“grande equívoco”: adams mostra inconsistência … na camara - 5808.pdfpresidenta dilma...

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Fechamento: 1º/03/2016 às 23h58 Ano: XXIV - Nº 5.808 Quarta-feira, 2 de março de 2016 O ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, detalhou du- rante audiência para deputados e senadores da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional os motivos pelos quais são improcedentes os argumentos sustenta- dos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para recomendar a rejeição das contas da presidenta Dilma Rousseff de 2014, último ano do seu primeiro mandato. “Existe um grande equívoco. Com todo res- peito, no meu ponto de vista, há uma manipu- lação de conceitos que favorece, de acordo com a conveniência, a absolvição ou a condenação. Mas Direito não se baseia em conveniências, isso não pode ser”, afirmou Adams ao expor seus argumentos. “Estamos aplicando lei e não fazendo juízo político de um governo. O que está em julgamento é a aplicação da lei e, como tal, ela tem que ser coerente”, completou. O advogado-geral da União questionou o que se convencionou chamar de “pedaladas” como argumento incorporado pelo TCU para sugerir a reprovação das contas. As “pedaladas” nada mais são que postergações de pagamentos do Execu- tivo junto a bancos públicos, que mantêm contratos com o governo. “Se todo passivo é pedalada, então vamos considerar também os passivos de precatórios [como pedaladas], que não são pagos e se constituem um problema grave princi- palmente para os estados; vamos contabilizar os passivos não pagos de vários órgãos da administração, inclusive do TCU. Então é necessário ter uma compreen- “Grande equívoco”: Adams mostra inconsistência para rejeição de contas de Dilma Rousseff são metodológica desse problema”, disse Adams ao rejeitar a adoção de decisões tendenciosas. Ele explicou que a metodologia de paga- mento aos bancos públicos é regulada por con- tratos que existem há muito tempo, antes de 2001 – ano usado como referência por ser o marco de início da vigência da Lei de Respon- sabilidade Fiscal. “Esses contratos sempre ad- mitiram a possibilidade de atraso de paga- mentos com as devidas compensações remu- neratórias, a favor do erário e a favor dos ban- cos. O erário antecipa valores ao banco, o ban- co ganha financeiramente com essa antecipação. E o erário, em eventuais atrasos, paga essas compensações”, detalhou. O relator das contas no TCU, ministro Augusto Nardes, também participou da audi- ência, mas na sua explanação não explicou os motivos da rejeição. Fez apenas uma apresentação sobre governança e saiu logo em seguida alegando outro compromisso. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) aulo Pimenta (PT-RS) aulo Pimenta (PT-RS) aulo Pimenta (PT-RS) aulo Pimenta (PT-RS), líder do Governo na CMO, questio- nou a postura dele não ficar para o debate. “Havia preparado 14 questionamen- tos ao ministro Nardes. Imaginei que seria uma oportunidade de questionarmos seu relatório, mas foi no mínimo desrespeitoso. Conheço o ministro Nardes, fui deputado estadual junto com ele, conheço-o lá do tempo da antiga Arena. Ele, na verdade, fugiu. De fato, seria constrangedor esse debate diante da fala genérica que ele fez”, argumentou Pimenta. Para desgosto dos golpistas, Dilma foi eleita e tem legitimidade para fazer mudanças no seu governo, enfatiza Florence atuará no estrito rigor da lei. Acusar o PT ou o Presidente Lula de ter feito a troca de Ministros é tergiversar, é querer enganar a opi- nião pública. É uma decisão da Presidenta”, acres- centou Florence. Florence lembrou que a postura do PT no governo federal é diferente da do PSDB, que teve procurador- geral “notabilizado pelo engavetamento geral de pro- cessos”, bem como defendeu a continuidade da inde- pendência dos órgãos de investigação e controle. Florence cobrou apuração sobre os vazamentos seletivos com o objetivo de atacar o PT ao tempo em que apontou o temor dos tucanos. “A Polícia Federal e o Ministério Público têm que investigar esse conluio desses órgãos de imprensa, da Globo, de alguns promotores e juízes que vazam de forma seletiva, que organizam a atuação da oposição. O temor do PSDB e do DEM é que o novo Ministro faça diligências, tome providências para que se investiguem as quatro delações premi- adas em relação ao senador Aécio Neves”, disse Florence. Leia mais na página 3. AGÊNCIA CÂMARA SALU PARENTE/PTNACÂMARA O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Afonso Afonso Afonso Afonso Florence (BA Florence (BA Florence (BA Florence (BA Florence (BA), criticou os protestos da oposição de direita contra a mudança feita pela presidenta Dilma Rousseff no comando do Ministério da Jus- tiça, trocando José Eduardo Cardozo pelo procura- dor Wellington Cesar Lima e Silva, ex-chefe da Procuradoria-Geral do Estado da Bahia. Florence disse que as manifestações da opo- sição conservadora “causam perplexidade” aos de- mocratas e associou as críticas da direita à campanha contra o governo Dilma e contra o ex-presidente Lula. “A Presidenta da República foi eleita, tem legitimidade, gover- na o País, para o desgosto dos golpistas e reacionários, que não se conformam com a quarta derrota consecutiva”, afirmou o parlamentar. “O ato da Presidenta da República de nomear um Procurador de Estado Ministro da Justiça, questionado por associações de servidores, pelo jornal O Globo, pela oposição, deveria ser comemorado. Mais uma vez teremos um Ministro da Justiça que

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Page 1: “Grande equívoco”: Adams mostra inconsistência … NA CAMARA - 5808.pdfpresidenta Dilma Rousseff de 2014, último ano do seu primeiro mandato. “Existe um grande equívoco

Fechamento: 1º/03/2016 às 23h58

Ano: XXIV - Nº 5.808Quarta-feira, 2 de março de 2016

O ministro-chefe da Advocacia Geral daUnião (AGU), Luís Inácio Adams, detalhou du-rante audiência para deputados e senadoresda Comissão Mista de Orçamento (CMO) doCongresso Nacional os motivos pelos quaissão improcedentes os argumentos sustenta-dos pelo Tribunal de Contas da União (TCU)para recomendar a rejeição das contas dapresidenta Dilma Rousseff de 2014, últimoano do seu primeiro mandato.

“Existe um grande equívoco. Com todo res-peito, no meu ponto de vista, há uma manipu-lação de conceitos que favorece, de acordo com a conveniência, a absolviçãoou a condenação. Mas Direito não se baseia em conveniências, isso não podeser”, afirmou Adams ao expor seus argumentos. “Estamos aplicando lei e nãofazendo juízo político de um governo. O que está em julgamento é a aplicaçãoda lei e, como tal, ela tem que ser coerente”, completou.

O advogado-geral da União questionou o que se convencionou chamar de“pedaladas” como argumento incorporado pelo TCU para sugerir a reprovação dascontas. As “pedaladas” nada mais são que postergações de pagamentos do Execu-tivo junto a bancos públicos, que mantêm contratos com o governo. “Se todopassivo é pedalada, então vamos considerar também os passivos de precatórios[como pedaladas], que não são pagos e se constituem um problema grave princi-palmente para os estados; vamos contabilizar os passivos não pagos de váriosórgãos da administração, inclusive do TCU. Então é necessário ter uma compreen-

“Grande equívoco”: Adams mostra inconsistênciapara rejeição de contas de Dilma Rousseff

são metodológica desse problema”, disse Adamsao rejeitar a adoção de decisões tendenciosas.

