ano xxv - nº 1171 - r$ 2,00 - correiodopapagaio.com.br · atrações musicais de primeira...

4
Diretor Presidente: Márcio Muniz Fernandes [email protected] Circulação Diária Telefax: 35 3332-1008 Brasil é o país do mundo que teve mais perda florestal em 2017 São Lourenço, Quinta-feira, 05 de Julho de 2018 ANO XXV - Nº 1171 - R$ 2,00 Chamadas Festival gastronômico de Passa Quatro ____________________ página 2 __________________ São Lourenço e a Estrada Real ____________________ página 3 ___________________ Dicas do Papagaio _______________ ___página 4 _____________________ FAÇA JÁ SUA ASSINATURA Receba semanalmente nossas quatro edições de terça-feira a sexta-feira. 35-3332-1008 E-mail: [email protected] O V São Lourenço Jazz & Blues está recheado de atrações musicais de primeira qualidade Confira a programação -12 de julho (quinta-feira) 19h00 - Abraham Assis e convidados (São Lourenço- MG) 20h30 - Biotrio (Campinas-SP) 22h00 - Benny Goodman Sextet Revival (São Paulo- SP) -13 de julho (sexta-feira) 19h00 - Carlos Chagas Trio (Rio de Janeiro-RJ) 20h30 - Moo- nHead Combo (São Lourenço-MG) 22h00 - Happy Feet Jazz Band & Foto:Divulgação Foto: Felipe Werneck/Ibama/Creative Commons/Flickr Por Suzana Camargo Em tempos de Copa do Mundo, a comparação fica bem clara. O planeta perdeu o equivalente a um campo de futebol de florestas, por segundo, no ano passado, ou mais exatamente, 29,4 milhões de hectares. O dado acaba de ser divulgado pelo relatório Global Forest Watch e reve- la que este é um segundo recorde de desmatamento desde que o monitoramen- to começou a ser feito em 2001. O levantamento é baseado em informações obtidas através da com- paração de 30 milhões de imagens de satélite em alta resolução. A destruição de flores- tas no mundo todo não apenas coloca em risco a sobrevivência de milhares de espécies de animais e plantas, como também deixa a humanidade em uma situação ainda mais vulnerável perante as mu- danças climáticas, já que as árvores são um dos prin- cipais instrumentos para a absorção de dióxido de car- bono (CO2) da atmosfera, o gás apontado como sendo o principal responsável pelo aquecimento global. Desde 2003, a perda da cobertura florestal do pla- neta triplicou, todavia, em áreas tropicais, ela dobrou desde 2008. E o Brasil tem grande culpa nestes cálcu- los, já que foi o campeão Vagas abertas no SINE São Lourenço BeHoppers (Belo Horizonte-MG) -14 de julho (sábado) 16h00 - Workshop com Flavio Guima- rães (Blues Etíli- cos) 18h00 - Jazz de 2 (São Lourenço- MG) 20h30 - Blues Eti- licos (São Paulo- SP) 22h30 - J. J. Ja- ckson (Estados Uni- dos) -15 de julho (domingo) 09h30 - Jazz na Kombi (São Paulo - SP) (na Rua Wences- lau Braz) Interessados deverão compa- recer a sede do SINE,munidos de Carteira de Trabalho e documento com foto. End. Rua Cel. José Justino, 429, centro. neste triste ranking no ano passado, seguido – bem de longe – pela República Democrática do Congo. (continua pág.03)

Upload: phungxuyen

Post on 14-Dec-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ANO XXV - Nº 1171 - R$ 2,00 - correiodopapagaio.com.br · atrações musicais de primeira qualidade Confira a programação-12 de julho (quinta-feira) ... cipais instrumentos para

Diretor Presidente: Márcio Muniz Fernandes [email protected]ção Diária

Telefax: 35 3332-1008

Brasil é o país do mundo que teve mais perda florestal em 2017

São Lourenço, Quinta-feira, 05 de Julho de 2018ANO XXV - Nº 1171 - R$ 2,00

Chamadas

Festival gastronômico de Passa Quatro

____________________ página 2 __________________

São Lourenço e a Estrada Real____________________ página 3 ___________________

Dicas do Papagaio_______________ ___página 4 _____________________

FAÇA JÁ SUA ASSINATURAReceba semanalmente nossas quatro edições de terça-feira a

sexta-feira.

35-3332-1008E-mail:

[email protected]

O V São Lourenço Jazz & Blues está recheado de atrações musicais de primeira qualidade

Confira a programação

- 12 de ju lho (quinta-feira)19h00 - Abraham

Assis e convidados (São Lourenço-

MG)20h30 - Biotrio (Campinas-SP)22h00 - Benny

Goodman Sextet Revival (São Paulo-

SP)

- 13 de ju lho (sexta-feira)

19h00 - Carlos Chagas Trio (Rio de

Janeiro-RJ)20h30 - Moo-

nHead Combo (São Lourenço-MG)22h00 - Happy

Feet Jazz Band &

Foto:Divulgação

Foto: Felipe Werneck/Ibama/Creative Commons/Flickr Por Suzana Camargo

Em tempos de Copa do Mundo, a comparação fica bem clara. O planeta perdeu o equivalente a um campo de futebol de florestas, por segundo, no ano passado, ou mais exatamente, 29,4 milhões de hectares.

