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ANUÁRIO 2010

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ANUÁRIO2010

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 3

Editorial António Saraiva, Presidente da CIP

Conjuntura da Economia Portuguesa Situação em 2009 e Perspectivas para 2010

Tecido Empresarial Perfil Dinâmico das Empresas Portuguesas

Expectativas Empresariais 2010Opinião de dirigentes associativos e empresários

As Associações

A CIP

DirectorAntónio Saraiva

Director AdjuntoDaniel Soares de Oliveira

Conselho EditorialArmindo MonteiroJoão Mendes de AlmeidaGregório Rocha NovoManuela GameiroJaime BragaSofia Baião Horta

SecretariadoFrancisco CarreraFilomena Mendes

Administração e PropriedadeCIP - Confederação da Indústria PortuguesaAv. 5 de Outubro, 35 1º1069-193 LisboaTel: 213 164 700Fax: 213 579 986 E-mail: [email protected]: 500 835 934

N.º de registo na ERCS - 108372Depósito Legal 0870-9602

Produção e EdiçãoBleed - Sociedade Editorial e Organização de EventosCampo Grande, nº 30 - 9º C 1700-093 LisboaTel: 217 957 045Fax: 217 957 047E-mail: [email protected]

Director EditorialMiguel [email protected]

Director ComercialMário [email protected]

Gestora de MeiosSusana [email protected]

Editor FotográficoSérgio Saavedra

ImpressãoJorge Fernandes, ldaRua Quinta Conde de Mascarenhas, 92825 – 259 Charneca da Caparica

PeriodicidadeBimestral

Tiragem10.000 exemplares

SUMÁRIO

4

14182453

6

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA4

EDITORIAL

PARTI E ANTEAR AR

As expectativas dos dirigentes empresariais para a economia portuguesa e para as empresas, um estudo sobre o tecido empresarial português e a composição da malha associativa que o representa constituem a matriz do Anuário da CIP, que apresenta uma imagem renovada face às edições anteriores.Expressão da realidade actual da economia e das em-presas portuguesas, o Anuário da CIP diz-nos quantos somos, quem somos e o que pensamos do futuro. Trata-se, por isso, de um retrato dinâmico de uma rea-lidade em permanente mudança.É de expectativas para o futuro que se fala quando os dirigentes empresariais dizem o que pensam da actual situação económica e da sua evolução a curto prazo, apontando o que é necessário fazer para melhorar o funcionamento da economia e para aumentar a compe-titividade das empresas portuguesas.É ainda de expectativas para o futuro que se fala quan-do se traça o perfil dinâmico e se descreve o tecido empresarial português, dominado pelas pequenas e médias empresas. E é também de expectativas que se fala quando as As-sociações integradas na CIP dizem quem são, o que são

e o que estão a fazer para representar eficazmente os interesses das empresas, dos sectores e das regiões.É de expectativas e de compromissos que a CIP fala quando traça para o futuro as 4 grandes causas do mandato que a nova Direcção inicia em 2010: o pri-mado da economia de mercado, a aposta na indústria transformadora e nos bens transaccionáveis, a defesa das empresas e a dignificação dos empreendedores e empresários.Este futuro constrói-se hoje. A CIP, que assenta a sua legitimidade e capacidade ne-gocial no estatuto de Parceiro Social, na representação da maior parte dos sectores industriais, na indepen-dência financeira face ao poder político e na capaci-dade técnica de intervenção nos assuntos regulatórios que interferem na competitividade e sustentabilidade das empresas, é parceiro decisivo e incontornável na construção desse futuro – e esse futuro faz-se com a participação de todos, antecipando já hoje as melho-res respostas para os desafios que o futuro reserva.É por isso que elegemos os lemas PARTICIPAR E ANTECIPAR como grandes linhas de orientação para a nossa acção no futuro.

António SaraivaPresidente da CIP

. .

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 5

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA6

A CIP

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 7

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA8

CIP

1. Economia e Finanças 2. Política SocialPolítica Fiscal Concertação Social

Legislação Laboral

Negociação Colectiva

Educação e Formação

Emprego

Planeamento e Política Orçamental

Mercado de Capitais

Desenvolvimento Económico

Desempenho da Economia

Políticas e Planos Sectoriais

Reestruturação do Sector Público

• Competitividade do sistema fiscal Português• Simplificação fiscal• Critérios de determinação da matéria colectável, taxas de tributação, consolidação fiscal, incentivos ao investimento à inovação e à I&D.• Tributação do património• Estabilidade e transparência; burocracia; estatuto do contribuinte, fiscalização, sistema judicial tributário

• Negociação tripartida de acordos sociais globais, ou sobre matérias específicas, com reflexos relevantes, directa ou indirectamente, na legislação laboral, na produtividade, na política de rendimentos, nos custos das empresas, na Segurança Social e no emprego e formação profissional

• Acompanhamento da implementação do Código do Trabalho, especialmente nas áreas da organização do trabalho, da negociação colectiva, da mobilidade funcional, do regime dos contratos a termo e da não reintegração dos trabalhadores despedidos• Participação na elaboração da legislação comple-mentar do Código e dos diplomas relativos aos contra-tos especiais

• Acompanhamento, através de reuniões periódicas, dos principais processos negociais, especialmente das matérias relativas a salários, à organização e horários de trabalho• Difusão, junto das Associações filiadas, do novo re-gime legal da contratação colectiva e acompanhamen-to das negociações, no sentido da sua dinamização

• Promover a adopção de medidas que satisfaçam as necessidades das empresas relativamente a: educação de base e formação inicial; formação ao longo da vida; requalificação e reconversão profissional; adequação da oferta formativa às reais necessidades do mercado do trabalho; certificação profissional; acreditação de entidades formadoras

• Adequação da estratégia Europeia de Emprego à realidade nacional• Participação na preparação e acompanhamento da implementação do Plano Nacional de Emprego• Questões relativas à problemática do envelhecimento populacional• Imigração

• Programas de Estabilidade e Crescimento• Apreciação das Grandes Opções do Plano• Propostas e discussões do Orçamento do Estado• Contenção e controlo efectivo das despesas públicas

• Funcionamento e desenvolvimento

• Quadro Comunitário de Apoio: acompanhamento da sua execução e impacto• Quadro de Referência Estratégica Nacional 2007--2013: acompanhamento da sua execução e impacto• Programas de estímulo e apoio à competitividade das empresas• Infra-estruturas• Estratégias de modernização e internacionalização das empresas• Financiamento das empresas

• Evolução das principais variáveis macroeconómicas• Evolução de indicadores-chave sectoriais• Análise da conjuntura e expectativas• Recolha, tratamento e divulgação de dados

• Defesa de interesses multi-sectoriais e apoios às Fileiras económicas

• Privatizações; concessões

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 9

CIP

3. Indústria

4.Concorrência e Mercados

Segurança Social

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

Geral

Concorrência

Abastecimento do Mercado Nacional

Fomento à Internacionalização das Empresas

Ambiente

Energia

Licenciamento Industrial

Transportes e Telecomunicações

• Regulamentação da Lei de Bases• Desenvolvimento dos regimes complementares• Unificação dos regimes• Redução das contribuições das empresas• Flexibilização do regime da reforma

• Regulamentação em vigor, tendo em conta o respectivo impacto na competitividade das empresas• Definição de apoios técnicos e financeiros às empresas a fim de tornar possível a aplicação das normas sobre esta temática

• Indústria e desenvolvimento sustentável• Política Europeia de Químicos• Responsabilidade Ambiental• Programas de apoio• Localização e condições para o exercício das actividades industriais

• Acompanhamento da aplicação das leis da defesa da concorrência em Portugal e na União Europeia; Autoridade da Concorrência; legislação sobre atrasos de pagamento em transacções comerciais• Relações entre a indústria e a distribuição; práticas comerciais restritivas; Licenciamento comercial• Código de Boas Práticas Comerciais CIP/APED; suporte da respectiva Comissão Permanente de Avaliação e Acompanhamento

• Distorção em matéria de competitividade, devida a situações desfavoráveis nos custos, fiscalidade e defi-ciente controle dos produtos importados. Actuação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica• Transferência para a esfera empresarial de funções e serviços prestados pelo Estado, até agora considera-dos como “prestação de serviços públicos”, mediante contratos de concessão. Privatização progressiva do fornecimento de bens de consumo e de serviços de utilização pública.

• Melhoria da imagem externa de Portugal• Estímulo ao Estabelecimento de “joint-ventures” no plano técnico, industrial e comercial• Aumento da componente de exportação na facturação das empresas• Medidas de apoio à internacionalização das empresas• Instrumentos de Defesa Comercial• Acordos de comércio internacional com impacto directo em sectores da actividade nacional

• Acompanhamento da elaboração e aplicação da Es-tratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável• Taxas e políticas de internalização de custos ambientais• Comércio Europeu de Licenças de Emissão• Intervenção, desde a fase de preparação a nível comunitário e nacional, na legislação sobre Resíduos, Ar, Água e Ruído• Valorização e Ordenamento do Território, Áreas Pro-tegidas e actividades ligadas aos recursos naturais (ind. extractiva; floresta; infra-estruturas e acessibilidades)

• Estratégias Europeia e Nacional de Energia• Reestruturação do Sector Energético• Custo da energia e competividade energética nacional

• Intervenção permanente na evolução do seu quadro regulamentar• Aplicação da legislação PCIP. Simplificação dos procedimentos

• Competitividade e alternativas no sector dos Transportes; Evolução dos sectores das Tecnologias de Informação e Comunicação

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA10

CIP

5. Jurídico-EmpresarialDesburocratização e Simplificação Administrativa

Relacionamento das Empresas com a Administração Pública

Enquadramento Jurídico com Incidência Directa nas Empresas

• Simplificação de procedimentos e maior celeridade, encurtando o tempo global, designadamente nos actos notariais e de registo inerentes à criação, transforma-ção e funcionamento de empresas; os ligados ao licen-ciamento de obras particulares; os que se relacionam com a fiscalidade.

• Acompanhamento da Reforma da Administração Pública• Maior participação dos Agentes Económicos na preparação da regulamentação que lhes é aplicável• Promoção e enquadramento de um relacionamento eficaz entre o Estado e as empresas• Papel da Administração no necessário aumento da segurança nas transacções comerciais • Pagamento das dívidas do Sector Público às Empresas• Desconcentração decisória, com delegação de competências e transferência de funções e serviços para o sector privado

• Legislação relativa às sociedades comerciais, aos concursos públicos, à propriedade industrial, às garantias do contribuinte, protecção do ambiente e do consumidor

Justiça

• Processos falimentares mais expeditos e eficazes em termos dos objectivos a prosseguir, relevando nestes a satisfação dos interesses dos credores• Processos de recuperação de empresas cingidos às verdadeiramente viáveis e em que, quer na decisão da medida de recuperação quer no tempo da sua im-plementação, sobressaiam preocupações de lealdade concorrencial• Promoção da arbitragem e conciliação• Melhor funcionamento dos Tribunais, visando minorar a morosidade, a onerosidade e a ineficácia

6. InternacionalUnião Europeia

Legislação Comunitária

Diálogo Social Europeu

Outros UE

Business Europe

• Desenvolvimento e evolução da UE:- Pacto de Estabilidade e Crescimento- Política Regional

• Consideração da realidade da Indústria Portuguesa na elaboração da legislação e recomendações comunitárias e sua aplicação em Portugal

• Instâncias europeias, designadamente, Comité Eco-nómico e Social, Comité do Diálogo Social, Grupo Macroeconómico do Diálogo Social e Grupo de Trabalho “Mercado de Trabalho” do Diálo-go Social• Negociações entre parceiros sociais ao nível comunitário

• Apoio à representação de interesses estratégicos sectoriais na UE. Informação sobre iniciativas e programas comunitários.

(Confederation of European Business)• Posição da CIP, na escolha das opções estraté-gicas para a Indústria comunitária, nomeadamente nas seguintes áreas:- Económico-Financeira: Macroeconomia, fiscalidade, competitividade e Política Regional- Social, com particular relevância nas seguintes matérias: Responsabilidade Social das Empresas, alterações futuras nas Relações Sócio-Laborais, participação financeira dos trabalhadores, reestrutura-ções de empresas, desenvolvimento do diálogo social (participação das ONG na Agenda Social Europeia), definição do direito à acção colectiva (direito à greve a nível europeu)- Jurídico Empresarial- Industrial: Ambiente e Energia- Empreendedorismo e PME- Relações Internacionais

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 11

CIP

OIT

Relações Internacionais

A Nível NacionalPresidência da República Audiências e contactos institucionais

Assembleia da República Audições parlamentares.

Discussão de diplomas

Governo Audiências e Negociações Directas

Partidos Políticos Análises. Apresentação de propostas.

Reuniões bilaterais. Presença em Audições.

Parceiros Sociais Intervenção no Conselho Económico e Social,

na Comissão Permanente de Concertação Social e nas Comissões

Especializadas do CES

Serviços de Administração Pública Relações com os principais De-

partamentos e participação em Comissões, Conselhos, Observatórios,

Institutos, Grupos de Trabalho e em reuniões “adhoc”

Sectores Empresariais Assembleias Gerais, Conselhos Nacionais,

Comissões Especializadas, Grupos de Trabalho multi-sectoriais, rela-

cionamento diário dos departamentos executivos com as Associações

Público em Geral Conferências, Colóquios, Sessões de Esclareci-

mento e Debate, Conferências de Imprensa, comunicados oficiais,

entrevistas e depoimentos à Comunicação Social, intervenções em

programas de televisão e rádio

A Nível InternacionalUnião Europeia Conselho, Comissão e ParlamentoParticipação em Comités ConsultivosParceiros Sociais Participação activa no Grupo dos Empregadores do Comité Económico e Social da União Europeia; participação noutras instâncias tripartidas, designadamente no Comité do Diálogo Social; par-ticipação nas negociações entre parceiros sociais ao nível comunitárioEmpresariado A CIP é membro da Business EuropeParticipa em várias Comissões e respectivos Grupos de Trabalho, nas áreas política, estratégica, económica, industrial, social, jurídica, relações externas, etc. A CIP é membro da OIE, Organização Internacional dos Empregadores participando, assim, nas múltiplas actividades promovidas pela OIE, ao nível mundial

Articulação com as Estruturas Filiadas

ASSOCIADOS• Acompanhamento das Associações e Empresas nas diversas

instâncias de decisão

• Encaminhamento, apoio e defesa das posições dos Associados

• Auscultação dos Associados e recolha dos seus contributos

para definição das posições da CIP

• Elaboração de pareceres e contributos para definição de posições

pelos Associados

• Participação dos Associados nas Comissões Especializadas da CIP

• Integração dos Associados nas representações confiadas à CIP,

como parceiro social

• Interface contínuo com os Associados, mediante prestação

e permuta de informações

CONFERÊNCIAS E SEMINÁRIOS• Participação e dinamização de sessões de trabalho, Conferências

e Seminários promovidos pela CIP, pelos seus associados e por outras

instituições cujos objectivos se enquadrem na missão da CIP

CONSELHOS E COMITÉS MISTOS• Participação, através dos recursos internos ou indicando para o efeito

Associados, num conjunto muito alargado de Órgãos Consultivos oficiais,

ao nível nacional e internacional

• Preparação e participação na Conferência Interna-cional do Trabalho• Processo de discussão, aprovação e implementação das convenções e recomendações ao nível nacional

• Relações Externas da UE; acordos OMC; Relações bilaterais; Política de Cooperação ao Desenvolvimento: PALOP e outros PVD• A defesa dos interesses dos seus Associados, junto das instituições governamentais que representam Por-tugal nas organizações internacionais, nomeadamente na OMC, em Cimeiras de Negócios da UE com países terceiros, etc.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA12

ASSOCIAÇÕES CIP

CAE REV.3

A-02B-08C-10C-10C-10C-11C-13C-14C-15

C-17/18

C-20

C-21C-22C-23C-25

C-27C-30C-31C-33

FH-52

JM

S-94

S-94.1

S-94.2

S-96

DESIGNAÇÃO

Silvicultura e Exploração FlorestalOutras Indústrias Extractivas - Rochas Ornamentais Indústrias AlimentaresConservas de PeixeIndústria do CaféIndústria das Bebidas Fabricação de Têxteis Indústria do VestuárioIndústria do Calçado Fabricação de Pasta, de Papel e Impressão

Fabricação de Produtos Químicos

Fabricação de Produtos FarmacêuticosFabricação de Artigos de Borracha Outros Produtos não Metálicos - Cerâmica Fabricação de Produtos Metálicos

Fabricação de Equipamento Eléctrico Fabricação de Outro Equipamento de Transporte Fabricação de Mobiliário Reparação, manut. e instalação de máq. e equipamentosConstrução Armazenagem e Actividades Auxiliares de Transportes Actividades de Informação e Comunicação Actividades de Consultadoria

Outras Actividades de Serviços - Actividades das Organizações Associativas

Associações Regionais

Associações Diversas

Outras Actividades de Serviços Pessoais

TOTAL

ASSOCIAÇÕES

ANEFAASSIMAGRAFIPA (13 Assoc.)ANICPAICCANIRSFATPANIVEC/APIVAPICCAPSCELPAAPIGRAFAPEQFIOVDEAPIFARMAANIRPAPICERANEMMAIMMAPANIMEEAINAVAISAIMMPAPMIAICEAOPLAPIMPRENSAANETIEPROESPAÇOACL/CCIP

AIDAAIMINHOCECELOANJERECETCENTROMARCAANEPAPBELANECA

Nº EMPRESAS

902,16411,104

193025

6009,8001,3813957660017013738

1,30010,00015,000

110248

5,000126600

7N.D.8013

700

9531,600

40,000-

4,798N.D.54

5,000

112,362

Nº EMPREGADOS

N.D.N.D.

109,3593.500N.D.1,500

45,00095,00035,7673,26641,0004,8073,20010,2441,100

25,000182,467282,32332,0004,675

54,5002,200N.D.241N.D.

8,000N.D.N.D.

N.D.N.D.N.D.N.D.N.D.N.D.N.D.

7,200

996,349

V.N.(M¤)

N.D.N.D.

12,508250N.D.682

3,0003,0001,3641,6233,0001,9841,3003,244

501,35015,89025,6885,080389

2,500170N.D.64

N.D.1,80020

N.D.

N.D.N.D.N.D.N.D.N.D.N.D.

6,000

90,955

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 13

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA14

CONJUNTURAEconomia PortuguesaSituação em 2009 e perspectivas para 2010A economia portuguesa atravessa um período difícil que demorará a ultrapassar. A conjugação da crise financeira internacional com as debilidades estruturais da eco-nomia portuguesa (baixa produtividade, fraca competitividade, desemprego crescente, elevado défice externo) teve como consequências, nomeadamente, a contracção da actividade económica, o aumento do desemprego e o agravamento das finanças pú-blicas. A crise financeira internacional, além dos seus efeitos directos, também contri-buiu para a amplificação das debilidades estruturais da economia portuguesa que, em 2009, foram bem visíveis.

Uma das consequências imediatas da conjugação de efeitos atrás refe-rida (crise financeira internacional e debilidades estruturais da economia portuguesa) foi o significativo agra-vamento das finanças públicas em 2009, que ficou a dever-se não só a uma quebra das receitas fiscais su-perior à prevista, à execução de me-didas de apoio ao investimento e ao emprego e de reforço da protecção social mas, também, à frágil conso-lidação orçamental que foi feita no passado recente.Existirá forte pressão sobre as con-tas públicas (pela diminuição de re-ceitas e pelo aumento das despesas) enquanto a actividade económica não reanimar o suficiente. Sabendo que (i) as despesas públicas se ca-racterizam por uma elevada rigidez e que (ii) a aferição dos níveis “razoá-veis” de défice orçamental e de dívi-da pública se faz em percentagem do PIB, é urgente que se criem condi-ções capazes de acelerar o ritmo de criação de riqueza em Portugal. Uma das tarefas do XVIII Governo Cons-titucional, que tomou posse no dia 26/10/2009, será encontrar o mo-mento a partir do qual poderá come-çar a diminuir as medidas de estímu-lo à economia, sem que isso ponha em causa a sustentabilidade quer da própria actividade económica quer das finanças públicas, uma vez que Portugal se encontra numa situação de défice excessivo que terá de cor-rigir até 2013, conforme decisão do Conselho ECOFIN de 02/12/2009. As debilidades da economia portuguesa atrás referidas estão diagnosticadas, são bem conhecidas, são as mesmas

desde há anos e continuarão a ser as mesmas no médio/longo prazo se não forem levadas a cabo reformas estruturais que as vão mitigando no tempo. A sua não resolução condu-zirá a que Portugal demore e tenha mais dificuldade em alcançar os pa-drões de bem-estar dos países euro-peus mais desenvolvidos. A análise que se segue tem por base as Pre-visões de Outono/2009 da Comissão Europeia que foram divulgadas no dia 3 de Novembro de 2009. Será feita referência quando, num ponto específico, a fonte for outra.

SITUAÇÃO EM 2009O ano de 2009 foi, em termos mun-diais, marcado por uma recessão que

dade económica à escala global. Nos últimos anos, a economia portuguesa registou taxas de crescimento do PIB muito modestas e, desde 2002, que tem crescido abaixo quer da UE27 quer da área do euro (figura I). 2009 foi um ano particularmente difícil para a economia portuguesa. Depois da estagnação verificada em 2008, o PIB, em 2009, registou uma contrac-ção de 2.9%. No entanto, esta quebra do PIB foi, ainda assim, menos inten-sa que a verificada na UE27 (-4.1%) ou na área do euro (-4%). De acordo com o Banco de Portugal (Boletim Económico de Outono/2009), a evo-lução negativa do PIB está associa-da “a uma ligeira queda do consumo privado – marcada pela forte redução da despesa em bens duradouros – e a uma significativa diminuição do investimento e das exportações de bens e serviços, cujos efeitos na produção interna são mitigados pelo elevado conteúdo importado destas componentes”. Conforme se poderá ver pela figura II, o consumo privado deverá registar uma diminuição de 0.9%, enquanto que o investimento e as exportações deverão registar que-bras de dois dígitos: 15.2% e de 14%, respectivamente. Para além da significativa contrac-ção do PIB, a economia portuguesa

já não acontecia há várias décadas. Segundo o Fundo Monetário Inter-nacional (FMI; Outubro/2009), o PIB mundial contraiu-se 1.1%, depois de, em 2008, ter crescido 3%; 2009 foi, portanto, um ano de quebra da activi-

em 2009 caracterizou-se pelo forte aumento da taxa de desemprego que chegará a níveis históricos (figura III), devendo ultrapassar, em termos anuais, os 9% previstos pela Co-missão Europeia (refira-se que as

FIGURA IUE27, área do euro e Portugal: PIB • taxa de crescimento real (%)

Fonte • Comissão Europeia (Previsões de Outono/2009)

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 15

taxas de desemprego previstas pela OCDE e pelo FMI são de 9.2% e 9.5%, respectivamente). Os dados do Ins-tituto Nacional de Estatística (INE), disponíveis até ao 3.º trimestre de 2009, revelam uma evolução preocu-pante deste indicador (figura IV): no 3.º trimestre de 2009, a taxa de de-semprego foi de 9.8%, e a população desempregada foi estimada em 547.7 mil indivíduos.No que respeita às finanças públicas, as previsões da Comissão Europeia indicam que o défice orçamental português deverá atingir 8% do PIB em 2009 (2.7% do PIB em 2008; figura V). Assim, como em 2009 o défice orçamental ficará acima de 3% do PIB, Portugal (tal como ou-tros Estados-Membros) encontra-se numa situação de défice excessivo de acordo com o previsto no Pacto de Estabilidade e Crescimento (re-visto em 2005). Neste caso concre-to, a correcção (para que o défice orçamental fique abaixo de 3% do PIB) terá de ser feita até 2013, o que significa um ajustamento orçamental estrutural anual médio de 1.25 pontos percentuais do PIB durante o período 2010-2013. Portugal terá de apresen-tar, até 02/06/2010, a estratégia para a correcção do défice excessivo.A Dívida Pública em percentagem do PIB, que se encontrava relativamen-te estabilizada, deverá ter aumen-tado, em 2009, para 77.4% (66.3% em 2008; figura V). Neste contex-to, a quebra das receitas fiscais e o agravamento da despesa pública obrigaram o Governo a aprovar, na reunião de Conselho de Ministros de 19/11/2009, uma proposta de Lei para proceder à segunda alteração à Lei do Orçamento de Estado para 2009, tendo em vista, nomeadamente, au-mentar os limites do endividamento público. A taxa de inflação evoluiu, em 2009, em terreno negativo: as previsões da Comissão Europeia apontam para que os preços no con-sumidor registem uma variação de –1% (2.7% em 2008; ver figura VI); o andamento negativo dos preços no consumidor deveu-se, em grande parte, à redução do preço do barril de petróleo que, em 2008, atingiu eleva-dos níveis históricos (132.72 dólares

CONJUNTURA

FIGURA IIIPortugal • Taxa de desemprego (%, dados anuais)

Fonte • Comissão Europeia (Previsões de Outono/2009)

FIGURA IIPortugal • 2009: PIB (óptica da despesa) • taxa de crescimento real (%)

Fonte • Comissão Europeia (Previsões de Outono/2009)

FIGURA IVPortugal • Taxa de desemprego (%, dados trimestrais)

Fonte • INE (Estatísticas do Emprego)

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA16

CONJUNTURA

dos EUA em Julho/2008).Um dos grandes problemas actuais e futuros da economia portuguesa prende-se com o défice externo. A Comissão Europeia prevê que o dé-fice da balança corrente (i.e., défice externo) diminua de 12.1% do PIB, em 2008, para 10.2% do PIB, em 2009. No entanto, o acumular de elevados défices externos no pas-sado tem como consequência que a dívida líquida com o exterior já tenha atingido 100% do PIB.

FIGURA VPortugal • Finanças públicas (% do PIB)

FIGURA VIIPortugal: Evolução 2008-2010 • PIB (%; taxa de crescimento real), taxa de desemprego (%) e défice orçamental (% do PIB)

FIGURA VIPortugal • Taxa de inflação (%)

Fonte • Comissão Europeia (Previsões de Outono/2009)

Fonte • Comissão Europeia (Previsões de Outono/2009)

Fonte • Comissão Europeia (Previsões de Outono/2009)

Em síntese, a evolução da econo-mia portuguesa em 2009 caracteri-zou-se pela contracção do PIB, pelo agravamento da taxa de desem-prego e pelo degradar das finan-ças públicas em percentagem do PIB. Estes factos ocorreram num quadro de elevado endividamento das famílias e das empresas e de dificuldades na obtenção de crédi-to (quer pelas famílias quer pelas empresas), o que piorou a situação. No entanto, importa salientar que, em 2009, a evolução negativa dos preços no consumidor e a redução das taxas de juro trouxeram algum alívio orçamental aos agentes eco-nómicos, o que, de certa forma, permitiu mitigar as consequências nefastas de uma crise como a que foi atrás descrita. Por último, é de referir que as pre-visões económicas, quer para Por-tugal quer para o resto do mundo, que foram sendo conhecidas ao longo de 2009, eram muito mais gravosas e preocupantes no início/

meados do ano do que as divulga-das mais recentemente.

PERSPECTIVAS PARA 2010A elaboração de previsões é um exer-cício complexo que, no actual contex-to, acontece num enquadramento de elevada incerteza, pelo que é assim que devem ser lidas e interpretadas. As mais recentes previsões do FMI (Outubro/2009) apontam para um crescimento do PIB mundial de 3.1% em 2010. As Previsões de Outono/

2009 da Comissão Europeia (No-vembro/2009) indicam que, depois da forte contracção do PIB em 2009, a actividade económica na UE (e na área do euro) irá começar a recupe-rar gradualmente em 2010. Para a Comissão, a retoma prevista da acti-

vidade deve-se às melhorias do con-texto externo e das condições finan-ceiras, assim como das significativas medidas executadas em matéria de política fiscal e monetária.Segundo Joaquín Almunia, Comissá-rio para os Assuntos Económicos e Monetários, aquando da apresenta-ção das Previsões de Outono/2009, “a economia da UE está a sair da recessão. Isso deve-se, em muito, às ambiciosas medidas adoptadas por governos, bancos centrais e pela UE, que não só impediram o colapso do sistema (financeiro) como permiti-ram o arranque da recuperação”.Em relação a Portugal, a Comissão Europeia prevê uma (muito) ligeira recuperação da actividade econó-

0,0

7,7

2,7

-2,9

9,0

8,0

0,3

9,0

8,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

PIB Taxa de desemprego Défice orçamental (% PIB)

2008 2009 2010

%

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 17

CONJUNTURA

mica em 2010 (+0.3%), após uma quebra de 2,9% em 2009 (figura VII). O consumo privado e as exportações (fortemente condicionadas pela evo-lução da economia espanhola) deve-rão crescer 0.6% e 0.7%, respecti-vamente, mas o investimento deverá voltar a diminuir (-4.1%), embora de forma menos intensa que em 2009 (-14%). Em 2010, a taxa de desempre-go deverá estabilizar (figura VII), pelo que será, previsivelmente, igual à de 2009: 9% (refira-se, no entanto, que o FMI prevê uma taxa de desempre-go de 10.1%). O défice orçamental em percentagem do PIB deverá ser, em 2010, igual ao verificado em 2009: 8% do PIB (figura VII). Em termos de dívida pública em percentagem do PIB, as previsões apontam para que, em 2010, esta continue a crescer ao situar-se em 84.6% do PIB. As pro-jecções para a taxa de inflação em 2010 são de 1.3%; é possível que o preço do barril de petróleo (que em 2009 ajudou a criar condições para a evolução negativa dos preços no consumidor) possa vir a criar algu-mas pressões inflacionistas. Quanto ao défice externo (défice da balan-ça corrente), a Comissão prevê que a correcção ocorrida entre 2008 e 2009 (de 12.1% do PIB, em 2008, para 10.2% do PIB, em 2009) não te-nha continuidade em 2010, uma vez que, nesse ano, deverá manter-se em 10.2% do PIB. Em conclusão, é esperado que 2010 seja já um ano de estabilização/cres-cimento da economia portuguesa e mundial (as previsões do início/me-ados de 2009 indiciavam que ainda fosse um ano de quebra da activida-de económica). No caso específico de Portugal, é indispensável que a confiança aos agentes económicos seja consolidada e que a política salarial a adoptar seja a adequada à realidade das empresas e à situação das finanças públicas.Para finalizar, deve ser referido que o (i) acesso ao crédito e (ii) a sua obtenção em condições menos res-tritivas que as que actualmente se verificam, são condições indispen-sáveis à rápida retoma da actividade económica. •

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA18

TECIDOEMPRESARIAL

Perfil dinâmico dasEmpresas PortuguesasEste estudo, elaborado em parceria com o Ministério da Justiça, foi realizado em Julho de 2009, tendo por base a Informação Empresarial Simplificada (IES) das empresas relativa ao ano 2008.

Q.1 Distribuição por número de empregados 2007

QUAL É A DEFINIÇÃO NA-CIONAL DE PEQUENA E MÉDIA EMPRESA (PME)?De acordo com a definição nacional (Despachos

Normativos nº 52/87, nº 38/88 e Aviso con-

stante do DR nº 102/93, Série III), são PME as

empresas que, cumulativamente, preencham

os seguintes requisitos: empreguem até 500

trabalhadores (600, no caso de trabalho por

turnos regulares); não ultrapassem 11.971.149

euros de vendas anuais; e não possuam nem

sejam possuídas em mais de 50% por outra

empresa que ultrapasse qualquer dos limites

definidos nos pontos anteriores. De notar que

nesta definição são apenas apresentados cri-

térios de classificação de pequenas e médias

empresas, não se distinguindo, de entre estas,

micro, pequenas e médias empresas. Con-

tudo, apesar de ser esta a definição em vigor

em Portugal, a verdade é que, na prática, na

maioria das situações, e designadamente para

efeitos de atribuição de incentivos no âmbito

do POE, estão a ser considerados os critérios

constantes da “definição europeia” (Reco-

mendação da Comissão (2003/361/CE, de 6

de Maio), por motivos que se prendem com

a necessidade de harmonização de conceitos

no seio da União Europeia.

QUAL A DEFINIÇÃO EUROPEIA DE MICRO, PEQUENA E MÉDIA EMPRESA (PME)?Entende-se por Micro, Pequena e Média Em-presa (PME), segundo a Recomendação da Comissão 2003/361/CE, de 6 de Maio de 2003, aquela que cumprir os seguintes requisitos, em relação ao N.º Trabalhadores, Volume de Negócios e Balanço Total:

CATEGORIA Nº TRABAL. VOL. NEG. BALANÇO

MICROEMPRESA < 10 < = 2 Milhões

de euros< = 2 Milhões

de euros

PEQUENAEMPRESA < 50 < = 10 Milhões

de euros< = 10 Milhões

de euros

MÉDIAEMPRESA < 250 < = 50 Milhões

de euros< = 43 Milhões

de euros

GRANDEEMPRESA > = 250 > 50 Milhões

de euros> 43 Milhões

de euros

A primeira constatação deste estu-do confirma uma ideia empírica: o nosso tecido empresarial é consti-tuído esmagadoramente por micro sociedades, as quais empregam em média três trabalhadores. Em concreto, existiam em Portu-

gal 371.389 empresas (n.º das que declararam rendimentos em 2008), sendo que 246.383 (87%) consti-tuem micro empresas, 41.519 pe-quenas empresas, 6.048 médias empresas e só 880 atingem a di-mensão de grandes empresas.

SEM EMPREGADOS 76.559 •

NÚMERO EMPRESAS %

MICRO 246.383 87%

PEQUENAS 41.519 11%

MÉDIAS 6.048 2%

GRANDES 880 0%

TOTAL 371.389

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 19

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA20

397.018358.645

13.9%12.6%

2.16.5

356.625435.835

12.4%15.1%

13.329.8

307.965426.771

10.7%14.3%

437.02.475,1

EMPREGO % MÉDIA DE TRAB.POR EMPRESA

755.663 26,5% 3.1

792.463 27.5% 19.0

579.722 21.0% 91.4

685.166,00 25.0% 824.5

TECIDO EMPRESARIAL

Q.2 Número de trabalhadores 2007

Q.3 Por volume de negócios

SEM EMPREGADOS

1 a 45 a 9

191.12953.055

65%19%

10 a 1920 a 49

25.75513.873

9%5%

250 a 1.000> 1.000

707173

0.2%0.1%

76.559

N.º EMPRESAS %

TOTAL DE MICROS (até 9 trab.) 244.184 84%

TOTAL DE PEQUENAS (10 a 49) 39.628 14%

TOTAL DE MÉDIAS (50 a 249) 6.305 2%

TOTAL DE GRANDES (mais de 250) 831 0.3%

TOTAL (emp. com > 1 trab.)

TOTAL

294.830

371.389

100% 2.862.584 100% 9.7

Cerca de 65% das empresas por-tuguesas (191.129) empregam até quatro trabalhadores. Em Portugal, o nº médio de trabalhadores por empresa é de 9,7. As micro socie-

Cerca de metade (52,8%) das em-presas em actividade – 149.705 empresas – realizou um volume de negócios anual inferior a 150.000 euros. Apenas 72.359 empresas (25,5% do total) declarou um vo-

dades empregam em média três trabalhadores (3,1). As PME’s são responsáveis por 75% do emprego, sendo 25% oferecido pelas Grandes Empresas.

lume de negócios superior a qui-nhentos mil euros. Se não tiver-mos em consideração o critério relativo ao número de trabalha-dores, 94% do tecido empresarial português (265.619 empresas) se-

ria considerado microempresa por apresentar uma facturação anual inferior a 2 milhões de euros. Apenas 18.017 empresas apresen-tam uma facturação anual superior a 2 milhões de euros.

149.705 52.8%

Nº EMPRESASVOLUME NEGÓCIOS %

61.572 21.7%

ATÉ 2M ¤

SUPERIOR A 2M ¤

265.619

18.017

283.636 100%

94%

6%

72.359 25.5%

TOTAL 283.636 100%

0 a 150.000¤

150.000¤ a 500.000¤

Superior a 500.000¤

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 21

TECIDO EMPRESARIAL

Q.4 Top 5 (IES por distrito) 2007

Q.5 Estrutura de capitais (capital social)

DISTRITO

1º LISBOA

2º PORTO

3º BRAGA

4º AVEIRO

5º SETÚBAL

TOP 5

Nº DE IES

106.350

65.217

26.666

24.149

22.833

245.215

%

29%

18%

7%

7%

6%

66%

Sem surpresa, Lisboa é o distrito que encabeça o top 5 dos distri-tos que acolhem mais empresas. Seguem-se os distritos do Porto, Aveiro, Braga e Setúbal.

De acordo com as declarações de rendimentos de 2008, 54% das empresas têm um capital social de apenas cinco mil euros. Mais de 215 mil empresas (76%) possuem um

capital social inferior a 25 mil eu-ros. Das 831 grandes empresas, 11% tem um capital social inferior a 100 mil euros. Valores muito baixos para volumes de negócio significativos.

= 5.000 153.647 54%

NÚMERO EMPRESASCAPITAL SOCIAL %

> 5.000 e < 25.000 61.739 22%

< 25.000 215.386 76%

> = 25.000 68.250 24%

TOTAL 283.636 100%

Q.6 Capitais alheios | EndividamentoEnsombrando ainda mais o cenário, o estudo indica que, para além da sua reduzida escala, as nossas em-presas encontram-se fortemente en-dividadas. Isto é, dispõem de capitais próprios muito reduzidos, pelo que a sua actividade está amplamente de-pendente de capitais alheios, em boa parte provenientes do sistema finan-ceiro. Por outro lado, verifica-se a constante desvalorização do capital

social das empresas, que assim per-dem liquidez e vêem os seus pro-blemas de tesouraria agravarem-se. Mais: 68.872 empresas portuguesas não só não apresentam qualquer va-lor nos seus capitais próprios como registam um saldo negativo de 9,6 mil milhões de euros. De facto, as nossas empresas en-contram-se numa situação de gran-de vulnerabilidade, uma vez que de-

pendem excessivamente de capitais alheios, as mais das vezes oriundos do sistema financeiro. Ora, numa conjuntura de retracção do finan-ciamento da banca à actividade económica, a vida destas empresas sofre um duro constrangimento, cujo desfecho pode ser a insolvên-cia, como temos constatado nos últimos tempos.

< 0 68.872 -9.660.520.559,00

NÚMERO EMPRESASCAPITAL PRÓPRIO TOTAL CAPITAL PRÓPRIO

0 > 25K 89.296 943.817.463,00

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA22

47%

2.5%

%

%

19%

14.9%

14%

28.2%

TECIDO EMPRESARIAL

Q.7 PerformanceQ.7 Comparação entre o valor da empresa no momento que foi constituída e hoje

Também numa perspectiva macro-económica é importante avaliar globalmente as grandes massas patrimoniais das empresas. Verifi-car por exemplo qual a apreciação ou depreciação dos seus Activos, dos seus Passivos, da sua per-formance económica, da sua es-trutura de capitais permanentes ou circulantes da empresa. Desta

avaliação depende, por exemplo, o seu grau de solvabilidade e de autonomia financeira Assim, em termos globais, as 282.805 PME’s existentes em Portugal, constituí-das com aproximadamente 15,1 mil milhões de euros, possuem hoje um valor de Capital Próprio de aproximadamente 1, 4 mil milhões de euros. A maior erosão de capi-

tal verifica-se nas microempresas, cujo valor total de capital próprio (235 milhões de capital próprio) representa apenas 2,5% do va-lor inicial do Capital Social. Esta erosão de capital verificou-se em 42% das PME’s. Ou seja, 119 mil empresas valem hoje, em termos de capitais próprios, menos que o seu capital social.

