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1 Antologia Escolar do Sistema Colégio Militar do Brasil - 2019 A história do Exército se confunde com a própria história do Brasil.

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Page 1: Antologia Escolar do Sistema Colégio Militar do Brasil - 2019 · 2020-01-28 · Notas à primeira edição “A história do Exército se confunde com a própria história do Brasil”

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Antologia Escolar do Sistema

Colégio Militar do Brasil - 2019

A história do Exército

se confunde com a própria

história do Brasil.

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Antologia Escolar do

Sistema Colégio Militar do Brasil

2019

A história do Exército se

confunde com a própria história

do Brasil.

Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial

Departamento de Educação e Cultura do Exército

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Antologia Escolar do

Sistema Colégio Militar do Brasil

2019

A história do Exército se

confunde com a própria história

do Brasil.

ALESSANDRA FEITOSA ORGANIZADORA

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©Alessandra Feitosa (Org)

Copyright@2019 por Alessandra Martins Gomes Feitosa

Título original: Antologia Escolar do Sistema Colégio Militar do

Brasil 2019 – A história do Exército se confunde com a própria

história do Brasil.

Conselho Editorial: Carlos Roberto Carvalho Daróz, Célio Jorge

Vasques de Oliveira, Daniel Reis dos Lopes, Elaine Guimarães

Motta, Elias Ely Vitório, Gilberto Cardoso, Gilberto de Souza

Vianna, Mônica Guimarães, Teresa Cristina de Carvalho Piva.

Os conceitos emitidos nos textos são de exclusiva

responsabilidade dos autores.

Capa do livro: Em 2008, como parte das comemorações dos 50

anos do Colégio Militar de Curitiba e do bicentenário do

Marechal Osório, foram inaugurados no CMC dois painéis

feitos pelo artista Cássio Mello que presenteou o colégio com

um quadro de sua autoria, intitulado Marechal Osório, O

Legendário. Essa obra encontra-se hoje exposta no Pavilhão de

Comando do CMC.

Gráfica

Endereço:

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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................... 7

Prefácio......................................................................................... 10

Notas à primeira edição...................................................... 12

Parte I – Gênero: Poesia.................................................. 15

Brado ...................................................................... 16

Aluno Guilherme Acioli Landim - Colégio Militar de Brasília

O Brasil e o Exército Brasileiro: uma só história...... 18

Aluno Mateus Lucas Patriota Sobral - Colégio Militar do Recife

Momentos de Glória............................................ 19

Aluna Rebeca Moreira dos Santos - Colégio Militar do Rio de Janeiro

Parte II – Narrativas de Aventura............................. 21

A liberdade é uma conquista...................................

Aluno Victor Augusto de Alencar Menezes - Colégio Militar de Belém

22

Guararapes: estrondo de tambores..................... 24

Aluna Gabriela Silva Galvão - Colégio Militar de Belo Horizonte

Os Conspiradores.................................................. 27

Aluno Vitor Tetsuo Nakano - Colégio Militar de Curitiba

Coragem Pura........................................................ 29

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Aluna Jogan Dev Hemnani – Colégio Militar de Manaus

Parte III – Texto Expositivo.......................................... 32

A história do Exército se confunde com a própria história do Brasil.......................................................

33

Aluno Carlos Eduardo Vinagre - Colégio Militar de Campo Grande

Uma história verde-oliva do Brasil......................... 35

Aluno Levi de Castro – Colégio Militar de Salvador

Quem nobre missão desempenha............................ 37

Aluna Laura Solner Silva - Colégio Militar de Santa Maria

Parte IV – Gênero: História em Quadrinhos........... 40

É bom se comunicar.............................................. 41

Aluno Daniel Lira da Cunha Araújo - Colégio Militar de Juiz de Fora

Maria Quitéria........................................................ 46

Aluna Laís Hoffmann – Colégio Militar de Porto Alegre

Um Patrono Cearense.......................................... 51

Aluno Davi Castro Sá de Lima - Colégio Militar de Fortaleza

Sobre os autores .................................................. 58

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Introdução

A presente publicação é oriunda do I Concurso Literário do Sistema Colégio Militar do Brasil cujo título foi “A história do Exército Brasileiro se confunde com a própria história do Brasil”, motivada na campanha institucional empreendida pelo Centro de Comunicação Social do Exército.

Alinhados com uma Proposta Pedagógica de vanguarda, baseada no ensino de competências e de habilidades, os Colégios Militares atuam, ainda, no desenvolvimento de uma educação focada nos valores e tradições do Exército Brasileiro.

O Exército Brasileiro é a Instituição mantenedora dos Colégios Militares cujo objetivo maior é o de fortalecer a dimensão humana da Força, ao ofertar ensino de qualidade aos dependentes de seus militares.

