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CLARO S.A. Rua Flórida, 1.970 Cidade Monções – CEP: 04.665-001 São Paulo, SP – Brasil CNPJ: 40.432.544/0001-47 Inscrição Estadual: 114.814.878.119 Inscrição Municipal: 2.498.616-0 www.claro.com.br 1 AO ILMO. SR. PREGOEIRO DO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO REF: EDITAL MODALIDADE PREGÃO PRESENCIAL Nº 003A/2012 CLARO S.A., sociedade por ações, com sede na Rua Flórida, 1.970, Cidade Monções, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ sob o n.º 40.432.544/0001-47, autorizatária do Serviço Móvel Pessoal SMP nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas, Roraima, Amapá e de Serviço de Comunicação Multimídia - SCM, de NIRE nº. 35.300.145.801, doravante denominada simplesmente Claro, vem, com fundamento no art. 41, parágrafos 1 º e 2º da Lei n. 8.666/93, no art. 12 do Decreto 3.555/00, que regulamentou o Pregão conforme Lei Federal 10.520/02 apresentar, IMPUGNAÇÃO ao PREGÃO PRESENCIAL Nº 003A/2012, em razão de ilegalidades constantes daquele instrumento convocatório, conforme exposto nas anexas razões de impugnação. A Impugnante requer, em face da natureza das ilegalidades e vícios graves ora apontados, seja a presente impugnação recebida no efeito suspensivo, e que após regularmente processada seja-lhe dado provimento, para os fins de se anular o Edital impugnado, na forma do art. 49 da Lei n. 8.666/93. Belo Horizonte/MG, 25 de junho de 2012. ______________________________ CLARO S.A. CI: CPF: ____________________________ CLARO S.A. CI: CPF:

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CLARO S.A. Rua Flórida, 1.970 Cidade Monções – CEP: 04.665-001 São Paulo, SP – Brasil CNPJ: 40.432.544/0001-47 Inscrição Estadual: 114.814.878.119 Inscrição Municipal: 2.498.616-0

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AO

ILMO. SR. PREGOEIRO DO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

REF: EDITAL MODALIDADE PREGÃO PRESENCIAL Nº 003A/2012

CLARO S.A., sociedade por ações, com sede na Rua Flórida, 1.970, Cidade

Monções, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ sob o n.º

40.432.544/0001-47, autorizatária do Serviço Móvel Pessoal – SMP nos Estados de São

Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

Paraná, Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará,

Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas, Roraima, Amapá e de Serviço de Comunicação

Multimídia - SCM, de NIRE nº. 35.300.145.801, doravante denominada simplesmente

Claro, vem, com fundamento no art. 41, parágrafos 1º e 2º da Lei n. 8.666/93, no art. 12 do

Decreto 3.555/00, que regulamentou o Pregão conforme Lei Federal 10.520/02 apresentar,

IMPUGNAÇÃO ao PREGÃO PRESENCIAL Nº 003A/2012, em razão de ilegalidades

constantes daquele instrumento convocatório, conforme exposto nas anexas razões de

impugnação.

A Impugnante requer, em face da natureza das ilegalidades e vícios graves ora

apontados, seja a presente impugnação recebida no efeito suspensivo, e que após

regularmente processada seja-lhe dado provimento, para os fins de se anular o Edital

impugnado, na forma do art. 49 da Lei n. 8.666/93.

Belo Horizonte/MG, 25 de junho de 2012.

______________________________

CLARO S.A.

CI:

CPF:

____________________________

CLARO S.A.

CI:

CPF:

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PREGÃO PRESENCIAL Nº 003A/2012

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - SECRETARIA DE ESTADO DE

PLANEJAMENTO E GESTÃO

IMPUGNANTE: CLARO S.A.

I. DO PRAZO PARA IMPUGNAR

Nos termos do art. 41, §§ 1º e 2º da Lei 8.666/93, “Até dois (2) dias antes da data

fixada para a abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá impugnar o ato

convocatório do Pregão.”

Como a data marcada para recebimento das propostas é o dia 09 de julho de

2012, TEMPESTIVA a presente Impugnação protocolada nesta data.

II. RAZÕES DA IMPUGNAÇÃO

Por meio do EDITAL PREGÃO PRESENCIAL Nº 003A/2012, o GOVERNO DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E

GESTÃO divulgou o seu interesse na contratação de empresa especializada para

prestação de Serviços de Telecomunicação conforme descrição do objeto da licitação:

Do Objeto

2.1. O objeto da presente licitação consiste no Registro de Preços de Serviço

Móvel Pessoal – SMP, englobando tráfego de dados e acesso à Internet, serviços

telefônicos Modalidade Locais, Modalidade Longa Distância Nacional e Modalidade

Longa Distância Internacional para ligações exclusivamente originadas dos

terminais móveis do Plano Corporativo, incluindo o fornecimento dos equipamentos

necessários, em comodato a ser contratado por órgãos e entidades do Governo do

Estado de Minas Gerais, tendo a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão –

SEPLAG, como órgão gestor, conforme as especificações e condições constantes

deste edital e seus anexos.