MICRO

MICRO

236.872

9.454.605.469¤

111.290

234.681.252¤

TOTAL

CAPITAL SOCIAL

Nº EMPRESAS

DESVALORIZAÇÃO DO CAPITAL

DESVALORIZARAM

CAPITAL PRÓPRIO

PEQUENA

PEQUENA

39.628

3.142.642.919¤

7.409

468.464.263¤

MÉDIA

MÉDIA

GRANDES

SEM EMPREGADOS

TOTAL EMPRESAS

831

71.822

355.458

6.305

2.585.865.035¤

898

730.032.139¤

282.805

15.183.113.423¤15,1 mil milhões

119.597

1.433.177.654¤1,4 mil milhões

42%

9.4%

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 23

EXPE

CTAT

IVA

SEM

PRES

ARI

AIS

201

0

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA24

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

Mundo Rural lado a lado com o progresso

Pedro Serra RamosPresidente da Direcção da ANEFA

Depois da anunciada crise que abalou toda a economia mundial, o ano que se avizinha, é visto como decisivo para o estado da economia nacional, reflectindo-se em todos os sectores incluindo a Floresta, a Agricultura e o Ambiente. A expec-tativa em que se encontra o Mundo Rural deverá funcionar como um “motor”, uma força suplementar de quem continua a acreditar que é possível. A situação vivida nos últimos anos em Portugal vem co-locar em definitivo a necessidade do País reflectir e definir o que pretende com grande parte do seu território, tendo em vista o peso da floresta e da agricultura na quali-dade de vida, na satisfação das po-pulações e na economia.Há por isso que encarar o hoje, o amanhã e o futuro próximo como grandes oportunidades de desenvol-vimento e investimento, que trazem um alento novo, face a um passado gritante e desmotivador.Inicia-se assim em 2010 um novo período de mudança para o sec-tor primário, onde a realização de projectos e a aplicação directa de

incentivos, são tidas como oportu-nidades de introduzir uma dinâmica alternativa ao desenvolvimento e valorização da floresta e agricultura. Olhemos então para o mundo rural pelo seu valor ambiental, social e económico. Emprego, investimento e riqueza, enaltecendo uma pers-pectiva construtiva com que deve ser encarado e gerido.Com uma expressão inigualável, a floresta e a agricultura tendem a ser apenas notícia na época dos fogos ou pela permanente subsídio dependência, sendo que se torna urgente uma tomada de consciên-cia de que a importância destes sectores deve sim ser realçada, mas pela quantidade de postos de trabalho associados, pela contribui-ção para o PIB nacional, pelo seu papel no combate à desertificação e pelo seu valor ambiental e social.Para uma floresta e agricultura de futuro é necessário imprimir com-petitividade aos sectores e fileiras que as caracterizam, com a criação de nichos de mercado, diferencia-ção da oferta e aposta na qualidade e nas novas tecnologias. A especia-

lização de produtos e serviços, com particular destaque para a qualida-de e sustentabilidade social e eco-nómica das áreas rurais, a qualifi-cação dos recursos humanos, a e inovação organizacional são pontos essenciais que deverão ser apro-veitados e articulados de forma a materializar soluções adequadas, ultrapassando a conhecida instabi-lidade que qualifica a agricultura, a floresta e os territórios rurais em Portugal.É necessário conhecer bem as in-terfaces da agricultura e floresta portuguesa. Uma vertente de co-operação e uma estratégia de ma-rketing, através do estabelecimen-to de parcerias entre empresas e entidades do sector, a adopção de tecnologias e o aproveitamento da gestão empresarial, são factores que poderão ditar toda a diferença nas dinâmicas da gestão territorial, nas implicações e contributos para a gestão ambiental, e na importân-cia para o desenvolvimento econó-mico, de investimento e fiscal. Ou seja, é urgente definir e enquadrar o mundo rural no desenvolvimento, discutindo o papel a desempenhar pelos produtores, Estado, empre-sas e indústria. •

AN

EFA

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 25

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

Em vez de falar de expectativas prefiro falar sobre o que fazer, pois as minhas expectativas para 2010 são de facto muito pessimistas, a não ser que algo mude na nos-sa dinâmica de fazer as coisas. E é por isso que Portugal precisa de retomar uma trajectória de cresci-mento sustentado, de convergên-cia com os parceiros europeus, de maior participação no processo de globalização. Para isso, é essen-cial uma nova dinâmica de expor-tação de bens e serviços, assente na melhoria de produtividade e na alteração do padrão de especializa-ção no sentido de incorporação de maior valor acrescentado, reflec-tindo esforços sérios de inovação e progresso tecnológico. Este per-fil de crescimento, assente numa nova dinâmica produtiva e em ino-vações empresariais apoiadas por políticas públicas orientadas para um ambiente propício aos negó-cios e à inovação, permitirá com-bater o desemprego e reduzir as desigualdades sociais. Assim, será necessário um verdadeiro pacto económico, assente num contrato

Miguel GoulãoVice-Presidente da ASSIMAGRA

de confiança entre o Estado, os em-presários e os trabalhadores, com regras claras, objectivas, estáveis e concorrenciais, que permitirão relançar o investimento, moderni-zar as estruturas produtivas, criar condições para mobilizar iniciativas empresariais inovadoras, qualificar os portugueses e fomentar uma so-ciedade baseada no conhecimento e inovação, em suma criar riqueza.A nossa estratégia de crescimen-to para a próxima década requer, antes de mais, ganhar a confiança dos portugueses no País e no seu futuro, para fazer face aos impor-tantes desafios que enfrentamos. A resposta requer a mobilização e participação de todos. É necessário afirmar com toda a convicção que PORTUGAL PODE.Cabe, contudo, ao Estado assegurar um clima de confiança e estabilida-de, em que as iniciativas empresa-riais criadoras de riqueza e empre-go possam ser bem sucedidas. Só garantindo o crescimento da nossa economia acima dos 3%, po-deremos resolver o problema do desemprego e combater as desi-

gualdades sociais. É uma meta ambiciosa, é verdade, É por isso desde já necessário co-meçar a eliminar os factores inibi-dores da Produtividade e Competi-tividade de Portugal, definindo uma agenda clara em que:

• Na deficiente prestação de Servi-ços Públicos, se:• Melhore a prestação do Sistema Educativo;• Reforme a prestação pública nou-tras áreas críticas como a Saúde e Administração Local;• Enquadre planos e orçamentos anuais em planos a médio e longo prazo;• Introduza metas financeiras e in-dicadores de qualidade nos servi-ços públicos, responsabilizando e avaliando individualmente;• Reduza significativamente o nú-mero de funcionários públicos, através de programa de reinserção na sociedade civil.• Introduza auditorias externas pe-riódicas, por entidades nacionais e internacionais devidamente cer-tificadas, que avaliem os custos/qualidade dos serviços prestados, e façam a comparação com as melho-res práticas internacionais (“bench-marking”), dos vários órgãos/fun-ções das Administrações Públicas;

Portugal pode

ASS

IMA

GRA

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA26

• Na elevada carga fiscal, se:• Reduza a carga fiscal sobre as fa-mílias, e sobre as empresas na me-dida da fixação dos objectivos para a redução da despesa pública cor-rente primária. Em consonância, reduzir prioritariamente, desde já o IRC e o IRS, e, logo que possível, o IVA e o ISP, de forma programada;• Atribua benefícios fiscais signifi-cativos para a promoção da natali-dade a partir do nascimento do 3º filho no âmbito de medidas integra-das de apoio à família;• Defina como objectivo no IRC (in-cluindo derrama) um diferencial, favorável às empresas, face a Es-panha não inferior a dez pontos;• Reforce os estímulos fiscais à conservação da energia e defesa do ambiente a nível das empresas e famílias, no âmbito de programas específicos integrados direcciona-dos a estes objectivos;• Faça “benchmarking” permanen-te em relação à competitividade de Portugal ao seu nível de despesa pú-blica e de fiscalidade relativamente a Espanha e a um “painel” de países nossos concorrentes na atracção de poupança e investimento;

• Na fragilidade da dimensão das nossas pequenas e médias empre-sas, se:• Obrigue o Estado a elaborar um plano de pagamentos, escalonado no tempo, para saldar as dívidas do Estado aos seus fornecedores. No final desse período, as dívidas por cumprir poderão ser usadas pelas empresas como compensação das suas obrigações fiscais;

• Estabeleça a obrigatoriedade de o IVA resultante de serviços pres-tados ao Estado ser apenas pago pelas empresas após boa cobrança;• Transforme automaticamente as dívidas do Estado às empresas em títulos que possam ser por estas negociadas com terceiros, de forma a antecipar o seu recebimento;• Facilite o acesso ao crédito para investimento, tornando efectivo o acesso das PME a fundos de ga-rantia mútuos, com financiamentos públicos, através do IAPMEI e do QREN;• Incentive a criação nas pequenas e médias empresas de núcleos de investigação, desenvolvimento e inovação, dirigindo os apoios finan-ceiros à investigação e inovação para dentro das próprias empresas;

• Na capacidade de renovação do tecido empresarial, se:• Garanta o ambiente propício à atracção e fixação de investimento e talento nacional e estrangeiro;• Facilite a interligação entre Cen-tros Universitários e as Empresas e Sociedade;• Estimule às despesas de I&D ao nível empresarial, com reforço dos incentivos financeiros e fiscais;• Fomente da diversificação das fontes de energia, do desenvol-vimento endógeno das energias renováveis e do aproveitamento máximo da capacidade de energia hídrica do país hoje realizado ape-nas a cerca de 50% do potencial;• Criem incentivos específicos à fusão e cisão de empresas e ao desenvol-vimento de fórmulas de cooperação

inter-empresas, nomeadamente nos domínios da I&D e da exportação;• Facilite a internacionalização das empresas portuguesas, através do tratamento fiscal do “good-will” análogo ao espanhol, e bem assim doutras medidas de estímulo à inter-nacionalização que resultem de um “benchmarking” permanente com as melhores práticas de outros países;

• Na informalidade, se:• Simplifique o sistema e optimize a máquina de cobrança fiscal;• Aprofunde a luta permanente contra a evasão e fraude fiscal.• Desenvolva um “Portal de Procu-rement“ em que obrigatoriamente sejam registadas todas as consultas/concursos e compras/contratações da Administração Central, Autar-quias Locais e Empresas Públicas.

• Na burocracia e falta de transpa-rência nos Processos Públicos, se:• Melhore na celeridade da Justiça;• Reveja e desburocratize proces-sos essenciais de ordenamento e licenciamento do território;• Concentre atribuições dispersas em elementos agregadores regio-nais, com responsabilidades, pode-res e meios definidos;Só assim teremos um País de Fu-turo, um país de oportunidades que dê aos portugueses a possibilidade de sonhar com um futuro melhor para si e para os seus e que lhes permita encontrar a melhor forma de se realizarem pessoal e profis-sionalmente.Só assim teremos mais e melhores empresas. •

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 27

Crescimento no sector conserveiro

No ano de 2008 e em relação ao ano de 2007, as exportações de conser-vas de peixe tiveram um aumento de cerca de 8,94% em quantidade, e de cerca de 13,87% em valor, tendo a exportação de conservas atingido 22.416,3 toneladas e ¤94.627.700,00. Na verdade, as exportações de con-servas de peixe têm vindo a crescer nos últimos anos, apesar da crise.Esta tendência e aparente fenóme-no de aumento das exportações de conservas, em contra ciclo, justifica-se, quanto a nós, pelo facto de este tipo de produtos alimentares ser de muito fácil confecção, de longa dura-bilidade, sem corantes nem conser-vantes, bom para a saúde e a preços acessíveis à maioria da população.Pensamos que não obstante, a cri-se ainda se manter, no corrente ano deveremos assistir, de novo, a um aumento das exportações de con-servas ou, pelo menos, à sua esta-bilização.As nossas conservas de peixe têm uma longuíssima tradição, não só no mercado interno, mas sobretudo nos mercados internacionais, chegando

a quase todos os cantos do mundo. E pese embora a redução do núme-ro de empresas nos últimos anos no sector, a verdade é que a produção e exportação de conservas não dimi-nuíram, ou pelo menos não baixaram na mesma proporção da redução do número de fábricas.Quero isto significar que as empre-sas que hoje existem no sector são efectivamente menos do que as que existiam uns anos atrás, mas, toda-via, mais robustas económica e fi-nanceiramente. O volume de negócios do sector de-verá rondar os 200 milhões de euros ano, sendo que a produção global aponta para cerca de 50 mil tonela-das de conservas, ano.Em suma, apesar dos tempos que correm, difíceis para todos, continu-amos a acreditar no futuro desta se-cular indústria, haja a matéria-prima indispensável à laboração e a preços compatíveis com a competitividade do produto final, e não existam os entraves burocráticos de todos co-nhecidos e que tanto penalizam as empresas. •

Rúbem MaiaPresidente da ANICP

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

AN

ICP

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA28

O sector do leite tem vindo a atra-vessar – especialmente a partir de meados de 2008 - uma situação es-pecialmente crítica, a que, certamen-te, não é estranha a crise económica internacional e os seus reflexos no nosso país. Aspectos como os da quebra do consumo ou da opção dos consumidores por produtos mais económicos e de menor valor acres-centado são, infelizmente, ilustra-ções dessa situação.No entanto, há outros factores que influenciaram fortemente a situação actual. A começar pelas alterações em curso ao nível da Política Agrícola Comum, com o desmantelamento de diversos instrumentos de apoio ao sector e, especialmente, as decisões relativas à liquidação do sistema de quotas leiteiras e os aumentos de quotas aprovados para os diversos Estados-membro como mecanismo de adaptação do sector à respectiva liberalização de mercado. Essas decisões que provocaram um forte crescimento da produção leitei-ra à escala comunitária, gerando um elevado volume de excedentes, cujo escoamento tem vindo a distorcer

fortemente o funcionamento do mer-cado e a gerar uma enorme pressão sobre a produção de leite em Portu-gal, o que nos leva a recear um forte abandono produtivo, não apenas ao nível dos pequenos produtores, mas também de explorações mais bem dimensionadas e bastante competi-tivas, podendo colocar em causa o futuro aprovisionamento da nossa indústria e do mercado nacional. Entretanto, a juzante, esta crise foi fortemente agravada pela decisão de diversas cadeias de distribuição na-cionais ou a operar em Portugal de importação maciça de produtos lác-teos (especialmente leite líquido, mas também – e cada vez mais – queijos e iogurtes) para as suas marcas brancas, sendo que, em inúmeros casos, a respectiva comercialização é efectuada a preços absurdamente baixos e sem qualquer relação com os respectivos custos de produção, seja em Portugal, seja nos respecti-vos países de origem.Dessa decisão resultou não apenas a criação de um forte excedente em relação à produção nacional, como resulta também – o que é tão ou mais

grave – a destruição de valor ao lon-go de toda a fileira, arrasando com as margens de comercialização de to-dos os produtos e, por arrastamento, colocando em causa toda a produção primária, pois a mesma tem sérios problemas de escoamento e a que é escoada é paga a preços sensivel-mente inferiores aos corresponden-tes custos de produção.Relativamente ao próximo ano, as nossas perspectivas são posi-tivas, muito embora não excessi-vamente optimistas. Desde logo, pelas alterações em curso no nosso Governo e ao nível da Co-missão Europeia, com a entrada em funções de um novo Ministro da Agricultura e de um novo respon-sável (ainda não conhecido) pela pasta da Agricultura na Comissão. A actuação do Dr. Jaime Silva e da Comissária Fischer Böel não deixa-rão quaisquer saudades em nenhum dos actores da fileira do leite em Portugal. Mas, esperamos também que não seja uma mera mudança de rostos, mas que essa mudança con-substancie uma efectiva alteração de políticas, de reforço da atenção e dos apoios ao sector, na esfera nacional, e de clara inflexão das tendências excessivamente liberalizadoras do

Rui LeitePresidente de Direcção da ANIL

A importância da evolução da política comunitária para o sector

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

AN

IL

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 29

mercado lácteo europeu. Pensamos que 2010 nos poderá trazer algu-mas notícias promissoras no que se refere à definição de modelos de regulação para o mercado do leite à escala comunitária, havendo uma forte pressão de um alargado conjunto de Estados-membro (21 de 27) nesse sentido, visando, de alguma forma, inverter as decisões do chamado Health Check da PAC, adoptadas em Novembro de 2008. Refira-se que essa regulação tem vindo a ser, desde há anos, uma das principais reclamações da fi-leira do leite nacional, sendo que apenas muito recentemente o nos-so Governo resolveu defender essa linha de rumo.Também as informações relativas aos mercados internacionais do leite e produtos lácteos, seja para as commodities para incorporação industrial, seja para os produtos de grande consumo, apresentam sinais positivos, com uma sensível

melhoria das respectivas cotações, melhoria motivada, especialmente, pela retoma dos mercados lácteos dos países emergentes, com desta-que para o continente asiático.A nível nacional e seguindo uma linha de tendência já sentida em situações de mercado similares, os segmentos relativos aos produ-tos mais maduros (catalogação em que cabe a quase totalidade dos produtos lácteos) tendem a sentir os efeitos das crises económi-cas mais tarde do que os bens de maior valor ou de consumo mais imediatista, mas tendem também a reemergir dessas crises mais tardiamente do que aqueles outros produtos. Assim, apesar de ha-ver sinais de alguma recuperação económica, esses sinais ainda não chegaram de forma sustentada à grande maioria dos nossos seg-mentos de mercado, pelo que é expectável que, durante 2010, se possa verificar alguma recupera-

ção a nível do consumo. Também será de esperar uma melhoria no relacionamento entre os principais operadores do sector lácteo e as principais cadeias de distribuição a operar em Portugal, sendo que a diminuição do volume de exce-dentes existentes nos mercados lácteos do Centro e Leste Euro-peus, obrigará aquelas cadeias a regressar - quanto mais não seja, por escassez de alternativas – a um relacionamento comercial mais favorável com os operadores da fileira. A este nível, aguardamos também com elevada expectativa os resultados do estudo que está a ser desenvolvido pela Autoridade da Concorrência em Portugal (bem como o que está a ser elaborado à escala comunitária, pelo Grupo de Alto Nível para a Competitivi-dade da Indústria Agro-Alimentar) relativamente a uma maior trans-parência no relacionamento entre fornecedores e industriais. •

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA30

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

Vivemos tempos difíceis, situação que atinge os cidadãos em geral, as empresas em particular.A primeira década do novo século, segundo os últimos dados disponí-veis, a servir de amostra, não augu-raria nada de bom para este novo e, pretensamente, prometedor século XXI. Na realidade, fomos surpre-endidos por um fenómeno que, por perfeitamente previsível, mais in-compreensível se assume: a crise. Vivemos uma era na qual a difu-são e circulação da informação, de forma global, permitem um grau de conhecimento que distingue, for-çosamente, as condições em que a actual acontece, de outras, nou-tros tempos. Por isso, o ignorar dos factos, o escamotear da realidade, em nome princípios e objectivos discutíveis, foi e é de tal maneira grave, que deve servir e perdurar na memória dos homens, leia-se gestores. Em boa verdade, diz-se, é do sen-so comum, que a nossa memória é curta e a facilidade, o termo não será o mais indicado a não ser numa forma figurada, com que se antevê a ultrapassagem desta crise mundial,

Eng. Rui CarneiroPresidente de Direcção da AICC

Ano deExpectativa

é, a meu ver, preocupante no sen-tido em que poderá, como já está a acontecer, apagar rapidamente da nossa lembrança as causas que a originaram. Quanto mais curta for esta memória maior é o risco da sua repetição. Transportando-nos para a realidade do nosso país, e tornando a concen-trarmo-nos na última década, verifi-camos que, desde 2000, Portugal já atravessou uma recessão, vivemos a segunda.Temos sido incapazes, de nas úl-timas décadas, já não é de agora, criar riqueza, inverter a situação que nos arrasta, paulatinamente, para um abismo do ponto de vista económico. Vimos a marcar pas-so e sairemos da actual crise para mais uns anos de estagnação. Nem com os fundos estruturais da União Europeia conseguimos criar as condições necessárias para um crescimento sustentado e consis-tente. Impõe-se assim, a reversão da situação. Com o sacrifício de objectivos de curto prazo, com os olhos postos no futuro. Resoluções corajosas por parte dos decisores em detrimento do cumprimento de metas efémeras que mais não são do que títulos hipotecários do futu-ro. Dirão alguns, que a última grave crise, a esta comparável, ocorreu vai para oitenta anos. Certos não estaremos todos que nova e, sem dúvida, mais violenta, não demorará tanto a acontecer.É fundamental o aumento da produ-tividade. É imperioso o aumento da nossa competitividade externa. O controlo das contas públicas e in-vestimentos do Estado, numa linha de criação de postos de trabalho, deve ser de rigor e a trajectória in-sustentável das finanças públicas, decididamente, corrigida.Estão, as empresas, obrigadas a dar o seu contributo para que o nosso país entre, definitivamente, num ciclo de crescimento. A Associa-ção Industrial e Comercial do Café, representante que é dum sector não negligenciável em termos de volume de negócios no contexto da

economia nacional, tem sem dúvi-da alguma, uma responsabilidade acrescida. A sensibilização das suas associadas, a ampla discus-são que pode e deve originar no seu seio, são instrumentos que nos po-derão levar à consolidação de estra-tégias que permitam o tão desejado crescimento. Actualmente, o nosso sector atra-vessa algumas alterações pro-fundas na estrutura do seu tecido empresarial. As fusões e concen-trações ocorridas ultimamente, alteram a visão sectorial estabele-cida, com o advento de, cada vez mais, maiores empresas, com esti-los de gestão diversos. É com alguma expectativa que o sector encara o próximo ano. Se, por um lado, as dificuldades que derivam da crise económica que atravessamos, limitam o investi-mento, por outro, a assumpção de novas estratégias, novos conceitos de gestão poderão proporcionar um ano de 2010 pleno de actividade e marcante para o sector. A mudança pertinente, que a actual crise ainda não despertou no tecido empresarial tem de acontecer: são necessárias alterações nas formas de gerir, avaliar e, não esquecer, de supervisionar. Nem todas as mu-danças serão simpáticas e ou gera-doras de votos. No entanto, a rees-truturação deve ser encarada, por mais inconveniente que possa pare-cer, de forma decidida e corajosa. A manutenção de postos de trabalho sem a consequente e imprescindí-vel contrapartida produtiva assim deve ser enfrentada. Precisamos de empresa ágeis e modernas: empre-go terá de ser reflexo disso e não um obstáculo impeditivo.A responsabilidade social das em-presas estará implícita. Resolvamos com coragem e determinação o presente para construirmos solida-mente o futuro. Algo que, por siste-ma, não fazemos. A conjugação destes diferentes fac-tores, condicionaram a retoma em crescimento e a ultrapassagem das dificuldades presentes. •

AIC

C

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA32

As indústrias de bebidas refrigeran-tes, de sumos de frutos e de néctares representam aproximadamente 682 milhões de euros (2008) em ter-mos de volume de negócios, sendo responsáveis por mais de 48.000 postos de trabalho, por via directa e indirecta. É uma actividade que res-ponde a necessidades básicas das pessoas, nomeadamente ao nível da hidratação, da nutrição e do prazer. Apesar de serem múltiplos e signifi-cativos os efeitos negativos na saúde resultantes de estados de hidratação desadequados, há ainda na popu-lação portuguesa segmentos com evidentes défices de aporte hídrico. Acresce que, em Portugal, cerca de 20% das pessoas não gosta de beber água – para estas pessoas, que têm um aporte hídrico inferior às restan-tes, é fundamental que o nosso sec-tor seja dinâmico e competitivo. Mas também o é para todas as pessoas que encontram nas bebidas não alco-ólicas a satisfação de necessidades nutricionais, nomeadamente por via do seu conteúdo em fruta e vegetais. E não esqueçamos os momentos de socialização e prazer a que as nossas bebidas estão claramente associadas - são benefícios sociais gerados pelo

Paulo MarquesPresidente da ANIRSF

sector, reforçados pelo patrocínio de eventos desportivos e culturais, em que as principais marcas são muito activas.Consideramos que a competitividade do sector está muito dependente da harmonização fiscal com a vizinha Espanha. Qualquer introdução de distorções da concorrência impli-cará, quer por via de deslocalização de consumo, quer por via de impor-tações paralelas ilícitas, uma inevi-tável redução da produção e vendas em Portugal. A extensão das con-sequências é difícil de estimar, uma vez que é muito provável um efeito de “bola de neve” ruinoso para a in-dústria portuguesa do sector. De fac-to, a redução da actividade industrial e comercial em Portugal resultará na redução da escala da actividade dos operadores instalados, a qual implicará o aumento dos custos unitários (que, nesta indústria, são muito sensíveis à escala). Este au-mento determinará, devido ao facto das margens já estarem esmagadas, uma inevitável subida dos preços, tornando a indústria portuguesa ain-da menos competitiva com a espa-nhola, deslocando assim ainda mais compras para Espanha.

No âmbito da competitividade, é tam-bém muito importante que haja uma evolução significativa nas bases do relacionamento das empresas do sector com as grandes cadeias de distribuição. É necessário garantir o efectivo funcionamento de mecanis-mos de regulação e supervisão que visem prevenir situações de abuso de dependência económica face à distribuição. Por outro lado, há que eliminar todas as suspeitas sobre eventuais distorções de concorrên-cia entre as marcas próprias da dis-tribuição e as marcas de fabricante.Para a sustentabilidade do sector é ainda essencial a preservação do princípio da liberdade de escolha por parte do consumidor. Rejeitamos uma eventual visão tutelar e paterna-lista do legislador, que atrofia o sen-tido de responsabilidade das pessoas e condiciona a sua liberdade. Acredi-tamos que as pessoas sabem o que é melhor para si próprias. Entre 2003 e 2008 o contributo calórico per capita proveniente dos refrigerantes dimi-nuiu 12% em Portugal, observando-se uma crescente transferência das opções dos consumidores para be-bidas de baixas calorias. Os nossos compromissos são de manter o es-forço que vimos desenvolvendo de oferta de bebidas de baixas calorias e de investimento na sua comuni-cação de marketing, assim como de nas embalagens das nossas bebidas continuarmos a prestar uma infor-mação nutricional fácil de compre-ender. A alteração de percepções erradas sobre o sector é um enorme desafio para a ANIRSF, em particular o esclarecimento de que os refri-gerantes, que representam apenas 3% das calorias consumidas pelos portugueses, estão longe de ser um factor determinante da epidemia da obesidade em Portugal. •

Harmonização fiscal com Espanha

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

AN

IRSF

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EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

Inovação dinamiza mercado

O ano de 2009 foi caracteriza-do pelo agravamento da crise que Portugal atravessa desde há anos e pela pior crise a nível mundial des-de o fim da segunda grande guerra.Mesmo dentro deste cenário, o sector das águas minerais naturais e de nascente registou em 2009 um crescimento em volume. O crescimento deve-se, no mercado interno, ao dinamismo das marcas da distribuição. As vendas no mer-cado externo ressentiram-se da crise mundial.O crescimento de um mercado maduro passa pela inovação, es-tratégia fundamental que deve ser suportada pelas empresas e pelas marcas, de forma a manter o con-sumidor entusiasmado e em res-ponder a uma procura cada vez mais esclarecida e exigente. A ne-cessidade de conquista e entrada em novas geografias é outro dos pilares de crescimento da indústria e é sem dúvida neste particular que mais se sente a falta de iniciativa e apoio do estado.A conjuntura actual tem limita-

Otto Teixeira da CruzPresidente da APIAM

do ou mesmo impossibilitado a incorporação do aumento dos cus-tos das matérias-primas. O sector continua mesmo assim a apostar e a registar crescimentos da produ-tividade, elemento fundamental no desenvolvimento e sobrevivência da própria indústria.A rigidez da legislação laboral tem sido um entrave a um maior cresci-mento da produtividade bem como à renovação do quadro laboral.O consumidor tem vindo a aderir de uma forma consistente ao con-sumo de produtos mais naturais e saudáveis encontrando nas águas minerais naturais e de nascente a resposta perfeita a essa procura.O ano de 2010 vai ser certamente difícil do ponto de vista económi-co e com fortes repercussões ao nível social resultante do aumento da taxa de desemprego. Estes dois factores conjugados vão ter cer-tamente um impacto negativo no consumo. O consumidor tem vindo a alterar de uma forma significativa os seus hábitos de consumo, regis-tando-se uma transferência para o

consumo em casa em detrimento do consumo fora de casa.A rápida implementação das me-didas anunciadas pelo governo para fazer face a esta crise pode-rão em parte minimizar os efeitos de um abrandamento do consumo das famílias.O apoio inequívoco das entidades ao desenvolvimento da presença em novas geografias será um dos factores de crescimento que pode-rá minimizar o esperado decrésci-mo do consumo em Portugal.Os temas relacionados com o am-biente, que têm sido uma das gran-des preocupações deste sector, como sócios fundadores da So-ciedade Ponto Verde, não podem tornar-se a curto prazo num dos factores de perda de rentabilida-de e mesmo de sustentabilidade. O desconhecimento quase total do funcionamento dos Sistemas Muni-cipais (S.M.A.U.T) poderão a curto prazo inviabilizar um sistema que tanto tem contribuído para o atingir dos ambiciosos objectivos de recu-peração e reciclagem. •

API

AM

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA34

2010: Recuperação moderada e com riscos

Depois de dois anos difíceis, a economia mundial poderá conhe-cer, a partir de 2010, um novo ci-clo de crescimento, embora nem todos os países, e nem mesmo to-das as regiões do mundo, possam a vir beneficiar de tal mudança de tendência de igual maneira.É de esperar que os países emer-gentes reajam mais rápido que os restantes, nomeadamente a China e a Índia, que podem regressar a taxas de crescimento perto dos 9%, assim como o Brasil, todavia este com valores mais baixos, ten-do em conta a especificidade da sua estrutura económica. A Europa, no seu todo, já prevê ta-xas igualmente positivas, embora claramente mais modestas, não se excluindo que possam existir paí-ses, como a Espanha, que se man-terão ainda em recessão em 2010, necessitando de realizar dolorosos ajustamentos macroeconómicos. A Alemanha e a França, apresen-tar-se-ão como os verdadeiros motores da economia da União, crescendo mais do que a média dos países da OCDE, incluindo os próprios Estados Unidos, para cuja actividade se avançam até previ-sões contraditórias sobre o ritmo de evolução do seu PIB.

João CostaPresidente da ATP

Portugal, neste contexto, parece estar em linha com os prognósti-cos para o conjunto da Europa, po-dendo, segundo os mais optimis-tas, apresentar eventualmente um desempenho ligeiramente melhor que a média da U.E., o que seria algo absolutamente inédito desde 2001 e que poderá sugerir que o país estará novamente em conver-gência.Infelizmente, o ano de 2010 tra-rá também outras notícias menos galvanizadoras para Portugal.No plano político, a maioria re-lativa do Partido Socialista no Parlamento não é garantia de es-tabilidade política e menos ainda governativa. Se bem que não é de antever a queda do Executivo de José Sócrates durante o ano próximo, é de admitir, com gran-de probabilidade, que o mesmo não terá qualquer outra estraté-gia governativa do que seja a sua simples sobrevivência, realizando acordos tácticos à esquerda e à direita, mostrando-se errático e, eventualmente, contraditório na sua acção e acção política. As re-formas que ficaram por fazer na anterior legislatura não terão con-tinuidade e o país ficará suspenso por mais um longo período, atra-

sando a sua modernização e a sua adequação ao mundo, que, em rá-pida mutação, não espera por nin-guém, alargando o fosso entre os que se adaptam e os que persis-tem em não mudar. A continuação do crescimento do desemprego, o retorno do espectro do défice pú-blico descontrolado, a par do galo-pante endividamento externo, que estranhamente ninguém parece tomar a sério ou tornar prioritário o seu controlo, marcarão a agen-da económica do país e irão, pa-radoxalmente, paralisar a tomada de medidas indispensáveis para o relançamento da economia.Depois da crise conjuntural que, eventualmente, se esbaterá em 2010, Portugal terá de enfrentar as questões estruturais, relevantes para a competitividade da sua eco-nomia e para o desenvolvimento harmonioso e consistente da sua sociedade. A primeira década do século XXI parece ter sido um período perdi-do, no qual divergimos da Europa e dos países mais desenvolvidos, não tendo sido, igualmente, como se impunha, um tempo de inves-timento consistente nos “drives” que nos permitiriam agora recu-perar o tempo perdido.

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

ATP

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 35

Continuamos a ter um Estado so-bredimensionado para o país e as suas possibilidades, consumidor insaciável de recursos e mau re-distribuidor dos mesmos, susten-tando uma máquina administrativa ineficiente e pesada, altamente centralizada em Lisboa, que, ape-sar dos permanentes anúncios de reforma, permanece sinistra-mente igual.Do mesmo modo as reformas pre-vistas da Justiça, da Educação e de tantos outros domínios e áreas, como a legislação laboral (a mais rígida da OCDE), que, não sendo directamente relacionados com a economia, a influenciam forte-mente, continuarão adiadas, pois, se, no passado recente, as condi-ções políticas mais propícias não as facilitaram, não será agora, com equilíbrios frágeis, que serão rea-lizadas certamente.Finalmente, no que se refere ao

Sector Têxtil e Vestuário portu-guês, como actividade fortemente exportador e aberta ao exterior, o regresso do crescimento das prin-cipais economias europeias, em especial por via do consumo, terá certamente influência positiva no seu desempenho, esperando-se que permita antever uma melhor conjuntura para 2010.Contudo, há que ter em conta duas circunstâncias que podem inibir esta perspectiva positiva: a pri-meira tem que ver com o facto de o nosso principal cliente, a Espanha, que nos consome mais de 25% de tudo o que exportamos em têxteis e vestuário, continuar no próximo ano numa situação económica re-cessiva e com grande anemia no consumo privado; a segunda, com a perspectiva de que os novos e poderosos “players” do negócio, situados a Oriente, vejam as suas vantagens concorrenciais ainda

mais evidenciadas com o rescaldo da crise, fazendo desviar para aí muitos clientes e encomendas que ainda acolhíamos. O mundo pós-crise não será o regresso ao que tínhamos conhe-cido até então. Está a formar-se um novo paradigma, ainda ne-buloso, complexo e imprevisível, que carece de interpretação e de integração. Será certamente uma realidade de muitas, novas e ines-peradas oportunidades, inclusi-vamente para actividades para o Têxtil e Vestuário português, mas, da mesma forma, não terá tam-bém espaço para acomodar todos, pois só alguns terão a capacidade de enfrentar com êxito essa nova realidade, pois, parece certo que os novos desafios e problemas só poderão ser vencidos com as so-luções do futuro e, infelizmente, jamais com as que teimarmos em trazer do passado. •

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA36

Os investimentos industriais das empresas associadas da Celpa ocorridos nos últimos anos, irão posicionar o sector na vanguarda das actividades económicas na-cionais. Destacamos alguns como por exemplo a nova máquina de papel da fábrica de Setúbal (gru-po Portucel Soporcel), o aumen-to da capacidade de produção de pasta da fábrica da CELBI (Grupo ALTRI), bem como a instalação de centrais de co-geração a gás natural (RENOVA) e de biomassa, permitindo encarar o futuro com forte expectativa.É de realçar que o desempenho económico que a indústria pape-leira nacional tem vindo a alcançar é acompanhado por uma preocu-pação crescente com o ambiente, que se traduz em fortes investi-mentos (Investigação Aplicada, Suporte Tecnológico e Formação Especializada), nesta área. De fac-to, a necessidade de incorporar

José HonórioPresidente da CELPA

as questões ambientais na gestão corrente das empresas associadas da CELPA reflecte-se de várias formas, nomeadamente na me-lhoria das emissões para a água e das emissões gasosas (redução dos gases com efeito de estufa e a prevenção e combate a incêndios florestais).A CELPA, integra actualmente um dos maiores Pólos de Competitivi-dade e Tecnologia, o das Indústrias de Base Florestal - AIFF (Associa-ção para a Competitividade da In-dústria da Fileira Florestal). A acção da AIFF centra-se na pro-moção e no exercício de iniciativas e de actividades tendentes à cria-ção de um centro nacional de com-petitividade, inovação e tecnologia, de vocação internacional. Tendo presentes requisitos de qualida-de e profissionalismo, promover e incentivar a cooperação entre empresas, organizações, univer-sidades e entidades públicas, com

vista ao aumento do respectivo vo-lume de negócios, das exportações e do emprego qualificado, nas áre-as económicas associadas à Filei-ra Florestal Portuguesa.Alguns dos projectos-âncora em que A CELPA está envolvida, ao abrigo da acção da AIFF, são:• Sequenciação integral do geno-ma do sobreiro e do pinheiro bravo e continuação da investigação ge-notípica do eucalipto;• Certificação da gestão florestal sustentada e da cadeia de respon-sabilidade da indústria da fileira flo-restal e melhoria da base florestal.• Observatório dos recursos flo-restais.• Rede de I&D e inovação das in-dústrias de base florestal.• Desenvolver o Carbon Foot-print Label para produtos de base florestal.• Marketing e Internacionalização.• Educação e formação - desenvol-vimento do potencial humano. •

Posicionar o sector na vanguarda das actividades económicas nacionais

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

CELP

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 37

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

A complexidade e celeridade cres-centes que vinham caracterizando a evolução das sociedades, em todas as suas vertentes, confluíram desde 2009 para uma crise dificilmente comparável a situações anteriores, dada a multiplicidade de factores en-volvidos e a intrincada rede que os une. Hoje, os sectores e as empre-sas batem-se em cerrada competi-ção. E no momento da economia e sociedade que vivemos, só os mais bem preparados podem subsistir e progredir. A economia dá sinais de alguma recuperação, mas esta me-lhoria que não representa uma re-toma da situação que se vivia antes da crise. Neste processo, não muda seguramente tudo, mas o que muda é determinante.Para as empresas e para o nosso sector, 2010 será seguramente um ano de dificuldades. Composto es-sencialmente por micro e pequenas empresas, tal como acontece em todo o Mundo, os sectores indus-triais gráfico, de comunicação vi-sual e transformador do papel em Portugal, responsáveis por 2% do PIB, têm demonstrado uma enorme

Jaime Luciano Marques Baptista da CostaPresidente da APIGRAF

resiliência, pese embora a existência de dificuldades estruturais como a sobrecapacidade produtiva do sec-tor. Com uma aptidão comprovada para responder a qualquer desafio de produção - técnico, logístico, de prazo ou de preço - estas empresas têm avançado para a exploração de nichos de mercado e para a coopera-ção empresarial direccionada para a optimização da gestão dos recursos. O próximo ano requererá das em-presas uma reforçada convicção na viabilidade dos seus projectos de ne-gócio que lhes permita subsistirem e progredirem no mercado. A previsão de uma ligeira recuperação do PIB, com um aumento esperado abaixo de 1%, não se materializará num cresci-mento do sector, embora haja a ex-pectativa de uma estabilização das vendas face à quebra verificada em anos anteriores.Para serem bem sucedidos, os players do sector têm de prosseguir a abordagem aberta e informada das questões, a análise e ponderação dos projectos em curso, o reajustamento de rotas e opções, com um nível de reflexão e profundidade adequados à

complexidade do cenário envolven-te. De forma diversificada, todas as empresas que se possam considerar bem sucedidas no mercado têm de pautar a sua actuação por um eleva-do profissionalismo, atentas aos ob-jectivos estabelecidos e complemen-tando as necessidades detectadas com recurso a parcerias. A aposta na qualidade como pressuposto, a pro-moção da diferenciação, a orientação para os clientes e a inovação nos processos e negócios são factores distintivos que farão a diferença.Apesar de tudo, 2010 deverá ser um ano de alguma estabilização, no ce-nário de enorme incerteza que temos atravessado. A crise mundial estilha-çou os modelos de evolução que tí-nhamos por certos, abrindo espaço a novos pensamentos e ideias. Mas passada a emergência de evitar uma hecatombe económica, há espaço para aprofundar estas novas visões, que terão impacto no dia-a-dia das empresas.Em Portugal, depois da incerteza e alguma paralisia geradas pelos su-cessivos processos eleitorais, e defi-nido o novo quadro político nacional, esperamos para 2010 uma actuação responsável de todos os decisores políticos que contribua para a cria-ção de condições favoráveis para o desenvolvimento da economia e do País. É nossa expectativa que 2010 seja de facto um ano diferen-te, do qual sairemos mais fortes e competitivos, enriquecidos por esta experiência única. •

Economia dá sinais de retoma

API

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA38

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

Na comunicação conjunta da Co-missão Europeia (CE) e da Agência Espacial Europeia (ESA) sobre a Política Espacial Europeia, adopta-da a 26 de Abril de 2007, o sector Espacial define-se como um dos pilares estratégicos de desenvol-vimento da União Europeia. A im-portância do Espaço é reconhecida ao nível do desenvolvimento eco-nómico, ao nível da indepêndencia europeia relativamente às outras potências mundiais e também ao nível da segurança.A Política Espacial Europeia iden-tifica duas grandes ‘áreas’ de de-senvolvimento e consolidação, que representam os desafios gerais para os próximos anos da indústria espacial Europeia: Applications e Foundations. As Aplicações repre-sentam a chave para assegurar o máximo retorno político, económi-co e social das tecnologias espa-ciais e compreendem a Navegação por Satélite, a Observação da Ter-ra, as Comunicações por Satélite e a Segurança e Defesa. Por ou-

Grandes desafios à indústria espacial

António Neto da SilvaPresidente da ProEspaço

tro lado, a Ciência e Tecnologia, a Estação Espacial Internacional e o Acesso ao Espaço compôem o le-que da área Foundations.Nas Aplicações, destacam-se a Navegação por Satélite e a Obser-vação da Terra, por serem as áreas que dominam a actualidade ao ní-vel de grandes Programas conjun-tos ESA-CE. O programa GALILEO, cujo objectivo é o desenvolvimento do sistema global de navegação por satélite Europeu, entra agora na fase FOC – Full Operational Ca-pability, depois de alguma instabi-lidade e indefinição vivida no ano de 2007, relativamente à sua im-plementação. Nesta fase, deverá fi-car assegurada toda a estrutura de terra, a construção e lançamento dos 26 satélites necessários para completar os 30 previstos para a constelação, e a operação de todo o sistema. Depois do investimento e esforços empreendidos na fase anterior ( IOV – in-orbit validation), a fase FOC, pela sua dimensão, é aguardada pelas empresas Euro-

peias com alguma expectactiva. O mercado do desenvolvimento de novas aplicações e serviços utili-zando os sinais de navegação co-meça também a despontar, tirando partido da integridade e precisão dos sinais GALILEO face aos sis-temas já existentes. Por outro lado, a evolução do sistema GALILEO e uma nova geração de sistemas GNSS (Global Satellite Navigation Systems) estão já a ser estudados. O Programa GMES – Global Moni-toring for Environment and Secu-rity – tem como objectivo o desen-volvimento de uma infra-estrutura Europeia de Observação da Terra e serviços associados para moni-torização do Ambiente e Seguran-ça. Embora o programa utilize os satélites de detecção remota actu-almente em órbita, está já em cur-so o estudo e construção de uma nova família de satélites – os Sen-tinels. O leque de serviços iniciais do Programa está já em desenvol-vimento, em áreas como a Gestão do Território, Prevenção de Riscos

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 39

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

e Monitorização e Vigilância Marí-tima, a nível global. Serviços à es-cala local serão desenvolvidos no futuro, no seguimento do que tem vindo a ser feito no âmbito da ESA. Outra prioridade a longo-prazo relaciona-se com a componen-te Segurança do GMES, e de uma maneira geral com a utilização do Espaço em benefício da Segurança e Defesa Europeias. As tecnolo-gias espaciais são cada vez mais comuns aos domínios civil e de defesa, desempenhando um papel muito relevante na monitorização global e contínua do território e no apoio a situações de desastres, naturais ou não, e a crises humani-tárias. Os primeiros passos para a coordenação dos programas espaciais de ambos os domínios começam a ser dados agora, de maneira a identificar sinergias para o desenvolvimento de tec-nologias e produtos de uso múl-tiplo e a explorar a utilização de tecnologias civis já consolidadas no campo da segurança.

O acesso independente ao Espaço é outra das grandes prioridades do sector nos próximos anos. Se do lado institucional e político cai a responsabilidade de assegurar a continuidade e manutenção das infra-estruturas de terra (como o porto espacial Europeu na Guiana Francesa) e dos programas de lan-çadores, a indústria deve concen-trar-se em desenvolver tecnologias fiáveis e eficientes também em ter-mos de custo, de maneira a asse-gurar a competitividade do sector ao nível mundial – que é urgente, numa altura em que se começa a discutir a evolução da política in-dustrial da Agência Espacial Euro-peia e o desparecimento do retor-no geográfico.Em 2009, o mercado comercial representava cerca de 40% dos clientes da indústria espacial Eu-ropeia e os restantes 60% repre-sentavam as encomendas do sec-tor institucional (civil e de defesa). Esta forte exposição ao mercado comercial ( ao contrário do que

acontece, por exemplo, nos EUA, onde o mercado institucional pesa 90%) faz com que a indústria seja muito vulnerável às flutuações do mercado – que em 2000 sofreu uma forte queda e obrigou a uma restruturação total do sector. O aparecimento do mercado de ser-viços de Observação da Terra, Na-vegação e Telecomunicações, que começa agora a transferir tecnolo-gias inicialmente desenvolvidas no sector institucional para o sector comercial, pode mudar o panorama da indústria Espacial Europeia: é um mercado que se rege pela ca-pacidade de inovação e de explora-ção de novas oportunidades, crian-do por isso um nicho ideal para as PME’s, que actualmente empregam menos de 10% da mão-de-obra especializada deste sector. No en-tanto, o aumento do investimento público é essencial para garantir a continuidade das infraestruturas de apoio (satélites, lançadores) e a longevidade dos serviços que se querem ao serviço do cidadão. •

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA40

Contribuir para a criação de valor e riqueza

A Indústria Química Nacional espera que a crise económica tenha um fim a curto prazo, de forma a retomar o crescimento e continuar a contribuir, enquanto actor importante, para a criação de valor e riqueza, num mundo que tanto precisa e merece.Em Portugal e apesar de todo este contexto, foi concluído um projec-to iniciado há cerca de dois anos, relacionado com importantes in-vestimentos no Complexo Quími-co de Estarreja do qual estão já a resultar importantes benefícios para o país. Das conclusões do High Level Group on the Competitiveness of the Europe-an Chemicals Industry, publicadas em Fevereiro passado pela Comissão Eu-ropeia, após vários meses de trabalho dos maiores peritos do sector, entida-des patronais e sindicais, e de muitos outros parceiros, destaco três áreas de políticas que também no nosso entender devem continuar a pautar o

João Fernandes FugasPresidente da APEQ

comportamento das nossas empresas: 1. A Inovação, fundamental para o sucesso e progresso da indústria química, deve ser continuamen-te estimulada e com ela deve a indústria assumir um compromisso inalienável.

2. Por outro lado, a Inovação não pode ser totalmente conseguida sem um impulso na educação e sem uma cooperação estreita entre a indústria e as instituições académicas. Só as-sim se conseguirá uma valorização dos recursos humanos, uma melho-ria das capacidades e um aumento dos conhecimentos adquiridos.