O dado acaba de ser divulgado pelo relatório Global Forest Watch e reve-la que este é um segundo recorde de desmatamento desde que o monitoramen-to começou a ser feito em 2001. O levantamento é baseado em informações obtidas através da com-paração de 30 milhões de imagens de satélite em alta resolução.

A destruição de flores-tas no mundo todo não apenas coloca em risco a sobrevivência de milhares de espécies de animais e plantas, como também deixa a humanidade em uma situação ainda mais vulnerável perante as mu-

danças climáticas, já que as árvores são um dos prin-cipais instrumentos para a absorção de dióxido de car-bono (CO2) da atmosfera, o

gás apontado como sendo o principal responsável pelo aquecimento global.

Desde 2003, a perda da cobertura florestal do pla-

neta triplicou, todavia, em áreas tropicais, ela dobrou desde 2008. E o Brasil tem grande culpa nestes cálcu-los, já que foi o campeão

Vagas abertas no SINE São Lourenço

BeHoppers (Belo Horizonte-MG)

-14 de julho (sábado)

16h00 - Workshop com Flavio Guima-rães (Blues Etíli-

cos)18h00 - Jazz de

2 (São Lourenço-MG)

20h30 - Blues Eti-licos (São Paulo-

SP)22h30 - J. J. Ja-

ckson (Estados Uni-dos)

-15 de julho (domingo)

09h30 - Jazz na Kombi (São Paulo

- SP) (na Rua Wences-

lau Braz)

Interessados deverão compa-recer a sede do SINE,munidos de Carteira de Trabalho e documento

com foto.End. Rua Cel. José Justino, 429,

centro.

neste triste ranking no ano passado, seguido – bem de longe – pela República Democrática do Congo.

(continua pág.03)

Page 2: ANO XXV - Nº 1171 - R$ 2,00 - correiodopapagaio.com.br · atrações musicais de primeira qualidade Confira a programação-12 de julho (quinta-feira) ... cipais instrumentos para

Quinta-Feira, 05 de Julho de 2018Pág 2 :: Correio do PapagaioAtos e Gerais

......................................................................O Jornal Correio do Papagaio é filiado ao SINDIJORI - Sindicato dos Proprietários de Jor-nais, Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais........................................................É expressamente proibida a reprodução integral ou parcial de quaisquer textos aqui publicados sem prévia autorização do Jornal Correio do Papagaio,........................................................A Diretoria não se responsabiliza por conceitos, opiniões e coerência das matérias assinadas que são de inteira responsabilidade de seus autores.........................................................

Circulação no Sul de Minas e Aiuruoca, Alagoa, Andrelândia, Arantina, Baependi, Bocaina de Minas, Bom Jardim de Minas, Cam-panha, Carmo de Minas, Carvalhos, Cambuquira, Caxambu, Conceição do Rio Verde, Cristina, Cruzília, Dom Viçoso, Itajuba, Itamonte, Itanhandu, Jesuânia, Liberdade, Lambari, Maria da Fé, Minduri, Olímpo Noronha, Passa Quatro, Passa Vinte, Pouso Alto, Santa Rita de Jacutinga, São Lourenço, São Sebastião do Rio Verde, São Vicente de Minas, Seritinga, Serranos, Soledade de Minas, Três Corações, Varginha e Virgínia.

O Jornal Correio do Papagaio é uma publicação de:JCP Edições de Jornais e Eventos Ltda - CNPJ: 11.458.016/0001-69 Rua Ledo, 250 - Centro - São Lourenço-MG - Cep 37470-000

Diretor PresidenteJornalista ResponsávelMárcio Muniz Fernandes

MTB 0020750/MGRedação

Mayara SoaresMariana Menezes

Diagramação Mayara Soares

Circulação DiáriaTerça a Sexta

TiragemEdição Cor: 5.000 a 8.000Edição P&B: 1.000 a 3000

Impressão:O Tempo Serviços Gráficos

31-2101.3807 Gráfica Novo Mundo 35-3339.3333

Telefones: (35) 3332-1008 / 3331-6899E-mail: [email protected]

Portal: www.correiodopapagaio.com.brFacebook: Correio do Papagaio

Fomentar o turismo gastronômico é uma escolha muito promissora, principalmente quando um destino consegue unir potencial turístico natural e tradição na cultura culinária local. No Brasil, 7 em cada 10 pesso-as escolhem viajar para um destino pelas ótimas opções de comida e bebida, segundo levantamento da Booking.com. Em Minas Gerais, além da gastronomia ser o principal elemento associado aos encantos do estado, a participação das indústrias de Alimentos e Bebidas no Produto Interno Bruto (PIB) chega a 20%, mais que o dobro da participação do mesmo segmento no PIB nacional. Além disso, relatórios anuais de em-presas que trabalham com previsões para o setor de alimentos e restau-rantes, como a Sterling-Rice Group, a Baum+Whiteman e a National Res-taurant Association (NRA), mostram que produtos e ingredientes locais e embutidos e conservas artesanais es-tão entre as macrotendências globais que já salpicam no Brasil.

