ao logo dos 22 anos de monitoramento foram protegidos 75.393 ninhos da espécie, que resultou no...

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1985 1986 1987 1988 1989 1990 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Taxa ovosinviáveis(%) 17,3 5,8 8,3 9,0 7,1 9,7 9,5 6,6 13,8 11,5 1,5 5,4 Taxa m ortalidade (%) 4,7 10,5 1,3 1,9 1,2 1,8 0,9 0,2 0,9 2,5 2,3 2,8 Taxa eclosão (%) 79,0 90,5 90,3 89,3 91,8 88,7 89,7 93,2 85,4 86,4 70,9 92,1 Ao logo dos 22 anos de monitoramento foram protegidos 75.393 ninhos da espécie, que resultou no manejo in situ de 3.963.644 filhotes, sendo uma média de 2.705 ninhos monitorados e 146.875 filhotes manejados por ano, com taxas de eclosão de 87,6%, mortalidade de 2,9% e de ovos inviáveis de 9,1% (tabelas 1 e 2; figuras 3, 4, 5) (PQA-GO, 1985 a 1991, 1993 a 1996, 2001 a 2011). Constatou-se uma grande variação entre os dados analisados, chegando a apresentar coeficientes de variação de 97,5%, 117,9% e 116,9% para número de ninhos, de ovos e de filhotes nascidos, respectivamente (tabela 1). A despeito dos esforços conservacionistas, constata-se um declínio populacional acentuado da espécie, especialmente na última década, em que o nº de ninhos (matrizes) reduziu de cerca de 8.500, em 2001, para aproximadamente 1.000, em 2011 (tabela 1; figura 3). As razões para a constatada redução populacional da espécie nessa região, notadamente de fêmeas reprodutoras nos últimos 10 anos, ainda não são bem caracterizadas, mas infere-se que estejam relacionadas à intensa influência antrópica nas alterações dos ambientes dessa região, em consequência dos grandes empreendimentos agropastoris em franca expansão; e pela alta coleta de animais e ovos por residentes e pessoas de fora, impulsionados por forte turismo local, principalmente, em temporadas de praia (IBAMA, 1989). A falta de padronização na coleta e sistematização dos dados prejudicou e inviabilizou a realização de cálculos e avaliações importantes, como, por exemplo, a produção de ovos e de filhotes por fêmea. Houve recorrentes interrupções na coleta de dados relevantes, ressalvando-se o registro da quantidade de ovos produzidos, ovos inviáveis e filhotes mortos, impossibilitando uma determinação precisa das taxas de eclosão, de mortalidade dos filhotes e de ovos inviáveis em vários períodos. Outra informação relevante, remete aos períodos entre 1987 e 1990, e de 2009 a 2011, em que o tempo de incubação dos ovos, em média, foi de 55 dias (tabela 1). Desde o início do “Projeto Quelônios” em Goiás utilizou-se a mesma metodologia de proteção e manejo de ovos e filhotes nos nove sítios de nidificação monitorados. Nesse período foram confeccionados relatórios técnicos anuais das ações de manejo conservacionista e monitoramento reprodutivo em 22 estações reprodutivas da tartaruga-da-amazônia, que serviram de fonte de informações para este trabalho (PQA-GO, 1985 a 1991, 1993 a 1996, 2001 a 2011). Esses relatórios gerenciais de atividades foram cadastrados no Sistema de Gestão e Informação dos Quelônios Amazônicos – SisQuelônios, web system de gestão da informação, desenvolvido e administrado pelo RAN, especializado no processamento de dados obtidos em programas/projetos de monitoramento populacional e/ou manejo para conservação de quelônios amazônicos. As informações quantitativas obtidas foram avaliadas por estatística descritiva. Conservação da tartaruga-da-amazônia