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ANO XXIX - 2018 - 4ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2018 ASSUNTOS TRABALHISTAS EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - NORMA REGULAMENTADORA 6 (NR-6) - PORTARIA MTB N.º 870/2017 .............................................................................................................................................................................................Pág. 241 ESTAGIÁRIO - CONSIDERAÇÕES GERAIS ...........................................................................................................................................Pág. 253 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS - ATUALIZAÇÃO - ANO DE 2018 ..................................................................Pág. 268

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ANO XXIX - 2018 - 4ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2018

ASSUNTOS TRABALHISTAS

EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - NORMA REGULAMENTADORA 6 (NR-6) - PORTARIA MTB

N.º 870/2017 ............................................................................................................................................................................................. Pág. 241

ESTAGIÁRIO - CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................................................................................... Pág. 253

OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS - ATUALIZAÇÃO - ANO DE 2018 .................................................................. Pág. 268

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ASSUNTOS TRABALHISTAS

EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Norma Regulamentadora 6 (NR-6)

Portaria MTb N.º 870/2017 Sumário 1. Introdução; 2. Segurança E Medicina Do Trabalho; 3. EPI - Equipamentos De Proteção Individual; 4. Obrigatoriedade Da Indicação Do Certificado De Aprovação – CA; 5. Fornecimento Gratuito Do EPI; 5.1 – Fornecimento Adequado Dos EPI’s; 6. Orientação Do Uso Do EPI – Competência Do SESMT E CIPA; 7. Responsabilidade Do Empregador; 7.1 – Fiscalização; 7.2 – Fornecimento Do EPI; 7.2.1 – Modelo De Comprovante De Entrega Do EPI; 7.3 – Penalidades Ao Empregador; 8. Responsabilidade Do Empregado; 8.1 – Não Utilização Do EPI - Dispensa Por Justa Causa; 9. Responsabilidade Do Fabricante E Do Importador; 9.1 - Procedimentos De Cadastramento; 10. Certificado De Aprovação (CA) – Validade; 11. Ministério Do Trabalho – Competência; 12. Tipo De EPI’s; 13. Lista De Equipamentos De Proteção Individual – Anexo I.

1. INTRODUÇÃO As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (NR 1). As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais (NR 1). A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em se artigo 166, determina que a empresa está obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Nesta matéria iremos tratar sobre a NR 6, que dispõe sobre o EPI – Equipamento de Proteção Individual – EPI, com suas normas, procedimentos, responsabilidades, obrigatoriedades e entre outros, e a atualização conforme Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017. 2. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Segurança no trabalho são todas as medidas e formas de proceder que visem à eliminação dos riscos de acidentes. E, para ser eficaz, a Segurança devem agir sobre homens, máquinas e instalações, levando em consideração todos os pormenores relativos às atividades humanas. Segurança do trabalho também pode ser conceituado como um conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e também a proteção da integridade e da capacidade de trabalho do próprio trabalhador. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (NR 1). A Norma Regulamentadora 28 (NR 28) trata sobre a fiscalização e penalidades a respeito da segurança e medicina do trabalho.

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Observação: Matéria completa sobre segurança e medicina do trabalho, vide Boletim INFORMARE n° 18/2014, assuntos trabalhistas. 3. EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (NR 6, subitem 6.1). “EPI – Equipamentos de Proteção Individual são quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determina atividade”. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (Item 6.1.1). 4. OBRIGATORIEDADE DA INDICAÇÃO DO CERTIFICADO DE APROVAÇÃO – CA O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 6, subitem 6.2). Conforme o artigo 167 da CLT, o EPI - equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. 5. FORNECIMENTO GRATUITO DO EPI O empregador está obrigado a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias (Subitem 6.3 da NR 6): a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e c) para atender a situações de emergência. O artigo 166 da CLT também estabelece que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. 5.1 – Fornecimento Adequado Dos EPI’s Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no subitem 6.3 (vide o item “4” desta matéria), o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no Anexo I da NR-6 (Subitem 6.4 da NR 6). As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no Anexo I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação (Subitem 6.4.1 da NR 6). “A Portaria MTB nº 59/2008 do Ministério do Trabalho, que revogou a Portaria 11/2002, criou a Comissão Nacional Tripartite em substituição à CTPP aprovada em 2002. Um dos principais motivos para se criar a Comissão Tripartite Paritária Permanente, substituída agora pela Comissão Nacional Tripartite, foi a instituição de procedimentos que levassem em consideração a manifestação da sociedade sobre vários assuntos sobre a segurança e saúde do trabalho, que antes eram decididos sem maiores preocupações sobre o que pensava a sociedade. Art. 1º Criar, em substituição à Comissão Tripartite da NR 6, prevista no item 6.4.1 da referida Norma e criada pela Portaria SIT n.º 11, de 17 de maio de 2002, a Comissão Nacional Tripartite, nos moldes desta Portaria.

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Assim, o Ministério do Trabalho, passou a adotar os princípios preconizados pela Organização Internacional do Trabalho - OIT, que enfatiza o uso do Sistema Tripartite Paritário, ou seja, a atuação do Governo, do Trabalhador e do Empregador para a construção de regulamentações na área de segurança e saúde no trabalho”. Importante: “O uso de equipamento de proteção individual se coloca entre as medidas de prevenção das adversidades do trabalho. Nem sempre pode evitar o acidente, mas diminui as possibilidades de risco à integridade física do trabalhador”. 6. ORIENTAÇÃO DO USO DO EPI – COMPETÊNCIA DO SESMT E CIPA Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade, conforme o subitem 6.5, da NR 6. Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários, subitem 6.5.1, da NR 6. 7. RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR Cabe ao empregador quanto ao EPI (NR 6, subitens 6.6 e 6.6.1): a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. 7.1 – Fiscalização O empregador deve fiscalizar o empregado, de forma a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado e corretamente. O empregador não está isento de sua responsabilidade somente ao fornecer o equipamento de proteção aos empregados, desse modo, a sanção administrativa pode ser aplicada a eles por não exercerem a fiscalização em razão da chamada culpa “in vigilando”, pois é da competência do empregador vigiar o empregado e cobrar-lhe o uso do equipamento de proteção, conforme dispõe a CLT em seu artigo 157, inciso I: “CLT, Art. 157 - Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho”. “SÚMULA nº 289 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO). INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado”. Observações importantes: A empresa que não cumpre as normas regulamentadoras pode ser multada, inclusive no caso de acidente no trabalho e pode caracterizar responsabilidade por nexo de causalidade.

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“Em uma eventual ação trabalhista, a empresa não está plenamente resguardada apenas pela apresentação dos recibos de entregas de EPIs. Ela precisa comprovar que sua correta utilização era fiscalizada, o que pode ser feito por meio de advertências e suspensões aos empregados que descumprem esse procedimento. A atitude pode até mesmo configurar rescisão por justa causa do contrato de trabalho. Isso é possível, pois, pelo não fornecimento de EPI, além da empresa ficar exposta a condenações ao pagamento de adicional de insalubridade/periculosidade, poderá ser responsabilizada pela ocorrência de eventuais acidentes de trabalho e/ou doenças ocupacionais por exposição a riscos ambientais”. “A empresa que não fiscaliza a utilização de EPI por seus empregados assume o risco de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e, como consequência, pode ser responsabilizada pelo pagamento de dano moral, material, estético e pensão vitalícia. Se os procedimentos de controle de utilização dos EPIs são observados, esse risco pode ser minimizado ou mesmo anulado”. Jurisprudências: RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. FORNECIMENTO DE EPI´S. O Tribunal Regional, com base nas provas produzidas nos autos, notadamente a pericial, reconheceu que a reclamada não forneceu os equipamentos de proteção necessários para neutralização ou eliminação dos agentes danosos. Registrou que "não restou sequer comprovado nos autos o devido fornecimento de equipamentos de proteção a tais empregados, na medida em que notadamente insuficientes aqueles cuja entrega foi documentada pela empregadora." Por fim, consignou que a empresa ré não fiscalizava o correto uso dos equipamentos eventualmente fornecidos. A Súmula nº 289 do TST dispõe que "o simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado" . Logo, não havendo a comprovação do fornecimento de EPI´s ou, ainda que fornecidos em determinado período, não demonstrada a fiscalização quanto ao uso efetivo destes, torna-se devido o adicional de insalubridade. Recurso de revista de que não se conhece. (Processo: RR 4160320125040004 – Relator (a): Cláudio Mascarenhas Brandão – Julgamento: 08.04.2015) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. FORNECIMENTO E FISCALIZAÇÃO DO USO DO EPI PELA EMPREGADORA. PROVA. Tendo o laudo pericial somente concluído pela incidência do adicional de insalubridade pelo não uso de determinado EPI, e tendo a reclamada provado, inclusive pela confissão do reclamante, que forneceu e fiscalizou o uso dos mencionados equipamentos de proteção individual, capazes de anular os agentes insalubres, demonstra-se indevida a condenação ao pagamento do citado adicional. (Processo: RecOrd 00001159220135050101 BA 0000115-92.2013.5.05.0101 – Reltaor(a): Luiz Roberto Mattos – Publicação: DJ 16.12.2014) 7.2 – Fornecimento Do EPI Conforme a CLT e a NR 6 é obrigatório que o empregador forneça os equipamentos de proteção (EPI), para proteger o trabalhador contra os riscos ambientais e também contra acidentes de trabalho. “Para a Justiça do Trabalho, somente a comprovação de que o empregado recebeu o equipamento de proteção, por escrito (através de ficha de entrega de EPI), não tira do empregador o pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece que o empregador deva garantir o seu uso, através de fiscalização e de medidas coercitivas, quando for o caso”. 7.2.1 – Modelo De Comprovante De Entrega Do EPI Segue abaixo um modelo de comprovante de entrega do EPI. COMPROVANE DE ENTREGA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI NOME DO EMPREGADO: _______________________________________ DEPARTAMENTO: _____________________________________________ CARGO: ____________________________________________________ TERMO DE RESPONSABILIDADE Declaro para os devidos fins, que nesta data estou recebendo os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, conforme relacionados abaixo e fornecidos pelo empregador gratuitamente, com destino exclusivo para a minha proteção contra acidentes ou mesmo doenças, conforme determina os artigos 166 e 191 da CLT e a Norma Regulamentadora 6 (NR 6).

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Firmo ainda comprometer-me a cumprir todas as determinações abaixo: a) Usar os Equipamentos de Proteção Individual – EPI ao qual foram entregues, de forma adequada, sempre que estiver nos locais que se fazem obrigatórios; b) Zelar pela guarda e conservação dos EPI’s que me foram entregues, e não repassando para utilização de terceiros; c) Comunicar imediatamente a empresa no caso de quebra, desgaste, perda ou extravio dos EPI’s, para que passam repor de imediato; d) Devolver os EPI’s no caso de desligamento da empresa; e) Declaro ter recebido Treinamento adequado sobre o uso do EPI o qual me foi entregue. Tenho ciência que a perda ou dano do Equipamento de Proteção Individual – EPI, o qual estiver em meu poder, ou mesmo o mau uso ou negligência de minha parte, autorizo a emprega o desconto do valor equivalente a tais equipamentos, conforme determina o artigo 462 da CLT. Declaro por fim, ter ciência que o descumprimento de quaisquer itens deste termo, constituirá em Justa Causa para a Rescisão do Contrato de Trabalho, nos termos do artigo 482 da CLT.

EPI QUANTIDADE

__________________ / ______ / _______________________ / ______________ Assinatura do Empregado ___________________________________________________ 7.3 – Penalidades Ao Empregador O empregador que não entregar o Equipamento de Proteção Individual, conforme determina a legislação poderá ser multados. Cabe ao órgão regional do MTE (NR 6, subitem 6.11.2), vide também o subitem “11.1” desta matéria (DRT – Competência): a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI; b) recolher amostras de EPI; e c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR. “Art. 201 – da CLT. As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão punidas com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as concernentes à segurança do trabalho com multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o mesmo valor. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)”. TABELA DE MULTAS POR INFRAÇÃO À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

INFRAÇÃO Dispositivo Infringido

Base Legal da Multa

Quantidade de UFIR Observações

Mínimo Máximo

SEGURANÇA DO TRABALHO

CLT art. 154 a 200

CLT art. 201 630,4745 6.304,7453 valor máximo na reincidência, embaraço, resistência, artifício ou simulação

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MEDICINA DO TRABALHO

CLT art. 154 a 200

CLT art. 201 378,2847 3.782,8471 valor máximo na reincidência, embaraço, resistência, artifício ou simulação

FISCALIZAÇÃO CLT art. 626 a 642

CLT art. 630 § 6º 189,1424 1.891,4236 ---

Observação: Com a extinção da UFIR e como até o momento não houve manifestação do MTE a respeito, deve-se utilizar a última UFIR oficial divulgada: R$ 1.0641. 8. RESPONSABILIDADE DO EMPREGADO Cabe ao empregado quanto ao EPI (NR 6, subitens 6.7 e 6.7.1): a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. Importante: “Os EPIs utilizados em trabalhos em que se concentram ou aplicam substâncias tóxicas ou perigosas deverão ser rigorosamente higienizados e guardados em locais adequados, onde não possam contaminar outros acessórios ou ambientes de uso comum”. 8.1 – Não Utilização Do EPI - Dispensa Por Justa Causa A fiscalização do uso do equipamento de proteção é obrigação do empregador. E o empregado que deixar ou recusar utilizar devidamente os equipamentos de proteção, sem justificativa, após advertências e suspensões aplicadas pelo empregador poderá ser demitido por justa causa, porém desde que avaliado o real motivo da recusa. De acordo com o artigo 158 da CLT, cabe ao empregado observar as normas de segurança e medicina do trabalho. E o parágrafo único do artigo 158 da CLT, determina que constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada da utilização dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa, como também, o não cumprimento por parte do empregador do disposto no artigo 157, dá ao empregado o direito de ter seu contrato de trabalho rescindido por culpa do empregador (rescisão indireta), sem prejuízo de responsabilidade civil, criminal e administrativa. “Art. 158 – da CLT. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa”. “Art. 157 – da CLT. Cabe às empresas: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)”.