Todos esses números de merca-do e tendências globais alimentaram a fome de profissionalizar o “Passa Quatro Gastronomia 2018” sentida pelos organizadores do festival, que nesta edição resolveram abastecer a programação com palestras e oficinas gastronômicas exclusivas para o Setor de Alimentos e Bebidas e os produtores rurais, caseiros e artesanais. Também apostaram em

uma curadoria especializada em gas-tronomia para oferecer consultoria aos estabelecimentos participantes e convidar nomes de peso dentro do cenário gastronômico nacional e internacional.

“Acreditamos que assim pode-remos promover a culinária passa-quatrense e estimular a produção local, tornando o evento um espaço de negócios e de empreendedorismo capaz de fomentar o desenvolvi-mento econômico e rural”, comenta a colaboradora do evento Edriane Monteiro (Drica), Assessora Jurídica do Município de Passa Quatro. Para dar ainda mais força à gastronomia regional, os estabelecimentos par-ticipantes apresentam no festival pratos que carregam a cultura e a história de Passa Quatro, seja pelo uso de ingredientes locais ou pelas receitas de famílias tradicionais pas-saquatrenses.

As atrações trazidas para o evento nutrem setores que alimentam a economia local, segundo Drica. “Em nosso município tem crescido o número de empreendedores no segmento de embutidos, como por exemplo o de linguiças artesanais, e foi pensando nesse mercado que incluímos na programação a oficina especial de charcutaria artesanal, comandada pelo curador do evento, o Rafa Bocaina”, explica.

Os laticínios, que também pos-suem grande representatividade na

Passa Quatro aposta em profissionalização de festival para se estabelecer na rota do Turismo

Gastronômico

A 100 dias da eleiçãoPor Marcos Coimbra

Estamos a apenas 100 dias da eleição, mas, para alguns, parece que ela só vai acontecer daqui a um ano. São os que continuam a imaginar mudan-ças radicais no quadro que as pesquisas mostram, apesar de a experiência ensinar serem elas improváveis.

Improvável, de fato, não é sinônimo de impossível e te-mos de admitir que alterações no quadro atual podem ocorrer. Mas também é fato que nenhu-ma eleição presidencial no Bra-sil moderno era completamente imprevisível à distância que estamos da próxima. Em todas elas as pesquisas de intenção de voto feitas em momento semelhante apontavam com clareza o fundamental.

Apenas para lembrar: em 1989, na mais competitiva das disputas que tivemos desde o fim da ditadura, quem aguarda-va a “reação” de Mario Covas, por exemplo (ou de qualquer um dos muitos candidatos que estavam abaixo dele e dos três mais bem colocados), ficou a ver navios.

A eleição foi travada entre Fernando Collor (que liderava há meses), Lula e Leonel Bri-zola, que estavam embolados no segundo e terceiro lugar, e assim permaneceram até a véspera do primeiro turno.

Foi também o que ocorreu nas eleições seguintes, seja as de prognóstico fácil, seja as complicadas. Nestas, talvez nem tudo estivesse inteiramen-te definido, mas os resultados mais importantes podiam ser antecipados.

Quem mais se equivocou na compreensão da eleição que vamos fazer em outubro foram os especialistas da “grande” mídia. Alguns foram contidos nas elucubrações, errando com mais discrição. Outros, aqueles que achavam saber de tudo, pisaram feio na bola.

Cômicos foram os “analis-tas” que decretaram o fim de Lula e do PT. Devem estar até agora procurando entender como o ex-presidente perma-nece favorito a ganhar a elei-ção e continua a ser respeitado e querido pela vasta maioria da população, em que pese a perseguição implacável de seus inimigos no Judiciário, no sistema político e na mídia corporativa.

A tarefa não é fácil, até porque, para compreender o caso de Lula em 2018, serão forçados a admitir que muitas das coisas em que creem, como a “força da Globo”, são miragens.

Igualmente equivocada foi a ilusão de que Jair Bolsonaro seria uma espécie de Celso

Russomano na eleição pre-sidencial, um candidato que começa bem, mas que, quan-do chega a hora da verdade, desmorona.

Houve quem escrevesse que o capitão estava “guar-dando lugar” para “candidatos mais sólidos”, supondo que Geraldo Alckmin, por sua hipo-tética “consistência”, teria essa característica. Hoje, o quadro é oposto: Bolsonaro apresenta nítida tendência de crescimen-to, enquanto o tucano definha, patinando com menos de um terço das intenções de voto do adversário.

Alguém se lembra das fan-tasias a respeito do governo de Michel Temer e seus candida-tos? Aqueles que cresceriam quando a economia melho-rasse e em quem o eleitorado votaria para assegurar a con-tinuidade de tudo de bom que estaria experimentando?

É até ridículo ver em que isso deu, candidatos que mal saem de 1% e um governo de-testado por quase todo mundo. E os que achavam que esta seria a eleição dos “novos”? Quem apostou nisso deve es-tar perplexo, constatando que, somados, os dez candidatos que se apresentaram como “novos” mal chegam a 2% das intenções de voto.

