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Diretor Presidente: Márcio Muniz Fernandes [email protected] Circulação Diária Telefax: 35 3332-1008 Consumo de transgênicos e alimentos com agrotóxicos preocupa especialistas São Lourenço, Quarta-feira, 14 de Março de 2018 ANO XXV - Nº 1110 - R$ 2,00 Chamadas Estado promove ações de qualifição para mulheres _____________________ página 3 __________________ Novas Normas para licenciamento ambiental _____________________ página 3 ___________________ Coluna de Teresinha Vilella ________________ ___página 3______________________ Vagas de Emprego __________ pag 4 ______________ Semana da Mulher: Mulheres na Ciência____pág 4 Projeto de Lei quer mascarar rótulos FAÇA JÁ SUA ASSINATURA Receba semanalmente, em sua casa, nossas quatro edições de terça-feira a sexta-feira ou compre nas bancas. 35-3332-1008 E-mail: [email protected] Com reforma de Temer, trabalhadores são punidos por acessarem a Justiça Decisões que penalizam trabalhador pioram o contexto de insegu- rança jurídica, avaliam especialistas Decisões judiciais desfavoráveis a traba- lhadores que movem ações na Justiça do Tra- balho têm despertado a atenção de especialistas e entidades que acompa- nham o tema no Brasil. No último dia 7, uma sentença dada por uma juíza do Mato Grosso condenou um vendedor a pagar R$ 750 mil de in- denização ao ex-patrão, que ele processava na Justiça sob a acusação de irregularidades tra- balhistas. Na ação, o ex-fun- cionário avaliava a cau- sa em R$ 15 milhões. Tendo o pedido negado, a juíza o condenou a pagar 10% do valor. A vice-presidenta da As- sociação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noêmia Porto, destaca que esse tipo de resul- tado já era anunciado e que compromete a relação dos trabalhado- res com o sistema de Justiça. “Inibe, intimida e ame- dronta no acesso ao Po- der Judiciário trabalhista. Estamos vendo aquilo que já se previa durante o processo legislativo: um imenso problema de acesso ao Judiciário do Trabalho”, afirma. A ação movida pelo vendedor tramitava des- de 2016, antes da vota- ção da reforma trabalhis- ta, que foi aprovada no Congresso em julho do ano passado. Na deci- são, a Justiça considerou que o intervalo de quatro meses entre a aprovação da nova legislação e a entrada das novas regras em vigor seria tempo su- ficiente para o vendedor reavaliar os riscos do processo. A advogada trabalhis- ta Camila Gomes aponta que a lei não pode retro- ceder para prejudicar o trabalhador. Esse enten- dimento constitui um dos princípios fundamentais do Direito. Ela acrescen- ta que sentenças como essa pioram o contexto de insegurança jurídi- ca criado pela reforma aprovada pelo governo Michel Temer (MDB) em 2017. __________Pág.03 Nesta quinta-feira (15), é comemorado o Dia do Consumidor, data em que especialistas reforçam o alerta sobre a importância do consumo de alimentos saudáveis e dentro dos padrões de segurança. Ao longo da semana, di- versas regiões do país recebem atividades rela- cionadas ao tema. No próximo domingo (18), por exemplo, organi- zações da sociedade civil vão realizar uma roda de conversa no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, a partir das 10h30, para debater o as- sunto com a população. Uma das preocupações é alertar as pessoas sobre os riscos do consumo de alimentos cultivados com pesticidas, que impõem riscos à saúde e ao meio ambiente. A militante Car- la Bueno, da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, destaca a necessidade de reforçar a luta por modelos de produção sustentáveis e que não comprometam a saúde coletiva. “As pessoas até alcan- çam a consciência de que precisam se alimentar de forma mais saudável, mas elas não encontram muitas alternativas. A estratégia é alcançar os setores popu- lares pra que eles também possam se mobilizar e lutar por uma alimentação saudável”, afirma. Ela acrescenta que a questão dos agrotóxicos se conecta com o debate sobre o cultivo de alimen- tos geneticamente modi- ficados. Nos espaços de produção do agronegócio, é comum a associação das duas práticas. Uma proposta que tra- mita atualmente no Se- nado pode generalizar o consumo de transgênicos porque torna mais difícil a identificação desse tipo de alimento por parte do comprador. É o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 34/2015, que flexibiliza as normas para a rotula- gem desses produtos. O combate à medida é uma das preocupações das en- tidades que acompanham o tema. Foto: José Cruz/Agência Brasil MPF e Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho aguardam decisão do STF sobre inconstitucionalidade da reforma trabalhista A nutricionista Ana Pau- la Bortoletto, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), destaca que o pro- jeto compromete o direito à informação, garantido pelo Código de Defesa do Con- sumidor. Ela acrescenta que a ciência ainda não é capaz de prever todos os riscos trazidos pelos trans- gênicos, porque muitos estudos não consideram as possíveis consequên- cias a longo prazo. No entanto, já há evidências de que esses produtos aumentam as chances de alergias alimentares e casos de câncer. “Pelo princípio da pre- caução, a gente deveria não consumi-los, mas, como tem hoje grande pressão do agronegócio pra produzir alimentos transgênicos, o consu- midor tem, no mínimo, o direito de ser informado se está consumindo ou não esse produto”, defende. A bancária aposen- tada Silvanda Sampaio é uma das pessoas que ficam atentas a todos os detalhes dos rótulos dos alimentos. Adepta de uma alimentação mais natural, ela não consome trans- gênicos e observa espe- cialmente as embalagens de milho. No Brasil, o produto é um dos vegetais que mais têm culturas transgênicas, com 88,4% das áreas de cultivo dominadas por esse tipo de produção. Divulgado em 2017, o dado é do Serviço Inter- nacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobio- tecnologia (Isaaa). “Eu acho um absurdo isso. Tenho medo até de comprar aqueles milhos de pipoca. Eles querem sempre enganar o con- sumidor”, critica a consu- midora. Segundo o Isaaa, em 2016, o Brasil foi o país onde houve maior cresci- mento de culturas trans- gênicas, com 11% de au- mento em relação ao ano anterior. * Cristiane Sampaio / Brasil de Fato | Brasília (DF) Foto: Reprodução/Agência Brasil

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Diretor Presidente: Márcio Muniz Fernandes [email protected]ção Diária

Telefax: 35 3332-1008

Consumo de transgênicos e alimentos com agrotóxicos preocupa especialistas

São Lourenço, Quarta-feira, 14 de Março de 2018ANO XXV - Nº 1110 - R$ 2,00

ChamadasEstado promove ações de qualifição para mulheres _____________________ página 3 __________________

Novas Normas para licenciamento ambiental _____________________ página 3 ___________________

Coluna de Teresinha Vilella ________________ ___página 3______________________

Vagas de Emprego __________pag 4 ______________

Semana da Mulher: Mulheres na Ciência____pág 4

Projeto de Lei quer mascarar rótulos

FAÇA JÁ SUA ASSINATURAReceba semanalmente, em sua casa,

nossas quatro edições de terça-feira a sexta-feira ou compre nas bancas.