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O artigo 482 da CLT, alínea “e”, que trata sobre desídia no desempenho das funções, quanto à alínea “h”, que é o ato de indisciplina ou de insubordinação. O empregador poderá promover à rescisão por justa causa, devida à falta grave por razões disciplinares. Importante: De acordo com VALENTIN CARRION, “pratica falta o empregado que não obedece às normas de segurança e higiene no trabalho, inclusive quanto ao uso de equipamentos. A lei quer que as instruções tenham sido veiculadas por ele aos seus empregados; não basta, assim, a simples vigência. O ato faltoso do empregado poderá ou não constituir justa causa do vínculo laboral, de acordo com a gravidade das circunstâncias, de sua reiteração, etc., como acontece com as demais faltas, propiciando em certas hipóteses simples advertência ou suspensão”. Jurisprudência: DISPENSA POR JUSTA CAUSA. RECUSA DO EMPREGADO AO USO DE EPI'S. A reiterada recusa do reclamante em usar os Equipamentos de Proteção e Segurança (EPI's) representa falta gravíssima, autorizando a resolução do contrato por justa causa, sem que houvesse excesso do empregador. A inércia patronal levaria à indesejável reincidência de atitudes dessa natureza, colocando em risco não só a integridade física do próprio reclamante, como atraindo para a reclamada possível responsabilização civil por eventuais danos materiais e morais. (Processo: RO 01721201108703004 0001721-28.2011.5.03.0087 – Relator(a): Convocado Manoel Barbosa da Silva – Publicação: 20.08.2013) 9. RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE E DO IMPORTADOR Ressalta-se que o equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 6, subitem 6.2). O fabricante nacional ou o importador deverá (NR 6, subitens 6.8 e 6.8.1): a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; b) solicitar a emissão do CA; c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA; f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA; g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos; h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso; i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso; k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando, quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original. 9.1 - Procedimentos De Cadastramento Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de emissão e/ou renovação de CA devem atender os requisitos estabelecidos em Portaria específica. (NR 6, subitem 6.8.1.1) 10. CERTIFICADO DE APROVAÇÃO (CA) – VALIDADE

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Para fins de comercialização, o CA (Certificado de Aprovação) concedido aos EPI terá validade NR 6, subitens 6.9 e 6.9.1): a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO; b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso. O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos dos dispostos acima (NR 6, subitem 6.9.2). Todo EPI deverá apresentar em caracteres permanentes e bem visíveis o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA (NR 6, subitem 6.9.3). Na impossibilidade de cumprir o determinado no subitem 6.9.3 (parágrafo anterior), o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA (NR 6 , subitem 6.9.3.1). 11. MINISTÉRIO DO TRABALHO – COMPETÊNCIA Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho (NR 6, subitens 6.11 e 6.11.1): a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI; b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI; c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI; d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador; e) fiscalizar a qualidade do EPI; f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e g) cancelar o CA. Sempre que julgar necessário, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos (NR 6, subitens 6.11.1.1). Cabe ao órgão regional do MTE (NR 6, subitem 6.11.2): a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI; b) recolher amostras de EPI; e c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR. 12. TIPO DE EPI’S Conforme as atividades ou mesmo os riscos o qual o trabalhador estará exposto, será utilizado o tipo correto de EPI, conforme será verificado pelo empregador. E os tipos de EPI’s estão relacionados na NR 6, conforme abaixo: a) EPI para proteção da cabeça; b) EPI para proteção dos olhos e face; c) EPI Para Proteção Auditiva; d) EPI Para Proteção Respiratória; e) EPI Para Proteção Do Tronco;

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f) EPI Para Proteção Dos Membros Superiores; g) EPI Para Proteção Dos Membros Inferiores; h) EPI Para Proteção Do Corpo Inteiro; i) EPI Para Proteção Contra Quedas Com Diferença De Nível. 13. LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – ANEXO I A lista de equipamentos de proteção individual, conforme dispõe a NR 6 segue abaixo com alterações realizadas pela Portaria SIT nº 194, de 07 de dezembro de 2010. ANEXO I LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA A.1 – Capacete a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; b) capacete para proteção contra choques elétricos; c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos. A.2 - Capuz ou balaclava a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica; b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos; (Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes; d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com uso de água. (Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE B.1 – Óculos a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes; b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta; d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha. B.2 - Protetor facial a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes; b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha; c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica; e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta. B.3 - Máscara de Solda

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a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação ultra-violeta, radiação infra-vermelha e luminosidade intensa. C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA C.1 - Protetor auditivo a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2; b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2; c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2. D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA D.1 - Respirador purificador de ar não motorizado: a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos; c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos; d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos; e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado. D.2 - Respirador purificador de ar motorizado: a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores; b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores. D.3 - Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido: a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%; b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%; c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%; d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%; e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS). D.4 - Respirador De Adução De Ar Tipo Máscara Autonoma

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a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS); b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS). D.5 - Respirador de fuga a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS). E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO – ALTERAÇÃO - PORTARIA MTB N.º 870, DE 06 DE JULHO DE 2017 E.1 – Vestimentas a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica; b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica; c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos; (Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa; e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica; (NR) (Alterada pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017) f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água. E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES F.1 – Luvas a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes; b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes; c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos; d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos; e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos; f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos; g) luvas para proteção das mãos contra vibrações; h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água; i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes. F.2 - Creme protetor a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos. F.3 – Manga a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;

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b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes; c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes; d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água; e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos; f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos. (Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) F.4 – Braçadeira a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes; b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes. F.5 – Dedeira a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes. G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES - ALTERAÇÃO - PORTARIA MTB N.º 870, DE 06 DE JULHO DE 2017 G.1 – Calçado a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos; b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica; c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos; d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes; e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes; f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água; g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos. (Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) G.2 – Meia a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas. G.3 – Perneira a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes; b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos; c) perneira para proteção da perna contra agentes químicos; (Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes; e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água. G.4 – Calça a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes; b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos; (Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

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c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos; d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água. e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR) (Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017) H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO – ALERADO PELA PORTARIA MTB N.º 870, DE 06 DE JULHO DE 2017 H.1 – Macacão a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos; b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes químicos; (Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água. d) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR) (Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017) H.2 - Vestimenta de corpo inteiro a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química; (Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015) b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água; c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos. d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR) (Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017) I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL I.1 - CINTURAO DE SEGURANÇA COM Dispositivo trava-queda a) cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal. I.2 - Cinturão De Segurança Com Talabarte a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura; b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura. Observação: Os Anexos II e III foram excluídos pela Portaria SIT nº 194, de 07 de dezembro de 2010. Fundamentos Legais: Os citados no texto e Ministério do Trabalho e Emprego.

ESTAGIÁRIO Considerações Gerais

Sumário 1. Introdução; 2. Estágio; 2.1 – Conceito; 2.2 - Modalidades De Estágio; 2.2.1 - Estágio Obrigatório; 2.2.2 - Estágio Não-Obrigatório; 2.3 – Atividades De Extensão, De Monitorias E De Iniciação Científica Na Educação Superior;

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2.4 – Projeto Pedagógico Do Curso; 3. Objetivos; 4. Não Cria Vínculo Empregatício; 4.1 – Requisitos; 4.2 - Riscos De Descaracterização De Estágio; 5. Quem Pode Ser Estagiário E Idade Mínima; 6. Estudantes Estrangeiros; 7. Contratação De Estagiário; 7.1 – Parte Concedente; 7.2 – Obrigatoriedade; 7.3 - Várias Filiais Ou Estabelecimentos; 7.4 - Portadores De Deficiência; 8. Instituições De Ensino E As Partes Cedentes De Estágio; 8.1 - Agentes De Integração; 8.2 – Vedado; 8.3 – Local; 9. Obrigações Da Instituição De Ensino; 9.1 - Termo De Estágio; 9.1.1 – Deve Constar No Termo De Compromisso; 9.2 - Acompanhamento Do Estágio; 10. Jornada De Atividade Em Estágio; 10.1 - Teoria E Prática; 10.2 - Período De Avaliação; 10.3 - Hora-Extra – Inexistência; 10.4 - Intervalos Durante A Jornada Diária; 10.5 - Faltas E Atrasos; 10.6 - Realização De Avaliações Escolares Ou Acadêmicas; 11. Duração Do Estágio; 12. Anotações Na CTPS Referente Ao Estágio; 13. Valor Da Bolsa De Estágio; 13.1 - Recibo De Pagamento; 13.1.1 – Modelo; 14. Transporte, Alimentação E Saúde, Entre Outros; 15. Seguro De Acidentes Pessoais – Obrigatório; 16. Recesso Do Estágio; 17. Segurança No Trabalho; 17.1 - Estágio Do Menor; 17.2 - Acidente No Local Do Estágio (Acidente De Trabalho); 17.2.1 - Suspensão Do Estágio; 18. Contribuição Previdenciária – Segurado Facultativo; 19. Contribuições Sociais Por Parte Da Empresa; 20. Rescisão De Contrato De Estágio; 21. Penalidades E Fiscalização.

1. INTRODUÇÃO A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, dispõe sobre estágio de estudantes nas empresas e instituições contratantes de estagiários e são regidos por normas e procedimentos específicos. E através desta lei, o estágio passou a ter novas regras, originando novos benefícios para os estagiários e obrigações para os contratantes. A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em seus artigos 428 aos 433, também trata sobre estágio. A contratação de um estagiário não gera vínculo empregatício, desde que sejam observados os requisitos previstos na Legislação que rege o estágio. Conforme a legislação pode estagiar, o aluno a partir de 16 (dezesseis) anos de idade, que esteja cursando o ensino fundamental, o ensino profissional, o ensino médio regular ou profissional e estudante de nível superior. O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e também do projeto pedagógico do curso. Nesta matéria será tratada sobre o estágio com seus requisitos, procedimentos e considerações. 2. ESTÁGIO 2.1 – Conceito O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos (artigo 1º, da Lei n° 11.788/2008).

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O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando (§ 1º, artigo 1º, da Lei nº 11.788/2008). O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho (§ 2º, artigo 1º, da Lei nº 11.788/2008). 2.2 - Modalidades De Estágio O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de agregar o percurso da formação do educando. Conforme o artigo 2° da Lei n° 11.788/2008 existem duas modalidades de estágio, o obrigatório e o não-obrigatório, pois depende da determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso (§ 3º, artigo 2º, da Lei nº 11.788/2008). 2.2.1 - Estágio Obrigatório O estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma (§1º, artigo 2° da Lei n° 11.788/2008). 2.2.2 - Estágio Não-Obrigatório O estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória (§2º, artigo 2° da Lei n° 11.788/2008). 2.3 – Atividades De Extensão, De Monitorias E De Iniciação Científica Na Educação Superior As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso (§3º, artigo 2° da Lei n° 11.788/2008). 2.4 – Projeto Pedagógico Do Curso É o documento elaborado pela instituição de ensino que estabelece as diretrizes de funcionamento de um curso contendo orientações sobre as disciplinas e seus conteúdos, carga horária, possibilidade de estágios etc. Observação: A informação acima foi extraída do site do MTE – pergunta “6” (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 3. OBJETIVOS O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e a contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho (§ 2º, do art. 1º, da Lei 11.788/2008). A Legislação do Estágio tem como objetivo combater a prática ilícita e irregular, referente às contratações de estagiários, para atividades que não contribuem com a sua formação profissional. Observação: A informação acima também foi extraída do site do MTE – pergunta “2” (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 4. NÃO CRIA VÍNCULO EMPREGATÍCIO O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, desde que observados os alguns requisitos. É importante ressaltar que a manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária (Artigo 15 da Lei nº 11.788/2008). 4.1 – Requisitos

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Conforme o artigo 3° da Lei n° 11.788/2008, os requisitos são: a) matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; b) formalização ou celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; c) compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. O § 1º, do artigo 3° da lei citada estabelece que o estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do artigo 7° desta Lei e por menção de aprovação final. “IV do artigo 7º. Lei nº 11.788/2008 – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades”. Vale ressaltar que conforme determina o § 2º, do artigo 3º da Lei n° 11.788/2008 estabelece que o descumprimento de qualquer dos requisitos acima ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Extraído da jurisprudência abaixo: “... Assim, uma vez atendidos todos os requisitos exigidos na Lei nº 11.788/2008, não há como se descaracterizar o contrato de estágio firmado entre as partes”. Jurisprudência: CONTRATO DE ESTÁGIO. CARACTERIZAÇÃO. O fim precípuo do contrato de estágio é propiciar a complementação do ensino e da aprendizagem do estudante, de acordo com a sua formação escolar, devendo ser planejado, executado, acompanhado e avaliado conforme o currículo, os programas e calendários escolares. No caso, constata-se que as funções enumeradas pela reclamante como fundamento para demonstrar a incompatibilidade da realidade dela com o contexto de estagiário não podem ser classificadas como estranhas à rotina profissional que vivenciará depois de formada. Afinal, é esse justamente o desiderato do programa de estágio, ou seja, propiciar ao aluno, muitas vezes limitado aos ensinamentos de ordem teórica, o contato com a prática que cerca todo o contexto que o espera. Assim, uma vez atendidos todos os requisitos exigidos na Lei nº 11.788/2008, não há como se descaracterizar o contrato de estágio firmado entre as partes. (Processo: RO 02225201100303004 0002225-92.2011.5.03.0003 – Relator(a): Convocado Danilo Siqueira de C.Faria – Publicação: 04.06.2012 4.2 - Riscos De Descaracterização De Estágio Conforme o subitem “4.1” (acima) ressalta-se, que a manutenção de estagiários em desacordo com a lei especifica do estágio caracteriza vínculo de emprego entre o estudante e a empresa concedente do estágio, tendo todos os fins da Legislação Trabalhista e Previdenciária. Exemplos de descaracterização de contrato de estágio: a) estudantes de Direito colocados para trabalhar no auto atendimento de instituições financeiras; b) estudantes de Enfermagem recrutados para atuar como secretária em hospitais e consultórios médicos. Extraído das jurisprudências abaixo: a) “Descumpridos os requisitos formais e materiais previsto na Lei nº 11.788/08 para a validade do contrato de estágio, como a extrapolação da jornada de trabalho do reclamante, ausências de informações obrigatórias no termo de compromisso de estágio, ausência de acompanhamento pela instituição de ensino e realização de tarefas não condizentes com os fins pedagógicos do contrato, resta invalido o contrato de estágio, e deve ser reconhecido o vínculo empregatício”. b) “A legislação que disciplina o estágio profissional excepciona o comando do art. 3º da CLT que trata dos requisitos para a configuração da condição de empregado, daí porque é imprescindível a observância dos requisitos formais nela previstos, sob pena de descaracterização do contrato de estágio”.

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Jurisprudências: CONTRATO DE ESTÁGIO. DESCARACTERIZAÇÃO. EXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. O quadro fático delineado pelo acórdão regional, insuscetível de reexame nesta instância recursal (Súmula nº 126 do TST), aponta para o desvirtuamento do contrato de estágio, consistindo típica relação de emprego, na medida em que não observado o objetivo precípuo de complementariedade da formação. Assim, não se constata violação dos arts. 2º e 3º da CLT e 1º, §§ 2º e 3º, da Lei nº 6.494/1977, na medida em que os elementos dos autos descaracterizaram o contrato de estágio, revelando a existência de relação de emprego. Dissenso jurisprudencial não configurado. Recurso de revista não conhecido... (Processo: RR 1717009420095180004 171700-94.2009.5.18.0004 - Relator(a): Dora Maria da Costa - Julgamento: 06.02.2013) CONTRATO DE ESTÁGIO. PRESENÇA DE IRREGULARIDADES FORMAIS E MATERIAIS. RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO. Descumpridos os requisitos formais e materiais previsto na Lei nº 11.788/08 para a validade do contrato de estágio, como a extrapolação da jornada de trabalho do reclamante, ausências de informações obrigatórias no termo de compromisso de estágio, ausência de acompanhamento pela instituição de ensino e realização de tarefas não condizentes com os fins pedagógicos do contrato, resta invalido o contrato de estágio, e deve ser reconhecido o vínculo empregatício.Recurso conhecido e improvido. (Processo: RO 16998420115070013 CE 0001699-8420115070013 - Relator(a): FRANCISCO TARCISIO GUEDES LIMA VERDE JUNIOR - Julgamento: 23.5.2012) VÍNCULO DE EMPREGO. ESTAGIÁRIO. A legislação que disciplina o estágio profissional excepciona o comando do art. 3º da CLT que trata dos requisitos para a configuração da condição de empregado, daí porque é imprescindível a observância dos requisitos formais nela previstos, sob pena de descaracterização do contrato de estágio... (Processo: RO 3707920105040005 RS 0000370-79.2010.5.04.0005 – Relator(a): Denise Pacheco – Julgamento: 25.08.2011) 5. QUEM PODE SER ESTAGIÁRIO E IDADE MÍNIMA A contratação de estagiários não é determinada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e também não tem um valor de remuneração determinada. E esta contratação se dá através do Termo de Compromisso de Estágio, ou seja, o Contrato de Estágio. De acordo com o artigo 403 da CLT, aos menores de 16 (dezesseis) anos de idade fica proibido qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz, que poderá ser a partir de 14 (quatorze) anos. A Constituição Federal também determina, em seu artigo 7º, inciso XXXIII, que é considerado menor o trabalhador de 16 (dezesseis) a 18 (dezoito) anos de idade. E também proíbe os trabalhos noturnos, perigosos ou insalubres. O artigo 405 da CLT também dispõe sobre trabalhos proibidos aos menores de 18 (dezoito) anos. “7. Quem pode ser estagiário? Estudantes que estiverem freqüentando o ensino regular, em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos (art. 1º da Lei nº 11.788/2008)”. Pergunta extraída do site do Ministério do Trabalho e Emprego “pergunta de nº 7” (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 6. ESTUDANTES ESTRANGEIROS A realização de estágios, nos termos da Lei, aplica-se aos estudantes estrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no País, autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de estudante, na forma da legislação aplicável (Artigo 4º da Lei n° 11.788/2008). 7. CONTRATAÇÃO DE ESTAGIÁRIO 7.1 – Parte Concedente As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as seguintes obrigações: (Artigo 9º da Lei n° 11.788/2008) “I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento;