3. Por último, realço que a indústria química é um parceiro importante para fornecer inovação e soluções para os desafios crescentes das Al-terações Climáticas, conduzindo a um futuro sustentável. •

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 41

Ligeira melhoria para 2010

Carlos CardosoPresidente da ANIMEE

A crise económica internacional co-meçou a tomar contornos no 2º se-mestre de 2008. Sabe-se a génese dos acontecimentos: uma “bolha” imobiliária no segmento de crédi-to à habitação de alto risco norte-americano, cujos efeitos negativos se transmitiram rapidamente aos sectores financeiro e económico, e mais tarde aos homólogos europeus. A globalização e elevada interdepen-dência das economias, amplificou os efeitos da crise, estendendo-a a toda a Economia Mundial.As consequências mais graves da crise estão no entanto a fazer-se sentir em 2009, com todas as eco-nomias a registarem decréscimos do PIB, excepção feita à China. Ao longo de 2009 alguns dados conjunturais têm servido de suporte à alteração das expectativas e ao ressurgir de algum optimismo: melhoria, a partir de Abril de alguns indicadores da Procura e Produção nas áreas da Indústria e Serviços (embora conti-

nuem abaixo dos níveis atingidos em 2008). Saliente-se a recuperação da procura no importante mercado automóvel, induzida por esquemas monetários de apoio à toca de au-tomóveis velhos por novos. Persis-tem no entanto ainda indicadores que mostram que o nível global da Procura permanece baixo: taxas de desemprego com tendência para crescer; índices de preços no con-sumidor com tendência para a baixa.Dirigindo mais de 80% da sua pro-dução para o exterior, canalizando mais de 75% da exportação para mercados como os do Automóvel, Tecnologias de Informação e Elec-trónica e Construção, o Sector Eléc-trico e Electrónico, foi fortemente atingido pela crise. Os mercados clientes encontram-se entre os que maior quebra da procura registaram, por estarem muito dependentes do crédito. Como se sabe, o crédito, ao longo de 2008, tornou-se cada vez mais caro e difícil de obter. Os úni-

cos segmentos de actividade a regis-tarem desempenho positivo foram: “Máquinas, Equipamentos e Apare-lhos Industriais”, “Sistemas e Apare-lhagem de Medida, Controle e Auto-mação” - por força do bom ritmo de crescimento do mercado da Energia, “Telecomunicações, Informática e Electrónica Profissional” – apenas na componente de Serviços.Eis a evolução dos principais indica-dores no período 2008-2009, sendo os dados de 2009 previsionais:

VENDAS *EXPORTAÇÃOEMPREGO

2008- 5%- 5%- 8%

2009 (p)- 30%- 35%- 10%

As previsões para 2010 apontam para ligeira melhoria face aos nú-meros do ano em curso, no pressu-posto da manutenção dos esquemas monetários, financeiros e de apoio à procura pública e privada. •

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

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IMEE

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA42

Indústria naval nacional tem vantagens competitivas

A Indústria Naval, designada por in-dústria de construção e reparação naval, inclui duas actividades de características diferentes, quer do ponto de vista de estrutura indus-trial quer do ponto de vista de mer-cado: A construção naval, actividade industrial típica e a manutenção/reparação e conversão naval, acti-vidade que deve ser tipificada como serviço industrial. A actual crise económica e finan-ceira está a provocar um profundo impacto nos estaleiros europeus e mundiais de construção naval. Esta actividade enfrenta o maior desa-fio económico de sempre, devido à conjugação da recessão económica mundial com o excesso de oferta de transporte marítimo e de constru-ção naval, este provocado por es-peculativas encomendas de navios, estimulados por um fácil acesso ao crédito. Já a reparação naval não foi tão afectada pela recessão econó-mica, mercê da característica espe-cífica desta actividade de manuten-ção, a que acresce a necessidade premente de se melhorar a opera-ção e manutenção da frota mercante mundial, por imposição de legisla-ção sobre segurança de navegação e protecção do ambiente marinho.Os estaleiros europeus cuja activi-dade se baseava na construção de navios standard, à semelhança dos estaleiros asiáticos vão ser forte-

mente afectados pela crise econó-mica, alguns dos quais também irão ser confrontados com situações de falência.O efeito da crise é bem visível nas novas encomendas de navios co-locadas nos estaleiros europeus. Segundo a CESA no final de 2008, o valor da carteira de encomendas caiu para 10.4 milhões de CGT (Com-pensated Gross Tonnage), resultado da redução de novas encomendas para 1.7 milhões de CGT inferior aos 3.9 milhões de CGT correspondente a navios concluídos neste ano.Os produtores europeus, na sua maioria, concentraram-se em ni-chos de mercado exigentes, de ele-vada tecnologia, que ainda se man-têm saudáveis e economicamente rentáveis. Contudo, a falta de finan-ciamento ao sector provocada pelo receio da banca de uma catástrofe global da indústria, pode pôr em risco o lançamento de novos pro-jectos inovadores de construção e a existência de muitos produtores europeus.Os estaleiros europeus através da CESA apelam a uma acção concer-tada a nível europeu que evite da-nos estruturais no sector em par-ticular nas empresas de dimensão PME e tecnologicamente menos evoluídas, no âmbito do projecto LeaderSHIP 2015, defendendo que seja incentivada a procura em na-

vios que necessitam de ser subs-tituídos face à sua elevada idade, a políticas de financiamento inova-doras, à defesa de uma política de concorrência equitativa e a novas formas de colaboração na inovação tecnológica. Os estaleiros euro-peus estão a procurar enfrentar os desafios postos pela crise econó-mica global, com um projecto que tem em vista combater os efeitos nefastos das alterações climatéri-cas, através da melhoria acelerada da operação e desempenho dos na-vios, no curto e médio prazo. Este projecto designado por CleanSHIP, inclui os seguintes objectivos:

• Promover a introdução da tecno-logia já existente, na construção e adaptação de navios europeus, as-sumindo assim um passo importante para navios mais limpos.• Desenvolver projectos-piloto, de tecnologias recentemente desen-volvidas que demonstrem o grande potencial de redução de emissões dos gazes de escape dos navios no futuro e médio prazo.• Focar na indústria e acelerar os projectos I&D em curso a nível na-cional e europeu.

CleanSHIP constitui uma iniciativa global e coerente, com um horizonte 5 a 7 anos que irá exigir uma estru-tura de gestão industrial dedicada. A realização do programa, vai no curto prazo, aumentar a procura de reparação naval, pela obrigação de cumprir com a directivas da EU e convenções da IMO, na área da se-gurança da navegação e protecção do ambiente marinho. Os estaleiros portugueses também estão a ser afectados pela crise, embora em menor escala que os eu-ropeus, sendo os estaleiros de pe-quena e média dimensão e em par-ticular os de construção naval pelas

Frederico SprangerPresidente da AINAVAIS

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AIN

AVA

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 43

razões já explicadas, aqueles em que o efeito é mais visível. Em 2008, os estaleiros de dimensão PME já registaram uma redução do volume de negócios, depois de um período de forte crescimento nos seis anos anteriores. Os estaleiros de grande dimensão, em 2008, ainda regista-ram um crescimento superior a 20 %, relativamente ao ano anterior. A Indústria Naval nacional tem van-tagens competitivas relativamente à maioria das indústrias transforma-doras, em particular a reparação, devido à localização geográfica pri-vilegiada; ao largo de Portugal cru-zam as principais rotas mundiais de transporte marítimo (Portugal dis-põe do maior estaleiro europeu de reparação naval).As condições climatéricas do nosso país são únicas a nível europeu para o exercício da actividade de constru-ção e reparação. Existe mão-de-obra

disponível e preparada para respon-der às solicitações do mercado.É um sector duplamente estratégico para Portugal, por proporcionar o desenvolvimento de outras indús-trias ligadas ao mar, gerador de em-prego e riqueza numa gama variada de indústrias associadas, integrador de conhecimento e alta tecnologia.Os estaleiros nacionais de maior di-mensão dispõem de infra-estruturas e capacidade tecnológica para res-ponder a mercados diversificados como o da construção de protótipos para a exploração da energia eólica no offshore e das ondas e de estalei-ros modernos que concorrem a nível mundial.O sistema de incentivos postos à disposição das empresas portu-guesas, através do QREN, não foi correctamente adequado para res-ponder à crise económica mundial, sendo manifestamente insuficiente

para permitir às PME do sector a inovação, reestruturação e moder-nização das suas infra-estruturas. É necessário um plano específico para o sector, enquadrado numa es-tratégia de eficiência colectiva para as indústrias marítimas, bem como, a transposição para o país de um Re-gime de Apoio à Inovação, aprovado pela Comissão Europeia e em vigor na maioria dos estaleiros europeus. As PME são as empresas mais vul-neráveis do sector face à crise finan-ceira e que por isso enfrentam um grande desafio. Num levantamen-to feito ao sector em 2007 foram identificados os constrangimentos à sua competitividade, os quais foram apresentados superiormente aos responsáveis políticos que tutelam o sector. Estes constrangimentos im-pedem que o sector goze de condi-ções equitativas de concorrência no mercado internacional. •

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA44

São agora conhecidas as expecta-tivas macroeconómicas de Outono para a economia portuguesa em 2010. Como já supúnhamos, estas previsões confirmam que Portugal e as suas empresas aguentaram, com muita dificuldade, a crise em 2009 (a recessão foi menor do que em outros países, e situou-se dentro das previ-sões da OCDE) mas vamos demorar mais a sair dela. A queda acentuada que se tem vindo a verificar nas vendas fará com que 2010 seja ainda um ano de reces-são, particularmente para o Sector das Madeiras e do Mobiliário. Este vem tendo como principal suporte do seu crescimento o aumento das exportações, principalmente para Espanha, Reino Unido e França e, em menor escala mas em forte crescen-do, Marrocos e Angola – este último apresentando oportunidades de ne-gócios bastante atractivas para as empresas portuguesas. Só que tan-to a Espanha como o Reino Unido, a França e outros países para os quais exportávamos bem (Itália, Alemanha, países do Benelux, Estados Unidos) foram severamente “castigados” pela crise internacional. Por outro lado, Angola, que é a alternativa crescente para muitas empresas, tem sofrido com a quebra nos preços do petró-leo, o que provoca alguma redução de consumo. Ou seja, os nossos mer-cados de expansão estão muito em

baixo, o que provocou, em 2009, que-bras nas vendas da ordem dos 30% no sector e verdadeiras guerras de preços, no mercado internacional, a que grande parte das empresas deste sector não pode fazer face porque trabalha com margens mais reduzidas do que as suas congéne-res espanholas, francesas, italianas, brasileiras e asiáticas. A nossa pro-dutividade ainda se situa bastante abaixo da média desses países (cerca de 30% abaixo no caso do mobiliário e cerca de metade na primeira trans-formação de madeira), além de que trabalhamos com o pinho português, uma das madeiras resinosas mais caras do mundo graças ao estado de declínio a que se deixou chegar a nossa floresta. Para 2010, é provável que ainda se verifique uma quebra maior. Mas tão grave ou mais são os enormes atrasos, ou mesmo falhas, nos recebimentos das mercadorias vendidas, aliados aos constrangimen-tos no acesso a seguros de crédito. Os graves estrangulamentos no aces-so ao crédito (pelas empresas, que o necessitam para compensar as difi-culdades nos recebimentos, e pelos particulares/consumidores) são outra das pedras no caminho das empresas do sector. Quando procuram recor-rer à Banca para financiamento às suas operações, encontram as por-tas fechadas ou um caminho longo e nem sempre fácil a percorrer. Esta situação vem acrescer a dificuldades intrínsecas deste sector, como a es-cassez de matéria-prima nacional, o aumento do preço das matérias-primas, situação agravada pela praga do Nemátodo da Madeira do Pinheiro, que não só faz aumentar os custos de produção devido às exigências de tratamento, como afecta seriamente a imagem dos produtos portugueses de madeira no estrangeiro.Como resultado, as empresas estão descapitalizadas, sem fundo de ma-neio, sem capacidade para investir e com dificuldades para manter a labo-ração “normal”. Não é, portanto, uma altura para grande optimismo: o que esperamos ver acontecer em 2010 é a inevitável falência de mais de 1000

empresas e a perspectiva, para a generalidade das empresas, de uma difícil gestão de tesouraria, planos de despedimentos ou lay-offs, com po-tencial de perda de 10.000 postos de trabalho, a redução de investimentos planeados com consequente atraso no ganho de competitividade na eco-nomia do pós-crise. Mas nem tudo é negativo. Hoje em dia, as melhores empresas do sector (aquelas que possuem alguma robustez e resiliên-cia) estão bem cientes de que o que é preciso é aguentar 2010 e sair re-forçado para a economia da retoma.No período pós-crise, acreditamos que haverá um “boom” de cresci-mento nos mercados, sobretudo em bens de longa duração que as pes-soas têm estado a evitar comprar desde há ano e meio. Mas também haverá um número menor de empre-sas a operar no mercado, fruto dos encerramentos no período de crise, pelo que aquelas empresas sofre-rão maiores dificuldades em servir o mercado. Entretanto, temos pela frente um ano de resistência e de preparação e reestruturação estraté-gica para preparar a retoma. Para que tal seja possível, temos de poder contar com uma acção go-vernativa eficaz. O PASIMM – Plano de Apoio ao Sector das Indústrias de Madeira e Mobiliário está em vigor, desde Abril, e será certamente um instrumento importante para apoiar estas empresas, desde que aplicado correctamente, nomeadamente a ní-vel de:• Garantir um adequado acesso a crédito financeiro e de seguros;• Reforçar os Capitais Próprios da empresas, apoiando iniciativas de concentração (fusões e aquisições) para ganhos de massa crítica;• Apoiar os investimentos em moder-nização, inovação e I&D para ajustar o tecido empresarial às necessidades do futuro;• Apoiar a manutenção do emprego (num contexto de crise, é o emprego a principal variável a controlar, sob pena de um colapso social) e a quali-ficação dos quadros;• Incentivar o consumo. •

Aguentar 2010 e sair reforçado para a economia da retoma

Fernando RolinPresidente de Direcção da AIMMP

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AIM

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 45

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Encarar o futuro do sector imobiliário com prudênciae flexibilidade

Num mundo, ainda, corroído por uma grave crise económica e financeira, os solavancos causados por uma lenta mu-dança civilizacional e de estilos de vida, são ainda mais atribulados e incertos.É notório, que estamos a assistir à trans-formação das sociedades contemporâ-neas, a todos o níveis, económico, social, político e cultural.É, igualmente claro, que em muitos mercados a oferta é excessiva, pou-co diferenciada e, eventualmente, desadequada.Neste contexto o futuro do sector imobiliário não é linear nem fácil e precisa urgentemente de ser rein-ventado, ou numa expressão mais material, reconstruído.O traço dominante dos cenários para o futuro próximo continua a ser a neces-sidade de encontrar alternativas sus-tentáveis para a decadência do modelo de construção nova, nos subúrbios de grandes e médias cidades, que marcou os últimos 20 anos.Esse mundo ruiu, e o problema fun-damental reside na ausência de uma alternativa clara, dinâmica e vigorosa. Por tudo isto é preciso encarar o futu-ro do sector imobiliário com prudên-cia e flexibilidade.No nosso país acrescem obstáculos es-pecíficos, que vão desde a burocracia e a elevada carga fiscal à ausência de uma política de ordenamento de território com contornos definidos e rigorosos.Os empreendedores continuam a des-conhecer as regras do jogo e a depen-der do livre arbítrio de uns tantos. Este

e outros diagnósticos não implicam o baixar dos braços.Os promotores - construtores têm pers-crutado com atenção as alternativas mais lógicas , como a reabilitação urba-na e a internacionalização.Têm adequado o ritmo da sua cons-trução à realidade, têm procurado no-vas fórmulas de financiamento, têm optimizado a gestão, têm investido na formação e no conhecimento, têm procurado abrir-se a outros grupos sociais e profissionais.Tudo isto são sinais positivos de quem adopta uma atitude desafiadora face às dificuldades de conjuntura. Estamos certos de que os próximos tempos apre-sentarão sinais contraditórios e de que paralelamente à crise se visualizarão oportunidades, que consolidando-se, po-derão a médio prazo, trazer de novo ao sector imobiliário vitalidade e pujança.A construção é um vector essencial da economia portuguesa e é conheci-da a sua influência em inúmeros sec-tores de actividade.Estamos certos de que os poderes pú-blicos, mais tarde ou mais cedo, interio-rizarão esta constatação e orientarão as políticas de desenvolvimento tendo em conta esta realidade.Por outro lado, o sector da construção tem de ser analisado comparativamen-te com outras actividades económicas.Estamos convictos de que a médio prazo essa comparação se tornará mais favorável para o nosso sec-tor, atraindo de novo investidores e procura. •

Maria Teresa Ramos PintoPresidente da AICE

AIC

E

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA46

A AOPL – Associação de Operado-res do Porto de Lisboa, foi consti-tuída em 1994 com o objectivo de representar as empresas que no porto de Lisboa exercem a activi-dade de movimentação de cargas a embarcar ou desembarcar na zona portuária.Actualmente na AOPL encontram-se filiadas 4 das 7 empresas de estiva de Lisboa, as quais foram responsá-veis, em 2008, pela movimentação de cerca de 70% do total das cargas movimentadas no respectivo porto, percentagem esta que se aproxima dos 85% quando nos referimos ao movimento de contentores.A crise internacional que afec-tou a generalidade das economias, com particulares efeitos no ano de 2009, influenciou também o volu-me das mercadorias movimentadas nos portos, tanto mais que eles são responsáveis por cerca de 60% do comércio externo português.No entanto, como os últimos indica-dores económicos, veiculados pelas diferentes entidades portuguesas e internacionais apontam para a reto-ma da actividade económica, tanto em países como os Estados Unidos, Brasil, China e Índia, como na União Europeia abrem-se boas perspecti-vas de negócio para o próximo ano para o sector de actividade onde

José Joaquim Morais RochaPresidente de Direcção da AOPL

se inserem as empresas por nós representadas. Porém, a dinamiza-ção consistente dos portos, tendo em vista aumentar fortemente a competitividade do sistema portu-ário nacional, pressupõe também a tomada de um conjunto de medidas de cariz legislativo, algumas até já hierarquizadas pelo Governo no do-cumento “Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo Portuário”, tornado público no dia 15 de Dezem-bro de 2006, ao qual não foi dada devida sequência.Nestas “Orientações” encontra-se muito bem identificado não só o diagnóstico do sector marítimo-portuário, como se elegem os ob-jectivos a alcançar e se definem as acções tendentes à sua concretiza-ção.Fazendo parte integrante daquele documento e, porque directamente relacionada com os portos, releva-se a “Lei dos Portos” que se propu-nha incidir sobre:• O planeamento e sustentabilidade do sistema portuário nacional (pla-no sectorial do sistema marítimo-portuário e planos de desenvolvi-mento portuário);• Actividades desenvolvidas nas áreas do domínio público sob juris-dição portuária (operação portuária, náutica de recreio e pescas) e ou-

tras actividades portuárias não re-gulamentadas;• O trabalho portuário; • O regime dos tarifários dos portos do Continente.”Esta proposta de “Lei dos Portos” chegou a ser aprovada pelo anterior Governo (Conselho de Ministros de 30 de Abril de 2009 ) mas na nossa óptica algo tardiamente e, também por isso, não chegou a ser apre-ciada na Assembleia da República.Por outro lado aquela proposta aca-bou por deixar de fora uma matéria tão controversa quanto importante como é o regime jurídico do traba-lho portuário, afastando-se, assim, dos objectivos preconizados nas “Orientações Estratégicas”.É nossa convicção que a indispen-sável reforma do sector marítimo-portuário, pelas dificuldade e com-plexidade que envolve, deverá ser objecto de ampla discussão e de uma participação empenhada dos parceiros sociais.Queremos acreditar que o Governo agora empossado será receptivo às múltiplas vozes que defendem e preconizam a necessidade de se apostar na economia do mar e, den-tro desta, na revitalização do sector marítimo-portuário, adequando- -se, para o efeito, o respectivo en-quadramento jurídico. •

Indispensável reforma do sector marítimo-portuário

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

AOPL

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 47

Bruno BobonePresidente da ACL/CCIP

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

Ano de crescimento

As expectativas da Associação Co-mercial de Lisboa – Câmara de Co-mércio e Indústria Portuguesa são de esperança para 2010. Acreditamos que vai ser um ano de crescimento da economia a nível nacional e inter-nacional, ultrapassando a crise, com resistência às pressões para o pro-teccionismo económico e de reforço do comércio internacional.O mercado nacional não tem capaci-dade para se auto-alimentar e a in-ternacionalização é a saída para esta limitação. Existem excelentes opor-tunidades, nomeadamente em países como Angola e Brasil que estão par-ticularmente abertos à captação de investimento português. A sociedade civil estruturada tem o dever de contribuir para as soluções dos problemas críticos da sociedade e do mercado em que nos inserimos. Como Câmara de Comércio e Indús-tria Portuguesa, temos a responsa-bilidade e a missão de desenvolver iniciativas para apoiar a internacio-nalização das nossas empresas no contexto da globalização.Destacaríamos duas acções pro-movidas pela ACL-CCIP em 2009, alicerçadas no facto de sermos os representantes de duas das maiores organizações empresariais a nível mundial, a Eurochambres – Asso-ciação Europeia das Câmaras de Co-mércio – e a CCI – Câmara de Comér-cio Internacional e que acreditamos terão já frutos em 2010.Por um lado, criámos, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, e com o apoio do AICEP, o Invest Lisboa, uma estrutura de apoio à pro-moção de Lisboa como centro inter-nacional de negócios, capaz de atrair empresas e organizações. 2009 foi um ano de lançamento deste projecto

já com alguns resultados positivos e para o ano já se esperam resultados ainda mais concretos desta aposta.Por outro lado, juntámos forças à Confederação Internacional dos Em-presários Portugueses que repre-senta e promove desde 1991 as Câ-maras de Comércio Portuguesas no Mundo. Foi celebrado um acordo que prevê a participação cruzada de re-presentantes de cada uma das orga-nizações nos órgãos sociais da outra e ainda a partilha de infra estruturas e de serviços comuns. Trata-se de mais um sinal inequívoco da capaci-dade de entendimento das diversas estruturas da sociedade civil, num momento particularmente adverso da situação económica e social no nosso país. Temos esperança que o novo Gover-no possa também fazer bem o seu papel, nomeadamente ao nível do apoio à internacionalização das nos-sas empresas, concedendo incen-tivos fiscais às empresas exporta-doras; melhorando o funcionamento dos seguros de crédito; promovendo a imagem de Portugal e apoiando a participação de empresas em Pavi-lhões Nacionais presentes em gran-des Feiras Internacionais (todos os países têm grandes pavilhões nas principais feiras internacionais e Portugal está cada vez mais ausen-te), entre outras iniciativas.A economia do Mar não deve ser esquecida em 2010, pois de todos os recursos que Portugal possui para promover o seu desenvolvi-mento económico e social é, sem dúvida, aquele que maior potencial de aproveitamento tem, tanto por ser o recurso mais amplo e menos explorado, como por ser aquele que nos distingue dos restantes países

da União Europeia. Acreditamos que 2010 pode ser um ano de mudança com o lançamento do Fórum Em-presarial da Economia do Mar, na sequência do estudo “Hypercluster da Economia do Mar” promovido pela ACL-CCIP e da autoria do Professor Ernâni Lopes.Temos esperança que em 2010 seja reforçada a aposta na formação dos nossos recursos humanos, tornan-do-os cada vez mais qualificados, flexíveis e criativos e mais bem pa-gos, fazendo com que a nossa com-petitividade e a saída da crise venha cada vez menos dos nossos baixos salários (situação a ultrapassar o mais rapidamente possível) mas da capacidade das nossas pessoas.Acreditamos que em 2010 sejam tomadas medidas ao nível da fiscali-dade de forma a torná-la mais inteli-gente e com um impacto directo na competitividade das nossas empre-sas e na criação de postos de traba-lho, sem pôr em causa a necessária redução do défice público. Há que aumentar a liquidez das empresas, resolvendo nomeadamente a ques-tão do IVA e do PEC. Por outro lado, o Estado terá que começar em 2010 a honrar os seus compromissos a tempo e horas, tal como exige aos contribuintes.2010 deve ser ainda o ano da reforma do nosso sistema jurídico, que con-tinua a funcionar muito mal. Há que acabar com a vontade de tudo regula-mentar e garantir uma justiça célere e credível, o que manifestamente ac-tualmente ainda não acontece.Finalmente, deve ser feita uma apos-ta séria na reforma do sistema da educação, permitindo que as famílias possam optar pelas escolas onde querem que os seus filhos aprendam e que as escolas escolham os seus próprios projectos educativos.A ACL-CCIP completou este ano 175 anos de participação activa na vida económica da cidade de Lisboa e de Portugal. Nesta altura de difícil situação económica e financeira, é fundamental darmos o nosso contri-buto para ajudar a encontrar os fac-tores de sucesso de forma a que se concretize a esperança de 2010 ser um ano favorável ao crescimento da economia e ao desenvolvimento das empresas. •

ACL

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA48

Reforçar o Associativismo

Aproximando-nos do final do ano é altura de fazermos um balanço do mesmo, bem como perspectivarmos o próximo. O ano de 2009 ficou, sem dúvida, marcado pela crise financei-ra internacional, que teve início nos Estados Unidos da América no final de 2008, mas que rapidamente se alastrou um pouco por todo o mundo.Ao longo deste ano assistimos, qua-se que diariamente, a situações de lay-off e, em muitos casos, ao encer-ramento de empresas que, pela sua dimensão (maioritariamente micro, pequenas e médias empresas), não conseguiram ultrapassar os cons-trangimentos causados pelo estado da economia. Como consequência deste momento menos favorável, os empresários viram-se a braços com inúmeras dificuldades no acesso ao Crédito Bancário, enfrentando crité-rios de aprovação de empréstimos cada vez mais restritos, traduzindo-se nomeadamente em “spreads” mais elevados. Assistimos, igual-mente, a um abrandamento da pro-cura externa, resultado das dificulda-des sentidas pelos empresários nos processos de internacionalização, seja na emissão de vistos, seja, por exemplo, no acesso aos seguros de crédito à exportação. Todos estes factores fizeram com que o índice de confiança dos portugueses caísse,

reduzindo deste modo o investimento e a prospecção de novos mercados.No entanto, temos sido, nos últimos tempos, confrontados com informa-ções de que a crise está a dar sinais de abrandamento, tendo o cresci-mento económico apresentado valo-res positivos, se não em relação aos níveis do ano passado, pelo menos em relação aos trimestres anterio-res. Embora os indicadores sejam no sentido de uma retoma da economia, as empresas continuam a deparar-se com inúmeras dificuldades, sentindo-se completamente sufocadas e não obtendo o apoio necessário por parte do Governo.O actual Quadro Comunitário, que embora tenha apoiado já diversas empresas no desenvolvimento dos seus projectos, está ainda muito aquém das reais necessidades do nosso tecido empresarial. Este fac-tor, aliado à excessiva burocracia e aos curtos prazos para apresenta-ção de candidaturas, em muito tem penalizado e limitado o acesso aos financiamentos indispensáveis à re-novação e modernização do nosso tecido empresarial.Sendo esta, possivelmente, a última oportunidade para Portugal benefi-ciar dos fundos comunitários, con-sideramos que a sua implementa-ção deverá ser ajustada à situação excepcional que atravessamos e ter como prioridade as Pequenas e Médias Empresas, que representam 99% do nosso tecido empresarial, sendo o principal empregador nacio-nal e que têm envidado esforços no sentido de ultrapassar as inúmeras barreiras que lhes são colocadas. Não queremos com isto defender a ideia de que as empresas devem esperar e depender dos apoios co-munitários. A opção de apresentar uma candidatura deve sim responder às necessidades e interesses efecti-vos do investimento a efectuar, que deve realizar-se quer se venha a ter

o apoio ou não. Apesar do cenário económico não ser o mais favorá-vel, esta não é a hora de se cruza-rem os braços. Os períodos de crise são igualmente conhecidos pelas oportunidades que oferecem e que não devem ser descuradas. A apos-ta em novos mercados, na inovação, na investigação e desenvolvimento tecnológico e no estabelecimento de parcerias é o caminho a seguir para a sobrevivência de muitas empresas que, isoladas, dificilmente consegui-rão vingar num mercado cada vez mais competitivo.O Governo tem aqui igualmente um papel fundamental, pelo que con-sideramos que em 2010 será ne-cessário apoiar a criação de novas empresas e criar medidas concretas no incentivo ao empreendedorismo. Esperamos ainda que no próximo ano sejam tomadas medidas que melhorem a situação financeira das empresas, nomeadamente no que diz respeito ao pagamento das di-vidas do estado aos fornecedores, reembolsos do IVA nos prazos pre-vistos, tomada de decisões rápidas sobre os financiamentos (seja em relação ao QREN, seja em relação às linhas de crédito como sendo o PME Investe), entre outros.Apesar de todos estes esforços, é ainda com alguma apreensão que a AIDA pers-pectiva o próximo ano, que não será fácil, sendo necessário que Estado socorra muitas empresas e famílias em situação difícil. No entanto, acreditamos que os nossos empresários, tal como já aconteceu em outros momentos menos favoráveis, serão capazes de ultrapassar esta já tão longa crise. O tecido empresarial da região po-derá continuar a contar com o apoio da AIDA na defesa e satisfação das suas necessidades de representa-ção pró-activa, nesta época em que, mais do que nunca, se impõe o re-forço do associativismo. •

Valdemar CoutinhoPresidente da AIDA

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ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 49

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Um ano difícil

2010 será, na minha opinião, ainda mais difícil do que 2009, embora seja um ano em que se antevê uma retoma ligeira. Não obstante os indi-cadores de confiança melhorarem li-geiramente, a Economia Portuguesa está muito fragilizada e, infelizmente, assim continuará enquanto o Gover-no não perceber que as empresas – quem são quem cria emprego e riqueza, originando bens transaccio-náveis capazes de serem exportados – continuam esquecidas e a supor-tar a responsabilidade da crise. Não obstante a dinâmica de programas lançados ao abrigo do QREN ser grande, os apoios continuam a es-tar hipotecados pela falta de liquidez das empresas para fazer face aos mesmos. É verdade que a economia portuguesa é frágil mas é a realidade que temos e, por mais não ter, não há outra forma de vencer os desafios que não seja apoiar incondicional-mente as empresas.O total de acções de insolvência entre Janeiro e Setembro de 2009 apre-sentou um preocupante aumento de 56 % (3255 empresas) face a igual período de 2008 (2088 empresas). Se detalharmos esta percentagem, verificamos que esta é uma média de quatro tipos de insolvência: as De-claradas (pelo Tribunal) aumentaram 40,6 %; as Apresentadas (a pedido

das próprias empresas) aumentaram 95,8%; as Requeridas (por pessoas ou entidades externas às empresas) aumentaram 44,1%; e os Planos de Insolvência (que definem as situa-ções em que os credores aceitaram um projecto de viabilização das em-presas ou procederam à sua liqui-dação) apresentaram uma diferença de -5,2%. De notar que o número de empresas que solicitaram, por inicia-tiva própria, a Insolvência, duplicou, sendo que os pedidos de insolvência por terceiros aumentou quase 50%. Ao passo que, em contra-ciclo, os casos em que os credores aceitaram um projecto de viabilização, diminuí-ram… O que se infere é que as Pes-soas deixam de acreditar e vão de-sistindo, arrastando uma economia débil para um lado escuro onde tudo é desconfiança, pessimismo e des-motivação. Para agravar a situação, Portugal é um País com uma fraca dinâmica de renovação de empresas. É verdade que, enquanto “morre-ram” 3255 empresas entre Janeiro e Setembro de 2009, “nasceram” 23 mil outras empresas (menos quatro mil que em 2008). No entanto, se atendermos ao factor dimensão e capacidade empregadora, estes nú-meros são muito preocupantes, prin-cipalmente porque assistimos a uma grande diminuição de constituições, o que denota uma clara desistência de quem ainda nem sequer “tentou” ser empresário.2010 será também o ano em que nós, empresários, temos de convencer o Governo e toda a classe política a aceitar uma revisão do Código Con-tributivo, cuja entrada em vigor foi adiada para 2011, sob pena de se registar nesse ano um dos maiores aumentos de impostos da história económica do País. Não há dúvida de que o novo Código Contributivo, como foi publicado em Diário da Re-pública em Setembro de 2009, vai prejudicar gravemente as empresas portuguesas e a retoma económica ao impor o sério agravamento dos

António MarquesPresidente da AIMINHO

custos com a Segurança Social por parte das empresas e trabalhadores. Esta opinião é sustentada por vários estudos efectuados por fiscalistas conceituados.Apesar da prevista redução de 1% da taxa social única suportada pelas empresas, que incide sobre as remu-nerações dos trabalhadores por tem-po indeterminado, esta taxa contribu-tiva será agravada em 3% no caso de contratos celebrados a termo. Dada a realidade portuguesa, esta medida será altamente penalizante para a economia nacional, quer pelos cus-tos futuros que advirão para a maior parte das empresas quer pelo seu efeito inibidor nas futuras contra-tações ou renovações contratuais, provocando mesmo o aumento do desemprego. O que vai acontecer é que as empresas, não podendo assu-mir compromissos (leia-se contratos sem termo), simplesmente não vão contratar, ou então vão, naturalmen-te, negociar o montante das remune-rações dos futuros contratos, o que levará a que os empregados sejam co-responsabilizados por estes no-vos encargos.Na verdade, o Estado está, mais uma vez, a penalizar as empresas numa época de grave crise económica, o que vai redundar em mais insolvên-cias e desemprego. Apesar de tudo, dos obstáculos, da crise, das falências, da redução drás-tica da criação de novas empresas, da imagem desfavorável que as pes-soas em geral têm dos empresários, não posso deixar de dizer que acredi-to no futuro. Acredito nas empresas, acredito nos empresários e na sua capacidade de continuar a construir. Acredito também que a economia vai melhorar. E porque não hei-de acre-ditar que o Governo vai olhar para o tecido empresarial e reconhecer que é preciso acarinhar e apoiar as em-presas? São estas que criam postos de trabalho e geram valor para a Eco-nomia. Espero que isso aconteça já em 2010. •

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Menos Mal

A sofisticação do mundo actual, os instrumentos ao dispor dos governos e instituições internacionais, a inte-gração em blocos regionais, como a União Europeia, criou, entre outros aspectos, a convicção generalizada de que constituíam longínquos os cenários similares à grande de-pressão que se viveu nos anos trinta do século passado.Mesmo as mais recentes crises, como nos anos noventa, atraves-sadas por algumas das economias asiáticas, que passaram num ápice do apogeu à recessão e estagnação, para surpresa dos que continuavam a prever elevadas taxas de cresci-mento para esses países, não con-stituiu indício suficiente para abalar a tese mais comummente aceite de que se dispunham nos nossos dias dos mecanismos capazes de debelar com celeridade quaisquer contratem-pos mais preocupantes na economia global. Nem sempre, porém, como se constatou, a teoria económica é per-feita. As profundas transformações à escala mundial, positivas e negativas, que vivemos nas últimas décadas, vieram ensinar-nos que também os conceitos têm de ser adaptados aos novos paradigmas, aos novos mecanismos de mercado, aos novos actores e avanços tecnológicos que certamente não pararão de nos sur-preender no futuro próximo.Recuar meros 50 anos deixa-nos perplexos com a celeridade com que se evoluiu neste meio século. Tentar avançar outros 50, sem futur-ismo, pode-nos fazer reflectir sobre as proporções dos avanços que se registarão ao nível das tecnologias, da genética, das biotecnologias, do conhecimento. Vivemos o que alguns

António Almeida HenriquesPresidente do CEC/CCIC

autores denominam “a aceleração da história” ou no conceito mais recente a “instantaneidade”, relacionada quer com o ritmo veloz dos acontecimentos dos nossos tempos, quer com a sua ocorrência e assistência em tempo real, designadamente pelo advento da internet e das comunicações móveis.Para o bem e para o mal estamos em rede, oferecem-se oportunidades in-úmeras, sociais e económicos, mas também teremos de estar preparados para enfrentar as súbitas vicissitudes da economia e das conjunturas me-nos favoráveis. No percorrer desta evolução, crises como a que actual-mente atravessamos terão novamente lugar. Os temas da recessão, estag-nação, inflação, deflação, retoma não se darão por findos dentro de algum tempo, quando as economias encon-trarem os seus períodos de acalmia e crescimento, como estes ciclos nor-malmente ditam. Trata-se, por isso, de um período excelente para debater todas estes interessantes conceitos e teses, revê-los à luz da revisão que também se dará nos diversos níveis de governância, dos poderes públi-cos, da sociedade, das empresas.Será fácil, nesse debate, optar por algumas regressões facilitistas, des-responsabilizando-nos e fazendo-nos considerar que, na outra crise que um dia há-de vir, o Estado se encarregará de tudo resolver, independentemente dos custos que tal opção acarrete para todos nós. Ao contrário, difícil consti-tuirá, sem receio e através de propos-tas concretas, sem temer a globaliza-ção das economias, das políticas e do pensamento, pugnar por nações e regiões que apostem nas pessoas e nas empresas, garantes da riqueza de um território que se pretenda compet-itivo a uma escala mundial. O exces-sivo peso do Estado fragiliza cidadãos e organizações. A sua dependência da coisa pública, designadamente no contexto em que se processa no caso do nosso país, castra a capacidade de empreender, de inovar, de participar, de formar redes. Alterar este registo é, seguramente, um dos principais desafios que teremos de enfrentar, o que implica reformas das institu-ições, dos dogmas, das mentalidades e uma atitude mais firme de cidadania e de participação. (Re) criar um Es-tado facilitador, amigável da iniciativa privada, estimulador do risco e dos desafios, que presta contas e gasta bem o nosso dinheiro, será contribuir

para um país mais moderno, mais capaz de enfrentar novos mundos e as vagas de mudanças positivas, mas também de novas crises que se proporcionarão.“Menos mal” é a forma como se vão comentando os vários indicadores nacionais e internacionais que suc-essivamente surgem. Menos mal é a forma como grande parte dos agentes do país reage, havendo mesmo quem se satisfaça e regozije com taxas que envergonhariam uma nação moderna.Muito mal é a forma como alguns per-cebem que o menos mal apregoado em nada se deve à retoma interna, mas ao efeito da retoma dos países de que a nossa economia depende.Francamente mau é o desempenho da nossa economia nos últimos anos, que afastou territórios e empresas da rota de convergência com os países mais desenvolvidos da União Europe-ia, aumentou o nosso endividamento público e externo e incrementou as desigualdades sociais e desemprego.A Região Centro de Portugal, ainda que afastada das rotas metropolita-nas e do poder, na diversidade que a marca, tem feito, contrariando a tendência nacional, um percurso e um esforço acrescentado para, a par da sustentabilidade dos seus sec-tores produtivos mais tradicionais, impulsionar a emergência de um conjunto de clusters com maior base de qualificação, inovação e tecnolo-gia, que podem assumir-se como ac-tividades motoras de um novo modelo de desenvolvimento. Esse esforço é essencialmente fruto da grande ca-pacidade empreendedora dos seus empresários, da sua vocação ex-portadora, da existência de Centros de Conhecimento e Tecnologia que estão cada vez mais próximos das nossas PME, da capacidade de esta-belecer planos de acção, metas e in-dicadores, como, sob a égide do CEC/CCIC, fizemos na última Convenção Empresarial, através do Pacto para a Nova Centralidade. Será a vontade dos nossos empresários que ditará a retoma, a convergência, um futuro competitivo para a Região de que tanto nos orgulhamos. Menos mal será que o Estado não constitua um entrave a estes desafios. •

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

CEC/

CCIC

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 51

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

2010, um compasso de espera

Apesar de alguns sinais de reto-ma (mais anunciados do que per-cepcionados), a verdade é que pairam ainda nuvens bastante ne-gras sobre o tecido empresarial português, que, como sabemos, é constituído maioritariamente por micro, pequenas e médias empre-sas. A crise mundial provocou uma forte redução da procura, designa-damente nos mercados externos, e dificuldades acrescidas no acesso ao crédito. Mas mesmo que estes problemas conjunturais sejam en-tretanto amenizados por uma maior dinâmica económica internacional, como se prevê, a verdade é que Por-tugal ainda está longe de resolver duas das suas principais debilida-des estruturais: a competitividade e o défice das contas externas. De resto, ainda é cedo para perceber como vão reagir as empresas por-tuguesas sem as medidas públicas de estímulo à economia, que não

Francisco Maria BalsemãoPresidente da ANJE

podem durar eternamente. Neste momento, a única certeza é que o plano governamental de combate à crise contribuiu para o agrava-mento das contas públicas e para uma política agressiva de despesa. Agora, um dos maiores desafios do novo Governo é, seguramente, gerar mais receita e gastar menos. Ou, eventualmente, gastar melhor. A este nível, a política de investi-mentos em grandes obras públicas suscita dúvidas mas também con-figura algumas oportunidades. Por um lado, há que ponderar a relação custo/benefício dessas obras e evitar que boa parte do crédito in-ternacional seja aplicada nos gran-des investimentos públicos, pouco sobrando para as empresas. Con-tudo, a integração na rede de trans-portes europeia é, à partida, bené-fica para as nossas empresas, que assim atenuam a sua condição ge-ográfica periférica e se aproximam

do mundo. Acresce que a política de obras públicas pode traduzir-se num reforço da competitividade da nossa economia, desde que haja in-corporação de matéria-prima, tec-nologia e capital humano nacionais nos grandes projectos – o que não é ainda seguro. Uma boa notícia é a de que a gestão do QREN está hoje centralizada no Ministério da Economia e da Inova-ção, o que permitirá, à partida, uma aplicação mais célere e eficaz dos incentivos financeiros destinados às empresas. Espera-se agora que o ministro Vieira da Silva se mostre sensível às necessidades das PME e de facto promova a modernização do nosso tecido empresarial. Para tanto, é bom saber que vai ter ao seu lado, como secretário de Es-tado da Energia e Inovação, o prof. Carlos Zorrinho, uma pessoa com grande competência técnica, vasto conhecimento das áreas que vai

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tutelar e sensibilidade para os no-vos desafios da economia nacio-nal, e o Dr. Fernando Medina, como secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento, que com ele completou uma ex-celente equipa no Ministério do Trabalho e da Segurança Social. Neste contexto, a ANJE preconiza, para 2010, um forte aposta num paradigma económico assente no capital humano e no conhecimen-to científico e tecnológico. Mas, para que a desejável transição de uma sociedade industrial para uma sociedade em rede e do conheci-mento se concretiza, são indis-pensáveis empresários adequados ao novo paradigma económico. Ou seja, que encarem o merca-do como global, sejam criativos e inovadores, dominem as TIC bem como o inglês enquanto língua franca, apostem na I&D e não es-queçam as suas responsabilidades sociais. Neste sentido, importa actuar preferencialmente junto das novas gerações, envolvendo três grandes vectores: as univer-sidades (e os centros de I&D), as empresas e as entidades promo-toras da actividade empresarial (como as associações patronais e restantes parceiros sociais, por exemplo). Do trabalho conjunto

destes três vectores pode surgir uma nova geração de empreende-dores altamente qualificada e, por isso, capaz de actuar em sectores de grande valor acrescentado, de gerar emprego qualificado e de aumentar a produtividade. Tendo em conta estas premissas, impor-ta criar em Portugal um ambiente propício ao empreendedorismo. E isso passaria por tornar o siste-ma fiscal menos pesado, complexo e instável, por um efectivo funcio-namento dos mercados (como o das telecomunicações, da energia e financeiro) para que se possa assistir a uma justa redução de custos, por uma melhor adequa-ção dos instrumentos públicos de apoio financeiro à realidade das start-ups, pela promoção de um ensino propenso à criação de uma mentalidade empreendedora, por uma maior proximidade entre universidades e empresas, por um mercado laboral mais flexível e ba-seado na meritocracia, por uma di-minuição da burocracia e por uma maior celeridade na aplicação da justiça.O empreendedorismo é sem dúvi-da a via mais expedita para gerar investimento, estimular a procura, criar postos de trabalho e aumentar a confiança dos agentes económi-

cos. As cerca de 300 mil micro, pe-quenas e médias empresas portu-guesas são responsáveis por quase 2 milhões de postos de trabalho, o que diz bem da sua capacidade para criar emprego. Logo, há uma relação directa entre o aumento de PME e a redução do desemprego. Além disso, os grandes exemplos de competitividade, inovação, cul-tura de risco e potencial de inter-nacionalização vêm, precisamente, de algumas PME que parecem ter entendido melhor os desafios da economia do conhecimento. Creio, contudo, que o Governo vai dedicar uma especial atenção à sua acção sobretudo na esfera social, procurando amenizar os efeitos da crise e do desemprego. Acresce que, sendo minoritário, o novo Executivo poderá ser ten-tado a deixar em pousio as refor-mas estruturais e a dedicar-se às questões de gestão corrente. Neste sentido, deseja-se que o Governo resista a esta tentação e retome o espírito reformador que caracterizou o início do primeiro Executivo do Primeiro-Ministro José Sócrates. Ainda assim, em 2010 prevê-se, sem um sinal forte de retoma internacional, um com-passo de espera no que às refor-mas económicas diz respeito. •

EXPECTATIVASEMPRESARIAIS 2010

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 53

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AGRICULTURAEXPLORAÇÃO FLORESTAL

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA56

Rua dos Arneiros, 72 A - C/V A, 1500-060 LisboaTel. +351 214 315 270Fax. +351 214 315 271Mail. [email protected]

A ANEFA foi constituída em Junho de 1989, então com a designação de Associação Nacional de Em-preiteiros Florestais e Agrícolas, aglutinando micro e pequenas empresas de prestação de serviços, quer em nome individual quer colectivo. Nesta primeira fase, assumiam particular destaque as empresas de empreiteiros e de alugadores de máquinas sobretudo ligadas às operações de arborização e construção e beneficiação de infra-estruturas agrárias.Já no início de 1995, face à expansão de algumas as-sociadas e à adesão de novas empresas, associa à execução de trabalhos florestais e agrícolas, a com-ponente dos serviços técnicos, nas vertentes de elab-oração de estudos e de projectos de investimento, bem como dos serviços de consultoria e assessoria técnica a agricultores e proprietários florestais.Em Setembro de 1997, a ANEFA passa oficialmente a possuir a designação de Associação Nacional de Em-presas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, passando a aglutinar os interesses de um vasto conjunto de em-presas, quer de serviços técnicos, quer de produção de plantas (viveiristas) e de trabalhos florestais, agrí-colas e de espaços verdes e jardinagem em todas as fases do ciclo produtivo, englobando ainda a transfor-mação e comercialização de produtos agrários.Com impacte ao nível do sector agrário nacional, a ANEFA mantém desde 1989 uma presença assídua nos diferentes grupos de trabalho e junto das Insti-tuições Oficiais, facto que lhe tem proporcionado in-tervir nas principais questões que respeitam às suas áreas de intervenção, quer em defesa dos interesses das empresas suas associadas quer da Floresta, da Agricultura e do Ambiente.Enquanto associação patronal, a ANEFA subscreve anualmente com o SETAA a convenção colectiva de trabalho (CCT) que vincula a actividade das empresas nela associadas. Tal convenção é posteriormente ob-jecto de extensão às relações de trabalho estabeleci-das entre entidades patronais não inscritas na ANEFA, que, na área de aplicação da CCT exerçam a actividade económica por esta abrangida e os trabalhadores ao seu serviço nas profissões aí previstas.Na qualidade de representante dos interesses das empresas dos sectores florestal, agrícola e do ambi-ente, a ANEFA está hoje envolvida nos trabalhos de múltiplos Conselhos, Comissões, Grupos de Trabalho, no âmbito do Ministério da Agricultura, Ministérios da Segurança Social e do Trabalho, da Economia e das

Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente.A ANEFA desenvolve igualmente relações muito próximas com os demais representantes dos agentes económicos envolvidos nos sectores da agricultura, florestas, desenvolvimento rural e ambiente.No plano externo, a ANEFA é membro do Conselho de Administração do CEETTAR - Confederação Euro-peia das Empresas Técnicas de Trabalhos Agrícolas e Rurais, a qual desenvolve crescentes contactos junto do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia. É ainda membro de Direcção da ENFE - Rede Europeia de Empresários Florestais.Actualmente, a ANEFA representa um universo de cerca de uma centena de micro, pequenas e medias empresas de serviços, com um volume de emprego correspondente a cerca de 9.000 postos de trabalho permanente e um volume de negócios anual superior a 500 milhões de euros.