Restam os que torceram por Marina Silva e Ciro Gomes, supondo que, talvez, esta seria a eleição em que poderiam ter sucesso, depois de algumas tentativas. Verdade seja dita: muita gente progressista imagi-nou que Ciro talvez crescesse herdando votos de Lula e do PT, depois da prisão do ex-pre-sidente. Até agora, no entanto, nada sustenta a hipótese (ou a torcida): Ciro não sobe e Lula está firme.

A 100 dias da eleição, o quadro mais provável é o mes-mo que podia ser antevisto nas pesquisas feitas há meses. Tudo indica que a atual pola-rização entre a candidatura do PT e Jair Bolsonaro será mantida e que o segundo turno será travado entre eles.

Só há, hoje, uma possibili-dade para que isso não acon-teça: um dos dois (ou ambos) desista da disputa, cometendo um despropositado haraquiri político.

Não era difícil estimar esse cenário, pois bastava ouvir com respeito a voz dos eleitores. Enganaram-se os que não qui-seram ouvi-los, por arrogância ou ignorância.

**Marcos Coimbra é So-ciólogo, é presidente do Instituto Vox Populi e tam-bém colunista do Correio Braziliense

Setor de Alimentos e Bebidas e produto-res rurais, caseiros e artesanais recebem orientação profissional durante o “Passa

Quatro Gastronomia 2018”

Prefeitura Municipal de Bom Jardim de Minas

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 54/2018- PROCESSO LICITATÓRIO Nº 36/2018 – PRE-GÃO PRESENCIAL N° 30/2018.

Contratada: DIMIPEL LIMITADA-ME Objeto: Registro de Preços, pelo

prazo de 12 meses, para eventual e futura aquisição de gêneros alimentí-cios para atendimento as Secretarias de Bom Jardim de Minas, conforme especificações contidas no TERMO DE REFERÊNCIA . Valor Total: R$ 6.688,60 . Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura. Bom Jardim de Minas. 05 de Julho de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 55/2018- PROCESSO LICITATÓRIO Nº 36/2018 – PRE-GÃO PRESENCIAL N° 30/2018. Contratada: MIGUEL ANGELO

ALTOMARE DE JESUS-ME Objeto: Registro de Preços, pelo

prazo de 12 meses, para eventual e futura aquisição de gêneros alimentí-cios para atendimento as Secretarias

de Bom Jardim de Minas, conforme especificações contidas no TERMO DE REFERÊNCIA. Valor Total: R$ 18.137,00 . Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura. Bom Jardim de Minas. 05 de Julho de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal.

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS 56/2018- PROCESSO LICITATÓRIO Nº 36/2018 – PRE-GÃO PRESENCIAL N° 30/2018.

Contratada: ANDREIA APARECIDA DE OLIVEIRA CPF:034.152.006-39

ME Objeto: Registro de Preços, pelo

prazo de 12 meses, para eventual e futura aquisição de gêneros alimentí-cios para atendimento as Secretarias de Bom Jardim de Minas, conforme especificações contidas no TERMO DE REFERÊNCIA: R$ 7.523,50. Vigência: 12(doze) meses após data da assinatura. Bom Jardim de Minas. 05 de Julho de 2018. Sérgio Martins. Prefeito Municipal

Foto: Divulgação Internet

gastronomia passaquatrense, po-derão tirar proveito e inspiração em dois grandes momentos do evento: a apresentação do Programa de Queijo Artesanal em Minas Gerais, que será feita pelo engenheiro agrônomo Julio César Fleming Seabra, mestre em Tecnologia do Leite e derivados; e a degustação comentada de Queijos Ar-tesanais Mineiros Harmonizados com Cachaças e Cervejas Locais, a ser realizada pelo jornalista especializado em gastronomia, Eduardo Girão, que recentemente ganhou o Prêmio Edu-ardo Frieiro, o maior reconhecimento da gastronomia mineira.

Outro segmento da gastronomia que tem atraído os empreendedores passaquatrenses é o de cervejas artesanais, e eles poderão ter seus produtos aperfeiçoados durante o Encontro de Cervejeiros, que conta com a participação da engenheira química Camila Nassar, cervejeira da Lamas Brew Shop. Os proprietários de bares, restaurantes, empórios e docerias serão beneficiados com a apresentação de Lis Cereja, proprie-tária da Enoteca Saint VinSaint, que aponta alternativas sustentáveis para estabelecimentos comerciais, como lixo zero e reaproveitamento.

Aos produtores rurais, o festival ainda traz as participações de Patrick Ayrivie de Assumpção, que fala sobre Formação de Sistemas Agroflorestais no Vale do Paraíba com Plantas da Cultura Regional; Evelyn Landim, do “O Despertar do Gigante” (projeto que oferece cursos, vivências e as-sessoria nas áreas de agrofloresta, permacultura e educação ambien-tal), que aborda os aspectos da sazonalidade e sua importância na Gastronomia Regional; os professo-res Vitor Rabelo, Ricardo Barbosa e Vitor Pompeu, do Centro Universitário Senac - Campos do Jordão, que apresentam o projeto “Sabores da Mantiqueira - roteiro gastronômico da região do Rio Sapucaí Mirim”.