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II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural; III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente; IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso; V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio; VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino”. 7.2 – Obrigatoriedade O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções: (Artigo 17 da Lei 11.788/2008) a) de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário; b) de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários; c) de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários; d) acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários. Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo (alínea “d” acima citado) resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior (§ 3º, artigo 17 da Lei citada). Não se aplica o disposto acima aos estágios de nível superior e de nível médio profissional (§ 4º, artigo 17 da Lei citada). “60. Existe limitação para a contratação de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes? Sim, para os estágios de ensino médio, de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Nestes casos o número máximo de estagiários deverá atender as seguintes proporções, em relação ao quadro de pessoal da concedente: a) de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário; b) de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários; c) de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários; e d) acima de 25 (vinte e cinco) empregados, até 20% (vinte por cento) de estagiários (inciso I a IV do art. 17 da Lei 11.788/08). Quando este cálculo resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior (§ 3º do art. 17 da Lei 11.788/2008). (Informações extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, em perguntas – “Pergunta nº 60. Existe limitação para a contratação de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes?” - http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). Informações importantes: Conforme o § 1º, do artigo 17 da Lei nº 11.788/2008, estabelece que: “ Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio”. A fração deve ser arredondada para o número inteiro, ou seja, quando o cálculo do percentual resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior. 7.3 - Várias Filiais Ou Estabelecimentos

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As empresas que possuem várias filiais ou estabelecimentos deverão ser aplicadas para cada filial ou estabelecimento, separadamente, as proporcionais de estagiários citadas acima (Artigo 17, § 2º), pois a lei considera quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio. “Art. 17. § 1o da Lei n° 11.788/2008. Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio. § 2º Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles”. 7.4 - Portadores De Deficiência Para as pessoas portadoras de deficiência, a obrigatoriedade da contratação referente ao estágio é de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio (Artigo 17, § 5º da Lei n° 11.788/2008). 8. INSTITUIÇÕES DE ENSINO E AS PARTES CEDENTES DE ESTÁGIO As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições acertadas em instrumento jurídico adequado, devendo ser observada, no caso de contratação com recursos públicos, a Legislação que estabelece as normas gerais de licitação (artigo 5° da Lei n° 11.788/2008). 8.1 - Agentes De Integração Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento do instituto do estágio (§ 1º, artigo 5° da Lei n° 11.788/2008): a) identificar oportunidades de estágio; b) ajustar suas condições de realização; c) fazer o acompanhamento administrativo; d) encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais; e) cadastrar os estudantes. Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem estagiários para a realização de atividades não compatíveis com a programação curricular estabelecida para cada curso, assim como estagiários matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio curricular (§ 3º, artigo 5° da Lei n° 11.788/2008). 8.2 – Vedado É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços referidos nas alíneas do subitem “8.1” desta matéria. “Lei n° 11.788/2008, artigo 5°, § 2° - É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste artigo”. 8.3 – Local O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes, organizado pelas instituições de ensino ou pelos agentes de integração (Artigo 6º, da Lei n° 11.788/2008). 9. OBRIGAÇÕES DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus educandos (Artigo 7º da Lei nº 11.788/2008): a) celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar;

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b) avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e profissional do educando; c) indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário; d) exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades; e) zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas; f) elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus educandos; g) comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo com as partes, educando, o concedente do estágio e a instituição de ensino, será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante (Parágrafo único, artigo 7°, da Lei n° 11.788/2008). O artigo 8° da lei do estágio, estabelece que é opcional às instituições de ensino realizar com entidades públicas e privadas convênio de concessão de estágio, nos quais se mencionam a metodologia educativa compreendida nas atividades programadas ou planejadas para seus educandos e também as condições de que tratam os artigos 6º a 14 da Lei do Estágio. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente não desobriga a celebração do termo de compromisso (Parágrafo único, artigo 8°, da Lei n 11.788/2008). Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria (artigo 20 da Lei nº 11.788/2008). 9.1 - Termo De Estágio O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração a que se refere o artigo 5° desta Lei como representante de qualquer das partes (artigo 16 da Lei n° 11.788/2008). Também de acordo com o artigo 9°, inciso I, da mesma lei citada, a realização do estágio se dá através do Termo de Compromisso de Estágio firmado entre o estudante, a empresa contratante e obrigatoriamente a Instituição de Ensino, ou seja, a contratação é formalizada e regulamentada exclusivamente pelo Termo de Compromisso de Estágio e deverá ser assinado pela empresa, pelo aluno e pela Instituição de Ensino. “Devem assinar o Termo de Compromisso de Estágio o educando (ou seu representante ou assistente legal), a parte concedente do estágio e a instituição de ensino (inciso II, art. 3º da Lei 11.788/2008 e Cartilha do Estágio do Ministério do Trabalho e Emprego)”. As informações abaixo, foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “38” e “54” (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf): “38) A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente dispensa a celebração do Termo de Compromisso de Estágio? Não. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do Termo de Compromisso de Estágio (parágrafo único do art. 8º da Lei 11.788/2008). 54) O que é Termo de Compromisso de Estágio? O Termo de Compromisso é um acordo celebrado entre o educando ou seu representante ou assistente legal, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino, prevendo as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar”.

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Importante: “Termo de Compromisso assinado sem o estabelecimento de Convênio/Instrumento Jurídico implica na descaracterização do estágio como tal e, neste caso, para a legislação trabalhista, o estudante passará a ser empregado da Instituição concedente do estágio, com todos os direitos adquiridos”. 9.1.1 – Deve Constar No Termo De Compromisso Recomenda-se constar no Termo de Compromisso todas as cláusulas que nortearão o contrato de estágio, tais como (Informações extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, pergunta “56” da Cartilha do Estágio (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf): “56. O que deve constar do Termo de Compromisso de Estágio? Recomenda-se constar no Termo de Compromisso todas as cláusulas que nortearão o contrato de estágio, tais como: a) dados de identificação das partes, inclusive cargo e função do supervisor do estágio da parte concedente e do orientador da instituição de ensino; b) as responsabilidades de cada uma das partes; c) objetivo do estágio; d) definição da área do estágio; e) plano de atividades com vigência; (parágrafo único do art. 7º da Lei nº 11.788/2008); f) jornada de atividades do estagiário; g) horário da realização das atividades de estágio; h) definição do intervalo na jornada diária se for o caso; i) vigência do Termo de Compromisso de Estágio; j) motivos de rescisão; l) concessão do recesso dentro do período de vigência do Termo de Compromisso de Estágio; m) valor da bolsa, nos termos do art. 12 da Lei nº 11.788/2008; n) valor do auxílio-transporte, nos termos do art. 12 da Lei nº 11.788/2008; o) concessão de benefícios, nos termos do § 1º do art. 12 da Lei nº 11.788/2008; p) número da apólice e a companhia de seguros”. 9.2 - Acompanhamento Do Estágio Ressalta-se, que o parágrafo primeiro do artigo 3° da Lei n° 11.788/2008, estabelece que o estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do artigo 7° desta Lei e por menção de aprovação final. “Art. 7º, inciso IV - exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades”. As informações abaixo forma extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “26”, “27” e “28” da Cartilha do Estágio (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf): “26. Qual o papel do professor orientador da instituição de ensino? O professor orientador deve ser da área a ser desenvolvida no estágio, e será o responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário (inciso III, art. 7º da Lei 11.788/2008).

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27. Quem deverá ser o supervisor do estagiário da parte concedente? O supervisor do estagiário da parte concedente deve ser funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário (inciso III do art. 9º da Lei 11.788/2008). 28. O supervisor da parte concedente pode orientar e supervisionar até quantos estagiários? O supervisor da parte concedente somente pode orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente (inciso III, do art. 9º da Lei 11.788/2008)”. 10. JORNADA DE ATIVIDADE EM ESTÁGIO A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar (artigo 10 da Lei nº 11.788/2008): a) 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; b) 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. Observação: O estagiário poderá registrar o seu controle de ponto, pois através desse registro terá o controle da frequência e da carga horária do estágio. 10.1 - Teoria E Prática O estágio referente a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino (§ 1º, artigo 10, da Lei n°11.788/2008). 10.2 - Período De Avaliação Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo determinação no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante (§ 2º, artigo 10, da Lei n°11.788/2008). 10.3 - Hora-Extra – Inexistência A própria lei do estágio, em seu artigo 3º, § 2º, determina que o descumprimento de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da Legislação Trabalhista e Previdenciária. Ressalta-se, que a realização do estágio se dá através do Termo de Compromisso de Estágio firmado entre o estudante, a empresa contratante e obrigatoriamente a Instituição de Ensino, sem vínculo empregatício. Importante: O termo hora-extra caracteriza vínculo empregatício, portanto, não é permitido que o estudante faça horas-extras. E também estará descumprindo a cláusula do termo de estágio, que determina o horário que o estagiário irá cumprir sua jornada. 10.4 - Intervalos Durante A Jornada Diária Não há nem uma determinação na Legislação que impeça ao estágio intervalos para descanso (lanche/almoço, jantar), desde que tenha previsão no Termo de Compromisso de Estágio. As partes devem regular a questão de comum acordo no Termo de Compromisso de Estágio. Recomenda-se a observância de período suficiente à preservação da higidez física e mental do estagiário e respeito aos padrões de horário de alimentação – lanches, almoço e jantar. O período de intervalo não é computado na jornada”. Observação: As informações acima foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “41. Como deve ser feita a concessão dos descansos durante a jornada de estágio?” da Cartilha do Estágio (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 10.5 - Faltas E Atrasos

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“A remuneração da Bolsa estágio pressupõe o cumprimento das atividades práticas previstas no Contrato de Estágio”. O estagiário que falta ou atrasa, com este ato enseja o desconto no valor da bolsa de estágio. Porém, fica a critério do concedente abonar estas ausências. As ausências do estagiário podem ser descontadas do valor da bolsa. A remuneração da bolsa-estágio pressupõe o cumprimento das atividades previstas no Termo de Compromisso do Estágio. Ausências eventuais, devidamente justificadas, poderão ser objeto de entendimento entre as partes (poderão ou não gerar desconto). Ausências constantes, no entanto, poderão gerar a iniciativa da parte concedente não apenas de descontar percentuais do valor da bolsa, mas até mesmo de rescindir o contrato. Observação: As informações acima foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “50. As ausências do estagiário podem ser descontadas do valor da bolsa?” da Cartilha do Estágio (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 10.6 - Realização De Avaliações Escolares Ou Acadêmicas Nos dias de prova poderá haver redução da jornada de trabalho. Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida à metade, segundo o estipulado no Termo de Compromisso de Estágio. Nesse caso, a instituição de ensino deverá comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas (§2º do art. 10 da Lei nº 11.788/2008). Observação: As informações acima foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “42. Nos dias de prova poderá haver redução da jornada de trabalho?” da Cartilha do Estágio (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 11. DURAÇÃO DO ESTÁGIO Conforme determina a Lei n° 11.788/2008, artigo 11, a duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. 12. ANOTAÇÕES NA CTPS REFERENTE AO ESTÁGIO A Legislação que regulamenta a contratação de estagiários não estabelece o registro do estágio do estudante na carteira profissional (CTPS). O estagiário não precisa ter o estágio anotado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, pois não há obrigatoriedade para a expedição e anotação do estágio na CTPS, uma vez que estágio não é emprego, sendo definido em legislação própria. Todavia, fazendo a anotação esta não deve ser feita na parte referente ao contrato de trabalho. As anotações devem ser feitas na parte destinada às Anotações Gerais da CTPS, trazendo informações, tais como, curso freqüentado, nome da instituição de ensino, da parte concedente e o início e término do estágio. Observação: As informações acima foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “66. O estagiário precisa ter o estágio anotado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS?” da Cartilha do Estágio (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). “Para comprovação da experiência referente ao estágio, de acordo com o projeto, a anotação não deve ser feita na parte referente ao contrato de trabalho e sim anotado na Carteira de Trabalho e Previdência Social do estudante, em anotações gerais, com as seguintes informações: a) curso freqüentado; b) nome da instituição onde foi realizado o estágio c) o início e término do estágio. d) carga horária, duração e jornada do estágio”. 13. VALOR DA BOLSA DE ESTÁGIO

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A Lei n° 11.788/2008, artigo 12, estabelece que o estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão. Bolsa de estágio ou bolsa-auxílio é o valor ou remuneração estabelecido pela empresa a ser pago mensalmente ao estagiário. A Legislação do estágio não estabelece um piso mínimo para o pagamento da bolsa de estágio, o valor da remuneração é definido entre as partes, através de acordo estabelecido no Contrato de Estágio ou Termo de Compromisso. As informações abaixo foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “44 e 45” da Cartilha do Estágio (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). “44. Quando o estágio deve ser obrigatoriamente remunerado (concessão de bolsa ou outra forma de contraprestação)? No caso do estágio não obrigatório é compulsória a concessão de bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada no Termo de Compromisso do Estágio. Somente no caso de estágio obrigatório é que a concessão de bolsa ou outra forma de contraprestação é facultativa (art. 12 da Lei 11.788/2008)”. “45. Quais são as outras formas de contraprestação para remunerar o estágio? As outras formas de contraprestação para remunerar o estágio são aquelas que venham a ser acordadas no Termo de Compromisso de Estágio”. 13.1 - Recibo De Pagamento Mesmo o estagiário não faz parte da folha de pagamento, ele deverá assinar, mensalmente, o recibo de pagamento da bolsa-estágio. 13.1.1 – Modelo RECIBO DE PAGAMENTO DA BOLSA ESTÁGIO De acordo com o Termo de Compromisso de Estágio, previsto no inciso II do artigo 3º da Lei nº 11.788/2008, declaro para todos os fins, que nesta data recebi da Empresa _____________________________, CNPJ nº __________________, a importância R$ __________________________, referente a bolsa-estágio do mês __________________. Data: _________________ Assinatura _________________________________ Nome do Estagiário e CPF nº 14. TRANSPORTE, ALIMENTAÇÃO E SAÚDE, ENTRE OUTROS O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório (Artigo 12 da Lei n° 11.788/2008). A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício (§ 1º, do artigo 12 da Lei n° 11.788/2008). Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social (§ 2º, do artigo 12 da Lei n° 11.788/2008). Por liberalidade, as empresas podem conceder aos estagiários os benefícios assegurados aos demais funcionários, sem que o procedimento estabeleça vínculo empregatício, porém não se pode realizar qualquer desconto referente a tais benefícios. As informações também foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “46 e 49” da Cartilha do Estágio, conforme abaixo (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf):