35-3332-1008E-mail: [email protected]

Com reforma de Temer, trabalhadores são punidos por acessarem a Justiça

Decisões que penalizam trabalhador pioram o contexto de insegu-rança jurídica, avaliam especialistas

Decisões judiciais desfavoráveis a traba-lhadores que movem ações na Justiça do Tra-balho têm despertado a atenção de especialistas e entidades que acompa-nham o tema no Brasil. No último dia 7, uma sentença dada por uma juíza do Mato Grosso condenou um vendedor a pagar R$ 750 mil de in-denização ao ex-patrão, que ele processava na Justiça sob a acusação de irregularidades tra-balhistas.

Na ação, o ex-fun-cionário avaliava a cau-sa em R$ 15 milhões. Tendo o pedido negado, a juíza o condenou a pagar 10% do valor. A vice-presidenta da As-sociação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra),

Noêmia Porto, destaca que esse tipo de resul-tado já era anunciado e que compromete a relação dos trabalhado-res com o sistema de Justiça.

“Inibe, intimida e ame-dronta no acesso ao Po-der Judiciário trabalhista. Estamos vendo aquilo que já se previa durante o processo legislativo: um imenso problema de acesso ao Judiciário do Trabalho”, afirma.

A ação movida pelo vendedor tramitava des-de 2016, antes da vota-ção da reforma trabalhis-ta, que foi aprovada no Congresso em julho do ano passado. Na deci-são, a Justiça considerou que o intervalo de quatro meses entre a aprovação da nova legislação e a entrada das novas regras

em vigor seria tempo su-ficiente para o vendedor reavaliar os riscos do processo.

A advogada trabalhis-ta Camila Gomes aponta que a lei não pode retro-

ceder para prejudicar o trabalhador. Esse enten-dimento constitui um dos princípios fundamentais do Direito. Ela acrescen-ta que sentenças como essa pioram o contexto

de insegurança jurídi-ca criado pela reforma aprovada pelo governo Michel Temer (MDB) em 2017.

__________Pág.03

Nesta quinta-feira (15), é comemorado o Dia do Consumidor, data em que especialistas reforçam o alerta sobre a importância do consumo de alimentos saudáveis e dentro dos padrões de segurança. Ao longo da semana, di-versas regiões do país recebem atividades rela-cionadas ao tema.

No próximo domingo (18), por exemplo, organi-zações da sociedade civil vão realizar uma roda de conversa no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, a partir das 10h30, para debater o as-sunto com a população.

Uma das preocupações é alertar as pessoas sobre os riscos do consumo de alimentos cultivados com pesticidas, que impõem riscos à saúde e ao meio ambiente. A militante Car-la Bueno, da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, destaca a necessidade de reforçar a luta por modelos de produção sustentáveis e que não comprometam a saúde coletiva.

“As pessoas até alcan-çam a consciência de que precisam se alimentar de forma mais saudável, mas elas não encontram muitas alternativas. A estratégia é alcançar os setores popu-lares pra que eles também possam se mobilizar e lutar por uma alimentação saudável”, afirma.

Ela acrescenta que a questão dos agrotóxicos se conecta com o debate sobre o cultivo de alimen-tos geneticamente modi-ficados. Nos espaços de produção do agronegócio, é comum a associação das duas práticas.

Uma proposta que tra-mita atualmente no Se-nado pode generalizar o consumo de transgênicos porque torna mais difícil a identificação desse tipo de alimento por parte do comprador. É o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 34/2015, que flexibiliza as normas para a rotula-gem desses produtos. O combate à medida é uma das preocupações das en-tidades que acompanham o tema.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

MPF e Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho aguardam decisão do STF sobre inconstitucionalidade da reforma trabalhista

A nutricionista Ana Pau-la Bortoletto, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), destaca que o pro-jeto compromete o direito à informação, garantido pelo Código de Defesa do Con-sumidor. Ela acrescenta que a ciência ainda não é capaz de prever todos os riscos trazidos pelos trans-gênicos, porque muitos estudos não consideram as possíveis consequên-cias a longo prazo. No entanto, já há evidências de que esses produtos aumentam as chances de alergias alimentares e casos de câncer.

“Pelo princípio da pre-caução, a gente deveria não consumi-los, mas, como tem hoje grande pressão do agronegócio pra produzir alimentos transgênicos, o consu-midor tem, no mínimo, o direito de ser informado se está consumindo ou não esse produto”, defende.

A bancária aposen-tada Silvanda Sampaio é uma das pessoas que ficam atentas a todos os detalhes dos rótulos dos

alimentos. Adepta de uma alimentação mais natural, ela não consome trans-gênicos e observa espe-cialmente as embalagens de milho.

No Brasil, o produto é um dos vegetais que mais têm culturas transgênicas, com 88,4% das áreas de cultivo dominadas por esse tipo de produção. Divulgado em 2017, o dado é do Serviço Inter-nacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobio-tecnologia (Isaaa).

“Eu acho um absurdo isso. Tenho medo até de comprar aqueles milhos de pipoca. Eles querem sempre enganar o con-sumidor”, critica a consu-midora.

Segundo o Isaaa, em 2016, o Brasil foi o país onde houve maior cresci-mento de culturas trans-gênicas, com 11% de au-mento em relação ao ano anterior.

* Cristiane Sampaio / Brasil de Fato | Brasília (DF)

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Quarta-Feira, 14 de março de 2018Pág 2 :: Correio do PapagaioAtos

......................................................................O Jornal Correio do Papagaio é filiado ao SINDIJORI - Sindicato dos Proprie-tários de Jornais, Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais.