SECTOR FLORESTAL:A floresta é uma importante fonte de riqueza para a economia nacional. O volume anual de madeira cortada ascende os 11 milhões de m3, sendo o pinheiro-bravo e o eucalipto, as duas espécies que mais contribuem para este valor (6,2 milhões de m3 e 4,5 milhões de m3 respectivamente).Dos produtos florestais não lenhosos com valor económico, destacam-se a resina e a cortiça. Portu-gal é o primeiro produtor mundial de cortiça (cerca de 160.000ton/ano), sendo o volume médio de negó-cios, aproximadamente cinco vezes superior ao dos produtos madeireiros, e mais de metade do obtido

ÁREA DE NEGÓCIO

Empreiteiros e alugadores de máquinas

Serviços técnicos

Exploração florestal

Viveiristas

ASSOCIAÇÕESANEFAAssociação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 57

no conjunto dos produtos florestais. O mel, os frutos silvestres, a castanha e o pinhão, são no entanto ex-emplo de outros produtos não lenhosos que merecem alguma evidência, representando cerca de 9% das re-ceitas anuais obtidas da floresta.

A floresta representa:38% do território nacional (cerca de 3.500.000ha)5,3% do VAB total da economia, 14% do PIB industrial, 9% do emprego industrial12% do total das exportações nacionais250.000 Trabalhadores400.000 Proprietários

SECTOR AGRÍCOLA: A agricultura nacional sofreu nas duas últimas dé-cadas uma reestruturação acentuada, sendo que em

média, a dimensão das explorações duplicou, pas-sando de 6,7 hectares para 11,4 hectares. Verificou-se em igual período um acréscimo de mão-de-obra as-salariada permanente e de produtividade do trabalho nas explorações agrícolas, com melhoria ao nível das habilitações profissionais dos próprios produtores.Actualmente a paisagem agrícola é dominada pelas pastagens permanentes, com uma aptidão orientada para a criação de bovinos para leite, gado, carne e ovinos. As terras aráveis deixaram de ser predomi-nantes na Superfície Agrícola Útil.

A agricultura representa:52% da Superfície territorial2% do VABpb Agricultura / VABpb Economia1,7% do VABpb Agricultura / PIB Economia400.000 Agricultores350.000 Explorações agrícolas

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteEng.º Gomes Aires, Silvicentro, Lda. Vice-Presidente Eng.º João Carlos Pereira, Empex, Lda.

Secretário Eng.º António Montes, O Trevo, Lda.

Conselho FiscalPresidente Eng.º Manuel Martins, Absatena, Lda.

Vogais Sr. Nuno Almeida, Maurício - LTO, Lda.

Sr. Manuel Oliveira, Socriter, Lda.

OrganizaçãoDivisões, Secções, Núcleos, Delegações

Cristina Gomes TorresTlm. 912 545 930Mail. [email protected] / [email protected]

Eng.ª Joana FariaTlm. 916 352 210Mail. [email protected] / [email protected]

Secretariado/Projecto ProNatura

Apoio Técnico/FoRural

DirecçãoPresidenteEng.º Pedro Serra Ramos, J. Serra Ramos, Lda.

Vice-Presidente Eng.º Filipe Roque, Igal, Lda.

TesoureiroSr. António Loureiro, Unimadeiras, S.A.

VogaisDr. Paulo Barbosa, Flogística, Lda.

Engº. José Luís André, Gestiverde, Lda.

Estrutura executiva

PRONATURAMais e melhor floresta para todos!O Projecto ProNatura ajuda a dar uma resposta de sustentabilidade a empresas com empenho nas áre-as de responsabilidade ambiental e social. A parceria com empresas

Nacionais e Multinacionais que desde o primeiro minuto acreditaram que era possível voltar a ter florestas, matas e espaços verdes, tem crescido todos os anos e apresen-tado sempre resultados surpreendentes.Objectivo · Contribuir para a conservação da natureza, visando a diminuição dos impactos negativos causa-do pelos fogos florestais.Descrição · Oferta de árvores a áreas que tenham sido percorridas por incêndios florestais ou com necessida-de de recuperação florestal ou ambiental. O projecto tem por base uma sólida parceria entre três Entidades:• Promotora - Anefa;• Parceira - Empresas com preocupações sociais e ambientais;• Destinatária – Áreas onde as árvores serão plantadas (Câmaras, Freguesias, Parques Naturais, etc.).www.projectopronatura.pt

ASSOCIAÇÕES

DG/SG, Direcções, ServiçosPara além da estrutura técnica e administrativa, a ANEFA desenvolveu um nú-cleo de projectos que envolvem os seus associados e a sociedade civil em geral:

FORURALA Floresta e a Agricultura do Século XXI! O Fórum dos Produtos & Servi-ços Agroflorestais – FORURAL sur-ge da necessidade de centralizar as

oportunidades que o Meio Rural oferece, tendo por base o grau de exigência e competitividade do mercado, quer ao nível da qualidade dos produtos e serviços, como da conservação e melhoria dos recursos naturais.Assentando num sistema de divulgação comercial e de internacionalização do mercado, e implementando e adequando as melhores soluções técnicas, o FORURAL apresenta um leque variado de produtos & serviços de excelência, respondendo de modo eficaz mediante os objectivos de cada cliente.Na sua estrutura técnica, comercial e administrativa in-dependente, o FORURAL permite angariar projectos e estabelecer contratos criteriosos, uma vez que incorpo-ra um universo de diversas empresas que operam nas fileiras florestal e agrícola, dotadas de equipas multi-disciplinares, com profissionais experientes e com co-nhecimento na concepção e execução de todo o tipo de projectos.www.forural.com

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 59

INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS

EXTRACÇÃO DE ROCHASORNAMENTAIS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA60

Av. Luís Camões, Fracção G12480-308 Porto Mós Tel. +351 244 491 803 Fax. +351 244 491 812 Mail. [email protected]

Rua Aristides de Sousa Mendes, 3-B1600-412 Lisboa Tel. +351 217 121 930 Fax. +351 217 121 939

Av. da Liberdade, nº 22 - 1º andar 2715-097 Pêro Pinheiro Tel. +351 219 671 775 / 219 671 871 Fax. +351 219 672 031

A ASSIMAGRA assume-se claramente com o compro-misso da sua missão enquanto visando a promoção e o reforço permanente da capacidade concorrencial da indústria portuguesa de mármores, granitos e afins, numa perspectiva de ampliação do seu recon-hecimento económico, social e cultural, fundada em princípios e valores que propiciem a sã convivência entre os seus associados, pelo que qualquer estra-tégia a implementar tem como pressuposto central a equidade no tratamento e nos esforços realizados em benefício de todos e cada um dos seus associados.Neste contexto, a missão assim assumida passa a constituir-se em configuradora dos objectivos genéri-cos da acção da ASSIMAGRA, e, por consequência matriz daqueles que balizam todas as actividades da associação.

Neste quadro, consideram-se como objectivos estra-tégicos os seguintes:• Promoção genérica do sector;• Contribuição para a criação de um clima político e económico favorável ao desenvolvimento do sector;• Dinamização da cooperação inter-empresas;• Apoio à difusão de conhecimento tecnológico uti-lizável pelo sector;• Ampliação consistente do conhecimento em mar-keting e aprovisionamento por parte do sector;• Reforço da capacidade de planeamento estratégico por parte do tecido empresarial;• Reforço da malha estruturante de apoio ao sector;• Apoio à modernização, inovação e certificação das unidades industriais;• Apoio à internacionalização do sector.

Os desideratos em apreço obrigam a que, em con-comitância, sejam desenvolvidos esforços especi-ficamente orientados (objectivos específicos) no seguinte sentido:• Reforço da proximidade aos associados;• Alargamento do leque e qualidade dos serviços prestados aos associados;• Reforço da visibilidade pública do sector;

• Promoção da dignificação do sector;• Consolidação da trajectória de evolução da associação;• Fortalecimento e consolidação da imagem da AS-SIMAGRA junto dos sócios e dos seus stakeholders;• Apoio à restruturação tecnológica do sector;• Apoio à internalização do factor ambiente e ao de-senvolvimento de soluções ecológicas;• Apoio a estratégias de efeciência energética;• Apoio à Inovação;• Sensibilização dos agentes para a incorporação do Design;• Reforço da informação às empresas.

Contudo, a problemática em causa implica entre out-ras atitudes, uma profunda mudança da mentalidade prevalecente no sector, contexto em que se afiguram como questões centrais: a formatação de estratégias consistentes para a conquista de mercados; a con-sciencialização para a necessidade de construção de vantagens concorrenciais (competitivas e compara-tivas) face aos principais concorrentes; a utilização da cooperação empresarial quer enquanto postura defensiva quer como argumento para estratégias de natureza ofensiva; a exploração consequente do know-how consuetudinário residente no sector e, fi-nalmente o posicionamento competitivo em mercados de futuro.De facto, existe um vasto leque de questões a mere-cerem uma atenção muito especial por parte de to-dos aqueles que estão efectivamente empenhados no desenvolvimento sustentável desta actividade em Portugal, facto para o qual é indispensável ter não só em conta as características genéricas do sector mas também a situação específica que cada unidade em-presarial (ou grupo destas) evidencia.Com efeito, assumindo como funções-chave da activ-idade a produção, a comercialização e o aprovisiona-mento, a atitude estratégica de reforço do sector nas suas mais diferentes vertentes passa por movimen-tos minimizadores do risco, em torno da trajectória de evolução de cada uma das funções citadas. Acresce que, tendo em conta a condição de spin-off

ASSOCIAÇÕESASSIMAGRAAssociação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 61

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA62

industrial que caracteriza uma boa parte do tecido empresarial, a evolução ao nível da qualidade/in-tensidade tecnológica tende a ser a que precede a evolução da gestão comercial da óptica de produto em direcção à óptica de marketing, para finalmente o aprovisionamento evoluir de actividade (básica) para função empresarial (complexa), definindo, neste âm-bito, uma trajectória optimizadora no quadro das múl-tiplas possibilidades oferecidas.São pois estes percursos os que a acção estratégica da ASSIMAGRA está empenhada em apoiar no que concerne ao imprescindível acréscimo de competitiv-idade empresarial determinado por factores internos às empresas.Esta perspectiva deve ser complementada pela pro-moção da utilização adequada da capacidade produ-tiva, em que o aprovisionamento ganha papel de destaque em decorrência da utilização de produtos naturais, ampliando a respectiva quota de transfor-mação por forma a garantir uma mais elevada capaci-dade de fixação de riqueza.O processo de internacionalização da indústria passa pois também pela importação de matéria-prima que preferencialmente deverá ser dirigida à exportação, sob a forma de produto final, usufruindo das vanta-gens concorrenciais que a esse nível nos oferece o mercado interno europeu.A problemática em causa é enquadrável num sistema específico de actividade que obriga a ter em conta o conjunto e as componentes que o constitui.Neste contexto, assumem a condição de factores críticos de sucesso, para este sector de actividade, os seguintes:• Qualidade da oferta• Incorporação do Ambiente como factor de sustent-abilidade• Redução da factura energética• Prazos de entrega• Preço v/s conjugação de atributos face às ofertas alternativas• Percepção de valor em termos do produto-ampliado• Transferência de valor para o cliente

• Fidelização do cliente v/s satisfação• Cooperação empresarial (procura derivada)• Vantagem apriorística pela denominação de origem• Aposta em mercados de futuro• Aproveitamento dos efeitos das economias de aglomeração• Exploração do binómio cooperação/competitividade• Capacidade prospectiva para formatação de estraté-gias empresariais consequentes• Visão dinâmica do complexo de factores de com-petitividade.

Os factores que se acabam de enunciar funcionam, no contexto do enquadramento realizado, como vec-tores-chave de orientação da actuação que a AS-SIMAGRA se propõe levar a efeito no período entre 2009 e 2013.O quadro de orientação estratégica assim definido é ainda complementado por um conjunto de questões específicas, relacionadas com algumas das fragili-dades que urge ir debelando, tendo em vista alcançar uma posição de referencia internacional para a indús-tria portuguesa da pedra.

Estão nestas circunstâncias os seguintes tópicos:• Reforço de competências distintivas face à concor-rência emergente.• Articulação das estratégias locais com a exploração global do mercado.• Fomento do espírito de participação no movimento associativo e suas realizações.• Geração de consensos em torno dos grandes objec-tivos da associação.• Estar junto dos prescritores.• Dinamizar a Inovação e o Design.• Promover o acesso a novas fontes de financiamento• Dinamização das prioridades nacionais tais como a sustentabilidade do produto e a eficiencia energética.• Dinamização e disponibilização de informação rel-evante para as actividades estratégicas do sector.Estas iniciativas são tanto mais importantes quanto maior for o nosso conhecimento da realidade o Sector.

ASSOCIAÇÕES

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

INDÚSTRIAS ALIMENTARES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA64

ASSOCIAÇÕES

Rua da Junqueira, nº 39 - Edifício Rosa 1.º piso, 1300-307 LisboaTel. +351 217 938 679Fax. +351 217 938 537Mail. [email protected]

A FIPA - Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares é hoje reconhecida como a voz institu-cional do sector agro-alimentar, o maior sector in-dustrial nacional. Tem assumido, de forma exemplar, a responsabilidade da promoção, da inovação e da competitividade do sector e participado activamente nos centros de decisão nacionais e comunitários.”A FIPA foi constituída em 1987 com a missão de rep-resentar e defender os interesses da Indústria Portu-guesa Agro-Alimentar a nível nacional e comunitário. Conta hoje, no Universo de associadas, com treze associações sectoriais, onze das maiores empresas, que integram o conselho consultivo, e quatro par-ceiros como sócios aderentes.Num primeiro ciclo de funcionamento, assumiu um papel de relevo na intervenção ao nível das negocia-ções do enquadramento legal do sector, numa fase em que o mesmo começou a afastar-se do carácter verti-cal, onde eram estabelecidos requisitos por produto, e passou a ser caracterizado por uma abrangência mais horizontal, criando regras aplicáveis a toda a Indústria alimentar. Face aos crescentes desafios que foram sendo colocados, entrou num segundo ciclo onde, às motivações anteriores, se juntaram os grandes desafios da segurança alimentar e a ne-cessidade de valorização das especificidades do mer-cado nacional e dos seus vectores de competitividade diferenciados.Consolidadas as vertentes da produtividade, quali-dade e segurança, continuamos a acompanhar as crescentes exigências dos consumidores e os mais recentes debates da sociedade, e está actualmente a explorar um terceiro ciclo de acção focalizado no im-portante papel da alimentação na promoção da saúde e do bem-estar das populações.A missão da FIPA não muda ao longo dos anos. Mu-dam os seus planos de acção e as suas prioridades, numa tentativa constante de adaptação às novas ne-cessidades das empresas e aos novos desafios que se colocam à sua competitividade.”Enquanto porta voz do sector, a FIPA tem sabido as-sumir a liderança dos processos de decisão estraté-gicos, tendo como principal objectivo contribuir para a existência de um mercado competitivo, favorável à inovação e ao desenvolvimento e, consequentemente, gerador de riqueza para o país.Identificam-se assim três grandes prioridades estra-tégicas, transversais ao plano de acções:• Reforço da confiança dos consumidores e dos par-

ceiros, baseada no diálogo, numa ciência idónea e numa aproximação equilibrada aos assuntos relacio-nados com a alimentação, estilos de vida e saúde;• Reforço da competitividade industrial, suportada por um bom funcionamento dos mercados, indo ao en-contro dos desafios da globalização e consolidando as condições para uma melhor e maior internaciona-lização;• Aumento da pró-actividade no sentido do desenvol-vimento sustentável, através de uma gestão equili-brada, suportando a criação de valor e reforçando as práticas de responsabilidade social.

VALORESO sucesso da FIPA está directamente dependente da contribuição de cada membro da nossa equipa para o compromisso colectivo. Temos orgulho em ter uma equipa de qualidade superior, motivada e leal que suporta as prioridades da Federação. Os valores da FIPA são fundamentais para a forma como é gerida e para os relacionamentos com a equipa, associados e parceiros da cadeia alimentar:

ExcelênciaEsforçamo-nos por excelência em tudo que o faze-mos para assegurar que as elevadas expectativas dos nossos associados são atingidas.Saúde e segurança no local de trabalhoPromovemos um ambiente seguro, positivo e saudáv-el no local de trabalho.IntegridadeTrabalhamos com integridade dizendo o que quer-emos dizer, consumando as promessas feitas e cum-prindo as nossas próprias políticas e práticas.AberturaDemonstramos abertura e transparência tanto nas relações exteriores como internas.RespeitoMostramos respeito e somos cooperantes com todos os parceiros.ProfissionalismoTrabalhamos de forma profissional para representar os interesses comuns dos nossos associados.Trabalho de equipaValorizamos a nossa equipa recompensando o seu desempenho e trabalhando juntos num ambiente profissional onde a diversidade, o desenvolvimento e o trabalho de equipa são altamente valorizados e reconhecidos.

FIPAFederação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 65

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteErnesto José Marques Morgado, ANIA (Associação Nacional dos Industriais de Arroz) Vice-Presidente Manuel Barata Simões, ACHOC (Associação dos Industriais de Chocolates e Confeitaria)

Secretário Fernando Rodrigues Dias Ferreira, Casa do Azeite (Associação do Azeite de Portugal)

ASSOCIAÇÕES

DirecçãoPresidenteJorge Manuel Tomás Henriques, APIAM (Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais, Naturais e de Nascente)

Vice-Presidente Rui de Castro Fontes, APIM (Associação Portuguesa da Indústria de Moagem e Massas)

Luís Mesquita Dias, APOGOM (Associação Portuguesa de Óleos e Gorduras Vegetais, Margarinas e Derivados)

VogaisJoão Alexandre Gomes Sobral Pontes, ANCIPA (Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares)

José Filipe Ribeiro dos Santos, IACA (Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais)

Cláudio Cattaneo, ANIL (Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios)

João Paulo Duque Pereira Monteiro Marques,ANIRSF (Associação Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutos)

João Alberto Pimenta de Castro Guimarães,Empresa/Personalidade: Nestlé Portugal

Tiago Leitão Santos Lima,Empresa/Personalidade: Coca-Cola

Conselho FiscalPresidenteFrancisco Manuel Ferreira Gírio, APCV (Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja)

VogaisJosé Armindo Isidoro Cabrita, DAI (Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, S.A.)

Fernando Jorge Realista Carvalho, ANID (Associação Nacional da Indústria Dietética)

Jorge HenriquesPresidente da FIPA

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA66

Director-geralPedro Queiroz

Assessoras TécnicasCatarina DiasMargarida Bento

SecretáriaErmelinda Cristina

DepartamentosAlimentação e SaúdeAmbienteFormação e ComunicaçãoPolítica Agrícola e Relações ExternasRegulamentação e Política Alimentar

A Indústria Agro-Alimentar (IAA), tendo em conta o Vol-ume de Negócios (12.500 milhões de Euros), é a maior indústria portuguesa, representando este 16% do total da indústria transformadora e 7,6% do PIB. Desta fazem parte aproximadamente 11 000 empresas e emprega cerca de 109 mil pessoas. À excepção de 2002, a indús-tria alimentar tem crescido anualmente. Na União Euro-peia a indústria alimentar é também a maior indústria e representa 14% do seu total.UMA INDÚSTRIA MUITO DIVERSIFICADAA indústria alimentar é composta por um número muito diversificado de produtos e sectores com a caracterís-tica comum de transformarem as matérias-primas em bens alimentares seguros, para os diferentes tipos de consumidores.A DIMENSÃO POR SECTORO peso dos diferentes sectores é bastante diferenciado. As bebidas, os produtos cárneos e os lacticínios são os maiores sectores e representam 46% do total. A nível europeu são também estes os maiores sectores rep-resentando 50,4% do total do volume de negócios. Os sectores que mais têm crescido são o dos produtos cár-neos (13,7% em 2004 para 15,2% em 2006), o da pesca e

* Projecção FIPA, baseada em valores do INE de 2004 a 2006.

Fonte • Instituto Nacional de Estatística (2006)

Nota • Dados de 2003 a 2006 têm como Fonte o Instituto Nacional de Estatística (INE)

* Projecção FIPA, baseada em valores do INE de 2004 a 2006.

** Projecção FIPA, considerando um crescimento de 1% em 2008, a partir da projecção para 2007

aquacultura (7,1% em 2004 para 8,0% em 2006) e o dos óleos e gorduras (5,2% em 2004 para 6,1% em 2006), este último contrariando a tendência que se vinha a verificar nos últimos anos. De acordo com as previsões da FIPA para 2007 e 2008, estas tendências de cresci-mento tendem a estabilizar. No pólo oposto encontramos os lacticínios, a transformação de cereais e os alimen-tos compostos para animais, sectores que têm sofrido um decréscimo nos últimos anos. Tendência que, de acordo com as projecções da FIPA para 2007 e 2008, se manterá. Pode ser verificado, pelo quadro seguinte, a tendência de crescimento do sector, quer em volume de negócios quer em valor acrescentado bruto quer em número de empresas. Ao contrário do que vinha sendo a tendência de decréscimo do número de trabalhadores do sector, verifica-se que quer para 2006 (dados INE) quer para 2007, ou mesmo 2008 (sendo que nestes dois últi-mos anos os valores apresentados são projecções FIPA), esta tendência está a ser contrariada.

Quem representa e quanto vale o sector

ÁREA DE NEGÓCIO

159 - Bebidas

154 - Óleos e Gorduras

152 - Pesca e Aquacultura

156 - Cereais e Leguminosas

151 - Produtos Cárneos

155 - Lacticínios

153 - Frutos e Produtos Hortícolas

157 - Alimentos compostos para animais

158 - Outros Produtos Alimentares

OrganizaçãoA FIPA tem como mais-valia a competência técnica e a compreensão dos assuntos relacionados com a indús-tria, bem como a uma atenção nas áreas políticas que têm impacte significativo na indústria, o que nos asse-gura que estamos bem posicionados para dar resposta aos nossos associados.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 67

Rua Conde São Salvador Nº 352 6º Andar Salas 26 a 30, Matosinhos, PortoTel. +351 229 375 213Fax. +351 229 375 805

A ANICP tem por objecto fundamental defender e rep-resentar os legítimos interesses comuns dos seus as-sociados nomeadamente junto de quaisquer entidades públicas ou privadas nacionais ou estrangeiras.Todas a estratégia da ANICP tem sido orientada no sentido de tentar potenciar as vendas do sector, so-bre tudo no segmento da exportação.E por isso a ANICP integra a AIPCE, Associação Eu-ropeia, com sede em Bruxelas que representa todos os produtores europeus de conservas de peixe. A ANICP é também membro fundador do CISAP (Co-mité Internacional para a Defesa das Conservas de Sardinha), grupo de pressão constituído pelos país-es produtores de conservas de sardinha da espécie “Sardina Pilchardus Walbaum” e que são Portugal, Espanha, França, Itália e Marrocos.O CISAP tem desempenhado um importante papel quer junto da Comissão Europeia, quer junto da Or-ganização Mundial do Comercio, na defesa daquela espécie que é a existente na costa portuguesa. Por outro lado e ainda a ANICP é membro funda-dor do grupo de pressão denominado “EUROATUM”, constituído pelas associações dos países produtores de conservas de atum e que são Portugal, Espanha, França e Itália. O EUROATUM, tem desenvolvido um relevante papel na defesa dos interesses da industria

e frota europeias junto quer da Comissão Europeia, quer da Organização Mundial do Comercio, nomea-damente no que respeita às tentativas liberalização das conservas provenientes dos países do extremo oriente. A ANICP ainda tem assento no Comité Con-sultivo da Pesca e Aquicultura da Comissão Europeia e faz parte da Assembleia Geral do Conselho Consul-tivo Regional Águas Ocidentais do Sul, sendo membro efectivo da Comissão de Acampamento do PROMAR em representação da industria transformadora da pesca. A ANICP tem 14 empresas de conservas de peixe suas associadas, para alem de outras empresas de sectores quer a montante, quer a jusante. O volume de negócios do sector ronda os 200 mil eu-ros, produzindo cerca de 50 mil toneladas por ano, distribuídas principalmente por três espécies a saber: sardinha, cavala e atum. A indústria conserva emprega cerca de 3000 tra-balhadores de mão-de-obra directa, sendo que é muito importante para o emprego para a frota do cerco nacional aonde adquire entre 40% a 50% da sardinha capturada.Em 2008 exportaram-se 22.416,03 toneladas de con-servas, no valor de ¤94.627.700,00, o que representa um aumento das exportações de 8,94% em quantidade e 13,87% em valor, relativamente ao ano de 2007.

Corpos Sociais

Rubem MaiaPresidente da ANICP

Presidente Empresa de Conservas de João António Pacheco, Lda;

Director Conservas Portugal Norte, Lda;

Director Fábrica de Conservas a Poveira, Lda.

Presidente Conserveira do Sul, Lda;

Vogal Cofisa, Conservas de Peixe da Figueira, SA;

Vogal Expoconser, Exportadora de Conservas, Lda.

Secretário Geral Castro e Melo

Serviços ????

Mesa da Assembleia Geral Direcção

Conselho Fiscal

Estrutura Executiva

ANICPAssociação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA68

ASSOCIAÇÕES

Rua de Santa Teresa, 2C-2º, 4050-537 PortoTel. +351 222 001 229Fax. +351 222 056 450Mail. [email protected]

A Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), tem por fim a representação legal, defesa, gestão, promoção e estudo dos interesses sócio-económicos do sector transformador do leite e lac-ticínios em Portugal. A ANIL resulta da evolução do então denominado Grémio Nacional dos Industriais de Lacticínios, constituído em 1957, na sequência da aprovação do Alvará de 30 de Novembro de 1956, do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, entidade então integrada no Ministério das Corporações e Pre-vidência Social. Por via das transformações políti-cas ocorridas em Portugal nos quentes anos de 1974 e 1975 e por força das alterações legislativas então introduzidas, o Grémio adoptou a designação de As-sociação Nacional dos Industriais de Lacticínios e a configuração que ainda hoje, em traços gerais, man-tém. A Associação congrega no seu seio empresas que produzem todos os tipos de produtos lácteos, em-presas extremamente heterogéneas no que se refere à respectiva dimensão, à forma societária que adoptam, ao tipo de produtos que laboram, ao número de refer-ências que fabricam ou aos canais de distribuição que utilizam para a comercialização dos seus produtos. Os objectivos da ANIL centram-se na defesa dos inter-esses e representação do sector, no acompanhamen-to das matérias legislativas, normativas, ambientais, económicas e técnicas que contribuam para o desen-volvimento da indústria láctea em Portugal. Cabe-lhe, ainda, zelar pela manutenção de um clima de sã con-corrência e de bom relacionamento no interior do sec-tor, desenvolvendo código de ética e adoptando acções que visem uma conduta leal no mercado.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Insti-tuto Nacional de Estatística:

N.º Empresas (2007): 440 (das quais 376 com entre 0 e 9 trabalhadores) N.º Trabalhadores (2007): 7.005Valor de Produção (2007): 1.652,1 milhões de eurosFBCF (2007): 56,3 milhões de eurosVABpm (2007): 310,0 milhões de eurosExportações (2008): 243,1 milhões de eurosImportações (2008): 470,9 milhões de eurosAutoaprovisionamento (2007): 94,4 %Aquisição de matéria-prima à produção nacional (2008): 849,7 milhões de eurosVolume de negócios sectorial estimado (2008): 1.900 milhões de euros

A ANIL possui 45 sócios efectivos e 10 sócios ader-entes. Representa mais da 90% do volume de negó-cios sectorial.Quatro empresas têm sede nos Açores e uma na Ma-deira. As restantes distribuem-se por todo o país com especial destaque para o Norte Litoral, toda a região Centro e Lisboa e Vale do Tejo.A indústria segmenta-se nos seus três grupos de produtos principais: leite, queijo e iogurte.As empresas mais importantes actuam nos segmen-tos do leite e do iogurte, sendo bastante mais nu-meroso, mas predominantemente ocupado por PMEs (com excepção da Fromageries Bel Portugal e da Lac-togal, sendo que ambas actuam igualmente noutros segmentos).

ANILAssociação Nacional dos Industriais de Lacticínios

Dr. Pedro Pimentel Secretário-geral

Eng.ª Maria Cândida Marramaque Assessora Técnica

OrganizaçãoDivisões, Secções, Núcleos, Delegações

A ANIL funciona como um corpo único, não possu-indo, formalmente, delegações, divisões, núcleos ou secções.

Estrutura executivaDG/SG, Direcções, Serviços

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 69

Corpos Sociais

Presidente Eng.ª Rosa Ivone Martins Nunes Lacticínios Halos, Lda

1º Secretário Sr. José Pedro Pinto Lactovil - Lacticínios de Trancoso, Lda

2º Secretário D. Berta Mª Bacelar de Castilho Lacticínios das Marinhas, Lda

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Eng.º Rui Manuel Martins de Almeida Leite Fromageries Bel Portugal, SA

Vice-presidente Alberto de Jesus Nunes Cardoso Lactogal - Produtos Alimentares, SA

Vogal Dr.ª Maria Clara Marquesda Cruz de Moura Guedes Abecassis Queijo Saloio - Indústria de Lacticínios, SA

Vice-presidente Eng.ª Sandra Manuela Teixeira Lopes Prolacto - Lacticínios de S. Miguel, SA

Vogal Dr. Antoni Bandres Sanchéz Danone Portugal, SA

Direcção

Conselho Fiscal

Presidente D. Maria Marcela Valente Correia de Pinho Lacticínios Maf, Lda

Vogal Eng.º António Maia de Azevedo Lemos Quinta dos Ingleses - Agro-Indústria, SA

Vogal Sr. Sebastião Domingos dos Santos Gomes Lacto Serra - Comércio e Fabrico de Lacticínios, Lda.

Secretário Dr. Cláudio Cattaneo Parmalat Portugal, SA

Tesoureiro Sr. José dos Santos SequeiraLacticínios do Paiva, SA

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA70

ASSOCIAÇÕES

R. Padre Francisco Álvares, 1 – 1º Dtº A, 1050-167 LisboaTel. +351 217 741 674 Fax. +351 217 785 344Mail. [email protected]

A AICC é uma associação patronal das empresas devi-damente licenciadas que, no território nacional, exercem a sua actividade na indústria de torrefacção, moagem e empacotamento de café, misturas e sucedâneos bem como pelas empresas que no território nacional são re-sponsáveis pelo lançamento no mercado de café, misturas, sucedâneos e solúveis, desde que exerçam essa actividade a título principal e de forma alargada através dos diferentes canais de distribuição. A Associação Industrial e Comer-cial do Café tem por fim defender os interesses das suas associadas e da indústria e comércio que representa. NA PROSSECUÇÃO DESTES OBJECTIVOS PODERÁ: Prati-car todos os actos não excluídos por lei, designada-mente, celebrar Convenções Colectivas de Trabalho;Promover a formação e aperfeiçoamento profissional dos colaboradores dos seus associados e dos clientes destes;Estabelecer as ligações ou filiações julgadas convenientes, tanto em organizações congéneres nacionais como em es-trangeiras ou internacionais, com observância dos condi-cionamentos estabelecidos na lei;Aceitar do poder executivo ou dos seus órgãos, assim como de entidades públicas ou de interesse público, a tarefa de executar missões ou de desenvolver ac-tividades reportando-se aos interesses gerais que lhe cumpre responder;PROMOVER O PRODUTO QUE REPRESENTA: o caféO acto de admissão de sócios confere a representação destes à Associação, não só para negociar e firmar Con-venções Colectivas de Trabalho, como também para todos os demais actos de interesse geral ou sectorial.ASSOCIADOS Podem ser sócios da Associação Industrial e Comercial do Café todas as entidades que, no território nacional, exerçam as actividades de torrefacção, moagem e empacotamento de café, misturas e sucedâneos bem como pelas empresas que no território nacional são re-sponsáveis pelo lançamento no mercado de café, misturas, sucedâneos e solúveis, desde que exerçam essa actividade a título principal.PODERÃO, AINDA, PERTENCER À AICC, COMO MEMBROS ALIADOS AS SEGUINTES ENTIDADES:a) os fornecedores de matéria prima;b) os fabricantes, importadores e revendedores de máqui-nas e equipamentos específicos para a indústria torrefac-tora;c) os fabricantes, importadores e revendedores de máqui-nas e equipamentos para a indústria hoteleira e similares específicos para o sector;d) todos os fornecedores e entidades directa ou indirectamente ligados com as actividades referenciadas no parágrafo anterior. Poderão ainda pertencer à AICC, como membros honorários, as entidades que, por terem prestado

relevantes serviços ao sector de actividade representado pela associação sejam, sob proposta da Direcção, admiti-dos nessa qualidade pela Assembleia Geral. Actualmente a AICC tem 30 associados.

A AICC é constituída, em termos executivos pela sua Direcção e por uma Secretária Geral. Estes órgãos são apoiados pelos Serviços Administrativos e assessorados por três Comissões Técnicas constituídas pelos colabora-dores das associadas:A Comissão Jurídica a quem compete, entre outras activi-dades, a negociação do CCT.A Comissão Técnica a quem compete todos os assuntos técnicos entre eles a organização da formação quer para as empresas associadas quer para terceiros.A Comissão de Economia e Mercado: a quem compete o planeamento e acompanhamento das actividades de pro-moção do produto. É o caso do Programa Café e Saúde que se destina a transmitir informação cientificamente comprovada aos profissionais de saúde tentando alterar a sua posição de proibição de tomar café. É igualmente a organização da Feira do Café.

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteSrª D. Maria Luísa Fonseca Almeida Carvalho,FEB - Fábricas Estrela da Beira, S.A. Vogal António de Sousa Santos, Torrefacção Cubana, Lda.

Conselho FiscalPresidenteMário Heitor Campos Bilé, Torrefacção Palmeira, Lda.

VogaisD. Rosa Maria Vieira, JMV José Maria Vieira

Sr. Carlos Pina, Cafés Negrita, Lda.

DirecçãoPresidenteEng. Rui Carneiro

Vice-PresidentesEng. Rui Carneiro

Eng. José Seno, Nutricafes, S.A.

Eng. João Castro Guimarães, Nestlé Portugal, S.A.

Drª Maria José Barbosa, Sotocal, Lda.

Dr. Ricardo Rodrigues, UNICER, S.A.

AICCAssociação Industrial e Comercial do Café

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 71

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

INDÚSTRIA DAS BEBIDAS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA72

Av. Miguel Bombarda, nº 110, 2º Dto, 1050-167 LisboaTel. +351 217 940 574 / 75Fax. +351 217 938 233Mail. [email protected]

A ANIRSF - Associação Nacional dos Industriais de Re-frigerantes e Sumos de Frutos – é uma associação de sector, constituída nos Termos da lei das associações patronais, que representa as empresas que, em território nacional, se dediquem ao fabrico e acondicionamento de bebidas refrigerantes, sumos de frutos e néctares. A ANIRSF, em conformidade com os seus estatutos, poderá igualmente representar as empresas que, em Por-tugal, sejam responsáveis pelo lançamento no mercado de bebidas refrigerantes, sumos de frutos e néctares, desde que estas exerçam essa actividade a título princi-pal e de forma alargada através de diferentes canais de distribuição.Fundada em 1975, a ANIRSF sucede ao Grémio Nacio-nal dos Industriais de Águas, Refrigerantes e Sumos de Frutos, criado no ano de 1963. Conforme consta dos Es-tatutos a ANIRSF tem por objecto: a) A representação, o estudo e a defesa dos interesses morais, económicos e sociais, dos associados; b) Constituir-se em interlocutor com as organizações sindicais para o estudo e decisão dos problemas de tra-balho; c) A promoção do espírito de solidariedade em vista ao desenvolvimento da indústria; d) O estudo dos problemas técnico - económicos, por forma a encontrar as soluções mais aptas à resolução de quaisquer dificuldades, quer no sector produtivo, quer no da comercialização; e) Contribuir para a definição, elaboração e correcta apli-cação da regulamentação necessária à actividade indus-trial e comercial do sector; f) Assegurar os necessários contactos com as autori-dades públicas e associações congéneres, quer nacio-nais, quer estrangeiras.No plano nacional a ANIRSF é sócia fundadora das seguintes entidades:• Em 1975 da CIP• Em 1991 da FIPA• Em 1996 da EMBOPAR, SANo âmbito internacional a ANIRSF está representada ao nível do Conselho de Administração na UNESDA (Union of EU Soft Drinks Associations) que é a estrutura de cúpula das associações profissionais dos industriais de refrigerantes dos Estados membros da U.E..A ANIRSF está igualmente representada na AIJN (Asso-ciations of the Industry of Juices and Nectars from Fruits and Vegetables of the European Union) enquanto estru-tura representativa da indústria europeia de sumos de frutos e néctares.

O volume de negócios do sector dos refrigerantes, sumos de frutos e néctares é de, aproximadamente, 682 milhões de euros (2008), o que corresponde à transacção de cerca 828 milhões de litros.O sector corresponde a cerca de 6,47 por cento do conjunto da indústria portuguesa alimentar, assegu-rando mais de 48 000 postos de trabalho, entre os gerados directamente e os indirectamente gerados, a jusante e a montante da actividade (fornecedores, distribuidores e serviços, incluindo impacto no re-talho e na restauração).

Associados: quantos, áreas de negócio, distribuição sub-sectorial e regional (conforme o caso)

DIVIRIL Indústria - Produção de Sumos e Refrigerantes, SAE. Fortuna, LdaE.A.A. - Refrigerantes e Sumos, SAEmpresa de Cervejas da Madeira, LdaFábrica de Cervejas e Refrigerantes João de Melo Abreu, Lda Indústria de Lacticínios da Madeira (ILMA), LdaPaiva & Génio, LdaPARMALAT PORTUGAL - Produtos Alimentares, SAREFRIGE - Sociedade Industrial de Refrigerantes, SARefrigerantes Altamira, LdaREFRIGOR, SGPS,SAOrangina Schweppes Portugal, SASociedade de Refrigerantes Baía, LdaSUMOL+ COMPAL Marcas, SASUMOL + COMPAL, SAUNICER Bebidas, SAUnilever Jerónimo Martins, LdaUPREL - União dos Produtores de Refrigerantes de Estarreja, Lda

À Direcção, composta por cinco ou sete membros, representantes das empresas, compete assegurar a representação institucional da associação, dirigir os serviços, conduzir a interlocução do sector com o Governo, a administração pública e demais parceiros sociais. Compete-lhe, também a coordenação das relações internacionais no que respeita à participação da ANIRSF em organismos e associações internacio-nais, com destaque para a UNESDA (Union of Euro-pean Beverages Associations) e AIJN (Associations of the Industry of Juices and Nectars from Fruits and Vegetables of the European Union).

ASSOCIAÇÕESANIRSF Associação Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutos

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 73

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteMiguel Luís de Sousa, Empresa Cervejas da Madeira, Lda. Vice-Presidentes Aparício Silveira, UPREL - União Prod.Refrigerantes Estarreja, Lda.

Benito Perez, EAA - Refrigerantes e Sumos, S.A.

Paula Marinho, Unicer - Sumos e Refrigerantes, S.A.

Bruno Almeida, Unilever Jerónimo Martins, Lda.

Secretário Eleutério de Freitas, ILMA - Indústria de Lacticínios da Madeira, Lda.

DirecçãoPresidentePaulo Marques, Sumol + Compal, S.A.

Vice-Presidente João Carlos Ramone II, Refrige - SociedadeIndustrial de Refrigerantes, S.A.

VogaisCarlos Santos, Orangina SchweppesPortugal, S.A.

David Reis, Diviril Indústria - Produção de Sumos e Refrigerantes, S.A.

ASSOCIAÇÕES

Conselho FiscalPresidenteJosé Carlos Dâmaso, Fáb. Cerv. e RefrigerantesJoão de Melo Abreu, Lda.

Vogais EfectivosGabriel Génio, Paiva & Génio, Lda.

José Tomás Pires, Refrigor SGPS, S.A.

Vogal SuplenteRui Lopes dos Santos. Sociedade de Refrigerantes Baía, Lda.

A Direcção está apoiada em serviços profissionais dirigi-dos por um Secretário Geral, a quem compete a coorde-nação geral das actividades associativas.

A Direcção da ANIRSF apostou na criação e funciona-mento de Comissões Especializadas internas como forma privilegiada de análise, debate e dinamização das actividades da Associação.Foram criadas as seguintes Comissões Especializadas/ Grupos de Trabalho:

COMISSÃO PARA OS ASSUNTOS TÉCNICOS • Analisa os problemas decorrentes da implementação do mercado interno onde são especialmente importantes as áreas relacionadas com: aditivos, aromas, edulcorantes, rotulagem, nutrição e saúde, Segurança alimentar, novos produtos, etc • Acompanha as actividades de normalização técnica do sector.• Estuda e apresenta propostas de boas práticas para as indústrias de refrigerantes, sumos de frutos e néctares.

COMISSÃO PARA OS ASSUNTOS SÓCIO LABORAIS• Estuda, analisa e acompanha as actividades sócio-lab-orais da ANIRSF nomeadamente no âmbito das relações colectivas de trabalho, da formação profissional e da leg-islação laboral.