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Previu-se, neste Edital, que a entrega dos Envelopes contendo proposta comercial

e documentação de habilitação será feita no dia 09 de julho de 2012, quando se dará

início ao processamento do presente certame.

Todavia, uma vez conhecido dito edital, nele foram verificadas ilegalidades

insanáveis, violadoras do disposto nos artigos 3o., 4o., 6o., 7o., 29 e 40 da Lei de Licitações,

que asseguram a todos os interessados em participar de certames públicos “o direito

público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta Lei (...)”.

Assim, e considerando a natureza das ilegalidades a seguir descritas, é certo que o

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - SECRETARIA DE ESTADO DE

PLANEJAMENTO E GESTÃO, por meio de seu Pregoeiro, tem o incontestável poder-

dever de suspender o procedimento licitatório em questão, em razão das ilegalidades

neste constatadas, e, por via de conseqüência, determinar sua correção, sob pena de sua

ulterior anulação, nos termos do artigo 49 da Lei de Licitação.

A ilegalidade e irregularidade ora verificada serão, pontualmente, examinadas a

seguir, sendo certo que sua natureza insanável impõe a suspensão imediata do presente

certame, para sua adequação às diretrizes legais, já que todo licitante tem direito de

participar de licitação elaborada em conformidade com as diretrizes legais, que pugne pela

observância dos princípios consignados no artigo 3º da Lei n. 8.666/93, princípios estes lhe

serve de sustentáculo, além de representar seu fundamento jurídico.

1 – REAJUSTE DO SMP

“16.6. Os preços serão fixos e irreajustáveis pelo período de 12 (doze) meses

contados da apresentação da proposta. Os valores dos preços e tarifas telefônicas,

cujos serviços correspondentes estejam compreendidos no edital, poderão ser

reajustados nos termos da Lei Federal nº. 8.666, de 1993, em decorrência de

autorização da ANATEL, e mediante aplicação do IST (Índice de Serviços de

Telecomunicações).”

Faz jus a presente impugnação, para que seja retificado o índice de reajuste do

SMP, assim esclarecemos:

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Para a prestação do SMP – que é serviço privado de interesse coletivo (definição

da Lei 9472/91) não temos tarifas(preço público) mas sim preços. O índice de reajuste para

esses casos será sempre o índice determinado no Plano de Serviço Alternativo de

Serviços ou Plano Básico, devidamente Homologado para a prestação dos serviços

aplicados ao cliente.

Desta forma, existem diversos planos homologados e publicados na Anatel, e esses

planos informam expressamente o índice de reajustamento, normalmente o IGP-DI.

Assim, conforme artigo 19, inciso VII, da Lei 9.472/97, que atribui a ANATEL a

responsabilidade pela homologação de reajustes de tarifas para os serviços SMP, é

apresentado um Plano de reajuste pelas empresas operadoras de serviços de

telecomunicações na modalidade SMP, cabendo ao órgão regulamentador a

homologação ou não do plano ora apresentado, por este motivo não há data base

tão pouco autorização e divulgação de índices de reajustamento como ocorre para

STFC.

Nesta esteira, para saber qual o índice, basta saber qual o plano básico ou

alternativo que é utilizado para a contratação, fazendo a busca do tal Plano Homologado

na Anatel, pelo número e pela área de abrangência(o que o GC deverá fazer). Lembrando

que nos Planos Homologados temos os valores máximos dos preços a serem cobrados.

Segue o caminho:

www.anatel.gov.br - Espaço Cidadão – Telefonia Móvel – Planos de Serviços – Planos

Pós-Pagos Alternativos de Serviços – Grupo Claro – Escolha o Estado de prestação dos

serviços – localize o número do Plano.

Importante lembrar que conforme a Lei 9.069 – Lei da criação do Real – que os

reajustamentos sempre se aplicam no interregno de 12 meses a contar da contratação e

nunca em prazo inferior. Ou seja: o reajustamento para Governo se dará sempre após a

consecução de 12 meses de contratação e não após 12 meses da publicação e

homologação do plano na Anatel ou mesmo da publicação de alguma promoção de valores

– pratica adotada para outros mercados e de livre arbítrio da operadora.