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........................................................A Diretoria não se responsabiliza por conceitos, opiniões e coerência das maté-rias assinadas que são de inteira responsabilidade de seus autores.........................................................

Circulação no Sul de Minas e Aiuruoca, Alagoa, Andrelândia, Arantina, Baependi, Bocaina de Minas, Bom Jardim de Minas, Campanha, Carmo de Minas, Carvalhos, Cambuquira, Caxambu, Con-ceição do Rio Verde, Cristina, Cruzília, Dom Viçoso, Itajuba, Itamonte, Itanhandu, Jesuânia, Liberdade, Lambari, Maria da Fé, Minduri, Olímpo Noronha, Passa Qua-tro, Passa Vinte, Pouso Alto, Santa Rita de Jacutinga, São Lourenço, São Sebastião do Rio Verde, São Vicente de Minas, Seritinga, Serranos, Soledade de Minas, Três Corações, Varginha e Virgínia.

O Jornal Correio do Papagaio é uma publicação de:JCP Edições de Jornais e Eventos Ltda - CNPJ: 11.458.016/0001-69 Rua Ledo, 250 - Centro - São Lourenço-MG - Cep 37470-000

Diretor PresidenteJornalista ResponsávelMárcio Muniz Fernandes

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Mayara SoaresClaudiane Landim

Diagramação Mayara Soares

Circulação DiáriaTerça a Sexta

TiragemEdição Cor: 5.000 a 8.000Edição P&B: 1.000 a 3000

Impressão:O Tempo Serviços Gráficos

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Opinião

*Tatiana Schuchovsky Reichmann

Ano após ano, ao pular as sete ondas ou observar os fogos de artifício em comemora-ção ao novo ano que se inicia, refletimos e faze-mos promessas como uma forma de mudar ou aprimorar aspectos de nossas vidas. Emagre-cer, começar a estudar e comprar um imóvel estão entre os desejos mais comuns de homens e mulheres, mas nem todo mundo consegue cumprir metas.

A melhor forma de tirar do papel essas e outras promessas, sem acumular decepções, é focar no planejamento. Para começar uma dieta ou um curso, por exem-plo, é preciso avaliar os hábitos praticados, planejar os próximos passos e quais serão as mudanças necessárias em busca dos resultados almejados.

Quando o objetivo leva em conta a compra da casa própria ou de um imóvel para investi-mento, a situação não é diferente. Reorganizar as finanças é o primeiro passo para avaliar como o dinheiro está sendo gasto e quais despe-sas podem ser cortadas do orçamento. Deixar um sonho no plano das ideias talvez faça com que ele nunca saia de lá. Por isso, é preciso agir - sem esquecer de refletir sobre o seu perfil financeiro - e escolher a forma mais adequada de investir.

O consórcio imobi-liário é uma das mo-dalidades de compra

que mais têm crescido nos últimos anos. Ao adquirir uma cota de determinado valor de crédito, o consorciado paga, ao longo de um período pré-estipulado, parcelas para a forma-ção do saldo do grupo. Por meio de sorteio, re-alizado pela extração da Loteria Federal, e lance, o dinheiro do grupo é li-berado para um ou mais participantes a cada mês. Na contemplação, o crédito pode ser usado para comprar, construir, reformar um imóvel, qui-tar financiamento imobi-liário ou o saldo devedor de imóvel na planta e, até mesmo, para garan-tir uma aposentadoria tranquila, com a renda do aluguel de imóveis adquiridos através da modalidade.

No consórcio, não há pagamento de juros, apenas de uma taxa de administração, tornando os valores finais até 50% mais baratos em relação a outras formas parceladas de compra. Além disso, o processo para adquirir uma cota de consórcio é menos burocrático em com-paração a operações financeiras que também oferecem crédito.

Ou seja, com pla-nejamento é possível economizar, investir em imóveis e garantir uma aposentadoria tranqui-la. E agora? Chega de promessas?

*Tatiana Schucho-vsky Reichmann é di-retora-superintendente da Ademilar Consórcio de Investimento Imo-biliário

Chega de promessas!

E D I T A LCONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL

PESSOA FÍSICAEXERCÍCIO DE 2018

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em conjunto com as Federações Estaduais de Agricultura e os Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a arrecadação da Contribuição Sindical Rural – CSR, em atendimento ao princípio da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm NOTIFICAR e CONVOCAR os produtores rurais, pessoas físicas, que possuem imóvel rural, com ou sem empregados e/ou empre-endem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como “Empresários” ou “Empregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas “a”, “b” e “c” do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural, referente ao exercício de 2018, em conformidade com o disposto no Decreto-lei 1.166/71 e nos artigos 578 e seguintes da CLT O recolhimento da CSR ocorre até o dia 22 de maio de 2018, em qualquer estabelecimento integrante do sistema nacional de compensação bancária. As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - SRFB, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas respectivas Declarações, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996, e o 8º Termo Aditivo do Convênio celebrado entre a CNA e a SRFB. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o contribuinte poderá solicitar a emissão da 2ª via, diretamente, à Federação da Agricultura do Estado onde tem domicílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda, pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www.cnabrasil.org.br. Qualquer questionamento relacionado à Contribuição Sindical Rural - CSR poderá ser encaminhado, por escrito, à sede da CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA, Brasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-021 ou da Federação da Agricultura do seu Estado, podendo ainda, ser enviado via internet no site da CNA: [email protected]. O sistema sindical rural é composto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pecuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais.

Brasília, 09 de Março de 2018.

João Martins da Silva Júnior Presidente da Confederação

Prefeitura Municipal de Bom Jardim de Minas

AVISO DE LICITAÇÃO. PROCES-SO N° 013/2018,

PREGÃO PRESENCIAL N° 012/2018. Objeto: Contratação de Microempresa, Empresa de Pe-queno Porte ou Equiparadas para registro de preços pelo prazo de 12 (doze) meses, para prestação de serviços especializados em reparos e manutenção dos equipamentos das torres de retransmissão de TV, de acordo com as condições e es-pecificações que integram o Edital. Entrega de Envelopes e Sessão Pública dia 27 de março de 2018, Horário: 14:00 horas para creden-ciamento e após, abertura dos enve-lopes. Informações (32) 3292-1601. E-mail: [email protected]. Pregoeiro: Danilo Pedrosa Carvalho. Bom Jardim de

Minas- MG, 13/03/2018.