Podocnemis expansa (SCHWEIGGER, 1812) no Estado de Goiás Rafael Antônio Machado Balestra¹ , Ana Paula Gomes Lustosa 1 , Lilian Freitas Bastos 2 , Natália Yoshimura Lopes 3 1 - Pesquisadores do RAN/ICMBio ([email protected] / [email protected]) ; 2 – Biólogas /PUC-GO ([email protected] / [email protected] ) INTRODUÇÃO CONCLUSÃO METODOLOGIA Fig. 1 - Exemplar de P. expansa em postura (fotografia de Ana Paula Gomes Lustosa). Com base neste trabalho, conclui-se que, considerando que os procedimentos metodológicos foram mantidos ao longo dos anos de execução do monitoramento e manejo empregados na região pesquisada, ressalvando a manutenção do mesmo esforço amostral, a constatada redução do número de matrizes de P. expansa indica a redução da população dessa espécie na área monitorada e, por consequência, a ineficiência das medidas de recuperação/conservação da mesma. RESULTADOS E DISCUSSÃO As populações da tartaruga-da-amazônia (P. expansa) (figura 1) vêm sendo histórica e sistematicamente reduzidas principalmente em razão da sua sobrexploração pelo consumo e comércio ilegal (IBAMA, 1989). Em avaliação recente foi considerada como quase ameaçada de extinção (NT) no território brasileiro e para a região amazônica como um todo, e categoriza-se como criticamente ameaçada segundo a lista de especialistas em quelônios de água-doce (Dijk et al., 2011). Em Goiás, ações de proteção e o manejo conservacionista para a tartaruga-da-amazônia foram iniciadas em 1985, em sítios de reprodução da espécie nos rios Araguaia e Crixás-açu (figura 2), em razão da suspeita de declínio populacional dessa espécie na região devido à intensa pressão de consumo e comércio ilegais. Essas ações foram iniciadas pelo extinto IBDF, assumidas pelo CENAQUA/IBAMA na década de 1990, que sua vez originou o RAN/ICMBio em 2001, atual responsável pelo projeto (IBAMA, 1989; PQA-GO, 1985 a 1991, 1993 a 1996, 2001 a 2011). Neste trabalho objetivou-se traçar um perfil da conservação de P. expansa no Estado, notadamente da região do médio Araguaia, na confluência entre Goiás, Mato Grosso e Tocantins (figura 2). Fig. 02 – Região do médio Araguaia, destacando os sítio reprodutivos de P. expansa monitorados. y = -81,776x+ 3849,6 R²= 0,0605 Filhotes Filhotes O vos Taxa Taxa Taxa m anejados m ortos inviáveis eclosão (% ) m ortalidade (% ) ovos inviáveis (% ) 1985 595 22.112 17.461 817 3.834 79,0 4,7 17,3 1986 803 42.571 38.531 4.040 2.489 90,5 10,5 5,8 1987 2.099 161.550 145.820 1.903 13.427 90,3 1,3 8,3 1988 3.496 245.754 219.467 4.124 22.163 89,3 1,9 9,0 1989 1.418 132.864 121.994 1.481 9.389 91,8 1,2 7,1 1990 3.766 356.786 316.532 5.786 34.468 88,7 1,8 9,7 1991 1.635 153.181 138.571 ...... ...... 90,5 ...... ...... 1992 3.601 ...... 221.114 ...... ...... ...... ...... ...... 1993 6.045 ...... 62.308 ...... ...... ...... ...... ...... 1994 5.286 ...... 363.779 ...... ...... ...... ...... ...... 1995 8.285 ...... 549.121 ...... ...... ...... ...... ...... 1996 1.938 ...... 76.246 ...... ...... ...... ...... ...... 1997 8.000 ...... 500.000 ...... ...... ...... ...... ...... 1998 2.267 ...... 36.862 ...... ...... ...... ...... ...... 1999 5.887 ...... 290.372 ...... ...... ...... ...... ...... 2000 8.567 ...... 506.966 ...... ...... ...... ...... ...... 2001 1.496 ...... 12.367 ...... ...... ...... ...... ...... 