Foi no atendimento ao sonho do Duque de Caxias que o Exército criou, ainda no tempo do Império, o primeiro Colégio Militar (CM). É do entrelaçamento do Exército com a preocupação de seu povo que a História do Brasil se cruza com a História do Exército e, a cavaleiro, ainda participam desse cenário os quatorze educandários que estão localizados no Rio de Janeiro - RJ, Porto Alegre - RS, Fortaleza - CE, Manaus - AM, Recife - PB, Belo

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Horizonte – MG, Curitiba - PR, Salvador - BA, Juiz de Fora - MG, Campo Grande - MS, Santa Maria - RS, Belém – PA e, o mais recente, São Paulo - SP.

Ao estudarmos a história do Exército Brasileiro, aprenderemos sobre bravos homens e mulheres que defenderam nossa Pátria e passaram a ser personagens importantes na História do Brasil.

É com o intuito de valorizar e de promover o conhecimento de muitas dessas personalidades, que este Concurso Literário emerge a fim de destacar homens e mulheres que defenderam a Pátria em algum momento de nosso passado histórico.

Assim, o convite será estendido a você, amigo leitor, que se debruçará sobre esses trabalhos selecionados dentre os melhores de seus CM e remetidos à Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.

A primeira parte dessa publicação destina-se ao gênero Poesia. Nossos alunos de Brasília, Rio de Janeiro e Recife nos brindarão com textos belíssimos de exaltação à nacionalidade. Desde características de texto épico ao tradicional poema, desfrutaremos de uma bela demonstração de amor à Pátria.

A segunda parte já se reporta aos alunos com perfil de contadores de histórias. As aventuras

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vividas com personagens históricos nos levarão ao passado em poucos segundos. Será como um tele transporte para o passado distante que se desenha em um cenário todo divertido.

A terceira parte destina-se à publicação de textos expositivos. Em face de serem textos destinados aos alunos do ensino médio, observam-se textos mais maduros e frutos de pesquisas históricas e que representam um embrião de enriquecimento de futuros pesquisadores acadêmicos.

Por fim, a última parte foi destinada a um tipo de texto mais lúdico e, também, agradável: as Histórias em Quadrinhos. Desenhadas e escritas por alunos do ensino fundamental, as HQ proporcionam um ponto alto dessa antologia, ao trazerem fatos cômicos e sérios caricaturados nos personagens deste gênero.

Por oportuno, desejamos a você, caro leitor, um bom momento de descanso, e de prazer na leitura desses textos que simbolizam o amor do todos os alunos do SCMB ao Brasil.

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2019.

Alessandra Martins Gomes Feitosa – TC QCO Chefe da Seção de Ensino da DEPA

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Prefácio

Esta Antologia tem um valor afetivo muito

caro para todos nós, integrantes do Sistema Colégio Militar do Brasil: é a primeira publicação que reúne textos temáticos oriundos de uma atividade pedagógica comum a todos os Colégios Militares.

A honra de prefaciar esta obra é de uma simbologia muito cara para mim, Diretor de Educação Preparatória e Assistencial, cuja vida é um resumo desta temática abordada.

Sou antigo aluno do Colégio Militar de Fortaleza, tive o privilégio de ver meus filhos estudarem e se formarem no mesmo Sistema onde vivi e, após anos, fui escolhido para Comandar o Colégio onde estudei. Agora, num momento ímpar de minha vida militar, sou escolhido para ser Diretor de todos os CM.

Hoje, tenho a honra de ler esses textos tão criativos, emocionantes e interessantíssimos a respeito do Exército Brasileiro e de grandes homens e mulheres que como eles, um dia sonharam com um Brasil cheio de esperança e que dedicaram suas vidas nessa empreitada.

“A história do Exército se confunde com a própria história do Brasil”, essa foi a temática escolhida pelo Centro de Comunicação Social do

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Exército para o ano de 2019. Uma temática importante e resgatadora do berço da nacionalidade brasileira, do verdadeiro significado da palavra Pátria e de tantos valores e dedicação ofertados ao longo dos anos na busca de uma nação livre e próspera, como é nosso Brasil.

Nesta antologia, podemos usufruir da leitura de textos de autores jovens, mas com um futuro promissor para a carreira das letras e da pesquisa historiográfica. Uma temática difícil, mas bem apropriada por nossos alunos.

Essa publicação é uma forma de incentivar e estimular nossos futuros escritores e, quem sabe, já antever os futuros grandes professores e escritores que ombrearão nobres espaços nas Academias de Letras.

Prossigam nesta senda do estudo e do saber, para que sejam homens e mulheres valorosos e sábios.

Zum Zaravalho! Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2019.

Gen Bda Francisco Carlos Machado Silva Diretor de Educação Preparatória e Assistencial

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Notas à primeira edição

“A história do Exército se confunde com a

própria história do Brasil” oferece ao leitor a

oportunidade de, simultaneamente, conhecer a

produção literária dos alunos do Sistema Colégio

Militar do Brasil, como também trazer para a

atualidade personagens que, ao longo da História

Nacional, construíram a identidade e os valores

cultuados pelo Exército Brasileiro. Já a partir do

título, há uma reflexão a ser feita referente à palavra

história.