Chefs conceituados ainda minis-tram oficinas de gastronomia ensi-nando novas e exclusivas técnicas culinárias, entre eles: Ivan Achcar

(chef de cozinha, pesquisador gas-tronômico e criador do Instituto de Negócios da Gastronomia), com o prato Nhoque Crocante de Mandio-quinha com Molho de Frango Caipira; Flávio Trombino (comandante do Restaurante Xapuri, referência da Culinária Mineira no Brasil), com a oficina sobre Reaproveitamento e Alternativas de Uso de Alimentos; Mariana Cristina Oliveira Gontijo (finalista do quadro “Fecha a Conta”, programa “Mais Você”, da Rede Glo-bo, e chef do Armazém Roça Grande, em Belo Horizonte), com a oficina Passagem da Tropa - A Cozinha Vo-lante dos Tropeiros; Paula Carvalho (proprietária do Viver Integral), com a oficina Culinária Vegana adaptada para Ambiente Outdoor.

Representantes da gastronomia local e regional também fazem parte da programação do festival de gas-tronomia, como o cozinheiro Cido Ferreira e as empresárias do ramo da culinária, Luciana Nilo e Johana Rocha Gonçalves. O festival ainda traz a Oficina dos Pequenos Chefs voltada para o público infantil e a Mostra Queima do Alho, com a relei-tura da comida de tropeiros feita no fogo de chão.

O “Passa Quatro Gastronomia 2018”, em sua 10ª edição, acontece entre os dias 6 e 15 de julho, na Praça de Eventos do município, trazendo, além da programação gastronômica, diversas atividades culturais, apre-sentações musicais e artísticas, pra-tos da culinária local, produtos casei-ros e artesanais passaquatrenses. O show principal será O Teatro Mágico - Circo, Voz e Violão, dia 12 de Julho, a partir das 23h, com entrada gratuita. Passa Quatro, roteiro das Terras Altas da Mantiqueira e da Estrada Real, é uma cidade com apelos turísticos na-turais (picos e cachoeiras) e tem seu Centro Histórico caracterizado por ruas de paralelepípedo e arquitetura preservada com seu casario antigo tombado pelo patrimônio histórico, que também será reproduzido na decoração da cidade gastronômica do festival

IMA prorroga convênio do Sistema Unificado de Atenção

à Sanidade AgropecuáriaRepasse do Ministério da Agricultura respal-da o trabalho dos fiscais e fortalece defesa

agropecuária no estadoO Instituto Mineiro de Agro-

pecuária (IMA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa) firmaram acordo de prorrogação do convênio do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) para junho de 2019. Serão apor-tados cerca de R$ 1 milhão para o período acordado, verba que fortalecerá as atividades de campo do Instituto relacionadas às defe-sas sanitárias animal e vegetal, inspeção de produtos de origem animal e vegetal e fiscalização de insumos agropecuários.

De acordo com o gestor do Su-asa, o fiscal agropecuário do IMA Eduardo Palmieri Lage, “o convê-nio é muito importante, pois aju-dará o IMA a ampliar a execução de suas atividades. A prorrogação do convênio para 2019 chega em um momento importante tendo em vista que o Mapa planeja retirar a vacinação contra a febre aftosa até 2021 e, para isso, estão previstos vários procedimentos, a exemplo da capacitação dos fiscais agrope-cuários no estado para o alcance desta meta”, argumenta.

O diretor-geral do IMA, Marcilio de Sousa Magalhães, relata que o acordo de prorrogação do repasse do Suasa está condicionado ao cumprimento de algumas metas pelo IMA e prevê, entre outras, atendimentos a focos de doenças em propriedades rurais, além do controle de brucelose e tuberculose nos rebanhos e vistorias a suspei-tas de doenças em granjas suídeas. “A verba do ministério contribui para que o IMA continue exercendo com excelência suas atividades de defesa agropecuária”, diz.

Apoio às atividadesEntre as atividades que serão

contempladas pelo convênio na área de Defesa Sanitária Animal, estão o atendimento à suspeita ou focos de doenças; reunião

relacionada a programa sanitário; capacitação do Grupo Especial de Atendimento a Suspeita de Enfermidade Emergencial (Gea-se); produção e distribuição de material educativo; supervisão nas unidades veterinárias regionais e locais, seminários do Programa Nacional de Controle de Erradica-ção de Brucelose e Tuberculose para atualização e alinhamento de novos procedimentos e a rea-lização de força tarefa em Pará de Minas, com fiscalização do registro de granjas.

Para a área de Defesa Sanitá-ria Vegetal, os recursos previstos serão destinados para capacitação técnica dos fiscais agropecuários.

Já na área de Inspeção de Produtos de Origem Animal, o re-curso do Suasa fomentará a coleta e o envio de amostras e análises laboratoriais de matérias-primas, produtos e água para programas específicos de combate a fraudes e monitoramento de resíduos e contaminantes de natureza quími-ca e biológica.

A Inspeção de Produtos de Origem Vegetal também será con-templada com a verba do Mapa, com a fiscalização da cachaça nos estabelecimentos de produção e comercialização, capacitação e orientação para registro de esta-belecimento e produto. Além disso, estão previstas reuniões técnicas com vista à padronização e o aper-feiçoamento dos procedimentos de fiscalização.

