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índice 3

RelatóRio do Conselho de administRação 2012

relatório de gestão 03

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índiCe

04 relatório do conselho de administração 2012

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Órgãos sociais 06

MensageM do Presidente 08

relatÓrio de gestão 101. Síntese 122. Principais acontecimentos do ano 17 3. Portugal 184. Tunísia 275. Líbano 316. Angola 347. Cabo Verde 358. Organização 379. Área Financeira 3810. Proposta de aplicação de resultados 39

deMonstrações Financeiras consolidadas 401. Balanço Consolidado 422. Demonstração dos Resultados Consolidados 433. Demonstração das Alteraçõesnos Capitais Próprios Consolidados 444. Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados 485. Índice das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 506. Notas às DemonstraçõesFinanceiras Consolidadas 52Anexos 184

relatÓrio de sustentabilidade 188Este Relatório 1901. A Secil 1922. Sustentabilidade no Grupo Secil 1983. As nossas Pessoas 2054. A Comunidade 2115. O nosso Mundo 213

relatÓrio de resPonsabilidade social 2221. O Grupo Secil e seus Colaboradores 2242. O Grupo Secil e a Comunidade Exterior 232

organigraMa 236

índice 05

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ÓRGÃOS SOCIAIS . CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

06 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES VOGAL COMISSÃO EXECUTIVACARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU VOGAL COMISSÃO EXECUTIVASÉRGIO ALVES MARTINS VOGAL COMISSÃO EXECUTIVAJOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS VOGAL COMISSÃO EXECUTIVA JOSÉ ALFREDO DE ALMEIDA HONÓRIO . JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA

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PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA

GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE

CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU

PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA

FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES

JOSÉ ALFREDO DE ALMEIDA HONÓRIO

JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS

SÉRGIO ALVES MARTINS

JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES

ÓRGÃOS SOCIAIS 07

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mensagem do pResidente

08 relatório do conselho de administração 2012

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> Um exercício de excepção

O exercício de 2012 da Secil antevia-se revestido de incerteza e difícil de exe-cutar, em função da crise instalada em Portugal e no mundo e da necessidade de mudança de paradigma que tínha-mos já identificado.

Apesar das alterações de posiciona-mento e de práticas de gestão já deline-adas terem sido lançadas durante o 2º semestre de 2012, a crise económico--financeira portuguesa, que atingiu muito especialmente o mercado da construção civil e obras públicas, afectou severa-mente a Empresa, tornando impossível atingir resultados positivos.

A estratégia definida de redimensiona-mento, foco na exportação e na interna-cionalização e na optimização de pro-cessos dará certamente frutos a curto e médio prazo, permitindo recuperar os

níveis de rentabilidade para patamares alinhados com o seu passado recente e com as referências do sector.

Neste mercado recessivo as ameaças e condicionantes sucedem-se, cabendo às Empresas ajustarem-se em perma-nência, flexibilizando as suas políticas e optimizando os seus recursos materiais, financeiros e humanos. É este caminho, por vezes doloroso, que a Secil tem tri-lhado na ultrapassagem desta inaudita fase negativa do país e na construção de condições para um futuro sustentável.

Estou convicto de que a Secil está no caminho certo e que a estratégia definida será concretizada nos prazos previstos, com a colaboração de todos.

Pedro Queiroz Pereira, Presidente do Conselho de Administração

mensagem do presidente 09

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RelatóRio de gestão

10 relatório do conselho de administração 2012

1. síntese 2. PrinciPais acontecimentos do ano 3. PortuGal 4. tunísia 5. líbano 6. anGola 7. cabo verde 8. orGanização 9. Área Financeira 10. ProPosta de aPlicação de resultados

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relatório de gestão 11

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1. síntese

12 relatório do conselho de administração 2012

1. síntese

O ano de 2012 não revelou sinais cla-ros de retoma da economia mundial. De acordo com o FMI, a razão fundamental desta tendência deve-se ao facto de as medidas de política económica adopta-das nos países desenvolvidos não esta-rem a conseguir restabelecer a confiança nas perspectivas a médio prazo. O cres-cimento mundial em 2012 deverá situar-se em 3,2%, com as economias emergentes a crescer 5,1% e as economias desen-volvidas a crescer apenas 1,3% (World Economic Outlook, FMI Janeiro 2013).

Na Europa mantém-se a situação de re-cessão consubstanciada numa redução do PIB estimada em -0,4% para a Zona Euro. Para a Espanha, país com o qual Portugal tem mais relações económicas, prevê-se uma evolução mais negativa, na ordem dos -1,4%.

A actividade da construção e o consumo de cimento continuam em baixa na União Europeia, especialmente nos países com graves dificuldades orçamentais e finan-ceiras e nomeadamente em Portugal, principal mercado do Grupo Secil.

A subida do preço da electricidade em Portugal afectou sensivelmente a gene-ralidade dos negócios, nomeadamente o segmento “Portugal Cimento” que su-portou um aumento do custo médio na ordem dos 20%.

Num contexto que permanece particu-larmente adverso, a Secil obteve um volume de negócios de 450 milhões de euros, 11% abaixo do verificado no pe-ríodo homólogo de 2011.

O EBITDA atingiu 70,8 milhões de euros tendo diminuído 30% face a 2011.

O EBIT atingiu um valor negativo de 17,1 milhões de euros.

O valor do EBIT encontra-se fortemente influenciado pelo registo de perdas por imparidades no valor de 32,8 milhões de euros dos quais 16,2 milhões em activos detidos para venda, 9,9 milhões de euros em activos fixos tangíveis e 6,7 milhões de euros em goodwill.

Em resultado da diminuição da margem operacional, do aumento significativo dos encargos financeiros e das imparidades registadas, o resultado líquido atribuível aos accionistas foi negativo, na ordem dos 38,5 milhões de euros.

Portugal

A evolução da economia Portuguesa continua totalmente condicionada pelo processo de ajustamento económico e financeiro no âmbito do programa de as-sistência acordado entre o Estado Portu-guês, a União Europeia e o FMI.

De acordo com as previsões recente-mente divulgadas pelo Banco de Portu-gal no Boletim Económico de Inverno, a economia Portuguesa terá contraído 3% em 2012. Este decréscimo é resultado de uma queda significativa e generalizada da procura interna, que contrasta com o crescimento das exportações ao longo do ano. Refira-se que a quebra de actividade foi mais acentuada no segundo semestre.Este enquadramento macroeconómico negativo, que se reflectiu na generalidade dos sectores, continua a afectar signifi-cativamente o sector da construção, que permanece sem crescer nos últimos 11 anos. A actividade que em tempos foi responsável por 7,3% do PIB nacional, tem actualmente um peso de apenas 5% (de acordo com a Federação Portuguesa da Indústria de Construção e Obras Pú-blicas). O número de desempregados oriundos do sector continua a aumentar, assim como o número de insolvências. De acordo com o INE, a actividade de construção e obras públicas terá caído em termos homólogos cerca de 16,6% no período de Janeiro a Novembro de 2012 (Índice de produção na construção e obras públicas – INE Janeiro 2013).

A procura de cimento continua em queda, estimando-se ter havido uma redução de cerca de 28,6% face ao período homólogo de 2011, pelo que o mercado de cimento deverá ter atingido 3,4 milhões de toneladas.

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Neste contexto particularmente difícil, o segmento Portugal Cimento conseguiu aumentar as exportações de cimento e clínquer em 17% em quantidade, com-pensando parcialmente a queda signifi-cativa de 29% verificada nas vendas no mercado interno.

O volume de negócios deste segmento atingiu 205 milhões de euros tendo dimi-nuído 14% face ao ano anterior. O EBI-TDA registou um valor de 44,4 milhões de euros, diminuindo 35%.

Este decréscimo resultou maioritaria-mente da diminuição significativa do vo-lume de vendas no mercado interno, com forte impacto negativo na margem média de vendas, já que apesar de o peso das vendas para o mercado externo ter au-mentado, os seus preços e margens são mais baixas.O apertado controlo dos custos de pro-dução e manutenção, dos custos de distribuição e de estrutura permitiram atenuar os efeitos negativos acima in-dicados.

A Secil tem em curso vários projectos em todas as áreas, com particular incidência nos segmentos do cimento, do betão--pronto e dos inertes, tendo em vista a redução significativa dos custos através da racionalização das operações e, tam-bém, do redimensionamento das áreas de suporte por forma a adequar conve-nientemente a empresa à nova realidade imposta pela alteração substancial, e em baixa, da procura interna.

Os restantes segmentos de negócio que operam em Portugal tiveram, na genera-lidade, um desempenho bastante infe-rior a 2011 em linha com o verificado no segmento “Portugal Cimento”.

tunísia

A economia e a sociedade Tunisinas con-tinuaram em 2012 muito marcadas pela revolução de Janeiro de 2011 e pelos acontecimentos que se seguiram.

Apesar da contínua melhoria da situação geral de segurança, persistem alguns fo-cos de instabilidade, causando muitas incertezas no que respeita à evolução do país em termos políticos, sociais e eco-nómicos. Embora o enquadramento não seja favorável, segundo o FMI a economia Tunisina deverá crescer em 2012 cerca de 2,7%, invertendo o crescimento negativo de -1,8% verificado em 2011 (World Eco-nomic Outlook, FMI Outubro 2012).

A actividade da construção e o consumo de cimento continuaram a crescer a um bom ritmo. A procura de cimento au-mentou cerca de 12,3% a nível nacional, tendo atingido 7,2 milhões de toneladas, e 11,7% na região Sul, que corresponde ao mercado natural das operações da Secil.

O volume de negócios do segmento Tuní-sia Cimento aumentou 11,4% em termos homólogos, em resultado do acréscimo das quantidades de venda em cerca de 10%, tendo atingido os 61,9 milhões de euros. Com efeito o EBITDA registou também um aumento de 18% compa-rativamente ao ano anterior, tendo regis-tado o valor de 8,1 milhões de euros. O segmento Tunísia Betão e Prefabricados piorou o seu desempenho em 2012. O

EBITDA atingiu os 818 mil euros, 18% abaixo do obtido em Dezembro de 2011, em resultado do decréscimo das ven-das em quantidade e valor, em ambas as áreas. O volume de negócios agregado atingiu os 7,9 milhões de euros, 6,6% abaixo do ano anterior.

líbano

Segundo os dados publicados pelo FMI, a economia Libanesa deverá ter crescido cerca de 2% em 2012 (World Economic Outlook, FMI Outubro 2012), acima do crescimento de 1,5% registado em 2011.

Apesar do ténue crescimento previsto para a actividade económica em geral, o consumo de cimento diminuiu ligei-ramente face ao nível do ano anterior, tendo sido verificada a primeira quebra de mercado desde 2002. Estima-se que o mercado tenha atingido o valor de 5,4 milhões de toneladas de cimento, cerca de 3,3% abaixo do ano anterior.

A região do Médio Oriente tem sido palco de mudanças significativas, marcadas pela transição política em alguns países, dei-xando adivinhar algumas promessas de crescimento, contudo, estas mudanças

relatório de gestão 13relatório de gestão 13

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1. síntese

14 relatório do conselho de administração 2012

também têm criado incertezas, que im-pactaram o investimento, turismo e a ac-tividade económica na sua generalidade.

O desempenho do segmento Líbano Ci-mento foi positivo, embora abaixo do ano anterior. O volume de vendas atingiu 83 milhões de euros, 9% acima de 2011 e o EBITDA ascendeu a 22 milhões de euros, tendo diminuído 11%. O crescimento do volume de negócios é devido fundamen-talmente ao aumento do preço médio de venda, uma vez que os volumes decres-ceram ligeiramente.

O segmento Líbano Betão teve uma performance positiva e acima de 2011, apesar do decréscimo das vendas em volume de cerca de 3%. O volume de negócios cresceu 7,5% em virtude do aumento nos preços de venda e o EBI-TDA atingiu 449 mil euros, tendo crescido 2,7%.

angola

Em 2012 a economia Angolana terá atin-gido um crescimento robusto de 6,8% (World Economic Outlook, FMI Outubro 2012), mantendo-se em fase de acelera-

ção. Este crescimento foi sustentado por uma recuperação do sector petrolífero, e pela continuação do crescimento do sector não petrolífero. Deverá também ser salientado o facto de Angola ter atin-gido em 2012 uma inflação de cerca de 9%, o valor mais baixo da última década.

Na sequência desta tendência revelada, a actividade de construção continuou a crescer gradualmente. Este crescimento relativamente a 2011 traduziu-se num incremento do consumo de cimento, que terá ficado próximo das 5 milhões de toneladas.

Neste contexto, o segmento Angola Ci-mento e apesar de um desempenho posi-tivo, registou um decréscimo acentuado nas vendas de cimento em volume em cerca de 16,5% e de 6% em valor. Para esta diminuição da actividade, contribuiu a entrada em funcionamento na região do Lobito de uma nova moagem de cimento, bem como o aumento do volume de im-portações de cimento, cujo impacto foi mais acentuado no 4º trimestre.

Cabo Verde

O crescimento de 4,3% do PIB da eco-nomia Cabo Verdiana, que terá ocorrido em 2012 (World Economic Outlook, FMI Outubro 2012), encontra-se ligeiramente abaixo do crescimento de 5% verificado em 2011, tendo sido suportado na per-

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formance positiva do sector do turismo, que continua a ser o motor da economia de Cabo Verde.

As operações da Secil desenvolvidas em Cabo Verde apresentaram comportamen-tos distintos. Na área do cimento, verifi-cou-se um decréscimo das quantidades vendidas de 5,6% e de 3% no volume de negócios, comparativamente a 2011. Na área dos inertes, registou-se um nível de actividade superior ao ano anterior, tendo as vendas em volume crescido 9% e o volume de negócios 5%. Globalmente, o volume de negócios atingiu 5,9 milhões de euros, tendo decrescido 2%. O EBITDA ascendeu a 66 mil euros, uma diminuição de cerca de 70%.

sustentabilidade

Como aspecto fundamental das práticas relacionadas com a Sustentabilidade, privilegiam-se os conceitos de raciona-lização e respeito pelas expectativas das diferentes partes interessadas, nomea-damente a exploração mais racional dos recursos naturais utilizados (substituindo matérias-primas naturais e combustí-veis fósseis por materiais alternativos), a maior eficiência energética e o forte apoio e participação das entidades locais nas actividades, numa política de acção social junto dos colaboradores, suas famílias e comunidades envolventes.

As acções desenvolvidas neste âmbito fo-ram particularmente significativas ao nível da unidade de negócio Portugal-Cimento merecendo destaque as seguintes:

> A taxa de substituição de combustíveis alternativos aumentou para os 40,6% permitindo incrementar a substituição de combustíveis fósseis.

> A taxa de incorporação de clínquer total manteve-se constante face a 2011 tendo sido de 74,4%.

> Redução significativa do valor das emis-sões específicas de CO

2 de 654 kg para 615 kg de CO2 por tonelada de produtos cimentícios, fruto da diminuição das emis-sões específicas de CO2 por tonelada de clínquer.

> As emissões de CO2 do conjunto das 3 fábricas não ultrapassaram as licenças atribuídas pelo Governo Português no âmbito do PNALE II – Plano Nacional de Emissão de CO2.

Em 2012 ao nível do Portugal-Cimento em particular, destaca-se o arranque do Projecto de “Optimização da Eficiência Energética nas Fábricas de Cimento em Portugal”, cujo intuito é melhorar a efi-ciência energética (eléctrica e térmica) das suas instalações. No âmbito deste projecto foram identificadas um conjunto de medidas para diminuir os consumos de energia, nomeadamente, optimização/substituição de equipamentos e redes de utilities e medidas que permitam o au-mento da taxa de substituição de com-bustíveis alternativos.

A Saúde e a Segurança no Trabalho continua a merecer uma atenção muito especial por parte do Conselho de Admi-nistração do Grupo Secil. Em 2012 a evo-lução dos indicadores de sinistralidade foi positiva face a 2011, tendo-se traduzido numa redução do rácio de frequência e do rácio de gravidade. Em 2012 não se veri-ficou nenhum acidente fatal, ao contrário do sucedido em 2011.

Prosseguimento do Plano de Desenvol-vimento do Produto Secil com o apoio - estabelecido através de protocolos de co-laboração - de diversas Universidades e outras instituições de reconhecido mérito na área de investigação, nomeadamente o Instituto Superior Técnico, Faculdade En-genharia da Universidade do Porto, LNEC, e CENTI - Centro de Nanotecnologia e Materiais Funcionais e Inteligentes. Parte

destes projectos de investigação contam com o apoio da FCT- Fundação para a Ciência e Tecnologia e financiamento do Programa QRen.

O desenvolvimento de novos produtos abrange o Grupo Secil em Portugal e no exterior, estendendo-se para além da área de Cimento às várias unidades de negócios - nomeadamente Argamassas, Betões e Inertes e Prefabricados.

O Grupo Secil sempre teve presente que o seu crescimento sustentável depende do bem-estar dos seus colaboradores, bem como do apoio e da estreita colaboração que desenvolve junto das comunidades onde se inserem as suas actividades pro-dutivas e comerciais.

Os colaboradores da Secil beneficiam de planos complementares ao regime geral ao nível das pensões de reforma, saúde e outros benefícios que incentivam a as-siduidade e a permanência na Empresa.

Por outro lado a Secil estabelece proto-colos de apoio e incentivo a instituições que promovem actividades de inclusão social, desportivas e culturais, junto das comunidades onde o Grupo desenvolve a sua actividade.

O Conselho de Administração expressa os seus agradecimentos aos seus clientes e trabalhadores, ao Fiscal Único, às insti-tuições financeiras que apoiaram o Grupo, aos fornecedores, às comunidades locais onde os nossos centros operacionais se inserem e, em geral, aos parceiros que se associaram à Secil em iniciativas em-presariais.

O Conselho de Administração manifesta o seu reconhecimento aos accionistas pela confiança que lhe concederam, indispen-sável que foi para o exercício eficaz da sua actividade com o objectivo de maximizar o valor da Secil de forma sustentável.

relatório de gestão 15

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1. síntese

16 relatório do conselho de administração 2012

PrinCiPais dados FísiCos globais 2010 2011 2012 Variação

Capacidade Produtiva de Cimento 1000 t 6.850 6.850 7.650 12%

Vendas Cimento cinzento 1000 t 5.243 4.983 4.771 -4%Cimento branco 1000 t 101 99 90 -8%Cal artificial 1000 t 55 41 66 +61%Clinquer 1000 t 887 589 554 -6% Betão-pronto 1000 m3 1.740 1.726 1.266 -27%Inertes 1000 t 4.475 4.108 2.743 -33%Prefabricação em betão 1000 t 143 128 87 -32%Argamassas 1000 t 298 227 141 -38%Cal hidráulica 1000 t 18 16 15 -5%Cimento-cola 1000 t 8 11 10 -7% Pessoal Número de colaboradores Nº 2.630 2.589 2.237 -14%Índice de frequência de acidentes (1) 1,98 1,47 1,28 -13%Índice de gravidade de acidentes (1) 40,36 40,34 27,51 -32%

(1) abrange pessoal próprio e pessoal das empresas prestadoras de serviços

PrinCiPais dados eConómiCo-FinanCeiros Consolidados 2010 2011 2012 Variação Volume de negócios M€ 536 507 450 -11%ebitda M€ 128 101 71 -30%ebit M€ 79 46 -17 -138%Custo Líquido de Financiamento M€ -5 -6 -13 -117%Resultado antes de Imposto M€ 73 40 -30 -175%resultado líquido M€ 47 23 -39 -265% Activos Totais M€ 827 908 907 0%Capitais Próprios (excluindo interesses minoritários) M€ 416 408 306 -33%Dívida Líquida M€ 78 142 286 +101% Margem EBITDA 24% 20% 16% Margem EBIT 15% 9% -4% dívida líquida / ebitda 0,6 1,4 4,0 Capex Operacional M€ 34 35 23 -34%Capex Desenvolvimento M€ 10 27 8 -70%Capex total M€ 44 62 31 -49%

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2. pRinCipais aConteCimentos do ano

FeVereiro

> A Secil apoiou o 6º Fórum Nacional de Resíduos que decorreu no Centro de Congressos da Universidade Cató-lica e que tinha como tema “Os resí-duos na base de uma nova economia emergente”.

março

> Acreditação do Laboratório de Con-trolo de Qualidade da Fábrica Secil--Outão, de acordo com a norma NP EN ISSO/IEC 17025:2005.

> A Secil patrocinou o 4º Congresso Português de Argamassas e ETICS (External Thermal Insulation Composite Systems), que decorreu no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra.

maio

> Aquisição de 13,81% do capital da empresa Supremo Cimentos, com sede em Pomerode, estado de Santa Cata-rina, no Brasil. A Supremo Cimentos e as suas associadas têm como actividades a fabricação de cimento, produção e co-mercialização de betão-pronto.

> Realização da “Semana de portas abertas” na Fábrica Secil-Outão com o objectivo de mostrar à população as razões que estiveram na base da atribui-ção do Prémio de Inovação para a Sus-tentabilidade, uma iniciativa da Agência Portuguesa do Ambiente, integrada no concurso European Business Awards for the Environment, realizado pela Comis-são Europeia.

> A Secil renovou a certificação do Sis-tema Integrado de Gestão realizada pela APCER em auditoria externa obtendo o resultado de “Muito Bom”.

> Participação na primeira edição da iniciativa “Setúbal Concelho Sustentá-vel”, a convite da Câmara Municipal de Setúbal, que incluiu um Seminário téc-nico onde a Secil participou com o tema “Gestão Sustentável”.

> A Secil participou na Tektónica 2012 – Feira Internacional de Construção Civil e Obras Públicas, realizada em Lisboa.

> Entrada em produção do novo moinho vertical de cimento na Société des Ci-ments de Gabès com uma capacidade anual de produção de 600 mil toneladas.

Junho

> Realização da “Semana de portas abertas” na Fábrica Maceira-Liz que contou com a presença de cerca de 280 visitantes tendo coincidido com a come-moração do 89º aniversário da Fábrica e a reabertura do Museu.

> Realização do Seminário de Susten-tabilidade que decorreu no Centro de Formação da FábricaMaceira-Liz.

> Publicação na revista internacional Word Cement de um artigo sobre a Secil no âmbito da sustentabilidade e recupe-ração das pedreiras.

A Secil renovou a certificação do Sistema Integrado de Gestão na auditoria externa realizada pela APCER.

> A Secil esteve presente na Conferência Rio+20 – Conferência das Nações Uni-das sobre o Desenvolvimento Sustentá-vel, realizada no Rio de Janeiro com a finalidade de mostrar projectos relevantes na área do ambiente e desenvolvimento sustentável.

Julho

> A Secil recebeu mais de 80 associações setubalenses na Fábrica Secil-Outão com as quais firmou protocolos de colabora-ção e financiamento tendo em conta o actual contexto económico.

> A Secil esteve presente na 29ª edição da FILDA – Feira Internacional de Luanda.

outubro

> Atribuição do Prémio Secil de Engenha-ria Civil aos Engenheiros Armando Rito e Pedro Cabral com a obra Ponte 4 de Abril na Catumbela, Angola. A cerimónia decorreu no Teatro Nacional D. Maria II.

> A Secil patrocinou o Encontro Nacional de Betão Estrutural, realizado na Facul-dade de Engenharia da Universidade do Porto.

noVembro

> Criação de uma nova estrutura central das áreas de suporte que servirá todas as unidades do Grupo em Portugal. A junção das diferentes áreas verificou-se no início de Novembro de 2012 e levou à obtenção de sinergias nesta área, es-tando esta nova organização em fase de estabilização.

relatório de gestão 17

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3. poRtugal

18 relatório do conselho de administração 2012

3.1. enquadramento maCroeConómiCo

De acordo com as previsões recente-mente divulgadas pelo Banco de Portu-gal no Boletim Económico de Inverno, a economia Portuguesa terá contraído 3% em 2012. Este decréscimo é resultado de uma queda significativa e generali-zada da procura interna, que contrasta com o crescimento das exportações ao longo do ano. A quebra de actividade foi mais acentuada no segundo semestre.

Este enquadramento macroeconómico negativo que se reflectiu na generali-dade dos sectores, continua a afectar significativamente o sector da constru-ção que permanece sem crescer nos últimos 11 anos. A actividade que em tempos foi responsável por 7,3% do PIB nacional, tem actualmente um peso de apenas 5% (de acordo com a Federação Portuguesa da Indústria de Construção e Obras Públicas). O número de desem-pregados oriundos do sector continua a aumentar, assim como o número de in-solvências. De acordo com o INE, a ac-tividade de construção e obras públicas terá caído cerca de 16,6% no período de Janeiro a Novembro (Índice de produção na construção e obras públicas – INE Janeiro 2013).

A inflação atingiu 2,8%, abaixo de 3,6% verificado em 2011.

As taxas de juro de referência do Euro mantiveram-se num nível bastante baixo durante o ano de 2012. Tomando como exemplo a Euribor a 3 meses, esta taxa registou uma expressiva redução pas-sando de 1,343% no início do ano para 0,187% no seu final.

3.2. Cimento

3.2.1. aCtiVidade

Estima-se que o mercado nacional de cimento tenha atingido 3,4 milhões de toneladas, o que representa uma dimi-nuição de cerca de 29% face ao ano anterior. O mercado do cimento branco atingiu aproximadamente 44 mil tonela-das em 2012 representando uma quebra de 18% face a 2011.

O ano 2012 foi marcado por um ambiente competitivo forte, fruto da actuação dos operadores nacionais bem como das importações provenientes do mercado espanhol. O cimento comercializado em Portugal com base em importações terá atingido cerca de 200 mil toneladas, re-presentando uma quota de mercado de aproximadamente 6%.

Consumo de Cimento (1)

2010 2011 2012

Portugal Mt 5,8 4,9 3,4 Portugal % -5,8 -15,1 -29

(1) estimativas.

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Não obstante o clima económico nacio-nal e a queda significativa da procura interna, a Secil manteve a sua posi-ção relativa no mercado, adaptando a sua produção à dimensão do mercado e procurando destinos alternativos no mercado de exportação por forma a mi-nimizar a redução do nível de ocupação das instalações produtivas.

Neste cenário de recessão e difícil con-juntura, o dinamismo comercial da Secil tornou-se ainda mais determinante. A atitude de proximidade e a garantia de um nível de serviço que se traduza num

valor acrescentado para o cliente ganhou uma dimensão ainda maior permitindo um aumento do preço médio líquido de venda, no mercado interno, de 0,4%. Na actividade de vendas da Secil, há ainda que referir o fortalecimento da sua posi-ção junto das cadeias de retalho espe-cializado, tendo contribuído para um au-mento do peso do segmento da revenda na estrutura de vendas.

As vendas de cimento e clínquer atin-giram 181 milhões de euros corres-pondendo a 2,8 milhões de toneladas, tendo diminuído 14% em valor, e 11% em quantidade.

Vendas de Cimento e Clínquer 2011 2012 Variação

Mercado Interno M€ 156 112 -28%Mercado Externo M€ 54 69 +28% Total M€ 210 181 -14% Mercado Interno 1000 t 1.914 1.364 -29%Mercado Externo 1000 t 1.255 1.471 +17% Total 1000 t 3.169 2.835 -11%

relatório de gestão 19

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3. poRtugal

20 relatório do conselho de administração 2012

Em virtude da crise que afecta severa-mente o sector da construção, as vendas de cimento no mercado interno diminu-íram 29%. Ainda assim conseguiu-se aumentar ligeiramente o preço médio de venda em cerca de 0,4%.

Ao nível do cimento cinzento ressalta a manutenção da posição de liderança do CEM II/A-L 42,5R e o reforço do peso do novo cimento CEM II/B-L 42,5R, que mais que duplicou as suas vendas face ao ano anterior, tendo registado um acréscimo de cerca de 120%, o que re-flecte a preferência por produtos mais eco eficientes reforçando a sustentabili-dade da actividade da empresa.

As vendas de cimento branco também diminuíram cerca de 18%, em virtude da diminuição do consumo.

As vendas para o mercado externo au-mentaram 17% em volume e 28% em valor. Salienta-se o aumento significativo das exportações de cimento cujos pre-ços de venda e margens são superiores às de clínquer e a diminuição das ex-portações de clínquer, pelo que o preço médio de venda aumentou 7% princi-palmente devido à alteração do mix. As exportações de cimento branco aumen-taram 2,7% tendo sido atingido um total de 46 mil toneladas.

Na área da distribuição, a gestão dos custos de transporte continuou a ser uma prioridade para a empresa. Num cenário de volatilidade do preço dos combustí-veis, introdução de novas portagens e greves no sector portuário e ferroviário, o impacto nos custos de distribuição da Secil foi reduzido, mantendo-se estes em níveis muito próximos dos verificados em 2011.

No âmbito da gestão da distribuição, procurou-se e conseguiu-se, minimizar os efeitos ambientais optando sempre que possível pelos meios de transporte mais sustentáveis (marítimo e ferroviário).

É de assinalar, a incorporação de cimento branco da Secil em várias obras relevan-tes tais como a Fundação Nadir Afonso - Chaves (Arquitecto Álvaro Siza Vieira) e o Edifício Poente no Tagus Park – Oeiras (Arquitecto Frederico Valsassina). Relati-vamente a obras com cimento cinzento, destacam-se o Reforço de Potência de duas importantes barragens, a da Venda Nova e a de Salamonde - Vieira do Minho, o Data Center da Portugal Telecom - Covi-lhã, o novo Hospital de Vila Franca de Xira, a nova Sede da Policia Judiciária - Lisboa e o Edifício do Terminal de Cruzeiros de Leixões.

A produção de cimento atingiu 2,3 milhões de toneladas, tendo decrescido 13% face a 2011 devido à diminuição da procura.

Produção de Cimento 2011 2012 Variação

Cimento Cinzento 1000 t 2.509 2.175 -13%Cimento Branco 1000 t 94 96 +2% Total 1000 t 2.603 2.271 -13%

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A par do efeito positivo do preço foi tam-bém continuado o esforço no controlo dos custos operacionais. Neste âmbito foram iniciados projectos de redução de custos, inseridos num programa de mudança organizacional. Destacam-se entre outros, o programa de sinergias na área de manutenção industrial visando a redução de custos de materiais, ser-viços e stocks, bem como um projecto de aumento de eficiência energética que tem como objectivo a redução dos custos com energia térmica e eléctrica, componentes estas com um peso muito significativo na estrutura de custos bem como nas condições de sustentabilidade da empresa.

Prosseguiu o aumento da utilização de resíduos industriais como combustível térmico, tendo sido aumentada a taxa de utilização de combustíveis térmicos alternativos de 39% em 2011, para 41% em 2012.

A reestruturação que ocorreu em Portu-gal, teve um impacto muito significativo na área do cimento. O plano de redução da estrutura das operações envolveu as 3 fábricas de cimento, bem como a es-trutura organizacional. Esta racionaliza-ção dos recursos humanos, por forma à adaptação do negócio à nova realidade de mercado, traduziu-se na redução do número de colaboradores tal como evi-denciado no quadro abaixo.

O investimento realizado em 2012, cifrou--se em cerca de 12 milhões de euros o que caracteriza uma redução bastante significativa face a 2011, ano no qual o valor dos investimentos ascendeu a 32 milhões de euros. Este decréscimo de 63%, encontra-se alinhado com a po-lítica de racionalização. Destacam-se o aumento da capacidade de armaze-nagem de Combustíveis Alternativos, o início da instalação de by-pass de ga-ses nos fornos da Fábrica Secil- Outão e Maceira-Liz, a instalação de uma unidade de ensacagem e paletização de cimento na Fábrica Secil- Outão e a conclusão do projecto de utilização de CO

2 para cria-ção de microalgas e respectivo aprovei-tamento comercial.

A Fábrica de Sacos de Papel diminuiu a sua actividade, tendo produzido cerca de 56,7 milhões de unidades e vendido 55,8 milhões de unidades, pelo que registou uma quebra nos volumes de vendas em 4%. O volume de negócios ascendeu a 10 milhões de euros, tendo aumentado 2%. O EBITDA cifrou-se em 1 milhão de euros, 7% abaixo de 2011, em resultado da diminuição das vendas e do registo de perdas por imparidades em clientes.

3.2.2. resultados

O volume de negócios atingiu 205 mi-lhões de euros tendo diminuído 14% face ao ano anterior. O EBITDA registou um valor de 44,4 milhões de euros, dimi-nuindo 35%.

Este decréscimo é maioritariamente de-vido, conforme já mencionado anterior-mente, à quebra das vendas no mercado interno e à diminuição da margem média de venda.

O apertado controlo dos custos de pro-dução e manutenção, dos custos de distribuição e de estrutura permitiram minimizar os efeitos negativos acima in-dicados.

indiCadores FinanCeiros 2011 2012 Variação

Fábricas 3 3 0% Volume de Negócios M€ 239 205 -14%EBITDA M€ 68 44 -35%Capex M€ 32 12 -63% Pessoal Nº 663 505 -24%

relatório de gestão 21

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3. poRtugal

22 relatório do conselho de administração 2012

3.2.3. PersPeCtiVas Para 2013

O contexto económico geral mantém--se desfavorável ao desenvolvimento positivo das actividades da Secil tendo

de sempre, tiveram um impacto muito significativo no sector do betão pronto. Este mercado terá registado uma que-bra em Portugal de cerca de 43% para 3,5 milhões m3.

Para este agravamento do sector con-tribuíram a suspensão de algumas obras públicas e o contínuo decréscimo da construção residencial.

Para além da redução do mercado de betão pronto, resultado da situação de crise já prolongada no sector da construção cujo efeito imediato é no volume da produção, assistiu-se tam-bém a um decréscimo no número de empresas em actividade e no emprego a elas associado. Como consequência aumentou o número de insolvências, aumentando o risco de crédito. Assis-tiu-se a um crescente recurso por parte dos clientes aos Processos Especiais de Revitalização, comprometendo o recebimento integral e atempado das dívidas.

Face a este contexto as vendas regis-taram um decréscimo acentuado de cerca de 32% face a 2011, tendo sido vendidos 933 mil m3 em 2012.

em conta a localização geográfica das principais operações. As perspectivas são particularmente desfavoráveis em Portugal, considerando as medidas previstas no Orçamento de Estado para 2013, cujos efeitos sobre a pro-cura interna serão negativos e terão como consequência um agravamento da actividade económica em geral, e do sector da construção, em particular.

As actuais projecções apontam para uma contracção de 1,9% da actividade económica em 2013, após uma queda estimada de 3% em 2012 (Banco de Portugal - Boletim Económico de In-verno – Janeiro 2013).

Conforme se referiu, a Secil está a im-plementar um conjunto alargado de me-didas de redução de custos por forma a adequar as operações em Portugal e a respectiva estrutura de apoio à nova re-alidade imposta pela redução drástica da procura. Uma parte dos efeitos des-sas medidas ocorreu ainda em 2012.

3.3. betão-Pronto e inertes

A forte redução na actividade da cons-trução que atingiu os níveis mais baixos

betão-Pronto 2011(1) 2012 Variação

Centrais de Betão 72 45 -38%Vendas 1000 m3 1.369 933 -32% Volume de Negócios 1000 € 83.656 56.941 -32%EBITDA 1000 € 2.228 -2 384 -207%Capex 1000 € 814 285 -65% Pessoal Nº 294 219 -26%

(1) inclui a actividade das empresas adquiridas ao grupo lafarge em Junho de 2011

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A quebra muito significativa da activi-dade no sector originou um processo de reestruturação, iniciado em 2011, com vista à redução substancial de custos e racionalização das operações, por forma a que a unidade de negócio se possa adequar à realidade actual.

Foram também encerradas ou a labora-ção foi suspensa, no decurso de 2012, um número elevado de centrais de be-tão. No final de 2011 tinham já sido en-cerradas 15 centrais e no decorrer de

2012 foram encerradas 3 e vendidas 5, das quais 4 de acordo com o compro-misso assumido com a autoridade da concorrência, na sequência da aquisi-ção em 2011 do Grupo Lafarge. No fi-nal de 2012 e apesar de terem laborado cerca de 45 centrais foram suspensas/encerradas 14, estando presentemente a laborar 30 centrais.

O EBITDA atingiu um valor negativo de 2,4 milhões de euros. Esta performance é devida à redução do volume de negó-

inertes 2011(1) 2012 Variação

Centrais de Britagem 12 8 -33%Vendas 1000 t 3.968 2.585 -35% Volume de Negócios 1000 € 19.763 12.374 -37%EBITDA 1000 € -1.300 -1.714 -32%Capex 1000 € 2.384 560 -77% Pessoal Nº 151 114 -25%

(1) inclui a actividade das empresas adquiridas ao grupo lafarge em Junho de 2011

cios em 32% (na mesma proporção da diminuição das vendas em quantidade), no entanto o processo de reestruturação teve um impacto negativo no EBITDA de cerca de 2,5 milhões de euros. Também os valores de imparidades de clientes registaram um valor significativo, tendo--se cifrado em cerca de 825 mil euros.

As vendas de inertes à semelhança das vendas de betão pronto, reduziram de forma substancial, fruto da situação de crise no sector da construção civil.

O decréscimo em quantidade atingiu os 35% e em valor os 35,8%. O EBI-TDA registou um valor negativo de 1,7 milhões de euros em 2012, já em 2011 este havia sido negativo, fruto das in-demnizações resultantes da reestrutu-ração e das perdas muito significativas por imparidades de clientes. O agrava-mento da performance em 2012 deve--se à diminuição considerável da acti-vidade, mas também aos custos que resultaram da reestruturação.

Assistiu-se a uma pressão bastante significativa sobre os preços de ven-da, tendo o 2º semestre de 2012 ficado

marcado por uma maior agressividade da concorrência. Os custos de produ-ção registaram um aumento de cerca de 6%, justificado maioritariamente por uma subida no custo da energia eléc-trica, apesar da criteriosa escolha do tarifário e adaptação do horário de pro-dução, visando o trabalho nas horas de menor custo.

Apesar do agravamento da situação financeira dos clientes do sector e do consequente aumento do risco de cré-dito, o valor registado em incobráveis de 145 mil euros, foi bastante inferior ao valor de 1 milhão de euros de 2011.

Há a salientar a criação de uma equi-pa técnica de trabalho nas pedreiras de Alenquer e do Algarve, por forma a adequar a produção ao menor volume de vendas destas zonas.

Para 2013, prevê-se que as dificulda-des sentidas no ano de 2012 se man-tenham no mercado de betão pronto e de inertes e que os níveis de actividade continuem a registar um decréscimo. Contudo ambos os sectores implemen-taram uma série de medidas de redu-ção de custos no decorrer de 2012, por forma a adequar as operações à nova realidade.

relatório de gestão 23

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3. poRtugal

24 relatório do conselho de administração 2012

3.4. PreFabriCação em betão

Durante o ano de 2012 o mercado da prefabricação em betão manteve a sua trajectória descendente. Estima-se que o mercado onde as empresas do Grupo operam tenha reduzido cerca de 30%, em linha com a variação de vendas da Secil Prebetão e da Argibetão.

A procura é muito inferior à oferta ins-talada, pelo que o sector continua a ser pautado pela concorrência muito agres-siva, onde são praticados preços de venda muito baixos, por vezes aproxi-mados ao preço de custo.

O desempenho desta unidade de negó-cio, à semelhança do ano anterior, foi negativo. O EBITDA foi negativo em 417 mil euros, no entanto, a performance em 2011 havia sido inferior, tendo registado um EBITDA negativo de 860 mil euros. Esta situação resulta da Secil Prebetão, uma vez que a Argibetão passou de um EBITDA positivo de 69 mil euros para um valor negativo de 194 mil euros. A Secil Prebetão atingiu um valor negativo de 446 mil euros, enquanto que em 2011 o EBITDA foi negativo em 1,8 milhões de euros, em resultado da reestruturação que se traduziu nesse ano num agrava-mento dos custos não recorrentes.

As vendas decresceram 32% em volume e 31% em valor. Esta quebra resulta do decréscimo das vendas da Secil Prebetão em 32% e da Argibetão em 33%. Refira--se que apesar do contexto, ambas as empresas conseguiram preços médios de venda ligeiramente superiores ao ano anterior. No caso da Argibetão, foi pos-sível um ligeiro acréscimo no preço das telhas vendidas no mercado nacional. No entanto nas telhas vendidas para Es-panha foi registada uma diminuição. Em 2012 as vendas de telhas para Espanha representaram 41% das vendas totais de telhas. No sector dos blocos, no intuito de responder à agressividade concorrencial, passou-se a fabricar produtos de gama mais baixa para alargar o leque da oferta.

A Secil Prebetão está a implementar um plano de reestruturação que permitirá au-mentar a sua competitividade e melhorar o seu desempenho no futuro

Para 2013 espera-se um ano igualmente difícil neste sector de actividade pelo que tanto na Argibetão como na Secil Prebe-tão, será muito difícil manter os volumes de vendas de 2012.

3.5. argamassas

Os anos de 2011 e 2012 representaram no sector da construção os piores anos das últimas décadas. Esta crise, em par-ticular no segmento da construção resi-dencial, voltou a penalizar o mercado das argamassas. O mercado da cal hidráulica e apesar da tendência de contracção ve-rificada nos últimos anos, manteve-se de acordo com os valores de 2011. Apesar do sector da reabilitação ter perdido dinâ-mica, a quota de licença de obras de re-abilitação subiu embora tal resultado seja devido à diminuição das obras e não ao aumento da reabilitação.

PreFabriCados em betão 2011 2012 Variação

Fábricas 7 7 0%Vendas 1000 t 121 82 -32% Volume de Negócios 1000 € 8.228 5.698 -31%EBITDA 1000 € -860 -417 +52%Capex 1000 € 281 157 -44% Pessoal Nº 98 95 -3%

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A performance da Secil Argamassas em 2012 foi fortemente condicionada por este contexto de actividade. Esta unida-de seguiu a tendência do mercado e re-gistou uma quebra nas vendas em quan-tidade de 34% e no volume de negócios de 27%, que se cifrou em 9,8 milhões de euros.

Em resultado da estratégia da empresa, iniciada em 2011, que visa o lançamento de novos produtos de valor acrescenta-do, o volume de negócios registou uma

-ção da mesma certificação para a Secilvit Cork.

Para o ano de 2013, face à actual si-tuação económica do país, é esperada nova contracção do mercado das arga-massas, tendo em consideração o mer-cado da construção residencial, sendo expectável um ligeiro aumento na re-abilitação residencial. No caso da cal hidráulica, o ano de 2013 será de novo um ano difícil no mercado nacional, no entanto, espera-se um forte crescimen-to das exportações.

Como facto relevante há a destacar a entrada em funcionamento, em Janeiro de 2012, da nova unidade de argamas-sas no Montijo, cujo investimento foi realizado maioritariamente em 2011.

Destaque também para o lançamento da gama de produtos técnicos para impermeabilização, prevenção e trata-mento de humidades hidrostop e refor-ço da gama de reabilitação – reabilita – com novas argamassas à base de cal hidráulica natural.

Salienta-se também a obtenção da certificação ETA para os produtos Se-cilvit Knauf Insulation e Secilvit Clássi-co e o início do processo para obten-

quebra menos acentuada que a verifica-da nas quantidades.

O EBITDA em 2012 decresceu cerca de 78% face ao ano anterior. O valor atingido de 304 mil euros é resultado fundamen-talmente da diminuição das quantidades vendidas no mercado interno. Refira-se que foi efectuado um importante esforço para a redução de custos, nomeadamen-te nos custos com pessoal. No entanto este não foi suficiente para colmatar a forte quebra nos volumes de vendas.

argamassas 2011 2012 Variação

Fábricas 5 6 +20%Vendas de Argamassas 1000 t 227 141 -38%Vendas de Cimento-Cola 1000 t 11 10 -9%Vendas de Cal Hidráulica 1000 t 16 15 -6% Volume de Negócios 1000 € 13.448 9.845 -27%EBITDA 1000 € 1.406 304 -78%Capex 1000 € 4.883 503 -90% Pessoal Nº 68 57 -16%

3.6. região autónoma da madeira

O enquadramento macroeconómico da Re-gião Autónoma da Madeira é semelhante ao contexto do país. A economia encontra-se condicionada ao programa de ajustamento económico e financeiro, que teve início no 2º trimestre de 2012, sobrepondo-se ao plano a que o país se encontra submetido, o que se traduz numa dupla austeridade, com efeitos significativos na economia nacional.

O mercado de investimento público, que a região pode realizar, foi reduzido signi-ficativamente, com excepção da Lei de Meios, que visa a reconstrução das infra--estruturas afectadas pela intempérie de Fevereiro de 2010.

relatório de gestão 25

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O nível de actividade do sector da cons-trução civil reduziu-se substancialmente em 2012, agravando a recessão que já se fazia sentir.

O consumo de cimento na região diminuiu cerca de 32% em 2012, encontrando-se ao nível do consumo registado em 1980. Verifica-se a existência de muitas obras pú-blicas suspensas ou a aguardar conclusão, por falta de financiamento das mesmas.

Neste enquadramento económico par-ticularmente difícil, a Cimentos Madeira reduziu a sua actividade. Embora a que-bra no mercado do cimento tenha sido na ordem dos 32%, a empresa registou uma redução de vendas de aproximadamente 24%, tendo sido vendidas cerca de 86 mil toneladas de cimento.

3. poRtugal

26 relatório do conselho de administração 2012

Cimentos madeira 2011 2012 Variação

Entrepostos de Cimento 3 2 -33%Centrais de Betão 4 2 -50%Centrais de Britagem 2 2 0% Vendas de Cimento 1000 t 113 86 -24%Vendas de Betão-pronto 1000 m3 31 26 -16%Vendas de Inertes 1000 t 70 81 +16% Volume de Negócios 1000 € 14.946 11.465 -23%EBITDA 1000 € -390 -32 +92%Capex 1000 € 575 99 -83% Pessoal Nº 57 52 -9%

As vendas de betão pronto também decres-ceram em 2012, tendo sido vendidos 26 mil m3 de betão, o que representa uma redução de 16% comparativamente a 2012.

No sector dos inertes, a empresa conseguiu minimizar os efeitos da crise e as vendas cresceram cerca de 16% face a 2011, tendo atingido um volume de vendas de 81 mil to-neladas. Este crescimento é devido à venda de areia britada, produto concorrente vindo da areia do mar.

O volume de negócios cifrou-se em 11,5 mi-lhões de euros, 23% abaixo do ano anterior.O EBITDA foi negativo na ordem dos 32 mil euros. Apesar da redução da activi-dade, o EBITDA melhorou face ao veri-ficado em 2011, cujo valor também foi negativo em 390 mil euros.

Este desempenho é justificado pelo fac-to de em 2011 se terem registado custos não recorrentes na ordem dos 750 mil euros em resultado da situação judicial relativa ao processo de venda de um ter-reno na Promadeira.Em 2012, a empresa abandonou a acti-vidade comercial do entreposto da zona franca da Madeira.O ano de 2013 será um ano muito difícil para a economia regional. Perspectiva-

-se para as operações do Grupo um ano marcado por dificuldades, onde o enfoque passará por assegurar a posição actual.

3.7. Valorização energétiCa de resíduo

A Secil participa em vários projectos em-presariais cujo objectivo é apoiar a valori-zação de resíduos como combustíveis e como matérias-primas.

3.7.1 esCórias

A actividade da transformação das cin-zas de cinzeiro em pozolanas artificiais foi à semelhança de 2011, limitada, de-vido à abundância de cinzas volantes no mercado.

Neste contexto, a Prescor suspendeu a actividade operacional em 1 de Dezem-bro de 2012.

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4.1. enquadramento maCroeConómiCo

A economia e a sociedade Tunisina con-tinuaram em 2012 muito marcadas pela revolução de Janeiro de 2011 e pelos acontecimentos que se seguiram.

Apesar da contínua melhoria da situação geral de segurança, persistem alguns fo-cos de instabilidade, causando muitas incertezas no que respeita à evolução do país em termos políticos, sociais e económicos.

A situação da economia europeia reper-cutiu-se na economia da Tunísia, mais precisamente num abrandamento da actividade nos sectores exportadores, prejudicando a economia já de si aba-lada pela revolução e pela instabilidade política e social. Esta situação foi ainda agravada pelo prolongamento do período de transição que deveria ter terminado em 2012 com a realização de novas elei-ções e que ainda não ocorreram.

Embora o enquadramento não seja fa-

vorável, a economia tunisina deverá ter crescido em 2012 cerca de 2,7%, inver-tendo o crescimento negativo de -1,8% verificado em 2011 (World Economic Ou-tlook, FMI Outubro 2012). Foi registada alguma recuperação nos sectores agrí-cola, no turismo e no transporte aéreo, todavia sem atingir os níveis de 2010.

A taxa de juro de referência do Banco Central subiu de 3,23% em Dezembro de 2011, para 3,98% em Dezembro de 2012.

O dinar tunisino manteve a tendência ve-rificada em 2011 de desvalorização face ao euro, tendo desvalorizado cerca de 2,6% em termos médios.

4.2. Cimento

4.2.1 aCtiVidade

O sector do cimento continuou em 2012 a sofrer os efeitos do período transitório da revolução, entre os quais os fechos esporádicos das instalações, embora em menor escala que o verificado em 2011.

O consumo de cimento e cal artificial continuou a crescer a um bom ritmo, tendo atingido um total de 7,5 milhões de toneladas a nível nacional, o que re-presenta um aumento de cerca de 12,3% face a 2011. Na região Sul, que corres-ponde ao mercado natural das nossas operações, o acréscimo na actividade terá sido de cerca de 11,7%.

As vendas em volume no mercado lo-cal atingiram 1,2 milhões de toneladas,

7,4% acima do ano anterior. As vendas destinadas ao mercado externo também aumentaram comparativamente a 2011, tendo atingido um total de 36 mil tone-ladas, o que representou um acréscimo bastante significativo face aos valores de 2011 de cerca de 6 mil toneladas. Este aumento é justificado em grande parte pela recessão verificada em 2011 (na sequência da revolução e dos acon-tecimentos que se seguiram) pelo que em 2012 verificou-se um aumento da

actividade na tentativa de compensar o atraso ocorrido em 2011.

4.tunísia

merCado 2010 2011 2012 Variação

Cimento 1000 t 6.896 6.393 7.163 +12%Cal Artificial 1000 t 338 282 331 +17% Total 1000 t 7.234 6.675 7.494 +12%

relatório de gestão 27

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parativamente a 2011. Este aumento é devido ao acréscimo dos volumes de vendas, uma vez que se assistiu à estag-nação dos preços de venda no mercado local. A prometida liberalização dos pre-ços voltou a não ocorrer.

A produção de cimento e cal artificial situou-se em 1,3 milhões de toneladas, tendo aumentado 8,3% face ao ano an-

uma diminuição de 26 pessoas face ao ano anterior. Tem-se verificado um esfor-ço no sentido de racionalizar os recursos humanos. Apesar desta redução, o nível de salários cresceu no país.

No que respeita a investimentos importa salientar o arranque da nova moagem de cimento, que deveria ter iniciado ainda em 2011, mas na sequência da situação de crise foi adiada para 2012.

Apesar do aumento das vendas para o mercado externo, mantiveram-se em 2012 as restrições administrativas às ex-portações, bem como a situação ainda instável da Líbia, pelo que os volumes da exportação ficaram aquém do seu potencial.

As vendas ascenderam a 57,4 milhões de euros tendo aumentado 9,8% com-

Em virtude dos problemas operacionais ocorridos nos fornos, verificou-se uma quebra na produção de clínquer. A uni-dade de negócio teve de recorrer à im-portação de clínquer a um preço elevado para poder satisfazer a procura interna, o que originou uma perda na margem das vendas locais. No final de 2012, o número de trabalha-dores ascendia a 290, o que representa

terior. O ano de 2011 ficou marcado pe-las diversas paragens (que totalizaram 67 dias), o que afectou gravemente a produção. Em 2012 também ocorreram bloqueios à fábrica, devido a greves e ocupações. No entanto o seu impacto não foi tão significativo, tendo estas pa-ragens totalizado 10 dias.

Vendas de Cimento e Clínquer 2011 2012 Variação

Mercado Interno 1000 € 52.099 55.336 +6%Mercado Externo 1000 € 187 2.055 +999% Total 1000 € 52.287 57.391 +10% Mercado Interno 1000 t 1.152 1.237 +7%Mercado Externo 1000 t 4 36 +800% Total 1000 t 1.156 1.273 +10%

Produções 2011 2012 Variação

Cimento 1000 t 1.128 1.201 +7%Cal Artificial 1000 t 41 66 +61% Total 1000 t 1.170 1.267 +8%

28 relatório do conselho de administração 2012

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4.tunísia 4.2.2. resultados

O desempenho da unidade de negócio foi superior ao verificado em 2011. O volume de negócios cifrou-se em 61,9 milhões de euros, cerca de 11,4% acima do ano anterior. O EBITDA atingiu os 8,1 milhões de euros, aumentando 18% comparativamente a 2011.

4.2.3. PersPeCtiVas Para 2013

É expectável que a economia na Tunísia cresça 3,3% em 2013, acima dos 2,71% estimados para 2012, de acordo com as estimativas mais recentes do FMI, ape-sar das incertezas que ainda subsistem no que respeita à instabilidade política e social. As expectativas de maior esta-bilidade e ligeira evolução, estão condi-cionadas pelo momento de incerteza e alguma indecisão que o país atravessa, nomeadamente o atraso na aprovação da constituição e a consequente mar-cação de eleições que já deveriam ter ocorrido em 2012. Como esta situação já se prolonga pode vir a afectar o nor-mal funcionamento das mais diferentes actividades. Em consonância com o que é esperado para a economia, também o sector da construção e do cimento de-verão crescer comparativamente a 2012.

No que respeita às exportações é ex-pectável uma melhoria com a esperada

O desempenho foi bastante positivo, tendo em consideração que alguns as-pectos negativos marcaram o ano de 2012. O aumento da performance deve--se maioritariamente ao aumento da ac-tividade e consequentemente ao volume de negócios.

indiCadores FinanCeiros 2011 2012 Variação

Fábricas 1 1 0% Volume de Negócios 1000 € 55.559 61.914 +11%EBITDA 1000 € 6.890 8.138 +18%Capex 1000 € 18.593 6.674 -64% Pessoal Nº 316 290 -8%

estabilização do mercado Líbio, embora sempre condicionada por factores impre-visíveis que possam vir a ocorrer.

relatório de gestão 29

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30 relatório do conselho de administração 2012

As vendas de betão decresceram 7,4% face ao ano anterior e as vendas de pre-fabricação registaram um decréscimo significativo de cerca de 33%. A situa-ção do país afectou ambas as áreas de forma significativa.

A diminuição de grandes obras públicas e privadas teve impacto no sector do betão onde os volumes de vendas regis-taram uma quebra generalizada.

O volume de negócios ascendeu a 7,9 milhões de euros tendo diminuído 6,5% comparativamente a 2011. Apesar da quebra nas quantidades de venda, o volume de negócios não registou uma diminuição tão significativa, em vir-tude do aumento de preços verificado em ambos os sectores. As margens de venda de betão e de prefabricados tive-ram um aumento em 2012, não só em consequência do referido aumento dos preços, mas também pelo ligeiro decrés-cimo dos custos de produção.

O EBITDA cifrou-se em 818 mil euros, o que representa uma diminuição de 17,7% face ao ano anterior. Este decréscimo deve-se maioritariamente à diminuição da activi-dade, mas também ao registo de perdas por imparidades em contas a receber na ordem dos 300 mil euros.

betão-Pronto e PreFabriCação em betão 2011 2012 Variação

Centrais de Betão 6 4 -33%Vendas 1000 m3 190 176 -7% Linhas de Prefabricação 1 1 0%Vendas 1000 t 6 4 -33% Volume de Negócios 1000 € 8.529 7.966 -7%EBITDA 1000 € 994 819 -18%Capex 1000 € 248 218 -12% Pessoal Nº 97 88 -9%

4.tunísia 4.3. betão-Pronto e PreFabriCação em betão

O mercado de betão pronto decresceu em 2012 e o da prefabricação, à seme-lhança do que tem vindo a suceder nos últimos anos, voltou a cair.

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5.líbano

5.1. enquadramento maCroeConómiCo

Segundo os dados publicados pelo FMI, a economia Libanesa deverá ter crescido cerca de 2%, acima do crescimento de 1,5% registado em 2011 (World Econo-mic Outlokk, FMI Outubro 2012).

A produção de cimento cifrou-se em cerca de 1,1 milhões de toneladas, 2,3% abaixo da produção de 2011. Esta dimi-nuição da performance foi influenciada

A situação política no país foi relativa-mente estável durante o ano de 2012, apesar de alguns problemas que ocor-reram no Norte do país. A região do Mé-dio Oriente tem sido palco de mudanças significativas, marcado pela transição po-lítica em alguns países, deixando adivi-nhar algumas promessas de crescimento. Contudo, estas mudanças também têm criado algumas incertezas, que afectaram o investimento, o turismo e a actividade económica na sua generalidade. Também o Líbano sofreu o impacto da desacele-ração global e da estabilidade nacional.

A taxa média de inflação deverá ter atin-gido 6,5%, acima dos 5,9% de 2011. A

pelo desempenho do 1º semestre, onde se verificou uma baixa performance, em resultado de paragens prolongadas das linhas de produção, devido aos frequen-

taxa de juro dos empréstimos situou--se em 7,11%, ligeiramente abaixo dos 7,38% verificados no ano anterior.

5.2. Cimento

5.2.1 aCtiVidade

Apesar do ténue crescimento previsto para a actividade económica, em geral o consumo de cimento diminuiu ligeira-mente face ao nível do ano anterior, tendo sido verificada a primeira quebra de mer-cado desde 2002. Estima-se que o mer-cado de cimento tenha atingido o valor de 5,4 milhões de toneladas de cimento, cerca de 4,6% abaixo do ano anterior.

tes cortes no abastecimento de electri-cidade e também pela ocorrência de problemas técnicos.

Neste contexto, a Sibline manteve pra-ticamente o mesmo nível de vendas em volume. Estas vendas foram realizadas integralmente no mercado interno.

merCado 2010 2011 2012 Variação

Cimento 1000 t 5.200 5.587 5.319 -5%

Vendas de Cimento e Clínquer 2011 2012 Variação

Mercado Interno 1000 € 76.157 82.680 +9%Mercado Externo 1000 € 107 0 -100% Total 1000 € 76.264 82.680 +8% Mercado Interno 1000 t 1.183 1.184 0%Mercado Externo 1000 t 2 0 -100% Total 1000 t 1.186 1.184 0%

relatório de gestão 31relatório de gestão 31

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32 relatório do conselho de administração 2012

No que respeita a investimentos, merece destaque o melhoramento e reformulação da linha no forno 1.

5.2.2. resultados

O volume de negócios atingiu 82,9 milhões de euros, tendo aumentado 9,1%, este au-mento é devido ao acréscimo no preço médio de venda uma vez que os volumes decresceram ligeiramente.

O EBITDA cifrou-se em 22 milhões de euros, desempenho positivo, no entanto 12,8% abaixo do ano anterior. A diminui-

ção do EBITDA foi fortemente influenciada pela já referida baixa da performance do 1º semestre, em resultado dos cortes de abastecimento de electricidade e de al-guns problemas técnicos.

A quebra de produção que resultou dos problemas referidos foi compensada com a aquisição de clínquer, no entanto com efeito negativo nas margens e no EBITDA.

Destaca-se também o aumento verificado no nível dos salários mínimos do país, que teve um impacto negativo na performance da unidade de negócio.

indiCadores FinanCeiros 2011 2012 Variação

Fábricas 1 1 0% Volume de Negócios 1000 € 76.093 82.984 +9%EBITDA 1000 € 25.265 22.027 -13%Capex 1000 € 4.318 9.277 +115% Pessoal Nº 433 430 -1%

5.líbano

Produções 2011 2012 Variação

Cimento 1000 t 1.150 1.123 -2%

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5.2.3. PersPeCtiVas Para 2013

No Líbano prevê-se um ano de 2013 semelhante ao de 2012, com um cres-cimento na ordem dos 2,5%, acima dos 2% estimados para 2012, de acordo com as previsões mais recentes do FMI. As alterações que têm ocorrido na região do Médio Oriente não facilitam a manuten-ção da estabilidade macroeconómica e o

A entrada em funcionamento ainda em 2011 da nova central localizada em Dora (Norte de Beirute) e a substituição da

crescimento esperado para o Líbano de 2,5% está bastante abaixo do potencial que este país apresenta. O mercado de ci-mento deverá estabilizar em 2013, após o boom verificado nos anos de 2003 a 2011.

5.3. betão-Pronto

A actividade da Soime decresceu ligeira-mente comparativamente ao ano anterior,

central antiga na localização de Chou-rifat, aumentou a capacidade total da produção de betão.

tendo registado vendas de 132 mil m3, 2,9% abaixo de 2011. O volume de ne-gócios cifrou-se em 8,2 milhões de euros, acima dos 7,6 milhões de 2011. Apesar de se ter verificado um aumento dos pre-ços de venda, o acréscimo do volume de negócios é devido à variação cambial do euro face ao dólar. Caso este efeito não tivesse ocorrido, o volume de negócios seria semelhante ao de 2011.

Em 2013 espera-se que a Soime au-mente as suas vendas e a sua quota de mercado.

betão-Pronto 2011 2012 Variação

Centrais de Betão 2 2 +0%Vendas 1000 m3 136 132 -3% Volume de Negócios 1000 € 7.607 8.175 +8%EBITDA 1000 € 437 449 +3%Capex 1000 € 1.421 281 -80% Pessoal Nº 78 76 -3%

relatório de gestão 33

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34 relatório do conselho de administração 2012

6.angola O crescimento da economia foi susten-tado por uma recuperação do sector petrolífero, e pela continuação do cres-cimento do sector não petrolífero.

Salienta-se o facto de o país ter atingido em 2012 uma inflação de cerca de 9%, a mais baixa na última década.