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Quanto ao reajustamento do STFC e suas modalidades – no nosso caso, das

tarifas para VC2 e VC3 – quando de subcontratação parcial devidamente autorizada,

temos que: o STFC é serviço público por sua natureza regulamentar e da Lei

9.472/91(LGT), assim temos tarifa(preço público) para esses serviços. Pela natureza legal

da tarifa, a mesma é controlada pelo poder concedente – Anatel e possui data-base para

reajustamento e se aplica automaticamente em sua data-base, assim que divulgado pela

Anatel, independente do período da contratação submetido o cliente. O Índice adotado

pela Anatel para o reajustamento é o determinado nos Contratos de Concessão, ou seja: o

IST – Índice de serviços de telecomunicações, índice setorial aplicado ao STFC. Assim,

quando autorizado pela Anatel, na data-base, os índices e a aplicação do reajuste ocorre

automaticamente e os valores são publicados na página da Anatel – segue caminho:

Segue o caminho para a Publicação de reajustamento para STFC da Embratel:

www.anatel.gov.br - Espaço Cidadão – Informações Técnicas – Tarifas e Preços –

Reajuste das Tarifas das Concessionárias – Embratel.

Por tudo dito, faz jus a presente impugnação, para que a Administração adéqüe o

edital a realidade do mercado de telecomunicações, neste caso do Serviço Móvel Pessoal

e não do Serviço Fixo Comutado.

RESPOSTA: Não procede. A despeito de o serviço de telefonia móvel ser cobrado a título

de preço e o serviço de telefonia fixa a título de tarifa, não vislumbramos a necessidade de

discriminarmos em edital diferentes formas de reajuste para cada modalidade, eis que o

termo tarifa nada mais significa que “preço público”. Logo, a forma de reajuste deverá ser

a mesma para ambos os serviços contratados, conforme previsto em edital.

2 – DA TROCA DE APARELHOS APÓS PRAZO DE 12 (DOZE) MESES

“16.4. O prazo de vigência do Contrato a ser celebrado será de 24 (vinte e

quatro) meses, contados a partir de sua assinatura, e eficácia a partir da publicação

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no Diário Oficial do Estado, podendo ser prorrogado, conforme art. 57, II da Lei

Federal nº 8.666/93.”

“16.4.1. Observado o decurso do prazo de 12 (doze) meses, contados da data

de ativação do terminal móvel, a Contratante poderá solicitar à Contratada trocas de

aparelhos móveis, limitadas, no primeiro ano, a 30% (trinta por cento) do total

contratado, por tipo de aparelho e por órgão Contratante, que deverão ser

prontamente atendidas.”

Como é cediço, salientamos que as operadoras necessitam de prazos para a

disponibilidade de novos aparelhos, uma vez que tal ato se vincula à disponibilidade dos

fabricantes dos equipamentos e não das operadoras.

Sendo assim, para que haja maior agilidade na substituição dos aparelhos,

sugerimos a reforma do presente item para que seja introduzida, expressamente, além da

solicitação de 3% (três por cento) contida no item 17.3, a disponibilização de 30% (trinta

por cento) do total contratado de aparelhos a título de Back-up. Desta forma, os aparelhos

serão imediatamente substituídos, da forma que deseja a Administração.

Nesta esteira, compete a presente impugnação, pois o ideal é que o edital seja

alterado, com o escopo de melhor atender as necessidades da Administração e a

viabilidade do serviço pelas operadoras.

RESPOSTA: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto

em edital.

3 – ESTRUTURA DE VPN E APN

“4.2.3. Tráfego de dados corporativo: acesso às aplicações corporativas do

Estado de Minas Gerais através de comunicação dedicada, utilizando uma

infraestrutura de VPN e APN compatível com os aparelhos celulares fornecidos. Este

acesso deverá ser totalmente transparente às aplicações internas do Estado. A

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Contratada deverá prover toda a solução de software e hardware necessária à

implementação da VPN e APN, entregando a conectividade até os elementos de rede

na entrada da infraestrutura de TIC hospedada no datacenter da Empresa de

Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - PRODEMGE. A APN para os

terminais móveis será realizada através da estrutura de Internet, através de um túnel

com criptográfica IPSEC entre a infraestrutura da Prodemge e a infraestrutura da

Contratada.”

Verifica-se pelo item supracitado que a contratada deverá fornecer estrutura de

VPN e APN, porém, o edital não é claro se a estrutura VPN deverá ser feita através de link

dedicado, restando necessário que se esclareça o citado.