Por algum tempo, houve quem defendesse a

distinção entre o uso dos vocábulos história x estória,

sendo a primeira acepção utilizada para denominar

uma história “real” e, a segunda, uma história

“fictícia ou inventada”.

Segundo Antônio Houaiss, nosso grande

filólogo, estória foi registrada em Portugal no século

13 e história, no 14, sendo sinônimas. O autor do

melhor dicionário brasileiro complementa que, como

sinônimo perfeito da segunda, a primeira caiu em

desuso. Estória é considerada hoje apenas como uma

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peculiaridade brasileira que significa “narrativa de

cunho popular e tradicional”.

Peculiaridades à parte, acrescentamos mais

uma: História, ciência histórica. Ora, o título da obra

aqui apresentada não deveria ser “A história do

Exército se confunde com a própria História do

Brasil”?

Eis a reflexão. O que trazemos nesta edição são

criações inéditas de jovens alunos que estudam nos

Colégios Militares distribuídos por todo território

nacional. É um exercício de suas habilidades

escritoras, artísticas e culturais.

É o registro do “Brado”, dos “Momentos de

Glória”, e “de uma só história do Brasil e do Exército

Brasileiro”, reunidos nos versos poéticos dos alunos

Guilherme, Rebeca e Mateus.

É a liberdade sendo conquistada na voz de

Maria Quitéria; no estrondo de tambores na saga

contra os holandeses; na luta do magnífico Duque de

Caxias contra os conspiradores e na coragem pura do

médico José Severiano, descritos nas narrativas de

aventura dos alunos Victor, Gabriela Galvão, Vitor

Nakano e aluna Jogan Heninani.

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São as reflexões dos alunos Carlos Eduardo,

Levi e Laura, onde “as Histórias do Exército se

confundem com a história do Brasil”, “uma história

verde-oliva”, de “uma nobre missão”.

Enfim, é a história desenhada nos quadrinhos

coloridos dos alunos Daniel Lira, Davi Castro e Laís

Hoffman.

São histórias – imaginadas, narradas,

refletidas e emolduradas, por jovens que já fazem

parte da construção da História do Brasil, esta sim,

com “H” maiúsculo.

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2019.

Gilberto Cardoso – TC QCO R/1 Adjunto da Seção de Ensino da DEPA

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Parte 1

Poesia

1- Brado 2- O Brasil e o Exército Brasileiro: uma só história 3- Momentos de Glória

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Brado

Al Landim Canto I Estado constante da natureza. Ó musa traiçoeira, tu revelas Ímpias maldades e fina beleza. Delicadas contradições humanas Sublimam-se em teu grotesco seio, Altiva guerra, doce estonteio! Da humanidade velha amiga, Arte de Alexandre e dos espartanos. De almas ceifadoras, prova antiga. Persas, Astecas, Gregos e Romanos, Ainda cantam-se suas vitórias, Seus pesares, suas dores e glórias. E da história a marcha incessante Aniquila impérios, constrói nações. Um povo brilhante, em destino errante, Guerreia seguro, rompe grilhões. Superior holocausto do espírito; Da liberdade repercute o grito.

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Brado

Al Landim Canto II Calem-se, pois, os ecos dos grandilocos Feitos de César e suas fileiras! Porque canto os exímios heroicos Conflitos e batalhas brasileiras. Ao lado da trombeta belicosa, Conto a história nossa valorosa. Ethos da nação forjado em campanha Do solo Guararapes sagrado, Que ainda o sangue brasileiro banha, Surgiu o fruto resiliente e amado. A nacionalidade consumada, Contra o conquistador determinada. Das forças armadas varonil Odisseia, iniciada durante A batalha contra o inimigo vil, Confunde-se no destino brilhante Da Pátria, alicerçado firmemente Por todo passado e eternamente.

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O Brasil e o Exército Brasileiro:

uma só história

Al Mateus Patriota Um país, um continente Um exército, uma nação Ligados fraternalmente Em uma só Instituição. Unindo credos e raças No tempo colonial Pacificando conflitos Garantia nacional. Proclamação da República Guarda territorial A comunhão das raças Formação nacional. Houve invasões, batalhas E em Guararapes, a união De brancos, negros, ameríndios Berço de uma grande nação. Desde os montes Guararapes Exército oficial As histórias se confundem Lauda histórica imortal.

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Momentos de Glória

Al Rebeca Moreira dos Santos

(uma única poesia dividida em 4 partes)

I

Ouço no estrondo dos tambores O forte alarido das batalhas;

Homens de várias cores, sem temores Reduziram flamengos a migalhas.

Montes Guararapes, berço sagrado

Do braço forte, da mão amiga, Do compromisso imortal selado.

