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UNIVERSIDADE
CATOacuteLICA DE
BRASIacuteLIAPROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO
STRICTU SENSU EM ECONOMIA DE EMPRESAS
MESTRADO
AVALIACcedilAtildeO DA EFICIEcircNCIA NA APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS
PUacuteBLICOS EM FINANCIAMENTO DE PROJETOS DE INICIATIVA
COMUNITAacuteRIA COMO ALAVANCADOR DO DESENVOLVIMENTO
ECONOcircMICOAUTORA ILIANA ALVES CANOFF
ORIENTADORA PROFESSORA DOUTORA ADELAIDE FIGUEIREDO
BRASIacuteLIA 2005
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ILIANA ALVES CANOFF
AVALIACcedilAtildeO DA EFICIEcircNCIA NA APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS PUacuteBLICOS EM
FINANCIAMENTO DE PROJETOS DE INICIATIVA COMUNITAacuteRIA COMO
ALAVANCADOR DO DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Brasiacutelia
2005
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa dePoacutes-Graduaccedilatildeo ldquoStrictu Sensurdquo emEconomia de Empresas da UniversidadeCatoacutelica de Brasiacutelia como parte dosrequisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo deMestre em Economia de Empresas
Orientadora Adelaide Figueiredo
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FICHA CATALOGRAacuteFICA
TERMO DE APROVACcedilAtildeO
Ficha elaborada pela Divisatildeo de Processamento do Acervo do SIBI ndash UCB
C227a Canoff Iliana AlvesAvaliaccedilatildeo da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos em
financiamento de projetos de iniciativa comunitaacuteria como alavancador dodesenvolvimento econocircmico Iliana Alves Canoff orientadora AdelaideFigueiredo ndash 2005
217 f il 30 cm
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia 2005
Poliacutetica Puacuteblica 2 Financiamento puacuteblico - projetos3 Desenvolvimento econocircmico I Figueiredo Adelaide orient II Tiacutetulo
CDU 336581
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TERMO DE APROVACcedilAtildeO
Dissertaccedilatildeo Defendida e aprovada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de Mestre em Economia de Empresas defendida e aprovada em 25 de
novembro de 2005 pela banca examinadora constituiacuteda por
PROF ADELAIDE FIGUEIREDO DOUTORA
(ORIENTADORA)
PROF CARLOS EDUARDO GASPARINI DOUTOR ndash UFPEPIMES
(EXAMINADOR INTERNO)
PROF PEDRO HENRIQUE ZUCHI DA CONCEICcedilAtildeO DOUTOR - USPESAL
(EXAMINADOR EXTERNO)
Brasiacutelia
UCB
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Aos meus pais Lourenccedilo e Noeli que me deram a oportunidade deestar neste mundo e construir meu proacuteprio caminho
Agrave minha orientadora Professora Adelaide Figueiredo pelapaciecircncia e orientaccedilatildeo
Ao Joseacute Carlos Jacob de Carvalho meu agradecimento especialpelo apoio e colaboraccedilatildeo fundamental para que eu concluiacutesse estetrabalho
Ao meu amigo Professor Wilson Cano pelos comentaacuterios esugestotildees
Ao meu amigo Andreacute Luiz Ferro de Oliveira e aos ProfessoresCarlos Eduardo Gaparini e Pedro Zuchi da Conceiccedilatildeo pelapaciecircncia na leitura suas criacuteticas e sugestotildees
A todos o meu reconhecimento e agradecimento
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ldquoTemos enormes potencialidades eenormes desigualdades Precisamos
retomar o haacutebito de pensar pela nossacabeccedila qual o modelo que mais nos
conveacutemrdquo
Celso Furtado
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RESUMO
Muitos satildeo os projetos de desenvolvimento local financiados com recursos puacuteblicos Este
trabalho tem como objetivo avaliar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo desses recursos em projetos de
iniciativa comunitaacuteria como alavancador do desenvolvimento econocircmico Para essa anaacutelise
foi escolhido como objeto de estudo o Programa de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias
(PAIC) financiado com recursos oriundos de empreacutestimo do Banco Mundial no acircmbito do
Plano Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia (Planafloro) Para atingir o objetivo
inicial os valores referentes ao financiamento das comunidades foram agregados por
municiacutepio e foi construiacutedo o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) com o objetivo
de verificar o desenvolvimento soacutecio econocircmico das comunidades Para testar a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos investimentos foi utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados - Data
Envelopment Analysis (DEA) modelo que permite elaborar um ranking de eficiecircncia teacutecnica
quanto aos resultados da aplicaccedilatildeo dos recursos investidos nos municiacutepios Com esta teacutecnica
utilizada foi possiacutevel observar quais os municiacutepios que apresentam eficiecircncia relativa bem
como o seu comportamento em comparaccedilatildeo ao IDM Foi possiacutevel analisar ainda os
resultados apresentados pelos municiacutepios com infra-estrutura disponiacutevel em agravequeles
localizados em aacutereas com predominacircncia de reservas florestais e indiacutegenas Verificou-se que
estas teacutecnicas de anaacutelise podem ser utilizadas como importante instrumento para a formulaccedilatildeo
de poliacuteticas puacuteblicas que visem o desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades
PALAVRAS-CHAVE Desenvolvimento Regional Avaliaccedilatildeo de Projetos Iacutendice de
Desenvolvimento Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
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viii
ABSTRACT
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SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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38
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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65
TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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67
Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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68
IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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69
Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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99
Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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100
5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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101
verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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102
que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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103
Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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104
oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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105
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e no Exterior Estudo Sobre Fundos Sociais e Ambientais Financiados ou Administrados
pelo Banco Mundial no Brasil Banco Mundial Brasiacutelia 2000
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ii
ILIANA ALVES CANOFF
AVALIACcedilAtildeO DA EFICIEcircNCIA NA APLICACcedilAtildeO DE RECURSOS PUacuteBLICOS EM
FINANCIAMENTO DE PROJETOS DE INICIATIVA COMUNITAacuteRIA COMO
ALAVANCADOR DO DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Brasiacutelia
2005
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa dePoacutes-Graduaccedilatildeo ldquoStrictu Sensurdquo emEconomia de Empresas da UniversidadeCatoacutelica de Brasiacutelia como parte dosrequisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo deMestre em Economia de Empresas
Orientadora Adelaide Figueiredo
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iii
FICHA CATALOGRAacuteFICA
TERMO DE APROVACcedilAtildeO
Ficha elaborada pela Divisatildeo de Processamento do Acervo do SIBI ndash UCB
C227a Canoff Iliana AlvesAvaliaccedilatildeo da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos em
financiamento de projetos de iniciativa comunitaacuteria como alavancador dodesenvolvimento econocircmico Iliana Alves Canoff orientadora AdelaideFigueiredo ndash 2005
217 f il 30 cm
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia 2005
Poliacutetica Puacuteblica 2 Financiamento puacuteblico - projetos3 Desenvolvimento econocircmico I Figueiredo Adelaide orient II Tiacutetulo
CDU 336581
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iv
TERMO DE APROVACcedilAtildeO
Dissertaccedilatildeo Defendida e aprovada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de Mestre em Economia de Empresas defendida e aprovada em 25 de
novembro de 2005 pela banca examinadora constituiacuteda por
PROF ADELAIDE FIGUEIREDO DOUTORA
(ORIENTADORA)
PROF CARLOS EDUARDO GASPARINI DOUTOR ndash UFPEPIMES
(EXAMINADOR INTERNO)
PROF PEDRO HENRIQUE ZUCHI DA CONCEICcedilAtildeO DOUTOR - USPESAL
(EXAMINADOR EXTERNO)
Brasiacutelia
UCB
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v
Aos meus pais Lourenccedilo e Noeli que me deram a oportunidade deestar neste mundo e construir meu proacuteprio caminho
Agrave minha orientadora Professora Adelaide Figueiredo pelapaciecircncia e orientaccedilatildeo
Ao Joseacute Carlos Jacob de Carvalho meu agradecimento especialpelo apoio e colaboraccedilatildeo fundamental para que eu concluiacutesse estetrabalho
Ao meu amigo Professor Wilson Cano pelos comentaacuterios esugestotildees
Ao meu amigo Andreacute Luiz Ferro de Oliveira e aos ProfessoresCarlos Eduardo Gaparini e Pedro Zuchi da Conceiccedilatildeo pelapaciecircncia na leitura suas criacuteticas e sugestotildees
A todos o meu reconhecimento e agradecimento
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vi
ldquoTemos enormes potencialidades eenormes desigualdades Precisamos
retomar o haacutebito de pensar pela nossacabeccedila qual o modelo que mais nos
conveacutemrdquo
Celso Furtado
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vii
RESUMO
Muitos satildeo os projetos de desenvolvimento local financiados com recursos puacuteblicos Este
trabalho tem como objetivo avaliar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo desses recursos em projetos de
iniciativa comunitaacuteria como alavancador do desenvolvimento econocircmico Para essa anaacutelise
foi escolhido como objeto de estudo o Programa de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias
(PAIC) financiado com recursos oriundos de empreacutestimo do Banco Mundial no acircmbito do
Plano Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia (Planafloro) Para atingir o objetivo
inicial os valores referentes ao financiamento das comunidades foram agregados por
municiacutepio e foi construiacutedo o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) com o objetivo
de verificar o desenvolvimento soacutecio econocircmico das comunidades Para testar a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos investimentos foi utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados - Data
Envelopment Analysis (DEA) modelo que permite elaborar um ranking de eficiecircncia teacutecnica
quanto aos resultados da aplicaccedilatildeo dos recursos investidos nos municiacutepios Com esta teacutecnica
utilizada foi possiacutevel observar quais os municiacutepios que apresentam eficiecircncia relativa bem
como o seu comportamento em comparaccedilatildeo ao IDM Foi possiacutevel analisar ainda os
resultados apresentados pelos municiacutepios com infra-estrutura disponiacutevel em agravequeles
localizados em aacutereas com predominacircncia de reservas florestais e indiacutegenas Verificou-se que
estas teacutecnicas de anaacutelise podem ser utilizadas como importante instrumento para a formulaccedilatildeo
de poliacuteticas puacuteblicas que visem o desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades
PALAVRAS-CHAVE Desenvolvimento Regional Avaliaccedilatildeo de Projetos Iacutendice de
Desenvolvimento Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
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viii
ABSTRACT
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ix
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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15
crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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58
2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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59
esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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60
10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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61
TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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62
TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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63
423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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64
suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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65
TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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67
Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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68
IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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69
Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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73
Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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99
Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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100
5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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101
verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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102
que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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103
Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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104
oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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105
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e no Exterior Estudo Sobre Fundos Sociais e Ambientais Financiados ou Administrados
pelo Banco Mundial no Brasil Banco Mundial Brasiacutelia 2000
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iii
FICHA CATALOGRAacuteFICA
TERMO DE APROVACcedilAtildeO
Ficha elaborada pela Divisatildeo de Processamento do Acervo do SIBI ndash UCB
C227a Canoff Iliana AlvesAvaliaccedilatildeo da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos em
financiamento de projetos de iniciativa comunitaacuteria como alavancador dodesenvolvimento econocircmico Iliana Alves Canoff orientadora AdelaideFigueiredo ndash 2005
217 f il 30 cm
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Catoacutelica de Brasiacutelia 2005
Poliacutetica Puacuteblica 2 Financiamento puacuteblico - projetos3 Desenvolvimento econocircmico I Figueiredo Adelaide orient II Tiacutetulo
CDU 336581
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iv
TERMO DE APROVACcedilAtildeO
Dissertaccedilatildeo Defendida e aprovada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de Mestre em Economia de Empresas defendida e aprovada em 25 de
novembro de 2005 pela banca examinadora constituiacuteda por
PROF ADELAIDE FIGUEIREDO DOUTORA
(ORIENTADORA)
PROF CARLOS EDUARDO GASPARINI DOUTOR ndash UFPEPIMES
(EXAMINADOR INTERNO)
PROF PEDRO HENRIQUE ZUCHI DA CONCEICcedilAtildeO DOUTOR - USPESAL
(EXAMINADOR EXTERNO)
Brasiacutelia
UCB
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v
Aos meus pais Lourenccedilo e Noeli que me deram a oportunidade deestar neste mundo e construir meu proacuteprio caminho
Agrave minha orientadora Professora Adelaide Figueiredo pelapaciecircncia e orientaccedilatildeo
Ao Joseacute Carlos Jacob de Carvalho meu agradecimento especialpelo apoio e colaboraccedilatildeo fundamental para que eu concluiacutesse estetrabalho
Ao meu amigo Professor Wilson Cano pelos comentaacuterios esugestotildees
Ao meu amigo Andreacute Luiz Ferro de Oliveira e aos ProfessoresCarlos Eduardo Gaparini e Pedro Zuchi da Conceiccedilatildeo pelapaciecircncia na leitura suas criacuteticas e sugestotildees
A todos o meu reconhecimento e agradecimento
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vi
ldquoTemos enormes potencialidades eenormes desigualdades Precisamos
retomar o haacutebito de pensar pela nossacabeccedila qual o modelo que mais nos
conveacutemrdquo
Celso Furtado
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vii
RESUMO
Muitos satildeo os projetos de desenvolvimento local financiados com recursos puacuteblicos Este
trabalho tem como objetivo avaliar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo desses recursos em projetos de
iniciativa comunitaacuteria como alavancador do desenvolvimento econocircmico Para essa anaacutelise
foi escolhido como objeto de estudo o Programa de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias
(PAIC) financiado com recursos oriundos de empreacutestimo do Banco Mundial no acircmbito do
Plano Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia (Planafloro) Para atingir o objetivo
inicial os valores referentes ao financiamento das comunidades foram agregados por
municiacutepio e foi construiacutedo o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) com o objetivo
de verificar o desenvolvimento soacutecio econocircmico das comunidades Para testar a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos investimentos foi utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados - Data
Envelopment Analysis (DEA) modelo que permite elaborar um ranking de eficiecircncia teacutecnica
quanto aos resultados da aplicaccedilatildeo dos recursos investidos nos municiacutepios Com esta teacutecnica
utilizada foi possiacutevel observar quais os municiacutepios que apresentam eficiecircncia relativa bem
como o seu comportamento em comparaccedilatildeo ao IDM Foi possiacutevel analisar ainda os
resultados apresentados pelos municiacutepios com infra-estrutura disponiacutevel em agravequeles
localizados em aacutereas com predominacircncia de reservas florestais e indiacutegenas Verificou-se que
estas teacutecnicas de anaacutelise podem ser utilizadas como importante instrumento para a formulaccedilatildeo
de poliacuteticas puacuteblicas que visem o desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades
PALAVRAS-CHAVE Desenvolvimento Regional Avaliaccedilatildeo de Projetos Iacutendice de
Desenvolvimento Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
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viii
ABSTRACT
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ix
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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15
crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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63
423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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67
Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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68
IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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73
Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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99
Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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100
5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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101
verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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102
que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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103
Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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104
oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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pelo Banco Mundial no Brasil Banco Mundial Brasiacutelia 2000
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iv
TERMO DE APROVACcedilAtildeO
Dissertaccedilatildeo Defendida e aprovada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de Mestre em Economia de Empresas defendida e aprovada em 25 de
novembro de 2005 pela banca examinadora constituiacuteda por
PROF ADELAIDE FIGUEIREDO DOUTORA
(ORIENTADORA)
PROF CARLOS EDUARDO GASPARINI DOUTOR ndash UFPEPIMES
(EXAMINADOR INTERNO)
PROF PEDRO HENRIQUE ZUCHI DA CONCEICcedilAtildeO DOUTOR - USPESAL
(EXAMINADOR EXTERNO)
Brasiacutelia
UCB
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v
Aos meus pais Lourenccedilo e Noeli que me deram a oportunidade deestar neste mundo e construir meu proacuteprio caminho
Agrave minha orientadora Professora Adelaide Figueiredo pelapaciecircncia e orientaccedilatildeo
Ao Joseacute Carlos Jacob de Carvalho meu agradecimento especialpelo apoio e colaboraccedilatildeo fundamental para que eu concluiacutesse estetrabalho
Ao meu amigo Professor Wilson Cano pelos comentaacuterios esugestotildees
Ao meu amigo Andreacute Luiz Ferro de Oliveira e aos ProfessoresCarlos Eduardo Gaparini e Pedro Zuchi da Conceiccedilatildeo pelapaciecircncia na leitura suas criacuteticas e sugestotildees
A todos o meu reconhecimento e agradecimento
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vi
ldquoTemos enormes potencialidades eenormes desigualdades Precisamos
retomar o haacutebito de pensar pela nossacabeccedila qual o modelo que mais nos
conveacutemrdquo
Celso Furtado
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vii
RESUMO
Muitos satildeo os projetos de desenvolvimento local financiados com recursos puacuteblicos Este
trabalho tem como objetivo avaliar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo desses recursos em projetos de
iniciativa comunitaacuteria como alavancador do desenvolvimento econocircmico Para essa anaacutelise
foi escolhido como objeto de estudo o Programa de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias
(PAIC) financiado com recursos oriundos de empreacutestimo do Banco Mundial no acircmbito do
Plano Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia (Planafloro) Para atingir o objetivo
inicial os valores referentes ao financiamento das comunidades foram agregados por
municiacutepio e foi construiacutedo o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) com o objetivo
de verificar o desenvolvimento soacutecio econocircmico das comunidades Para testar a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos investimentos foi utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados - Data
Envelopment Analysis (DEA) modelo que permite elaborar um ranking de eficiecircncia teacutecnica
quanto aos resultados da aplicaccedilatildeo dos recursos investidos nos municiacutepios Com esta teacutecnica
utilizada foi possiacutevel observar quais os municiacutepios que apresentam eficiecircncia relativa bem
como o seu comportamento em comparaccedilatildeo ao IDM Foi possiacutevel analisar ainda os
resultados apresentados pelos municiacutepios com infra-estrutura disponiacutevel em agravequeles
localizados em aacutereas com predominacircncia de reservas florestais e indiacutegenas Verificou-se que
estas teacutecnicas de anaacutelise podem ser utilizadas como importante instrumento para a formulaccedilatildeo
de poliacuteticas puacuteblicas que visem o desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades
PALAVRAS-CHAVE Desenvolvimento Regional Avaliaccedilatildeo de Projetos Iacutendice de
Desenvolvimento Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
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viii
ABSTRACT
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ix
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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xiii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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15
crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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23
13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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59
esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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60
10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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61
TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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62
TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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63
423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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64
suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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67
Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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68
IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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88
Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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89
de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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90
TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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101
verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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102
que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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104
oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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v
Aos meus pais Lourenccedilo e Noeli que me deram a oportunidade deestar neste mundo e construir meu proacuteprio caminho
Agrave minha orientadora Professora Adelaide Figueiredo pelapaciecircncia e orientaccedilatildeo
Ao Joseacute Carlos Jacob de Carvalho meu agradecimento especialpelo apoio e colaboraccedilatildeo fundamental para que eu concluiacutesse estetrabalho
Ao meu amigo Professor Wilson Cano pelos comentaacuterios esugestotildees
Ao meu amigo Andreacute Luiz Ferro de Oliveira e aos ProfessoresCarlos Eduardo Gaparini e Pedro Zuchi da Conceiccedilatildeo pelapaciecircncia na leitura suas criacuteticas e sugestotildees
A todos o meu reconhecimento e agradecimento
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vi
ldquoTemos enormes potencialidades eenormes desigualdades Precisamos
retomar o haacutebito de pensar pela nossacabeccedila qual o modelo que mais nos
conveacutemrdquo
Celso Furtado
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vii
RESUMO
Muitos satildeo os projetos de desenvolvimento local financiados com recursos puacuteblicos Este
trabalho tem como objetivo avaliar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo desses recursos em projetos de
iniciativa comunitaacuteria como alavancador do desenvolvimento econocircmico Para essa anaacutelise
foi escolhido como objeto de estudo o Programa de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias
(PAIC) financiado com recursos oriundos de empreacutestimo do Banco Mundial no acircmbito do
Plano Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia (Planafloro) Para atingir o objetivo
inicial os valores referentes ao financiamento das comunidades foram agregados por
municiacutepio e foi construiacutedo o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) com o objetivo