Ressalte-se que caso essa Ilma. Administração entenda que a estrutura VPN

deverá ser realizada através de link dedicado, não haverá a possibilidade do fornecimento,

uma vez que as operadoras de SMP não possuem concessão para tanto.

Ainda, os aparelhos ou as linhas deverão ter a apn configura automaticamente.

Desta feita, torna-se necessário que se adeque o item supracitado, de forma a

esclarecer o presente questionamento.

RESPOSTA: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto

em edital.

4 – DA SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO

Observe que o item 5.4.1 Termo de Referência: Longa Distancia em roaming os

valores de VC2R e VC3R para telefones moveis estão iguais para mesma operadora e

operadora diferente – Os valores para ligações para mesma operadora e outras

operadoras, são diferentes.

Assim, as operadoras de telefonia móvel, ao realizarem ligações deste tipo, são

obrigadas a repassar as operadoras de telefonia que possuem acordos de roaming um

valor pré-determinado, o qual é elevado para cada ligação efetuada.

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Em outras palavras, as receitas referentes às mesma operadora e operadora

diferente não pertencem única e exclusivamente às operadoras de serviço de telefonia

móvel pessoal (SMP), uma vez que parte do valor deve ser repassado às operadoras na

qual possuem acordos de roaming.

Como se vê, diante da presente situação, há imprescindível necessidade do órgão

licitante possibilitar a cotação de forma diferenciada para as ligações mesma operadora e

operadora diferente, sob pena de prejudicar a Administração Pública com a exigência de

cotação única.

No tocante a divisão das ligações móvel-móvel em móvel-móvel VC (mesma

operadora) e móvel-móvel VC (outra operadora), cabe esclarecer que tal diferenciação se

deve por imposição da própria ANATEL.

Dessa forma, a direfenciação se faz necessária, uma vez que o custo da

remuneração pelo uso da rede de outras operadoras de serviço móvel pessoal (SMP)

eleva consideravelmente os custos dos serviços de sistema extra-rede nas ligações móvel-

móvel, uma vez que tais chamadas dependem da estrutura de outras empresas

prestadoras do Serviço Móvel Pessoal.

No entanto, o Edital não faz a diferenciação, cotando esses serviços conjuntamente

num mesmo item, com o mesmo valor.

Cabe ainda salientar que a possibilidade de cotação diferenciada dessas ligações

não proporciona nenhum prejuízo à Administração Pública, pelo contrário, tal fato permite

aferir de forma precisa o valor praticado para determinada modalidade de serviço.

Portanto, visando ao atendimento do principio da economicidade, faz-se necessário

que a Administração escolha, entre os meios possíveis de consecução do serviço, aquele

que seja eficiente e que tenha o menor custo para a sua implementação, o que não

equivale a uma tarifação única para todos os serviços licitados.

Por tudo dito, para adequar-se às determinações da própria Agência Reguladora e

para que haja realmente a obtenção de preços vantajosos, o Órgão licitante deverá

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determinar o quantum de minutos das ligações mesma operadora e operadora diferente

para VC2R e VC3R que realmente deseja.

RESPOSTA: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto

em edital.

5 - MONITORAMENTO DE CONTRATOS E CONSUMO

“6.1. A empresa vencedora deverá fornecer à Unidade Gestora, sempre que

solicitado pelo gestor do contrato, um relatório em meio eletrônico contendo a

listagem de todos os contratos em vigência decorrentes deste Registro de Preços

celebrados com órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual e contendo, no

mínimo, as seguintes informações: órgão ou entidade Contratante, data de

assinatura, prazo de vigência, quantidade de acessos contratados, números dos

acessos habilitados e valor total do contrato.”

O Item 6.1 Termo de Referência: Monitoramento de contrato, exige relatório

contendo listagem de todos os contratos com as seguintes informações: órgão, data de

assinatura, prazo de vigência, quantidade de acessos contratados, número de acessos

habilitados e valor total do contrato.

Nesta égide, solicitamos que essa Ilma. Administração esclareça se estes relatórios

poderão ser apresentados em separado ou deverão ser unificados.

RESPOSTA: O relatório pode ser apresentado unificado. Trata-se de um relatório

gerencial para que a SEPLAG possa acompanhar todas as contratações realizadas.

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6 – FORNECIMENTO DE OUTRO APARELHO E TRANSFERÊNCIA DE AGENDA

“7.9.l. Durante o período em que o aparelho originalmente fornecido estiver

em reparo, deverá ser fornecido outro aparelho com o mesmo número de acesso,

transferindo imediatamente a agenda respectiva para o novo aparelho, de forma a

não gerar interrupção do serviço, sem que isso acarrete qualquer ônus extra para a

Contratante.”