6.2. Cimento

O crescimento da economia Angolana traduziu-se também na continuação do crescimento da actividade da construção, pelo que o consumo de cimento terá atin-gido 5 milhões de toneladas, o que re-presenta um aumento de cerca de 39% acima do ano anterior. Do total do mer-

6.1. enquadramento maCroeConómiCo

Em 2012, a economia Angolana terá atin-gido um crescimento robusto de 6,8% (World Economic Outlook, FMI Outubro 2012), mantendo-se em fase de acele-ração e obteve também uma posição fiscal mais forte, uma nova acumulação de reservas internacionais e uma taxa de câmbio estável. Com este pano de fundo, as autoridades avançaram com algumas reformas, fortalecendo áreas chave como a fiscal, monetária e financeira.

cado de cimento cerca de 2 milhões de toneladas respeitam a cimento importado.

Na estrutura produtiva nacional de ci-mento há que destacar a entrada em funcionamento de uma moagem de ci-mento na região de Benguela, com uma capacidade anual de 600 mil toneladas. Dada a localização desta unidade, o seu arranque teve impacto no nosso mer-cado.

A Secil Lobito atingiu vendas de 191 mil toneladas, que correspondem a um volume de negócios de 28,5 milhões de euros, representando uma diminuição de 16,6% e 6,2% respectivamente, em comparação com o ano anterior.

Apesar de se terem verificado algumas despesas de investimento com a nova fábrica, nomeadamente despesas rela-cionadas com a concessão do terreno, não foi possível em 2012, iniciar a cons-trução da mesma.

6.3. PersPeCtiVas Para 2013

As perspectivas para 2013 em Angola são favoráveis apesar da incerteza que se vive a nível mundial. Segundo o FMI, a economia angolana deverá crescer 5,5% em 2013, abaixo dos 6,8% estimados para 2012. O sector petrolífero deverá

crescer 4% e o não petrolífero deverá ultrapassar os 7%, apoiado por um au-mento do investimento do sector público, com vista à resolução de lacunas nas infra-estruturas do país.Este enquadramento antecipa para o mercado angolano de cimento de 2013 um forte crescimento. Prevê-se o início da laboração de uma fábrica de cimento na região do Sumbe, com uma capaci-dade de 2 milhões de toneladas por ano.

O arranque desta fábrica deverá ter um forte impacto no mercado da Secil Lobito dada a sua localização geográfica.

Cimento 2011 2012 Variação

Fábricas 1 1 0%Vendas 1000 t 229 191 -17% Volume de Negócios 1000 € 30.419 28.531 -6%EBITDA 1000 € 2.726 2.478 -9%Capex 1000 € 477 1.302 +173% Pessoal Nº 284 266 -6%

A performance da unidade de negócio Angola Cimento, apesar de positiva, re-gistou um decréscimo em resultado da diminuição das quantidades de vendas. Com efeito, o EBITDA ascendeu a 2,5 mi-lhões de euros, 9% abaixo do registado no ano de 2011. Para esta diminuição dos resultados, para além do já referido arranque da moagem de cimento em An-gola, contribuiu também o forte aumento no volume de importações, em especial no 4º trimestre. Além da redução dos volumes de vendas, ambas as situações provocaram uma redução do preço mé-dio de venda ao público de 7,1%.

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7.1. enquadramento maCroeConómiCo

A economia Cabo-verdiana terá crescido 4,3%, em 2012, ligeiramente abaixo do crescimento de 5% verificado em 2011 (World Economic Outlook, FMI Outubro 2012.

O sector do turismo continua a ser o mo-tor da economia do país, sendo a sua performance positiva contribuindo para o crescimento económico em 2012.

Destaca-se, em 2012, o facto de as Na-ções Unidas terem colocado Cabo Verde como país de desenvolvimento médio, deixando de ser um país menos avan-çado (com efeito a 1 de Janeiro de 2012). Esta alteração trará ao país dificuldades na obtenção de condições de financia-mento e doações.

A actividade da construção registou uma forte contracção, não só pela falta de crédito do sector privado local, como também em resultado da situação eco-nómica internacional, em particular da europeia, que limitou o investimento pri-vado em Cabo Verde (no imobiliário turís-tico verificou-se a paragem ou adiamento de alguns projectos).

A taxa de inflação situou-se em 2,1%, tendo diminuído face aos 5% de 2011.

7.2. Cimento

No enquadramento acima referido, es-tima-se que o mercado de cimento tenha atingido 240 mil toneladas representando um decréscimo de cerca de 15%, com-parativamente a 2011.

Devido à forte crise no sector as vendas atingiram 51 mil toneladas de cimento, 6% abaixo do ano anterior. O volume de negócios cifrou-se em 5 milhões de eu-ros, tendo também decrescido, na ordem dos 3,2%.

Apesar da difícil conjuntura, a Secil Cabo Verde manteve o seu dinamismo comercial tendo aumentado o preço médio de venda.

Os efeitos da situação económica foram também mitigados pelo ligeiro acréscimo da quota de mercado e pela fidelização de clientes revendedores que operam nas várias ilhas do arquipélago.

O EBITDA cifrou-se em 106 mil euros negativos, não só por via da redução do volume de negócios, mas também em resultado da ocorrência de alguns gas-

7.Cabo VeRde

Cimento 2011 2012 Variação

Vendas 1000 t 54 51 -6% Volume de Negócios 1000 € 5.216 5.047 -3%EBITDA 1000 € 54 -106 -296%Capex 1000 € 18 0 -100% Pessoal Nº 13 11 -15%

tos e perdas não recorrentes, nomeada-mente o aumento dos fretes marítimos e o registo de perdas por imparidades em dívidas de clientes com antiguidade significativa.

Estima-se que em 2013 o mercado de cimento sofra uma redução.

relatório de gestão 35

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36 relatório do conselho de administração 2012

inertes e PreFabriCação em betão 2011 2012 Variação

Centrais de Britagem 1 1 0%Vendas de Inertes 1000 t 70 77 +10% Linhas de Prefabricação 1 1 0%Vendas de Prefabricados 1000 t 1 1 0% Volume de Negócios 1000 € 804 845 +5%EBITDA 1000 € 170 172 +1%Capex 1000 € 147 67 -54% Pessoal Nº 23 23 0%

Continuou a verificar-se a importação de areia natural da costa ocidental africana, no entanto tudo indica que tenha sido a ritmos inferiores aos verificados nos anos anteriores.

Apesar destes condicionalismos, a ICV - Inertes de Cabo Verde registou um nível de actividade superior ao do ano anterior na venda de inertes.

As vendas de agregados atingiram as 77 mil toneladas, tendo crescido 10%, e as vendas de produtos prefabricados em betão mantiveram-se em níveis seme-lhantes aos de 2011, atingindo as 1 142 toneladas. O volume de negócios cifrou--se em 845 mil euros, o que representa um aumento de 5,1%.

O acréscimo de vendas no sector dos inertes é devido ao fornecimento de al-gumas obras públicas.

O EBITDA atingiu os 172 mil euros tendo aumentado ligeiramente face ao ano an-terior.

Em 2013, a entrada de um novo con-corrente no mercado dos agregados e a situação económica, faz prever que o mercado sofra uma forte redução.

7.3. inertes e PreFabriCação em betão

O mercado de inertes na ilha de Santiago terá em 2012 decrescido em relação ao ano anterior. O mercado global terá atin-gido as 450 mil toneladas, o que repre-senta um decréscimo de cerca de 5,3%.

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8.oRganização O Grupo Secil empreendeu em 2012 uma significativa reestruturação em Portugal, com particular incidência nos segmentos do cimento, do betão-pronto e dos iner-tes, tendo em vista a redução significativa dos custos através da racionalização das operações e, também, do redimensiona-mento das áreas de suporte por forma a adequar convenientemente a empresa à nova realidade imposta pela alteração substancial, e em baixa, da procura in-terna.

O objectivo comum é a viabilidade a longo prazo da Secil, preservando o papel im-portante que tem para a economia do país, num período de incomparável difi-culdade e incerteza.

Em resultado das medidas de reestrutura-ção ocorridas em Portugal, o número de colaboradores do Grupo Secil diminuiu de 2 589 em 2011, para 2 237 em 2012.

O plano de redução da estrutura das operações envolveu as 3 fábricas de ci-mento em Portugal, as centrais de betão do Grupo e as pedreiras. A redução na área operacional abrangeu também o fe-cho de centrais de betão.

A estrutura central das áreas de suporte foi também alvo de um plano de reestru-turação, que compreendeu a migração do back-office da área do betão pronto e dos inertes para a organização central do Grupo. Foi criada uma nova estrutura de serviços centrais que serve todas as unidades do Grupo em Portugal.

A migração sucedeu no início de No-vembro de 2012 e levou à dispensa de colaboradores desta área, estando esta nova organização em fase de estabili-zação. Já em 2013, será iniciado o pro-cesso de optimização destas funções de suporte, que envolverá a realização de alguns projectos na área de tecnologias de informação, com o objectivo de me-lhorar os processos organizativos.

Encontram-se em curso uma série de ini-ciativas que visam a racionalização dos custos e a maximização da eficiência, tanto nas operações, como na estrutura central.

relatório de gestão 37

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38 relatório do conselho de administração 2012

9.ÁRea FinanCeiRa

9.1. gestão de reCursos FinanCeiros

Ao longo do ano de 2012, a Secil man-teve a disponibilidade de várias linhas de crédito, de curto e longo prazo, de carác-ter generalista, com vista a assegurar o financiamento da sua actividade actual bem como potenciais investimentos. No final do ano, o total de linhas de financia-mento contratadas pelo Grupo ascendia a cerca de 600 milhões de euros.

9.2. gestão de risCos

O programa de ajuda financeira externa a Portugal manteve-se ao longo de todo o ano de 2012. Apesar das sucessivas avaliações positivas realizadas, o sis-tema bancário continuou a dificultar o acesso ao crédito e manteve as condi-ções de financiamento em níveis muito elevados. Em Julho de 2012, o Banco Central Europeu voltou a decidir-se por alterar a sua taxa de cedência de liqui-dez aos bancos para um novo mínimo histórico de 0,75%.

A Euribor a 3 meses, indexante mais representativo para a dívida do Grupo, registou uma expressiva redução, pas-sando de 1,343% no início do ano para 0,187% no seu final.

No mercado cambial, a cotação EUR/USD foi caracterizada por uma menor volatilidade do que no ano transac-to, cotando-se ao longo do ano entre

1,2089 e 1,3454, e registando uma mé-dia de 1,2848.

Face a 2011, a volatilidade no mercado de licenças de emissão de CO

2 foi infe-rior ao longo do ano de 2012. Ainda as-sim, a cotação das licenças de emissão na União Europeia (EUAs) registou nova queda, fechando o ano a 6,67 €/ton de-pois de ter atingido um máximo de 9,51 €/ton em Fevereiro.

risco cambial

Prosseguiu-se a sua política de maxi-mização do potencial de cobertura na-tural da exposição cambial, através da compensação dos fluxos cambiais intra-grupo. Relativamente ao USD, principal divisa de exposição do Grupo, a taxa de cobertura através de hedging natural no ano de 2012 situou-se nos 84%. O Gru-po optou pela realização de operações de cobertura cambial para regularização do excedente de recebimentos face a pagamentos.

risco de taxa de juro

A exposição do Grupo Secil ao risco de taxa de juro no final do ano de 2012 situava-se em cerca de 83% do total de dívida.

risco das licenças de emissão de carbono

Na sequência da alocação dos direitos de emissão de CO

2 para a 2ª fase do EU-ETS, que vigora entre 2008 e 2012, efectuaram-se operações de cobertura do respectivo risco de preço.

No final do ano, não existiam operações de cobertura vivas.

9.3. Fundo de Pensões

O Fundo de Pensões do Grupo Secil manteve a adopção de uma política de investimento conservadora.

Em 2012, foi reaberto o Plano de Con-tribuição Definida (CD) a todos os cola-boradores Secil e CMP que optaram por transitar do Plano de Benefício Definido (BD). A Cimentos Madeira transferiu todos os seus colaboradores do Plano de Benefício Definido (BD) para um Pla-no de contribuição definida (CD), com idênticos perfis de risco.

A rentabilidade do Fundo de Pensões do Grupo Secil no ano em análise foi a seguinte: Plano BD (+13,4%), Plano CD Ultraconservador (+1,8%), Plano CD Conservador (+6,5%) e Plano CD Dinâ-mico (+10,7%).

Em 31 de Dezembro o Fundo de Pen-sões apresentava, globalmente, uma situação financeira superavitária de 5 milhões de euros relativamente às res-ponsabilidades actuariais calculadas por entidades independentes e reporta-das à mesma data.

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10.pRoposta de apliCação de Resultados

Os resultados líquidos do período da Secil – Companhia Geral de Cal e Ci-mento, S.A. são de 38 459 142,50 euros negativos. O Conselho de Administração propõe a sua transferência para a rubrica de Resultados Transitados.

o Conselho de administração, outão 1 de abril de 2013

Presidente Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

VogaisGonçalo de Castro Salazar LeiteFrancisco José de Melo e Castro GuedesCarlos Alberto Medeiros AbreuSérgio António Alves MartinsJoão Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos José Alfredo de Almeida HonórioJosé Miguel Pereira Gens ParedesPaulo Miguel Garcês Ventura

relatório de gestão 39

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demonstRações FinanCeiRas Consolidadas

40 relatório do conselho de administração 2012

1. balanço consolidado 2. demonstração dos resultados consolidados3. demonstração das alterações nos caPitais PróPrios consolidados 4. demonstração dos Fluxos de caixa consolidados

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demonstrações financeiras consolidadas 41

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42 relatório do conselho de administração 2012

1.balanço Consolidado

balanço Consolidado em 31 de dezembro de 2012 e 2011

Valores em euros nota 31/12/12 31/12/11 aCtiVo activo não corrente Activos fixos tangíveis 11 397.109.394 437.124.809Propriedades de investimento 13 1.467.045 1.327.011Goodwill 10 132.211.694 146.115.681Activos intangíveis 14 1.643.793 939.875Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 15 5.016.542 5.516.355Participações financeiras - outros métodos 15 24.413.353 -Outras contas a receber 19 2.639.982 2.696.436Activos por impostos diferidos 16 13.496.066 16.106.288Outros activos financeiros 17 1.678.153 443.600 579.676.022 610.270.055activo corrente Inventários 18 98.725.715 101.736.836Clientes 19 55.679.493 72.134.560Adiantamentos a fornecedores 25 1.978.167 1.222.936Estado e outros entes públicos 26 13.018.771 13.641.935Outras contas a receber 19 80.038.893 7.035.375Diferimentos 27 879.418 3.431.451Outros activos financeiros 17 - 1.574.504Activos não correntes detidos para venda 20 4.000.614 30.030.900Caixa e depósitos bancários 19 72.731.764 65.449.469 327.052.835 296.257.966total do activo 906.728.857 906.528.021 CaPital PróPrio e PassiVo Capital próprio Capital realizado 21 264.600.000 264.600.000Acções próprias 21 (22.609.745) (22.609.745)Reservas legais 21 40.680.725 39.533.989Outras reservas 21 94.623.691 129.368.944Resultados transitados 30.299.150 30.090.412Excedentes de revalorização 21 14.450.157 14.658.895Outras variações no capital próprio 21 (77.523.969) (70.295.380) 344.520.009 385.347.115Resultado consolidado líquido do período (38.459.143) 22.934.710 306.060.866 408.281.825Interesses minoritários 6 65.678.572 67.816.941total do capital próprio 371.739.438 476.098.766 PassiVo Passivo não corrente Provisões 22 18.878.416 22.214.671Accionistas/ sócios 37 505.000 130.000Financiamentos obtidos 24 324.097.871 159.756.339Responsabilidades por benefícios pós-emprego 23 2.813.668 18.901.241Passivos por impostos diferidos 16 38.343.238 41.244.240Outros passivos financeiros 39 5.795.506 4.252.475 390.433.699 246.498.966Passivo corrente Fornecedores 24 35.728.624 48.893.383Adiantamentos de clientes 25 2.030.936 1.840.989Estado e outros entes públicos 26 36.850.426 36.490.630Accionistas/ sócios 37 2.100.022 2.977.366Financiamentos obtidos 24 35.354.394 48.108.512Outras contas a pagar 24 30.946.151 39.407.219Passivos directamente associados a activos não correntes detidos para venda 20 1.234.141 5.707.626Diferimentos 27 311.026 343.818Outros passivos financeiros 39 - 160.746 144.555.720 183.930.289total do passivo 534.989.419 430.429.255 total do capital próprio e do passivo 906.728.857 906.528.021

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2.demonstRação dos Resultados Consolidados

demonstração dos resultados Consolidados em 31 de dezembro de 2012 e 2011 Valores em euros nota 31/12/12 31/12/11 Vendas e serviços prestados 28 450.232.612 506.903.468Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos 29 (5.184) 348.566Variação nos inventários da produção (3.715.749) 2.593.553Trabalhos para a própria entidade 504.862 133.597Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (142.150.129) (157.781.765)Fornecimentos e serviços externos 30 (170.617.271) (182.215.435)Gastos com o pessoal 31 (75.005.684) (81.485.119)Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões) 18 (496.026) (689.633)Imparidade de divídas a receber ((perdas)/ reversões) 19 1.210.542 (3.224.048)Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 10 (6.702.954) (249.145)Provisões ((aumentos)/ reduções) 22 (3.307.606) (3.417.245)Outros rendimentos e ganhos 32 39.129.188 63.569.106Outros gastos e perdas 33 (21.157.267) (12.622.766)resultado antes de depreciações. gastos de financiamento e impostos 67.919.334 131.863.134(Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização 34 (69.225.174) (85.136.529)Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 34 (15.814.419) (826.654)resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (17.120.259) 45.899.951Juros e rendimentos similares obtidos 35 5.399.286 2.993.940Juros e gastos similares suportados 35 (18.143.885) (9.163.144)resultado antes de impostos (29.864.858) 39.730.747Imposto sobre o rendimento 16 (3.896.666) (10.226.531)resultado consolidado líquido do período (33.761.524) 29.504.216resultado consolidado líquido do período atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe 36 (38.459.143) 22.934.710Interesses minoritários 6 4.697.619 6.569.506 (33.761.524) 29.504.216

Resultado básico por acção (0,79) 0,47

demonstrações financeiras consolidadas 43

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demonstração das alterações nos CaPitais PróPrios Consolidadosde 1 de Janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2012

3.demonstRação das alteRações nos Capitais pRópRios Consolidados

44 relatório do conselho de administração 2012

CaPital PróPrio atribuído aos detentores do CaPital da emPresa mãe outras exCedentes Variações CaPital aCções reserVas outras de no CaPital resultado interesses total do realizado PróPrias legais reserVas resultados reValorização PróPrio líquido do minoritários CaPitalValores em euros notas (nota 21.1) (nota 21.1) (nota 21.2) (nota 21.3) transitados (nota 21.4) (nota 21.5) Período total (nota 6.2) PróPrio Posição no início do período 2012 264.600.000 (22.609.745) 39.533.989 129.368.944 30.090.412 14.658.895 (70.295.380) 22.934.710 408.281.825 67.816.941 476.098.766 alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 21.4 - - - - 240.482 (240.482) - - - - - Imposto diferido 16.2 - - - - (31.744) 31.744 - - - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 21.5.4 - - - - - - (8.325.786) - (8.325.786) (1.654.990) (9.980.776) Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 39 - - - - - - (2.978.353) - (2.978.353) - (2.978.353) Imposto diferido 16.2 - - - - - - 867.989 - 867.989 - 867.989 Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período 21.5.2 - - - - - - 4.817.630 - 4.817.630 24.001 4.841.631 Imposto diferido 16.2 - - - - - - (1.446.642) - (1.446.642) (5.925) (1.452.567) Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 21.5.3 - - - - - - (922.687) - (922.687) (41.772) (964.459) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 21.5.3 - - - - - - 678.611 - 678.611 2.224 680.835 Imposto diferido 16.2 - - - - - - 80.649 - 80.649 10.134 90.783 Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - - - - - - - 289.904 289.904 Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2011 para reservas 21.6 - - 1.146.736 21.787.974 - - - (22.934.710) - - - - - 1.146.736 21.787.974 208.738 (208.738) (7.228.589) (22.934.710) (7.228.589) (1.376.424) (8.605.013)resultado líquido do período (38.459.143) (38.459.143) 4.697.619 (33.761.524)resultado integral (45.687.732) 3.321.195 (42.366.537)operações com detentores de capital no período Restituição de prestações suplementares em subsidiárias - - - - - - - - - (44.892) (44.892) Distribuição do resultado do período de 2011 21.6 - - - - - - - - - (5.414.672) (5.414.672) Distribuição de reservas 21.3 - - - (56.533.227) - - - - (56.533.227) - (56.533.227) - - - (56.533.227) - - - - (56.533.227) (5.459.564) (61.992.791)Posição no fim do período 2012 264.600.000 (22.609.745) 40.680.725 94.623.691 30.299.150 14.450.157 (77.523.969) (38.459.143) 306.060.866 65.678.572 371.739.438

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demonstrações financeiras consolidadas 45

CaPital PróPrio atribuído aos detentores do CaPital da emPresa mãe outras exCedentes Variações CaPital aCções reserVas outras de no CaPital resultado interesses total do realizado PróPrias legais reserVas resultados reValorização PróPrio líquido do minoritários CaPitalValores em euros notas (nota 21.1) (nota 21.1) (nota 21.2) (nota 21.3) transitados (nota 21.4) (nota 21.5) Período total (nota 6.2) PróPrio Posição no início do período 2012 264.600.000 (22.609.745) 39.533.989 129.368.944 30.090.412 14.658.895 (70.295.380) 22.934.710 408.281.825 67.816.941 476.098.766 alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 21.4 - - - - 240.482 (240.482) - - - - - Imposto diferido 16.2 - - - - (31.744) 31.744 - - - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 21.5.4 - - - - - - (8.325.786) - (8.325.786) (1.654.990) (9.980.776) Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 39 - - - - - - (2.978.353) - (2.978.353) - (2.978.353) Imposto diferido 16.2 - - - - - - 867.989 - 867.989 - 867.989 Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período 21.5.2 - - - - - - 4.817.630 - 4.817.630 24.001 4.841.631 Imposto diferido 16.2 - - - - - - (1.446.642) - (1.446.642) (5.925) (1.452.567) Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 21.5.3 - - - - - - (922.687) - (922.687) (41.772) (964.459) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 21.5.3 - - - - - - 678.611 - 678.611 2.224 680.835 Imposto diferido 16.2 - - - - - - 80.649 - 80.649 10.134 90.783 Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - - - - - - - 289.904 289.904 Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2011 para reservas 21.6 - - 1.146.736 21.787.974 - - - (22.934.710) - - - - - 1.146.736 21.787.974 208.738 (208.738) (7.228.589) (22.934.710) (7.228.589) (1.376.424) (8.605.013)resultado líquido do período (38.459.143) (38.459.143) 4.697.619 (33.761.524)resultado integral (45.687.732) 3.321.195 (42.366.537)operações com detentores de capital no período Restituição de prestações suplementares em subsidiárias - - - - - - - - - (44.892) (44.892) Distribuição do resultado do período de 2011 21.6 - - - - - - - - - (5.414.672) (5.414.672) Distribuição de reservas 21.3 - - - (56.533.227) - - - - (56.533.227) - (56.533.227) - - - (56.533.227) - - - - (56.533.227) (5.459.564) (61.992.791)Posição no fim do período 2012 264.600.000 (22.609.745) 40.680.725 94.623.691 30.299.150 14.450.157 (77.523.969) (38.459.143) 306.060.866 65.678.572 371.739.438

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demonstração das alterações nos CaPitais PróPrios Consolidadosde 1 de Janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2011

3.demonstRação das alteRações nos Capitais pRópRios Consolidados

46 relatório do conselho de administração 2012

CaPital PróPrio atribuído aos detentores do CaPital da emPresa mãe outras exCedentes Variações CaPital aCções reserVas outras de no CaPital resultado interesses total do realizado PróPrias legais reserVas resultados reValorização PróPrio líquido do minoritários CaPitalValores em euros notas (nota 21.1) (nota 21.1) (nota 21.2) (nota 21.3) transitados (nota 21.4) (nota 21.5) Período total (nota 6.2) PróPrio Posição no início do período 2011 264.600.000 (22.609.745) 37.166.813 113.146.571 29.881.671 14.936.045 (68.851.124) 47.343.517 415.613.748 67.489.518 483.103.266alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 21.4 - - - - 240.485 (240.485) - - - - - Imposto diferido 16.2 - - - - (31.744) (36.665) - - (68.409) 15.784 (52.625) Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 21.5.1 - - - - - - 2.145.443 - 2.145.443 2.255.492 4.400.935 Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 21.5.4 - - - - - - (1.964.907) - (1.964.907) - (1.964.907) Imposto diferido 16.2 - - - - - - 489.368 - 489.368 - 489.368 Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período 21.5.2 - - - - - - 3.074.112 - 3.074.112 53.219 3.127.331 Imposto diferido 16.2 - - - - - - (890.972) - (890.972) (16.507) (907.479) Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 21.5.3 - - - - - - (1.058.258) - (1.058.258) (26.744) (1.085.002) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 21.5.3 - - - - - - (4.992.346) - (4.992.346) (2.128) (4.994.474) Imposto diferido 16.2 - - - - - - 1.723.870 - 1.723.870 3.700 1.727.570 Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - - - - - - - (320.851) (320.851) Justo valor em associadas 15 - - - - - - 29.434 - 29.434 - 29.434 Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2010 para reservas 21.6 - - 2.367.176 16.222.373 - - - (18.589.549) - - - - - 2.367.176 16.222.373 208.741 (277.150) (1.444.256) (18.589.549) (1.512.665) 1.961.965 449.300resultado líquido do período 22.934.710 22.934.710 6.569.506 29.504.216resultado integral 21.422.045 8.531.471 29.953.516operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2010 21.6 - - - - - - - (28.753.968) (28.753.968) (8.204.048) (36.958.016) - - - - - - - (28.753.968) (28.753.968) (8.204.048) (36.958.016)Posição no fim do período 2011 264.600.000 (22.609.745) 39.533.989 129.368.944 30.090.412 14.658.895 (70.295.380) 22.934.710 408.281.825 67.816.941 476.098.766

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demonstrações financeiras consolidadas 47

CaPital PróPrio atribuído aos detentores do CaPital da emPresa mãe outras exCedentes Variações CaPital aCções reserVas outras de no CaPital resultado interesses total do realizado PróPrias legais reserVas resultados reValorização PróPrio líquido do minoritários CaPitalValores em euros notas (nota 21.1) (nota 21.1) (nota 21.2) (nota 21.3) transitados (nota 21.4) (nota 21.5) Período total (nota 6.2) PróPrio Posição no início do período 2011 264.600.000 (22.609.745) 37.166.813 113.146.571 29.881.671 14.936.045 (68.851.124) 47.343.517 415.613.748 67.489.518 483.103.266alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 21.4 - - - - 240.485 (240.485) - - - - - Imposto diferido 16.2 - - - - (31.744) (36.665) - - (68.409) 15.784 (52.625) Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 21.5.1 - - - - - - 2.145.443 - 2.145.443 2.255.492 4.400.935 Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 21.5.4 - - - - - - (1.964.907) - (1.964.907) - (1.964.907) Imposto diferido 16.2 - - - - - - 489.368 - 489.368 - 489.368 Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período 21.5.2 - - - - - - 3.074.112 - 3.074.112 53.219 3.127.331 Imposto diferido 16.2 - - - - - - (890.972) - (890.972) (16.507) (907.479) Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 21.5.3 - - - - - - (1.058.258) - (1.058.258) (26.744) (1.085.002) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 21.5.3 - - - - - - (4.992.346) - (4.992.346) (2.128) (4.994.474) Imposto diferido 16.2 - - - - - - 1.723.870 - 1.723.870 3.700 1.727.570 Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - - - - - - - (320.851) (320.851) Justo valor em associadas 15 - - - - - - 29.434 - 29.434 - 29.434 Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2010 para reservas 21.6 - - 2.367.176 16.222.373 - - - (18.589.549) - - - - - 2.367.176 16.222.373 208.741 (277.150) (1.444.256) (18.589.549) (1.512.665) 1.961.965 449.300resultado líquido do período 22.934.710 22.934.710 6.569.506 29.504.216resultado integral 21.422.045 8.531.471 29.953.516operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2010 21.6 - - - - - - - (28.753.968) (28.753.968) (8.204.048) (36.958.016) - - - - - - - (28.753.968) (28.753.968) (8.204.048) (36.958.016)Posição no fim do período 2011 264.600.000 (22.609.745) 39.533.989 129.368.944 30.090.412 14.658.895 (70.295.380) 22.934.710 408.281.825 67.816.941 476.098.766

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4.demonstRação dos Fluxos de Caixa Consolidados

demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados em 31 de dezembro de 2012 e 2011

Valores em euros notas 31/12/12 31/12/11 Fluxos de Caixa das aCtiVidades oPeraCionais Recebimentos de clientes 521.942.951 611.149.119 Pagamentos a fornecedores (378.842.695) (422.771.942) Pagamentos ao pessoal (55.118.085) (55.100.241) Caixa gerada pelas operações 87.982.171 133.276.936 (Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento 6.078.704 (14.582.441) Outros (pagamentos)/recebimentos (30.742.416) (34.787.466) Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) 63.318.459 83.907.029Fluxos de Caixa das aCtiVidades de inVestimento Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis (38.673.090) (46.256.952) Activos intangíveis (25.765) - Investimentos financeiros (25.284.652) (62.643.777) Outros activos (125.840.701) (553.750) (189.824.208) (109.454.479) recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis 1.371.645 386.006 Investimentos financeiros - 4.914.429 Juros e ganhos similares 543.256 2.555.453 Dividendos 878.599 480.999 Outros activos 126.463 8.451 2.919.963 8.345.338 Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) (186.904.245) (101.109.141)Fluxos de Caixa das aCtiVidades de FinanCiamento recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 1.589.771.952 1.361.987.894 1.589.771.952 1.361.987.894 Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (1.429.201.504) (1.313.955.185) Amortização de contratos de locação financeira (633.837) (169.321) Juros e gastos similares (17.066.996) (9.212.922) Dividendos (4.929.302) (36.269.485) Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio (44.892) - (1.451.876.531) (1.359.606.913) Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) 137.895.421 2.380.981Variação de Caixa e seus equiValentes (1)+(2)+(3) 14.309.635 (14.821.131)EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO (1.037.523) 1.317.382Caixa e seus equiValentes no iníCio do Período 46.648.661 62.090.714EFEITO DOS ACTIVOS DETIDOS PARA VENDA 1.881.813 (1.938.304)Caixa e seus equiValentes no Fim do Período 4 61.802.586 46.648.661

48 relatório do conselho de administração 2012

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ÍNDICE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

50 RelatóRio do conselho de administRação 2012

1. Nota introdutória 522. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 523. Resumo das principais políticas contabilísticas 523.1 Bases de apresentação 523.2 Concentração de actividades empresariais e princípios de consolidação 523.2.1 Princípios de consolidação 523.2.2 Investimentos financeirosem empresas controladas conjuntamente 533.2.3 Investimentos financeiros em empresas associadas 533.2.4 Investimentos financeiros em outras participações financeiras 543.2.5 Concentração de actividades empresariais 543.2.6 Goodwill 553.2.7 Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras 553.3 Relato por segmentos 563.4 Activos fixos tangíveis 563.5 Locações 573.6 Propriedades de investimento 573.7 Activos intangíveis 573.8 Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill 583.9 Imposto sobre o rendimento 593.10 Inventários 593.11 Activos e passivos financeiros 603.11.1 Imparidade de activos financeiros 61

4. Fluxos de caixa 695. Relato por segmentos e réditos e serviços prestados por área geográfica de destino 705.1 Relato por segmentos 705.2 Vendas e serviços prestados por segmentos 746. Investimentos em subsidiárias 766.1 Subsidiárias 766.2 Interesses minoritários 787. Interesses em empreendimentos conjuntos 808. Investimentos em associadas e outras participações financeiras 809. Alterações no perímetro de consolidação 8410. Goodwill 8511. Activos fixos tangíveis 8612. Locações 8812.1 Locações financeiras 8812.2 Locações operacionais 9013. Propriedades de investimento 9014. Activos intangíveis 9215. Participações financeiras 9616. Imposto sobre o rendimento 9716.1 Imposto corrente 9716.2 Imposto diferido 10017. Outros activos financeiros 10618. Inventários 108

3.11.2 Desreconhecimento de activos e passivos financeiros 613.12 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 613.13 Subsídios do governo 623.14 Saldos e transacções em moeda estrangeira 623.15 Provisões 623.16 Benefícios pós-emprego 633.16.1 Planos de contribuição definida 633.16.2 Planos de benefícios definidos 633.17 Outros benefícios a longo prazo dos empregados 643.18 Benefícios a curto prazo de empregados 643.19 Rédito 643.20 Encargos financeiros com empréstimos obtidos 643.21 Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura 653.22 Gestão de risco 663.22.1 Factores de risco financeiro 663.22.2 Factores de risco operacional 663.23 Capital Social e acções próprias 673.24 Distribuição de dividendos 673.25 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas 673.26 Acontecimentos após a data do balanço 69

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demonstRações financeiRas consolidadas 51

19. Activos financeiros 11019.1 Categorias de activos financeiros 11019.2 Activos financeiros - clientes 11019.3 Activos financeiros – outras contas a receber 11219.4 Imparidade de dívidas a receber 11420. Activos não correntes detidos para venda 11621. Capital próprio 11821.1 Capital realizado e acções próprias 11821.2 Reservas legais 11921.3 Outras reservas 12021.4 Excedente de revalorização 12121.5 Outras variações no capital próprio 12121.5.1 Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 12221.5.2 Desvios e alterações de pressupostos actuariais 12421.5.3 Subsídios do governo 12621.5.4 Reserva de justo valor de derivados de cobertura 12621.6 Aplicação do resultado do período anterior 12622. Provisões 12723. Benefícios a empregados 12823.1 Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida 13223.2 Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos 132

23.2.1 Caracterização dos planos de benefícios definidos 13623.2.2 Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior 13723.3 Benefícios a longo prazo 14424. Passivos financeiros 14624.1 Categorias de passivos financeiros 14624.2 Passivos financeiros - fornecedores 14624.3 Passivos financeiros – financiamentos obtidos 14624.4 Passivos financeiros – outras contas a pagar 14925. Adiantamentos de clientes e a fornecedores 14926. Estado e outros entes públicos 15027. Diferimentos activos e passivos 15128. Vendas e serviços prestados 15229. Resultado apropriado de empresas associadas 15230. Fornecimentos e serviços externos 15331. Gastos com o pessoal 15332. Outros rendimentos e ganhos 15433. Outros gastos e perdas 155

34. Gastos/ reversões de depreciações, amortizações e imparidades 15635. Resultados financeiros líquidos 15636. Resultado por acção 15737. Partes relacionadas 15838. Riscos financeiros 16238.1 Risco cambial 16238.2 Risco de taxa de juro 16438.3 Risco de crédito 16838.4 Risco de liquidez 17239. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 17440. Dispêndios em matérias ambientais 17841. Custos com auditoria e revisão legal de contas 18042. Compromissos assumidos pelo Grupo 18142.1 Garantias e outros compromissos financeiros 18142.2 Outros compromissos assumidos 18243. Acontecimentos após a data do balanço 183

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Do período findo em 31 de Dezembro de 2012

(Nas presentes notas, todos os montan-tes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.)

1. NOtA INtRODutóRIA

O Grupo Secil (Grupo) é constituído pela Secil – Companhia Geral de Cal e Ci-mento, S.A. (Sociedade ou Secil) e Sub-sidiárias. A Secil foi constituída em 27 de Junho de 1918 e tem como actividade principal a fabricação e comercialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, Setúbal e distribuído pelos diver-sos entrepostos comerciais presentes por todo o país.

Sede Social: Outão, SetúbalCapital Social: Euros 264.600.000N.I.P.C.: 500 243 590

A Secil lidera um Grupo empresarial com actividades operacionais em Portugal, Tunísia, Espanha, Angola, França, Líbano e Cabo Verde, destacando-se: (i) a produ-ção de cimento, através das suas subsi-diárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Angola) e Beirute (Líbano), (ii) a produção e comercialização de betão em Portugal, Tunísia e Líbano e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde.

Estas demonstrações financeiras conso-lidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração na reunião de 1 de Abril de 2013.

Contudo, as mesmas estão ainda sujei-tas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas, nos termos da legisla-ção comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras conso-lidadas reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade e das suas subsidiárias, bem como a sua posição consolidada, desempenho finan-ceiro e fluxos de caixa consolidados.

2. REFERENCIAL CONtABILíStICO DE PREPARAçãO DAS DEmONStRAçõES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras consolida-das anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, vertidos no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao período findo em 31 de De-zembro de 2012.

3. RESumO DAS PRINCIPAIS POLítICAS CONtABILíStICAS

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demons-trações financeiras consolidadas estão descritas abaixo.

3.1 BASES DE APRESENtAçãO

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (No-tas 6 e 7), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada subsidiária, ajustados no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações finan-ceiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Contabilísticas e de Re-lato Financeiro (NCRF).

3.2 CONCENtRAçãO DE ACtIVIDADES EmPRESARIAIS E PRINCíPIOS DE CONSOLIDAçãO

3.2.1 PRINCíPIOS DE CONSOLIDAçãO

As demonstrações financeiras consoli-dadas incorporam as demonstrações fi-nanceiras da Sociedade e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias.

Entende-se existir controlo quando a Sociedade tem o poder de definir as po-líticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios derivados das suas actividades, normal-mente associado ao controlo, directo ou indirecto, de mais de metade dos direi-tos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertí-veis são considerados na avaliação do controlo que a Sociedade detém sobre uma entidade.

As subsidiárias são incluídas nas de-monstrações financeiras consolidadas através do método de consolidação in-tegral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas activi-dades financeiras e operacionais e até ao momento em que esse controlo cessa.

52 RelatóRio do conselho de administRação 2012

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demonstRações financeiRas consolidadas 53

As políticas contabilísticas das subsidiá-rias foram alteradas, sempre que neces-sário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo.

As transacções internas, saldos, ganhos não realizados em transacções e dividen-dos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de impari-dade de um activo transferido.

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de inte-resses minoritários, respectivamente, no balanço consolidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas in-cluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas nas Notas 6 e 7.

Os interesses minoritários são inicial-mente mensurados pela correspondente quota-parte no justo valor dos activos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quota-parte nas variações posteriores no capital próprio das subsidiárias.Quando os prejuízos aplicáveis aos inte-resses minoritários excedem os corres-pondentes interesses no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicio-nais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsi-

diária subsequentemente relatar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido re-cuperada.

Na redução dos interesses do Grupo em subsidiárias, qualquer diferença entre o justo valor da contraprestação recebida ou a receber e a quota-parte correspondente na quantia escriturada dos activos líquidos da subsidiária é registada em resultados do período.

3.2.2 INVEStImENtOS FINANCEIROS Em EmPRESAS CONtROLADAS CONJuNtAmENtE

Uma entidade conjuntamente contro-lada é um empreendimento conjunto que envolve o estabelecimento de uma sociedade, de uma parceria ou de ou-tra entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos vários empreendedores.

As entidades conjuntamente controla-das são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os activos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjuntamente controla-das reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolida-das, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

As transacções, os saldos e os dividen-dos distribuídos entre empresas conjun-tamente controladas e outras empresas

do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do con-trolo atribuível ao Grupo.

3.2.3 INVEStImENtOS FINANCEIROS Em EmPRESAS ASSOCIADAS

Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência signi-ficativa mas não possui controlo, geral-mente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa entende-se o poder de participar nas decisões relati-vas às políticas financeiras e operacio-nais da associada, sem que tal resulte em controlo ou controlo conjunto por parte do Grupo.

Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equi-valência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais pró-prios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de rendi-mentos ou gastos do período, e pelos dividendos recebidos.

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identi-ficáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (Nota 3.2.6) e é mantido no valor de in-vestimento financeiro. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiri-dos seja negativo, o mesmo é reconhe-cido como um rendimento do período.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em impari-dade sendo registadas como gastos na demonstração de resultados as perdas por imparidade que se demonstrem existir.

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Quando as perdas por imparidade reco-nhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão, à excepção do goodwill.

Quando a proporção do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu in-vestimento na associada, o investimento é relatado por valor nulo, excepto se tiver in-corrido em responsabilidades ou efectuado pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.

Os ganhos não realizados em transac-ções com as associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas associadas. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transac-ção revelar evidência de imparidade de um bem transferido.

As políticas contabilísticas de associadas foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. Os inves-timentos em associadas encontram-se de-talhados na Nota 8.

3.2.4 INVEStImENtOS FINANCEIROS Em OutRAS PARtICIPAçõES FINANCEIRAS

Outras participações financeiras são as participações financeiras onde não existe

influência significativa, por norma as que sejam inferiores a 20% dos direitos de voto.

Os investimentos em outras participa-ções financeiras podem ser mensurados:

> Ao custo ou custo amortizado, dedu-zido de eventuais perdas por imparidade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor não possa ser obtido com fiabilidade;

> Ao justo valor através de resultados quando o investimento é cotado e as cotações são divulgadas publicamente.

Os rendimentos resultantes destas partici-pações financeiras (dividendos ou lucros distribuídos) são registados na demons-tração dos resultados do período em que é decidida e anunciada a sua distribuição.

3.2.5 CONCENtRAçãO DE ACtIVIDADES EmPRESARIAIS

As aquisições de subsidiárias e de negó-cios são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ac-tivos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; (c) justo valor de instru-mentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária; e (d) custos directa-mente atribuíveis à aquisição.Quando aplicável, o custo da concen-

tração ou aquisição inclui o efeito de pagamentos contingentes acordados no âmbito da transacção. As alterações subsequentes em tais pagamentos são registadas por contrapartida do corres-pondente goodwill.

Os activos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou negócio adquirido que satisfazem as condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao seu justo valor na data da aquisição. O excesso do custo da concentração relativamente ao justo valor da participação da Sociedade nos activos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for in-ferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é re-conhecida directamente na demonstração dos resultados consolidados.

Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa as-sociada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstra-ções financeiras consolidadas pelo mé-todo integral, a quota parte dos justos valores atribuídos aos activos e passivos, correspondente às percentagens ante-riormente detidas, é registada na rubrica “ Outras variações no capital próprio”.

Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da sub-sidiária adquirida (goodwill negativo), a diferença é reconhecida directamente na demonstração de resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”.

Na eventualidade da contabilização ini-cial de uma aquisição não estar con-cluída no final do período de relato em que a mesma ocorreu, o Grupo relata montantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes provisórios são passíveis de ajustamento durante um prazo de 12 me-ses a contar da data da aquisição.

54 RelatóRio do conselho de administRação 2012

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

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demonstRações financeiRas consolidadas 55

3.2.6 GOODwILL

O goodwill representa o excesso do custo da concentração de actividades empresa-riais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos activos, passivos e pas-sivos contingentes identificáveis reconheci-dos na sequência da concentração.

O goodwill é reconhecido como um activo na data em que é adquirido o controlo. Subsequentemente, o goodwill não é amortizado e encontra-se sujeito a testes por imparidade, numa base mínima anual.

Para efeitos de testes de imparidade, o goodwill é imputado às unidades gerado-ras de caixa do Grupo que beneficiam das sinergias resultantes da consolidação. As unidades geradoras de caixa às quais foi imputado o goodwill são sujeitas a testes de imparidade anuais ou mais frequen-tes (na eventualidade de existir alguma indicação de que a unidade possa estar em imparidade). Se a quantia recuperável da unidade geradora de caixa for inferior à correspondente quantia escriturada, a perda por imparidade daí resultante é ini-cialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo a parte remanescente imputada aos restantes activos da uni-dade geradora de caixa proporcional-mente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparidade imputadas ao goodwill não podem ser revertidas sub-sequentemente.

Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor do good- will que lhe corresponde.

3.2.7 CONVERSãO DE DEmONStRAçõES FINANCEIRAS DE ENtIDADES EStRANGEIRAS

São tratadas como entidades estrangei-ras as que operando no estrangeiro, têm autonomia organizacional, económica e

financeira e que elaborem as suas de-monstrações financeiras utilizando para o efeito uma moeda distinta do Euro.

Os elementos incluídos nas demonstra-ções financeiras de cada uma das enti-dades estrangeiras do Grupo são men-surados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (mo-eda funcional). As demonstrações finan-ceiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data do balanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período.

VALORIzAçãO/ 31/12/12 31/12/11 (DESVALORIzAçãO) TND (dinar tunisino) Câmbio médio do período 2,0065 1,9553 (2,62%) Câmbio de fim do período 2,0468 1,9397 (5,52%) LBP (libra libanesa) Câmbio médio do período 1,936.80 2.098,40 7,70% Câmbio de fim do período 1,989.00 1.950,60 (1,97%) USD (dólar americano) Câmbio médio do período 1,2848 1,392 7,70% Câmbio de fim do período 1,3194 1,2939 (1,97%) BRL (real brasileiro) Câmbio médio do período 2,5077 2,3265 (7,79%) Câmbio de fim do período 2,7036 2,4159 (11,91%) CVE (escudo cabo-verdiano) Câmbio médio do período 110,2650 110,2650 0,00% Câmbio de fim do período 110,2650 110,2650 0,00%

A diferença cambial resultante da con-versão é registada no capital próprio na rubrica “Outras variações no capital próprio – diferenças de conversão de demonstrações financeiras ”.

O goodwill e os ajustamentos de justo va-lor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade adquirida e trans-postos para Euros de acordo com a taxa de câmbio à data do balanço.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resulta-dos como um ganho ou perda da alienação.

As cotações utilizadas para conversão para Euros das demonstrações financei-ras das empresas estrangeiras do Grupo são as seguintes:

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3.3 RELAtO POR SEGmENtOS

Segmento de negócio é um grupo de ac-tivos e operações do Grupo que estão sujeitos a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos de negócio.

Foram identificados três segmentos de negócio no Grupo: Cimento, Betões e Agregados.

Segmento geográfico é uma área indi-vidualizada comprometida em fornecer produtos ou serviços num ambiente económico particular e que está sujeito a riscos e benefícios diferentes daqueles dos segmentos que operam em outros ambientes económicos. O segmento geográfico é definido com base no país de destino dos bens e serviços vendidos pelo Grupo.

As políticas contabilísticas do relato por segmentos são as utilizadas consisten-temente no Grupo. Todas as vendas e prestações de serviços intersegmentais são a preços de mercado e todas as ven-das e prestações de serviços interseg-mentais são eliminadas na consolidação.

A informação relativa aos segmentos identi-ficados encontra-se apresentada na Nota 5.

3.4 ACtIVOS FIxOS tANGíVEIS

Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer cus-tos directamente atribuíveis às activida-des necessárias para colocar os activos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos activos e de restauração dos respec-tivos locais que o Grupo espera incorrer, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.

Na data de transição para as NCRF, o Grupo passou a considerar pela primeira vez como componente dos activos fixos tangíveis a componente do custo do ac-tivo relativa a custos de recuperação pai-sagística e ambiental a incorrer na recu-peração das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida útil estimada das respectivas pedreiras.

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se regis-tados ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 – Adopção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, pelo seu valor considerado

56 RelatóRio do conselho de administRação 2012

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

(“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais (determinados activos fixos tangíveis ad-quiridos até 31 de Dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, respectivamente, de acordo com a legislação aplicável através da utiliza-ção de coeficientes de desvalorização monetária).

No que respeita às subsidiárias do Grupo: CMP, Société des Ciments de Gabès (SCG), Cimentos Costa Verde, Sicobetão, Colegra, Quimipedra, Unicon-creto, Eurobetão e Lusoinertes o custo dos activos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determinado com base em avaliações efectuadas por entidades independentes.

Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do activo fixo ou reconhecidos como activos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o res-pectivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhe-cidos como um gasto no período em que são incorridos.

As depreciações são calculadas, após os bens se encontrarem disponíveis para uso, pelo método da linha recta, em con-formidade com o período de vida útil es-timado para cada grupo de bens. Para algumas classes de activos fixos tangí-veis adquiridos pelo Grupo é utilizado o método do saldo decrescente.

As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente.

O efeito de alguma alteração a estas esti-mativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente.As despesas de manutenção e reparação

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demonstRações financeiRas consolidadas 57

(dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios econó-micos futuros são registadas como gas-tos no período em que são incorridas.

Os valores residuais dos activos e as res-pectivas vidas úteis são revistos e ajusta-dos, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do activo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recu-perável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.8).

Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido na transacção e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos na demons-tração dos resultados, nas rubricas ”Ou-tros rendimentos e ganhos” e “Outros gastos e perdas”.

3.5 LOCAçõES

As locações são classificadas como fi-nanceiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à pro-priedade do bem para o locatário.

As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substân-cia e não da forma do contrato. Os activos adquiridos mediante contra-tos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mí-nimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da res-ponsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.Os pagamentos de locações operacionais

são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução ao gasto com a locação, igualmente numa base linear.

As rendas contingentes são reconheci-das como gastos do período em que são incorridas.

3.6 PROPRIEDADES DE INVEStImENtO

As propriedades de investimento compre-endem, essencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações do capi-tal (ou ambos), não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou ser-viços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios.

As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transacção). Subse-quentemente, as propriedades de inves-timento são mensuradas de acordo com o modelo do custo.

Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utili-zação nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicio-nais são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”.

3.7 ACtIVOS INtANGíVEIS

i) Intangíveis adquiridos separadamente

Os activos intangíveis adquiridos sepa-radamente são registados ao custo (ou,

em situações raras, de acordo com o modelo de revalorização) deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

ii) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desen-volvimento

Os dispêndios com actividades de pes-quisa são registados como gastos no período em que são incorridos sendo apenas reconhecido um activo intangível gerado internamente resultante de dis-pêndios com actividades de desenvolvi-mento de um projecto se forem cumpri-das e demonstradas todas as seguintes condições:

> Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para venda;

> Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender;

> Existe capacidade para usar ou vender o intangível;

> O intangível é susceptível de gerar be-nefícios económicos futuros;

> Existe disponibilidade de recursos técnicos e financeiros adequados para concluir o desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender;

> É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua fase de desenvolvimento.O montante inicialmente reconhecido do activo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios incor-ridos após a data em que são cumpridas as condições atrás descritas. Quando não são cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase de desen-volvimento são registados como gastos do período.

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Os activos intangíveis gerados interna-mente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por impari-dade acumuladas.

iii) Intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empresariais

Os intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empre-sariais e reconhecidos separadamente do goodwill são inicialmente registados ao seu justo valor na data da aquisição, sendo subsequentemente deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

iv) Amortização de Intangíveis

As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil es-timada dos activos intangíveis. As vi-das úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente.O efeito de alguma alteração a estas es-timativas é reconhecido na demonstra-ção dos resultados prospectivamente.

Os activos intangíveis (independente-mente da forma como são adquiridos ou gerados) com vida útil indefinida não são amortizados, sendo antes sujeitos a testes de imparidade com uma periodi-cidade anual, ou então sempre que haja uma indicação de que o intangível possa estar em imparidade.

v) Direitos de emissão de gases com efeito de estufa

As Licenças de emissão de CO2 atri-

buídas ao Grupo, no âmbito do PNALE II - Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão de CO2, a título gratuito são registadas, aquando do seu reconhecimento inicial, pelo justo valor na rubrica “Activos intangíveis” por contrapartida do reconhecimento de um subsídio directamente em capitais pró-prios na rubrica “Outras variações de capital próprio”.

Pelas emissões de gases com efeito de estufa efectuadas pelo Grupo é re-conhecido um gasto com a respectiva amortização do activo intangível e um rendimento em resultado do reconheci-mento da quota-parte de subsídio cor-respondente.

A emissão de gases com efeito de estufa é mensurada ao custo das licenças deti-das, segundo a fórmula de custeio FIFO.Na alienação de direitos de emissão é apurado o ganho ou a perda entre o va-lor de realização e o respectivo custo de

58 RelatóRio do conselho de administRação 2012

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

aquisição, deduzido do correspondente subsídio do Estado, o qual é registado em “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas” respectiva-mente no período em que ocorre a alie-nação.

Sempre que as emissões de gases com efeito de estufa excedem a quantidadede licenças detidas são reconhecidas as respectivas responsabilidades nos ter-mos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.

3.8 ImPARIDADE DE ACtIVOS FIxOS tANGíVEIS E INtANGíVEIS ExCLuINDO GOODwILL

Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recu-perável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recu-perável de um activo individual, é esti-mada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse activo pertence.

A quantia recuperável do activo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são

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demonstRações financeiRas consolidadas 59

descontados usando uma taxa de des-conto antes de impostos que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo ou da unidade ge-radora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade.

A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resulta-dos nas rubricas “Imparidade de activos não depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” ou “Imparidade de activos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/re-versões)” salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo de revalorização.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhe-cida na demonstração dos resultados nessas mesmas rubricas e é efectuada até ao limite da quantia que estaria reco-nhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada. 3.9 ImPOStO SOBRE O RENDImENtO

O imposto sobre o rendimento corres-ponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados di-rectamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impos-

tos diferidos são igualmente registados no capital próprio.

Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tribu-tável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e ren-dimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tribu-tável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias en-tre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as di-ferenças temporárias tributáveis.

São reconhecidos activos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ac-tivos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efectuada uma revisão desses activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.

Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as ta-xas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das corres-pondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancial-mente emitida na data de relato.

A compensação entre activos e passivos por impostos diferidos apenas é permi-

tida quando: (i) a empresa tem um direito legal de proceder à compensação entre tais activos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais activos e passivos relacionam-se com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma au-toridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de proceder à compensação para efeitos de liquidação.

3.10 INVENtáRIOS

Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:

i) mercadorias e matérias-primas

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram--se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido.

O custo de aquisição inclui as despesas de compra acessórias, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio.

ii) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso en-contram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorpo-radas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido, excluindo quaisquer custos de armaze-namento, logística e de venda.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas em Imparidade de inventários.

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3.11 ACtIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando as em-presas do Grupo se tornam parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros.

Os activos e os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados. i) Ao custo ou custo amortizado

São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os activos e os pas-sivos financeiros que apresentem as se-guintes características:

> Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; e> Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e> Não sejam um instrumento financeiro de-rivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado é determinado atra-vés do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exac-tamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro.

Nesta categoria incluem-se, consequen-temente, os seguintes activos e passivos financeiros:

a) Clientes e outras dívidas de terceiros

Os saldos de clientes e de outras dí-vidas de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos finan-ceiros não difere do seu valor nominal.

b) Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” corres-pondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a me-nos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amor-tizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal.

c) Outros activos financeiros

Os outros activos financeiros, que in-cluem os empréstimos concedidos, são registados ao custo amortizado dedu-zido de eventuais perdas por impari-dade.

d) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

60 RelatóRio do conselho de administRação 2012

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Os saldos de fornecedores e de outras dí-vidas a terceiros são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amorti-zado destes passivos financeiros não di-fere do seu valor nominal

e) Financiamentos obtidos

Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado.

Eventuais despesas incorridas com a ob-tenção desses financiamentos, designada-mente comissões bancárias ou imposto do selo, assim como os encargos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método do juro efectivo em resultados do período ao longo do período de vida des-ses financiamentos. As referidas despesas incorridas são apresentadas a deduzir à rubrica de “Financiamentos obtidos”.

f) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros são geral-mente registados ao custo amortizado.

g) Contratos para conceder ou con-trair empréstimos

Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liqui-dados numa base líquida e que, quando executados, reúnam as condições atrás descritas para serem classificados na ca-tegoria “Ao custo ou custo amortizado” são registados ao custo deduzido de even-tuais perdas por imparidade.

Estes montantes são registados, consoante a sua natureza, na rubrica “Outros activos financeiros” ou na rubrica “Outros passi-vos financeiros”.

O custo amortizado é determinado atra-vés do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebi-mentos futuros estimados durante a vida

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demonstRações financeiRas consolidadas 61

esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro. ii) Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados

Todos os activos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são classificados na categoria “Ao justo valor com as al-terações reconhecidas na demonstração dos resultados”.

Tais activos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as va-riações no mesmo registadas em resul-tados nas rubricas “Perdas por reduções de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”.

3.11.1 ImPARIDADE DE ACtIVOS FINANCEIROS

Os activos financeiros classificados na categoria “Ao custo ou custo amorti-zado” são sujeitos a testes de impa-ridade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidên-cia objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados.

Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por impa-ridade a reconhecer corresponde à dife-rença entre a quantia escriturada do ac-tivo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original.Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reco-nhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões)” no período em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal dimi-nuição pode ser objectivamente relacio-nada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados.

A reversão deve ser efectuada até ao li-mite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não ti-vesse sido inicialmente registada.

A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em in-vestimentos em instrumentos de capital próprio (mensurado ao custo).

3.11.2 DESRECONhECImENtO DE ACtIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

O Grupo desreconhece activos financei-ros apenas quando os direitos contra-tuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconheci-dos os activos financeiros transferidos relativamente aos quais o Grupo reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

O Grupo desreconhece passivos finan-ceiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.12 ACtIVOS NãO CORRENtES DEtIDOS PARA VENDA E uNIDADES OPERACIONAIS DESCONtINuADAS

Os activos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escriturada for essencialmente recupe-rada através de uma venda e não atra-vés do seu uso continuado. Considera--se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o activo não corrente ou grupo para aliena-ção está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A corres-pondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do activo não corrente ou do grupo para alienação como disponível para venda.

Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os activos e passivos dessa subsidiária são classificados como deti-dos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no parágrafo an-terior, ainda que o Grupo retenha algum interesse minoritário na subsidiária após a venda.

A partir do momento em que determina-dos activos tangíveis passam a ser consi-derados como detidos para venda cessa a

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depreciação inerente a esses bens pas-sando estes a ser classificados como ac-tivos não correntes detidos para venda.

Os ganhos ou perdas nas alienações de ac-tivos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respectivo valor líquido contabilístico, são contabilizados em resultados na rubrica “Ganhos e perdas com a alienação de activos”.

Os activos não correntes e os grupos para alienação classificados como deti-dos para venda são mensurados ao me-nor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor menos os custos para vender.

3.13 SuBSíDIOS DO GOVERNO

Os subsídios do governo apenas são reconhecidos quando há uma certeza razoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.

Os subsídios do governo associados à aquisição ou produção de activos não correntes são inicialmente reconheci-dos no capital próprio, na rubrica “Ou-tras variações no capital próprio”, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amortizações dos activos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos activos com os quais se relacionam. No caso de se relaciona-rem com activos não depreciáveis, são

mantidos no capital próprio, excepto na parte necessária para compensar even-tuais perdas por imparidade nos referi-dos activos.

Outros subsídios do governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do governo que têm por finalidade compensar per-das já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.

3.14 SALDOS E tRANSACçõES Em mOEDA EStRANGEIRA

As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escri-turadas dos itens monetários denomi-nados em moeda estrangeira são actu-alizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor de-nominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respectivos justos va-lores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denomi-nados em moeda estrangeira não são actualizadas.

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

As diferenças de câmbio resultantes das actualizações atrás referidas são regis-tadas em resultados do período em que são geradas.

3.15 PROVISõES

São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o mon-tante da obrigação possa ser razoavel-mente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor es-timativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação.

Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas as-sociados à obrigação.

As provisões são revistas na data de re-lato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é pos-sível evitar que excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.

É reconhecida uma provisão para rees-truturação quando o Grupo desenvolveu

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um plano formal detalhado de reestru-turação e iniciou a implementação do mesmo ou anunciou as suas princi-pais componentes aos afectados pelo mesmo.

Na mensuração da provisão para rees-truturação são apenas considerados os dispêndios que resultam directamente da implementação do correspondente plano, não estando, consequentemente, relacionados com as actividades corren-tes da empresa.

Os passivos contingentes não são re-conhecidos nas demonstrações finan-ceiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios eco-nómicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divul-gados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de re-cursos.

Recuperação ambiental e paisagística

Nos termos da legislação aplicável, algu-mas das empresas do Grupo, têm como responsabilidade a recuperação ambien-tal e paisagística das pedreiras afectas à exploração. Os trabalhos de reabilita-ção incluem essencialmente a limpeza e regularização das áreas destinadas à recuperação, a modelação e preparação do terreno, o transporte e espalhamento de materiais rejeitados para aterro, a fer-tilização, a execução do plano geral de revestimento com hidrossementeiras e plantações e a manutenção e conser-

vação das zonas recuperadas após a implantação.

A extensão dos trabalhos necessários e dos respectivos custos a incorrer foram determinados com base em estudos preparados por entidades independen-tes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo valor esperado dos fluxos de caixa futuros, descontados a valor presente. Foi utilizada uma taxa de desconto de 7,4%.

Juízos de valor e estimativas estão en-volvidos na formação de expectativas sobre actividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos de caixa associados. Estas perspectivas são efectuadas com base na envolvente existente e regulamentação em vigor.

O valor da provisão para recuperação paisagística é incrementado na data de relato financeiro, em função do efeito temporal do dinheiro por contrapartida da rubrica “Juros e gastos similares su-portados” e é reduzido pelos dispêndios efectuados por cada uma das empresas do Grupo com a recuperação, na data em que estes ocorrem.

3.16 BENEFíCIOS PóS-EmPREGO

3.16.1 PLANOS DE CONtRIBuIçãODEFINIDA

As contribuições para planos de con-tribuição definida são reconhecidas como gasto na rubrica de “Gastos com o pessoal” no período a que respeitam (quando os empregados abrangidos pelo plano prestaram os serviços que lhes conferem o direito aos benefícios).

3.16.2 PLANOS DE BENEFíCIOS DEFINIDOS

No que diz respeito aos planos de bene-fícios definidos, o correspondente custo

é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é determinado através do método da unidade de crédito projectada, sendo as respectivas avalia-ções actuariais efectuadas em cada data de relato intercalar e anual.

Os desvios actuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utiliza-dos para efeito de apuramento de res-ponsabilidades e o que efectivamente ocorreu (bem como de alterações efec-tuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos activos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos, quando incorri-dos, directamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações no capital próprio”(Nota 23).

O custo dos serviços passados é re-conhecido em resultados numa base de linha recta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediatamente na medida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos.

Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer.

Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empre-gados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam redu-zidos, com efeito material.

