

Observaves realiza corujadas periodicamente em diversas áreas do DF, onde a corujinha--do-mato, o mocho-orelhudo, o mocho-diabo e o caburé podem ser vistos e fotografados.

Azulão Cyanoloxia brissonii--Lichtenstein, 1823 (também co-

nhecido como azulão-bicudo, azulão-verdadeiro, gurandi--azul)

Ave na gaiola não canta, lamenta, é um adágio popular muito comum entre os passa-rinheiros. Com canto sonoro e melodioso e totalmente azul-es-

curo, com partes azuis brilhan-tes, o azulão é muito procurado para criação em gaiolas, tornan-do-se raro na natureza por con-ta da caça insensata.

Extremamente territorialis-ta, não é possível ver o azulão em bando. Os filhotes do azulão ficam com seus pais até um cer-to tempo. Depois são “expulsos” pelos pais para uma vida “inde-pendente”. Assim, o filhote terá que achar o seu próprio territó-rio e sua parceira para acasala-mento.

Os otimistas “mortos” brasilei-ros, ao contrário dos “pessimistas vivos”, são só alegria, entusiasmo e esperança concreta em relação ao nosso país. Nos anos 1950, pela me-diunidade de Chico Xavier, tivemos o lançamento do livro “Brasil, cora-ção do mundo Pátria do Evangelho”, do imortal Humberto de Campos. Há vinte anos, recebemos a mensa-gem de otimismo de Bezerra de Me-nezes confirmando Humberto de Campos: “o Brasil foi escolhido por Cristo para ser o Coração do Mun-

Saúde e Nutrição

CarolineRomeiro

Quem nunca ouviu essa expres-são? Trata-se de um ditado muito comum, e cada vez tem feito mais sentido, ao observarmos os caminhos que nossa sociedade tomou. É alar-mante a epidemia da obesidade e das doenças crônicas. E esses quadros aparecem cada vez mais cedo. Não é a toa que os comitês de especialistas pelo mundo todo estão tentando unir forças para encontrar uma solução para esse problema.

As causas da obesidade são diversas e suas consequências tam-bém. É difícil apontar apenas um

Você é o que você comevilão nessa história. Até o que há de mais moderno na ciência atual, que estuda o genoma humano, não consegue atribuir a obesidade a um só gene ou a um grupo específico de genes, visto a complexidade desse fenômeno, ou, como dizem os gene-ticistas, esse é um fenótipo complexo que traz variações genéticas entre as gerações. Ou seja, a obesidade pode ter seu início na vida dos nossos pais, mesmo antes de eles pensarem em ser pais... Complicado, né?

Portanto, pensar no que co-memos como realmente parte do

do e a Pátria de Evangelho”.Recentemente uma grata surpre-

sa, principalmente para os católi-cos: Dom Hélder Câmara estava de volta na mesma linha de otimismo dos demais com o livro “Revolução pelo amor”, por intermédio do mé-dium Carlos Pereira. E agora, a vez do pernambucano Joaquim Nabu-co, advogado e diplomata, conside-rado um gênio por Ariano Suassuna, com o lançamento do livro “Cartas de um imortal”, pelo medium Carlos Pereira. Vejamos algumas pérolas:

1 - “... espíritos nobres farão apa-recer uma nova geração de políticos que alavancará, de uma vez por to-das, as tendências reformadoras de que somos portadores por nature-za, dentro, é claro, da mais absolu-ta normalidade democrática. Have-remos de modificar nossas práticas de pessoas que se apropriam do pú-blico como se tudo fosse privado”.

2 - “Não se espantem com profun-das mudanças que ainda vão ocor-rer no nosso maravilhoso país. Os novos políticos darão exemplo de

dignidade e comprometimento com os interesses dos menos favorecidos e com os injustiçados de toda sorte e privilegiarão a evolução intelectu-al e moral de cada cidadão. A edu-cação será o estandarte prioritário em que todos os demais princípios decorrerão dela e, nada disso está distante”.

3 - “Muitos chegam aqui no além com as mãos vazias de contribuições a si e aos outros, mas o novo homem terá, naturalmente, uma consciên-cia solidária”.

JoSé MatoSJoSé MatoS

Joaquim Nabuco e o novo Brasil

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Geral 13 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

nosso organismo é importante, visto que os nutrientes terão ação em nos-

so corpo e muitos deles se tornarão parte estrutural de nossas células. Sempre que vou ao supermercado ou almoço em restaurantes, observo a composição do carrinho de compras e o que as pessoas servem em seus pratos. Ao observar esses quesitos, relaciono esses alimentos com as pessoas que ali estão e, de fato, basta uma pequena análise para perceber que é ali, na hora das compras ou nas escolhas que fazemos diariamente daquilo que fará parte do nosso prato que mudam nossa “silhueta” com o tempo.

14 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

cruzaDaS

ENTRETENIMENTO

reSPoStaS

quaDrinhoS

PiadasDepois de tomar uns tragos a mais, o português voltava para casa, capotou o carro e ficou pendurado numa árvore sobre um precipício de 1.000 metros. Chega um mascarado vestido de preto, num cavalo preto, usando uma espada, salva o portuga, faz um Z na barriga do infeliz com a ponta da lâmina e pergunta: - Sabes quem eu sou? - Pois claro! Zuperman...