Inicialmente, o item 7.9.1 solicita que seja fornecido aparelho imediatamente quando o

original estiver em manutenção. Ocorre que o envio de aparelhos gera ônus para a

contratante, uma vez que a operadora não pode se compelida a fornecer aparelhos que

não estejam expressos no Edital.

Desta forma, impugnamos a presente, de forma que o percentual de aparelhos a serem

fornecido em caso de reparo, já deverá estar contemplado na quantidade de aparelhos de

backup.

Ademais, observe que a exigência de transferência de agenda em caso de troca é

no mínimo desproporcional, pois não há no mercado tecnologia que permita esse tipo de

transferência de agenda de um aparelho para outro.

O que ocorre por muitas vezes é que se utiliza o mesmo chip, ou seja, trocado

apenas o aparelho e não o chip. Assim, a agenda permanece inalterada, pois essa é

agregada ao chip do aparelho.

Salienta-se que as agendas são pessoais, não tendo como as operadoras se

responsabilizarem por estas, mesmo porque as agendas são recursos dos aparelhos e não

da rede, sendo alçada do fabricante dos aparelhos e não das operadoras.

Nesta esteira, cabe verificar que em nenhum momento a ANATEL vinculou as

operadoras a este tipo de solicitação, por não ser um ônus delas.

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Diante do exposto, é medida de transparência o esclarecimento e retificação do

presente item, com o escopo de enquadrar-se na realidade do mercado de telefonia móvel

brasileiro.

RESPOSTA: O edital estabelece um quantitativo de 3% a titulo de back up. Esclarecemos

que este quantitativo pode e deve ser utilizado para substituição de equipamentos em

reparo. Ressaltamos no caso da utilização do estoque, o mesmo deverá ser reposto de

forma a garantir um back up constante de 3%.

Com relação a transferência da agenda esclarecemos que a mesma será realizada com a

autorização do usuário.

7 – PRAZO PARA ATENDIMENTO DE QUESTÕES SISTÉMICAS E

ALTERAÇÕES DE CONFIGURAÇÕES

“7.10. A Contratada terá um prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, após a

solicitação do Gestor do Contrato, para alterações de configuração dos

equipamentos através de serviço de suporte relacionado no item 9.2.”

“9.7. O prazo máximo de recuperação do serviço será de até 4 (quatro) horas.”

Observe que os prazos acima estipulados são por demais exíguos, sendo

necessário, portanto, a dilação dos mesmos, visto que fogem da normalidade e do usual

no mercado de telecomunicações.

Importante esclarecer que o cumprimento de tais prazos torna-se extremamente

inviável, tendo em vista os diversos níveis de atendimentos e ocorrências particulares

atinentes aos serviços prestados, sendo certo que o nível de atendimento das operadoras,

deve atender aos requisitos impostos pela Anatel.

Assim, cabe salientar que para atendimento de questões sistêmicas, as operadoras

devem seguir rigorosamente as SLAs determinadas pela ANATEL - Agência Nacional de

Telecomunicações que regula e normatiza o serviço de telefonia.

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Assim, os prazos devem ser aqueles determinados pelos regulamentos da ANATEL

e não os impostos pela Ilma. Administração, fazendo-se necessária a presente

impugnação, a fim de que os prazos em questão sejam dilatados, com o escopo de prestar

melhor atendimento à Administração, sem que haja o comprometimento da qualidade dos

serviços, por ser medida que atenderá aos parâmetros do mercado das telecomunicações

e ao bom senso.

Ultrapassado o apresentado, salienta-se que as configurações dos aparelhos são

pessoais, não tendo como as operadoras se responsabilizarem por estas, mesmo porque

não se trata de recursos de rede, e sim dos aparelhos, sendo alçada do fabricante e não

das operadoras.

Nesta esteira, cabe verificar que em nenhum momento a ANATEL vinculou as

operadoras a este tipo de solicitação, por não ser um ônus delas.

Diante do exposto, é medida de transparência o esclarecimento e retificação dos

presentes itens, com o escopo de enquadrar-se na realidade do mercado de telefonia

móvel brasileiro.

RESPOSTA: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto

em edital.

8 – DISPONIBILIDADE DE SERVIÇO ACIMA DE 97% DA REDE

O item 9.4 determinam disponibilidade de 98%, assim, cabe esclarecer que

tratamos de um serviço de telecomunicações móveis Assim, solicitação de disponibilidade

de serviços acima de 97% não pode ser exigida, uma vez que este nível de serviço, é

garantia para serviços de telecomunicações de rede fixa, onde se tem a integralidade da

rede de forma „fibrada‟ o que não espelha a realidade para os Serviços Móveis. Não

tratamos aqui de fornecimento de exploração de linhas dedicadas – de links E1, de rede

fixa com níveis de redundância elevados – mesmo porque por mais que a operadora se

esmere no sentido de garantir melhores níveis de serviços, a rede celular está amplamente

sujeita a diversos fatores naturais de densidade e demais já citadas.