de verificar o desenvolvimento soacutecio econocircmico das comunidades Para testar a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos investimentos foi utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados - Data
Envelopment Analysis (DEA) modelo que permite elaborar um ranking de eficiecircncia teacutecnica
quanto aos resultados da aplicaccedilatildeo dos recursos investidos nos municiacutepios Com esta teacutecnica
utilizada foi possiacutevel observar quais os municiacutepios que apresentam eficiecircncia relativa bem
como o seu comportamento em comparaccedilatildeo ao IDM Foi possiacutevel analisar ainda os
resultados apresentados pelos municiacutepios com infra-estrutura disponiacutevel em agravequeles
localizados em aacutereas com predominacircncia de reservas florestais e indiacutegenas Verificou-se que
estas teacutecnicas de anaacutelise podem ser utilizadas como importante instrumento para a formulaccedilatildeo
de poliacuteticas puacuteblicas que visem o desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades
PALAVRAS-CHAVE Desenvolvimento Regional Avaliaccedilatildeo de Projetos Iacutendice de
Desenvolvimento Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
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viii
ABSTRACT
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ix
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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xiii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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62
TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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63
423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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67
Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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68
IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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76
21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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103
Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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104
oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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105
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vi
ldquoTemos enormes potencialidades eenormes desigualdades Precisamos
retomar o haacutebito de pensar pela nossacabeccedila qual o modelo que mais nos
conveacutemrdquo
Celso Furtado
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vii
RESUMO
Muitos satildeo os projetos de desenvolvimento local financiados com recursos puacuteblicos Este
trabalho tem como objetivo avaliar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo desses recursos em projetos de
iniciativa comunitaacuteria como alavancador do desenvolvimento econocircmico Para essa anaacutelise
foi escolhido como objeto de estudo o Programa de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias
(PAIC) financiado com recursos oriundos de empreacutestimo do Banco Mundial no acircmbito do
Plano Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia (Planafloro) Para atingir o objetivo
inicial os valores referentes ao financiamento das comunidades foram agregados por
municiacutepio e foi construiacutedo o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) com o objetivo
de verificar o desenvolvimento soacutecio econocircmico das comunidades Para testar a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos investimentos foi utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados - Data
Envelopment Analysis (DEA) modelo que permite elaborar um ranking de eficiecircncia teacutecnica
quanto aos resultados da aplicaccedilatildeo dos recursos investidos nos municiacutepios Com esta teacutecnica
utilizada foi possiacutevel observar quais os municiacutepios que apresentam eficiecircncia relativa bem
como o seu comportamento em comparaccedilatildeo ao IDM Foi possiacutevel analisar ainda os
resultados apresentados pelos municiacutepios com infra-estrutura disponiacutevel em agravequeles
localizados em aacutereas com predominacircncia de reservas florestais e indiacutegenas Verificou-se que
estas teacutecnicas de anaacutelise podem ser utilizadas como importante instrumento para a formulaccedilatildeo
de poliacuteticas puacuteblicas que visem o desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades
PALAVRAS-CHAVE Desenvolvimento Regional Avaliaccedilatildeo de Projetos Iacutendice de
Desenvolvimento Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
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viii
ABSTRACT
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ix
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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xiii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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15
crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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62
TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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63
423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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67
Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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68
IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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76
21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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103
Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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104
oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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105
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vii
RESUMO
Muitos satildeo os projetos de desenvolvimento local financiados com recursos puacuteblicos Este
trabalho tem como objetivo avaliar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo desses recursos em projetos de
iniciativa comunitaacuteria como alavancador do desenvolvimento econocircmico Para essa anaacutelise
foi escolhido como objeto de estudo o Programa de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias
(PAIC) financiado com recursos oriundos de empreacutestimo do Banco Mundial no acircmbito do
Plano Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia (Planafloro) Para atingir o objetivo
inicial os valores referentes ao financiamento das comunidades foram agregados por
municiacutepio e foi construiacutedo o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) com o objetivo
de verificar o desenvolvimento soacutecio econocircmico das comunidades Para testar a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos investimentos foi utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados - Data
Envelopment Analysis (DEA) modelo que permite elaborar um ranking de eficiecircncia teacutecnica
quanto aos resultados da aplicaccedilatildeo dos recursos investidos nos municiacutepios Com esta teacutecnica
utilizada foi possiacutevel observar quais os municiacutepios que apresentam eficiecircncia relativa bem
como o seu comportamento em comparaccedilatildeo ao IDM Foi possiacutevel analisar ainda os
resultados apresentados pelos municiacutepios com infra-estrutura disponiacutevel em agravequeles
localizados em aacutereas com predominacircncia de reservas florestais e indiacutegenas Verificou-se que
estas teacutecnicas de anaacutelise podem ser utilizadas como importante instrumento para a formulaccedilatildeo
de poliacuteticas puacuteblicas que visem o desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades
PALAVRAS-CHAVE Desenvolvimento Regional Avaliaccedilatildeo de Projetos Iacutendice de
Desenvolvimento Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
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viii
ABSTRACT
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ix
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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xiii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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15
crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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16
puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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81
Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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82
Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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96
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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100
5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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102
que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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pelo Banco Mundial no Brasil Banco Mundial Brasiacutelia 2000
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viii
ABSTRACT
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ix
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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xiii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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15
crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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18
A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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19
A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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20
brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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21
de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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38
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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65
TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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67
Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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68
IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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69
Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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99
Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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100
5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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101
verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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102
que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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103
Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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104
oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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ix
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 14
11 OBJETIVOS19
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA19
13 HIPOacuteTESE23
131 Hipoacutetese principal23
132 Hipoacutetese secundaacuteria23
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO23
15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA24
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO26
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL28
23 GEO-REFERENCIAMENTO31
24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO33
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)33
3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA38
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL
NO ESTADO DE RONDOcircNIA38
32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO
DE RONDOcircNIA40
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA
(PLANAFLORO)43
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS
COMUNITAacuteRIAS (PAIC)44
4 ESTRUTURA E ANAacuteLISE DA PESQUISA47
41 DADOS49
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DO MUNICIacutePIO (IDM)51
421 Construccedilatildeo dos indicadores55
422 Caacutelculo dos indicadores60
423 Concepccedilatildeo das dimensotildees63
424 Construccedilatildeo e caacutelculo dos sub-iacutendices64
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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61
TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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62
TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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63
423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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64
suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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66
425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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67
Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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68
IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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103
Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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104
oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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105
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x
425 Caacutelculo do IDM66
426 Anaacutelise dos resultados dos iacutendices de desenvolvimento do
municiacutepio66
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS80
431 Adequaccedilatildeo das variaacuteveis82
432 Orientaccedilatildeo do modelo87
433 Resultado e anaacutelise do ranking de eficiecircncia teacutecnica88
44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS
ENCONTRADOS COM O IDM E A EFICIEcircNCIA TEacuteCNICA
VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO MODELO BCC DO
DEA96
5 CONCLUSOtildeES100
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS105
ANEXO A ndash DADOS BASE UTILIZADOS111
ANEXO B ndash CAacuteLCULOS DO IDM127
ANEXO C ndash MAPAS DO GEO-REFERENCIAMENTO DO IDM E
MAPAS DO ESTADO DE RONDOcircNIA142
ANEXO D ndash ADEQUACcedilAtildeO DAS VARIAacuteVEIS UTILIZADAS PARA O DEA E
RESULTADO DO MODELO BCC DA DEA 145
ANEXO E ndash RESULTADO DA REGRESSAtildeO SIMPLES 180
APEcircNDICE A ndash ARCABOUCcedilO TEOacuteRICO DA DEA 185
APEcircNDICE B ndash LEI DO ZONEAMENTO SOCIOECONOcircMICO-ECOLOacuteGICO DO
ESTADO DE RONDOcircNIA207
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xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Resultados dos Indicadores ndash 1991200061
Tabela 2 Resultados dos Indicadores ndash 1991200062
Tabela 3 Resultados dos Sub-Iacutendices65
Tabela 4 Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC67
Tabela 5 Indicadores Utilizados para o Caacutelculo da DEA83
Tabela 51 Ajuste dos Indicadores de saiacuteda85
Tabela 6 Indicadores Ajustados86
Tabela 7 Dados Utilizados para Rodar o Modelo BCC da DEA90
Tabela 8 Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e
transferecircncias de recursos do PAIC (entrada)92
Tabela 9 Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica93
Tabela 10 Municiacutepios que apresentaram queda no IDM98
Tabela 11 Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel98
Tabela 12 Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM99
Anexo A
Tabela 1 Detalhamento das receitas municipais112
Tabela 2 Convecircnios PAIC realizados no periacuteodo de 1997 a 1998113
Tabela 3 Dados 1991120
Tabela 31 Dados 1991121
Tabela 32 Dados 1991122
Tabela 4 Dados 2000123
Tabela 41 Dados 2000124
Tabela 42 Dados 2000125
Tabela 5 Populaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia 1991 e 2000126
Anexo B
Tabela 1 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 1991128
Tabela 2 Caacutelculo do indicador de pobreza ndash 2000129
Tabela 3 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 1991130
Tabela 4 Caacutelculo dos indicadores de concentraccedilatildeo de renda expectativa
de vida e sauacutede ndash 2000131
Tabela 5 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 1991132
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xii
Tabela 6 Caacutelculo do indicador de escolaridade ndash 2000133
Tabela 7 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 1991134
Tabela 8 Caacutelculo do indicador de receita proacutepria ndash 2000135
Tabela 9 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselho ndash 1991136
Tabela 10 Caacutelculo do indicador de presenccedila de conselhos ndash 2000137
Tabela 11 Caacutelculo do indicador de renda ndash 1991138
Tabela 12 Caacutelculo do indicador de renda ndash 2000139
Tabela 13 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 1991140
Tabela 14 Caacutelculo dos sub-iacutendices ndash 2000141
Anexo D
Tabela 1 Base de dados - 1991 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA146
Tabela 2 Base de dados - 2000 - para o caacutelculo do modelo BCC da DEA 147
Tabela 3 Inversatildeo dos indicadores ndash 1991148
Tabela 4 Inversatildeo dos indicadores ndash 2000149
Tabela 5 Recursos transferidos pelo PAIC per capita 150
Tabela 6 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices percentual de pobres
iacutendice de gini mortalidade ateacute um ano probabilidade de vida nuacutemero de
meacutedicos por 1000 habitantes151
Tabela 61 Caacutelculo da variaccedilatildeo e ajuste dos iacutendices taxa de alfabetizaccedilatildeo
receitas tributaacuterias presenccedila de conselhos e renda per capita 152
Tabela 7 Meacutedia desvio padratildeo e limites superior e inferior das
variaacuteveis153
Tabela 8 Arquivo de Instruccedilotildees para a variaccedilatildeo dos indicadores saiacutedas e
transferecircncias de recursos PAIC entrada154
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xiii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura
e anaacutelise de dados 48
Figura 2 Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio52
Figura 3 Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 200068
Figura 4 Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000 70
Figura 5 Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social70
Figura 6 Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento71
Figura 7 Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos71
Figura 8 Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios72
Figura 9 Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social72
Figura 10 Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia74
Figura 11 Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia77
Figura 12 Graacutefico da eficiecircncia teacutecnica95
Anexo C
Figura 7 Mapa das aacutereas indiacutegenas do Estado de Rondocircnia143
Figura 9 Mapa das unidades de conservaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia144
Anexo D
Figura 1 Resultados do Programa DEAP Utilizando o Modelo BCC155
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14
1 INTRODUCcedilAtildeO
A sociedade brasileira eacute caracterizada por contrastes profundos sendo que o principal deles eacute
a enorme concentraccedilatildeo da renda nacional que coloca o paiacutes na 4ordf posiccedilatildeo conforme o
ranking mundial de concentraccedilatildeo de renda do Iacutendice de Desenvolvimento Humano -IDH
elaborado pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) soacute perdendo para Serra Leoa
Repuacuteblica Sul Africana e Suazilacircndia (BORGES 2003) O iacutendice de Gini que afere a
concentraccedilatildeo da renda assume a meacutedia nacional de 054 chegando a 084 no municiacutepio de
Amuturaacute no Estado do Amazonas (LEMOS 2005)
Essa forte concentraccedilatildeo da renda nacional reflete-se nos indicadores sociais e econocircmicos
Em que pese o Brasil estar situado entre o grupo de paiacuteses classificado pela ONU como
intermediaacuterios no que se refere agrave renda per capita esta natildeo eacute a realidade se a anaacutelise for feita
por regiatildeo Um exemplo disto eacute a assimetria entre o Produto Interno Bruto - PIB per capta
meacutedio brasileiro e o da Regiatildeo Nordeste Enquanto o PIB per capita meacutedio do Brasil em 1988
era de US$ 452777 e em 1998 de US$ 479326 na Regiatildeo Nordeste era de US$ 249659
em 1998 e US$ 268996 em 1998 (LEMOS 2005)
Apoacutes os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da deacutecada de 1970 e iniacutecio da deacutecada
de 1980 o Estado brasileiro natildeo tem se preocupado em elaborar um projeto nacional que vise
uma estrateacutegia de desenvolvimento econocircmico e social e na falta de uma poliacutetica nacional de
desenvolvimento regional o poder puacuteblico brasileiro tem utilizado paliativos que minimizem
as consequumlecircncias da ausecircncia de um planejamento global que vise uma mudanccedila realmente
estrutural na distribuiccedilatildeo de renda no Brasil Muito embora a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional em 2000 tenha como objetivo buscar alternativas para o
desenvolvimento regional natildeo se tem notiacutecia de um projeto nacional com vistas a garantir o
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15
crescimento da economia aumentando a parcela destinada a diminuir as desigualdades sociais
e as diferenccedilas regionais
Entre as alternativas adotadas pelo governo federal observam-se diversos projetos isolados
entre si financiados com recursos do orccedilamento fiscal ou oriundos de financiamentos de
organismos internacionais como Banco Mundial (BIRD) e Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) Estes projetos e programas visam oferecer alternativas para o
desenvolvimento atraveacutes do financiamento de pequenos produtores rurais micro empresas e
pequenas industrias como eacute o caso do Programa das Mesoregiotildees Diferenciadas do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional do Projeto de Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash
Ceacutedula da Terra do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO) entre outros
Dada a ausecircncia de um projeto nacional o que se verifica eacute a pulverizaccedilatildeo de um volume
consideraacutevel de recursos puacuteblicos em programas cuja concepccedilatildeo e implementaccedilatildeo padece de
alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de diagnoacutesticos soacutecio-
econocircmicos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos e a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada na concepccedilatildeo dos projetos
Em muitos casos esta concepccedilatildeo segue um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades e
que em geral tecircm caracteriacutesticas proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos acabando muitas
vezes por inviabilizar as iniciativas Ao fim da implementaccedilatildeo dos projetos e apoacutes os
investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas avaliaccedilotildees que permitam visualizar
com clareza os resultados gerados pelos investimentos aplicados
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizarem-se os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos
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puacuteblicos com vistas ao desenvolvimento das localidades Esta eacute a preocupaccedilatildeo levantada neste
trabalho em que se busca uma alternativa que permita verificar os impactos sociais e
econocircmicos gerados pela implementaccedilatildeo dos de apoio agraves iniciativas comunitaacuterias
Para realizar este estudo optou-se por avaliar o Programa de Apoio agraves Iniciativas
Comunitaacuterias (PAIC) financiado pelo governo federal com recursos oriundos de empreacutestimo
do Banco Mundial no acircmbito do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro)
no Estado de Rondocircnia Segundo o Manual Operativo do PAIC (PNUD 1997) seus
objetivos satildeo ldquoviabilizar o financiamento e a implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir
das necessidades iniciativas e prioridades de accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades
visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao
fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo
ambientalrdquo
A tarefa de levar a cabo a missatildeo de avaliar os impactos da implementaccedilatildeo deste programa
mostrou-se bastante complicada em razatildeo da falta de um diagnoacutestico inicial das comunidades
beneficiadas pelos projetos e a impossibilidade de levantamento de dados apoacutes a conclusatildeo
dos mesmos por falta de recursos financeiros Isto exigiu que se buscasse uma metodologia
que permitisse a avaliaccedilatildeo dos resultados dos projetos utilizando-se dados secundaacuterios por
municiacutepio divulgados pelos institutos de pesquisas oficiais do governo federal
Para cumprir o objetivo inicial deste trabalho que eacute o de avaliar a eficiecircncia na
implementaccedilatildeo de programas de apoio agraves comunidades como alavancador do
desenvolvimento econocircmico procurou-se alternativas atraveacutes da mensuraccedilatildeo do
desenvolvimento local por meio de um conceito de desenvolvimento ampliado de maneira
que ali estivesse contemplado o desenvolvimento humano Inicialmente buscou-se um iacutendice
sinteacutetico que servisse como paracircmetro para observar o papel desempenhado pelos
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17
investimentos do programa realizados nos municiacutepios Com esta perspectiva foi desenvolvido
o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM
Os resultados do IDM foram apresentados em mapas do Estado de Rondocircnia onde eacute possiacutevel
observar o comportamento do desenvolvimento nos dois periacuteodos abordados Este geo-
referenciamento permite a visualizaccedilatildeo do comportamento dos iacutendices no espaccedilo geograacutefico
do estado e ainda a comparaccedilatildeo com o mapa do zoneamento socioeconocircmico-ecoloacutegico Esta
anaacutelise comparativa oferece a oportunidade para uma seacuterie de observaccedilotildees quanto agrave presenccedila
de reservas florestais e de reservas indiacutegenas bem como a destinaccedilatildeo da ocupaccedilatildeo do solo e o
comportamento dos indicadores econocircmicos e sociais frente a este desenho da ocupaccedilatildeo do
estado
Outra forma encontrada para observar os reflexos dos investimentos nos municiacutepios foi a
utilizaccedilatildeo do meacutetodo Data Evelopment Analysis (DEA) ou em portuguecircs Anaacutelise de
Envoltoacuteria de Dados Este meacutetodo permite verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos
investidos pelo programa nos municiacutepios
A DEA oferece diversos modelos que podem ser utilizados sendo que nesta pesquisa foi
utilizado o modelo BCC desenvolvido por Banker Charnes e Cooper (PASTOR 1996) O
modelo BCC verifica se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala O que estaacute impliacutecito neste
modelo eacute que as DMUs satildeo comparadas com outras de porte similar e o resultado estaacute
depurado dos efeitos de escala de produccedilatildeo Com este meacutetodo de anaacutelise foi possiacutevel construir
um ranking de eficiecircncia dos municiacutepios quanto agrave aplicaccedilatildeo dos recursos investidos pelo
PAIC
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18
A apresentaccedilatildeo desta pesquisa estaacute estruturada em cinco capiacutetulos No primeiro capiacutetulo aleacutem
desta introduccedilatildeo satildeo apresentados os objetivos a definiccedilatildeo do problema as hipoacuteteses a
delimitaccedilatildeo do estudo e a metodologia utilizada
No Capiacutetulo 2 eacute apresentado o referencial teoacuterico onde inicialmente satildeo abordadas