II

Para, do território, garantir a segurança, Com os vizinhos, Argentina e Uruguai,

Formou a Tríplice Aliança; Venceu, o Brasil, a Guerra do Paraguai.

O sangue dos heróis - quem diria?

Hoje brilha no uniforme Dos filhos do sonho de Caxias.

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Momentos de Glória

Al Rebeca Moreira dos Santos

III

Valente força expedicionária Contra o fascismo na Itália,

Com coragem extraordinária, Pracinhas honram sua pátria.

Bravamente guerreando; Os que duvidaram, vejam só:

A cobra está fumando!

IV Nação amada, sempre iremos lembrar De tuas vitórias, glórias e o teu lutar.

E teus fiéis combatentes Eternamente tua história vão contar.

Tendo amor a esta terra por escudo: Brasil!

Acima de tudo!

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Parte 2

Narrativas

de aventura

1- A liberdade é uma conquista 2- Guararapes: estrondo de tambores 3- Os Conspiradores 4- Coragem pura

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A liberdade é uma conquista

Al Vitor Menezes O Brasil estava em perigo, a derrota era algo

inadmissível. Maldito seja o português que nestas terras

chegaram. Roubaram, capturaram nativos inocentes e

destruíram o nosso verde. Estava na hora de restaurá-los.

Meu nome é Maria Quitéria, nasci no estado da

Bahia. Desde pequena tinha um admirável espírito de caça

e de captura. Olhei para minhas terras e observei que tudo

estava se acabando, resolvi ajudar me alistando no

exército, para defender o que é meu; fui muito criticada,

mas sempre gostei de desafios.

Para que essa ideia se solidasse, tive que passar por

sacrifícios, como me passar por um homem, cortando

meus cabelos e mudando minha aparência, para ingressar

no exército.

Ao chegar na instituição, agrupei-me e terminei

com êxito todas as atividades propostas. Após algumas

semanas, já me destacava por minhas habilidades e

disciplina. Porém, meu pai me denunciou por ser mulher

e mesmo assim não consegui tirar meu sonho.

Depois de um tempo treinando, fui finalmente para a

guerra defender meu país, minha terra. Chegamos ao

terreno inimigo, o silêncio era profundo e atenção era uma

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A liberdade é uma conquista

arma indispensável. Avançávamos devagar, com uma

estratégia calculada, então era a hora do primeiro tiro, um

pequeno ato que começaria uma grande batalha, assim

começou. Os tiros sobressaíram qualquer outro barulho

ofegante, um passo errado era morte na certa.

Após anos de guerra, exércitos inimigos foram

morrendo até se renderem, e com isso nos deram a vitória.

A comemoração foi merecida, pelos sofridos anos, nos

quais a morte e a vida eram uma constante.

Depois de toda essa aventura, resolvi voltar para a

Bahia, terminar meus dias numa vida tranquila e com

muita paz. Uma batalha sofrida, mas, enfim conseguimos

a independência do Brasil e eu consegui meu

reconhecimento, com várias condecorações, incluindo

assumir o posto de 1° cadete. Então, começava uma nova

era, com novas batalhas, desafios e descobertas para as

mulheres que viriam depois de mim.

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Guararapes: estrondo de tambores

Al Gabriela Galvão

Em minha família, é passada de geração em

geração a história de nosso ancestral, o índio Raoni, que

quando era jovem participou da célebre Batalha de

Guararapes, na qual derrotaram os holandeses:

Foi no dia 19 de abril de 1648 que tudo aconteceu.

Estavam em 2200 portugueses, havia combatentes

brancos, negros, tropas de Vieiras, tropas reservas e eles,

índios. Encontravam-se posicionados nos montes e

bosqueiros, observando tudo, longe da vista dos inimigos.

Meu antecessor e seus companheiros estavam na

vegetação restinga, não havia ninguém que conhecesse

aquela mota melhor do que eles. Não tinham experiência

e nem sabiam utilizar as armas, mas possuíam um

patriotismo, um sentimento de dever para com a pátria e

uma vontade imensurável de se proclamar.

Enquanto estava escondido, Raoni ouviu inimigos

conversando. Disseram que já haviam avistado a tropa de

Vieiras e pretendiam destruí-la. Na mesma hora, ele

correu para avisar os guerreiros. Mas os holandeses

escutaram o barulho da corrida sobre as folhas secas e

perseguiram-no. Escapou, escondendo-se atrás de uma

grande rocha, mas não conseguiu transmitir o recado.

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Guararapes: estrondo de tambores

Os holandeses, então, penetraram o boqueirão e

prosseguiram pelas encostas e flancos. A tropa de Vieira,

ao ser atacada, desuniu-se. Nesse momento, os luso-

brasileiros atacaram. Os brancos e o Vidal dos Negreiros,

após muita luta, trocas de espadas, sangue e suor,

romperam o centro do inimigo. Enquanto os negros

investiam contra os combatentes nos morros, a tropa de

meu ancestral, com muita garra, aplicava pesadas perdas

aos adversários. Estes, desorganizados e desmoralizados,

após quatro horas de batalha e com 200 baixas, retornaram

à Recife.