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As redes móveis, pela sua própria natureza, estão sujeitas a situações às quais a

rede fixa não está. Todos os fabricantes de elementos de redes, independentemente da

operadora, recomendam Taxas de Nível de Serviços na faixa de 97%. É de suma

importância que a Administração observe essa condição técnica que atinge a todas as

operadoras, fator que é evidenciado em consulta aos fabricantes.

A bem da competição e da justa atribuição de obrigações à Contratada deveria, no

nosso entendimento, ser revisto o índice do SLA determinado, passando a considerar a

taxa de 97%, o que espelha a realidade das redes móveis no mercado do SMP , além de

propiciar a competição justa e equânime.

RESPOSTA: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto

em edital.

9– DA SLA DE ATENDIMENTO

O Item 9.7 Termo de Referencia exige prazo máximo de até 4 horas para

recuperação do serviço.

Quanto ao prazo de atendimento de questões sistêmicas, cabe esclarecer que

seguimos rigorosamente as SLAs determinadas pela ANATEL - Agência Nacional de

Telecomunicações que regula e normatiza nosso serviço. Assim, os prazos devem ser

aqueles determinados pelos regulamentos da ANATEL e não os impostos pela Ilma.

Administração.

Favor verificar e adequar.

RESPOSTA: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto

em edital.

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10 – POSSIBILIDADE DE PAGAMENTO POR BOLETO BANCÁRIO

CLÁUSULA SÉTIMA – DO PAGAMENTO Governo do Estado de Minas Gerais

Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão

“O pagamento mensal da despesa será realizado pela CONTRATANTE através

de quitação bancária (por meio eletrônico) ou crédito em conta corrente bancária

declarada pelo FORNECEDOR, que deverá apresentar, mensalmente, Nota-Fiscal

Fatura de Serviços de Telecomunicações para liquidação e pagamento da despesa,

com antecedência mínima de 05 (cinco) dias, antes do dia de vencimento mensal

pactuado, nos termos dos regulamentos de Serviço Móvel Pessoal, aprovado pela

Resolução nº. 477 de 07 de agosto de 2007 e Serviço Telefônico Fixo Comutado,

aprovado pela Resolução ANATEL nº 85, de 30 de dezembro de 1988.”

Tal item é omisso quanto a forma de pagamento, assim faz jus esclarecer:

Note-se que mediante Acordo firmado entre algumas operadoras e órgãos

integrantes do SIAF, os pagamentos feitos por tais órgãos serão através boleto e não

depósito em conta-corrente. Aliás, o próprio Tesouro Nacional tem dado instruções nesse

sentido, conforme transcrevemos abaixo:

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Isto porque o sistema de boleto permite a identificação mais ágil do pagamento e

a retenção dos impostos diretamente. Assim, são menores os riscos de problemas

relacionados às faturas.

Diante do exposto, faz jus a presente impugnação para que seja esclarecida a

possibilidade de pagamento via boleto com código de barra.

RESPOSTA: Fica acatada a solicitação de pagamento via boleto com código de barras.

11 - AUSÊNCIA DE PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇOS

Outra ilegalidade vislumbrada in casu, consiste na inobservância do preceito

consignado nos artigos 7º, §2º, II e 40, §2º, II da Lei n. 8.666/93, e do artigo 3º, III da Lei n.

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10.520/02, que vedam a deflagração de licitação para a contratação de serviços, sem que

dela conste o orçamento estimado em planilha aberta de composição de custos unitários.

De fato, tanto a Lei n. 8.666/93 quanto a Lei n. 10.520/02 vedam, expressamente, a

abertura de licitação para a contratação de serviços se não houver orçamento estimado em

planilha aberta de composição dos quantitativos e custos unitários. O documento é

considerado pelos diplomas legais como condicionante inafastável da deflagração do

certame, como se vê:

LEI N. 8.666/93:

“Art. 7º

(...)

§ 2º . As obras e serviços somente poderão ser licitados quando:

(...)

II – existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a

composição de todos os seus custos unitários.”

LEI N. 10.520/02:

“Art. 3º. A fase preparatória do pregão observará o seguinte:

(....)