Ele explicou que a metodologia de paga-mento aos bancos públicos é regulada por con-tratos que existem há muito tempo, antes de2001 – ano usado como referência por ser omarco de início da vigência da Lei de Respon-sabilidade Fiscal. “Esses contratos sempre ad-mitiram a possibilidade de atraso de paga-mentos com as devidas compensações remu-neratórias, a favor do erário e a favor dos ban-cos. O erário antecipa valores ao banco, o ban-

co ganha financeiramente com essa antecipação. E o erário, em eventuaisatrasos, paga essas compensações”, detalhou.

O relator das contas no TCU, ministro Augusto Nardes, também participou da audi-ência, mas na sua explanação não explicou os motivos da rejeição. Fez apenas umaapresentação sobre governança e saiu logo em seguida alegando outro compromisso.

O deputado PPPPPaulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS), líder do Governo na CMO, questio-nou a postura dele não ficar para o debate. “Havia preparado 14 questionamen-tos ao ministro Nardes. Imaginei que seria uma oportunidade de questionarmosseu relatório, mas foi no mínimo desrespeitoso. Conheço o ministro Nardes, fuideputado estadual junto com ele, conheço-o lá do tempo da antiga Arena. Ele, naverdade, fugiu. De fato, seria constrangedor esse debate diante da fala genéricaque ele fez”, argumentou Pimenta.

Para desgosto dos golpistas, Dilma foi eleita e tem legitimidadepara fazer mudanças no seu governo, enfatiza Florence

atuará no estrito rigor da lei. Acusar o PT ou o Presidente Lula de ter feito a trocade Ministros é tergiversar, é querer enganar a opi-nião pública. É uma decisão da Presidenta”, acres-centou Florence.

Florence lembrou que a postura do PT no governofederal é diferente da do PSDB, que teve procurador-geral “notabilizado pelo engavetamento geral de pro-cessos”, bem como defendeu a continuidade da inde-pendência dos órgãos de investigação e controle.

Florence cobrou apuração sobre os vazamentos seletivos com o objetivo deatacar o PT ao tempo em que apontou o temor dos tucanos. “A Polícia Federal e oMinistério Público têm que investigar esse conluio desses órgãos de imprensa, daGlobo, de alguns promotores e juízes que vazam de forma seletiva, que organizama atuação da oposição. O temor do PSDB e do DEM é que o novo Ministro façadiligências, tome providências para que se investiguem as quatro delações premi-adas em relação ao senador Aécio Neves”, disse Florence.

Leia mais na página 3.

AGÊNCIA CÂMARA

SALU PARENTE/PTNACÂMARA

O líder do PT na Câmara, deputado AfonsoAfonsoAfonsoAfonsoAfonsoFlorence (BAFlorence (BAFlorence (BAFlorence (BAFlorence (BA), criticou os protestos da oposiçãode direita contra a mudança feita pela presidentaDilma Rousseff no comando do Ministério da Jus-tiça, trocando José Eduardo Cardozo pelo procura-dor Wellington Cesar Lima e Silva, ex-chefe daProcuradoria-Geral do Estado da Bahia.

Florence disse que as manifestações da opo-sição conservadora “causam perplexidade” aos de-mocratas e associou as críticas da direita à campanha contra o governo Dilma e contrao ex-presidente Lula. “A Presidenta da República foi eleita, tem legitimidade, gover-na o País, para o desgosto dos golpistas e reacionários, que não se conformam coma quarta derrota consecutiva”, afirmou o parlamentar.

“O ato da Presidenta da República de nomear um Procurador de Estado Ministroda Justiça, questionado por associações de servidores, pelo jornal O Globo, pelaoposição, deveria ser comemorado. Mais uma vez teremos um Ministro da Justiça que

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02/03/201602/03/201602/03/201602/03/201602/03/2016 PT NA CÂMARA2

Líder da Bancada: Deputado Afonso Florence (BA)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Rogério Tomaz Jr.; Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Denise Camarano (Editora-chefe); Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira , Ivana Figueiredo e Gabriel

Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Video: João Abreu, Jonas Tolocka e Jocivaldo Vale

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças e Patricia Silva

Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT. Novo Contato: [email protected]

O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

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O plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira(1º) a medida provisória (MP 693/15), que cancelaou suspende a incidência de tributos para as distribui-doras de energia do Rio de Janeiro, sede oficial dasOlímpiadas e Paralímpiadas de 2016, e para capitaisonde haverá partidas de futebol (São Paulo, BeloHorizonte, Salvador, Brasília e Manaus). A matériasegue para análise do Senado.

O líder do governo na Câmara, deputado JoséJoséJoséJoséJoséGuimarães (PT-CE)Guimarães (PT-CE)Guimarães (PT-CE)Guimarães (PT-CE)Guimarães (PT-CE) afirmou que a medida “con-solida o marco regulatório” para a realização dosJogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. “Onosso governo promoveu o mais amplo entendimentocom o Comitê Olímpico Internacional, o governo doRio de Janeiro, a Prefeitura do Rio de Janeiro e todosaqueles que apostaram na realização das Olimpía-

O líder do Governo na Câmara, deputado JoséJoséJoséJoséJoséGuimarães (PT-CE)Guimarães (PT-CE)Guimarães (PT-CE)Guimarães (PT-CE)Guimarães (PT-CE), detalhou ontem (1º), apósreunião dos líderes da base com representantes doExecutivo, no Palácio do Planalto, a estratégia dogoverno para negociar a votação de matérias impor-tantes que constam da pauta da Câmara. SegundoGuimarães, “é preciso fechar uma compreensão polí-tica para não aumentar qualquer despesa por meio devotações que possam ocorrer”.

Nesse sentido, disse que o governo está empe-nhado em três questões decisivas à retomada do cres-cimento. “A primeira delas é não aprovar nenhumadespesa, porque o País não suporta. A questão fiscalprecisa se estabilizar, pois as receitas não compor-tam. A segunda questão é votar principalmente maté-rias que dão maior flexibilização às receitas, queamplie as receitas, o que também é decisivo para aeconomia brasileira. A terceira questão é discutir,projeto a projeto”, detalhou Guimarães.

Entre as matérias que estão sendo discutidas nestemomento, Guimarães citou o projeto de decreto legis-

Líder do Governodefende votação dematérias que nãoonerem cofres públicos

lativo (PDC 315/16) que suspende a forma de cálcu-lo do desconto na dívida dos estados e dos municípioscom a União e prevê alteração no cálculo da negoci-ação dessa dívida. O líder pontuou que o governodefende o diálogo como caminho para um entendi-mento entre o relator do projeto, os governadores eseus respectivos secretários de Fazenda.

“Esse projeto, se votado, pode trazer um abalofiscal ao País, pois todas as negociações que sãofeitas entre os entes federados com seus credores têmpor base essa legislação. Não existem juros simplesem nenhuma parte do mundo. Portanto, alterar issoseria uma quebra de contrato e poderia comprometera questão fiscal”, afirmou Guimarães.

Para o líder, um motivo a mais para a não votaçãoda matéria neste momento é o fato de o governo,dentro da atual discussão com os governadores, es-tar disposto a consolidar essa questão a partir deuma nova visão federativa. “Ou seja, qualquer dis-cussão de votação que impacte ou que altere asregras já seguidas por 25 estados, com exceção de

dois, pode comprometer esse processo de negocia-ção que estamos fazendo. Por essas razões, eviden-temente, não queremos votar o PDC”, explicou. Umacordo entre os líderes partidários transferiu a vota-ção do projeto para a próxima semana.