2002 939 61.528 55.184 505 5.829 89,7 0,9 9,5 2003 154 15.942 14.857 36 1.049 93,2 0,2 6,6 2004 177 16.371 13.986 128 2257 85,4 0,9 13,8 2005 90 3.527 3.047 76 404 86,4 2,5 11,5 2006 995 8.970 6.359 145 136 70,9 2,3 1,5 2007 520 36.560 33.668 934 1.958 92,1 2,8 5,4 2008 514 ...... 35.505 ...... ...... ...... ...... ...... 2009 455 9.979 8.629 ...... ...... 86,5 ...... ...... 2010 3000 ...... 30.000 ...... ...... ...... ...... ...... 2011 1000 ...... ...... ...... ...... ...... ...... Total 73.028 1.257.716 3.818.746 ...... ...... ...... ...... ...... M édia 2.704,7 90.549,6 146.874,8 ...... ...... ...... ...... ...... DP 2.637,9 106.790,9 171.673,7 ...... ...... ...... ...... ...... CV 97,5 117,9 116,9 ...... ...... ...... ...... ...... A no N inhos O vos Tabela 01. M onitoram ento da reprodução da tartaruga-da-am azônia ( P. expansa ), no rio Araguaia, Estado de Goiás. 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2009 Ovos 22.112 42.571 161.550 245.754 132.864 356.786 153.181 61.528 15.942 16.371 3.527 8.970 36.560 9.979 Filhotes 17.461 38.531 145.820 219.467 121.994 316.532 138.571 55.184 14.857 13.986 3.047 6.359 33.668 8.629 Figura 03 – Evolução da quantidade de ninhos(fêm eas)de P. expansa no rio A raguaia, Estado de G oiás, com a linha de tendênciaindicando o declínio da população dem atrizesem desovasnossítiosm onitoradosdessa região. Figura 04 – Evolução da quantidade de ovose de filhotesvivosde P. expansa no rio A raguaia,Estado de G oiás. Figura 05 – Taxasde eclosão, de ovosinviáveise de m ortalidade de filhotesde P. expansa no rio A raguaia, Estado de G oiás. Tabela 02. M onitoram ento da reprodução da tartaruga-da-am azônia ( P. expansa ), no rio Crixás-A çu, Estado de G oiás. Filhotes Filhotes O vos Taxa Taxa Taxa m anejados m ortos inviáveis eclosão (% ) m ortalidade (% ) ovos inviáveis (% ) 1994 ...... ...... 12.796 ...... ...... ...... ...... 641,7 1995 965 ...... 23.005 ...... ...... 48,4 ...... 1153,1 1996 156 ...... 3.750 ...... ...... 7,8 ...... 187,9 1998 353 34.604 31.801 450 2.353 17,7 1731,9 1591,6 1999 400 42.976 39.869 380 2.732 20,0 2149,9 1994,4 2001 254 18.684 15.907 172 2.605 12,7 933,7 795,0 2002 200 16.098 14.850 112 1.138 10,0 804,1 741,8 2003 37 3.255 2.920 132 203 1,8 162,5 145,8 Total 2.365 115.617 144.898 1.246 ...... ...... ...... ...... Média 337,9 23.123,4 18.112,3 249,2 ...... ...... ...... ...... DP 301,9 15.730,1 12.903,6 154,9 ...... ...... ...... ...... CV 89,4 68,0 71,2 62,2 ...... ...... ...... ...... Ninhos O vos A no Dijk, P.P.V.; Iverson, J. B.; Shaffer, H. B.; Bour, R.; Rhodin, A. G. J. 2011. Turtles of the World, 2011 Update: Annotated Checklist of Taxonomy, Synonymy, Distribution, and Conservation Status. Chelonian Research Monographs, 5: 165 – 242. Ibama. Projeto quelônios da Amazônia 10 anos. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1989. 119 p. Relatórios técnicos do Projeto Quelônios da Amazônia no Estado de Goiás (PQA-GO) dos anos de 1985 a 1991, 1993 a 1996, 2001 a 2011. Subirá, R.J.; de Souza, E.C.F.; Guidorizzi, C.E.; M.P.; de Almeida, J.B.; Martins, D.S., 2012. Avaliação Científica do Risco de Extinção da Fauna Brasileira – Resultados Alcançados em 2012. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade/COABIO. Biodiversidade Brasileira, 2(2), 17-24, 2012. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 1: Ao logo dos 22 anos de monitoramento foram protegidos 75.393 ninhos da espécie, que resultou no manejo in situ de 3.963.644 filhotes, sendo uma média de