OrganizaçãoDivisões, Secções, Núcleos, Delegações

Serviços

Grupos de trabalho

COMISSÃO CONJUNTA AMBIENTE E EMBALAGENSConstituída em conjunto com a APIAM (Associação Por-tuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente) e a APCV (Associação Portuguesa de Produ-tores de Cerveja) tem como objectivo assegurar o acom-panhamento de todas as questões ambientais e de em-balagens relevantes para os sectores, como por exemplo:

• Sociedade Ponto Verde / Embopar• Legislação da UE / Embalagens e resíduos• Iniciativas legislativas nos diferentes países da UE. • Exemplos: • Depósitos obrigatórios de embalagens “one way” • Reutilização• Recuperação e reciclagem de resíduos. Tecnologias disponíveis e emergentes.• Transportes.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA74

Av. Miguel Bombarda, nº 110, 2º Dto, 1050-167 Lisboa Tel. +351 217 940 574 / 75 Fax. +351 217 938 233Mail. [email protected]

O sector corresponde a cerca de 3 por cento do con-junto da indústria portuguesa alimentar, assegurando mais de 10 000 postos de trabalho, entre os gerados directamente e os indirectamente gerados, a jusante e a montante da actividade (fornecedores, serviços, distribuidores). Uma parcela importante deste em-prego está ligada a regiões do interior do País, pois as unidades de engarrafamento têm de estar localizadas na proximidade das nascentes.DADOS DO MERCADOO consumo de água engarrafada em Portugal tem con-hecido um crescimento sustentado ao longo dos últi-mos anos, conquistando um lugar de destaque no sec-tor das bebidas. Este facto dá conta de uma evolução no comportamento dos consumidores, marcada por crescentes e pertinentes preocupações, relacionadas com uma alimentação mais saudável e equilibrada. Hoje, os portugueses bebem mais água engarrafada que no passado, o que acontece sobretudo porque se preocupam mais com a alimentação, a saúde e os estilos de vida saudáveis. Estas razões também se reflectem no aumento do consumo de água mineral natural e de água de nascente engarrafada, um produto 100 por cento natural, rigorosamente analisado e per-manentemente controlado por entidades competentes. Um produto, enfim, cujo valor é excepcional e cuja qualidade e características de sabor são apreciadas e reconhecidas pelos consumidores.Não obstante, no último ano, o consumo de águas min-erais naturais e águas de nascente sofreu um decrésci-mo de 4,85%, aumentando a divergência relativamente

Vendas no mercado nacional e na exportaçãoTotais por segmentos e categorias (var. 2007/2008)

Fonte • Estatística APIAM (não inclui water-coolers)

aos volumes médios do consumo na União Europeia, como se pode verificar no quadro abaixo. Observa-se também que o consumo de água mineral natural e de água de nascente per capita em Portugal está nos 96 litros por ano (2008), valores que se en-contram abaixo do consumo médio na União Europeia, que são superiores a 100 litros por ano, como ocorre em Itália, França, Espanha, na Alemanha e na Bélgica, como se pode verificar no gráfico abaixo. Por outro lado, as exportações, em 2008, represen-taram cerca de seis por cento das vendas totais do sector. O volume de exportação de águas engarra-fadas destina-se maioritariamente aos PALOP e aos países onde existem numerosas comunidades de emigrantes, começando-se a assistir ao reconheci-mento da importância dos processos de internacio-nalização.SUSTENTABILIDADE AMBIENTALA indústria de águas minerais naturais e de águas de nascente está fortemente sensibilizada para a ne-cessidade de preservar a natureza, pelo que definiu como objectivo primordial a conciliação dos inter-esses do ambiente, dos consumidores e da própria indústria. Por ter assumido este compromisso, a indústria do sector tem vindo a tomar uma série de medidas, pon-do em marcha, desde a década de 80, um conjunto de actividades cujo objectivo fundamental é a minimi-zação do impacte ambiental da sua actividade e dos resíduos de embalagem, além de procurar, cada vez mais, concretizar melhor a ideia do desenvolvimento sustentável. Neste sentido, tendo em conta que a actividade do sector está centrada em fazer chegar às populações um alimento tão puro e natural como são as águas minerais naturais e as águas de nascente, a indústria realiza inevitavelmente um esforço para a preserva-ção e equilíbrio natural dos seus aquíferos, protegen-do-os de toda e qualquer possível contaminação. Ao comprometer-se com a preservação do ambiente envolvente dos aquíferos, a indústria do sector pôs em execução planos de conservação de árvores, de limpeza dos rios e de cuidados com a flora e com a fauna. Foram também levados a cabo planos de re-florestação que permitem proteger os aquíferos de qualquer contaminação com origem na agricultura ou na exploração animal.

APIAM Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 75

ASSOCIADOS: QUANTOS, ÁREAS DE NEGÓCIO, DISTRIBUIÇÃO SUB-SECTORIAL E REGIONAL (cONfOrMe O cAsO)

Água do Fastio - Comércio e Engarrafamento de Águas Minerais, SAÁguas das Caldas de Penacova, LdªÁguas de Carvalhelhos, SAÁguas de S. Silvestre, SABeira Vicente, LdªDa Nascente - Empresa de Águas de Mesa de Manteigas, SA

Empresa Central Serrana de Águas, SAEmpresa das Águas do Alardo, LdªEmpresa das Águas do Vimeiro, SAETANOR/PENHA - Produção Alimentar e Cons. Téc-nica, SAJet Cooler - Águas e Cafés, SAMEYRELLES & Cª, SAMineraqua Portugal - Exploração e Comerialização de Águas, LdªNestlé Waters Direct Portugal - Comércio e Distribui-ção de Produtos Alimentares, SAOUTEIRINHO - Turismo e Industria, LdaPROMINERAL - Produção de Águas Minerais, SASASEL - Sociedade de Águas da Serra da Estrela, SASociedade da Água de Luso, SASociedade da Água de Monchique, SASumol & Compal Marcas, SAUnicer Águas, SAVMPS - Águas e Turismo, SA

CORPOS SOCIAIS São a Assembleia Geral, o Conselho Fiscal e a Di-recção.

À Direcção, composta por sete membros, represen-tantes das empresas, compete assegurar a represen-tação institucional da associação, dirigir os serviços, conduzir a interlocução do sector com o Governo, a administração pública e demais parceiros sociais.

Otto Teixeira da CruzPresidente da APIAM

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA76

As actividades da APIAM apoiam-se em serviços profis-sionais dirigidos por um secretário-geral, Francisco Fur-tado de Mendonça ([email protected]), a quem compete a coordenação geral das actividades associativas. Tendo em conta as múltiplas actividades em que a APIAM está envolvida, apostou-se na constituição e implementação de Comissões especializadas organizados segundo as áreas de intervenção prioritárias para o sector. De entre essas Comissões, que funcionam como estru-tura de apoio à actividades associativas, em articulação com os directores e o secretário-geral, destacamos: COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA A actuação da comissão técnico-científica incide sobre as seguintes vertentes: • Sensibilização - através da apresentação de propos-tas para a realização de encontros técnicos ou jornadas científicas no âmbito da APIAM; • Informação - através da disponibilização e divulgação de informação técnica e científica de relevância para o sector; • Formação - através da apresentação de propostas que habilitem a APIAM a contribuir para a dinamização de certo tipo de formação específica onde se verifiquem falhas de mercado ou para a melhoria e actualização da formação dos quadros qualificados das empresas; • Comunicação - através do apoio à APIAM na antecipa-ção de cenários de crise ou na gestão de situações de crise sempre que estas ocorram; • Estudos - através da apresentação de propostas à APIAM para a realização de estudos de índole técnico-científica que permitam habilitar as empresas a uma mais adequada gestão dos seus recursos e processos; • Assessoria – através do apoio à intervenção da API-AM, no âmbito das matérias técnico-científicas. COMISSÃO PARA OS ASSUNTOS SÓCIO-LABORAIS Assegura o acompanhamento da: • Contratação colectiva e o relacionamento com as as-sociações sindicais; • Formação profissional, através de participação activa no CINÁGUA; • Legislação laboral, sua interpretação e aplicação. COMISSÃO CONJUNTA PARA O AMBIENTE E AS EMBALAGENS Constituída em conjunto com a ANIRSF (Associação Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutos) e a APCV (Associação Portuguesa de Produ-tores de Cerveja) tem o objectivo de assegurar o acom-panhamento de todas as questões ambientais e de em-balagens relevantes para o sector, como por exemplo: • o desenvolvimento sustentável; • a responsabilidade ambiental; • a protecção e gestão de recursos naturais; • a Sociedade Ponto Verde e metas ambientais; • os resíduos de embalagens e reciclagem; • as melhores tecnologias disponíveis e emergentes; • os transportes e a logística

Corpos Sociais

Conselho FiscalPresidenteJosé Pedro Fezas Vital, Empresa de Águas do Vimeiro, S.A.

Vogais EfectivosJoão Clara PROMINERAL - Prod. de Águas Minerais, S.A.

António Lameiras VMPS - Águas e Turismo, S.A.

Vogal SuplenteAntónio Casanova Sasel - Soc. das Águas da Serra da Estrela, S.A.

OrganizaçãoDivisões, Secções, Núcleos, Delegações

Mesa da Assembleia GeralPresidenteUrbano Marques, Águas das Caldasde Penacova, Lda. Vice-PresidenteAntónio Pinheiro, Sociedade das Águas de Monchique, S.A.

Secretários Francisco Ferreira Outeirinho - Turismo e Indústria, S.A.

Luís Paulino, Da Nascente - Emp. de Águas de Mesa Manteigas, S.A.

DirecçãoPresidenteOtto Teixeira da Cruz, Unicer Águas, S.A.

Vice-Presidente Nuno Pinto de Magalhães, Sociedade da Água de Luso, S.A.

VogaisBenito Perez, Águas do Fastio - Com. Eng. Águas Minerais, S.A.

Jorge Henriques, Mineraqua Portugal Expl. e Com. de Águas, Lda.

Paulo Marques, Sumol + Compal Marcas, S.A.

Carlos Abrantes, Empresa Central Serrana de Águas, S.A.

Alexandre Carreteiro, Waters Direct Portugal Com. e Dist. de Produtos Alimentares, S.A.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 77

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

FABRICAÇÃO DE TÊXTEIS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA78

R. Fernando Mesquita, 2785 - Edifício do CITEVE, 4760-034 Vila Nova de Famalicão Tel. +351 252 303 030 Fax. +351 252 303 039Mail. [email protected]

A ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal é uma associação patronal, de âmbito nacional, que agrupa cer-ca de 600 empresas de toda a fileira têxtil e do vestuário, que, no seu conjunto, asseguram cerca de 52.000 postos de trabalho e 3.000 milhões de euros de facturação, sendo dois terços desse valor destinados aos mercados de ex-portação. A ATP resultou da fusão da APT - Associação Portuguesa dos Têxteis e Vestuário e da APIM - Asso-ciação Portuguesa das Indústrias de Malha e Confecção, realizada em 2003, bem como da fusão por incorporação, já em Julho de 2005, da ANET - Associação Nacional das Empresas Têxteis, ex-grossistas têxteis, reforçando-se assim como a organização mais representativa do sector têxtil e do vestuário, abarcando todas as vertentes da file-ira, da fiação à distribuição do produto final.MISSÃO: UNINDO as empresas têxteis, de vestuário e moda, dando força às suas reivindicações e visibilidade aos seus legítimos interesses. DEFENDENDO as em-presas, os empresários e as suas expectativas, criando condições para um ambiente que valorize a competitivi-dade e o desenvolvimento. PRESSIONANDO os órgãos de poder político e administrativo, libertando os estran-gulamentos e constrangimentos à actividade e ao desen-volvimento das empresas. PRESTANDO serviços úteis e personalizados, informando, aconselhando e orientando decisões. GARANTINDO o futuro, afirmando-se como uma associação em permanente mudança e actualização, acompanhando e estimulando a dinâmica de uma activi-dade, simultaneamente tradicional e moderna.A ATP é ainda uma das associações mais importantes em termos europeus, coincidindo com o destaque que a indústria têxtil e do vestuário (ITV) tem em Portugal, já que assegura cerca de 8% do volume de negócios e 22% do emprego da indústria transformadora, assim como 11% das exportações portuguesas.PRINCIPAIS INDICADORES DA ITV 2008+ 7.000 Empresas (95% PME’s), 83% na Região NorteProdução: 6.164 milhões EurosVolume de Negócios: 6.349 milhões EurosExportações: 3.985 milhões EurosImportações: 3.212 milhões EurosEmprego: 167.712SERVIÇOSDepartamento Jurídico - Informação, consultoria e investigação nas seguintes áreas:• Contratação Colectiva• Direito Trabalho, Fiscal, Comercial, Civil, ConcorrênciaDepartamento de Relações Internacionais

• Representação Internacional• Acompanhamento de dossiers comunitários e internacionaisDepartamento de Apoio Técnico• Estudos e informações sobre mercados• Estatísticas nacionais e internacionais• Informações comerciais• Sistemas de incentivos• Feiras Têxteis e Moda• Ambiente• Qualidade• I & D• Energia• Formação profissional• Licenciamento industrialDepartamento Administrativo, Financeiro e de Comuni-cação e Imagem - A Associação criou, em parceria com outras associações congéneres, centros de serviço ao sector em áreas fundamentais, nos quais participa acti-vamente e co-administra, entre os quais:Associação Selectiva Moda - É uma associação que foi criada com vista a valorizar a fileira têxtil e moda portu-guesa num contexto internacional. Está vocacionada para promover e apoiar a internacionalização da ITV e cumpre a sua missão através da organização da participação de empresas portuguesas em feiras internacionais do sector têxtil e moda.CENIT - Centro de Inteligência Têxtil - Estabelece-se como uma unidade de “inteligência estratégica e de mer-cado” ao serviço do acções de promoção da competi-tividade e desenvolvendo actividades de informação, for-mação, sensibilização e prestação e gestão de serviços e projectos. Cumprindo este propósito, e desde a sua fundação, o CENIT publica todos os meses o Jornal Têx-til e, diariamente, no portal www.portugaltextil.com, uma Newsletter com a informação mais actual. Este portal dispõe ainda de inúmera informação sobre a realidade do sector têxtil e da moda.CITEVE - Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário - Tem como missão o apoio ao desenvolvimen-to das capacidades técnicas e tecnológicas das indústrias têxtil e do vestuário, através do fomento e da difusão da inovação, da promoção da melhoria da qualidade e do suporte instrumental à definição de políticas industriais para o sector.CITEX - Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil - Tem com o objectivo fornecer formação profis-sional a todos os segmentos da fileira têxtil em áreas como: Design e Marketing de Moda, Comercial e Serviços, Qualidade, Laboratório, Desenvolvimento de Produto, Corte e Confecção, Gestão, Recursos Humanos, Tecnolo-gias da Informação e Comunicação, Higiene e Segurança, Enobrecimento Têxtil, Tecelagem, Malhas e Manutenção. INICIATIVAS DA ATP: Fórum da Indústria TêxtilEM PARCERIA:Com a ANJE: Portugal FashionCom a Associação Selectiva Moda: ModTissimo / Fashion From PortugalFILIAÇÕES:CIP – Confederação da Indústria PortuguesaEURATEX – European Apparel and Textile ConfederationCité Euroméditerranéenne de la ModeInternational Apparel Federation

ATPAssociação Têxtil e Vestuário de Portugal

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 79

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA80

Av. da Boavista, 3523-7º Porto, 4100-139 Tel. +351 226 165 470 Fax. +351 226 100 049Mail. [email protected]

ANIVEC-APIVAssociação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção

A Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção - ANIVEC/APIV - representa a indústria de vestuário e confecção portuguesa junto de várias insti-tuições a nível nacional (Estado, CIP, Sindicatos, Impren-sa) e internacional (IAF, Euratex, IFTF, Ginetex, Interco-lor) associando empresas fabricantes e distribuidoras dos mais diversos produtos.Internamente a ANIVEC/APIV oferece aos seus associa-dos um leque variado de serviços de natureza técnica, económica, jurídica, comercial, tecnológica, informativa e moda.A associação assume como missão dotar as empresas de vestuário e confecção portuguesas com todo o tipo de ferramentas que lhes permita serem mais competitivas perante os desafios que o mercado global lhes apresenta. Para isso, implementou e continua a implementar projec-tos na área das novas tecnologias e internet, disponibi-liza aos seus associados os serviços e aconselhamento de um Centro de Moda reconhecido internacionalmente, efectua permanentemente estudos sobre os mais diver-sos mercados e tendências a nivel global, organiza semi-nários e reuniões subordinados a todo o tipo de temas, procura promover a formação profissional em áreas de importância real para as empresas através do Centro de Formação Profissional da Indústria de Vestuário (CIVEC) sendo o único parceiro do estado na sua administração,

do Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil (CITEX) e do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE). Na área das novas tecnologias é importante salientar o projecto www.new-portex.com que é encarado como a grande ferramenta dinamizadora não só da indústria de vestuário e confec-ção mas de toda a fileira têxtil portuguesa.O facto da ANIVEC/APIV ser uma associação de carácter Nacional e representar toda uma indústria com empre-sas espalhadas por todo o país, implica a disponibiliza-ção aos seus associados de escritórios no Porto e em Lisboa. Em ambas as delegações, o associado tem à sua disposição uma área totalmente equipada que poderá utilizar para reuniões, contactos ou trabalho e um audi-tório que poderá reservar para eventos da sua escolha. A associação distribui periodicamente pelos seus asso-ciados várias publicações informativas, editando pontu-almente relatórios e estudos sobre temas específicos. O “Programa Aderente” criado pela associação em 2003 procura negociar todo o tipo de serviços externos com evidentes benefícios para as empresas associadas. Este programa permite que os associados da ANIVEC/APIV tenham condições preferenciais em termos de preço e acesso em serviços prestados por terceiros, tais como hotéis, viagens, cobranças, telecomunicações, consumí-veis, informática, etc.

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 81

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteOrlando Lopes da Cunha FAPOMED - HOLDING, SGPS, SA. Vice-PresidenteFernando Henriques da Silva "IRSIL" - SILVA & IRMÃOS, LDA.

Secretários Mário Carlos Andrade Pereira AMMA – IND. DE CONFECÇÕES, S.A.

1º SuplenteMaria Manuela Rosas Baptista da Silva Pereira CONFECÇÕES MANUELA & PEREIRA, LDA.

2º SuplenteAntónio da Costa e SilvaCOSTA E SILVA & NASCIMENTO, LDA.

DirecçãoPresidenteAlexandre Monteiro PinheiroOLÁ MODA-SOCIEDADE TÊXTIL, LDA.

Vice-Presidente Jaime Regojo Velasco CONFECÇÕES REGOJO VELASCO, LDA.

César Augusto Guimarães Fontes Araújo CALVELEX, SA.

Teófilo dos Santos PintoCONFECÇÕES J. R. RODRIGUEZ, S.A.

António Amorim AlvesDIMODA - DIFUSÃO INTERNACIONAL DE MODA, LDA

António Moura Guedes MARFEL - EMPRESA CONFECÇÕES, LDA.

José Luís Correia Gama Garcia PLÚVIA – SOC. IND. DE CONFECÇÕES, LDA.

Luis Filipe da Silva Rafael SOC. IND. DE CONFECÇÕES DIELMAR, SA.

Luis Hall de Figueiredo HALL & CA, LDA.

ASSOCIAÇÕES

1º SuplenteManuel Simão Ribeiro SEBASTIÃO & MANUEL, LDA.

2º SuplenteAntónio Fernandes Ribeiro Meireles CRIALME – FAB. EXP. E IMP. CONF., LDA.

Conselho FiscalPresidenteJoão Alfredo da Silva Dias BAMBU – IND. DE CONFECÇÕES, LDA.

1º SuplenteSílvio Jorge R. Couto UNILOPES – IND. DE CONFECÇÕES, LDA.

António Lameiras VMPS - Águas e Turismo, S.A.

VogalJosé Fernando M. Fontainha PRAZOLAR, LDA.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA82

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 83

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

INDÚSTRIA DO CALÇADO

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA84

Rua Alves Redol 372, Apartado 4643, 4011-001 Porto Tel. +351 225 074 150 Fax. +351 225 074 179Mail. [email protected]

A APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâ-neos é uma associação empresarial de âmbito nacional com sede no Porto, fundada em 1975 e que representa os seguintes sectores de actividade:• Indústria de calçado • Indústria de componentes para calçado • Indústria de artigos de pele (malas, carteiras, luvas, cin-tos, etc.) • Indústria e comércio de equipamentos para os sectores antes referidos.O objectivo da sua acção é o de promover o desenvolvi-mento dos sectores que representa e dos seus 500 as-sociados. Para além da acção desenvolvida directamente, a APICCAPS é sócia e participa na actividade de diversas

entidades, com destaque para o Centro Formação Profis-sional da Indústria de Calçado e Centro Tecnológico do Calçado de Portugal.As Principais áreas de Intervenção da APICCAPS são as seguintes:• Internacionalização • Estudos, Projectos e Consultadoria • Assistência Técnica • Informação • Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC • Formação • Contratação Colectiva • Cooperação Interempresarial e transnacional • Tecnologia, qualidade e ambiente • Inovação

Trends of the Portuguese Footwear Industry • Evolução da Indústria de Calçado Portuguesa

* APICCAPS Estimates/Estimativas APICCAPS

** APICCAPS Forecasts/ Previsões APICCAPS

APICCAPSAssociação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Comp. Artigos Pele e s/ Sucedâneos

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 85

Indústria do CalçadoPara a indústria portuguesa de calçado, a última dé-cada tem sido pródiga em desafios, tendo-se assisti-do nomeadamente a uma forte aceleração da dinâmi-ca concorrencial nos mercados internacionais e, mais recentemente, a uma grave crise económica geral, quase sem precedentes.

Produção e empregoEm 2008, segundo as estatísticas disponíveis, a indús-tria portuguesa de calçado deverá ter produzido 68 mi-lhões de pares de sapatos. A ordem de grandeza desta produção torna-se mais evidente se notarmos que, se dirigida integralmente para o mercado português, cor-responderia a quase sete pares por cada habitante do país. Apesar de muito significativo, este número repre-senta um recuo face aos anos mais recentes, fruto da grave crise económica internacional que se repercutiu negativamente na procura de todos os produtos, desig-nadamente bens de consumo, incluindo o calçado. Ain-da assim, a indústria mostrou resiliência e, no último ano, o seu nível de emprego permaneceu praticamente inalterado, rondando as 36 mil pessoas.As últimas décadas assistiram a rápidas e intensas transformações na indústria portuguesa de calçado. Na década de 80 do século passado, as condições pro-porcionadas por Portugal em termos de proximidade aos grandes mercados europeus e baixos custos de produção, aliadas à conclusão do mercado único eu-ropeu, atraíram para o país uma vaga de investimento estrangeiro que transformou a estrutura da indústria. A presença de grandes empresas internacionais e o forte investimento efectuado pelas empresas de raiz nacional permitiram o rápido crescimento da produção que atingiu um pico em meados da década de 90: em 1994, a indústria produziu 110 milhões de pares. A segunda metade daquela década e o início do novo século trouxeram uma profunda alteração do mer-cado internacional de calçado. A queda das últimas barreiras ao comércio internacional e a adesão de novos membros à Organização Mundial de Comércio permitiram a afirmação de países não europeus, com particular destaque para a China, como localizações privilegiadas para os produtores que apostassem es-sencialmente no volume de produção e no baixo cus-to. Desapareciam assim as vantagens competitivas que, na década de 80, tinham atraído grandes empre-sas internacionais de calçado para Portugal e, natu-ralmente, muitas das que então c se tinham instalado no país deslocalizaram a sua actividade para outras regiões do globo.

Número de associadosSensivelmente 500

Fortunato Frederico Presidente da APICCAPS

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA86

A partida da maioria das grandes empresas de capi-tal estrangeiro que se localizavam no nosso país e o acréscimo de agressividade concorrencial nos mer-cados internacionais não poderiam deixar de se fazer sentir nas estatísticas do calçado português que regis-taram um recuo quase contínuo até 2005, ano em que Portugal produziu “apenas” 72 milhões de pares.Importa notar que a contracção da indústria do calça-do nos anos que rodearam a mudança de século não foi uma especificidade portuguesa. De acordo com as estatísticas disponíveis, entre 1998 e 2006, o número de trabalhadores ao serviço na indústria portugue-sa de calçado reduziu-se a uma taxa média anual de 4%. Tratando-se embora de uma evolução negativa, foi a menos desfavorável entre os países da Europa ocidental em que a produção de calçado tem alguma expressão, sendo ligeiramente menor do que a verifi-cada em Itália e Espanha, principais concorrentes do calçado português, apesar de estes países não terem sofrido um processo de deslocalização de empresas de capital estrangeiro com a dimensão do verificado em Portugal. Isto apesar de estes países não terem sido confronta-dos com um movimento de deslocalização de empre-sas de capital estrangeiro de dimensão semelhante ao verificado em Portugal, uma vez que este nunca atingiu aí a expressão que chegou a ter no nosso país. Em termos de volume de negócios, no mesmo perío-do, Portugal sofreu uma queda média anual de 2,4%, menor do que a registada em produtores relevantes como a Espanha (3,4%) e a França (5,2%), embora maior do que a registada em Itália.As empresas nacionais não assistiram passivamente a estes fenómenos. Conscientes da alteração do enqua-dramento concorrencial, empreenderam uma profunda reestruturação, apostando nos chamados factores di-nâmicos de competitividade. Equiparam-se tecnologi-camente e procederam a uma drástica reengenharia dos processos para serem capazes de responder a quaisquer encomendas, por muito reduzida que fosse a

sua dimensão. Orientaram-se para segmentos de mer-cado de maior valor acrescentado e procuraram afir-mar-se como criadoras de moda e não apenas, como tantas vezes acontecia antes, como meras replicadoras de modelos concebidos por quem as subcontratava. Muitas criaram as suas próprias marcas.

Comércio externoAo nível do comércio externo, o sector do calçado exportou e 2008 mais de 95% da sua produção. Em 2008 as exportações aumentaram mesmo 2%, conti-nuando assim uma tendência ascendente que se ini-ciou em 2005. Simultaneamente, em 2008, o preço médio por par de calçado exportado cresceu de forma significativa, atingindo pela primeira vez a casa dos 20 euros, va-lor que, como veremos adiante, situa Portugal entre os exportadores que conseguem cobrar preços mais elevados, a nível mundial. De assinalar que, apesar de um período de estagnação entre 2001 e 2004, nos últimos 10 anos, este indicador aumentou 30%.O pendor exportador da indústria do calçado dá um importante contributo para as contas externas portu-guesas. No entanto, nos últimos anos, o crescimento das suas exportações, foi acompanhado por um ainda mais rápido crescimento das importações, que ron-dam já os 420 milhões de euros. O sector continua, contudo, a apresentar a mais alta taxa de cobertura das importações pelas exportações de toda a indús-tria nacional: as exportações de calçado são quase duas vezes e meia superiores às importações, resul-tando num saldo comercial muito positivo, da ordem dos 870 milhões de euros.O sector apresenta igualmente o mais elevado índice de vantagem comparativa revelada de toda a indústria nacional. Este indicador compara o peso de determi-nada indústria nas exportações nacionais com o seu peso nas exportações mundiais. O peso do calçado nas exportações portuguesas é quase seis vezes o que esta indústria tem nas exportações mundiais. •

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 87

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

PASTA DE PAPEL

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA88

R. Marquês de Sá da Bandeira, 74 - 2º, 1069-076 Lisboa Tel. +351 217 611 510 Fax. +351 217 611 511Mail. [email protected]

Os associados da CELPA são o verdadeiro motor da As-sociação. É através da manifestação dos interesses e motivações das empresas associadas que, anualmente, a estrutura da CELPA determina a sua esfera de acção, procurando desenvolver as linhas de trabalho necessá-rias garantindo o equilíbrio de interesses para a defesa das posições comuns. Assumindo internamente a neces-sidade de responder eficazmente aos desafios com que é confrontada, a CELPA mantém uma atitude permanente de empenho num melhor desempenho, com vista: • à defesa da identidade da Indústria Papeleira Portugue-sa e reforço da sua imagem como conjunto de entidades economicamente sólidas, ambientalmente responsáveis e socialmente conscientes; • ao reforço da capacidade de intervenção junto das enti-dades públicas e privadas relevantes; As áreas prioritárias de actividade da CELPA, actualmen-te, são: • Acompanhamento e participação activa em actividades relativas à mitigação das alterações climáticas;• Licenciamento Ambiental• Acompanhamento da aplicação da Directiva relativa ao Controlo e Prevenção Integrado da Poluição e os proces-sos de licenciamento industrial;• Acompanhamento da evolução de dossiers relativos a taxas ambientais, água, energia e emissões de dióxido de carbono; • Promoção de estudos para garantir a manutenção da competitividade do sector florestal e a sustentabilidade de abastecimento de matéria-prima lenhosa à indústria• Participação activa em trabalhos relativos à certificação da gestão florestal;

97,2% da área florestal gerida pelas empresas associa-das da Celpa tem a sua gestão certificada. Portugal é o 6º maior produtor europeu de pasta para papel e o 14º maior produtor europeu de papel e cartão.

INDICADORES FINANCEIROS• Vendas (milhões de euros)• Resultado líquido (milhões de euros)INDICADORES SOCIAIS• Emprego Directo (nº trabalhadores)• Horas de Formação (mil de horas)• Despesa com a medicina no trabalho (mil euros)• Investimentos em segurança e saúde ocupacional (mil euros)

1.623166,3

3.266124

938

3.760

DADOS REFERENTES A 2008

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteCaimaSilvicaimaPortucel Aliança FlorestalPortucel FlorestalSoporcelCelbiCeltejoPortucel VianaRenova

Conselho GeralPresidentePortucelAliança FlorestalPortucel FlorestalSoporcelCaimaCelbiCeltejoPortucel VianaRenova

Comissão ExecutivaPresidentePortucelCelbiCelpa

Conselho FiscalPresidenteRenovaPortucel VianaDeloitte & Associados SROC

EstruturaexecutivaDG/SG, Direcções, ServiçosPresidenteDr. José Honório

Director GeralEng. Armando Goes

Responsável pela área AmbienteEngª Marta Souto Barreiros

Responsável pela área FlorestalEng. Francisco Goes

CELPAAssociação da Indústria Papeleira

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 89

VISÃO A APIGRAF é a associação que representa a nível nacional as empresas industriais gráficas, de comunicação visual e transformadoras do papel, con-tribuindo, no desenvolvimento e no âmbito da sua ac-tividade, para que o sector se torne mais forte e com-petitivo. A apigraf é uma das mais relevantes e antigas associações sectoriais nacionais, tendo sido fundada em 1974 e contando actualmente com cerca de 600 empresas associadas. MISSÃO A apigraf é o parceiro privilegiado das em-presas associadas, pretendendo com a sua acção criar um verdadeiro espírito associativo em que to-das as partes envolvidas trabalhem para uma finali-dade comum. A actividade desenvolvida, tanto a nível nacional como internacional, pretende o reconheci-mento e defesa do sector junto das entidades que o constituem, bem como dos diversos stakeholders. A apigraf assume-se junto dos parceiros institucionais e de mercado como a principal representante dos in-teresses dos sectores e empresas que representa, actuando em conformidade. A actividade que desen-volve pauta-se por princípios de orientação para os interesses do sector e das empresas, promovendo a qualidade e a eficiência.OBJECTIVOS A apigraf tem com desígnio agrupar os industriais gráficos, de comunicação visual e trans-formadores do papel, com vista à defesa dos seus interesses comuns, tanto deontológicos como profis-sionais, económicos e técnicos, tomando para o efeito as iniciativas e desenvolvendo as actividades que se mostrem necessárias. São designadamente objectivos da apigraf:• Estabelecer e reforçar por todas as formas o enten-dimento e a coesão entre os associados;• Promover o estabelecimento das regras e condições a observar no exercício das actividades abrangidas no seu âmbito e a adesão dos associados a normas e có-digos de boa conduta;• Contribuir para o progresso da actividade através da difusão de novas tecnologias existentes na própria indústria, de novos métodos de organização e de tra-balho e de técnicas modernas de gestão;• Estabelecer formas de colaboração ou de cooperação com associações congéneres e outras entidades, ofici-ais ou não, nacionais ou internacionais, para o estudo e resolução de questões de interesse para o sector;• Promover e, sempre que possível, participar di-rectamente em programas públicos ou privados que visem a formação, aperfeiçoamento, requalificação e

Largo do Casal Vistoso, 2 Escritórios B, C e D, Areeiro, 1900-142 Lisboa Tel. +351 218 491 020 Fax. +351 218 438 739Mail. [email protected]

Delegação Rua Gonçalo Cristóvão, nº. 116 5º Direito, 4000-264 PortoTel. +351 222 003 939Fax. +351 222 082 034Mail. [email protected]

reconversão profissional da mão-de-obra, a todos os níveis, tendo em vista o ajustamento estrutural decor-rente da adopção de novas tecnologias e novos méto-dos de trabalho;• Representar os associados na negociação e celebra-ção de convenções colectivas de trabalho;• Participar na preparação da legislação do trabalho;• Orientar e apoiar o desenvolvimento do sector económico representado, integrado numa política am-biental de qualidade;• Constituir ou participar no capital de quaisquer insti-tuições com vista à prossecução dos seus fins;• Representar os associados e apoiá-los em todas as matérias e áreas em que a APIGRAF deva actuar, nos termos das alíneas anteriores.

ESTRATÉGIA A estratégia adoptada pela apigraf para a prossecução dos objectivos referidos integra o de-senvolvimento de trabalho nas seguintes áreas:• Informação e apoio direccionados para interesses das empresas (legal, técnica, etc.);• Relações institucionais, tanto a nível nacional como internacional• Comunicação A apigraf procura servir os seus associados de for-ma eficiente e dinâmica, pelo que está permanente-mente à procura de gerar valor para o sector com a disponibilização de serviços de valor acrescentado que permitam a obtenção de vantagens competitivas para os seus associados.

Quem representa e quanto vale o sector (empresas, emprego, volume de negócios e/ou outros indicado-res a escolher pela Associação)Os sectores da indústria gráfica, comunicação visual e transformadora do papelAs empresas dos sectores representados pela apigraf têm um peso significativo na economia nacional, quer enquanto geradoras de riqueza - cerca de 2% do PIB - quer enquanto criadoras de postos de trabalho, em-pregando cerca de 41 mil trabalhadores. Os sectores da indústria gráfica, comunicação visual e transfor-madora do papel apresentam um volume de negócios superior a 3 mil milhões de euros, gerando 5,1% do emprego industrial nacional e 3,9% da facturação in-dustrial portuguesa.As empresas representadas pela apigraf são, maiori-tariamente, de micro e pequena dimensão, conforme resulta do gráfico seguinte:

APIGRAFAssociação Portuguesa das Indústrias Gráficas,de Comunicação Visual e Transformadoras do Papel

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA90

Dimensão por Trabalhadores (%)

Principais Actividades • Empresas Associadas

Em termos internacionais, a apigraf está filiada nas or-ganizações que representam a área gráfica, a da trans-formação de papel e a de serigrafia e impressão digital:

FESPAFederation of European Screenprinters Associations

INTERGRAFInternational Confederation for Printing and Allied Industries

CITPA International Confederation of Paper and Board Converters in Europe

AssociadosNº total de empresas associadasTOTAL 583

AssociadosNº empresas por distrito AÇORES 5AVEIRO 58BEJA 2BRAGA 34BRAGANÇA 4CASTELO BRANCO 9COIMBRA 17ÉVORA 6FARO 13GUARDA 3LEIRIA 29LISBOA 182MADEIRA 3PORTALEGRE 1PORTO 136SANTARÉM 26SETÚBAL 36VIANA CASTELO 7VILA REAL 4VISEU 8

Nº empresas por regiãoZONA NORTE 185ZONA CENTRO 124ZONA SUL 274

Nº EMPRESAS POR ACTIVIDADE: A apigraf representa a totalidade das actividades de-senvolvidas pelas empresas do sector, que vão desde a criação de conteúdos, comércio e armazenamento de papel, até ao webdesign, só para citarmos alguns ex-emplos. No gráfico seguinte, o número de empresas repartidas pelas actividades mais relevantes:

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 91

Corpos Sociais

Jaime Luciano Marques Baptista da CostaLisgráfica Impressão Artes Gráficas, S. A.

José Augusto Mano ConstâncioEuro-Dois Artes Gráficas, Lda.

Paulo José Duarte da CruzCosta & Valério, Lda.

José Manuel FigueiredoImprime - Serigrafia e Artes Gráficas, Lda.

Elísio Gonçalves RedutoClio Artes Gráficas, Lda.

Alberto António de Sousa BulhosaBulhosas (Irmãos), S. A.

Luís Carlos Neves Ribeiro NetoNovotipo Europa - Indústria e Comér-cio de Embalagens, S. A.

Álvaro Lamares de Moura BessaCompanhia Editora do Minho, S. A.

Sebastião Manuel Camões e VasconcelosManuel Peres Júnior & Fos., S. A.

Direcção Executiva Nacional

Região NorteAssembleia Geral

PresidenteJoão Carlos Gonçalves Calheiros Organização Gráfica Calheiros, S.A.

SecretáriosGiulio BrabetzFábrica de Papel de Fontes, Lda. António Neves Branquinho Mota Tipografia Nunes, Lda.

Conselho Fiscal Nuno Miguel Ribeiro FerreiraGinocar, Indústria Gráfica, Lda.

Direcção Nacional Rui Ferreira de Magalhães Carvalho AVS – Envelopes e Papelarias, Lda.

Paulo Antunes de AbreuAntunes & Abreu, Lda. Álvaro Lamares de Moura BessaCompanhia Editora do Minho, S.A.

Manuel Jacinto Ribeiro SoaresGrafislab-José Santos & Campos, Lda.

Domingos Dias da Silva Imprensa Portuguesa de Domingos Dias da Silva, Sucrs., Lda.

Heitor de Castro Carvalho FernandesJódique, Artes Gráficas, Lda.

Adão Fernando Ferreira da Silva Multiponto – Rafael, Valente & Mota, S.A.

Região CentroAssembleia Geral

PresidenteAntónio Pimenta Antunes Formoprinte - Formulários Comerciais, Lda.

SecretáriosEduardo de Jesus CarreiraGráfica da Batalha, Lda. Vítor Manuel Costa ClementeMachado & Machado, Lda.

Conselho Fiscal Alberto Manuel Gomes do NascimentoOffsetarte – Artes Gráficas, Lda.

Direcção Nacional Alberto António de Sousa BulhosaBulhosas (Irmãos), S.A.

Valentim MarquesG.C. – Gráfica de Coimbra, Lda. António Ferreira MarquêsRelgráfica – Artes Gráficas, Lda.

Rui Alberto Monteiro FerreiraGTO 2000 - Sociedade de Artes Gráficas, Lda.

João Carlos Carvalho VasconcelosSodecal – Sociedade Produtora de Decalques, S.A. Ramiro Rodrigues AntunesOffsetlis Indústria Gráfica, Lda.

Júlio Augusto Castro Gomes Pereira Rainho & Neves, Lda. Júlio Augusto Castro Gomes Pereira Lda.

José Manuel Lopes de Castro Norprint – Artes Gráficas, S.A.

Manuel Francisco Teixeira Pereira Teles Tecnicromo, Artes Gráficas, Lda.

Fernando Manuel Pereira de Sousa SerôdioTecnogravura–Gravuras Metálicas, S.A.

António Manuel Sousa MoreiraVisão Gráfica - M. Santos & Figueiredo, Lda.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA92

Região Sul e IlhasAssembleia Geral

Paulo Jorge Nunes de Albuquerque Contiforme Soluções Gráficas Integradas, S.A.

SecretáriosVitor Manuel Sá d’ OliveiraAcetalux – Acabamento de Papéis, Lda.

Leonel Jorge Suzano PiresSociedade Industrial Gráfica Telles da Silva, Lda.

Conselho Fiscal João Carlos Correia Silva PeresGraphicsleader Packaging, S.A.

Direcção Nacional Jaime Luciano Marques Baptista da Costa Lisgráfica Impressão e Artes Gráficas, S.A.

Elísio Gonçalves Reduto Clio Artes Gráficas, Lda. Paulo José Duarte da CruzCosta & Valério, Lda. José Augusto Mano Constâncio Euro-Dois Artes Gráficas, Lda.

Luís Carlos Neves Ribeiro Neto Novotipo Europa - Indústria e Comércio de Embalagens, S.A.

Sebastião Manuel Camões e VasconcelosManuel Peres Júnior & Filhos, S.A.

Manuel Serras Leitão da SilvaSeleprinter – Sociedade Gráfica, Lda. João Santos SimõesGráfica Comercial - Arnaldo Matos Pereira, Lda. Maria da Conceição Mendes Matos Silva Litográfis Artes Gráficas, Lda.

Vitaliano da Conceição Moluras Onda-Grafe Artes Gráficas, Lda.

Luís Alberto Veloso Pereira AçoAço (Irmãos), Lda. Sérgio Augusto Palaio Tipografia Popular A. Palaio. Lda.

Eduardo Fernando Deserto SoaresSoartes – Artes Gráficas, Lda. José Manuel FigueiredoImprime – Serigrafia e Artes Gráficas, Lda.

António de Andrade TeixeiraGrafilinha - Trabalhos Gráficos e Publicidade, Lda.

José Carlos Guedelha LopesJ C L Artes Gráficas, Lda.

ORGANIZAÇÃO (DIVISÕES, SECÇÕES, NÚCLEOS E DeLeGAÇÕes)A apigraf está organizada em três regiões: Norte, Centro e Sul e Ilhas. A defesa de interesses comuns, mas específicos de determinados subsectores, levou à criação de núcle-os sectoriais, estando presentemente constituídos os seguintes.• Envelopes• Etiquetas em Bobina• Formulários em Contínuo• Impressão Grande Formato• Rotativas ComerciaisA apigraf tem sede em Lisboa e uma delegação no Porto.

Integram a estrutura executiva da apigraf a Direcção Executiva Nacional e a Direcção Executiva Regional da zona Norte, sendo que a primeira reúne represen-tantes das zonas Norte, Centro e Sul e Ilhas.A estrutura funcional da apigraf integra, entre outros, departamentos vocacionados para as áreas jurídica, ambiental e económica que desenvolvem a actividade necessária à prossecução dos objectivos da associa-ção. São realizados, em média, 6 mil atendimentos anuais, dos quais cerca de 40% na área da informa-ção jurídica. Para além do apoio às empresas, a api-graf realiza diversos eventos relevantes para os seus membros, entre os quais seminários, formação e o Encontro anual apigraf. A Associação tem em vigor diversas parcerias com condições particularmente vantajosas para as empresas associadas, como é o caso do Ambigraf para a prestação de serviços na área ambiental. Integra-se ainda na estrutura da associação a organiza-ção necessária ao desenvolvimento da área da comuni-cação, nomeadamente ao nível dos Boletins Informati-vos (aproximadamente 24/ano), à redacção e edição da t&g, a revista mensal dedicada às indústrias gráficas, de comunicação visual e transformadoras do papel, e à manutenção e actualização do site na internet. De acordo com um estudo efectuado com base no modelo desenvolvido pelo Trade Association Forum, cada empresa associada da apigraf obtém em média um benefício que representa 33 vezes o valor da quo-ta de associado.

EstruturaexecutivaDG/SG, Direcções, Serviços

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 93

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

PRODUTOS QUÍMICOS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA94

Avenida D. Carlos I, 45 - 3º, 1200-646 LisboaTel. +351 213 932 060Fax. +351 213 932 069Mail. [email protected]

MISSÃO - Defender e promover os legítimos direitos e interesses dos associados e contribuir para a evolução sustentável das suas actividades nos quadros da Indús-tria Química e da Economia Nacional.Assegurar e dignificar a imagem dos seus associados junto dos poderes públicos e da sociedade civil, promo-vendo a melhoria contínua das suas práticas dentro dos mais elevados padrões de integridade e responsabilidade.Desenvolver um espírito de solidariedade e entreajuda com, e entre, os seus associados.VISÃO - Reconhecimento da APEQ, nacional e interna-cionalmente, como representante privilegiado da Indús-tria Química nacional.A Indústria Química nacional é indispensável à economia e à sociedade portuguesa e claramente integra os aspec-tos do Desenvolvimento Sustentável.Os associados da APEQ são considerados pela sociedade modelos de empresas competitivas, responsáveis e boas cidadãs. VALORES - A APEQ adopta na sua actuação e promove junto dos seus associados, um código de ética assente no seguinte conjunto de valores:Respeito integral das leis do País e internacionais a que está sujeita.Defesa intransigente da protecção da Saúde Pública, da preservação do Ambiente e da Protecção e Segurança das populações e dos trabalhadores.Garantia de honestidade de posições e de procedi-mentos.Respeito do dever de sigilo.Transparência e verdade na comunicação com os outros.