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“46. O que é o auxílio-transporte? É uma concessão pela instituição concedente de recursos financeiros para auxiliar nas despesas de deslocamento do estagiário ao local de estágio e seu retorno Essa antecipação pode ser substituída por transporte próprio da empresa, sendo que ambas as alternativas deverão constar do Termo de Compromisso”. “47. Quando é obrigatória a concessão do auxílio-transporte ao estagiário? No caso do estágio não obrigatório é compulsória a concessão de auxíliotransporte. No caso de estágio obrigatório, a concessão de auxílio transporte é facultativa (art. 12 da Lei nº 11.788/2008)”. “48. O valor e a forma de concessão da bolsa ou outra forma de contraprestação, o auxílio-transporte ou outros benefícios devem ser definidos onde e de quem é a responsabilidade da concessão? O valor e forma da concessão da bolsa ou outra forma de contraprestação, bem como o auxílio-transporte, devem ser definidos no Termo de Compromisso do Estágio e são de responsabilidade da parte concedente”. “49. A critério da parte concedente podem ser concedidos outros benefícios ao estagiário? Sim. A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária (§ 1º do art. 12 da Lei 11.788/2008)”. 15. SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS – OBRIGATÓRIO A Lei do Estágio estabelece sobre a necessidade do seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário. Então, conforme o artigo 9º, inciso IV e parágrafo único, da Lei nº 11.788/2008 (abaixo), o estagiário fará jus, obrigatoriamente, ao Seguro de Acidentes Pessoais contratado pela Empresa, durante o período em que estiver estagiando. “Artigo 9°, inciso IV, da Lei n° 11.788/2008 - Contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso. Parágrafo único - No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino”. As informações também foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “59” da Cartilha do Estágio, conforme abaixo (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf): “59. O estagiário tem direito ao seguro contra acidentes pessoais? Qual a cobertura do seguro? Sim. A cobertura deve abranger acidentes pessoais ocorridos com o estudante durante o período de vigência do estágio. Cobre morte ou invalidez permanente, total ou parcial, provocadas por acidente. O valor da indenização deve constar do Certificado Individual de Seguro de Acidentes Pessoais e deve ser compatível com os valores de mercado”. Importante: A ausência do Termo de Compromisso de Estágio e/ou do Seguro de Acidentes Pessoais caracterizará vínculo empregatício perante o MPT - Ministério Público do Trabalho e sujeitará a empresa às sanções previstas na CLT. 16. RECESSO DO ESTÁGIO É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares (artigo 13, da Lei n° 11.788/2008). O recesso de que trata acima deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação (§ 1º, artigo 13, da Lei n° 11.788/2008). Os dias de recesso previstos acima serão concedidos de maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano (§ 2º, artigo 13, da Lei n° 11.788/2008). O recesso deve ser remunerado somente quando o estagiário receber bolsa ou outra forma da contraprestação. Importante: A Legislação é omissa no que se refere ao adicional de 1/3 sobre o recesso do estudante, pois a Constituição Federal determina o acréscimo nas férias dos empregados. “52. O estagiário tem direito a recesso? Sim. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias. Nos casos de o estágio ter duração inferior a

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1 (um) ano os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional.(caput e § 2º do art. 13 da Lei 11.788/2008). O recesso poderá ser concedido em período contínuo ou fracionado, conforme acordado entre as partes, preferencialmente nas férias escolares”. “53. O recesso deve ser remunerado? O recesso deve ser remunerado somente quando o estagiário receber bolsa ou outra forma da contraprestação (§1º do art.13 da Lei 11.788/2008)”. Observação: As informações acima também foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “52 e 53” da Cartilha do Estágio, conforme abaixo (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 17. SEGURANÇA NO TRABALHO Ao estagiário também deverão ser aplicadas as determinações de que trata a Legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio (Artigo 14 da Lei nº 11.788/2008). “Todo estagiário deve adotar os requisitos de segurança da empresa, principalmente no que se refere ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)”. “64. Deve ser aplicada ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho? Como ato educativo escolar supervisionado (art. 1º da Lei 11.788/2008) e por não caracterizar vínculo de emprego de qualquer natureza (art. 3º e 15 da Lei 11.788/2008), devem ser tomados os cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando, principalmente, os riscos decorrentes de fatores relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho. Sua implementação é de responsabilidade da parte concedente do estágio (art. 14º Lei 11.788/2008). Observa-se, entretanto, que não se aplicam as disposições normativas destinadas especificamente à relação de emprego”. Observação: As informações acima também foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas “64” da Cartilha do Estágio, conforme abaixo (http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 17.1 - Estágio Do Menor Os artigos 402 a 441 da CLT tratam do Trabalho do Menor, estabelecendo as normas a serem seguidas por ambos os sexos no desempenho do trabalho. Também o Decreto n° 6.481, de 12 de junho de 2008, artigo 2°, proíbe o trabalho do menor de 18 (dezoito) anos nas atividades descritas na Lista TIP (desta Lei). Segundo a Legislação Trabalhista, é proibido o trabalho do menor de 18 (dezoito) anos em condições perigosas ou insalubres. Os trabalhos técnicos ou administrativos serão permitidos, desde que realizados fora das áreas de risco à saúde e à segurança. 17.2 - Acidente No Local Do Estágio (Acidente De Trabalho) “Auxílio-doença acidentário é o beneficio de forma obrigatório, ao segurado empregado, que ficar temporariamente incapacitado para o trabalho em consequência de acidente do trabalho”. “O estágio não gera vínculo empregatício, não há contribuição para o INSS e o estagiário não é considerado segurado perante a Previdência Social. Assim, ele não terá as garantias asseguradas pela legislação trabalhista e previdenciária como o auxílio-doença acidentário e nem a estabilidade provisória, ou seja, o estagiário não possui as garantias asseguradas pela legislação trabalhista e Previdenciária prevista para o trabalhador com vínculo empregatício”. O estagiário não é segurado obrigatório do Regime Geral da Previdência Social, mas o estagiário pode inscrever-se e contribuir como segurado facultativo da Previdência Social (§ 2º do art. 12 da Lei 11.788/2008). (Essa informação foi retirada da Cartilha de Estágio, pergunta “51. O estagiário é segurado obrigatório do Regime Geral da Previdência Social?” – site do Ministério do Trabalho e Emprego - http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf).

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Importante: Caso ocorra acidente durante o estágio, o período de afastamento poderá ser considerado como suspensão da prestação do estágio e não gerando nenhuma obrigação por parte da empresa concedente, salvo se houver alguma cláusula contratual com dispõe em contrário no Termo de Compromisso. Ressalta-se que, considerado que o estagiário não é empregado, não há direitos e nem obrigações trabalhistas e nem recolhimento previdenciário, assim entende-se, também, que não existam direitos procedentes de auxílio-acidentário, ou mesmo estabilidade acidentária. Extraído da jurisprudência abaixo: “... a empresa não demonstrou ter tomado medidas capazes de prevenir o acidente "Mesmo tratando-se de atividades prestadas através de termo de compromisso de estágio, o estagiário deve receber tratamento adequado sobre o uso, inspeção, manutenção e guarda de equipamentos de proteção individual, além da correta supervisão pelo seu superior, de modo a evitar que se exponha aos riscos ambientais e laborais A afirmativa de que o autor cursou a matéria atinente à saúde e segurança do trabalho é insuficiente e não elide a responsabilidade da ré”. Jurisprudência: ESTAGIÁRIO QUE SOFREU ACIDENTE DE TRABALHO DEVE SER INDENIZADO. A 1ª Turma do TRT4 reformou a sentença, observando que a relação de trabalho é toda atividade prestada por uma pessoa natural para outrem, mediante remuneração e unidas por um vínculo jurídico Dessa forma, determinou que a empresa indenize o autor em R$ 5 mil por danos morais e R$ 13,6 mil por danos materiais. A relatora do acórdão, desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, afirmou que a relação de estágio, mesmo envolvendo uma relação de aprendizagem, é preliminarmente uma relação de trabalho "Ocorrendo acidente de trabalho no exercício das atividades e sendo a empresa concedente do estágio responsável, é cabível a indenização a título de danos morais e materiais ao estagiário", declarou a magistrada Segundo a magistrada, a empresa não demonstrou ter tomado medidas capazes de prevenir o acidente "Mesmo tratando-se de atividades prestadas através de termo de compromisso de estágio, o estagiário deve receber tratamento adequado sobre o uso, inspeção, manutenção e guarda de equipamentos de proteção individual, além da correta supervisão pelo seu superior, de modo a evitar que se exponha aos riscos ambientais e laborais A afirmativa de que o autor cursou a matéria atinente à saúde e segurança do trabalho é insuficiente e não elide a responsabilidade da ré", cita o acórdão (Processo 0027100-0520095040251) 17.2.1 - Suspensão Do Estágio Não tem previsão legal, mas existem entendimentos que ocorrendo acidente durante o estágio, mesmo nas localidades da empresa, o estágio será considerado apenas como uma suspensão da prestação desse estágio, não motivando nem uma obrigação para a empresa, exceto se constar alguma cláusula contratual no Termo de Compromisso. Lembrando, se o estudante optou por contribuir de forma facultativa para a Previdência Social, ele poderá receber o benefício de auxílio-doença junto ao INSS durante o período do seu afastamento, seguindo as determinações da Legislação Previdenciária (Decreto nº 3.048/1999). Após a recuperação, o estagiário poderá voltar a concluir normalmente o estágio, ou seja, até o término previsto no Termo de Compromisso de Estágio. 18. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – SEGURADO FACULTATIVO Conforme o artigo 12, § 2°, da Lei n° 11.788/2008 poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social. Podem filiar-se facultativamente, entre outros, o estudante (Artigo 11, § 1º, incisos I ao XI, do Decreto n° 3.048/1999). O estagiário não é segurado obrigatório do Regime Geral da Previdência Social, mas o estagiário pode inscrever-se e contribuir como segurado facultativo da Previdência Social (§ 2º do art. 12 da Lei 11.788/2008). (Essa informação foi retirada da Cartilha de Estágio, pergunta “51. O estagiário é segurado obrigatório do Regime Geral da Previdência Social?” – site do Ministério do Trabalho e Emprego – site: http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 19. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS POR PARTE DA EMPRESA

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Como o estágio não é caracterizado como emprego, não cria vínculo trabalhista entre as partes. E devido a essa condição, nas contratações de estagiários não há incidência de encargos sociais, conforme prevê a Legislação, e eles não são informados na folha de pagamento juntamente com os empregados. Porém, as importâncias pagas aos estagiários são classificadas como rendimentos de trabalho assalariado e devem compor a base de cálculo para apurar a renda mensal sujeita à incidência de Imposto de Renda. E a tabela a ser utilizada para o cálculo do Imposto de Renda é a mesma dos empregados. 20. RESCISÃO DE CONTRATO DE ESTÁGIO O contrato de estágio, por não ter vínculo empregatício, pode ser rescindido a qualquer momento por qualquer das partes, sem ônus, multas ou sanções, salvo se houver cláusulas no Termo de Compromisso. O Termo de Compromisso do Estágio pode ser rescindido antes do seu término. O Termo de Compromisso pode ser rescindido por cada uma das partes e a qualquer momento. (Essa informação foi retirada da Cartilha de Estágio, pergunta “58. O Termo de Compromisso do Estágio pode ser rescindido antes do seu término?” – site do Ministério do Trabalho - http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812CD2239D012CDFC2CA6F44A7/capa-cartilha-estagio-web.pdf). 21. PENALIDADES E FISCALIZAÇÃO A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da Legislação Trabalhista e Previdenciária (Artigo 15 da Lei nº 11.788/2008). “Lei nº 11.788/2008, artigo 15, §§ 1º e 2º: § 1o A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão definitiva do processo administrativo correspondente. § 2o A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou agência em que for cometida a irregularidade”. “Como medida destinada a combater fraudes, a nova legislação instituiu ainda a obrigatoriedade de acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, o qual será provado através dos vistos apostos nos relatórios de atividades que serão apresentados semestralmente às instituições de ensino”. Importante: É preciso que o empregador esteja atento aos critérios legais e, principalmente, à quantidade de estagiários contratados em relação ao quadro da área ou da empresa, que pode muitas vezes caracterizar a substituição de empregados efetivos por estagiários. Fundamentos Legais: Os citados no texto.

OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS Atualização - Ano De 2018

Sumário 1. Introdução; 2. Obrigações Diárias; 2.1 – CAGED Diário; 2.2 – CAGED - Exame Toxicológico – Atualização; 2.3 – Exame Médico (ASO); 2.4 – PIS Cadastro No NIS; 2.5 - Acidente Do Trabalho, Doenças Ocupacionais E CAT; 2.6 – Seguro-Desemprego - Requerimento Via Internet; 2.6.1 – Empregado Doméstico; 2.7 – Esocial – Atualização; 2.8 – DCTF Web Diária – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018; 3. Obrigações Mensais; 3.1 – Salário; 3.2 – CAGED; 3.2.1 – CAGED - Exame Toxicológico – Atualização; 3.3 - Pagamento Do FGTS; 3.3.1 – GRRF E DAE – Atualização;

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3.4 - Pagamento Do INSS; 3.5 – DARF Sobre A Desoneração Da Folha; 3.6 – CIPA; 3.7 - Vale-Transporte; 3.8 - Salário-Família; 3.9 - Entregar A GPS Ao Sindicato Representativo Da Categoria Profissional; 3.10 - Contribuição Sindical Dos Empregados – Opcional – Atualização; 3.11 - PAT - Programa De Alimentação Do Trabalhador; 3.12 - Instituições Financeiras E Sociedades De Arrendamento Mercantil - Arquivo Magnético; 3.13 – Segurança E Medicina Do Trabalho; 3.14 – PPP, PPRA, PCMSO E LTCAT; 3.15 – Construção Civil; 3.15.1 – PCMAT - Programa De Condições E Meio Ambiente De Trabalho Na Indústria Da Construção; 3.16 – EFD Contribuições; 3.17 – DCTF Mensal; 3.17.1 – DCTF Web – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018; 3.18 – Vale Cultura; 3.19 – Esocial – Atualização; 3.19.1 – Doméstico; 3.20 – PIS Sobre Folha; 3.21 – Imposto De Renda; 3.22 - Contribuição Sindical Dos Empregados – Opcional – Atualização – No Decorrer Do Ano; 4. Determinados Meses Do Ano; 4.1 – Janeiro; 4.1.1 - 13º Salário – Ajuste; 4.1.1.1 - 13º Salário - Ocasião Das Férias; 4.1.2 - GFIP/SEFIP Da Competência 13; 4.1.3 - Contribuição Sindical Da Empresa – Opcional – Atualização; 4.1.3.1 - Contribuição Sindical Rural – Pessoa Jurídica – Opcional – Atualização; 4.1.4 - Mapa De Avaliação Anual De Acidentes De Trabalho; 4.1.5 - Salário-Educação; 4.2 – Fevereiro; 4.2.1 - Contribuição Sindical Dos Autônomos E Profissionais Liberais – Opcional – Atualização; 4.2.2 - DIRF - Declaração Do Imposto De Renda Na Fonte; 4.3 – Março; 4.3.1 - Contribuição Sindical Dos Empregados – Opcional – Atualização; 4.3.2 - Engenharia E Medicina Do Trabalho - Serviço Único; 4.3.3 - Relação Anual De Informações Sociais – RAIS; 4.4 – Abril; 4.4.1 - Contribuição Sindical Dos Empregados Que Optaram– Recolhimento – Atualização; 4.5 – Maio; 4.5.1 - Contribuição Sindical Rural – Produtores Rurais Pessoa Física Que Optaram – Atualização; 4.5.2 - Contribuição Sindical - Relação - Envio Ao Sindicato; 4.5.3 - Salário-Família – Documentação; 4.6 - Junho, ***Julho, Agosto, Setembro E Outubro; 4.6.1 - ***Julho; 4.6.1.1 – DCTF Web – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018; 4.7 – Novembro; 4.7.1 - 13º Salário – Adiantamento; 4.7.2 - FGTS Do Adiantamento Do 13º Salário; 4.7.3 - Salário-Família – Documentação; 4.8 – Dezembro; 4.8.1 - 13º Salário - 2ª Parcela; 4.8.2 - FGTS Da Segunda Parcela Do 13º Salário; 4.8.3 - INSS - 13º Salário; 4.8.4 – DCTF Web Anual – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018; 5. Obrigações Anuais; 5.1 – CIPA; 5.2 – CIPATR; 5.3 - SIPAT - Semana Interna De Prevenção De Acidentes Do Trabalho; 5.4 - Vale-Transporte; 5.5 - Relação Anual De Informações Sociais – RAIS; 5.6 - Profissionais Liberais – Anuidade; 5.7 – DCTF Web Anual – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018; 6. Atualização Das Certidões Negativas; 7. Atualizações No Sistema De Folha De Pagamento. 1. INTRODUÇÃO Em determinados períodos ou meses do ano, todos os empregadores estão sujeitos a cumprirem certas obrigações trabalhistas e previdenciárias, com prazos de entrega e de vencimento definidos, possibilitando também antecipação ou prorrogação dessas obrigações. No decorrer desta matéria será informadas as principais obrigações trabalhistas e previdenciárias, diárias, mensais e anuais de 2018, conforme legislações vigentes e citadas nesta matéria. 2. OBRIGAÇÕES DIÁRIAS