A responsabilidade associada aos be-nefícios garantidos reconhecida no ba-lanço representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas actuariais e pelo custo dos serviços passados não reco-nhecidos e deduzido do justo valor dos activos do plano.

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3.17 OutROS BENEFíCIOS A LONGOPRAzO DOS EmPREGADOS

Relativamente ao reconhecimento e men-suração dos outros benefícios a longo prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como ren-dimento ou gasto: (i) ganhos e perdas actuariais e (ii) todo o custo dos serviços passados.

Os respectivos custos são registados na rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a res-ponsabilidade reconhecida no balanço corresponde ao valor presente da obriga-ção de benefícios definidos, determinada de acordo com as avaliações actuariais em cada data de relato intercalar e anual.

3.18 BENEFíCIOS A CuRtO PRAzODE EmPREGADOS

Os benefícios a curto prazo de empre-gados são registados como gasto na ru-brica “Gastos com o pessoal” aquando da prestação de serviço pelo empregado. No caso da participação nos lucros e gratificações os gastos são reconhe-cidos quando e, só quando: (i) exista a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos, em consequência de acontecimentos passados e (ii) possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação.

64 RelatóRio do conselho de administRação 2012

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Existe uma obrigação presente quando e, só quando, o Grupo não tem alternativa realista senão a de fazer os pagamentos.

3.19 RéDItO

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a rece-ber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O ré-dito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.

O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

> Todos os riscos e vantagens da pro-priedade dos bens foram transferidos para o comprador;> A empresa não mantém qualquer con-trolo sobre os bens vendidos;> O montante do rédito pode ser mensu-rado com fiabilidade;> É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a empresa;> Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade.O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transacção à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:

> O montante do rédito pode ser men-surado com fiabilidade;> É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a empresa;> Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade;> A fase de acabamento da transacção à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.

O rédito de juros é reconhecido utili-zando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios eco-nómicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabele-cido o direito do Grupo receber o cor-respondente montante.

3.20 ENCARGOS FINANCEIROS COmEmPRéStImOS OBtIDOS

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reco-nhecidos como gastos à medida que são incorridos.

Os encargos financeiros de emprésti-mos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos são capitalizados quando o seu período de construção é superior a um ano, fazendo parte integrante do custo do activo.

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das activida-des de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projecto em causa se encontre suspenso.

Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos, directamente relacio-

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demonstRações financeiRas consolidadas 65

nados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

3.21 INStRumENtOS FINANCEIROS DERIVADOS E CONtABILIDADE DE COBERtuRA

O Grupo utiliza derivados com o objec-tivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeito.

Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro e de câmbio o justifi-quem, o Grupo procura contratar opera-ções de protecção contra movimentos adversos, através de instrumentos de-rivados, tais como interest rate swaps (IRS), caps e floors, forwards, etc.

Adicionalmente o Grupo contratou instru-mentos financeiros derivados relativos à carteira detida de licenças de emissão de gases com efeitos de estufa.

Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data em que são con-tratados. Em cada data de relato são remensurados ao justo valor, sendo o correspondente ganho ou perda de re-mensuração registado de imediato em resultados, salvo se tais instrumentos forem designados como instrumento de cobertura.

Quando forem designados como instru-mento de cobertura, o correspondente ganho ou perda de remensuração deve ser registado em resultados quando a posição coberta afectar resultados.

Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido como um activo financeiro nas rubricas “Outros activos financeiros não cor-rentes” ou “Outros activos financeiros correntes”. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é

reconhecido como um passivo financeiro nas rubricas “Outros passivos financei-ros não correntes” ou “Outros passivos financeiros correntes”.

Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for superior a 12 meses e não for expectável a sua re-alização ou liquidação no prazo de 12 meses.

Contabilidade de cobertura

O Grupo designa como instrumento de cobertura determinados instrumentos fi-nanceiros derivados, no âmbito de ope-rações de cobertura do risco de taxa de juro e do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeitos de estufa.

Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura são os seguintes:> Adequada documentação da operação de cobertura;> O risco a cobrir é um dos riscos des-critos na NCRF 27 – Instrumentos finan-ceiros;> É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam prati-camente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cober-tura.

No início da operação da cobertura, o Grupo documenta a relação entre o ins-trumento de cobertura e o item coberto, os seus objectivos e estratégia de gestão

do risco e a sua avaliação da eficácia do instrumento de cobertura a compensar variações nos justos valores e fluxos de caixa do item coberto.

As variações no justo valor dos instru-mentos financeiros derivados designa-dos como instrumento de cobertura no âmbito de cobertura do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeito de estufa no âmbito de um com-promisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade são registadas no capital próprio na rubrica “Outras va-riações de capital próprio – reserva de cobertura”.

Tais ganhos ou perdas registados no capital próprio são reclassificados para resultados nos períodos em que o item coberto afectar resultados, sendo apre-sentados na linha afectada pelo item coberto.

A contabilidade de cobertura é desconti-nuada quando o Grupo revoga a relação de cobertura, quando o instrumento de cobertura expira, é vendido, ou é exer-cido, ou quando o instrumento de cober-tura deixa de se qualificar para a contabi-lidade de cobertura. Qualquer montante registado em “Outras variações no capi-tal próprio” apenas é reclassificado para resultados quando a posição coberta afectar resultados. Quando a posição co-berta consistir numa transacção futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montante registado em “Outras variações no capital próprio” é de ime-diato reclassificado para resultados.

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3.22 GEStãO DE RISCO

3.22.1 FACtORES DE RISCO FINANCEIRO

O Grupo Secil tem um programa de ges-tão do risco que foca a sua análise nos mercados financeiros com vista a mini-mizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira do Grupo Secil.

A gestão deste risco é conduzida pelo Departamento Financeiro da Secil de acordo com políticas aprovadas pela Administração.

a) Risco cambial

A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afectar as receitas do Grupo de diversas formas.

O risco cambial resulta sobretudo das compras de combustíveis e fretes de na-vios, ambos pagos em USD.

O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cober-tura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra-grupo.

66 RelatóRio do conselho de administRação 2012

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Para os fluxos não compensados natu-ralmente, o risco tem vindo a ser anali-sado e coberto através da contratação de estruturas de opções cambiais, que estabelecem o contra-valor máximo a pagar e permitem beneficiar parcial-mente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio.

O Grupo Secil detém activos localizados na Tunísia, Angola e Líbano, pelo que a variação das moedas dos referidos países poderá ter impacto no balanço da Secil.

b) Risco de taxa de juro

O Grupo Secil, em finais de 2005, optou por contratar uma cobertura parcial do risco da taxa de juro através de uma es-trutura de derivados que lhe fixa um valor máximo para os encargos financeiros re-lativos à dívida de longo prazo com re-embolso escalonados. A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável.

c) Risco de licenças de emissão de efeitos de estufa

O Grupo Secil promove uma gestão activa da sua carteira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas no âmbito da fase 2 do EU-ETS. Fruto da crescente utilização de combustíveis al-ternativos, o Grupo Secil tem registado (e prevê manter) alguns excessos de li-cenças de emissão, tendo estas licenças vindo a ser transaccionadas no mercado, eliminando o risco de preço.

d) Risco de crédito

O agravamento das condições económi-cas globais ou adversidades que afectem apenas as economias a uma escala local pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédito tem sido um dos instrumentos adoptados pelo Grupo Secil para minorar os impac-tos negativos deste tipo de risco.

e) Risco de liquidez

O Grupo gere o risco de liquidez por duas vias: garantindo que a sua dívida finan-ceira tem uma componente de médio e longo prazo com maturidades adequa-das aos activos financiados, e dispondo de facilidades de crédito de apoio à te-souraria em montantes suficientes e dis-poníveis a todo o momento.

3.22.2 FACtORES DE RISCO OPERACIONAL

a) Sector da Construção

O volume de negócios da Secil depende do nível de actividade no sector da cons-trução em cada um dos mercados geo-gráficos em que opera. O sector da cons-trução tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de construção residencial e comer-cial, bem como do nível de investimentos em infra-estruturas.

O sector da construção é sensível a fac-tores como as taxas de juro e uma que-bra da actividade económica numa dada economia pode conduzir a uma recessão no sector da construção.

Apesar da empresa considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabilização dos seus resultados, a sua actividade, situa-ção financeira e resultados operacionais

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demonstRações financeiRas consolidadas 67

podem ser negativamente afectados por uma quebra do sector da construção em qualquer mercado significativo em que opere.

b) Procura de produtos - Secil

Nos mercados maduros a procura de ci-mento e outros materiais de construção tende a ser bastante regular ao longo do ano. Apenas se nota uma redução da pro-cura durante o mês de Janeiro e Dezem-bro. A procura dos produtos da Secil está, em geral, alinhada com esse padrão de comportamento.

c) Legislação ambiental

Nos últimos anos, a legislação comunitá-ria e nacional tem vindo a tornar-se mais limitativa no que respeita ao controlo dos efluentes.

O Grupo Secil respeita a legislação actual-mente em vigor, tendo para isso realizado investimentos muito significativos nos últi-mos anos. Embora não se prevejam, num futuro próximo, alterações significativas à actual legislação, existe a possibilidade da Secil necessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir eventuais novos limites que venham a ser aprovados.

d) Custos energéticos

Uma parte significativa dos custos do Grupo está dependente dos custos ener-géticos. A energia é um factor de custo com peso significativo na actividade da Secil e nas suas participadas.

O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da ener-gia através da possibilidade de algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia eléctrica de longo prazo para algumas das necessidades energéticas.

Apesar destas medidas, flutuações sig-nificativas nos custos da electricidade e dos combustíveis podem afectar ne-gativamente a sua actividade, situação financeira e resultados operacionais do Grupo.

e) Necessidade de investimentos significativos em novas aquisições no futuro

O Grupo Secil tem interesses em secto-res onde se tem vindo a assistir a proces-sos de consolidação e onde podem sur-gir oportunidades de crescimento quer orgânico quer pela via de aquisições.

3.23 CAPItAL SOCIAL E ACçõES PRóPRIAS

As acções ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 21).

Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções ou outros ins-trumentos de capital próprio são apre-sentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão.

Os custos directamente imputáveis à emissão de novas acções ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor da compra.

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Acções próprias” sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação regis-tados em “Outras reservas”. Em con-formidade com a legislação comercial aplicável, enquanto as acções próprias se mantiverem na posse da sociedade, é tornada indisponível uma reserva de montante igual ao seu custo de aquisi-ção. Quando alguma empresa do Grupo adquire acções da empresa-mãe (acções

próprias) o pagamento, que inclui os cus-tos incrementais directamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as acções sejam canceladas, reemitidas ou alienadas.

Quando tais acções são subsequente-mente vendidas ou reemitidas, qualquer recebimento, líquido de custos de tran-sacção directamente atribuíveis e de im-postos, é reflectido no capital próprio dos detentores do capital da empresa, em outras reservas.

3.24 DIStRIBuIçãO DE DIVIDENDOS

A distribuição de dividendos aos deten-tores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no período em que os dividen-dos são aprovados pelos accionistas e até ao momento da sua liquidação. 3.25 JuízOS DE VALOR CRítICOS E PRINCIPAIS FONtES DE INCERtEzA ASSOCIADAS A EStImAtIVAS

Na preparação das demonstrações finan-ceiras consolidadas anexas foram efectu-ados juízos de valor e estimativas e utiliza-dos diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de ren-dimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos sub-jacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer si-tuações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de apro-vação das demonstrações financeiras consolidadas, não foram consideradas

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68 RelatóRio do conselho de administRação 2012

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

nessas estimativas. As alterações às es-timativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras se-rão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das tran-sacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demons-trações financeiras consolidadas anexas foram os seguintes:

a) Imparidade do goodwill

O goodwill é sujeito a teste de impari-dade anualmente ou sempre que exis-tem indícios de uma eventual perda de valor, de acordo com a política indicada na Nota 3.2.6.

Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa às quais o goodwill é afecto são determinados com base no valor de uso, apurado de acordo com os fluxos de caixa esperados. Na determinação do valor de uso são utiliza-das estimativas por parte da gestão rela-tivamente à evolução futura da actividade e às taxas de desconto consideradas.

b) Imposto sobre o Rendimento

O Grupo reconhece passivos para liquida-ções adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fis-cais. Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente regis-tados, as diferenças terão impacto no im-posto sobre o rendimento e nos impostos diferidos, no período em que tais diferen-ças são identificadas.

c) Reconhecimento de activos por im-postos diferidos

São reconhecidos activos por impostos diferidos apenas quando existe forte se-gurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja re-versão seja expectável no mesmo período em que os activos por impostos diferidos sejam revertidos. A avaliação dos activos por impostos diferidos é efectuada pela gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expectativa de desempenho no futuro.

d) Pressupostos actuariais

A avaliação das responsabilidades com benefícios definidos é efectuada anual-mente com o recurso a estudos actuariais elaborados por peritos independentes, baseados em pressupostos actuariais

associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressu-postos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades.

e) Provisões

O Grupo analisa de forma periódica even-tuais obrigações que ressaltem de even-tos passados e que devam ser objecto de reconhecimento ou divulgação. A subjec-tividade inerente à determinação da proba-bilidade e montante de recursos internos necessários para liquidação das obri-gações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pres-supostos utilizados, quer pelo futuro re-conhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

f) Imparidade das contas a receber

O Grupo gere os riscos de crédito na car-teira de saldos a receber através de análi-ses de risco criteriosas aquando da aber-tura de crédito para novos clientes e da sua revisão regular (Nota 19.4).

Pela natureza intrínseca dos seus clientes, não se encontram disponíveis de forma generalizada ratings de crédito para a car-teira, que permitam a sua categorização e análise enquanto população homogénea.

Desta forma, são recolhidos elementos do comportamento financeiro dos clientes através de contactos regulares, bem como através de contactos com outras entidades envolvidas na relação comercial (por exem-plo, agentes de vendas).

Paralelamente, a Secil e as suas subsidiá-rias contratualizaram com diversas com-panhias de seguro de crédito a inclusão da generalidade dos saldos das referidas car-teiras em apólices de seguros que reduzem a sua exposição, nesses saldos, à franquia a liquidar em caso de sinistro, que varia em função da origem geográfica dos clientes.

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demonstRações financeiRas consolidadas 69

3.26 ACONtECImENtOS APóS A DAtA DO BALANçO

Os acontecimentos após a data do ba-lanço que proporcionem informação adi-cional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events” ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são re-flectidos nas demonstrações financeiras.

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condi-ções que ocorram após a data do ba-lanço (“non adjusting events” ou acon-tecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são di-vulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

4. FLuxOS DE CAIxA

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes in-clui numerário, depósitos bancários ime-diatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de te-souraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equiva-lentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 detalha-se conforme segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Numerário 268.965 187.402Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 23.554.412 11.253.601Aplicações de tesouraria 48.908.387 54.008.466 (Nota 19) 72.731.764 65.449.469 Descobertos bancários (Nota 24.3) (10.929.178) (18.800.808) 61.802.586 46.648.661

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70 RelatóRio do conselho de administRação 2012

5. RELAtO POR SEGmENtOS E RéDItOS E SERVIçOS PREStADOS POR áREA GEOGRáFICA DE DEStINO

5.1 RELAtO POR SEGmENtOS

A informação por segmentos é apre-sentada em relação aos segmentos de negócio identificados nomeadamente

Cimento, Betões e Agregados. Os resul-tados, activos e passivos de cada seg-mento correspondem àqueles que lhe são directamente atribuíveis, assim como os que numa base razoável lhes podem ser atribuídos. A informação financeira por segmentos de negócio, dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, analisa-se como segue:

31 DE DEzEmBRO DE 2012 CImENtO BEtõES AGREGADOS CABO CABO OutROS NãO Valores em Euros PORtuGAL LíBANO tuNíSIA ANGOLA VERDE PORtuGAL LíBANO tuNíSIA PORtuGAL VERDE ALOCADOS ELImINAçõES CONSOLIDADO Vendas e serviços prestados Vendas e serviços prestados externos 177.112.604 79.853.531 59.119.254 28.530.608 4.917.773 58.781.398 8.175.021 7.966.323 8.699.707 845.361 16.231.032 - 450.232.612 Vendas e serviços prestados inter-segmentais 49.468.875 3.130.295 2.794.672 - 129.494 238.324 - - 4.693.050 - 8.616.686 (69.071.396) - Vendas e serviços prestados totais 226.581.479 82.983.826 61.913.926 28.530.608 5.047.267 59.019.722 8.175.021 7.966.323 13.392.757 845.361 24.847.718 (69.071.396) 450.232.612 EBItDA 43.742.317 22.027.018 8.137.720 2.477.623 (105.785) (2.398.668) 449.406 818.744 (1.902.152) 171.724 (2.660.221) (7.453) 70.750.273 (Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização (41.596.079) (6.874.154) (8.941.750) (2.069.015) (14.175) (3.609.143) (684.104) (521.379) (3.128.034) (76.406) (3.254.595) - (70.768.834) Subsídios ao investimento 16.769.975 - 384.033 - - - - 3.407 201 - 109.265 - 17.266.881 Ganhos/ (perdas) na alienção de activos não correntes (9.276.737) (101) 2.470 19.435 1.110 8.223.891 9.688 7.476 (8.378.935) 13.597 (703.970) - (10.082.076) Provisões ((aumentos)/ reduções) (2.690.382) (1.037.906) (130.214) - - 2.501 (47.916) - (10.415) - 606.726 - (3.307.606) Imparidade de activos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) (2.097.255) - - - - - - - (600.811) - (4.004.888) - (6.702.954)

EBIt 5.078.401 14.114.857 (547.741) 428.043 (118.850) (7.927.242) (272.926) 308.248 (14.533.457) 108.915 (13.745.870) (7.453) (17.115.075) Ganhos e (perdas) em empresas associadas e empreendimentos conjuntos (80.453) - - - - 2 - - (4.288) - 79.555 - (5.184)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 4.997.948 14.114.857 (547.741) 428.043 (118.850) (7.927.240) (272.926) 308.248 (14.537.745) 108.915 (13.666.315) (7.453) (17.120.259)

Resultados financeiros líquidos externos (12.612.118) (809.266) (845.855) (275.466) 8.244 (8.770) (41.770) (53.499) (168.749) 30.878 2.031.772 - (12.744.599) Resultados financeiros líquidos inter-segmentais (10.616.762) - - - - (1.340.600) - - (2.459.513) - 14.416.875 - - Resultados financeiros totais (23.228.880) (809.266) (845.855) (275.466) 8.244 (1.349.370) (41.770) (53.499) (2.628.262) 30.878 16.448.647 - (12.744.599)

Resultado antes de impostos (18.230.932) 13.305.591 (1.393.596) 152.577 (110.606) (9.276.610) (314.696) 254.749 (17.166.007) 139.793 2.782.332 (7.453) (29.864.858) Imposto sobre o rendimento 1.589.455 (2.040.974) 603.174 - (18) 877.444 - (76.921) (598.359) (36.274) (4.214.193) - (3.896.666)

Resultado consolidado líquido do período (16.641.477) 11.264.617 (790.422) 152.577 (110.624) (8.399.166) (314.696) 177.828 (17.764.366) 103.519 (1.431.861) (7.453) (33.761.524)

Resultado consolidado líquido do periodo atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe (16.757.065) 5.750.587 (780.291) 77.814 (110.624) (8.365.115) (155.609) 175.433 (17.645.238) 64.700 (706.282) (7.453) (38.459.143) Interessses minoritários 115.588 5.514.030 (10.131) 74.763 - (34.051) (159.087) 2.395 (119.128) 38.819 (725.579) - 4.697.619 OutRAS INFORmAçõES Goodwill 100.870.106 - 1.794.625 - - 7.409.634 - - - - 22.137.329 - 132.211.694 Participações financeiras - método da equivalência patrimonial - - 2.443 - - 766.120 - - 385.082 - 3.862.897 - 5.016.542 Participações financeiras - outros métodos - - - - - - - - - - 24.413.353 - 24.413.353 Outros activos do segmento 266.661.823 130.961.326 144.566.005 23.338.009 2.413.954 49.820.154 7.874.416 7.216.198 47.154.064 1.437.479 63.643.840 - 745.087.268 Activos totais consolidados 367.531.929 130.961.326 146.363.073 23.338.009 2.413.954 57.995.908 7.874.416 7.216.198 47.539.146 1.437.479 114.057.419 - 906.728.857 Passivos do segmento 334.774.562 28.862.327 66.992.259 3.219.916 57.640 9.990.506 3.585.835 2.618.226 12.972.370 63.792 71.851.986 - 534.989.419

Dispêndios de capital fixo tangível 12.019.826 9.276.649 6.673.721 1.302.453 668 285.453 281.377 217.831 663.133 66.981 639.512 - 31.427.604

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demonstRações financeiRas consolidadas 71

31 DE DEzEmBRO DE 2012 CImENtO BEtõES AGREGADOS CABO CABO OutROS NãO Valores em Euros PORtuGAL LíBANO tuNíSIA ANGOLA VERDE PORtuGAL LíBANO tuNíSIA PORtuGAL VERDE ALOCADOS ELImINAçõES CONSOLIDADO Vendas e serviços prestados Vendas e serviços prestados externos 177.112.604 79.853.531 59.119.254 28.530.608 4.917.773 58.781.398 8.175.021 7.966.323 8.699.707 845.361 16.231.032 - 450.232.612 Vendas e serviços prestados inter-segmentais 49.468.875 3.130.295 2.794.672 - 129.494 238.324 - - 4.693.050 - 8.616.686 (69.071.396) - Vendas e serviços prestados totais 226.581.479 82.983.826 61.913.926 28.530.608 5.047.267 59.019.722 8.175.021 7.966.323 13.392.757 845.361 24.847.718 (69.071.396) 450.232.612 EBItDA 43.742.317 22.027.018 8.137.720 2.477.623 (105.785) (2.398.668) 449.406 818.744 (1.902.152) 171.724 (2.660.221) (7.453) 70.750.273 (Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização (41.596.079) (6.874.154) (8.941.750) (2.069.015) (14.175) (3.609.143) (684.104) (521.379) (3.128.034) (76.406) (3.254.595) - (70.768.834) Subsídios ao investimento 16.769.975 - 384.033 - - - - 3.407 201 - 109.265 - 17.266.881 Ganhos/ (perdas) na alienção de activos não correntes (9.276.737) (101) 2.470 19.435 1.110 8.223.891 9.688 7.476 (8.378.935) 13.597 (703.970) - (10.082.076) Provisões ((aumentos)/ reduções) (2.690.382) (1.037.906) (130.214) - - 2.501 (47.916) - (10.415) - 606.726 - (3.307.606) Imparidade de activos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) (2.097.255) - - - - - - - (600.811) - (4.004.888) - (6.702.954)

EBIt 5.078.401 14.114.857 (547.741) 428.043 (118.850) (7.927.242) (272.926) 308.248 (14.533.457) 108.915 (13.745.870) (7.453) (17.115.075) Ganhos e (perdas) em empresas associadas e empreendimentos conjuntos (80.453) - - - - 2 - - (4.288) - 79.555 - (5.184)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 4.997.948 14.114.857 (547.741) 428.043 (118.850) (7.927.240) (272.926) 308.248 (14.537.745) 108.915 (13.666.315) (7.453) (17.120.259)

Resultados financeiros líquidos externos (12.612.118) (809.266) (845.855) (275.466) 8.244 (8.770) (41.770) (53.499) (168.749) 30.878 2.031.772 - (12.744.599) Resultados financeiros líquidos inter-segmentais (10.616.762) - - - - (1.340.600) - - (2.459.513) - 14.416.875 - - Resultados financeiros totais (23.228.880) (809.266) (845.855) (275.466) 8.244 (1.349.370) (41.770) (53.499) (2.628.262) 30.878 16.448.647 - (12.744.599)

Resultado antes de impostos (18.230.932) 13.305.591 (1.393.596) 152.577 (110.606) (9.276.610) (314.696) 254.749 (17.166.007) 139.793 2.782.332 (7.453) (29.864.858) Imposto sobre o rendimento 1.589.455 (2.040.974) 603.174 - (18) 877.444 - (76.921) (598.359) (36.274) (4.214.193) - (3.896.666)

Resultado consolidado líquido do período (16.641.477) 11.264.617 (790.422) 152.577 (110.624) (8.399.166) (314.696) 177.828 (17.764.366) 103.519 (1.431.861) (7.453) (33.761.524)

Resultado consolidado líquido do periodo atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe (16.757.065) 5.750.587 (780.291) 77.814 (110.624) (8.365.115) (155.609) 175.433 (17.645.238) 64.700 (706.282) (7.453) (38.459.143) Interessses minoritários 115.588 5.514.030 (10.131) 74.763 - (34.051) (159.087) 2.395 (119.128) 38.819 (725.579) - 4.697.619 OutRAS INFORmAçõES Goodwill 100.870.106 - 1.794.625 - - 7.409.634 - - - - 22.137.329 - 132.211.694 Participações financeiras - método da equivalência patrimonial - - 2.443 - - 766.120 - - 385.082 - 3.862.897 - 5.016.542 Participações financeiras - outros métodos - - - - - - - - - - 24.413.353 - 24.413.353 Outros activos do segmento 266.661.823 130.961.326 144.566.005 23.338.009 2.413.954 49.820.154 7.874.416 7.216.198 47.154.064 1.437.479 63.643.840 - 745.087.268 Activos totais consolidados 367.531.929 130.961.326 146.363.073 23.338.009 2.413.954 57.995.908 7.874.416 7.216.198 47.539.146 1.437.479 114.057.419 - 906.728.857 Passivos do segmento 334.774.562 28.862.327 66.992.259 3.219.916 57.640 9.990.506 3.585.835 2.618.226 12.972.370 63.792 71.851.986 - 534.989.419

Dispêndios de capital fixo tangível 12.019.826 9.276.649 6.673.721 1.302.453 668 285.453 281.377 217.831 663.133 66.981 639.512 - 31.427.604

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72 RelatóRio do conselho de administRação 2012

RELAtO POR SEGmENtOS 31 DE DEzEmBRO DE 2011 CImENtO BEtõES AGREGADOS CABO CABO OutROS NãO Valores em Euros PORtuGAL LíBANO tuNíSIA ANGOLA VERDE PORtuGAL LíBANO tuNíSIA PORtuGAL VERDE ALOCADOS ELImINAçõES CONSOLIDADO Vendas e serviços prestados Vendas e serviços prestados externos 202.024.212 73.158.928 52.568.097 30.418.527 5.019.974 85.262.714 7.606.846 8.529.149 14.822.226 803.600 26.689.195 - 506.903.468 Vendas e serviços prestados inter-segmentais 59.448.620 2.934.344 2.990.879 - 196.034 414.857 - - 6.315.505 - 4.773.831 (77.074.070) - Vendas e serviços prestados totais 261.472.832 76.093.272 55.558.976 30.418.527 5.216.008 85.677.571 7.606.846 8.529.149 21.137.731 803.600 31.463.026 (77.074.070) 506.903.468 EBItDA 68.564.397 25.265.066 6.889.963 2.725.899 53.628 2.005.633 437.497 994.423 (1.292.785) 169.721 (4.319.291) (13.911) 101.480.240 (Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização (55.169.773) (5.866.443) (8.091.017) (3.636.299) (21.101) (3.115.584) (496.337) (560.819) (3.692.201) (74.457) (4.412.498) - (85.136.529) Subsídios ao investimento 31.808.857 - 394.089 - - 2.150 - 10.865 4.068 - 213.242 - 32.433.271 Ganhos/(perdas) na alienção de activos não correntes 224.801 261 - 575 3.807 (3.059.135) - 3.836 92.966 - 4.729.764 - 1.996.875 Provisões ((aumentos)/ reduções) (4.146.673) - - - - - - - - - - - (4.146.673) Imparidade de activos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) - - - - - - - - - - (249.145) - (249.145) Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) (826.654) - - - - - - - - - - - (826.654) EBIt 40.454.955 19.398.884 (806.965) (909.825) 36.334 (4.166.936) (58.840) 448.305 (4.887.952) 95.264 (4.037.928) (13.911) 45.551.385 Ganhos e (perdas) em empresas associadas e empreendimentos conjuntos - - - - - 101 - - 6.198 - 342.267 - 348.566 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 40.454.955 19.398.884 (806.965) (909.825) 36.334 (4.166.835) (58.840) 448.305 (4.881.754) 95.264 (3.695.661) (13.911) 45.899.951 Resultados financeiros líquidos externos (14.718.962) (751.329) (574.246) (302.105) 2.809 (650.745) 8.172 (64.431) (1.256.847) 25.832 12.112.648 - (6.169.204) Resultados financeiros líquidos inter-segmentais (10.771.116) - 253 - - (582.921) - (253) (1.082.187) - 12.439.344 (3.120) - Resultados financeiros totais (25.490.078) (751.329) (573.993) (302.105) 2.809 (1.233.666) 8.172 (64.684) (2.339.034) 25.832 24.551.992 (3.120) (6.169.204) Resultado antes de impostos 14.964.877 18.647.555 (1.380.958) (1.211.930) 39.143 (5.400.501) (50.668) 383.621 (7.220.788) 121.096 20.856.331 (17.031) 39.730.747 Imposto sobre o rendimento (5.651.352) (2.822.185) 594.130 - (25.539) 1.270.870 - (54.175) 672.106 (28.996) (4.181.390) - (10.226.531) Resultado consolidado líquido do período 9.313.525 15.825.370 (786.828) (1.211.930) 13.604 (4.129.631) (50.668) 329.446 (6.548.682) 92.100 16.674.941 (17.031) 29.504.216 Resultado consolidado líquido do periodo atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe 9.132.095 8.078.851 (776.740) (618.084) 13.604 (4.034.943) (25.866) 324.965 (6.593.701) 57.562 17.393.998 (17.031) 22.934.710 Interessses minoritários 181.430 7.746.519 (10.088) (593.846) - (94.688) (24.802) 4.481 45.019 34.538 (719.057) - 6.569.506 OutRAS INFORmAçõES Goodwill 109.402.810 - 1.893.715 - - 7.409.634 - - 600.811 - 26.808.711 - 146.115.681 Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 22.414 - 2.578 - - 766.121 - - 389.369 - 4.335.873 - 5.516.355 Outros activos do segmento 202.008.094 130.699.097 145.310.226 24.162.421 1.993.815 86.543.371 8.624.870 7.187.854 53.198.778 1.358.796 93.808.663 - 754.895.985 Activos totais consolidados 311.433.318 130.699.097 147.206.519 24.162.421 1.993.815 94.719.126 8.624.870 7.187.854 54.188.958 1.358.796 124.953.247 - 906.528.021 Passivos do segmento 212.998.249 27.042.652 61.360.687 5.163.224 112.372 24.848.023 3.967.449 3.215.887 15.734.213 80.100 75.906.399 - 430.429.255 Dispêndios de capital fixo tangível 26.054.873 4.317.590 18.593.369 477.035 18.364 912.480 1.441.502 247.610 2.535.212 146.580 7.465.725 - 62.210.340

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demonstRações financeiRas consolidadas 73

RELAtO POR SEGmENtOS 31 DE DEzEmBRO DE 2011 CImENtO BEtõES AGREGADOS CABO CABO OutROS NãO Valores em Euros PORtuGAL LíBANO tuNíSIA ANGOLA VERDE PORtuGAL LíBANO tuNíSIA PORtuGAL VERDE ALOCADOS ELImINAçõES CONSOLIDADO Vendas e serviços prestados Vendas e serviços prestados externos 202.024.212 73.158.928 52.568.097 30.418.527 5.019.974 85.262.714 7.606.846 8.529.149 14.822.226 803.600 26.689.195 - 506.903.468 Vendas e serviços prestados inter-segmentais 59.448.620 2.934.344 2.990.879 - 196.034 414.857 - - 6.315.505 - 4.773.831 (77.074.070) - Vendas e serviços prestados totais 261.472.832 76.093.272 55.558.976 30.418.527 5.216.008 85.677.571 7.606.846 8.529.149 21.137.731 803.600 31.463.026 (77.074.070) 506.903.468 EBItDA 68.564.397 25.265.066 6.889.963 2.725.899 53.628 2.005.633 437.497 994.423 (1.292.785) 169.721 (4.319.291) (13.911) 101.480.240 (Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização (55.169.773) (5.866.443) (8.091.017) (3.636.299) (21.101) (3.115.584) (496.337) (560.819) (3.692.201) (74.457) (4.412.498) - (85.136.529) Subsídios ao investimento 31.808.857 - 394.089 - - 2.150 - 10.865 4.068 - 213.242 - 32.433.271 Ganhos/(perdas) na alienção de activos não correntes 224.801 261 - 575 3.807 (3.059.135) - 3.836 92.966 - 4.729.764 - 1.996.875 Provisões ((aumentos)/ reduções) (4.146.673) - - - - - - - - - - - (4.146.673) Imparidade de activos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) - - - - - - - - - - (249.145) - (249.145) Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) (826.654) - - - - - - - - - - - (826.654) EBIt 40.454.955 19.398.884 (806.965) (909.825) 36.334 (4.166.936) (58.840) 448.305 (4.887.952) 95.264 (4.037.928) (13.911) 45.551.385 Ganhos e (perdas) em empresas associadas e empreendimentos conjuntos - - - - - 101 - - 6.198 - 342.267 - 348.566 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 40.454.955 19.398.884 (806.965) (909.825) 36.334 (4.166.835) (58.840) 448.305 (4.881.754) 95.264 (3.695.661) (13.911) 45.899.951 Resultados financeiros líquidos externos (14.718.962) (751.329) (574.246) (302.105) 2.809 (650.745) 8.172 (64.431) (1.256.847) 25.832 12.112.648 - (6.169.204) Resultados financeiros líquidos inter-segmentais (10.771.116) - 253 - - (582.921) - (253) (1.082.187) - 12.439.344 (3.120) - Resultados financeiros totais (25.490.078) (751.329) (573.993) (302.105) 2.809 (1.233.666) 8.172 (64.684) (2.339.034) 25.832 24.551.992 (3.120) (6.169.204) Resultado antes de impostos 14.964.877 18.647.555 (1.380.958) (1.211.930) 39.143 (5.400.501) (50.668) 383.621 (7.220.788) 121.096 20.856.331 (17.031) 39.730.747 Imposto sobre o rendimento (5.651.352) (2.822.185) 594.130 - (25.539) 1.270.870 - (54.175) 672.106 (28.996) (4.181.390) - (10.226.531) Resultado consolidado líquido do período 9.313.525 15.825.370 (786.828) (1.211.930) 13.604 (4.129.631) (50.668) 329.446 (6.548.682) 92.100 16.674.941 (17.031) 29.504.216 Resultado consolidado líquido do periodo atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe 9.132.095 8.078.851 (776.740) (618.084) 13.604 (4.034.943) (25.866) 324.965 (6.593.701) 57.562 17.393.998 (17.031) 22.934.710 Interessses minoritários 181.430 7.746.519 (10.088) (593.846) - (94.688) (24.802) 4.481 45.019 34.538 (719.057) - 6.569.506 OutRAS INFORmAçõES Goodwill 109.402.810 - 1.893.715 - - 7.409.634 - - 600.811 - 26.808.711 - 146.115.681 Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 22.414 - 2.578 - - 766.121 - - 389.369 - 4.335.873 - 5.516.355 Outros activos do segmento 202.008.094 130.699.097 145.310.226 24.162.421 1.993.815 86.543.371 8.624.870 7.187.854 53.198.778 1.358.796 93.808.663 - 754.895.985 Activos totais consolidados 311.433.318 130.699.097 147.206.519 24.162.421 1.993.815 94.719.126 8.624.870 7.187.854 54.188.958 1.358.796 124.953.247 - 906.528.021 Passivos do segmento 212.998.249 27.042.652 61.360.687 5.163.224 112.372 24.848.023 3.967.449 3.215.887 15.734.213 80.100 75.906.399 - 430.429.255 Dispêndios de capital fixo tangível 26.054.873 4.317.590 18.593.369 477.035 18.364 912.480 1.441.502 247.610 2.535.212 146.580 7.465.725 - 62.210.340

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74 RelatóRio do conselho de administRação 2012

5.2 VENDAS E SERVIçOS PREStADOS POR SEGmENtOS

As vendas e serviços prestados (líquidos de descontos concedidos) por área geo-gráfica de destino, dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, analisam-se como segue:

31 DE DEzEmBRO DE 2012 OutROS Valores em Euros CImENtO BEtõES AGREGADOS NãO ALOCADOS CONSOLIDADO

Portugal 110.369.223 58.781.398 8.699.707 13.273.146 191.123.474Líbano 79.853.531 8.175.021 - - 88.028.552Tunísia 57.064.045 7.966.323 - - 65.030.368Angola 28.766.805 - - 129.929 28.896.734Cabo Verde 5.181.323 - 845.361 - 6.026.684Espanha 970.725 - - 904.702 1.875.427Outros 67.328.118 - - 1.923.255 69.251.373 349.533.770 74.922.742 9.545.068 16.231.032 450.232.612

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demonstRações financeiRas consolidadas 75

31 DE DEzEmBRO DE 2011 OutROS Valores em Euros CImENtO BEtõES AGREGADOS NãO ALOCADOS CONSOLIDADO

Portugal 150.015.499 85.262.714 14.822.226 24.100.824 274.201.263Líbano 73.052.386 7.606.846 - - 80.659.232Tunísia 52.380.854 8.529.149 - - 60.910.003Angola 30.472.365 - - 282.560 30.754.925Cabo Verde 5.826.720 - 803.600 - 6.630.320Espanha 1.215.355 - - 1.130.603 2.345.958Irlanda 15.187 - - - 15.187Outros 50.211.372 - - 1.175.208 51.386.580 363.189.738 101.398.709 15.625.826 26.689.195 506.903.468

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76 RelatóRio do conselho de administRação 2012

6. INVEStImENtOS Em SuBSIDIáRIAS

6.1 SuBSIDIáRIAS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:

31/12/12 31/12/11 % DO CAPItAL DEtIDO PELA SECIL % DO CAPItAL DEtIDO PELA SECIL DENOmINAçãO SOCIAL SEDE DIRECtA INDIRECtA tOtAL DIRECtA INDIRECtA tOtAL

Parcim Investments, B.V. Amesterdão 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Secilpar, SL. Madrid 100,00 - 100,00 - 100,00 100,00 Somera Trading Inc. Panamá - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Praia - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Praia 37,50 25,00 62,50 37,50 25.00 62,50 Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Seciment Investments, B.V. Amesterdão 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro - 99,97 99,97 - 99,97 - Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Silonor, S.A. Dunkerque 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Société des Ciments de Gabès Tunis 98,72 - 98,72 98,72 - 98,72 Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis - 98,72 98,72 - 98,72 98,72 Zarzis Béton Tunis - 98,72 98,72 - 98,72 98,72 Secil Angola, SARL Luanda 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Lobito - 51,00 51,00 - 51,00 51,00 Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal 100,00 - 100,00 91,85 8,15 100,00 Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Britobetão - Central de Betão, Lda. Évora - 91,00 91,00 - 91,00 91,00 Eurobetão - Betão Pronto, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 - Sicobetão - Fabricação de Betão, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Britas, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Quimipedra - Secil Britas, Calcários e Derivados, Lda. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Colegra - Exploração de Pedreiras, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Lusoinertes, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 - Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Leiria 51,19 48,81 100,00 51,19 45,81 97,00 IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Santarém - 75,00 75,00 - 97,00 97,00 Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00 0,00 100,00 100,00 0,00 100,00 Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Lisboa - 90,87 90,87 - 90,87 90,87 Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. Porto - 98,00 98,00 - 98,00 - Valcem - Produtos Cimentícios, Lda. Setúbal 50,00 50,00 100,00 50,00 50,00 100,00 Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Ciments de Sibline, S.A.L. Beirute 28,64 22,41 51,05 28,64 22,41 51,05 Soime, S.A.L. Beirute - 51,05 51,05 - 51,05 51,05 Premix Liban, S.A.L Beirute - - - - 51,05 51,05 Cimentos Madeira, Lda. Funchal 57,14 - 57,14 57,14 - 57,14 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14 Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14 Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. Setúbal 100,00 - 100,00 100,00 - - Probicom - Produção de Compostos e Biomassa, S.A. Setúbal - - - 100,00 - - Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - -

(a) sociedades detidas em 51% pela Brimade, s.a. e portanto controladas pelo Grupo

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demonstRações financeiRas consolidadas 77

31/12/12 31/12/11 % DO CAPItAL DEtIDO PELA SECIL % DO CAPItAL DEtIDO PELA SECIL DENOmINAçãO SOCIAL SEDE DIRECtA INDIRECtA tOtAL DIRECtA INDIRECtA tOtAL

Parcim Investments, B.V. Amesterdão 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Secilpar, SL. Madrid 100,00 - 100,00 - 100,00 100,00 Somera Trading Inc. Panamá - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Praia - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Praia 37,50 25,00 62,50 37,50 25.00 62,50 Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Seciment Investments, B.V. Amesterdão 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro - 99,97 99,97 - 99,97 - Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Silonor, S.A. Dunkerque 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Société des Ciments de Gabès Tunis 98,72 - 98,72 98,72 - 98,72 Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis - 98,72 98,72 - 98,72 98,72 Zarzis Béton Tunis - 98,72 98,72 - 98,72 98,72 Secil Angola, SARL Luanda 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Lobito - 51,00 51,00 - 51,00 51,00 Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal 100,00 - 100,00 91,85 8,15 100,00 Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Britobetão - Central de Betão, Lda. Évora - 91,00 91,00 - 91,00 91,00 Eurobetão - Betão Pronto, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 - Sicobetão - Fabricação de Betão, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Britas, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Quimipedra - Secil Britas, Calcários e Derivados, Lda. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Colegra - Exploração de Pedreiras, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Lusoinertes, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 - Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Leiria 51,19 48,81 100,00 51,19 45,81 97,00 IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Santarém - 75,00 75,00 - 97,00 97,00 Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00 0,00 100,00 100,00 0,00 100,00 Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Lisboa - 90,87 90,87 - 90,87 90,87 Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. Porto - 98,00 98,00 - 98,00 - Valcem - Produtos Cimentícios, Lda. Setúbal 50,00 50,00 100,00 50,00 50,00 100,00 Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Ciments de Sibline, S.A.L. Beirute 28,64 22,41 51,05 28,64 22,41 51,05 Soime, S.A.L. Beirute - 51,05 51,05 - 51,05 51,05 Premix Liban, S.A.L Beirute - - - - 51,05 51,05 Cimentos Madeira, Lda. Funchal 57,14 - 57,14 57,14 - 57,14 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14 Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14 Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. Setúbal 100,00 - 100,00 100,00 - - Probicom - Produção de Compostos e Biomassa, S.A. Setúbal - - - 100,00 - - Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - -

(a) sociedades detidas em 51% pela Brimade, s.a. e portanto controladas pelo Grupo

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78 RelatóRio do conselho de administRação 2012

6.2 INtERESSES mINORItáRIOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o detalhe dos interesses minoritários incluí-dos no capital próprio é conforme segue:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o detalhe dos interesses minoritários evi-denciados na demonstração dos resul-tados é conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Britobetão - Central de Betão, Lda. 83.053 140.319Société des Ciments de Gabés e subsidiárias 1.068.243 1.147.774Secil Martingança, S.A. - 264.259IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 414.085 28.521Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. 8.106.185 8.191.492Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias 50.798.376 52.116.266Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias 5.476.149 5.574.964Outros (267.519) 353.346 65.678.572 67.816.941

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Britobetão - Central de Betão, Lda. (3.374) 22.324Société des Ciments de Gabés e subsidiárias (7.735) (5.608)Secil Martingança, S.A. (36.405) (41.544)IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 26.050 24.343Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. 74.763 (593.846)Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias 5.354.943 7.721.717Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias (90.115) (240.496)Outros (620.508) (317.384) 4.697.619 6.569.506

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demonstRações financeiRas consolidadas 79

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 apresentam-se conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Saldo inicial 67.816.941 67.489.518Variação de perímetro: - (320.851) IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Transferência de passivo financeiro relativo a 30% do capital (Nota 9) 766.318 - Aquisição pelo grupo de 5% da participação no capital (228.282) -Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Aquisição pelo grupo dos remanescentes 3% da participação no capital (Nota 9) (258.010) -Premix Liban, S.A.L Liquidação (Nota 9) 9.878 - Restituição de prestações suplementares em subsidiárias (44.892) -Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras (1.654.990) 2.255.492Dividendos (5.414.672) (8.204.048)Desvios e alterações de pressupostos nos estudos actuariais 18.076 36.712Actualização do imposto diferido de terrenos não depreciáveis - 15.784Licenças emissão de gases com efeito de estufa 1.635 (1.564)Subsídios ao investimento (31.049) (23.608)Resultado líquido do período 4.697.619 6.569.506Saldo final 65.678.572 67.816.941

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80 RelatóRio do conselho de administRação 2012

7. INtERESSES Em EmPREENDImENtOS CONJuNtOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Grupo apresenta os seguintes interesses em empreendimentos conjuntos:

8. INVEStImENtOS Em ASSOCIADAS E OutRAS PARtICIPAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Grupo tem os seguintes investimentos em associadas e outras participações financeiras:

31/12/12 31/12/11 % DO CAPItAL DEtIDO PELA SECIL % DO CAPItAL DEtIDO PELA SECIL DENOmINAçãO SOCIAL SEDE DIRECtA INDIRECtA tOtAL DIRECtA INDIRECtA tOtAL

Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. Lisboa 50,00 - 50,00 50,00 - 50,00 Secil Prébetão, S.A. Montijo - 39,80 39,80 - 39,80 39,80

31/12/12 31/12/11 SEDE % INDIRECtA DO CAPItAL DEtIDO % INDIRECtA DO CAPItAL DEtIDO

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial: Viroc Portugal - Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. Setúbal - 32,83Chryso Portugal, S.A. Lisboa - 40,00 Setefrete, SGPS, S.A. Setúbal 25,00 25,00 MC - Matériaux de Construction Gabés 49,36 49,36 J.M. Henriques, Lda. Câmara de Lobos 28,57 28,57 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Lisboa 35,00 35,00 Participações financeiras - outros métodos Supremo Cimentos, S.A Pomerode 13,81 -

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demonstRações financeiRas consolidadas 81

31/12/12 31/12/11 % DO CAPItAL DEtIDO PELA SECIL % DO CAPItAL DEtIDO PELA SECIL DENOmINAçãO SOCIAL SEDE DIRECtA INDIRECtA tOtAL DIRECtA INDIRECtA tOtAL

Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. Lisboa 50,00 - 50,00 50,00 - 50,00 Secil Prébetão, S.A. Montijo - 39,80 39,80 - 39,80 39,80

31/12/12 31/12/11 SEDE % INDIRECtA DO CAPItAL DEtIDO % INDIRECtA DO CAPItAL DEtIDO

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial: Viroc Portugal - Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. Setúbal - 32,83Chryso Portugal, S.A. Lisboa - 40,00 Setefrete, SGPS, S.A. Setúbal 25,00 25,00 MC - Matériaux de Construction Gabés 49,36 49,36 J.M. Henriques, Lda. Câmara de Lobos 28,57 28,57 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Lisboa 35,00 35,00 Participações financeiras - outros métodos Supremo Cimentos, S.A Pomerode 13,81 -

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82 RelatóRio do conselho de administRação 2012

As associadas Viroc Portugal – Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. e Chryso Por-tugal, S.A. foram alienadas no corrente período com efeitos a 31 de Julho e 31 de Outubro, respectivamente (Nota 22).

Em 16 de Maio de 2012, a subsidiária Ciminpart – Investimentos e Participa-ções, SGPS, S.A adquiriu pelo montante de Euros 24.413.353 (Nota 15), 15% do

capital da Supremo Cimentos, S.A. Em 31 de Dezembro de 2012, essa percen-tagem encontrava-se diluída ascendendo a 13,81% do capital da sociedade.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as demonstrações financeiras disponíveis das associadas e outras participações fi-nanceiras apresentam nas suas demons-trações financeiras os valores seguintes:

31 DE DEzEmBRO DE 2011 ACtIVOS PASSIVOS CAPItAL VENDAS E SERVIçOS RESuLtADOValores em Euros tOtAIS tOtAIS PRóPRIO PREStADOS LíquIDO

Chryso - Aditivos de Portugal, S.A. b) 1.978.958 1.922.926 56.032 3.906.580 (23.671)MC- Materiaux de Construction c) 435.434 372.369 63.065 10.048.560 41.376 Inertogrande Central de Betão, Lda. c) 1.921.904 1.980.591 (58.687) - 21.534 Viroc Portugal - Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. b) 8.074.383 21.651.348 (15.640.351) 6.039.593 (1.892.796)J.M.J. - Henriques, Lda. b) 1.071.044 292.306 778.738 - 12.397 Setefrete, SGPS, S.A. a) 5.270.700 13.718 5.326.332 180.648 3.842.040 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. c) 2.064.800 1.397.122 667.678 8.366.965 606.707

a) Valores referentes a 31.12.2010, ajustados do resultado do período de dez meses, findo em 31.10.2011 b) Valores referentes a 30.11.2011 (últimas contas disponíveis) c) Valores referentes a 31.12.2011

31 DE DEzEmBRO DE 2012 ACtIVOS PASSIVOS CAPItAL VENDAS E SERVIçOS RESuLtADOValores em Euros tOtAIS tOtAIS PRóPRIO PREStADOS LíquIDO

Chryso - Aditivos de Portugal, S.A. c) 1.212.556 1.357.654 (145.098) 1.983.158 (201.130)MC- Materiaux de Construction e) 673.045 575.446 97.599 10.434.070 38.593Inertogrande Central de Betão, Lda. e) 1.916.082 1.983.828 (67.746) - (9.060)Viroc Portugal - Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. b) 6.450.884 22.869.191 (16.418.307) 3.211.870 (993.294)J.M.J. - Henriques, Lda. e) 1.072.906 302.742 770.164 - (8.575)Setefrete, SGPS, S.A. a) 6.027.305 2.682.391 3.344.914 99.336 683.582Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. d) 2.723.523 1.991.905 731.618 8.862.010 670.649Supremo Cimentos S.A e) 119.315.029 33.983.327 85.331.702 44.783.267 (1.581.603)

a) Valores referentes a 31.12.2011, ajustados dos dividendos distribuídos no período findo em 31.12.2012 b) Valores referentes a 31.07.2012, data de referência da venda da associada c) Valores referentes a 31.10.2012, data de referência da venda da associadad) Valores referentes a 30.11.2012 (últimas contas disponíveis) e) Valores referentes a 31.12.2012

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demonstRações financeiRas consolidadas 83

31 DE DEzEmBRO DE 2011 ACtIVOS PASSIVOS CAPItAL VENDAS E SERVIçOS RESuLtADOValores em Euros tOtAIS tOtAIS PRóPRIO PREStADOS LíquIDO

Chryso - Aditivos de Portugal, S.A. b) 1.978.958 1.922.926 56.032 3.906.580 (23.671)MC- Materiaux de Construction c) 435.434 372.369 63.065 10.048.560 41.376 Inertogrande Central de Betão, Lda. c) 1.921.904 1.980.591 (58.687) - 21.534 Viroc Portugal - Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. b) 8.074.383 21.651.348 (15.640.351) 6.039.593 (1.892.796)J.M.J. - Henriques, Lda. b) 1.071.044 292.306 778.738 - 12.397 Setefrete, SGPS, S.A. a) 5.270.700 13.718 5.326.332 180.648 3.842.040 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. c) 2.064.800 1.397.122 667.678 8.366.965 606.707

a) Valores referentes a 31.12.2010, ajustados do resultado do período de dez meses, findo em 31.10.2011 b) Valores referentes a 30.11.2011 (últimas contas disponíveis) c) Valores referentes a 31.12.2011

31 DE DEzEmBRO DE 2012 ACtIVOS PASSIVOS CAPItAL VENDAS E SERVIçOS RESuLtADOValores em Euros tOtAIS tOtAIS PRóPRIO PREStADOS LíquIDO

Chryso - Aditivos de Portugal, S.A. c) 1.212.556 1.357.654 (145.098) 1.983.158 (201.130)MC- Materiaux de Construction e) 673.045 575.446 97.599 10.434.070 38.593Inertogrande Central de Betão, Lda. e) 1.916.082 1.983.828 (67.746) - (9.060)Viroc Portugal - Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. b) 6.450.884 22.869.191 (16.418.307) 3.211.870 (993.294)J.M.J. - Henriques, Lda. e) 1.072.906 302.742 770.164 - (8.575)Setefrete, SGPS, S.A. a) 6.027.305 2.682.391 3.344.914 99.336 683.582Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. d) 2.723.523 1.991.905 731.618 8.862.010 670.649Supremo Cimentos S.A e) 119.315.029 33.983.327 85.331.702 44.783.267 (1.581.603)

a) Valores referentes a 31.12.2011, ajustados dos dividendos distribuídos no período findo em 31.12.2012 b) Valores referentes a 31.07.2012, data de referência da venda da associada c) Valores referentes a 31.10.2012, data de referência da venda da associadad) Valores referentes a 30.11.2012 (últimas contas disponíveis) e) Valores referentes a 31.12.2012

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84 RelatóRio do conselho de administRação 2012

9. ALtERAçõES NO PERímEtRO DE CONSOLIDAçãO

No decurso do período findo em 31 de Dezembro de 2012, o impacto nas de-monstrações financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação são como se segue:

ENtRADAS NO PERímEtRO

> Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. – com sede em Leiria, aquisição da re-manescente participação de 3% do seu capital social em 18 Outubro 2012.

> IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. – com sede em Leiria, aquisição de 5% do capital social através do exercí-cio de opção de compra contratada em períodos anteriores. Em resultado de ter prescrito o prazo contratual para o exercício da opção de compra do capital remanescente, foi desreconhecido o pas-sivo financeiro associado no montante de Euros 766.318 por contrapartida de minoritários.

SAíDAS DO PERímEtRO

> Premix Liban, S.A.L, liquidada no perí-odo findo em 31 de Dezembro de 2012.

> Probicom – Produção de Compostos e Biomassa, S.A., liquidada em 29 de Fe-vereiro de 2012.

SuBSIDIáRIAS SuBSIDIáRIAS ImPACtO Valores em Euros ADquIRIDAS ALIENADAS LíquIDO Activos correntes Caixa e depósitos bancários - (3.686) (3.686)Interesses minoritários (Nota 6.2) (280.026) (9.878) (289.904)Passivos não correntes Outras contas a pagar (Nota 6.2) 766.318 - 766.318Passivos correntes Estado e outros entes públicos - 1.946 1.946 Outras contas a pagar - 21.920 21.920Activos e passivos identificáveis à data da aquisição/alienação 486.292 10.302 496.594Goodwill (Nota 10) 312.308 - 312.308Custo / (proveito) reconhecido em resultados 2.010 (10.302) (8.292)Custos da concentração/ Preço Venda 800.610 - 800.610Caixa e equivalentes de caixa - 3.686 3.686Património líquido adquirido / integrado 800.610 3.686 804.296

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demonstRações financeiRas consolidadas 85

10. GOODwILL

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os movi-mentos ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue:

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das CGU’s é deter-minado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a

actual estrutura produtiva, sendo utilizado o plano estimado de médio prazo a 5 anos do Grupo.

Em resultado dos cálculos efectuados, fo-ram imputadas, no período findo em 31 de Dezembro de 2012, perdas por impa-

ridade ao Goodwill no montante de Euros 6.702.954 relativas às unidades geradores de fluxos de caixa em Portugal para os segmentos de negócio dos agregados (Euros 2.698.065) e das argamassas (Eu-ros 4.004.889).

O Goodwill é atribuído às unidades ge-radoras de fluxos de caixa (CGU’s) do Grupo, identificadas de acordo com o

país da operação e o segmento de ne-gócio, conforme se segue:

Valores em Euros PORtuGAL ANGOLA LíBANO tuNíSIA OutROS tOtAL Cimento 50.647.610 1.802.301 11.942.771 30.190.720 - 94.583.402Betões 33.232.705 - - 1.794.625 - 35.027.330Outros 2.480.536 - - - 120.426 2.600.962 86.360.851 1.802.301 11.942.771 31.985.345 120.426 132.211.694

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Valor bruto no início do período 226.115.417 202.558.696Perdas por imparidade acumuladas (79.999.736) (80.119.404)Valor líquido no início do período 146.115.681 122.439.292 Perdas por imparidade (Nota 16) (6.702.954) (249.145)Aquisições: Britobetão, Lda. - 38.014 Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. - 25.038.598 IRP- Industria de Reboco de Portugal, S.A. (Nota 9) 69.888 - Secil Martingança, S.A. (Nota 9) 242.420 -Variação cambial: Société des Ciments de Gabès (Nota 21.5.1) (1.666.969) (264.970) Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud (Nota 21.5.1) (99.090) (15.751) Ciments de Sibline, S.A.L. (Nota 21.5.1) (232.264) 380.440 Secil Angola, SARL (Nota 21.5.1) (35.520) 58.180Transferência para “Participações financeiras - MEP” (Nota 15) - (1.308.977)Transferência de “Outras provisões” (Nota 22) (4.146.673) -Transferência para “Activos não correntes detidos para venda” (Nota 20) (1.332.825) -Saldo final 132.211.694 146.115.681

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86 RelatóRio do conselho de administRação 2012

11. ACtIVOS FIxOS tANGíVEIS

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os movimentos ocorri-

dos na rubrica “Activos fixos tangíveis”, bem como nas respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, são conforme se segue:

As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue:

tERRENOS EDIFíCIOS ACtIVOS FIxOS E RECuRSOS RECuPERAçãO E OutRAS tANGíVEIS Valores em Euros NAtuRAIS PAISAGíStICA CONStRuçõES EquIPAmENtOS Em CuRSO ADIANtAmENtOS tOtAL Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2011 159.663.515 5.093.941 362.191.742 1.227.370.266 26.460.160 3.433.220 1.784.212.844 Variação de perímetro 17.154.089 - 5.693.576 13.554.777 279.018 - 36.681.460 Aquisições 427.247 - 731.888 8.109.022 52.402.543 539.640 62.210.340 Alienações (125.456) - (42.871) (3.599.159) - - (3.767.486) Regularizações, transferências e abates 941.142 - 10.175.349 21.497.336 (33.305.897) (751.013) (1.443.083) Ajustamento cambial 172.420 - 1.219.096 3.417.347 362.051 117.820 5.288.734 Activos não correntes detidos para venda (3.730.955) - (2.483.607) (1.704.883) (302.957) (8.222.402) Saldo em 31 de Dezembro de 2011 174.502.002 5.093.941 377.485.173 1.268.644.706 45.894.918 3.339.667 1.874.960.407 Aquisições 167.000 - 2.309.746 4.167.658 23.320.371 1.462.829 31.427.604 Alienações (35.308) - (77.509) (6.229.885) (60.126) - (6.402.828) Regularizações, transferências e abates 676.228 - 9.623.434 32.685.855 (42.630.647) (3.314.161) (2.959.291) Ajustamento cambial (3.429.111) - (2.391.074) (9.927.395) (1.316.012) 3.540 (17.060.052) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 171.880.811 5.093.941 386.949.770 1.289.340.939 25.208.504 1.491.875 1.879.965.840 - Deprec. acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2011 (31.854.073) (1.397.072) (278.219.070) (1.061.353.949) - - (1.372.824.164) Variação de perímetro (1.923.571) - (1.764.786) (9.128.733) - - (12.817.090) Depreciações (Nota 34) (2.952.698) (149.572) (11.232.733) (40.204.843) - - (54.539.846) Alienações 36.002 - 15.092 3.569.145 - - 3.620.239 Regularizações, transferências e abates - - 8.140 681.226 - - 689.366 Ajustamento cambial 30.940 - (652.330) (2.087.190) - - (2.708.580) Activos não correntes detidos para venda - - 319.097 425.380 - - 744.477 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 (36.663.400) (1.546.644) (291.526.590) (1.108.098.964) - - (1.437.835.598) Depreciações (Nota 34) (2.353.835) (115.431) (10.835.521) (39.291.220) - - (52.596.007) Perdas por imparidade (Nota 34) (3.405.058) - (3.312.907) (3.212.703) - - (9.930.668) Alienações 6.732 - 80.785 6.169.832 - - 6.257.349 Regularizações, transferências e abates (4.982) - (5.130.036) 7.912.927 - - 2.777.909 Ajustamento cambial 783.967 - 1.215.033 6.471.569 - - 8.470.569 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 (41.636.576) (1.662.075) (309.509.236) (1.130.048.559) (1.482.856.446) 149.572 46.745.015 Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2011 137.838.602 3.547.297 85.958.583 160.545.742 45.894.918 3.339.667 437.124.809 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012 130.244.235 3.431.866 77.440.534 159.292.380 25.208.504 1.491.875 397.109.394

ALtERAçõES NO PERímEtRO DE CONSOLIDAçãO PERDAS PERDAS DO PERDAS ACumuLADAS ExERCíCIO ACumuLADASValores em Euros 01/01/12 (NOtA 34) 31/12/12 Terrenos e recursos naturais (1.369.751) (3.405.058) (4.774.809)Edifícios e outras construções (968.670) (3.312.907) (4.281.577)Equipamentos (948.204) (3.212.703) (4.160.907) (3.286.625) (9.930.668) (13.217.293)

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demonstRações financeiRas consolidadas 87

As empresas do Grupo, sedeadas em Portugal, procederam em anos anterio-res à reavaliação dos seus activos fixos tangíveis ao abrigo da legislação aplicá-vel, nomeadamente Portaria nº 258 de 28 de Dezembro de 1963, Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319-G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98.

tERRENOS EDIFíCIOS ACtIVOS FIxOS E RECuRSOS RECuPERAçãO E OutRAS tANGíVEIS Valores em Euros NAtuRAIS PAISAGíStICA CONStRuçõES EquIPAmENtOS Em CuRSO ADIANtAmENtOS tOtAL Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2011 159.663.515 5.093.941 362.191.742 1.227.370.266 26.460.160 3.433.220 1.784.212.844 Variação de perímetro 17.154.089 - 5.693.576 13.554.777 279.018 - 36.681.460 Aquisições 427.247 - 731.888 8.109.022 52.402.543 539.640 62.210.340 Alienações (125.456) - (42.871) (3.599.159) - - (3.767.486) Regularizações, transferências e abates 941.142 - 10.175.349 21.497.336 (33.305.897) (751.013) (1.443.083) Ajustamento cambial 172.420 - 1.219.096 3.417.347 362.051 117.820 5.288.734 Activos não correntes detidos para venda (3.730.955) - (2.483.607) (1.704.883) (302.957) (8.222.402) Saldo em 31 de Dezembro de 2011 174.502.002 5.093.941 377.485.173 1.268.644.706 45.894.918 3.339.667 1.874.960.407 Aquisições 167.000 - 2.309.746 4.167.658 23.320.371 1.462.829 31.427.604 Alienações (35.308) - (77.509) (6.229.885) (60.126) - (6.402.828) Regularizações, transferências e abates 676.228 - 9.623.434 32.685.855 (42.630.647) (3.314.161) (2.959.291) Ajustamento cambial (3.429.111) - (2.391.074) (9.927.395) (1.316.012) 3.540 (17.060.052) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 171.880.811 5.093.941 386.949.770 1.289.340.939 25.208.504 1.491.875 1.879.965.840 - Deprec. acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2011 (31.854.073) (1.397.072) (278.219.070) (1.061.353.949) - - (1.372.824.164) Variação de perímetro (1.923.571) - (1.764.786) (9.128.733) - - (12.817.090) Depreciações (Nota 34) (2.952.698) (149.572) (11.232.733) (40.204.843) - - (54.539.846) Alienações 36.002 - 15.092 3.569.145 - - 3.620.239 Regularizações, transferências e abates - - 8.140 681.226 - - 689.366 Ajustamento cambial 30.940 - (652.330) (2.087.190) - - (2.708.580) Activos não correntes detidos para venda - - 319.097 425.380 - - 744.477 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 (36.663.400) (1.546.644) (291.526.590) (1.108.098.964) - - (1.437.835.598) Depreciações (Nota 34) (2.353.835) (115.431) (10.835.521) (39.291.220) - - (52.596.007) Perdas por imparidade (Nota 34) (3.405.058) - (3.312.907) (3.212.703) - - (9.930.668) Alienações 6.732 - 80.785 6.169.832 - - 6.257.349 Regularizações, transferências e abates (4.982) - (5.130.036) 7.912.927 - - 2.777.909 Ajustamento cambial 783.967 - 1.215.033 6.471.569 - - 8.470.569 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 (41.636.576) (1.662.075) (309.509.236) (1.130.048.559) (1.482.856.446) 149.572 46.745.015 Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2011 137.838.602 3.547.297 85.958.583 160.545.742 45.894.918 3.339.667 437.124.809 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012 130.244.235 3.431.866 77.440.534 159.292.380 25.208.504 1.491.875 397.109.394

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88 RelatóRio do conselho de administRação 2012

12. LOCAçõES

12.1 LOCAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiri-dos em locação financeira:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a dívida do Grupo referente a locações financeiras bem como o seu plano de reembolso, detalha-se como se segue:

31/12/12 31/12/11 VALOR AmORtIzAçãO VALOR LíquIDO VALOR AmORtIzAçãO VALOR LíquIDOValores em Euros AquISIçãO ACumuLADA CONtABILíStICO AquISIçãO ACumuLADA CONtABILíStICO

Equipamento básico 4.379.114 (1.143.368) 3.235.746 4.845.271 (867.409) 3.977.862 4.379.114 (1.143.368) 3.235.746 4.845.271 (867.409) 3.977.862

O detalhe dos custos históricos de aqui-sição de activos fixos tangíveis e corres-pondente reavaliação, líquidos de amorti-zações acumuladas, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é o seguinte:

LOCAçãO FINANCEIRA - RENDAS A PAGAR

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Não correntes (Nota 24.3) 3.099.370 3.665.948Correntes (Nota 24.3) 551.933 535.701 3.651.303 4.201.649

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11RuBRICAS CuStO hIStóRICO ExCEDENtE DE REVALORIzAçãO VALOR REVALORIzADO CuStO hIStóRICO ExCEDENtE DE REVALORIzAçãO VALOR REVALORIzADO

Terrenos e recursos naturais 120.156.100 10.088.135 130.244.235 127.544.817 10.293.785 137.838.602Edifícios e outras construções 70.902.086 6.538.448 77.440.534 76.682.478 9.276.105 85.958.583Equipamentos 159.114.778 177.602 159.292.380 160.349.003 196.739 160.545.742 350.172.964 16.804.185 366.977.149 364.576.298 19.766.629 384.342.927

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demonstRações financeiRas consolidadas 89

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foram re-conhecidos nas rubricas “(Gastos)/ re-versões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes:

LOCAçãO FINANCEIRA-PLANO DE REEmBOLSO

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

A menos de 1 ano 729.829 760.9721 a 2 anos 800.839 737.9632 a 3 anos 676.634 814.6553 a 4 anos 673.603 687.2194 a 5 anos 669.852 687.219Mais de 5 anos 694.341 1.397.682 4.245.098 5.085.710Juros futuros - a deduzir (593.795) (884.061)Valor actual das responsabilidades por locação financeira (Nota 24.3) 3.651.303 4.201.649

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Amortizações do período 275.959 585.905Gasto financeiro 190.202 9.472 466.161 595.377

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11RuBRICAS CuStO hIStóRICO ExCEDENtE DE REVALORIzAçãO VALOR REVALORIzADO CuStO hIStóRICO ExCEDENtE DE REVALORIzAçãO VALOR REVALORIzADO

Terrenos e recursos naturais 120.156.100 10.088.135 130.244.235 127.544.817 10.293.785 137.838.602Edifícios e outras construções 70.902.086 6.538.448 77.440.534 76.682.478 9.276.105 85.958.583Equipamentos 159.114.778 177.602 159.292.380 160.349.003 196.739 160.545.742 350.172.964 16.804.185 366.977.149 364.576.298 19.766.629 384.342.927

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90 RelatóRio do conselho de administRação 2012

12.2 LOCAçõES OPERACIONAIS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Grupo é locatário em contratos de loca-ção operacional relacionados com o alu-guer de viaturas, os quais se encontram denominados em Euro.

Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue:

Os gastos relacionados com locações operacionais reconhecidos nos perío-dos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 ascenderam a Euros 591.888 e 637.007, respectivamente.

13. PROPRIEDADES DE INVEStImENtO

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, na rubrica “Propriedades de inves-timento”, são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 A menos de 1 ano 247.098 546.7271 a 5 anos 192.412 436.169 439.510 982.896

31/12/12 31/12/11Valores em Euros ARRENDADAS PARA VENDA tOtAL ARRENDADAS PARA VENDA tOtAL Saldo inicial - quantia bruta 957.222 1.103.319 2.060.541 957.222 1.103.319 2.060.541Adições - 158.541 158.541 - - -Saldo final quantia bruta 957.222 1.261.860 2.219.082 957.222 1.103.319 2.060.541 Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades 673.311 60.219 733.530 657.307 57.701 715.008Transferências - (284) (284) 7 (5) 2Amortizações e perdas por imparidade (Nota 34) 15.997 2.794 18.791 15.997 2.523 18.520Saldo final - amortizações e perdas por imparidade 689.308 62.729 752.037 673.311 60.219 733.530 Valor líquido 267.914 1.199.131 1.467.045 283.911 1.043.100 1.327.011

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demonstRações financeiRas consolidadas 91

As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha recta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

31/12/12 31/12/11Valores em Euros ARRENDADAS PARA VENDA tOtAL ARRENDADAS PARA VENDA tOtAL Saldo inicial - quantia bruta 957.222 1.103.319 2.060.541 957.222 1.103.319 2.060.541Adições - 158.541 158.541 - - -Saldo final quantia bruta 957.222 1.261.860 2.219.082 957.222 1.103.319 2.060.541 Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades 673.311 60.219 733.530 657.307 57.701 715.008Transferências - (284) (284) 7 (5) 2Amortizações e perdas por imparidade (Nota 34) 15.997 2.794 18.791 15.997 2.523 18.520Saldo final - amortizações e perdas por imparidade 689.308 62.729 752.037 673.311 60.219 733.530 Valor líquido 267.914 1.199.131 1.467.045 283.911 1.043.100 1.327.011

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92 RelatóRio do conselho de administRação 2012

14. ACtIVOS INtANGíVEIS

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os movimentos ocorri-

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foram re-conhecidos em resultados os seguintes 31/12/12 31/12/11Valores em Euros ARRENDADAS PARA VENDA tOtAL ARRENDADAS PARA VENDA tOtAL Rendimentos de rendas 36.859 - 36.859 35.391 - 35.391Amortizações e perdas por imparidade (15.997) (2.794) (18.791) (15.997) (2.523) (18.520) 20.862 (2.794) 18.068 19.394 (2.523) 16.871

rendimentos e gastos relacionados com propriedades de investimento:

ACtIVOS ACtIVOS PROPRIEDADE LICENçAS OutROS ACtIVOS INtANGíVEIS INDuStRIAL EmISSãO CO2 INtANGíVEIS Em CuRSO tOtAL Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2011 - 35.388.014 - - 35.388.014 Variação perímetro 133.329 - 139.454 7.875 280.658 Aquisições - - - 18.078 18.078 Licenças atribuídas - 39.973.311 - - 39.973.311 Licenças alienadas no período - (13.590.247) - - (13.590.247) Transferências e abates - - (58.205) - (58.205) Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (29.278.382) - - (29.278.382) Saldo em 31 de Dezembro de 2011 133.329 32.492.696 81.249 25.953 32.733.227 Aquisições - 33.425 - 23.518 56.943 Licenças atribuídas - 24.936.244 - - 24.936.244 Licenças alienadas no período - (7.913.799) - - (7.913.799) Transferências e abates 38.837 - - (38.837) - Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (31.230.992) - - (31.230.992) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 172.166 18.317.574 81.249 10.634 18.581.623 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2011 - (29.543.059) - - (29.543.059) Variação perímetro (59.183) - (64.675) - (123.858) Amortizações do exercício (Nota 34) (15.404) - (11.875) - (27.279) Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 34) - (30.550.884) - - (30.550.884) Perdas por imparidade no período (Nota 34) - (826.654) - - (826.654) Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 29.278.382 - - 29.278.382 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 (74.587) (31.642.215) (76.550) - (31.793.352) Amortizações do exercício (Nota 34) (31.887) - (1.974) - (33.861) Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 34) - (16.576.515) - - (16.576.515) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34) - 234.906 - - 234.906 Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 31.230.992 - - 31.230.992 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 (106.474) (16.752.832) (78.524) - (16.937.830) Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2011 58.742 850.481 4.699 25.953 939.875 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012 65.692 1.564.742 2.725 10.634 1.643.793

dos na rubrica “Activos intangíveis”, bem como nas respectivas amortizações, são conforme se segue:

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demonstRações financeiRas consolidadas 93

31/12/12 31/12/11Valores em Euros ARRENDADAS PARA VENDA tOtAL ARRENDADAS PARA VENDA tOtAL Rendimentos de rendas 36.859 - 36.859 35.391 - 35.391Amortizações e perdas por imparidade (15.997) (2.794) (18.791) (15.997) (2.523) (18.520) 20.862 (2.794) 18.068 19.394 (2.523) 16.871

ACtIVOS ACtIVOS PROPRIEDADE LICENçAS OutROS ACtIVOS INtANGíVEIS INDuStRIAL EmISSãO CO2 INtANGíVEIS Em CuRSO tOtAL Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2011 - 35.388.014 - - 35.388.014 Variação perímetro 133.329 - 139.454 7.875 280.658 Aquisições - - - 18.078 18.078 Licenças atribuídas - 39.973.311 - - 39.973.311 Licenças alienadas no período - (13.590.247) - - (13.590.247) Transferências e abates - - (58.205) - (58.205) Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (29.278.382) - - (29.278.382) Saldo em 31 de Dezembro de 2011 133.329 32.492.696 81.249 25.953 32.733.227 Aquisições - 33.425 - 23.518 56.943 Licenças atribuídas - 24.936.244 - - 24.936.244 Licenças alienadas no período - (7.913.799) - - (7.913.799) Transferências e abates 38.837 - - (38.837) - Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (31.230.992) - - (31.230.992) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 172.166 18.317.574 81.249 10.634 18.581.623 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2011 - (29.543.059) - - (29.543.059) Variação perímetro (59.183) - (64.675) - (123.858) Amortizações do exercício (Nota 34) (15.404) - (11.875) - (27.279) Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 34) - (30.550.884) - - (30.550.884) Perdas por imparidade no período (Nota 34) - (826.654) - - (826.654) Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 29.278.382 - - 29.278.382 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 (74.587) (31.642.215) (76.550) - (31.793.352) Amortizações do exercício (Nota 34) (31.887) - (1.974) - (33.861) Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 34) - (16.576.515) - - (16.576.515) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34) - 234.906 - - 234.906 Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 31.230.992 - - 31.230.992 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 (106.474) (16.752.832) (78.524) - (16.937.830) Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2011 58.742 850.481 4.699 25.953 939.875 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012 65.692 1.564.742 2.725 10.634 1.643.793

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94 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 os montantes de Euros 1.564.742 e 850.481 registados na rubrica “Licenças de emis-são CO2” referem-se ao valor das licen-ças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito e depo-sitadas a favor das empresas do Grupo

no Registo Português de Licenças de Emissão relativos ao ano de 2012 e 2011 respectivamente, acrescido das licenças adquiridas e deduzido das licenças alie-nadas, das perdas por imparidade identifi-cadas e das licenças entregues/entregar à Entidade Coordenadora do Licenciamento.

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue:

31/12/12 31/12/11 tONELADAS EuROS tONELADAS EuROS Activos Saldo inicial 2.230.361 32.492.696 2.799.826 35.388.014 Licenças atribuídas (Nota 21.5.3) 2.689.994 24.936.244 2.689.994 39.973.311 Licenças adquiridas 133.700 33.425 Licenças alienadas (Nota 21.5.3) (853.700) (7.913.799) (937.800) (13.590.247) Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento (2.102.525) (31.230.992) (2.321.659) (29.278.382) Saldo final 2.097.830 18.317.574 2.230.361 32.492.696 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial (1.615.468) (31.642.215) (2.309.856) (29.543.059) Amortizações do período relativas a: Emissões de gases com efeito de estufa no período (2.213.035) (16.576.515) (1.627.271) (30.550.884) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34) - 234.906 - (826.654) Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento 2.102.525 31.230.992 2.321.659 29.278.382 Saldo final (1.725.978) (16.752.832) (1.615.468) (31.642.215)Valor líquido 371.852 1.564.742 614.893 850.481

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O Grupo alienou, no período findo em 31 de Dezembro de 2012, 853.700 to-neladas de licenças de emissão, tendo registado ganhos no montante de Euros 7.561.300 (Nota 32).

31/12/12 31/12/11 tONELADAS EuROS tONELADAS EuROS Activos Saldo inicial 2.230.361 32.492.696 2.799.826 35.388.014 Licenças atribuídas (Nota 21.5.3) 2.689.994 24.936.244 2.689.994 39.973.311 Licenças adquiridas 133.700 33.425 Licenças alienadas (Nota 21.5.3) (853.700) (7.913.799) (937.800) (13.590.247) Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento (2.102.525) (31.230.992) (2.321.659) (29.278.382) Saldo final 2.097.830 18.317.574 2.230.361 32.492.696 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial (1.615.468) (31.642.215) (2.309.856) (29.543.059) Amortizações do período relativas a: Emissões de gases com efeito de estufa no período (2.213.035) (16.576.515) (1.627.271) (30.550.884) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 34) - 234.906 - (826.654) Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento 2.102.525 31.230.992 2.321.659 29.278.382 Saldo final (1.725.978) (16.752.832) (1.615.468) (31.642.215)Valor líquido 371.852 1.564.742 614.893 850.481

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96 RelatóRio do conselho de administRação 2012

15. PARtICIPAçõES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Participações financeiras”, in-cluindo o goodwill, apresenta a seguinte composição:

O total das participações financeiras inclui o montante de Euros 2.227.750 correspon-dente ao goodwill apurado em 2003 na aqui-sição da participação na Setefrete, SGPS, S.A. e o montante de Euros 1.308.977 cor-respondente ao goodwill apurado em 2009

no reforço de participação na Ave – Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A..

Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, são como se segue:

31/12/12 31/12/11 OutRAS PARtICIPAçõES Valores em Euros ASSOCIADAS FINANCEIRAS tOtAL ASSOCIADAS

Saldo inicial 5.516.355 - 5.516.355 2.986.942Variação de perímetro - - - 221.112Justo valor em associadas (Nota 21.5) - - - 29.434Aquisições (Nota 8) - 24.413.353 24.413.353 -Resultado líquido apropriado (Nota 29) 401.339 - 401.339 969.814Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A. (666.250) - (666.250) -Dividendos atribuídos pela Ave, S.A. (212.350) - (212.350) -Transferência do goodwill da associada Ave.,S.A. (Nota 10) - - - 1.308.977Transferência para provisões- capitais próprios negativos (Nota 22) (22.413) - (22.413) -Ajustamento cambial (139) - (139) (24)Reversão de perdas por imparidade (Nota 29) - - - 100Saldo final 5.016.542 24.413.353 29.429.895 5.516.355

% DEtIDA 31/12/12 31/12/11 Associadas Chryso - Aditivos de Portugal, S.A. - - 22.413 Setefrete, SGPS, S.A. 25,00% 3.063.979 3.559.333 MC - Materiaux de Construction 49,36% 2.442 2.578 J.M.J. - Henriques, Lda. 28,57% 385.082 389.369 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 35,00% 1.565.039 1.542.662 5.016.542 5.516.355Outras participações financeiras Supremo Cimentos S.A 13,81% 24.413.353 - 29.429.895 5.516.355

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demonstRações financeiRas consolidadas 97

16. ImPOStO SOBRE O RENDImENtO

16.1 ImPOStO CORRENtE

O Grupo Secil encontra-se sujeito ao re-gime especial de tributação de grupos de sociedades, constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 90% e que cumprem as condições pre-vistas no artigo 69º e seguintes do Códi-go do IRC.

As empresas que se englobam no pe-rímetro do grupo de sociedades sujei-tas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como

O montante de Euros 6.596.004 regista-do em imposto corrente inclui (i) o mon-tante de Euros 147.594 referente a insu-ficiência de estimativa para impostos do período anterior, (ii) o montante de Euros 371.051 relativo a gastos com imposto sobre o rendimento de períodos anterio-res e (iii) o montante de Euros 6.077.359 (Nota 26) referente a estimativa para im-posto sobre o rendimento do período.

As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte das au-toridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estes po-dem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades fiscais por um perío-do superior.

se fossem tributadas numa óptica indi-vidual. Caso sejam apurados ganhos na aplicação deste regime, estes são regis-tados por dedução ao imposto sobre o rendimento da empresa mãe.

De acordo com a legislação em vigor, os ganhos e perdas em subsidiárias e associadas, resultantes da aplicação do método da equivalência patrimonial, são deduzidos ou acrescidas, respecti-vamente, ao resultado do período, para apuramento da matéria colectável.

Os dividendos são considerados no apuramento da matéria colectável do

ano em que são recebidos, se as parti-cipações forem detidas por um período inferior a um ano ou representem uma percentagem inferior a 10% do capital social da participada.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresenta o seguinte detalhe:

ImPOStO SOBRE O RENDImENtO

Noutros países em que o Grupo desen-volve a sua actividade os prazos são di-ferentes, em regra superiores.O Conselho de Administração enten-de que eventuais correcções àquelas declarações em resultado de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais não terão efeitos materiais nas demonstrações financeiras consolida-das em 31 de Dezembro de 2012.

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Imposto corrente 6.596.004 12.409.300Liquidações adicionais de IRC (3.356.170) 1.147.864Imposto diferido (Notas 16.2 e 20) 656.832 (3.330.633) 3.896.666 10.226.531

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98 RelatóRio do conselho de administRação 2012

A reconciliação da taxa efectiva de im-posto nos períodos findos em 31 de De-zembro de 2012 e 2011 é evidenciada como segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Resultado antes de impostos (29.864.858) 39.730.747Imposto esperado (9.407.430) 11.521.917Diferenças permanentes (a) 11.253.768 (883.927)Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores (274.829) (673)Prejuízos fiscais não recuperáveis 4.302.658 1.375.931Prejuízos Fiscais de períodos anteriores considerados não recuperáveis 1.107.477 -Diferenças de taxas de imposto (b) (866.259) (2.290.212)Liquidações adicionais de IRC (3.356.170) 1.147.864Retenção na fonte a título definitivo 264.480 -Imposto relativo a períodos anteriores 232.224 (669.243)Ajustamentos à colecta (c) 640.747 24.874 3.896.666 10.226.531 Taxa efectiva de imposto 0,0% 25,7%

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demonstRações financeiRas consolidadas 99

(a) Este valor respeita essencialmente a:

(b) A redução de imposto verificada no período na rubrica “Alteração de taxa de imposto” inclui o efeito líquido de dife-rentes taxas de imposto, nomeadamen-te a taxa de imposto do Líbano de 15%.

(c) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à colecta” respeita es-sencialmente à tributação autónoma no montante de Euros 643.283.

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Perdas por imparidade do goodwill (Nota 10) 6.702.954 249.145Perdas em activos não correntes detidos para venda (Nota 20) 10.068.133 -Efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial (Nota 29) 5.184 (348.466)Mais / (Menos) valias fiscais 6.432.862 (5.367.877)(Mais) / Menos valias contabilísticas (914.577) (8.317.329)Benefícios fiscais (*) (1.554.007) (1.995.034)Dividendos de empresas sediadas fora da U.E. 3.922.153 8.409.927Aumento / (Redução) de imparidades e provisões tributadas 9.209.445 3.666.093Outros 1.854.102 655.518 35.726.249 (3.048.023)Impacto fiscal (31,50%) 11.253.768 (883.927)

(*) - o montante mostrado na rubrica “Benefícios fiscais” refere-se, essencialmente, a benefícios fiscais à exportação e investimento concedidos na tunísia.

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100 RelatóRio do conselho de administRação 2012

16.2 ImPOStO DIFERIDO

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os movi-mentos ocorridos nos activos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes:

31 DE DEzEmBRO DE 2012 RESuLtADOS DO AJuStAmENtO PERíODO Valores em Euros SALDO INICIAL CAmBIAL (NOtA 16.1) CAPItAL PRóPRIO tRANSFERêNCIAS SALDO FINAL Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 20.098.772 (273.904) (2.122.876) - - 17.701.992 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2.560.245 - (308.752) - - 2.251.493 Prejuízos fiscais reportáveis 1.626.725 - 3.715.160 - - 5.341.885 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 23) 433.921 (12.069) 29.837 (20.974) - 430.715 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 23) 71.736 - (17.883) - - 53.853 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 23) 916.628 - (365.421) - - 551.207 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 23) 77.594 (4.489) (49.549) 53.604 19.488 96.648 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 23) 7.871.240 - (663.490) (375.055) (92.977) 6.739.718 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 23) 12.118.893 - (10.304.759) (830.198) - 983.936 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas - - - - - em transacções intra-grupo 1.798.804 - (339.335) - - 1.459.469 Justo valor apurado em combinações empresariais 1.567.224 (26.171) (155.666) - - 1.385.387 Imparidades em activos fixos - - 4.166.238 - 3.286.625 7.452.863 Outras diferenças temporárias 8.271.587 - (13.622) 1.403.850 (3.286.625) 6.375.190 57.413.369 (316.633) (6.430.118) 231.227 (73.489) 50.824.356Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangíveis (6.080.661) - 1.273.379 - - (4.807.282) Justo valor apurado em combinações empresariais (124.073.863) 4.271.268 4.273.207 - - (115.529.388) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10.605.926) 204.980 - - - (10.400.946) Diferimento da tributação de mais-valias (985.542) - 81.062 - - (904.480) Acréscimos de amortizações (3.858.617) 207.685 (293.618) - - (3.944.550) Instrumentos financeiros (Nota 39) (1.574.504) - - 1.574.504 - - Excesso do fundo de pensões (Nota 23) (2.066.878) - 632.179 (3.669.008) 73.489 (5.030.218) Subsídios ao investimento (2.353.688) 39.187 - 925.272 - (1.389.229) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 21.5.3) (850.481) - - (680.836) - (1.531.317) Outras diferenças temporárias (493.563) (1) 164.744 - - (328.820) (152.943.723) 4.723.119 6.130.953 (1.850.068) 73.489 (143.866.230)Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 16.106.288 (82.115) (2.523.870) 14.135 (18.372) 13.496.066 Passivos por impostos diferidos (41.244.240) 1.324.384 2.066.176 (507.930) 18.372 (38.343.238)

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demonstRações financeiRas consolidadas 101

31 DE DEzEmBRO DE 2012 RESuLtADOS DO AJuStAmENtO PERíODO Valores em Euros SALDO INICIAL CAmBIAL (NOtA 16.1) CAPItAL PRóPRIO tRANSFERêNCIAS SALDO FINAL Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 20.098.772 (273.904) (2.122.876) - - 17.701.992 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2.560.245 - (308.752) - - 2.251.493 Prejuízos fiscais reportáveis 1.626.725 - 3.715.160 - - 5.341.885 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 23) 433.921 (12.069) 29.837 (20.974) - 430.715 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 23) 71.736 - (17.883) - - 53.853 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 23) 916.628 - (365.421) - - 551.207 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 23) 77.594 (4.489) (49.549) 53.604 19.488 96.648 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 23) 7.871.240 - (663.490) (375.055) (92.977) 6.739.718 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 23) 12.118.893 - (10.304.759) (830.198) - 983.936 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas - - - - - em transacções intra-grupo 1.798.804 - (339.335) - - 1.459.469 Justo valor apurado em combinações empresariais 1.567.224 (26.171) (155.666) - - 1.385.387 Imparidades em activos fixos - - 4.166.238 - 3.286.625 7.452.863 Outras diferenças temporárias 8.271.587 - (13.622) 1.403.850 (3.286.625) 6.375.190 57.413.369 (316.633) (6.430.118) 231.227 (73.489) 50.824.356Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangíveis (6.080.661) - 1.273.379 - - (4.807.282) Justo valor apurado em combinações empresariais (124.073.863) 4.271.268 4.273.207 - - (115.529.388) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10.605.926) 204.980 - - - (10.400.946) Diferimento da tributação de mais-valias (985.542) - 81.062 - - (904.480) Acréscimos de amortizações (3.858.617) 207.685 (293.618) - - (3.944.550) Instrumentos financeiros (Nota 39) (1.574.504) - - 1.574.504 - - Excesso do fundo de pensões (Nota 23) (2.066.878) - 632.179 (3.669.008) 73.489 (5.030.218) Subsídios ao investimento (2.353.688) 39.187 - 925.272 - (1.389.229) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 21.5.3) (850.481) - - (680.836) - (1.531.317) Outras diferenças temporárias (493.563) (1) 164.744 - - (328.820) (152.943.723) 4.723.119 6.130.953 (1.850.068) 73.489 (143.866.230)Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 16.106.288 (82.115) (2.523.870) 14.135 (18.372) 13.496.066 Passivos por impostos diferidos (41.244.240) 1.324.384 2.066.176 (507.930) 18.372 (38.343.238)

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102 RelatóRio do conselho de administRação 2012

mOVImENtOS NOS ImPOStOS DIFERIDOS

31 DE DEzEmBRO DE 2011 VARIAçãO DE ACtIVOS AJuStAmENtO RESuLtADOS DO PERímEtRO DEtIDOS Valores em Euros SALDO INICIAL CAmBIAL PERíODO CAPItAL PRóPRIO tRANSFERêNCIAS (NOtA 9) PARA VENDA SALDO FINAL Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 16.838.726 113.111 1.446.432 - 1.703.175 1.384.286 (1.386.958) 20.098.772 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 1.686.128 - 247.080 - - 627.037 - 2.560.245 Prejuízos fiscais reportáveis 53.331 - 2.203.414 - - 2.173.328 (2.803.348) 1.626.725 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 23) 1.175.332 11.336 106.891 (12.897) (846.741) - - 433.921 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 23) - - (775.005) - 846.741 - - 71.736 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 23) 1.365.244 - (448.616) - - - - 916.628 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 23) 991.608 (1.912) 1.363.584 (2.275.686) - - - 77.594 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 23) 9.514.329 - (1.153.685) (489.404) - - - 7.871.240 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 23) 12.378.709 - (132.984) (126.832) - - - 12.118.893 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas - - - - - - - em transacções intra-grupo 1.343.093 - 455.711 - - - - 1.798.804 Justo valor apurado em combinações empresariais 3.441.626 (27.547) (143.680) - (1.703.175) - - 1.567.224 Outras diferenças temporárias 3.328.779 - 2.201.798 1.665.153 - 1.079.572 (3.715) 8.271.587 52.116.905 94.988 5.370.940 (1.239.666) - 5.264.223 (4.194.021) 57.413.369Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (6.822.236) - 751.241 - - (28.837) 19.171 (6.080.661) Justo valor apurado em combinações empresariais (117.255.657) (212.237) 3.497.385 108.610 - (11.790.428) 1.578.464 (124.073.863) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10.270.175) (335.751) - - - - - (10.605.926) Diferimento da tributação de mais-valias (1.061.080) - 402.873 - - (384.757) 57.422 (985.542) Acréscimos de amortizações (3.584.454) 27.144 (301.307) - - - (3.858.617) Instrumentos financeiros (Nota 39) (1.895.706) - - 321.202 - (1.574.504) Excesso do fundo de pensões (Nota 23) (992.367) - (851.999) (222.512) - - - (2.066.878) Subsídios ao investimento (Nota 21.5.3) (3.438.690) 29.269 - 1.055.733 - - - (2.353.688) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 21.5.3) (5.844.955) - - 4.994.474 - - - (850.481) Outras diferenças temporárias (890.226) (1) 416.975 - - (20.311) - (493.563) (152.055.546) (491.576) 3.915.168 6.257.507 - (12.224.333) 1.655.057 (152.943.723)Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 14.261.094 9.232 1.921.814 (380.298) - 1.362.420 (1.067.974) 16.106.288 Passivos por impostos diferidos (41.462.753) (28.806) 1.408.819 1.637.132 - (3.235.567) 436.935 (41.244.240)

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demonstRações financeiRas consolidadas 103

31 DE DEzEmBRO DE 2011 VARIAçãO DE ACtIVOS AJuStAmENtO RESuLtADOS DO PERímEtRO DEtIDOS Valores em Euros SALDO INICIAL CAmBIAL PERíODO CAPItAL PRóPRIO tRANSFERêNCIAS (NOtA 9) PARA VENDA SALDO FINAL Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 16.838.726 113.111 1.446.432 - 1.703.175 1.384.286 (1.386.958) 20.098.772 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 1.686.128 - 247.080 - - 627.037 - 2.560.245 Prejuízos fiscais reportáveis 53.331 - 2.203.414 - - 2.173.328 (2.803.348) 1.626.725 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 23) 1.175.332 11.336 106.891 (12.897) (846.741) - - 433.921 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 23) - - (775.005) - 846.741 - - 71.736 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 23) 1.365.244 - (448.616) - - - - 916.628 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 23) 991.608 (1.912) 1.363.584 (2.275.686) - - - 77.594 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 23) 9.514.329 - (1.153.685) (489.404) - - - 7.871.240 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 23) 12.378.709 - (132.984) (126.832) - - - 12.118.893 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas - - - - - - - em transacções intra-grupo 1.343.093 - 455.711 - - - - 1.798.804 Justo valor apurado em combinações empresariais 3.441.626 (27.547) (143.680) - (1.703.175) - - 1.567.224 Outras diferenças temporárias 3.328.779 - 2.201.798 1.665.153 - 1.079.572 (3.715) 8.271.587 52.116.905 94.988 5.370.940 (1.239.666) - 5.264.223 (4.194.021) 57.413.369Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (6.822.236) - 751.241 - - (28.837) 19.171 (6.080.661) Justo valor apurado em combinações empresariais (117.255.657) (212.237) 3.497.385 108.610 - (11.790.428) 1.578.464 (124.073.863) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10.270.175) (335.751) - - - - - (10.605.926) Diferimento da tributação de mais-valias (1.061.080) - 402.873 - - (384.757) 57.422 (985.542) Acréscimos de amortizações (3.584.454) 27.144 (301.307) - - - (3.858.617) Instrumentos financeiros (Nota 39) (1.895.706) - - 321.202 - (1.574.504) Excesso do fundo de pensões (Nota 23) (992.367) - (851.999) (222.512) - - - (2.066.878) Subsídios ao investimento (Nota 21.5.3) (3.438.690) 29.269 - 1.055.733 - - - (2.353.688) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 21.5.3) (5.844.955) - - 4.994.474 - - - (850.481) Outras diferenças temporárias (890.226) (1) 416.975 - - (20.311) - (493.563) (152.055.546) (491.576) 3.915.168 6.257.507 - (12.224.333) 1.655.057 (152.943.723)Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 14.261.094 9.232 1.921.814 (380.298) - 1.362.420 (1.067.974) 16.106.288 Passivos por impostos diferidos (41.462.753) (28.806) 1.408.819 1.637.132 - (3.235.567) 436.935 (41.244.240)

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104 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Prejuízos fiscais reportáveis com imposto diferido activo

São reconhecidos impostos diferidos activos sobre prejuízos fiscais na me-dida em que seja provável a realização do respectivo benefício fiscal, através da

existência de lucros tributáveis futuros. Os impostos diferidos activos reconhe-cidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais que se espera virem a ser dedu-zidos aos lucros tributáveis futuros, con-forme segue:

Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido activo

Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, nesta data, não existir a capacidade de dedução a lucros tribu-táveis futuros, e como tal sem imposto diferido activo, detalham-se por ano de prescrição conforme segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 DAtA LImItE Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. 5.112.968 - 2017Cimentos Madeira, Lda. 228.917 - 2017Lusoinertes, S.A. - 1.626.725 - 5.341.885 1.626.725

EmPRESA tOtAL 2013 2014 2015 2017 2020 E POStERIORES Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. 1.660.069 794.021 549.385 316.663 - -Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. 11.947.981 - - - 11.947.981 -Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. 4.617.583 - - 3.864.422 753.161 -Lusoinertes, S.A. 3.201.251 - - 1.711.361 1.489.890 -Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. 98.497 17.532 24.965 24.275 31.725 -I3 Participações e Serviços, Ltda. 81.706 - - - - 81.705Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. 45.339 35.182 5.960 2.169 2.027 -Parcim Investments, B.V. 178.126 - - - - 178.126Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. 768.489 - 179.408 497.415 91.666 -Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. 106.901 - - 106.901 - -Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. 4.431 - - 3.096 1.335 -Secil Prébetão, S.A. 4.953.172 767.742 1.448.715 1.866.920 869.796 -Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. 42.945 - 9.298 17.766 15.881 -Silonor, S.A. 11.100.206 - - - - 11.100.206Soime, S.A.L. 532.705 162.782 53.454 316.469 - -Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. 351.823 - - 150,336 201.487 -Zarzis Béton 99.507 - - - - 99.507 39.790.730 1.777.259 2.271.186 8.877.792 15.404.949 11.459.544

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demonstRações financeiRas consolidadas 105

EmPRESA tOtAL 2013 2014 2015 2017 2020 E POStERIORES Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. 1.660.069 794.021 549.385 316.663 - -Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. 11.947.981 - - - 11.947.981 -Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. 4.617.583 - - 3.864.422 753.161 -Lusoinertes, S.A. 3.201.251 - - 1.711.361 1.489.890 -Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. 98.497 17.532 24.965 24.275 31.725 -I3 Participações e Serviços, Ltda. 81.706 - - - - 81.705Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. 45.339 35.182 5.960 2.169 2.027 -Parcim Investments, B.V. 178.126 - - - - 178.126Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. 768.489 - 179.408 497.415 91.666 -Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. 106.901 - - 106.901 - -Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. 4.431 - - 3.096 1.335 -Secil Prébetão, S.A. 4.953.172 767.742 1.448.715 1.866.920 869.796 -Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. 42.945 - 9.298 17.766 15.881 -Silonor, S.A. 11.100.206 - - - - 11.100.206Soime, S.A.L. 532.705 162.782 53.454 316.469 - -Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. 351.823 - - 150,336 201.487 -Zarzis Béton 99.507 - - - - 99.507 39.790.730 1.777.259 2.271.186 8.877.792 15.404.949 11.459.544

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106 RelatóRio do conselho de administRação 2012

17. OutROS ACtIVOS FINANCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outros activos financeiros”, líquida de perdas acumuladas por impa-ridade, decompõe-se conforme segue:

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 nas perdas acumuladas por impa-ridade são conforme se segue:

31/12/12 31/12/11 quANtIA quANtIA quANtIA ImPARIDADE ESCRItuRADA quANtIA ImPARIDADE ESCRItuRADAValores em Euros BRutA ACumuLADA LíquIDA BRutA ACumuLADA LíquIDA Outros activos financeiros - não corrente: Depósito a prazo (Notas 38.2 e 42.2) 1.250.000 - 1.250.000 - - - Outros 530.968 (102.815) 428.153 548.843 (105.243) 443.600 1.780.968 (102.815) 1.678.153 548.843 (105.243) 443.600Outros activos financeiros - corrente: Instrumentos financeiros derivados (Nota 39) - - - 1.574.504 - 1.574.504

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Saldo inicial 105.243 105.629Ajustamento cambial (2.428) (386)Saldo final 102.815 105.243

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demonstRações financeiRas consolidadas 107

31/12/12 31/12/11 quANtIA quANtIA quANtIA ImPARIDADE ESCRItuRADA quANtIA ImPARIDADE ESCRItuRADAValores em Euros BRutA ACumuLADA LíquIDA BRutA ACumuLADA LíquIDA Outros activos financeiros - não corrente: Depósito a prazo (Notas 38.2 e 42.2) 1.250.000 - 1.250.000 - - - Outros 530.968 (102.815) 428.153 548.843 (105.243) 443.600 1.780.968 (102.815) 1.678.153 548.843 (105.243) 443.600Outros activos financeiros - corrente: Instrumentos financeiros derivados (Nota 39) - - - 1.574.504 - 1.574.504

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108 RelatóRio do conselho de administRação 2012

18. INVENtáRIOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os inventários, líquidos de perdas acumu-ladas por imparidade apresentam a se-guinte composição:

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, nas perdas acumuladas por impa-ridades em inventários são conforme se segue:

Os aumentos e reposições, no montante de Euros 634.159 e 138.133, respecti-vamente foram reconhecidos na de-monstração dos resultados na rubrica “Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões)”.

31/12/12 31/12/11 quANtIA ImPARIDADE quANtIA quANtIA ImPARIDADE quANtIA Valores em Euros BRutA ACumuLADA LíquIDA BRutA ACumuLADA LíquIDA Matérias-Primas. subsidiárias e de consumo 81.776.672 (6.117.094) 75.659.578 79.848.687 (5.844.671) 74.004.016 Produtos e trabalhos em curso 605.812 - 605.812 592.336 - 592.336 Produtos acabados e intermédios 18.649.483 (357.596) 18.291.887 22.523.668 (366.202) 22.157.466 Mercadorias 4.243.936 (75.808) 4.168.128 5.047.034 (77.011) 4.970.023 Adiantamento por conta de compras 310 - 310 12.995 - 12.995 105.276.213 (6.550.498) 98.725.715 108.024.720 (6.287.884) 101.736.836

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Saldo inicial 6.287.884 5.482.489Variação de perímetro - 42.313Aumentos 634.159 700.648Reposições (138.133) (11.015)Ajustamento cambial (233.412) 73.449Saldo final 6.550.498 6.287.884

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demonstRações financeiRas consolidadas 109

31/12/12 31/12/11 quANtIA ImPARIDADE quANtIA quANtIA ImPARIDADE quANtIA Valores em Euros BRutA ACumuLADA LíquIDA BRutA ACumuLADA LíquIDA Matérias-Primas. subsidiárias e de consumo 81.776.672 (6.117.094) 75.659.578 79.848.687 (5.844.671) 74.004.016 Produtos e trabalhos em curso 605.812 - 605.812 592.336 - 592.336 Produtos acabados e intermédios 18.649.483 (357.596) 18.291.887 22.523.668 (366.202) 22.157.466 Mercadorias 4.243.936 (75.808) 4.168.128 5.047.034 (77.011) 4.970.023 Adiantamento por conta de compras 310 - 310 12.995 - 12.995 105.276.213 (6.550.498) 98.725.715 108.024.720 (6.287.884) 101.736.836

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110 RelatóRio do conselho de administRação 2012

19. ACtIVOS FINANCEIROS

19.1 CAtEGORIAS DE ACtIVOS FINANCEIROS

As categorias de activos financeiros, lí-quidas de perdas acumuladas por impa-ridade, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são detalhadas conforme se segue:

19.2 ACtIVOS FINANCEIROS - CLIENtES

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

31/12/12 31/12/11 quANtIA ImPARIDADE quANtIA ESCRItuRADA quANtIA ImPARIDADE quANtIA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA ACumuLADA LíquIDA BRutA ACumuLADA LíquIDA Disponibilidades (Nota 4):

Numerário 268.965 - 268.965 187.402 - 187.402 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 23.554.412 - 23.554.412 11.253.601 - 11.253.601 Outras aplicações de tesouraria 48.908.387 - 48.908.387 54.008.466 - 54.008.466 72.731.764 - 72.731.764 65.449.469 - 65.449.469 Activos financeiros ao custo:

Clientes (Nota 19.2) 77.802.685 (22.123.192) 55.679.493 96.329.067 (24.194.507) 72.134.560 Outras contas a receber - corrente (Nota 19.3) 86.166.621 (6.127.728) 80.038.893 17.749.405 (10.714.030) 7.035.375 Outras contas a receber - não corrente (Nota 19.3) 4.495.957 (1.855.975) 2.639.982 4.552.411 (1.855.975) 2.696.436 168.465.263 (30.106.895) 138.358.368 118.630.883 (36.764.512) 81.866.371 241.197.027 (30.106.895) 211.090.132 184.080.352 (36.764.512) 147.315.840

31/12/12 31/12/11 ImPARIDADE quANtIA ImPARIDADE quANtIA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA Clientes 71.932.833 (22.123.192) 49.809.641 95.420.911 (23.331.506) 72.089.405Clientes - Partes relacionadas (Nota 37) 5.869.852 - 5.869.852 908.156 (863.001) 45.155 77.802.685 (22.123.192) 55.679.493 96.329.067 (24.194.507) 72.134.560

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demonstRações financeiRas consolidadas 111

31/12/12 31/12/11 quANtIA ImPARIDADE quANtIA ESCRItuRADA quANtIA ImPARIDADE quANtIA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA ACumuLADA LíquIDA BRutA ACumuLADA LíquIDA Disponibilidades (Nota 4):

Numerário 268.965 - 268.965 187.402 - 187.402 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 23.554.412 - 23.554.412 11.253.601 - 11.253.601 Outras aplicações de tesouraria 48.908.387 - 48.908.387 54.008.466 - 54.008.466 72.731.764 - 72.731.764 65.449.469 - 65.449.469 Activos financeiros ao custo:

Clientes (Nota 19.2) 77.802.685 (22.123.192) 55.679.493 96.329.067 (24.194.507) 72.134.560 Outras contas a receber - corrente (Nota 19.3) 86.166.621 (6.127.728) 80.038.893 17.749.405 (10.714.030) 7.035.375 Outras contas a receber - não corrente (Nota 19.3) 4.495.957 (1.855.975) 2.639.982 4.552.411 (1.855.975) 2.696.436 168.465.263 (30.106.895) 138.358.368 118.630.883 (36.764.512) 81.866.371 241.197.027 (30.106.895) 211.090.132 184.080.352 (36.764.512) 147.315.840

31/12/12 31/12/11 ImPARIDADE quANtIA ImPARIDADE quANtIA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA Clientes 71.932.833 (22.123.192) 49.809.641 95.420.911 (23.331.506) 72.089.405Clientes - Partes relacionadas (Nota 37) 5.869.852 - 5.869.852 908.156 (863.001) 45.155 77.802.685 (22.123.192) 55.679.493 96.329.067 (24.194.507) 72.134.560

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112 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a antiguidade do saldo da rubrica “Clien-tes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, é detalhada conforme se segue:

19.3 ACtIVOS FINANCEIROS – OutRAS CONtAS A RECEBER

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outras contas a receber - cor-rente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

31/12/12 31/12/11 quANtIA ImPARIDADE quANtIA ESCRItuRADA quANtIA ImPARIDADE quANtIA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA ACumuLADA LíquIDA BRutA ACumuLADA LíquIDA Não vencido 31.288.426 - 31.288.426 41.623.289 (480.107) 41.143.182Vencido: 0-90 dias 16.356.922 (128.837) 16.228.085 24.590.710 (716.235) 23.874.47590-180 dias 5.097.037 (413.891) 4.683.146 5.051.737 (457.765) 4.593.972180-360 dias 3.040.910 (729.502) 2.311.408 3.488.705 (1.470.575) 2.018.130> 360 dias 22.019.390 (20.850.962) 1.168.428 21.574.626 (21.069.825) 504.801 77.802.685 (22.123.192) 55.679.493 96.329.067 (24.194.507) 72.134.560

31/12/12 31/12/11 ImPARIDADE quANtIA ImPARIDADE quANtIA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA Outros devedores Partes relacionadas (Nota 37): Empréstimos concedidos 70.184.660 - 70.184.660 4.245.303 (4.058.170) 187.133 Dividendos atribuidos - - - - - - Outras operações 395.771 - 395.771 942.329 (477.687) 464.642 Outros 12.499.132 (6.127.728) 6.371.404 11.405.793 (6.178.173) 5.227.620 83.079.563 (6.127.728) 76.951.835 16.593.425 (10.714.030) 5.879.395Devedores por acréscimos de rendimentos Juros a receber 469.015 - 469.015 669.806 - 669.806 Juros a receber - Accionistas e associadas (Nota 37) 784.548 - 784.548 - - - Outros 1.833.495 - 1.833.495 486.174 - 486.174 3.087.058 - 3.087.058 1.155.980 - 1.155.980 86.166.621 (6.127.728) 80.038.893 17.749.405 (10.714.030) 7.035.375

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demonstRações financeiRas consolidadas 113

31/12/12 31/12/11 quANtIA ImPARIDADE quANtIA ESCRItuRADA quANtIA ImPARIDADE quANtIA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA ACumuLADA LíquIDA BRutA ACumuLADA LíquIDA Não vencido 31.288.426 - 31.288.426 41.623.289 (480.107) 41.143.182Vencido: 0-90 dias 16.356.922 (128.837) 16.228.085 24.590.710 (716.235) 23.874.47590-180 dias 5.097.037 (413.891) 4.683.146 5.051.737 (457.765) 4.593.972180-360 dias 3.040.910 (729.502) 2.311.408 3.488.705 (1.470.575) 2.018.130> 360 dias 22.019.390 (20.850.962) 1.168.428 21.574.626 (21.069.825) 504.801 77.802.685 (22.123.192) 55.679.493 96.329.067 (24.194.507) 72.134.560

31/12/12 31/12/11 ImPARIDADE quANtIA ImPARIDADE quANtIA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA Outros devedores Partes relacionadas (Nota 37): Empréstimos concedidos 70.184.660 - 70.184.660 4.245.303 (4.058.170) 187.133 Dividendos atribuidos - - - - - - Outras operações 395.771 - 395.771 942.329 (477.687) 464.642 Outros 12.499.132 (6.127.728) 6.371.404 11.405.793 (6.178.173) 5.227.620 83.079.563 (6.127.728) 76.951.835 16.593.425 (10.714.030) 5.879.395Devedores por acréscimos de rendimentos Juros a receber 469.015 - 469.015 669.806 - 669.806 Juros a receber - Accionistas e associadas (Nota 37) 784.548 - 784.548 - - - Outros 1.833.495 - 1.833.495 486.174 - 486.174 3.087.058 - 3.087.058 1.155.980 - 1.155.980 86.166.621 (6.127.728) 80.038.893 17.749.405 (10.714.030) 7.035.375

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114 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outras contas a receber - não corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

19.4 ImPARIDADE DE DíVIDAS A RECEBER

Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a receber, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, são confor-me se segue:

31/12/12 31/12/11 ImPARIDADE quANtIA ImPARIDADE quANtIA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA Outros devedores Cauções prestadas a favor de terceiros - - - 1.486.463 - 1.486.463 Outras partes relacionadas (Nota 37) 550.000 - 550.000 550.000 - 550.000 Outros 3.945.957 (1.855.975) 2.089.982 2.515.948 (1.855.975) 659.973 4.495.957 (1.855.975) 2.639.982 4.552.411 (1.855.975) 2.696.436

31/12/12 31/12/11 OutROS OutROS OutROS OutROS DEVEDORES PARtES DEVEDORES DEVEDORES PARtES DEVEDORES NãO CORRENtES CLIENtES RELACIONADAS CORRENtES NãO CORRENtES CLIENtES RELACIONADAS CORRENtES Valores em Euros (NOtA 19.3) (NOtA 19.2) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) tOtAL (NOtA 19.3) (NOtA 19.2) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) tOtAL Saldo inicial 1.855.975 24.194.507 4.535.857 6.178.173 36.764.512 1.855.975 22.082.992 3.854.009 6.987.724 34.780.700Variação de perímetro - - - - - - 3.735.118 - 47.241 3.782.359Aumentos - 2.528.179 - 43.961 2.572.140 - 3.692.846 706.530 16.737 4.416.113Reposições - (3.588.198) (183.629) (10.855) (3.782.682) - (754.654) (24.682) (412.729) (1.192.065)Utilizações - (968.462) (4.352.228) (13.942) (5.334.632) - (1.071.336) - (401.641) (1.472.977)Ajustamento cambial - (108.525) - (3.918) (112.443) - 40.250 - (11.918) 28.332Transferências - 65.691 - (65.691) - - - - - -Activos detidos para venda - - - - - - (3.530.709) - (47.241) (3.577.950)Saldo final 1.855.975 22.123.192 - 6.127.728 30.106.895 1.855.975 24.194.507 4.535.857 6.178.173 36.764.512

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demonstRações financeiRas consolidadas 115

Os aumentos e reposições, no montante de Euros 2.572.140 e 3.782.682, respec-tivamente, foram reconhecidos na de-

monstração dos resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((per-das)/ reversões)”.

31/12/12 31/12/11 ImPARIDADE quANtIA ImPARIDADE quANtIA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADA quANtIA ACumuLADA ESCRItuRADAValores em Euros BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA BRutA (NOtA 19.4) LíquIDA Outros devedores Cauções prestadas a favor de terceiros - - - 1.486.463 - 1.486.463 Outras partes relacionadas (Nota 37) 550.000 - 550.000 550.000 - 550.000 Outros 3.945.957 (1.855.975) 2.089.982 2.515.948 (1.855.975) 659.973 4.495.957 (1.855.975) 2.639.982 4.552.411 (1.855.975) 2.696.436

31/12/12 31/12/11 OutROS OutROS OutROS OutROS DEVEDORES PARtES DEVEDORES DEVEDORES PARtES DEVEDORES NãO CORRENtES CLIENtES RELACIONADAS CORRENtES NãO CORRENtES CLIENtES RELACIONADAS CORRENtES Valores em Euros (NOtA 19.3) (NOtA 19.2) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) tOtAL (NOtA 19.3) (NOtA 19.2) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) tOtAL Saldo inicial 1.855.975 24.194.507 4.535.857 6.178.173 36.764.512 1.855.975 22.082.992 3.854.009 6.987.724 34.780.700Variação de perímetro - - - - - - 3.735.118 - 47.241 3.782.359Aumentos - 2.528.179 - 43.961 2.572.140 - 3.692.846 706.530 16.737 4.416.113Reposições - (3.588.198) (183.629) (10.855) (3.782.682) - (754.654) (24.682) (412.729) (1.192.065)Utilizações - (968.462) (4.352.228) (13.942) (5.334.632) - (1.071.336) - (401.641) (1.472.977)Ajustamento cambial - (108.525) - (3.918) (112.443) - 40.250 - (11.918) 28.332Transferências - 65.691 - (65.691) - - - - - -Activos detidos para venda - - - - - - (3.530.709) - (47.241) (3.577.950)Saldo final 1.855.975 22.123.192 - 6.127.728 30.106.895 1.855.975 24.194.507 4.535.857 6.178.173 36.764.512

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116 RelatóRio do conselho de administRação 2012

20. ACtIVOS NãO CORRENtES DEtIDOS PARA VENDA

Em 30 de Junho de 2011 a Secil – Com-panhia Geral de Cal e Cimento, S.A. ad-quiriu a totalidade do capital da socie-dade Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Betões, S.A.) e das suas subsidiárias Eu-robetão – Betão Pronto, S.A. e Lusoiner-tes, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Agregados Unipessoal, Lda.). Estas sociedades operam no mercado de betões e agregados e detinham à data da compra vinte e seis centrais de betão

e quatro explorações de agregados.

No âmbito desta compra, a decisão de alienar os activos e passivos, apresenta-dos como activos não correntes detidos para venda, decorre da imposição colo-cada por parte da Autoridade da Concor-rência, bem como da posterior avaliação interna efectuada pelo Grupo.

No período findo em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 os activos e passivos direc-tamente associados a activos não cor-rentes detidos para venda detalham-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

ACtIVO Activos fixos tangíveis 2.888.775 10.677.617Goodwill - 8.735.308Outras contas a receber - 22.500Activos por impostos diferidos - 1.067.974Inventários - 20.454Clientes 806.453 6.501.529Adiantamentos a fornecedores 38.592 17.863Estado e outros entes públicos 86.909 25.364Outras contas a receber 122.262 154.180Diferimentos 1.130 186.809Caixa e depósitos bancários 56.493 2.621.302 4.000.614 30.030.900 PASSIVO Passivos por impostos diferidos 132.662 1.001.497Fornecedores 132.633 2.893.316Adiantamentos de clientes 588 588Estado e outros entes públicos 52.263 367.025Financiamentos obtidos - 682.998Outras contas a pagar 915.995 762.202 1.234.141 5.707.626 2.766.473 24.323.274

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demonstRações financeiRas consolidadas 117

No decurso do corrente período foram alienados parte dos activos não correntes detidos para venda que se traduziram no reconhecimento de perdas no montante

de Euros 11.035.530 (Nota 33), as quais incluem o montante de Euros 10.068.163 relativo a perdas por imparidade imputa-das ao goodwill, conforme se segue:

Adicionalmente foram ainda reconheci-das perdas por imparidade nos activos fixos associados aos activos não corren-tes detidos para venda no montante de Euros 6.118.658, conforme se apresenta:

Os impostos diferidos relativos aos ac-tivos não correntes detidos para venda apresentaram, no período findo em 31 de Dezembro de 2012 o seguinte movimento:

Valores em Euros

Saldo em 31 de Dezembro de 2011 8.735.308 Transferência da rubrica de “Goodwill” (Nota 10) 1.332.825 Perdas por imparidade (Nota 16.1) (10.068.133) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 -

Valores em Euros

Saldo em 31 de Dezembro de 2011 10.677.617 Alienações (1.670.185)Perdas por imparidade (Nota 34) (6.118.657) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 2.888.775

RESuLtADOS DO PERíODOValores em Euros SALDO INICIAL (NOtA 16.1) SALDO FINAL

Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 1.386.958 (1.386.958) - Prejuízos fiscais reportáveis 2.803.348 (2.803.348) - Outras diferenças temporárias 3715 (3.715) - 4.194.021 (4.194.021) -Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís 19.171 (10.444) 8.727 Justo valor apurado em combinações empresariais 3.716.958 (3.278.473) 438.485 Diferimento da tributação de mais-valias 57.422 (2.128) 55.294 3.793.551 (3.291.045) 502.506Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 1.067.974 (1.067.974) - Passivos por impostos diferidos (1.001.497) 868.836 (132.662)

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118 RelatóRio do conselho de administRação 2012

21. CAPItAL PRóPRIO

21.1 CAPItAL REALIzADO E ACçõES PRóPRIAS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o capital social da Secil, encontra-se total-mente subscrito e realizado, sendo re-presentado por 52.920.000 acções com o valor nominal de Euros 5.As pessoas colectivas que detém posi-ções relevantes no capital da socieda-de em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 detalham-se conforme segue:

Nº ACçõES % DO CAPItAL DEtIDANOmE 31/12/12 31/12/11 31/12/12 31/12/11

Beton Catalan, SL - 23.880.414 0,000% 45,125%Cimentospar - Participações Sociais S.G.P.S., LDA. 48.734.540 19.563.120 92,091% 36,967%Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, S.G.P.S., S.A. - 5.292.006 0,000% 10,000%Longapar, S.G.P.S., S.A. 1.000 - 0,002% 0,000%Acções próprias 4.184.460 4.184.460 7,907% 7,907% 52.920.000 52.920.000 100,000% 100,000%

Em 15 de Maio de 2012, a Cimentospar S.G.P.S., S.A. e a Longapar, S.G.P.S., S.A. (100% detidas pela Semapa S.G.P.S., S.A.) adquiriram a participação da Beton Catalan, SL, passando a deter respectivamente 92,091% e 0,002% do capital da Secil.

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demonstRações financeiRas consolidadas 119

21.2 RESERVAS LEGAIS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Reserva legais” decompõe-se como segue:

As acções próprias evidenciadas nas demonstrações financeiras consolida-das do Grupo em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são detidas pelas seguintes sociedades:

ACçõES PRóPRIAS 31/12/12 31/12/11

Secil. S.A. 3.818.360 2.896.560CMP – Cimentos Maceira e Pataias. S.A. - 921.800Hewbol. S.G.P.S.. S.A. 366.100 366.100 4.184.460 4.184.460

Em 12 de Novembro de 2012, a Secil ad-quiriu 921.800 acções próprias à CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A..

A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é uma empresa subsidiária do Grupo Secil pelo que as 366.100 acções por si de-tidas encontram-se evidenciadas como acções próprias nas demonstrações fi-nanceiras consolidadas do Grupo.

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Saldo inicial 39.533.989 37.166.813Aplicação do resultado do período anterior 1.146.736 2.367.176Saldo final 40.680.725 39.533.989

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120 RelatóRio do conselho de administRação 2012

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital.

Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade po-derá contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

21.3 OutRAS RESERVAS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como segue:

Esta rubrica corresponde a reservas li-vres para distribuição aos accionistas, constituídas através da transferência de resultados de períodos anteriores.

Por deliberação da Assembleia Geral da Empresa realizada em 23 de Agosto de 2012, foram distribuídas reservas no montante de Euros 56.533.227.

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Saldo inicial 129.368.944 113.146.571Distribuição de reservas (56.533.227) -Aplicação do resultado do período anterior 21.787.974 16.222.373Saldo final 94.623.691 129.368.944

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demonstRações financeiRas consolidadas 121

21.4 ExCEDENtE DE REVALORIzAçãO

O movimento do excedente de revalo-rização nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foi conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Saldo inicial 14.658.895 14.936.045Excedente realizado no período (240.482) (240.485)Imposto diferido no período 31.744 (36.665)Saldo final 14.450.157 14.658.895

O montante de Euros 14.450.157 não se encontra disponível para distribuir aos accionistas do Grupo.