metodologias de avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional Em seguida discutem-se
os conceitos de desenvolvimento econocircmico e na sequumlecircncia apresenta-se o geo-
referenciamento bem como as teacutecnicas para o tratamento de dados socioeconocircmicos
Apresentam-se ainda as bases teoacutericas para a elaboraccedilatildeo do IDM
Finalizando este capiacutetulo satildeo apresentados dois estudos que utilizam o meacutetodo DEA para
avaliar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico No Apecircndice 1 eacute apresentado o
meacutetodo de Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados ndash DEA onde satildeo abordadas as bases da DEA a
orientaccedilatildeo e os principais modelos utilizados Eacute realizada ainda uma comparaccedilatildeo entre os
meacutetodos parameacutetricos e natildeo parameacutetricos e as vantagens e limitaccedilotildees da DEA
No Capiacutetulo 3 por sua vez contextualiza-se o Estado de Rondocircnia e apresenta-se o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal do Estado de Rondocircnia - Planafloro e o Programa de apoio agraves
Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC
No Capitulo 4 eacute discutida a estrutura e a anaacutelise da pesquisa Inicialmente satildeo discutidos os
dados utilizados neste trabalho sendo em seguida demonstrada a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio ndash IDM bem como os conceitos caacutelculos e os resultados do
iacutendice Na sequumlecircncia estes resultados satildeo apresentados na forma de mapa por meio do
meacutetodo de geo-referenciamento e realizada uma anaacutelise comparativa com o mapa do
Zoneamento Soacutecioeconocircmico-Ecoloacutegico (ZEE) do Estado de Rondocircnia
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A anaacutelise da eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute realizada por meio do modelo BCC da
DEA sendo discutidas as adequaccedilotildees das variaacuteveis utilizadas e a orientaccedilatildeo do modelo Apoacutes
a obtenccedilatildeo dos resultados eacute montado o ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo de recursos
pelos municiacutepios Por fim traccedila-se uma anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados
com iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio e a anaacutelise de eficiecircncia verificada por meio da
DEA A conclusatildeo do trabalho eacute apresentada no Capiacutetulo 5
11OBJETIVOS
O presente trabalho visa estudar os impactos sociais e econocircmicos gerados pela
implementaccedilatildeo do projeto de financiamento agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
Os Objetivos Especiacuteficos satildeo
- Identificar se a implantaccedilatildeo de projetos financiados com recursos puacuteblicos mais
especificamente recursos oriundos de financiamentos de organismos
internacionais promoveram o desenvolvimento econocircmico do Estado de
Rondocircnia
- Avaliar os impactos gerados nos iacutendices de desenvolvimento econocircmico a parir da
implantaccedilatildeo dos projetos
- Avaliar se o impacto destes iacutendices estaacute relacionado com o volume de
investimentos aplicados nos projetos de desenvolvimento local
12 DEFINICcedilAtildeO DO PROBLEMA
Muitos satildeo os programas e projetos de desenvolvimento regional implementados no espaccedilo
territorial brasileiro em especial em suas diversas aacutereas subdesenvolvidas O governo
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brasileiro desde a deacutecada de 1960 com a criaccedilatildeo da SUDENE tem se preocupado em buscar
formas alternativas de injetar recursos puacuteblicos no setor econocircmico buscando vencer as
disparidades entre as regiotildees e intra-regionais
Mais recentemente jaacute na deacutecada de 1990 a criaccedilatildeo do Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional e a
consolidaccedilatildeo do programa das Mesorregiotildees diferenciadas demonstram por um lado a
preocupaccedilatildeo do governo federal com o desenvolvimento regional por outro refletem uma
contradiccedilatildeo uma vez que este mesmo governo natildeo apresenta uma poliacutetica nacional de vise o
desenvolvimento
Uma das formas observadas para a destinaccedilatildeo de recursos eacute a criaccedilatildeo de fundos sociais que
conforme destaca (WEISS 2000) ldquoem geral se originam como parte de processos de reforma
estrutural das economias em vaacuterios paiacuteses normalmente consistindo de elementos de
contenccedilatildeo fiscal reduccedilatildeo de deacuteficits privatizaccedilatildeo e proteccedilatildeo socialrdquo
Os Fundos Sociais segundo o Banco Mundial ldquosatildeo agentes com funccedilatildeo similar a
intermediaacuterios financeiros que canalizam recursos segundo criteacuterios preacute-determinados de
elegibilidade a pequenos projetos de grupos vulneraacuteveis de baixa renda formulados e
implementados por agecircncias puacuteblicas ou privadas tais como governos locais ONGs ou os
proacuteprios grupos comunitaacuteriosrdquo (WEISS 2000)
Dentre os programas e projetos do Governo Federal com caracteriacutesticas de fundo social
voltados ao desenvolvimento das regiotildees existem diversos financiados eou apoiados com
recursos de instituiccedilotildees internacionais como o BIRD Como exemplo destes programas
podem-se citar Projeto de Combate agrave Pobreza Rural de Pernambuco Rio Grande do Norte e
Maranhatildeo Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado de
Pernambuco Projeto Reforma Agraacuteria e de Combate agrave Pobreza ndash Ceacutedula da Terra do Estado
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de Bahia Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Rio Grande do Sul ndash
Proacute-Rural 2000 Projeto de Manejo de Recursos Naturais e Aliacutevio agrave Pobreza do Paranaacute ndash
Funparanaacute Programa Nacional de Meio Ambiente ndash Projeto de Execuccedilatildeo Descentralizada
(PED) Programa de Apoio Direto agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) componente do
Projeto de Desenvolvimento Agroambiental de Mato Grosso ndash Prodeagro Programa de Apoio
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC) componente do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de
Rondocircnia ndash Planafloro Projetos ComunitaacuteriosDST-AIDS I Fundo de Apoio agraves Parcerias
(FAP) componente do Programa de Pequenas Doaccedilotildees Projeto RESEX Projetos
Demonstrativos (PDA) Projeto de Conservaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo Sustentaacutevel da Diversidade
Bioloacutegica Brasileira (PROBIO) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUMBIO)
Quanto agrave eficaacutecia deste tipo de projeto relatoacuterio do Banco Mundial destaca comentaacuterios feitos
por ONGs envolvidas com fundos sociais Segundo ele os fundos ldquodesempenham um papel
uacutetil poreacutem limitado devem ser implementados no contexto de uma estrateacutegia ampla de
reduccedilatildeo da pobreza e de uma reforma econocircmica que apoacuteie - e natildeo penalize - o pobre natildeo
substituem programas nacionais de desenvolvimento social natildeo devem ser motivo de
abandono de poliacuteticas de reduccedilatildeo de pobreza de longo prazo quando satildeo implementados
atraveacutes de unidades autocircnomas com recursos externos faltam garantias para sua inserccedilatildeo
nos programas do governo e sua eventual sustentabilidaderdquo (WEISS 2000)
Observa-se ainda que estes programas projetos e fundos sociais em que pesem as louvaacuteveis
iniciativas padecem de alguns problemas baacutesicos Entre eles pode-se destacar a falta de
diagnoacutesticos iniciais das localidades onde os recursos seratildeo investidos a baixa quando natildeo
nula participaccedilatildeo da comunidade que seraacute beneficiada a concepccedilatildeo dos projetos acaba
seguindo um padratildeo que natildeo atende a todas as comunidades que em geral tecircm caracteriacutesticas
proacuteprias e haacutebitos culturais especiacuteficos que muitas vezes inviabilizam as iniciativas
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Ao fim dos projetos e apoacutes os investimentos na maioria dos casos natildeo satildeo realizadas
avaliaccedilotildees que permitam visualizar com clareza os resultados gerados pelos investimentos
aplicados Isto se daacute em funccedilatildeo de diversos motivos entre eles pode-se destacar a mudanccedila
na orientaccedilatildeo poliacutetica ou seja a mudanccedila do comando poliacutetico do governo estadual ou
federal a falta de previsatildeo de recursos para realizar tais avaliaccedilotildees a tentativa de encobrir
desvios na aplicaccedilatildeo dos recursos ocorridos durante a implementaccedilatildeo dos projetos a falta de
um diagnoacutestico inicial que permita uma simples analise comparativa entre o momento anterior
e o momento posterior entre outros
Os fatores acima destacados tanto a falta de um diagnoacutestico inicial quanto a avaliaccedilatildeo dos
resultados finais dos projetos implementados levam a um questionamento essencial que eacute
justamente a dificuldade em visualizar os resultados obtidos na aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos
com vistas ao desenvolvimento das regiotildees subdesenvolvidas
Para se ter uma ideacuteia da falta de uma avaliaccedilatildeo que permita visualizar os resultados deste tipo
de projeto pode-se recorrer ao proacuteprio material pesquisado para a realizaccedilatildeo deste trabalho A
Avaliaccedilatildeo final do Planafloro de 2002 (PNUD 2002) elaborado pelo Governo do Estado de
Rondocircnia e o relatoacuterio final do Banco Mundial Implementation Completion Report de 2003
apresentam uma discussatildeo bastante raacutepida e pouco aprofundada no que se refere ao Projeto de
Apoio agraves Iniciativa Comunitaacuteria ndash PAIC objeto deste estudo
Diante destas observaccedilotildees pode se perguntar este tipo de investimentos em comunidades eacute
um fator indutor do desenvolvimento econocircmico e da melhora da qualidade de vida das
comunidades Em que condiccedilotildees
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13 HIPOacuteTESE
131 Hipoacutetese principal
O financiamento agraves comunidades promove o desenvolvimento econocircmico e garante uma
melhoria na qualidade de vida das mesmas
132 Hipoacutetese secundaacuteria
O resultado depende do volume de recursos aplicados na continuidade
14 DELIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO
Inicialmente pensou-se em estudar os resultados apresentados pelo Programa de Apoio Direto
agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PADIC) implementados no Estado de Mato Grosso no acircmbito
do Programa de Desenvolvimento Agroambiental (Prodeagro) Observou-se poreacutem que o
Estado de Mato Grosso apresentou um crescimento extraordinaacuterio na uacuteltima deacutecada em
funccedilatildeo de fatores diversos e que natildeo satildeo objeto de estudo neste trabalho Isto dificultaria a
identificaccedilatildeo dos verdadeiros reflexos dos investimentos realizados pelo PADIC
Esta constataccedilatildeo e considerando por outro lado que no Estado de Rondocircnia foi
implementado o PAIC programa semelhante ao PADIC poreacutem situado em uma regiatildeo com
carcteristicas especiacuteficas quanto agrave intervenccedilatildeo do Estado no que diz respeito agrave ocupaccedilatildeo
teritorial e a sua proacutepria formaccedilatildeo econocircmica Estas caracteristicas levaram agrave conclusatildeo de
que este seria um cenaacuterio propiacutecio para o estudo dos municiacutepios do Estado de Rondocircnia em
relaccedilatildeo aos recursos transferidos pelo Projeto de Apoio agraves Iniciativas Comunitaacuterias (PAIC)
implementados no periacuteodo de 1998 a 2000
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15 ABORDAGEM METODOLOacuteGICA
Satildeo diversos os meacutetodos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de uma pesquisa
cada ciecircncia conta com criteacuterios proacuteprios e especiacuteficos de investigaccedilatildeo para orientar a busca
de respostas agraves perguntas formuladas pelos pesquisadores Quanto agrave diversidade de meacutetodos
conforme destaca (MUNHOZ 1989) ldquoDentre os vaacuterios meacutetodos podem ser destacados
portanto os meacutetodos analiacutetico sinteacutetico indutivo e dedutivo aleacutem dos meacutetodos objetivo e
subjetivo meacutetodos de investigaccedilatildeo histoacuterica e meacutetodo histoacuterico de investigaccedilatildeo meacutetodos
estaacutetico e dinacircmico microeconocircmico e macroeconocircmico A tais meacutetodos se agregam os
chamados meacutetodos auxiliares com os meacutetodos matemaacutetico estatiacutestico e contaacutebilrdquo
Este trabalho foi desenvolvido com base no meacutetodo indutivo que admite para casos
particulares a validade de conclusotildees geradas para comportamentos mais gerais ldquoEnquanto a
induccedilatildeo chega a conclusotildees empiacutericas extraiacutedas da experiecircncia a deduccedilatildeo estabelece
conclusotildees loacutegicas ou enquanto as proposiccedilotildees do meacutetodo indutivo satildeo conclusotildees que
estabelecem como satildeo os fenocircmenos suas causas e efeitos reais as do meacutetodo dedutivo satildeo
abstraccedilotildees que tratam de estabelecer o significado dos fenocircmenos segundo o raciociacutenio do
investigadorrdquo (MUNHOZ 1989)
O meacutetodo eacute a forma que seraacute utilizada para desenvolver a pesquisa ou a linha de raciociacutenio
que seraacute utilizado para responder agrave pergunta que estaacute sendo feita Enquanto que a teacutecnica eacute o
sistema de normas e princiacutepios que seraacute utilizado para desenvolver a pesquisa Este trabalho
foi realizado no campo da pesquisa empiacuterica uma vez que tem por objetivo observar o
comportamento dos indicadores soacutecio econocircmicos Seraacute realizada com base em um arcabouccedilo
de hipoacuteteses ainda em discussatildeo como eacute o caso dos indicadores sinteacuteticos da anaacutelise
envoltoacuteria de dados e da anaacutelise espacial de dados por meio do geo-referenciamento
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Portanto para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma extensa pesquisa empiacuterica e
utilizados dados estatiacutesticos secundaacuterios colocados agrave disposiccedilatildeo pelos oacutergatildeos de pesquisas
oficiais do governo brasileiro A anaacutelise de resultados se deu com a aplicaccedilatildeo da anaacutelise
espacial de dados por meio do geo-referenciamento em diferentes escalas levantamento dos
iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio para avaliar os iacutendices soacutecio-econocircmicos e a
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados (DEA) que teve o objetivo de avaliar a eficiecircncia da
aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC nas cidades estudadas
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2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 AVALIACcedilAtildeO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
O periacuteodo compreendido entre as deacutecadas de 1960 1970 e ateacute meados da deacutecada de 1980 foi
muito profiacutecuo no debate quanto ao planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de projetos de
desenvolvimento Neste periacuteodo foi publicada farta literatura sobre o assunto em especial pela
Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU IPEA BNDE e
diversas universidades brasileiras
Eacute importante destacar a existecircncia de pelo menos duas vertentes quando se trata de avaliaccedilatildeo de
projetos A primeira refere-se agravequeles projetos em geral associados aos esforccedilos do Estado em
promover o crescimento econocircmico Este tipo de avaliaccedilatildeo gira em torno do investimento e do
retorno financeiro A outra vertente eacute a avaliaccedilatildeo de projetos orientados para o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
Antes poreacutem de se discutir os aspectos referentes agrave metodologia eacute fundamental definir o conceito
de projeto ldquoOs projetos satildeo convencionalmente considerados como a menor unidade de
planejamento no entanto para que isso seja verdade e para que a anaacutelise de projetos tenha um
caraacuteter seletivo eacute preciso que se tenha um planejamento efetivo e que os objetivos de poliacutetica natildeo
se restrinjam aos mais gerais descendo particularmente ao niacutevel setorialrdquo (ARAUacuteJO e
MODENESI 2002)
Outros autores destacam ainda que ldquoA anaacutelise de projeto deveraacute evidenciar natildeo soacute a sua
viabilidade sob a oacutetica microeconocircmica mas tambeacutem como se insere no contexto mais amplo
setorial e macroeconocircmico Neste sentido avalia os aspectos microeconocircmicos sob a abordagem
da inter-relaccedilatildeo destes com os efeitos buscados em niacutevel de planejamentordquo Como se vecirc os
projetos devem estar contidos em um plano mais estrateacutegico ou em uma poliacutetica de
desenvolvimento (FRYDMAN etal 2002)
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Arauacutejo e Modenesi destacam que a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o crescimento econocircmico e
portacircnto mais centrados em retornos financeiros estaacute concentrada em trecircs aspectos principais a
avaliaccedilatildeo da capacidade gerencial a anaacutelise de mercado do bem final e a anaacutelise de mercado dos
fornecedores e em especial da mateacuteria-prima principal Eacute importante frisar que esse tipo de
avaliaccedilatildeo eacute realizada na concepccedilatildeo do projeto e trata basicamente de investimentos privados que
podem ser ou natildeo financiados pelo poder puacuteblico Em geral este tipo de projeto natildeo apresenta
grandes dificuldades quanto agrave avaliaccedilatildeo posterior agrave sua implementaccedilatildeo uma vez que em geral
natildeo tem como objetivo beneficiar uma coletividade
Quando se trata da vertente voltada para a avaliaccedilatildeo de projetos que visam o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico destaca-se o citado no relatoacuterio da Oficina de Avaliaccedilatildeo do BID (1997)
Evaluacioacuten Una herramienta de gestioacuten para mejorar el desempentildeo de los proyectos ldquoEm
muitos projetos tem sido difiacutecil determinar o seu ecircxito e de verificar se na hora de desenhar o
projeto natildeo se entendeu bem a problemaacutetica e natildeo ficou bem estabelecida a sua vinculaccedilatildeo com a
soluccedilatildeo proporcionada pelo projetordquo
O que se verifica eacute uma carecircncia de metodologias que permitam a avaliaccedilatildeo dos resultados dos
projetos orientados para o desenvolvimento social e econocircmico e sejam capazes de abordar os
amplos aspectos que envolvem esse tipo de projeto
Alguns pesquisadores tecircm se debruccedilado sobre este tema Lage e Barbieri (2002) propotildeem uma
metodologia para avaliar o desenvolvimento sustentaacutevel baseado nas dimensotildees do
desenvolvimento quais sejam dimensatildeo ecoloacutegica dimensatildeo econocircmica dimensatildeo social
dimensatildeo espacial dimensatildeo cultural dimensatildeo tecnoloacutegica e dimensatildeo poliacutetica Esta
metodologia demonstra a necessidade de analisar as implicaccedilotildees dos projetos puacuteblicos da sua
implementaccedilatildeo e fundamentalmente testar ao final se os resultados de fato beneficiaram agrave toda a
comunidade envolvida e se trouxeram perspectivas para um desenvolvimento soacutecio-econocircmico
com sustentabilidade em todos os seus aspectos
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22 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO
Haacute muito o conceito de desenvolvimento econocircmico vem sendo objeto de discussatildeo entre os
teoacutericos da economia em especial entre aqueles que se dedicaram ao estudo da economia
regional Para Souza (1999) natildeo existe uma definiccedilatildeo universalmente aceita de
desenvolvimento Uma primeira corrente de economistas de inspiraccedilatildeo mais teoacuterica
considera crescimento como sinocircnimo de desenvolvimento Jaacute uma segunda corrente voltada
para a realidade empiacuterica entende que o crescimento eacute condiccedilatildeo indispensaacutevel para o
desenvolvimento mas natildeo eacute condiccedilatildeo suficiente
Enquadram-se no primeiro grupo os modelos de crescimento de tradiccedilatildeo neoclaacutessica como o
de Meade e o de Solow aleacutem dos de inspiraccedilatildeo Keynesiana como os de Harrod de Domar e
de Kaldor Na segunda corrente economistas como Lewis Hirschman Myrdal e Nurkse
embora com raiacutezes ortodoxas realizaram anaacutelises e elaboraram modelos mais proacuteximos da
realidade das economias subdesenvolvidas
Pode-se destacar ainda a contribuiccedilatildeo fundamental da CEPAL em especial Prebisch e Celso
Furtado como pioneiros na discussatildeo que resultou na construccedilatildeo de uma Teoria do
Subdesenvolvimento Econocircmico (CANO 2005)
O Relatoacuterio sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD 1996) em sua introduccedilatildeo
discute com muita propriedade o conceito de desenvolvimento humano Para aqueles autores
ldquoDesenvolvimento humano eacute um conceito amplo e integral que pode ser definido como o
processo para a ampliaccedilatildeo da gama de opccedilotildees e oportunidades das pessoas Dentro deste
espectro trecircs opccedilotildees baacutesicas estatildeo presentes em todos os niacuteveis de desenvolvimento e
aparecem como condiccedilatildeo para as demais desfrutar uma vida longa e saudaacutevel adquirir
conhecimento e ter acesso aos recursos necessaacuterios a um padratildeo de vida decente Contudo
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as opccedilotildees humanas natildeo se esgotam aiacute satildeo infinitas e se modificam ao longo do tempo agrave
medida que avanccedila o proacuteprio processo de desenvolvimento Assim para dar conta dessa
amplitude o conceito de desenvolvimento humano deve incorporar muacuteltiplas dimensotildees em
que se manifestam essas opccedilotildees econocircmica social poliacutetica cultural e ambientalrdquo
Para Sachs ldquooutra maneira de encarar o desenvolvimento consiste em reconceituaacute-lo em
termos de apropriaccedilatildeo efetiva das trecircs geraccedilotildees de direitos humanos direitos poliacuteticos civis
e ciacutevicos direitos econocircmicos sociais e culturais entre eles o direito ao trabalho digno
vitricamente importante por motivos intriacutensecos e instrumentais direitos coletivos ao meio
ambiente e ao desenvolvimentordquo (SACHS 2004)
O conceito de desenvolvimento sustentaacutevel foi discutido por Rocha e Bacha (2000) Os
autores discutem os conceitos de desenvolvimento sustentaacutevel na perspectiva de visualizar a
forma como este pode ser alcanccedilado Inicialmente fazem uma discussatildeo a fim de buscar uma
definiccedilatildeo para crescimento e desenvolvimento sustentaacutevel Para os autores o crescimento
ldquoeacute um aumento em quantidade natildeo tem possibilidade de ser sustentaacutevel indefinidamente
em um mundo finitordquo Jaacute o desenvolvimento ldquoeacute uma melhoria da qualidade de vida sem
gerar necessariamente uma elevaccedilatildeo na quantidade dos recursos consumidos ndash pode ser
sustentaacutevelrdquo
Os autores entendem que ldquodesenvolvimento sustentaacutevel segundo a concepccedilatildeo do Relatoacuterio
Nosso Futuro Comum eacute aquele que atende agraves necessidades atuais da populaccedilatildeo sem limitar
as possibilidades de consumo das geraccedilotildees futurasrdquo ldquoQuando se fala em desenvolvimento
sustentaacutevel natildeo se deve olhar apenas os aspectos materiais e econocircmicos mas um conjunto
multidimensional e multifacetado que compotildee o fenocircmeno de desenvolvimento com os seus
aspectos poliacuteticos sociais culturais e fiacutesicos sendo que a sustentabilidade soacute pode repousar
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na sustentabilidade conjunta de suas partesrdquo (STAHEL 1995) citado por Rocha e Bacha
(2000)
Ao tratar de Economia Ecoloacutegica os autores buscam enfocar a relaccedilatildeo entre economia
sociedade e ambiente Destacam ldquoPara a Economia Ecoloacutegica as poliacuteticas puacuteblicas bem
sucedidas satildeo aquelas que conciliam crescimento econocircmico com preservaccedilatildeo ambiental
estimulando o uso ordenado dos recursos naturais com o objetivo de tornar disponiacutevel ao
menos a mesma quantidade desses recursos agraves populaccedilotildees futuras alcanccedilando um
desenvolvimento sustentaacutevel Para tanto ao serem formuladas devem ser precedidas de uma
poliacutetica de meio ambiente que organize e coloque em praacutetica as vaacuterias accedilotildees que possuem
como meta primordial atender agraves solicitaccedilotildees sociais e agrave proteccedilatildeo ambiental Essa poliacutetica
deve estar calcada em instrumentos teacutecnicos econocircmicos e regulamentos que amenizem as
discordacircncias entre os interesses dos agentes do Estado e da sociedade civil A economia
ecoloacutegica propotildee dois desses instrumentos que satildeo a gestatildeo ambiental e o zoneamento
econocircmico-ecoloacutegicordquo
Assim a economia que eacute na sua essecircncia uma ciecircncia humana natildeo pode ignorar o ser
humano Se natildeo existisse o ser humano natildeo existiria a economia Nesta linha de raciociacutenio
natildeo se pode falar em desenvolvimento econocircmico dissociado do desenvolvimento humano
por uma razatildeo simples e que deveria ser obvia e clara a economia estaacute para o ser humano
Portanto pretende-se aqui ampliar o conceito de desenvolvimento econocircmico elevando-o agrave
categoria de economia humana
A economia humana coloca o ser humano no centro da discussatildeo e leva em consideraccedilatildeo
aleacutem do processo de crescimento da produccedilatildeo da produtividade e do estoque de capital os
reflexos deste crescimento na qualidade de vida das pessoas considerando como fatores
definitivos no conceito a distribuiccedilatildeo da renda o niacutevel de instruccedilatildeo a expectativa de vida o
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acesso agrave sauacutede o comportamento da aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos e a participaccedilatildeo da
sociedade nas decisotildees dos agentes de organizaccedilatildeo do estado
23 GEO-REFERENCIAMENTO
O geo-referenciamento vem sendo muito utilizado para a realizaccedilatildeo de estudos das teacutecnicas de
anaacutelise espacial de dados soacutecio-econocircmicos em diferentes escalas espaciais e temporais Este
eacute um poderoso instrumento para o diagnoacutestico formulaccedilatildeo e monitoramento de poliacuteticas
puacuteblicas de inclusatildeo social Estudos desta natureza vecircm sendo desenvolvidos pelo Nuacutecleo de
Seguridade e Assistecircncia Social da PUCSP em parceria com o Instituto de Pesquisas
Espaciais ndash IMPE entre outros centros de pesquisa
Galvatildeo e Vasconcelos (1999) realizaram um diagnoacutestico expresso na forma de mapas
contemplando a tipologia espacialterritorial brasileira com o objetivo de fornecer elementos
para a constituiccedilatildeo de um fundo de apoio ao desenvolvimento regional A tipologia
empregada pelos autores inspira-se no modelo utilizado pelo Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER)
Inicialmente os autores discutem as tendecircncias mais recentes do desenvolvimento regional
Abordam trecircs fases do desenvolvimento brasileiro ldquo(a) fase do isolamento relativo ou do
arquipeacutelago regional representado pelos antigos complexos exportadores que perdurou ateacute o
princiacutepio deste seacuteculo b) fase da articulaccedilatildeo comercial concomitante com a primeira etapa