1985 1986 1987 1988 1989 1990 2002 2003 2004 2005 2006 2007Taxa ovos inviáveis (%) 17,3 5,8 8,3 9,0 7,1 9,7 9,5 6,6 13,8 11,5 1,5 5,4Taxa mortalidade (%) 4,7 10,5 1,3 1,9 1,2 1,8 0,9 0,2 0,9 2,5 2,3 2,8Taxa eclosão (%) 79,0 90,5 90,3 89,3 91,8 88,7 89,7 93,2 85,4 86,4 70,9 92,1

Ao logo dos 22 anos de monitoramento foram protegidos 75.393 ninhos da espécie, que resultou no manejo in situ de 3.963.644 filhotes, sendo uma média de 2.705 ninhos monitorados e 146.875 filhotes manejados por ano, com taxas de eclosão de 87,6%, mortalidade de 2,9% e de ovos inviáveis de 9,1% (tabelas 1 e 2; figuras 3, 4, 5) (PQA-GO, 1985 a 1991, 1993 a 1996, 2001 a 2011). Constatou-se uma grande variação entre os dados analisados, chegando a apresentar coeficientes de variação de 97,5%, 117,9% e 116,9% para número de ninhos, de ovos e de filhotes nascidos, respectivamente (tabela 1).

A despeito dos esforços conservacionistas, constata-se um declínio populacional acentuado da espécie, especialmente na última década, em que o nº de ninhos (matrizes) reduziu de cerca de 8.500, em 2001, para aproximadamente 1.000, em 2011 (tabela 1; figura 3).

As razões para a constatada redução populacional da espécie nessa região, notadamente de fêmeas reprodutoras nos últimos 10 anos, ainda não são bem caracterizadas, mas infere-se que estejam relacionadas à intensa influência antrópica nas alterações dos ambientes dessa região, em consequência dos grandes empreendimentos agropastoris em franca expansão; e pela alta coleta de animais e ovos por residentes e pessoas de fora, impulsionados por forte turismo local, principalmente, em temporadas de praia (IBAMA, 1989).

A falta de padronização na coleta e sistematização dos dados prejudicou e inviabilizou a realização de cálculos e avaliações importantes, como, por exemplo, a produção de ovos e de filhotes por fêmea.

Houve recorrentes interrupções na coleta de dados relevantes, ressalvando-se o registro da quantidade de ovos produzidos, ovos inviáveis e filhotes mortos, impossibilitando uma determinação precisa das taxas de eclosão, de mortalidade dos filhotes e de ovos inviáveis em vários períodos. Outra informação relevante, remete aos períodos entre 1987 e 1990, e de 2009 a 2011, em que o tempo de incubação dos ovos, em média, foi de 55 dias (tabela 1).

Desde o início do “Projeto Quelônios” em Goiás utilizou-se a mesma metodologia de proteção e manejo de ovos e filhotes nos nove sítios de nidificação monitorados. Nesse período foram confeccionados relatórios técnicos anuais das ações de manejo conservacionista e monitoramento reprodutivo em 22 estações reprodutivas da tartaruga-da-amazônia, que serviram de fonte de informações para este trabalho (PQA-GO, 1985 a 1991, 1993 a 1996, 2001 a 2011).