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2.1 – CAGED Diário A confecção e emissão do CAGED (Cadastro Geral De Empregados E Desempregados) é um procedimento de caráter obrigatório, que consiste em comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego as admissões, demissões e transferências ocorridas no decorrer do mês. Com a nova legislação o CADEG deverá ser enviado no dia admissão, ou seja, no do empregado contratado estiver recebendo ou em tramitação do benefício do seguro-desemprego. Para os fins a que se refere o inciso II do art. 1º, ou seja, seguro-desemprego, as informações relativas a admissões deverão ser prestadas (artigo 6º, incisos I e II, §§ 1º e 2º das Portarias n° 768/2014 nº 1.129/2014), conforme abaixo: a) na data de início das atividades do empregado, quando este estiver em percepção do Seguro-Desemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação; b) na data do registro do empregado, quando o mesmo decorrer de ação fiscal conduzida por Auditor-Fiscal do Trabalho. No caso do empregador doméstico até o momento não está obrigado a fazer o CAGED, pois as informações prestadas são somente de empregados regidos pela CLT. Observação: Informações completas, verificar os Boletins INFORMARE n° 26/2017, 29/2016 – “CAGED DE ADMISSÃO Conforme Portaria n° 768/2014” e nº 33/2013“ CAGED Considerações”, em assuntos trabalhistas. 2.2 – CAGED - Exame Toxicológico – Atualização A Portaria MTB nº 945 de 01.08.2107, em seu artigo 2º e parágrafo único, determina que o empregador que admitir e desligar motoristas profissionais fica obrigado a declarar os campos denominados: Código Exame Toxicológico, Data Exame Médico (Dia/Mês/Ano), CNPJ do Laboratório, UFCRM e CRM relativo às informações do exame toxicológico no CAGED, conforme modelo, em anexo, e arquivo disponível no endereçohttps://caged.maisemprego.mte.gov.br/portalcaged/. Os motoristas profissionais de que trata o caput deste artigo são os identificados pelas famílias ocupacionais 7823: Motoristas de veículos de pequeno e médio porte, 7824: Motoristas de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários e 7825: Motoristas de veículos de cargas em geral, da Classificação Brasileira de Ocupações. 2.3 – Exame Médico (ASO) O exame médico (ASO) irá ocorrer diariamente, conforme as admissões, demissões, periódicos, retorno ao trabalho, mudança de função. O Atestado de Saúde Ocupacional - ASO é o documento que o empregado recebe com o resultado dos exames. E irá definir se o trabalhador está apto ou não para realizar as atividades dentro da empresa ou estabelecimento. O ASO trará a conclusão se o trabalhador está apto ou inapto. Ele será sempre realizado conforme a sua função e de acordo com os exames em questão, tais como admissional para a função que ele irá realizar. E de acordo com a NR 7, subitem 7.4.3.1 no exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas atividades. Os exames periódicos, de acordo com o cronograma elaborado pelo médico do trabalho, os exames de mudança de função (quando for o caso), retorno do afastamento previdenciário e os exames demissionais, realizados antes da homologação (NR-7 e a Portaria SIT nº 15, de 14 de julho de 2010). “Art. 168 da CLT - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) I - a admissão; (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) II - na demissão;(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) III - periodicamente.(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

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§ 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão exigíveis exames: (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) a) por ocasião da demissão; (Incluída pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) b) complementares.(Incluída pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) § 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)”. Ressalta-se, então, que todo trabalhador regido pela CLT - Consolidação das Leis do Trabalho está obrigado a submeter-se aos exames médicos ocupacionais (ASO), porém ao que se refere ao empregado doméstico é facultativo. Observação: Informações completas, verificar o Boletim INFORMARE n° 29/2016 – “ASO - ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL”, em assuntos trabalhistas. 2.4 – PIS Cadastro No NIS Haverá cadastro do PIS diariamente, conforme as admissões realizadas na empresa. O cadastramento no Programa de Integração Social (PIS) é um direito do trabalhador, o qual possibilita também a identificação no pagamento do FGTS e Seguro-Desemprego. (Site da Caixa Econômica Federal) No caso da admissão o qual o empregado não tem o PIS, o empregador deverá fazer o cadastro do NIS. Cadastro NIS é um sistema utilizado para cadastramento do trabalhador no Programa de Integração Social (PIS). Conforme a Circular CAIXA nº 659, de 1º.11.2014, a partir de 01.11.2014 o cadastramento de trabalhadores no Cadastro NIS pode ser feito somente: a) On-line: acesso direto da Empresa ao Cadastro NIS; b) Em lote: pelo uso do Conectividade Social – CNS. Observação: Matéria completa, verificar o Boletim INFORMARE nº 47/2014, em assuntos trabalhistas. 2.5 - Acidente Do Trabalho, Doenças Ocupacionais E CAT Haverá preenchimento da CAT diariamente, somente quando tiver acidente de trabalho e ocorrência de doenças ocupacionais. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, determina, no seu artigo 22, que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão. A CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho é um formulário ou documento que a empresa deverá preencher comunicando o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, ou mesmo a ocorrência do agravamento de doença ocupacional, mesmo que não tenha sido determinado o afastamento do trabalho, ou seja, havendo ou não afastamento, sendo seu registro fundamental para a geração de análises estatísticas que avaliam o grau de acidentabilidade existente nas empresas e para a adoção das medidas preventivas e repressivas cabíveis. O empregador deverá enviar a Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT à Previdência Social havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente (Lei nº 8.213, artigo 22). Observação: Matéria completa, verificar o Boletim INFORMARE n° 13/2015 “CAT - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO Atualização Conforme IN INSS/PRES nº 77/2015 Considerações”, em assuntos previdenciários. 2.6 – Seguro-Desemprego - Requerimento Via Internet Haverá requerimento do seguro-desemprego, conforme o caso e diariamente.

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A Resolução CODEFAT nº 736, de 08.10.2014 (DOU de 10.10.2014) torna obrigatório aos empregadores o uso do aplicativo Empregador Web no Portal Mais Emprego para preenchimento de requerimento de Seguro-Desemprego (RSD) e de Comunicação de Dispensa (CD) ao Ministério do Trabalho e Emprego e dá outras providências. A obrigatoriedade do requerimento via internet será a partir de 1º de abril de 2015. “Art. 1º Estabelecer a obrigatoriedade do uso do aplicativo Empregador Web no Portal Mais Emprego para o preenchimento de Requerimento de Seguro-Desemprego/Comunicação de Dispensa de trabalhadores dispensados involuntariamente de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada. § 1º O uso do aplicativo Empregador Web no Portal Mais Emprego exige cadastro da Empresa”. Compete ao empregador a entrega do Requerimento de Seguro-Desemprego/Comunicação de Dispensa para o trabalhador, impresso pelo Empregador Web no Portal Mais Emprego. Os empregadores terão acesso ao Empregador Web no Portal Mais Emprego no endereço eletrônico http://maisemprego.mte.gov.br. Importante: Os formulários Requerimento de Seguro-Desemprego/Comunicação de Dispensa (guias verde e marrom) impressos em gráficas serão aceitos na rede de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego até o dia 31 de março de 2015. Observação: Matéria sobre o assunto, verificar no Boletim da INFORMARE nº 15/2015 “SEGURO-DESEMPREGO - VIA INTERNET A PARTIR DE 1º.04.2015 Resolução CODEFAT Nº 736/2014 E A Resolução CODEFAT Nº 742/ 2015”, em assuntos trabalhistas. 2.6.1 – Empregado Doméstico No caso do empregado doméstico para requerer sua habilitação no Programa do Seguro Desemprego, o próprio empregado deverá comparecer perante uma das Unidades da rede de atendimento vinculadas ou autorizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE munido dos seguintes documentos: (Artigo 4º, Resolução CODEFAT nº 754/2015). a) Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, na qual deverão constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data de admissão e a data da dispensa, de modo a comprovar o vínculo empregatício doméstico, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses; b) Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho - TRCT atestando a dispensa sem justa causa; c) declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da previdência social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e d) declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família. As declarações de que tratam as alíneas “c” e “d”, serão firmadas pelo trabalhador no documento de Requerimento do Seguro-Desemprego do Empregado Doméstico - RSDED fornecido pelo MTE na unidade de atendimento (§ 1º, do artigo 4º, Resolução CODEFAT nº 754/2015). Os documentos descritos nas alíneas “a” e “b” serão substituídos por sentença judicial com força executiva, decisão liminar ou antecipatória de tutela, ata de audiência realizada na Justiça do Trabalho ou acórdão de Tribunal onde constem os dados do trabalhador, tais como a data de admissão, demissão e salário, dados do empregador e o motivo da rescisão, se direta sem justa causa ou indireta. Observação: Matéria sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE nº 37/2015 “SEGURO-DESEMPREGO PARA EMPREGADOS DOMÉSTICOS Resolução CODEFAT N° 754, de 26.08.2015 Considerações”, em assuntos trabalhistas. 2.7 – Esocial – Atualização O eSocial é um projeto conjunto do governo federal que integra Ministério do Trabalho, Caixa Econômica, Secretaria de Previdência, INSS e Receita Federal. (Informações extraídas do site do esocial - https://portal.esocial.gov.br/noticias/esocial-sera-implantado-em-cinco-fases-a-partir-de-janeiro-de-2018).

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Com a implantação do eSocial e do cronograma estabelecido pela legislação, estarão obrigados a utilizar o eSocial, os empregadores, inclusive o doméstico, a empresa e a eles equiparados em legislação específica; e o segurado especial inclusive em relação a trabalhadores que lhe prestem serviço. - Prazo E Cronograma - Atualização Pela Resolução CDES Nº 1/2017: Conforme disposto no Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, a implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) se dará de acordo com o cronograma definido nesta Resolução (Artigo 1º da Resolução nº 2, de 30 de agosto de 2016). A Resolução Comitê Diretivo do Esocial nº 2, de 30 de agosto de 2016 dispõe sobre o cronograma do esocial, conforme a seguir. - Início Da Obrigatoriedade – Atualização pela Resolução CDES Nº 1/2017: O início da obrigatoriedade de utilização do eSocial dar-se-á: (Artigo 2º da Resolução nº 2/ 2016, atualizado pela Resolução CDES Nº 1/2017). a) Janeiro de 2018, para o 1º grupo: “I - em janeiro de 2018, para o 1º grupo, que compreende as entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariais” do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 2016, com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais). (Redação dada pelo(a) Resolução CDeS nº 1, de 29 de novembro de 2017)”. b) Julho de 2018, para o 2º grupo: “II - em julho de 2018, para o 2º grupo, que compreende os demais empregadores e contribuintes, exceto os previstos no inciso III. (Redação dada pelo(a) Resolução CDeS nº 1, de 29 de novembro de 2017)”. c) Janeiro de 2019, para o 3º grupo: “III - em janeiro de 2019, para o 3º grupo, que compreende os entes públicos, integrantes do “Grupo 1 - Administração Pública” do anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 2016. (Incluído(a) pelo(a) Resolução CDeS nº 1, de 29 de novembro de 2017)”. Observação: Matéria a respeito do esocial e também sobre o cronograma, verificar o Boletim INFORMARE nº 50/2017 “Esocial - Atualização Do Cronograma A Partir De 1º De Janeiro De 2018 Resolução CDES Nº 1/2017”, em assuntos trabalhistas. 2.8 – DCTF Web Diária – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018 “Art. 7º ... deverão ser transmitidas as seguintes declarações específicas: ... II - DCTFWeb Diária, para a prestação de informações relativas à receita de espetáculos desportivos realizados por associação desportiva que mantém clube de futebol profissional, quando for o caso. ... § 3º A DCTFWeb Diária deverá ser transmitida até o 2º (segundo) dia útil após a realização do evento desportivo, pela entidade promotora do espetáculo. § 4º Na hipótese prevista no § 3º, havendo mais de 1 (um) evento desportivo no mesmo dia, as informações deverão ser agrupadas e enviadas na mesma DCTFWeb Diária. § 5º As declarações de que trata o caput devem ser transmitidas somente quando houver valores a declarar. § 6º Aplicam-se às declarações de que trata o caput as demais disposições previstas nesta Instrução Normativa”. Verificar o subitem “3.17.1 – DCTF Web – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018”, desta matéria.

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Observação: As informações completas sobre o assunto, encontra-se na IN RFB nº 1.787, de 07/02/2018. 3. OBRIGAÇÕES MENSAIS 3.1 – Salário O artigo 459 da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho determina que o pagamento do salário, qualquer que seja a sua modalidade de trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que se referem às comissões, percentagens e gratificações. E o parágrafo primeiro do mesmo artigo, estabelece que quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido. “Artigo 465 da CLT - O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário de serviço ou imediatamente após e encerramento deste, salvo quando efetivado por depósito em conta bancária”. Para Legislação Trabalhista, o sábado é considerado dia útil para fins de pagamento de salário. Se não houver expediente, a empresa deverá antecipar o pagamento para a sexta-feira ou para o primeiro dia útil imediatamente anterior. (IN do MTE nº 1/1989) “Instrução Normativa n° 1, de 7 de novembro de 1989: Considerando que o sábado é dia útil: 1. Para efeito de orientação quanto ao prazo para o pagamento dos salários as Delegacias Regionais do Trabalho deverão observar o seguinte: I – na contagem dos dias será incluído o sábado, excluindo-se o domingo e o feriado, inclusive o Municipal”. Observação: Matéria a respeito de pagamento de salário, verificar o Boletim INFORMARE nº 42/2014 “PAGAMENTO DE SALÁRIO Considerações”, em assuntos trabalhistas. 3.2 – CAGED A emissão do CAGED (Cadastro Geral De Empregados E Desempregados) é um procedimento de caráter obrigatório, que consiste em comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego as admissões, demissões e transferências ocorridas no decorrer do mês, ou seja, todo estabelecimento que tenha admitido, demitido ou transferido empregado com contrato de trabalho regido pela CLT. No caso de não aplicação do subitem “2.1” a CAGED deverá ser enviada até o 7 do mês subseqüente, ou seja, admissão do empregado sem vinculação do seguro-desemprego, transferências e demissões. As informações de que trata o inciso I do art. 1º desta Portaria deverão ser prestadas ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE até o dia sete do mês subsequente àquele em que ocorreu a movimentação de empregados (Artigo 5º, da Portaria n° 768/2014). “Art. 1º Aprovar instruções para a prestação de informações pelo empregador, relativas a movimentações de empregados, para fins do: I - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, instituído pela Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965”. E no caso do empregador doméstico até o momento não está obrigado a fazer o CAGED, pois as informações prestadas são somente de empregados regidos pela CLT. Observação: Informações completas, verificar os Boletins INFORMARE nº 26/2017, 29/2016 – “CAGED DE ADMISSÃO Conforme Portaria n° 768/2014” e nº 33/2013 “CAGED Considerações”, em assuntos trabalhistas. 3.2.1 – CAGED - Exame Toxicológico – Atualização A Portaria MTB nº 945 de 01.08.2107, em seu artigo 2º e parágrafo único, determina que o empregador que admitir e desligar motoristas profissionais fica obrigado a declarar os campos denominados: Código Exame Toxicológico, Data Exame Médico (Dia/Mês/Ano), CNPJ do Laboratório, UFCRM e CRM relativo às informações do exame toxicológico no CAGED, conforme modelo, em anexo, e arquivo disponível no