Guararapes, que em Tupi Guarani significa

“estrondo de tambores” foi, de fato, palco de uma

estrondosa batalha entre os luso-brasileiros e os

holandeses.

A vitória foi conquistada por índios, negros e

brancos, que utilizaram técnicas originalmente brasileiras

para vencer. Foi um momento em que as estruturas de

nossa defesa nacional uniram-se em prol de um bem

maior. Por isso é considerada o marco inicial do Exército

Brasileiro.

Hoje, rememoro-me com muito orgulho essa

história. Alegro-me ao saber que um índio de minha aldeia

participou de algo de tamanha importância, como o

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nascimento do Exército Brasileiro, que está tão vinculado

a história de nosso país.

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Os Conspiradores

Al Vitor Nakano

Luís Alves de Lima e Silva, o magnífico Duque de

Caxias, aquele que organizou o Exército e levou-o à vitória

na guerra da Tríplice Aliança, em seu retorno, no palácio real,

ele foi condecorado mais uma vez. Era um herói nacional.

Porém, algo inesperado ocorreu.

Quando Vossa Majestade, Dom Pedro II, foi

cumprimentar seu fiel soldado e amigo, um dos guardas

presentes apunhalou sua Alteza. O saguão estremeceu de

pavor, os nobres começaram a gritar, as empregadas a fugir

do palácio e Dom Pedro II gemia de dor no chão do salão.

O Duque desesperado levou o rei o mais depressa

possível ao hospital real do Rio de Janeiro e, vendo seu mestre

naquele estado, jurou justiça. No mesmo dia ele emitiu lei

marcial e convocou o Exército. Interrogou o criminoso e

descobriu que aquilo foi uma tentativa de vários políticos e

nobres de derrubar o imperador. Enfurecido, marchou contra

todos eles.

Cheio de fúria, ele mesmo lutou no campo de batalha

e, com sucessivas vitórias, continuou a marchar contra os

inimigos do imperador, entretanto em Goiás, ele se encontrou

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Os Conspiradores

em uma situação complicada. Tinha sido encurralado, mas

com uma estratégia muito complexa conseguiu derrotá-los,

dizendo no final:

- “Tudo por nosso Rei!”.

Um ano depois, quando os conspiradores foram

punidos, o Marechal voltou à capital e lá ele foi aplaudido por

todos. Vendo Sua Majestade, realizou uma reverência e

perguntou em seguida se ele estava bem, o soberano

respondeu que tinha se recuperado e depois disse-lhe que

estava orgulhoso, não por ter destruído meus inimigos, mas

por ter apresentado bravura, lealdade e outras virtudes.

Por fim, o Duque de Caxias se aposentou e dedicou

o restante de sua vida para ajudar os mais necessitados, lutou

contra a fome e a pobreza e mesmo sabendo que pagaria por

seus atos, ele foi em paz.

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Coragem Pura

Al Jogan

1864. Guerra do Paraguai. Momento trágico da

história. José Severiano da Fonseca estava a caminho do

campo de batalha se perguntando o que o destino lhe tinha

reservado: a glória ou o fim? A sua coragem, porém, não

falhava, e o desejo de ajudar também estava sempre a

postos. Essas eram suas maiores armas, bem como as

mãos curadoras. O serviço de saúde era o ofício a que ele

pertencia. A contribuição para a gloriosa história do

exército, tão fortemente ligada à história do Brasil, era

algo que lhe dava orgulho.

Chegando a Montevidéu, designado a chefiar o Corpo

de Saúde da Brigada de Ocupação, sentia o peso do

desafio e da responsabilidade, que não lhe eram estranhos.

Ele fazia seu melhor para suprir os enfermos com

remédios, tratamento e dieta, no entanto nem sempre as

estruturas colaboravam, e o perigo era constante. O grande

líder já, há muito tempo, havia se anestesiado da tristeza

de ver a dor do próximo e junto de cada gemido e de cada

dificuldade passada nos leitos improvisados contribuía

com sua experiência e coragem. Coragem tal, como a vista

pelos combatentes como Sampaio e Tibúrcio nos campos

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Coragem Pura

de batalha. Bravura tal, como mostrada pelos irmãos de

José, todos eles, militares de honra. Quando soube do

falecimento de três deles, na mesma batalha na qual

auxiliava como cirurgião, não deixou o ofício de lado,

lutando com mais garra ainda pela sobrevivência dos

soldados.

Em um dos dias com mais feridos, um deles

parecia desesperado por alguma atenção, como se sua vida

dependesse disso. Naquele turbilhão de doentes, Fonseca

foi o único a nota-lo. Ao falar com o enfermo, soube que

ele era um soldado informante, e tinha algo valioso para

ser passado ao comandante da tropa. Estava desesperado,

pois dessa notícia dependia o desenrolar da guerra.