Esses relatórios gerenciais de atividades foram cadastrados no Sistema de Gestão e Informação dos Quelônios Amazônicos – SisQuelônios, web system de gestão da informação, desenvolvido e administrado pelo RAN, especializado no processamento de dados obtidos em programas/projetos de monitoramento populacional e/ou manejo para conservação de quelônios amazônicos. As informações quantitativas obtidas foram avaliadas por estatística descritiva.

 Conservação da tartaruga-da-amazônia Podocnemis expansa

(SCHWEIGGER, 1812) no Estado de Goiás Rafael Antônio Machado Balestra¹, Ana Paula Gomes Lustosa1, Lilian Freitas Bastos2, Natália Yoshimura Lopes3

1 - Pesquisadores do RAN/ICMBio ([email protected] / [email protected]) ; 2 – Biólogas /PUC-GO ([email protected] / [email protected])

INTRODUÇÃO

CONCLUSÃO

METODOLOGIA

Fig. 1 - Exemplar de P. expansa em postura (fotografia de Ana Paula Gomes Lustosa).

Com base neste trabalho, conclui-se que, considerando que os procedimentos metodológicos foram mantidos ao longo dos anos de execução do monitoramento e manejo empregados na região pesquisada, ressalvando a manutenção do mesmo esforço amostral, a constatada redução do número de matrizes de P. expansa indica a redução da população dessa espécie na área monitorada e, por consequência, a ineficiência das medidas de recuperação/conservação da mesma.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As populações da tartaruga-da-amazônia (P. expansa) (figura 1) vêm sendo histórica e sistematicamente reduzidas principalmente em razão da sua sobrexploração pelo consumo e comércio ilegal (IBAMA, 1989). Em avaliação recente foi considerada como quase ameaçada de extinção (NT) no território brasileiro e para a região amazônica como um todo, e categoriza-se como criticamente ameaçada segundo a lista de especialistas em quelônios de água-doce (Dijk et al., 2011).

Em Goiás, ações de proteção e o manejo conservacionista para a tartaruga-da-amazônia foram iniciadas em 1985, em sítios de reprodução da espécie nos rios Araguaia e Crixás-açu (figura 2), em razão da suspeita de declínio populacional dessa espécie na região devido à intensa pressão de consumo e comércio ilegais. Essas ações foram iniciadas pelo extinto IBDF, assumidas pelo CENAQUA/IBAMA na década de 1990, que sua vez originou o RAN/ICMBio em 2001, atual responsável pelo projeto (IBAMA, 1989; PQA-GO, 1985 a 1991, 1993 a 1996, 2001 a 2011).

Neste trabalho objetivou-se traçar um perfil da conservação de P. expansa no Estado, notadamente da região do médio Araguaia, na confluência entre Goiás, Mato Grosso e Tocantins (figura 2).

Fig. 02 – Região do médio Araguaia, destacando os sítio reprodutivos de P. expansa monitorados.

y = -81,776x + 3849,6R² = 0,0605

Filhotes Filhotes Ovos Taxa Taxa Taxamanejados mortos inviáveis eclosão (%) mortalidade (%) ovos inviáveis (%)