Objectivos da APEQA lógica estatutária actual consagra, entre outros aspec-tos, a defesa dos interesses das empresas químicas as-sociadas, o objectivo de contribuir para a reestruturação e racionalização do associativismo empresarial e a inter-venção e colaboração com as entidades oficiais, nacio-nais e estrangeiras para o estabelecimento de medidas legislativas relativas ao sector, com especial ênfase no desenvolvimento sustentável e na melhoria contínua do desempenho em saúde, segurança e ambiente, quer nas suas instalações quer dos produtos químicos por elas fa-bricados.A APEQ, conjuntamente com todas as suas congéneres europeias e em harmonia com as instituições de que é membro, nomeadamente a CIP - Confederação da Indús-

tria Portuguesa e o CEFIC - Conselho Europeu da Indús-tria Química, promove e estimula a iniciativa empresarial para a criação de riqueza e melhoria dos serviços presta-dos à comunidade, baseada numa economia de mercado que respeite o desenvolvimento harmonioso e sustentá-vel da sua actividade, nomeadamente dos aspectos sócio -económicos, de saúde, de segurança e ambientais das empresas associadas.Desta forma, a actividade da APEQ envolve o contributo empenhado para a definição das políticas fiscal, social, económica e de competitividade, ambiental e laboral, incluindo a sua intervenção na contratação colectiva de trabalho para o sector e no diálogo social europeu entre entidades empregadoras e empregados representados pelos seus legítimos representantes, no seio da Comissão Europeia. O papel desempenhado pela Associação tem sido bastante relevante. O dinamismo da APEQ tem-se reflectido na realização de iniciativas importantes, como é o caso da implementação em Portugal do Programa "Ac-tuação Responsável" e, ainda, na criação dos Grupo de Trabalho Jurídico-Laboral, do Grupo Saúde Segurança e Ambiente e da Secção de Actividade dos Gases Indus-triais, com o seu Grupo de Gases Medicinais.A APEQ tem procurado ser o Forum de Discussão dos Problemas da Indústria Química, mediante a apresen-tação da sua perspectiva e das soluções que preconiza para os seus associados junto das diferentes instâncias nacionais e internacionais, contribuindo para o reforço da capacidade negocial das empresas do sector.

Actividades da APEQ As Actividades da APEQ centram-se, sobretudo, nas se-guintes áreas:• Assuntos Jurídico-laborais e dos Recursos Humanos• Códigos do Trabalho e legislação conexa• Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previ-dencial de Segurança Social• Todos os projectos de saúde ocupacional• Diálogo Social Europeu, via ECG – European Chemical Employers Group, sob os auspícios da Comissão• Contratação Colectiva• Área de Segurança, Saúde, Ambiente e Alterações Cli-máticas:IPPC - Integrated Prevention and Pollution Control: Licen-ciamento e reformulação da DirectivaREACH e CLP: Preparação das empresas e implemen-tação

APEQAssociação Portuguesa das Empresas Químicas

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 95

Comércio de Emissões (ETS – Emission Trade Scheme), PNALE IIIEnergia: PNAEE - Plano Nacional de Acção para a Efici-ência EnergéticaPNAAS - Plano Nacional de Acção Saúde e AmbienteResponsible Care® / ACTUAÇÃO RESPONSÁVEL e De-senvolvimento SustentávelProduct Stewardship e GPS – Global Product StrategyProduct Safety e Process Safety• Intervenção em decisões relacionadas com produtos químicos no âmbito da OMC – Organização Mundial do Comércio• Comunicação assídua com os Associados, por email e através da área reservada no website

A APEQ é membro e participa nas actividades de:

• CEFIC, Conselho Europeu da Indústria Química, onde integra: RCC - Responsible Care® Forum; AFEM - As-sembleia das Federações e Associações; Build Trust Pro-gramme Council• ECEG, European Chemical Employers Group, que in-tegra o Social Partners Dialogue with EMCEF, under the European Commission• CIP, Confederação da Indústria Portuguesa• CNTMP - Comissão Nacional para o transporte de Mer-cadorias Perigosas

Quem representa e quanto vale o SectorO conjunto de empresas associadas da APEQ não constituem um grupo homogéneo devido às diferen-tes capacidades produtivas instaladas e diversidade de actividades exercidas.Dada a dificuldade de compatibi-lização dos dados disponibilizados pelos Organismos Oficiais e a sua não actualidade, a APEQ optou por tratar a informação não da indústria química nacional como um todo, mas somente os dados dos seus as-sociados, que partindo da sua credibilidade poderão indicar a evolução de parte do sector químico nacional.• Emprego, Volume de negócios e Actuação Responsá-vel®/Desenvolvimento Sustentável

ÁREA ECONÓMICAVAV K¤ÁREA SOCIALNº Trabalhadores

2006

2481718

5336

2007

2753245

5146

2008

2734443

4807

Empresas Químicas associadas da APEQ

a) 27 empresasb) 26 empresasc) 24 empresasd) Trabalhadores c/ contrato a termo indeterminado e a termo resolutivo

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA96

OrganizaçãoDirecção-Geral

Assessoria e Consultadoria Técnicas

Secretariado

Contabilidade / Tesouraria

Apoio / Recepção

De salientar que sendo a APEQ uma associação de inscrição livre, o universo de empresas associadas pode sofrer ligeiras alterações de ano para ano. Dentro do conjunto dos seus associados, existe na APEQ um grupo de empresas químicas aderentes voluntários à Actuação Responsável®, que há vários anos facultam a esta associação, numa frequência anual, um vasto con-junto de dados informativos, que revelam que este gru-po de empresas reflecte uma postura de uma melhoria contínua das suas práticas ambientais, de saúde e de segurança, de todos os seus colaboradores, partilhando com estes e os seus parceiros, fornecedores, clientes, transportadores, armazenistas, empreiteiros, accionistas financiadores, autarquias, administração e comunidade em que está inserida, os progressos, as preocupações e os sucessos alcançados.

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteFrancisco Xavier Lobo Cardoso Quintela QUIMITÉCNICA Ambiente - Tratamento de Resíduos e Efluentes, S.A. 1º SecretárioAlberto Gabriel Muelle Goldstein,BAYER Portugal, S.A.

2º Secretário Helder Manuel Marques Paula, Companhia Industrial de Resinas Sintéticas, CIRES, S.A.

DirecçãoPresidenteJoão Jorge Gonçalves Fernandes Fugas, CUF Químicos Industriais, S.A.

Vice-Presidente Luís Ignacio Miguel Serrano Rubiera, SOLVAY Portugal - Produtos Químicos, S.A.

TesoureiroPedro Augusto Carvalho da Silva Garcia, UQUIPA - União Química Portuguesa, Lda.

VogalMiguel Rocha Felgueiras de Sousa Nogueira,EURORESINAS - Indústrias Químicas, S.A.

Conselho FiscalPresidenteMiguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro, NUTRIQUIM - Produtos Químicos, S.A.VogaisWashington Dantas Ribeiro, DOW Portugal - Produtos Químicos, Sociedade Unipessoal, Lda.

Marcos Tavares de Almeida Lagoa,RESIQUÍMICA - Resinas Químicas, S.A.

Directora-GeralLubélia Penedo

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 97

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA98

Rua da Junqueira, n°. 39 - 2° (Edifício Rosa) 1300-307 LisboaTel. +351 217 991 550 Fax. +351 217 991 551Mail. [email protected]

A Federação das Indústrias de Óleos Vegetais, Deriva-dos e Equiparados resulta da transformação do Grémio Nacional dos Industriais de Óleos Vegetais, seus Deriva-dos e Equiparados, tornada obrigatória pela publicação Decreto-Lei n°. 21 5-C/75, de 30 de Abril, relativo às As-sociações Patronais.Com a publicação do Decreto-Lei 215-C/75, o Grémio dá origem à presente Federação e passa a congregar no seu seio quatro associações patronais representativas dos sectores de actividade das empresas filiadas: margarinas e óleos vegetais, cosmética, perfumaria e higiene cor-poral, sabões, detergentes e produtos de conservação e limpeza e aerossóis.Aprovação dos estatutos da Federação em Janeiro de 1976 permitiu dar continuidade à organização patronal existente, com o mínimo de custos para os sectores en-volvidos.Desde essa data, as estruturas associativas federadas sofreram algumas modificações importantes.

Hoje a FIOVDE é constituída por quatro associações:• Associação Portuguesa de Óleos e Gorduras Vegetais, Margarinas e Derivados – APOGOM;• Associação dos Industriais de Cosmética, Perfumaria e Higiene Corporal – AIC;• Associação dos Industriais de Sabões, Detergentes e Produtos de Conservação e Limpeza – AISDPCL;• Associação Portuguesa de Aerossóis - APA

Estas associações têm filiadas 170 empresas, multina-cionais, nacionais, grandes e PME’s que representam um volume de negócios de cerca de 1 300 milhões de euros.

Joaquim Henriques PereiraPresidente da FIOVDE

Mail: [email protected]

Ana Maria Couras Director-geral da FIOVDE

Mail: [email protected]

ÂMBITO DE INTERVENÇÃO E OBJECTIVOSA Federação foi constituída, para defender os interesses da indústria representada nas associações nela federa-das e fomentar e desenvolver a solidariedade e sinergias entre essas mesmas associações, promovendo a colabo-ração recíproca entre elas.

MERCADO ALVOAs “entidades alvo” da Federação são as associadas pa-tronais da indústria química, de acordo com o art°. 6°. dos estatutos em vigor.

OPORTUNIDADES DE ACÇÃOTendo em vista a congregação de esforços da indústria e uma maior colaboração associativa, a FIOVDE tem vindo a desenvolver esforços para chegar às empresas que funcionam no sector, uma vez que se preconiza uma maior necessidade dos empresários de maneira a que a realidade nacional não seja prejudicada pelas decisões comunitárias e pelo mercado aberto, cujos efeitos já hoje se fazem sentir no nosso tecido empresarial.

ÁREAS DE INTERVENÇÃOFace às necessidades das associações sectoriais, as áreas de intervenção prioritárias são as que se seguem:• Assessoria/coordenação técnica;• Programas sectoriais e apoio técnico nas áreas do am-biente, energia e higiene, saúde e segurança no trabalho;• Apoio jurídico-laboral;• Tratamento da informação/divulgação selectiva da informação;• Funcionamento administrativo.

ASSOCIAÇÕESFIOVDEFederação das Indústrias de Óleos Vegetais, Derivados e Equiparados

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 99

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORASPRODUTOS FARMACÊUTICOS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA100

Rua Pêro da Covilhã, 22, 1400-297 LisboaTel. +351 213 031 780 Fax. +351 213 031 798Mail. [email protected]

MISSÃO • Contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do sector e do País • Contribuir para a melhoria da Saúde em Portugal • Contribuir para facilitar o acesso dos doentes às novas terapias • Defender os interesses comuns dos seus associadosOBJECTIVOS • Defender elevados padrões de qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos produzidos. • Defender um sistema de aprovação de medicamentos célere e eficiente • Proteger os direitos de propriedade industrial • Criar proximidade com o doente, primeiro destinatário da sua actividade • Interagir com a comunidade científica, pela permuta do conhecimento e pela preservação do património científico • Promover uma cultura de defesa ambiental como salva-guarda da Saúde Pública • Criar proximidade com a Comunidade, para promoção da sua missão e valores Quem representa e quanto vale o sector (empresas, emprego, volume de negócios e/ou outros indicadores a escolher pela Associação)• A APIFARMA representa 140 empresas responsáveis pela Produção e Importação de Medicamentos para Uso Humano e Veterinário, Vacinas e Meios de Diagnóstico

• 12 000 Postos de trabalho directos (50% de emprego qualificado)

Dados do Mercado Farmacêutico (2008)• Valor do Mercado: 4,6 mil milhões de euros • Produção nacional de medicamentos: 1988 milhões de euros • Contributo para o PIB: 2,8% • Exportações: 410 milhões de euros

Investigação e Desenvolvimento • 100 Novos ensaios clínicos todos os anos • 60-80 Estudos observacionais a decorrer • Todo o investimento suportado pela Indústria Farmacêutica • Percentagem Investimento em relação ao volume de vendas: 16,1% (Europa) • Volume total de investimento da Indústria Farmacêutica vs outros sectores: 19,2% (Europa) • Associados: quantos, áreas de negócio, distribuição sub-sectorial e regional (conforme o caso)140 associados, dos quais:• 118 produzem e comercializam medicamentos de uso humano, incluindo genéricos e medicamentos não sujei-tos a receita médica - 18 empresas produzem e comercia-lização medicamentos veterinários - 19 empresas comer-cializam Dispositivos Médicos para Diagnóstico in vitro.

ASSOCIAÇÕESAPIFARMAAssociação Portuguesa da Indústria Farmacêutica

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 101

Mesa da Assembleia GeralPresidenteJoão Gomes Esteves

1º Secretário José Albino Matos Mendes Servier Portugal – Especialidades Farmacêuticas, Lda.

2º SecretárioFrancisco Bráz de Castro Labesfal - Laboratórios Almiro, S.A.

DirecçãoPresidenteJoão Pedro de Almeida Lopes Laboratório Medinfar – Produtos Farmacêuticos, S.A.

Vice-Presidente José Carlos de Almeida Bastos Merck Sharp & Dohme, Lda.

João Paulo Cardoso Barroca Bayer Portugal S.A

Ana Maria Barata Repenicado Dias BIAL -Portela & Cª, S.A.

Alberto Guilherme Pereira Aguiar AstraZeneca – Produtos Farmacêuticos, Lda.

António Ricardo Chaves Costa Tecnifar – Indústria Técnica Farmacêutica, S.A.

Rui Santos Laboratórios Delta, Lda.

António Alberto Rodrigues Roche Farmacêutica Química, Lda.

Elvira García-Hernando Lilly Portugal - Produtos Farmacêuticos, Lda.

Conselho FiscalPresidenteJoão de Lara Everard Korangi - Produtos Farmacêuticos, Lda.

Helder Cassis laboratórios Vitória S.A.

Volker Lehmann-Braun Grunenthal, S.A.

Pela sua especificidade, existem 6 áreas de actividade que são tratadas no âmbito de Comissões Especializadas:

COMISSÃO ESPECIALIZADA DE MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA OU VENDA LI-VRE • Comissão Especializada de Meios de Diagnóstico• Comissão Especializada de Saúde Animal• Comissão Especializada de Assuntos Hospitalares• Comissão Especializada de Vacinas• Comissão Especializada de Produtores e Exportado-res

ESTRUTURA EXECUTIVA: DG/SG, DIRECÇÕES, SERVIÇOS• Direcção-Executiva: Rui Santos Ivo• Direcção de Assuntos Técnicos: Cristina Lopes• Direcção de Assuntos Jurídicos: Pedro Freitas

Corpos Sociais

OrganizaçãoDivisões, Secções, Núcleos, Delegações

Conselho Estratégico• António Jordão Om Pharma, S.A.• António Filipe Ipsen Portugal – Produtos Farmacêuticos, S.A.• Ana Paula Carvalho Laboratórios Pfizer, Lda• Kim Stratton Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos, S.A.• Luís Reis MediRex Pharma, Lda.• Pedro Ferraz da Costa Iberfar – Indústria Farmacêutica, S.A.• Piet Dury Astellas Farma, Lda.• Manuela Machado Amgen Biofarmacêutica, Lda.• Thebar Miranda Laboratórios Azevedos – Indústria Farmacêu-tica, S.A.• Heitor Costa Sanofi – Aventis – Produtos Farmacêuticos, S.A.• José Barata Dias Nycomed Portugal – Produtos Farmacêuticos, Lda.• Luigi Cianci Angelini Farmacêutica, Lda.• Bruno Gabriel Janssen Cilag Farmacêutica, Lda.• Sérgio Sobral Siemens Medical Solutions Diagnostics• José Alexandrino Jaba Recordati, S.A.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA102

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 103

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

ARTIGOS DE BORRACHA

Av. Santos Dumont, 68-r/c esq Lisboa, 1050-204 Tel. +351 217 974 476 Fax. +351 217 974 476Mail. [email protected]

ANIRPAssociação Nacional dos Industriais de Recauchutagem de Pneus

Constituída em 1975, a ANIRP possui actualmente 38 unidades de recauchutagem associadas. O sec-tor emprega 1.100 trabalhadores, produz 1.750.000 unidades/ano, tem uma facturação anual que ronda os 5.000.000 Euros e uma quota de exportação de 15% para os mercados europeu, africano e sul americano.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 105

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

CERÂMICA

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA106

Rua Coronel Veiga Simão, Edifício C, 3020-053, Coimbra Tel. +351 239 497 600 Fax. +351 239 497 601Mail. [email protected]

APICERAssociação Portuguesa da Indústria Cerâmica

A APICER – Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica iniciou a sua actividade em 1 de Outubro de 1997, passando a ser a única estrutura associati-va de âmbito nacional em representação da indústria de cerâmica nacional.A sua constituição e funcionamento reflectem os in-teresses específicos dos cinco subsectores que a integram:- Cerâmica Estrutural (telhas, tijolos e abobadilhas);- Cerâmica de Acabamentos (pavimentos e revesti-mentos cerâmicos);- Cerâmica de Louça Sanitária;- Cerâmica de Louça Utilitária e Decorativa;- Cerâmicas Especiais.A APICER dispõe de um quadro técnico próprio e permanente nas áreas jurídica, económica, ambien-te, energia, relações internacionais e comércio ex-terno, dispondo do seu próprio Portal na internet (www.apicer.pt).Para além da edição regular da sua revista KÉRA-MICA, a APICER dispõe de publicações de caracter formativo e informativo, nomeadamente Manuais de Aplicação de Telhas, de Alvenarias e de Revestimen-tos Cerâmicos.Representamos um sector que emprega 30.000 tra-balhadores e produz anualmente 1.200 milhões de euros, dos quais cerca de 460 milhões são destina-dos aos mercados internacionais. Com os estatutos publicados no BTE nº 3 - 3ª Série de 15/2/1997 a APICER tem a sua missão dividida em três vertentes fundamentais: • a nível institucional apresentamo-nos disponíveis e relacionamo-nos na base da reciprocidade• ao nível dos nossos associados, procuramos ser úteis e necessários à melhor gestão das empresas, assumindo a nossa própria credibilidade como regra e a nossa competência com o objectivo na salva-guarda dos interesses da cerâmica portuguesa.Por isso, temos o maior apreço pelas indústrias a montante e a jusante

• ao nível do público em geral, propomo-nos infor-mar mais para que conheça melhor o que é a in-dústria de cerâmica e o que produz, na certeza de que, conhecendo-nos melhor, saberá porque é que a tradição que temos neste sector não é sinónimo de antiguidade mas sim garantia e símbolo de uma perenidade que nos orgulhamos de usar no presente e transmitir ao futuro.Tudo isto em nome da competitividade das nossas empresas, na generalidade tão modernas quanto as europeias, e com produtos de qualidade superior.Ao lado da APICER, intervém na vertente tecnológi-ca o seu Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, e na vertente formação profissional o Centro de For-mação Profissional respectivamente com sede em Coimbra e Caldas da Rainha.E porque acreditamos na mais valia das parcerias, destacamos o papel de empresa e entidades que de-tém protocolos de cooperação com a APICER, como sejam a COSEC-Companhia de Seguros de Créditos, SA, a GDP - Gás de Portugal, S.G.P.S., SA, e a Marsh Maclenam, respectivamente nas áreas de seguros de crédito, gás natural e no ramo dos seguros em geral.Por outro lado, estamos filiados:CEDINTEC - Centro para o Desenvolvimento e Ino-vação TecnológicosTBE - Federação Europeia dos Fabricantes de Telha e TijoloCET - Federação Europeia de Fabricantes de Pavi-mentos e RevestimentosFEPF - Federação Europeia das Industrias de Louça Utilitária e DecorativaFECS - Federação Europeia de Fabricantes de Ce-râmica Sanitária

e somos sócios fundadores da:APCER - Associação Portuguesa de CertificaçãoCERTIF - Associação para a Certificação de Produ-tos

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 107

Corpos Sociais

Mesa da Assembleia GeralPresidenteDr.ª MARIA PAULA DA GRAÇA CARDOSO REVIGRÉS – Indústria de Revestimentos de Grés, Lda Vice-PresidenteDr. DIAMANTINO NEVES LOPES GRESART – Cerâmica Industrial, S.A.

Secretários Dr.ª PAULA MARGARIDA SEABRA NEVES FER-REIRA CERDOMUS –Indústrias Cerâmicas, S.A.

DirecçãoPresidenteDUARTE MANUEL PALMA LEAL GARCIA ALELUIA – Cerâmicas, S.A.

Vice-Presidente Dr. MARCELO FRANCO SOUSA MATCERÂMICA – Fabrico de Louça, S.A.

Eng.º JOSÉ CARLOS MARTINS CLIPER Cerâmica, S.A.

Eng.º AMÍLCAR GOMES DA SILVA Cerâmica de Pegões J.G.Silva, S.A.

Dr. EDUARDO MANUEL BRITO VEIGA Cerâmica Sotelha, S.A.

SuplentesCARLOS ALBERTO VIEIRA FARIA Faria & Bento, Lda

Dr. JOÃO MANUEL SOTTOMAYOR MEGRE Cerâmica de São Paulo, S.A.

Conselho FiscalPresidenteDr. SERAFIM FERREIRA NUNES FACERIL – Fábrica Cerâmica do Ribatejo, S.A. VogalDr.ª MARIA AMÉLIA DAMAS GONÇALVES DA VITÓRIA Primus Vitória – Azulejos, S.A.

Eng.º MODESTO DOS REIS FERNANDES Cerâmica Castros, S.A.

SuplenteDr. MANUEL LOPES BARATA Rauschert Portuguesa, S.A.

Os representantes dos subsectores que in-tegram o Órgão Parassocial da APICER que ontem foram eleitos para o triénio 2009 / 2012, são os seguintes:

Comissão de EstratégiaCerâmica de Acabamentos (pavimentos e revestimentos)

Efectivo: Dr. Marco Mussini GRES PANARIA Portugal, S.A.

Suplente: Eng.º José Alberto Batista Cardoso DOMINÓ – Indústrias Cerâmicas, S.A.

Cerâmicas Especiais (produtos refractários, electrotécnicos e outros)

Efectivo: Dr. MANUEL LOPES BARATA Rauschert Portuguesa, S.A.

Suplente: Eng.º Mário João Quintia Delgado Cerâmica do Liz, S.A.

Cerâmica Estrutural (telhas, tijolos, abobadil-has, tubos de grés e tijoleiras rústicas)

Efectivo: Eng.º Honório João dos Reis Campante Cerâmica de Boialvo, Lda

Suplente: José Ferreira da Silva Coelho CS – Coelho da Silva, S.A.

Cerâmica de Louça Sanitária

Efectivo: Eng.º António Afonso de Pinto Galvão Lucas Fábrica Cerâmica de Valadares, S.A.

Suplente: Dr. Nuno Manuel Ponte Rodrigues ROCA, S.A.

Cerâmica Utilitária e Decorativa

Efectivo: Eng.º Álvaro Manuel Carvalhas Silva Tavares CERUTIL – Cerâmicas Utilitárias, Lda

Suplente: Abílio Manuel Magalhães Madaíl Faianças Primagera, S.A.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA108

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 109

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

PRODUTOS METÁLICOS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA110

A ANEMM - Associação Nacional das Empresas Met-alúrgicas e Electromecânicas -é uma Associação de empregadores de âmbito nacional, sem fins lucrati-vos, que tem como objectivos:• Defender os legítimos direitos e interesses das em-presas suas associadas que se integrem no sector metalúrgico e electromecânico, e assegurar a sua representação junto de quaisquer entidades públicas ou privadas.• Prestar assistência e apoio às empresas suas asso-ciadas, através dos serviços técnicos, tendo em vista incentivar e incrementar o desenvolvimento e o pro-gresso de actividades das empresas.• Promover e incentivar a formação profissional e o aperfeiçoamento dos recursos humanos no sector metalúrgico e electromecânico.

A ANEMM, enquanto entidade representativa do sec-tor, fornece aos associados assistência, apoio e es-clarecimentos nas seguintes áreas:• Jurídico-laboral• Contratação Colectiva• Económica• Fiscal• Técnica e Tecnológica• Formação Profissional• Comercial e Subcontratação• Internacionalização

A ANEMM tem um sistema de informação aos sócios através de "mailing" com informação seleccionada (Jurídico-laboral, técnica, económica, fiscal, comer-cial, contratação colectiva, etc.)Tem também um sistema de informação telefónica e atendimento pessoal em todas as áreas atrás in-dicadas.Organiza sessões de sensibilização e seminários, ten-do em vista a informação e divulgação junto dos asso-ciados sobre as actualizações legislativas e divulgação de matérias especialmente relevantes para o sector, nas áreas Económica, Fiscal, Jurídica e Técnica.Possui um Boletim Informativo mensal dirigido aos associados. Tem um site (www.anemm.pt) onde es-tão sucintamente caracterizadas as empresas asso-ciadas, como forma de potenciar os seus produtos, quer no mercado interno, quer no mercado externo. Neste site está, também, disponível todo um con-junto de informação de interesse para o associado,

cujos conteúdos são sistematicamente actualiza-dos pelos quadros técnicos da associação. Edita o Anuário do Sector Metalúrgico e Metalomecânico.Tendo em vista apoiar os seus associados nas áreas técnica e tecnológica, a ANEMM é sócia do CATIM - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalo-mecânica e do CBE - Centro da Biomassa e Energia.A nossa Associação tem, também, um protocolo de colaboração com o ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade.A ANEMM é sócio correspondente do IPQ - Instituto Português da Qualidade, sendo ainda membro da AP-CER, do CERTIF, da ANREEE e da FENAME – Federa-ção Nacional do Metal, federação de empregadores que outorga os Contratos Colectivos do sector.Na área da promoção comercial e internacionaliza-ção das empresas suas associadas, a ANEMM tem uma relação privilegiada com a AICEP e tem também acordos para a participação em feiras com a AIP- Associação Industrial Portuguesa e a AEP - Asso-ciação Empresarial de Portugal.Tendo em vista promover a deslocalização da produção e a internacionalização das empresas suas associa-das, a ANEMM tem promovido a realização de missões empresariais, quer na Europa, quer nos mercados do Magreb, da África Austral e da América do Sul.Paralelamente à realização das várias missões em-presariais têm sido realizados estudos de oportuni-dades para as empresas do sector em mercados es-tratégicos. Assim, a ANEMM detém estudos actualizados relativa-mente aos seguintes mercados: Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe Tunísia, Chile e Ar-gentina. No que se refere às relações internacionais da ANEMM, a nossa Associação tem um protocolos de colaboração com várias Associações e Confederações ligadas ao sector, na Europa, África e América do Sul.A ANEMM é ainda a representante das empresas por-tuguesas do sector metalúrgico e electromecânico nas seguintes organizações internacionais:• ORGALIME - Liaison Group of the European Me-chanical, Electrical, Electronic and Metalworking In-dustries• CEEMET - Council of European Employers of the Metal, Engineering and Technology – Based Indus-tries• FEM - Federation Européene de Mouvement• CEMA - Comité Européen de Machinismes Agricoles

Estrada do Paço do Lumiar, Pólo Tecnológico de Lisboa, Rua G, nº 2 (lote 13), 1600-485 LisboaTel. +351 217 112 740 Fax. +351 217 150 403 Mail. [email protected]

Núcleo de Torres VedrasRua António Leal Ascensão - Edifício Caero, 2560-309 Torres VedrasTel. +351 261 326 860

ANEMMAssociação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 111

A área da “formação profissional e aperfeiçoamento dos recursos humanos”, sendo um dos objectivos estatutários da ANEMM, tem sido uma das mais relevantes vertentes estratégicas da nossa actividade.Tendo em vista dar cumprimento a estes objectivos, a ANEMM participa nos Órgãos sociais do CENFIM (Centro de Formação Profissional da Indústria Met-alúrgica e Metalomecânica) e é também sócia funda-dora da AFTEM - Associação para a Formação Tec-nológica, Engenharia Mecânica e Materiais, que gere as duas escolas de tecnologia mecânica (ESTEM), uma no Porto e outra em Lisboa.

A ANEMM Integra o projecto de formação do Centro de Formação Profissional da Metalomecânica de Maputo em conjunto com a União Geral de Trabalhadores (UGT), In-stituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), pela parte portuguesa e com a Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM), Associação Industrial de Moçam-bique (AIMO), Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP), pela parte Moçambicana.Este é um importante projecto de cooperação com Moçambique na área da Formação Profissional que veio responder às carências de obra especializada para o sec-tor metalomecânico em Moçambique.

Estrutura executivaVice-Presidente ExecutivoJoão Reis

Directora-GeralMaria Luís Correia

Departamento JurídicoMadalena GonçalvesGlória Parente

Departamento de Assuntos Económicos e FiscaisMaria Luís CorreiaSandra Rodrigues

Departamento TécnicoRui SantosDavid Canas Mendes

Departamento de Apoio às Actividades Comerciais e AssociativasRui GuimarãesVitor Filipe

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteIsabel Pires, ATM - Assistência Total de Manutenção, S.A. 1º SecretárioFrancisco Paulo Moreira Damião, Secomil - Equi-pamentos Agro-Alimentares, Soc.Unipessoal, Lda

2º Secretário Maria Emília Vieira Alves, Vieira Alves Metalomecânica, Lda.

DirecçãoPresidenteJosé de Oliveira Guia, Rimetal - Construção e Montagem de Equipamentos Industriais, Lda.

Vice-Presidentes Pedro Nunes de Almeida, SLM - Sociedade Lisbonense de Metalização, S.A.

Rita Adelaide da Silva Alho Martins, EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento, S.A.

TesoureiroVicente António Capela Germino, Técnicas de Contentorização, Lda.

VogaisJoão Fernando Elias Veloso, OESTAGRIC - Equipamentos Agrícolas e Industriais, Lda.

Fernando Gonçalves Proença, SIMI - Sociedade Internacional de Montagens Industriais, S.A.

Samuel Mendes Pacheco,AMAL - Construções Metálicas, S.A.

José Paulo Pereira Filipe,TECNISATA - Indústria Metalomecânica, Lda.

Conselho FiscalPresidenteJoão Pedro Caldeira de Mendonça,Electro Portugal, Lda.

VogaisJoão Romão Alves Chedas Fernandes,Balanças Romão, S.A.

António Faustino Gonçalves Lages, ESMAL - Empresa de Serviços de Manutenção, Lda.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA112

O sector metalúrgico e electromecânico é um dos principais sectores da actividade económica, ocu-pando uma posição estratégica dentro da malha in-dustrial. De facto, compreende um vasto conjunto de especialidades que servem o universo da economia, desde a industria extractiva à transformadora, para além de outros importantes sectores de actividade como o agrícola, a construção civil e obras públicas e o comércio e serviços.A actividade metalúrgica e electromecânica é igual-mente reconhecida como fundamental no processo de modernização e desenvolvimento tecnológico, sendo as suas empresas responsáveis pela produção de bens de investimento para os diversos segmentos industriais.O sector detém assim, em termos macro-económicos, uma posição bastante importante, sendo responsável por 5% do Volume de Negócios e 6% do Valor Acres-centado Bruto (VABpm) e do emprego criado no con-junto da economia nacional.O sector detém uma das principais posições em termos da indústria transformadora englobando os seguintes grandes subsectores de actividade:• Indústrias Metalúrgicas de Base• Fabricação de Produtos Metálicos• Fabricação de Máquinas e Equipamentos• Fabricação de Aparelhos e Instrumentos Médico- -Cirúrgicos, Ortopédicos e de Precisão• Fabricação de Material de Transporte

A indústria Metalúrgica Electromecânica em termos globais caracterizava-se pelos seguintes indicadores económicos:• Nº de empresas - 20 897• Pessoal ao serviço - 182 467• Volume de negócios - 15 890 milhões de euros• Valor acrescentado bruto - 4 387 milhões de euros• Produtividade (VAB por trabalhador) - 24 mil euros

No sector metalúrgico e electromecânico predomi-

nam as pequenas empresas, sendo de realçar o facto de cerca de 72% das empresas do sector terem me-nos de 10 trabalhadores, sendo de 95% o número de empresas com menos de 50 trabalhadores. O peso das grandes empresas é bastante reduzido - inferior a 1%.A indústria metalúrgica e electromecânica no seu conjunto ocupa uma das posições mais relevantes no contexto da indústria transformadora:• Detém cerca de 26% das empresas• Emprega 21% da mão-de-obra• É responsável por 22% do volume de negócios• Cria 23% do valor acrescentado

As empresas do sector têm desenvolvido nos últi-mos anos um esforço de implantação em mercados externos, tendo, nomeadamente, os sectores de bens de equipamento e de material de transporte dado um forte contributo para o aumento das exportações na-cionais nos anos de 2006 e 2007.Ao nível das relações comerciais com o exterior no ano de 2006, salientamos o facto de as entradas de produtos metalúrgicos e electromecânicas no mon-tante de 16 229 milhões de euros, terem correspon-dido a 31% do total das entradas nacionais e 30% das saídas do País terem tido origem no sector (10 201 milhões de euros).As relações comerciais ao nível dos produtos met-alúrgicos e electromecânicos desenvolvem-se fun-damentalmente no espaço da Comunidade Europeia, realçando-se como principais países de destino e origem destes produtos a Espanha, Alemanha, Fran-ça, Itália, Reino Unido e Bélgica. No entanto importa referir que a partir fundamentalmente de 2005, se tem verificado uma maior diversificação ao nível dos mercados de destino, salientando-se a importância que o mercado Angolano tem vindo a ganhar como destino das exportações do sector. •

ANEMM • Departamento dos Assuntos Económicos e Financeiros

Secretariado e Apoio AdministrativoMargarida MoncadaPatrícia MartinsAntónio Pedro Morais

Serviços de Contabilidade e TesourariaHelena Reis

Serviço de Reprografia e ExpediçãoAntónio José Folgado

RecepçãoMaria Filomena Calado Zêzere

Indústria Metalúrgica e Electromecânica em Portugal

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 113

ASSOCIAÇÕES

Rua dos Plátanos, 197, 4100-414 PortoTel. +351 226 166 860 Fax. +351 226 107 473Mail. [email protected]

AIMMAPAssociação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal

A AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúr-gicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, criada em 1957 e constituída por empresas singula-res e colectivas que exercem actividade metalúrgica, metalomecânica, electromecânica e afins e que pos-suem sede ou estabelecimento em Portugal.

Congrega actualmente cerca de 1000 empresas que empregam directamente mais de 50 000 trabalha-dores, sendo uma das mais importantes associações de empregadores de Portugal.

A sua missão é contribuir para a promoção e dinam-ização do sector, fornecendo o apoio técnico, tec-nológico, de formação profissional e logístico, tendo como objectivo um forte desenvolvimento sustentado do sector que representa.

Nesse sentido, a AIMMAP, para além da sua activi-dade corrente de apoio e consultadoria aos seus as-sociados, tem estado envolvida em diversas iniciati-vas em prol do sector, nas seguintes áreas da maior importância:• Contratação Colectiva, negociando contratos colec-tivos de trabalho com diversas estruturas sindicais;• Legislação laboral, contribuindo para a discussão de diplomas legais, sobretudo através da sua partici-pação em diversas Comissões e Grupos de Trabalho promovidos pela CIP;• Propriedade Industrial, incentivando as empresas a apostarem no desenvolvimento de iniciativas de

propriedade industrial, nomeadamente na criação de marcas, patentes e modelos e desenhos industriais, e desenvolvendo projectos nesta área, nomeadamente o GAPI - Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial;• Formação Profissional, através de acções próprias e ainda do trabalho desenvolvido pelo CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica;• Ambiente, realizando diversas iniciativas de sen-sibilização às empresas para a importância do cum-primento da legislação e acções concretas nos temas mais relevantes, como seja o REACH, licenciamento ambiental, gestão de resíduos, constituição de garan-tias financeiras em matéria ambiental e emissões at-mosféricas.• Internacionalização, promovendo, através da real-ização de feiras e missões, o acesso das empresas aos mais diversos mercados;• Contrafacção e concorrência desleal, promovendo um combate acérrimo às práticas de contrafacção e concorrência desleal, intervindo nesse âmbito junto das autoridades nacionais e comunitárias;• Investigação, desenvolvimento e inovação, nome-adamente através do seu envolvimento na Associação PRODUTECH, no CATIM e no INEGI;• Certificação, estando envolvida na CERTIF e na AP-CER, estando representada nos seus órgãos sociais.A AIMMAP tem, assim, cumprido a sua missão ao contribuir decisivamente não só para a melhoria do sector que representa mas também para posicionar o mesmo, pelas suas características de excelência, no lugar que lhe compete no seio da economia nacional.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA114

Corpos Sociais

Mesa da Assembleia GeralPresidenteAntónio Henrique Correia Ramos,A. Dias Ramos - Máquinas e Ferramentas, Lda. Vice-PresidenteAdérito Barroso Sequeira Varejão, SERI - Socie-dade de Estudos e Realizações Industriais, Lda.

Secretários Manuel Pedro Tomé de Aguiar Quintas, Tegopi - Indústria Metalomecânica, S.A.

Raquel Sofia Ferreira Santos,A Metalúrgica - Bakeware Production, S.A.

DirecçãoPresidenteAntónio Manuel Frade Saraiva, Metalúrgica Luso-Italiana, S.A.

Vice-Presidentes Aníbal José da Costa Campos, Silampos - Socie-dade Industrial de Louça Metálica Campos, S.A.

Rui Manuel Macedo Ferreira Marques,Ferreira Marques & Irmão, Lda.Susana Azevedo Alvarez Pombo,Pombo - Indústria Metalúrgica, Lda.

Manuel Augusto Ferreira Braga Lino,Felino - Fundição e Construções Mecânicas, S.A.

Luís Manuel Torres Marques, Cifial - Centro Industrial Ferragens, S.A.

Gonçalo Gali de Carvalho Macedo, Sonafi - Sociedade Nacional de Fundição Injectada, S.A.

Vítor Manuel Pereira Neves, Colepccl Portugal - Embalagens e Enchimentos, S.A.

Elísio Paulo de Oliveira Azevedo, Elísio Paulo & Azevedo, Lda.

Augusto José Moura da Silva Maia, Aficor - Afiamentos e Reparações de Ferramentas de Corte, S.A.

Conselho FiscalPresidenteDomingos José Vieira de Matos, F. Ramada - Aços e Indústrias, S.A.

Relator José Augusto Pinho de Matos, António Augusto Dias Matos, Lda.

VogalJoão Rafael Ivo Silvestre, Ivo Cutelarias, Lda.

CAE

27282930313233343536371

TOTAL

Empresas

44417,6087,67768

2,1412911,118509777

10,288145

41,066

VN

2,4465,3083,491110

2,6123,165528

4,279830

2,524395

25,688

VAB

4721,6801,14321

56360816975425674157

6,463

FBCF

57301201352106191132513919

1,034

Produção

2,3843,4122,764170

1,9702,597428

4,6211,0201,695206

21,267

Pessoal ao serviço

9,66188,24747,642

85024,64212,4287,06123,12810,41357,1951,056

282,323

Exportações

1,8081,4872,2794571,7192,629319

4,4494761,145

16,768

Importações

4,3351,2593,9721,2091,7293,4501,1856,1799011,168

25,387

Milhões de euros

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 115

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

EQUIPAMENTO ELÉCTRICO

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA116

Av. Guerra Junqueiro 11, 2º. Esq. - Lisboa Tel. +351 226 008 627Mail. [email protected]. Norte: Rua Júlio Dinis, 561 – Sala 503 - Porto

A ANIMEE - Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico, é uma associação pa-tronal, de âmbito nacional, e que tem como objectivo o estudo e a defesa do desenvolvimento da actividade industrial e comercial, de investigação tecnológica e da formação profissional do sector eléctrico e elec-trónico, energia e telecomunicações, com vista ao de-senvolvimento económico nacional.A ANIMEE representa cerca de 110 empresas privadas deste sector de actividade, que empregam cerca de 28 500 trabalhadores e facturaram aproximadamente cerca de 5.590 milhões de Euros em 2008, dos quais, cerca de 4.524 milhões de Euros, correspondem a exportações. Estas empresas estão distribuídas por todo o país, com especial predominância nas zonas de Lisboa, Porto, Braga, Setúbal e respectivos arredores, e agrupam-se, dentro da ANIMEE, em quatro grandes grupos, a saber:Equipamento Eléctrico e Energia; Electrónica, Tecnologia e Sistemas de Informação, Informática, Telecomunica-ções e Imagem Médica; Material Eléctrico e Electrónico de Consumo; finalmente o último grupo, o dos Grupos de Interesse Especial (G.I.E), e Associações Autónomas.A ANIMEE que sucede ao antigo Grémio dos Indus-triais de Material Eléctrico, tem mais de três dezenas de anos de existência, e existe fundamentalmente para servir e promover o interesse dos seus associa-dos. É assim que, através do Serviço de Relações de Trabalho, do Serviço de Economia e Fiscalidade e do Serviço de Tecnologia Industrial e Ambiente, a Asso-ciação informa, responde a perguntas, dá pareceres, resolve questões, apoia os associados nas suas inicia-tivas. Numa palavra, está permanentemente disponível para dar resposta às solicitações que lhe são feitas.Pormenorizando um pouco, o Serviço de Relações de Trabalho trata da contratação colectiva, resolve dúvidas de interpretação do CCT e das leis do tra-balho; o Serviço de Economia elabora relatórios so-bre a conjuntura e a evolução do comércio externo, relatório anual da indústria eléctrica e electrónica, fornece múltiplos elementos estatísticos e esclarece questões fiscais; através do Serviço de Tecnologia Industrial e Ambiente garante-se às empresas asso-ciadas uma informação permanente sobre matérias relativas à qualidade, normalização, ambiente, novas tecnologias, oportunidades comerciais, e acompanha-mento das Directiva Europeias nesta matéria.

Ao longo dos anos a ANIMEE tem desenvolvido diver-sas iniciativas em benefício não só dos seus associa-dos como das empresas do sector em geral. Assim, desde 1979, e de dois em dois anos, realiza o ENDIEL - Encontro para o Desenvolvimento do Sector Eléctrico e Electrónico, alternadamente em Lisboa e no Porto.A Formação Profissional, uma das preocupações fundamentais dos empresários, mereceu à ANIMEE, desde sempre, a maior atenção. E foi assim que, em 1985, em cooperação com o I.E.F.P., constituiu o CI-NEL - Centro de Formação Profissional para a Indús-tria Electrónica, que, quer em Lisboa, quer no Porto, forma continuamente excelentes técnicos de elec-trónica, em cursos diurnos e nocturnos.A normalização e a certificação de produtos, logo, a qualidade ao mais alto nível, são asseguradas pelo IEP - Instituto Electrotécnico Português, com instalações no Porto (Senhora da Hora), desde 1981, e com Laboratóri-os próprios, nomeadamente na área das Fibras Ópticas. Gestão Industrial, Formação e Metrologia, a par da Ac-tividade da Inspecção, são áreas de vocação do IEP.A ANIMEE edita, de dois em dois anos, um Anuário da Indústria Eléctrica e Electrónica, uma publicação de enorme interesse para conhecer “quem faz o quê” neste sector de actividade.Também publica uma Revista de dois em dois meses, na qual se espelham muitas das actividades das empresas do sector e da própria ANIMEE, além das Monografias do Sector, como importante suporte estatístico.A ANIMEE está filiada na Confederação da Indústria Portuguesa - CIP, desde há longos anos, e é associa-da-fundadora da CERTIEL - Associação Certificadora de Instalações Eléctricas. Aderiu, também, à APCER – Associação Portuguesa de Certificação, à CERTIF – Associação para a Certificação de Produtos e à AN-REEE – Associação Nacional para o Registo de Equi-pamentos Eléctricos e Electrónicos.No domínio das relações internacionais está a AN-IMEE filiada nos seguintes organismos: T&D Europe (Associação Europeia da Indústria dos Equipamentos e Serviços de Transmissão e Distribuição de Electri-cidade), CECAPI (Associação Europeia de Fabricantes de Aparelhagens Eléctricas de Instalações), CEMEP (Associação Europeia de Fabricantes de Máquinas Eléctricas e Electrónicas de Potência) e CELMA (Fed-eração das Associações de Fabricantes de Iluminação da União Europeia).

ANIMEEAssociação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 117

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORASEQUIPAMENTO TRANSPORTE

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA118

Rua Jorge Afonso, nº 31, 6º 1600-126 LisboaTel: +351 217 818 770Fax: +351 217 818 779Mail: [email protected]

DENOMINAÇÃO A Associação das Indústrias Marítimas é uma associação patronal, sem fins lucrativos e de du-ração indeterminada, criada ao abrigo do Decreto-Lei N.º 215-C/75 e mais legislação aplicável. Está em curso a renovação dos actuais Estatutos, que envolve a alteração da denominação para Associação das Indústrias Navais.SEDE A Associação tem a sua sede em Lisboa, Rua Jorge Afonso, 31 – 6º, 1600 126 Lisboa, podendo, todavia, estabelecer delegações em qualquer local do território nacional.OBJECTO A Associação tem por objecto promover e estimular a iniciativa empresarial, o desenvolvimento da economia de mercado, a criação de riqueza e uma melhor prestação de serviços à comunidade em todos os aspectos sócio -económicos das empresas associadas.FINS 1 - A Associação tem por fins:a) Defender os legítimos direitos e interesses de todos os associados, seu prestígio e dignificação;b) Contribuir para o harmónio desenvolvimento das ac-tividades dos seus associados em especial e, em geral, da economia nacional, com vista ao estabelecimento de um clima de progresso e de uma justa paz social;c) Desenvolver um espírito de solidariedade e apoio recíproco entre os seus membros. 2 - Na prossecução dos fins definidos no número ante-rior, compete, em especial, à Associação:a) Assegurar a representação das empresas associadas;b) Colaborar com os organismos oficiais e outras enti-dades para a solução dos problemas económicos, sociais e fiscais das indústrias marítimas;c) Propor e participar na definição da política económi-ca que se relacione com o desenvolvimento geral do sector;d) Recolher e divulgar informações e elementos estatís-ticos de interesse do e para o sector;e) Incentivar e apoiar os associados na reestruturação e fomento das suas actividades, através da criação de condições para uma melhor formação profissional e de protocolos a estabelecer com instituições financeiras e outras entidades de interesse para a AIM;f) Promover a criação de serviços de consulta para os seus sócios, na perspectiva da defesa dos interesses li-gados ao mar.