AVISO DE LICITAÇÃO. PROCES-SO N° 014/2018,

PREGÃO PRESENCIAL N° 013/2018. Objeto: Registro de preços pelo prazo de 12 meses para eventual e futura aquisição de materiais e equipamentos para aten-dimento ao centro de fisioterapia do município, de acordo com as condi-ções e especificações que integram o Edital. Entrega de Envelopes e Sessão Pública dia 27 de março de 2018, Horário: 09:00 horas para cre-denciamento e após, abertura dos envelopes. Informações (32) 3292-1601. E-mail: [email protected]. Pregoeiro: Dani-lo Pedrosa Carvalho. Bom Jardim de Minas- MG, 13/03/2018.

A presidente do Su-premo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, participou recentemente do lança-mento da Campanha da Fraternidade 2018, na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, cujo tema é a superação da violência.

No evento, a ministra destacou que o Judiciário está cumprindo seu papel. Sobre os desafios da vio-lência no país, apresentou seu prognóstico: “Está fal-tando capacidade de amar no Brasil”. Admirável que a solenidade do cargo não a tenha tornado insensível a emoções tão caras à humanidade.

Para quem ocupa o mais alto cargo do Judici-ário brasileiro, é inevitável notar uma ausência signifi-cativa na apresentação da ministra. O direito não tem nenhuma relação mais profunda com o problema da violência que assola o País? Um dos grandes avanços da modernidade foi compreender que, en-tre o amor da família e o ódio dos inimigos, existe um oceano de ideias e regras capazes de or-ganizar a vida pacífica e próspera entre cidadãos. O nome deste oceano é... “Direito”.

O que até a moder-nidade era apenas um adjetivo, utilizado para diferenciar bem do mal em uma comunidade, torna-se finalmente um substan-tivo social.

O direito passa a ser a base organizacional da vida em sociedade, o que, entre outras contribuições, permite a cooperação en-tre pessoas com crenças e estilos de personalidade muito variados. Apren-demos que quase tudo o que ocorre em nossas ro-tinas reflete as instituições do direito. A economia organiza-se pelo direito. O estado regula-se pelo direito. A família é conjunto de regras jurídicas. Assim como a sociedade civil.

Uma sociedade pode ser bem organizada ou pode ser um desastre e, nos dois casos, o direito terá sua parcela de respon-sabilidade. Essa cons-tatação tem implicações decisivas para nossa interpretação sobre o que ocorre no país hoje.

A presidente do STF visitou recentemente os “navios negreiros brasi-leiros”, também conhe-cidos como presídios, onde negros, pobres e analfabetos são amon-toados para morrerem mais rápido.

Nos presídios, o di-reito está em todos os cantos. Indivíduos estão reclusos por violar o di-reito. Foram processadas pelo MP com base em regras do direito. E com base no direito, o ma-gistrado as condenou. Também é com base no direito que os presídios funcionam. E, de acordo com o direito, lá traba-lham servidores públicos, contratados e treinados segundo regras do direito, para prestar serviço públi-co, regulado pelo direito. Mas, quando presos são assassinados às deze-nas ou esquecidos aos milhares, isso será falta de amor? Ou, talvez, será que isso também seja falta do direito—e dos responsáveis pela sua execução e supervisão?

Quando a violência toma conta de nossas cidades, convertendo amplas partes do País em verdadeiros campos de guerra, isso é culpa da falta de capacidade de amar? Ou, quem sabe, assistimos à falência das instituições do direito, responsáveis por cada uma das etapas da se-gurança pública, como o policiamento, a investi-gação, os processos ju-diciais, o funcionamento das prisões... em suma, por combater a violência e garantir a paz?

Sentimento sempre

é bem-vindo em uma so-ciedade. Especialmente quando o sentimento é a força motriz que move os indivíduos a indignarem-se com o status quo. A quererem mais do que as instituições lhe ofere-cem. Neste momento, o sentimento capta o “justo” que escapa do horizonte jurídico e volta-se contra ele, ajudando o direito e a sociedade a se aprimo-rarem.

Na visão da presiden-te do STF, contudo, o papel que o sentimento joga é invertido. Ele é uma válvula de escape, uma espécie de camuflagem que disfarça e oculta a imensa responsabilidade de quem está no mais alto posto da Justiça e tem a “chave do direito” em suas mãos.

Creio, respeitosamen-te, que nosso principal problema é de outra or-dem sentimental: falta às nossas lideranças jurídi-cas sensatez e compro-misso com a democracia. Sem isso, são incapazes de reconhecer sua própria competência (ou incapaci-dade) diante do caos da violência nacional.

Pois quando o direito se cala, quem fala alto é a força bruta, o combate à violência com violência, a espetacularização da guerra pela ação militar.A visão da presidente do STF me faz recordar o conto tragicômico:

Em uma UTI, o chefe da junta médica inspecio-na os pacientes quando, de repente, um dos pa-cientes em estado mais grave lhe aborda:

“—Doutor, doutor, vou sobreviver?”

O “doutor”, ciente da situação crítica, olha para o paciente em tom frater-nal e responde com uma indagação:

“—Meu filho, você tem rezado ultimamente?”

*Daniel Vargas é Pro-fessor de Direito, Doutor em Harvard

Carmen Lúcia e o sentimentalismo jurídico

Letycia BondEBC Agência BrasilUm estudo do Conselho Na-

cional de Justiça (CNJ) revelou que, ao final do ano passado, uma em cada cem mulheres brasileiras abriu uma ação judi-cial por violência doméstica. No levantamento, divulgado hoje (12) e elaborado pelo Departa-mento de Pesquisas Judiciárias da instituição, constatou-se que 1.273.398 processos dessa na-tureza tramitavam na justiça dos estados. Desse total, 388.263 eram casos novos. Em relação a 2016, o número apresentado foi 16% maior.