1985 595 22.112 17.461 817 3.834 79,0 4,7 17,31986 803 42.571 38.531 4.040 2.489 90,5 10,5 5,81987 2.099 161.550 145.820 1.903 13.427 90,3 1,3 8,31988 3.496 245.754 219.467 4.124 22.163 89,3 1,9 9,01989 1.418 132.864 121.994 1.481 9.389 91,8 1,2 7,11990 3.766 356.786 316.532 5.786 34.468 88,7 1,8 9,71991 1.635 153.181 138.571 ...... ...... 90,5 ...... ......1992 3.601 ...... 221.114 ...... ...... ...... ...... ......1993 6.045 ...... 62.308 ...... ...... ...... ...... ......1994 5.286 ...... 363.779 ...... ...... ...... ...... ......1995 8.285 ...... 549.121 ...... ...... ...... ...... ......1996 1.938 ...... 76.246 ...... ...... ...... ...... ......1997 8.000 ...... 500.000 ...... ...... ...... ...... ......1998 2.267 ...... 36.862 ...... ...... ...... ...... ......1999 5.887 ...... 290.372 ...... ...... ...... ...... ......2000 8.567 ...... 506.966 ...... ...... ...... ...... ......2001 1.496 ...... 12.367 ...... ...... ...... ...... ......2002 939 61.528 55.184 505 5.829 89,7 0,9 9,52003 154 15.942 14.857 36 1.049 93,2 0,2 6,62004 177 16.371 13.986 128 2257 85,4 0,9 13,82005 90 3.527 3.047 76 404 86,4 2,5 11,52006 995 8.970 6.359 145 136 70,9 2,3 1,52007 520 36.560 33.668 934 1.958 92,1 2,8 5,42008 514 ...... 35.505 ...... ...... ...... ...... ......2009 455 9.979 8.629 ...... ...... 86,5 ...... ......2010 3000 ...... 30.000 ...... ...... ...... ...... ......2011 1000 ...... ...... ...... ...... ...... ......Total 73.028 1.257.716 3.818.746 ...... ...... ...... ...... ......

Média 2.704,7 90.549,6 146.874,8 ...... ...... ...... ...... ......DP 2.637,9 106.790,9 171.673,7 ...... ...... ...... ...... ......CV 97,5 117,9 116,9 ...... ...... ...... ...... ......

Ano Ninhos Ovos

Tabela 01. Monitoramento da reprodução da tartaruga-da-amazônia (P. expansa), no rio Araguaia, Estado de Goiás.

1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2009Ovos 22.112 42.571 161.550 245.754 132.864 356.786 153.181 61.528 15.942 16.371 3.527 8.970 36.560 9.979Filhotes 17.461 38.531 145.820 219.467 121.994 316.532 138.571 55.184 14.857 13.986 3.047 6.359 33.668 8.629

Figura 03 – Evolução da quantidade de ninhos (fêmeas) de P. expansa no rio Araguaia, Estado de Goiás, com a linha de tendência indicando o declínio da população de matrizes em desovas nos sítios monitorados dessa região.

Figura 04 – Evolução da quantidade de ovos e de filhotes vivos de P. expansa no rio Araguaia, Estado de Goiás.

Figura 05 – Taxas de eclosão, de ovos inviáveis e de mortalidade de filhotes de P. expansa no rio Araguaia, Estado de Goiás.

Tabela 02. Monitoramento da reprodução da tartaruga-da-amazônia (P. expansa), no rio Crixás-Açu, Estado de Goiás.

Filhotes Filhotes Ovos Taxa Taxa Taxamanejados mortos inviáveis eclosão (%) mortalidade (%) ovos inviáveis (%)

1994 ...... ...... 12.796 ...... ...... ...... ...... 641,71995 965 ...... 23.005 ...... ...... 48,4 ...... 1153,11996 156 ...... 3.750 ...... ...... 7,8 ...... 187,91998 353 34.604 31.801 450 2.353 17,7 1731,9 1591,61999 400 42.976 39.869 380 2.732 20,0 2149,9 1994,42001 254 18.684 15.907 172 2.605 12,7 933,7 795,02002 200 16.098 14.850 112 1.138 10,0 804,1 741,82003 37 3.255 2.920 132 203 1,8 162,5 145,8Total 2.365 115.617 144.898 1.246 ...... ...... ...... ......

Média 337,9 23.123,4 18.112,3 249,2 ...... ...... ...... ......DP 301,9 15.730,1 12.903,6 154,9 ...... ...... ...... ......CV 89,4 68,0 71,2 62,2 ...... ...... ...... ......

Ninhos OvosAno

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS