antonio virgilio b. bastos ufba o mundo do trabalho capítulo 1 lívia borges & oswaldo yamamoto

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Antonio Virgilio B. Bastos UFBa O Mundo do Trabalho O Mundo do Trabalho Capítulo 1 Capítulo 1 Lívia Borges & Oswaldo Lívia Borges & Oswaldo Yamamoto Yamamoto

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Page 1: Antonio Virgilio B. Bastos UFBa O Mundo do Trabalho Capítulo 1 Lívia Borges & Oswaldo Yamamoto

Antonio Virgilio B. BastosUFBa

O Mundo do TrabalhoO Mundo do Trabalho

Capítulo 1Capítulo 1Lívia Borges & Oswaldo Lívia Borges & Oswaldo

YamamotoYamamoto

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Antonio Virgilio B. BastosUFBa

Objetivos & Objetivos & ConteúdoConteúdo

O aluno deverá ser capaz de:Descrever a construção histórica do conceito de trabalho.Identificar as principais mudanças no mundo do trabalho.Discutir e levantar hipóteses explicando tais mudanças.Identificar as grandes tendências e desafios do mundo do trabalho.

Ideologia do Ideologia do trabalhotrabalho

A construção da A construção da sociedade do bem sociedade do bem estarestar

O esgotamento do O esgotamento do modelo taylorista-modelo taylorista-fordista e as novas fordista e as novas concepções do concepções do trabalhotrabalho

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DOIS GRANDES EIXOS DE SIGNIFICADOSACRIFÍCIO, ALGO ESGOTANTE, CARGA, FARDO. LUTA, LIDE

PUNIÇÃO (origem latina: TRIPALIUM)EMPENHO, ESFORÇO PARA ATINGIR ALGO

APLICAR CAPACIDADES Propicia o domínio da natureza, hominização

Estrutura cognitiva (schema)

“Um sistema avaliativo de representações internas

mapas cognitivos

IMPACTO NAS PERCEPÇÕES, ATRIBUIÇÕES E

COMPORTAMENTO NO TRABALHO

O que é o Trabalho?O que é o Trabalho?

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O Homem e o TrabalhoO Homem e o Trabalho

É uma ação que permite estabelecer a relação entre o homem e a natureza e a sociedade.

Deriva das necessidades naturais, como fome, sede, etc.

Marx: no trabalho humano, no fim do processo obtém-se um resultado que desde o início existiu na imaginação do trabalhador.

O planejar diferenciando o trabalho humano daquele executado pelos outros animais.

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O que é o Trabalho?O que é o Trabalho?

Dimensões do TrabalhoDimensões do Trabalho

Ideológica Socioeconômica

Simbólica Concreta Gerencial

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Perspectiva HistóricaPerspectiva Histórica

Filosofia Clássica: Platão e Aristóteles

Trabalho como algo degradante, inferior e desgastante – exaltação do ócio.

No Império Romano, Grécia e Oriente, o trabalho é visto sob diferentes perspectivas.

Noções de trabalho:oposto do prazerligado ao sagrado

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As revoluções industriaisAs revoluções industriais

A 1a. Revolução industrial A 1a. Revolução industrial •Inglaterra – séc XVIII até Inglaterra – séc XVIII até últimas décadas sec XIX.últimas décadas sec XIX.

A 2a. Revolução industrialA 2a. Revolução industrial•Final sec XIX até início anos Final sec XIX até início anos 70 (sec XX).70 (sec XX).

A 3a. Revolução industrialA 3a. Revolução industrial•A partir do final do sec. XXA partir do final do sec. XX

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A 1a. Revolução industrialA 1a. Revolução industrial

Parâmetro de identificação: envolve a substituição da energia animal e hidráulica pelo carvão e a máquina a vapor.A indústria têxtil e, depois, a siderúrgica são impulsionadoras das demais atividades econômicas produtivas

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A 2a. Revolução industrialA 2a. Revolução industrialEspaço: Os Estados Unidos (não a Europa)Parâmetro de identificação: advento do motor a explosão interna, utilização do petróleo e da eletricidade.

Promove a indústria petroquímica, as máquinas de automação rígida, novos meios de transporte, novas técnicas e meios de comunicação (telégrafo, rádio, tel, cinema)

Gestão da Produção: Corresponde ao modelo taylorista-fordista

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A 3a. Revolução industrialA 3a. Revolução industrialRompe o paradigma anterior: uso da energia atômica, progresso científico e técnico nos campos da química e biologia e pelo crescimento da tecnologia da informação (TI).

TI: interação entre microeletrônica, informatização e telecomunicação

• Máquinas ferramentas de controle numérico, computadores, robôs, CAD, CAM, CIM, CIE, MRP, windows, redes locais, telefonia automática, fibra ótica, fax, telefonia celular, internet

Gestão da produção: busca de modelos mais flexíveis.

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A 1ª. REVOLUÇÃO A 1ª. REVOLUÇÃO INDUSTRIALINDUSTRIAL

UMA VISÃO MARXISTA DO UMA VISÃO MARXISTA DO SURGIMENTO DO SURGIMENTO DO

CAPITALISMOCAPITALISMO

OS PRIMÓRDIOSOS PRIMÓRDIOS

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Como o Capitalismo Como o Capitalismo Influenciou a Maneira de Influenciou a Maneira de

Perceber o TrabalhoPerceber o TrabalhoVisão Marxista : o ponto de partida da produção capitalista – manufatura -

envolve a “cooperação”:1) A ocupação pelo mesmo capital individual de um

grande número de operários;

2) A eliminação das diferenças individuais, passando o capitalista a lidar com o operário médio ou abstrato.

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Primeiras ConseqüênciasPrimeiras Conseqüências

Capitalista detém os meios de produção portanto, o produto é dele

Trabalhador detém a força de trabalho

é a única mercadoria que possui

É diante deste contexto que se funda a noção de contrato de trabalho: emprego assalariado

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E como lucra o capitalista?E como lucra o capitalista?

A mais-valia é a forma de lucrar com a força de trabalho.

Resulta de um excedente quantitativo de trabalho na duração prolongada do processo de trabalho

MAIS-VALIA

RelativaAbsoluta

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A Produtividade no Campo A Produtividade no Campo TeóricoTeórico

O aumento da produtividade (mais-valia) era preocupação central de Adam Smith

deveria ocorrer através da especialização do trabalhador em uma única tarefa

Divisão do trabalho + Introdução da máquina =

ampliação da mais-valia

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Trabalho Produtivo x Trabalho Produtivo x ImprodutivoImprodutivo

Marx: O trabalho é produtivo quando gera diretamente mais-valia, ou seja, quando valoriza o capital.

Com a transformação do trabalho em mercadoria surgia uma concepção de instrumentalidade econômica do trabalho: valia tanto mais quanto era capaz de aumentar os rendimentos do capitalista

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A ética protestante do A ética protestante do trabalhotrabalho

Demanda de uma ideologia que valorizasse o trabalho em oposição ao ócio.

Weber: mostra que o protestantismo veio resolver este problema

Efeito da Reforma Protestante: aumenta a ênfase moral e o prêmio religioso para o trabalho.

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A ´glorificação do trabalho´A ´glorificação do trabalho´

A ideologia do protestantismo defendia que o trabalho deveria ser exercido de forma planejada, padronizada e disciplinada

Conseqüência esperada: abundância geral e sucesso individual

Séc. XVIII: as reformulações econômicas de Adam Smith + protestantismo = exploração radical da classe trabalhadora

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A Exploração do Sistema A Exploração do Sistema CapitalistaCapitalista

O modo de produção capitalista da cooperação exige um parcelamento progressivo do trabalho em suas operações

Contudo, não são apenas os trabalhos que são repartidos, mas o próprio indivíduo

MonotoniaExcessiva simplificaçãoEliminação da necessidade de qualificação

Modelo Capitalista

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A análise marxistaA análise marxista

O TRABALHO SOB O CAPITALISMO (e sua busca incessante de mais-valia) é:

ALIENANTE EXPLORADOR HUMILHANTEMONÓTONODISCRIMINANTEEMBRUTECEDORSUBMISSO

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Como Reagiram os Como Reagiram os TrabalhadoresTrabalhadores(século XIX)(século XIX)

O próprio sistema de cooperação do capitalismo dá início a:

conscientização dos trabalhadores resistência dentro da fábrica conflito entre capital e trabalho

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A EMERGÊNCIA DO A EMERGÊNCIA DO TAYLORISMO-FORDISMOTAYLORISMO-FORDISMO

A 2ª. REVOLUÇÃO INDUSTRIALA 2ª. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

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Princípios da Administração Princípios da Administração CientíficaCientífica

Contexto: reação dos trabalhadores, concentração financeira e mudança tecnológica do início do século XX

Ideal de conciliação entre trabalho e capital

Para Taylor: não havia relação entre lucro e exploração do trabalhador o administrador seria um “ignorante”

A redução dos custos da produção seria alcançada através da eliminação da “cera”

extinção dos tempos mortos

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Radicalização da Divisão do Radicalização da Divisão do TrabalhoTrabalho

Taylor propõe a substituição dos métodos tradicionais (experiência) pelos científicos

Defende ainda:Decomposição máxima de cada tarefa;Cronometragem de cada movimento operário.

O trabalhador deveria ser poupado de pensar para que pudesse repetir os movimentos ininterruptamente ganhando rapidez e exatidãoO administrador deveria pensar e planejar

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A Falsa Visão IntegrativaA Falsa Visão Integrativa

O Taylorismo acaba por intensificar o processo de exploração e alienaçãoTaylor: planejamento da execução das tarefasFayol: preocupação com as funções de gerenciamento

Tanto o trabalho quanto o trabalhador passaram a ser tratados como um entre outros fatores de produção.

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Sobre Taylor e FayolSobre Taylor e Fayol

FORMALISTAFORMALISTA Empresa – conjunto de cargos hierarquizadosEmpresa – conjunto de cargos hierarquizados

MECANICISTAMECANICISTA Operário – acomodação à empresaOperário – acomodação à empresa

NATURALISTANATURALISTA Organização do trabalho – parcelar é naturalOrganização do trabalho – parcelar é natural

HEDONISTAHEDONISTA Motivação – vinculada à ganhos materiaisMotivação – vinculada à ganhos materiais

Hopenhayn, 2001

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O Movimento de Henry FordO Movimento de Henry Ford

Introdução da esteira rolante na indústria automo-bilista, implicando em intensa mecanizaçãoCoerente com os os princípios tayloristas

InovaçõesTecnológicas – mecanização

Econômicas – produção em massaCriação de departamento social que investigava a vida pessoal do trabalhador, na tentativa de sanar problemas organizacionaisConseqüências: fortalecimento do capitalismo e aumento da rejeição por parte do trabalhador

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As idéias KeynesianasAs idéias Keynesianas

Keynes considera o capitalismo não-regulado incompatível com a manutenção do pleno

empregoPropõe um equilíbrio baseado na Proteção Propõe um equilíbrio baseado na Proteção Social e distribuição de ganhos de produtividadeSocial e distribuição de ganhos de produtividade

Ciclo progressista

Consumo Demanda de produtos

Geração de Empregos

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O Modelo de Estado do Bem-O Modelo de Estado do Bem-EstarEstar

(décadas 40 e 50 do século (décadas 40 e 50 do século XX)XX)Modelo de desenvolvimento apoiado no tripé:

Organização do trabalho taylorista-fordistaRegime de acumulação baseado no ciclo progressistaRegulação de conflitos com institucionalização do trabalho (imposição de limites, definição de direitos sindicais e de greve, distribuição de ganhos por produtividade)

Propicia estreitamento entre consumo e produtividade (busca de felicidade via: consumo e redução da centralidade do trabalho)

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Questões para a Psicologia e a Questões para a Psicologia e a AdministraçãoAdministração

Como liderar e como motivar?Como combater a rotatividade?Como preparar gerentes?Quais as habilidades gerenciais?Como tornar as comunicações internas da organização mais eficientes?Como atrair pessoal para a empresa?Como selecionar tendo em vista um emprego de longo prazo?Quais as condições ideais de trabalho?

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O Contexto BrasileiroO Contexto Brasileiro

Semelhante ao que aconteceu em outros países subdesenvolvidos, nunca se efetivou no Brasil um Estado de Bem-EstarA reação no Brasil veio através da regulamentação das relações trabalhistas, tal como a Consolidação das Leis TrabalhistasCom a ditadura militar (após 1964), os trabalhadores sofrem forte repressão e, sem a resistência dessa massa, compromisso fordista perde sua bilateralidade

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A CRISE DO PARADIGMA A CRISE DO PARADIGMA TAYLORISTA-FORDISTATAYLORISTA-FORDISTA

Emergência de um paradigma Emergência de um paradigma flexivel?flexivel?

A 3ª. REVOLUÇÃO A 3ª. REVOLUÇÃO INDUSTRIALINDUSTRIAL

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Esgotamento do Modelo Esgotamento do Modelo Taylorista-Fordista (anos 60 e Taylorista-Fordista (anos 60 e

70 do século XX)70 do século XX)Financiamento do capital e da força de trabalho, pelo setor público, se esgota.Déficit comercial nos EUA e na Europa.Gigantismo das empresas e perda de flexibilidade para acompanhar mudanças externas.Perda da produtividade em decorrência da resistência organizada dos trabalhadores.Crescente processo de internacionalização da economia, reduzindo hegemonia dos EUA e eficácia das economias nacionais

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Antonio Virgilio B. BastosUFBa

Intenso processo de reestruturaçãoIntenso processo de reestruturaçãodo mundo do trabalhodo mundo do trabalho

Mundo doMundo doTrabalhoTrabalho

Múltiplas identidades

Mudança de significados

Ampliação imprevisibilidade

Alta circulação docapital financeiro. Maior competição

´Globalização´´Globalização´

Muda a noção deespaço

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Antonio Virgilio B. BastosUFBa

CENÁRIO EMERGENTECENÁRIO EMERGENTECARACTERÍSTICAS DO POSTO DE

TRABALHO

AS CONDIÇÕES DE TRABALHO

AS EXPERIÊNCIAS DE TRABALHO

O CONCEITO DE TRABALHO

Crescente automação

dos processos

de trabalho

InformáticaInformática

TelecomunicaçõesTelecomunicações++

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Novas Tecnologia: duas Novas Tecnologia: duas grandes questõesgrandes questões

É o fim do emprego? O trabalho necessita de pessoas mais

qualificadas ?