da industrializaccedilatildeo brasileira que perdurou ateacute os anos 60 e c) fase da integraccedilatildeo produtiva
que alcanccedila os anos 80 O periacuteodo a partir de meados da deacutecada de 1980 segundo os autores
tende a caracterizar uma quarta fase do desenvolvimento econocircmico espacial Deste periacuteodo
existem duas correntes principais sendo que uma defende a existecircncia de um processo de
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reconcentraccedilatildeo da dinacircmica econocircmica e outra que defende um processo de fragmentaccedilatildeo
econocircmica do territoacuterio nacional
Para os autores ldquoa tese da fragmentaccedilatildeo do desenvolvimento do paiacutes em termos espaciais natildeo
diverge radicalmente da ideacuteia de uma tendecircncia geneacuterica de reconcentraccedilatildeo da dinacircmica da
economia em torno de um poliacutegono localizado no interior do Centro-Sul mas implica sua
qualificaccedilatildeo sobretudo quanto agrave necessidade de incorporar agrave anaacutelise algumas fraccedilotildees
exoacutegenas ao territoacuterio Baseia-se na percepccedilatildeo de que desde pelo menos o princiacutepio dos
anos 80 o motor do crescimento nacional esteve associado crescentemente agrave exploraccedilatildeo de
algumas poucas opccedilotildees exportadoras desatreladas de nexos mais orgacircnicos com a estrutura
produtiva implantada ateacute entatildeo como ocorria no passado Estruturado em torno da
produccedilatildeo de bens intermediaacuterios industriais e dos oriundos da agroinduacutestria esse processo
autonomizou determinados circuitos produtivos e comerciais e deu lugar ao surgimento de
dinacircmicas localizadas de crescimento as quais no agregado refletiam menor ritmo de
evoluccedilatildeo da economia do paiacutesrdquo
Os autores demonstram a dinacircmica regional brasileira a partir de uma seacuterie de mapas que
destacam seis microrregiotildees geograficas A partir da anaacutelise dos mapas eacute possiacutevel identificar
subespaccedilos dinacircmicos de menor niacutevel de renda subespaccedilos estagnados de renda meacutedia e
subespaccedilos deprimidos tradicionais
Fundamentados nesse diagnoacutestico os autores apresentam uma tipologia como base de um
fundo de desenvolvimento regional Eles definem as caracteriacutesticas gerais para o fundo de
desenvolvimento voltado para o financiamento de programas sub-regionais com
investimentos em infra-estrutura econocircmica de pequena e meacutedia escala e accedilotildees vinculadas a
atividades com inovaccedilatildeo tecnoloacutegica
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24 IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Barros et al (2003) em ldquoO Iacutendice de Desenvolvimento da Famiacutelia (IDF)rdquo desenvolveram
um iacutendice calculado no niacutevel de cada famiacutelia sendo que o objetivo dos autores foi o de criar
uma metodologia simples e que pudesse ser agregada para qualquer grupo demograacutefico O
objetivo apresentado pelos autores eacute demonstrar que existe a possibilidade de construir um
iacutendice sinteacutetico que seja similar ao Iacutendice de Desenvolvimento Humano ndash IDH com a
especial diferenccedila de levar em consideraccedilatildeo vaacuterias dimensotildees da pobreza aleacutem da
insuficiecircncia da renda Essa proposta ldquopermite acomodar qualquer nuacutemero de indicadores e
dimensotildees e tambeacutem qualquer sistema de pesosrdquo
Os autores apresentam como justificativa para a construccedilatildeo desse iacutendice as ldquolimitaccedilotildees
amplamente conhecidas do IDHrdquo O IDF construiacutedo com base nos dados da PNAD expande
consideravelmente o escopo do IDH ao adotar vaacuterias dimensotildees e ampliar o nuacutemero de
indicadores utilizados para a construccedilatildeo do iacutendice A principal vantagem do IDF eacute que este
pode envolver agregaccedilotildees natildeo soacute de natureza espacialgeograacutefica mas tambeacutem se pode
agregar em termos de grupos sociais e demograacuteficos
25 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Diversos satildeo os estudos que vecircem sendo desenvolvidos utilizando a Data Envelopment
Analysis (DEA) para verificar a eficiecircncia do desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Karkazis e Thanassoulis (1998) utilizam a DEA para comparar a efetividade dos
investimentos puacuteblicos em infra-estrutura e incentivos para atrair investimentos privados para
as regiotildees do norte da Greacutecia Os incentivos aos investimentos satildeo responsaacuteveis por uma
grande proporccedilatildeo de gastos puacuteblicos na Greacutecia onde um dos seus objetivos declarados eacute
tornar o desenvolvimento econocircmico mais uniforme ao longo das vaacuterias regiotildees do paiacutes
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A DEA torna possiacutevel identificar regiotildees onde os incentivos e gastos em infra-estrutura
atraem com sucesso investimentos privados de tal forma que os fatores deste sucesso podem
ser analisados com vistas a melhorar a poliacutetica de desenvolvimento regional no governo
grego Ressaltam que dois instrumentos chaves utilizados pelo governo grego para atrair
investimentos privados satildeo o investimento puacuteblico em infra-estrutura e garantias de
investimentos regionalmente diferenciadas
Os autores utilizaram como variaacuteveis de saiacuteda os niacuteveis de investimentos privados nos setores
de serviccedilo industria e agricultura Estas variaacuteveis tornam possiacutevel aferir o equiliacutebrio setorial
dos investimentos atraiacutedos Prefeituras gozando de grandes linhas costeiras podem ter melhor
potencial de atrair investimentos em serviccedilos especialmente turismo enquanto que
prefeituras gozando aacutereas cultivadas podem ser mais capazes de atrair um volume maior de
investimentos em agricultura O modelo de afericcedilatildeo enfatiza estes setores e ainda se eles
oferecem vantagem para uma dada prefeitura em comparaccedilatildeo com outras
Satildeo consideradas duas variaacuteveis de entrada investimentos puacuteblicos e incentivos aos
investimentos Estas duas variaacuteveis satildeo os meios usados pelo estado para atrair investimentos
privados Os investimentos puacuteblicos incluem gastos em rodovias portos escolas
universidades e assim por diante Esses investimentos alteram a imagem da prefeitura e niacuteveis
mais altos de investimento puacuteblico deveriam levar a niacuteveis maiores de investimentos privados
Gastos em incentivos monetaacuterios satildeo usados como uma garantia para os investimentos feitos
para o periacuteodo correspondente Esta variaacutevel influencia as variaacuteveis de saiacuteda de duas formas
Em primeiro lugar investimentos privados feitos durante o periacuteodo imediatamente anterior ao
periacuteodo de afericcedilatildeo geram o potencial para investimento durante o periacuteodo de afericcedilatildeo Em
segundo lugar investimentos privados afetam a imagem de uma aacuterea da mesma maneira que
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investimentos em infra-estrutura e assim podem influenciar o niacutevel de investimentos futuros
para a aacuterea As variaacuteveis de input satildeo denominadas gastos puacuteblicos
Claramente pode ser esperado que os gastos puacuteblicos afetaratildeo os niacuteveis das variaacuteveis de
output com uma defasagem O que eacute menos claro eacute o tamanho dessa defasagem Os autores
escolheram uma defasagem de no miacutenimo um ano e no maacuteximo de 10 anos identificando
como impacto do gasto puacuteblico em atrair novos investimos que cai com o tempo eacute o ponto
principal mas que natildeo eacute totalmente tratado neste trabalho
Portanto segundo os pesquisadores existem duas deficiecircncias no modelo primeiro ele ignora
quaisquer investimentos gerados pelas variaacuteveis input fora do periacuteodo de anaacutelise e segundo eacute
que ignora o impacto do gasto puacuteblico na atraccedilatildeo de novos investimentos no mesmo periacuteodo
de analise
Os autores consideram mais apropriado o modelo BCC1 que verifica retornos variaacuteveis de
escala uma vez que permite avaliar melhor a capacidade que duas prefeituras que fazem
gastos puacuteblicos semelhantes e tem de capacidade especiacutefica de atraccedilatildeo de investimentos
privados O modelo foi orientado para output pois desta forma eacute possiacutevel observar o maacuteximo
niacutevel de investimentos privados em cada setor
O meacutetodo DEA permitiu aos autores concluir que das vinte prefeituras avaliadas cinco
apresentaram baixa eficiecircncia atraindo quando muito 20 a 25 do investimento privado
possiacutevel em qualquer setor da economia dado um determinado gasto puacuteblico outras oito
prefeituras tiveram eficiecircncias medianas de 40 a 60 Desta forma mais da metade das
prefeituras parecem atrair pouco investimento privado para o seu niacutevel de gasto puacuteblico
1 O Apecircdice A deste trabalho apresenta o arcabouccedilo teoacuterico sobre o qual se sustenta a Anaacutelise deEnvoltoacuteria Dados e o modelo BCC
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Muitos outros autores tecircm discutido a utilizaccedilatildeo da DEA para avaliar o desenvolvimento
soacutecio-econocircmico Despotis (2005) destaca que em geral a literatura sobre desenvolvimento
adotou a renda per capita como uma medida de desenvolvimento em diversos paises ainda
que isto tenha sido criticado desde a deacutecada de 50
Nas duas uacuteltimas deacutecadas eacute totalmente reconhecido que indicadores econocircmicos puros natildeo
podem por si soacute capturar a multidimensionalidade do desenvolvimento humano Numa
tentativa de considerar diferentes aspectos da vida quando relacionados ao desenvolvimento
humano o Programa de Desenvolvimento das Naccedilotildees Unidas introduziu em 1990 o Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH)
O autor critica o IDH no sentido de que pesos iguais satildeo tomados para os trecircs componentes do
iacutendice quais sejam longevidade educaccedilatildeo e padratildeo de vida Isto afeta em alguma extensatildeo a
posiccedilatildeo relativa no ranking do IDH as posiccedilotildees dos paiacuteses podem ser atribuiacutedas a duas razotildees
principais uma eacute estrutural e estaacute relacionada aos dados em si mesmo e a outra estaacute
relacionada ao esquema particular de pesos atribuiacutedos no IDH
De fato determinados paiacuteses vatildeo assumir algumas posiccedilotildees no IDH em funccedilatildeo destes pesos
posiccedilotildees estas que seriam totalmente alteradas se o esquema de pesos fosse outro Em funccedilatildeo
deste problema Mahlberg e Obersteiner (2001)2 introduziram a ideacuteia de utilizar o DEA para
medir a performance relativa dos paiacuteses em termos de desenvolvimento humano Neste
sentido os autores sugeriram uma orientaccedilatildeo para o produto assumindo retornos constantes
de escala No seu modelo todos os indicadores individuais satildeo considerados como output e
uma dummy input igual a 1 eacute assumida para todos os paiacutes
2 Citado em DESPOTIS 2005
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Para restringir a flexibilidade do modelo na seleccedilatildeo de pesos eles introduziram restriccedilotildees
arbitraacuterias nas razotildees dos pesos e inverteram os resultados da DEA para torna-los comparaacuteveis
ao IDH
O autor aplicou a DEA agraves regiotildees da Aacutesia e do Paciacutefico Dentro do contexto da DEA ele
estimou a eficiecircncia dos paiacuteses na conversatildeo de renda em conhecimento e oportunidade de
vida A capacidade dos paiacuteses em converter prosperidade econocircmica em melhores condiccedilotildees
de vida para o seu povo pode ser modelada e aferida se a renda eacute vista como um meio para
expandir conhecimento e oportunidade de vida para aleacutem do alcance de um padratildeo de vida
decadente
Esta eacute uma mudanccedila na abordagem do desenvolvimento humano que coloca renda no lado da
entrada e expectativa de vida e educaccedilatildeo no lado da saiacuteda Ele utiliza a renda real per capita
no paradigma input-output para refletir a expansatildeo da capacidade da populaccedilatildeo em acessar os
recursos necessaacuterios para adquirir conhecimento e para alcanccedilar uma vida mais longa e
saudaacutevel
O modelo de retornos variaacuteveis de escala eacute usado para medir a performance relativa dos
paiacuteses Para o autor o uso da DEA tem como vantagem em relaccedilatildeo ao IDH o fato de usar
pesos menos arbitraacuterios e contestaacuteveis
Outros autores que utilizam o modelo DEA para analisar a eficiecircncia do setor puacuteblico eacute o
caso de Wang (2005) que busca medir a performance dos investimentos estatais nas
proviacutencias da China utilizando os modelos BCC e CCR da DEA e Sampaio (2005) que
Utiliza a DEA para comparar a eficiecircncia entre empresas de distribuiccedilatildeo de energia eleacutetrica
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3 UM OLHAR SOBRE O ESTADO DE RONDOcircNIA
Antes de discutir a estrutura e anaacutelise desta pesquisa apresenta-se uma siacutentese da formaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia que tem em suas caracteriacutesticas paracircmetros que ajudam explicar o seu
processo de desenvolvimento Neste capitulo foi lanccedilado um raacutepido olhar sobre o processo de
formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia buscando fornecer informaccedilotildees baacutesicas quanto agraves
especificidades do territoacuterio do Estado localizado na regiatildeo amazocircnica cuja aacuterea territorial eacute
formada em grande parte por reservas indiacutegenas e florestais Foram abordadas as bases
conceituais do Plano Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) programa ao qual
estatildeo inseridos os Projetos de Financiamento agraves Comunidades (PAIC) Ao final satildeo discutidos
os conceitos sob os quais o PAIC foi concebido
31 DISCUSSAtildeO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL NO ESTADO DE
RONDOcircNIA
As poliacuteticas puacuteblicas referentes agrave ocupaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia satildeo discutidas por Rocha e
Bacha (2000) e traccedilam um olhar sobre a posiccedilatildeo de Rondocircnia como membro da Amazocircnia
Legal e as accedilotildees adotadas pelo governo federal a parir de 1960 no sentido de integrar as
regiotildees brasileiras por meio de estradas que ligassem a Amazocircnia agraves regiotildees nordeste e sul do
paiacutes
Os autores analisam os fluxos migratoacuterios do Estado de Rondocircnia a partir da deacutecada de 1970
e destacam os impactos da ocupaccedilatildeo do seu territoacuterio sobre as florestas A ocupaccedilatildeo do estado
ocorreu por um lado devido a fatores de expulsatildeo no sul e sudeste do Paiacutes provocada pela
diminuiccedilatildeo das oportunidades de trabalho decorrente da difusatildeo dos sistemas mecanizados
para a produccedilatildeo de soja
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Por outro lado verificaram-se fatores de atraccedilatildeo determinados pela conclusatildeo das obras da
BR 364 bem como pela possibilidade de se conseguir lotes de terrenos de 100 hectares com
serviccedilos baacutesicos e infra-estrutura necessaacuteria por preccedilos baixos nos diversos projetos de
colonizaccedilatildeo do Estado
Estes projetos de colonizaccedilatildeo faziam parte dos Projetos Integrados de Colonizaccedilatildeo (PIC)
criados pelo Governo Federal na deacutecada de 1970 com o objetivo de assentar agricultores sem
terra e de baixa renda
A pavimentaccedilatildeo da BR 364 parte integrante dos objetivos do Polonoroeste Projeto do
Governo Federal abrangendo parte do Estado de Mato Grosso e do Estado de Rondocircnia
implementado na deacutecada de 1980 em parceria com o Banco Mundial gerou novo fluxo
migratoacuterio e colaborou para a expansatildeo significativa do setor de extraccedilatildeo de madeira em
especial madeira em tora no Estado de Rondocircnia
Ainda buscando ldquoobter um ordenamento da ocupaccedilatildeo de acordo com criteacuterios mais
sustentaacuteveis houve a preocupaccedilatildeo do Governo Estadual por volta de 1986 em corrigir
alguns pontos de Polonoroeste por meio da incorporaccedilatildeo da ideacuteia do ordenamento territorial
numa visatildeo de sustentabilidade de longo prazo rdquo ldquoCom a criaccedilatildeo do Plano Agropecuaacuterio e
Florestal de Rondocircnia (Planafloro)rdquo Rocha e Bacha (2000)
Os autores abordam ainda o ICMS ecoloacutegico que vem ser ldquoa alocaccedilatildeo especiacutefica de parte do
ICMS recolhido pelos estados aos municiacutepios que preservem o meio ambienterdquo Concluem
que ldquoa preocupaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel ampliou-se nas poliacuteticas estaduais
implementadas a parir da segunda metade da deacutecada de 80 mas natildeo conseguiram ainda
mudar a visatildeo dos empresaacuteriosrdquo
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32 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE A FORMACcedilAtildeO DO ESTADO DE RONDOcircNIA
A ocupaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do Estado de Rondocircnia estatildeo diretamente ligadas agrave intervenccedilatildeo do
estado como agente responsaacutevel pela ocupaccedilatildeo e desenvolvimento territorial
Um breve olhar na histoacuteria da ocupaccedilatildeo do estado mostra que dadas a localizaccedilatildeo e as
condiccedilotildees do territoacuterio onde estaacute localizado tornou-se essencial que fosse estabelecida uma
poliacutetica de ocupaccedilatildeo do norte do paiacutes A ocupaccedilatildeo territorial como eacute natural ocorre
estimulada por questotildees econocircmicas
No caso da regiatildeo em que se encontra o Estado de Rondocircnia os fatores de atraccedilatildeo foram os
ciclos econocircmicos de extraccedilatildeo mineral e vegetal ciclo do ouro (seacuteculo XVII) da borracha
(seacuteculo XIX) do diamante da cassiterita (meados do seacuteculo XX) e da agricultura (inicio dos
anos 1970)
No seacuteculo XVII a presenccedila na regiatildeo dos espanhoacuteis fez com que a Coroa portuguesa
preocupada com o domiacutenio do territoacuterio e com o grande volume de ouro extraiacutedo da regiatildeo
implantasse o Real Forte Priacutencipe da Beira localizado em Guajaraacute Mirim iniciando com isto
a ocupaccedilatildeo do territoacuterio basicamente uma ocupaccedilatildeo militar acompanhada de poucos
povoados de garimpeiros (AGRA 2005)
Jaacute no seacuteculo XIX com o ciclo da borracha e a necessidade de controle do territoacuterio a
Comissatildeo Rondon com a implantaccedilatildeo das Linhas Telegraacuteficas do Mato Grosso ao Amazonas
proporcionou uma nova rota de ocupaccedilatildeo tendo como referecircncia suas estaccedilotildees telegraacuteficas
Neste mesmo periacuteodo a construccedilatildeo da estrada de ferro Madeira-Mamoreacute iniciada em 1903 e
concluiacuteda em 1912 atraiu alguns contingentes migratoacuterios principalmente de bolivianos
espanhoacuteis e gregos
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Ateacute meados do seacuteculo XX a regiatildeo continuava pouco habitada quando novos ciclos
econocircmicos tiveram importante papel na ocupaccedilatildeo definitiva da regiatildeo Os grandes fluxos
migratoacuterios atraiacutedos pela possibilidade de crescimento econocircmico da regiatildeo e a falta da
presenccedila do estado geraram seacuterias tensotildees sociais em especial pela posse da terra
(AGRA2005)
Na deacutecada de 1970 o entatildeo governo militar instalado no comando do paiacutes definiu como uma
de suas metas integrar o norte ao resto do paiacutes Neste periacuteodo foram gestados e implantados
os Planos Nacionais de Desenvolvimento os PNDs Entre seus objetivos estavam a
colonizaccedilatildeo agriacutecola a construccedilatildeo de estradas que ligassem o norte ao sul do Paiacutes e diversos
incentivos fiscais com vistas a incentivar novas atividades na regiatildeo
Na deacutecada de 1980 o governo federal preocupado com a ocupaccedilatildeo desordenada da regiatildeo e
com a utilizaccedilatildeo desordenada dos recursos naturais em conjunto com o Banco Mundial
elaborou e implementou o Programa Polonoroeste Parcialmente Financiado com recursos do
BIRD foi bastante amplo e visava a integraccedilatildeo nacional com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 que
liga a cidade de Cuiabaacute no Mato Grosso a Porto Velho Capital de Rondocircnia dar condiccedilotildees a
uma ocupaccedilatildeo ordenada dos dois estados com aumento da produccedilatildeo levando em conta a
preservaccedilatildeo ambiental e a proteccedilatildeo das comunidades indiacutegenas Rocha e Bacha (2000)
Os objetivos do projeto foram parcialmente atingidos e em parte gerou externalidades muito
complicadas Por exemplo com a pavimentaccedilatildeo da BR 364 trecho Cuiabaacute - Porto Velho
deu-se a ocupaccedilatildeo desordenada das aacutereas agraves margens da rodovia gerando a exploraccedilatildeo dos
recursos naturais sem a sutentabilidade inicialmente pensada pelo Polonoroeste O objetivo
de desenvolver a produccedilatildeo agriacutecola reduziu-se ao extrativismo principalmente de madeiras
nobres e agrave exportaccedilatildeo destas em toras sem passar por nenhum processo que agregasse valor e
gerasse novas atividades econocircmicas e o desenvolvimento do local
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Aleacutem disso os proacuteprios oacutergatildeos do governo federal neste caso a SUDAN financiavam
projetos totalmente dissonantes dos objetivos propostos pelo proacuteprio governo federal quando
da concepccedilatildeo do Polonoroeste e os projetos financiados pela SUDAN eram ldquomais voltados agrave
extraccedilatildeo de madeira natildeo havendo a devida preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade da atividade
no longo prazordquo (ROCHA E BACHA 2000)
Como destaca a Avaliaccedilatildeo de Meio Termo do Planafloro (PNUD 1996) ldquoO impacto
ambiental causou grandes repercussotildees e provocou a imediata reaccedilatildeo de organismos
internacionais principalmente os ligados agraves questotildees ambientais que elegeram o Banco
Mundial como alvo principal acusando-o de financiar o desmatamento da Amazocircniardquo As
severas criacuteticas dirigidas ao Banco aliadas agrave necessidade do governo do estado em obter
recursos para investimentos em infra-estrutura criou um clima poliacutetico favoraacutevel agrave realizaccedilatildeo
de um novo programa que pudesse reverter os resultados negativos do Polonoroeste O Banco
buscava um Programa capaz de frear as crescentes taxas de desmatamento voltado agrave
exploraccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos naturais e agrave proteccedilatildeo de grandes unidades de conservaccedilatildeo
ndash este procedimento minimizaria as criacuteticas e pressotildees a ele dirigidas
Assim a uniatildeo dos interesses de um lado do estado em lanccedilar matildeo do creacutedito
internacional oferecido que lhe garantiria investimentos e prestiacutegio e do outro do Banco em
responder positivamente agraves criacuteticas e pressotildees dos grupos ambientalistas internacionais
resultou num acelerado processo de negociaccedilatildeo de um Programa que partia dos sucessos e
insucessos do Polonoroeste Sob esta oacutetica foi concebido a partir de 1986 o Plano
Agropecuaacuterio e Florestal de Rondocircnia (Planafloro) que soacute iniciou sua implementaccedilatildeo em
19913
3 Sobre este assunto ver Projeto Uacutemidas (Banco Mudial 1999) e Avaliaccedilatildeo Final do Planafloro(PNUD 2002)
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Como se pode observar a ocupaccedilatildeo e a proacutepria conformaccedilatildeo e da sociedade do estado
tiveram a presenccedila constante de programas do Governo Federal com intervenccedilatildeo direta na
tentativa de promover tanto a ocupaccedilatildeo do territoacuterio quanto o crescimento e o
desenvolvimento da economia local
Observa-se que a falta de planejamento e de uma poliacutetica integrada de governo provocou
distorccedilotildees nas tentativas de buscar o desenvolvimento em especial nas accedilotildees desencadeadas a
partir de meados do seacuteculo XX
33 O PLANO AGROPECUAacuteRIO E FLORESTAL DE RONDOcircNIA (PLANAFLORO)
Na base conceitual deste projeto estaacute a necessidade de fazer o zoneamento territorial que tem
como objetivo conhecer os recursos naturais disponiacuteveis planejar a ocupaccedilatildeo e a exploraccedilatildeo
do territoacuterio
O Planafloro foi um projeto multidisciplinar sendo que os componentes originais do projeto
eram zoneamento soacutecio-econocircmico-econloacutegico regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de terras puacuteblicas e
privadas estabelecimento gestatildeo e proteccedilatildeo de reservas proteccedilatildeo de povos indiacutegenas
Monitoramento fiscalizaccedilatildeo e controle pesquisa agropecuaacuteria e agroflorestal extensatildeo rural
creacutedito rural serviccedilos e infra-estrutura para educaccedilatildeo e sauacutede infraestrutura para transporte
eletrificaccedilatildeo rural abastecimento de aacutegua fortalecimento institucional assistecircncia teacutecnica
Estes componentes buscavam demarcar e proteger Unidades de Conservaccedilatildeo Aacutereas
Indiacutegenas Florestas Puacuteblicas e Reservas Extrativistas incentivo agrave produccedilatildeo em aacutereas aptas agrave
agricultura e ao manejo florestal e a extraccedilatildeo de produtos natildeo madeireiros da floresta Aleacutem
disso visavam realizar investimentos dirigidos em infra-estrutura soacutecio-econocircmica qualificar
a administraccedilatildeo puacuteblica do estado garantindo capacidade teacutecnica e operacional das
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instituiccedilotildees puacuteblicas e principalmente realizar o Zoneamento soacutecio-econocircmico-ecoloacutegico de
todo o territoacuterio do Estado de Rondocircnia (PNUD 1996)
A insatisfaccedilatildeo de segmentos da sociedade civil organizada do estado e as crescentes criticas
da comunidade internacional levaram o governo brasileiro e o BIRD a uma Revisatildeo de Meio
Termo Este foi um processo de negociaccedilatildeo que envolveu o governo do Rondocircnia ONGs e o
BIRD resultando em mudanccedilas significativas no desenho inicial do projeto
Diversos componentes foram excluiacutedos restando da concepccedilatildeo original apenas quatro
componentes Zoneamento Conservaccedilatildeo ambiental e Infraestrutura rodoviaacuteria Foi tambeacutem
criado o Componente Programa de Apoio aacutes Iniciativas Comunitaacuterias ndash PAIC projeto este
que foi concluiacutedo em 2001 (PNUD 1996)
34 CONCEPCcedilAtildeO DO PROGRAMA DE APOIO AgraveS INICIATIVAS COMUNITAacuteRIAS
(PAIC)
O PAIC foi concebido na Revisatildeo de Meio Termo do Planafloro Segundo o Manual
Operativo do PAIC (PNUD 1997) seu objetivo geral eacute ldquoviabilizar o financiamento e a
implementaccedilatildeo de projetos concebidos a partir das necessidades iniciativas e prioridades de
accedilatildeo definidas pelas proacuteprias comunidades visando o melhoramento das condiccedilotildees de vida
emprego renda tecnologia e produccedilatildeo ao fortalecimento da cidadania organizaccedilatildeo social
participaccedilatildeo e autogestatildeo e conservaccedilatildeo ambiental em consonacircncia com os objetivos do
Planaflorordquo
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O programa objetivava
ldquo- Melhorar as condiccedilotildees de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes
de investimentos de natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambiental que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuterias
- Contribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e populaccedilotildees
tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o processo de
democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania
- Incentivar a participaccedilatildeo social local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas
com ONGs na implantaccedilatildeo do PAIC
- Auxiliar a descentralizaccedilatildeo progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel
criando capacidades teacutecnicas e gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo
do meio ambiente incluindo as aacutereas protegidas por lei
- Garantir a consolidaccedilatildeo do eixo ambiental do Planafloro em todos os niacuteveis atraveacutes de
accedilotildees programaacuteticas e conscientizaccedilatildeo dos beneficiaacuterios diretos e indiretos do projeto
(PNUD 1997)
O repasse dos recursos do programa era feito diretamente agraves comunidades estas deveriam
estar organizadas em entidades legalmente constituiacutedas como pessoa juriacutedica sem fins
lucrativos e que se enquadrassem nas normas legais vigentes de maneira que permitisse
firmar convecircnio com o poder puacuteblico cujo projeto havia sido aprovado pela coordenaccedilatildeo do
projeto no estado
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Os recursos eram transferidos por meio de conta bancaacuteria em parcelas que iam sendo
liberadas mediante a prestaccedilatildeo de contas relativas agrave parcela anterior No total entre 1997 e
1998 foram firmados 201 convecircnios no Estado de Rondocircnia conforme Tabela 2 do Anexo A
deste trabalho
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4 ESTRUTURA E ANALISE DA PESQUISA
Neste capitulo inicialmente satildeo apresentados os dados utilizados e as fontes pesquisadas A
estrutura da Pesquisa eacute composta por duas fases distintas A primeira fase refere-se agrave
construccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM) e a segunda a anaacutelise de
eficiecircncia teacutecnica por meio do meacutetodo DEA Para auxiliar na demonstraccedilatildeo dos caacutelculos do
IDM e da DEA eacute utilizado um conjunto de tabelas incluiacutedas nos anexos a este trabalho
Na primeira fase eacute construiacutedo e calculado o IDM os resultados encontrados satildeo geo-
referenciados e apresentados por meio de uma seacuterie de mapas do Estado de Rondocircnia
oferecendo um olhar criacutetico quanto agrave localizaccedilatildeo dos municiacutepios com o objetivo de analisar
os iacutendices encontrados e avaliar a evoluccedilatildeo do desenvolvimento do estado
Na segunda fase eacute utilizada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados por meio do modelo BCC que
verifica os retornos variaacuteveis de escala (VRS) com o objetivo de verificar a eficiecircncia da
utilizaccedilatildeo dos recursos aplicados pelo PAIC em cada municiacutepio Finalmente eacute realizada uma
breve anaacutelise comparativa entre os resultados encontrados com o IDM e a anaacutelise de
eficiecircncia observada atraveacutes da aplicaccedilatildeo do modelo DEA
O Fluxograma apresentado a seguir sintetiza os passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e
analise dos dados a fim de responder aos objetivos propostos
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Figura 1 Fluxograma dos passos metodoloacutegicos e teacutecnicas na estrutura e anaacutelise de
dados
Levantamento dos dados 1Informaccedilotildees referentes aos
Projetos PAIC e ao Estado deRondocircnia 2 Dados Estatiacutesticos Sistema de Informaccedilotildees Soacutecio-
Econocircmico dos MuniciacutepiosBrasileiros ndash ldquoSIMBRASILrdquo
Medida de eficiecircncia naaplicaccedilatildeo dos recursos pelosmuniciacutepios - Anaacutelise deEnvoltoacuteria de Dados (DEA)
Elaboraccedilatildeo do Iacutendice deDesenvolvimento do Municiacutepio IDM
Classificaccedilatildeo das variaacuteveis eorientaccedilatildeo do modelo
Caacutelculos dosIndicadores dos Sub-iacutendices e do IDM
Analise DEA pelomodelo BCC
Ranking de EficiecircnciaTeacutecnica
Anaacutelise dosResultados
Anaacutelise Comparativa entre osresultados dos Iacutendices e o ranking de
eficiecircncia da DEA
Anaacutelise dosResultados
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41 DADOS
As principais fontes de dados referentes aos Projetos de Apoio agraves Comunidades ndash PAIC
foram os relatoacuterios elaborados pela Coordenaccedilatildeo Nacional do Planafloro do Ministeacuterio da
Integraccedilatildeo Nacional pelo governo do Estado de Rondocircnia e pelo Banco Mundial4 Os
convecircnios com as associaccedilotildees tiveram inicio em 1997 e se estenderam ateacute 1999 Neste
trabalho foram utilizados dados referentes aos anos de 1997 e 1998 por considerar-se que os
convecircnios firmados em 1999 natildeo teriam reflexo na anaacutelise realizada neste trabalho
Do total de 201 convecircnios firmados nos anos de 1997 e 1998 somente foi possiacutevel utilizar
dados referentes a 189 convecircnios em 42 municiacutepios em um total de R$ 124 milhotildees
transferidos agraves comunidades conforme apresentado na Tabela 2 do Anexo A Os 12
convecircnios que foram retirados da amostra natildeo apresentavam dados suficientes seja referente
aos proacuteprios repasses de recursos ou em funccedilatildeo da falta de informaccedilotildees quanto aos
indicadores dos municiacutepios
Antes de iniciar a discussatildeo dos dados dos indicadores utilizados cabe uma observaccedilatildeo
quanto agrave precariedade das informaccedilotildees consistentes e perioacutedicas no que se refere ao niacutevel
municipal Com efeito os institutos de pesquisa disponibilizam apenas dados agrupados
ocorrendo assim uma dificuldade consideraacutevel em encontrar dados que abranjam todos os
municiacutepios do Estado
Especialmente em relaccedilatildeo ao Estado de Rondocircnia os dados quando disponiacuteveis na maioria
dos casos restringem-se a um pequeno nuacutemero de municiacutepios Considerando estas
dificuldades somadas agrave impossibilidade de coleta local de dados primaacuterios o que seria ideal
4 Documentos obtidos diretamente no Banco Mundial e no Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional
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para o propoacutesito deste estudo foram utilizados neste trabalho dados secundaacuterios de diversas
fontes
Outra dificuldade a ser considerada foi a de localizar dados para diferentes indicadores cujo
levantamento tenha sido realizado no mesmo ano Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar
indicadores de anos proacuteximos agravequeles que estatildeo sendo estudados
A principal fonte de dados foi o ldquoSistema de Informaccedilotildees Soacutecio-Econocircmico dos Municiacutepios
Brasileirosrdquo (SIMBRASIL 2005) desenvolvido em convecircnio entre a Caixa Econocircmica
Federal o Instituto de Pesquisa Econocircmica Aplicada (IPEA) e a Fundaccedilatildeo de
Desenvolvimento (FADE) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Este sistema
agregou dados municipais referentes a todos os estados brasileiros utilizando informaccedilotildees
disponibilizadas principalmente pelo IBGE Secretaria do Tesouro Nacional e Relatoacuterio do
Desenvolvimento Humano Foram utilizadas fontes alternativas como o Perfil e Evoluccedilatildeo das
Financcedilas Municipais do Tesouro Nacional
Com os dados disponiacuteveis foi realizado um levantamento de todos os indicadores a
abrangecircncia dos mesmos e o periacuteodo a que eles se referiam Em seguida foram selecionados
aqueles indicadores que poderiam ser utilizados para a construccedilatildeo do Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio e posteriormente aqueles que seriam utilizados na anaacutelise da
DEA A maioria dos indicadores estaacute disponiacutevel para o periacuteodo de 1991 e 2000
Em alguns casos foi necessaacuterio utilizar dados referentes a anos diferentes como eacute o caso das
receitas municipais Quanto a este indicador nos dados disponibilizados pela Secretaria do
Tesouro Nacional natildeo foram localizadas informaccedilotildees relativas aos municiacutepios de Rondocircnia
anteriores a 1997
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No caso dos indicadores referentes agrave presenccedila de conselhos nos municiacutepios somente foram
localizadas informaccedilotildees a partir do ano de 1999 A tabela com os dados utilizados como base
para este trabalho estatildeo apresentados nas Tabelas 3 31 32 4 41 e 42 do Anexo A deste
trabalho
42 CONSTRUCcedilAtildeO DO IacuteNDICE DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICIacutePIO (IDM)
Muitas satildeo as formas que podem ser utilizadas para a construccedilatildeo de um iacutendice Neste trabalho
buscou-se construir um iacutendice sinteacutetico que retrate o desenvolvimento econocircmico associado
ao desenvolvimento humano
Assim o Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio foi construiacutedo com base na metodologia
desenvolvida por Barros et al ( 2003) Em que pese ter utilizado a mesma metodologia o IDM
se diferencia na base de dados utilizada Os autores acima citados utilizaram como base os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiciacutelio (PNAD) Este trabalho valeu-se de
fontes diferentes conforme descrito no subitem anterior e alterou parte da nomenclatura para
identificar os indicadores que foram denominados Paracircmetro Indicador Componente Sub-
iacutendice e Dimensatildeo Desta forma o IDM eacute composto por cinco dimensotildees oito componentes
e vinte e trecircs paracircmetros conforme Figura 2 e varia entre 0 e 1 sendo que quanto maior o
iacutendice melhor seraacute o desenvolvimento do municiacutepio
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FIGURA 2 ndash Composiccedilatildeo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio
Eacute importante salientar que a construccedilatildeo do IDM e a escolha dos paracircmetros a serem utilizados
deram-se a partir dos objetivos previstos na concepccedilatildeo do PAIC Buscou-se com isto
garantir a existecircncia da relaccedilatildeo mais proacutexima possiacutevel entre os paracircmetros utilizados e os
objetivos a serem alcanccedilados com os recursos investidos pelo projeto aqui estudado Desta
forma com as dimensotildees Vulnerabilidade Social (VS) Acesso ao Conhecimento (AOC) e
Disponibilidade de Recursos (DR) buscou-se verificar se o objetivo ldquoMelhorar as condiccedilotildees
de vida das comunidades rurais e populaccedilotildees tradicionais atraveacutes de investimentos de
natureza econocircmico-social de infra-estrutura baacutesica de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo ambiental
DIMENSAtildeOSub
Iacutendice COMPONENTE Indicador PARAcircMETRO
Pobres (p)indigentes (i)Intensidade da pobreza (ip)Intensidade da inidgecircncia (ii)
CONCENTRACcedilAtildeODA RENDA (CR)
Indicador(CR) iacutendice de Gini (g)
Mortalidade ateacute 1 ano
Probalidade de vida ateacute 60 anos
SAUacuteDE (S) Indicador (S) Nordm de meacutedicos
II ACESSO AOCONHECIMENTO
(AOC)
Sub Iacutendice(AOC)
ESCOLARIDADE(ES)
Indicador(ES) Taxa de alfabetizaccedilatildeo (alf)
Renda per capita (rpc)
renda proviniente de transferecircnciasgovernamentais (tfg)
IV RECEITA DOMUNICIacutePIO (RM)
Sub Iacutendice(RM)
RECEITAPROacutePRIA (RP)
Indicador(RP) Receitas Tributaacuterias
educaccedilatildeosauacutedecrianccedila e adolecenteassistecirccnia socialtrabalho empregoturismohabitaccedilatildeomeio embientetransportepoliacuteticas setoriaispoliacuteticas urbana
IDM Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos Paracircmetros Meacutedia Aritimeacutetica Simples dos ComponentesFonte Elaboraccedilatildeo da Autora
V PARTICIPACcedilAtildeOSOCIAL (PS)
Sub Iacutendice(PS)
PRESENCcedilA DECONSELHOS (PC)
Indicador(PC)
III DISPONIBILIDADEDE RECURSOS (DR)
Sub Iacutendice(DR) RENDA ( RD ) Indicador
(RD)
I VULNERABILIDADESOCIAL (VS)
Sub Iacutendice(VS)
POBREZA (P) Indicador (P)
EXPECTATICA DEVIDA(EV)
Indicador(EV)
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que satisfaccedilam as demandas mais urgentes e prioritaacuteriasrdquo se refletiu nos iacutendices
encontrados
A dimensatildeo Receita do Municiacutepio (RM) buscou testar o objetivo ldquoAuxiliar a descentralizaccedilatildeo
progressiva do processo de desenvolvimento sustentaacutevel criando capacidades teacutecnicas e
gerenciais que contribuam para a conservaccedilatildeo e preservaccedilatildeo do meio ambiente incluindo as
aacutereas protegidas por leirdquo Esta relaccedilatildeo explica-se uma vez que aproximadamente 50 do
territoacuterio de Rondocircnia eacute considerado aacuterea de preservaccedilatildeo ambiental conforme previsto na Lei
de Zoneamento do estado
A dimensatildeo Participaccedilatildeo Social (PS) buscou verificar o comportamento em relaccedilatildeo aos
objetivos ldquoContribuir para a organizaccedilatildeo social e poliacutetica das comunidades rurais e
populaccedilotildees tradicionais fortalecendo a qualidade desses movimentos estimulando o
processo de democratizaccedilatildeo para o exerciacutecio da cidadania e incentivar a participaccedilatildeo social
local e a promoccedilatildeo de parcerias das instituiccedilotildees puacuteblicas com ONGs na implantaccedilatildeo do
PAICrdquo
A construccedilatildeo do IDM partiu dos Paracircmetros e com base nestes calculou-se um indicador que
representa cada um dos Componentes Baseado nestes indicadores calculou-se o sub-iacutendice
representativo para cada Dimensatildeo Finalmente foi calculado o IDM para cada municiacutepio
estudado
Inicialmente observa-se que as unidades de apresentaccedilatildeo dos diversos paracircmetros utilizados
satildeo diferentes entre si Alguns estatildeo disponiacuteveis em percentual como eacute o caso dos dados
referentes a pobres indigentes mortalidade infantil probabilidade de vida ateacute 60 anos e renda
proveniente de transferecircncias governamentais Outros por sua vez satildeo apresentados em
moeda corrente (reais) como eacute o caso da renda per capita e das receitas tributaacuterias A
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intensidade da pobreza intensidade da indigecircncia e o iacutendice de gini satildeo apresentados na forma
de iacutendice Jaacute a presenccedila de conselhos nas diversas aacutereas eacute apresentada em forma Booleana (1
para existecircncia de conselho e 0 para a inexistecircncia do conselho) e por fim o nuacutemero de
meacutedicos eacute dado em nuacutemeros reais
Para transformar todos estes dados em indicadores que fossem comparaacuteveis entre si foi
necessaacuterio em alguns casos considerar um paracircmetro e utilizar este como base da seguinte
forma
Zm = XmXr ( 1 )
Onde
X = variaacutevel de interesse
Zm = indicador do municiacutepio m = 1 2 3
Xr = iacutendice de referecircncia
Xm = valor da variaacutevel X para o municiacutepio ldquomrdquo
Trecircs paracircmetros merecem destaque quanto agrave forma de caacutelculo
Nuacutemero de Meacutedicos Como base para o calculo do Indicador utilizaram-se 19 meacutedicos1000
habitantes Segundo o Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 (OPASOMS) o Brasil
tem 19 meacutedicos por mil habitantes pelo que se considerou este como sendo o nuacutemero
possiacutevel de meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Renda Per Capta Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em iacutendice utilizou-se como
base a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado no
periacuteodo estudado Dadas a extensatildeo territorial brasileira e as diferenccedilas regionais o poder de
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compra da moeda em uma regiatildeo pode natildeo ser o mesmo em outro local do territoacuterio Este
paracircmetro foi escolhido por considerar-se que o poder de compra da renda do indiviacuteduo em
se tratando do mesmo estado teraacute maior semelhanccedila entre seus municiacutepios ainda que
possivelmente exista uma diferenccedila entre as regiotildees urbanas e rurais do mesmo estado e ateacute
do mesmo municiacutepio em alguns casos Portanto foi considerado que o poder de compra dos
municiacutepios desse estado eacute o mesmo poder de compra da sua capital
Receitas Tributaacuterias Para a transformaccedilatildeo das receitas tributaacuterias de cada municiacutepio em
iacutendice utilizaram-se as Receitas Correntes (compreendem as receitas tributaacuterias de
contribuiccedilatildeo patrimonial transferecircncias correntes transferecircncias intergovernamentais -
governo federal e estado - outras transferecircncias correntes e demais receitas correntes)
Procurou-se com isto demonstrar o peso da arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio no total de
receitas do mesmo Considerou-se ainda que quanto maior a arrecadaccedilatildeo proacutepria do
municiacutepio mais dinacircmica eacute a sua economia Assim a administraccedilatildeo publica municipal tem
mais recursos para investir em equipamentos sociais e culturais pelo que consequumlentemente
apresentaraacute um melhor iacutendice de desenvolvimento
421 Construccedilatildeo dos Indicadores
Partindo dos paracircmetros foram construiacutedos os seguintes indicadores
a) Indicador de Pobreza
O indicador de pobreza (P) foi construiacutedo a partir de quatro paracircmetros
1 Percentual de pobres representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 7550 (12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
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O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em domiciacutelios
particulares
2 Percentual de indigentes representa a proporccedilatildeo dos indiviacuteduos com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 3775 (14 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto
de 2000) O universo desses indiviacuteduos eacute limitado agravequeles que vivem em
domiciacutelios particulares Optou-se por manter este paracircmetro na composiccedilatildeo do
indicador de pobreza pelo fato de considerarmos que dentro do percentual de
pobres poderaacute existir uma parcela da populaccedilatildeo que eacute indigente fator este que iraacute
elevar o iacutendice de pobreza
3 Intensidade da pobreza Demonstra a distacircncia que separa a renda domiciliar per
capita meacutedia dos indiviacuteduos pobres (definidos como os indiviacuteduos com renda
domiciliar inferior a R$ 7550 12 do salaacuterio miacutenimo vigente em agosto de 2000)
do valor da linha de pobreza medida aquela em termos de percentual do valor
desta uacuteltima
4 Intensidade da indigecircncia Distacircncia que separa a renda domiciliar per capita
meacutedia dos indiviacuteduos indigentes (definidos como indiviacuteduos com renda domiciliar
per capita inferior a R$ 3775) do valor da linha de pobreza medida em termos de
percentual do valor dessa linha de pobreza
5 Sauacutede Para a definir o indicador de Sauacutede foi utilizado o nuacutemero de meacutedicos para
cada 1000 habitantes que representa a razatildeo entre o total de meacutedicos residentes no
municiacutepio e o total de habitantes do mesmo vezes mil tendo sido incluiacutedos os
acadecircmicos de hospital (meacutedico residente) Como base para o caacutelculo do
Indicador foi utilizado o paracircmetro 19 meacutedicos1000 habitantes jaacute que segundo o
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Anuaacuterio Estatiacutestico de Sauacutede do Brasil 2001 do Ministeacuterio da Sauacutede o Brasil tem
19 meacutedico por mil habitantes Portanto consideramos este o nuacutemero possiacutevel de
meacutedicos por mil habitantes caso a distribuiccedilatildeo dos profissionais registrados no
seu respectivo conselho profissional fosse equacircnime entre as regiotildees do paiacutes
Neste componente entende-se que juntamente com a presenccedila do meacutedico existe
uma infra estrutura miacutenima necessaacuteria para que o mesmo desenvolva seu trabalho
Desta forma quanto mais proacuteximo do considerado pela Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede o nuacutemero ideal maiores seratildeo as garantias da presenccedila de recursos para o
atendimento da populaccedilatildeo
b) Indicador de Concentraccedilatildeo de Renda
Para definir o indicador de concentraccedilatildeo de renda foi utilizado o Iacutendice de Gini que mede o
grau de desigualdade existente na distribuiccedilatildeo de indiviacuteduos segundo a renda domiciliar per
capita Seu valor varia de 0 ndash quando natildeo haacute desigualdade (a renda de todos os indiviacuteduos tem
o mesmo valor) a 1 ndash quando a desigualdade eacute maacutexima (apenas um indiviacuteduo deteacutem toda a
renda da sociedade)
c) Indicador de Expectativa de Vida
O indicador que expressa a expectativa de vida foi construiacutedo utilizando-se dois paracircmetros
1 Taxa de mortalidade ateacute um ano a cada 1000 nascidos vivos Nuacutemero de crianccedilas
que natildeo iratildeo sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianccedilas nascidas
vivas
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2 Probabilidade de vida ateacute os 60 anos representa a probabilidade de uma crianccedila
receacutem-nascida viver ateacute os 60 anos se o niacutevel e o padratildeo de mortalidade por idade
prevalecentes em 1991 permanecerem constantes ao longo da vida
d) Indicador de Escolaridade
Para o indicador de escolaridade foi utilizado um uacutenico paracircmetro
1 Taxa de alfabetizaccedilatildeo Representa o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade
que satildeo alfabetizadas
e) Indicador da Renda
O indicador de renda foi composto por dois paracircmetros
1 Renda per capita Dada pela razatildeo entre o somatoacuterio da renda de todos os indiviacuteduos
e o nuacutemero total desses indiviacuteduos A renda per capita de cada indiviacuteduo eacute definida
como a razatildeo entre a soma da renda de todos os membros da famiacutelia e o nuacutemero de
membros da mesma tendo os valores sido expressos em reais de 1o de agosto de
2000 Para a transformaccedilatildeo da Renda per capita em um iacutendice utilizamos como base
a renda per capita registrada para o municiacutepio de Porto Velho capital do estado para
o periacuteodo estudado Este paracircmetro foi escolhido por considerarmos que o poder de
compra da renda do indiviacuteduo seria diferente caso consideraacutessemos como renda de
referecircncia um municiacutepio do Estado de Satildeo Paulo por exemplo
2 Percentual da renda proveniente de transferecircncias governamentais Equivale agrave
participaccedilatildeo percentual das rendas provenientes de transferecircncias governamentais
(aposentadorias pensotildees e programas oficiais de auxiacutelio como renda miacutenima bolsa-
escola seguro desemprego entre outros) na renda total do municiacutepio Consideramos
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esta informaccedilatildeo importante uma vez que quanto maior o volume destas
transferecircncias implica dizer que um nuacutemero maior de pessoas no municiacutepio depende
do estado para sobreviver
f) Indicador de Receitas Proacuteprias
Este indicador foi construiacutedo utilizando-se as Receitas Tributaacuterias em relaccedilatildeo agraves Receitas
Correntes do municiacutepio O detalhamento da composiccedilatildeo das Receitas Tributaacuterias e Correntes
dos municiacutepios pode ser observada na Tabela 1 do Anexo A deste trabalho
g) Indicador da Presenccedila de Conselhos
O indicador que verifica a presenccedila de conselhos no municiacutepio foi construiacutedo verificando-se a
existecircncia ou natildeo de conselhos independentemente do caraacuteter deliberativo ou consultivo do
mesmo Considera-se que a presenccedila de conselhos pressupotildee uma comunidade organizada e
participativa com maior capacidade de intervenccedilatildeo nas instituiccedilotildees oficiais elevando a
qualidade de vida da populaccedilatildeo e caracterizando assim um maior desenvolvimento
econocircmico Foi verificada a presenccedila dos conselhos das seguintes aacutereas
1 Educaccedilatildeo
2 Sauacutede
3 Crianccedila e adolescente
4 Assistecircncia social
5 Trabalho e emprego
6 Turismo
7 Habitaccedilatildeo
8 Meio ambiente
9 Transporte
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10 Poliacuteticas setoriais
11 Poliacuteticas urbanas
422 Caacutelculo dos Indicadores
Buscou-se construir um iacutendice de forma simples e que permitisse verificar o comportamento
dos diversos aspectos abordados Admitiu-se inicialmente que cada paracircmetro pode variar
entre 0 e 1 e considerou-se que 1 representa a situaccedilatildeo desejaacutevel ou quando for o caso
representa o valor de referecircncia Por sua vez o valor 0 corresponde agrave situaccedilatildeo indesejaacutevel
portanto mais distante do valor de referecircncia quando for o caso Assinale-se que por falta de
medida mais adequada a todos o paracircmetros e indicadores foram atribuiacutedos peso 1 Desta
forma para calcularmos os indicadores foi utilizada a meacutedia aritmeacutetica simples dos
paracircmetros calculados da seguinte forma
Pm = frac14 (pm + im + ipm + iim) ( 2 )
Onde
Pm = iacutendice de pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
pm = paracircmetro para o percentual de pobres do municiacutepio ldquomrdquo
im = paracircmetro para o percentual de indigentes do municiacutepio ldquomrdquo
ipm = paracircmetro para a intensidade da pobreza do municiacutepio ldquomrdquo
iim = paracircmetro para a intensidade da indigecircncia para o municiacutepio ldquomrdquo
A apresentaccedilatildeo dos resultados dos indicadores pode ser observada nas Tabelas 1 e 2 o
detalhamento dos caacutelculos esta disponibilizado nas Tabelas 1 a 12 do Anexo B deste
trabalho
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TABELA 1 ndash Resultados dos Indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 IndicadorPobreza (P)
2000 IndicadorPobreza (P)
1991 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
2000 IndicadorConcentraccedilatildeode Renda (CR)
1991 IndicadorExpectativa de
vida (EV)
2000 IndicadorExpectativa de
vida(EV)
1991 IndicadorSauacutede(S)
2000 IndicadorSauacutede(S)
1 Alta Floresta d`Oeste 047 060 043 042 081 086 000 0002 Alto Alegre dos Parecis 041 055 039 048 078 086 000 0093 Alto Paraiacuteso 043 056 043 035 079 086 000 0004 Alvorada d`Oeste 044 052 044 035 080 084 000 0315 Ariquemes 071 065 043 040 081 087 062 0396 Buritis 052 059 051 033 083 085 000 0287 Cabixi 040 058 038 044 082 085 000 0008 Cacaulacircndia 049 056 053 039 081 087 000 0469 Cacoal 057 066 035 044 084 049 002 04410 Campo Novo de Rondocircnia 052 045 047 031 080 085 000 01411 Candeias do Jamari 056 057 037 046 076 082 000 00012 Castanheiras 038 050 046 040 078 087 000 00013 Cerejeiras 054 060 04 040 083 087 000 00014 Chupinguaia 059 063 048 043 081 086 000 00015 Coloradodo Oeste 051 065 039 043 085 088 022 04416 Corumbiara 033 053 045 044 078 083 000 00017 Costa Marques 053 055 036 040 082 083 094 00018 Cujubim 050 055 049 036 083 085 000 04719 Espigatildeo d Oeste 051 057 037 036 084 090 000 04520 Governador Jorge Teixeira 043 050 036 037 077 085 000 00021 Guajaraacute-Mirim 062 057 04 040 084 086 015 02023 Jaru 057 060 045 042 085 088 000 04524 Ji-Paranaacute 065 067 044 040 084 086 028 03325 Machadinhod`Oeste 056 044 044 035 079 085 000 00026 Ministro Andreazza 041 050 05 032 083 087 000 00027 Mirante da Serra 046 061 043 044 083 085 000 00028 Monte Negro 053 063 044 044 081 085 000 02729 Nova Brasilacircndia d`Oeste 047 056 05 044 080 084 000 00030 Nova Mamoreacute 056 042 048 030 076 082 000 00031 Nova Uniatildeo 045 055 049 043 083 085 000 00032 Novo Horizonte do Oeste 042 056 046 035 078 085 000 00033 Ouro Preto do Oeste 057 066 04 040 082 085 000 01434 Parecis 055 047 052 039 082 086 000 00035 PimentaBueno 066 063 042 040 081 087 052 01936 Pimenteiras do Oeste 045 053 045 045 084 087 000 00037 PortoVelho (capital) 070 064 043 038 082 084 027 04838 Presidente Meacutedici 056 059 048 042 085 085 000 00039 Primavera de Rondocircnia 048 058 048 047 082 086 000 00040 Rio Crespo 054 053 05 028 075 084 000 00041 Rolim de Moura 057 066 042 050 084 089 013 01242 Santa Luzia d Oeste 042 057 047 050 078 084 000 00043 SatildeoFeliped`Oeste 045 058 05 045 082 086 000 00044 SatildeoFranciscodo Guaporeacute 050 068 04 046 085 088 000 00045 SatildeoMiguel doGuaporeacute 050 061 04 047 077 084 071 00046 Seringueiras 042 062 041 042 081 085 000 02247 Teixeiroacutepolis 048 059 048 045 083 085 000 00048 Theobroma 054 048 05 040 084 084 000 00049 Urupaacute 045 051 04 041 085 085 000 00050 Vale doAnari 043 060 043 037 079 084 000 00051 Vale doParaiacuteso 045 051 05 036 083 087 000 00052 Vilhena 073 073 042 043 085 087 033 022