Compartilhando da emoção do combatente, o herói do

serviço de saúde viu uma única solução: ir ele mesmo

transmitir a informação. Porém havia um acampamento

inimigo na rota para chegar ao destinatário da notícia, e a

maneira encontrada para contornar essa situação seria José

Severiano disfarçar-se de soldado inimigo. Ignorando o

perigo e fazendo jus a sua coragem, saiu para cumprir a

missão.

Já estava quase cruzando a área inimiga quando

viu um soldado paraguaio ferido no chão. Ouvir seus

gemidos sem nada a fazer era contra a sua essência, por

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Coragem Pura

isso foi lá e percebeu que a cura para o feio corte na perna

do enfermo estava bem ao seu lado: uma planta com

capacidades médicas quase milagrosas. Havia grande

risco de Fonseca ser descoberto, sua vida poderia

encontrar o fim a qualquer momento, mas sua natureza

misericordiosa venceu e ele curou o inimigo, que ficou tão

grato que nem percebeu a falta de familiaridade do rosto

de seu salvador. Aproveitando a oportunidade de distração

dos oponentes, José Severiano saiu da zona de perigo e

cumpriu o que havia de fazer. Transmitiu a informação e

voltou a seu acampamento por uma rota segura, entretanto

a aventura vivida no campo inimigo e o serviço lá prestado

lhe pareceram a coisa mais importante do dia, e ele soube,

simplesmente soube, que foi o certo a ser feito. Assim ele

continuou durante sua vida, prestando serviços médicos

aos enfermos e abrilhantando o nome, tanto seu, quanto

do seu ofício.

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Parte 3

Textos

Expositivos

1- A História do Exército se confunde com a própria História do Brasil.

2- Uma história verde- oliva do Brasil.

3- Quem nobre missão desempenha.

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A história do Exército se confunde

com a própria história do Brasil

Al C. Eduardo

Nos primórdios da civilização, nações invadiam

territórios para roubar riquezas, ganhar poder e escravizar

pessoas. A partir da descoberta do Brasil, várias nações

tentaram invadir o seu território, mas nenhuma delas

atingiu o objetivo graças ao valor da sociedade existente.

O Exército, puramente brasileiro, surgiu em 1648

na Guerra dos Guararapes, que foi um conflito entre os

indígenas, portugueses e os africanos defendendo o seu

território contra os invasores holandeses. A Guerra dos

Guararapes no Nordeste brasileiro gerou um sentimento de

união na sociedade brasileira no momento em que todos os

extratos étnicos lutam pelo ideal de liberdade frente aos

holandeses. Essa passagem histórica fez surgir muitos

feitos heroicos e é considerada a gênese do Exército

Brasileiro. O exemplo do heroísmo em Guararapes pode

ser observado em vários momentos da história do Brasil,

por intermédio de ações do Exército de Caxias.

Durante a história brasileira, surgiram vários

heróis que deram a sua vida pela nação, como o Duque de

Caxias, com sua participação na independência do Brasil e

na Guerra do Paraguai, sendo reconhecido por seus feitos

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A história do Exército se confunde...

como patrono do Exército. Além de sua participação

nesses eventos, o Exército Brasileiro esteve presente

também na Segunda Guerra Mundial, na qual representou

o Brasil na luta contra o nazismo, e no Haiti, onde ajudou

a restabelecer a paz.

A Missão de Paz iniciou-se em 2004. Teve a

duração de 13 anos e reuniu em torno de 37.008 militares

com o objetivo de ajudar a restaurar a ordem no Haiti,

evitar violência de gangues, garantindo a segurança nas

ruas, fornecer alimentos para os haitianos, promover

eleições livres e informadas e reestruturação do estado e da

economia. Houve melhoria da própria infraestrutura

nacional, como reforma e construção de ruas e estradas,

perfuração de poços artesianos e preparo de pontos de

ancoragem em inúmeros portos da costa haitiana. Pela

atuação do Exército Brasileiro, o Brasil ganhou uma

projeção internacional importante no mundo globalizado.

No cenário nacional atualmente, o Exército

participa ativamente do cotidiano brasileiro, atuando em

várias áreas, distribuindo água para matar a sede no

Nordeste, ocupando locais inóspitos nas extensas

fronteiras, criando e conservando estradas; dessa forma,

mostrando estar totalmente integrado com os interesses da

nação brasileira.

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Uma história verde-oliva do Brasil

Al Levi

Há, aproximadamente, quinhentos anos, Pedro

Álvares Cabral desembarcava em Porto Seguro, Bahia,

seguido por sua comitiva. A partir deste momento, o

território denominado Terra de Vera Cruz passou por

diversas mudanças, sejam nominais, culturais,

econômicas, sociais e políticas. Entretanto, em meio a esse

emaranhado de fatos históricos, uma instituição se

desenvolveu para garantir a soberania nacional: o Exército

Brasileiro, de forma que sua história está fortemente

interligada à História do Brasil.