Apenas 5% dos processos de agressão doméstica em tra-mitação tiveram algum tipo de andamento no ano passado. Em relação ao feminicídio, crime considerado hediondo desde 2015, foram 2.795 ações pedindo a condenação de um agressor enquadrado nessa modalidade em 2017, em uma proporção de oito casos novos por dia, ou uma taxa de 2,7 casos a cada 100 mil mulheres. Em 2016, haviam sido registrados 2.904 casos novos de feminicídio.

De acordo com o CNJ, o volume de processos julgados (440.109) foi ampliado em 19% na comparação com 2016. Um dos fatores que motivaram o au-mento é o programa Justiça pela Paz em Casa, que consiste em uma força operacional de tribu-nais estaduais concentrada ao longo de três dias, em que são decididos os destinos de vítimas e autores de crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher. Mais de 800 mil casos (833.289) ainda aguardavam um desfecho no final de 2017.

Segundo o CNJ, desde que o Justiça pela Paz em Casa foi adotado, em março de 2015, até dezembro do ano passado, foram proferidas 111.832 sen-tenças e concedidos 57.402 pedidos de medida protetiva. Destes, 40,5% (23.271) fo-ram deferidos durante as três semanas da última edição do

programa, em novembro.Atualmente, há 125 varas e

juizados especiais em todos os estados e no Distrito Federal que cuidam exclusivamente de processos relativos a violência doméstica. No ano anterior, eram 111 varas. Em primeiro lugar na lista está o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), com 16 varas, seguido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que possui 13.

O CNJ que alguns tribunais, por não organizarem estatísti-cas sobre o assunto, não tive-ram seus dados computados pelo estudo.Uma em cada três vítimas procuram o Estado

Outra pesquisa, divulgada na semana passada, indica que somente uma em cada três mulheres afirmou ter recorrido a algum equipamento do Estado para enfrentar a violência à que foi submetida. Segundo o levan-tamento Aprofundando o Olhar sobre o Enfrentamento à Violên-cia contra as Mulheres, realizado pelo Observatório da Mulher con-tra a Violência e pelo Instituto de Pesquisa DataSenado, 29% das mulheres consultadas dizem que foram vítimas de violência contra a mulher. Em 2015, o percentual era de 18% das entrevistadas.

O índice, tornado conhecido a cada dois anos desde 2005, sempre foi mantido entre 15% e 19%, e, segundo o DataSenado, essa oscilação ascendente não significa necessariamente um crescimento real dos casos, e sim sinaliza um maior reconhe-cimento das mulheres de que são vítimas de agressão.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores consultaram, entre novembro de 2017 e fe-vereiro de 2018, autoridades vinculadas a órgãos atuantes no enfrentamento à violência contra as mulheres nas cidades de Feira de Santana (BA), Goiânia (GO), Palmas (TO), Santa Maria (RS) e Lavras (MG). No método escolhido, foram realizadas 19 entrevistas em profundidade.

Uma em cada 100 mulheres recorreu à Justiça por violência doméstica em 2017

Correio do Papagaio :: Pág 3Quarta-feira, 14 de março de 2018São Lourenço e Geral

Com reforma de Temer, trabalhadores são punidos por acessarem a Justiça

Decisões judiciais des-favoráveis a trabalhado-res que movem ações na Justiça do Trabalho têm despertado a atenção de especialistas e entidades que acompanham o tema no Brasil. No último dia 7, uma sentença dada por uma juíza do Mato Grosso condenou um vendedor a pagar R$ 750 mil de inde-nização ao ex-patrão, que ele processava na Justiça sob a acusação de irregu-laridades trabalhistas.

Na ação, o ex-funcioná-rio avaliava a causa em R$ 15 milhões. Tendo o pedido negado, a juíza o condenou a pagar 10% do valor. A vice-presidenta da Associa-ção Nacional dos Magistra-dos da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noêmia Porto, destaca que esse tipo de re-sultado já era anunciado e que compromete a relação dos trabalhadores com o sistema de Justiça.

“Inibe, intimida e ame-dronta no acesso ao Poder Judiciário trabalhista. Esta-mos vendo aquilo que já se previa durante o processo legislativo: um imenso pro-blema de acesso ao Judici-ário do Trabalho”, afirma.

A ação movida pelo vendedor tramitava desde 2016, antes da votação da reforma trabalhista, que foi aprovada no Congresso em julho do ano passa-do. Na decisão, a Justiça considerou que o intervalo de quatro meses entre a aprovação da nova legisla-ção e a entrada das novas regras em vigor seria tempo suficiente para o vendedor reavaliar os riscos do pro-cesso.

A advogada trabalhista Camila Gomes aponta que a lei não pode retroceder para prejudicar o trabalha-dor. Esse entendimento constitui um dos princípios fundamentais do Direito. Ela acrescenta que sen-tenças como essa pioram o contexto de insegurança

jurídica criado pela reforma aprovada pelo governo Michel Temer (MDB) em 2017.

“É muito grave. Significa que as leis no Brasil estão valendo pouco. Na verdade, é quase uma punição por ter acionado a Justiça. Isso deixa o cidadão sem ter pra onde recorrer”, ressalta.

Não há, no país, um levantamento a respeito do número de processos que tenham se encerrado com uma penalização para o trabalhador, mas, nos úl-timos meses, outros casos semelhantes ganharam repercussão pelo país.

Em dezembro, apenas um mês após a vigência da reforma trabalhista, uma ex-funcionária de banco foi condenada, no Rio de Janeiro, a pagar R$ 67,5 mil de honorários ao antigo em-pregador, que era acusado, entre outras coisas, de não pagar horas extras.

Apesar de destacar o direito à liberdade de in-terpretação por parte dos juízes diante da nova lei, a vice-presidenta da Ana-matra acrescenta que tais decisões reforçam a ne-cessidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) ava-liar a reforma trabalhista. A entidade aguarda uma decisão da Corte sobre a Ação Direta de Inconstitu-cionalidade (Adin) 5766, movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na ação, que tem a Ana-matra como figura “amiga

da Corte” – uma espécie de terceiro que intervém no processo para reforçar ou acrescentar uma argumen-tação –, a PGR questiona o trecho da reforma que trata do acesso à Justiça por parte do trabalhador.

Tal qual a PGR, a enti-dade aponta que os dispo-sitivos que trazem a possi-bilidade de o trabalhador arcar com diferentes tipos de honorários são incons-titucionais. O Artigo 5º da Constituição Federal prevê que o Estado deve garantir assistência jurídica gratuita aos cidadãos que não po-dem arcar com os custos processuais.