III – dos autos do procedimento constarão a justificativa das

definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis

elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como

o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da

licitação, dos bens ou serviços a serem licitados;”

Reiterando esta norma, o art. 40, par. 2o., II da Lei de Licitações indica o orçamento

detalhado em planilhas, taxativamente, como anexo obrigatório do Edital, e portanto como

requisito limítrofe de sua legalidade, pois:

“Art. 40. .....

(...)

Par. 2º - Constituem anexos do edital, dele fazendo parte

integrante:

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(...)

II – orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços

unitários.”

A despeito destes comandos legais inequívocos, o orçamento não consta entre os

Anexos do presente Edital, já que basta ler seu índice e compulsar seus Anexos para

constatar esta realidade.

Assim, o Edital em tela é rigorosamente omisso quanto ao orçamento de

composição dos custos unitários, já que se limita a informar o modelo de proposta de

preço/planilha de formação de preços, sem contudo indicar os custos estimados de sua

composição. A doutrina especializada, assim como a jurisprudência do Tribunal de Contas

da União e de Tribunais Estaduais, têm tratado com o rigor cabível as licitações de serviços

deflagradas com inobservância do art. 7o., par.ágrafo 2o., II da Lei n. 8.666/93, e regidas

por Edital do qual não conste aquele anexo obrigatório, especificado no art. 40, par. 2o., II

da mesma Lei.

Tais exigências e cautelas não são excessivas, pois se limitam a aplicar o comando

imperativo da Lei, cuja finalidade é garantir o julgamento objetivo e isonômico da

composição interna e consistência dos preços ofertados. Com isso, o legislador pretendeu

que se estimem os custos que, em um primeiro momento, servirão de base para a análise

dos preços das licitações. Neste diapasão, exigiu-se, dando efetividade a esta

preocupação, o que se segue:

“(...) já no art. 7º, § 2º, II, como condição para a licitação de obras e

serviços, se exige um orçamento detalhado em planilhas que

expressem a composição dos custos unitários, que irá aparecer

como anexo necessário do Edital (art. 40, § 2º, II).” (BORGES, Alice

Gonzalez. O critério de aceitabilidade dos preços nas licitações,

BLC, agosto/94, p. 364, g.n.)”

Trata-se do meio imprescindível, de um lado, à identificação do que seja o limite

superior fechado de cada licitação (que deve estar afinado com a realidade real e atual do

mercado a cujo segmento pertencem os serviços licitados), e de outro lado, a definição do

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critério de aceitabilidade dos preços (art. 40, X da Lei n. 8.666/93, e do art. 3º, I, da Lei n.

10.520/02), ambos dados necessários ao julgamento objetivo e à identificação da melhor

proposta.

O Tribunal de Contas da União, examinando representação contra determinado

edital da CEF, decidiu:

“... determinar à Caixa Econômica Federal – CEF – que faça

constar nos anexos dos editais de licitações o „orçamento estimado

em planilhas de quantitativos e preços unitários‟, em cumprimento

ao disposto no inciso II do par. 2o. do art. 40 da Lei n. 8.666/93,

com a redação dada pela Lei n. 8.883/94.” (Decisão 479/99, TC-

625.191/1997-8, Min. Adylson Motta, DOU de 5/8/99, p. 55).

No corpo deste acórdão, foi citado comentário do Professor Carlos Pinto Coelho

Motta sobre a aplicação dos arts. 7o., par. 2o., II e 40, par. 2o., II da Lei n. 8.666/96, com o

seguinte teor:

“Ainda quanto à terceirização de serviços, presume-se a correta

pesquisa (histórica e atual) de preço. Sendo esse o objeto, o edital

deve estipular a abertura de planilha de preços, para se obter um

julgamento objetivo (art. 3º e 44). Por exemplo, no caso de

terceirização de serviços de limpeza, conservação e vigilância: a

planilha deverá discriminar percentuais correspondentes ao valor

dos encargos sociais, bem como o preço unitário mensal. O edital

deverá também dimensionar as necessidades referentes a posto de

vigilância e área física, e fixar produtividade mínima diária de cada

profissional. Deve ainda fixar o limite superior fechado para contrato

de serviço. (Vide: Instrução Normativa n. 18, de 22/12/97 do MARE,

especificamente item 5.2.1; Decreto 2.271 de 7/7/97, art. 22; e Lei

9.601, de 21/1/98).

(...)

Devem constar dos autos os orçamentos detalhados, com seus

custos e preços, conforme disposto nos arts. 7º, par. 2º, inciso II;

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14; 40, par. 2º, inciso II; todos da Lei. Há também reiterada

orientação do TCU nesse sentido.

(...)