21.5 OutRAS VARIAçõES NO CAPItAL PRóPRIO

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outras variações no capital pró-prio” apresenta a seguinte composição:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Diferenças de conversão de demonstrações financeiras (81.286.956) (72.961.170)Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais 5.009.047 191.417Impostos diferidos - desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais (1.511.128) (64.486)Subsídios ao investimento 1.359.019 2.281.706Impostos diferidos - subsídios ao investimento (410.398) (690.143)Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa 1.525.075 846.464Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa (444.904) (245.808)Reserva de justo valor de derivados de cobertura (2.439.672) 538.681Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura 646.514 (221.475)Justo valor em associadas (Nota 15) 29.434 29.434 (77.523.969) (70.295.380)

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122 RelatóRio do conselho de administRação 2012

21.5.1 DIFERENçAS DE CONVERSãO DE DEmONStRAçõES FINANCEIRAS

O montante de Euros 81.286.956, res-peita ao valor apropriado pelos deten-tores do capital da empresa-mãe das diferenças cambiais resultantes da con-

versão das demonstrações financeiras das sociedades, goodwill e empréstimos que qualificam como extensões do in-vestimento líquido, essencialmente na Tunísia, Líbano e Angola, sendo o movi-mento nos períodos findos em 31 de De-zembro de 2012 e 2011 detalhado como se segue:

31 DE DEzEmBRO DE 2011 Valores em Euros SALDO INICIAL AumENtOS DImINuIçõES SALDO FINAL Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras (46.654.279) - (824.897) (47.479.176) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) (21.817.511) - (280.721) (22.098.232)Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras 1.918.168 345.241 - 2.263.409 Extensão do investimento líquido (398.450) 896.733 - 498.283 Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) 33.840 58.180 - 92.020Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras (540.245) - (21.913) (562.158)Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras (7.258.366) 1.586.874 - (5.671.492) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) (389.770) 380.440 - (9.330)I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras - 5.506 - 5.506 (75.106.613) 3.272.974 (1.127.531) (72.961.170)

31 DE DEzEmBRO DE 2012Valores em Euros SALDO INICIAL AumENtOS DImINuIçõES SALDO FINAL Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras (47.479.176) - (4.469.790) (51.948.966) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) (22.098.232) - (1.766.059) (23.864.291)Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras 2.263.409 - (219.249) 2.044.160 Extensão do investimento líquido 498.283 - (549.005) (50.722) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) 92.020 - (35.520) 56.500Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras (562.158) - (4.760) (566.918)Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras (5.671.492) - (1.024.400) (6.695.892) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) (9.330) - (232.264) (241.594)I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras 5.506 - (24.739) (19.233) (72.961.170) - (8.325.786) (81.286.956)

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demonstRações financeiRas consolidadas 123

31 DE DEzEmBRO DE 2011 Valores em Euros SALDO INICIAL AumENtOS DImINuIçõES SALDO FINAL Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras (46.654.279) - (824.897) (47.479.176) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) (21.817.511) - (280.721) (22.098.232)Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras 1.918.168 345.241 - 2.263.409 Extensão do investimento líquido (398.450) 896.733 - 498.283 Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) 33.840 58.180 - 92.020Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras (540.245) - (21.913) (562.158)Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras (7.258.366) 1.586.874 - (5.671.492) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) (389.770) 380.440 - (9.330)I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras - 5.506 - 5.506 (75.106.613) 3.272.974 (1.127.531) (72.961.170)

31 DE DEzEmBRO DE 2012Valores em Euros SALDO INICIAL AumENtOS DImINuIçõES SALDO FINAL Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras (47.479.176) - (4.469.790) (51.948.966) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) (22.098.232) - (1.766.059) (23.864.291)Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras 2.263.409 - (219.249) 2.044.160 Extensão do investimento líquido 498.283 - (549.005) (50.722) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) 92.020 - (35.520) 56.500Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras (562.158) - (4.760) (566.918)Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras (5.671.492) - (1.024.400) (6.695.892) Conversão das diferenças de consolidação positivas (Nota 10) (9.330) - (232.264) (241.594)I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras 5.506 - (24.739) (19.233) (72.961.170) - (8.325.786) (81.286.956)

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124 RelatóRio do conselho de administRação 2012

21.5.2 DESVIOS E ALtERAçõES DE PRESSuPOStOS ACtuARIAIS

O movimento dos desvios e alterações de pressupostos actuariais nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, repartido entre Grupo e minoritá-rios, decompõe-se como segue:

21.5.3 SuBSíDIOS DO GOVERNO

Subsídios ao investimento

Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investimento nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são conforme se segue:

31/12/12 31/12/11 DEtENtORES DEtENtORES DO CAPItAL DO CAPItAL Valores em Euros DA EmPRESA-mãE mINORItáRIOS tOtAL DA EmPRESA-mãE mINORItáRIOS tOtAL

Saldo inicial 191.417 272.489 463.906 (2.882.695) 219.270 (2.663.425)Movimento no período (Nota 23.2) 4.817.630 24.001 4.841.631 3.074.112 53.219 3.127.331 Saldo final 5.009.047 296.490 5.305.537 191.417 272.489 463.906

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Saldo inicial 2.353.688 3.438.690Ajustamento cambial (39.187) (29.269)Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 32) (925.272) (1.055.733)Saldo final 1.389.229 2.353.688 Subsídios ao investimento repartidos em: Detentores do capital da empresa-mãe 1.359.019 2.281.706Interesses minoritários 30.210 71.982 1.389.229 2.353.688

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demonstRações financeiRas consolidadas 125

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa

Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são conforme se segue:

31/12/12 31/12/11 DEtENtORES DEtENtORES DO CAPItAL DO CAPItAL Valores em Euros DA EmPRESA-mãE mINORItáRIOS tOtAL DA EmPRESA-mãE mINORItáRIOS tOtAL

Saldo inicial 191.417 272.489 463.906 (2.882.695) 219.270 (2.663.425)Movimento no período (Nota 23.2) 4.817.630 24.001 4.841.631 3.074.112 53.219 3.127.331 Saldo final 5.009.047 296.490 5.305.537 191.417 272.489 463.906

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Saldo inicial 850.481 5.844.955Alterações de perímetro (6.242) -Licenças atribuídas no período (Nota 14) 24.936.244 39.973.311Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 32) (16.341.609) (31.377.538)Licenças alienadas no período (Nota 14) (7.913.799) (13.590.247)Saldo final 1.525.075 850.481 Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa repartidos em: Detentores do capital da empresa-mãe 1.525.075 846.464Interesses minoritários - 4.017 1.525.075 850.481

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126 RelatóRio do conselho de administRação 2012

21.5.4 RESERVA DE JuStO VALOR DE DERIVADOS DE COBERtuRA

Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são conforme se segue:

21.6 APLICAçãO DO RESuLtADODO PERíODO ANtERIOR

Por deliberação da Assembleia Geral da Secil realizada em 31 Maio de 2012, a aplicação do resultado líquido do perío-do de 2011 foi como se segue:

31/12/12 31/12/11 SwapS tAxA EU EmmiSSion SwapS tAxA EU EmmiSSion JuRO allowancES JuRO allowancESValores em Euros (NOtA 39) (NOtA 39) tOtAL (NOtA 39) (NOtA 39) tOtAL

Saldo inicial (1.035.823) 1.574.504 538.681 607.882 1.895.706 2.503.588Maturidade - (1.574.504) (1.574.504) - (917.022) (917.022)Aumentos de justo valor - - - - 595.820 595.820Diminuições de justo valor (1.403.849) - (1.403.849) (1.643.705) - (1.643.705)Saldo final (2.439.672) - (2.439.672) (1.035.823) 1.574.504 538.681

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Distribuição de dividendos - 28.753.968Reservas legais 1.146.736 2.367.176Outras reservas 21.787.974 16.222.373Resultado líquido do período anterior 22.934.710 47.343.517

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demonstRações financeiRas consolidadas 127

22. PROVISõES

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, realizaram--se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

CAPItAIS PRóPRIOS RECuPERAçãOValores em Euros NEGAtIVOS AmBIENtAL OutRAS tOtAL

Saldo em 1 de Janeiro de 2011 4.512.909 5.908.726 5.873.436 16.295.071Variação de perímetro - 627.037 1.268.533 1.895.570Aumentos 621.348 395.388 4.930.374 5.947.110Utilizações (41.181) (412.913) (454.094)Reposições - (147.026) (1.366.103) (1.513.129)Ajustamento cambial - - 44.143 44.143Saldo em 31 de Dezembro de 2011 5.134.257 6.742.944 10.337.470 22.214.671Aumentos 406.523 15.327 4.235.902 4.657.752Desconto financeiro (Nota 35) - 337.134 - 337.134Alienações (58.041) - - (58.041)Utilizações (5.460.326) (24.185) 2.275.379 (3.209.132)Reposições - (117.630) (825.993) (943.623)Ajustamento cambial - - (87.290) (87.290)Transferências (22.413) - (4.010.642) (4.033.055)Saldo em 31 de Dezembro de 2012 - 6.953.590 11.924.826 18.878.416

O aumento registado na rubrica “Capitais próprios negativos” foi reconhecido na demonstração de resultados na rubrica “ Ganhos e perdas imputados de asso-ciadas e empreendimentos conjuntos” (Nota 29).

A provisão para capitais próprios negati-vos das empresas associadas: Viroc Por-tugal – Indústrias de Madeira e Cimento, S.A. e Chryso Portugal, S.A foi utiliza-da no decurso do período findo em 31 de Dezembro de 2012 em resultado da alienação das referidas associadas com efeitos a 31 de Julho e 31 de Outubro, respectivamente (Nota 8).

O aumento, no montante de Euros 3.307.606 (aumento de Euros 3.417.245 em 2011), registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui:

(i) o aumento de Euros 4.235.902 (Euros 4.930.374 em 2011) registado na rubri-ca de “Outras”;

(ii) o aumento de Euros 15.327 regis-tado na rubrica de “Recuperação am-biental”;

(iii) o total das reposições de Euros 943.623 (Euros 1.513.129 em 2011).

As transferências ocorridas no período, no montante total de Euros 4.033.055, na rubrica de “provisões” detalham-se como se segue:

(i) transferência do montante de Euros 22.413 para a rubrica de “Participações financeiras” (Nota 15);

(ii) transferência do montante de Euros 4.146.673 para a rubrica de “Goodwill” (Nota 10);

(iii) transferência do montante de Euros 136.031 da rubrica de “Liquidações adi-cionais”.

31/12/12 31/12/11 SwapS tAxA EU EmmiSSion SwapS tAxA EU EmmiSSion JuRO allowancES JuRO allowancESValores em Euros (NOtA 39) (NOtA 39) tOtAL (NOtA 39) (NOtA 39) tOtAL

Saldo inicial (1.035.823) 1.574.504 538.681 607.882 1.895.706 2.503.588Maturidade - (1.574.504) (1.574.504) - (917.022) (917.022)Aumentos de justo valor - - - - 595.820 595.820Diminuições de justo valor (1.403.849) - (1.403.849) (1.643.705) - (1.643.705)Saldo final (2.439.672) - (2.439.672) (1.035.823) 1.574.504 538.681

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128 RelatóRio do conselho de administRação 2012

23. BENEFíCIOS A EmPREGADOS

Conforme referido nas Notas 3.16 e 3.17 o Grupo atribui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos benefícios pós emprego e outros benefícios a longo prazo.

A evolução das responsabilidades assu-midas, reflectidas no balanço consolida-do em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, são conforme segue:

31 DE DEzEmBRO DE 2012 ACRéSCImO/ (REDuçãO) DE RESPONSABILIDADES GAStOS COm OutRAS CORtES/ PRémIOS DOtAçõES O PESSOAL VARIAçõES NO VARIAçãO PAGAmENtOS LIquIDAçõES PAGOS/ PARA Valores em Euros SALDO INICIAL (NOtA 31) CAPItAL PRóPRIO CAmBIAL tRANSFER. EFECtuADOS DO PLANO RESGAtES OS FuNDOS SALDO FINAL

Benefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 1.057.564 - - - (1.057.564) - - - - Conta “Reserva” (521.893) - - - - 398.642 (888.940) - - (1.012.191) (521.893) 1.057.564 - - - (658.922) (888.940) - - (1.012.191)

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 7.871.240 381.509 (375.055) - (92.977) (1.044.999) - - - 6.739.718 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (1.989.284) (165.630) (3.615.404) (4.489) 92.977 - 888.940 (50.011) (90.669) (4.933.570) Responsabilidades por subsídios de reforma 433.921 29.837 (20.974) (12.069) - - - - - 430.715 Responsabilidades por assistência na doença 12.118.893 (9.593.653) (830.198) - - (711.106) - - - 983.936 18.434.770 (9.347.937) (4.841.631) (16.558) - (1.756.105) 888.940 (50.011) (90.669) 3.220.799 Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 916.628 (27.586) - - - (337.835) - - - 551.207 Responsabilidades por subsídios por morte 71.736 (13.723) - - - (4.160) - - - 53.853 988.364 (41.309) - - - (341.995) - - - 605.060 18.901.241 (8.331.682) (4.841.631) (16.558) - (2.757.022) - (50.011) (90.669) 2.813.668

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demonstRações financeiRas consolidadas 129

31 DE DEzEmBRO DE 2012 ACRéSCImO/ (REDuçãO) DE RESPONSABILIDADES GAStOS COm OutRAS CORtES/ PRémIOS DOtAçõES O PESSOAL VARIAçõES NO VARIAçãO PAGAmENtOS LIquIDAçõES PAGOS/ PARA Valores em Euros SALDO INICIAL (NOtA 31) CAPItAL PRóPRIO CAmBIAL tRANSFER. EFECtuADOS DO PLANO RESGAtES OS FuNDOS SALDO FINAL

Benefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 1.057.564 - - - (1.057.564) - - - - Conta “Reserva” (521.893) - - - - 398.642 (888.940) - - (1.012.191) (521.893) 1.057.564 - - - (658.922) (888.940) - - (1.012.191)

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 7.871.240 381.509 (375.055) - (92.977) (1.044.999) - - - 6.739.718 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (1.989.284) (165.630) (3.615.404) (4.489) 92.977 - 888.940 (50.011) (90.669) (4.933.570) Responsabilidades por subsídios de reforma 433.921 29.837 (20.974) (12.069) - - - - - 430.715 Responsabilidades por assistência na doença 12.118.893 (9.593.653) (830.198) - - (711.106) - - - 983.936 18.434.770 (9.347.937) (4.841.631) (16.558) - (1.756.105) 888.940 (50.011) (90.669) 3.220.799 Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 916.628 (27.586) - - - (337.835) - - - 551.207 Responsabilidades por subsídios por morte 71.736 (13.723) - - - (4.160) - - - 53.853 988.364 (41.309) - - - (341.995) - - - 605.060 18.901.241 (8.331.682) (4.841.631) (16.558) - (2.757.022) - (50.011) (90.669) 2.813.668

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130 RelatóRio do conselho de administRação 2012

31 DE DEzEmBRO DE 2011 ACRéSCImO/ (REDuçãO) DE RESPONSABILIDADES GAStOS COm OutRAS PRémIOS O PESSOAL VARIAçõES NO VARIAçãO PAGAmENtOS PAGOS/ Valores em Euros SALDO INICIAL (NOtA 31) CAPItAL PRóPRIO CAmBIAL tRANSFER. EFECtuADOS RESGAtES SALDO FINAL Benefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 724.554 - - - (724.554) - - Conta “Reserva” (851.440) - - - - 329.547 - (521.893) (851.440) 724.554 - - - (395.007) - (521.893)

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 9.514.329 389.243 (489.404) - (407.603) (1.135.325) - 7.871.240 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (759) 236.169 (2.498.197) (1.913) 357.820 - (82.404) (1.989.284) Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 1.175.332 57.106 (12.897) 11.338 (796.958) - - 433.921 Responsabilidades por assistência na doença 12.378.709 680.804 (126.833) - - (813.787) - 12.118.893 23.067.611 1.363.322 (3.127.331) 9.425 (846.741) (1.949.112) (82.404) 18.434.770 Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 1.365.244 (172.818) - - - (275.798) - 916.628 Responsabilidades por subsídios por morte - (694.065) - - 846.741 (80.940) - 71.736 1.365.244 (866.883) - - 846.741 (356.738) - 988.364 23.581.415 1.220.993 (3.127.331) 9.425 - (2.700.857) (82.404) 18.901.241

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demonstRações financeiRas consolidadas 131

31 DE DEzEmBRO DE 2011 ACRéSCImO/ (REDuçãO) DE RESPONSABILIDADES GAStOS COm OutRAS PRémIOS O PESSOAL VARIAçõES NO VARIAçãO PAGAmENtOS PAGOS/ Valores em Euros SALDO INICIAL (NOtA 31) CAPItAL PRóPRIO CAmBIAL tRANSFER. EFECtuADOS RESGAtES SALDO FINAL Benefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 724.554 - - - (724.554) - - Conta “Reserva” (851.440) - - - - 329.547 - (521.893) (851.440) 724.554 - - - (395.007) - (521.893)

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 9.514.329 389.243 (489.404) - (407.603) (1.135.325) - 7.871.240 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (759) 236.169 (2.498.197) (1.913) 357.820 - (82.404) (1.989.284) Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 1.175.332 57.106 (12.897) 11.338 (796.958) - - 433.921 Responsabilidades por assistência na doença 12.378.709 680.804 (126.833) - - (813.787) - 12.118.893 23.067.611 1.363.322 (3.127.331) 9.425 (846.741) (1.949.112) (82.404) 18.434.770 Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 1.365.244 (172.818) - - - (275.798) - 916.628 Responsabilidades por subsídios por morte - (694.065) - - 846.741 (80.940) - 71.736 1.365.244 (866.883) - - 846.741 (356.738) - 988.364 23.581.415 1.220.993 (3.127.331) 9.425 - (2.700.857) (82.404) 18.901.241

Em Setembro de 2010, foi alterado o contrato constitutivo do Fundo de Pen-sões Secil, que passou a designar-se por Fundo de Pensões do Grupo Secil, substituindo integralmente o anterior contrato e produzindo efeitos a 1 de Ja-neiro de 2010.

São associadas do Fundo, a Secil e as suas subsidiárias:

(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. e Unibetão –Indústrias de Betão Preparado, S.A., que integraram (e ex-tinguiram simultaneamente) os seus Fundos de Pensões no Fundo de pen-sões da Secil;

(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a sua apólice de seguro no Fundo de pensões da Secil;

(iii) Britobetão – Central de Betão, Lda., Secil Britas, S.A., Quimipedra – Secil Britas, Calcários e Derivados, Lda., Beto Madeira, S.A., Brimade, S.A. e Eurobe-tão – Betão Pronto, S.A..

As subsidiárias Cimentos Madeira e Bri-made, integraram o Fundo de Pensões do Grupo Secil no decurso do corrente período.

A Cimentos Madeira alterou, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, para contribuição definida o plano de benefícios definidos que assegurava directamente aos seus empregados a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência.

O património líquido positivo resultante da transição dos trabalhadores no ac-

tivo da Cimentos Madeira do plano de benefício definido para o plano de con-tribuição definida, após a transferên-cia das responsabilidades por serviços passados financiadas com referência a 31 de Dezembro de 2011 e garantindo o financiamento das responsabilidades com reformados e pensionista a cargo do Plano de ensões de Benefício Defini-do foi transferido para a Conta Reserva da respectiva associada e afecto ao Pla-no de Contribuição Definida.

O Fundo de Pensões do Grupo Secil é o suporte financeiro para o pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pensões de cada associada (agora ge-ridos conjuntamente) que se encontram descritos nas Notas 23.1 e 23.2.

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132 RelatóRio do conselho de administRação 2012

23.1 BENEFíCIOS PóS-EmPREGO – PLANOS DE CONtRIBuIçãO DEFINIDA

Os Planos de Pensões de Contribuição Definida geridos pelo Fundo de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas associadas e pelos participantes contri-buintes e são os seguintes:

(i) Planos Secil e CMP, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encon-travam abrangidos pelo plano de benefí-cios definidos em vigor nas empresas) e que tenham optado pela transição para estes Planos e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(ii) Planos Unibetão e Britobetão, in-cluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo, celebrado ao abrigo do CCT celebrado entre a APEB e a FETESE e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1

de Janeiro de 2010, com excepção dos trabalhadores da Unibetão que estejam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, os quais continu-am a beneficiar do Plano de benefício definido, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;(iii) Plano Betomadeira inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de De-zembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam abrangi-dos pelo CCT celebrado entre a APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto e a FETESE – Federa-ção dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros;

(iv) Planos Secil Britas e Quimipedra, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a par-tir de 1 de Janeiro de 2010, sendo tam-bém aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(v) Plano Eurobetão inclui todos os tra-balhadores que à data de 31 de Outubro de 2011 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os trabalhadores

admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, após essa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(vi) Plano Cimentos Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 1 de Ja-neiro de 2012 tinham um contrato de tra-balho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios de-finidos em vigor na empresa) e todos os empregados admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir dessa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(vii) Plano Brimade inclui todos os tra-balhadores que tinham à data de 1 de Julho de 2012 um contrato de trabalho sem termo e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos ao serviço após essa data. 23.2 BENEFíCIOS PóS-EmPREGO – PLANOS DE BENEFíCIOS DEFINIDOS

Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, são os seguintes:

31 DE DEzEmBRO DE 2012 REtORNO GANhOS SERVIçOS CuStO ESPERADO DOS POR CORtES ALtERAçõES (NOtA 31)Valores em Euros CORRENtES DOS JuROS ACtIVOS DO PLANO NO PLANO NO PLANO tOtAL

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 381.509 - - - 381.509Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 207.522 1.298.187 (1.533.261) (138.078) - (165.630)Responsabilidades por subsídios de reforma 64.471 8.275 - - (42.909) 29.837Responsabilidades por assistência na doença 194.153 604.765 - - (10.392.571) (9.593.653) 466.146 2.292.736 (1.533.261) (138.078) (10.435.480) (9.347.937)

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demonstRações financeiRas consolidadas 133

31 DE DEzEmBRO DE 2012 REtORNO GANhOS SERVIçOS CuStO ESPERADO DOS POR CORtES ALtERAçõES (NOtA 31)Valores em Euros CORRENtES DOS JuROS ACtIVOS DO PLANO NO PLANO NO PLANO tOtAL

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 381.509 - - - 381.509Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 207.522 1.298.187 (1.533.261) (138.078) - (165.630)Responsabilidades por subsídios de reforma 64.471 8.275 - - (42.909) 29.837Responsabilidades por assistência na doença 194.153 604.765 - - (10.392.571) (9.593.653) 466.146 2.292.736 (1.533.261) (138.078) (10.435.480) (9.347.937)

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134 RelatóRio do conselho de administRação 2012

31 DE DEzEmBRO DE 2011 REtORNO GANhOS SERVIçOS CuStO ESPERADO DOS POR CORtES (NOtA 31)Valores em Euros CORRENtES DOS JuROS ACtIVOS DO PLANO NO PLANO OutROS tOtAL

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 442.569 - (53.326) - 389.243Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 213.781 1.659.766 (1.637.378) - - 236.169Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 23.282 33.824 - - - 57.106Responsabilidades por assistência na doença 244.182 642.929 - - (206.307) 680.804 481.245 2.779.088 (1.637.378) (53.326) (206.307) 1.363.322

O montante de Euros 10.392.571, regista-do no período findo em 31 de Dezembro de 2012, refere-se ao corte no plano de be-nefícios definidos – assistência na doença.

Os ganhos e perdas reconhecidos direc-tamente nos capitais próprios nos perío-dos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, são como segue:

31 DE DEzEmBRO DE 2012 GANhOS E PERDAS ACtuARIAIS OutROS ACtIVOS PLANOS tOtAL ImPOStO VALOR Valores em Euros DESVIOS ESt. VS REAL (NOtA 21.5) DIFERIDO LíquIDO Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 375.055 - 375.055 (118.182) 256.873Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 1.374.189 2.241.215 3.615.404 (1.078.569) 2.536.835Responsabilidades por subsídios de reforma 20.974 - 20.974 (5.693) 15.281Responsabilidades por assistência na doença 830.198 - 830.198 (250.123) 580.075 2.600.416 2.241.215 4.841.631 (1.452.567) 3.389.064

31 DE DEzEmBRO DE 2011 GANhOS E PERDAS ACtuARIAIS OutROS ACtIVOS PLANOS tOtAL ImPOStO VALOR Valores em Euros DESVIOS ESt. VS REAL (NOtA 21.5) DIFERIDO LíquIDO Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 489.404 - 489.404 (141.920) 347.484Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 3.320.776 (822.579) 2.498.197 (717.144) 1.781.053Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 12.897 - 12.897 (11.160) 1.737Responsabilidades por assistência na doença 126.833 - 126.833 (37.255) 89.578 3.949.910 (822.579) 3.127.331 (907.479) 2.219.852

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demonstRações financeiRas consolidadas 135

31 DE DEzEmBRO DE 2011 REtORNO GANhOS SERVIçOS CuStO ESPERADO DOS POR CORtES (NOtA 31)Valores em Euros CORRENtES DOS JuROS ACtIVOS DO PLANO NO PLANO OutROS tOtAL

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 442.569 - (53.326) - 389.243Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 213.781 1.659.766 (1.637.378) - - 236.169Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 23.282 33.824 - - - 57.106Responsabilidades por assistência na doença 244.182 642.929 - - (206.307) 680.804 481.245 2.779.088 (1.637.378) (53.326) (206.307) 1.363.322

31 DE DEzEmBRO DE 2012 GANhOS E PERDAS ACtuARIAIS OutROS ACtIVOS PLANOS tOtAL ImPOStO VALOR Valores em Euros DESVIOS ESt. VS REAL (NOtA 21.5) DIFERIDO LíquIDO Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 375.055 - 375.055 (118.182) 256.873Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 1.374.189 2.241.215 3.615.404 (1.078.569) 2.536.835Responsabilidades por subsídios de reforma 20.974 - 20.974 (5.693) 15.281Responsabilidades por assistência na doença 830.198 - 830.198 (250.123) 580.075 2.600.416 2.241.215 4.841.631 (1.452.567) 3.389.064

31 DE DEzEmBRO DE 2011 GANhOS E PERDAS ACtuARIAIS OutROS ACtIVOS PLANOS tOtAL ImPOStO VALOR Valores em Euros DESVIOS ESt. VS REAL (NOtA 21.5) DIFERIDO LíquIDO Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 489.404 - 489.404 (141.920) 347.484Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 3.320.776 (822.579) 2.498.197 (717.144) 1.781.053Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 12.897 - 12.897 (11.160) 1.737Responsabilidades por assistência na doença 126.833 - 126.833 (37.255) 89.578 3.949.910 (822.579) 3.127.331 (907.479) 2.219.852

O montante de Euros 4.841.631, regis-tado no período findo em 31 de De-zembro de 2012 em ganhos actuariais, reflecte a alteração dos pressupostos actuariais ocorrida no período, nomea-damente a taxa de crescimento salarial, a taxa de crescimento das pensões e a

taxa de juro técnica (Nota 23.2.2).Os gastos apresentados correspon-dem aos planos de benefícios defini-dos existentes no universo de empre-sas que constituem o Grupo os quais seguidamente se descrevem.

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136 RelatóRio do conselho de administRação 2012

23.2.1 CARACtERIzAçãO DOS PLANOS DE BENEFíCIOS DEFINIDOS

PLANOS DE BENEFíCIOS DEFINIDOS COm FuNDOS GERIDOS POR tERCEIRAS ENtIDADES

Responsabilidades por complemen-tos de pensões de reforma e sobre-vivência e subsídio de reforma

A Secil e as suas subsidiárias:

(i) CMP- Cimentos Maceira e Pataias, S.A.;

(ii) Unibetão- Industrias de Betão Prepa-rado, S.A.;

(iii) Cimentos Madeira, Lda.;

(iv) Betomadeira – Betões e Britas da Madeira, S.A.;

(v) Societé des Ciments de Gabès;

assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pe-cuniárias a título de complementos de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência e subsídio de reforma.

As responsabilidades derivadas destes planos são asseguradas por fundos au-tónomos, administrados por terceiros ou cobertas por apólices de seguro.

Estes planos são avaliados semestral-mente, às datas dos fechos intercalar e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e indepen-dentes, utilizando o método de crédito da unidade projectada.

PLANOS DE BENEFíCIOS DEFINIDOS A CARGO DO GRuPO

Responsabilidades por complemen-tos de pensões de reforma e sobre-vivência

As responsabilidades decorrentes dos re-formados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de Dezembro de 1987, são asseguradas directamente pela Secil. De igual forma, as responsa-bilidades assumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas direc-tamente pela empresa.

Em 26 de Junho de 2012, as responsa-bilidades a cargo da Cimentos Madeira, Lda. e Betomadeira- Betões e Britas da Madeira, S.A. relativas a todos os refor-mados e pensionistas que se encon-travam a receber uma pensão, foram transferidas para o Plano de Pensões de Benefícios Definidos da Cimentos Ma-deira o qual integrou o Fundo de Pen-sões Secil.

Estes planos são igualmente avaliados semestralmente, por entidades indepen-dentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura correspon-dentes aos prémios únicos das rendas vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com actuais pensio-nistas e o método de crédito da unidade projectada, na avaliação das responsa-bilidades com activos.

Responsabilidades por assistência na doença

A Secil e a suas subsidiárias CMP - Ci-mentos Maceira e Pataias, S.A., Cimen-tos Madeira, Lda. e Secil Britas, S.A. mantêm com os seus empregados regi-mes de assistência na doença, de natu-reza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, extensivo a familiares, pré-reformados e reformados e viúvas, através de um seguro contratado.

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demonstRações financeiRas consolidadas 137

Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma

As subsidiárias do Grupo a seguir iden-tificadas assumiram com os seus traba-lhadores a responsabilidade pelo paga-mento de subsídio de reforma por velhice e por invalidez com os seguintes critérios de atribuição:

(i) Na Secil Angola, S.A.R.L. e Secil Lo-bito, S.A. (Angola), na data da reforma, de acordo com a Lei Geral do Trabalho

Nº 2/2000, um subsídio de reforma que representa um quarto do último salário multiplicado pelo nº de anos ao serviço na empresa;(ii) Na Societé des Ciments de Gabès (Tunísia), na data da reforma, com base no Acordo Colectivo de Trabalho, artigo 52, um subsídio de reforma, que repre-senta: (i) 2 meses do último salário, se o trabalhador tem menos de 30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do últi-mo salário, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao serviço da empresa.

23.2.2 RESPONSABILIDADES E mOVImENtOS OCORRIDOSNO PERíODO COmPARAtIVAmENtECOm O PERíODO ANtERIOR

Pressupostos utilizados na avaliação das responsabilidades

Os estudos actuariais efectuados por entidades independentes, com referên-cia a 31 de Dezembro de 2012 e 2011, para efeitos de apuramento nessas da-tas das responsabilidades por serviços passados, tiveram por base os seguin-tes pressupostos:

31/12/12 31/12/11 Fórmula de Benefícios da Segurança Social Decreto-Lei nº 187/2007 Decreto-Lei nº 187/2007 de 10 de Maio de 10 de MaioTabelas de invalidez EKV 80 EKV 80 Tabelas de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Taxa de crescimento salarial 1,50% 2,50%Taxa de juro técnica 5,00% 5,25%Taxa de crescimento das pensões 0,90% 1,575%Taxa de crescimento das despesas de saúde 4,60% 4,60%

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138 RelatóRio do conselho de administRação 2012

31/12/12 31/12/11 FuNDO APóLICE ASSumIDO FuNDO APóLICE ASSumIDO Valores em Euros AutóNOmO DE SEGuRO PELO GRuPO tOtAL AutóNOmO DE SEGuRO PELO GRuPO tOtAL Responsabilidades por serviços passados - Activos 244.706 266.623 - 511.329 2.609.223 1.586.388 - 4.195.611- Aposentados 22.218.813 - 6.739.718 28.958.531 24.324.101 - 7.871.240 32.195.341Valor de mercado dos fundos (27.491.958) (171.754) - (27.663.712) (28.197.183) (2.311.813) - (30.508.996)Insuficiência / (excesso) (5.028.439) 94.869 6.739.718 1.806.148 (1.263.859) (725.425) 7.871.240 5.881.956

Responsabilidades por serviços passados com planos de benefícios de reforma e sobrevivência

De acordo com os estudos actuarias re-portados a 31 de Dezembro de 2012 e

2011, o valor presente da obrigação cor-respondente a planos de reforma, bem como os valores de mercado dos fun-dos/ apólices de seguro a eles afectos são como se segue:

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a evo-lução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução:

31/12/12 31/12/11 FuNDO APóLICE ASSumIDO FuNDO APóLICE ASSumIDO Valores em Euros AutóNOmO DE SEGuRO PELO GRuPO tOtAL AutóNOmO DE SEGuRO PELO GRuPO tOtAL Responsabilidades no início do período 26.933.324 1.586.388 7.871.240 36.390.952 31.088.838 1.315.576 9.514.329 41.918.743 Variação cambial - (14.910) - (14.910) - (2.865) - (2.865)Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes 197.946 9.576 - 207.522 153.144 60.637 - 213.781 Custos com serviços passados - - - - - - - - Custo dos juros 1.281.590 16.597 381.509 1.679.696 1.566.973 92.793 442.569 2.102.335 Retorno esperado dos activos do plano (1.468.161) (65.100) - (1.533.261) (1.523.395) (113.983) - (1.637.378) Perdas / (Ganhos) por cortes nos planos (138.078) - - (138.078) - - (53.326) (53.326)Valores registados nos capitais próprios: Ganhos e perdas actuariais (1.421.879) 47.690 (375.055) (1.749.244) (3.095.108) (225.668) (489.404) (3.810.180) Retorno estimado dos fundos de pensões 1.468.161 65.100 - 1.533.261 1.523.395 113.983 - 1.637.378 Reformas processadas - (79.320) - (79.320) - (11.905) - (11.905)Transferência de responsabilidades 1.392.375 (1.299.398) (92.977) - - 357.820 (407.603) (49.783)Cortes / Liquidações do plano (3.054.120) - - (3.054.120) - - - - Pensões pagas no período (2.727.639) - (1.044.999) (3.772.638) (2.780.523) - (1.135.325) (3.915.848) Responsabilidades no fim do período 22.463.519 266.623 6.739.718 29.469.860 26.933.324 1.586.388 7.871.240 36.390.952

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demonstRações financeiRas consolidadas 139

31/12/12 31/12/11 FuNDO APóLICE ASSumIDO FuNDO APóLICE ASSumIDO Valores em Euros AutóNOmO DE SEGuRO PELO GRuPO tOtAL AutóNOmO DE SEGuRO PELO GRuPO tOtAL Responsabilidades por serviços passados - Activos 244.706 266.623 - 511.329 2.609.223 1.586.388 - 4.195.611- Aposentados 22.218.813 - 6.739.718 28.958.531 24.324.101 - 7.871.240 32.195.341Valor de mercado dos fundos (27.491.958) (171.754) - (27.663.712) (28.197.183) (2.311.813) - (30.508.996)Insuficiência / (excesso) (5.028.439) 94.869 6.739.718 1.806.148 (1.263.859) (725.425) 7.871.240 5.881.956

31/12/12 31/12/11 FuNDO APóLICE ASSumIDO FuNDO APóLICE ASSumIDO Valores em Euros AutóNOmO DE SEGuRO PELO GRuPO tOtAL AutóNOmO DE SEGuRO PELO GRuPO tOtAL Responsabilidades no início do período 26.933.324 1.586.388 7.871.240 36.390.952 31.088.838 1.315.576 9.514.329 41.918.743 Variação cambial - (14.910) - (14.910) - (2.865) - (2.865)Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes 197.946 9.576 - 207.522 153.144 60.637 - 213.781 Custos com serviços passados - - - - - - - - Custo dos juros 1.281.590 16.597 381.509 1.679.696 1.566.973 92.793 442.569 2.102.335 Retorno esperado dos activos do plano (1.468.161) (65.100) - (1.533.261) (1.523.395) (113.983) - (1.637.378) Perdas / (Ganhos) por cortes nos planos (138.078) - - (138.078) - - (53.326) (53.326)Valores registados nos capitais próprios: Ganhos e perdas actuariais (1.421.879) 47.690 (375.055) (1.749.244) (3.095.108) (225.668) (489.404) (3.810.180) Retorno estimado dos fundos de pensões 1.468.161 65.100 - 1.533.261 1.523.395 113.983 - 1.637.378 Reformas processadas - (79.320) - (79.320) - (11.905) - (11.905)Transferência de responsabilidades 1.392.375 (1.299.398) (92.977) - - 357.820 (407.603) (49.783)Cortes / Liquidações do plano (3.054.120) - - (3.054.120) - - - - Pensões pagas no período (2.727.639) - (1.044.999) (3.772.638) (2.780.523) - (1.135.325) (3.915.848) Responsabilidades no fim do período 22.463.519 266.623 6.739.718 29.469.860 26.933.324 1.586.388 7.871.240 36.390.952

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140 RelatóRio do conselho de administRação 2012

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a evolu-ção do património dos fundos/ apólices de seguro é conforme se segue:

31/12/12 31/12/11 FuNDO CAPItAL FuNDO CAPItALValores em Euros AutóNOmO SEGuRO AutóNOmO SEGuRO Saldo inicial 28.197.183 2.311.813 30.258.774 2.146.399 Variação cambial - (10.421) - (952)Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago 90.669 50.011 - 82.404 Rendimento dos fundos no período 3.779.521 (5.045) 718.932 95.867 Pensões pagas (2.727.639) - (2.780.523) - Reformas processadas - (79.320) - (11.905)Transferência de responsabilidades para o Fundo 2.095.284 (2.095.284) - - Cortes / Liquidações do plano (3.943.060) - - - Saldo final 27.491.958 171.754 28.197.183 2.311.813

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demonstRações financeiRas consolidadas 141

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a composição dos fundos é conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Acções 4.123.794 3.020.802Obrigações - taxa fixa 15.395.496 5.160.000Dívida Pública 7.422.829 18.693.582Imobiliário - 151.858Liquidez 549.839 1.170.941 27.491.958 28.197.183

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142 RelatóRio do conselho de administRação 2012

31/12/12 31/12/11 ASSIStêNCIA SuBSíDIO ASSIStêNCIA REFORmA Valores em Euros NA DOENçA DE REFORmA tOtAL NA DOENçA E mORtE tOtAL

Responsabilidades por serviços passados - Activos 10.240 430.715 440.955 4.455.422 433.921 4.889.343 - Aposentados 973.696 - 973.696 7.663.471 - 7.663.471 983.936 430.715 1.414.651 12.118.893 433.921 12.552.814

Responsabilidades por serviços passados com outros benefícios pós emprego

De acordo com os estudos actuariais efectuados por entidades independen-tes, com referência a 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o valor actual das res-ponsabilidades com outros benefícios de reforma é o seguinte:

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a evo-lução das responsabilidades do Gru-po com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução:

31/12/12 31/12/11 ASSIStêNCIA SuBSíDIO ASSIStêNCIA REFORmA Valores em Euros NA DOENçA DE REFORmA tOtAL NA DOENçA E mORtE tOtAL

Responsabilidades no início do período 12.118.893 433.921 12.552.814 12.378.709 1.175.332 13.554.041Variação cambial - (12.069) (12.069) - 11.338 11.338Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes 194.153 64.471 258.624 244.182 23.282 267.464 Custo dos juros 604.765 8.275 613.040 642.929 33.824 676.753 Alterações no plano (10.392.571) (42.909) (10.435.480) (206.307) - (206.307)Valores registados nos capitais próprios (830.198) (20.974) (851.172) (126.833) (12.897) (139.730)Transferência de responsabilidades - - - - (796.958) (796.958)Benefícios pagos no período (711.106) - (711.106) (813.787) - (813.787)Responsabilidades no fim do período 983.936 430.715 1.414.651 12.118.893 433.921 12.552.814

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demonstRações financeiRas consolidadas 143

31/12/12 31/12/11 ASSIStêNCIA SuBSíDIO ASSIStêNCIA REFORmA Valores em Euros NA DOENçA DE REFORmA tOtAL NA DOENçA E mORtE tOtAL

Responsabilidades por serviços passados - Activos 10.240 430.715 440.955 4.455.422 433.921 4.889.343 - Aposentados 973.696 - 973.696 7.663.471 - 7.663.471 983.936 430.715 1.414.651 12.118.893 433.921 12.552.814

31/12/12 31/12/11 ASSIStêNCIA SuBSíDIO ASSIStêNCIA REFORmA Valores em Euros NA DOENçA DE REFORmA tOtAL NA DOENçA E mORtE tOtAL

Responsabilidades no início do período 12.118.893 433.921 12.552.814 12.378.709 1.175.332 13.554.041Variação cambial - (12.069) (12.069) - 11.338 11.338Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes 194.153 64.471 258.624 244.182 23.282 267.464 Custo dos juros 604.765 8.275 613.040 642.929 33.824 676.753 Alterações no plano (10.392.571) (42.909) (10.435.480) (206.307) - (206.307)Valores registados nos capitais próprios (830.198) (20.974) (851.172) (126.833) (12.897) (139.730)Transferência de responsabilidades - - - - (796.958) (796.958)Benefícios pagos no período (711.106) - (711.106) (813.787) - (813.787)Responsabilidades no fim do período 983.936 430.715 1.414.651 12.118.893 433.921 12.552.814

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144 RelatóRio do conselho de administRação 2012

23.3 BENEFíCIOS A LONGO PRAzO

Responsabilidades por prémios de antiguidade

A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilida-de pelo pagamento de prémios àqueles que atingem 25 anos de antiguidade nas referidas empresas, os quais são pa-gos no ano em que o trabalhador perfaz aquele número de anos ao serviço da Empresa.

Responsabilidades por subsídio por morte

A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilida-de pelo pagamento de um subsídio por morte do trabalhador activo, de igual valor a 1 mês do último salário auferido.

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a evo-lução das responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a seguinte evolução:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Prémios de antiguidade 551.207 916.628Subsídios por morte 53.853 71.736 05.060 988.364

31/12/12 31/12/11 PRémIOS DE SuBSíDIOS PRémIOS DE SuBSíDIOSValores em Euros ANtIGuIDADE POR mORtE tOtAL ANtIGuIDADE POR mORtE tOtAL

Responsabilidades no início do período 916.628 71.736 988.364 1.365.244 - 1.365.244Serviços correntes 39.968 4.063 44.031 85.892 32.501 118.393Custo dos juro 43.849 3.979 47.828 105.063 46.160 151.223Ganhos e perdas actuariais (111.403) (21.765) (133.168) (363.773) (772.726) (1.136.499)Transferência de responsabilidades (Nota 23.2.2) - - - 846.741 846.741Benefícios pagos no período (337.835) (4.160) (341.995) (275.798) (80.940) (356.738)Responsabilidades no fim do período 551.207 53.853 605.060 916.628 71.736 988.364

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demonstRações financeiRas consolidadas 145

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Prémios de antiguidade 551.207 916.628Subsídios por morte 53.853 71.736 05.060 988.364

31/12/12 31/12/11 PRémIOS DE SuBSíDIOS PRémIOS DE SuBSíDIOSValores em Euros ANtIGuIDADE POR mORtE tOtAL ANtIGuIDADE POR mORtE tOtAL

Responsabilidades no início do período 916.628 71.736 988.364 1.365.244 - 1.365.244Serviços correntes 39.968 4.063 44.031 85.892 32.501 118.393Custo dos juro 43.849 3.979 47.828 105.063 46.160 151.223Ganhos e perdas actuariais (111.403) (21.765) (133.168) (363.773) (772.726) (1.136.499)Transferência de responsabilidades (Nota 23.2.2) - - - 846.741 846.741Benefícios pagos no período (337.835) (4.160) (341.995) (275.798) (80.940) (356.738)Responsabilidades no fim do período 551.207 53.853 605.060 916.628 71.736 988.364

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146 RelatóRio do conselho de administRação 2012

24. PASSIVOS FINANCEIROS

24.1 CAtEGORIAS DE PASSIVOS FINANCEIROS

As categorias de passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são detalhadas conforme se segue:

31/12/12 31/12/11 Valores em Euros CORRENtE NãO CORRENtE tOtAL CORRENtE NãO CORRENtE tOtAL

Passivos financeiros ao custo: Fornecedores 35.728.624 - 35.728.624 48.893.383 - 48.893.383Financiamentos obtidos 35.354.394 324.097.871 359.452.265 48.108.512 159.756.339 207.864.851Outras contas a pagar 30.946.151 - 30.946.151 39.407.219 - 39.407.219 102.029.169 324.097.871 426.127.040 136.409.114 159.756.339 296.165.453

24.2 PASSIVOS FINANCEIROS - FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Fornecedores c/c 28.212.369 39.028.006Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 37) 496.136 3.645.079Facturas em recepção e conferência 7.020.119 6.220.298 35.728.624 48.893.383

24.3 PASSIVOS FINANCEIROS – FINANCIAmENtOS OBtIDOS

Os financiamentos obtidos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são deta-lhados conforme se segue: 31/12/12 31/12/11 Valores em Euros CORRENtE NãO CORRENtE tOtAL CORRENtE NãO CORRENtE tOtAL

Empréstimos obrigacionistas: SBI 2007 - 40.000.000 40.000.000 - 40.000.000 40.000.000 Secil 2012 - 60.000.000 60.000.000 - - -Empréstimos bancários 25.175.207 212.256.950 237.432.157 28.715.789 108.169.265 136.885.054Descobertos bancários (Nota 4) 10.929.178 - 10.929.178 18.800.808 - 18.800.808Outros empréstimos: Obtidos no âmbito do POE - - - 56.214 - 56.214 Obtidos no âmbito do QREN 1.143.146 8.741.551 9.884.697 - 7.921.126 7.921.126Locação financeira - rendas a pagar (Nota 12) 551.933 3.099.370 3.651.303 535.701 3.665.948 4.201.649Comissões bancárias de empréstimos (2.445.070) - (2.445.070) - - - 35.354.394 324.097.871 359.452.265 48.108.512 159.756.339 207.864.851

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demonstRações financeiRas consolidadas 147

31/12/12 31/12/11 Valores em Euros CORRENtE NãO CORRENtE tOtAL CORRENtE NãO CORRENtE tOtAL

Passivos financeiros ao custo: Fornecedores 35.728.624 - 35.728.624 48.893.383 - 48.893.383Financiamentos obtidos 35.354.394 324.097.871 359.452.265 48.108.512 159.756.339 207.864.851Outras contas a pagar 30.946.151 - 30.946.151 39.407.219 - 39.407.219 102.029.169 324.097.871 426.127.040 136.409.114 159.756.339 296.165.453

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Fornecedores c/c 28.212.369 39.028.006Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 37) 496.136 3.645.079Facturas em recepção e conferência 7.020.119 6.220.298 35.728.624 48.893.383

31/12/12 31/12/11 Valores em Euros CORRENtE NãO CORRENtE tOtAL CORRENtE NãO CORRENtE tOtAL

Empréstimos obrigacionistas: SBI 2007 - 40.000.000 40.000.000 - 40.000.000 40.000.000 Secil 2012 - 60.000.000 60.000.000 - - -Empréstimos bancários 25.175.207 212.256.950 237.432.157 28.715.789 108.169.265 136.885.054Descobertos bancários (Nota 4) 10.929.178 - 10.929.178 18.800.808 - 18.800.808Outros empréstimos: Obtidos no âmbito do POE - - - 56.214 - 56.214 Obtidos no âmbito do QREN 1.143.146 8.741.551 9.884.697 - 7.921.126 7.921.126Locação financeira - rendas a pagar (Nota 12) 551.933 3.099.370 3.651.303 535.701 3.665.948 4.201.649Comissões bancárias de empréstimos (2.445.070) - (2.445.070) - - - 35.354.394 324.097.871 359.452.265 48.108.512 159.756.339 207.864.851

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148 RelatóRio do conselho de administRação 2012

A subsidiária Secil Betões e Inertes, S.A., contraiu no dia 22 de Outubro de 2007, um empréstimo obrigacionista pelo mon-tante global de Euros 40.000.000. Estas obrigações foram totalmente subscritas e realizadas no acto da subscrição e encontram-se representadas por valo-res mobiliários escriturais. As obrigações foram emitidas por oferta particular e directa. Os juros dos cupões são pagos semestral e postecipadamente em 22 de Outubro e 22 de Abril de cada ano. O reembolso das obrigações far-se-á na data de pagamento do 20º cupão, ou seja 22 de Outubro de 2017. Poderá ser solicitado o reembolso antecipado (“Call Option), total ou parcial, nas 10ª, 12ª, 14ª, 16ª e 18ª datas de pagamento de juros.

Em 6 de Julho de 2011, a Secil celebrou um contrato de financiamento com um sindicato bancário no montante de Euros 69.305.627, tendo em vista a aquisição da sociedade Uniconcreto S.A., o qual tem maturidade a cinco anos com reembolsos

de capital e vencimento de juros semes-trais. À data de 31 de Dezembro de 2012 o valor deste financiamento ascende a Eu-ros 60.226.590 (Nota 42.2).

Em 21 de Dezembro de 2012, a Secil ce-lebrou um contrato de emissão obriga-cionista no montante Euros 60.000.000. Estas obrigações foram totalmente subs-critas e realizadas no acto da subscrição e encontram-se representadas por valo-res mobiliários escriturais ao portador. As obrigações foram emitidas por oferta particular e directa. Os juros dos cupões são pagos semestral e postecipadamen-te em 28 de Junho e 28 de Dezembro de cada ano. O reembolso das obrigações será efectuado ao par, de uma só vez, em 28 de Dezembro de 2017.

A parcela classificada como não cor-rente em 31 de Dezembro de 2012 e em 2011 tem o seguinte plano de reembolso definido:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 1 a 2 anos 60.320.200 39.977.4362 a 3 anos 87.983.099 22.863.0973 a 4 anos 24.350.354 27.040.0784 a 5 anos 107.249.886 19.672.865Mais de 5 anos 44.194.332 50.202.863 324.097.871 159.756.339

Créditos concedidos e não sacados

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os créditos bancários concedidos e não sa-cados ascendiam a Euros 237.580.265 e Euros 362.681.655 respectivamente.

Financial Covenants

Existem três contratos de financiamento com entidades bancárias que obrigam ao cumprimento de um rácio financeiro

de Dívida Financeira Liquida / EBITDA. À data de 31 de Dezembro de 2012 esse rácio não se encontrava cumprido. Foi solicitado pela Secil e aceite pelas res-pectivas contrapartes um ‘waiver’ rela-tivo a este incumprimento, estando em negociação as suas condições defini-tivas, não sendo de esperar quaisquer consequências adversas para a Secil.A entidade conjuntamente controlada Secil Prebetão celebrou um contrato de financiamento sob a forma de emissão

de papel comercial no montante máximo de Euros 5.000.000 com uma instituição bancária cujo vencimento terá lugar a 9 de Abril de 2015. O referido contrato prevê o cumprimento de um rácio finan-ceiro relativo ao Rácio de Dívida Finan-ceira Liquida / EBITDA. À data de 31 de Dezembro de 2012, a empresa não cumpre o referido rácio financeiro, tendo solicitado à instituição financeira a con-cessão de um ‘waiver’, o qual se encon-tra em discussão/negociação.

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demonstRações financeiRas consolidadas 149

24.4 PASSIVOS FINANCEIROS – OutRAS CONtAS A PAGAR

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as outras contas a pagar correntes deta-lham-se como se segue:

A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 detalha-se conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Fornecedores de imobilizado c/c 3.167.463 12.013.170Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 37) 43.516 48.144Outros credores 3.237.930 4.740.988Outros credores - partes relacionadas (Nota 37) 2.723 -Credores por acréscimos de gastos 24.494.519 22.604.917 30.946.151 39.407.219

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Seguros 103.520 259.063Custos com o pessoal 9.660.439 10.820.242Juros a pagar 1.926.356 2.355.896Periodificação de gastos com energia 6.181.411 4.317.865Serviços de transporte 1.259.434 951.662Accionistas (Nota 37) 1.831.425 152.614Serviços bancários 686.296 -Outros 2.845.638 3.747.575 24.494.519 22.604.917

25. ADIANtAmENtOS DE CLIENtES E A FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 as rubricas “Adiantamentos de clien-tes” e “Adiantamentos a fornecedores” apresentam a seguinte composição:

ACtIVO PASSIVOValores em Euros 31/12/12 31/12/11 31/12/12 31/12/11 Adiantamentos a fornecedores 1.978.167 1.222.936 2.030.936 -Adiantamentos de clientes - - - 1.840.989 1.978.167 1.222.936 2.030.936 1.840.989

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150 RelatóRio do conselho de administRação 2012

ACtIVO PASSIVO Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 31/12/12 31/12/11 Imposto sobre o rendimento 9.302.013 10.641.385 28.197.297 29.023.177 Retenções de imposto sobre o rendimento 106.014 68.894 4.778.157 3.156.147 Imposto sobre o Valor Acrescentado 3.275.695 2.579.358 2.053.951 2.391.623 Contribuição para a Segurança Social - - 1.338.510 1.598.357 Restantes Impostos 335.049 352.298 482.511 321.326 13.018.771 13.641.935 36.850.426 36.490.630

26. EStADO E OutROS ENtESPúBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Estado e outros entes públicos” detalha-se conforme se segue:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a seguinte decomposição:

31/12/12 31/12/11 SALDO SALDO SALDO Valores em Euros DEVEDOR CREDOR LíquIDO LíquIDO Imposto sobre o rendimento do período (Nota 16) (3.455.323) 2.622.036 6.077.359 12.873.036Ajustamento cambial - (56.960) (56.960) 181.887Pagamentos por conta 3.033.579 (208.701) (3.242.280) (11.430.796)Retenções na fonte a recuperar 6.578.125 (13.646) (6.591.771) (4.859.466)IRC de períodos anteriores 3.145.632 408.025 (2.737.607) (3.853.319)Liquidações adicionais - 25.446.543 25.446.543 25.470.450 9.302.013 28.197.297 18.895.284 18.381.792

A rubrica de IRC de períodos anteriores inclui o montante de Euros 1.968.087 re-lativo ao Incentivo fiscal à internacionali-zação previsto no Decreto-Lei 401/99 de 14 de Outubro, no âmbito da aquisição da Societé des Ciments de Gabès. O in-centivo consiste numa dedução à colec-ta de 10% do investimento efectuado, no valor máximo de Euros 5.985.575.

A referida candidatura, embora com pa-recer favorável do ICEP foi recusada pela Administração Fiscal, tendo a empresa recorrido judicialmente da decisão. A ac-ção judicial teve início, em 2004, no Tri-bunal Administrativo e Fiscal de Almada, o qual, em 18 de Janeiro de 2008 veio a decidir favoravelmente à Secil, ten-do sido registado no período de 2007 o montante de Euros 5.985.575. No perío-do findo em 31 de Dezembro de 2009, a

Administração Fiscal procedeu ao paga-mento de parte do benefício e ao proces-samento de juros compensatórios e de mora ficando por receber o montante de Euros 1.968.087, o qual corresponde: (i) ao crédito de Euros 1.759.819, referente ao período de 2002 e (ii) respectivos juros compensatórios de Euros 208.268, que foi compensado com a liquidação adicio-nal de IRC de 2002, a qual se encontra garantida e impugnada judicialmente.

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demonstRações financeiRas consolidadas 151

ACtIVO PASSIVO Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 31/12/12 31/12/11 Imposto sobre o rendimento 9.302.013 10.641.385 28.197.297 29.023.177 Retenções de imposto sobre o rendimento 106.014 68.894 4.778.157 3.156.147 Imposto sobre o Valor Acrescentado 3.275.695 2.579.358 2.053.951 2.391.623 Contribuição para a Segurança Social - - 1.338.510 1.598.357 Restantes Impostos 335.049 352.298 482.511 321.326 13.018.771 13.641.935 36.850.426 36.490.630

27. DIFERImENtOS ACtIVOS E PASSIVOS

O saldo da rubrica de “Diferimentos activos e passivos”, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, detalha-se conforme se segue:

ACtIVO PASSIVOValores em Euros 31/12//12 31/12/11 31/12/12 31/12/11 Seguros 187.190 86.051 - -Rendas e alugueres 277.533 335.351 - -Comissões de empréstimos bancários - 2.799.710 - -Contrato de troca licenças de emissão - - 223.000 223.000Outros 414.695 210.339 88.026 120.818 879.418 3.431.451 311.026 343.818

Em Junho de 2011, o Grupo celebrou um contrato segundo o qual recebeu o montante de Euros 223.000 comprome-tendo-se a realizar as seguintes trocas futuras de licenças de emissão:

maturidade CER (tON) EuA (tON) 27 de Junho 2011 (330.177) 330.17710 de Dezembro de 2011 (335.000) 335.00010 de Dezembro de 2012 (335.000) 335.000até 1 de Abril de 2014 1.000.177 (1.000.177)

O Grupo irá utilizar as licenças trocadas no âmbito deste contrato para entregar à Entidade Coordenadora do Licencia-mento como pagamento das suas res-ponsabilidades pelas emissões de ga-ses com efeitos de estufa a efectuar nos períodos futuros respectivos.

Assim, o Grupo entende que as transac-ções realizadas e a realizar constituem uma promessa de troca de activos simi-lares com idêntica utilidade e valor eco-nómico de uso para a Secil, e que não sujeita o Grupo a riscos de volatilidade

futura dos preços de mercado destas licenças, pelo que o rédito correspon-dente será reconhecido nos resultados do período na data em que ocorra o seu recebimento e o respectivo usufruto económico relativo às respectivas tran-sacções a realizar.

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152 RelatóRio do conselho de administRação 2012

29. RESuLtADO APROPRIADO DE EmPRESAS ASSOCIADAS

Nos períodos findos em 31 de Dezem-bro de 2012 e 2011, o Grupo apropriou--se de resultados em empresas associa-das conforme se segue: Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Resultados apropriados em associadas Chryso - Aditivos de Portugal. S.A. - (9.468) Setefrete. SGPS. S.A. 170.897 960.510 J.M. Henriques. Lda. (4.287) 6.198 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética. S.A. 234.729 12.574 (Nota 15) 401.339 969.814 Viroc Portugal - Ind. Madeiras e Cimento. S.A. (326.071) (621.348) Chryso - Aditivos de Portugal. S.A. (80.452) - (Nota 22) (406.523) (621.348) (5.184) 348.466Outros ganhos / (perdas) em participações financeiras Reversão de perdas por imparidade (Nota 15) - 100 (Nota 16.1) (5.184) 348.566

28. VENDAS E SERVIçOS PREStADOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresenta a seguinte composição:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Vendas 425.697.762 477.661.784Serviços prestados 25.641.943 30.540.654Descontos de pronto pagamento concedidos (1.107.093) (1.298.970) 450.232.612 506.903.468

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demonstRações financeiRas consolidadas 153

31. GAStOS COm O PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica de gastos com o pessoal de-compõe-se como se segue:

30. FORNECImENtOS E SERVIçOS ExtERNOS

A rubrica “Fornecimentos e serviços ex-ternos” nos períodos findos em 31 de De-zembro de 2012 e 2011 é detalhada con-forme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Remunerações dos Orgãos Sociais 4.590.062 4.938.427Remunerações do pessoal 50.450.289 54.392.322

Benefícios pós-emprego: Contribuição definida (Nota 23) 1.057.564 724.554 Benefícios definidos (Nota 23) (9.347.937) 1.363.322Outros benefícios a longo prazo (Nota 23) (41.309) (866.883)Indemnizações 11.399.375 2.575.021Outros gastos com pessoal 16.897.640 18.358.356 75.005.684 81.485.119

A rubrica de remunerações dos mem-bros dos órgãos sociais, incluindo pré-mios de desempenho, nos períodos fin-dos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 compõe-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11

Subcontratos 14.440.696 24.834.810Serviços especializados 41.910.509 38.103.027Materiais 691.804 916.088Energia e fluidos 47.342.902 44.242.791Deslocações. estadas e transportes 44.246.137 44.348.951Serviços diversos 21.985.223 29.769.768 170.617.271 182.215.435

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Conselho de Administração da Secil 3.408.672 3.702.683Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias 1.181.390 1.235.744 4.590.062 4.938.427

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154 RelatóRio do conselho de administRação 2012

31/12/12 31/12/11 PAíS/SEGmENtO CImENtO BEtõES AGREGADOS OutROS tOtAL CImENtO BEtõES AGREGADOS OutROS tOtAL Portugal 525 243 132 157 1,057 678 310 177 173 1,338Líbano 430 76 - - 506 433 78 - - 511Tunísia 290 88 - - 378 316 97 - - 413Angola 266 - - 4 270 288 - - - 288Outros - - - 2 2 - - - 3 3total 1.522 407 155 163 2.247 1.728 485 200 176 2.589

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o número de colaboradores ao servi-ço das diversas empresas do Grupo, repartidos por segmento de negócio, detalha-se conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito (Nota 21.5.3) 16.341.609 31.377.538Subsídios ao investimento (Nota 21.5.3) 925.272 1.055.733Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 1.024.588 847.875Proveitos suplementares 2.368.248 1.834.279Alienação de licenças de emissão (Nota 14) 7.561.300 12.582.694 “Swap” de licenças de emissão 1.694.672 1.694.672Diferenças de câmbio favoráveis 1.840.109 2.724.155Proveitos com tratamento de resíduos 835.916 1.630.246Ganhos na alienação de interesses em subsidiárias. assoc. e emp. conjuntos - 4.694.393Ganhos com instrumentos financeiros - Forwards cambiais (Nota 39) 161.231 -Rendimentos e ganhos nos activos financeiros 110.358 8.001Outros 6.265.885 5.119.520 39.129.188 63.569.106

As diferenças de câmbio favoráveis re-gistadas no período findo 31 de Dezem-bro de 2012 referem-se essencialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e data da respectiva liquidação financeira do passivo relacionado, assim como à ac-tualização cambial de activos e passivos

intra-grupo em moeda estrangeira, sen-do o seu montante justificado em grande parte pela variação ocorrida na cotação do dólar americano durante o período em análise.

Em 5 de Setembro de 2008 e 19 de No-vembro de 2008, o Grupo celebrou com

uma instituição financeira contratos de troca de “EU Emmission Allowances” (EUA) por “Certified Emmission Reduc-tions” (CER) que implicavam recebimen-tos futuros. Em 3 e 4 de Dezembro esses contratos atingiram a sua maturidade e foi reconhecido o respectivo recebimen-to no montante de Euros 1.694.672.

32. OutROS RENDImENtOS E GANhOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outros rendimentos e ganhos” decompõe-se como se segue:

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31/12/12 31/12/11 PAíS/SEGmENtO CImENtO BEtõES AGREGADOS OutROS tOtAL CImENtO BEtõES AGREGADOS OutROS tOtAL Portugal 525 243 132 157 1,057 678 310 177 173 1,338Líbano 430 76 - - 506 433 78 - - 511Tunísia 290 88 - - 378 316 97 - - 413Angola 266 - - 4 270 288 - - - 288Outros - - - 2 2 - - - 3 3total 1.522 407 155 163 2.247 1.728 485 200 176 2.589

33. OutROS GAStOS E PERDAS

A decomposição da rubrica “Outros gastos e perdas” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:

Os gastos e perdas em activos não fi-nanceiros no período findo em 31 de Dezembro de 2012 incluem o montante de Euros 11.035.530 (Nota 20) relativo a perdas em activos não correntes detidos para venda.

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Gastos e perdas em activos não financeiros 11.214.922 3.553.394Gastos e perdas em activos financeiros 2.100 -Donativos 848.237 845.532Impostos indirectos 2.189.515 2.271.179Diferenças câmbiais desfavoráveis 2.234.121 2.460.897 Despesas bancárias 1.062.691 986.602 Perdas com instrumentos financeiros - Forwards cambiais (Nota 39) - 122.952 Outros gastos operacionais 3.605.681 2.382.210 21.157.267 12.622.766

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156 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Activos fixos tangíveis (Nota 11) 52.596.007 54.539.846Propriedades de investimento (Nota 13) 18.791 18.520Activos intangíveis (Nota 14) 16.610.376 30.578.163Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações 69.225.174 85.136.529 Activos fixos tangíveis (Nota 11) 9.930.668 -Activos não correntes detidos para venda (Nota 20) 6.118.657 -(Reversão)/ Imparidades no período de licenças de emissão (Nota 14) (234.906) 826.654Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis (perdas / (reversões)) 15.814.419 826.654

35. RESuLtADOS FINANCEIROS LíquIDOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os resultados financeiros líquidos decom-põem-se como se segue:

34. GAStOS/ REVERSõES DE DEPRECIAçõES, AmORtIzAçõES E ImPARIDADES

A decomposição da rubrica “Gastos/ re-versões de depreciações, amortizações e imparidades” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é con-forme se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Juros e rendimentos similares obtidos: Outros juros obtidos 2.862.169 2.820.437 Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 37) 2.529.831 153.672 Outros proveitos e ganhos financeiros 7.286 19.831 5.399.286 2.993.940Juros e gastos similares suportados: Juros suportados com outros empréstimos obtidos (15.671.775) (8.409.417) Juros suportados - partes relacionadas (Nota 37) (26.568) (15.615) Diferenças de cambio favoráveis / (desfavoráveis) em financiamentos obtidos (360.449) 1.004.742

Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros - Swaps taxa juro: Juros incorridos (1.060.611) (893.002) Componente ineficaz do instrumento financeiro (Nota 39) (139.182) (197.750) Actualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 22) (337.134) (395.388) Outros custos e gastos financeiros (548.166) (256.714) (18.143.885) (9.163.144)

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36. RESuLtADO POR ACçãO O resultado por acção, dos períodos fin-dos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, é determinado conforme se segue:

Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as acções da Secil, pelo que não existe diluição dos resul-tados.