ASSOCIADOS A Associação das Indústrias Marítimas (AIM) é uma associação patronal, de âmbito nacional, que representa diferentes sectores estratégicos para o desenvolvimento da economia do mar, tais como, socie-dades classificadoras de navios, operadores marítimos,

entidades IDT, empresas de projecto e fornecedores de equipamentos e serviços, constituindo a construção e reparação naval o seu núcleo principal.Este sector é muito diversificado em termos de dimen-são e tecnologias utilizadas, tais como:• Manutenção dos navios mercantes de grande porte;• Construção de navios sofisticados;• Manutenção dos navios da Marinha;• Construção de ferry-boats, lanchas de fiscalização, embarcações de pesca, recreio e desporto, embarcações tradicionais em madeira.

CARACTERIZAÇÃO DO SECTORA pequena dimensão e natureza da construção e repara-ção naval em Portugal permitiram que a crise financeira e económica mundial não se fizesse sentir com muita intensidade em 2008, mas é já visível a redução da sua actividade em 2009, com maior incidência nos estaleiros de dimensão PME.Segundo os dados da Informação Empresarial Simplifi-cada (IES), em 2008, existiam 248 empresas inscritas na actividade de construção e reparação naval, repre-sentando 4674 trabalhadores e um volume de negócios de 389,9 milhões de euros. A reparação e manutenção de embarcações representa 62,3 % do volume de negócios do sector.

Construção emb. metálicas

Construção recreio e desporto

Construção não metálicas

Reparação e manutenção

Vendas e Prestações de Serviços 2008(milhões de euros e %)

AIMAssociação das Indústrias Marítimas

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 119

Construção emb. metálicas

Construção recreio e desporto

Construção não metálicas

Reparação e manutenção

Exportação de Vendas e Prestações de Serviços 2008 (milhões de euros e %)

Vendas de Construção e Reparação Naval GE

Volume de Negócios (milhões de euros)

A Indústria Naval, além de ser uma indústria expor-tadora de elevado valor acrescentado, está a crescer a uma taxa anual muito superior à Indústria Trans-formadora, apesar dos existentes constrangimentos à competitividade, já identificados e apresentados à tutela do sector. Segundo dados do INE, que ainda não disponibili-zou valores relativos a 2008,o volume de negócios da construção e reparação naval, no período 2004 a 2007 cresceu a uma taxa anual de 14,0 %, muito su-perior à taxa de 5,2 % de crescimento da indústria transformadora. O peso do sector no total da Indústria Transformadora cresceu neste período 11 pontos. Os estaleiros associados da AIM, apresentaram em 2008 um volume de negócios de 388 milhões de euros, rep-resentando uma taxa de crescimento anual média de 15,8 %, entre 2004 e 2008.

Este sector tem uma forte componente para a exporta-ção. Segundo dados da IES, em 2008 as exportações de bens e serviços atingiram 253,2 milhões de euros, repre-sentando 63,5 % do volume de negócios.

Fonte • INE - Sistemas de Contas Integradas das Empresas e AIM

A actividade de reparação e manutenção de embarcações além de ter uma elevada quota de exportação, em 2008 atingiu 64,8 % do volume de negócios, é a actividade que menos depende do mercado comunitário (apenas 51,2 % do volume de negócios).

Extra-comunitário Comunitário

ANÁLISE DO UNIVERSO DA AIMEm 2008, o volume de vendas de 6 empresas que vendem serviços de construção e reparação de grande dimensão, cresceu 23,6 %, para 325,4 milhões de euros. Naquele grupo de empresas merecem destaque os volumes de vendas de reparação naval da Lisnave e de construção naval dos ENVC que atingiram 150,5 milhões de euros e 108,2 milhões de euros, respectivamente.

1 2 3 1 10 9 3 1 0 31 37

15 6 1 7 321 7

2 9 4 5

17 6

54 7 2 7 6 9010 8

1 5 2 1 55

26 9

1 5 7

2 0923 2

2 6 3

32 5

0

1 0 0

2 0 0

3 0 0

4 0 0

2 0 01 20 0 2 2 0 03 2 00 4 20 0 5 2 0 06 2 00 7 2 0 08MilhõesEuros

Re pa r aç ã o G E Co n s tru ç ão G E G E

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA120

Em 2008, o volume de vendas dos 8 estaleiros de con-strução e reparação naval, de dimensão PME, caiu 2,8 % relativamente ao ano anterior, tendo atingido o valor da ordem dos 40 milhões de euros.

4

1 3 1 1

49 9

1 29

2 4 2 4

8

2 2 2 0

2 6

2 0

3 0

4 0 3 9

1 4

1 1

1 51 6

1 5

1 5

0

10

20

30

40

50

2 0 0 1 2 0 02 2 0 03 2 0 04 2 0 05 2 0 06 2 0 07 2 0 08MilhõesEuros

Rep a ra ç ã o PME Con s tr u ç ã o PME To ta l PME

Vendas de Construção e Reparação Naval PME

Volume de Vendas dos estaleiros do universo AIM(milhões de euros)

As PME do sector que vinham a crescer a uma taxa anual superior a 15 %, em 2008, parecem terem ini-ciado um novo ciclo negativo, que será mais acentua-do se não forem tomadas medidas a nível político que permitam combater o efeito da actual crise financeira e económica mundial no sector.A manutenção e reparação naval efectuada em esta-leiros de grande dimensão (Lisnave e ENVC) é a ac-tividade predominante no nosso país, tendo represen-tado em 2008, 66 % do volume de negócios total dos associados da AIM.

A análise da actividade evidencia uma tendência de crescimento da reparação naval superior ao da con-strução naval, que justifica o aumento do VAB do sec-tor no total da Indústria Transformadora.

Corpos SociaisMesa da Assembleia-GeralPresidenteTecor - Tecnologia Anticorrosão, S.A.

Secretário IST - Centro de Engenharia e Tecnol. Naval

DirecçãoPresidente Lisnave - Infraestruturas Navais, S.A.

Vice-PresidentesEstaleiros Navais de Viana Do Castelo, S.A.Lisnave-Estaleiros Navais, S.A.

VogaisArsenal do AlfeiteEstaleiros Navais de Peniche, S.A.Navalria - Docas, Const. e Rep. Navais, S.A.Estaleiros Navais do Mondego, S.A.Nautiber - Estaleiros Nav. do Guadiana, Lda.União Construtora Naval, Lda.Engº Óscar Napoleão Filgueiras MotaEngº José Ventura de Sousa

Conselho FiscalPresidente Fresti - Socied. de Form. e Gestão de Navios

Vogais Lisnave Internacional, S.A.ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade

Estrutura executivaSecretário-GeralDirector Técnico

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 121

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS

MOBILIÁRIO

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA122

Rua Álvares Cabral, 281 4050-041, PortoTel. +351 223 394 200Fax. +351 223 394 210www.aimmp.pt

QUEM REPRESENTA E QUANTO VALE O SECTORA AIMMP é a única organização nacional representa-tiva de toda a Fileira de Madeira e Mobiliário do país.As Indústrias de Madeira e Mobiliário enformam uma das fileiras mais importantes no contexto da economia nacional, na criação de emprego e na fixação das pes-soas nas regiões mais desfavorecidas.Os números comprovam isso mesmo: representam cerca de 5.000 empresas e 54.500 trabalhadores (dis-tribuídos predominantemente pelas empresas de pe-quena dimensão); contabilizam um volume de vendas de 2,5 mil milhões de euros e um volume de exportação de 1,3 mil milhões de euros, sendo o mobiliário, os pai-néis de madeira, os produtos para a construção (portas e pavimentos) e as madeiras de pinho e de eucalipto, em rolaria e serradas, os principais responsáveis por estes valores; apresentam um saldo da balança comer-cial positivo de 400 milhões de euros.Enquanto parte integrante do Cluster Florestal, em Portugal, é responsável por cerca de 5,3% do VAB total da economia, 14% do PIB industrial, 9% do emprego industrial e 12% das exportações nacionais.VISÃO Pertencer ao grupo das 10 maiores associações nacionais e ser a primeira opção dos industriais da Fi-leira de Madeira e Mobiliário em presença de qualquer problema e/ou necessidade para o esclarecimento de questões do âmbito do sector.MISSÃO Criar condições envolventes favoráveis ao su-cesso das empresas da Fileira de Madeira e Mobiliário, para isso exercendo um esforço permanente de influ-ência, promovendo a oferta de serviços e de iniciativas de suporte ao desenvolvimento empresarial e dignifi-cando o trabalho da transformação de madeira.MEMBRO DE:Entidades InternacionaisCEI-Bois – European Confederation of Woodworking IndustriesEFIC – European Furniture Industries ConfederationEPAL – European Pallet AssociationEPF – European Panel FederationFEFPEB – European Federation of Wood Pallet and Packaging ManufacturesFEIC – European Federation of Plywood IndustriesPEFC – Pan European Forest CertificationEntidades NacionaisADITEC – Associação Desenvolvimento e Inovação TecnológicaCBE – Centro Biomassa para a EnergiaCEDINTEC – Centro de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica

CNE – Centro Nacional de EmbalagemCentro Pinus – Associação para Valorização da Floresta de PinhoCFPIMM – Centro de Formação Profissional das Indústrias de Madeira e MobiliárioCFFP – Conselho da Fileira Florestal PortuguesaCIP – Confederação da Indústria PortuguesaCluster do MobiliárioAEP – Associação Empresarial de PortugalEMBAR – Associação Nacional de Recuperação de Resíduos de Embalagens de MadeiraFSC Portugal – Forest Stewardship CouncilPólo de Competitividade da Indústria de Base FlorestalASSOCIADOSActualmente, a aimmp tem cerca de 1000 associados, distribuídos pelas cinco divisões sectoriais que repre-senta. São elas:

Divisão 1 • Corte, abate, serração e embalagem de madeira: Este subsector é fornecedor de todos os ou-tros que se encontram a jusante e que dependem das matérias-primas que aqui são transformadas. A maior parte dos produtos daqui resultante são: madeira ser-rada de coníferas (33%), embalagem (22%), madei-ra serrada de folhosas (18%), estilha e subprodutos (13%%), madeira impregnada (10%) e madeira perfilda (3%). No total, o subsector representa cerca de 250 empresas que empregam 4.500 trabalhadores, soman-do uma produção de 378 milhões de euros, um volume de importação de 271 milhões de euros e um volume de exportação de 246 milhões de euros.

Divisão 2 • Painéis e apainelados de madeira: Este subsector tem vindo a adquirir uma importância cres-cente na Fileira de Madeira ao longo dos últimos anos, fornecendo cada vez mais as indústrias a montante, nomeadamente a de mobiliário e a de produtos para a construção. Os seus principais produtos são: aglo-merados de partículas (48%), aglomerados de fibras (24%), MDF (17%), folha de madeira (9%) e contra-placados (2%). No total, representa: cerca de 12 em-presas que empregam 2.000 trabalhadores, somando uma produção de 438 milhões de euros, um volume de importação de 182 milhões de euros e um volume de exportação de 269 milhões de euros.

Divisão 3 • Carpintaria e afins: Este subsector tem de-monstrado, desde 2002, uma tendência de crescimen-to constante acima da média nacional de cerca de 7% por ano. Os seus principais produtos são: portas (52%),

AIMMPAssociação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 123

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA124

pavimentos (12%), janelas (4%), construções prefabrica-das (3%), cofragens (1%), entre outros produtos de ma-deira para construção (28%). No total, representa: cerca de 2.000 empresas que empregam 14.000 trabalhado-res, uma produção de 315 milhões de euros, um volume de importação de 75 milhões de euros e um volume de exportação de 112 milhões de euros.

Divisão 4 • Mobiliário e afins: Nos últimos anos, tem-se verificado uma tendência de crescimento de cerca de 4% por ano na produção de mobiliário. Os seus principais produtos são: mobiliário de escritório e lojas (18%), mo-biliário de sala (17%), mobiliário de quarto (15%), mobi-liário de cozinha (13%), colchões (8%), componentes de mobiliário (8%), assentos (12%), entre outros.

Divisão 5 • Exportação, importação e distribuição de madeiras

Conselho FiscalPresidente Castro & Filhos, SA, representada por Luísa Maria Freitas Castro Vieira

Vice-Presidente Martos & Cª, Lda., representada por Leonel Henriques Marto

Secretário Coplac – Placas e Componentes, Lda., representada por Manuel Silva Maia

Corpos Sociais

Divisões Sectoriais

Mesa da Assembleia GeralPresidenteManuel Freitas Lopes & Cª, Lda., representada por José Armando Vizela Cardoso

Vice-Presidente Deleme - Indústrias de Construção, S.A., representada por José Marques Murta

Secretário Luís Soares Barbosa Sucessores, Lda., representada por Luís Soares Barbosa

DirecçãoPresidenteEsquadria – Transformação de. Madeiras Mucifal, S.A., representada por Fernando Rolin

Vice-Presidente ICIMAD, S.A., representada por António José dos Santos Rodrigues da Cruz

TesoureiroJPF da Costa – EEF, Lda., representada por João Perestrello Ferreira da Costa

VogaisIrmãos Reunidos, Lda., representada por Luciano Magalhães

Viroc Portugal – Indústria de Madeiras e Cimento, S.A., representada por Mário Nunes

Corte, Abate e Serração de MadeirasPresidenteICIMAD, S.A., representada por António José dos Santos Rodrigues da CruzVice-Presidente Costa Ibérica – Madeiras, SA, representada por José Manuel Fernandes CostaSecretário Marques Silva & Pereira, Lda., representada por Isabel Fernanda Marques Fonseca

Painéis de MadeiraPresidenteViroc Portugal – Indústria de Madeiras e Cimento, S.A., representada por Mário Almeida NunesVice-Presidente MAD - Madeiras e Derivados, Lda., representada Manuel Fernando Alves da Costa e SousaSecretário Faconsoni - Fábrica de Aglomerados, Lda., representada por Fernando Moutinho Ferreira Maia

Carpintaria e Outros Produtos de MadeiraPresidente Esquadria – Transformação Madeiras Mucifal, S.A., representada por Fernando RolinVice-Presidente Cardoso e Filhos, Lda., representada por Paulo Martinho da Costa Ramalho CardosoSecretárioDias & Silva Lda., representada por António Marques da Silva

MobiliárioPresidenteIrmãos Reunidos - Fernando & Rogério de Magalhães, Lda., representada por Luciano MagalhãesVice-Presidente Tema – Técnicas de Mobiliário, S.A., representada por Stephan Godinho Lopes MoraisSecretárioBrasão - Indústria Comércio Mobiliário S.A., representada por Miguel Henrique Oliveira

Importação e Exportação de MadeirasPresidenteJPF da Costa – EEF, Lda., representada por João Perestrello Ferreira da CostaVice-PresidenteIcomatro – Madeiras e Derivados S.A., representada por José António Henriques Trindade de AlmeidaSecretárioSardinha e Leite, S.A., representada por Domingos José Ferreira Duarte

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 125

INDÚSTRIAS TRANSFORMADORASMANUTENÇÃO MÁQ. E EQUIP.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA126

Rua dos Sapateiros, 207, 2.º Esq., 1100-578 LisboaTel. +351 217 163 881Fax. +351 217 162 259Mail. [email protected]

A Associação Portuguesa de Manutenção Industrial – A.P.M.I. – é uma instituição sem fins lucrativos, fundada em Janeiro de 1980.Sedeada em Lisboa, na Rua dos Sapateiros, 207, 2.º Esq., congrega cerca de 200 Sócios Individuais – Quadros Su-periores e Técnicos directamente envolvidos na Gestão e Administração de Empresas; e cerca de 100 Sócios Colectivos – Empresas – representando os mais impor-tantes sectores do panorama económico nacional.OBJECTIVOS É objectivo da A.P.M.I. fomentar a divulga-ção da importância da Manutenção como factor do au-mento da produtividade e competitividade das empresas promovendo, entre os seus associados, o conhecimento e a implementação das tecnologias, métodos e técnicas de manutenção que permitam assegurar a correcta op-eracionalidade dos equipamentos, sistemas, instalações e edifícios, com vista a obter o máximo rendimento do investimento feito naqueles activos, ao prolongar a sua vida útil e ao mantê-los em operação o máximo tempo possível.

MEIOS Para a prossecução dos seus objectivos a A.P.M.I.:• Promove Acções de Formação e de Actualização Científica e Tecnológica no âmbito da Manutenção.• Organiza Congressos.• Estabelece protocolos com entidades nacionais para a difusão das tecnologias e metodologias, no âmbito da Manutenção.• Como Organismo de Normalização Sectorial desen-volve e promove metodologias e normativos de apoio à actividade da Manutenção.• Dispõe de uma Biblioteca especializada.• Edita publicações para a divulgação de estudos e tra-balhos técnicos e científicos sobre Manutenção.

ESTRATÉGIA O desafio que se coloca á APMI é, no domínio das suas competências, promover todos os esforços no sentido de contribuir, da forma mais eficaz possível, por um lado, para que as empresas portuguesas possam vencer os enormes desafios que se lhes colo-cam e, por outro, para o desenvolvimento do sector da manutenção em geral.Nesse sentido, há que considerar: • Parceria IAPMEI / APMIO IAPMEI e a APMI estabeleceram, entre si, uma parce-ria com vista à identificação das medidas necessárias à modernização e aumento da competitividade das empre-sas de Manutenção Industrial.

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteJoão Taborda Craveiro, M.I.I.T.

Vice-Presidente Luís Carrilho, E.D.P.

SecretárioJosé Carlos Coutinho, A.P.E.N.

Secretário Evirardo Santos Martins, SIEMENS

DirecçãoPresidenteArmando Ferreira Augusto

Vice-Presidente Luís de Andrade Ferreira

SecretárioPedro Coelho, Grupo Portucel Soporcel

TesoureiroBarnabé Pisco, EPAL

VogaisAntónio João Bila GromichoEduardo Sobral, EFACECEdmundo Góis Franco

Vogais SubstitutosJosé Ribeiro da SilvaEunice Braga, SOUSA PEDRO

Conselho FiscalPresidente Joaquim Vieira, RIOPELE

Secretário José Freire da Fonseca, CARRIS SecretárioJosé Carvalho, TECNO SPIE

ASSOCIAÇÕESAPMIAssociação Portuguesa de Manutenção Industrial

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 127

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA128

• Formação É uma importante actividade desenvolvida pela APMI na qual continuará a fazer um forte investimento na sua qualidade, privilegiando a sua componente tec-nológica e procurando dar resposta ás reais necessi-dades expressas pelos seus associados e pelo Sector da Manutenção, em geral.A APMI pretende, naturalmente, continuar a esta-belecer parcerias com as Associações Empresariais e com as Associações Sectoriais, no sentido de dar o seu melhor contributo na difusão do conhecimento das tecnologias e metodologias no âmbito da Ma-nutenção como, aliás, lhe compete.

• Divulgação TecnológicaA APMI irá manter e, na medida do possível, reforçar a capacidade e a disponibilidade de realizar encontros temáticos e simpósios que permitam divulgar, de for-ma tão ampla quanto possível, ideias, metodologias, experiências e resultados em áreas importantes da actividade de Manutenção contribuindo, desse modo, para o enriquecimento profissional de todos quantos a ela se dedicam

• Normalização A APMI, como Organismo de Normalização Sectorial no âmbito da Manutenção, assume, neste domínio, uma tarefa da maior relevância para o Sector.Ao assumir as tarefas de elaboração de documen-tos normativos que regulamentem a actividade da Manutenção, a APMI vai promover o preenchimento de um vazio normativo que todos sabemos existir, com repercussões extremamente negativas em todo o sector da actividade, seja ao nível da manutenção própria, seja ao nível da manutenção contratada.Para além das normas, entretanto, já aprovadas e publicadas pelo IPQ sobre “Terminologia de Ma-nutenção” (NP EN 13006:2007) e “Manutenção – Instruções para a Preparação de Contratos de Ma-nutenção” (NP EN 13269:2007), encontram-se em fase de elaboração um conjunto de propostas de normas relativas a:

- Requisitos para a Prestação de Serviços de Ma-nutenção- Guia para a Implementação do Sistema de Gestão da Manutenção- Indicadores de Desempenho da Manutenção- Documentação para a Manutenção- Qualificação de Pessoal de Manutenção• Divulgação de InformaçãoConsciente do papel que lhe cabe no apoio aos seus associados e ao Sector, em geral, a APMI pretende, para além da edição da sua revista “Manutenção”, fac-ultar, através do seu Site na Internet, informação tão completa quanto possível, abarcando temas como, por exemplo: eventos promovidos pela APMI; formação; bibliografia disponível para consulta; assuntos e notí-cias de natureza técnica; eventos promovidos pelas associações internacionais congéneres e divulgação das capacidades e produtos das empresas sob a for-ma de um catálogo electrónico.

• Inquérito à ManutençãoTendo em conta a crescente importância que a Ma-nutenção assume a nível da economia, a APMI en-tende ser imperioso promover, de novo, um” Inquérito à Manutenção em Portugal” que permita conhecer, no momento actual e de forma tão rigorosa quanto pos-sível, o grau de desenvolvimento e de aplicação da Manutenção nas diversas empresas, correspondentes aos diferentes sectores de produção e de serviços.

• Colaboração com as Associações Sectoriais Entende a APMI e salvaguardando, desde logo, as diferenças entre uma e outras no que se refere à sua natureza, constituição e objectivos, ser desejável que se estabeleça entre a APMI e as Associações Secto-riais, com o respeito devido pelas suas respectivas identidades e independência, uma actividade de co-laboração que, aliás, a APMI já iniciou, de modo que aquelas possam delegar na APMI, as suas preocupa-ções com os assuntos específicos inerentes à activi-dade geral da Manutenção, tais como a Formação e a Normalização.

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 129

CONSTRUÇÃO

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA130

Vice-Presidentes Sr. Guilherme Conceição DuarteTecto - Construçõese Turismo, Lda.

Sr. Filipe Antunes, Sedifal - Soc. de Edificações, Lda.

Sr. Joaquim da Costa Santos, Jocosan - Soc. Construções, Lda.

Eng. António Cupertino Marques, Prumoesquadro - Const. Civil, S.A.

1º TesoureiroDr. Nuno Filipe Martins Antunes, Sedil - Soc. de Edificações, Lda.

2º TesoureiroSr. Manuel André Duarte Silva,Mendur - Soc. Construções, Lda.

1º SecretárioEng. Rui Paulo Mendes Coito, Tectopo - Técnicas de Construção, Lda.

2º SecretárioEng. Carlos Miguel Aldeia Antunes, Teorema - Construção Civil, Lda.

Mesa da Assembleia GeralPresidenteAntónio C. Ferreira Duarte, Jardins Expo - Pro-moção Imobiliária, S.A.

VogaisDavid Martins Dias, Soc. Construções Martins Dias, Lda.

Sílvia Lopes, Seclopes - Sociedade de Edificações Costa e Lopes, Lda.

Direcção

PresidenteDra. Maria Teresa Ramos Pinto, Raúl Abreu dos Santos - Construções, S.A.

Av. Ressano Garcia n.º 13-A, R/C, 1070-234 LisboaTel. +351 213 815 500Fax. +351 213 815 509Mail. [email protected] www.aice.pt

Objectivos, missão, estratégia • A Associação dos Industriais da Construção de Edifícios (AICE), fundada em 1975, é uma Associação Patronal de âmbito nacional, que representa pessoas singulares ou colectivas titulares de empresas que exerçam a activi-dade na construção e/ou promoção imobiliária. • A AICE tem por fins a defesa e promoção dos interess-es empresariais dos associados e actua a nível nacional, comunitário e internacional.• No âmbito desta função a AICE actua junto dos poderes públicos e de todas as entidades que moldam o quadro legal, económico e social do Sector da Construção. • A AICE procura permanentemente suprimir os en-traves à actividade da indústria de construção, assim au-mentando a sua produtividade e competitividade.• Pela forma como tem actuado ao longo de mais de 30

anos na prossecução do interesse público, a AICE foi já reconhecida oficialmente como pessoa colectiva de utili-dade pública.

Quem representa e quanto vale o sector (empresas, em-prego, volume de negócios e/ou outros indicadores a escolher pela Associação) • Representa os construtores, construtores promotores e promotores imobiliários• Representa uma actividade que directa e indirecta-mente corresponde a 11% do emprego.

Associados: quantos, áreas de negócio, distribuição sub-sectorial e regional (conforme o caso) • Representa cerca de 600 empresas, subempreiteiros, empreiteiros e promotores

Corpos Sociais

AICEAssociação dos Industriais da Construção de Edifícios

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 131

Vogais Sr. José Lourenço Barrisco Vidigal, José Vidigal - Soc. Construções, Lda.

Eng. Eurico Ascenso Pereira, Sopalmeira, Lda.

Dr. Vítor José Raiado de Pereira,Monte da Eira - Soc. Imobiliária, S.A.

Eng. Manuel Gomes de Sousa Paiva, Chavimóvel - Soc. Imobiliária, Lda.

Dra. Célia Maria Alves Gomes,Industrial da Construção J. Gomes, S.A.

Dr. Pascal Gonçalves, Gimóvel - Gestão Imob. Estudos e Construção, Lda.

Conselho FiscalPresidente Dr. Luís Miguel Ribeiro Alcobia,ICH - Empreendimentos Urbanos, Lda.

Vogais Sr. José Santos Simões Faria, Arfar - Construção Civil, Lda.

Sr. Hélder Ferreira Marques, Ferreira Marques - Actv. Imobiliárias, Lda.

ASSOCIAÇÕES

Estrutura executivaDG/SG, Direcções, Serviços

Entre outros, a AICE presta os seguintes serviços:• Sector Jurídico Informação e assistência jurídica em todas as áreas ligadas à actividade empresarial. Participação nas ne-gociações do Contrato Colectivo de Trabalho do sec-tor da Construção Civil e Obras Públicas.

• Sector de apoio à obtenção de Alvarás Informação e apoio na instrução dos processos desti-nados à inscrição na actividade, elevação de classes e revalidação anual dos certificados de classificação.

• Sector de Formação e Divulgação Promoção e organização de acções de formação, con-ferências, seminários e sessões de esclarecimento quer directamente, quer por intermédio do CENFIC.

• Sector de Estudos Económicos, Fiscalidade e GestãoAnálise e avaliação da conjuntura política, económica e social e suas repercussões na actividade do sector. Participação em projectos transnacionais e elabora-ção de estudos para a melhoria da produtividade e competitividade e satisfação dos clientes do Sector.

A AICE presta ainda múltiplas informações e apoio diversos, fornece bens especiais (avisos de publici-tação de obras, sinalização de segurança), organiza visitas técnicas, Conferências, Seminários e Jorna-das Técnicas. Para benefício dos seus associados e dos seus trabalhadores, a AICE tem acordos com empresas especializadas, no domínio da segurança, higiene e saúde no trabalho, mediação de seguros e outras.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA132

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 133

TRANSPORTES E ARMAZENAGEM

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA134

Rocha Conde d’Óbidos, Edifício da Gare Marítima1.º Piso – Salas D/E, 1350-352 LisboaTel. +351 213 979 550 / 51 Fax. +351 213 979 550Mail. [email protected]

Objectivos • conforme estatutos, artigo 3.º n.º 1“A Associação tem como objectivos a representação legal e a defesa dos interesses, nomeadamente de carácter empresarial, técnico e financeiro, dos asso-ciados e a promoção da actividade representada.”

N.º DE EMPRESAS N.º DE TRABALHADORES PORTUÁRIOS MAssA sALArIAL GLOBAL - (TrAB. POrT.)VOLUME DE NEGÓCIOS

INDICADORES RELATIVOS AO ANO DE 2008

4132

9.171.704,7863.741.617,30

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteEng.º Eduardo João Frade Sobral Pimentel, SOTAGUS – Terminal de Contentores de Santa Apolónia, S.A.

Secretário Dr. Manuel Durão de Carvalho Cordeiro

DirecçãoPresidenteEng.º José Joaquim Morais Rocha, LISCONT – Operadores de Contentores, S.A.

Vice-Presidente Luís Manuel de Sousa Martins, MULTITERMINAL – Sociedade de Estiva e Tráfego, S.A.

TesoureiroArlindo de Campos Machado, TMB – Terminal Multiusos do Beato, S.A.

Conselho FiscalCarlos António Lisboa Nunes Grant Thornton & Associados, SROC Lda.

Secretário-GeralArlindo de Campos Machado

AOPLAssociação de Operadores do Porto de Lisboa

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 135

ACTIVIDADES DE CONSULTADORIA

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA136

A ANETIE – Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Electrónica é uma as-sociação empresarial, dirigida às empresas de base tecnológica nacional do sector das Tecnologias de In-formação e Electrónica.Criada com o objectivo fundamental de promover o crescimento sustentado do sector e de defender os interesses das empresas de base tecnológica nacio-nal, que nela se situam, a ANETIE congrega hoje, à sua volta, a maioria das empresas de base tecnológi-ca nacional que desenvolvem as suas actividades nas indústrias de electrónica, de software e de informa-ção e comunicação.A nível institucional a ANETIE é reconhecida como o interlocutor privilegiado para o Sector das Tecnolo-gias de Informação e Electrónica.

PORQUE EXISTIMOSA importância estratégica das Tecnologias de Informa-ção, Electrónica e Comunicações no desenvolvimento económico e industrial é hoje reconhecida por todos.As Tecnologias de Informação, Electrónica e Comu-nicações desempenham um papel fundamental na melhoria da competitividade, qualidade e eficácia em todos os sectores produtivos, de serviços e adminis-trativos.O facto de terem surgido em Portugal numerosas em-presas de base tecnológica nacional, desenvolvendo as suas actividades no Sector das Tecnologias de Infor-mação e Electrónica conduziu à necessidade de reunir esforços e promover sinergias, para optimizar resulta-dos e potenciar novos desenvolvimentos.É neste cenário que surgiu, em finais de 1994, o Netie, dando origem à ANETIE em 2002.

MISSÃO E OBJECTIVOSA ANETIE tem por missão defender os interesses do

SEDE- Rua Paulo da Gama, 6294150-589 PortoTel. + 351 309 978 655 Fax. + 351 309 978 655 Mail. [email protected]

LISBOA - Quinta de Santa MartaEstrada da Circunvalação1495-129 AlgésTel. +351 261 326 860

sector empresarial de Tecnologias de informação e Electrónica e promover o seu crescimento sustentado.Na prossecução do seu objecto social são objectivos especificos da ANETIE os seguintes:Colaborar na definição das políticas nacionais para o sector e sub-sectores; Promover a cooperação entre empresas de base tec-nológica; Mobilizar apoios para a internacionalização da oferta portuguesa nas TIE; Desenvolvemos esforços para potenciar a imagem do Sector das Tecnologias de Informação e Electrónica Nacional. A ANETIE intervém a nível institucional e dá “pareceres” sobre questões que, de alguma for-ma, possam influenciar o desenvolvimento do sector. Procura, através de encontros com as empresas as-sociadas, quase sempre com a participação de re-presentantes de instituições convidadas, promover a discussão de problemas comuns e dinamizar o apro-veitamento de sinergias existentes.

QUEM ESTÁ NA ANETIEEmpresas ligadas ao Sector das Tecnologias de Infor-mação e Electrónica que desenvolvam localmente, pro-duzam e/ou comercializem produtos ou serviços de base tecnológica.Enquadram-se na ANETIE as empresas com base tecno-lógica nacional com actividades nas seguintes áreas:

Componentes Eléctricos e ElectrónicosEquipamentos e Sistemas de AutomaçãoEquipamentos Periféricos e de Auto-AtendimentoElectrónica de Defesa e AeroespacialTelecomunicações, Equipamentos e RedesIndústria de Software e InformaçãoElectrónica de ConsumoServiços, Formação e Consultoria nas TIC

ANETIEAssociação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Electrónica

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 137

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA138

Pólo Tecnológico de Lisboa, CID Estrada do Paço do Lumiar, 1600-546 Lisboa Portugal Mail. [email protected]

A PROESPAÇO - Associação Portuguesa das Indus-trias do Espaço, não tem fins lucrativos.

OBJECTIVOS PRINCIPAIS:• Promover, em Portugal, as actividades relacionadas com o espaço, em todos os seus aspectos; • Ser o Organismo representativo da Indústria para servir de interlocutor e interface com a Administra-ção Pública e com os Organismos Nacionais e Inter-nacionais para todas as matérias relacionadas com a indústria espacial; • Trabalhar com todos os níveis de Governo (local, re-gional, nacional e supra-nacional) para aumentar sub-stancialmente a participação da Indústria Portuguesa nas actividades a nível Nacional, Europeu e Global, relacionadas com o Espaço; • Fornecer informação tratada sobre a indústria es-pacial em Portugal, bem como sobre todos os pro-gramas de investigação, desenvolvimento e suporte correspondentes; • Dar uma só voz à indústria nacional no que concerne à orientação da Política Portuguesa para o Espaço; • Expandir e reforçar a cooperação entre empresas, universidades e instituições públicas de investigação nas actividades de I+D que visem o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos para uso no Espaço; • Contribuir com estudos, análises e opiniões para as instituições e organismos responsáveis pela prepa-ração da Política de Espaço Portuguesa e correspon-dentes planos de desenvolvimento industrial. OBJECTIVOS SECUNDÁRIOS:• Constituir-se como um forum organizado para a discussão e desenvolvimento empresarial visando as necessidades da Comunidade Portuguesa do Espaço; • Acumular e intercambiar conhecimento dos merca-dos em benefício dos membros da Associação; • Criar e pôr em funcionamento grupos de trabalho para formular e planear actividades relacionadas com áreas específicas que se revelem de interesse co-mum; • Representar e expressar o interesse comum da in-dústria Portuguesa perante o publico e as Organiza-ções Internacionais com objectivos similares; • Informar cada nível da sociedade da importância das aplicações das tecnologias espaciais para a nossa vida presente e futura; • Permitir um acesso fácil de Instituições Estrangeiras ao conhecimento da Indústria Espacial Portuguesa;• Organizar visitas de Delegações a Portugal e cor-respondentes reuniões;

• Constituir, manter e actualizar permanentemente um Catálogo completo da Indústria Espacial Portuguesa, incluindo um Directório de Membros, do segmento de Espaço, do segmento de Terra e dos Serviços Cor-respondentes; • Representar a Indústria Portuguesa do Espaço em Feiras e Exibições Internacionais. Actividades propostas: Apresentar ao Governo os interesses e contributos da Industria Espacial Portu-guesa para a formulação da Política Portuguesa para o Espaço: • Proposta para a formulação de um Programa Espa-cial Português; • Proposta para a definição de uma Política Portugue-sa de Espaço, de longo prazo; • Proposta para a definição de um Plano de Desenvol-vimento para a Indústria de Espaço Portuguesa; • Criação de um Catálogo das Capacidades da Indús-tria Portuguesa do Espaço; • Preparação de um pavilhão conjunto em Feiras In-ternacionais, Mostras Comerciais e Exibições;

• Promoção de reuniões regulares entre os Mem-bros; • Apresentações a delegações estrangeiras de investigação espacial; • Realização de reuniões e eventos de Informação; • Produção e distribuição de circulares e boletins in-formativos; • Promoção do Sector; • Publicidade comum; • Cooperação com Associações internacionais que tenham objectivos similares.

Quem representa e quanto vale o sector (empresas, emprego, volume de negócios e/ou outros indicado-res a escolher pela Associação)A Proespaço representa mais de 90% da oferta em-presarial portuguesa da Industria do Espaço. Actual-mente, a Proespaço é constituída por 13 empresas: Active Space Technologies, Amorim Cork Compos-ites, Critical Software, Deimos Engenharia, Edisoft, Efacec, Evolve Space Solutions, GMV, Fibersensing, Lusospace, Nonius Software, Omnidea e Tekever. O sector de actividade das empresas Portuguesas no domínio do Espaço tem vindo a aumentar de peso no contexto industrial nacional. Hoje emprega mais de 600 quadros altamente qualificados, dos quais cer-ca de 1/3 são PhDs, contribuindo com um volume de negócios anual de cerca de 20 milhões de euros e com um ritmo de crescimento médio anual nos

PROESPAÇOAssociação Portuguesa das Industrias do Espaço ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 139

últimos 8 anos próximo dos 50%, muitíssimo superior ao da economia nacional. É um dos poucos sectores Portugueses com elevada elasticidade-rendimento da procura.Associados: quantos, áreas de negócio, distribuição sub-sectorial e regional (conforme o caso)As empresas associadas da Proespaço representam mais de 90% da oferta empresarial portuguesa na in-dústria do espaço. Estas empresas são: • Active Space Technologies • Amorim Cork Composites

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteProf. José Manuel Nunes Vicente Rebordão

Vice-Presidente Bruno Carvalho, ActiveSpace Technologies, Actividades Aeroespaciais, Lda

SecretárioDr. José Vaz Bravo

DirecçãoPresidenteAntónio Neto da Silva,DEIMOS – Engenharia, S.A.

Vice-Presidente António Rodrigues de Sousa, Edisoft - Empresa de Serviços e Desenv. de Software, S.A.

TesoureiroSérgio Barbedo,GMVIS SKYSOFT S.A.

Conselho FiscalPresidente Tiago Pardal, OMNIDEA Engenharia de Sistemas, Lda.

Vice-PresidenteSérgio Aniceto, Fibersensing Sistemas Avançados de Monitorização, S.A.

VogaisLeonel Domingues, Nonius Software

Pedro Silva, EFACEC – Sistemas de Electrónica, S.A. Vogal/SecretárioIvo Matos Pereira Vieira,Lusospace – Projectos de Engenharia, Lda.

Estrutura executivaDirecçãoPresidenteAntónio Neto da Silva

Vice-PresidenteAntónio R. de Sousa

SecretárioIvo Vieira

Tesoureiro Sérgio Barbedo

Vogal Pedro Moreira da Silva

• Critical Software • Deimos Engenharia • Edisoft • Efacec • Evolve Space Solutions • GMV • FiberSensing • LusoSpace • Nonius Software • Omnidea • Tekever

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA140

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 141

OUTRAS ACTIVIDADESDE SERVIÇOS

ASSOCIAÇÕES REGIONAIS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA142

Rua das Portas de Santo Antão, 89, 1169-022 Lisboa Tel. +351 213 224 050 Fax. +351 213 224 052Mail. [email protected]

Nº de Pessoa Colectiva 500 032 211

MISSÃO A ACL-CCIP, tem como principal missão representar o tecido empresarial português, desen-volvendo o associativismo garantindo a promoção e crescimento das empresas e do comércio nacional no contexto internacional.OBJECTIVOS• Promover o desenvolvimento das empresas e do co-mércio nacional e internacional;• Ser reconhecida como parceiro incontornável nas decisões promotoras do desenvolvimento económico pela qualidade dos serviços prestados e capacidade de inovação;• Promover actividades rentáveis que asseguram a con-tinuidade da sua história;ESTRATÉGIA Para atingir os seus objectivos, a ACL – CCIP tem como estratégia seguir um conjunto de refer-ências de orientação que vão ao encontro dos legítimos interesses da comunidade empresarial e em particular dos associados.PRESTÍGIO A ACL é a mais antiga associação empre-sarial de Portugal, tendo sido fundada em 1834. A sua longa história e experiência no sector empresarial, confere-lhe credibilidade e prestígio internacional. Por essa razão, assume a presidência da CCI – Câmara de Comércio Internacional, a maior associação empre-sarial mundial e é também o representante nacional da Eurochambres - Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Europeias. OPORTUNIDADES Facilitamos um intercâmbio empre-sarial que permite acesso a vastas oportunidades de negócio, tanto a nível nacional como a nível interna-cional. Ajudamos em particular os nossos Associados a exportarem e a instalarem-se no mercado interna-cional e a promover Portugal como destino privile-giado de investimento.RECONHECIMENTO Somos uma organização de referência na-cional, credível e independente do poder político, cada vez mais reconhecida como parceira in-contornável nas decisões pro-motoras do desenvolvimento económico. Temos ainda com-petência legal para emitir os doc-umentos necessários de apoio à exportação.TOP NETWORKING A Associa-ção facilita e promove o convívio empresarial, nomeadamente pela realização regular de encontros e

conferências que permitem reunir importantes figuras do universo empresarial e político. Instalada na Zona Históri-ca de Lisboa, os Associados têm ainda acesso à utilização do imponente Salão Nobre e de quatro novas salas, mod-ernas e versáteis disponíveis para todo o tipo de eventos.UNIDADE A ACL é composta transversalmente por em-presas de todos os sectores de actividade, de todo o País e de variadas dimensões. Como Associação transversal defendemos com autoridade acrescida os interesses dos nossos Associados e do país no seu todo.

GARANTIA DE QUALIDADE Ser Associado da ACL permite à Empresa juntar-se ao conjunto das melhores empresas nacionais. A nível mundial ser membro de uma Câmara de Comércio e Indústria, garante um selo de qualidade e permite à partida a confirmação de se estar perante empresas credíveis.

ACTIVIDADES Promovemos actividades que vão ao encontro das necessidades dos nossos Associados e que, simultaneamente, assegurem a continuidade da nossa história. Apoiamos o desenvolvimento e a mod-ernização das empresas portuguesas, prestando um conjunto de serviços de apoio à internacionalização e à gestão empresarial.LOBBY Defendemos intransigentemente os interesses dos nossos Associados, promovemos o desenvolvimento das empresas através da participação próxima nas prin-cipais decisões que relacionadas com a comunidade em-presarial e prestamos apoio na resolução de questões com a Administração Pública. Apoiamo-nos nas relações privilegiadas que temos nomeadamente com os organis-mos públicos portugueses e internacionais e com as Câ-maras de Comércio e Indústria espalhadas pelo mundo. A Associação é composta por empresas de todos os sec-tores do mercado, de todo o País e de todas as dimensões. O que faz de nós um organismo transversal, permitindo o intercâmbio empresarial entre as empresas associadas e de sectores de mercado diferentes. A ACL – CCIP conta actualmente com mais de 700 as-sociados agrupados por uma escala referente ao capital social e distribuídos geograficamente da seguinte forma:

ACL-CCIPAssociação Comercial de Lisboa/ Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 143

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidenteEngº Vasco Roque de Pinho Pinto BastoRua Visconde da Luz, 25, 2750-415 CASCAIS

Vice-Presidente Dr. Miguel Sá da BandeiraAutomóveis Citroën, S.A. Rua Vasco da Gama, 20 Sacavém2685-244 PORTELA LRS

SecretárioDr. Rogélio SimõesA J Gonçalves de Moraes, S.A.Rua do Alecrim, 22, 1200-017 LISBOA

DirecçãoPresidenteDr. Bruno Carlos Pinto Basto BobonePinto Basto, Sgps, S.A. Av. 24 de Julho, 1, 1200-478 LISBOA

Vice-Presidente Dr. José Miguel JúdiceA.M. Pereira, Saragga Leal, Oliveira Martins, Judice e Associados - Soc. de Advogados,Edifício EurolexAv. da Liberdade, 224

Vogais João Lúcio da Costa LopesJosé Inácio da Costa Lopes - Despachantes Oficiais Associados, Lda. Rua Jardim do Tabaco, 74, 1100-287 LISBOA

Manuel Guerreiro RamirezRua Oscar da Silva, 16834450-761 LEÇA DA PALMEIRA

Dr. Pierre DebourdeauPierre Debourdeau & Associados– Consultoria em Gestão, LdaAv. Conselheiro Fernando de Sousa, 11 – 13º Piso, 1099-027 LISBOA

João Carlos Ferreira de LimaSDO Consultores – Sociedade para o Desenv. das Organizações, S.A.Av. Engº Duarte Pacheco, AmoreirasTorre 1 – 8º andar – Salas 3/4, 1070-101 LISBOA

Pedro Rocha e MeloJosé de Mello Serviços, LdaAv. 24 de Julho, nº 24, 1200-480 LISBOA

SuplentesManuel d’Orey CapuchoVillas-Boas – Corretores Associados de Seguros, Lda.Av. da Liberdade, 90 – 5º 1269-026 LISBOA

Ian CrockerSociedade Comercial Crocker, Delaforce e CompanhiaRua D. João V, 2 - 2º, 1250-090 LISBOA

Conselho FiscalPresidente Dr. António Soares FrancoJosé Maria da Fonseca Vinhos, S.A.Quinta da Bassaqueira, Apt 8, Vila Nogueira de Azeitão, 2926-901 AZEITÃO

Vice-Presidente Dr. Manuel HerédiaSociedade Comercial GouveaEstrada Nacional 10, Apartado 882616-907 ALVERCA

RelatorDr. Carlos Sousa BentesCompanhia Carris De Ferro De LisboaSede Executiva: Alameda António Sérgio, 62 Complexo de Miraflores2795-221 LINDA-A-VELHA

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA144

Rua da Boavista – Zona industrial de Taboeira Alagoas, Apartado 3184, 3800-115 AveiroTel. +351 234 302 494 Fax. +351 234 312 366Mail. [email protected]

MISSÃO Representar, defender, promover, identificar e satisfazer as necessidades de representação pró-activa, de informação, de apoio e acompanhamento técnico – ao nível da criação, funcionamento e expansão – das Empre-sas Industriais do Distrito de Aveiro, visando uma posição de liderança no Distrito.VISÃO• Alargar o âmbito de actuação com serviços e projectos inovadores que procurem dinamizar o espírito e a capaci-dade associativa e possibilitem a total satisfação do tecido empresarial do distrito de Aveiro e a diminuição da de-pendência dos fundos comunitários;• Modernizar e aumentar a eficiência dos meios de que dispõe, reforçando o apoio ao desenvolvimento industrial;• Apoiar a consolidação do tecido industrial e o aumento da competitividade da economia, preconizando a maximi-zação da eficiência empresarial e um ambiente propício à iniciativa e ao risco.