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endereçohttps://caged.maisemprego.mte.gov.br/portalcaged/. Os motoristas profissionais de que trata o caput deste artigo são os identificados pelas famílias ocupacionais 7823: Motoristas de veículos de pequeno e médio porte, 7824: Motoristas de ônibus urbanos, metropolitanos e rodoviários e 7825: Motoristas de veículos de cargas em geral, da Classificação Brasileira de Ocupações. 3.3 - Pagamento Do FGTS A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º, inciso III, trouxe a obrigatoriedade do direito ao FGTS para os trabalhadores urbanos e rurais. De acordo com a Lei n° 8.036, de 11 de maio de 1990, artigo 15, o empregador deverá fazer o depósito relativo ao FGTS de 8% (oito por cento) ou 2% (dois por cento), no caso do menor aprendiz (Lei n° 11.180/2009), incidente sobre a remuneração do mês anterior dos empregados, até o dia 7 (sete) do mês subsequente, e se não houver expediente bancário deverá antecipar o recolhimento para o 1º dia útil anterior. Conforme a LC nº 150/2015, o FGTS do doméstico passou a ser obrigatório desde outubro de 2015, o qual deverá ser recolhido até o dia 07 do mês subseqüente em uma guia única (DAE), conforme abaixo: O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores: (Artigo 34 da LC nº 150/2015) “IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 desta Lei”. 3.3.1 – GRRF E DAE - Atualização A Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS - GRRF é a Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS, utilizada para os recolhimentos das importâncias de que trata o artigo 18, da Lei nº 8.036/90, com redação dada pela Lei nº 9.491/97, relativos à multa rescisória, aviso prévio indenizado, quando for o caso, aos depósitos do FGTS do mês da rescisão e do mês imediatamente anterior, caso ainda não tenham sido efetuados. Devem ser recolhidas por meio do GRRF, as importâncias relativas à multa rescisória, ao aviso prévio indenizado, quando for o caso e ao depósito do FGTS do mês da rescisão e do mês imediatamente anterior, caso ainda não tenham sido efetuados. O vencimento da GRRF é determinado pela situação de movimentação, conforme abaixo: “5.2.2 PRAZO DE RECOLHIMENTO DA GRF, GRF INTERNET E DAE 5.2.2.1 O recolhimento mensal é efetuado até o dia 07 de cada mês, em relação à remuneração do mês anterior. 5.2.2.2 Para todos os documentos de arrecadação deve ser observada a data de validade e de vencimento expressa na guia, conforme o caso. 5.2.3 PRAZO DE RECOLHIMENTO DA GRRF E DAE RESCISÓRIO 5.2.3.1 O prazo de vencimento da multa rescisória, do aviso prévio indenizado e do mês da rescisão é até o 10º dia corrido a contar do dia imediatamente posterior ao desligamento. 5.2.3.1.1 Caso o 10º dia corrido seja posterior ao dia 07 do mês subseqüente, o vencimento do mês da rescisão e do aviso prévio indenizado ocorre no dia 07. 5.2.3.2 O recolhimento deve ser observada a data de validade expressa na guia”. Observação: As informações acima foram extraídas do Manual da GRRF, com vigência a partir de 09.11.2017. 3.4 - Pagamento Do INSS A empresa está obrigada à arrecadação e ao recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração e, quando contrata contribuintes individuais, também deverá recolher o valor deles retido juntamente com as contribuições a seu cargo, ou seja, através do SEFIP, mensalmente (Lei nº 8.213/1991, artigo 30; Instrução Normativa nº 971/2009, artigo 80, com alterações da Instrução Normativa RFB nº 1.027/2010).

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Conforme determina a Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, em seus artigos 80, 82, 105, o pagamento do INSS deverá ser feito: ... b) até o dia 20 (vinte) do mês subsequente - recolher as contribuições relativas à Previdência Social sobre remuneração, produção rural e décimo terceiro salário, pagos em rescisão contratual. Não havendo expediente bancário, antecipar o recolhimento para o primeiro dia útil imediatamente anterior; c) Processo Trabalhista/Reclamatória Trabalhista tem definido o novo prazo para recolhimento das contribuições previdenciárias, conforme determina o Ato Declaratório Executivo CODAC nº 54, de 30 de julho de 2010, sendo até o dia 20 (vinte) do mês subseqüente. Se não houver expediente bancário neste dia, o prazo deverá ser alterado para o dia útil (bancário) imediatamente anterior ao dia 20 (vinte), considerando dia não útil os constantes no calendário divulgado pelo BACEN. Caso a sentença condenatória ou o acordo homologado seja silente (silencioso) quanto ao prazo em que devam ser pagos os créditos neles previstos, o recolhimento das contribuições sociais devidas deverá ser efetuado até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da liquidação da sentença ou da homologação do acordo ou de cada parcela prevista no acordo, ou no dia útil imediatamente anterior, caso não haja expediente bancário no dia 20 (vinte), conforme artigo 105, § 2º, da Instrução Normativa RFB nº 971/2009. Conforme a LC nº 150/2015 o recolhido do INSS do doméstico deverá ser até o dia 07 do mês subseqüente em uma guia única (DAE), conforme abaixo: “II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho”. 3.5 – DARF Sobre A Desoneração Da Folha As contribuições substitutivas das Contribuições Previdenciárias Patronais incidentes sobre a receita bruta referidas nos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, deverão ser recolhidas em Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) conforme disposto no Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, 1°.12.2011, artigo 1°, atualizado pelo Ato Declaratório Executivo Codac nº 33, de 17 de abril de 2013: Ficam instituídos os seguintes códigos de receita para serem utilizados no preenchimento de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF): a) 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Art. 7º da Lei 12.546/2011; e b) 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Art. 8º da Lei 12.546/2011. O vencimento do DARF será até o dia 20 (vinte) do mês subseqüente ao da competência, conforme estabelece o inciso III, do artigo 9° da Lei n° 12.546/2011. Observação: Matéria sobre Desoneração da Folha, vide Boletim INFORMARE nº 03/2018, em assuntos previdenciários. 3.6 – CIPA A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 163 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um instrumento que os trabalhadores têm como finalidade prevenir acidentes do trabalho, das doenças decorrentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança. De acordo com o calendário anual, realizar as reuniões mensais, em local apropriado, durante a jornada de trabalho (Portaria MTb nº 3.214/1978, NR-5, com redação dada pela Portaria SSST nº 08, de 24.02.1999).

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Observação: Matéria completa sobre CIPA, verificar o Boletim INFORMARE N° 24/2017, em assuntos trabalhistas. 3.7 - Vale-Transporte O Vale-Transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa (artigo 2° do Decreto nº 95.247/1987). Conforme o artigo 7°, §§ 2° e 3° do Decreto n° 95.247/1987, estabelece que o benefício firmará compromisso de utilizar o Vale-Transporte exclusivamente para seu efetivo deslocamento residência-trabalho e vice-versa. E que a declaração falsa ou o uso indevido do vale-transporte constituem falta grave, ou seja, passível de dispensa por justa causa. Para fazer jus ao benefício, o empregado deve assinar o termo “solicitação de vale-transporte”, e, nesse documento, o empregado se obriga a relacionar o transporte coletivo público urbano ou, ainda, intermunicipal e interestadual que são utilizados no trajeto, e que se compromete a utilizar os vales, exclusivamente, para esse deslocamento. Seguindo o que determina a Legislação e conforme solicitado no termo de opção pelo trabalhador, o empregador irá fornecer o vale-transporte aos empregados mensalmente. Observação: Matéria completa, vide Boletim INFORMARE n° 26/2015 – Vale Transporte, em assuntos trabalhistas. 3.8 - Salário-Família Salário-família é o benefício pago na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer condição até a idade de quatorze anos ou inválido de qualquer idade, independente de carência e desde que o salário de contribuição seja inferior ou igual ao limite máximo permitido nos termos do § 2º deste artigo, ao segurado empregado e ao trabalhador avulso (Artigo 359, da IN INSS/PRES nº 77/2015). O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos do § 2o do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66. (Artigo 65 da Lei nº 8.213/1991 (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015). Então, conforme o parágrafo acima, o empregado doméstico passa a ter direito do salário família a partir de outubro/2015, conforme estabelece a LC nº 150/2015. Observação: Matéria completa, verificar Boletins INFORMARE n° 04/2018 “SALÁRIO FAMÍLIA VALORES A PARTIR DE JANEIRO DE 2018 E CONSIDERAÇÕES GERAIS Portaria MF Nº 15/2018”, em assuntos previdenciários. 3.9 - Entregar A GPS Ao Sindicato Representativo Da Categoria Profissional A empresa deverá enviar cópia da GPS - Guia de Recolhimento da Previdência Social, das contribuições recolhidas ao INSS, relativa à competência anterior, até o dia 10 (dez) de cada mês, ao Sindicato representativo da categoria profissional. Observação: Até o momento, a Legislação não alterou a data do envio da guia ao Sindicado, devido a isso, o empregador deverá entrar em contato com o Sindicato da categoria para verificar qual o procedimento que está sendo adotado (Decreto nº 3.048/1999, art. 225, inc. V). 3.10 - Contribuição Sindical Dos Empregados – Opcional – Atualização O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação (verificar abaixo) (Artigo 549 da CLT). “Art. 591 - Inexistindo sindicato, os percentuais previstos na alínea c do inciso I e na alínea d do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação serão creditados à federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional.

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Parágrafo único - Na hipótese do caput deste artigo, os percentuais previstos nas alíneas a e b do inciso I e nas alíneas a e c do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação caberão à confederação”. Conforme o artigo 583 da CLT, o recolhimento da contribuição sindical, referente aos empregados que optaram pelo pagamento será efetuado no mês de abril de cada ano. Os empregados que não estiverem trabalhando no mês destinado ao desconto da contribuição sindical e que venham a autorizar prévia e expressamente o recolhimento serão descontados no primeiro mês subsequente ao do reinício do trabalho (Artigo 602 da CLT, com Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). De igual forma se procederá com os empregados que forem admitidos depois daquela data e que não tenham trabalhado anteriormente nem apresentado a respectiva quitação (Parágrafo único, do artigo 602 da CLT). 3.11 - PAT - Programa De Alimentação Do Trabalhador O Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT é um programa governamental de adesão voluntária, que busca estimular o empregador a fornecer alimentação nutricionalmente adequada aos trabalhadores, por meio da concessão de incentivos fiscais, tendo como prioridade o atendimento aos trabalhadores de baixa renda (site do Ministério do Trabalho e Emprego – Perguntas e Respostas). O empregador não está obrigado a fornecer alimentação a seus empregados, mas se optar por este benefício deverá fazer a inscrição no PAT, no site do Ministério do Trabalho, e seguir o que determina a Legislação (Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976, e regulamentado pelo Decreto nº 05, de 14 de janeiro de 1991). A adesão ao PAT poderá ser efetuada a qualquer tempo e terá validade a partir da data de registro do formulário de adesão nas Agências de Correios - ECT ou via Internet por prazo indeterminado, podendo, por iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego ou pela empresa beneficiária ser cancelada em razão da execução inadequada do PAT. Observação: Informações completas, verificar Boletim INFORMARE n° 07/2016 “ALIMENTAÇÃO - PAT (PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR) Procedimentos Para o Empregador”, em assuntos trabalhistas. 3.12 - Instituições Financeiras E Sociedades De Arrendamento Mercantil - Arquivo Magnético As instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil que firmarem convênio com o INSS de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil contraídos por beneficiários, para a efetivação da consignação nos benefícios previdenciários, deverão encaminhar, até o 2º dia útil de cada mês, para a DATAPREV, arquivo magnético (Instrução Normativa INSS/PRES Nº 28, de 16 de maio de 2008, artigo 20, atualizada pela Instrução Normativa INSS/PRES nº 43, de 19 de janeiro de 2010). “Art. 20. Para a efetivação da consignação/retenção/constituição de RMC nos benefícios previdenciários, as instituições financeiras que firmarem convênio com o INSS deverão encaminhar à Dataprev, até o segundo dia útil de cada mês, arquivo magnético, conforme procedimentos previstos no Protocolo CNAB/Febraban, para processamento no referido mês”. 3.13 – Segurança E Medicina Do Trabalho Segurança no trabalho são todas as medidas e formas de proceder que visem à eliminação dos riscos de acidentes. E, para ser eficaz, a Segurança devem agir sobre homens, máquinas e instalações, levando em consideração todos os pormenores relativos às atividades humanas. Segurança do trabalho também pode ser conceituado como um conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e também a proteção da integridade e da capacidade de trabalho do próprio trabalhador. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (NR 1). A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, como também as informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

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Os artigos 154 a 200 da CLT tratam sobre todos os aspectos de Segurança e Medicina do Trabalho, e as Normas Regulamentadoras. Observação: Matéria sobre Segurança e Medicina do Trabalho, verificar o Boletim INFORMARE nº 18/2014, em assuntos trabalhistas. 3.14 – PPP, PPRA, PCMSO E LTCAT Matérias completas sobre os assuntos abaixo, verificar os Boletins da INFORMARE, n° 16/2015 sobre o PPP, em assuntos previdenciários; n° 45/2016 sobre o PPRA, em assuntos trabalhistas e o n° 32/2014 sobre PCMSO, também em assuntos trabalhistas. a) PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário: O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual está exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP. O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores. O PPP substitui o formulário para comprovação da efetiva exposição dos segurados aos agentes nocivos para fins de requerimento da aposentadoria especial, a partir de 1º de janeiro de 2004, conforme determinado pelo parágrafo 2º do art. 68 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 e alterado pelo Decreto nº 4.032, de 2001. O modelo do formulário do PPP encontra-se no Anexo XV da IN INSS/PRES nº 77/2015. Todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9, também devem preencher o PPP. b) PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: PPRA é a sigla de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. E esse programa está fundamentado na Norma Regulamentadora (NR-9) da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, sendo a sua redação inicial dada pela Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho. A Norma Regulamentadora 9 (NR 9) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (NR 9, item 9.1.1.). Toda atividade laboral em que houver vínculo empregatício está obrigada a implementar o programa PPRA, tais como: indústrias, comércios, hotéis, condomínios, drogarias, supermercados, hospitais, clubes, escolas, fornecedores de serviços, transportadoras, entre outros. c) PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - Atualização O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) é um programa regulamentado pela NR-07 (Norma Regulamentadora) e tem como objetivo por meio de Exames Ocupacionais a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores através de medidas prevencionistas, diagnosticando precocemente os agravos à saúde relacionados ou não ao trabalho.