TTTTTetoetoetoetoeto – Sobre o projeto de lei (PL 3123/15) quefixa um teto remuneratório para todo o funcionalismopublico (federal, estadual e municipal), Guimarães afir-mou que a postura do governo é pela aprovação dorelatório do deputado Ricardo Barros (PP-PR), “que écentrado naquilo que preceitua a Constituição Federal”.

Porém, antes da votação, a palavra de ordemainda é o diálogo. Segundo o líder do governo, orelator da matéria pretende se reunir com represen-tantes da magistratura e do ministério público paracoletar possíveis contribuições. “Não é uma questãode governo, mas é uma questão que precisa ser trata-da de forma republicana. O governo vai insistir emvotar o relatório, evidentemente ouvindo algumas su-gestões de categorias que podem servir para aprimo-rar o texto”, reiterou José Guimarães.

Plenário aprova MP que consolida marco regulatóriodas Olimpíadas e Paralímpiadas do Rio de Janeiro

das. E essa MP é muito importante pois vai dar segu-rança para que nada aconteça do ponto de vista dofornecimento de energia para a realização das obras epara a manutenção de algum eventual problema quepossa ocorrer”, ressaltou o líder do governo.

A MP 693/15 também prevê a concessão deporte de arma para auditores e analistas da Re-ce i ta Federa l . O deputado Rubens O ton iRubens O ton iRubens O ton iRubens O ton iRubens O ton i

(PT-GO)(PT-GO)(PT-GO)(PT-GO)(PT-GO) foi o vice-presidente da comissão mistaque analisou a medida provisória.

Arrecadação –Arrecadação –Arrecadação –Arrecadação –Arrecadação – Foi transferida para a ses-são deliberativa desta quarta-feira (2), às 9 ho-ras, a votação da MP 694/15, que aumenta aarrecadação nos próximos anos a partir da mudan-ça de alíquotas para vários impostos. Os deputa-dos apenas iniciaram a discussão da medida.

De acordo com o deputado PPPPPaulão (PT-AL),aulão (PT-AL),aulão (PT-AL),aulão (PT-AL),aulão (PT-AL),relator-revisor na comissão mista que apreciou amedida, a proposta contribui com o esforço do gover-no para equilibrar a arrecadação. “Essa MP é impor-tantíssima, do ponto de vista tributário, para equali-zarmos a arrecadação e termos a tranquilidade neces-sária para atravessarmos o atual momento de adver-sidade econômica”, disse Paulão.

FOTOS: GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARACÂMARA

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02/03/201602/03/201602/03/201602/03/201602/03/2016PT NA CÂMARA 3

Em discurso na tribuna da Câmara, ontem (1º), odeputado PPPPPaulo Taulo Taulo Taulo Taulo Teixeira (PT-SPeixeira (PT-SPeixeira (PT-SPeixeira (PT-SPeixeira (PT-SP) acusou a oposi-ção conservadora de se dedicar a uma pauta que nãocontribuiu com o Brasil. “Pelo contrário, a oposiçãobrasileira investiu numa agenda para inviabilizar o País,a chamada pauta-bomba: uma pauta de gastos exage-rados, uma pauta de contradições, paradoxos”, disseTeixeira, que é vice-líder do Governo na Câmara.

O deputado paulista também criticou o moralis-mo seletivo e hipócrita da direita. “A oposição vem à tribuna com umdiscurso, como se fosse paladina da moralidade, como se fosse dona etitular de uma prática irrepreensível, como se não tivesse inaugurado umaprática política superada. Discute sempre de dedo em riste em relação aonosso partido e ao nosso Governo! Esperem lá! Nós queremos passar, sim,o Brasil a limpo! Aliás, essa história de 13 anos foi uma história defortalecimento institucional, foi uma história de compromisso com o com-bate à corrupção”, afirmou Teixeira, que listou inúmeros escândalos vincu-lados ao PSDB que desautorizam o discurso de vestal.

O ministro Luís Inácio Adams,advogado-geral da União, contes-tou ontem (1º) ponto a ponto, naComissão Mista de Orçamento(CMO), os questionamentos do Tri-bunal de Contas da União (TCU)acerca das contas da presidenta Dil-ma Rousseff referentes a 2014.Adams mostrou que todas as deci-sões adotadas pelo governo foram tomadas com amparo legal e a partir de enten-dimentos aplicados pelo mesmo tribunal na análise de contas dos exercíciosanteriores. O ministro explicou ainda que os itens sujeitos a aperfeiçoamentosforam alterados a partir de tratativas com o próprio TCU.

Com relação às compensações financeiras a partir de eventuais atrasos nospagamentos do erário para bancos públicos, Adams disse não ser admissível falarem violação à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), sobretudo, porque existeuma discussão conceitual da norma acerca do que caracterizaria uma opera-ção de crédito. O ministro argumentou não existir na lei definição que deter-mine a operação de crédito a partir do tamanho do passivo. Ou seja, não sepode aceitar o entendimento segundo o qual a partir de determinado valor dopassivo estaria ali materializada uma operação de crédito.

“Leiam atentamente a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não existe: ‘setiver um passivo de 50 mil, de 2 milhões, ou de 1 bilhão por um determinadoperíodo de tempo isso é operação de crédito’. Isso é uma alteração do concei-to para atender uma conveniência”, explicou o titular da AGU.

Adams acrescentou, como exemplo, que tais compensações junto à CaixaEconômica Federal (CEF) não resultaram em prejuízos ao banco. “Isso é um dadopositivo que tem que ser considerado nesse processo, sob pena de, na conveniênciapolítica, fazer um julgamento. E isso é inadmissível”, protestou.

Adams desmonta julgamento do TCU sobrecontas do governo, chamado de “delírio

interpretativo” por deputadoO chefe da AGU mostrou com

números o que representou em gan-hos para a CEF essa relação ativo/passivo. “O saldo médio em 2014foi R$ 1,5 bilhão positivo. Ou seja,no fluxo entre os períodos negati-vos e positivos, a Caixa teve umsaldo médio positivo. Ao mesmotempo e por conta desse saldo

médio, a Caixa repassou [ao governo federal], em 2014, R$ 140 milhões”,detalhou o ministro. “Desse ponto de vista, não há que se falar em violação à Leide Responsabilidade Fiscal”, reforçou.

O deputado Jorge Solla (PT-BA)Jorge Solla (PT-BA)Jorge Solla (PT-BA)Jorge Solla (PT-BA)Jorge Solla (PT-BA) questionou a possibilidade de o Paísestar diante de uma situação em que uma mesma legislação vale para umgoverno, mas não vale para outro. “Tem uma legislação que vale para um ano,mas não vale para outro. Tem uma que vale para os meus amigos, do meupartido, mas não vale para meus adversários, do outro partido. Vivemos umasituação em que se quer rejeitar as contas da presidenta da República com umainterpretação que nunca foi praticada neste País, por algo que aconteceu eminúmeros governos anteriores, por algo que aconteceu em outros entes federa-dos e por algo que nunca foi questionado pelo TCU”, afirmou Solla.

Para o deputado Leo de Brito (PT-AP)Leo de Brito (PT-AP)Leo de Brito (PT-AP)Leo de Brito (PT-AP)Leo de Brito (PT-AP), a investida da oposição se baseianuma confusão de suas análises com seus desejos. “Sobretudo o desejo dechegar ao poder sem ser pelo voto popular, uma vez que já perderam quatroeleições presidenciais seguidas para o Partido dos Trabalhadores”, disse odeputado acreano. Leo de Brito avaliou que o TCU fez uma análise “ampliativa”e se utilizou de um “delírio interpretativo” para tentar enquadrar dentro da LRFa responsabilidade por empréstimos que não existiram. “Caem por terra assimos argumentos da oposição a esse respeito”, criticou.