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TABELA 2 ndash Resultados dos indicadores ndash 19912000
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia1991 InidcadorEscolaridade
(ES)
2000 InidcadorEscolaridade
(ES)
1991 IndicadorRenda (RD)
2000 IndicadorRenda (RD)
1991 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
2000 IndicadorReceita Proacutepria
(RP)
1991 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
2000 IndicadorPresenccedila de
Conselhos (PC)
1 Alta Floresta d`Oeste 076 084 078 088 0025 003 036 0552 Alto Alegre dos Parecis 075 082 076 077 0059 002 018 0093 Alto Paraiacuteso 078 084 077 094 0030 002 036 0454 Alvorada d`Oeste 074 084 076 083 0035 002 027 0365 Ariquemes 083 088 088 099 0063 006 045 0456 Buritis 068 086 083 098 0009 003 036 0097 Cabixi 075 083 077 083 0027 002 045 0278 Cacaulacircndia 072 084 075 090 0014 001 045 0459 Cacoal 079 088 088 093 0093 007 018 03610 Campo Novo de Rondocircnia 070 082 078 093 0013 002 018 03611 Candeias do Jamari 072 083 083 080 0023 002 036 02712 Castanheiras 065 085 073 082 0013 001 036 03613 Cerejeiras 080 086 085 094 0040 003 045 03614 Chupinguaia 072 084 079 084 0021 002 018 02715 Colorado do Oeste 075 085 080 086 0045 005 027 03616 Corumbiara 070 082 071 077 0014 003 027 03617 Costa Marques 080 084 083 082 0014 002 027 06418 Cujubim 072 082 075 090 0009 002 045 02719 Espigatildeo d`Oeste 078 085 084 091 0057 006 027 05520 Governador Jorge Teixeira 066 080 078 085 0009 001 045 02721 Guajaraacute-Mirim 083 088 093 089 0146 006 036 03623 Jaru 076 085 082 089 0054 003 036 03624 Ji-Paranaacute 082 089 087 099 0065 010 055 04525 Machadinho d`Oeste 079 084 085 084 0032 003 045 03626 Ministro Andreazza 068 082 081 088 0109 002 036 03627 Mirante da Serra 072 080 076 086 0024 002 036 03628 Monte Negro 073 084 082 086 0015 000 027 03629 Nova Brasilacircndia d`Oeste 072 084 075 083 0015 001 027 04530 Nova Mamoreacute 069 083 078 081 0017 003 036 07331 Nova Uniatildeo 067 082 075 079 0015 000 018 04532 Novo Horizonte do Oeste 073 082 080 091 0005 001 045 02733 Ouro Preto do Oeste 079 086 084 095 0077 007 036 02734 Parecis 066 078 078 079 0020 001 036 01835 Pimenta Bueno 082 087 088 097 0058 006 045 04536 Pimenteiras do Oeste 076 085 074 079 0013 001 036 03637 Porto Velho (capital) 087 092 097 103 0118 016 045 05538 Presidente Meacutedici 071 083 078 083 0053 003 036 02739 Primavera de Rondocircnia 073 085 076 078 0115 002 027 03640 Rio Crespo 075 084 079 096 0011 001 045 03641 Rolim de Moura 078 086 083 092 0065 005 045 02742 Santa Luzia d`Oeste 073 082 074 076 0010 001 045 02743 Satildeo Felipe d`Oeste 073 082 074 080 0013 002 036 02744 Satildeo Francisco do Guaporeacute 074 085 088 097 0007 002 027 04545 Satildeo Miguel do Guaporeacute 074 084 072 083 0025 002 036 05546 Seringueiras 074 085 075 085 0013 001 027 02747 Teixeiroacutepolis 073 082 074 081 0011 001 036 03648 Theobroma 070 082 079 077 0010 001 036 03649 Urupaacute 071 082 078 078 0019 003 036 02750 Vale do Anari 071 080 076 095 0006 001 036 03651 Vale do Paraiacuteso 073 082 074 086 0020 001 045 02752 Vilhena 085 090 097 101 0015 010 045 045
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423 Concepccedilatildeo das Dimensotildees
a) Vulnerabilidade Social
O conceito adotado para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social partiu do princiacutepio de que o
percentual de pobreza e o iacutendice de concentraccedilatildeo da renda expotildeem a comunidade a uma
situaccedilatildeo de vulnerabilidade na medida em que natildeo apresenta condiccedilotildees de se proteger do
sistema capitalista vigente ficando a depender do estado para a garantia de suas necessidades
baacutesicas garantias estas que em geral este uacuteltimo natildeo tem condiccedilotildees de prover refletindo se
em outros aspectos da vida das pessoas Desta forma foram considerados ainda como
expoentes da exposiccedilatildeo da sociedade agrave falta de renda e de atendimento do estado a estas
necessidades a expectativa de vida e a disponibilidade de meacutedicos para cada mil habitantes e
a concentraccedilatildeo da renda
Desta forma o sub iacutendice para a dimensatildeo Vulnerabilidade Social foi construiacutedo com base
nos Indicadores de Pobreza (P) Concentraccedilatildeo da Renda (CR) Expectativa de Vida (EV) e
Sauacutede (S)
b) Acesso ao Conhecimento
Para a construccedilatildeo da dimensatildeo Acesso ao Conhecimento trabalhou-se com o componente
escolaridade Esta dimensatildeo considera que este eacute um requisito importante para identificar se
uma comunidades estaacute se desenvolvendo jaacute que a taxa alfabetizaccedilatildeo e a capacidade de manter
os filhos na escola eacute fundamental para garantir melhor qualidade de vida agrave comunidade
c) Disponibilidade de Recursos
Esta dimensatildeo foi construiacuteda considerando-se a renda per capita e a renda proveniente das
transferecircncias governamentais Estes dois paracircmetros datildeo a variaccedilatildeo da renda tendo sido
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suposto que quanto maior for a disponibilidade de recursos maior seraacute o reflexo no
desenvolvimento da localidade
d) Receita do Municiacutepio
Para se verificar a receita foi considerado apenas o que eacute receita proacutepria do municiacutepio
desconsiderando-se portanto as transferecircncias do Estado e da Uniatildeo Este conceito estaacute
baseado no fato de que o desenvolvimento do municiacutepio iraacute em princiacutepio refletir-se no
aumento da arrecadaccedilatildeo proacutepria
e) Participaccedilatildeo Social
Esta dimensatildeo retrata a organizaccedilatildeo da sociedade e a sua capacidade de intervenccedilatildeo nas
instituiccedilotildees oficiais capacitando a comunidade a direcionar os investimentos puacuteblicos e
privados para os setores que esta considera essencial e garantindo assim que as decisotildees
referentes agrave estruturaccedilatildeo social e os costumes locais sejam preservados
424 Construccedilatildeo e Caacutelculo dos Sub-iacutendices
De posse dos Indicadores de cada componente foi possiacutevel calcular o sub-iacutendice para cada
dimensatildeo Para o caacutelculo dos sub-iacutendices foi adotada a mesma metodologia utilizada para
encontrar os indicadores Portanto para as Dimensotildees que satildeo compostas de mais de um
componente foi feita uma meacutedia simples e para aquelas dimensotildees construiacutedas com base em
um uacutenico componente considerou-se que o sub-iacutendice eacute igual ao indicador Os resultados dos
sub-iacutendices podem ser observados na Tabela 3 o detalhamento dos caacutelculos dos sub-iacutendices
podem ser observados nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
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TABELA 3 ndash Resultados dos Sub-Iacutendices
V a ria ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a r ia ccedil atilde o ( ) 1 9 9 1 2 0 0 0 V a ria ccedil atilde o ( )
9 5 6 0 7 6 0 8 4 1 0 0 9 0 7 8 0 8 8 1 2 0 8 0 0 3 0 0 3 3 5 1 1 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 5 1 8 0 7 5 0 8 2 1 0 5 9 0 7 6 0 7 7 1 1 7 0 0 6 0 0 2 -6 8 6 4 0 1 8 0 0 9 -5 0 0 0
7 5 5 0 7 8 0 8 4 7 5 3 0 7 7 0 9 4 2 2 9 3 0 0 3 0 0 2 -4 0 6 7 0 3 6 0 4 5 2 5 0 0 2 0 5 5 0 7 4 0 8 4 1 2 9 3 0 7 6 0 8 3 1 0 1 6 0 0 4 0 0 2 -3 9 2 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-1 0 0 0 0 8 3 0 8 8 6 5 3 0 8 8 0 9 9 1 1 8 5 0 0 6 0 0 6 -1 8 0 0 4 5 0 4 5 0 0 0 9 6 8 0 6 8 0 8 6 2 6 8 4 0 8 3 0 9 8 1 7 7 7 0 0 1 0 0 3 2 4 0 8 2 0 3 6 0 0 9 -7 5 0 0
1 7 0 0 0 7 5 0 8 3 9 3 7 0 7 7 0 8 3 7 7 8 0 0 3 0 0 2 -2 2 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 2 4 3 8 0 7 2 0 8 4 1 5 8 4 0 7 5 0 9 0 1 9 7 2 0 0 1 0 0 1 -2 8 8 0 4 5 0 4 5 0 0 0 1 3 9 5 0 7 9 0 8 8 1 1 8 0 0 8 8 0 9 3 5 3 3 0 0 9 0 0 7 -2 7 9 7 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 -1 8 7 0 7 0 0 8 2 1 7 3 4 0 7 8 0 9 3 1 9 3 8 0 0 1 0 0 2 2 6 8 9 0 1 8 0 3 6 1 0 0 0 0 9 1 7 0 7 2 0 8 3 1 5 8 8 0 8 3 0 8 0 -3 9 2 0 0 2 0 0 2 -1 1 9 8 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 1 1 0 6 5 0 8 5 3 0 7 2 0 7 3 0 8 2 1 2 1 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 6 3 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 9 0 0 8 0 0 8 6 7 9 8 0 8 5 0 9 4 1 0 2 2 0 0 4 0 0 3 -1 5 8 0 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 7 5 0 7 2 0 8 4 1 7 4 8 0 7 9 0 8 4 6 2 6 0 0 2 0 0 2 1 6 5 4 0 1 8 0 2 7 5 0 0 0
2 1 0 3 0 7 5 0 8 5 1 3 8 8 0 8 0 0 8 6 6 6 5 0 0 5 0 0 5 1 5 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3 1 5 0 0 0 7 0 0 8 2 1 8 6 4 0 7 1 0 7 7 8 4 5 0 0 1 0 0 3 1 3 4 2 2 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-3 2 4 8 0 8 0 0 8 4 5 4 5 0 8 3 0 8 2 -1 0 1 0 0 1 0 0 2 5 5 4 1 0 2 7 0 6 4 1 3 3 3 3 2 2 0 3 0 7 2 0 8 2 1 4 5 3 0 7 5 0 9 0 1 9 1 8 0 0 1 0 0 2 9 9 0 6 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 3 2 3 9 0 7 8 0 8 5 8 7 3 0 8 4 0 9 1 9 1 0 0 0 6 0 0 6 -0 0 1 0 2 7 0 5 5 1 0 0 0 0
9 6 5 0 6 6 0 8 0 2 2 0 4 0 7 8 0 8 5 8 7 8 0 0 1 0 0 1 2 0 6 1 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 0 3 0 8 3 0 8 8 5 9 5 0 9 3 0 8 9 -4 0 8 0 1 5 0 0 6 -6 1 8 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0
2 5 4 2 0 7 6 0 8 5 1 1 0 1 0 8 2 0 8 9 9 4 5 0 0 5 0 0 3 -3 7 3 1 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 7 6 0 8 2 0 8 9 8 1 9 0 8 7 0 9 9 1 3 5 7 0 0 7 0 1 0 5 3 2 2 0 5 5 0 4 5 -1 6 6 7
-8 7 3 0 7 9 0 8 4 6 1 2 0 8 5 0 8 4 -0 8 1 0 0 3 0 0 3 -6 6 6 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 -3 2 9 0 6 8 0 8 2 2 0 9 5 0 8 1 0 8 8 8 6 1 0 1 1 0 0 2 -8 2 5 4 0 3 6 0 3 6 0 0 0
1 0 2 4 0 7 2 0 8 0 1 1 9 3 0 7 6 0 8 6 1 2 7 2 0 0 2 0 0 2 -1 9 0 2 0 3 6 0 3 6 0 0 0 2 3 5 0 0 7 3 0 8 4 1 4 2 3 0 8 2 0 8 6 5 7 8 0 0 2 0 0 0 -7 7 8 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
3 6 7 0 7 2 0 8 4 1 6 4 8 0 7 5 0 8 3 1 0 6 8 0 0 1 0 0 1 -2 8 4 3 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7 -1 4 1 5 0 6 9 0 8 3 2 0 8 0 0 7 8 0 8 1 4 0 8 0 0 2 0 0 3 7 6 6 9 0 3 6 0 7 3 1 0 0 0 0
2 9 2 0 6 7 0 8 2 2 2 0 1 0 7 5 0 7 9 4 6 1 0 0 1 0 0 0 -7 1 5 1 0 1 8 0 4 5 1 5 0 0 0 5 9 0 0 7 3 0 8 2 1 3 6 7 0 8 0 0 9 1 1 2 8 4 0 0 1 0 0 1 1 7 8 8 3 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
1 4 3 6 0 7 9 0 8 6 9 4 6 0 8 4 0 9 5 1 2 4 7 0 0 8 0 0 7 -1 2 0 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 -9 5 2 0 6 6 0 7 8 1 7 2 9 0 7 8 0 7 9 0 7 2 0 0 2 0 0 1 -3 6 0 2 0 3 6 0 1 8 -5 0 0 0
-1 3 8 0 0 8 2 0 8 7 6 7 5 0 8 8 0 9 7 9 8 0 0 0 6 0 0 6 -1 5 3 0 4 5 0 4 5 0 0 0 6 2 8 0 7 6 0 8 5 1 1 6 6 0 7 4 0 7 9 6 5 8 0 0 1 0 0 1 -1 6 2 6 0 3 6 0 3 6 0 0 0 5 2 2 0 8 7 0 9 2 5 5 1 0 9 7 1 0 3 5 8 3 0 1 2 0 1 6 3 3 8 5 0 4 5 0 5 5 2 0 0 0
-1 2 7 0 7 1 0 8 3 1 5 9 7 0 7 8 0 8 3 6 8 7 0 0 5 0 0 3 -4 1 9 6 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 7 1 5 0 7 3 0 8 5 1 5 4 4 0 7 6 0 7 8 2 5 8 0 1 2 0 0 2 -8 6 1 8 0 2 7 0 3 6 3 3 3 3
-7 9 9 0 7 5 0 8 4 1 2 5 7 0 7 9 0 9 6 2 1 6 7 0 0 1 0 0 1 2 8 1 0 4 5 0 3 6 -2 0 0 0 1 0 4 0 0 7 8 0 8 6 9 3 3 0 8 3 0 9 2 9 9 1 0 0 7 0 0 5 -2 9 7 7 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 1 4 1 3 0 7 3 0 8 2 1 1 8 9 0 7 4 0 7 6 2 9 3 0 0 1 0 0 1 4 5 1 0 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0
6 9 7 0 7 3 0 8 2 1 3 4 7 0 7 4 0 8 0 7 5 0 0 0 1 0 0 2 8 9 2 7 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 1 5 2 9 0 7 4 0 8 5 1 5 2 7 0 8 8 0 9 7 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 2 3 6 6 1 0 2 7 0 4 5 6 6 6 7
-1 9 2 1 0 7 4 0 8 4 1 4 0 0 0 7 2 0 8 3 1 5 6 2 0 0 2 0 0 2 -2 5 0 6 0 3 6 0 5 5 5 0 0 0 2 7 9 6 0 7 4 0 8 5 1 4 5 0 0 7 5 0 8 5 1 3 1 2 0 0 1 0 0 1 -4 8 9 0 2 7 0 2 7 0 0 0
5 8 5 0 7 3 0 8 2 1 3 0 7 0 7 4 0 8 1 8 6 6 0 0 1 0 0 1 -5 3 3 9 0 3 6 0 3 6 0 0 0 -8 5 1 0 7 0 0 8 2 1 7 1 8 0 7 9 0 7 7 -2 4 7 0 0 1 0 0 1 -1 5 5 0 0 3 6 0 3 6 0 0 0 4 7 1 0 7 1 0 8 2 1 6 0 2 0 7 8 0 7 8 -0 8 9 0 0 2 0 0 3 4 3 5 0 0 3 6 0 2 7 -2 5 0 0 9 2 4 0 7 1 0 8 0 1 2 7 0 0 7 6 0 9 5 2 5 6 0 0 0 1 0 0 1 8 1 5 7 0 3 6 0 3 6 0 0 0
-2 3 3 0 7 3 0 8 2 1 2 1 2 0 7 4 0 8 6 1 5 7 1 0 0 2 0 0 1 -3 3 4 9 0 4 5 0 2 7 -4 0 0 0 -3 2 7 0 8 5 0 9 0 5 7 2 0 9 7 1 0 1 3 6 6 0 0 2 0 1 0 5 8 6 2 9 0 4 5 0 4 5 0 0 0
V u ln e ra b ilid a d e s o c ia l (V S ) A c e s s o a o C o n h e c im e n to (A O C ) D is p o n ib ilid a d e d e R e c u rs o s (D R ) R e c e ita d o M u n ic iacutep io (R M ) P a r t ic ip a ccedil atilde o s o c ia l (P S )S U B - IacuteN D IC E S
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425 Caacutelculo do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio (IDM)
O caacutelculo do IDM foi feito com base nos sub-iacutendices encontrados sendo calculado com a
mesma metodologia utilizada para o caacutelculo dos indicadores e dos sub-iacutendices Portanto o
IDM de cada municiacutepio eacute dado por
IDMm = 16 (VSm + AOCm + DRm + RCm + PSm + CHm) ( 3 )
Onde
IDM = iacutendice de desenvolvimento do municiacutepio ldquomrdquo
VSm = sub-iacutendice da dimensatildeo vulnerabilidade social do municiacutepio ldquomrdquo
AOCm = sub-iacutendice da dimensatildeo acesso ao conhecimento do municiacutepio ldquomrdquo
DRm = sub-iacutendice da dimensatildeo disponibilidade de recursos do municiacutepio ldquomrdquo
RCm = sub-iacutendice da dimensatildeo receita do municiacutepio do municiacutepio ldquomrdquo
PSm = sub-iacutendice da dimensatildeo participaccedilatildeo social do municiacutepio ldquomrdquo
CHm = sub-iacutendice da dimensatildeo condiccedilotildees habitacionais do municiacutepio ldquomrdquo
Os resultados do IDM estatildeo apresentados na Tabela 3 e o detalhamento dos caacutelculos pode ser
observado nas Tabelas 13 e 14 do anexo B deste trabalho
426 Anaacutelise dos resultados dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio
A Tabela 4 apresenta os resultados finais dos caacutelculos do IDM que foi construiacutedo para o ano
de 1991 (antes da aplicaccedilatildeo dos recursos PAIC) e para o ano de 2000 (periacuteodo
imediatamente posterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos) De posse do Iacutendice de desenvolvimento do
municiacutepio foi calculado o Iacutendice de Desenvolvimento do Estado de Rondocircnia tambeacutem
apresentado na Tabela 4
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Tabela 4 ndash Resultados do IDM e Recursos Transferidos pelo PAIC
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2000 Recursos Transferidosem R$
1 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428
2 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900
3 Alto Paraiacuteso 047 054 -4 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160
5 Ariquemes 057 059 30367271
6 Buritis 047 049 -7 Cabixi 048 048 5266079
8 Cacaulacircndia 048 056 -9 Cacoal 048 055 80321875
10 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464
12 Castanheiras 043 050 24205870
13 Cerejeiras 052 053 16804119
14 Chupinguaia 044 049 6129640
15 Colorado do Oeste 047 054 8672785
16 Corumbiara 042 049 -17 Costa Marques 051 055 18993530
18 Cujubim 048 051 22703016
19 Espigatildeo d`Oeste 048 059 8143065
20 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380
21 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804
22 Jaru 049 055 29403066
23 Ji-Paranaacute 057 060 100778221
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073
25 Ministro Andreazza 048 050 6363473
26 Mirante da Serra 046 050 5943645
27 Monte Negro 046 052 10780151
28 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753
39 Nova Mamoreacute 046 056 22542801
30 Nova Uniatildeo 041 050 -31 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614
32 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052
33 Parecis 046 04434 Pimenta Bueno 056 057 29010538
35 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608
36 Porto Velho (capital) 059 065 149335239
37 Presidente Meacutedici 048 049 20294331
38 Primavera de Rondocircnia 046 050 -39 Rio Crespo 049 052 18782811
40 Rolim de Moura 053 053 5251414
41 Santa Luzia d`Oeste 047 047 35411256
42 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661
43 Satildeo Francisco do Guaporeacute 047 05644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998
45 Seringueiras 044 050 10852294
46 Teixeiroacutepolis 046 049 -47 Theobroma 047 048 40027730
48 Urupaacute 046 047 12213507
49 Vale do Anari 045 051 7777068
50 Vale do Paraiacuteso 048 048 13971018
51 Vilhena 058 061 42451129
IDM do Estado de Rondocircnia 048 052 1242104417
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IDM 19912000
030
035
040
045
050
055
060
065
0701 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Municiacutepios
Iacutendi
ces
IDM 1991 IDM 2000
FIGURA 3 ndash Graacutefico dos Iacutendices de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 2000
Inicialmente pensou-se que com o IDM seria possiacutevel identificar o papel dos investimentos
realizados pelo PAIC no estado Poreacutem em que pese os esforccedilos em buscar uma conclusatildeo
quanto agrave influecircncia dos recursos aplicados pelo PAIC nos resultados encontrados chegou-se agrave
conclusatildeo de que isto natildeo eacute possiacutevel em razatildeo de uma seacuterie de outros fatores que podem ser
considerados no comportamento do iacutendice sinteacutetico construiacutedo tais como o crescimento
populacional a transferecircncia de recursos constitucionais e a proacutepria indisponibilidade de
indicadores para o periacuteodo imediatamente anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos5
5 Essa conclusatildeo pode ser reforccedilada pelos resultados obtidos por meio de uma anaacutelise de regressatildeo simples emque se avalia o grau de correlaccedilatildeo existente entre a variaccedilatildeo do IDM no periacuteodo analisado e os recursostransferidos pelo PAIC De fato ainda que esta uacuteltima variaacutevel se tenha mostrado significativa ao niacutevel designificacircncia de 02 o R2 foi de apenas 217 mostrando uma baixa correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis dependentee independente Quando efetuada uma anaacutelise alternativa em que se aplicaram 3 variaacuteveis dummyrespectivamente para os municiacutepios das zonas de grande potencial social e dotadas de infraestrutura para ospredominantemente de manejo sustentaacutevel e com aacutereas de conservaccedilatildeo e para os municiacutepios localizados emaacutereas com caracteriacutesticas comuns das duas primeiras zonas os resultados mostraram uma elevaccedilatildeo do R2 paracerca de 60 poreacutem deixando a variaacutevel relativa ao PAIC de ser estatisticamente significativa aleacutem daregressatildeo como um todo ter perdido o seu poder explicativo por conta do fato de natildeo ter passado no teste FAssim os resultados indicam a necessidade de analisar a evoluccedilatildeo do IDM agrave luz da existecircncia de outros fatoresmais representativos entre os quais claramente deveratildeo ser incluiacutedas as poliacuteticas puacuteblicas levadas a cabo pelosgovernos locais pelo estado e pela proacutepria Uniatildeo paralelamente ao resultado propiciado pelo proacuteprioinvestimento privado levado a cabo em cada municiacutepio Os resultados da regressatildeo estatildeo apresentados no AnexoE deste trabalho
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Os dados disponiacuteveis dizem respeito ao ano de 1991 portanto com cinco anos de distacircncia em
relaccedilatildeo ao iniacutecio da aplicaccedilatildeo dos recursos pelo PAIC
Quanto ao Iacutendice de Desenvolvimento do Estado observa-se que este apresentou uma
melhora passando 048 em 1991 para 052 em 2000 em que pese o crescimento da
populaccedilatildeo neste periacuteodo ter sido da ordem de 224 mil habitantes conforme pode ser
observado no Tabela 5 do Anexo A
O IDM pode ser utilizado para acompanhamento do comportamento do desenvolvimento dos
municiacutepios e como base para a tomada de decisatildeo quanto ao investimento de novos recursos
cujo objetivo seja o desenvolvimento social e econocircmico das localidades O Geo-
referenciamento eacute um instrumento que pode ser utilizado com este propoacutesito permitindo uma
anaacutelise que relaciona o IDM a outros fatores locacionais tais como a presenccedila de reservas
florestais e de reservas indiacutegenas na regiatildeo dos municiacutepios estudados
O geo-referenciamento foi utilizado como ferramenta para visualizar o comportamento do
IDM encontrado para os municiacutepios do Estado de Rondocircnia Para a construccedilatildeo dos mapas
foram definidos trecircs intervalos de variaccedilatildeo dos iacutendices As Figuras 4 5 6 7 8 e 9 apresentam
os resultados das dimensotildees e do IDM geo-referenciados no mapa do Estado de Rondocircnia
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FIGURA 4 ndash Mapa do Iacutendice de Desenvolvimento do Municiacutepio 1991 e 20006
FIGURA 5 ndash Mapa da Dimensatildeo Vulnerabilidade Social
6 Conjunto de mapas plotados pelo Economista Cleber Bezerra Aguiar
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FIGURA 6 ndash Mapa da Dimensatildeo Acesso ao Conhecimento
FIGURA 7 ndash Mapa da Dimensatildeo Disponibilidade de Recursos
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FIGURA 8 ndash Mapa da Dimensatildeo Receita dos Municiacutepios
FIGURA 9 ndash Mapa da Dimensatildeo Participaccedilatildeo Social
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Para possibilitar uma anaacutelise locacional dos municiacutepios satildeo incluiacutedos a seguir o mapa do
Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash Figura 10 e o mapa da
Divisatildeo poliacutetica do Estado de Rondocircnia ndash Figura 11 No anexo D foram incluiacutedos ainda os
mapas das Reservas Indiacutegenas do Estado ndash Figura 1 e das Unidades de Conservaccedilatildeo do
Estado de Rondocircnia ndash Figura 2 (Estes mapas estatildeo disponibilizados nos endereccedilos eletrocircnicos
da rede mundial de computadores httpwwwrondoniarogovbr e
httpkanindeorgbrmapa04rtm)
As informaccedilotildees contidas nesse conjunto de mapas satildeo importantes uma vez que o estado estaacute
localizado na floresta amazocircnica com caracteriacutesticas muito peculiares O Mapa do
Zoneamento do Estado permite uma visatildeo bastante detalhada no que diz respeito agrave destinaccedilatildeo
de uso do solo no estado
Eacute fundamental uma breve anaacutelise do mapa da Figura 10 Esse mapeamento eacute fruto de um
longo estudo realizado por meio do Programa Planafloro Este estudo gerou a Lei
Complementar Nordm 233 de 06 de junho de 2000 que ldquoDispotildee sobre o Zoneamento
Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia ndash ZSEE e daacute outras providecircnciasrdquo
aprovada pela Assembleacuteia Legislativa do Estado de Rondocircnia Em seu texto determina a
preservaccedilatildeo de 70 de seu territoacuterio com cobertura vegetal natural (o texto integral da Lei
pode ser consultado no apecircndice B deste trabalho)
O zoneamento dividiu o Estado em trecircs Zonas com caracteriacutesticas especiacuteficas quanto ao uso
do solo Zona 1 ndash Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais compreendendo
5045 do territoacuterio estadual Zona 2 - Aacutereas de usos especiais (Aacutereas de conservaccedilatildeo dos
recursos naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel) ocupando 1460 do territoacuterio e
Zona 3 ndash Aacutereas de usos especiais (Aacutereas institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de
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uso restrito e controlado previstas em lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios)
localizada em 3495 do territoacuterio
FIGURA 10 - Mapa do Zoneamento Socioeconocircmico-Ecoloacutegico do Estado de Rondocircnia
ZONA 1Aacutereas de usos agropecuaacuterios agroflorestais e florestais
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
Zonas de ocupaccedilatildeo da terrapara diferentes usosprincipalmente agropecuaacuterioscom graus variaacuteveis deocupaccedilatildeo e de vulnerabilidadeambiental que caracterizamdiferentes subzonas
Como diretriz geral deve ser estimulado o desenvolvimentodas atividades primaacuterias em aacutereas jaacute desmatadas ouantropizadas com praacuteticas adequadas e manejo no uso dosrecursos naturais especialmente o solo de uma forma amaximizar os custos de oportunidade representados pelovalr da floresta Deve-se estimular tambeacutem o manejosustentado dos recursos florestais e em particular oreflorestamento e recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas depreservaccedilatildeo permanente (matas ciliares e de encostas) e dareserva legal incluindo o aproveitamento alternativo davegetaccedilatildeo secundaacuteria (capoeira) Recomenda-se ainda aaplicaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias visando amanutenccedilatildeo dos recursos florestais remanescentes evitandoa sua conversatildeo para sistemas agropecuaacuterios extensivos Asobras de infra-estrutura tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
11Satildeo aacutereas com grande potencialsocial Estatildeo dotadas de infra-estrutura suficiente para odesenvolvimento das atividadesagropecuaacuterias sobretudoestradas de acesso concentramas maiores densidadespopulacionais do Estado nelasse localizam os assentamentos
Os projetos de reforma agraacuteria devem ser direcionados paraestas aacutereas Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de pelo menos 20 dacobertura vegetal natural desta subzonaNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas inclusive a irrigaccedilatildeo comincentivos para agroinduacutestrias de forma a maximizar oscustos de oprtunidade representados pelo valor da floresta
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urbanos mais importantes Oscustos de oportunidade dapreservaccedilatildeo jaacute se tornaramexcessivamente elevados paragarantir a conservaccedilatildeo Aptidatildeoagriacutecola predominantementeboa Apresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente baixa
12Satildeo aacutereas com meacutedio potencialsocial onde predominam acobertura florestal natural emprocesso acelerado deocupaccedilatildeo geralmente natildeoestatildeo controlados Aptidatildeoagriacutecola predominantementeregular Vulnerabilidade naturala erosatildeo predominantementebaixa a meacutedia
Os processos de ocupaccedilatildeo necessitam esforccedilos para aregularizaccedilatildeo fundiaacuteria e controle da exploraccedilatildeo florestal edo desmatamento Devem ser implementadas poliacuteticaspuacuteblicas para a manutenccedilatildeo de pelo menos 40 dacobertura vegetal natural desta subzona com medidascompensatoacuterias visanto a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentesOs desmatamentos incrementais devem estar condicionadosagraves potencialidades e fragilidades naturais e ao uso da terrapretendido e em especial no contexto de programas dereforma agraacuteria em processo de implementaccedilatildeoNas aacutereas convertidas eacute recomendado o estiacutemulo aoincremento da produtividade agropecuaacuteria baseada emteacutecnicas agriacutecolas mais modernas envolvendo insumos epraacuteticas de manejo observando as condiccedilotildees da aptidatildeoagriacutecola desta subzona