Quem representa e quanto vale o sector (empresas, emprego, volume de negócios e/ou outros indicadores a escolher pela Associação)A AIDA representa as empresas industriais da Região de Aveiro, NUT Baixo Vouga e Entre Douro e Vouga. Os da-dos apresentados em anexo referem-se à indústria trans-formadora e reportam-se ao ano de 2007.

Associados: quantos, áreas de negócio, distribuição sub-sectorial e regional (conforme o caso)A AIDA possui 953 associados, dos quais 702 são do sec-tor industrial e 251 do sector de serviços, sendo a tipifi-cação dos associados caracterizada por uma forte pre-dominância de Micro e Pequenas Empresas.

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidente Mário M. Moitalta de Jesus SAVECOL Soc. Aveirense de Construções Civis, Lda

Vice-Presidente José Augusto Barbosa Metalúrgica Progresso de Vale de Cambra, S.A

1º Secretário António de Carvalho FerreiraAlital Cadeiras de Escritório, S.A2º Secretário Helena Cecilia Dias Monteiro Irmãos Monteiro, S.A.

Conselho FiscalPresidente Manuel Alberto Reis CostaAços e Indústrias, S.A

SecretárioSabino Augusto Hipólito da SilvaM. Rodrigues, S.A

Secretário Rogério Martins dos SantosP J Ferramentas, Lda

DirecçãoPresidente Valdemar da Silva Coutinho Valart Metalúrgica Central do Vouga, Lda

Vice-Presidente Carlos ManuelGuedes M. LeitãoSociedade de Pesca Miradouro, S.A

Vice-Presidente Jorge Manuel Gomes VeigaALELUIA CERÂMICAS, S.A

Secretário Daniel José da Silva PinhoCIPADE Ind. e Investigação de Prod. Adesivos, S.A Secretário Miguel José Silva RodriguesADICO – ADELINO DIAS COSTA – Mobiliário Metálico, Lda

Tesoureiro Paulo Francisco F. Costa LeiteVERVE Serviços de Gestão, S.A

AIDAAssociação Industrialdo Distrito de Aveiro ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 145

A AIDA – Associação Industrial do Distrito de Aveiro tem desenvolvido a sua actividade em prol da defesa das necessidades e interesses do tecido indus-trial, com uma preocupação permanente em articular a sua postura interven-tiva com a optimização de um modelo de organização capaz de dar resposta às necessidades evidenciadas pelas empresas da região, assim promovendo a produtividade e competitividade da economia nacional.Com este intuito e em cumprimento da sua missão, aposta na prestação de serviços que satisfaçam as necessidades de representação, informação, apoio e acompanhamento técnico das empresas industriais, promovendo igualmente o seu envolvimento nas actividades associativas desenvolvidas.

Actualmente, a AIDA disponibiliza um conjunto de serviços que vão ao en-contro das necessidades das empresas, e que passam nomeadamente por:- Apoio à Criação de Empresas- Licenciamento Industrial- Higiene e Segurança no Trabalho- Propriedade Industrial- Qualidade- Ambiente- Sistemas de Incentivos- Internacionalização- Oportunidades de Negócio- Jurídico- Feiras e Certames- Recursos Humanos- Formação Profissional- Formação Pós Graduada- Investimento e Apoio ao Empreendedorismo

Para além destes serviços, a AIDA faz ainda parte da Rede Enterprise Europe Network, rede constituída por mais de 500 pontos de contacto, espalhados por 40 países na Europa e que oferece um conjunto de serviços descentral-izados e de proximidade que apoiam as PME no seu processo de internacio-nalização, no encontro de parceiros para a inovação e no desenvolvimento sustentado dos seus negócios.Em Maio de 2008, a AIDA criou o CNO - Centro Novas Oportunidades. Este serviço tem como público específico e privilegiado as empresas (empresários e activos) e presta igualmente os seus serviços ao público em geral.

Conselho ConsultivoÁguedaJoão Hernâni Machado dos SantosGUIALMI Empresa de Móveis Metálicos, S.A

Alb.-a-VelhaFlausino José Da Silva/Manuel ValenteDurit Metalurgia Portuguesa de Tungsténio, Lda.

AnadiaFernando Paiva de CastroCAVES ALIANÇA, S.A AroucaLeonel de Pinho NoitesPINOFIL Pinho Noites & Filhos, Lda. Aveiro João Cardoso AlmeidaPAVICENTRO, Pré-Fabricação, S.A Castelo de Paiva Manuel Luís Gonçalves SoaresM. LUÍS & IRMÃOS - Transf. de Madeiras, Lda.

EspinhoPlastidur, Indústrias de Plást. e Poliuretanos, Lda

EstarrejaManuel de Sousa MatosPROZINCO – Construção e Manutenção, S.A FeiraManuel De Sá BastosVINOCOR Indústria de Cortiça, Lda

ÍlhavoCesar Ribeiro TavaresVENTIL Engenharia do Ambiente, Lda MealhadaLouçania Cerâmica de Louça Doméstica, Lda MurtosaArtur MarquesCOMUR Fabrica de Conservas da Murtosa, Lda Ol. do BairroOlinda Adelaide Gonçalves Dias BastosRMC - Revest. de Mármores Compactos, Lda Ol. de AzeméisSantiago A. Marques S. O. & MARQUES, S.A DOMINGOS MANUEL

OvarMiguel Baptista Sá AndradeANDRADE & FERREIRA, LDA

Sever do VougaErcilia Maria Marques da Silva Pedro METALPEDRO Indústrias Metalúrgicas, Lda

OrganizaçãoDivisões, Secções, Núcleos, Delegações

S. J. da MadeiraFernando Gomes de OliveiraOLMAR – Fernando Gomes de Oliveira & Cª, Lda

VagosManuel Ferreira FanecaFLACONDE Metalúrgica do Vale, Lda Vale de CambraAntónio Bastos de PinhoPLASTICAMBRA Com. e Indúst. de Plásticos, Lda

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA146

Av. Dr. Francisco Pires Gonçalves, n.º 45, 4711-954 BragaTel. +351 253 202 500 Fax. +351 253 276 601Mail. [email protected]

Campo Senhora da Agonia4900-360 Viana do CasteloTel. +351 258 801 400 Fax. +351 258 828 251

A AIMINHO – Associação Empresarial é uma associa-ção regional multi-sectorial. Criada em 1975, a associa-ção teve origem no Grémio das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas de Braga, fundado em 1956.A associação é hoje uma das principais associações empresariais do país, tendo uma forte afirmação no mo-vimento associativo: é Presidente da União Empresarial da Região Norte (UERN) e integra a Direcção da Con-federação da Indústria Portuguesa (CIP) e a presidência da Assembleia Geral da Federação Nacional do Metal (FENAME). A AIMinho presta um conjunto alargado de serviços que vão desde a assessoria jurídica, consul-toria nas áreas laboral, fiscal e comercial, investimento estrangeiro, até propriedade industrial e alvarás para a construção civil.Ao nível da Formação Profissional para Empresários/Quadros Superiores e Activos das Empresas, a AIMinho encontra-se entre os maiores prestadores de serviços da região, estando acreditada pelo IQF em algumas áreas de intervenção.A associação presta informação técnica e documental relativa, nomeadamente, a programas de apoio ao inves-timento e legislação comunitária. Na área da Informação e Negócios, as empresas contam com serviços de apoio à cooperação empresarial, com identificação de parceiros empresariais para projectos de cooperação de natureza comercial, técnica, financeira ou produtiva, através de bases de dados nacionais e internacionais, eurogabinetes e associações empresariais.De referir que a AIMinho é uma entidade Certificada pela Norma da Qualidade ISO 9001, é certificada como entidade formadora pela DGERT e DSQA – Direcção de Serviços de Qualidade e Acreditação e é uma das nove instituições integrantes da rede europeia Enterprise Eu-ropean Network, presidida pela Comissão Europeia.MISSÃO A AIMinho é uma Associação Empresarial de base territorial e enfoque regional, com o estatuto de en-tidade privada de utilidade pública sem fins lucrativos.No âmbito da sua missão, a AIMinho «intervém activa-mente nos fóruns regionais, nacionais e internacionais, por forma a criar as condições mais favoráveis à iniciativa empresarial, contribuindo desta forma para o desenvolvi-mento económico, social e cultural da região».

A AIMinho tem como objectivos estratégicos:• Promoção da Região/País e Internacionalização da

Economia, através da concepção e execução de estraté-gias e projectos internacionais que resultam na atracção de investimento directo estrangeiro e promovam fluxos comerciais. Neste sentido, a AIMinho tem vindo a desen-volver competências e serviços especializados na área de negócios internacionais.• Inovação e produtividade alcançadas pela promoção e desenvolvimento de iniciativas que produzam uma mu-dança organizacional do tecido empresarial, disponibili-zando aos associados “cadeias de valor” e “infraestru-turas” de competitividade, assessoria em organização e gestão “industrial”, produção, distribuição e logística, gestão de alta qualidade, marcas, marketing, distribuição e novas modalidades de negócio (franchising, e-commerce, e-business, etc.).• Cooperação Empresarial por meio do desenvolvimento de um trabalho regular de informação, esclarecimento, sensibilização e potenciação de redes de cooperação, fomentando a identificação de oportunidades de negócio em conjunto e prestando serviços de assessoria técnica com o objectivo de contribuir para o aumento da competi-tividade das empresas da região.• Fomentar o Empreendedorismo estimulando ideias e projectos inovadores e com valor empresarial e, conse-quentemente, promovendo o valor da iniciativa em geral e, em particular, a empresarial, fornecendo o enquadra-mento técnico e de gestão (triagem e aconselhamento) e oferta descentralizada de serviços de apoio qualificado, prestados em espaços físicos adequados e dirigidos a promotores jovens e/ou a projectos inovadores.

ASSOCIADOSA AIMinho exerce predominantemente a sua acção no plano regional, nos distritos de Braga e Viana do Castelo, mas assume-se como agente de desenvolvimento em to-dos os sectores da vida sócio-económica nacional.A associação conta com uma rede de cerca de 1600 as-sociados de todos os sectores de actividade, sendo que se destacam como predominantes os sectores de:- Metalurgia e Metalomecânica;- Têxtil e Vestuário;- Construção;- TICE;- Pedras e Rochas Ornamentais;- Transportes;- Alimentar.

AIMINHOAssociação Industrial do Minho

ASSOCIAÇÕES

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 147

ABRANGÊNCIA A actividade da AIMinho é desenvolvida a partir de duas plataformas estratégicas-operacionais, servidas por uma equipa devidamente formada, polivalente e orientada para o apoio à actividade empresarial, com centros empresari-ais em Braga e em Viana do Castelo.Estas duas estruturas sustentam a actividade da AIMinho na Região, através de uma rede de contactos e parcerias estratégicas, com Associações, Câmaras Municipais, Governos Civis, Centros Tecnológicos, Universidades, In-stitutos Politécnicos e Escolas Superiores e muitas out-ras entidades.A percepção da AIMinho sobre a Região é feita não de uma forma isolada ou exclusivamente preocupada com as questões que se relacionam directamente com o sector empresarial, mas de uma forma global, no sentido de re-unir esforços e estabelecer uma rede de cooperação en-tre todos os protagonistas na construção de uma Região cada vez mais competitiva.

Presidente Dr. António Manuel Rodrigues MarquesProjectware - Projectos de Inovação e Transferência de Tecnologia, Lda.

Vice-presidenteDr. André Marques Vieira de CastroARGACOL - Tintas e Vernizes, S.A.

Vice-presidenteFrancisco MarquesBalanças Marques, Lda. - Grupo José P. Marques

Vice-presidenteDr. Pedro Jorge da Silva Ferreira MachadoLOOKWARE - Comunicação e Imagem, Lda

Vice-presidenteDr. Pedro Miguelda Silva Barros RodriguesGomima - Soc. Gestora de Participa-ções Sociais, S.A.

Dr. Nuno Jorge Martinho Alves MartinsDirector-geral

Comissão Executiva

SERVIÇOS AIMINHOA AIMinho é constituída por uma experiente equipa téc-nica e administrativa vocacionada para diferentes áreas de trabalho. Actualmente, a associação presta um leque diversificado de serviços às empresas da região:

- Oportunidades de Negócio e Programas de Apoio;- Lobby, Defesa dos interesses dos associados;- Qualificação, Recursos Humanos e Formação;- Apoio à Gestão Empresarial;- Descontos e vantagens (hotéis, viagens, saúde...);- Consultoria Jurídica, Técnica e Económica- Apoio à Internacionalização;- Informação/Sensibilização/Comunicação.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA148

Rua Coronel Júlio Veiga Simão, 3025-307 CoimbraTel. +351 239 497 160 Fax. +351 239 494 066Mail. [email protected]

O CEC - Conselho Empresarial do Centro/CCIC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro constitui uma Asso-ciação sem fins lucrativos, fundada em 1993, represen-tativa das Associações Empresariais da NUT II Centro, bem como dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coim-bra, Guarda, Leiria e Viseu. Em 1996, foi reconhecida a sua utilidade pública. O CEC/CCIC tem como finalidade o desenvolvimento homogéneo e sustentado, estudo, defesa e promoção das empresas e dos interesses so-cio-económicos da Região Centro, mediante a unidade, cooperação e representação das respectivas estruturas associativas empresariais e outras organizações que o integrem, bem como a articulação em rede com os dife-rentes actores, públicos e privados, regionais, nacionais e internacionais, na prossecução dos seus fins.Integram a sua rede associativa 41 Associações Em-presariais do Centro de Portugal, representando o CEC/CCIC, por essa via, mais de 40 mil empresas. Enquanto Câmara de Comércio e Indústria, estatuto reconhecido pela Portaria n.º 280/97, de 28 Abril, publicada no Diário da República n.º 98, 1ª Série B, o CEC/CCIC procura con-tribuir para a Internacionalização da economia da Região Centro, promover e estimular relações comerciais.Compete igualmente à Câmara de Comércio e Indústria emitir certificados e outros documentos necessários ao desenvolvimento das relações económicas dos agentes económicos da Região, como: Certificação de fotocópias; Reconhecimento de assinaturas; Emissão de Certifica-dos de Origem; Emissão de Certificados de Venda Livre.Desde 2004 o CEC/CCIC é igualmente Agente dinami-zador do Conselho Consultivo, actualmente seu Órgão de Orientação Estratégica, estatutariamente consagra-do. São membros do Conselho Consultivo a CCDRC, Municípios, as Universidades e Institutos Politécnicos do Centro de Portugal, bem como as maiores empresas da Região. O Conselho Consultivo do CEC/CCIC constitui um fórum de presença directa de empresários, autarcas e outros agentes regionais desempenhando um papel central enquanto plataforma de reflexão e monitoragem do desenvolvimento económico da Região, bem como a nível da afirmação do Centro de Portugal.Assumindo a sua vocação ao nível do fomento de par-cerias, o CEC/CCIC lidera a Rede de Empreendedoris-mo e Incubação da Região, actualmente composta por doze incubadoras, a Centro Business Angels e a Rede de Inovação da Região Centro, que integra as Entidades do Sistema Científico e Tecnológico e as empresas NITEC.A Centro Venture, enquanto primeira sociedade de ca-pital de risco de base regional, constituída e participada pelo CEC/CCIC, traduz também um instrumento de fo-mento a essa política de empreendedorismo e inovação.

Consolidando a sua proximidade ao tecido empresarial, através do Programa Empresa II, o CEC/CCIC constituiu onze Gabinetes Empresa (GE), instalados em Associa-ções Empresariais, cuja rede se encontra certificada ao abrigo da norma ISO 9001:2000. Recentemente foi constituída a sociedade WinCentro, cujo móbil, a par da gestão de áreas empresariais, é assumir um papel de captação de investimento, nacional e estrangeiro, para o Centro de Portugal, em sintonia com os Poderes Pú-blicos que tutelam essa política (AICEP). O CEC/CCIC é entidade acreditada pela Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (Direcção de Serviços de Qua-lidade e Acreditação) nos seguintes domínios:• Planeamento de Intervenções ou Actividades Forma-tivas;• Concepção de Intervenções, Programas, Instrumentos e Suportes Formativos;• Organização e Promoção das Intervenções ou Activi-dades Formativas;• Desenvolvimento/Execução de Intervenções ou Activi-dades Formativas.No âmbito do QREN, designadamente POPH (Programa Operacional Potencial Humano), o CEC/CCIC foi creden-ciado, em 2008, enquanto Organismo Intermédio para a medida 3.1.1 (formação-acção para PME). Através de um contrato de delegação de competências, a Câmara de Comércio e Indústria do Centro promove a iniciativa QIPME Centro, gerindo, até 2010, um montante de 8 mi-lhões de euros, destinado a acompanhar 425 micro, pe-quenas e médias empresas. O CEC/CCIC foi igualmente, até 2007, entidade acolhedora do Euro Info Centre (EIC) da Região Centro. O EIC constituiu um consórcio que as-sociou, numa base contratual, a Comissão Europeia (CE) e organizações nacionais com a missão de informar e assistir Pequenas e Médias Empresas, bem como forne-cer informação à própria Comunidade.A organização de missões, a participação em feiras e eventos de cooperação empresarial, o estabelecimento de parcerias e trabalho em rede com congéneres estran-geiras, designadamente europeias, bem como a proxi-midade ao tecido empresarial, garantiram-lhe um know how susceptível de, em estreita articulação com os di-ferentes actores regionais e nacionais na envolvente empresarial, públicos e privados, definir e implementar uma verdadeira política sustentada de internacionaliza-ção para o Centro de Portugal. Em 2008 o CEC/CCIC integrou o consórcio Portugal InovaNet, liderado pelo IAPMEI, que consagrou a candidatura à nova rede eu-ropeia que substitui a rede EIC, num novo formato que alia as funções descritas à componente de inovação.A nova estrutura denomina-se EEN – Enterprise Europe Network, sendo composta pelo IAPMEI, ADI, INPI, CEC/CCIC, AIMINHO, AIDA, CCDRA, CCIC Ponta Delgada e CCIC Funchal. O CEC/CCIC assume, desde 2007, a Vice-Presidência da CIP, estando igualmente representado nas demais Con-federações Nacionais através das suas associadas.A Câmara de Comércio e Indústria do Centro é membro da Comissão de Desformalização do Ministério da Justi-ça, tendo sido galardoada com a experiência piloto “em-presa na hora” pelos European Enterprise Awards, da iniciativa da Comissão Europeia, integrando igualmente

CEC/CCICConselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro

Almeida HenriquesPresidente da CEC

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 149

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA150

os Órgãos Regionais de Acompanhamento e Aconse-lhamento Estratégico do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, bem como a Comissão de Acom-panhamento POPH e os Comités Territoriais POCTEP (Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha Portugal). Em Novembro de 2005 foi subscrito em Convenção, pelos empresários do Centro de Portugal e pelas Organizações na sua envolvente, o Pacto Para

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidente Fernando Lopes Cardoso Vice-Presidente Miguel Bernardo, AECBP - Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor Secretário Abílio Cardoso, ABIMOTA – Associação Nacional das Indústriasde Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins Suplente Miguel Ângelo Bouça, ACIB – Associação Comercial e Industrial da Bairrada Suplente Moisés Mendes Cainé, Associação Comercial e Industrial do Concelho de Seia

DirecçãoPresidente António Almeida Henriques

Vice-Presidente Jorge Manuel de Pinho SilvaACA – Associação Comercial de Aveiro Vice-Presidente Valdemar da Silva Coutinho, AIDA - Associação Industrial de Aveiro

Vice-Presidente Rogério dos Santos HilárioACICF - Associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão

Vice-Presidente João Fernandes Antunes, NERCAB - Associação Empresarial da Região de Castelo Branco

Vice-Presidente Norberto Paulo CanhaACIC – Associação Comercial e Industrial de Coimbra VICE-PRESIDENTE José CoutoACIFF, Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz

Vice-Presidente Jorge GodinhoACG – Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda

Vice-Presidente João Teixeira DinizNERGA, Associação Empresarial da Região da Guarda

Vice-Presidente Paulo FerreiraACIMG – Associação Comercial e Industrial da Marinha Grande

Vice-Presidente Rodrigues MarquesAICP – Assoc. dos Indust. do Concelho de Pombal

Vice-Presidente Gualter MirandezACDV – Associação Comercial do Distrito de Viseu Vice-Presidente João CottaAIRV – Associação Empresarial da Região de Viseu

Director Pedro FarrombaSecção de Empreendedorismo e Incubação Director Borges Gouveia, Secção de Inovação e Competitividade Director João Cardoso, Secção de Comércio e Pólos Urbanos Director Luís Veiga, Conselho Consultivo Director António Barroca, Conselho Consultivo Suplente Ricardo AbrantesAEA - Associação Empresarial de Águeda

Suplente Luís RoqueAEC - Associação Empresarial de Cantanhede

Suplente Nelson AugustoAEM – Associação Empresarial de Mangualde

Conselho FiscalPresidente António Santiago OliveiraAENEBEIRA – Associação Empresarial do Nordeste da Beira

Vice-Presidente Gil FerrazAssociação Empresarial de Lafões

Vogal Nuno AlmeidaNEVA – Núcleo Empresarial de Vagos

Suplente Alfredo da Silva CorreiaACICB – Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão

Suplente Pedro Tomás Pereira MarquesSEMA – Associação Empresarial

a Nova Centralidade, documento estratégico emergente da sociedade civil, que definiu um conjunto de acções de mé-dio e longo prazo tendo em vista o aumento da competitivi-dade da Região Centro. Na génese deste documento esteve o compromisso de tornar a Região Centro de Portugal, até ao ano de 2015, uma das mais competitivas de Portugal e da União Europeia, num quadro de qualidade ambiental, co-esão e responsabilidade social.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 151

OUTRAS ACTIVIDADESDE SERVIÇOS

ASSOCIAÇÕES DIVERSAS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA152

Edifício AIPPraça das Indústrias, nº 1 – 1º Piso1300-307 LisboaTel.: + 351 213 601 235Fax: + 351 213 601 232e-mail: [email protected]

ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e a Cooperação

ASSOCIAÇÕES

A ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvi-mento Económico e a Cooperação é uma Associação Empresarial sem fins lucrativos, à qual foi concedida utilidade pública em 28 de Setembro de 1993.

A nossa actividade visa promover e desenvolver o intercâmbio económico, social, científico e cultural entre Portugal e os países em vias de desenvolvi-mento, assim como reforçar os laços económico-em-presariais com aqueles países, em particular com os Estados membros da Comunidade dos Países de Lín-gua Portuguesa (CPLP), quer no contexto bilateral, quer no quadro das organizações multilaterais, com especial relevo para a Convenção de Cotonou (União Europeia / Estados de África, Caraíbas e Pacífico).

No âmbito das nossas atribuições, desenvolvemos actividades que nos permitem criar e manter um contacto estreito e permanente com as autoridades dos países em vias de desenvolvimento; divulgar e defender, interna e externamente, junto dos Go-vernos, das entidades públicas e privadas e junto da opinião pública, os pontos de vista comuns que sejam definidos e considerados com interesse pelos associados; cooperamos com entidades nacionais e estrangeiras em todas as acções tendentes à realiza-ção dos nossos fins e acompanhamos a nível inter-nacional a evolução dos problemas económicos res-peitantes àqueles países no seu relacionamento com Portugal, com as instituições da União Europeia, com as organizações internacionais relevantes e com os outros países em geral.

No quadro da União Europeia, a ELO representa Por-tugal no Business Council Europe-Africa-Mediterra-nean (BCEAM), que integra cerca de 1500 empresas

da União Europeia com actividade no Continente Africano e cuja actuação se baseia no fundamento de que o sector privado desempenha um papel cru-cial no desenvolvimento dos Países africanos, enten-dendo por isso fundamental a promoção do comércio e do investimento em África. O BCEAM pretende, através das acções que desenvolve, ser o principal interlocutor do sector privado europeu junto das ins-tituições comunitárias e paritárias (nomeadamente o secretariado dos ACP), para além das instituições africanas mais relevantes (nomeadamente o Banco Africano de Desenvolvimento, o NEPAD e a União Africana), no que respeita às actividades das empre-sas europeias naquele continente. Este seu estatuto é-lhe reconhecido em Bruxelas, nomeadamente pelo facto de o seu Presidente ter assento no Conselho de Administração do Centro para o Desenvolvimen-to Empresarial (CDE) e no Conselho Consultivo de Investidores junto da Direcção Geral de Desenvolvi-mento da Comissão Europeia. Saiba mais sobre o BCEAM

No que respeita à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e no seguimento do mandato que lhe foi atribuído pelo seu Conselho de Ministros (das Relações Exteriores e dos Negócios Estrangeiros), reunido em Brasília em Julho de 2002, a ELO levou a cabo os trabalhos de constituição do Conselho Em-presarial da CPLP, tendo a respectiva escritura sido assinada na sede da CPLP em 4 de Junho de 2004.

A Associação encontra-se representada através do seu Presidente, na Direcção do Conselho Empresa-rial da CPLP, tendo o Presidente Executivo da ELO, Dr. Francisco Mantero, sido nomeado pela Direcção do Conselho seu Secretário-Geral

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 153

Corpos Sociais

Mesa da Assembleia GeralPresidente Dr. Filipe de BottonLOGOPLASTE Secretário Dr. Pedro SameiroMONTEPIO GERAL

Secretário Dr. Francisco Carvalho MartinsCENTRALCER

DirecçãoPresidenteDr. Francisco Murteira NaboGALP

Vice-PresidenteDr. Henrique GranadeiroPORTUGAL TELECOM Vice-Presidente Dr. António MexiaEDP

Vice-PresidenteDr. Rodolfo LavradorCGP

Vice-PresidenteDr. António DominguesBPI

Vice-PresidenteDr. Estanislau Mata CostaCTT

• VogalDr. José João GuilhermeBCP• VogalDr. Paulo VarelaVISABEIRA• VogalDr. António Pires de LimaUNICER• Vogal Dr. Hélder BatagliaESCOM• VogalEng. António MotaMOTA-ENGIL• VogalEng. Fernando PintoTAP

Comissão ExecutivaPresidenteDr. Francisco Mantero

VogalDra. Elisabete Sequeira

VogalDra. Leonor Aires

Conselho FiscalPresidente Engº Carlos MadeiraANA

VogalDr. João Filipe Nunes RibasTRANQUILIDADE

VogalDr. Diogo TavaresAMORIM HOLDING

Conselho Consultivo• Dr. Carlos Bayan FerreiraCâmara de Comércio e Indústria Portugal - Angola• Dr. António BustorffCâmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira• Dr. João ChantreCâmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal - Cabo Verde• Eng. Daniel Pedrosa LopesCâmara de Comércio Portugal - Moçambique• Dr. Danilo TorresCâmara de Comércio, Indústria e Serviços Portugal - S. Tomé e Príncipe• Dr. Hélder FráguasCâmara de Comércio Portugal – Timor-Leste• Dr. Pedro VillafrancaConfederação Internacional dos Empresários Portugueses• Dr. João Gomes EstevesCIP – Confederação da Indústria Portuguesa• Dr. Luís Manuel Serra Campos ENTREPOSTO• Dr. Vasco Pereira CoutinhoIPC HOLDING• Eng. Carlos FortunatoMONIZ DA MAIA SERRA E FORTUNATO - Empreiteiros• Dr. Manuel Alfredo de MelloNUTRINVESTE• Dr. Filipe Soares FrancoOPWAY• Dr. Júlio Correa MendesORGAN• Dr. José Alexandre OliveiraFÁBRICA TÊXTIL RIOPELE• Sr. Manuel CarmoSOARES DA COSTA

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA154

Casa do Farol, Rua Paulo da Gama, 4169-006 PortoTel. +351 220 108 000Fax. +351 220 108 010Mail. [email protected]

A ANJE é uma associação de direito privado e utilidade pública que tem por objecto a reunião dos jovens em-presários portugueses, com vista à satisfação de inter-esses comuns e ao desenvolvimento das suas actividades profissionais, nomeadamente nos aspectos da formação e informação (adaptação do nº1 do Artigo 1º dos estatutos). Para a prossecução do seu objecto, a ANJE propõe-se: • Defender os interesses dos jovens empreendedores, com o intuito de garantir o pleno acesso à actividade em-presarial e o efectivo exercício da mesma; • Promover a formação profissional dos seus associados e dos jovens empreendedores em geral, bem como a re-spectiva integração no meio empresarial; • Fomentar o intercâmbio de experiências e a troca de informações, tendo em vista a criação de massa crítica entre o empresariado jovem; • Dinamizar novos projectos empresariais e relações co-merciais, divulgar oportunidades de negócio e apoiar a internacionalização do empresariado jovem; • Representar institucionalmente os jovens empresários junto dos organismos oficiais e dos decisores políticos; • Congregar organizações homólogas, de modo a incre-mentar e orientar a actividade da associação.

A ANJE representa neste momento 4798 Associados, distribuídos pelas seguintes Regiões: Norte – 2210, Centro – 897, Lisboa e Vale do Tejo – 1216, Alentejo – 116, Algarve – 341, Açores, Madeira e Estrangeiro – 18. Relativamente à distribuição por Sectores de Ac-tividade, os Associados ANJE estão presentes nas seguintes áreas: Comércio 27,4 Industria 17,1 Consultoria e Auditoria 10,3 Informática, Electrónica e Telecomunicações 9,6 Mobiliário 5,8 Comunicação, Marketing e Publicidade 5,7 Construção e Imobiliário 5,5 Hotelaria/Turismo/Lazer 4,2 Arte e Cultura 3,9 Artes gráficas 1,7 Produtos alimentares 1,5 Banca/Seguros/Serviços Financeiros 1,3 Automóveis 1,1 Ensino 1,1 Saúde 0,8 Limpeza e Manutenção 0,8 Energia 0,6 Material de Escritório 0,6

Som e Imagem 0,6 Beleza e Higiene 0,4 No que respeita ao número de trabalhadores por empresa, a distribuição é a seguinte:Até 10 – 79,6%, de 10 a 50 – 16,6%, de 50 a 250 – 3,2 % Mais que 250 – 0,6%.

ORGANIZAÇÃO (DIVISÕES, SECÇÕES, NÚCLEOS, DeLeGAÇÕes)

NÚCLEO NORTETravessa Cruzes do Monte nº46 R/C 4470-169 Maia Tel. 229 436 390 Fax. 229 436 399 Mail. [email protected]

NÚCLEO CENTROParque de Exposições da ACIC, Alto da Relvinha 3020-365 Coimbra Tel. 239 496 374 Fax. 239 497 441 e. [email protected]

NÚCLEO LISBOA E VALE DO TEJO Quinta de Santa Marta Estrada da Circunvalação 1495-120 Algés Tel. 21 413 46 60 Fax. 21 413 46 63 Mail. [email protected]

NÚCLEO ALENTEJO Rua Frei José Maria Évora, nº 5 Vila Lusitano 7005-495 Évora Tel. 266 70 70 07 Fax. 266 74 79 09 Mail. [email protected]

NÚCLEO ALGARVEEdifício Ninho de Empresa Estrada da Penha 8000-489 Faro Tel. 289 862 902 Fax. 289 862 907 Mail. [email protected]

CENTRO EMPRESARIAL DE MATOSINHOSEdifício Nova Centralidade, Rua Silva Brinco 4465–226 S. Mamede Infesta, Matosinhos Tel. 229 069 590 Fax. 229 069 619 Mail. [email protected]

CENTRO EMPRESARIAL DE LISBOA Quinta de Santa Marta Estrada da Circunvalação 1495-120 Algés Tel. 214 134 660 Fax. 214 134 663 Mail. [email protected]

CENTRO EMPRESARIAL DE FARO Edifício Ninho de Empresas Estrada da Penha 8000-489 Faro Tel. 289 862 902 Fax. 289 862 907 Mail. [email protected]

ANJEAssociação Nacional de Jovens Empresários

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 155

CENTRO EMPRESARIAL DA MAIA Travessa das Cruzes do Monte, 46 R/C 4470-169 Maia Tel. 229 436 390 Fax. 229 436 399 Mail. [email protected]

CENTRO EMPRESARIAL DA TROFA Edifício Terraços do Infante Rua Infante D. Henrique, 307 Bi-E, 4785-185 Trofa Tel. 252 400 980 Fax. 252 400 999 Mail. [email protected]

CENTRO EMPRESARIAL DE AVEIRO Zona Industrial do Mamodeiro, 3811-511 Aveiro Tel. 234 940 410 Fax. 234 940 419 Mail. [email protected]

Corpos SociaisMesa da Assembleia GeralPresidente Tiago Gali de Carvalho Macedo

Vice-PresidentePaulo Nuno da Silva de Sousa Oliveira

Secretário EfectivoCarlos Filipe Vieira de Castro

Secretário Suplente Francisco Avillez Vanzeller

Secretário Suplente Paulo Manuel de Matos e Sousa

DirecçãoPresidenteFrancisco Maria Supico Pinto Balsemão

Presidente-Adjunto Manuel Clemente Bezerra Lopes Teixeira

DirectorGonçalo Nuno Matos Carrington

DirectorPaulo Valêncio Martins Bernardo

DirectorManuel Domingos Lopes Caleiro

DirectorDiamantino José Gonçalves Costa

DirectorRui Jorge Henriques Delgado

Director Pedro Miguel Nogueira Soares Pinto

Director Francisco Mendonça da Fonseca

Director Suplente Tiago Manuel Sampaio de Freitas Vasconcelos

Director Suplente Luís Pedro Sola Castro Alves Costa

Conselho Fiscal PresidenteAntónio Diogo Marques

Vice-Presidente Afonso Rangel Pamplona Pereira Cabral

VogalPedro Assis de Gouveia dos Reis Canedo

VogalJosé Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas VogalAna Idalina Dias Gomes Alves

Vogal Suplente Nuno Miguel Antunes Nobre

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA156

Avenida da República, 62F – 5º, 1050-197 LisboaTel. +351 217 808 061Fax. +351 217 808 069Mail. [email protected]

REPRESENTATIVIDADE • Nº de Empresas Associadas: 54• Nº de Marcas representadas ou detidas: Mais de 800 marcas• 6 000 milhões de euros Volume de Vendas estimado das Empresas Associadas da Centromarca em 2008,• Que representa 3.6%* do Valor do Produto Interno Bruto (PIB 2008)• Que representa 6.8%* do PIB gerado pelas socieda-des privadas não financeiras em 2008• 6%** é a contribuição dos Associados da Centro-marca para a receita do Estado no ano de 2008

* Fonte INE** Valor estimado da projecção das receitas dos As-sociados, sobre o valor da receita corrente do quadro de Execução Orçamental do Ministério das Finanças e Administração Publica de 2008.

A CENTROMARCA – Associação Portuguesa de En-presas de Produtos de Marca – foi fundada em 1994 com o objectivo de criar uma associação através da qual fosse possível estudar os problemas que afec-tam a Marca e coordenar os esforços necessários para lhes dar uma resposta eficaz. Tem como missão “Criar para as marcas um ambiente de concorrência leal e intensa que encoraje a inovação e que garanta um máximo de valor para os consumidores”A Marca é um dos principais activos das empresas, cuja defesa deverá ser uma constante prioridade. A Marca é interpretada como um um meio de diferen-ciação e uma garantia de qualidade e inovação para o consumidor e um factor de competitividade, de pro-gresso e de criação de riqueza para a economia, con-tribuindo para o progresso da sociedade.A CENTROMARCA nasce da motivação da conjuntura nacional e internacional; tal como noutros países da Europa, a conclusão do Mercado interno e a crescen-te complexidade da envolvente empresarial nos domí-nios jurídico, administrativo, fiscal e social levou as empresas de produtos de marca a associarem-se na busca das melhores soluções para promover e defen-der a Marca.A CENTROMARCA preocupa-se com tudo o que pode influenciar o modo como os produtos de Marca al-cançam o consumidor. A Associação considera a realidade envolvente da actividade dos seus associa-dos, nomeadamente nos aspectos da concorrência,

consumidores, logística, ambiente e promoção da Marca, retirando dela ensinamentos e tendências, tanto para uma acção imediata como para preparar o futuro numa visão prospectiva.A CENTROMARCA funciona como elemento aglutina-dor de todas as ideias e iniciativas que contribuam para defesa e promoção da Marca, assim como elo de ligação entre os seus associados e a distribuição, órgãos de soberania, Administração Pública, organi-zações representativas dos consumidores, instâncias competentes da União Europeia e órgãos de comuni-cação social.A CENTROMARCA congrega empresas, que detêm a titularidade, o registo ou a autorização do uso de Marcas de produtos de grande consumo, em terri-tório português. A Associação é membro activo da AIM – European Brands Association – que agrupa 20 associações nacionais de produtos de Marca em vá-rios países europeus e, através dessas, cerca de 1800 empresas de produtos de Marca.O funcionamento da CENTROMARCA é assegurado por comissões especializadas em áreas concretas, formadas por peritos de cada uma das empresas em cada uma dessas áreas.A Centromarca rege-se por um Código de Conduta. Este Código representa o posicionamento de todos os seus Associados, em relação às regras de concorrên-cia.Tendo como objectivo principal o desenvolvimento e a salvaguarda das empresas associadas, a Centromar-ca associou-se à CIP em 1997, fazendo parte da sua Direcção desde 2004, representando a CIP na Comis-são Permanente de Avaliação e Acompanhamento do Código de Boas Práticas Comerciais CIP/APED. PRIORIDADES DE ACTUAÇÃO• 1.ª Construir um equilíbrio saudável na relação fa-bricante de marca / retalhista para benefício da con-corrência, da inovação e das escolhas do consumidor;

• 2.ª Reforçar a voz comum da indústria de produtos de marca face às autoridades portuguesas e a insti-tuições relevantes;

• 3.ª Promover a compreensão da contribuição da in-dústria de produtos de marca para o bem estar dos consumidores.

CENTROMARCAAssociação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 157

Órgãos Sociais

Organograma

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA158

Direcção

PresidenteDr. Rui Tocha, CENTIMFE

Vogais Eng. Alcântara Gonçalves, CTCV

Eng. Leandro de Melo, CTCP

Director ExecutivoGonçalo Lobo [email protected]

CATIM - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria da Metalomecânica www.catim.pt

CITEVE - Centro Tecnológico das Indústrias do Têxtil e do Vestuário de Portugal www.citeve.pt

CENTIMFE - Centro Tecnológico dos Moldes Ferramentas Especiais e Plásticos www.centimfe.com

CTCP - Centro Tecnológico do Calçado de Portugal www.ctcp.pt

CTCV - Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro www.ctcv.pt

CTCOR - Centro Tecnológico da Cortiça www.ctcor.com

CEVALOR - Centro Tecnológico para a Valori-zação das Rochas Ornamentais e Industriais www.cevalor.pt

CTIC - Centro Tecnológico das Indústria do Couro www.ctic.pt

Rua Fernando Mesquita, 2785, Quinta da Maia, 4760-034 Vila Nova de FamalicãoTel. +351 252 300 305Fax. +351 252 300 305Mail. [email protected] / [email protected]

Os Centros Tecnológicos agregados na RECET – Rede dos Centros Tecnológicos de Portugal têm feito um caminho em conjunto com as empresas dos sectores de ligação natural (metalomecânica; moldes, ferra-mentas especiais e plásticos; rochas ornamentais e industriais; têxtil e vestuário; calçado; cortiça; cerâmi-ca e vidro e couro) tentando identificar de forma séria e colaborativa o que é que a indústria precisa e como precisa, antecipando as suas necessidades.Para isso, os Centros Tecnológicos têm funcionado como plataformas de ligação entre o conhecimento puro (normalmente oriundo das universidades) e o conhecimento aplicado, afinal, o que melhor traduz a evolução das empresas e seu ambiente.Não é assim de estranhar que os conceitos de “trans-ferência de tecnologia”, “inovação” e “competitividade” sejam há muito defendidos e aplicados pelos Centros Tecnológicos no desenvolvimento das suas actividades.

Neste sentido, o posicionamento e a afirmação da RECET como grupo de opinião e influência, no seio das institu-ições que promovem as actividades de Investigação e Desenvolvimento como motor do progresso económico de base industrial, é hoje uma realidade inquestionável.Conscientes de que será através da inovação e da transferência de tecnologia, que os Centros Tec-nológicos tanto têm difundido e sobre a qual têm trabalhado nos últimos anos, que se poderá ganhar a batalha de relançar a actividade de base industrial e, sobretudo, a nova indústria e a sua realidade, a RE-CET continuará a pautar a sua actividade pelo reforço da discussão dos temas que realmente interessam ao tecido industrial, pela constante procura de soluções inovadoras e eficazes e pela afirmação da moderna indústria portuguesa. Pretende-se, assim, ser um braço armado do desenvolvimento da indústria portu-guesa actual, criativa e competitiva.

Corpos SociaisAssociados

RECETRede dos Centros Tecnológicos de Portugal

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 159

OUTRAS ACTIVIDADES DE

SERVIÇOS PESSOAIS

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA160

Rua Castilho, 65 – 2º Dtº1250-068 LisboaTel. +351 Fax. +351 213 876 184Mail. [email protected]

Rua Santos Pousada, 840 – r/c4000-481 PortoTel. +351 225 194 070 Fax. +351 225 194 079Mail. [email protected]

Rua Santos Pousada, 840 – r/c4000-481 PortoTel. +351 225 194 070 Fax. +351 225 194 079Mail. [email protected],pt

ANEPAssociação Nacionaldo Esteticismo Profissional

APBELAssociação Portuguesade Escolas de Beleza

ANECAAssociação Nacionalde Escolas de Cabeleireiro

A ANEP foi criada a 13 de Dezembro de 1978, procuran-do unir por associação todos os profissionais da família do Esteticismo na área da saúde, serviços pessoais e à comunidade. Tal objectivo tem sido cumprido por di-versas formas: participando nas Feiras e Congressos da área, apresentando jornadas de trabalho em temas do interesse da profissional, fornecendo Formação Con-tinua através das entidades formadoras associadas e,

uma das mais relevantes, colaborando com entidades oficiais, com vista à valorização e dignificação dos pro-fissionais que laboram nesta área. Esta colaboração tem sido prestada, essencialmente, através da presença e participação de representantes desta Associação nas Comissões Técnicas de Trabalho e nos Júris de Exame para a obtenção da Carteira Profissional, o que tem per-mitido a evolução e dignificação desta área profissional.

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA 161

ANUÁRIO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA162

NO

TAS