A área de fiscalização de in-sumos agropecuários receberá reforço para a realização de auditorias pelos serviços estadu-ais para avaliação e verificação das atividades de fiscalização realizadas em estabelecimentos que distribuem, armazenam e comercializam insumos pecuários, bem como nas propriedades que os utilizem.

Page 3: ANO XXV - Nº 1171 - R$ 2,00 - correiodopapagaio.com.br · atrações musicais de primeira qualidade Confira a programação-12 de julho (quinta-feira) ... cipais instrumentos para

Correio do Papagaio :: Pág 3Quinta-feira, 05 de Julho 2018São Lourenço e Geral

Foto: Global Forest Watch

Sebastião Goulart

Nossa Gente, Nosso OrgulhoPor Teresinha Maria Silveira Villela

Surgiu muito hu-milde o querido re-

canto,a todos lembrava a distante Belém,estava tão belo, tão cheio de encantopra dar ao Brasil

seu renome também.

Parece a semente que a Bíblia Sagrada

Compara com o reino de grande men-

ção,Pequena, sozinha, na terra geradaSe toma das aves

tão grande mansão.

Riacho que nasce e que corre nas pla-

gas

Depois muito gran-de, suntuoso se faz,

Navios carrega, são fortes as vagas

Só corre pra frente, ão corre pra trás.

Assim nossa terra que era bem nobre

Degraus do pro-gresso mui altos gal-

gou,Tornou-se tão rica,

tão grande, tão no-bre,

Ao simo da glória já quase chegou.

Aqui muita gente assaz pressurosaLugares deixando do vasto BrasilDescanso procura

e partindo saudosaRelembra a cidade soberba e gentil.

Dos bravos e fortes a turba turista

Encontra saúde, da vida penhor,Parece romeira que

à “Lourdes paulista”Dirige seus passos

repletos de amor.

Suntuosa cidade! Das terras mineiras,

Do Estado grandio-so de Minas Gerais

estarás, não de-mora, no rol das pri-

meiras alt iva f icando e vencida jamais.

Brasil é o país do mundo que teve mais perda florestal em 2017

** Suzana Camargo

Em tempos de Copa do Mundo, a comparação fica bem clara. O planeta perdeu o equivalente a um campo de futebol de florestas, por segundo, no ano passado, ou mais exatamente, 29,4 milhões de hectares.

O dado acaba de ser divulgado pelo relatório Global Forest Watch e revela que este é um se-gundo recorde de des-matamento desde que o monitoramento começou a ser feito em 2001. O levantamento é baseado em informações obtidas através da comparação de 30 milhões de ima-gens de satélite em alta resolução.

A destruição de flores-tas no mundo todo não apenas coloca em risco a sobrevivência de milhares de espécies de animais e plantas, como também deixa a humanidade em uma situação ainda mais vulnerável perante as mu-danças climáticas, já que as árvores são um dos principais instrumentos para a absorção de dióxi-do de carbono (CO2) da atmosfera, o gás aponta-do como sendo o principal responsável pelo aqueci-mento global.

Desde 2003, a perda da cobertura florestal do planeta triplicou, todavia, em áreas tropicais, ela dobrou desde 2008. E o Brasil tem grande culpa nestes cálculos, já que foi o campeão neste triste ranking no ano passado, seguido – bem de longe

Foto: Divulgação Pinterest

Partes em claro e escuro, áreas degradadas e desmatadas na região Amazônica

Resgate da história e memória de nossa cidade

Terra comprada pelo Comendador Bernardo Saturnino da Veiga abrigou por anos a Companhia de Águas Minerais de São Lourenço

Segundo informações da Secretaria de Turismo e Cultura de São Lourenço, no dia 04 de julho é come-morado o Dia da Cidade de São Lourenço. Isso porque, foi nesse dia, em 1890, que o Comendador Bernardo Saturnino da Veiga, ad-quiriu um terreno (onde hoje localiza-se o termas do Parque das Águas) e conseguiu a concessão de nossas águas minerais.

Bernardo Saturnino da Veiga era de uma família de intelectuais e jornalis-tas, na cidade de Campa-nha-MG. Foi um entusiasta da causa separatista do sul de Minas, com intuito de formar uma nova província. Ao escutar sobre as águas “milagrosas e medicinais” da região logo se interes-sou por sua industrializa-ção. Enviou seu sobrinho para colher amostras e condições de negócio para aquisição dos terrenos com as fontes. A terra, conheci-da por fazenda da Bomba, foi comprada e, nesse lo-cal, foi inaugurada a Com-

panhia de Águas Minerais de São Lourenço.

Dentre os diversos empreendimentos que o Comendador realizou na ci-dade, destaca-se: a explo-ração das águas minerais, através da ‘’Companhia das Águas Minerais de São Lourenço’’(vendida, em 1905, para Afonso França).

Em 1892, Bernardo Saturni-no promoveu a construção da igreja de Bom Jesus do Monte, depois consagrada a São Lourenço, em home-nagem a seu pai, o Coronel Lourenço Xavier da Veiga.

A data de 04 de julho ainda é muito estudada e há controversas quanto ao dia certo da fundação da cida-

de. Existem documentos históricos que mencionam que a data de concessão de exploração das águas foi em 04 de julho mas, ao mesmo tempo, também há publicações informando que foi no mês anterior, sendo 04 de junho a data correta.

Foto: Divulgação Internet

– pela República Demo-crática do Congo.

“A principal razão pela qual as florestas tropicais estão desaparecendo não é um mistério – vastas áreas continuam sendo

desmatadas para dar lugar à soja, carne bovina, óleo de palma, madeira e outras commodities comercializa-das globalmente. Grande parte desse desmatamento é ilegal e ligada à corrup-ção “, disse Frances Sey-

mour, do World Resour-ces Institute, que produz o Global Forest Watch, junto a outros parceiros, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

Depois de uma déca-da de queda do desmata-mento na Amazônia, nos últimos anos os índices de destruição da floresta voltaram a subir. Temos mostrado, mês a mês, aqui no Conexão Planeta, notícias sobre o aumento de áreas devastadas, sobretudo nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e Pará.

O que tem agravado ainda mais o combate ao desmatamento no Brasil é o enfraquecimento das políticas públicas de pro-teção ao meio ambiente. O governo federal tem cedido ao lobby das in-dústrias agropecuária e mineradora em troca de apoio para sua base em Brasília. Uma moeda de troca que tem sido res-ponsável pela destruição de milhares de hectares de florestas no país.

**Suzana CamargoJornalista, já passou por

rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curiti-ba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007 e 2011, morou em Zurique, na Suíça, de onde cola-borou para diversas publi-cações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Info, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Atualmente vive em Londres.

Foto é da Fazenda da Bomba, onde tudo começou

São Loureço faz parte do Caminho Religioso da Estrada Real

O caminho é o maior Roteiro Turístico Reli-gioso do Brasil e fazem parte 32 municípios

mineiros

Criado em setembro de 2017, o Caminho Religioso da Estrada Real (CRER), foi inspirado no Caminho de Santiago de Compos-tela, sendo o maior Roteiro de Turismo Religioso do Brasil, com mais de mil quilômetros, passando por 38 municípios, sendo 32 mineiros e 06 paulistas.

Desenvolvido pela Se-cretaria de Estado de Tu-rismo e Esportes de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Estrada Real (IER) e do SESI, o caminho começa na Serra da Pieda-de, onde está localizado o Santuário Nossa Senhora

da Piedade, padroeira de Minas Gerais, em Caeté/MG e vai até a Basílica Nacional de Aparecida, na cidade de Aparecida/SP ou vice e versa.

Atualmente, o trajeto pode ser percorrido pelos peregrinos, romeiros, ca-minhantes e/ou turistas, a pé, de bicicleta, a cavalo ou 4×4 Off Road. É um ro-teiro de peregrinação com diversos atrativos, podendo ser realizado em uma única viagem ou por etapas. A via-gem dura cerca de 40 dias se for feita a pé. E a rota está sinalizada com 1.700 placas de indicação, para

que os peregrinos façam o trajeto com segurança.

Pelo caminho, os viajan-tes podem desfrutar da rica gastronomia mineira, conhe-cer igrejas barrocas, museus e casarões coloniais, além de se encantar com belíssimas paisagens montanhosas, águas cristalinas e cachoei-ras para banho.

Além de São Lourenço, fazem parte do Circuito ou-tras cidades que são pontos chaves do roteiro, como Mariana (MG), Baependi (MG), Catas Altas (MG), Lagoa Dourada (MG), Ouro Preto (MG) e Carrancas (MG).

Portal principal de São Lourenço e o Marco da Estrada Real

Page 4: ANO XXV - Nº 1171 - R$ 2,00 - correiodopapagaio.com.br · atrações musicais de primeira qualidade Confira a programação-12 de julho (quinta-feira) ... cipais instrumentos para

Quinta-Feira, 05 de Julho de 2018Pág 4 :: Correio do Papagaio

Caça Palavra

Fotos: Divulgação Internet

“O Poema Imperfeito” propõe questionamento sobre a interferência do homem na natureza

Lançado esse ano em Curitiba e no Rio de Janeiro, o docu-mentário “O Poema Imperfeito”, da dire-tora Zulmira Coimbra, foi disponibilizado na íntegra na internet. O filme, pensado como ferramenta didática de conscientização, é baseado no livro de mesmo nome, do professor do departa-mento de Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da Rede de Especialis-tas em Conservação Natureza, Fernando Fernandez, e aponta que a destruição da natureza não é um fenômeno recente - ao contrário, vem

acontecendo há mais de 50 mil anos, ao longo da história hu-mana.

“O Poema Imper-feito é a natureza já desfalcada que co-nhecemos. No fim do século XIX, o escri-tor americano Henry Thoreau já se referia à natureza como um poema inteiro e res-sentia do fato de ter herdado dos ante-passados uma ver-são sem algumas de suas páginas mais importantes”, explica Fernandez.

P roduz ido pe lo Instituto Pró-Carní-voros e patrocinado pela Fundação Grupo Boticário de Prote-ção à Natureza, o

documentário explica como as extinções de várias espécies começaram a partir da saída dos huma-nos do cont inente africano e continuam com a fragmentação dos habitat naturais. O filme ainda reforça a importância da cria-ção de áreas protegi-das, da refaunação (reconstrução de fau-nas) e de mudarmos nosso comportamen-to desperdiçador de recursos. “Os últimos capítulos fazem uma reflexão sobre quem somos e de onde viemos - mostrando, inclusive, que pode-ríamos nem ter exis-tido”, complementa Fernandez.

O livro “O Poema Imperfeito” foi lan-çado em 2000. Para o autor, o filme pode ajudar a dialogar com outros públicos que não tiveram acesso a obra. “O livro não é encontrado em li-vrarias e, neste ano, foi relançado, che-gando em sua quarta edição, o que mos-tra que o Brasil tem uma demanda por assuntos desse tipo. Acredito que colocar o material disponível em uma nova plata-forma pode reforçar a procura pelo tema”, finaliza.

“O f i lme mostra claramente que so-mos responsáveis pelo nosso futuro.

Por isso, temos que ser conscientes de que nossas atitudes no presente irão re-fletir lá na frente, ou seja, o que fazemos hoje será nosso lega-do para as próximas gerações . Para a Fundação, apoiar um projeto como esse é acreditar que exis-tem várias formas de aproximar as pessoas da natureza”, declara a diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nu-nes.

Assista ao docu-mentário na íntegra: ht tps : / /youtu .be /sqnv9HDsnQk

RECEITA

PIADA

PUDIM DE MARACUJÁ

INGREDIENTES

•2 latas de leite condensado (se preferir use o desnatado)

•200 ml de suco de maracujá•4 ovos

•2 colheres de manteiga ou margarina•2 maracujás grandes

MODO DE PREPARO

1.Bata no liquidificador o leite condensado, o suco de maracujá, os ovos e a manteiga ou

margarina2.Coloque em uma forma redonda, untada com

manteiga e farinha de trigo3.Leve ao banho - maria por 60 minutos

4.Espere esfriar e desenforme5.À parte, tire as sementes dos maracujás e

faça uma calda com açucar cristalColoque sobre o pudim e sirva frio ou gelado

Gerais

Por que ainda falamos de política?Na democracia, de-

fendeu uma vez Claude Lefort, o lugar do poder é vazio. Uma série de dispositivos institucionais garantem a não incorpo-ração do poder por essa ou aquela pessoa. Inclu-sive porque, em tese, a democracia pressupõe um reajuste periódico com base em uma com-petição cheia de regras. Ele fala de uma “institu-cionalização do conflito”. Isso garantiria, então, um poder inapropriável e o que veríamos seriam seus mecanismos e al-guém que detêm, tempo-rariamente, a autoridade política.

Tudo isso, a primeira vista, parece muito boni-to. De encher o peito de esperança. “Nós os es-colhemos. Eles terão que jogar segundo as regras”, pode pensar assim um desavisado. Mas, nessa altura do campeonato, são poucos os que ainda acreditam em algum res-caldo democrático que dê reais vislumbres de mu-dança. Há um jogo, hoje bem claro, que envolve os donos do dinheiro. Detendo, além do poder

econômico, também o jurídico e de imprensa, e por isso, o político está longe de ser uma das tarefas mais difíceis de conquistar e manter. As-sim, sem um corpo para ser “o” poder, um grupo de meia dúzia se encar-regou da tarefa, num enredo que o brasileiro conhece mais do que o da novela das oito.

Há nestas condições um desmantelamento da esfera pública e um enfraquecimento dos po-deres que a poderiam

garantir. Soma-se a isso uma completa descrença da população nas insti-tuições, intensificada por anos e anos de escân-dalos. Parece fatalista e de fato o é. O poder eco-nômico continua ditando as regras. Basta ver a reforma trabalhista, a ter-ceirização e as tentativas de privatizações. A im-prensa, que em tese po-deria fazer o contraponto, ou ao menos garantir o debate dessas ideias, não o faz por convicção e por ser ela, sem nenhuma

surpresa, concentrada na mão de poucos magna-tas. Logo ali, o jurídico, distante de garantir uma relação mais equilibrada entre poderes e a plura-lidade de opiniões, virou, não por acaso, um fim em si mesmo.

Neste jogo nos res-tam poucas peças. A mobilização continua a mais potente delas. Porém, segue longe de ser a mais fácil. Preca-rização, terceirização, novas leis trabalhistas, endividamento… todos

mecanismos de contro-le que enfraquecem à duros golpes qualquer tentativa de mobilização e uma série de partidos, sindicatos e movimentos à reboque. Depressão, TDAH, hiperatividade, Burnout. Uma era de violência cognitiva.

Olhe ao lado: quem do seu trabalho estaria disposto a participar de uma greve, de ir para rua e enfrentar a polícia se precisar, a se organizar em um movimento social? Nossos laços estão cada vez mais frouxos. O can-saço e o medo aparecem como uma nova maneira de existir, como ressaltou Byung-Chul Han.

Uma resposta rápida e conclusiva acerca do cenário caótico brasileiro soaria como a mais pura ingenuidade e talvez apostar no limite desse cansaço, no real esgo-tamento, seja a única escolha plausível. Deste jeito ficamos, devida-mente postos no buraco, na iminência de que a solução possa vir não mais de fora, e sim do fundo dele.

Por Pedro Veríssimo e Luiz Bellini

Obra “Matchstick Men” por Wolfgang Stiller