13Aacutereas com claro predomiacutenio dacobertura vegetal natural comexpressivo potencial florestaem processo de ocupaccedilatildeoagropecuaacuteria incipiente comconversatildeo da cobertura vegetalnatural natildeo controlado Aptidatildeoagriacutecola predominantementerestrita Apresentavulnerabilidade natural agrave erosatildeopredominantemente meacutedia
O ordenamento desta subzona deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas mas natildeoestimulada a sua expansatildeo Os processos de ocupaccedilatildeonecessitam de esforccedilos para a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria econtrole de exploraccedilatildeo florestal e do desmatamento Devemser implementadas poliacuteticas puacuteblicas para a manutenccedilatildeo depelo menos 70 da cobertura vegetal natural destasubzona com medidas compensatoacuterias visando apreservaccedilatildeo dos recursos florestais remanescentesRecomenda-se que eventuais desmatamentos incrementaissejam condicionados agraves potencialidades e fragilidadesnaturais e ao uso pretendido com poliacuteticas puacuteblicas para oestiacutemulo da manutenccedilatildeo da cobertura vegetal naturalNas aacutereas convertidas eacute recomendado a implantaccedilatildeo deconsoacutercios agroflorestais reflorestamentos e cultivospermanentes de um modo geral
14Aacutereas onde a infra-estruturadisponiacutevel propicia a exploraccedilatildeodas terras apesar das condiccedilotildeesnaturais que impotildeem restriccedilotildeesao desenvolvimento deatividades de conversatildeo dacobertura vegetal naturalCompreende ecossistemas derelevante interesse para apreservaccedilatildeo dos recursosnaturais em especial oshiacutedricos jaacute que alguns riosdesta subzona apresentamexpressivo potencial paraaproveitamento hidreleacutetrico compequenas centrais de produccedilatildeoApresenta vulnerabilidadenatural agrave erosatildeopredominantemente alta
Nas aacutereas jaacute desmatadas recomenda-se a implantaccedilatildeo desistemas de exploraccedilatildeo que garantam o controle da erosatildeotais como reflorestamento consoacutercios agroflorestais eculturas permanentes de um modo geral Recomenda-seque eventuais desmatamentos incrementais sejamcondicionados agrave vulnerabilidade agrave erosatildeoagraves potencialidadese fragilidades naturais e ao uso pretendido com poliacuteticaspuacuteblicas para o estiacutemulo da manutenccedilatildeo da coberturavegetal natural Devem ser implementadas poliacuteticas puacuteblicaspara a manutenccedilatildeo de pelo menos 80 da coberutravegetal natural desta subzona com mediadascompensatoacuterias visando a preservaccedilatildeo dos recursosflorestais remanescentes
ZONA 2Aacutereas de Usos Especiais
Aacutereas de Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais passiacuteveis de uso sob manejo sustentaacutevel
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
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21Zonas onde as atividades deconversatildeo das terras florestaissatildeo pouco expressivas O capitalnatural sobretudo o florestal seapresenta ainda em condiccedilotildeessatisfatoacuterias de exploraccedilatildeomedeireira e natildeo medeireira Ocusto de oportunidade depreservaccedilatildeo se mantecircm entrebaixo e meacutedio com boaspossibilidades de conservar oestado natural O valor dasterras florestais pode serincrementado medianteagregaccedilatildeo de valor agravesexistecircncias florestais atraveacutes daexploraccedilatildeo seletiva de seusprodutos Algumas aacutereasapresentam alto potencial parao ecoturismo e para atividadesde pesca em suas diversasmodalidades
O ordenamento destas zonas deve priorizar oaproveitamento dos recursos naturais evitando aconversatildeo da cobertura vegetal natural As atividadesagropecuaacuterias existentes podem ser mantidas semexpansatildeo As aacutereas de campos naturais podem serutilizadas sob manejo adequado observando as suascaracteriacutesticas especificas De um modo geral devem serfomentadas as atividades de manejo florestal e doextrativismo especialmente pelas comunidadestradicionais tais como estradas deveratildeo estarcondicionadas agraves diretrizes de uso das subzonas
22Apresentam ocupaccedilatildeoinexpressiva Os custos deoportunidade da preservaccedilatildeo dafloresta natural satildeo baixosfacilitando a conservaccedilatildeo dasterras florestais no seu estadonatural
Destinadas agrave conservaccedilatildeo da natureza em especial dabiodiversidade com potencial para atividades cientiacuteficase econocircmicas de baixo impacto ambiental sob manejosustentado O aproveitamentos destas aacutereas deve sedesenvolver sem conversatildeo da cobertura vegetal naturale quando extremamente necessaacuterio somente empequenas aacutereas para atender agrave subsistecircncia familiar Asaacutereas jaacute convertidas deveriam ser direcionadas para arecuperaccedilatildeo Eacute recomendado tambeacutem a criaccedilatildeo de aacutereasprotegidas de domiacutenio puacuteblico ou privado devido agravescaracteriacutesticas especiacuteficas de sua biodiversidade de seushaacutebitats e de sua localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao corredorecoloacutegico regional
ZONA 3Aacutereas Institucionais
Aacutereas Institucionais constituiacutedas pelas aacutereas protegidas de uso restrito e controladoprevistas em Lei e instituiacutedas pela Uniatildeo Estado e municiacutepios
SUBZONA DESCRICcedilAtildeO DIRETRIZES
31Aacutereas constituiacutedas pelasUnidade de Conservaccedilatildeo de UsoDireto
A utilizaccedilatildeo dos recursos ambientais deveraacute seguir osplanos e diretrizes especiacuteficas das unidades instituiacutedastais como Florestas Estaduais de RendimentoSustentado Florestas Nacionais Reservas Estrativistas eoutras categorias estabelecidas no Sistema Nacional deUnidades de Conservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas Unidadesde Conservaccedilatildeo de Uso Indireto
Os usos devem se limitar agraves finalidades das unidadesinstituiacutedas tais como Estaccedilotildees Ecoloacutegicas Parques eReservas Bioloacutegicas Patrimocircnio Espeleoloacutegico ReservasParticulares do Patrimocircnio Natural e outras categoriasestabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidade deConservaccedilatildeo
32Aacutereas formadas pelas TerrasIndiacutegenas
Partes do territoacuterio nacional de uso limitado por lei ondeo aproveitamento dos recursos naturais somente poderaacuteser efetuado mediante autorizaccedilatildeo ou concessatildeo daUniatildeo
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FIGURA 11 - Mapa da Divisatildeo Politica do Estado de Rondocircnia
Ao realizar a anaacutelise dos resultados do IDM e das dimensotildees agrave luz do Zoneamento do Estado
de Rondocircnia pode-se chegar a inuacutemeras informaccedilotildees importantes para a compreensatildeo do
niacutevel de desenvolvimento soacutecio-econocircmico das localidades estudadas
Para melhor visualizaccedilatildeo dos resultados os municiacutepios foram divididos em 3 grupos o
primeiro abrange 24 municipios localizados em regiotildees definidas pelo ZEE como Zona 1 -
com grande potencial social e dotadas de infra-estrutura o segundo contempla 4 municiacutepios
na Zona 2 e 3 dotadas de reservas florestais e indiacutegenas e 17 municiacutepios localizados em aacutereas
com caracteriacutesticas comuns das trecircs primeiras zonas
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A dimensatildeo relativa ao acesso ao conhecimento apresentou melhora em todos os municiacutepios
sugerindo este fato que em princiacutepio a regiatildeo foi alvo de investimentos puacuteblicos inseridos
em uma estrateacutegia de poliacutetica puacuteblica global que resultou na melhora deste aspecto do
desenvolvimento7
Jaacute no que se refere agraves outras dimensotildees do IDM natildeo se observa pela anaacutelise dos dados um
comporamento padratildeo entre os municiacutepios poreacutem eacute possiacutevel fazer-se uma seacuterie de
observaccedilotildees signfivativas sendo importante destacar entretanto que cada municiacutepio deveria
ser estudado individualmente tendo em vista as caractiriacutesticas de cada um Diante disto
optou-se nesta anaacutelise por discutir o caso de alguns municiacutepios representativos de cada uma
das dimensotildees para ilustrar as possibilidades de informaccedilotildees que eacute possiacutevel obter com os
resultados do IDM
Assim na Zona 1 pode-se destacar o caso do municiacutepio de Rio Crespo onde as dimensotildees
vulnerabilidade e participaccedilatildeo sociais apresentaram queda e as dimensotildees disponibilidade de
recursos e renda do municiacutepio cresceram paralelamente ao fato do IDM ter apresentado
melhora No caso deste municiacutepio que tem o modelo de desenvolvimento baseado nos
moldes de exploraccedilatildeo tradicionais eacute possiacutevel identificar o aumento da renda per capita e um
aumento na arrecadaccedilatildeo proacutepria do municiacutepio caracterizando um crescimento econocircmico
sendo que isto poreacutem natildeo se traduziu em desenvolvimento soacutecio-econocircmico
No caso do municiacutepio de Ariquemes tambeacutem localizado na Zona 1 o comportamento dos
iacutendices eacute muito semelhante ao ocorrido com o municiacutepio de Rio Crespo com a diferenccedila de
que a arrecadaccedilatildeo e a participaccedilatildeo social mantiveram-se nos mesmos niacuteveis Pode-se concluir
7 Para a comprovaccedilatildeo desta afirmaccedilatildeo seria necessaacuterio um estudo especiacutefico relativo agrave poliacutetica nacional deerradicaccedilatildeo do analfabetismo implementada pelo governo federal nos dez anos estudados
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que tambeacutem aqui natildeo houve melhora nas condiccedilotildees de vida em que pese a mehora na renda
per capita
Jaacute nos municiacutepios localizados em aacutereas das Zonas 2 e 3 ndash constituiacutedas de aacutereas de manejo
sustentaacutevel de Unidades de Conservaccedilatildeo e reservas indiacutegenas o IDM ou permaneceu no
mesmo niacutevel ou apresentou uma queda como eacute o caso do municiacutepio de Guajaraacute-Mirim Esta
localidade apresentou uma melhora na dimensatildeo vulnerabilidade social paralelamente a uma
piora nos resultados das dimensotildees disponibilidade de recursos e receita municipal enquanto
a participaccedilatildeo social manteve-se no mesmo patamar
Este resultado parece sugerir portanto que apesar das intenccedilotildees iniciais com os projetos o
aproveitamento dos recursos naturais de forma a preservar a sua composiccedilatildeo natural e a gerar
desenvolvimento econocircmico e social depende da criaccedilatildeo de mecanismos com uma loacutegica
diferenciada de exploraccedilatildeo Isto pode ser atingido por meio de investimentos e pesquisas por
parte das autoridades competentes e da proacutepria sociedade organizada com vistas a gerar infra-
estrutura e tecnologia que permita o desenvolvimento das comunidades
Em relaccedilatildeo aos municiacutepios localizados em aacutereas com caracteriacutesticas comuns das trecircs
primeiras zonas buscou-se analisar o caso de Vilhena que apresentou aumento significativo
da receita e crescimento ainda que bastante tiacutemido da disponibilidade de recursos Poreacutem a
vulnerabilidade social apresentou piora em seus iacutendices e a participaccedilatildeo social manteve-se no
mesmo niacutevel o que demonstra que o crescimento por si soacute natildeo eacute suficiente para gerar o
desenvolvimento soacutecio-econocircmico
Verifica-se portanto que esse eacute um retrato que aponta ao gestor puacuteblico uma direccedilatildeo para o
planejamento de futuras accedilotildees que busquem garantir o desenvolvimento sustentaacutevel dos
municiacutepios localizados naquelas aacutereas A anaacutelise indica a necessidade de se criarem
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alternativas de renda agraves comunidades de maneira a permitir a qualidade de vida das pessoas e
a preservaccedilatildeo dos recursos disponiacuteveis Este sem duacutevida eacute um grande desafio uma vez que o
processo desenvolvimentista tradicional estaacute calcado em um sistema produtivo que natildeo leva
em consideraccedilatildeo a preservaccedilatildeo desses recursos
Para validar os resultados do IDM foi utilizada a teacutecnica da Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados
(DEA) para verificar a eficiecircncia da utilizaccedilatildeo dos recursos por cada municiacutepio
43 ANAacuteLISE DE ENVOLTOacuteRIA DE DADOS (DEA)
Para proceder agrave anaacutelise da eficiecircncia dos recursos puacuteblicos aplicados por meio de programas
de financiamento agraves comunidades foi utilizada a Data Envelopment Analysis- DEA ou
Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados que analisa a eficiecircncia por meio de programaccedilatildeo
matemaacutetica O meacutetodo DEA eacute natildeo parameacutetrico e em contraste com o meacutetodo parameacutetrico
natildeo necessita de nenhum pressuposto sobre a forma funcional Neste tipo de abordagem natildeo
satildeo feitas suposiccedilotildees agrave priori sobre a forma analiacutetica da funccedilatildeo de produccedilatildeo Constroacutei-se
empiricamente uma funccedilatildeo da melhor praacutetica atraveacutes de insumos e produtos observados Esta
eacute uma situaccedilatildeo tiacutepica de setores onde natildeo eacute possiacutevel aplicar os conceitos econocircmicos de
lucratividade custos ou preccedilos de mercado (SAMPAIO 2005)
A escolha da orientaccedilatildeo para a anaacutelise depende do tipo de estudo que se pretende realizar de
acordo com o possiacutevel controle exercido sobre os insumos ou sobre os produtos O modelo
orientado para insumo minimiza o consumo agregado e manteacutem constante a produccedilatildeo Jaacute
aquele orientado para o produto maximiza a produccedilatildeo e manteacutem constante o consumo
agregado
Existem vaacuterios modelos utilizados para realizar a anaacutelise da DEA Entre os mais utilizados
estatildeo (BELLONI 2000)
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Modelo CCR ndash Desenvolvido por Charnes Cooper e Rhodes (1978) o qual permite uma
avaliaccedilatildeo objetiva da eficiecircncia global e identifica as fontes e estimativas de montantes das
ineficiecircncias identificadas aleacutem de considerar retornos constantes de escala (CRS do termo
Constant Returns to Scale)
Modelo BCC ndash proposto por Banker Charnes e Cooper (1984) que distingue entre
ineficiecircncias teacutecnicas e de escala estimando a eficiecircncia teacutecnica pura a uma dada escala de
operaccedilotildees e identificando se estatildeo presentes ganhos variaacuteveis de escala (VRS relativo ao
termo Variable Returns to Scale)
Na anaacutelise DEA as unidades de produccedilatildeo satildeo consideradas com DMUs (Decision Making
Units) Unidades de Tomada de Decisatildeo sendo que cada DMU eacute uma unidade responsaacutevel em
converter insumos em produtos As DMUs podem ser grupos empresariais empresas
individuais departamentos divisotildees e unidades administrativas Devem atender aos seguintes
preacute-requisitos as unidades devem ser comparaacuteveis devem atuar sob as mesmas condiccedilotildees e
os fatores (insumos e produtos) devem ser os mesmos para cada unidade (SAMPAIO 2005)
O meacutetodo DEA apresenta vantagens e limitaccedilotildees podendo destacar-se as seguintes
vantagens analisa cada DMU separadamente mede a eficiecircncia relativa ao conjunto de
DMUs permite a inclusatildeo de atributos ambientais ou do processo de produccedilatildeo que natildeo sejam
nem recursos econocircmicos ou produtos
Por seu turno quanto agraves limitaccedilotildees destacam-se por ser uma teacutecnica do ponto de vista
extremo ruiacutedos tais como erros de mediccedilatildeo podem comprometer a anaacutelise a exclusatildeo de um
insumo ou produto importante pode determinar resultados distorcidos os escores de eficiecircncia
satildeo relativos somente agraves melhores unidades na amostra (No Apecircndice A deste trabalho eacute
apresentado o arcabouccedilo sobre o qual estaacute sustentada a Anaacutelise de Envoltoacuteria de Dados)
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Como o objetivo do trabalho eacute verificar-se se a implementaccedilatildeo de projetos de financiamento
diretamente agraves comunidades promove o desenvolvimento local o modelo BCC ou VRS da
DEA permite observar se ocorrem retornos variaacuteveis de escala em relaccedilatildeo aos recursos
investidos por meio da eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
Na aplicaccedilatildeo deste meacutetodo cada municiacutepio eacute considerado uma Unidade de Tomada de
Decisatildeo (DMU) Desta forma cada municiacutepio pode ser avaliado quanto agrave eficiecircncia relativa
dos recursos investidos pelo PAIC Nesta anaacutelise satildeo identificados os municiacutepios que
apresentam eficiecircncia estes moldam a fronteira enquanto os demais tecircm seu grau de
eficiecircncia medido em relaccedilatildeo agrave esta fronteira
Uma das etapas fundamentais para a consistecircncia da anaacutelise da DEA eacute a definiccedilatildeo das
variaacuteveis utilizadas como entrada e saiacuteda ou como insumo e produto Com esta preocupaccedilatildeo
foram buscados no conjunto dos indicadores utilizados para o caacutelculo do IDM aqueles que
poderiam demonstrar se o volume de recursos investidos teve ou natildeo eficaacutecia no
desenvolvimento das localidades Para tanto foram classificados oito indicadores como sendo
as variaacuteveis de saiacuteda e um indicador como variaacutevel de entrada Os indicadores definidos a
serem utilizados na aplicaccedilatildeo do modelo estatildeo apresentados na Tabela 5 As tabelas
completas com os valores podem ser observadas no Anexo C nas Tabelas D1 e D2
431 Adequaccedilatildeo das Variaacuteveis
Apoacutes a definiccedilatildeo dos indicadores foi necessaacuterio realizar a adequaccedilatildeo dos mesmos
Inicialmente perguntou-se qual deveria ser o comportamento ideal de cada um dos
indicadores de saiacuteda Observou-se que o comportamento ideal de alguns indicadores seria
inverso ao comportamento ideal de outros Por exemplo o ideal eacute que percentual de pobres
seja o menor possiacutevel enquanto que a expectativa de vida seja a maior possiacutevel Desta forma
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os valores dos indicadores cujo ideal seja o menor possiacutevel foram invertidos a fim da garantir
a consistecircncia da anaacutelise Os caacutelculos das inversotildees realizadas estatildeo apresentados nas Tabelas
D3 e D4 do anexo D deste trabalho
Quanto aos indicadores de entrada ou seja os valores referentes agraves transferecircncias de recursos
aos municiacutepios pelo PAIC foram transformados em valores per capita Desta forma
entendeu-se ser o resultado mais representativo uma vez que a populaccedilatildeo de cada um dos
municiacutepios apresenta uma grande variaccedilatildeo Estes nuacutemeros estatildeo apresentados na Tabela 5 do
anexo D Na Tabela 5 abaixo as variaacuteveis que tiveram seus valores invertidos estatildeo
identificadas na coluna ldquoadequaccedilatildeordquo
TABELA 5 - Indicadores Utilizados para os Caacutelculos da DEA
Como estes dados estatildeo disponiacuteveis para os anos de 1991 e 2000 e considerando que a
execuccedilatildeo dos PAICs foram iniciadas em 1997 optou-se em trabalhar o modelo BCC com a
variaccedilatildeo dos indicadores de saiacuteda Ao proceder ao caacutelculo da variaccedilatildeo dos indicadores para o
periacuteodo de 1991 e 2000 observou-se que algumas variaacuteveis de saiacuteda apresentaram valores
negativos ou zero Como o Modelo BCC da DEA natildeo aceita valores negativos ou zero foi
necessaacuterio realizar alguns procedimentos matemaacuteticos baseados no trabalho esenvolvido por
(PASTOR 1996) a fim de possibilitar a utilizaccedilatildeo das variaacuteveis
ENTRADA SAIacuteDA ADEQUACcedilAtildeO de pobres Valores Invertidosiacutenidce de Gini Valores InvertidosTaxa de mortalidadeateacute 1 ano Valores InvertidosProbabilidade de vida ateacute 60 anos Valores Originaisnuacutemero de maacutedicos por 1000habitantes Valores OriginaisTaxa de alfabetizaccedilatildeo Valores OriginaisNuacutemero de conselhos Valores OriginaisRenda per capita Valores Originais
Volume de recursos percapita aplicados pelo
PAIC
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Em que pese o fato do modelo BCC natildeo reconhecer variaacuteveis natildeo positivas diversos
pesquisadores tecircm-se empenhado em ampliar as suas possibilidades Foi o que desenvolveu
Pastor (1996) Em seu artigo Pastor discute a possibilidade de utilizaccedilatildeo do modelo BCC em
casos onde os nuacutemeros utilizados sejam zero ou negativos Esta pesquisa amplia de forma
substancial a possibilidade de utilizaccedilatildeo do referido modelo
O autor determina algumas condiccedilotildees para que estas variaccedilotildees no modelo sejam utilizadas
Sendo que ele destaca ldquoPodemos tambeacutem deslocar os valores dos insumos (produtos) de
forma a tornar aqueles valores positivosrdquo E ainda que ldquoo uso do modelo BCC por meio de
um pacote DEA permite que se possa apenas deslocar os dados de produto (insumo)rdquo8 ou
seja o modelo eacute invariante agrave escala se todas as variaacuteveis consideradas como os insumos ou
produtos sejam deslocados na mesma direccedilatildeo
Desta forma optou-se por deslocar os dados referentes aos indicadores de saiacuteda mantendo os
valores de entrada na forma original portanto todos os nuacutemeros referentes aos indicadores de
produto foram deslocados somando - se a cada um a escala de uma unidade
Com este procedimento todas as variaccedilotildees dos indicadores passaram a ser positivas A Tabela
51 apresenta os procedimentos de ajuste das variaacuteveis e a Tabela 6 apresenta os indicadores
ajustados O detalhamento dos caacutelculos eacute apresentado na Tabela 6 do Anexo D
8 Traduccedilatildeo da autora
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Ajuste dos indicadores de Saiacuteda
Adequaccedilatildeo Variaccedilatildeonoperiacuteodo19912000
AjustenosIndicadores LimiteSuperior LimiteInferior
depobres Invertidos
IacutendicedeGini Invertidos
Taxademortalidadeateacute1ano Invertidos
Probabilidadedevidaateacute60 OriginaisNuacutemerodemeacutedicospor OriginaisTaxadealfabetizaccedilatildeo OriginaisNuacutemerodeconselhos Originais
per capita Originais
Procedi ment o real i zado soment e para os i ndi cadores de Saiacute da
(X2000 X1991) - 1 Variaccedilatildeo+1 LS=2DP+m LS=2DP- m
Vari aacuteve i s de Sa iacute da
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TABELA 6 ndash Indicadores Ajustados
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Outro conceito importante a ser levado em consideraccedilatildeo eacute o de que as DMUs devem ser
comparaacuteveis entre si ou seja os municiacutepios analisados natildeo podem apresentar grandes
diferenccedilas no que diz respeito agraves variaacuteveis utilizadas como entradas e saiacutedas Em razatildeo disto
foi construiacutedo um limite superior e um limite inferior para cada variaacutevel da seguinte forma
LS = 2DP + m e LI = 2DP - m ( 4 )
OndeLS limite superiorLI = limite inferiorDP = Desvio Padratildeo amostram = meacutedia da amostra
Municiacutepios de Rondocircnia pobresAjustado
Iacutendice GiniAjustado
Mortalidade ateacute 1ano Ajustado
Prob vida 60anos Ajustado
NordmMeacutedicos1000
habTx alfabetAjustado
Presenccedila deConselhosAjustado
Renda PerCapita
Ajustado
1 Alta Floresta d`Oeste 163 098 161 113 1 110 15 2032 Alto Alegre dos Parecis 151 117 196 122 118 111 05 1423 Alvorada d`Oeste 142 086 149 111 158 113 133 2084 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 1595 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 1936 Campo Novo de Rondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 2147 Candeias do Jamari 121 117 157 115 1 116 075 0968 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 1629 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 15010 Colorado do Oeste 158 107 131 105 198 114 133 16711 Costa Marques 122 107 116 103 1 105 233 11912 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 24613 Espigatildeo d`Oeste 135 098 188 115 186 109 200 15814 Governador Jorge Teixeira 140 102 186 121 1 122 06 15215 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 10116 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 15917 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 16418 Machadinho d`Oeste 054 086 164 115 1 106 08 11519 Ministro Andreazza 144 074 142 108 1 121 100 16920 Mirante da Serra 189 102 122 104 1 112 100 21921 Monte Negro 146 100 151 111 151 114 133 14322 Nova Brasilacircndia d`Oeste 161 089 136 108 1 116 167 21623 Nova Mamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 12724 Novo Horizonte do Oeste 159 083 180 119 1 114 06 18325 Ouro Preto do Oeste 157 100 134 107 127 109 075 16726 Pimenta Bueno 146 097 167 114 036 107 100 14727 Pimenteiras do Oeste 153 100 135 106 1 112 100 16228 Porto Velho (capital) 099 092 127 105 175 106 12 12429 Presidente Meacutedici 152 090 109 100 1 116 075 17730 Rio Crespo 154 069 193 125 1 113 08 25831 Rolim de Moura 083 116 165 111 088 109 06 16532 Santa Luzia d`Oeste 151 106 160 115 1 112 06 17433 Satildeo Felipe d`Oeste 102 091 148 110 1 113 075 20834 Satildeo Miguel do Guaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 25835 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 19836 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 10637 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 13738 Vale do Paraiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 25239 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121
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Apoacutes a anaacutelise verificou-se que trecircs municiacutepios (Cacoal Castanheiras e Vale do Anari)
encontravam-se fora destes limites e foram excluiacutedos da amostra por terem sido considerados
atiacutepicos e portanto poderiam provocar distorccedilotildees nos resultados da DEA Foi excluiacuteda
tambeacutem a variaacutevel ldquoReceitas Tributaacuteriasrdquo em funccedilatildeo de apresentar resultados fora do limite
superior e inferior Verificou-se que em funccedilatildeo da frequumlecircncia com que este fato ocorria esta
variaacutevel poderia comprometer o resultado da anaacutelise Estes caacutelculos podem ser observados na
Tabela 7 do Anexo D
Aleacutem dos municiacutepios acima citados foram retirados da amostra outros onze que natildeo
receberam recursos do PAIC Portanto de uma amostra total de 51 municiacutepios para efeitos do
modelo foram utilizados 39 considerados unidades de tomada de decisatildeo (DMUs)
432 Orientaccedilatildeo do modelo
Como o objetivo eacute verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
apoacutes a definiccedilatildeo e adequaccedilatildeo das variaacuteveis o proacuteximo passo importante eacute a orientaccedilatildeo que
seraacute adotada para o modelo DEA
Conforme mencionado a orientaccedilatildeo pode ser para o insumo ou para o produto A diferenccedila
entre elas eacute que na orientaccedilatildeo para o insumo ou entrada manteacutem-se fixa a saiacuteda ou produto
e busca-se minimizar a utilizaccedilatildeo dos insumos Jaacute na orientaccedilatildeo para o produto ou saiacuteda o
objetivo eacute maximizar o produto mantendo-se fixa a entrada ou insumo
Neste estudo utilizou-se a orientaccedilatildeo para saiacuteda jaacute que o objetivo eacute verificar quais municiacutepios
tiveram melhor aproveitamento dos recursos aplicados refletidos nos indicadores de
desenvolvimento dos municiacutepios e colaboraram com isto para a melhora dos iacutendices de
desenvolvimento do estado Nesta orientaccedilatildeo mantiveram-se fixas as entradas ou seja os
recursos transferidos pelo PAIC