Oposição investiu numa agenda parainviabilizar o País”, aponta Paulo Teixeira

“O governador Beto Richa, do Paraná, está denun-ciado no STJ por práticas ilícitas. No governo de SãoPaulo foi descoberto um esquema de desvio de recursospara o centro político do governador Geraldo Alckmin,envolvendo inclusive parlamentares. Esse sistema en-volveu desvio de recursos da merenda escolar no estadode São Paulo. O ex-presidente do PSDB, o ex-governa-dor Eduardo Azeredo, foi condenado a 20 anos de pri-são. Recentemente, um dos delatores [da Operação

Lava-Jato] disse que, de tudo que era desviado da estatal Furnas, um terçoera para o candidato Aécio Neves”, citou o parlamentar petista.

Paulo Teixeira disse que a Lava-Jato tem méritos, especialmente o fatode estabelecer “um novo padrão” na relação público-privada, mas acrescen-tou que é preciso discutir as ilegalidades praticadas no âmbito da operação.“A primeira das ilegalidades é a seletividade. Parece que ali os juízes eprocuradores, inclusive, agentes da Polícia Federal têm objetivo político, queé atingir o partido que está no governo e não investigar o todo da obra. Nãoinvestiga o PSDB e as denúncias relacionadas ao PSDB”, avalia.

POLÍTICA

LUIZ MACEDO/AGÊNCIA CÂMARA

NILSON BASTIAN/AGÊNCIA CÂMARA

GABRIELA KOROSSY/AGÊNCIA CÂMARA

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02/03/201602/03/201602/03/201602/03/201602/03/2016 PT NA CÂMARA4

O Partido dos Trabalhadores lançou, na últimasexta-feira (26), após reunião do Diretório Nacional,realizada no Rio de Janeiro, o documento “Em Defe-sa da Democracia”. O texto, proposto pelo presidentenacional do partido, Rui Falcão, também reforça aimportância de defender o ex-presidente Luiz InácioLula da Silva. “O ataque a Lula é um ataque a deter-minado projeto de Nação, a todo projeto de Naçãoque se assente na busca de justiça, liberdade, igual-dade, inclusão e participação de todos”, diz o texto.

“O ataque a Lula é uma confissão maior, pelaselites golpistas, de que conseguirão impor o retor-no de uma dominação excludente através de qual-quer disputa que seja pautada pelo respeito às re-gras do jogo democrático”, completa o documento.

PARTIDO

PT lança documento emdefesa da democracia

Em documento divulgado após reunião do Di-retório Nacional na sexta-feira (26) o Partido dosTrabalhadores apresentou propostas econômicas paraum “Programa Nacional de Emergência”. O textoapresenta 22 propostas para a superação da criseeconômica e anuncia que o partido realizará, emâmbito interno, uma Conferência sobre Política Eco-nômica, a ser realizada em breve, sob a direção daComissão Executiva Nacional do PT.

O partido também divulgou, na sexta, o docu-mento “Em Defesa da Democracia”, um texto sobre aPetrobras e a resolução sobre as eleições deste ano.

Entre as propostas da legenda para a reto-mada das mudanças estão uma forte redução dataxa básica de juros, o aumento do investimentopúblico, o aumento do imposto sobre doações egrandes heranças, a adoção do imposto sobregrandes fortunas, a revitalização do Plano deAceleração do Crescimento (PAC), o reajuste dosvalores do Bolsa Família em 20%, a tributação

PT apresenta 22 propostas pararetomada das mudanças econômicas

de juros sobre capital próprio, a recriação daContribuição Provisória sobre Movimentação Fi-nanceira (CPMF), entre outras.

“Nossa convicção é a de que a saída para acrise se encontra na retomada do combate à de-sigualdade de renda e riqueza como princípioreitor de um segundo ciclo de desenvolvimentocom inclusão social”, diz o texto.

Algumas das propostas econômicas do partidojá foram elencadas pela Bancada do PT na Câmarados Deputados que apresentou documento, no finaldo ano passado, com um conjunto de medidastributárias e não tributárias para viabilizar e com-plementar o ajuste fiscal em curso no ExecutivoFederal e no Congresso Nacional.

Leia o documento “O futuro está na retomadadas mudanças”, na íntegra: no endereço: http://www.pt.org.br/pt-apresenta-22-propostas-para-retomada-das-mudancas-economicas/o-futuro-esta-na-retomada-das-mudancas/

Começou ontem (1º) o desligamento das 21 usinas termelétricas com preço de geração deenergia superior a R$ 250 por megawatt-hora (MWh). Com isso, as contas de luz passarão aadotar a cor amarela, reduzindo o custo extra para R$1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh)consumido. Essa taxa deixará de ser cobrada a partir de abril, quando será adotada a bandeiraverde. Para o deputado Zé Geraldo (PT-PZé Geraldo (PT-PZé Geraldo (PT-PZé Geraldo (PT-PZé Geraldo (PT-PA)A)A)A)A), o barateamento da tarifa é a prova de que osgovernos petistas de Lula e Dilma geriram com competência o setor elétrico brasileiro.

“Agora fica provado que o governo federal tinha razão quando explicou à população queiria produzir energia a partir das termelétricas, por conta da falta de chuvas - mas que tão logo fosse normalizadaa condição climática, e com a entrada de energia de novas fontes, tudo voltaria à normalidade”, destacou.

Ainda de acordo com Zé Geraldo, a expectativa para o futuro é melhor ainda, porque a usina de Belo Monte,por exemplo, só vai entrar em operação com carga máxima em 2019, “gerando energia para abastecer 60milhões de pessoas, o equivalente à população da França”, informou.

“Com esse cenário, o fornecimento de energia no futuro estará assegurado e com possibilidade de outrasreduções na tarifa. E tudo isso fruto do trabalho realizado desde o início do governo do ex-presidente Lula,quando a hoje presidenta Dilma era a ministra de Minas e Energia”, lembrou o petista.

O sistema de bandeiras foi criado com o objetivo de informar mensalmente ao consumidor se a energia consumida por ele estámais cara ou mais barata. Com a melhora da situação dos reservatórios das hidrelétricas e a entrada de energia nova no sistema – caso,por exemplo, da fornecida pelas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio – foi possível iniciar os desligamentos das termelétricas

Contas de luz adotam bandeira amarela e ficammais baratas; Zé Geraldo cita empenho do Governo

O partido também divulgou, nesta sexta, um textocom propostas econômicas para um “Programa Nacio-nal de Emergência”, um documento em defesa daPetrobras e a resolução sobre as eleições deste ano

No texto em defesa da democracia, o PT ressal-ta ser importante articular novas mobilizações quesejam “capazes de neutralizar o ódio das elites” erelembra ataques contra a trajetória vitoriosa do par-tido, ao longo dos últimos anos. “Tão extremada eraivosa é a ofensiva atual, que a própria democraciabrasileira está em risco”, afirma o documento.

Leia o texto “Em Defesa da Democracia”, naíntegra: no endereço: http://www.pt.org.br/pt-lanca-documento-em-defesa-da-democracia/em-defesa-da-democracia/

Nos próximos quatro anos, R$ 8,2 trilhões serão destinados a obras deinfraestrutura, programas sociais e despesas permanentes como saúde, edu-cação, Previdência Social e segurança pública. A administração da presiden-ta Dilma Rousseff está colocando em prática 54 grandes programas que vãoorientar a ação do governo entre 2016 e 2019.