Inicialmente, por se tratar de uma colônia

portuguesa, a extensão brasileira era resguardada,

exclusivamente, por militares portugueses, destacando-se

o Marechal Napion, patrono do Material Bélico, pelo

desenvolvimento da indústria bélica local. Contudo, em

1822, Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil,

possibilitando a desvinculação deste país em relação a

Portugal, uma melhor organização estratégica do Exército

Imperial e o alistamento de homens brasileiros. Além

disso, esse ano é marcado pela decisiva atuação da Cadete

Maria Quitéria, patronesse do Quadro Complementar de

Oficiais, pela expulsão dos holandeses do litoral baiano.

Após quarenta e dois anos, durante o reinado de

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Uma história verde-oliva do Brasil

Dom Pedro II, eclode a Guerra do Paraguai e diversas

revoltas internas, como a Sabinada e o levante Malê, todas

contidas pela tropa resultante da união do Exército do

Império e da Guarda Nacional, tendo destaque o Duque de

Caxias, também conhecido por Pacificador ou Patrono do

Exército Brasileiro. Ademais, em 1889, Manoel Deodoro

da Fonseca, filho de Dona Rosa da Fonseca, patronesse da

Família Militar, proclama a República Federativa do

Brasil, reivindicando o governo brasileiro e destituindo a

Família Imperial.

Durante o período republicano, sistema vigente no

Brasil até os dias atuais, enfatiza-se a atuação do Marechal

Rondon, patrono de Comunicações, por interligar todas as

regiões do País com fios de cobre, possibilitando uma

melhoria na infraestrutura, e a proteção aos povos

indígenas. Além disso, ao longo da Segunda Guerra

Mundial, a Força Expedicionária Brasileira mostrou um

excelente desempenho na Itália, contribuindo para a vitória

dos Aliados.

Portanto, não há como separar a História do Brasil

do surgimento do Exército Brasileiro, tendo em vista o

excelente empenho da Força para manter a soberania

nacional e o bem-estar da população, desempenhando um

trabalho digno de exaltação pautado em valores e nos

Símbolos Nacionais.

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Quem nobre missão desempenha

Al Solner

“Assim ao Brasil faremos oferta igual de amor

filial”, expressa a Canção do Exército Brasileiro, nela há

uma promessa, mas também os jeitos dessa instituição, a

qual é tão importante para sociedade constituída na terra

onde os bosques têm mais vida, nossa vida mais amores.

A evolução do Exército é a evolução dos brasileiros, na

sua história, oriunda da Batalha de Guararapes, está o

início da formação de um Brasil nacionalista e unido, o

surgimento de valores nacionais, os quais o Exército passa

à sociedade brasileira até os dias atuais.

Sob a ótica da Insurreição Pernambucana, foi

formado o primeiro exército genuinamente brasileiro, que

mesmo pequeno conquistou a vitória dando-se início a

grande influência da “Mão Amiga” dos seus povos.

Alguns séculos depois, no contexto da Independência, o

agora lídimo combatente do Império do Brasil novamente

demonstrou o seu empenho para com os brasileiros,

derrotando a resistência portuguesa em determinadas

regiões, assim como evitando a desfragmentação do

território nacional, em meio as Revoltas Regenciais.

Nesse âmbito, surgiu o detentor dos princípios e

valores do Exército, os quais seriam tão importantes

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Quem nobre missão desempenha

quanto a própria instituição para o povo, Luís Alves de

Lima e Silva, o Duque de Caxias, também conhecido

como “O Pacificador”. Um militar leal ao Império e ao

território nacional, para o historiador Nelson Sodré,

Caxias foi “não apenas o maior comandante militar de seu

continente em seu tempo, mas também um grande

político”. Um verdadeiro herói, uma vez que ele foi um

personagem real, superando as suas limitações, impondo

em si mesmo sacrifícios pelo seu povo, assim como

Exército fizera e sempre fará, pelos brasileiros.

Dessarte o Brasil destacou-se na Guerra do Paraguai,

que foi o maior conflito internacional ocorrido na América

Latina, travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, a

qual o Brasil fizera parte protegendo o seu povo de um

ditador. Nesse conflito não medrara somente o êxito,

conjuntamente veio oficiais exemplares, assim surgiram

modelos de líderes de combate como Antônio Sampaio,

lideranças singulares como o Marechal Osório, mas

também inteligências únicas como o Marechal Mallet, até

mesmo houve espaço para uma Joana D’arc brasileira

como Maria Quitéria, e por conseguinte mais uma vez o

Exército trazia valores ao seu povo, por meio dos seus

patronos.

