8/7/2019 AO CONTRRIO DO EXTERMNIO DE CES, A SOLUO PASSA PELA ESTERILIZAAO EM MASSA E A POSSE RESPONS

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AO CONTRRIO DO EXTERMNIO DE CES, A SOLUO PASSA PELA ESTERILIZAAO EM MASSA E APOSSE RESPONSVEL.

No a primeira vez que o Jornalista Antonio Bento se pronuncia acerca dos ces. Contudo, naedio do ltimo dia 8 do Jornal Notisul, com o artigo denominado Pessoas e animais:

relacionamento amigvel, porm, ameaador, ele se superou. Eutansia da forma como ele aborda

repugnante, hediondo.

Sem sombra de dvida, a questo dos animais abandonados (errantes) alarmante e evidenciamos

a problemtica no somente em Tubaro, mas em vrios municpios da nossa regio. Est se

agravando e se trata de um caso de sade pblica e denuncia o descaso e a irresponsabilidade de

muitos cidados e governantes. O fato que muitos ainda no se deram conta, muitos outros

simplesmente ignoram e outros, ainda, apontam como sugesto de soluo o extermnio em massa

desses seres vivos. Alis, isso j est ocorrendo, embora em menor escala se analisarmos os

inmeros animais que aparecem mortos por a, envenenados.

O nobre radialista deveria utilizar o seu potencial de comunicador para sensibilizar as pessoas para aposse responsvel e no incentivar o extermnio como soluo e considerar o relacionamentoamigvel, porm, ameaador do homem com os ces. Embora devamos respeitar a opinio de cadaum, no quer dizer que devemos concordar. A opinio de extermnio em massa lamentvel etotalmente descontextualizada da realidade.

Segundo estudos, uma s cadela pode originar, direta ou indiretamente, 67.000 ces num perodo deseis anos. Se quisermos realmente controlar a situao da superpopulao devemos sim esterilizarem massa e no exterminar como sugere o radialista Antonio Bento.

Ainda, segundo o Sr. Bento, [...] nenhum desfecho razovel acontece nas iniciativas promovidas

entre governos municipais e ONGs. Questiona-se: que aes seriam razoveis para um cidado quepensa que eutanasiar no atacado os animais abandonados, como sugere o radialista, seja a soluo?

Felizmente h um grupo de pessoas que de forma organizada busca amenizar o problema e luta para

achar uma soluo para esta problemtica. Tambm h um grande numero de annimos, pessoas de

bem, que abrigam em suas casas animais abandonados, tratam deles, castram e procuram um lar

definitivo. Isso louvvel, digno das pessoas que entendem e buscam a integrao e respeitam todas

as formas de vida. Embora no seja razovel, ameniza. um ato nobre e tenho certeza de que se

trata de uma relao amigvel e gratificante para essas pessoas, alm de ajudar em muito os

animais.

Essas pessoas que respeitam e acolhem os animais reconhecem o que pensava So Francisco de Assisao dizer que todas as coisas da criao so filhos do Pai e irmos do homem... Deus quer queajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraa tem o mesmo direito a serprotegida". Acreditam ainda que "os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor,felicidade e sofrimento", em concordncia com o cientista Charles Darwin.

Por outro lado, fato, precisamos de muito mais ao, pois o problema merece maior ateno e

agilidade no seu trato. Precisamos sim de um CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) que contenha

um abrigo para esses animais, lutamos muito por isso, pois temos esperana de ver materializado,

perfeitamente estruturado (fsico e operacionalmente) e em funcionamento devidamente planejado.

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Ns voluntrios e membros da ONG Movimenta-Co, assim como muitos cidados annimos,

procuramos fazer a nossa parte assistindo 3 (trs) cuidadoras que abrigam atualmente

aproximadamente 300 ces. Nossa ajuda se concretiza em parte por intermdio de um convnio

firmado com o Municpio de Tubaro e complementado pelo voluntariado de vrios abnegados queentendem haver soluo para a situao, basta o envolvimento de todos. Por exemplo, nas quatro

feiras de adoo promovidas pela ONG foram doados 120 (cento e vinte) ces e 4 (quatro) gatos. At

o momento castramos 100 ces entre machos e fmeas, entregamos aproximadamente 15.000 kg

(quinze mil quilos) de rao, alm do fornecimento de medicamentos bsicos para os ces.

Por fim, o radialista tenta comparar a problemtica (que de fato existe) da necessidade de se

construir um canil e implantar um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), objetivando uma soluo

definitiva, com outra problemtica por ele apontada de que alguns bairros no possuem Unidade

Bsica de Sade. Cita ainda a precariedade no atendimento nas unidades de sade existentes, alm

da falta frequente de medicamentos. Justifica que isso causar um desconforto para qualquer

gestor pblico. Mais uma vez, respeitosamente, no concordamos com o radialista, pois ambos os

problemas devem ser encarados de frente, tendo em vista que um no exclui o outro, e quem deve

confortar o povo o gestor pblico, j que foi eleito para isso. O povo deve sim contribuir, colaborar,

exercendo de fato a sua cidadania. Neste contexto, vamos lembrar da famosa frase de Mahatma

Gandhi: "A grandeza de uma nao pode ser julgada pelo modo que seus animais so tratados".

Tubaro, 13 de junho de 2010.

FRANCISCO DE ASSIS BELTRAMEPresidente da ONG Movimenta-Co