A vice-presidenta assi-nala que o entendimento está relacionado ao “prin-cípio da universalidade da jurisdição”, previsto inclusi-ve na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. Datado de 1948, o documento tem o Brasil como um dos Esta-dos signatários.

“A Constituição Federal brasileira nada mais faz do que, como em todos os países democráticos ocidentais, confirmar esse princípio”, destaca.

A Adi 5766 foi distribu-ída para o ministro Luís Roberto Barroso, que não apreciou o pedido liminar. Ele liberou o processo para a pauta da Casa, o que su-gere que o plenário poderá decidir sobre o tema.

*Brasil de Fato | Brasília (DF)

Febrace começa nesta terça-feira (13/3), em São Paulo. Minas Gerais levou 27 projetos, 12 deles de autoria de alunos da rede

estadual de ensinoMinas Gerais está re-

presentada na 16ª edi-ção da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Entre os 27 pro-jetos de alunos de escolas mineiras selecionados, 12 são de estudantes de escolas da rede estadual de ensino.

A feira acontece entre esta terça-feira (13/3) e quinta-feira (15/3), na Es-cola Politécnica da Univer-sidade de São Paulo (Poli-USP), na capital paulista. Nela, serão apresentados 346 projetos feitos por estu-dantes dos ensinos funda-mental, médio e técnico de escolas públicas e particu-lares do Brasil. Os finalistas foram selecionados entre mais de 2.250 projetos.

A pesquisa das alu-nas Lohana Tomaz Silva e Lorena Tomaz Silva, da E.E. Domingo Justino Ribeiro será apresnetada na Feira - Crédito: Arquivo da Escola

Mi r iam Assumpção Chaves, aluna da Escola Estadual Fernando Ota-

Teatro adapta vida cotidiana para os palcos

“Sua história é fas-cinante. Já pensou em adaptá-la para o teatro? ”. Histórias pessoais de personagens fictícios são contadas em uma viagem de cruzeiro a Paris. Todos os contos se entrelaçam em uma só história. A tragicomédia escrita e dirigida por Cy Andrade, coreografada por Deise Dutra, traz um texto sin-gelo, despretensioso, com um diálogo vivo que aguça a curiosidade do público, provocando e questionan-do sobre a arte de ser e de viver.

“Vamos levar para os palcos o perfil social dos

dias atuais de uma forma positiva, frente aos desa-fios cotidianos. Pessoas de todas as tribos se encon-tram e eternizam momen-tos únicos de luta e glória”, explicou Cy Andrade.

A peça será apresen-tada no Hotel Guanabara dias 06 e 07 de abril, às 20h 30min. O elenco faz parte do curso de teatro da Vitr ine da Dança e Cia. Melodrama de Teatro. Integram o elenco Deise Dutra, Eliel Nandi, Luana Passos, Tatiana Brandão e Thiago Bacha.

O diretor, que tem 30 anos de carreira, ainda falou sobre as dificuldades

enfrentadas em produ-zir eventos artísticos em São Lourenço. “Faltam espaços adequados, leis municipais de incentivo à cultura, enfim, é uma cida-de que aproveita e valoriza pouco seus artistas”, disse Cy Andrade.

“Pa ra uma c i dade turística como a nossa, acredito que seria muito importante que a cultu-ra estivesse nas bases do desenvolvimento. Não existe turismo sem cultura. Existem muitos patrocina-dores no comércio local que valorizam e mantém nosso trabalho. Isso não é o suficiente”, finalizou.

Curso aborda dicas e desafios para empreendedores de games

Estudantes mineiros apresentam projetos inovadores em feira nacional de ciência e tecnologia

vio, em Pará de Minas, vai apresentar o projeto “Espuma de Poliureta-no a partir da casca da mandioca: o uso da lei de Lavoisier para explicar a transformação de resíduo em novos materiais”.

O projeto foi criado em parceria com um profes-sor e um graduando da Universidade Federal de Viçosa. “Participar dessa feira é algo incrível. Eu sempre quis ser cientista e sempre participei de feiras de ciências menores. Vou apresentar um projeto meu que foi feito com a ajuda do pessoal da UFV”, conta a aluna do 2º ano do ensino médio.

Outro estudante da rede estadual selecio-nado para a Febrace é Vítor de Souza Andrade. Ele é aluno do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Maria do Carmo Lima Pinto, em Alagoa. Ele criou uma “Chocadeira autossustentável”.

“A ideia surgiu porque os animais que eu mais

gosto são as aves. Sempre gostei de fazer chocadeira elétrica, mas, como consu-mia muita energia, minha mãe não gostava. Então pensei em desenvolver um método que não precisasse de eletricidade e consegui. Usei esterco como uma solução ao meu favor. Foi uma alternativa que encon-trei e que tem dado certo. Estou pesquisando há qua-tro anos” revela Vítor.

Na Febrace, os autores dos melhores trabalhos ga-nharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 300 prêmios. Como nas edições anteriores, também con-correrão a uma das nove vagas para representar o Brasil na Feira Internacio-nal de Ciências e Engenha-ria da Intel (Intel ISEF), que será realizada em maio, em Pittsburgh, Pennsylvania, nos EUA.

FebracePromovida anualmente

pela Poli-USP, por meio do Laboratório de Sistemas In-tegráveis (LSI), a Febrace é

a maior feira brasileira pré-universitária de ciências e engenharia em abrangên-cia e visibilidade.

Seu objetivo é estimu-lar a cultura científica, a inovação e o empreende-dorismo na educação bá-sica, despertando novas vocações nessas áreas e induzindo práticas pe-dagógicas inovadoras nas escolas.

Esta edição conta com o apoio institucional do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) – Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclu-são Social (SECIS); do Ministério da Educação (MEC); do Conselho Na-cional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico (CNPq); da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); e do patrocínio da Samsung, Petrobrás e INTEL.

As inscrições para o curso a distância Dicas e desafios para empre-endedores começou no último dia 26/02. Este é o segundo de uma série de três cursos promovidos pelo Ministério da Cul-tura (MinC), Associação Brasileira dos Desenvol-vedores de Jogos Digitais (Abragames) e Núcleo de Estudos em Econo-mia Criativa e da Cultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NECCULT-UFRGS) para a capacitação de futuros ou atuais profissionais do mercado de jogos eletrônicos. Também es-tão abertas, desde 31 de janeiro, inscrições para o curso O setor de games no Brasil: panorama, car-reiras e oportunidades. E, em breve, será lançado o curso Internacionalização no setor de games.

O curso Dicas e desa-fios para empreendedores tem três eixos principais. O primeiro trata de finan-ciamento e monetização de games, colocando em perspectiva como arreca-dar fundos e, posterior-mente, como se tornar financeiramente sustentá-vel. O segundo eixo trata das relações contratuais e com outros atores da indústria (desenvolvedo-ras, publicadoras) e como criar uma imagem para o estúdio desenvolvedor. O terceiro eixo discute os desafios enfrentados pelos empreendedores do setor e como contorná-los. Não é necessário ter feito o primeiro curso para participar deste.

Com cinco aulas, o curso O setor de games no Brasil: panorama, car-reiras e oportunidades faz uma análise inicial do setor, sua importância na economia criativa, nas estruturas das desenvol-

vedoras independentes e na articulação de comuni-dades que permitam um crescimento conjunto do setor. Foca também nas experiências dos profis-sionais que construíram uma carreira no setor de jogos no Brasil. A ideia é mostrar quais são as pos-síveis áreas de atuação dentro do mercado de ga-mes, entre as quais estão roteirista, programador e designer, entre outras. Inscrições neste link.

O terceiro curso, com abertura de inscrições em data a ser definida, terá como tema a Internacio-nalização no setor de games. As aulas apresen-tarão oportunidades de atuação internacional e a rede de apoio estruturada para ajudar os desenvol-vedores nessa nova eta-pa de negócios. Também oferecerão uma visão geral do processo de internacionalização e de como o setor de games pode ser entendido nesse contexto, atentando para o projeto Brazilian Game Developer (BGD) e para as iniciativas da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Inves-timento (Apex-Brasil) e

da Agência Nacional do Cinema (Ancine) em par-ceria com a Abragames. Serão apresentadas, ain-da, as características de potenciais mercados para expansão das empresas brasileiras, como a China e a América Latina.

Gerados a partir do conteúdo dos debates da edição de 2017 do Brazil’s Independent Game Festival (BIG Festival), o maior festi-val de jogos independentes da América Latina, cada curso tem 30 horas. Eles estarão disponíveis gratui-tamente na plataforma de cursos on-line Lúmina, da UFRGS, contarão com ma-terial de apoio e, ao final de cada um, os participantes receberão certificado da universidade gaúcha. Não é neceDurante o BIG Festival 2018, entre os dias 27 e 29 de junho em São Paulo, haverá uma solenidade de entrega de certificado para as dez primeiras pessoas que completarem os três cursos.

Games no Brasil

O faturamento do setor de games no Brasil em 2017 foi de R$ 1,3 bilhão, segundo pesquisa realiza-

da pelo MinC, BNDES, Abragames e BIG Fes-tival, entre junho e julho do ano passado com 151 empresas independen-tes de jogos digitais. O faturamento mundial no mesmo ano foi de R$ 116 bilhões. Estima-se que em 2020 este valor che-gue a US$ 143,5 bilhões – um crescimento médio de 7,3% ao ano.

A maioria das empre-sas de games no Brasil estão nas regiões Su-deste e Sul (78%). São Paulo concentra a maior parte dos desenvolvedo-res de games, seguido do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. A metade das empresas do setor (50%) já pas-saram de três anos de funcionamento e mais de 70% têm até cinco colaboradores. Mais da metade tem até três jo-gos lançados e atua tan-to no mercado brasileiro quanto internacional.

Desde 2009, o MinC investe em games por meio de editais: já inves-tiu R$ 20 milhões pela Ancine e R$ 3 milhões pelas secretaria do Au-diovisual e de Economia da Cultura.

Decisões que penalizam trabalhador pioram o contexto de insegurança jurídica, avaliam especialistas

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Quarta-Feira, 14 de março de 2018Pág 4 :: Correio do PapagaioEntretenimento

RECEITA

Por que a galinha entrou na igreja ?– Para assistir à Missa do Galo.

Você conhece a nova ver-são da piada do “não nem eu”?-Não-Nem eu!

Por que a mulher do Hulk se divorciou dele ?

Porque ela queria um ho-mem mais maduro…

Qual a semelhança entre um pastor e um martelo?– Ambos pregam.

Dois litros de leite atra-vessaram a rua e foram atropelados.. Um morreu, o outro não, por quê?– Por que um deles era Longa Vida.

PIADAS

CRUZADAS

lado e a tapioca e junte ao leite bem quente, mexendo sempre para não for-mar grumos.Acrescente os tem-peros e continue me-xendo até a mistura começar a firmar.Despeje em uma assadeira forrada com plástico (para facilitar o desenfor-mar) e cubra com papel filme. Deixe resfriar em tempera-tura ambiente e leve à geladeira por pelo menos 3 horas.Corte em cubos e frite por imersão a 180ºC até dourar.

Dadinhos de ta-pioca com queijo-

coalho

INGREDIENTES

250g de tapioca gra-nulada250g de queijo-co-alho500ml de leite quen-te1 1/2 colheres (chá) de sal (pode variar de acordo com o sal do queijo)1 pitada de pimenta-branca

MODO DE PREPA-RO

Misture o queijo ra-

Monsenhor Fuhad Lage

Nossa Gente, Nosso OrgulhoPor Teresinha Maria Silveira Villela

Monsenhor Fuhad Lage nasceu em Itanhan-du, mas foi criado em São Lourenço, onde seus pais radicaram. Nasceu em Ita-nhandu a 26 de junho de 1933 e, era filho de José Lage e Kazum Lage.

Iniciou seus estudos em São Lourenço. Em seguida Paraisópolis e Conceição do Rio Verde. Em Passa Quatro, no Co-légio São Miguel, terminou o ginasial. Entrou para o Seminário Nossa Senhora das Dores de Campanha em 1949. Cursou Filosofia e Teologia em Mariana, de 1955 a 1961. Formou-se em Direito em 1965 pela Faculdade de Varginha.

Ordenou-se no dia 10 de dezembro de 1961, em São Lourenço. No dia 11 de dezembro rezou sua primeira missa na capela do Colégio Imaculado Coração de Maria.

Sua careira apostólica foi:

•Vigário Cooperador em Cristina – 1962.

•Vigário Cooperador de São Sebastião, em Varginha, de 01 de julho a 15 de outubro 1962; Vi-gário Auxiliar da Catedral

de Campanha de 28 de outubro e 1965 a 15 de março 1998 e Cura da Igreja de Campanha de 10 de janeiro de 1965 a 15 de março de 1998.

Como a fé sem obras é morta, Padre Fuhad mantinha sua fé bem viva. A serviço de Deus e com a ajuda de paroquianos e amigos, executou e muitas obras tais como:

•Reforma completa da Igreja Catedral construí-da em 1787, na época o maior templo católico do estado de Minas Gerais e o terceiro do Brasil.

•Construção do salão paroquial e construção do conjunto do barracão de São Sebastião.

•Construção da Igreja do Rosário.

•Restauração da Igreja das Dores.

•Reforma geral em to-das as igrejas da paró-quia.

•Construção da casa de Don Othon Motta.

•Reforma da cozinha do Seminário Nossa Se-nhora das Dores e fez, por mais de trinta anos, a manutenção dos fogões.

•Construção do monu-

mental Centro Comunitá-rio Santo Antônio, ginásio coberto poli – esportivo, um dos maiores do inte-rior do estado de Minas Gerais inaugurado a 13 de junho de 1989 e ca-rinhosamente conhecido como “Fuhadão”.

•Reforma e restaura-ção da Matriz de São Se-bastião do Rio Verde.

- Construção do Cen-tro Comunitário de São Sebastião do Rio Verde, conhecido como “Fuha-dinho”.

Monsenhor Fuhad Lage foi ainda Presidente do Centro Comunitário Santo Antonio; Presiden-te da Fundação Cultural “Campanha da Prince-sa”; fundador do Colé-gio Comercial João XXIII em 1964 de Campanha; fundador do Boletim Do-minical “Nossa Paróquia, Vasto Mundo” em 1967 e Membro Efetivo do Institu-to Histórico e Geográfico de Campanha.

Em 1971 Monsenhor Fuahd visitou Portugal, França, Alemanha, Itália, Suíça, Áustria, Ilha de Creta, Egito, Síria e Líba-no. Mais tarde visitou Mé-

xico, Canadá e Estados Unidos.

Foi membro do Conse-lho Consultivo de Adminis-trativo da Diocese;

Pároco da Igreja de São Sebastião do Rio Verde, empossado em 22 de julho de 1998. Sempre zeloso para com a ju-ventude e outras causas sociais. Padre Fuhad se fez presente e num tra-balho incansável deixou marcas para sempre por onde passou.

A dez de dezembro de 2001, Monsenhor Fuhad comemorou Jubileu de Rubi, em São Sebastião do Rio Verde, em uma linda festa. Transcrevo en-tão, parte do discurso do ex-senador da República Dr. Morvan Acayaba de Resende: “Os longos 40 anos de sacerdócio vivi-dos a serviço de Campa-nha, convivendo com seu povo, seu clero, suas en-tidades, tinha a casa sem-pre aberta, a todos acolhi, sem as odiosas distinções que fogem aos princípios de nossa religião, enfesa a qualquer forma de discri-minação. Líder autêntico, seu trabalho de eterno

mensageiro de Cristo, estendeu-se pelo campo social. A vida vale pelo que se constrói , pelo que se agrega de amizades e pelo que se pode construir para melhorar a vida das pessoas e, sobretudo pelo que a gente pode somar de sonhos e realizações; esta é a meta de Padre Fuhad”.

Também é importante registrar trechos do livro da História da Família Lage, de Antonio Farid Lage, que assim diz: “V. Revma. apesar das lutas e dificuldades encontra-das preservou e foi fiel ao chamado divino e à sua vocação, exercendo com dignidade, competência e dinamismo o elevado cargo de Cura da Igreja Catedral da culta e bicen-tenária cidade de Campa-nha, como guardião do templo, das tradições e costumes religiosos. Hu-milde trabalhador, eficien-te, dinâmico e enérgico tem um temperamento alegre, comunicativo e cordial que lhe permite conhecer as ovelhas con-fiadas a seu pastoreio e chamá-las pelo nome”.

História CruzadasJackson, pequena

cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Sto-ne) é uma garota da sociedade que retor-na determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para tra-balhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Ske-eter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam tra-balhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

A intolerância racial e a luta pelos direitos civis estão presen-

tes em muitos filmes, mas este aqui é muito especial e diferente. Adaptado da obra de Kathryn Stockett, sua amiga de infância, o diretor/roteirista Tate Taylor teve a tarefa difícil de adaptar o po-pular livro “The Help” , mas foi bem sucedi-do e o resultado está aí para comprovar. Este foi seu terceiro trabalho como diretor e seu segundo longa-

metragem, mostrando muita competência em acumular duas funções e também por sua extraordinária direção de atores. O filme é dominado por atrizes, em grandes e marcantes atuações, destacando-se: Viola Davis (Aibileen) em uma atuação muito forte, verdadeira e ex-tremamente comoven-te. Bryce Dallas Ho-ward (Hilly), cada vez

mais prova seu talento e aqui faz uma perso-nagem que é impossí-vel não odiar. Octavia Spencer (Minny) está impecável com uma personagem forte, decidida e corajosa. Esta foi sua tercei-ra colaboração com Tate Taylor, apesar da carga dramática seu personagem tem ótimos momentos cô-micos. Jessica Chas-tain (Celia) estreou

no cinema em 2008 e só em 2011 fez oito longas, sendo disputa-da em Hollywood, por sua beleza, simpatia e enorme talento. Em um papel atípico para um filme com temas fortes como o racismo, esbanja carisma como uma mulher sem pre-conceitos. Emma Sto-ne (Skeeter) em seu primeiro papel sério mostrou-se uma ótima atriz. Aqui é a escritora responsável em con-tar a história destas grandes mulheres. Foi também um enorme sucesso de público, rendendo mais de 200 milhões de dólares pelo mundo. Com uma bela reconstituição de época, um elenco excepcional e uma história inesquecível, fazem de “Histórias cruzadas” um filme inesquecível.