Isto posto, há em vista que a história do Exército se

confunde com a história dos brasileiros, uma vez que a sua

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Quem nobre missão desempenha

evolução constante é também a da sua nação. A ética

militar é a ética sonhada pela sua gente, com os conceitos

morais transmitidos aos seus soldados que direciona

corretamente muitos jovens e os prepara para a sociedade,

com a empatia para proteger outros países, a partir da sua

colaboração nas missões de paz das Nações Unidas e

ajudar refugiados, que hoje chegam ao seu país todos os

dias. Entretanto, acima de tudo, a mais almejada qualidade

do Exército Brasileiro é o seu amor pela Pátria Amada, a

qual só deseja orgulhar, como deixa explícito novamente

em sua canção, “como é sublime, saber amar, com a alma

adorar, a terra onde se nasce”.

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Parte 4

Histórias

em

Quadrinhos

1- É bom se comunicar

2- Maria Quitéria

3- Um patrono cearense

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É bom se comunicar...

Al Lira

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É bom se comunicar...

Al C. Eduardo

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Maria Quitéria...

Al Laís

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Maria Quitéria...

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Um patrono cearense...

Al Davi Castro

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Sobre os autores...

O Brado

Trata-se de um belo poema

em estilo épico escrito pelo

aluno Landim, do 2º ano do

ensino Médio do Colégio Militar

de Brasília.

A liberdade é uma

conquista

Nosso autor, Victor Augusto

de Alencar Menezes é integrante

do 7º ano do Colégio Militar de

Belém e nos brindou com uma

bela narrativa de aventura rica de

detalhes e reflexões.

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Guararapes: estrondo de

tambores.

A autora Gabriela Silva

Galvão estuda no Colégio Militar

de Belo Horizonte e cursa o 7º

ano do Ensino Fundamental. Seu

maior talento foi expresso nesta

publicação por meio da

fantástica narrativa: Guararapes:

estrondo de tambores.

Os Conspiradores.

Nosso autor, Vitor Tetsuo

Nakano, estuda no Colégio

Militar de Curitiba e cursa o 6º

ano do Ensino Fundamental. Sua

narrativa de aventura nos mostra

a amizade leal e fiel do Duque de

Caxias com o Imperador D.

Pedro II.

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A história do Exército se

confunde com a própria

história do Brasil

O pesquisador Carlos

Eduardo é aluno do 2º ano do

Ensino Médio do Colégio Militar

de Campo Grande. Seu texto

ressalta uma excelente pesquisa

histórica a respeito da origem do

Exército Brasileiro.

É bom se comunicar

Nosso autor Daniel Lira da

Cunha Araújo é aluno do 6º ano

do Ensino Fundamental do

Colégio Militar de Juiz de Fora.

Sua criatividade e pesquisa

foram o ponto máximo desta HQ

que fala de Rondon, patrono da

Arma de Comunicações.

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Um patrono cearense

Nosso autor Davi Castro Sá de

Lima cursa o 6 ano do Colégio

Militar de Fortaleza e revelou-se

um brilhante autor de HQ e mais

ainda, valorizando sua terra natal

com uma História emocionante

sobre a vida do patrono da

Infantaria.

Coragem Pura

Nossa autora Jogan é aluna do

Colégio Militar de Manaus, onde

cursa o 8º ano do Ensino

Fundamental. Sua narrativa

evidencia valores importantes

em quem deseja defender esse

País intercontinental.

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Maria Quitéria

Nossa querida Laís

Hoffmann do Amaral é aluna do

9º ano do Colégio Militar de

Porto Alegre e já desponta como

uma grande autora de quadrinhos

no mais belo estilo mangá, que

mostra a carreira brilhante da

primeira mulher do EB.

O Brasil e o Exército

Brasileiro: uma só história

Nosso poeta Mateus Lucas

Patriota Sobral é aluno do 2º ano

do Ensino Médio do Colégio

Militar do Recife. Sua poesia nos

faz vibrar com o entrelaçamento

da origem do Exército Brasileiro

e do Brasil como nação

independente.

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Momentos de Glória

Nossa poetisa Rebeca Moreira

dos Santos é aluna do 2º ano do

Ensino Médio do Colégio Militar

do Rio de Janeiro. Sua poesia

marcada por quatro momentos

distintos evoca o sentimento de

nacionalidade e amor à Pátria de

forma vibrante.

Uma história verde-oliva do

Brasil

O pesquisador Levi de Castro é

aluno do 1º ano do Ensino Médio

do Colégio Militar de Salvador.

Por meio de um texto claro e

preciso, nosso escritor passeia

pela história do Brasil e destaca

o surgimento do Exército

Brasileiro como um fato

histórico importante de ser

comemorado.

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Quem nobre missão

desempenha

Nossa autora Laura Solner da

Silva cursa o 3º ano do Ensino

Médio no Colégio Militar de

Santa Maria e nos brindou com

um excelente texto expositivo

com viés reflexivo, fruto de uma

pesquisa história densa e

selecionada.

SCMB: Há 130 anos cultuando

valores e mantendo a tradição!

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