IMPACTOS SOBRE IMPACTOS SOBRE O EMPREGOO EMPREGO

IMPACTOS SOBREIMPACTOS SOBREA QUALIFICAÇÃOA QUALIFICAÇÃO

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O Trabalho e a TecnologiaO Trabalho e a Tecnologia

Com a adoção de novas tecnologias, o trabalho vai se tornando uma tarefa de controle e supervisão.

CCQ’s, Gestão Participativa e os Programas de Qualidade Total:

• Flexibilização da produção e dos novos padrões de busca por produtividade.

Para uns, significam o fim dos trabalhos pesados e repetitivos.Para outros, significam maior degradação e perda do emprego.

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Hoje: Terceira Revolução Hoje: Terceira Revolução IndustrialIndustrial

Crescimento econômico mais lento, com quebra da certeza no futuro e no progressoDesemprego estrutural e dissociação entre crescimento econômico e de oferta de empregoAumenta percepção de instabilidade do empregoIntensificação das desigualdades sociaisRedução das incompatibilidades entre instrução formal e requisitos de postos de trabalhoPersistência da troca de trabalho pobre e pouco saudável por dinheiro, em muitos setoresConcepções opostas de centralidade do trabalhoMaior visibilidade da diferença entre emprego e trabalhoAumento da exploração (crescimento da mais-valia)

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Uma revolução complexa Uma revolução complexa engendrando duas formas críticas engendrando duas formas críticas

de conceber o trabalhode conceber o trabalho

O trabalho na forma de emprego O trabalho na forma de emprego diminui sua importância na diminui sua importância na sociedadesociedade

Processo de extinção do trabalhoProcesso de extinção do trabalho

Eliminação do trabalho repetitivo e Eliminação do trabalho repetitivo e sem interesse, pela tecnologia e pelo sem interesse, pela tecnologia e pelo planejamento do trabalhoplanejamento do trabalho

O trabalho deve tornar-se leve por O trabalho deve tornar-se leve por meio da adoção de pequenas meio da adoção de pequenas jornadasjornadas

Prevenção das conseqüências de Prevenção das conseqüências de desgaste no trabalho, a partir da desgaste no trabalho, a partir da organização do trabalho e das organização do trabalho e das políticas organizacionaispolíticas organizacionais

Seu conteúdo desinteressante deve Seu conteúdo desinteressante deve ser compensado por atividades em ser compensado por atividades em outras esferas da vida (lazer, outras esferas da vida (lazer, comunidade, religião, família)comunidade, religião, família)

O trabalho continua sendo esfera O trabalho continua sendo esfera importante estruturante da vidaimportante estruturante da vida

O trabalho deve ter baixa O trabalho deve ter baixa centralidadecentralidade

Forma BForma BForma AForma A

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A Psicologia: questões postasA Psicologia: questões postas

Qual o significado do trabalho? O que esperam dele? Que resultados desejam?A relação com o trabalho tem afetado a família? Qual a centralidade do trabalho na vida das pessoas?Como as pessoas vivenciam o desemprego? Quais as suas conseqüências para a saúde mental? Elas variam por categorias ocupacionais? Existem doenças mentais associadas ao trabalho?O que fazer neste quadro? É possível ações preventivas?.

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Outra vez, os objetivos desta Outra vez, os objetivos desta Unidade ...Unidade ...

O aluno deve ser capaz de:Descrever a construção histórica do conceito de trabalho.Identificar as principais mudanças no mundo do trabalho.Discutir e levantar hipóteses explicando tais mudanças.Identificar as grandes tendências e desafios do mundo do trabalho.

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Modo pelo qual o trabalho é gerido (dividido, organizado, controlado)

Vínculo com estruturas sociais econômicas e políticas (força de

trabalho, ritmo de crescimento, etc)

Tecnologia, condições materiais e/ou ambientais

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Antonio Virgilio B. BastosUFBa

Aspectos subjetivos que singularizam a relação de cada

pessoa com o trabalho

Discurso articulado e compartilhado coletivamente na sociedade