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Em razatildeo das adequaccedilotildees procedidas nos indicadores utilizados como saiacuteda eacute importante
destacar novamente a discussatildeo desenvolvida por Pastor (1996) no que diz respeito agrave
orientaccedilatildeo do modelo ldquoPara o nosso conhecimento ainda que diversas aplicaccedilotildees tenham
sido feitas lidando com nuacutemeros negativos apenas duas consideram propriedades
invariantes de translaccedilatildeo Aquela que noacutes apresentamos aqui refere-se a um modelo
orientado para o produto enquanto a outra citada previamente desenvolvida em Pastor
(1993) refere-se ao modelo BCC orientado para o insumo Se por alguma razatildeo nas duas
aplicaccedilotildees mencionadas quisermos mudar a orientaccedilatildeo da anaacutelise natildeo mais poderemos usar
o modelo BCC e teremos de usar a famiacutelia de modelos aditivosrdquo9 Com base nesta afirmaccedilatildeo
entendeu-se que o modelo apresentado neste trabalho pode ser orientado para o produto
433 Resultado e Anaacutelise do Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
A medida de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos eacute obtida com o modelo BCC que
fornece os retornos variaacuteveis de escala Este modelo determina a fronteira de eficiecircncia de
cada municiacutepio (DMU) em relaccedilatildeo agravequele que apresentou maior eficiecircncia e que se situa mais
proacuteximo da fronteira
O ranking de eficiecircncia foi montado para a variaccedilatildeo dos indicadores referentes aos anos de
1991 e 2000 Para a resoluccedilatildeo do modelo foi utilizado o programa DEAP que pode ser obtido
gratuitamente no site lthttpwwwwisouni-dortmunddegt O arquivo dos dados e o arquivo
das instruccedilotildees satildeo apresentados pela Tabela 7 e pela Figura 2
A Tabela 7 apresenta os dados utilizados para rodar o modelo sendo que as saiacutedas estatildeo
apresentadas nas oito primeiras colunas e identificam respectivamente o percentual de pobres
o iacutendice de Gini a taxa de mortalidade infantil a probabilidade de vida ateacute 60 anos o nuacutemero
9 Traduccedilatildeo desta autora
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de meacutedicos por 1000 habitantes a taxa de alfabetizaccedilatildeo e a renda per capita A uacuteltima coluna
identifica a entrada ou seja o volume de recursos transferidos aos municiacutepios
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TABELA 7 - Dados Utilizados para rodar o Modelo BCC da DEA
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Eacute importante destacar que o programa utilizado solicita que seja empregado o ponto em lugar da viacutergula normalmente usada comoseparador decimal
ENTRADA
pobres IacutendiceGiniMortalidadeateacute1ano
Probvida60anos
NordmMeacutedicos100
0hab TxalfabetPresenccediladeConselhos
RendaPerCapita
Transf PAICPerCapita
1 AltaFlorestadOeste 163 098 161 113 1 110 15 203 7362 AltoAlegredosParecis 151 117 196 122 118 111 05 142 2593 AlvoradadOeste 142 086 149 111 158 113 133 208 3474 Ariquemes 038 095 175 115 063 107 100 159 4065 Cabixi 163 111 130 106 1 109 06 193 6906 CampoNovodeRondocircnia 148 077 162 114 127 117 200 214 7847 CandeiasdoJamari 121 117 157 115 1 116 075 096 37318 Cerejeiras 155 100 158 111 1 108 08 162 9219 Chupinguaia 137 091 157 111 1 117 15 150 114010 ColoradodoOeste 158 107 131 105 198 114 133 167 39711 CostaMarques 122 107 116 103 1 105 233 119 185712 Cujubim 165 080 119 103 189 115 06 246 346613 EspigatildeodOeste 135 098 188 115 186 109 200 158 31514 GovernadorJorgeTeixeira 140 102 186 121 1 122 06 152 156615 Guajaraacute-Mirim 103 100 129 105 131 106 100 101 381716 Jaru 143 095 144 108 185 111 100 159 54717 Ji-Paranaacute 156 093 131 106 119 108 083 164 94218 MachadinhodOeste 054 086 164 115 1 106 08 115 111519 MinistroAndreazza 144 074 142 108 1 121 100 169 55420 MirantedaSerra 189 102 122 104 1 112 100 219 44821 MonteNegro 146 100 151 111 151 114 133 143 84622 NovaBrasilacircndiadOeste 161 089 136 108 1 116 167 216 126323 NovaMamoreacute 101 074 157 115 1 121 200 127 151924 NovoHorizontedoOeste 159 083 180 119 1 114 06 183 101625 OuroPretodoOeste 157 100 134 107 127 109 075 167 274926 PimentaBueno 146 097 167 114 036 107 100 147 91127 PimenteirasdoOeste 153 100 135 106 1 112 100 162 288328 PortoVelho(capital) 099 092 127 105 175 106 12 124 44529 PresidenteMeacutedici 152 090 109 100 1 116 075 177 76830 RioCrespo 154 069 193 125 1 113 08 258 638831 RolimdeMoura 083 116 165 111 088 109 06 165 11032 SantaLuziadOeste 151 106 160 115 1 112 06 174 304533 SatildeoFelipedOeste 102 091 148 110 1 113 075 208 124534 SatildeoMigueldoGuaporeacute 139 113 168 117 1 114 15 258 68135 Seringueiras 097 102 136 108 142 115 100 198 92536 Theobroma 090 083 108 100 1 117 100 106 35837 Urupaacute 124 102 110 101 1 116 075 137 81838 ValedoParaiacuteso 159 078 145 109 1 112 06 252 141739 Vilhena 126 102 130 104 068 106 100 121 791
SAIacuteDAS
MuniciacutepiosdeRondocircnia
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A Tabela 8 do anexo D especifica os atributos necessaacuterios para resoluccedilatildeo do modelo Estatildeo
identificados o nome do arquivo utilizado com os dados o nome do arquivo com o resultado
da resoluccedilatildeo do modelo o nuacutemero de municiacutepios neste caso 39 o nuacutemero de periacuteodos 1 o
nuacutemero de saiacutedas 8 indicadores o nuacutemero de entradas 1 transferecircncia de recursos o modelo
VRS retornos variaacuteveis de escala e o DEA (mult-stage) que verifica a eficiecircncia do conceito
de Koopmans ou seja evita que duas DMUs sejam consideradas eficientes estando na
mesma fronteira
A Tabela 8 apresenta parte dos resultados do programa onde podem ser identificas as
prefeituras que tiveram maior eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos Os arquivos completos satildeo
apresentados na Figura 1 do Anexo D A soluccedilatildeo eacute apresentada da seguinte forma Na
primeira coluna estaacute a lista de municiacutepios identificados pelos nuacutemeros informando a
quantidade de DMUs analisadas Observe-se que para o modelo BCC fornecer a medida de
eficiecircncia teacutecnica coluna identificada por vrste eacute necessaacuterio calcular a medida de eficiecircncia
produtiva coluna crste e a medida de eficiecircncia de escala coluna identificada por scale A
uacuteltima linha informa a meacutedia de cada uma das medidas de eficiecircncia e a uacuteltima coluna
informa o se o retorno de escala eacute crescente (irs) ou decrescente (drs)
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TABELA 8 - Soluccedilatildeo do Modelo BCC para os indicadores (saiacutedas) e transferecircncias derecursos do PAIC (entrada)
Fonte Elaboraccedilatildeo da AutoraNota Firm ndash indica cada um dos municiacutepios vrste ndash eficiecircncia teacutecnica crste ndash eficiecircncia produtiva scale ndasheficiecircncia de escala e mean meacutedia
A demonstraccedilatildeo da arquitetura que deu origem ao resultado apresentado eacute de difiacutecil
visualizaccedilatildeo em razatildeo da presenccedila de nove variaacuteveis o que gera um espaccedilo de soluccedilatildeo em
nove dimensotildees pois cada fronteira eacute medida pela distacircncia de cada uma das variaacuteveis em
relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia Com estes resultados foi possiacutevel montar um ranking de
firm crste vrste scale
1 0352 1000 0352 drs2 0773 1000 0773 drs3 0659 1000 0659 drs4 0417 0963 0433 drs5 0313 1000 0313 drs6 0411 1000 0411 drs7 0043 1000 0043 drs8 0223 0958 0233 drs9 0219 0991 0221 drs
10 0623 1000 0623 drs11 0198 1000 0198 drs12 0068 1000 0068 drs13 1000 1000 1000 -14 0118 1000 0118 drs15 0046 0921 0050 drs16 0423 0985 0429 drs17 0219 0947 0232 drs18 0126 0951 0132 drs19 0344 1000 0344 drs20 0559 1000 0559 drs21 0272 0987 0276 drs22 0222 1000 0222 drs23 0209 1000 0209 drs24 0207 1000 0207 drs25 0076 0959 0079 drs26 0212 0959 0221 drs27 0070 0964 0073 drs28 0493 0945 0522 drs29 0262 0981 0267 drs30 0032 1000 0032 drs31 1000 1000 1000 -32 0066 0978 0067 drs33 0111 0964 0116 drs34 0374 1000 0374 drs35 0196 0992 0197 drs36 0475 1000 0475 drs37 0201 0989 0203 drs38 0149 1000 0149 drs39 0226 0920 0246 drs
mean 0307 0983 0311
EFFICIENCY SUM MARY
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eficiecircncia teacutecnica que mede a eficiecircncia em relaccedilatildeo agrave fronteira de eficiecircncia A Tabela 9
apresenta esse ranking de eficiecircncia teacutecnica na aplicaccedilatildeo dos recursos
TABELA 9 ndash Ranking de Eficiecircncia Teacutecnica
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de RondocircniaRanking de Eficiecircncia
Teacutecnica
1 Alta Floresta d`Oeste 1002 Alto Alegre dos Parecis 1003 Alvorada d`Oeste 1004 Ariquemes 965 Cabixi 1006 Campo Novo de Rondocircnia 1007 Candeias do Jamari 1008 Cerejeiras 969 Chupinguaia 9910 Colorado do Oeste 10011 Costa Marques 10012 Cujubim 10013 Espigatildeo d`Oeste 10014 Governador Jorge Teixeira 10015 Guajaraacute-Mirim 9216 Jaru 9917 Ji-Paranaacute 9518 Machadinho d`Oeste 9519 Ministro Andreazza 10020 Mirante da Serra 10021 Monte Negro 9822 Nova Brasilacircndia d`Oeste 10023 Nova Mamoreacute 10024 Novo Horizonte do Oeste 10025 Ouro Preto do Oeste 9626 Pimenta Bueno 9627 Pimenteiras do Oeste 9628 Porto Velho (capital) 9629 Presidente Meacutedici 9830 Rio Crespo 10031 Rolim de Moura 10032 Santa Luzia d`Oeste 9833 Satildeo Felipe d`Oeste 9634 Satildeo Miguel do Guaporeacute 10035 Seringueiras 9936 Theobroma 10037 Urupaacute 9838 Vale do Paraiacuteso 10039 Vilhena 98
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O Graacutefico apresentado na Figura 12 permitem observar que 21 municiacutepios ou 54 do total
de municiacutepios estudados apresentaram eficiecircncia maacutexima na utilizaccedilatildeo dos recursos
enquanto os outros 46 ou seja 18 municiacutepios apresentaram eficiecircncia abaixo da eficiecircncia
maacutexima poreacutem nunca menor do que 90
O resultado apresentado pelo modelo DEA demonstra uma eficiecircncia relativa na aplicaccedilatildeo
dos recursos Eacute importante destacar que este resultado trabalha com a comparaccedilatildeo entre as
Unidades de Tomada de Decisatildeo (DMUs) ou seja a comparaccedilatildeo entre os municiacutepios
estudados
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Eficiecircncia Teacutecnica
6 7 10 11 12 13 14 19 20 22 23 24 30 31 34 36 38 35 9 37 21 16 29 32 27 28 33 4 25 26 8 18 17 15 39
Municiacutepios
111111 111111 099111
096
098098099
099099099
096096096096096
095095
096
092092
Graacutefico da Eficiecircncia Teacutecnica
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44 ANAacuteLISE COMPARATIVA ENTRE OS RESULTADOS ENCONTRADOS COM
O IDM E A EFICIEcircNCIA VERIFICADA POR MEIO DA APLICACcedilAtildeO DO
MODELO BCC DO DEA
Para buscarmos uma comparaccedilatildeo que permita chegar a conclusotildees quanto agrave proposta inicial
deste trabalho procedeu-se agrave comparaccedilatildeo entre a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo de recursos e os
iacutendices de desenvolvimento dos municiacutepios As Tabelas 10 11 e 12 apresentam o IDM de
1991 e 2000 os recursos transferidos e o ranking de eficiecircncia teacutecnica dos municiacutepios que
tiveram queda no IDM os que mantiveram o IDM na mesma posiccedilatildeo e aqueles municiacutepios
que apresentaram uma melhora no IDM respectivamente
Dos 39 municiacutepios estudados apenas dois apresentaram queda nos iacutendices de
desenvolvimento e quatro deles se mantiveram nos mesmos patamares em relaccedilatildeo ao IDM
Trinta e um municiacutepios apresentaram melhora nos seus iacutendices Quando comparados os
resultados do IDM ao ranking de eficiecircncia teacutecnica jaacute natildeo se pode afirmar que a eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos estaacute traduzida na forma de desenvolvimento econocircmico uma vez que
os municiacutepios que apresentaram os mais altos iacutendices de desenvolvimento natildeo apresentaram
eficiecircncia maacutexima na aplicaccedilatildeo de recursos Como por exemplo o caso dos municiacutepios de
Porto Velho Vilhena Ji-Paranaacute e Ariquemes que apresentaram melhoras em seus iacutendices de
desenvolvimento enquanto a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos ficou em torno de 95
Como exemplo das possibilidades de conclusatildeo deste estudo foram discutidos os casos de
dois municiacutepios posicionados em pontos extremos dos resultados obtidos com a pesquisa O
municiacutepio de Guajaraacute-Mirim e do municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis O municiacutepio de
Guajaraacute-Mirim recebeu um dos maiores volumes de recursos e apresentou os piores
resultados A sua eficiecircncia teacutecnica foi de 92 jaacute o IDM apresentou queda enquanto que a
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populaccedilatildeo teve um crescimento insignificante Verifica-se que o sub-iacutendice da Receita
Municipal apresentou uma queda draacutestica no periacuteodo estudado Seu territoacuterio estaacute localizado
nas Zonas 2 e 3 do ZEE do Estado ou seja aacutereas de usos especiais e aacutereas institucionais
restritas portanto agrave exploraccedilatildeo econocircmica tradicional
Com estes dados pode-se levantar algumas questotildees no que se refere a este municiacutepio
Primeiramente a anaacutelise locacional demonstra a necessidade de desenvolvimento de novas
tecnologias e meacutetodos que revertam a preservaccedilatildeo dos recursos naturais em benefiacutecios soacutecio-
econocircmicos para a populaccedilatildeo local Em segundo pode-se verificar pela queda nos iacutendices de
arrecadaccedilatildeo de receitas municipais que o estado natildeo tem mecanismos que permitam reverter
a preservaccedilatildeo ambiental em gerador de arrecadaccedilatildeo municipal o que reflete a necessidade da
busca de instrumentos legais para garantir a sauacutede financeira dos municiacutepios nesta situaccedilatildeo
A baixa eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos do PAIC pode portanto refletir a ausecircncia do
conceito de desenvolvimento includente por parte do poder puacuteblico local conforme destaca
Sachs (2004) e ainda a ausecircncia de estrutura do municiacutepio para dar apoio agraves comunidades
Em que pese o conhecimento das comunidades tradicionais (ribeirinhas e indiacutegenas) ter a
capacidade de gerar novas tecnologias combinadas conforme discute Sachs (2004) isto
somente seraacute viaacutevel a partir do momento em que este objetivo esteja inserido em uma poliacutetica
global que leve em consideraccedilatildeo a necessidade de oferecer a opotunidade a estas mesmas
comunidades de se prepararem para gerarem suas proacuteprias alternativas de desenvolvimento
soacutecio-econocircmico
O municiacutepio de Alto Alegre dos Parecis recebeu um dos menores volumes de recursos
apresentou 100 de eficiecircncia na sua aplicaccedilatildeo melhora no seu IDM e o crescimento da sua
populaccedilatildeo foi de aproximadamente 50 Esse municiacutepio estaacute localizado na Zona 1 do ZEE do
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Estado portando dotado de infra-estrutura necessaacuteria ao desenvolvimento econocircmico
tradicional com uma populaccedilatildeo detentora de formaccedilatildeo para o desenvolvimento de processos
produtivos e habituada ao trato de questotildees econocircmicas Estes fatores demonstram que este
municiacutepio estaacute mais apto ao desenvolvimento social e econocircmico
Como se vecirc eacute possiacutevel com os dados trabalhados nesta pesquisa realizar uma anaacutelise
localizada e com isto apontar as deficiecircncias e necessidades das comunidades com o objetivo
de formular poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local
Tabela 10 ndash Municiacutepios que apresentaram queda no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Tabela 11 ndash Municiacutepios onde o IDM manteve-se no mesmo niacutevel
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios deRondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
41 SantaLuzia d Oeste 047 047 35411256 9840 RolimdeMoura 053 053 5251414 10050 ValedoParaiacuteso 048 048 13971018 1007 Cabixi 048 048 5266079 100
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
24 Machadinho d`Oeste 051 050 25429073 9521 Guajaraacute-Mirim 055 054 145508804 92
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Tabela 12 ndash Municiacutepios que apresentaram melhora no IDM
Fonte Elaboraccedilatildeo da Autora
Municiacutepios de Rondocircnia IDM 1991 IDM 2001 RecursosTransferidos emR$
Ranking deEficiecircncia
11 Candeias do Jamari 047 048 49057464 10048 Urupaacute 046 047 12213507 9837 Presidente Meacutedici 048 049 20294331 9831 Novo Horizonte do Oeste 048 049 12506614 1002 Alto Alegre dos Parecis 043 044 3319900 10034 Pimenta Bueno 056 057 29010538 9647 Theobroma 047 048 40027730 10020 Governador Jorge Teixeira 046 047 21422380 10013 Cerejeiras 052 053 16804119 965 Ariquemes 057 059 30367271 9642 Satildeo Felipe d`Oeste 046 048 8824661 9625 Ministro Andreazza 048 050 6363473 10039 Rio Crespo 049 052 18782811 10032 Ouro Preto do Oeste 050 053 112606052 9623 Ji-Paranaacute 057 060 100778221 9551 Vilhena 058 061 42451129 9835 Pimenteiras do Oeste 046 050 7348608 9618 Cujubim 048 051 22703016 10017 Costa Marques 051 055 18993530 10026 Mirante da Serra 046 050 5943645 10022 Jaru 049 055 29403066 9936 Porto Velho (capital) 059 065 149335239 9644 Satildeo Miguel do Guaporeacute 049 054 16266998 10014 Chupinguaia 044 049 6129640 9945 Seringueiras 044 050 10852294 9927 Monte Negro 046 052 10780151 984 Alvorada d`Oeste 045 051 6905160 10015 Colorado do Oeste 047 054 8672785 10028 Nova Brasilacircndia d`Oeste 044 052 21576753 1001 Alta Floresta d`Oeste 047 055 19542428 10010 Campo Novo de Rondocircnia 042 051 8992580 10039 Nova Mamoreacute 046 056 22542801 10019 Espigatildeo d Oeste 048 059 8143065 100
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5 CONCLUSOtildeES
A avaliaccedilatildeo de projetos de desenvolvimento regional apresenta grandes O primeiro e mais
relevante eacute a falta de diagnoacutesticos soacutecio econocircmicos das regiotildees ou localidades que seratildeo
beneficiadas com os projetos tanto relativos ao periacuteodo anterior agrave aplicaccedilatildeo dos recursos
quanto ao periacuteodo posterior agrave execuccedilatildeo dos projetos A base de dados estatiacutesticos
disponibilizados pelos institutos de pesquisa em que pese terem uma abrangecircncia
significativa falha na periodicidade restando basicamente os anos referentes agrave realizaccedilatildeo dos
censos demograacuteficos que no caso do Brasil ocorrem de dez em dez anos
Aleacutem deste entrave outro problema enfrentado pelo pesquisador eacute a disponibilidade de dados
referentes aos proacuteprios projetos estudados As instituiccedilotildees responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo
em geral natildeo publicam dados referentes por exemplo ao volume de recursos aplicados e ao
periacuteodo de transferecircncia dos mesmos
No caso deste trabalho foi necessaacuterio utilizar informaccedilotildees disponiacuteveis apenas nos arquivos do
Ministeacuterio da Integraccedilatildeo Nacional disponibilizados pelo coordenador do Projeto agrave eacutepoca da
implementaccedilatildeo Sem este arquivo natildeo seria possiacutevel verificar o volume de recursos
transferidos uma vez que natildeo estatildeo publicados em nenhum documento oficial do Governo
Federal nem do Estado de Rondocircnia ou mesmo do Banco Mundial entidades responsaacuteveis
pela elaboraccedilatildeo implementaccedilatildeo e financiamento dos projetos
Quanto agrave questatildeo de disponibilidade de informaccedilotildees relativas aos projetos e referentes aos
proacuteprios diagnoacutesticos soacutecio-econocircmicos eacute importante destacar que o volume de recursos
puacuteblicos empregado nos projetos natildeo apresenta uma avaliaccedilatildeo final que permita um
paracircmetro de discussatildeo e ateacute de questionamento em relaccedilatildeo a este trabalho Natildeo se observa
da parte do poder puacuteblico e muito menos do Banco Mundial a preocupaccedilatildeo em de fato
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verificar os resultados na aplicaccedilatildeo dos recursos Nenhum dos relatoacuterios disponibilizados
pelos oacutergatildeos responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo dos projetos faz uma anaacutelise conclusiva quanto
agrave implementaccedilatildeo dos mesmos Este eacute outro fator de dificuldade para a anaacutelise da aplicaccedilatildeo
dos recursos
Em especial no caso do PAIC por estar inserido em um Programa maior o Planafloro estes
foram totalmente relegados a um plano inferior nos relatoacuterios de avaliaccedilatildeo do Planafloro Natildeo
se observa nenhuma anaacutelise conclusiva quanto ao PAIC
Desta forma apoacutes terem sido definidos os indicadores a serem utilizados nesta pesquisa e
ainda o volume de recursos transferidos agraves comunidades e aos municiacutepios nos quais os
mesmos estatildeo localizados buscou-se uma metodologia que permitisse avaliar os resultados
Para tanto buscou-se um iacutendice para verificar se o volume de recursos investidos promoveram
o desenvolvimento social e econocircmico das localidades Assim foi construiacutedo o Iacutendice de
Desenvolvimento do Municiacutepio cujos resultados demonstram que entre 1991 e 2000
quarenta e quatro dos cinquumlenta e um municiacutepios estudados apresentaram uma melhora no
IDM Poreacutem como era de se esperar esta melhora natildeo pode ser atribuiacuteda especialmente aos
recursos aplicados pelo PAIC jaacute que existem outros programas oficiais que investem recursos
puacuteblicos na regiatildeo Poreacutem o IDM permite um ldquoraio Xrdquo dos municiacutepios e pode ser utilizado
para a elaboraccedilatildeo de novos projetos de desenvolvimento local
A utilizaccedilatildeo do geo-referenciamento por seu turno oferece uma metodologia bastante
interessante quanto agrave possibilidade de visualizaccedilatildeo dos diversos componentes da regiatildeo em
especial no que se refere agrave presenccedila de reservas florestais extrativistas e indiacutegenas na regiatildeo
Permite ainda ao se verificar o comportamento do IDM nos municiacutepios observar as regiotildees
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que necessitam de maiores investimentos e em que setores o poder puacuteblico deve concentrar a
aplicaccedilatildeo dos recursos
Quanto ao resultado desta anaacutelise pode-se depreender por exemplo que nos municiacutepios em
cujo territoacuterio encontra-se qualquer tipo de reserva seja ela indiacutegena extrativista ou florestal
apresentam em alguns casos queda no IDM e em outros a manutenccedilatildeo dos mesmos iacutendices
o que pode significar que estas comunidades necessitam de investimentos no sentido de
garantir a preservaccedilatildeo ambiental com a geraccedilatildeo de rendimentos para as mesmas
A Loacutegica do sistema capitalista estaacute centrada na exploraccedilatildeo dos recursos naturais impondo o
modo predatoacuterio como alternativa para o desenvolvimento soacutecio-econocircmico como destaca o
relatoacuterio da Comissatildeo Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Nosso
Futuro Comum (1991) ldquoos povos mais pobres satildeo obrigados a usar excessivamente seus
recursos ambientais a fim de sobrevirem e o fato de empobrecerem seu meio ambiente os
empobrece mais tornando sua sobrevivecircncia mais difiacutecil e incerta A prosperidade
conseguida em algumas partes do mundo eacute com frequumlecircncia precaacuteria pois foi obtida mediante
praacuteticas agriacutecolas florestais e industriais que soacute trazem lucro e progresso a curto prazordquo
(CMMAD 1991 29) Isto demonstra a necessidade de se desenvolver tecnologias alternativas
para a exploraccedilatildeo dos recursos naturais de maneira a garantir aleacutem da preservaccedilatildeo dos
mesmos a superaccedilatildeo das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas vividas pelas populaccedilotildees mais pobres
Esta pesquisa verificou ainda a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos utilizando a Data
Envelopment Analysis (DEA) (vide apecircndice A deste trabalho) Com a utilizaccedilatildeo deste
meacutetodo buscou-se verificar a eficiecircncia na aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
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Destaca-se que neste modelo a eficiecircncia teacutecnica eacute relativa ou seja a fronteira de eficiecircncia
eacute construiacuteda comparando os municiacutepios entre si natildeo se determina agrave priori a situaccedilatildeo ideal o
proacuteprio modelo constroacutei a funccedilatildeo de produccedilatildeo empiricamente
Eacute importante frisar ainda que se utilizou apenas os recursos do PAIC como entrada no
modelo BCC da DEA natildeo levando em consideraccedilatildeo o gasto puacuteblico variaacutevel que poderaacute se
mostrar significativa na determinaccedilatildeo do niacutevel de desenvolvimento econocircmico e social
representado nas variaacuteveis utilizadas como saiacuteda no modelo
Com os resultados do modelo foi construiacutedo o ranking de eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos
recursos que demonstrou que cinquumlenta e quatro por cento dos municiacutepios apresentaram
eficiecircncia teacutecnica relativa e quarenta e seis por cento dos municiacutepios apresentaram eficiecircncia
em torno de noventa e cinco por cento portanto foram menos eficientes que os primeiros no
que se refere agrave aplicaccedilatildeo dos recursos transferidos pelo PAIC
O ranking de eficiecircncia permite observar ainda que os municiacutepios localizados em aacutereas onde
predominam as Zonas 2 e 3 do Zoneamento do Estado apresentam uma baixa eficiecircncia na
aplicaccedilatildeo dos recursos enquanto que aqueles que estatildeo localizados em aacutereas da Zona 1 do
ZEE demomantram uma maior eficiecircncia no ranking
A comparaccedilatildeo entre os resultados do IDM e da DEA permite algumas observaccedilotildees
importantes jaacute discutidas ao longo do trabalho destaca-se aqui o fato de que os municiacutepios
que apresentam os maiores iacutendices de desenvolvimento do municiacutepio apresentarem os piores
resultados na eficiecircncia teacutecnica da aplicaccedilatildeo dos recursos
Conclui-se que por mais que os niacuteveis de eficiecircncia relativa obtida tenham sido elevados e que
o IDM tenha demonstrado um crescimento em quase todos os municiacutepios a carecircncia de
informaccedilotildees implica a impossibilidade de concluir-se peremptoriamente que os investimentos
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oriundos de financiamentos de instituiccedilotildees internacionais na forma de financiamento direto agraves
comunidades promovem o desenvolvimento econocircmico e garante uma melhora na qualidade
de vida das mesmas
Para conclusotildees mais especiacuteficas eacute necessaacuterio o desenvolvimento de novos estudos que levem
em consideraccedilatildeo outros investimentos realizados pelo poder puacuteblico nas regiotildees diagnoacutesticos
soacutecio-econocircmicos realizados nas comunidades no momento anterior e posterior agrave
implementaccedilatildeo deste tipo de projeto inserccedilatildeo dos projetos na poliacutetica global de
desenvolvimento soacutecio-econocircmico implementado pelo poder puacuteblico local estadual e federal
Cabem ainda estudos que verifiquem o resultado destes projetos em comparaccedilatildeo com os
resultados que poderiam ser obtidos no caso de uma adequada poliacutetica de gastos puacuteblicos por
parte dos governos locais inseridos em uma poliacutetica global de desenvolvimento soacutecio-
econocircmico
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