O número médio ponderado de acções encontra-se deduzido do número de acções próprias de 4.184.460 detidas pela Secil e pela sua subsidiária Hewbol S.G.P.S., Lda. (Nota 21.1).

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe (38.459.143) 22.934.710 Número médio ponderado de acções 48.735.540 48.735.540 Resultado básico por acção (0.789) 0.471 Resultado diluído por acção (0.789) 0.471

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158 RelatóRio do conselho de administRação 2012

37. PARtES RELACIONADAS

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foram efectua-das as seguintes transacções com partes relacionadas:

31 DE DEzEmBRO DE 2011 JuROS VENDAS OutROS AquISIçãO DE SuPORtADOS E SERVIçOS RENDImENtOS JuROS OBtIDOSValores em Euros BENS E SERVIçOS (NOtA 35) PREStADOS E GANhOS (NOtA 35)

Accionistas Semapa, S.G.P.S., S.A. 8.143 - - 195 - Cimentospar, Lda. 199.354 - - - -Outras partes relacionadas Seribo, S.A. - 5.464 - - - Eng. Silva Dias - 380 - - - CRH-Group Services Limited 2.060.000 - - 15.803 - Irish Cement, Ltd. - - 15.187 3.931 - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - 9.771 - - 4.309Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos J.M.J. Henriques, Lda. - - - 1.800 - Viroc Portugal - Industria de Madeira e Cimento, S.A. 123 - 1.032.870 107.681 141.228 Chryso Portugal, S.A. 1.476.311 - - 61.666 - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - 1.800 - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - - 1.500 8.135 Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. 53.383 - 678.532 3.421 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. 2.593.838 - - 10.483 - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 185.615 - 1.500 28.976 - 6.576.767 15.615 1.728.089 237.256 153.672

31 DE DEzEmBRO DE 2012 JuROS VENDAS OutROS AquISIçãO DE GAStOS SuPORtADOS E SERVIçOS RENDImENtOS JuROS OBtIDOS Valores em Euros BENS E SERVIçOS COm PESSOAL (NOtA 35) PREStADOS E GANhOS (NOtA 35) Accionistas Cimentospar, Lda. 192.992 - - - - 281.312Outras partes relacionadas Semapa. S.G.P.S., S.A. 1.638.526 26.992 - - - 2.164.364 Seribo, S.A. - - 4.130 - - Eng. Silva Dias - - 287 - - Supremo Cimentos, S.A - - 11.819.942 - 41.082 Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - 14.776 - - 35.682Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos J.M. Henriques, Lda. - - - - 1.800 - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 2.929.015 - - 18.489 155.237 - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - - 1.800 - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 7.375 - 88 7.391 Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. 52.789 - - 497.699 1.773 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. 3.178.984 - - - 15.692 - 7.992.306 26.992 26.568 12.336.130 176.390 2.529.831

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demonstRações financeiRas consolidadas 159

31 DE DEzEmBRO DE 2011 JuROS VENDAS OutROS AquISIçãO DE SuPORtADOS E SERVIçOS RENDImENtOS JuROS OBtIDOSValores em Euros BENS E SERVIçOS (NOtA 35) PREStADOS E GANhOS (NOtA 35)

Accionistas Semapa, S.G.P.S., S.A. 8.143 - - 195 - Cimentospar, Lda. 199.354 - - - -Outras partes relacionadas Seribo, S.A. - 5.464 - - - Eng. Silva Dias - 380 - - - CRH-Group Services Limited 2.060.000 - - 15.803 - Irish Cement, Ltd. - - 15.187 3.931 - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - 9.771 - - 4.309Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos J.M.J. Henriques, Lda. - - - 1.800 - Viroc Portugal - Industria de Madeira e Cimento, S.A. 123 - 1.032.870 107.681 141.228 Chryso Portugal, S.A. 1.476.311 - - 61.666 - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - 1.800 - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - - 1.500 8.135 Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. 53.383 - 678.532 3.421 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. 2.593.838 - - 10.483 - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 185.615 - 1.500 28.976 - 6.576.767 15.615 1.728.089 237.256 153.672

31 DE DEzEmBRO DE 2012 JuROS VENDAS OutROS AquISIçãO DE GAStOS SuPORtADOS E SERVIçOS RENDImENtOS JuROS OBtIDOS Valores em Euros BENS E SERVIçOS COm PESSOAL (NOtA 35) PREStADOS E GANhOS (NOtA 35) Accionistas Cimentospar, Lda. 192.992 - - - - 281.312Outras partes relacionadas Semapa. S.G.P.S., S.A. 1.638.526 26.992 - - - 2.164.364 Seribo, S.A. - - 4.130 - - Eng. Silva Dias - - 287 - - Supremo Cimentos, S.A - - 11.819.942 - 41.082 Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - 14.776 - - 35.682Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos J.M. Henriques, Lda. - - - - 1.800 - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 2.929.015 - - 18.489 155.237 - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - - 1.800 - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 7.375 - 88 7.391 Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. 52.789 - - 497.699 1.773 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. 3.178.984 - - - 15.692 - 7.992.306 26.992 26.568 12.336.130 176.390 2.529.831

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160 RelatóRio do conselho de administRação 2012

31 DE DEzEmBRO DE 2012 ACtIVO PASSIVO EmPRéStImOS EmPRéStImOS CONCEDIDOS CONCEDIDOS OutRAS ACRéSCImOS ACCIONIStAS/ ACCIONIStAS/ FORNECEDORES OutROS ACRéSCImOS NãO CORRENtE CLIENtES CORRENtE OPERAçõES DE RENDImENtOS SóCIOS NãO SóCIOS FORNECEDORES ImOBILIzADO CREDOR DE GAStOSValores em Euros (NOtA 19.3) (NOtA 19.2) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) CORRENtES CORRENtES (NOtA 24.2) (NOtA 24.4) (NOtA 24.4) (NOtA 24.4) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - - - - 1.160 - - - - Cimentospar. S.G.P.S., Lda. - - 19.004.666 - 213.038 - - - - - 133.661Outras partes relacionadas Semapa. S.G.P.S., S.A. - - 50.983.338 243 571.510 - - - - - 1.621.420 Cotif Sicar - - - - - - 21.612 - - - - Seribo, S.A. - - - - - - 185.759 - 43.516 - 71.391 Eng. Silva Dias - - - - - - 12.893 - - - 4.953 Supremo Cimentos, S.A - 5.838.758 - 39 - - - - - - - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas 550.000 - - 39.991 - 505.000 1.878.598 1.635 - - -Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos J.M. Henriques. Lda. - - - 107.353 - - - - - - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 7.160 - 15.364 - - - 471.104 - - - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - 198.198 - - - - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 196.656 27.421 - - - - - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 23.934 - 7.162 - - - 10.759 - 2.723 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - - - - 12.638 - - - 550.000 5.869.852 70.184.660 395.771 784.548 505.000 2.100.022 496.136 43.516 2.723 1.831.425

31 DE DEzEmBRO DE 2011 ACtIVO PASSIVO EmPRéStImOS EmPRéStImOS CONCEDIDOS CONCEDIDOS OutRAS ACCIONIStAS/ ACCIONIStAS/ FORNECEDORES ACRéSCImO NãO CORRENtE CLIENtES CORRENtE OPERAçõES SóCIOS SóCIOS FORNECEDORES ImOBILIzADO DE GAStOSValores em Euros (NOtA 19.3) (NOtA 19.2) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) NãO CORRENtES CORRENtES (NOtA 24.2) (NOtA 24.4) (NOtA 24.4) Accionistas Semapa. SGPS. S.A. - - - 2.805 - - - - - Cimentospar, S.G.P.S., Lda. - - - - - - - - 18.213Outras partes relacionadas Cotif Sicar - - - - - 22.624 - - - Pedro Soveral - - - - - 62.864 - - - Ricardo Soveral - - - - - 62.864 - - - Seribo, S.A. - - - - - 185.756 - 43.516 67.261 Eng. Silva Dias - - - - - 12.893 - - 4.666 CRH. plc - - - - - - 2.060.000 - - Irish Cement, Ltd. - - - 7.613 - - - - - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas 550.000 - - 4.309 130.000 2.630.365 1.635 - -Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos J.M.J. Henriques, Lda. - - - 108.341 - - - - - Viroc Portugal - Indústria de Madeira e Cimento, S.A. - 863.671 4.058.170 477.687 - - - - - Chryso Portugal, S.A. - - - 75.849 - - 400.709 - - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - 200.286 - - - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 187.133 26.237 - - - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 42.090 - 7.412 - - 8.864 4.628 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - - - 661.192 - 62.474 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 2.395 - 31.790 - - 512.679 - - 550.000 908.156 4.245.303 942.329 130.000 2.977.366 3.645.079 48.144 152.614

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 as empresas do Grupo apresentam os se-guintes saldos com partes relacionadas:

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demonstRações financeiRas consolidadas 161

31 DE DEzEmBRO DE 2012 ACtIVO PASSIVO EmPRéStImOS EmPRéStImOS CONCEDIDOS CONCEDIDOS OutRAS ACRéSCImOS ACCIONIStAS/ ACCIONIStAS/ FORNECEDORES OutROS ACRéSCImOS NãO CORRENtE CLIENtES CORRENtE OPERAçõES DE RENDImENtOS SóCIOS NãO SóCIOS FORNECEDORES ImOBILIzADO CREDOR DE GAStOSValores em Euros (NOtA 19.3) (NOtA 19.2) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) CORRENtES CORRENtES (NOtA 24.2) (NOtA 24.4) (NOtA 24.4) (NOtA 24.4) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - - - - 1.160 - - - - Cimentospar. S.G.P.S., Lda. - - 19.004.666 - 213.038 - - - - - 133.661Outras partes relacionadas Semapa. S.G.P.S., S.A. - - 50.983.338 243 571.510 - - - - - 1.621.420 Cotif Sicar - - - - - - 21.612 - - - - Seribo, S.A. - - - - - - 185.759 - 43.516 - 71.391 Eng. Silva Dias - - - - - - 12.893 - - - 4.953 Supremo Cimentos, S.A - 5.838.758 - 39 - - - - - - - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas 550.000 - - 39.991 - 505.000 1.878.598 1.635 - - -Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos J.M. Henriques. Lda. - - - 107.353 - - - - - - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 7.160 - 15.364 - - - 471.104 - - - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - 198.198 - - - - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 196.656 27.421 - - - - - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 23.934 - 7.162 - - - 10.759 - 2.723 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - - - - 12.638 - - - 550.000 5.869.852 70.184.660 395.771 784.548 505.000 2.100.022 496.136 43.516 2.723 1.831.425

31 DE DEzEmBRO DE 2011 ACtIVO PASSIVO EmPRéStImOS EmPRéStImOS CONCEDIDOS CONCEDIDOS OutRAS ACCIONIStAS/ ACCIONIStAS/ FORNECEDORES ACRéSCImO NãO CORRENtE CLIENtES CORRENtE OPERAçõES SóCIOS SóCIOS FORNECEDORES ImOBILIzADO DE GAStOSValores em Euros (NOtA 19.3) (NOtA 19.2) (NOtA 19.3) (NOtA 19.3) NãO CORRENtES CORRENtES (NOtA 24.2) (NOtA 24.4) (NOtA 24.4) Accionistas Semapa. SGPS. S.A. - - - 2.805 - - - - - Cimentospar, S.G.P.S., Lda. - - - - - - - - 18.213Outras partes relacionadas Cotif Sicar - - - - - 22.624 - - - Pedro Soveral - - - - - 62.864 - - - Ricardo Soveral - - - - - 62.864 - - - Seribo, S.A. - - - - - 185.756 - 43.516 67.261 Eng. Silva Dias - - - - - 12.893 - - 4.666 CRH. plc - - - - - - 2.060.000 - - Irish Cement, Ltd. - - - 7.613 - - - - - Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas 550.000 - - 4.309 130.000 2.630.365 1.635 - -Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos J.M.J. Henriques, Lda. - - - 108.341 - - - - - Viroc Portugal - Indústria de Madeira e Cimento, S.A. - 863.671 4.058.170 477.687 - - - - - Chryso Portugal, S.A. - - - 75.849 - - 400.709 - - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - 200.286 - - - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 187.133 26.237 - - - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 42.090 - 7.412 - - 8.864 4.628 - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - - - 661.192 - 62.474 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 2.395 - 31.790 - - 512.679 - - 550.000 908.156 4.245.303 942.329 130.000 2.977.366 3.645.079 48.144 152.614

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162 RelatóRio do conselho de administRação 2012

38. RISCOS FINANCEIROS

O Grupo Secil tem um programa de ges-tão do risco que foca a sua análise nos mercados financeiros com vista a mini-mizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira do Grupo.

A gestão deste risco é conduzida pelo Departamento Financeiro do Grupo de acordo com políticas aprovadas pela Administração.

38.1 RISCO CAmBIAL

A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afectar sig-

nificativamente as receitas do Grupo de diversas formas.

O risco cambial resulta sobretudo das compras de combustíveis e fretes de na-vios, ambos pagos em USD.

O Grupo prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra--grupo.

Para os fluxos não compensados natu-ralmente, o risco tem vindo a ser analisa-do e coberto através da contratação de estruturas de opções cambiais, que esta-

belecem o contra-valor máximo a pagar e permitem beneficiar parcialmente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio.

O Grupo detém activos significativos lo-calizados na Tunísia, Angola e Líbano, pelo que a variação das moedas dos re-feridos países poderá ter impacto no ba-lanço do Grupo.

A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de Dezembro de 2012 e 2011, com base nos valores de balanço dos activos e passivos financeiros, con-vertidos para Euros tendo por base as ta-xas de câmbio a essa data, apresenta-se como segue:

31/12/12 31/12/11 000’ LIBRAS DINAR 000’ LIBRAS DINAR Valores em Euros DóLAR LIBANESAS tuNISINO tOtAL DóLAR LIBANESAS tuNISINO tOtAL Activos Outras contas a receber - não correntes e correntes 590.803 218.649 3.698.462 4.507.914 648.074 338.774 2.455.189 3.442.036Clientes 6.119.281 9.573.949 8.502.033 24.195.263 2.939.742 9.192.404 5.222.670 17.354.816Caixa e depósitos bancários 41.130.860 159.891 1.986.315 43.277.066 46.141.394 160.155 1.428.294 47.729.843total de activos financeiros 47.840.944 9.952.489 14.186.810 71.980.243 49.729.209 9.691.333 9.106.153 68.526.696 Passivos Accionistas/ sócios - não correntes e correntes - (1.688.501) (21.954) (1.710.455) - (1.409.383) (22.778) (1.432.161)Financiamentos obtidos - não correntes e correntes (12.173.734) (1.112.928) (29.770.567) (43.057.229) (13.072.902) (732.731) (24.368.223) (38.173.856)Outras contas a pagar - não correntes e correntes (804.944) (6.709.516) (6.246.792) (13.761.252) (789.567) (5.746.115) (6.507.311) (13.042.993)Fornecedores (1.586.902) (1.348.804) (8.554.503) (11.490.209) (112.439) (3.956.257) (6.993.090) (11.061.785)total de passivos financeiros (14.565.580) (10.859.749) (44.593.816) (70.019.145) (13.974.908) (11.844.486) (37.891.401) (63.710.796) Posição financeira líquida de balanço 33.275.364 (907.260) (30.407.006) 1.961.098 35.754.301 (2.153.153) (28.785.248) 4.815.900

31/12/12 31/12/11Valores em Euros AumENtO 5% REDuçãO 5% AumENtO 5% REDuçãO 5% Capitais próprios (176.166) 194.710 (287.130) 317.355Resultado do período 82.780 (91.494) 57.801 (63.887) (93.386) 103.216 (229.329) 253.468

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os impactos decorrentes da variação positiva e negativa de 5% de todas as taxas de câmbio spot com refe-rência ao Euro, é conforme se segue:

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demonstRações financeiRas consolidadas 163

31/12/12 31/12/11 000’ LIBRAS DINAR 000’ LIBRAS DINAR Valores em Euros DóLAR LIBANESAS tuNISINO tOtAL DóLAR LIBANESAS tuNISINO tOtAL Activos Outras contas a receber - não correntes e correntes 590.803 218.649 3.698.462 4.507.914 648.074 338.774 2.455.189 3.442.036Clientes 6.119.281 9.573.949 8.502.033 24.195.263 2.939.742 9.192.404 5.222.670 17.354.816Caixa e depósitos bancários 41.130.860 159.891 1.986.315 43.277.066 46.141.394 160.155 1.428.294 47.729.843total de activos financeiros 47.840.944 9.952.489 14.186.810 71.980.243 49.729.209 9.691.333 9.106.153 68.526.696 Passivos Accionistas/ sócios - não correntes e correntes - (1.688.501) (21.954) (1.710.455) - (1.409.383) (22.778) (1.432.161)Financiamentos obtidos - não correntes e correntes (12.173.734) (1.112.928) (29.770.567) (43.057.229) (13.072.902) (732.731) (24.368.223) (38.173.856)Outras contas a pagar - não correntes e correntes (804.944) (6.709.516) (6.246.792) (13.761.252) (789.567) (5.746.115) (6.507.311) (13.042.993)Fornecedores (1.586.902) (1.348.804) (8.554.503) (11.490.209) (112.439) (3.956.257) (6.993.090) (11.061.785)total de passivos financeiros (14.565.580) (10.859.749) (44.593.816) (70.019.145) (13.974.908) (11.844.486) (37.891.401) (63.710.796) Posição financeira líquida de balanço 33.275.364 (907.260) (30.407.006) 1.961.098 35.754.301 (2.153.153) (28.785.248) 4.815.900

31/12/12 31/12/11Valores em Euros AumENtO 5% REDuçãO 5% AumENtO 5% REDuçãO 5% Capitais próprios (176.166) 194.710 (287.130) 317.355Resultado do período 82.780 (91.494) 57.801 (63.887) (93.386) 103.216 (229.329) 253.468

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164 RelatóRio do conselho de administRação 2012

38.2 RISCO DE tAxA DE JuRO

Sempre que as expectativas de evo-lução de taxas de juro o justifiquem, o Grupo procura contratar operações de protecção contra movimentos adversos, através de instrumentos financeiros deri-vados. Na selecção de instrumentos são essencialmente valorizados os aspectos económicos dos mesmos. São igual-mente tidas em conta as implicações da inclusão de cada instrumento adicional na carteira de derivados existentes, no-meadamente os efeitos em termos de volatilidade nos resultados.

O Grupo, na sua gestão da exposição às taxas de juro, apenas realiza cober-tura de fluxos de caixa. Estas opera-ções são registadas no balanço pelo

seu justo valor e, na medida em que se-jam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicial-mente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente re-classificadas para resultados financei-ros para a rubrica de “Ganhos/perdas com instrumentos financeiros” (Nota 35) na data da sua liquidação.Se as operações de cobertura apresen-tarem ineficácia, esta é registada direc-tamente em resultados. Desta forma e em termos líquidos, os custos associa-dos aos financiamentos cobertos são periodificados à taxa inerente à opera-ção de cobertura contratada.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cober-tura deixa de cumprir os critérios exigi-

dos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconheci-das em resultados quando a operação coberta também afectar resultados.

O Grupo contratou durante o período de 2009, uma cobertura do risco de taxa de juro, através de um interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000 e maturidade em 2017. A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o desenvolvimento dos activos e passivos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de refi-xação e da tipologia de taxa é apresen-tado como se segue:

31 DE DEzEmBRO DE 2012Valores em Euros NOtA Até 1 mêS 1-3 mESES 3-12 mESES 1-5 ANOS tOtAL

Activos Não correntes Outros activos financeiros 17 - - - 1.250.000 1.250.000Correntes Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 23.823.377 - - - 23.823.377 Aplicações de tesouraria 4 40.666.224 8.242.163 - - 48.908.387total de activos financeiros 64.489.601 8.242.163 - 1.250.000 73.981.764

Passivos Não correntes Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 24.3 - - 60.000.000 40.000.000 100.000.000 Empréstimos bancários 24.3 118.190.604 38.753.019 55.313.327 - 212.256.950 Locações financeiras 12 2.978.662 - 120.708 - 3.099.370 Correntes Financiamentos obtidos Empréstimos bancários 24.3 6.876.469 2.844.282 15.454.456 - 25.175.207 Descobertos bancários 24.3 6.291.048 3.204.840 1.433.290 - 10.929.178 Locações financeiras 12 511.296 662 39.975 - 551.933total de passivos financeiros 134.848.079 44.802.803 132.361.756 40.000.000 352.012.638Exposição líquida ao risco taxa de juro (70.358.478) (36.560.640) (132.361.756) (38.750.000) (278.030.874)

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demonstRações financeiRas consolidadas 165

31 DE DEzEmBRO DE 2012Valores em Euros NOtA Até 1 mêS 1-3 mESES 3-12 mESES 1-5 ANOS tOtAL

Activos Não correntes Outros activos financeiros 17 - - - 1.250.000 1.250.000Correntes Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 23.823.377 - - - 23.823.377 Aplicações de tesouraria 4 40.666.224 8.242.163 - - 48.908.387total de activos financeiros 64.489.601 8.242.163 - 1.250.000 73.981.764

Passivos Não correntes Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 24.3 - - 60.000.000 40.000.000 100.000.000 Empréstimos bancários 24.3 118.190.604 38.753.019 55.313.327 - 212.256.950 Locações financeiras 12 2.978.662 - 120.708 - 3.099.370 Correntes Financiamentos obtidos Empréstimos bancários 24.3 6.876.469 2.844.282 15.454.456 - 25.175.207 Descobertos bancários 24.3 6.291.048 3.204.840 1.433.290 - 10.929.178 Locações financeiras 12 511.296 662 39.975 - 551.933total de passivos financeiros 134.848.079 44.802.803 132.361.756 40.000.000 352.012.638Exposição líquida ao risco taxa de juro (70.358.478) (36.560.640) (132.361.756) (38.750.000) (278.030.874)

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166 RelatóRio do conselho de administRação 2012

31 DE DEzEmBRO DE 2011Valores em Euros NOtA Até 1 mêS 1-3 mESES 3-12 mESES 1-5 ANOS mAIS DE 5 ANOS tOtAL

Activos Correntes Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 11.441.003 - - - - 11.441.003 Aplicações de tesouraria 4 26.984.256 3.936.699 23.087.511 - - 54.008.466 total de activos financeiros 38.425.259 3.936.699 23.087.511 - - 65.449.469 Passivos Não correntes Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 24.3 - - - - 40.000.000 40.000.000 Empréstimos bancários 24.3 43.099.111 65.070.154 - - - 108.169.265 Locações financeiras 12 3.665.280 668 - - - 3.665.948 Correntes Financiamentos obtidos Empréstimos bancários 24.3 19.196.068 9.079.037 440.684 - - 28.715.789 Descobertos bancários 24.3 17.612.687 1.188.121 - - - 18.800.808 Locações financeiras 12 508.916 26.785 - - - 535.701 total de passivos financeiros 84.082.062 75.364.765 440.684 - 40.000.000 199.887.511 Exposição líquida ao risco taxa de juro (45.656.803) (71.428.066) 22.646.827 - (40.000.000) (134.438.042)

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demonstRações financeiRas consolidadas 167

O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

(i) Alterações nas taxas de juro do mer-cado afectam rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros va-riáveis;

(ii) Alterações nas taxas de juro de mer-cado apenas afectam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instru-

mentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;

(iii) Alterações nas taxas de juro de mercado afectam o justo valor de ins-trumentos financeiros derivados e ou-tros activos e passivos financeiros;

(iv) Alterações no justo valor de instru-mentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros são esti-mados descontando os fluxos de caixa futuros de valores actuais líquidos, utili-zando taxas de mercado do final do ano.

31 DE DEzEmBRO DE 2011Valores em Euros NOtA Até 1 mêS 1-3 mESES 3-12 mESES 1-5 ANOS mAIS DE 5 ANOS tOtAL

Activos Correntes Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 11.441.003 - - - - 11.441.003 Aplicações de tesouraria 4 26.984.256 3.936.699 23.087.511 - - 54.008.466 total de activos financeiros 38.425.259 3.936.699 23.087.511 - - 65.449.469 Passivos Não correntes Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 24.3 - - - - 40.000.000 40.000.000 Empréstimos bancários 24.3 43.099.111 65.070.154 - - - 108.169.265 Locações financeiras 12 3.665.280 668 - - - 3.665.948 Correntes Financiamentos obtidos Empréstimos bancários 24.3 19.196.068 9.079.037 440.684 - - 28.715.789 Descobertos bancários 24.3 17.612.687 1.188.121 - - - 18.800.808 Locações financeiras 12 508.916 26.785 - - - 535.701 total de passivos financeiros 84.082.062 75.364.765 440.684 - 40.000.000 199.887.511 Exposição líquida ao risco taxa de juro (45.656.803) (71.428.066) 22.646.827 - (40.000.000) (134.438.042)

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168 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Sob estes pressupostos, um aumento ou uma diminuição de 0,50% nas taxas de juro de mercado para todas as moe-das às quais o Grupo tem empréstimos ou instrumentos financeiros derivados a 31 de Dezembro de 2012 e 2011 resulta-ria conforme segue:

31/12/12 31/12/11Valores em Euros AumENtO 0,5% REDuçãO 0,5% AumENtO 0,5% REDuçãO 0,5%

Capitais próprios 862.969 (888.525) 956.017 (989.030)Resultado do período (811.914) 809.212 (357.160) 353.187 51.055 (79.313) 598.858 (635.843)

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Valores não vencidos 31.288.426 42.082.978Valores vencidos: De 1 a 90 dias 16.356.922 24.002.426De 91 a 180 dias 5.097.037 5.141.629De 181a 360 dias 2.924.996 3.359.671De 361a 540 dias 2.137.831 1.575.401De 541 a 720 dias 1.279.816 1.414.112A mais de 721 dias 9.826.447 9.948.546Em contencioso de cobrança 8.891.210 8.804.304 46.514.259 54.246.089total de saldos de clientes 77.802.685 96.329.067Imparidades (22.123.192) (24.194.507)Saldo líquido de clientes (Nota 19.2) 55.679.493 72.134.560

Limite de seguro de crédito contratado 11.241.547 23.439.092

38.3 RISCO DE CRéDItO

O agravamento das condições económi-cas globais ou adversidades que afec-tem as economias locais, pode resultar na incapacidade dos clientes em saldar os seus compromissos decorrentes da venda de produtos. O seguro de crédito tem sido um dos instrumentos adoptados pelo Grupo

para minorar os impactos negativos deste tipo de risco.As vendas que não estão abrangidas por um seguro de crédito estão sujeitas a re-gras que asseguram que estas são efec-tuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado e que se encontram dentro dos limites da exposição dos sal-dos máximos pré-definidos e aprovados para cada cliente.

O Grupo realiza, no âmbito da sua ac-tividade, renegociações periódicas de saldos a receber de acordo com a sua política de gestão de risco.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os saldos a receber de clientes apresen-tam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:

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demonstRações financeiRas consolidadas 169

Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de al-guns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas. Estas são apuradas atendendo à infor-mação regularmente reunida sobre o

comportamento financeiro dos clientes do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em conjugação com os si-nistros de crédito que se verifiquem, na parte não atribuível à seguradora, defi-nir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto de existirem garantias para uma parte significativa dos saldos em aberto e com antiguidade justifica o

facto de não se ter registado qualquer perda por imparidade nesses saldos. A qualidade de risco de crédito do Gru-po, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, face a activos financeiros (depósitos bancários, aplicações de tesouraria e Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha--se como segue:

A rubrica “Outros” diz, essencialmen-te, respeito a aplicações de tesouraria em instituições financeiras em Angola e depósitos bancários em instituições financeiras na Tunísia relativamente às quais não foi possível obter a notação de rating com referência às datas apre-sentadas.

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Rating: A+ 598.272 2.362.694BBB- 317.682 2.385.239BB+ - 321.189BB 10.825.969 18.258.265BB- 9.856.754 -B+ 4.723.657 -B 1.553.028 -Outros 44.587.437 43.509.184 72.462.799 66.836.571

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170 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Em31de e embrode2012e2011,aan lisedeantiguidadedossaldosde edores ue seencontram encidos,erespecti asperdasacumuladasporimparidade, aseguinte

e re erir, con orme descrito anteriormente ueo rupoadoptouumapol ticadesegurodecr ditoparaageneralidadedesaldosareceberdeclientesetemcomo pr tica a selec ão de entidadesnanceiras,paracontrapartesnassuastransac es, ueapresentemratingsnanceirosbastantes lidos esta orma

con ic ãodo rupo ueae posi ãoe ecti aaoriscodecr ditoseencontramitigadaan eisaceit eis

e posi ão m ima ao risco de cr ditonobalan oem31de e embrode2012e2011,detal a secomosesegue

IMPARIDADE SALDOS A RECEBER

31/12/12 31/12/11Valores em Euros VALOR BRUTO JV GARANTIAS VALOR BRUTO JV GARANTIAS Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade: encidos menosde3meses 16 228 085 8 231 449 23 286 194 8 973 021 encidos maisde3meses 8 162 982 321 198 7 245 494 197 754 24.391.067 8.552.647 30.531.688 9.170.776

Saldos devedores vencidos considerados em imparidade: encidos menosde3meses 128 837 716 236 encidos maisde3meses 21 994 355 22 998 165 22 123 192 23 714 401 46.514.259 8.552.647 54.246.089 9.170.776

Valores em Euros NOTA 31/12/12 31/12/11

Activos não correntes utrascontasareceber 19 2 639 982 2 696 436utrosacti os nanceiros 17 1 678 153 443 600

Activos correntes Clientes 19 55 679 493 72 134 560utrascontasreceber 19 80 038 893 7 035 375utrosacti os nanceiros 17 1 574 504

Cai aedep sitosbanc rios 4 72 731 764 65 449 469 Exposição ao risco de crédito fora de balanço arantiasecompromissos 42 198 866 826 188 265 136

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 171

31/12/12 31/12/11Valores em Euros VALOR BRUTO JV GARANTIAS VALOR BRUTO JV GARANTIAS Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade: encidos menosde3meses 16 228 085 8 231 449 23 286 194 8 973 021 encidos maisde3meses 8 162 982 321 198 7 245 494 197 754 24.391.067 8.552.647 30.531.688 9.170.776

Saldos devedores vencidos considerados em imparidade: encidos menosde3meses 128 837 716 236 encidos maisde3meses 21 994 355 22 998 165 22 123 192 23 714 401 46.514.259 8.552.647 54.246.089 9.170.776

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172 RelatóRio do conselho de administRação 2012

38.4 RISCO DE LIquIDEz

O Grupo gere o risco de liquidez por duas vias: (i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturida-des adequadas às características das indústrias onde exerce a sua actividade; (ii) através da contratação com institui-ções financeiras de facilidades de cré-dito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada.

A previsão dos fluxos de caixa é reali-zada pelas entidades operacionais do Grupo e agregada anualmente pelo departamento de tesouraria central na preparação do orçamento anual. É da responsabilidade do departamento de tesouraria central do Grupo a monitori-zação das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garan-tir a manutenção de um nível adequado de disponibilidades para responder às neces-sidades operacionais. Estas previsões têm em consideração os planos de financia-

mento de dívida do Grupo, o cumprimento de objectivos internos ao nível dos rácios de balanço e caso seja aplicável o cum-primento de requisitos externos, relacio-nados com as actividades operacionais e com as obrigações legais, fiscais e opera-cionais do Grupo.

A liquidez dos passivos financeiros con-tratados originará os seguintes fluxos mo-netários não descontados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do balanço:

31/12/12 31/12/11 mAIS DE mAIS DE Valores em Euros NOtA Até 1 ANO 1-5 ANOS 5 ANOS tOtAL Até 1 ANO 1-5 ANOS 5 ANOS tOtAL

Accionistas/ sócios 37 2.100.022 505.000 - 2.605.022 2.977.366 130.000 - 3.107.366Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista Capital 24.3 - 100.000.000 - 100.000.000 - - 40.000.000 40.000.000 Juros 3.976.851 17.664.850 - 21.641.701 930.671 3.592.564 1.362.977 5.886.212 Empréstimos bancários Capital 24.3 25.175.207 196.077.170 16.179.780 237.432.157 28.715.789 85.260.086 22.909.179 136.885.054 Juros 8.367.423 19.418.706 1.375.733 29.161.862 4.321.553 11.826.627 1.684.232 17.832.412 Outros Empréstimos Capital 24.3 1.143.146 8.741.551 - 9.884.697 56.214 7.921.126 - 7.977.340 Locações financeiras Capital 12.1 551.933 2.423.817 675.553 3.651.303 535.701 2.349.186 1.316.762 4.201.649 Juros 12.1 177.896 397.111 18.788 593.795 225.271 577.870 80.920 884.061 Descobertos bancários Capital 24.3 10.929.178 - - 10.929.178 18.800.808 - - 18.800.808 Juros 41.147 - - 41.147 490.174 9.857 - 500.031Outras contas a pagar Instrumentos financeiros derivados (*) 1.118.100 3.903.340 - 5.021.440 836.347 3.397.325 376.134 4.609.806 Fornecedores de imobilizado c/c 24.4 3.210.979 - - 3.210.979 12.061.314 - - 12.061.314 Outros credores 24.4 3.240.653 - - 3.240.653 4.740.988 - - 4.740.988 Credores por acréscimos de gastos 24.4 24.494.519 - - 24.494.519 22.604.917 - - 22.604.917Fornecedores 24.2 35.728.624 - - 35.728.624 48.893.383 - - 48.893.383 120.255.678 349.131.545 18.249.854 487.637.077 146.190.496 115.064.641 67.730.204 328.985.341 (*) Valores não descontados

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demonstRações financeiRas consolidadas 173

31/12/12 31/12/11 mAIS DE mAIS DE Valores em Euros NOtA Até 1 ANO 1-5 ANOS 5 ANOS tOtAL Até 1 ANO 1-5 ANOS 5 ANOS tOtAL

Accionistas/ sócios 37 2.100.022 505.000 - 2.605.022 2.977.366 130.000 - 3.107.366Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista Capital 24.3 - 100.000.000 - 100.000.000 - - 40.000.000 40.000.000 Juros 3.976.851 17.664.850 - 21.641.701 930.671 3.592.564 1.362.977 5.886.212 Empréstimos bancários Capital 24.3 25.175.207 196.077.170 16.179.780 237.432.157 28.715.789 85.260.086 22.909.179 136.885.054 Juros 8.367.423 19.418.706 1.375.733 29.161.862 4.321.553 11.826.627 1.684.232 17.832.412 Outros Empréstimos Capital 24.3 1.143.146 8.741.551 - 9.884.697 56.214 7.921.126 - 7.977.340 Locações financeiras Capital 12.1 551.933 2.423.817 675.553 3.651.303 535.701 2.349.186 1.316.762 4.201.649 Juros 12.1 177.896 397.111 18.788 593.795 225.271 577.870 80.920 884.061 Descobertos bancários Capital 24.3 10.929.178 - - 10.929.178 18.800.808 - - 18.800.808 Juros 41.147 - - 41.147 490.174 9.857 - 500.031Outras contas a pagar Instrumentos financeiros derivados (*) 1.118.100 3.903.340 - 5.021.440 836.347 3.397.325 376.134 4.609.806 Fornecedores de imobilizado c/c 24.4 3.210.979 - - 3.210.979 12.061.314 - - 12.061.314 Outros credores 24.4 3.240.653 - - 3.240.653 4.740.988 - - 4.740.988 Credores por acréscimos de gastos 24.4 24.494.519 - - 24.494.519 22.604.917 - - 22.604.917Fornecedores 24.2 35.728.624 - - 35.728.624 48.893.383 - - 48.893.383 120.255.678 349.131.545 18.249.854 487.637.077 146.190.496 115.064.641 67.730.204 328.985.341 (*) Valores não descontados

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174 RelatóRio do conselho de administRação 2012

39. JuStO VALOR DOS INStRumENtOS FINANCEIROS DERIVADOS

Com o objectivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de câmbio, de taxas de juro dos emprésti-mos e cobrir o risco de preço associado a transacções futuras altamente prová-veis de licenças de emissão de gases com efeito de estufa, o Grupo contratou um conjunto de instrumentos financeiros derivados.

O justo valor dos instrumentos financei-ros derivados é registado: (i) quando po-sitivo, no activo na rubrica “Outros acti-vos financeiros” (Nota 17) e (ii) quando negativo, no passivo, na rubrica “Outros passivos financeiros”. Em 31 de Dezem-bro de 2012 e 2011, o justo valor dos instrumentos derivados resumem-se do seguinte modo:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o justo valor dos Instrumentos financeiros derivados, decompõe-se como se segue:

31/12/12 31/12/11Valores em Euros NãO CORRENtE CORRENtE NãO CORRENtE

Outros activos financeiros: Instrumentos financeiros derivados - Cobertura (Nota 17) - 1.574.504 - - 1.574.504 - Outros passivos financeiros: Instrumentos financeiros derivados - Negociação - 160.746 - Instrumentos financeiros derivados - Cobertura 5.795.506 - 4.252.475 5.795.506 160.746 4.252.475

NOtIONAL 31/12/12 31/12/11 Valores em Euros mOEDA mONtANtE mAtuRIDADE POSItIVOS NEGAtIVOS LíquIDO POSItIVOS NEGAtIVOS LíquIDO

Negociação Forward Cambial USD 3.570.000 2012 - - - - (92.659) (92.659)Cambial EUR 1.000.000 2012 - - - - (68.087) (68.087) 4.570.000 - - - - (160.746) (160.746)Cobertura de fluxos de caixa “EU emmission alowances” EUR 2.176.000 2012 - - - 1.574.504 - 1.574.504Swaps de taxa de juro EUR 40.000.000 2017 - (5.795.506) (5.795.506) - (4.252.475) (4.252.475) 42.176.000 - (5.795.506) (5.795.506) 1.574.504 (4.252.475) (2.677.971) 46.746.000 - (5.795.506) (5.795.506) 1.574.504 (4.413.221) (2.838.717)

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demonstRações financeiRas consolidadas 175

NOtIONAL 31/12/12 31/12/11 Valores em Euros mOEDA mONtANtE mAtuRIDADE POSItIVOS NEGAtIVOS LíquIDO POSItIVOS NEGAtIVOS LíquIDO

Negociação Forward Cambial USD 3.570.000 2012 - - - - (92.659) (92.659)Cambial EUR 1.000.000 2012 - - - - (68.087) (68.087) 4.570.000 - - - - (160.746) (160.746)Cobertura de fluxos de caixa “EU emmission alowances” EUR 2.176.000 2012 - - - 1.574.504 - 1.574.504Swaps de taxa de juro EUR 40.000.000 2017 - (5.795.506) (5.795.506) - (4.252.475) (4.252.475) 42.176.000 - (5.795.506) (5.795.506) 1.574.504 (4.252.475) (2.677.971) 46.746.000 - (5.795.506) (5.795.506) 1.574.504 (4.413.221) (2.838.717)

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176 RelatóRio do conselho de administRação 2012

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros derivados, nos períodos findos em 31 de Dezem-bro de 2012 e 2011, apresenta-se con-forme segue: 31/12/12 31/12/11 VARIAçãO DE VARIAçãO DE JuStO VALOR JuStO VALOR NEGOCIAçãO COBERtuRA NEGOCIAçãO COBERtuRA Eu EmmISSION Eu EmmISSION FwdS SwapS ALOwANCES FwdS SwapS SwapS ALOwANCES Valores em Euros CAmBIAIS tAxA JuRO (NOtA 21.5.4) tOtAL CAmBIAIS tAxA JuRO tAxA JuRO (NOtA 21.5.4) tOtAL

Saldo inicial (160.746) (4.252.475) 1.574.504 (2.838.717) (37.794) - (2.411.020) 1.895.706 (553.108)Ajustamento Cambial (485) - - (485) - - - - - Novos contratos - - - - (160.746) - - - (160.746) Maturidade 161.231 - (1.574.504) (1.413.273) 37.794 - - (917.022) (879.228)Aumentos de justo valor - - - - - - - 595.820 595.820Diminuições de justo valor - (1.403.849) - (1.403.849) - - (1.643.705) - (1.643.705)Ineficácia instrumento financeiro (Nota 35) - (139.182) - (139.182) - - (197.750) - (197.750)Saldo final - (5.795.506) - (5.795.506) (160.746) - (4.252.475) 1.574.504 (2.838.717)

Derivados de negociação

No período findo em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Grupo reconheceu ganhos por variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados de negociação, referentes a forwards cam-biais, no montante de Euros 161.231 e perdas no montante de Euros 122.952, respectivamente, na rubrica “ Outros ren-dimentos e ganhos” e “Outros gastos e perdas” (Nota 32 e 33).

Durante o período findo em 31 de De-zembro de 2009, o Grupo contratou um derivado de negociação, um interest rate swap (IRS,) com valor nocional de Euros 40.000.000, no entanto, após a realiza-ção de testes de eficácia prospectivos e retrospectivos, o mesmo foi considerado como de cobertura de fluxos de caixa com referência a 1 de Julho de 2010.

Na realização dos testes de eficácia é uti-lizado o método de regressão linear que analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e a va-riação do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa de juro Euribor.

Derivados de cobertura

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 o Grupo registou:

(i) Perdas por variações de justo valor

de instrumentos financeiros derivados de licenças de emissão de gases com efeito de estufa no montante de Euros 1.574.504 e Euros 321.202 (Nota 21.5.4), respectivamente, na rubrica “Outras va-riações no capital próprio, deduzidas dos respectivos impostos diferidos de Euros 495.969 e Euros 53.786.

(ii) Perdas por variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados de co-bertura relacionados com swaps de taxa de juro no montante de Euros 1.403.849 e Euros 1.643.705 (Nota 21.5.4), respecti-vamente, na rubrica “Outras variações no capital próprio”deduzidos dos respecti-vos impostos diferidos de Euros 372.020 e Euros 435.582.

O justo valor do swap de taxa de juro no montante de Euros 5.795.506 e Euros 4.252.475, respectivamente, encontra-se repartido pelas seguintes rubricas do ca-pital próprio do Grupo:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 177

31/12/12 31/12/11 VARIAÇÃO DE VARIAÇÃO DE JUSTO VALOR JUSTO VALOR NEGOCIAÇÃO COBERTURA NEGOCIAÇÃO COBERTURA EU EMMISSION EU EMMISSION FWDS SWAPS ALOWANCES FWDS SWAPS SWAPS ALOWANCES Valores em Euros CAMBIAIS TAXA JURO (NOTA 21.5.4) TOTAL CAMBIAIS TAXA JURO TAXA JURO (NOTA 21.5.4) TOTAL

Saldoinicial (160 746) (4 252 475) 1 574 504 (2 838 717) (37 794) (2 411 020) 1 895 706 (553 108)ustamentoCambial (485) (485)

o oscontratos (160 746) (160 746) Maturidade 161 231 (1 574 504) (1 413 273) 37 794 (917 022) (879 228)umentosde usto alor 595 820 595 820iminui esde usto alor (1 403 849) (1 403 849) (1 643 705) (1 643 705)

Ine c ciainstrumento nanceiro( ota35) (139 182) (139 182) (197 750) (197 750)Saldo final - (5.795.506) - (5.795.506) (160.746) - (4.252.475) 1.574.504 (2.838.717)

(iii) Perdas com a componente ine ca do instrumento nanceiro deri ado decobertura de u os de cai a, relati o aswapsde ta ade uro,nomontantedeEuros139 182eEuros197 750( ota35),respecti amente,narubrica Resultadosnanceirosl uidos

Para e eitos de registo de ine c cia usadoodollaro setmet odrecorrendo abordagem do deri ado ipot tico modelo consiste na de ni ão de um

deri ado ipot tico ue replica as condi esdoinstrumentocoberto,eposteriormente,acompara ãoentreas ariaesocorridas nos u osgeradospelo

mesmo deri ado ipot tico e as aria

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Reser ade usto alordederi adosdecobertura( ota21 5 4) (2 439 672) (1 035 823)Resultadostransitados (3 216 652) (3 018 902)Resultadol uidodoper odo Resultados nanceirosl uidos ine c cia( ota35) (139 182) (197 750) (5.795.506) (4.252.475)

es incorridasnos u osgeradospeloinstrumento de cobertura este casoespec coutili ou seor ciodaaltera ãodo usto alordoinstrumentodecobertura,di ididopelaaltera ãono usto alordo empr stimo obrigacionista atribu elaaltera esnata ade uroEuribora6meses comparando coma ta a a dere er nciadoinstrumentodecobertura

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178 RelatóRio do conselho de administRação 2012

40. DISPêNDIOS Em mAtéRIAS AmBIENtAIS

O Grupo no âmbito do desenvolvimen-to da sua actividade incorre em diver-sos encargos de carácter ambiental, os quais, dependendo das suas caracterís-ticas, estão a ser capitalizados ou reco-nhecidos como um gasto nos resultados operacionais do período.

Os dispêndios de carácter ambiental incorridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolon-gar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros activos detidos pelo Grupo, são capitalizados.

Os dispêndios capitalizados e reconhe-cidos em gastos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, têm a seguinte discriminação:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 ImPutADOS ImPutADOS DOmíNIOS A GAStOS CAPItALIzADOS tOtAL A GAStOS CAPItALIzADOS tOtAL

Emissões para a atmosfera 1.021.928 3.994.031 5.015.959 1.560.947 6.099.432 7.660.379Gestão das águas residuais 45.894 - 45.894 35.429 96.206 131.635Gestão dos resíduos 1.818.619 1.905.358 3.723.977 2.271.333 5.860.650 8.131.983Protecção dos solos e das águas subterrâneas 2.473 40.592 43.065 3.488 45.842 49.330Protecção da natureza 857.454 156.582 1.014.036 764.644 93.134 857.778Outras actividades de protecção do ambiente 475.295 163.550 638.845 409.062 18.972 428.034 4.221.663 6.260.113 10.481.776 5.044.903 12.214.236 17.259.139

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demonstRações financeiRas consolidadas 179

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 ImPutADOS ImPutADOS DOmíNIOS A GAStOS CAPItALIzADOS tOtAL A GAStOS CAPItALIzADOS tOtAL

Emissões para a atmosfera 1.021.928 3.994.031 5.015.959 1.560.947 6.099.432 7.660.379Gestão das águas residuais 45.894 - 45.894 35.429 96.206 131.635Gestão dos resíduos 1.818.619 1.905.358 3.723.977 2.271.333 5.860.650 8.131.983Protecção dos solos e das águas subterrâneas 2.473 40.592 43.065 3.488 45.842 49.330Protecção da natureza 857.454 156.582 1.014.036 764.644 93.134 857.778Outras actividades de protecção do ambiente 475.295 163.550 638.845 409.062 18.972 428.034 4.221.663 6.260.113 10.481.776 5.044.903 12.214.236 17.259.139

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180 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

41. CUSTOS COM AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS

Em31de e embrode2012e2011,osdisp ndioscomauditoriaecomser i osdere isãolegaldecontas,decomp emsecomosesegue

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Ser i osdeRe isãoLegaldeContas 359 183 302 558utrosser i osdegarantiade abilidade 1 500 26 299

Ser i osdeassessoria scal 41 717 20 183utrosser i os uenãodeRe isãoLegaldeContas 37 035 89 554

439.435 438.594

Licenças de emissão de gases com efeito de estufa

o mbito do Protocolo de Quioto, aUnião Europeia comprometeu se a redu iraemissãodegasescome eitodeestu a esteconte to, oiemitidaumairecti a Comunit ria ue pre a co

merciali a ão das c amadas Licen asdeemissãodegasescome eitodeestu a,entretantotranspostaparaalegisla ãoportuguesae ue aplic el,desdede1de aneirode2005,entreoutras,ind striadecimento( ota14)

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demonstRações financeiRas consolidadas 181

42. COmPROmISSOS ASSumIDOSPELO GRuPO

42.1 GARANtIAS E OutROS COmPROmISSOS FINANCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as garantias prestadas pelo Grupo e outros compromissos financeiros decompõem--se como se segue:

Valores em Euros 31/12/12 31/12/11 Garantias prestadas 2ª Repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal 10.082.208 9.948.844 IAPMEI (âmbito do POE) - 29.529 IAPMEI (âmbito do QREN) 3.494.696 3.494.696 IAPMEI (âmbito do PEDIP) 99.760 99.760 Câmara Municipal de Setúbal - 964.905 APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra 2.547.495 2.347.885 APDL - Administração do Porto de Leixões 680.529 636.087 Direcção Geral de Alfândegas 800.000 854.414 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro 845.173 1.553.057 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT 994.338 244.404 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 480.804 - Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236.403 - Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 199.055 - Instituto de Conservação da Natureza - Arrábida 280.639 396.961 Outras 1.027.858 1.627.328 21.768.958 22.197.870Cartas de crédito 3.093.769 1.035.213Compromissos de compra com fornecedores 18.244.473 24.973.513Livranças para garantia de empréstimos obtidos: Grupo 137.265.766 140.058.540 Outras participações financeiras 18.493.860 - 155.759.626 140.058.540

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182 RelatóRio do conselho de administRação 2012

42.2 OutROS COmPROmISSOS ASSumIDOS

Promessas de Penhor e hipotecas

Em 2010, a subsidiária Secil Martingan-ça contraiu um financiamento bancário no montante de Euros 2.500.000 para a construção da sua nova fábrica locali-zada no Montijo e constituiu nessa data uma hipoteca sobre o terreno da mesma. Em 31 de Dezembro de 2012 encontra-va-se por liquidar o montante de Euros 2.142.859 do financiamento obtido.

A subsidiária Ciments de Sibline, S.A.L., em Janeiro de 2011 liquidou o financia-mento bancário de médio longo prazo de USD 15.000.000, dos quais tinha utiliza-do USD 11.050.596 e renegociou, junto de uma instituição bancária libanesa, o incremento do descoberto bancário no montante de USD 10.000.000 para USD 20.000.000. O montante do descoberto utilizado e reconhecido em balanço ascen-dia a USD 6.952.657 (Euros 5.269.548).A subsidiária Ciments de Sibline, S.A.L, manteve as duas hipotecas já consti-tuídas sobre terrenos, edifícios e equi-pamento básico dos quais é proprietá-ria a favor da instituição bancária nos montantes de USD 57.500.000 e USD 12.270.000.

Investimento numa nova fábrica em Angola

Nos termos do Memorando de Enten-dimento celebrado entre o Governo de Angola e a subsidiária Secil, em Abril de 2004, foi constituída em 29 de No-vembro de 2005 a Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. detida em, aproximadamente, 51% pelo Grupo Se-cil e, indirectamente, em 49% pelo Esta-do angolano, a qual começou a operar a partir de 1 de Janeiro de 2006, cessando assim o contrato de cessão de explora-ção da unidade fabril Encime do Lobito, celebrado entre o Estado Angolano e a Tecnosecil (actualmente denominada Secil Angola) em vigor desde Setembro de 2000.

O capital social da Secil Lobito no mon-tante de USD 21.274.285 foi realizado através da transferência dos activos tangíveis e intangíveis da Secil Angola e da Encime U.E.E. respectivamente pelo Grupo Secil e Estado angolano, através da Encime U.E.E., pelo valor resultante da avaliação efectuada em Outubro de 2003 por uma empresa de auditoria in-ternacional independente.

Nesse Memorando de Entendimento, estimou-se que, num horizonte de 36 meses contados desde a data de re-alização do respectivo capital social, a Secil Lobito iria instalar uma fábrica de cimento e clinquer no Lobito.

Em 26 de Outubro de 2007, o Conselho Ministros de Angola aprovou o Projec-to de Investimento Privado denomina-do “Nova Fábrica de Cimento do Lobi-to”, no montante de USD 91.539.000, contratualizado em 14 de Dezembro de 2007, pela Secil Lobito e pela ANIP - Agência Nacional para o Investimento Privado, esta em representação do Es-tado angolano.

Adicionalmente, no exercício de 2008, foi adicionado ao investimento uma cen-tral de produção de energia eléctrica no valor de USD 18.000.000.No entanto não foi ainda possível à sub-sidiária Secil Lobito dar início à constru-ção da nova fábrica.

Penhor de acções

Em 2011, a Secil contraiu um empréstimo para aquisição da sociedade Uniconcreto, S.A., tendo sido constituído penhor finan-ceiro sobre as acções da Uniconcreto, S.A.. Já em 2012, com a venda das socie-dades Lusoinertes, S.A. e Eurobetão – Be-tão Pronto, S.A. pela Uniconcreto, S.A. às sociedades Secil Britas e Unibetão, res-pectivamente, ocorrida em finais de 2011, também as acções da Lusoinertes, S.A. e Eurobetão – Betão Pronto, S.A. foram da-das como garantia do financiamento obti-do. No período findo em 31 de Dezembro de 2012, o montante em dívida ascende a Euros 60.226.590 (Nota 24.3).

Depósito Caução

A subsidiária Ciminpart vendeu em 2012 a sua participação na VIROC a um Fun-do de Recuperação. No âmbito deste processo, a Secil constituiu penhor so-bre um depósito bancário no montante de Euros 1.250.000 (Nota 17).

Alienação Fiduciária

Em 2012 a Margem Companhia de Minera-ção, indirectamente detida em 13,81% pela subsidiária Ciminpart S.G.P.S, S.A. através da participada Supremo Cimentos, S.A., contraiu dois empréstimos denominados Cédulas de Crédito Bancário, no montan-te de 50 milhões de reais cada um (Euros 18.493.860 cada um). Como garantia des-tes financiamentos, a Ciminpart S.G.P.S., S.A fez a alienação fiduciária das acções detidas da Supremo Cimentos, S.A..

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demonstRações financeiRas consolidadas 183

43. ACONtECImENtOS APóS A DAtA DO BALANçO

Após a data de 31 de Dezembro de 2012, não ocorreram eventos subse-quentes que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço ou proporcionem in-formação sobre condições que tenham ocorrido após a data do balanço.

O Conselho de Administração, Outão 1 de Abril de 2013

PRESIDENtE Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

VOGAISGonçalo de Castro Salazar LeiteFrancisco José de Melo e Castro GuedesCarlos Alberto Medeiros AbreuSérgio António Alves MartinsJoão Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos José Alfredo de Almeida HonórioJosé Miguel Pereira Gens ParedesPaulo Miguel Garcês Ventura

téCNICO OFICIAL DE CONtASEmília Rosa Mota de Carvalho

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ANEXOS

184 RelatóRio do conselho de administRação 2012

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aneXos 185

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ANEXOS RelatóRio e PaReceR do Fiscal Único

senhores accionistas,

1. Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a atividade fiscalizadora desenvol-vida e damos parecer sobre o Relatório de Gestão consolidado e as Demonstra-ções Financeiras Consolidadas apresen-tados pelo Conselho de Administração da Secil – Companhia Geral de Cal e Ci-mento, S.A. relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.

2. No decurso do exercício acompanhá-mos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a atividade da empresa e das suas filiais e associa-das mais significativas. Verificámos a re-gularidade da escrituração contabilística e da respetiva documentação bem como a eficácia do sistema de controlo interno, apenas na medida em que os controlos sejam relevantes para o controlo da ati-vidade da empresa e apresentação das demonstrações financeiras e vigiámos também pela observância da lei e dos estatutos.

3. Como consequência do trabalho de revisão legal efetuado, emitimos a res-petiva Certificação Legal das Contas, em anexo.

4. No âmbito das nossas funções verifi-cámos que:

i) o Balanço Consolidado, a Demonstra-ção dos Resultados por naturezas conso-lidados, a Demonstração das alterações nos capitais próprios consolidados, a Demonstração dos Fluxos de Caixa Con-solidados e os correspondentes Anexos, permitem uma adequada compreensão da situação financeira da empresa, dos seus resultados e dos fluxos de caixa;

ii) as políticas contabilísticas e os crité-rios valorimétricos adoptados são ade-quados;

iii) o Relatório Consolidado de Gestão é suficientemente esclarecedor da evolu-ção dos negócios e da situação da so-ciedade evidenciando os aspetos mais significativos;

5. Nestes termos, tendo em considera-ção as informações recebidas do Con-selho de Administração e Serviços e as conclusões constantes da Certificação Legal das Contas, somos do parecer que:

i) seja aprovado o Relatório Consolidado de Gestão;

ii) sejam aprovadas as Demonstrações Financeiras Consolidadas;

6. Finalmente, desejamos expressar o nosso agradecimento ao Conselho de Administração e a todos os colaborado-res da Sociedade com quem contactá-mos, pela valiosa colaboração recebida.

11 de abril de 2013

PricewaterhouseCoopers & Associados- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por:

Paulo Quintas Paixão, R.O.C.

186 RelatóRio do conselho de administRação 2012

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aneXos 187

ceRtiFicação legal das contas consolidadas

introdução

1. Examinámos as demonstrações fi-nanceiras consolidadas da Secil – Com-panhia Geral de Cal e Cimento, S.A., as quais compreendem o Balanço consoli-dado em 31 de Dezembro de 2012 (que evidencia um total de € 906.728.857 e um total de capital próprio de € 371.739.438, o qual inclui interesses minoritários de € 65.678.572 e um resultado líquido nega-tivo de € 38.459.143), a Demonstração dos resultados consolidados, a Demons-tração das alterações nos capitais pró-prios consolidados, a Demonstração dos fluxos de caixa consolidados do período findo naquela data, e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de de-monstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do con-junto das empresas incluídas na consoli-dação, o resultado consolidado das suas operações, as alterações no seu capital próprio consolidado, e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos ade-quados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e in-dependente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efetu-ado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da

Ordem dos Revisores Oficiais de Con-tas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluíu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação te-rem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constan-tes e a avaliação das estimativas, base-adas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação e (quando for o caso) da aplicação do método da equivalência patrimonial; (iii) a aprecia-ção sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplica-ção uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verifi-cação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apre-sentação das demonstrações financeiras consolidadas.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informa-ção financeira consolidada constante do Relatório consolidado de gestão com as demonstrações financeiras consoli-dadas.

6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

opinião 7. Em nossa opinião, as referidas de-monstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apro-

priada, em todos os aspetos material-mente relevantes, a posição financeira consolidada da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. em 31 de Dezem-bro de 2012, o resultado consolidado das suas operações, as alterações no seu capital próprio consolidado e os flu-xos consolidados de caixa no período findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geral-mente aceites em Portugal.

Relato sobre outros requisitos legais

8. É também nossa opinião que a infor-mação financeira constante do Relatório de gestão consolidado é concordante com as demonstrações financeiras con-solidadas do período.

11 de abril de 2013

PricewaterhouseCoopers & Associados- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por:

Paulo Quintas Paixão, R.O.C.

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relatório de sustentabilidade

188 RelatóRio do conselho de administRação 2012

EstE RElatóRio 1. a sEcil 2. a sustEntabilidadE no GRupo sEcil 3. as nossas pEssoas 4. a coMunidadE 5. o nosso Mundo

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RelatóRio de sustentabilidade 189

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190 RelatóRio do conselho de administRação 2012

este relatório

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RelatóRio de sustentabilidade 191

Em linha com a versão 3.0 da GRI, este Relatório foca os principais factos e re-sultados de 2012, decorrentes da vivên-cia da sustentabilidade nas unidades fabris do grupo cimentos.

Como empresa com presença interna-cional que é, enfrenta actualmente vários desafios globais. Este relatório terá prin-cipal enfoque nas questões consideradas prioritárias para a garantia da Sustenta-bilidade do negócio e para o bem-estar dos seus stakeholders.

Considera-se que a melhor forma de de-monstrar a vivência da Sustentabilidade é através de exemplos da sua actuação, pelo que, este relatório, mais do que a demonstração de progresso nos domí-nios económico, social e ambiental, será ilustrado por vários casos de estudo.

Este relatório é publicado em conjunto com o Relatório e Contas e o Relatório de Responsabilidade Social. Deste modo, o desempenho económico e as actividades desenvolvidas com os colaboradores e comunidade estarão mais detalhados nos dois relatórios referidos.

Caso queiram aprofundar algum aspecto em particular acerca da actividade Se-cil, poderão consultar o nosso website (www.secil.pt).

A Secil agradece e encoraja o vosso feedback. Reconhece que é através do diálogo e da troca de ideias que se pode alcançar maiores níveis de excelência tanto ao nível do negócio como na de-fesa dos interesses dos stakeholders.

Informações adicionais, comentários ou sugestões podem ser obtidas junto de:

Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, SAEng. José Bravo FerreiraDirector do Departamento de Sustentabilidade e Processos Institucionais Externos, Fábrica do Outão – Apartado 712901-864 Setú[email protected] e/ou [email protected].: +351 212 198 230

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nº de colaboradores

18%34%

19%

1. a secil

192 RelatóRio do conselho de administRação 2012

1.1. Quem somos e onde estamos

> A Secil é um Grupo empresarial com actividade em vários países, destacando--se a produção de cimento no Outão, Maceira e Pataias (Portugal), assim como em Sibline (Líbano), Gabès (Tunísia) e Lobito (Angola), bem como a produção e comercialização de betão, inertes e a exploração de pedreiras, através das subsidiárias.

Em 2012 a Secil adquiriu participação na cimenteira Supremo, no Brasil, contudo esta não será integrada na consolidação dos resultados neste relatório.Integra ainda empresas que operam em áreas complementares, como a comer-cialização de materiais de construção, concepção e implantação de projectos industriais, desenvolvimento de soluções no domínio da preservação do ambiente e da utilização de resíduos como fonte de energia.