No hospício, sentado num banquinho, o doido segura uma vara de pescar mergulhada num balde d’água. O

médico passa e pergunta: - O que você está pescando?- Otários, doutor. - Responde o doido.- Já pegou algum?- O senhor é o quinto.

O casal muito pobre esperava o ônibus, quando um gambá passa vagarosamente ao lado, e o homem propõe:- Vamos pegar esse gambá para fazer o jantar?- Jamais vamos levar isso no ônibus! Onde

colocaríamos esse bicho?- Embaixo da sua saia – ele responde.- E a catinga?- O gambá que se dane.

Em missão em São Paulo, o espião português embarca num táxi.- Para onde o senhor vai? – pergunta o motorista.- Isso jamais saberás – devolve o agente secreto.

Cultura 15 n Brasília, 20 a 26 de fevereiro de 2016 [email protected]

presságios de um Crime / /afonso Polyart

Como eu era Antes de você / / Jojo Moyes

FilMe

literatura

Um detetive do FBI está à caça de um perigoso serial killer, que vive fazendo jogos com suas vítimas. Para capturá-lo, ele busca a ajuda de um médico aposentado, especialista em jogos do tipo, mas que se afastou do trabalho após a morte traumática de sua filha.

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela.

M i c r o c o n t o Por Luís Gabriel Sousa

pegou no meu ombro e ofereceu ajuda. “vem, eu te ajudo a atravessar”. Claro que aceitei. ter um olho por mim é mais fácil para eu acertar o caminho. “não, eu preciso ir para a esquerda”, eu disse. “não fala nada, você vai pra onde eu quiser”. Além de cego, fiquei mudo. não tive reação, não sabia onde eu tava. Depois de uma hora me soltou. Fiquei sem nada. mas

Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/Jornal-BrasíliaCapital, e-mail: [email protected]).

o pior foi ficar sem a confiança no ser humano. sigo meu caminho agora com intuição, ela é mais confiável do que o olho dos outros. (Baseado no pai do leitor anônimo do recanto das emas/DF)

ProGraMação

Domingo (21.2)eixão 44, às 16h, na 115/116 norte. entrada gratuita. Classi-ficação livre.glória, às 18h, na Amsterdam street – 211 norte. ingresso r$ 35 e Full experience r$ 100, com jantar com a banda, passagem de som e show.stand up e mágica, com mauricio Dollenz, às 19h, no teatro Brasília shopping. ingresso r$ 30 (meia) e r$ 60 (inteira).O silêncio do mundo, às 20h, no CCBB – sCes trecho 2. ingresso r$ 10 (inteira) e r$ 5 (meia). Classificação 14 anos.tudo sobre nossa vida sexual, às 20h, no teatro dos Ban-cários – 314/315 sul. ingresso r$ 60 (inteira) e r$ 30 (meia). Classificação: 16 anos.

Quinta-feira (25.2)Jorge & matheus, às 22h, na villa mix – sHtn trecho 2 (ao lado do espaço da Corte). ingresso frente palco feminino r$ 100 e masculino r$ 150. Camarote feminino r$ 150 e mas-culino r$ 200. Classificação: 18 anos.Festa tamarindo, com DJ’s gui Capanema e rippel, às 22h, no la ursa - sBn Quadra 2 (ao lado da Apex Brasil). ingresso feminino r$ 25 e masculino r$ 35. Classificação: 18 anos.pinella Discotecária, com Os Discotecários, das 18h às 22h, no pinella – 408 norte. Couvert artístico r$ 7. Classificação: 18 anos.

sexta-feira (26.2)entre Quartos, às 20h, no teatro da Caixa – sBs Quadra 4. ingresso r$ 20 (inteira) e r$ 10 (meia). Classificação: 12 anos.Depois Desse Dia Feliz, às 21h, no teatro goldoni – 208/209 nor-te. ingresso r$ 40 (inteira) e r$ 20 (meia). Classificação: 14 anos.

sábado (27.2)Bagaço do Oscar, com DJ’s rafael Alídio, Fernando Cunha, uCC e igor Fearn, às 23h, no Arena Futebol Clube. ingresso: r$ 30. Classificação: 18 anos.Bloquinho me Abraça, me Beija, com Durval lelys e Banda eva, às 15h, na Orla da Concha Acústica. ingresso feminino r$ 70 e masculino r$ 90. Camarote feminino r$ 120 e mas-culino r$ 140. Classificação: 18 anos.pop me glow, às 22h30, no Amsterdam street - 211 norte. ingresso r$ 25.Bloco tarda mar num Falha, com tchakabum, Carnavália, Hugo Drop e Dudu troca tapa, Will de Brito (rock), às 15h, na praça das Fontes – estacionamento 9 do parque da Cida-de. ingresso: r$ 30. Classificação 18 anos.show do Bita, às 15h e às 18h, no teatro unip – 913 sul. in-gresso: r$ 100 (inteira) e r$ 50 (meia). Classificação livre.Os saltimbancos, às 16h, no teatro Brasília shopping. in-gresso: r$ 50 (inteira) e r$ 25 (meia). Classificação livre.

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