No total, as verbas do Orçamento da União, das companhias esta-tais federais, crédito e gastos tributários vão compor uma elevada cifraque está sendo aplicada em programas, projetos e metas direta ouindiretamente ligadas a quatro eixos: educação, redução de desigualda-des, obras de infraestrutura e transparência/combate à corrupção.

Esse raio X das ações do governo faz parte do Plano Plurianual 2016-2019, cuja lei foi publicada no iníciode janeiro. “O objetivo é contribuir para o planejamento do Estado e demonstrar para a sociedade e para o setorprivado quais são as ações e obras prioritárias para os próximos quatro anos”, diz o secretário de Planejamentoe Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Gilson Bittencourt.

Entre as ações, constam a continuidade do Bolsa Família e do Brasil Sem Miséria, os programas educaci-onais Pronatec, Ciência sem Fronteiras e ProUni. O plano abrange as obras de infraestrutura como a datransposição do Rio São Francisco, Minha Casa Minha Vida e o Programa de Investimento e Logística, de

Plano Plurianual prevê investimentos do Governo em 54 grandes programas até 2019

O secretário municipal de Transporte de São Paulo, Jilmar T(1º), na Câmara, que o Congresso Nacional autorize a criação de um tributo municipalsobre os combustíveis para baratear a manutenção do sistema de transporte públicourbano em todo o País. A sugestão foi debatida durante audiência pública da comissãoespecial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 159/07) que trata dadestinação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Segundo o secretário, que representou o prefeito de São Preunião, os gastos com subsídios para bancar o sistema atualmente são muito grandes, mas ainda assim insufici-entes para conter a alta das tarifas e melhorar substancialmente a qualidade do transporte público.

“A única forma que existe (para melhorar o transporte público) é você dar a prerrogativa aos municípiosde tomarem a decisão sobre o que é melhor para a cidade. Ou aumentar a tarifa de ônibus, ou instituir umsubsídio para manter o sistema ou ainda se criar um subsídio cruzado, ou seja, fazer com que o usuário dotransporte individual possa contribuir para a melhoria do transporte público”, defendeu T

De acordo com o secretário, para melhorar a fluidez do trânsito nas grandes cidades também é necessário estimular

Secretário de SP defende tributo municipal sobre combustíveis para

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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Começou ontem (1º) o desligamento das 21 usinas termelétricas com preço de geração deenergia superior a R$ 250 por megawatt-hora (MWh). Com isso, as contas de luz passarão aadotar a cor amarela, reduzindo o custo extra para R$1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh)consumido. Essa taxa deixará de ser cobrada a partir de abril, quando será adotada a bandeira

, o barateamento da tarifa é a prova de que osgovernos petistas de Lula e Dilma geriram com competência o setor elétrico brasileiro.

Agora fica provado que o governo federal tinha razão quando explicou à população queiria produzir energia a partir das termelétricas, por conta da falta de chuvas - mas que tão logo fosse normalizadaa condição climática, e com a entrada de energia de novas fontes, tudo voltaria à normalidade”, destacou.

Ainda de acordo com Zé Geraldo, a expectativa para o futuro é melhor ainda, porque a usina de Belo Monte,por exemplo, só vai entrar em operação com carga máxima em 2019, “gerando energia para abastecer 60milhões de pessoas, o equivalente à população da França”, informou.

“Com esse cenário, o fornecimento de energia no futuro estará assegurado e com possibilidade de outrasreduções na tarifa. E tudo isso fruto do trabalho realizado desde o início do governo do ex-presidente Lula,quando a hoje presidenta Dilma era a ministra de Minas e Energia”, lembrou o petista.

O sistema de bandeiras foi criado com o objetivo de informar mensalmente ao consumidor se a energia consumida por ele estámais cara ou mais barata. Com a melhora da situação dos reservatórios das hidrelétricas e a entrada de energia nova no sistema – caso,por exemplo, da fornecida pelas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio – foi possível iniciar os desligamentos das termelétricas

ECONOMIA

Contas de luz adotam bandeira amarela e ficammais baratas; Zé Geraldo cita empenho do Governo

com custo mais caro de geração.A decisão levou em conta também o comporta-

mento de carga, influenciado pela redução de consu-mo. Apesar do cenário mais favorável, a Agência Na-cional de Energia Elétrica (Aneel) mantém o alertapara que os consumidores façam uso eficiente de energia, de forma a combater os desperdícios e aevitar um futuro retorno às bandeiras vermelha ou amarela – o que implicaria a volta da taxa extra.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que a adoção da bandeira verde deverá resultar emredução média entre 6% e 7% na conta de luz.

Até o final de abril, 5 mil MW gerados pelas térmicas terão sido desligados do sistema, o que representaráeconomia total de R$ 10 bilhões ao ano. Segundo Braga, mantida a previsão positiva da situação hidrológica, mais 2mil MW gerados em usinas térmicas poderão ser desligados nos próximos meses.

Redução de gastosRedução de gastosRedução de gastosRedução de gastosRedução de gastos- Também entram hoje em vigor as novas regras da resolução que estabelece o Sistema deCompensação de Energia Elétrica. Por meio desse sistema, é possível que o consumidor instale pequenos geradores (painéissolares fotovoltaicos, microturbinas eólicas, entre outras fontes renováveis) em sua unidade consumidora e troque energiacom a distribuidora local, de forma a reduzir os gastos com energia elétrica.

Ao simplificar a norma, a Aneel estima que até 2024 mais 1,2 milhão de consumidores passem aproduzir sua própria energia – o que equivaleria a uma potência instalada de 4,5 gigawatts.

Nos próximos quatro anos, R$ 8,2 trilhões serão destinados a obras deinfraestrutura, programas sociais e despesas permanentes como saúde, edu-cação, Previdência Social e segurança pública. A administração da presiden-ta Dilma Rousseff está colocando em prática 54 grandes programas que vão

No total, as verbas do Orçamento da União, das companhias esta-tais federais, crédito e gastos tributários vão compor uma elevada cifraque está sendo aplicada em programas, projetos e metas direta ouindiretamente ligadas a quatro eixos: educação, redução de desigualda-des, obras de infraestrutura e transparência/combate à corrupção.

Esse raio X das ações do governo faz parte do Plano Plurianual 2016-2019, cuja lei foi publicada no iníciode janeiro. “O objetivo é contribuir para o planejamento do Estado e demonstrar para a sociedade e para o setorprivado quais são as ações e obras prioritárias para os próximos quatro anos”, diz o secretário de Planejamentoe Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Gilson Bittencourt.

Entre as ações, constam a continuidade do Bolsa Família e do Brasil Sem Miséria, os programas educaci-onais Pronatec, Ciência sem Fronteiras e ProUni. O plano abrange as obras de infraestrutura como a datransposição do Rio São Francisco, Minha Casa Minha Vida e o Programa de Investimento e Logística, de

Plano Plurianual prevê investimentos do Governo em 54 grandes programas até 2019concessão de serviços nas áreas de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias.

Também são prioritárias a universalização e melhoria de acesso à inter-net, banda larga e aos conteúdos de telecomunicações. Nesses dois últimostemas concentram oportunidades de negócio e de investimento para o setorprivado, em um estímulo à geração de emprego e de renda.

Emprego e rendaEmprego e rendaEmprego e rendaEmprego e rendaEmprego e renda - Para reforçar a contratação de trabalhadores, umadas medidas é a permanência do regime de tributos específico para as microe pequenas empresas. Esse segmento de negócios — responsável por grandeparte da oferta de trabalho — recolhe impostos federais de forma unificadaa partir de uma alta renúncia fiscal por parte do governo federal. Ainda na área

de negócios, emprego e melhoria de renda, há, no PPA 2016-2019, projetos de investimento de R$ 385bilhões. Esses recursos serão movimentados pelo conjunto das grandes companhias controladas pelo governofederal, do setor de petróleo, gás, energia elétrica dos grupos Petrobras e Eletrobrás.