Actualmente conta com 2 237 colabo-radores no conjunto de todas as áreas de actividade. A comercialização e dis-tribuição dos produtos é realizada pelos departamentos comerciais respectivos, um pouco por todo o mundo.

vendas de clínquer e cimento

22%

52%23%

3%

volume de negócios

22%

8%

54%16%

Portugal

tunísia

líbano

angola29%

nos gRáficos está apenas RepResentado o sectoR cimento.

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RelatóRio de sustentabilidade 193

Portugal3 unidades fabrismaceira, pataias e outão

tunísia1 unidade fabrilgabés

angola1 unidade fabrillobito

líbano1 unidade fabril

sibline

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1. A SECIL

194 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

OBJECTIVO ONDE? QUANDO? RESULTADOS 2012

Índices de sinistralidade: lobal 2012Redu iro ndicede re u nciapara11 IF = 12,7Redu iro ndicedegra idadepara214,5 IG = 288,2 arformação em Higiene e Segurança lobal 2012 3,1 h/colaborador

no Trabalhoaoscolaboradores,comoob ecti odeobter8 orma ãoporano

Auscultação de stakeholders: lobal 2013 Em cursoRecol ade eedbac atra sdeentre istaspresenciais

a100%dosstakeholdersemPortugale60%dosstakeholdersnasopera esinternacionais

Implementa ãodeumsistema de gestão ab s 2013 Em cursode Segurança e Saúde no Trabalhodeacordocomas S S18001

Implementa ãodeumsistemadegestãodeambienteeseguran a Sibline 2013 Em curso

Redu irem15%asemissões específicas de CO2 lobal 2015 Redução de 9,0%portoneladadeprodutociment cio,relati amenteaoanode1990

Redu ãodasemissões de CO2 totais Cimentos Portugal 2012 Redução de 35%em 7,5% ace saloca esatribu dasparaoper odo2008 2012

tingirumataxa de substituição de combustíveis alternativosde lobal 2014 40,6%55%em2013,nas bricasemPortugal 0%10%em2015,nas bricasde ab seSibline

Redu irataxa de incorporação de clínquer para lobal 201376%nocimentocin ento,em2012nasopera esemPortugal 74,3%79%nocimentobranco,em2012na bricaCibraPataias 81,7%75%nocimentocin ento,em2013,nasopera esinternacionais 80,4%

1.2. ONDE QUEREMOS CHEGAR

Secilsabeo uepretendeserno uturo,umaind striacomele adarentabilidade,comumambientedetrabal oseguroeapreciadoportodososcolaboradoresecomomenorimpacteposs elnoambiente

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RelatóRio de sustentabilidade 195

como vamos alcançaR? Quais os passos seGuintes?

Continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores e monitorizando mensalmente os indicadores, permitindo a introdução de medidas correctivas se a tendência de melhoria não for a desejada.

Através de uma melhor programação vai aumentar-se a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade.

Em 2013, será dada continuação aos trabalhos de preparação do processo de auscultação dos stakeholders das operações internacionais.

Estava previsto ocorrer em 2011. Contudo, devido à situação social vivida nos últimos anos, foi adiada. Está planeado obter-se a certificação do sistema em 2013.

O processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, ambiente e segurança começou em Outubro de 2010. Em 2013 irá proceder-se à certificação nos referenciais de ambiente e segurança.

Pretende-se atingir este objectivo através de:> Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer.> Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados.> Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer.

Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer.Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados.

Nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objectivo de 50%, devido a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos disponível no mercado e às suas características.Os objectivos anteriormente definidos de 15% em 2011, na Fábrica de Gabès, e 5% em 2012, na Fábrica de Sibline, não foram atingidos pela não produção de combustíveis alternativos nos respectivos mercados.De acordo com esta realidade, os objectivos foram redefinidos para 10% em 2015.

Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de componentes minoritários previstos na NP EN 197-1.A elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal poderá comprometer os objectivos definidos.

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(1) corresponde ao volume de negócios do grupo secil e não apenas ao grupo secil cimentos. (2) a fórmula de cálculo foi alterada: n.º saídas/ n.º total de colaboradores no final do ano. (3) os índices de sinistralidade incluem os colaboradores secil e os prestadores de serviços. os valores apresentados foram transformados para a metodologia da organização internacional do trabalho, que resulta na aplicação de 1 000 000 horas em vez de 100 000 horas.(4) não inclui a fábrica do lobito, visto tratar-se de uma moagem de cimento.

196 RelatóRio do conselho de administRação 2012

1. a secil1.3. o desempenHo em númeRos

> Na tabela seguinte encontram-se os resultados dos principais indicadores de desempenho, de forma a evidenciar o progresso dos últimos cinco anos, nas três áreas da sustentabilidade.

un 2008 2009 2010 2011 2012o neGÓcioActivo líquido M € 653 618 567 614 668Capitais próprios M € 339 339 328 307 234ebitda M € 138 139 124 99 76Capex M € 33 23 30 49 29Passivo financeiro M € 72 43 32 87 168Rentabilidade do Activo % 8,8 11,7 8,3 3,8 -0,9Rentabilidade dos Capitais Próprios % 16,9 21,4 14,3 7,5 -2,6Resultados líquidos M € 57 72 47 23 6Capacidade produtiva de cimento 103t 6 850 6 850 6 850 6 850 7 650Vendas de Cimento e Clínquer 103t 6 548 6 342 6 231 5 671 5 415Volume de negócios (1) m € 599 572 536 507 450as pessoasnúmero de colaboradores (efectivos e contratados) n.º 1 731 1 750 1 714 1 679 1 463tipo de contrato Contrato permanente % 87,4 88,8 89,3 93,6 90,4Contrato a termo % 12,3 10,9 10,3 5,5 6,8Cedência temporária % 0,3 0,3 0,4 0,9 2,8sexo Masculino % 90,6 89,6 90,1 89,2 94,1Feminino % 9,4 10,4 9,9 10,8 5,9média etária Anos 44,3 44,5 44,4 47,3 46,8taxa de rotatividade % 4,4 7,0 4,5 5,3 -taxa de rotatividade (2) % - - - 6,1 14,7taxa de absentismo % 3,7 3,7 3,8 3,6 8,1saúde e segurança (3) Índice de gravidade (Ig) % 652,8 433,4 475,0 392,9 288,2Índice de frequência (If) % 18,6 16,9 19,4 13,8 12,7Índice de duração ou avaliação da gravidade (id) % 35,1 25,7 24,4 28,4 22,8o nosso mundoconsumo de materiais Matérias-primas naturais kt 9 952 9 212 8 645 8 723 7 294Matérias-primas secundárias (MPS) kt 317 300 421 418 298taxa de utilização de mps % 3,1 3,2 4,6 4,6 3,5consumo de energia Energia térmica (fornos) (4) TJ 18 385 17 685 17 933 16 470 14 922Energia eléctrica GWh 676 632 637 600 591consumo de combustíveisCombustíveis fósseis sólidos kt 496 452 460 403 349Combustíveis fósseis gasosos 1000 Nm3 38 29 26 25 24Combustíveis alternativos kt 93 125 175 192 169taxa de substituição térmica % 10,5 14,0 19,0 22,4 20,3emissões atmosféricas Partículas kt 0,4 0,6 0,6 0,5 0,6NOx kt 6,2 6,2 5,7 6,0 5,3SOx kt 0,7 0,8 0,6 0,6 0,6CO2(3) Mt 4,3 4,0 4,0 3,7 3,3consumo de água 103 m3 1 385 1 447 1 442 1 342 1 316

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 197

1.4. OS STAKEHOLDERS

sstakeholderssãooelemento undamentalnoalcancedoob ecti oprimordialdaestrat giadesustentabilidadedaempresade garantir ueocon untodasnossasacti idades sedesen ol emdeorma sustent el, comade uada rentabilidadedos capitais in estidos, salaguardadomeioen ol enteecumprimento das nossas obriga es sociais,assegurando a manuten ão da nossaacti idadeparao uturo

o longo dos anos, tem se indo adesen ol er rios canais de comunica ão com os di ersos grupos destakeholders, de orma a perceberuaisassuase pectati asereceiose,

para ue,emcon unto,seconsigaatingir os ob ecti os tra ados E emplosdessescanaisdecomunica ãosãoas

Comiss esde compan amento mbiental, oCentro de poio aoClienteeos ruposde compan amentodosSistemas de estão de Seguran a eSa deno rabal o

sprincipaisimpactesdaacti idadeSecilsãoosseguintes

Impactes Económicos

cria ãode alornacadeiadedistribui ão(atra sdas endasdecl n uerecimento)sal riosebene ciospagosaos

nossoscolaboradoresdoa es comunidadea uisi ãodebenseser i oslucrosaosaccionistasimpostos alorgeradonaeconomialocale

nacional(indirecto)

Impactes Sociais

apoioaodesen ol imentodepro ectossociaisnacomunidadeoportunidadesdeempregodesen ol imentopro ssional

epessoaldosnossoscolaboradoresSa deeSeguran ano rabal obene ciossociais

Impactes Ambientais

altera esclim ticasbiodi ersidadeconsumorecursosnaturaisemiss esatmos ricasconsumode guaconsumoderes duosesubprodutos

deoutrasacti idades

FLUXOS FINANCEIROS COM OS STAKEHOLDERS

OUTROS RECEBIMENTOS DE EXPLORAÇÃO

VENDASINVESTIMENTOS

FINANCEIROSINVESTIMENTOS

INDUSTRIAIS

TOTAL DE RECEBIMENTOS

SALDO PARA A EMPRESA

TOTAL DISPONÍVEL PARAINVESTIMENTO

TOTAL DE PAGAMENTOS

SALÁRIOS

MECENATO

IMPOSTOS

DIVIDENDOS

JUROS

PAGAMENTOS

PRÉMIOS DE EMISSÃO

REFINANCIAMENTO LÍQUIDO

CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS

9.255.972 € 404.128.414 € 6.500.537 € 35.941.026 €

413.384.386 € 50.137.057 € 208.302.203 €

363.247.329 €

35.702.304 €

895.318 €

7.941.319 €

4.152.088 €

13.410.552 €

317.028.385 €

- €

158.165.146 €

150.357.204 €

CLIENTES

COLABORADORES

ASSOCIAÇÕES

ESTADO E AUTARQUIAS FORNECEDORES

INST. BANCÁRIAS

ACCIONISTAS

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2. a sustentabilidade no gruPo secil

198 RelatóRio do conselho de administRação 2012

2.1. estRatéGia de sustentabilidade

O desafio permanente é garantir que o con-junto das actividades se desenvolvam de forma sustentável, com adequada rentabi-lidade dos capitais investidos, salvaguarda do meio envolvente e cumprimento das obrigações sociais, assegurando a manu-tenção da nossa actividade para o futuro.

A estratégia de sustentabilidade está ali-nhada com os valores de Excelência, Responsabilidade, Qualidade, Inovação e Transparência que há muito caracterizam a Secil e está assente em 3 pilares:

competitividade

Desenvolvimento da capacidade tecnoló-gica, visando a optimização dos proces-sos produtivos e respectivos sistemas de suporte, incorporando a melhor tecnologia disponível. Inovação na qualidade dos pro-dutos, serviços e soluções Secil forneci-dos aos Clientes, superando expectativas quanto ao valor acrescentado que lhes é fornecido, de forma a tornar-se o seu par-ceiro preferencial. Posicionamento num mundo globalizado, aproveitando oportu-nidades internacionais de negócio.

minimização de impactes

Potenciar a eco-eficiência dos processos, mitigando os impactes causados no meio envolvente e orientando a actuação para a promoção da biodiversidade.

mente garantem a sustentabilidade da organização.

Esta estrutura preocupa-se em obter um balanço entre os objectivos económicos e sociais, por um lado, e entre os ob-jectivos da empresa e da sociedade em que está inserida, por outro, tendo em consideração, nos seus processos de decisão, as expectativas do diferentes stakeholders.

De forma a assegurar o contínuo com-promisso do Conselho de Administração com o desenvolvimento sustentável e a adopção de uma sólida política de am-biente e segurança, encontra-se atribu-ída ao Eng. Carlos Alberto Medeiros de Abreu, membro do Conselho de Adminis-tração, a responsabilidade de assegurar a dinamização de todas as acções da empresa com estes objectivos.

A administração segue atentamente o desempenho da empresa nas várias vertentes da sustentabilidade através de indicadores e reuniões.

Em 2012, foi iniciada a alteração da es-trutura organizacional da empresa, que contribuirá para uma melhoria da inte-gração efectiva da Sustentabilidade na actividade da Secil.

envolvimento com os stakeholders

Fomentar um ambiente de trabalho valo-rizado pelos Colaboradores e consolidar um posicionamento ético e cívico reco-nhecido pelos stakeholders.

2.2. Gestão da sustentabilidade

Procura-se aplicar consistentemente as melhores práticas de governação, com o objectivo de assegurar os adequados mecanismos de controlo de riscos asso-ciados ao estatuto de empresa com im-portantes responsabilidades assumidas perante todos os seus stakeholders, na sociedade onde está implantada.

A actual estrutura organizacional é as-sim uma peça fundamental para a con-cretização dos objectivos definidos, na gestão dos aspectos ambientais, sociais e económicos. Dada a complexidade, transversalidade e multidisciplinari-dade da sustentabilidade, existe uma estrutura organizacional composta por diferentes unidades que complementar-

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RelatóRio de sustentabilidade 199

2.2.1. Gestão de Riscos

Na era da globalização, garantir a sustentabilidade do negócio torna imprescindível a análise e gestão do risco nas suas diversas vertentes, nomeadamente no que se refere ao abastecimento de matérias-primas, fi-nanciamento, acessibilidade a novos mercados, impactes ambientais e de segurança, entre outros. Antecipar os riscos ajuda-nos a reduzir a incerteza e coloca-nos em posição de torná-los, eventualmente, em oportunidades.O Centro Corporativo e a Área Técnica, através de algumas unidades neles

inseridos, têm a responsabilidade de antecipar as ameaças/oportunidades decorrentes de evoluções no âmbito de legislação europeia e nacional, com impacto significativo na actividade e desempenho da empresa, assim como identificar e mitigar os riscos de negó-cio. Esta abordagem permite não só a tomada de atitudes pró-activas que aju-dam a controlar a exposição ao risco, assim como a promoção da inovação e modernização dos processos, produtos e serviços, promovendo e reforçando a competitividade da Empresa.Nas fábricas em Portugal, temos im-plementado um sistema de gestão in-

tegrado com o objectivo de minimizar e optimizar os processos e as compo-nentes dos vários sistemas (qualidade, ambiente e segurança). O Sistema Integrado garante a eficácia da orga-nização, bem como a satisfação total do cliente, com redução simultânea de riscos associados à sua actividade e respectivos impactes ambientais. Nas operações internacionais, estamos em fase de certificação dos diferentes sis-temas, contudo, temos como objec-tivo futuro, que todas as unidades de produção utilizem o mesmo modelo de gestão salvaguardando as suas espe-cificidades locais.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMISSÃO EXECUTIVA

Área TécnicaCentro de Desenvolvimento e Aplicações de CimentoCentro Técnico CorporativoSustentabilidade e Processos Institucionais ExternosSegurança e Saúde no TrabalhoOptimização de Processos

Serviços CentraisContabilidade e ImpostosOperações ComerciaisRecursos HumanosSistemas de Informação

e Meios

Centro CorporativoPlaneamento e Controlo de GestãoFinanceiraComprasControlo InternoDesenvolvimento OrganizacionalJurídicaComunicação Institucional e ComercialCoordenação de ProjectosDesenvolvimento de NegóciosApoio Internacional

Cimento

Não Cimento

Portugal

Angola

Tunísia

Líbano

Fluxo de apoio

Fluxo hierárquico

Fora do âmbito do Relatório de Sustentabilidade

Presidente: Pedro Queiroz Pereira

Vogais:Gonçalo de Castro Salazar Leite

Francisco José de Melo e Castro GuedesCarlos Alberto Medeiros Abreu

Sérgio António Alves Martins

José Alfredo de Almeida Honório João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos

José Miguel Pereira Gens Paredes Paulo Miguel Garcês Ventura

Presidente:Gonçalo de Castro Salazar Leite

Vogais:Carlos Alberto Medeiros Abreu

João Pereira de VasconcelosSérgio António Alves Martins

Recursos, Instalações

os colaboRadoRes podem sugeRiR Recomendações atRavés das Reuniões semanais com aschefias de depaRtamento, as quais são tRansmitidas nas Reuniões mensais com a administRação.

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2. a sustentabilidade no gruPo secil

200 RelatóRio do conselho de administRação 2012

2.3. Questões publicamente assumidas no domÍnio dasustentabilidade

A Secil tem cooperado activamente com as autoridades governamentais e regula-doras, isoladamente ou inseridos em asso-ciações empresariais, no sentido de comu-nicar o seu posicionamento relativamente a políticas de actuação em questões chave no domínio da sustentabilidade que pos-sam afectar os seus stakeholders, o sector cimenteiro e a empresa.

Pretende-se, deste modo, assegurar a sustentabilidade do negócio, assumindo simultaneamente o claro compromisso do respeito pelas três vertentes do desenvol-vimento sustentável e que tem sido muito bem aceite pelos agentes responsáveis pela definição e implementação das po-líticas nacionais e sectoriais.

alterações climáticas e comércio de emissões

Durante o ano de 2012 prosseguiram as acções previstas no calendário da Comis-são Europeia, nomeadamente, a publicação dos 9 Documentos Guia que estabelecem as novas regras de atribuição das licenças gratuitas de emissão de CO2 a cada insta-lação, bem como o novo Regulamento de Monitorização e Reporte das emissões de CO2, para o período de 2013-2020.

Infelizmente o calendário não tem sido cumprido e assim, passados alguns me-ses do início do novo período, as instala-ções ainda não têm atribuídas as aloca-ções gratuitas definitivas para o mesmo.

Acresce ainda uma situação de incerteza relativa à revisão da lista de sectores sujeitos a carbon leakage a vigorar a partir de 2015,

a qual será determinante para a competiti-vidade das empresas. A Secil tem colabo-rado, a nível da ATIC, do CEPAE-AIP e da CEMBUREAU, em diversas acções junto das autoridades nacionais e europeias, no sentido de defender a competitividade do sector face aos constrangimentos que even-tualmente decorrerão da adopção de crité-rios novos na regulamentação da atribuição de licenças gratuitas, num futuro próximo.

Numa outra frente, a Secil tem participado, na qualidade de membro do CEN/TC/264/WG33 “Greenhouse gas (GHG) emissions in energy-intensive industries”, nomeada-mente no seu Grupo 3 “Cement”, na ela-boração de uma nova norma internacional sobre a monitorização e reporte daqueles gases, a qual inclui a realização de testes em 2 fábricas, no sentido de testar as opções concebidas. Esta acção é financiada pela Comissão Europeia.

sistemas de Gestão Qualidade ambiente emas segurançaFábricas iso 9001 iso 14001 oHsas 18001

Outão 4 4 4 4

Maceira 4 4 4 4

Pataias 4 4 4 4

Sibline 4 x x xGabès 4 4 x xLobito x x x x

Neste âmbito, todos os anos realizamos auditorias, internas e por entidade externa, a fim de testar a robustez dos sistemas e avaliar a conformidade legal em cada uni-dade operacional, encorajando a melhoria contínua em todas as suas vertentes.

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RelatóRio de sustentabilidade 201

Por outro lado, a Secil tem continuado a acompanhar, na qualidade de membro do Steering Committee, o projecto relativo à Captura de Carbono, iniciado em 2007, no âmbito da European Cement Research Academy (ECRA). Em Março de 2012 foi publicado o relatório correspondente à Fase III, em que se confirmou que a opção da pós-combustão poderá estar disponí-vel dentro de algum tempo e que a opção oxyfuel (menos consumidora de energia) é passível de adopção em fornos já existen-tes (ainda que recorrendo a investimentos significativos), necessitando esta última op-ção um reforço adicional de investigação.

Baseado nas conclusões da Fase III foi de-cidido avançar para a Fase IV que irá fo-car-se especialmente na opção oxyfuel.

Revisão da directiva das emissões industriais (dei)

A transposição da Directiva deverá de-correr no ano de 2013 e trará alterações significativas no que diz respeito às prá-ticas actualmente em vigor em matéria de Licenciamento Ambiental, como seja, a necessidade de caracterizar o local de implantação da instalação (que permita determinar o estado do contaminação do solo e águas subterrâneas) em pro-cessos de licenciamento inicial e reno-vação das licenças actuais.

A Directiva DEI refere igualmente a obrigatoriedade de medir em contínuo PCDD/F e Metais pesados logo que existam disponíveis na UE técnicas de medição adequadas.

Entretanto, em Março de 2012 foi publica-da a Decisão de Execução da Comissão Europeia que “estabelece as conclusões sobre as melhores técnicas disponíveis (MTD) para a produção de cimento, cal e óxido de magnésio nos termos da Directiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa às emissões industriais”.

A Secil, no âmbito da ATIC, para além de ter colaborado na discussão do conteúdo científico e regulador deste documento, contribuiu também para a sua correcta tra-dução para a língua oficial nacional.

Na sequência destas decisões, as renova-ções das Licenças Ambientais das instala-ções serão condicionadas pelos requisitos da nova regulamentação, o que exigirá uma estreita colaboração da Secil com as entida-des envolvidas no respectivo licenciamento.

construção sustentável

A questão da construção sustentável constitui um dos maiores desafios actu-ais, face à previsível crescente escassez de recursos quando se tem em conta a explosão demográfica prevista para o futuro a médio/longo prazo.

O cimento é um dos constituintes do be-tão, o qual constitui actualmente o material de construção mais utilizado em todo o mundo, sendo inclusivamente o bem mais consumido a seguir à água.

A sua larga utilização advém de uma sé-rie de vantagens das quais recordamos algumas: resistência e durabilidade, versa-tilidade, reduzida manutenção, disponibili-dade em quantidade de matérias-primas, resistência ao fogo, relativamente baixo teor carbónico, produzido com elevada efi-ciência energética, produzido e usado lo-calmente e uma excelente massa térmica que lhe confere uma capacidade enorme de armazenamento de energia permitindo reduzir as flutuações térmicas dentro dos edifícios (o mesmo é dizer, elevada pou-pança energética, seja no aquecimento, seja no arrefecimento forçados).

A nível nacional a Secil continua a colaborar como membro activo na Comissão Técni-ca (CT-171), tendo procedido à apreciação de novos projectos de normas CEN, con-tribuído para a posição portuguesa, em ter-

mos de votação das mesmas, e colabora-do na tradução para a língua portuguesa desse novo acervo normativo.

No âmbito da CSI, a Secil tem colaborado como membro da TF 8 “Sustainabilty with Concrete” no desenvolvimento de um futu-ro “Responsible Sourcing Scheme” (RSS) para o betão, onde se pretende estabele-cer uma série de requisitos mínimos nas diferentes áreas ambientais (exº Eficiência Energética, Gestão de Recursos, Gestão da Biodiversidade, Gestão da Qualidade do Ar, da Água e do Solo) e sociais (exº Saúde e Segurança, Trabalho e Emprego. Envolvimento da Partes Interessadas).

biodiversidade

A Secil continua a ter uma participação muito activa ao nível das Task Forces da CEMBUREAU e da CSI que se ocupam especificamente da Biodiversidade, sen-do de destacar a revisão dos indicadores (KPIs), em 2009, e a publicação das Gui-delines on Quarry Rehabilitation, em 2011.

Actualmente a Task Force encontra-se a de-senvolver dois grandes projectos: a produção de uma guia para Planos de Gestão da Bio-diversidade (Guidance for Biodiversity Mana-gement Plans) e a revisão ESIA Guidelines.

Água

No âmbito da TF 9 “Water” da CSI, a Secil tem participado nos trabalhos de elaboração de um protocolo de monito-rização e reporte do consumo de água em instalações de fabrico de cimento, de fabrico de betão e de extracção e tra-tamento de agregados. Para além disso, tem colaborado no desenvolvimento e vai participar nos testes de aplicação de uma nova ferramenta de análise de risco de abastecimento de água, desenvolvi-da especificamente para os sectores do cimento, do betão e agregados, basea-da na Global Water Tool (WGT).

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2. a sustentabilidade no gruPo secil

202 RelatóRio do conselho de administRação 2012

2.4.Cement sustainability initiative

A Cement Sustainability Initiative (CSI) é uma iniciativa sectorial do cimento de-senvolvida no âmbito do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, que agru-pa actualmente 24 empresas produtoras de cimento, com operações em mais de 100 países, que no conjunto representam cerca de 30% da produção de cimento do mundo. Em 2003, a Secil aderiu à Ce-ment Sustainability Initiative como Mem-bro Participante.

O objectivo deste projecto é encontrar novos caminhos para enfrentar o desafio da sustentabilidade, reduzindo a “pegada ecológica” da indústria cimenteira actu-ando em conjunto e activamente com os seus stakeholders, no sentido de eviden-ciar as contribuições sociais do sector.

Os dados referentes aos anos de 2009, 2010 e 2011 foram verificados por uma enti-dade externa. Os dados de 2012 serão verificados no primeiro trimestre de 2014 em conjunto com os dados de 2013.

O foco da CSI está centrado em seis gran-des áreas: Protecção Climática; Combus-tíveis e Matérias-Primas; Higiene e Segu-rança; Redução de Emissões; Impactes Locais e Sustentabilidade do Betão.

Em cada área existem dois tipos de acções: projectos conjuntos, em que as empresas trabalham juntas para resolverem proble-mas específicos na área ambiental ou so-cial; e acções individuais executadas por cada empresa nas suas operações internas.

Desenvolveu-se um consenso claro entre os membros quanto à necessidade de reu-nir dados constantemente disponíveis nas empresas, no sentido de obter uma avalia-ção mais rigorosa dos níveis de emissões de CO

2 e de eficiência energética neste sector industrial, com vista a fornecer ba-ses para as decisões mais adequadas, quer por parte das entidades com poder de decisão neste domínio, quer por parte das próprias empresas.

Assim foi criado um protocolo de reporte criado pela CSI usado voluntariamente por todas as empresas membro, a nível mundial, constituindo um guia específico para a medição e reporte das emissões de CO2 no processo de produção de ci-mento, que já conta com uma terceira versão.

Desta forma foi constituída uma base de dados consistente e credível, crucial para fundamentar a definição de ben-chmarks baseados na performance, no âmbito do estabelecimento de metas de intensidade e/ou tectos de emissões de CO2 – Projecto Getting Numbers Right.

Actualmente a Secil mantém uma co-laboração activa ao nível do Grupo de Trabalho da Saúde e Segurança, Biodi-versidade e Protecção Climática, tendo iniciado a participação em recentes Gru-pos de Trabalho: Água e Sustentabilida-de no Betão.

Nos próximos 10 anos, o mundo vai ine-vitavelmente continuar a mudar acentua-damente. Contudo, a CSI pretende con-tinuar a dedicar-se a liderar a indústria cimenteira no estabelecimento de novos objectivos, no alcance desses objectivos e permanecer na vanguarda do desen-volvimento de negócio sustentável.

seGuRança

indicadores de desempenho 2010 2011 2012

N.º fatalidades (trabalhadores Secil) 0 0 0N.º fatalidades por 10 000 trabalhadores 0 0 0N.º fatalidades (prestadores de serviços) 0 1 0N.º fatalidades (terceira parte) 0 0 0N.º acidentes (trabalhadores Secil) 67 65 60Total n.º acidentes 96 88 77Índice de frequência(1) (trabalhadores Secil) 19,7 19,2 18,4

(1) n.º de acidentes com dias perdidos por 1 milhão horas.homem

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RelatóRio de sustentabilidade 203

Em 2011 procedeu-se à verificação por entidade externa dos dados relativos a 2008, 2009 e 2010. Os dados relativos a 2011 e 2012 serão verificados durante o 2º semestre de 2013.

* Em 2012 a SECIL começou a reportar os seus dados de acordo com a ver-são 3.0 do Protocolo de Monitorização

e Comunicação das Emissões de CO2. A razão pela qual as emissões de CO2 são menores que as anteriormente re-portadas, está relacionada com a conta-bilização das fracções de biomassa dos combustíveis alternativos fósseis (no-meadamente os resíduos derivados de resíduos (CDR) e pneus), que na versão 2.0 não era permitida.

pRotecção climÁtica e uso ResponsÁvel de combustÍveis e matéRias-pRimas

indicadores de desempenho 2010 2011 2011* 2012*

Total emissões de Co2 (mt) - gross(1) 4,1 3,8 3,7 3,3Total emissões de Co2 (mt) - net(2) 4,1 3,8 3,5 3,1Emissões específicas de Co2 (kg/t produto cimentício(3)) - gross(1) 679 690 671 658Emissões específicas de Co2 (kg/t produto cimentício(3)) - net(2) 679 690 635 628Consumo térmico específico da produção de clínquer (MJ/t clínquer) 3 896 3 900 3898(4) 3821% substituição de combustíveis alternativos 19,0 21,7 21,7 20,8% substituição de biomassa 3,8 2,4 8,0 8,8% incorporação de matérias-primas secundárias 4,3 4,6 3,9% incorporação de clínquer(5) 76,3 77,2 77,7

(1) emissões de co2 totais. (2) emissões de co2 totais – aquisições de direitos de emissão; na versão 3.0 corresponde às emissões de co2 totais – emissões de co2 dos combustíveis alternativos. (3) clínquer produzido + aditivos consumidos na moagem de cimento. (4) até 2011 o consumo térmico incluía os fornos e outros equipamentos (caldeiras, paletizadoras, geradores de emergência, etc.), esta situação foi alterada, passando a ser considerado apenas os combustíveis que entram nos fornos. por esta razão o consumo térmico apresenta um valor ligeiramente inferior na versão 3.0 do protocolo. (5) inclui as fábricas de cimento e moagens.

Redução das emissões

indicadores de desempenho 2010 2011 2012

Partículas, t/ano 583 454 561Partículas, g/t clínquer 123 106 144NOx, t/ano 6 693 6 033 5 347NOx, g/t clínquer 1 206 1 218 1 371SOx, t/ano 620 625 629SOx, g/t clínquer 131 131 161% clínquer produzido com monitorização das emissões maiores* e menores 61% 80% 77%% clínquer produzido com monitorização contínua das emissões maiores 100% 100% 100%

* partículas, nox e sox

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2. a sustentabilidade no gruPo secil

204 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Em 2012 foi publicada a segunda ver-são das guidelines de monitorização e comunicação das emissões atmosféri-cas na indústria cimenteira, com novos KPI’s. Durante o ano de 2013 iremos proceder à recolha e consolidação dos novos indicadores, para posterior comu-nicação do Relatório de Sustentabilida-de de 2013.

impactes locais

indicadores de desempenho 2010 2011 2012

% pedreiras com planos de recuperação 80% 80% 80%% pedreiras com planos de envolvimento com a comunidade ** 40% 40% 47%N.º de pedreiras activas, ou nas áreas adjacentes, que contêm elevado valor de biodiversidade (GRI EN11) * 13% 13% 13%% de pedreiras com elevado valor de biodiversidade que têm planos de gestão da biodiversidade implementados (de acordo com o anterior) 100% 100% 100%

* considerando que apenas a fábrica do outão tem elevado valor de biodiversidade, por se encontrar dentro de um parque natural.** a fábrica cibra-pataias apesar de ter comissão de acompanhamento ambiental, esta não tem actividade desde 2009.

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RelatóRio de sustentabilidade 205

3. as nossasPessoas

os novos desafios impostos pelo di-fícil contexto económico implicam da parte da secil uma maior exi-gência e rigor. os colaboradores da secil são, especialmente neste con-texto, determinantes para cumprir a sua missão.

As pessoas são o principal garante da Rentabilidade, do Crescimento e da Sustentabilidade da Secil. Acredita-se, por experiência, que o sucesso depende directamente de desempenhos de exce-lência, de elevados níveis de responsa-bilização, de padrões superiores de qua-lidade, da transparência nas relações de trabalho e da determinação em inovar.

Desde o início da sua actividade, há mais de 80 anos, que a consciência da Responsabilidade Social da Secil foi um desejo que se concretizou em benefícios concretos atribuídos aos seus colabora-dores (habitação, alimentação, escolas, cuidados médicos).

Hoje, num contexto social e económi-co distinto, em que muitas das neces-sidades antes prioritárias estão hoje já asseguradas, a Secil mantém a mesma intenção de contribuir activamente para o bem-estar dos seus colaboradores, tendo por isso adaptado o tipo de be-nefícios a esta nova realidade (ver de-talhe no Relatório de Responsabilidade Social).

Quanto à política de remunerações e re-compensas, a Secil está alinhada com o grupo de empresas, em Portugal, que

promovem as melhores práticas e mais completas políticas nesta área.

Neste âmbito enquadra-se também o processo de avaliação de desempenho, baseado em objectivos e competências, que é realizado semestralmente, e do qual resultam indicações sobre áreas de desenvolvimento individuais e um pro-cesso de distribuição de resultados.

A percentagem de Colaboradores em si-tuação de efectividade (90% estão con-tratados sem termo) continua a reflectir um esforço na manutenção das relações contratuais estáveis, mantendo um sen-timento de segurança no trabalho, não só pela estabilidade do Grupo, mas tam-bém pelos benefícios, pelas regalias e ainda pelo clima organizacional.

emprego

Em 2012, em consequência da desa-celeração da economia em Portugal, a Secil viu-se forçada a ajustar o seu nú-mero de colaboradores, encetando um processo de reestruturação/redimensio-namento, que motivou a cessação de 80 contratos de trabalho, em diferentes áreas.

Neste ano terminaram globalmente os contratos de 221 colaboradores, dos quais 14% foram por aposentação, 36% por despedimento colectivo e 50% por cessação por mútuo acordo ou outras.

Reflectindo esta realidade em Portugal, não se verificaram contratações de no-vos colaboradores ao longo do ano de 2012. Contudo, foram ainda realizados 12 estágios curriculares e profissionais de licenciados.

tiPo de contrato

antiguidade média 2012

7% 3%

90%

33%

1%

31%

contRato peRmanentecontRato a teRmocedência tempoRáRia

< 1 ano1 - 9 anos10 - 24 anos> 25 anos

35%

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3. as nossas Pessoas

206 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Gestão de talento

O desenvolvimento de competências, a identificação do potencial, e o crescimento profissional dos colaboradores é acompa-nhado na Secil através de instrumentos geridos por diferentes unidades:

> o desenvolvimento de competências, comportamentais e técnicas, é gerido pelo Centro Técnico Corporativo e pelos depar-tamentos de formação locais, que propor-cionam acções de formação de acordo com as necessidades identificadas (ver detalhe no Relatório de Responsabilidade Social da Secil);> a avaliação de desempenhos, potencial e gestão de recompensas é gerida pelas Direcções de Recursos Humanos e pela Direcção de Desenvolvimento Organiza-cional. A avaliação de desempenho é feita

semestralmente, prevendo-se um momen-to de feedback formal em que o período em causa é analisado, e propostas acções de melhoria e desenvolvimento para o pe-ríodo seguinte;> o modelo de gestão de carreiras dos Qua-dros, gerido pela Direcção de Desenvolvi-mento Organizacional, clarifica os critérios de elegibilidade para progressão/promoção na carreira e de possibilidade de crescimen-to profissional para cada colaborador.

mobilidade

A transferência de conhecimentos e a pro-moção de uma cultura de Grupo agiliza-se e torna-se efectiva com a mobilidade de colaboradores entre as diferentes localiza-ções, em Portugal e no mundo.

No fim de 2012 a Secil tinha 3% dos seus Colaboradores portugueses expatriados em Angola, no Líbano, na Tunísia, em Cabo Verde e no Brasil (4 Colaboradores em An-gola, 4 no Líbano, 3 na Tunísia, 1 em Cabo Verde e 4 no Brasil).

Os períodos médios de permanência dos expatriados nos países estrangeiros são de cerca de 5 anos, permitindo uma efectiva troca de experiências, partilha de melhores práticas em termos técnicos, e conhecimento mútuo de culturas e realida-des diversas.Também em Portugal, a Secil continuará os seus esforços de promover

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RelatóRio de sustentabilidade 207

Diversidade 2012

Masculino

Feminino

< 30 anos

30 - 39 anos

41 - 49 anos

50 anos

Perfil de idades 2012

faixas etárias, com uma idade média dos colaboradores de 46,8 anos.

Relativamente à representatividade das Mu-lheres no total de colaboradores, esta tem sido crescente ao longo dos anos, sendo em 2012 de 6% do total de Colaboradores.

Quanto às habilitações, verificamos tam-bém que, embora diversificadas em ter-mos de áreas de formação, a tendência tem sido a de aumentar a qualificação dos colaboradores recrutados, pelo que, em 2012, 35% têm habilitações mínimas de licenciatura.

A presença da Secil em Angola, Líbano, Tunísia, Cabo Verde e Brasil é também uma oportunidade para promover rela-ções com culturas e experiências distin-tas. Concretizam-se através de projectos desenvolvidos em conjunto por colabora-dores em localizações distintas, através de deslocações para formações e/ou pro-jectos pontuais, e ainda, a mais longo pra-zo, com as expatriações de colaboradores portugueses para exercerem posições--chave nas empresas participadas pela Secil no estrangeiro.

A Secil recruta e desenvolve os colabora-dores numa base de iguais oportunidades.

Quanto ao recrutamento existem procedi-mentos definidos, e as posições de Qua-dros em aberto são divulgadas na intranet da empresa, sendo por isso do conheci-mento de todos os colaboradores.

direitos Humanos

Na Secil a promoção pelo respeito uni-versal pelas liberdades fundamentais de todos, sem distinção de raça, sexo, lín-gua ou religião, são regras de conduta im-pressas ao mais alto nível da organização, qualquer que seja a localização geográfica da unidade produtiva, e disseminadas por toda a organização.

a mobilidade inter e intra-empresas que se deseja seja crescente nos próximos anos. Em 2012, 4 Quadros passaram a desem-penhar funções em empresas do Grupo diferentes daquelas a que pertenciam.

Para o planeamento das mobilidades, quaisquer que elas sejam (sucessões, promoções, etc), existe um mapeamento interno que é monitorizado regularmen-te, e vai sendo alinhado, de acordo com a estratégia operacional da empresa e o desenvolvimento dos colaboradores, pelos órgãos de topo da Secil.

Relações entre trabalhadores e administração

Na Secil existe uma proximidade efec-tiva entre os trabalhadores e os órgãos de gestão.

Para além de reuniões ou eventos espe-cíficos, a comunicação colaboradores/Gestão é frequente e positiva. Esta reali-dade é determinante para o bom ambien-te de trabalho que se cultiva na Secil.

Este facto deve-se à cultura de proximi-dade que existe na Secil, e é reforçada pelo facto de alguns elementos exerce-rem hoje funções em órgãos de gestão em consequência de uma evolução na sua carreira profissional interna. Desem-penharam pois anteriormente funções que lhes permitiram estabelecer relações profissionais próximas de grande parte dos colaboradores da Secil, facilitando a actual proximidade entre as duas partes.

diversidade e igualdade de oportunidades

Na Secil acredita-se que a variedade de experiências, culturas, e formações são uma vantagem competitiva.

Na Secil encontra-se uma heterogeneidade significativa em termos de distribuição por

diversidade 2012

Perfil de idades

6%

94%

15%

11%

43%

masculinofeminino

< 30 anos30-39 anos41-49 anos> 50 anos

Diversidade 2012

Masculino

Feminino

< 30 anos

30 - 39 anos

41 - 49 anos

50 anos

Perfil de idades 2012

31%

Diversidade 2012

Masculino

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Perfil de idades 2012

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Perfil de idades 2012

Diversidade 2012

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Perfil de idades 2012

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208 RelatóRio do conselho de administRação 2012

saúde e segurança no trabalho

a saúde e segurança no trabalho é uma das questões prioritárias para o Grupo secil. a estratégia nesta temáti-ca tem por objectivo a meta das ZeRo Fatalidades, reduzir os índices de sinistralidade de ano para ano de for-ma sustentada, fomentar uma elevada e cada vez maior consciência sobre os riscos ocupacionais, proporcionando formação adequada aos colaboradores e prestadores de serviços.

Para tal estão a ser implementados sis-temas de gestão da segurança e saúde no trabalho para assegurar que todas as operações são desenvolvidas de forma eficiente e em condições seguras. Ac-tualmente, 50% das unidades operacio-nais já se encontram certificadas pelo normativo OHSAS 18001, sendo que es-tas já têm implementado um sistema de gestão integrado da qualidade, ambien-te e segurança, também este certificado por entidade externa. Estes sistemas implicam responsabilidades da gestão

FORMAÇÃO

Seminário de Sustentabilidade na Fábrica Maceira-Liz

nos dias 5 e 6 de Junho de 2012 realizou-se no centro de formação da maceirao “sustainability seminar”, tendo como principal objectivo disseminar conhecimentotécnico específico, através de apresentações de várias áreas de especialidade e debate entre técnicos.neste seminário estiveram presentes 66 participantes (53 internos e 13 externos) o que perfaz um volume de formação de 684,50 horas.

de acordo com a avaliação feita pelos participantes o seminário foi considerado “3,31”[1].após terminarem as 16 apresentações em sala foi solicitado aos participantes que fizessem uma votação, por forma a serem atribuídos prémios às 3 melhores apresentações.

[1] média de 3,31 numa escala de 1 a 4.

Fábrica Maceira-Liz Jornadas Técnicas Industriais 2012 – Schneider Electric

no passado dia 18 de outubro, a fábrica maceira-

liz acolheu nas suas instalações as Jornadas técnicas schneider electric 2012. estas jornadas contaram com a presença de 69 técnicos da área de manutenção eléctrica e electrónica provenientes de 26 empresas do panorama nacional, tendo como objectivo possibilitar o contacto profissional e pessoal entre técnicos das diferentes empresas, o conhecimento de processos industriais, realizações e soluções eléctricas diferentes, a partilha de experiências, e ainda a divulgação das soluções e sistemas de automação

e eficiência energética da schneider electric.no centro de documentação e interpretação deu-se início às jornadas, com a mensagem de boas vindas por parte do eng. vítor henriques, director de produção da fábrica maceira-liz, e pelo sr. fidalgo pedrosa (schneider electric) que saudaram todos os presentes, ressaltando a importância deste tipo de eventos na partilha de conhecimento e experiências. ao longo da manhã os participantes tiveram a possibilidade de conhecer o processo de fabrico de cimento, pelo eng. antónio lucas,

a rede eléctrica da cmp, pelo eng. bruno dias e pelo eng. coutinho gouveia, o “case study” – sistemas de monitorização de energias por parte da empresa ogma e ainda as novas soluções e serviços que a schneider electric coloca ao dispor dos seus clientes. na recta final os participantes visitaram as instalações fabris, tendo também a possibilidade de recuar ao passado e conhecer todo o percurso evolutivo da empresa desde 1923 até aos dias de hoje, através de uma visita guiada ao museu do cimento da fábrica maceira-liz.

3. as nossas Pessoas

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RelatóRio de sustentabilidade 209

missões de Trabalhadores existentes em cada unidade fabril, tendo, portanto, co-nhecimento das maiores preocupações dos trabalhadores em geral. Nestas reu-niões, entre os diversos assuntos discuti-dos, é sempre realizada uma análise dos acidentes de trabalho, situações perigo-sas detectadas e quase-acidentes, quer ocorridos com colaboradores Secil (os índices de sinistralidade estão indexa-dos à avaliação de desempenho), quer os ocorridos com prestadores de ser-viço (neste caso indexado à respectiva avaliação dos prestadores de serviços).

Em 2012 cimentou-se a implementação na fábrica Secil - Outão do sistema de controlo de acessos informatizado, que se encontra presentemente em pleno funcionamento, com o objectivo de con-trolo efectivo e eficaz de equipamentos e pessoas (visitantes e colaboradores directos e indirectos) de modo a garan-tir as condições de segurança de todos. Este sistema encontra-se implementa-do nas fábricas de cimento nacionais estando previstas e programadas para 2013 iniciativas no sentido de fortalecer ainda mais a eficácia do sistema, nomea-damente, a realização de auditorias ao sis-tema documental.

2.4.1 o nosso desempenHo

colaboradores secil e prestadores de serviço

Em 2012, não ocorreu nenhum acidente de trabalho mortal em todo o universo de colaboradores do Grupo Secil, trabalha-dores directos, trabalhadores indirectos e terceiras partes (visitantes).

Em 2012 foram diagnosticadas algumas doenças profissionais, na sua grande maioria relacionadas com a exposição ao ruído e a esforços repetitivos.

Relativamente à sinistralidade laboral, em 2012, registaram-se 77 acidentes de tra-balho e 1.752 dias de trabalho perdidos, no conjunto dos trabalhadores Secil e prestadores de serviços. Estes resultados expressos no índice de frequência e no ín-dice de gravidade apresentaram em 2012, os valores mais baixos de sempre, deno-tando uma melhoria, ainda que não tão rápida como o desejado, no desempenho em segurança da actividade de produção de cimento da Secil.

O valor do índice de avaliação da gravida-de diminuiu cerca de 26,6%, relativamente ao ano de 2011, significando por si só, que as lesões decorrentes dos acidentes ocor-ridos tenham tido uma gravidade inferior à do ano transacto. Para o facto menciona-do contribuiu significativamente a redução do número de acidentes e o número médio de dias perdidos por acidente ocorridos em Gabés relativamente ao ano de 2011.

Em 2012, apesar das suas vicissitudes, continuámos a apostar na formação de segurança dos colaboradores directos e a mover esforços para alcançar os objec-tivos de 12 horas/trabalhador das opera-ções (produção e manutenção) por ano e de 8 horas/trabalhador por ano no global, contudo, os valores alcançados foram respectivamente de apenas 3,98 horas/trabalhador e 3,09 horas/trabalhador. Re-lativamente à formação dos colaboradores indirectos foi ministrado um volume de for-mação de 1.975 horas, correspondendo a um valor médio de 1,54 horas por traba-lhador e por ano.

Além da formação prestada aos colabo-radores, são ainda distribuídas diversas publicações com o intuito de sensibili-zar os colaboradores para comporta-mentos seguros. Destaca-se a Colec-ção SABER SEGURO, que já conta com 26 exemplares publicados, cujo objecti-vo é alertar e sensibilizar para situações de risco específicos.

de topo da organização, envolvimento de todos os trabalhadores, identificação dos perigos das actividades, avaliação e controlo dos riscos ocupacionais, audi-torias e inspecções, formação, investi-gação de acidentes, gestão dos presta-dores de serviços, entre outros.

No ano de 2009 foram identificadas as principais causas dos acidentes graves e mortais ocorridos nas instalações e actividades da estrutura accionista da Secil à data, tendo sido identificadas 16 áreas críticas de actuação, para as quais foi desenvolvido um conjunto de procedimentos (Recomendações de Boas Práticas de Segurança) a fim de reduzir a probabilidade da sua ocorrên-cia, complementados pela publicação e distribuição de documentos denomina-dos “Orientações de Segurança Funda-mentais” específicos e relativos à sinis-tralidade no Grupo Secil.

Nas unidades operacionais em Portugal, continua-se a auscultar os colaborado-res através de grupos de trabalho espe-cíficos. Estes grupos são um meio eficaz de consulta aos trabalhadores, dado que alguns dos colaboradores presen-tes nas reuniões são membros das Co-

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210 RelatóRio do conselho de administRação 2012

A Secil colabora activamente na Task Force da Saúde e Segurança da CSI. Esta Task Force tem como lema - “Ai-ming for Zero”, isto é, alcançar o objecti-vo de “zero acidentes fatais” nas opera-ções dos membros CSI. Embora seja um desafio de segurança ambicioso para o sector do cimento, o seu sucesso é im-perativo.

Em 2009, a segurança na condução e a segurança dos prestadores de serviço foram identificadas como áreas de ris-co mais elevado, pelo que os membros CSI decidiram lançar uma iniciativa fo-

cada nestes aspectos com o objectivo de reduzir drasticamente as fatalidades nessas áreas.

Neste contexto, a CSI elaborou, através do seu Grupo Trabalho de Saúde e Se-gurança, um guia de Recomendações de Boas Práticas na Condução e um ou-tro com Recomendações de Boas Prá-ticas para os Prestadores de Serviços.Estas Recomendações de Boas Prá-ticas foram divulgadas em 100% das unidades operacionais. O levantamen-to das situações em não conformidade encontra-se em curso, estando já ter-

minado nas unidades operacionais em Portugal, do qual resultou a elaboração e implementação de um “Regulamento de Prestadores de Serviços” nas fábri-cas e entrepostos de cimento. Durante o ano de 2013, irá ser dada continuidade à implementação destas boas práticas, que deverão estar definitivamente im-plementadas no início de 2015, através da definição e implementação de Planos de Acção nos centros de produção no estrangeiro, assim como a elaboração de um “Regulamento da Condução” a ser implementado em todas as empre-sas do Grupo Secil.

nota: consideram-se para efeitos deste relatório apenas os acidentes que resultaram em baixa, em número de dias superior a 1.

Representa o número de dias úteis perdidos (u) por cada cem mil horas de trabalho por homem (h.h).

Representa o número de dias úteis perdidos em média, por acidente.

global objectivo global objectivo

índice de frequÊncia índice de gravidade índice de avaliação da gravidade

700

600

500

400

300

200

100

0

50

40

30

20

10

0

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2008 2009 2010 2011 2012 2013

214,

5

19,5

288,

2

22,8

175,

0

17,5

Representa o número de acidentes que resultaram em baixa (n), por cem mil horas de trabalho por homem (h.h).

global objectivo

35

30

25

20

15

10

5

0

2008 2009 2010 2011 2012 2013

11,0

12,7

8,o

3. as nossas Pessoas

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RelatóRio de sustentabilidade 211

4. a comunidade

Desde a adesão da Secil à iniciativa CSI – Cement Sustainability Initiative do WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) em 2002, têm vindo a ser desencadeadas um conjunto de mudanças, no sentido de integrar a sustentabilidade na gestão quotidiana do seu negócio, sendo um dos vectores principais para o conseguir, a promoção de uma maior proximidade entre a em-presa e as comunidades envolventes às nossas unidades fabris.

Desta forma, decidiu constituir volunta-riamente, Comissões de Acompanha-

mento Ambiental (CAA) nas unidades operacionais, com o objectivo de criar um fórum de análise e discussão da ac-tividade nas múltiplas interacções com o meio ambiente, saúde pública e percep-ção de risco. A Secil trabalha assim em conjunto com a comunidade no esclare-cimento das suas preocupações, através da demonstração de todas as medidas que toma na minimização dos impactes da suas instalações fabris e pedreiras.

Em 2012, demos mais um passo significa-tivo nesta matéria, foi constituída a CAA na unidade operacional de Gabès, na Tunísia. Assim, contamos com este mecanismo a funcionar na sua plenitude em 67% das unidades operacionais. Ainda que nas restantes unidades operacionais não exis-ta nenhum modelo de auscultação direc-ta das populações vizinhas, tencionamos construi-lo no futuro. Contudo, dentro da conjuntura sociocultural dos vários locais onde operamos, as fábricas têm vindo a

desenvolver alguma interacção com as comunidades vizinhas.

Além do trabalho desenvolvido nas CAA, contribuímos activamente para a educa-ção, cultura, desportos e desenvolvi-mento dos locais onde operamos. Não consideramos as nossas doações mero mecenato, temos critérios e exigimos resultados da aplicação dos montantes doados. Acreditamos que desta forma há uma actuação efectiva em termos sociais e que a população retira daí um maior benefício. Exemplos destas práti-cas podem ser encontrados no Relatório de Responsabilidade Social.

O nosso negócio em si também tem um benefício directo nas comunidades locais, através da criação de empregos directos e indirectos (prestadores de serviços e fornecedores) ou através dos pagamentos de impostos.

Acreditamos que a manutenção do nos-so sucesso empresarial permitirá, entre outros, os seguintes benefícios para a sociedade:

> A garantia de disponibilidade de um material de construção sustentável e imprescindível para o desenvolvimento de infra-estruturas sociais, comerciais, industriais e de serviços, contribuindo para o consequente nível de qualidade de vida do País;> A oportunidade de usufruir de uma so-lução mais económica e ambientalmen-te correcta para a valorização de ma-teriais residuais de outras actividades, seja como combustíveis alternativos, seja como matérias-primas secundárias;> Reduzir a dependência externa e a factura energética do País, através da substituição dos combustíveis fósseis convencionais, totalmente importados, por combustíveis alternativos, na sua maioria resíduos ou sub-produtos de outras actividades.

TUNÍSIAComissão de Acompanhamento Ambiental de Gabès

Data de constituição:abril 2012

Membros: elementos da comunidade de chat salen gabès, sindicalistas, ong’s e um professor da universidade de gabès

Objectivos: > dar a conhecer o que se faz e dar sugestões sobre o funcionamento ambiental da instalação, num clima de total transparência;

> avaliação e acompanhamento dos combustíveis descarregados no porto de gabès.

no decorrer de 2012 foi efectuado o acompanhamento de uma descarga de coque no porto de gabès, tendo sido realizado um estudo das emissões e monitorização da deposição de poluentes. ainda em 2012, foi também realizada uma formação ambiental.

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212 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

SIBLINEParticipação num projecto da T.E.R.R.E. Liban

Em 2011 a fábrica de Sibline participou no projecto RE PAPER da Organização Não Governamental (ONG) T.E.R.R.E. Liban. Esta ONG é uma associação libanesa fundada em 1994, que dirigiu vinte campanhas de conscientização ambiental nas aldeias e escolas do Líbano. A missão desta ONG é aumentar a conscientização entre os jovens libaneses dos princípios da saúde pública e do desenvolvimento sustentável, promover a importância da paz e educar como preservar os recursos naturais através de palestras, formação de formadores e projectos práticos.No período de Abril de 2008 e Dezembro de 2011 o projecto conseguiu recolher 457 t de papel para reciclar, salvando 7 777 árvores.

Portas Abertas Secil-OutãoSecil partilha com população o seu Prémio de Gestão Sustentável

Ao longo de quatro dias, a fábrica Secil-Outão abriu as portas de modo a partilhar com a população a mais recente atribuição pela sua gestão de excelência, o Prémio de Inovação para a Sustentabilidade.A 9ª edição da Semana de Portas Abertas da Secil-Outão, iniciativa que contou este ano com cerca de 200 participantes, teve como grande objectivo mostrar as razões que estiveram na base da obtenção deste galardão, uma iniciativa da Agência Portuguesa do Ambiente, integrada no concurso European Business Awards for the Environment, realizado pela Comissão Europeia.Durante estes dias, a Secil deu ainda a conhecer o

processo de fabrico de cimento, as políticas de

responsabilidade social e o seu desempenho ambiental, quer ao nível do controlo das emissões quer em termos de medidas de valorização da biodiversidade.

Fábrica Maceira-Liz abre portas à comunidade

A Fábrica Maceira-Liz abriu mais uma vez as “suas portas à comunidade” com a Semana de Portas Abertas 2012, que decorreu de 21 a 30 de Junho, iniciativa que contou este ano com cerca de 280 visitantes.Esta semana revestiu-se de um cariz especial, tendo em conta a comemoração do 89º aniversário da Fábrica Maceira-Liz, e a reabertura do Museu, sujeito recentemente a obras de remodelação e requalificação do espaço e conteúdos expositivos.

Protocolos de Colaboração - 10 anos apoiar o movimento associativo setubalense

A Secil volta este ano a celebrar protocolos de colaboração e financiamento com 80 associações de inclusão social, culturais e desportivas do concelho de Setúbal. Na 10ª edição desta iniciativa, a Secil recebeu, no dia 23 de Julho, os representantes das associações no Antigo Hangar de Carvão da Via Húmida da Fábrica Secil -Outão.Para a Secil esta parceria estabelecida ao longo de tantos anos é um acontecimento notável, exemplo da sólida e duradoura relação que a empresa sempre estabeleceu com a comunidade setubalense.“Apenas nestes últimos 10 anos, a Secil doou ao

Movimento Associativo Setubalense mais de 2 milhões de euros, valor que nos coloca, se não num lugar inédito, num lugar cimeiro do que poderemos designar de mecenato associativo em Portugal, apoiando mais de 100 associações”, referiu o Presidente da Comissão Executiva da Secil, Dr. Gonçalo Salazar Leite.

Cerimónia Prémios Secil 2011- Prémio Secil de Engenharia Civil distingue Ponte 4 de Abril na Catumbela

O Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, entregou o troféu aos vencedores do Prémio Secil Engenharia Civil 2011, os engenheiros Armando Rito e Pedro Cabral, pela obra Ponte 4 de Abril na Catumbela.“É um orgulho poder testemunhar o reconhecimento de um trabalho de excelência dos profissionais portugueses, neste caso no domínio da engenharia civil. Aproveito também para felicitar a iniciativa da Secil, uma empresa histórica que é um exemplo para todo o tecido empresarial nacional, juntamente com a Ordem dos Arquitectos e a Ordem dos Engenheiros, na promoção destes Prémios que pela sua dimensão e prestígio são o maior galardão nacional na área da Engenharia Civil. São iniciativas como esta que mostram a excelência do que é ser português, da elevada qualificação dos nossos profissionais, do espírito empreendedor e do sentido de inovação dos nossos empresários, do know-how das nossas empresas que lhes permite concorrer em pé de igualdade com as suas congéneres internacionais em qualquer mercado do mundo”, disse o Ministro da Economia.“Tem para nós uma

emotividade especial esta atribuição do Prémio Secil de Engenharia Civil aos ilustres engenheiros Armando Rito e Pedro Cabral.Trata-se do magnífico projecto da Ponte 4 de Abril na Catumbela, muito perto da fábrica da Secil Lobito, em Angola. É reconfortante sabermos que os trabalhadores da Secil Lobito pisam frequentemente uma ponte feita num país amigo sob um projecto de grande qualidade e com cimento produzido nas instalações onde trabalham”, afirmou o Presidente do Conselho de Administração da Secil.

Prémio Secil Universidades de Arquitectura e Engenharia Civil

Nesta cerimónia foram ainda entregues os diplomas aos vencedores dos concursos universidades, alunos finalistas dos cursos de arquitectura e engenharia civil, num total de 8 trabalhos distinguidos.

Ministro da Construção de Angola descerra placa do Prémio Secil Engenharia Civil

O ministro da Construção de Angola, Fernando Fonseca, descerrou a placa na Ponte 4 de Abril na Catumbela, em Benguela, que assinala a distinção da obra com o Prémio Secil Engenharia Civil 2011, projecto dos engenheiros Armando Rito e Pedro Cabral.“A distinção é um prémio à qualidade e que nos orgulha a todos, construtores do país” disse o ministro angolano, Fernando Fonseca.Segundo o ministro, dadas as características da obra, num troço da Via Rápida que atravessará Angola de Norte a Sul, o projecto constitui um “marco de modernidade na renovação e reconstrução de Angola”.

4. A COMUNIDADE

deu ainda a conhecer o

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 213

5. O NOSSO MUNDO

5.1 RESPONSABILIDADE CLIMÁTICA

Em resposta ao desa o das altera esclim ticas, tem se indo a desen olerumcon untodemedidasnosentidode redu ir as emiss es espec cas deC 2 Estasmedidaspassampela reduãodata adeincorpora ãodecl n uernecess ria ao abrico de cimento, peloaumento do consumo de combust eisalternati os e de mat rias primas descarbonatadas,epeladiminui ãodoconsumot rmicoespec co

5.1.1 TAXA DE INCORPORAÇÃO DE CLÍNQUER

em se indoapromo erautili a ãodecimentos compostos (cimentosdo tipoII),emsubstitui ãodoscimentosdetipoI, sal aguardando algumas situa ese cepcionais em ue se torna necess rio assegurar a compatibilidade com

aaplica ãoespec ca esta orma,aoredu ir se a incorpora ão de cl n uernocimento,diminui seaintensidadedecarbonodoproduto nal,assimcomooconsumodeenergiael ctricanaoperaãodemoagemt 2011,e istiauma ortecorrela ão

entreasemiss esespec casdeC 2portoneladadeprodutociment cioeata a de incorpora ãode cl n uer Em2012,estarela ão não tãoe idente,dado ueumdosprincipais actores para a diminui ão das emiss esespec cas de C 2 por tonelada deprodutociment cio, oiadiminui ãodaemissãoespec cadeC 2portoneladadecl n uer

pesar de o ob ecti o serma imi ar aprodu ãodecimentoscompostos,dadaa orteta adee porta ão,nemsempreomi deprodu ão omaisade uado,ra ãopela ualata ade incorpora ãoaumentounos ltimosdoisanos

Continua se a trabal ar no sentido dealcan ar,em2015,oob ecti odereduão de 15% das emiss es espec casdeC 2porprodutociment cio, aceaosaloresde1990 Em2012o aloratingido oide9%in erioraode1990

5.1.2 VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOSCOMO COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS consumo de combust eis alternatios tra consigo antagens ambientaisaon eldaredu ãodasemiss esespec casdeC 2,diminui ãodoconsumodecombust eis sseisediminui ãodauantidade de res duos ue, de outraorma,seriamdepositadosematerro e olu ãodoconsumodecombust eis

alternati ostempermitidoadiminui ãodoactorespec codeemissãodeC 2,portoneladadecl n uerprodu ido alde ese ao acto destes combust eis teremactores de emissão in eriores aos doscombust eis sseis, assim como peloacto de alguns destes combust eis terem rac esdebiomassasigni cati assunidadesoperacionaisestãoemdi e

rentes asesno uesere ereaoconsumodecombust eisalternati os,sendoue, apenas as unidades operacionais

emPortugalo a emactualmente Com o intuito de aumentar a ta a desubstitui ão de combust eis alternatios,est emcurso,opro ectodeE ci ncia Energ tica, ue na sua ertente deenergiat rmica,temoob ecti odecriarascondi esnecess rias,nas bricasSecil emPortugal, para se atingir 70%de substitui ão de Combust eis lter

EVOLUÇÃO DAS EMISSÕES ESPECÍFICA DE CO2/t

PRODUTO CIMENTÍCIO COM A TAXA DE INCORPORAÇÃO DE CLÍNQUER

740

720

700

680

660

640

620

600

80

77

74

71

68

65

Obj.

kgCO

2/t p

rod

cim

entíc

io

% c

lk/c

im

680

685

679

678

664

612

kgCO2/t prod cimentício % clk/cim

2008 2009 2010 2011 2012 2015

EVOLUÇÃO DAS EMISSÕES ESPECÍFICA DE CO2 /t CLÍNQUER

COM O CONSUMO TÉRMICO ESPECÍFICO

880

860

840

820

800

780

760

740

3900

3800

3700

3600

3500

3400

3300

3200

kgCO

2/t c

línqu

er

MJ/

t clín

quer

855

861

856

856

843

kgCO2/t clínquer MJ/t clínquer

2008 2009 2010 2011 2012

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5. o nosso mundo

214 RelatóRio do conselho de administRação 2012

nativos. Das iniciativas contempladas, salienta-se a instalação de um by-pass e os testes de enriquecimento de oxigé-nio. Enquanto a primeira iniciativa tem o objectivo de retirar Cloro de processo, um dos grandes obstáculos ao aumen-to da taxa de substituição de combustí-veis alternativos; a segunda vai permitir a estudar a viabilidade técnica e eco-nómica da utilização de oxigénio para

melhorar as condições da combustão.O consumo destes combustíveis nas restantes unidades operacionais estava previsto para 2010, contudo ainda não foi possível dado que ainda não foram obtidas todas as condições necessárias. Contudo, em Sibline já foi solicitada auto-rização às entidades competentes para a substituição de 15% da energia consumi-da por combustíveis alternativos (RDF).