Deve ainda o texto editalício estabelecer o preço-limite superior

(que designo como limite superior fechado) a que se refere o art.

40, em seu inciso X e no par. 2º, inciso II”. (MOTTA, Carlos Pinto

Coelho. Eficácia nas Licitações e Contratos. 8ª ed., Belo Horizonte,

Del Rey, 1999, p. 208/209, g.n.).

A imperiosidade do orçamento como documento integrante dos Editais de Pregão

foi ressaltada por diversos doutrinadores, como, a seguir, se verifica:

“Outro componente essencial é o orçamento do serviço ou compra,

elaborado pelo órgão promotor (art. 7º e 40 da Lei 8.666/93). O

regulamento federal do pregão, no inciso II do art. 8º, menciona o

documento denominado termo de referência.” (MOTTA, Carlos

Pinto Coelho. Pregão – nova e antiga idéia em licitação pública.

NDJ, 2002)

“A Administração deve estimar os custos necessários à satisfação

das suas necessidades. Mas essa estimativa não pode fazer-se em

termos meramente aparentes, de modo inútil. A referência à adoção

de um orçamento detalhado indica a necessidade de considerar

concretamente todos os fatores de formação dos custos. O

detalhamento poderá ser maior ou menor tendo em vista a natureza

complexa do objeto a ser adquirido, mas deverá interpretar-se a

exigência em função da sua natureza „comum‟. Ou seja, a

Administração adquire, por via de pregão, produtos padronizados

segundo praxe do mercado. Logo, o orçamento detalhado deverá

considerar os preços de mercado para o objeto.” (JUSTEN FILHO,

Marçal. Pregão (comentários à legislação do pregão comum e

eletrônico). São Paulo: Editora Dialética, 2001, p. 56)

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Finalmente, vale registrar que este tema foi objeto de decisão unânime para a

concessão da segurança na Apelação Cível em Mandado de Segurança n. 5.914/94,

julgada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, a propósito de licitação para a

contratação de serviços, cuja ementa propõe:

“Administrativo. Licitação. Tomada de preços. Ausência de requisito

legal. Segurança concedida.

I – A ausência dos preços unitários no demonstrativo do orçamento

estimado na planilha de quantitativos e preços unitários no edital da

tomada de preços caracteriza ilegalidade, a teor do art. 40, par. 2º,

II, da Lei n. 8.666/93, reparável pela via do mandado de segurança.

II – Recurso conhecido e provido, para conceder a ordem, a fim de

suspender o processo licitatório, enquanto não suprida tal

irregularidade.” (BLC n. 2, 1997, p. 112).

Desta forma, a ilegalidade ora apontada não configura mera falha formal superável,

mas grave afronta à Lei nº. 8.666/93, com inobservância do Princípio da Legalidade e

conseqüente inviabilização do Princípio do Julgamento Objetivo. Assim sendo, este

Pregão, deflagrado sem que constasse dos Anexos do respectivo Edital o orçamento

estimado e detalhado em planilhas de preços com composição de todos os custos unitários

(arts. 7o., par. 2o., II e 40, par. 2o., II da Lei n. 8.666/93, e do artigo 3º, III da Lei n.

10.520/02), resta ilegal, e merece suspensão, com posterior anulação, caso não seja

sanado o presente vício.

RESPOSTA: Não procede – Compulsando os autos verificamos que o aludido orçamento

foi juntado, porém, com fulcro no art. 6º, I, “e”, do decreto nº 44.786/08, que determina a

apresentação de preços unitário e global estimados para cada item como referência, em

regra, apenas para subsidiar o julgamento do pregoeiro, a Administração julgou por bem

não divulgá-lo a fim de impedir que tal informação influencie os lances iniciais e, por

conseguinte, a obtenção de preços mais vantajosos.

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III. DOS PEDIDOS

Em face do exposto, vem a CLARO solicitar a suspensão do presente Pregão, para

que sejam os itens ora impugnados adequados à normativa vigente acerca do serviço de

telecomunicações (Resolução ANATEL n. 477/2007, Lei n. 9472/97, Portaria n. 1960/96) e

à Lei n. 8.666/93, de forma a assegurar o direito público subjetivo desta Impugnante e

demais operadoras de participar de certame elaborado em conformidade com as diretrizes

dos diplomas legais acima indicados.

Caso contrário requer à impugnante que seja acolhida as razões da presente

impugnação, para que esta douta autoridade proceda à anulação do certame em

referência, nos termos do artigo 49 da Lei n. 8.666/93.

Belo Horizonte/MG, 25 de junho de 2012.

______________________________

CLARO S.A.

CI:

CPF:

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CLARO S.A.

CI:

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