Inovação Inovação Inovação Inovação Inovação - O PPA 2016-2019 traz uma inovação em relação aos documentos anteriores. Conforme Bittencourt,a partir deste ano a sociedade terá controle maior sobre os programas postos em prática. “Esse é um PPA que pretendeinovar no monitoramento mais efetivo junto à sociedade e junto aos ministérios. Não queremos esperar o ano terminarpara sentar com os ministérios e avaliar o que deu ou não deu certo”, comenta o secretário.

aulo, Jilmar Tatto, defendeu ontem(1º), na Câmara, que o Congresso Nacional autorize a criação de um tributo municipalsobre os combustíveis para baratear a manutenção do sistema de transporte público

aís. A sugestão foi debatida durante audiência pública da comissãoespecial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 159/07) que trata dadestinação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Segundo o secretário, que representou o prefeito de São Paulo-Fernando Haddad- nareunião, os gastos com subsídios para bancar o sistema atualmente são muito grandes, mas ainda assim insufici-entes para conter a alta das tarifas e melhorar substancialmente a qualidade do transporte público.

A única forma que existe (para melhorar o transporte público) é você dar a prerrogativa aos municípiosde tomarem a decisão sobre o que é melhor para a cidade. Ou aumentar a tarifa de ônibus, ou instituir umsubsídio para manter o sistema ou ainda se criar um subsídio cruzado, ou seja, fazer com que o usuário dotransporte individual possa contribuir para a melhoria do transporte público”, defendeu Tatto.

De acordo com o secretário, para melhorar a fluidez do trânsito nas grandes cidades também é necessário estimular

Secretário de SP defende tributo municipal sobre combustíveis para subsidiar transporte públicoa migração dos usuários do sistema individual para o coletivo. Tomando como exemplo acapital paulista, Tatto destacou que não é possível melhorar o sistema e, ao mesmo tempo,evitar o aumento nas passagens apenas subsidiando diretamente o transporte público.

“O subsídio direto no transporte público afeta toda a população. A prefeitura deSão Paulo gasta por ano quase dois bilhões de reais, que poderiam estar beneficiandoa população em outras áreas. Então, nada mais justo que o usuário do transporteindividual contribua para melhorar o sistema público, o tráfego urbano, reduzindo a

poluição, podendo, inclusive, ele próprio optar pelo transporte público”, observou.ExemploExemploExemploExemploExemplo- Como exemplo da grande contribuição que um tributo municipal sobre os combustíveis

poderia auxiliar na composição da tarifa do transporte público urbano, Jilmar Tatto afirmou que, com umaumento de R$ 0,10 nas passagens a prefeitura de São Paulo arrecada cerca de R$ 140 milhões. Por outrolado, ele disse que com os mesmos R$ 0,10 embutidos na venda de combustíveis a prefeitura poderiaarrecadar R$ R$ 600 milhões. “Mas é preciso deixar claro que o recurso do novo tributo sobre os combustíveisiria ajudar a compor a tarifa, e não para ser investido em infraestrutura”, finalizou.

FOTO: SALU PARENTE

DIVULGAÇÃO

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

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SAÚDE

Câmara lança Frente Parlamentar da Denguepara ajudar no combate ao mosquito

Com a presença dos ministros Marcelo Castro(Saúde); Aloizio Mercadante (Educação); e RicardoBerzoini (Secretaria de Governo da Presidência daRepública), será lançada hoje, às 8h, na Câmara, aFrente Parlamentar da Dengue e Incorporação Tecno-lógica no Enfrentamento das Arboviroses. A Frente,que obteve a adesão de 222 parlamentares, tem odeputado Odorico Monteiro (PT-CE)Odorico Monteiro (PT-CE)Odorico Monteiro (PT-CE)Odorico Monteiro (PT-CE)Odorico Monteiro (PT-CE) como presi-dente e o deputado Antônio Brito (PTB-BA) como vice.

O evento, na Sala ViP do Restaurante do Senac, 10º Andar, Anexo IV daCâmara, contará também com a participação de representantes do Conselho

Nacional de Secretários de Saúde, do ConselhoNacional de Secretarias Municipais de Saúde, doConselho Nacional de Saúde, da Agência Nacio-nal de Vigilância de Sanitária, órgãos governa-mentais, laboratórios e institutos de pesquisa.

Na opinião do deputado Odorico monteiro,a questão da proliferação do mosquito AedesAegypti é hoje um dos temas de maior rele-vância para a saúde pública brasileira. “O

combate ao mosquito tornou-se a estratégia número um para evitar a epide-mia de Dengue, Chikungunya e Zika no Brasil”, afirma o deputado.

FOTO: SALU PARENTE

Comissão realiza debate sobre o Zikacom doutor em Epidemiologia

A comissão externa que acompanha as ações sobre o Zikarealiza audiência pública hoje, às 14h30, no plenário 10, com aparticipação do doutor em Epidemiologia César Gomes Victora.A comissão tem também reunião deliberativa. Na pauta, reque-rimento da deputada Maria do Rosário (PT-RSMaria do Rosário (PT-RSMaria do Rosário (PT-RSMaria do Rosário (PT-RSMaria do Rosário (PT-RS), que propõea realização de audiência pública para discutir o desenvolvimen-to de pesquisas científicas referentes a prevenção e tratamentoda Zika e da microcefalia por infecção congênita.

Também da deputada Maria do Rosário poderá ser apreciada propostapara realização de visita externa às unidades hospitalares de atendimentoneonatal do estado de Pernambuco. Ainda na pauta, requerimento da deputadapetista que solicita audiência pública para discutir o atendimento deneonatologia para crianças diagnosticadas com microcefalia.

PL 2438 PL 2438 PL 2438 PL 2438 PL 2438 – Comissão especial que analisa o projeto PL2438/15, que trata do enfrentamento aos homicídios de jovensnegros, realiza audiência pública às 14h30, plenário 6.Também na pauta requerimento do Reginaldo Lopes (PT-Reginaldo Lopes (PT-Reginaldo Lopes (PT-Reginaldo Lopes (PT-Reginaldo Lopes (PT-MGMGMGMGMG), que propõe audiência pública, com a participação doSecretário de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadaniade Estado de Minas Gerais, Nilmário Miranda.

RRRRReforma Tributáriaeforma Tributáriaeforma Tributáriaeforma Tributáriaeforma Tributária – Reunião da comissão que analisa projetosque tratam da reforma tributária hoje, às 16h, no plenário 9, para conhe-cimento do relatório do colegiado.

PL 7420PL 7420PL 7420PL 7420PL 7420 – Comissão que analisa o PL 7420, que trata da Lei de Respon-sabilidade Educacional tem reunião às 14h, no plenário 9, para apresentação,discussão e votação do parecer final da comissão.

Ana Perugini lidera movimento nacionalem defesa dos direitos humanos das mulheres

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A deputada Ana PAna PAna PAna PAna Perugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP) vai coordenar um mo-vimento nacional em defesa dos direitos das mulheres. A parla-mentar, que luta pela ampliação de políticas públicas para todasas brasileiras e pela igualdade de gênero no País, lança, em 8 demarço, Dia Internacional da Mulher, a Frente Parlamentar Mistaem Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres.

A nova frente parlamentar vai fiscalizar programas e políti-cas públicas governamentais, acompanhar a tramitação de projetos de lei comimpacto nos direitos humanos das mulheres, atuar de forma articulada com osmovimentos sociais e com a sociedade civil organizada, além de promoverseminários, simpósios, debates e eventos pertinentes à discussão do tema.

“Ainda temos uma cultura de muito machismo no nosso país, com olharde objeto sobre a mulher, que trabalha com uma máquina de lavar roupa enão detém direitos. Essa mulher não é vista em pé de igualdade nem noaspecto salarial nem no tratamento humano”, justificou Ana Perugini, coorde-nadora-geral da frente parlamentar que vai unir o Congresso Nacional -Câmara e Senado - e terá representantes em estados e municípios.

A ideia, explica Ana, é propor uma reflexão e fazer um chamamento paraque as mulheres ocupem seu espaço político. “Precisamos mexer nessa feri-da, se quisermos um avanço na nossa sociedade”, afirmou a deputada fede-ral, que coordenou a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres

na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), durante seusdois mandatos como deputada estadual, de 2007 a 2014.

A deputada estadual Márcia Lia (PT) foi convidada por Anapara coordenar as ações da frente em São Paulo. Procuradoraadjunta na Procuradoria Especial da Mulher da Alesp, a par-lamentar considera fundamental o debate, “pois vivemosum momento muito difícil da sociedade brasileira com o

aumento da violência, principalmente contra as mulheres”.Um dos objetivos da frente, de acordo com Ana Perugini, é contribuir

para que todas as capitais brasileiras tenham uma unidade da Casa daMulher Brasileira - órgão que concentra todos os serviços necessáriospara a mulher em situação de violência. “Atualmente, temos o serviçoem Campo Grande (MS) e em Brasília. Temos uma em construção nacidade de São Paulo, e queremos uma na Região Metropolitana deCampinas (RMC)”, disse Ana. A Casa da Mulher Brasileira é um dos eixosdo programa “Mulher, viver sem violência”, coordenado pela Secretariade Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

A Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Humanos das Mulhe-res tem caráter suprapartidário e foi criada com adesão de três senadoras e197 deputados e deputadas federais. O lançamento ocorrerá às 15h30, noAuditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

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BRASIL

Governos do PT são entraves para interessedas corporações internacionais do petróleo,

denuncia Bohn GassO deputado Bohn Gass (PT-RS) Bohn Gass (PT-RS) Bohn Gass (PT-RS) Bohn Gass (PT-RS) Bohn Gass (PT-RS) discur-

sou, na Câmara, em defesa do pré-sal e da Pe-trobras. Ele voltou a criticar, duramente, o pro-jeto do senador tucano José Serra (PSDB-SP)que retira da Petrobras a obrigatoriedade de par-ticipação na exploração do pré-sal. O projeto foiaprovado no Senado na quarta-feira (24) e aguar-da apreciação da Câmara.

“Dizem que o petróleo é uma riqueza ultra-passada porque o mundo está descobrindo novos com-bustíveis. Isso é uma grande mentira! O petróleo con-tinua valiosíssimo e é o produto mais estratégico detodo o mercado internacional!”, enfatizou Bohn Gass.

No seu discurso, o deputado afirmou que os paísesricos continuam precisando muito do petróleo, mas hojeeles têm um problema, eles não têm mais reservas,mas o Brasil tem reservas!. “O pré-sal é a terceiramaior reserva de petróleo do mundo! É óbvio que esta

SALU PARENTE/PTNACÂMARA

Gilberto Carvalho participa de plenária com agricultores gaúchosComo era a agricultura familiar aqui, no norte do

Rio Grande do Sul, antes de Lula tornar-se presidente?Foi com esse questionamento que o ex-ministro Gilber-to Carvalho iniciou sua conversa com cerca de 400pequenos agricultores e assentados da reforma agráriaque participaram no sábado (27) da plenária dos depu-tados Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS) e Edegar Pretto (PT-RS), naLinha Jacutinga, em Sarandi (RS).

Gilberto Carvalho destacou o papel do PT na in-clusão social que melhorou a vida dos pequenos agri-cultores. “Nós disponibilizamos recursos do BNDES,da CEF, Banco do Brasil, etc., que estavam parados,

Wadih Damous apresenta proposta em defesa da presunção de inocência O deputado Wadih Damous (PT-RJ) apresentou ontem

(1º), na Câmara, o projeto de lei de nº 4517/16, que altera a

lei do recurso extraordinário e especial (8.038/1990) e o

Código de Processo Penal para reforçar a garantia constitu-

cional da presunção de inocência.

Pelo texto do projeto, os dispositivos são modificados para

garantir a eficácia do direito fundamental de ninguém ser con-

siderado culpado antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

A legislação, tanto de um quanto outro, possui artigos que negam vi-

gência à Constituição da República e se chocam com as leis aprovadas nos

últimos anos nesta matéria, a exemplo da nova Lei das Cautelares que é de

2011 e da Lei de Execução Penal – LEP, que expressamente exigem o trân-

sito em julgado para início de cumprimento da execução penal.

Portanto, explica o deputado, há uma necessidade de alteração de modo a uni-

ficar o texto da lei dos recursos especial e extraordinário (de 1990) e do CPP com a

Constituição da República, para que não pairem dúvidas de interpretação.

“Foi justamente essa incongruência legislativa e a falta de atualização das

leis em conformidade com o texto constitucional que esteve no cerne da equivo-

riqueza gigantesca é alvo de cobiça das grandes corpo-rações mundiais!”, disse.

Bohn Gass citou o “famigerado” telefonema dadiretoria da Chevron ao senador José Serra, reveladopelo WikiLeaks. “Não é por acaso que Serra é o autor doprojeto que retira o poder da Petrobras na exploração dopré-sal, abrindo espaço justamente para empresas comoa Chevron. Não se trata de coincidências, mas sim deuma conspiração”, protestou o deputado do PT.

Em 1997, lembrou Bohn Gass, FernandoHenrique Cardoso acabou com o monopólio daPetrobras. Mas aí veio Lula, a descoberta do pré-sal e a mudança para o regime de partilha, ouseja, estrangeiros podem vir explorar aqui, masterão que obrigatoriamente partilhar o petróleocom o Brasil. “Mais ainda: Lula garantiu que aPetrobras teria, no mínimo, 30% da participa-ção em caso de consórcios com empresas es-

trangeiras. Foi nesse momento que aconteceu o te-lefonema entre o senador Serra e a diretoria daChevron. O que disse José Serra? Deixa esses carasdo PT fazerem o que eles quiserem. Nós mudaremosde volta”, denunciou.

Para o deputado, os governos do PT são umentrave, não só para o objetivo de poder dos tuca-nos, mas, também, para o interesse das grandescorporações internacionais do petróleo.

FOTO: MARCI HENCES

rendendo juros à especulação, e que hoje, aliados àspolíticas específicas para o campo, possibilitaram de-senvolvimento no meio rural,” disse Carvalho.

De acordo com Carvalho, são essas conquistasque os brasileiros devem manter. “A mídia está fa-

zendo uma campanha contra o PT porque Lula anteci-pou que é candidato à presidência em 2018. Mas nãovão nos derrotar porque essa mudança já está nocoração do povo,” finalizou Gilberto Carvalho.

Segundo o deputado Marcon, na plenária sediscutiu políticas para agroindústrias, considerandoa relação do ex-ministro com o setor produtivo in-dustrial, sua experiência no governo e com os movi-mentos sociais. “Além disso, fomos levar uma men-sagem aos nossos trabalhadores para que continu-em lutando por esse projeto que os tirou da invisibi-lidade,” finalizou Marcon.

cada hermenêutica realizada pelo STF que firmou, por maio-

ria de votos (Habeas Corpus nº 126.292), o entendimento de

que a execução penal poderia se iniciar após a condenação

em segunda instância, ainda que pendente o julgamento de

recurso para o Superior Tribunal de Justiça ou para o Supremo

Tribunal Federal, ou seja, antes mesmo do trânsito em julga-

do da decisão”, justifica o deputado.

Outra motivação da proposta, esclarece ainda, é o diag-

nóstico feito pelo ministro Marco Aurélio em seu voto, no habeas corpus referi-

do, no sentido de que de 2006, até a presente data, 25,2% dos recursos extraor-

dinários criminais foram providos pelo STF, e 3,3% providos parcialmente. “So-

mando-se os parcialmente providos com os integralmente providos, teremos o

significativo porcentual de 28,5% de recursos. Quer dizer, quase um terço das

decisões criminais oriundas das instâncias inferiores foi total ou parcialmente

reformado pelo Supremo Tribunal Federal nesse período”, sustenta.

Por fim, o projeto tenta evitar que a decisão do STF irradie para o sistema de

justiça criminal e reforce ainda mais o já “caótico e indigno estado do déficit no

sistema prisional brasileiro, hoje em torno de 231.062 vagas”.

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POLÍTICA

Furnas e Aécio Neves: Erika Kokay cobrainvestigação sobre escândalo ignorado pela mídia

A deputada Erika Kokay (PT-DFErika Kokay (PT-DFErika Kokay (PT-DFErika Kokay (PT-DFErika Kokay (PT-DF) co-brou ontem (1º), da tribuna da Câmara, ex-plicações sobre o esquema de desvio de re-cursos públicos da estatal Furnas CentraisElétricas, desvendado pela revista Carta Ca-pital em 2006 e até hoje sem desfecho dasinvestigações. A parlamentar lembrou aindaque, no âmbito da Operação Lava-Jato, jáexistem três delações que confirmam o rece-bimento de propina por parte do presidentenacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

“Eu gostaria de saber a quantas anda a investigaçãoacerca de Furnas, porque houve pelo menos três delaçõesque apontam que Aécio Neves recebia recursos de Furnasatravés de um diretor indicado por ele. A quantas andaessa investigação?”, questionou a deputada.

“Na época do processo eleitoral, o jornalistaque denunciou o esquema foi preso por nove me-ses porque denunciou o envolvimento de AécioNeves na operação ou no processo da corrupçãoem Furnas, através de um diretor indicado por ele.

“Estamos mobilizados para defender a democracia,a liberdade e as instituições”, diz Benedita

Valmir Assunção elogia novo ministro da Justiça

Em discurso na tribuna da Câmara, ontem (1º), adeputada Benedita da Silva (PT-RJBenedita da Silva (PT-RJBenedita da Silva (PT-RJBenedita da Silva (PT-RJBenedita da Silva (PT-RJ) destacou a fes-ta de aniversário do PT, celebrado no último fim de se-mana, e enalteceu o discurso do ex-presidente Lula, queconvocou a militância para enfrentar a ofensiva da direi-ta. “Nós estamos mobilizados para defender a democra-cia, a liberdade e as instituições que engrandecem opovo brasileiro”, disse Benedita, falando enquanto mili-tante que atendeu ao chamado de Lula.

A petista ressaltou que a festa se transformou numato de desagravo ao ex-presidente Lula, “que sofregrande perseguição política de setores da grande mí-dia e até mesmo do Ministério Público, do Judiciário eda Polícia Federal”. Na opinião de Benedita, o presi-dente mais popular da história do País “fez um discur-so responsável, com grande valor simbólico para o par-tido e para a democracia brasileira”.

A militância petista, acrescentou a parlamen-tar, saiu às ruas para, “mais uma vez, fortalecer-se na adversidade e nunca recuar diante dos desa-fios”. Benedita disse ainda que as celebraçõespelo 36º aniversário do PT foram encerradas com“grande emoção e responsabilidade”.

Benedita lembrou o recado dado pela militân-cia de esquerda aos setores antidemocráticos.“Aqueles que querem tirar o nosso Governo na

base do discurso, tirar o nosso Governo fazendocom que a população tenha uma versão adversado que a realidade e a verdade estão colocando,enganam-se”, alertou a deputada, que citou adefesa do pré-sal como outra prioridade para aesquerda brasileira e os setores nacionalistas.

Ministério Ministério Ministério Ministério Ministério – A parlamentar fluminense con-cluiu o seu discurso saudando a autonomia da presi-denta Dilma Rousseff para alterar o seu ministério deacordo com as necessidades. “É a ela que cabe fazermudanças e não à Oposição ou a qualquer outro queconvoque manifestações de rua. Nós estaremos apoi-ando o novo ministro da Justiça, desejamos que eleseja bem-vindo e que ele possa realmente ajudar,junto com a Polícia Federal, a passar este País alimpo, doa a quem doer, seja quem for, do partidoque for, sem seletividade”, frisou Benedita.

FOTO: GUSTAVO BEZERRA

O deputado Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA) elogiou em pronunciamento no plenário a indicação de Wellington César Lima eSilva para assumir o Ministério da Justiça em substituição a José Eduardo Cardozo, que vai para a Advocacia-Geral da União (AGU).

“A presidenta Dilma fez uma excelente escolha, porque ele (Wellington César), na Bahia, enquanto procurador, fez umtrabalho fundamental, sempre respeitando as instituições, o que é fundamental. A esperança é que, enquanto Ministro da Justiça,Wellington César possa cada vez mais defender as instituições, mas levar em consideração que neste País há indígenas, háquilombolas, cujos direitos têm que ser respeitados”, ressaltou Valmir Assunção.

O procurador Wellington César Lima e Silva é membro do Ministério Público da Bahia.

Esse jornalista inclusive sofreu um infarto na pri-são e quase veio a óbito, porque se tentaram si-lenciar as vozes que denunciavam os esquemas deAécio Neves”, complementou Erika Kokay.

Ministro da JustiçaMinistro da JustiçaMinistro da JustiçaMinistro da JustiçaMinistro da Justiça - A deputada citou Fur-nas após criticar a oposição conservadora por terprotestado contra a substituição do ministro da Jus-tiça, José Eduardo Cardozo, por Wellington CésarLima e Silva, ex-procurador-geral do estado daBahia. “Eu fico muito impressionada quando vejo afala da oposição, difundida em todos os jornais, de

que a Presidenta Dilma Rousseff está dan-do um golpe, porque está nomeando outroministro da Justiça. Ora, a Presidenta daRepública tem o direito e o poder de mudara sua equipe se achar que é necessário”,defendeu a parlamentar.

Erika também inferiu que, ao criti-car a saída do ministro que comanda aPolícia Federal, a oposição aprova a au-tonomia que o órgão adquiriu. “Essa fala

desbragada da oposição nos indica o reconheci-mento do papel que a Polícia Federal tem exerci-do durante o governo de Dilma Rousseff. Bastanós analisarmos quantas operações investigati-vas foram feitas durante o governo Fernando Hen-rique Cardoso: 48 operações. E estamos com cer-ca de duas mil operações realizadas durante osGovernos Lula e Dilma. A oposição, então, reco-nhece que a Polícia Federal está tendo, desde ogoverno Lula, autonomia para investigar quemquer que seja”, concluiu a petista.

FOTO: GUSTAVO LIMA