PORTUGAL

em 2011 a secil assinou o primeiro contrato de fornecimento de combustíveis derivados de Resíduos (cdR) provenientes de resíduos sólidos urbanos. 2011 foi o ano em que se iniciou o aproveitamento de resíduos sólidos urbanos na fileira industrial portuguesa, com a assinatura de um contrato de fornecimento

destes resíduos entre a secil e a valnor, empresa de tratamento de resíduos sólidos portuguesa.

até aqui, a maioria dos resíduos valorizados como combustíveis alternativos nas várias indústrias eram a biomassa vegetal, biomassa animal, pneus triturados e cdR (plásticos, têxteis e papel) provenientes da actividade industrial.

em 2012 a secil assinou um acordo de parceria com a amaRsul, empresa de tratamento de resíduos sólidos portuguesa, para a produção e fornecimento de cerca de 50 mil toneladas por ano de combustíveis derivados de Resíduos (cdR). a operação está a ser operacionalizada no ecoparque de palmela e vai permitir aproveitar

mais de 12,5% do total de resíduos sólidos urbanos recepcionados na amaRsul, que de outra forma teriam como destino final a sua deposição em aterro sanitário sem qualquer aproveitamento.

a valorização de cdR permite substituir os combustíveis fósseis, reduzindo assim as emissões

de gases com efeito de estufa. a utilização destes combustíveis alternativos representa valor acrescentado não só para a secil, mas também para a economia nacional e para o ambiente, uma vez que a valorização de um recurso energético endógeno evita a importação de combustíveis fósseis e promove o investimento e desenvolvimento regional.

nota: todos os valores de emissões de co

2 apresentados nos gráficos estão calculados de acordo com a metodologia da eu-ets (unidades operacionais em portugal).

evolução da taxa de substituição de combustíveis fósseis Por combustíveis alternativos

18%

24%

33%

39%

40,7

%

17%

23%

32%

37%

39%

secil grupo secil portugal

2008 2009 2010 2011 2012

evolução das emissões esPecíficas de co

2/t clínquer nas fábricas em Portugal

860

840

820

800

780

760kgco

2/t c

línqu

er

837

840

819

825

792

co2/t clínquer

2008 2009 2010 2011 2012

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RelatóRio de sustentabilidade 215

5.1.3 eFiciência eneRGética

Na óptica do desenvolvimento susten-tável, a redução do consumo de energia passa, cada vez mais, pela promoção de medidas que permitam atingir a eficiên-cia energética e pela aposta em energias renováveis ou alternativas.

Do ponto de vista energético, o fabrico do cimento é um processo extremamente exigente, uma vez que incorpora eleva-das quantidades de energia térmica (so-bretudo na fase de clinquerização) e eléc-trica (nas diversas fases de moagem).

O objectivo da sua redução, nas suas duas componentes, é simultaneamente uma preocupação ambiental assim como uma necessidade económica, garantindo assim a sustentabilidade do negócio.

Com o intuito de melhorar a eficiência energética das suas instalações, a Secil iniciou, em Maio de 2012, o projecto de “Optimização da Eficiência Energética nas fábricas de cimento em Portugal”.

Este projecto contou com a participação de uma equipa de Consultores (ATKe-arney), e de várias equipas Secil, tendo como objectivo identificar quais as me-didas necessárias para diminuir os con-sumos de energia (eléctrica e térmica) e qual a viabilidade económica da sua implementação. As medidas identifica-das passam pela optimização/substitui-ção de equipamentos e redes de utilities e medidas que permitam o aumento da taxa de substituição de combustíveis al-ternativos. A sua implementação está a cargo de várias equipas, constituídas por elementos das várias áreas e fábricas.

energia térmica

O consumo de energia térmica, necessá-ria para o fabrico do clínquer, resulta da combustão de combustíveis dentro dos

fornos. As unidades operacionais em Portugal têm vindo, ao longo dos anos, a aumentar a substituição de combustíveis fósseis tradicionais (coque de petróleo e carvão) por combustíveis alternativos, nomeadamente resíduos vegetais, pneus usados, CDR e resíduos industriais pe-rigosos, ao que chamamos Valorização Energética de Resíduos.

Contudo, o crescente aumento da taxa de substituição de combustíveis alter-nativos, apesar das vantagens inerentes, resulta num menor rendimento energéti-co, razão pela qual o consumo térmico apresentava uma tendência crescente até 2011. Em 2012, o consumo térmi-co, por tonelada de clínquer, apesar do aumento da taxa de substituição de combustíveis alternativos, manteve-se estável. Esta estabilização resultou do aumento da estabilidade química do pro-cesso que conduziu a uma redução sig-nificativa de alguns constrangimentos ao nível do processo.

5.1.4 Riscos e opoRtunidades decoRRentes das alteRaçõesclimÁticas

Neste momento, apenas são conhecidos os valores das alocações preliminares atribuídas pela Agência Portuguesa do Ambiente às unidades operacionais em Portugal, resultantes da aplicação das regras de atribuição estabelecidas para o período 2013-2020. Tal significa que o volume final de licenças gratuitas de emissão, a serem disponibilizadas duran-te este período, não é conhecido e o seu valor está dependente de vários factores ainda não definidos, a saber:

> O primeiro factor de incerteza decorre do facto de poder vir a ser aplicado pela Comissão Europeia um factor de correc-ção transversal a todos os sectores, pre-visto na Directiva EU-ETS, o qual ainda não foi publicado.

> O segundo factor de incerteza resulta da revisão da lista dos sectores sujei-tos a deslocalização devido ao preço do carbono (carbon leakage), prevista pela Directiva EU-ETS para 2014. Embora os critérios estejam definidos na Directiva mencionada, para o seu cálculo são ad-mitidas premissas que não estão ainda completamente definidas.

Até serem esclarecidos estes aspectos, existe algum risco do sector cimenteiro continuar, ou não, considerado como su-jeito a carbon leakage. Se continuar clas-sificado, manterá ao longo do período 2015-2019, 100% da atribuição gratuita anual de licenças de emissão, se não for o caso, em 2015 apenas terá direito a 65,7% da atribuição gratuita anual de licenças de emissão, sendo esta percen-tagem sucessivamente reduzida ao lon-go do período, atingindo 30% em 2020.

> O terceiro factor de incerteza resulta da discussão em curso, no Parlamento Europeu e no Conselho Europeu, da pro-posta da Comissão Europeia para alterar a Directiva EU-ETS, no sentido de poder decidir sobre o momento do lançamento dos leilões e suas quantidades (chamado backloading e que permitiria suspender a disponibilização para leilão de 900 mi-lhões de licenças de emissão, visando o aumento do preço da tonelada de CO2 no mercado). Nesta proposta está também em jogo a possibilidade da Comissão Europeia poder vir a ter capacidade para fazer mais alterações à Directiva, no fu-turo, sem recurso à revisão da mesma. Tal pretensão é inaceitável, pois viola o princípio da co-decisão. No entanto, o Parlamento Europeu só vota em plenário a sua posição em Julho, estando as opi-niões muito divididas, mas tendo surgido já uma proposta para permitir a alteração dos critérios de classificação dos secto-res sujeitos s carbon leakage, o que vem reforçar o segundo factor de incerteza, acima mencionado.

evolução das emissões esPecíficas de co

2/t clínquer nas fábricas em Portugal

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5. o nosso mundo

216 RelatóRio do conselho de administRação 2012

A Directiva EU-ETS foi concebida como um instrumento de mercado e constitui o quadro de referência para as empre-sas, por ela abrangidas, poderem plane-ar os seus investimentos nos próximos anos. A existência de um conjunto de regras que assegurem a previsibilidade e eliminem a incerteza legal é essencial para a manutenção da competitividade das empresas. Por esta razão os secto-res abrangidos têm-se oposto com vee-mência a qualquer alteração à Directiva EU-ETS durante o período já em curso de 2013 a 2020.

No entanto, estão disponíveis e interes-sados numa reflexão, em conjunto com as Instituições Europeias, durante este período, relativamente a uma reforma estrutural da legislação climática para o período post 2020, incluindo a dis-cussão das correcções necessárias às deficiências evidenciadas pela Directiva EU-ETS para responder às oscilações drásticas das condições de mercado.

A manutenção do nosso sector na lista em questão é de importância essencial para a continuidade do sector cimenteiro eu-ropeu face à importação vinda de países fora da Europa. Ao nível da Secil, a even-tual exclusão do sector desta lista será determinante para o seu nível de competi-tividade no mercado de exportação.

A Secil participará com o mesmo empe-nho junto da CEMBUREAU e das entida-des nacionais, no sentido de vir a garantir a inclusão do sector cimenteiro na lista dos sectores em risco de carbon leakage.

5.2 ReQualiFicação ambiental e biodiveRsidade

As actividades extractivas têm impactes na paisagem, na alteração do relevo, na remoção do solo e do coberto vegetal e na diminuição de refúgios/alimentos para a fauna. É preciso reconhecer estes im-pactes e desenvolver programas que não ambicionem apenas o objectivo estético da recuperação da paisagem. A Secil há muito que reconhece a sua responsabi-lidade pela gestão da recuperação de pedreiras.

planos ambientais e de Recuperação paisagística

Em todas as suas fábricas em Portugal, a Secil implementou um Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP) que tem como objectivo a recuperação pro-gressiva das áreas exploradas, utilizando espécies autóctones.

Espécies Flora

1. carrasco 2. madressilva 3. folhado 4. medronheiro 5. Rosmaninho6. murta

1

3

5

2

4

6

1

3

5

2

4

6

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RelatóRio de sustentabilidade 217

Desde 1997 que a Secil mantém uma relação estreita com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), num óptica da gestão ecoló-gica das áreas já exploradas, desen-volvendo diversos estudos sobre a vegetação, e cujos resultados têm con-tribuindo para a melhoria dos progra-mas de recuperação das pedreiras da Fábrica Secil-Outão.

A variedade de acções e de problemas envolvidos nos processos de recupe-ração, associados à complexidade (e, frequentemente, morosidade), de resposta das comunidades vegetais resultaram, ao longo destes anos de colaboração, numa multiplicidade de estudos e de recomendações de in-tervenção em diversos aspectos das

actuações, seja a curto prazo (na re-vegetação) seja a médio/longo prazos (na gestão da comunidade vegetal ins-talada).

Embora muitas respostas (e algumas soluções) tenham já sido encontradas, subsistem ainda vários desafios. Actual-mente, os estudos abordam as seguin-tes questões:

> O melhoramento dos processos de re-vegetação, como as hidrossementeiras e as plantações, tendo como objectivo a integração ecológica das áreas, a efi-ciência e a sustentabilidade dos custos;> A gestão das áreas já recuperadas, ac-tualmente em período de manutenção e/ou vigilância, nomeadamente a monitori-zação da evolução da vegetação.

A exploração/recuperação é efectuada através da elaboração de Programas Trienais, que contém a descrição dos trabalhos de exploração e recuperação paisagística para três anos, em execução com o Plano de Pedreira aprovado. A Se-cil desenvolveu indicadores específicos para monitorizar o progresso de recupe-ração paisagística para cada fábrica.

ÁRea RecupeRada/ ÁRea licenciadaFÁbRica un da pedReiRa

Secil-Outão % 39,33Maceira-Liz % 1,6Cibra-Pataias % 3,6

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5. o nosso mundo

218 RelatóRio do conselho de administRação 2012

planos de acção para a biodiversidade

Após ter iniciado os estudos de ca-racterização da flora e da fauna nas suas fábricas em Portugal (caracteri-zação da situação de referência – 1ª

fase) com uma vasta equipa de inves-tigadores da Universidade de Évora, da Faculdade de Ciências da Universi-dade de Lisboa e do Instituto Superior de Agronomia, a Secil implementou um Plano de Acção para a Biodiversidade, actualmente a decorrer em diferentes fases (2ª e 3ª fase), nas suas três fá-bricas. O Plano de Acção, devidamen-te articulado com os programas de recuperação paisagística, define uma estratégia de gestão activa baseada na implementação de acções poten-ciadoras da ocorrência de um maior e mais diversificado número de espécies autóctones.

Especies Fauna

1. Charaxes jasius2. Erithacus rubecula3. Meles meles4. Parus caeruleus5. Rana perezi6. Genetta genetta

1

4

2

5

3

6

inventÁRio inventÁRio plano deFÁbRica Fauna FloRa acção

Secil-Outão √ √ 3ª FaseCibra-Pataias √ √ 2ª FaseMaceira-Liz √ 2ª Fase

√ meta alcançada acção em desenvolvimento

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 219

Monitorização e Resultados

Consideradaumadas asesmaisimportantesdopro ecto,aimplementa ãoeosucessodasac es a aliadoatra sdeumcon untodeindicadoreselaboradosespeci camenteparacada brica

Evolving from Landscape Rehabilitation to Biodiversity

A edição de Junho de 2012 da revista

internacional World Cement inclui um artigo sobre o trabalho desenvolvido na recuperação de pedreiras e biodiversidade.

CUMPRIMENTO DOS PLANOS DE ACÇÃO

300

200

100

0

Abrig

os p

ara

a fa

una

Disp

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ilida

de h

ídric

a

Mon

itoriz

ação

Caso

s de

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Prod

ução

cie

ntífi

ca

Previstas Realizadas

25 4

256

87

105 3

128

64

6

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5. o nosso mundo

220 RelatóRio do conselho de administRação 2012

5.3 impactes locais

5.3.1 RacionaliZação do consumo de matéRias-pRimasnatuRais

A redução do consumo de matérias-pri-mas naturais passa, cada vez mais, pela utilização de matérias-primas secundá-rias. Na sequência do compromisso as-sumido na Política Ambiental de – “co-laborar com as autoridades e as outras indústrias no sentido da redução e va-lorização de materiais residuais, incor-porando-os no seu fabrico, sempre que assim se possa assegurar um tratamen-to ambiental mais favorável e compatível com a qualidade dos seus processos e produtos” – temos recebido, diversos resíduos provenientes de outras indús-trias, valorizando-os no processo como matérias-primas secundárias.

Actualmente, todas as instalações têm objectivos específicos para a incorpo-ração de matérias-primas secundárias, definidos mediante a disponibilidade destes no mercado onde operam. Ao nível global, em 2012 a taxa de utiliza-ção de matérias-primas secundárias foi de 3,9%.

Além de se incorporar matérias-primas secundárias no processo de fabrico, uma outra forma de racionalizar o con-sumo de matérias-primas naturais é aumentar a produção de cimentos com-postos, que por incorporar uma menor quantidade de clínquer, são utilizadas menos matérias-primas naturais.

5.3.2 ÁGua

A água é reconhecida como um proble-ma cada vez mais crítico para o desen-volvimento sustentável, não só devido ao aumento expectável da população (previsão de 9 mil milhões de habitantes em 2050), mas também devido às Alte-rações Climáticas. Actualmente, mui-tas regiões do mundo estão a chegar a um ponto de “stress hídrico”, que pode comprometer as actividades agrícolas, indústria ou utilização doméstica.

No caso específico da indústria cimentei-ra - ainda que não seja um sector signi-ficativo em termos de consumo de água, representando cerca de 2% do consumo mundial - a água é fundamental para o arrefecimento de equipamentos e arrefe-cimento dos gases de combustão, bem como, nalguns casos, para o arrefeci-mento no interior dos moinhos. Na nossa actividade, parte da água utilizada eva-pora no processo, no entanto a recicla-gem/reutilização da água utilizada pode e deve ser efectuada, nomeadamente no caso dos circuitos de arrefecimento.

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RelatóRio de sustentabilidade 221

Ao nível da CSI, foi criado um grupo de trabalho com o objectivo de com-preender melhor quais os riscos para a indústria cimenteira, embora as condi-ções locais de existência de recursos e dos principais consumidores dos mes-mos possam constituir o maior factor de risco.

O desenvolvimento de métodos efecti-vos de cálculo do consumo real de água é um passo fundamental para uma ges-tão sustentável da água. Actualmente existem um conjunto de métodos que fornecem um bom ponto de partida para medir o consumo de água e os seus impactes, contudo, terão de ser mais desenvolvidos de forma a ajudar as empresas a identificar riscos, melhorar os seus desempenhos e fazer face às constantes mudanças nas expectativas e necessidades das partes interessadas.

A Secil tem vindo a participar no grupo de trabalho da CSI, e em 2013 irá parti-cipar no projecto piloto da Global Water Tool para o sector cimenteiro.

5.3.3 emissões atmosFéRicas

As principais emissões atmosféricas são os óxidos de enxofre (SOx), os óxidos de azoto (NOx) e as partículas. Na maioria das instalações, estes poluentes estão perfeitamente legislados e com valores limite de emissão associados.

Parte das instalações dispõem de diver-sos meios de controlo destas emissões,

designadamente filtros de mangas, queimadores de baixa emissão e siste-mas SNCR (Selective non catalytic re-duction), para controlar as emissões de NOx. Para além destes equipamentos, existem também electrofiltros, instala-dos em dois fornos.

Em 2012, foram efectuados investimen-tos na Fábrica de Sibline, com vista à re-dução da emissão de partículas, tendo sido instalado um novo filtro de mangas na linha 1.

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222 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL1. O GRUPO SECIL E OS SEUS COLABORADORES 1.1 PORTUGAL 1.2 OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 2. O GRUPO E A COMUNIDADE EXTERIOR 2.1 PORTUGAL 2.2 OPERAÇÕES INTERNACIONAIS

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RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL 223

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224 RelatóRio do conselho de administRação 2012

1. o grupo secil e os seus colaboradores

1.1 PORTUGAL

1.1.1 AmbienTe de TRAbALhO

Saúde, higiene e Segurança no Trabalho

A Secil promove activamente uma política de saúde, higiene e segurança no trabalho, garantindo que todas as suas instalações são locais seguros para todas as pessoas internas ou externas à Empresa e perse-guindo o objectivo de “Zero Fatalidades”.

Para tal são desenvolvidas várias activida-des, a maior parte delas continuadas, que pretendem adaptar e implementar directi-vas e manuais de segurança à realidade de cada Empresa do Grupo Secil, de onde se destaca: > Os “Regulamentos da CSI (Cement Sus-tainability Initiative) respeitantes à Gestão de Prestadores de Serviços e Gestão da Condução nos Transportes Internos e Ex-ternos”;> Implementação em todas as Empresas do Grupo Secil das verificações estipula-

das na Directiva Equipamentos de Traba-lho (Decreto-Lei Nº 50/2005) e na resolu-ção das não conformidades detectadas;> Auditorias e inspecções de segurança planeadas e documentadas, aliadas à execução de planos de acções de imple-mentação de medidas correctivas e pre-ventivas;> Monitorizações do ambiente de trabalho, nomeadamente, ruído, vibrações, ilumina-ção, e qualidade do ar;> Simulacros de situações de emergência;> Controlo de acessos;> Investigação e comunicação de todos os incidentes (acidentes de trabalho, quase aci-dentes e situações perigosas detectadas).

Em 2012 registou-se uma melhoria geral dos índices de sinistralidade do Grupo Se-cil, como se pode constatar nos gráficos que se apresentam de seguida, traduzida numa redução de 13% no índice de fre-quência e de 31,7% no índice de gravidade relativamente ao ano 2011. Acresce o facto de não se ter verificado nenhum acidente de trabalho mortal com colaboradores di-rectos (para mais detalhe consultar o Re-latório de Sustentabilidade).

grupo secil acidentes de trabalho (evolução da frequência)

350

300

250

200

150

100

50

0

30

25

20

15

10

5

0

2007 2008 2009 2010 2011 2012

nº d

e ac

iden

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Índi

ce d

e fre

quên

cia

195

144

140

157

138

109

30,00

18,5219,7619,49

12,7914,70

acidentes de 2007 a 2012 Índices de frequência de 2007 a 2012

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RelatóRio de ResPonsaBilidade social 225

Conforto

Para além de um ambiente seguro, a Secil procura garantir a todos os seus colaboradores um acesso facilitado aos serviços mais úteis, sobretudo nas unida-des fabris mais afastadas das povoações vizinhas, com destaque para o serviço de refeitório na Fábrica Secil-Outão, as salas de refeições e equipamentos para con-servação e aquecimento de alimentos, a máquina ATM e alojamentos no perímetro das fábricas.

As Casas de Pessoal da Secil-Outão, Maceira-Liz e Cibra-Pataias dispõem de equipamentos para os seus beneficiários, nomeadamente, pavilhão gimnodespor-tivo, áreas de convívio, salas de jogos de salão, salões de festas, bibliotecas e piscinas. O Grupo Cimentos Madeira possui nas suas instalações uma sala de convívio onde os trabalhadores podem usufruir de alguns momentos de lazer. De assinalar, o novo edifício administrativo da Betomadeira que proporciona uma melhoria significativa das condições de trabalho aos seus colaboradores.

Comunicação interna

A Comunicação interna é fundamental para aproximar todos os colaboradores do Grupo qualquer que seja a empresa ou a geografia onde prestem serviço. Os principais veículos de comunicação in-terna que a Secil utiliza são: > Secil Informação - newsletter mensal, distribuída juntamente com o recibo de vencimento;> Cimentar - newsletter distribuída no grupo Cimentos Madeira, com periodici-dade trimestral. Em 2012 a Cimentar pas-sou a ser divulgada em formato digital in-tegrando a política seguida pela Empresa de minimizar os impactes ambientais. To-dos os números da newsletter encontram--se divulgados no site do Grupo Cimentos Madeira (www.cimentosmadeira.com); > Site na intranet, onde os temas são de-senvolvidos com mais detalhe.

Acolhimento a novos colaboradores

A Secil organiza um Programa de Aco-lhimento para todos os colaboradores

recém-admitidos. Este programa é composto por módulos generalistas e módulos desenhados de acordo com as funções a desempenhar por cada Qua-dro. Deste programa de acolhimento faz igualmente parte a distribuição de um Manual de Acolhimento e a apresenta-ção interna do colaborador. A Empresa, através deste programa, pretende dar informação suficiente aos recém-che-gados sobre Visão, Missão e Valores do Grupo, bem como o modelo de Gover-nação, Desempenho Financeiro, Evolu-ção Histórica e a identificação das ac-tuais Áreas de Negócio a nível nacional e internacional.

Em 2012 as acções de acolhimento foram direccionadas, essencialmente, para esta-giários cujo programa de integração está mais focado em módulos generalistas.

Retenção de colaboradores e absentismo

O cenário de forte contenção verificado na actividade económica nacional, com especial incidência no sector da constru-ção verificada em 2011 e agravada em 2012, com impactos significativos veri-ficados na produção e comercialização do cimento, levaram o Grupo Secil a uma reestruturação e redimensionamento do seu quadro de pessoal, que se traduziu na cessação de 80 contratos de trabalho em diferentes áreas. Em termos globais, durante o ano de 2012, registaram-se 163 saídas das quais 9% por aposenta-ções, 49% por despedimento colectivo e 42% por cessação por mútuo acordo ou outras. No entanto, continua a ser política da Secil a manutenção de políticas que promovam a retenção de trabalhadores e o baixo absentismo, através da for-mação, do recrutamento interno e da atribuição de prémios de incentivo à assiduidade. dias perdidos de 2007 a 2012

grupo secilacidentes de trabalho (evolução da gravidade)

8.000

7.000

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

0

750

600

450

300

150

0

2007 2008 2009 2010 2011 2012

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4.60

2

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3.43

1

453,90

3.20

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403,02

4.42

7

599,18

2.34

5

275,06

3.78

4

2.34

5

403,00

Índices de frequência de 2007 a 2012

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226 RelatóRio do conselho de administRação 2012

O mérito e o resultado destas políticas podem ser comprovados através dos indicadores de idade média dos cola-boradores (45 anos) e da antiguidade média na Empresa (19 anos). A taxa de absentismo, excluindo as doenças pro-longadas, foi em 2012 de 2,72.

De realçar que a actividade Cimento apresenta uma relação entre o salário mí-nimo praticado por estas duas empresas e o salário mínimo a nível nacional de 1,8.

eventos organizados pela empresa

A Secil, directamente ou através das Casas de Pessoal que apoia e financia, promove regularmente a organização de vários eventos de carácter social, cultural ou desportivo, com o objectivo último de unir os seus colaboradores, proporcio-nar-lhes momentos agradáveis e fomen-tar a cultura de Grupo.

Vários foram os eventos organizados ao longo do ano de 2012, alguns dos quais com carácter mais regular, outros inicia-dos pela primeira vez. Destacamos aqui alguns desses principais eventos promo-vidos directamente pela Secil:

> Comemoração dos aniversários das Fábricas Maceira-Liz e Cibra-Pataias que juntou trabalhadores, reformados e convidados; > Comemorações de Natal através de vá-rias iniciativas, nomeadamente almoços/jantares convívio para os colaboradores e reformados, lanches com distribuição de prendas para os filhos dos colaboradores que contam com uma animação teatral ou circense.

Na Madeira saliente-se a celebração do Natal, que este ano contou com a inter-venção de um grupo de colaboradores, familiares e amigos na apresentação de uma peça de teatro. Tal como em anos anteriores, manteve-se a participação

em celebrações como o Dia de Reis e a Missa do Parto.

As Casas de Pessoal da Secil e CMP de-sempenham um papel muito importante na organização e promoção de activida-des desportivas e culturais para os seus colaboradores. Em 2012, organizaram pelo terceiro ano consecutivo a Festa de Natal que decorreu no Teatro Politeama em Lisboa, que incluiu um teatro musi-cal, extensivo a todas as empresas do Grupo Secil.

Ainda no âmbito desta festa de Natal, a Casa de Pessoal organizou uma iniciativa solidária, “Uma Criança, Um Abraço” que motivou muitas crianças a levarem um brinquedo que se destinou a ser entregue a crianças carenciadas de instituições na área de Setúbal, Leiria e Alcobaça.

1.1.2 FORmAçãO

A Secil aposta na formação dos seus colaboradores, pois acredita que esta é fundamental, tanto para a Empresa, (per-mitindo-lhe criar as competências inter-nas necessárias ao bom desempenho e a flexibilidade requerida para responder às diferentes solicitações), como para os próprios colaboradores que se vão actuali-zando constantemente, aumentando o seu nível de conhecimentos e reforçando o seu valor para a Empresa e para o mercado empregador em geral.

Com este objectivo, a Secil dispõe de Centros de Formação integrados no Cen-tro Técnico Corporativo, onde se desen-volvem acções de formação desenhadas e orientadas para a realidade específica da Secil, destacando-se o programa de formação continuada.

Programas de Formação Continuada

Os Programas de Formação Continuada são uma formação do tipo multidiscipli-

1. o grupo secil e os seus colaboradores

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RelatóRio de ResPonsaBilidade social 227

Até 2012, realizaram-se acções de for-mação que envolveram 1.150 formandos.

Programas de Formação específicos

Para além dos programas de formação continuada, a Secil tem vindo a fomen-tar a formação, através de protocolos estabelecidos com entidades externas, de formações desenhadas à medida, e ainda de formações “caso a caso”.

dados sobre Formação

Em 2012 os Centros de Formação do Grupo Secil organizaram 286 cursos de formação que abrangeram 2.416 forman-dos, o que representou um volume de formação na ordem das 26.383 horas.

nar que se destina a transmitir aos Cola-boradores conhecimentos interdisciplina-res sobre várias áreas da Empresa, com o objectivo de melhorar o desempenho, polivalência e flexibilidade das equipas, a segurança e a produtividade.

Até 2012, foram desenvolvidas diver-sas iniciativas na área de formação, das quais se destacam:

> 7 Seminários: Alternative Fuels Semi-nar, Process Quality Seminar 2008, Main-tenance Seminar 2009, Environment, Safety and Biodiversity Seminar, Pro-cess Quality Seminar 2010, Maintenance Seminar 2011 e Sustainnability Seminar 2012. Nestes seminários participaram cerca de 400 formandos; > Programa de Formação de Chefias e Oficiais de Processo, que contou com a participação de 6.044 formandos de diferentes áreas, tais como, manutenção, fabricação, embalagem e expedição; > Criação de um catálogo em formato electrónico, através dos quais os utili-zadores podem consultar Manuais de Formação, Conteúdos Programáticos de cursos já realizados e Lista de Empresas de Formação;> Divulgação do Plano de Formação atra-vés dos meios internos de comunicação utilizados pela Empresa;> Projecto de Salas de Formação Prá-tica: uma sala de Electricidade na Fábrica Secil-Outão, uma sala de Electrónica e Automação na Fábrica Maceira-Liz e ou-tra na Fábrica Secil-Outão.

No Grupo Secil existem, presentemente, três programas de formação, um por cada Grupo Profissional: Quadros, Che-fias e Oficiais de Processo.

No programa de Formação de Quadros pretende-se criar competências técnicas, comportamentais e de gestão. Estas ac-ções de formação estão estruturadas em 3 níveis: iniciado, intermédio e avançado.

1.1.3 CARReiRA e mObiLidAde

A Secil desenvolve a sua actividade em diferentes pontos geográficos, quer no plano nacional, quer no plano interna-cional. Em 2012, a Secil passou a estar presente no Brasil, facto que contribui para um maior número de oportunidades de desenvolvimento de carreira e para uma maior mobilidade efectiva dos seus colaboradores. Desde 2011 que está em vigor um Modelo de Gestão de Carreiras para os Quadros da Secil onde todas as Funções estão enquadradas. Este Mo-

delo esclarece o posicionamento das di-ferentes funções existentes, e estabelece a existência de duas Carreiras distintas: (i) funções com maior componente Téc-nica e (ii) funções com preponderância na área da Gestão. Foram ainda divulgadas as regras que permitem a elegibilidade para progressão e promoção na Carreira.

Em 2012 não existiram processos de re-crutamento, quer de quadros quer de não quadros para a Secil e CMP, tendo-se verificado 33 promoções/progressões nas mesmas empresas. Foram também realizados 37 estágios para licenciados/mestres, profissionais e curriculares, 18 destes através do programa de Estágios profissionais do IEFP.

Iniciou-se uma nova expatriação em 2012, tendo o ano terminado com um grupo de 16 colaboradores a prestar serviço fora do território nacional: 4 em Angola, 3 na Tunísia, 4 no Líbano, 1 em Cabo Verde e 4 no Brasil. A Secil possui um Regulamento Interno, que estabelece regras para os colaboradores expatria-dos, com vista a adoptar as melhores práticas de mercado.

1.1.4 GeSTãO de deSemPenhO e inCenTivOS

Todas as áreas de negócio da Secil a nível nacional, têm implementado um Sistema de Avaliação de Desempenho. Pretende-se assim reconhecer, premiar e distinguir os desempenhos de alta performance em domínios Económico/Financeiros, Operacionais, Qualidade/Segurança/Ambiente, entre outros. Adi-cionalmente, este sistema pretende tam-bém identificar necessidades de forma-ção e potenciais promoções/progressões dos colaboradores.

Devido às especificidades de cada um dos negócios da Secil, estes sistemas de avaliação integram metodologias pró-

2009 2010 2011 2012

16

12

8

4

0

volu

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ão (h

).

Volume de formação (h)/nº formandos

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228 RelatóRio do conselho de administRação 2012

de Benefício Definido para o Plano de Contribuição Definida. Verificou-se uma grande adesão, sendo que no final de 2012, cerca de 78% dos colaboradores Secil e CMP estavam abrangidos por este novo Plano.Em 2011 a Cimentos Madeira renego-ciou o seu Acordo de Empresa com os sindicatos, alterando o Plano de Pen-sões de Benefício Definido para Con-tribuição Definida, com efeitos a partir de Janeiro de 2012. Em Julho de 2012, por iniciativa da Empresa, estendeu-se o plano de Contribuição Definida aos cola-boradores da Brimade, empresa perten-cente ao Grupo Cimentos Madeira, que até então não estavam abrangidos por nenhum Plano de Pensões.

No sector do Betão (Unibetão, Eurobe-tão, Britobetão e BetoMadeira), os cola-boradores beneficiam de complementos de pensões de reforma por velhice e in-validez. Também nestes casos o Plano de Pensões de Benefício Definido foi alterado para um Plano de Pensões de Contribuição Definida, ao abrigo do Con-trato Colectivo do sector. Neste contexto, e seguindo o princípio da harmonização, a Secil Britas e a Quimipedra ofereceram aos seus colaboradores, pela primeira vez em 2010, este mesmo Plano de Pen-sões de Contribuição Definida.

Os Planos de Pensões da Secil, CMP e Unibetão eram financiados através de 3 Fundos de Pensões distintos, geridos por diferentes entidades, situação que se alterou em 2010, com a criação de um único Fundo de Pensões: o Fundo de Pensões do Grupo Secil. As Empre-sas têm a responsabilidade de (i) efectuar contribuições mensais para os sub-fun-dos (Dinâmico, Conservador e Ultra--conservador) que financiam os Planos de Pensões de Contribuição Definida e (ii) manter suficientemente financiadas as responsabilidades assumidas com os Planos de Pensões de Benefício Definido.

1. o grupo secil e os seus colaboradores

prias adaptadas a cada situação especí-fica, com diferentes estádios de desen-volvimento e que podem abranger uma parte ou a totalidade dos colaboradores, como é o caso da Secil e CMP.

Em 2012, o processo de Avaliação de Desempenho da Secil e CMP foi revisto de forma a responder melhor às necessi-dades dos avaliadores e avaliados.

Em função dos resultados obtidos pela Empresa/Grupo e do resultado da Ava-liação de Desempenho de cada colabo-rador, são atribuídos prémios individuais de desempenho.

1.1.5 beneFíCiOS SOCiAiS

A Secil acredita que a satisfação dos seus colaboradores contribui em grande parte para o sucesso da sua actividade. Assim, atribui aos seus colaboradores e familiares um conjunto de benefícios sociais de onde se destacam o Plano de Pensões e o Plano de Saúde.

Pensões

No sector do Cimento (Secil, CMP e Cimentos Madeira), os colaboradores beneficiam de complementos de pen-sões de reforma por velhice e invalidez, tal como os respectivos cônjuges, des-cendentes, dependentes e equipara-dos beneficiam de complementos de pensões de sobrevivência. Em 2010, a Secil e CMP adoptaram um Plano de Pensões de Contribuição Definida, para os colaboradores admitidos a partir de Janeiro de 2010, ao qual todos os cola-boradores até então abrangidos por um Plano de Pensões de Benefício Definido puderam aderir.

Em 2012 foi reaberto o Plano de Con-tribuição Definida, permitindo mais uma vez a todos os colaboradores da Secil e CMP a opção pela transição do Plano

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RelatóRio de ResPonsaBilidade social 229

Em 2012, o nível de financiamento dos Pla-nos de Pensões de Benefício Definido da Secil situava-se em 134%, o da CMP em 119% e o da Unibetão em 151%.

A Cimentos Madeira financiava as respon-sabilidades assumidas com o seu Plano de Pensões através de um seguro associado a um Fundo de capitalização. Em 2012, após aprovação do ISP, efectuou-se o resgate do seguro passando as responsabilidades a serem financiadas pelo Fundo de Pen-sões do Grupo Secil.

Saúde

A Secil e a CMP atribuem aos seus colabo-radores e reformados um Plano de Saúde extensível aos seus respectivos agregados familiares. Este Plano encontra-se harmoni-zado entre as duas empresas cimenteiras.

A Cimentos Madeira oferece aos seus co-laboradores no activo um Plano de Saúde, tendo este sido harmonizado em 2011.

As empresas do sector do Betão, a Secil Britas, a Argibetão, a Secil Martingança e a IRP atribuem um Plano de Saúde idêntico ao da Secil aos seus colaboradores no ac-tivo. No caso das empresas do sector do Betão, Secil Britas e Argibetão, o Plano de Saúde abrange o agregado familiar com uma pequena comparticipação por parte do colaborador. Na Secil Martingança, o Plano de Saúde pode ser extensível ao agregado familiar, sendo o custo adicional suportado pelo colaborador.O benefício de saúde para todas as empre-sas acima mencionadas é financiado por um seguro de saúde em sistema de rede convencionada e reembolso. Em 2010, a CMP alterou a sua forma de financiamento do plano de saúde, passando de um auto--seguro para um seguro de saúde, situação idêntica aconteceu na Cimentos Madeira em 2011, passando também o seu plano de saúde a ser financiado pelo mesmo se-guro de saúde.

De forma a melhor ajustar o Plano de Saúde às necessidades de cada pessoa, a Secil negociou UpGrades ao seguro de saúde, permitindo que mediante um custo adicional a suportar pelo cola-borador ou reformado, estes tenham a possibilidade de aumentar os capitais anuais do seu Plano de Saúde e/ou do seu agregado familiar.

Outros benefícios sociais

Para além dos mencionados, várias em-presas do Grupo atribuem outros benefí-cios sociais, nomeadamente: (i) subsídios de reforma e morte, aquando da saída do colaborador por reforma ou em caso de morte no activo; (ii) seguro de aci-dentes pessoais e/ou vida, protegendo os colaboradores em caso de morte e/ou invalidez permanente; (iii) seguros de viagem, cobrindo quase todo o mundo, para protecção dos colaboradores que se deslocam ao serviço das empresas; e (iv) prémios de antiguidade, que pre-meiam o tempo de serviço dos colabo-radores.

Os benefícios sociais actualmente ofere-cidos pela Secil aos seus colaboradores representam um passivo consolidado cerca de 3 milhões de Euros.

1.2 OPeRAçõeS inTeRnACiOnAiS

1.2.1 AmbienTe de TRAbALhO Na Tunísia, o ano de 2012 ficou mar-cado pelo ambiente pós-revolução de 14 Janeiro 2011. Apesar da realização de eleições, da formação de um governo de transição e do registo de algumas me-lhorias, a instabilidade social e o clima de reivindicação ainda foi marcante. Neste contexto de instabilidade social foram desenvolvidas algumas acções de se-gurança do pessoal interno e dos pres-tadores de serviços.

No Líbano, os procedimentos e políticas de segurança seguem as normas do Grupo. No âmbito do programa de acolhimento de novos colaboradores, é feita uma sen-sibilização relativa à segurança.

As empresas do grupo sediadas em Cabo Verde fomentam a segurança no trabalho através de campanhas de informação e também pela atribuição de um prémio pe-cuniário, distribuído em função dos objec-tivos atingidos na área da segurança.

De uma maneira geral, as várias unidades do Grupo procuram disponibilizar um am-biente confortável de trabalho aos seus colaboradores.

A Société des Ciments de Gabès (SCG) dispõe de serviço de refeitório, de biblio-teca e de três complexos habitacionais que disponibiliza, em condições favoráveis, aos seus trabalhadores para habitação.

As empresas do grupo sediadas em Cabo Verde garantem aos seus colaboradores um serviço de refeitório e transporte.

A Ciment de Sibline assegura transporte da empresa a todos os colaboradores.

Em Angola implementaram-se várias ac-ções com vista ao melhoramento das condições de trabalho, das quais se des-tacam: (i) a remodelação total do refeitório de embalagem onde são servidas, entre pequeno-almoço, almoço e jantar, mais de 100 refeições por dia; (ii) a contratação de uma empresa especializada para distribui-ção de refeições a postos de trabalho fora da fábrica e (iii) a aquisição de armários individuais para guardar objectos pessoais de cada trabalhador.

A Secil Lobito também disponibiliza trans-porte para todos os colaboradores, quer para o local trabalho quer para outras acti-vidades organizadas ou não pela Empresa onde participam grupos de trabalhadores.

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230 RelatóRio do conselho de administRação 2012

Através de vários meios de comunicação interna, as empresas estrangeiras procu-ram manter os colaboradores atentos aos assuntos locais e ligados ao Grupo Secil.

Na Tunísia destaca-se o acesso à Internet por parte dos quadros técnicos e a divul-gação da newsletter mensal do Grupo (Secil Informação). Por outro lado, as vi-sitas às fábricas da Secil Portugal são uma prática corrente, adoptada essen-cialmente para os responsáveis de área, de forma a permitir a difusão da cultura do Grupo e a troca de conhecimentos.

No Líbano a comunicação é assegurada essencialmente através de painéis e do envio de emails aos colaboradores.

Também a Secil Lobito procedeu à insta-lação de painéis informativos, de forma a melhorar a comunicação com todos os trabalhadores, destacando-se a informa-ção sobre alguns indicadores de desem-penho da actividade.

Na Tunísia existem políticas de combate ao absentismo, tanto pela via da forma-ção dos colaboradores, como através de penalizações ao nível da avaliação, com impacto nos prémios de rendimento e produtividade. De assinalar um decrés-cimo na taxa de absentismo de 4,64%, em 2011, para 4,01% em 2012.

De entre as medidas de carácter social promovidas pela SCG no sentido de fo-mentar um bom ambiente de trabalho, destaca-se o almoço organizado pela Empresa no final do ano e o transporte de todos os colaboradores que é asse-gurado pela Empresa.

Em Cabo Verde promove-se a assidui-dade com a atribuição de prémios pecu-niários aos colaboradores que atinjam o objectivo estabelecido.

1.2.2 FORmAçãO

O principal objectivo que a SCG pre-tende alcançar com os programas de formação é a maior valorização e poli-valência dos seus colaboradores. Assim, em 2012 foram realizadas 2.662 horas de formação, correspondente a 9,2 ho-ras/ trabalhador.

A Ciment de Sibline oferece formação aos seus colaboradores em áreas téc-nicas, de gestão e administrativas, ma-nutenção, IT e línguas. Em 2012 parti-ciparam em acções de formação 133 colaboradores, num total de 2.642 horas.

A Secil Lobito registou 160 horas de for-mação, distribuídas pelos departamentos de higiene e segurança, manutenção me-cânica e eléctrica. 1.2.3 CARReiRA e mObiLidAde

A SCG procura promover, sempre que possível, o recrutamento interno com programas de formação complementar. O desenvolvimento de competências e a mobilidade são incentivados pelo sistema de avaliação de rendimento e produtividade.

Nesta Empresa, a relação entre o salá-rio mais baixo e o salário mínimo local corresponde a 1,03, o que demonstra a preocupação da SCG em pagar aos seus colaboradores valores acima do mercado.

A Secil Lobito procedeu a actualizações salariais de forma escalonada, com o ob-jectivo de reduzir as diferenças salariais.

1.2.4 beneFíCiOS SOCiAiS

Os Benefícios Sociais atribuídos pela SCG aos seus colaboradores incluem subsídios (religiosos e de reforma), um

1. o grupo secil e os seus colaboradores

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RelatóRio de ResPonsaBilidade social 231

plano de saúde, seguros de acidentes-pessoais em viagem, facilidades de cré-dito e outros. Ainda relativamente aos filhos dos colaboradores, em cada ano escolar são seleccionados os melhores alunos e é dada uma contribuição na forma de material escolar. A SCG pro-porciona ao primeiro filho e até aos 14 anos a possibilidade de frequentar uma colónia de férias.

Também a Sud-Béton oferece aos seus colaboradores vários Benefícios Sociais: subsídios religiosos (Aid Kébir e Aid Sghir), subsídios de reforma, plano de saúde (seguro de grupo que cobre todos os colaboradores), desconto de 20% na compra de betão e apoio escolar.

A Ciment de Sibline atribui aos seus cola-boradores benefícios no plano da saúde, educação e outros. Todos os colaborado-res e seus familiares beneficiam de seguro de saúde que cobre a totalidade das des-pesas médicas: em 2012 estavam cobertas 1.562 pessoas. Para além disso, podem contar com a assistência médica prestada por 2 médicos e uma enfermeira nas ins-talações da própria Empresa.

Ao nível da educação, são atribuídas anual-mente bolsas de estudo aos filhos dos cola-boradores da Ciment de Sibline. O valor do benefício é estipulado em função do nível de ensino e no ano 2012 as bolsas esco-lares pagas totalizaram 622.429,575 Libras Libanesas, conforme o quadro seguinte:

A Empresa dispõe de uma Cooperativa sem fins lucrativos que é gerida pelos próprios trabalhadores e comercializa bens alimentares. Os colaboradores têm acesso à cooperativa e recebem uma contribuição anual de 820.000 libras li-banesas para despesas.

Os colaboradores no Líbano beneficiam ainda de facilidades financeiras, quer na aquisição de cimento, quer na obtenção de financiamentos:

> Aquisição de cimento, até 40t/ano com desconto de 3 USD sobre o preço de venda;

> Financiamento até 3.000.000 libras li-banesas, sem juros e reembolsável a 12 meses.

Na Ciments de Sibline a relação entre o salário mínimo praticado pela Empresa e o salário mínimo local representa um rácio de 1,04.

Os colaboradores da Secil Lobito e res-pectivo agregado familiar, beneficiam dos cuidados de saúde prestados por dois médicos e três enfermeiros nas ins-talações da empresa, sendo que um dos médicos tem a especialidade de Pediatria.

Esta iniciativa com dois anos de existência permitiu reduzir drasticamente a mortali-dade infantil entre os filhos dos colabora-dores. A Empresa estabeleceu protocolos de assistência médica com duas clínicas, situadas na cidade do Lobito, de forma que todos os colaboradores e respectivo agregado familiar beneficiem de cuidados de saúde a custo zero. Os medicamentos são também pagos pela Empresa.

A Secil Lobito atribui um desconto de 10% aos trabalhadores que pretendam adquirir cimento para construção de ha-bitação própria.

bOLSAS eSCOLAReS 2012 (libras libanesas)

SeCTOR

Sector Privado

Sector Público

Total

níveL

Universitário Elementar

Técnico Outros níveis

Universitário

Elementar Técnico

Outros níveis

vALOR

133.763,325175.152,500

15.570,000233.695,000

25.326,00017.778,00015.000,000

6.144,750622.429,575

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232 RelatóRio do conselho de administRação 2012

2. o grupo secil e a comunidade exterior

2.1 PORTUGAL

2.1.1 edUCAçãO, CiênCiA e TeCnOLOGiA Prémio Secil de Arquitectura e de engenharia Civil e Prémios Secil Universidades

O Prémio Secil visa promover e incenti-var os autores de obras que incorporam o produto que resulta da actividade da Secil.

Em 2012 foi atribuído o Prémio Secil de Engenharia Civil à Ponte 4 de Abril na Ca-tumbela, Angola, da autoria dos Engenhei-ros Armando Rito e Pedro Cabral. O Prémio Secil Universidades é atribuído no âmbito do “Concurso Arquitectura e Engenharia Civil” e tem como objectivo incentivar a qualidade do trabalho académico e o re-conhecimento público de jovens oriundos das Escolas de Arquitectura e Engenharia Civil Portuguesas. Este ano os júris dis-tinguiram oito projectos num total de 80 candidaturas.

A Secil e a comunidade científica

A Secil procura de uma forma activa apoiar a comunidade científica através da promo-ção de eventos e patrocínios de iniciativas que contribuam para a difusão do conhe-cimento e inovação.

Em 2012 a Secil patrocinou o Encontro Na-cional de Betão Estrutural (BE2012) que se realizou na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

De salientar também o apoio da Secil (i) no 4º Congresso de Construção – Itecons e (ii) no Congresso Português de Argamassas e ETICS (External Thermal Insulation Compo-site Systems). Os Congressos realizaram--se na Universidade de Coimbra.

No âmbito da Agenda Europa 2020 que visa a consolidação da política de coe-

são da UE para o período 2014-2020 e o respectivo Programa Quadro de Inves-tigação Desenvolvimento Tecnológico e Inovação orientado para uma estratégia de crescimento inteligente sustentável, a Cimentos Madeira colaborou na definição de um Plano de Acção Regional com vista a promover a aproximação da Região da Madeira de níveis Nacional e Europeu, em Indicadores (I&DT+I), visando criar a ne-cessária massa crítica que permita uma Inovação efectiva, nomeadamente a nível Económico e Industrial.

Em 2012, o concurso “As 100 Maiores e Melhores Empresas da Madeira” distinguiu o Grupo Cimentos Madeira no sector do comércio e no sector da Indústria.

Protocolos com instituições de ensino

Para apoiar as actividades de recrutamento e de Investigação e Desenvolvimento do Grupo, a Secil está a estreitar o seu re-lacionamento com instituições de ensino superior especializadas nas áreas de En-genharia Civil, Química e dos Materiais, estabelecendo bases de colaboração aca-démica, científica e tecnológica.

No âmbito da colaboração entre a Secil e o IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional foi desenvolvido um sistema de aprendizagem que consiste numa al-ternativa de formação profissional inicial, dirigido a jovens que tenham ultrapassado a idade limite de escolaridade obrigatória e que tenham, preferencialmente, o limite etário dos 25 anos. Como resultado desta colaboração, formaram-se 130 jovens em cursos de aprendizagem dos níveis II e III em várias áreas das quais se destacam: Instrumentação (Nível III), Técnicos de Laboratório (Nível III), Electromecânica e Manutenção Industrial – Mecatrónica (Nível III). Em 2011 estiveram em funcionamento 3 turmas, uma na Fábrica Secil–Outão e as outras duas na Fábrica Cibra Pataias.

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RelatóRio de ResPonsaBilidade social 233

A Secil colaborou em acções de sensibili-zação ambiental: (i) a iniciativa promovida pelo Barco Évora, com a participação de alunos de escolas de Setúbal que têm a oportunidade de fazer um percurso pe-destre na propriedade da Fábrica Secil – Outão, esta acção desenvolve-se desde 2006 e já contou com a participação aproximada de 12 mil alunos, (ii) a ini-ciativa “Portas Abertas Secil-Outão”que este ano teve como objectivo partilhar com a população local o Prémio de Ino-vação para a Sustentabilidade, na ca-tegoria de Gestão por Excelência e (iii) Portas Abertas Maceira-Liz, que contou com a participação de 280 visitantes e revestiu-se de um cariz especial porque a Secil comemorava o 89º aniversário da Fábrica Maceira-Liz e a reabertura do Museu do Cimento.

A Secil possui um Museu nas instalações da Fábrica Maceira-Liz, criado em 22 de Abril de 1991. O Museu esteve sujeito a obras de remodelação e requalifica-ção do espaço e conteúdos expositivos e reabriu ao público em Junho 2012. O Museu documenta a longa história desta fábrica e através de um circuito muse-ológico em contraponto com a fábrica moderna em laboração obteve o estatuto de “museu de sítio”. Em 2012 o Museu recebeu cerca de 1.135 visitantes.

No plano do Desporto, a Secil apoiou diversas colectividades e iniciativas, nomeadamente, a XXIII Meia Maratona Internacional de Setúbal.

O Grupo Cimentos Madeira apoia as acti-vidades culturais e desportivas da região, através da manutenção do estatuto de só-cio da Orquestra Clássica da Madeira, do apoio nas obras de restauro da capela da Vitória, do patrocínio efectuado à Feira do Pão e as comemorações dos 500 anos da Diocese do Funchal-Festa das Famílias. De salientar o apoio da “Prova Pedestre à volta da Cidade do Funchal” organizada pela Associação de Atletismo de Região Autónoma da Madeira e a manutenção do estatuto de sócio patrocinador do Clube Desportivo Portusantense.

O Grupo Cimentos Madeira mantém o seu estatuto de sócio em Associações regionais que desenvolvem acções de ca-rácter ambiental, nomeadamente a Asso-ciação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal e a AREAM – Agência Regio-nal de Energia e Ambiente da Madeira.

Em 2011 foi renovada uma bolsa de Dou-toramento Empresarial, através da Fun-dação para a Ciência e Tecnologia, para o desenvolvimento de um projecto de in-vestigação em que participam, para além da Secil, o Instituto Superior Técnico de Lisboa e a Faculdade de Engenharia da Universidade de Coimbra. Ainda neste âmbito, foi desenvolvido um projecto de Mestrado na área de Investigação e De-senvolvimento de Novos Produtos, em colaboração com o Instituto Superior Técnico.

O Laboratório da Cimentos Madeira mantém a sua colaboração com a Uni-versidade da Madeira, em matérias li-gadas ao departamento de Engenharia Civil, nomeadamente na disciplina dos Materiais de Construção.

2.1.2 CULTURA e deSPORTO

A Secil assumiu o compromisso do de-senvolvimento sustentável das activida-des culturais, desportivas e de inclusão social das localidades onde desenvolve a sua actividade, no seguimento da polí-tica de responsabilidade social do Grupo. Mais de 80 colectividades do distrito de Setúbal recebem fundos para apoiar as suas actividades.

No plano Cultural, foram apoiadas várias iniciativas, tais como: (i) a Festa de Nossa Srª do Rosário de Tróia, (ii) o Festival de Música de Leiria e (iii) publicação do livro Setúbal – O Porto e a Comunidade Fluvial e Marítima.

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234 RelatóRio do conselho de administRação 2012

2.1.3 SOLidARiedAde SOCiAL

A Secil através da sua influência nas zo-nas onde desenvolve as suas operações contribui de forma significativa no apoio a entidades de Inclusão Social.

Em 2012 a Secil apoiou através do for-necimento de cimento várias instituições, nomeadamente, (i) a Escola de Brejos do Clérigo, em Azeitão, (ii) a Associação de Fuzileiros de Setúbal e (iii) o Regimento de Cavalaria de Braga.

Na época balnear, a Fábrica Secil–Outão disponibilizou um parque de estaciona-mento com segurança, no antigo hangar de carvão. Este parque serviu cerca de 27.578 pessoas e 10.294 viaturas.

A Secil estabeleceu um protocolo com a Junta de Freguesia da Maceira, de onde se destaca o donativo efectuado (i) à Associação Maceirinha, para a constru-ção do novo campo sintético e (ii) aos Bombeiros Voluntários da Maceira para a aquisição de uma viatura de combate a

incêndios urbanos e industriais. A Cimen-tos Madeira apoiou com a distribuição de sacos de cimento para a recuperação de habitações destruídas pelos incên-dios que ocorreram na Madeira em Julho 2012, manteve-se o apoio aos Bombei-ros Voluntários Madeirense e a Liga Por-tuguesa Contra o Cancro.

Pelo segundo ano consecutivo, a Secil reduziu consideravelmente as ofertas de Natal, tendo utilizado os fundos nor-malmente destinados à sua aquisição, para apoiar entidades de solidariedade social. Em 2012, o contributo da Secil foi para o projecto Alicerçar o Futuro, que promove a concretização do programa educativo das Aldeias de Crianças SOS Portugal.

A Secil apoia desde 2010 a Associação GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial que procura de-senvolver acções de colaboração entre as comunidades locais e organizações de solidariedade social.

2.2 OPeRAçõeS inTeRnACiOnAiS

2.2.1 edUCAçãO, CiênCiA e TeCnOLOGiA

A Société des Ciments de Gabès desen-volve algumas iniciativas em estreita co-laboração com escolas e universidades.

2. o grupo secil e a comunidade exterior

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RelatóRio de ResPonsaBilidade social 235

A Ciment de Sibline aceita pedidos de visita por parte de estabelecimentos de ensino e promove cursos de formação, com períodos máximos de 3 meses. Em 2011, frequentaram este curso 13 pes-soas que vieram das seguintes Univer-sidades: Beirut Arab University (4) Saint Joseph University (3), University Institu-tion for Technology (4) e Lebanese Uni-versity – Science College (2).

A Secil Lobito tem protocolos com es-colas do ensino médio que permitem a disponibilização das suas instalações, para a realização de estágios profissio-nais nas diversas áreas da empresa. Durante 2012 a Empresa recebeu 15 formandos.

2.2.2 CULTURA e deSPORTO

A SCG patrocina várias associações des-portivas e culturais locais, quer directa-mente, quer indirectamente através do fundo colocado à disposição do Gover-nador de Gabès.

Também no Líbano são vários os patro-cínios a associações culturais e despor-tivas.

A Secil Lobito patrocinou algumas ini-ciativas de carácter cultural e despor-tivo, nomeadamente: (i) o torneio do Município do Lobito de Basquetebol de Rua que dá pelo nome de “Secil Basquete” cujo objectivo principal é a ocupação dos jovens, a sua forma-

ção desportiva e o associativismo; (ii) a UNAC-União Nacional dos Artistas e Compositores Angolanos recebe apoio financeiro directo; ,(iii) a Festa de Car-naval que tem uma forte tradição no Município do Lobito e (iv) a Rádio Lo-bito, também com patrocínio financeiro directo.

2.2.3 SOLidARiedAde SOCiAL

Na conjuntura especial vivida em 2011, as empresas tunisinas do Grupo Secil contribuíram por intermédio do Governador para um fundo destinado ao desenvolvimento de pequenas em-presas individuais e ao apoio social, especialmente para uma vila próxima da Fábrica de cimento com vista a en-contrar soluções para o desemprego elevado que se verifica actualmente na Tunísia.

A Ciment de Sibline apoia a comunidade local, através de várias iniciativas, com principal destaque para o apoio social, a doação aos municípios e o patrocínio a instituições religiosas.

A Secil Lobito apoia várias instituições de Administração Municipal, Escolas, Orga-nizações Religiosas e Hospitais.

Em Cabo Verde promove-se o rela-cionamento e a inclusão social com as comunidades locais através de apoios de actividades importantes nas áreas da educação, da cultura e da religião. Estes apoios podem ser através de doações pecuniárias, ma-teriais ou mesmo a disponibilização de meios.

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236 RelatóRio do conselho de administRação 2012

organigrama

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oRganigRama 237

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238 RelatóRio do conselho de administRação 2012

secil PORTUGAl iNTeRNAciONAl

cONTiNeNTe MADeiRA TUNísiA lÍBANO ANGOlA cABO VeRDe OUTROs BRAsil

ciMeNTOs secil cimentos Madeira société ciments ciments de sibline secil lobito secil cabo Verde secil Algérie supremo (100%) (57,14%) de Gabès (98,72%) (51,05%) (51%) (100%) (Argélia) (97,9%) (13,81%) CMP(100%)

BeTÕes e iNeRTes •Uniconcreto (100%) •secil Betões e inertes (100%) Betomadeira(57,14%) sudbéton(98,72%) sOiMe(51,05%) inertes de cabo Unibetão(100%) Brimade(57,14%) Verde(62,50%) Britobetão(91%) Pedra Regional(29,14%) Sicobetão(100%) Madebritas(29,14%) Eurobetão(100%) inertogrande (19,04%) •secil Britas(100%) JMHenriques(28,57%) Colegra(100%) Quimipedra(100%) LusoInertes(100%)

ARGAMAssAs e MATeRiAis secil Martingança(100%) IRP(75%)

PRÉ-FABRicADOs secil Unicon(50%) Promadeira(57,14%) Zarzis Béton (98,52%) SecilPrebetão(39,80%) Argibetão(90,87%)

AMBieNTe e eNeRGiA Valcem(100%) Prescor(100%) AVe(35%) solenreco(98%) Reficomb(100%)

TRANsPORTes e seRViÇOs setefrete(25%) silonor sA ccV(100%) (França)(100%) somera(100%) secilpar(100%)

sOcieDADes FiNANceiRAs e OUTRAs ciminpart Hewbol Mc (49,36%) secil Angola Parcim serife Florimar seciment i3P (99,97%)

Page 239: ação 2012 R io do conselho de administ R Relató · de condições para um futuro sustentável. ... detidos para venda, 9,9 milhões de euros em activos fixos tangíveis e 6,7 milhões

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secil PORTUGAl iNTeRNAciONAl

cONTiNeNTe MADeiRA TUNísiA lÍBANO ANGOlA cABO VeRDe OUTROs BRAsil

ciMeNTOs secil cimentos Madeira société ciments ciments de sibline secil lobito secil cabo Verde secil Algérie supremo (100%) (57,14%) de Gabès (98,72%) (51,05%) (51%) (100%) (Argélia) (97,9%) (13,81%) CMP(100%)

BeTÕes e iNeRTes •Uniconcreto (100%) •secil Betões e inertes (100%) Betomadeira(57,14%) sudbéton(98,72%) sOiMe(51,05%) inertes de cabo Unibetão(100%) Brimade(57,14%) Verde(62,50%) Britobetão(91%) Pedra Regional(29,14%) Sicobetão(100%) Madebritas(29,14%) Eurobetão(100%) inertogrande (19,04%) •secil Britas(100%) JMHenriques(28,57%) Colegra(100%) Quimipedra(100%) LusoInertes(100%)

ARGAMAssAs e MATeRiAis secil Martingança(100%) IRP(75%)

PRÉ-FABRicADOs secil Unicon(50%) Promadeira(57,14%) Zarzis Béton (98,52%) SecilPrebetão(39,80%) Argibetão(90,87%)

AMBieNTe e eNeRGiA Valcem(100%) Prescor(100%) AVe(35%) solenreco(98%) Reficomb(100%)

TRANsPORTes e seRViÇOs setefrete(25%) silonor sA ccV(100%) (França)(100%) somera(100%) secilpar(100%)

sOcieDADes FiNANceiRAs e OUTRAs ciminpart Hewbol Mc (49,36%) secil Angola Parcim serife Florimar seciment i3P (99,97%)

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240 RelatóRio do conselho de administRação 2012

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