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A Norma Regulamentadora nº 7 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores (NR 7, item 7.1.1). A mencionada norma estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho (NR 7, item 7.1.2). d) LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho O LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho é uma declaração pericial emitida por engenheiro de segurança ou por médico do trabalho habilitado pelo respectivo órgão de registro profissional, para fins previdenciários, no caso principalmente para concessão da aposentadoria especial. A exigência da apresentação do LTCAT, será dispensada a partir de 01.11.2003, data da vigência do PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário, devendo, entretanto, permanecer na empresa à disposição da previdência social. O PPP dispensa a apresentação de laudo técnico ambiental para fins de comprovação de condição especial de trabalho, desde que demonstrado que seu preenchimento foi feito por Responsável Técnico habilitado, amparado em laudo técnico pericial (§ 4º, do artigo 264, da IN INSS/PRES nº 77/2015). Observação: Matéria sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE nº 27/2017 “LTCAT - LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO Considerações”, em assuntos previdenciários. 3.15 – Construção Civil Consideram-se atividades da Indústria da Construção as constantes do Quadro I, Código da Atividade Específica, da NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e as atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo (NR 18, subitem 18.1.2). Conforme o subitem 18.1.1 da NR 18 estabelece que esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. O subitem18.2.1 desta norma determina a obrigatoriedade da comunicação à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início das atividades, das seguintes informações: a) endereço correto da obra; b) endereço correto e qualificação (CEI, CNPJ ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio; c) tipo de obra; d) datas previstas do início e conclusão da obra; e) número máximo previsto de trabalhadores na obra. Observação: Maiores detalhes verificar por completo a NR 18. 3.15.1 – PCMAT - Programa De Condições E Meio Ambiente De Trabalho Na Indústria Da Construção O PCMAT é regulamentado pela Norma Regulamentadora 18 (NR 18), por meio da Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, atualizada até o momento. “O PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de trabalho na Indústria da Construção é um programa que estabelece procedimentos de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que tem como finalidade implantar medidas que possam controlar e prevenir a segurança, no meio ambiente de trabalho na indústria da construção”.

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PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurança (NR 18, item 18.3.1). Observação: Matéria sobre o assunto, verificar Boletim INFORMARE nº 34/2014, em assuntos trabalhistas. 3.16 – EFD Contribuições As empresas que se enquadrarem na desoneração da folha, ou seja, a incidência da contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta, conforme Lei nº 12.546, de 2011, deve apresentar a EFD-Contribuições apenas com as informações da contribuição previdenciária sobre Receita Bruta, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de março/2012. De acordo com a IN RFB nº 1.252/2012, artigo 7° a EFD-Contribuições será transmitida mensalmente ao Sped até o 10º (décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao que se refira à escrituração, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial. A Instrução Normativa RFB n° 1.305, de 26.12.2012 (DOU 27.12.2012) dispõe sobre a entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (DACON) e altera a Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012, que dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições), conforme abaixo: O art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012, passa a vigorar com a seguinte redação: "Artigo 4º, § 2º Excepcionalmente, poderão efetuar a transmissão da EFD-Contribuições até o 10º (décimo) dia útil do mês de fevereiro de 2013: I - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos de 1º de março a 31 de dezembro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas a tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, convertidos no inciso I do art. 7º e no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, com a redação dada pela Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012; II - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos de 1º de abril a 31 de dezembro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas a tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, combinado com o § 1º do art. 9º desta mesma lei, com a redação dada pela Lei nº 12.215, de 2012; e III - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos de 1º de agosto a 31 de dezembro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas a tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, que desenvolvam as seguintes atividades: a) as previstas no inciso II do caput do art. 7º”. Observação: Matéria sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE n° 03/2018 - DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO, em assuntos previdenciários. 3.17 – DCTF Mensal De acordo com a IN RFB n° 1.130/2011, artigo 2º deverão apresentar a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal), desde que tenham débitos a declarar. Referente à desoneração da folha, ou seja, a substituição da contribuição previdenciária patronal (20%, vinte por cento) os valores substitutos recolhidos através de DARF, as informações desses recolhimentos devem ser prestadas por meio da DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), como também as informações previstas no Bloco P da EFD Contribuições. As pessoas jurídicas devem apresentar a DCTF até o 15º (décimo quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. Estão Dispensadas Da Apresentação Da DCTF – Simples Nacional – Desoneração (Inciso I, do artigo 3º da IN RFB nº 1.599/2015):

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As Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse regime, observado o disposto no inciso I do § 2º deste artigo. As ME e as EPP de que trata o inciso I do § 2º deverão apresentar a DCTF somente em relação aos meses em que houver valores de CPRB a informar (§ 6º, do artigo 3º da IN RFB nº 1.599/2015, Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1646, de 30 de maio de 2016). As empresas que estão nos anexos I, II, III, V e VI do simples nacional, não estão sujeitas a desoneração da folha. Observação: Matéria sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE n° 03/2018 “DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO”, em assuntos previdenciários. 3.17.1 – DCTF Web – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018 A DCTF Web deverá ser apresentada mensalmente, até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao da ocorrência dos fatos geradores (Artigo 5º da IN RFB nº 1.787/2018). Deverão apresentar a DCTF Web: (Artigo 2º da IN RFB nº 1.787/2018) “I - as pessoas jurídicas de direito privado em geral e as equiparadas a empresa nos termos do § 1º; II - as unidades gestoras de orçamento dos órgãos públicos, das autarquias e das fundações de quaisquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; III - os consórcios de que tratam os arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, quando realizarem, em nome próprio: a) a contratação de trabalhador segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); b) a aquisição de produção rural de produtor rural pessoa física; c) o patrocínio de equipe de futebol profissional; ou d) a contratação de empresa para prestação de serviço sujeito à retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; IV - as entidades de fiscalização do exercício profissional (conselhos federais e regionais), inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); V - os fundos especiais criados no âmbito de quaisquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios bem como dos Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas, quando dotados de personalidade jurídica sob a forma de autarquia; VI - os organismos oficiais internacionais ou estrangeiros em funcionamento no Brasil, quando contratarem trabalhador segurado do RGPS; VII - os Microempreendedores Individuais (MEI), quando: a) contratarem trabalhador segurado do RGPS; b) adquirirem produção rural de produtor rural pessoa física; c) patrocinarem equipe de futebol profissional; ou d) contratarem empresa para prestação de serviço sujeito à retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991; VIII - os produtores rurais pessoa física, quando: a) contratarem trabalhador segurado do RGPS; ou

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b) comercializarem a sua produção com adquirente domiciliado no exterior, a consumidor pessoa física, no varejo, a outro produtor rural pessoa física ou a segurado especial; IX - as pessoas físicas que adquirirem produção de produtor rural pessoa física ou de segurado especial para venda, no varejo, a consumidor pessoa física; e X - as demais pessoas jurídicas que estejam obrigadas pela legislação ao recolhimento das contribuições previdenciárias de que trata o art. 6º. § 1º Equiparam-se a empresa, para efeitos do disposto nesta Instrução Normativa, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a trabalhador segurado do RGPS que lhes presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras”. A DCTFWeb conterá informações relativas às contribuições previdenciárias: (Artigo 6º da IN RFB nº 1.787/2018) “I- previstas nas alíneas “a” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 1991; II - instituídas a título de substituição às incidentes sobre a folha de pagamento, inclusive as referentes à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) de que trata a Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011; e III - destinadas a outras entidades ou fundos. § 1º Os valores relativos às contribuições exigidas em lançamento de ofício poderão ser informados na DCTFWeb como créditos, para fins de vinculação aos débitos apurados. § 2º Os valores retidos pela empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra na forma prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, integrarão as informações da DCTFWeb da empresa tomadora de serviços”. Observação: As informações completas sobre o assunto, encontra-se na IN RFB nº 1.787, de 07/02/2018. 3.18 – Vale Cultura O Decreto n° 8.084, de 26.08.2013 regulamentou a Lei n° 12.761, de 27.12.2012 que trata sobre o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o vale-cultura. E este programa as empresas não estão obrigadas a aderir. Desde o dia 23 de setembro de 2013 qualquer pessoa jurídica que empregue trabalhadores com carteira assinada pode participar do programa. Basta clicar em Credenciamento no site www.cultura.gov.br/valecultura e preencher o cadastro, apresentando os documentos solicitados no Formulário de Credenciamento da Empresa Beneficiária. O vale-cultura será confeccionado e comercializado por empresas operadoras e disponibilizado aos usuários pelas empresas beneficiárias para ser utilizado nas empresas recebedoras. De acordo com o artigo 1º da Lei n° 12.761, de 27.12.2012 fica instituído, sob a gestão do Ministério da Cultura, o Programa de Cultura do Trabalhador, destinado a fornecer aos trabalhadores meios para o exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura. O programa vale-cultura será através de um cartão magnético pré-pago, válido em todo território nacional e não possuem prazo de validade, no valor de 50 (cinqüenta) reais mensais, vai possibilitar ao trabalhador de carteira assinada ir ao teatro, cinema, museus, espetáculos, shows, circo ou mesmo comprar ou alugar CDs, DVDs, livros, revistas e jornais. Observação: Matéria completa sobre o assunto, vide Boletim nº 29/2016 da INFORMARE - Vale Cultura, em assuntos trabalhistas. 3.19 – Esocial – Atualização O eSocial é um projeto conjunto do governo federal que integra Ministério do Trabalho, Caixa Econômica, Secretaria de Previdência, INSS e Receita Federal. (Informações extraídas do site do esocial - https://portal.esocial.gov.br/noticias/esocial-sera-implantado-em-cinco-fases-a-partir-de-janeiro-de-2018).

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Com a implantação do eSocial e do cronograma estabelecido pela legislação, estarão obrigados a utilizar o eSocial, os empregadores, inclusive o doméstico, a empresa e a eles equiparados em legislação específica; e o segurado especial inclusive em relação a trabalhadores que lhe prestem serviço. - Prazo E Cronograma - Atualização Pela Resolução CDES Nº 1/2017: Conforme disposto no Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, a implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) se dará de acordo com o cronograma definido nesta Resolução (Artigo 1º da Resolução nº 2, de 30 de agosto de 2016). A Resolução Comitê Diretivo do Esocial nº 2, de 30 de agosto de 2016 dispõe sobre o cronograma do esocial, conforme a seguir. - Início Da Obrigatoriedade – Atualização pela Resolução CDES Nº 1/2017: O início da obrigatoriedade de utilização do eSocial dar-se-á: (Artigo 2º da Resolução nº 2/ 2016, atualizado pela Resolução CDES Nº 1/2017). a) Janeiro de 2018, para o 1º grupo: “I - em janeiro de 2018, para o 1º grupo, que compreende as entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariais” do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 2016, com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais). (Redação dada pelo(a) Resolução CDeS nº 1, de 29 de novembro de 2017)”. b) Julho de 2018, para o 2º grupo: “II - em julho de 2018, para o 2º grupo, que compreende os demais empregadores e contribuintes, exceto os previstos no inciso III. (Redação dada pelo(a) Resolução CDeS nº 1, de 29 de novembro de 2017)”. c) Janeiro de 2019, para o 3º grupo: “III - em janeiro de 2019, para o 3º grupo, que compreende os entes públicos, integrantes do “Grupo 1 - Administração Pública” do anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 2016. (Incluído(a) pelo(a) Resolução CDeS nº 1, de 29 de novembro de 2017)”. Observação: Matéria a respeito do esocial e também sobre o cronograma, verificar o Boletim INFORMARE nº 50/2017 “Esocial - Atualização Do Cronograma A Partir De 1º De Janeiro De 2018 Resolução CDES Nº 1/2017”, em assuntos trabalhistas. 3.19.1 – Doméstico Por intermédio do site www.esocial.gov.br (http://portal.esocial.gov.br/empregador-domestico/como-acessar-o-esocial), o qual viabilizará a emissão do DAE (guia única) para o pagamento dos tributos e do FGTS, referente ao empregado doméstico. O módulo para cadastramento de empregadores e trabalhadores domésticos já está disponível desde o dia 1°.10.2015. O Simples Doméstico passou a vigorar desde a competência outubro de 2015 (Artigo 7º, da Portaria MPS/MF n° 822/2015). O eSocial para o empregador doméstico é uma solução web para prestação de informação simplificada e online por meio do endereço www.esocial.gov.br. A obrigatoriedade de uso do eSocial observa o previsto na Lei Complementar 150/2015. Observação: Todas as informações de preenchimento está disponível no Manual de Orientação do eSocial para o Empregador Doméstico, que se encontra no (http://portal.esocial.gov.br/). 3.20 – PIS Sobre Folha A base de cálculo do PIS sobre a folha é o total da folha de pagamento mensal de seus empregados.

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Entende-se por folha de pagamento mensal, o total dos rendimentos do trabalho assalariado de qualquer natureza, tais como salários, gratificações, comissões, adicional de função, ajuda de custo, aviso prévio trabalhado, adicional de férias, qüinqüênio, adicional noturno, hora extra, 13° salário e repouso semanal remunerado. A alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo é de 1% (um por cento). E o recolhimento da contribuição será até o vigésimo quinto dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores - arts. 1º ao 3º da Lei nº 11.933/2009. Observação: As informações acima foram extraídas do site da Receita Federal do Brasil (http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/dipj-declaracao-de-informacoes-economico-fiscais-da-pj/respostas-2014/capitulo_xxiv_contribuicaoparaopispasepincidentesobreafolhadesalarios2014.pdf). 3.21 – Imposto De Renda IR - Rendimentos do Trabalho (Salários, Pró-Labore, Serviços de Autônomos, Aluguéis, Serviços Profissionais e Outros - exceto para os quais haja vencimento em datas específicas elencadas nesta Agenda) será até o último dia útil do 2º decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, conforme artigo 70, I, letra "d", da Lei nº 11.196/2005, com a nova redação dada pela Lei nº 11.933/2009, art. 5º. 3.10 - Contribuição Sindical Dos Empregados – Opcional – Atualização – No Decorrer Do Ano O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação (verificar abaixo) (Artigo 549 da CLT). “Art. 591 - Inexistindo sindicato, os percentuais previstos na alínea c do inciso I e na alínea d do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação serão creditados à federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional. Parágrafo único - Na hipótese do caput deste artigo, os percentuais previstos nas alíneas a e b do inciso I e nas alíneas a e c do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação caberão à confederação”. Conforme o artigo 583 da CLT, o recolhimento da contribuição sindical, referente aos empregados que optaram pelo pagamento será efetuado no mês de abril de cada ano. Os empregados que não estiverem trabalhando no mês destinado ao desconto da contribuição sindical e que venham a autorizar prévia e expressamente o recolhimento serão descontados no primeiro mês subsequente ao do reinício do trabalho (Artigo 602 da CLT, com Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). De igual forma se procederá com os empregados que forem admitidos depois daquela data e que não tenham trabalhado anteriormente nem apresentado a respectiva quitação (Parágrafo único, do artigo 602 da CLT). E o repasse da Contribuição Sindical, ou seja, o pagamento será feito no mês subsequente ao do desconto do empregado. 4. DETERMINADOS MESES DO ANO 4.1 – Janeiro 4.1.1 - 13º Salário – Ajuste Ocorre ajuste referente ao pagamento do décimo terceiro salário, relativo às variáveis apuradas no mês de dezembro, pois como o prazo final para pagamento do décimo terceiro é até o dia 20 de dezembro de cada ano, normalmente o pagamento é feito com base na média apurada de janeiro a novembro pelo divisor de 11 (onze) avos. Conforme o Decreto nº 57.155/1965, art. 2º, parágrafo único, o prazo para o pagamento do ajuste referente às variáveis é até o dia 10 (dez) de janeiro de cada ano, ou conforme alguns entendimentos até o 5º dia útil do mês de janeiro, tendo como base o § 1º do artigo 459 da CLT. Observações:

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“O cálculo deve ser feito de forma separada, ou seja, faz-se o cálculo novamente do 13º salário com o novo salário ou com as novas médias, apuram-se as diferenças, (proventos e descontos) e lança-se discriminadamente na folha de dezembro”. Vide Boletim INFORMARE n° 48/2017, sobre décimo terceiro salário - segunda parcela, em assuntos trabalhistas. 4.1.1.1 - 13º Salário - Ocasião Das Férias Os empregados que pretendam receber a primeira parcela do 13º salário por ocasião das férias, devem fazer o requerimento, por escrito, até o dia 31 (trinta e um) de janeiro ao seu empregador, conforme o Decreto nº 57.155/1965, artigo 4º. 4.1.2 - GFIP/SEFIP Da Competência 13 A partir do ano de 2005, é obrigatória a entrega de GFIP/SEFIP para a competência 13. A partir da versão 8.0, o SEFIP está habilitado para o cumprimento desta obrigação. Para os anos de 1999 a 2004, é facultativa a entrega de GFIP/SEFIP para a competência 13. A GFIP/SEFIP da competência 13 deve ser utilizada exclusivamente para prestar informações à Previdência Social referente a fatos geradores das contribuições previdenciárias do décimo terceiro salário, não havendo, portanto, recolhimento de FGTS, ou seja, trata em particular das informações à Previdência Social. A entrega da GFIP/SEFIP da competência 13 constitui uma obrigação acessória destinada, exclusivamente, a informar a base de cálculo da contribuição previdenciária sobre o 13º Salário. E o recolhimento das contribuições previdenciárias não dispensa a entrega da GFIP/SEFIP. O último prazo para transmitir a informação referente à competência 13 no SEFIP é até o dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada ano. “O arquivo NRA.SFP, referente à competência 13, destinado exclusivamente à Previdência Social, deve ser transmitido até o dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da referida competência. (O Manual SEFIP 8.4, Capítulo I – Considerações Gerais, item “6” - prazo para entregar e recolher)”. Importante: Os empregadores domésticos não têm a SEFIP/GFIP competência 13, com a declaração das informações referentes ao 13º salário. Observação: Matéria completa, verificar o Boletim INFORMARE n° 02/2018 – “GFIP SEFIP COMPETÊNCIA 13 Informação Obrigatória Até 31.01.2018”, em assuntos previdenciários. 4.1.3 - Contribuição Sindical Da Empresa – Opcional – Atualização Os empregadores que optarem pelo recolhimento da contribuição sindical deverão fazê-lo no mês de janeiro de cada ano, ou, para os que venham a se estabelecer após o referido mês, na ocasião em que requererem às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade (Artigo 587 da CLT, com Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). “Para os que venham a estabelecer-se após o mês acima, a Contribuição Sindical será recolhida na ocasião em requeiram às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade”. A Contribuição Sindical Patronal está prevista no artigo 579 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). “Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. Observação: Matéria completa sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE n° 04/2018 “CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL JANEIRO/2018 – OPCIONAL Considerações Gerais”, em assuntos trabalhistas. 4.1.3.1 - Contribuição Sindical Rural – Pessoa Jurídica – Opcional – Atualização Conforme o artigo 579 da CLT, o desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão

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liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). O lançamento da contribuição sindical rural é feito anualmente. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio das Federações dos Estados, envia ao produtor rural a guia de recolhimento, já preenchida, com o valor da sua contribuição. A Contribuição Sindical Rural Pessoa Jurídica deverá ser recolhida até o dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada ano para quem fez a opção pelo pagamento. Para as pessoas físicas, a contribuição sindical rural irá vencer em maio de cada ano. Observação: Matéria completa sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE n° 05/2018 “CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - ANO DE 2018 Opcional – Reforma Trabalhista Considerações”, em assuntos trabalhistas. 4.1.4 - Mapa De Avaliação Anual De Acidentes De Trabalho Conforme trata a NR 4, subitem 4.12, alíneas “h” e “i” compete aos profissionais integrantes do SESMET, analisar, registrar e manter os documentos à disposição da Inspeção do Trabalho: “h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s). i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador manter a documentação à disposição da inspeção do trabalho; (Alterado pela Portaria MTE n.º 2.108, de 23 de dezembro de 2014”. Observação: Matéria sobre o assunto, vide Boletim INFORMARE nº 01/2016 – Avaliação Anual, em assuntos trabalhistas. 4.1.5 - Salário-Educação As empresas optantes pelo sistema de aplicação direta do salário-educação, por meio da manutenção de escola própria gratuita, aquisição de vagas, indenização de despesas de autopreparação de seus empregados e/ou filhos destes e esquema misto, deverão atualizar os dados de Autorização para Manutenção de Ensino (FAME) nas Delegacias do Ministério da Educação e do Desporto (Lei n° 9.766, de 18 de dezembro de 1998). 4.2 – Fevereiro 4.2.1 - Contribuição Sindical Dos Autônomos E Profissionais Liberais – Opcional – Atualização O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação (Artigo 579 da CLT, com Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). Se optar pelo pagamento, o prazo de recolhimento da contribuição sindical dos autônomos e profissionais liberais é feito uma vez ao ano, até o último dia útil do mês de fevereiro, em guias próprias fornecidas pela entidade sindical representativa, conforme o artigo 583 da CLT. “Art. 583 – CLT. O recolhimento da contribuição sindical... relativo aos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais realizar-se-á no mês de fevereiro”. E conforme o artigo 580 da CLT, a contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente. Os profissionais liberais deverão obter instruções relativas ao pagamento da anuidade nos respectivos órgãos de classe (CREA, CRC, CRP, CRO, CORCESP, etc.). Observação: Matéria sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE nº 06/2018, “CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS AUTÔNOMOS E PROFISSIONAIS LIBERAIS Recolhimento Opcional – Reforma Trabalhista Até O Dia 28 De Fevereiro De 2018”, em assuntos trabalhistas.

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4.2.2 - DIRF - Declaração Do Imposto De Renda Na Fonte A DIRF - Declaração do Imposto Retido na Fonte é a declaração feita pela Fonte Pagadora, destinada a informar à Receita Federal o valor do Imposto de Renda Retido na Fonte, dos rendimentos pagos ou creditados no ano anterior para seus beneficiários. “A DIRF - Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte é a declaração feita pela FONTE PAGADORA, com o objetivo de informar à Secretaria da Receita Federal do Brasil: - Os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País; - O valor do imposto sobre a renda e contribuições retidos na fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários; - O pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior; - Os pagamentos a plano de assistência à saúde – coletivo empresarial”. Observação: Informações acima foram obtidas no site da Receita Federal do Brasil. 4.3 – Março 4.3.1 - Contribuição Sindical Dos Empregados – Opcional – Atualização O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação (verificar abaixo) (Artigo 549 da CLT). Conforme o artigo 583 da CLT, o recolhimento da contribuição sindical, referente aos empregados que optaram pelo pagamento será efetuado no mês de abril de cada ano. Os empregados que não estiverem trabalhando no mês destinado ao desconto da contribuição sindical e que venham a autorizar prévia e expressamente o recolhimento serão descontados no primeiro mês subsequente ao do reinício do trabalho (Artigo 602 da CLT, com Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). De igual forma se procederá com os empregados que forem admitidos depois daquela data e que não tenham trabalhado anteriormente nem apresentado a respectiva quitação (Parágrafo único, do artigo 602 da CLT). 4.3.2 - Engenharia E Medicina Do Trabalho - Serviço Único As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina fica obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, até o dia 30 de março, um programa bienal de segurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido (NR 4, item 4.3.1). As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de cada exercício poderão constituir o serviço único de que trata o subitem 4.3.1 e elaborar o programa respectivo a ser submetido à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua instalação (NR 4, item 4.3.1.1). 4.3.3 - Relação Anual De Informações Sociais – RAIS Os empregadores, exceto domésticos, estão obrigados a entregar anualmente a RAIS devidamente preenchida, conforme prazo determinado pelo Ministério Do Trabalho. De acordo com o artigo 6° da Portaria do Ministro de Estado do Trabalho nº 31, de 16.01.2108, o prazo para a entrega da declaração da RAIS inicia-se no dia 23 de janeiro de 2018 e encerra-se no dia 23 de março de 2018. Observação: Matéria completa sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE n° 06/2018 “RAIS ANO-BASE 2017 Início Dia 23 De Janeiro/2018 E Encerra Dia 23 De Março/2018”, em assuntos trabalhistas. 4.4 – Abril 4.4.1 - Contribuição Sindical Dos Empregados Que Optaram– Recolhimento - Atualização

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Recolher as contribuições sindicais descontadas dos empregados que optaram pelo pagamento, conforme trata o artigo 583 da CLT, abaixo: “Art. 583. CLT - O recolhimento da contribuição sindical referente aos empregados e trabalhadores avulsos será efetuado no mês de abril de cada ano ... observada a exigência de autorização prévia e expressa prevista no art. 579 desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. E para os empregados que não estiverem trabalhando no mês destinado ao desconto da contribuição sindical e que venham a autorizar prévia e expressamente o recolhimento serão descontados no primeiro mês subsequente ao do reinício do trabalho (Artigo 602 da CLT, com Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). De igual forma se procederá com os empregados que forem admitidos depois daquela data e que não tenham trabalhado anteriormente nem apresentado a respectiva quitação (Parágrafo único, do artigo 602 da CLT). 4.5 – Maio 4.5.1 - Contribuição Sindical Rural – Produtores Rurais Pessoa Física Que Optaram - Atualização Conforme o artigo 579 da CLT, o desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). O lançamento da contribuição sindical rural é feito anualmente. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio das Federações dos Estados, envia ao produtor rural a guia de recolhimento, já preenchida, com o valor da sua contribuição. A Contribuição Sindical Rural Pessoa Jurídica deverá ser recolhida até o dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada ano para quem fez a opção pelo pagamento. Para as pessoas físicas, a contribuição sindical rural irá vencer em maio de cada ano. Observação: Matéria completa sobre o assunto, verificar o Boletim INFORMARE n° 05/2018 “CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - ANO DE 2018 Opcional – Reforma Trabalhista Considerações”, em assuntos trabalhistas. 4.5.2 - Contribuição Sindical - Relação - Envio Ao Sindicato Os empregadores remeterão dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recolhimento da contribuição sindical dos seus empregados que optaram ao pagamento, à respectiva entidade sindical profissional, ou, na falta desta, à Secretaria Geral do Ministério do Trabalho, relação nominal dos empregados contribuintes, indicando a função de cada um, o salário percebido no mês a que corresponder a contribuição e o respectivo valor recolhido. A relação com o nome dos empregados poderá ser substituída pela cópia de folha de pagamento (Art. 2º da Portaria nº 3.233/1983). 4.5.3 - Salário-Família – Documentação O salário-família é o benefício de caráter previdenciário, concedido mensalmente ao segurado empregado, exceto ao doméstico e ao segurado trabalhador avulso, de baixa renda, para ajudar na manutenção de seu(s) filho(s) até 14 (quatorze) anos de idade ou inválidos de qualquer idade (Lei nº 8.213/1991, artigos 16, 65 e 66). Para garantir a continuidade de o empregado receber o benefício do salário-família, ele deverá apresentar à empresa alguns documentos que irão comprovar esse direito (Decreto n° 3.048/99, artigos 84 e 85). A manutenção do salário-família está condicionada à apresentação: (§ 2º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) anual, no mês de novembro, de caderneta de vacinação dos filhos e equiparados até os seis anos de idade; e b) semestral, nos meses de maio e novembro, de frequência escolar para os filhos e equiparados a partir dos sete anos completos. Os empregados que recebem salário-família devem apresentar ao empregador no mês de maio, a comprovação de frequência à escola do filho ou equiparado partir dos 7 (sete) anos de idade (Artigo 67 da Lei n° 8.213/1991).

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Observação: Matéria completa, verificar Boletim INFORMARE n° 04/2018 “SALÁRIO FAMÍLIA VALORES A PARTIR DE JANEIRO DE 2018 E CONSIDERAÇÕES GERAIS Portaria MF Nº 15/2018”, em assuntos previdenciários. 4.6 - Junho, ***Julho, Agosto, Setembro E Outubro Geralmente nestes meses não há obrigações a serem cumpridas pelas empresas, mas ressalta-se, que cada categoria econômica deve, no entanto, observar a Legislação específica que pode estabelecer ou não determinada obrigação para a empresa, ou mesmo, dispositivos em convenções coletivas. 4.6.1 - ***Julho 4.6.1.1 – DCTF Web – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018 Conforme a IN RFB nº 1.787/2018, a partir de 1º de julho de 2018 deverão ser apresentadas a DCTF diária, mensal e anual, para as empresas que constam no artigo 2º dessa instrução (Verificar o subitem “3.17.1 – DCTF Web – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018”, desta matéria). 4.7 – Novembro 4.7.1 - 13º Salário – Adiantamento O empregador deverá pagar, até o dia 30 (trinta) de novembro, a 1ª parcela do 13º salário, correspondente à metade da remuneração integral recebida no mês anterior (Lei nº 4.749/1965, artigo 2º). Observações: Salvo se o empregado recebeu por ocasião das férias. Matéria completa sobre Adiantamento do 13° Salário, vide Bol. INFORMARE n° 43/2016, em assuntos trabalhistas. 4.7.2 - FGTS Do Adiantamento Do 13º Salário O FGTS incidirá sobre o valor pago na competência, ou seja, se o pagamento da 1ª (primeira) parcela ocorrer em novembro deverá ser recolhido até o dia 7 (sete) de dezembro, junto com o FGTS da folha de pagamento do mês de novembro. O empregador é obrigado a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) de remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT e também da gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965, conforme dispõe o artigo 27 do Decreto nº 99.684/1990. 4.7.3 - Salário-Família – Documentação A manutenção do salário-família está condicionada à apresentação: (§ 2º, do artigo 361, da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) anual, no mês de novembro, de caderneta de vacinação dos filhos e equiparados até os seis anos de idade; e b) semestral, nos meses de maio e novembro, de frequência escolar para os filhos e equiparados a partir dos sete anos completos. Observação: Matéria completa, verificar Boletim INFORMARE n° 04/2018 “SALÁRIO FAMÍLIA VALORES A PARTIR DE JANEIRO DE 2018 E CONSIDERAÇÕES GERAIS Portaria MF Nº 15/2018”, em assuntos previdenciários. 4.8 – Dezembro 4.8.1 - 13º Salário - 2ª Parcela

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A Lei n° 4.749, de 12.08.65, artigo 1° determina, que a 2ª (segunda) parcela do décimo terceiro salário, será paga pelo empregador até o dia 20 (vinte) de dezembro de cada ano, compensando a importância já paga, referente ao adiantamento do décimo terceiro. Observação: Matéria completa sobre a segunda parcela do 13° Salário, verificar o Boletim INFORMARE n° 48/2017, em assuntos trabalhistas. 4.8.2 - FGTS Da Segunda Parcela Do 13º Salário O empregador é obrigado a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) de remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT e também da gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965, conforme dispõe o artigo 27 do Decreto nº 99.684/1990. Teremos a incidência novamente do FGTS, referente ao valor pago na 2ª parcela, juntamente com a folha de pagamento da competência de dezembro, e o recolhimento deverá ser até o dia 7 (sete) de janeiro do ano seguinte (artigo 12, XIV da IN nº 25/2001). “A incidência do FGTS sobre o valor do décimo terceiro salário se dará sobre cada uma das parcelas, na competência de seu efetivo pagamento”. O FGTS sobre o 13º salário será recolhido através do SEFIP e próprio programa irá separar em campos distintos a base de cálculo do salário mensal e a do 13º salário. Observação: Preenchimento do SEFIP, verificar no Manual do SEFIP 8.4. 4.8.3 - INSS - 13º Salário O décimo terceiro salário integra a base de cálculo, sendo devidas as contribuições sociais quando do pagamento ou crédito da última parcela ou na rescisão de contrato de trabalho (Artigo 94 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009). Recolher até o dia 20 (vinte) de dezembro, ou no dia útil imediatamente anterior, as contribuições devidas à Previdência Social, (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 95). Observação: Matéria completa sobre a segunda parcela do 13° Salário, verificar o Boletim INFORMARE n° 48/2017, em assuntos trabalhistas. 4.8.4 – DCTF Web Anual – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018 “Art. 7º ... deverão ser transmitidas as seguintes declarações específicas: ... § 1º A DCTFWeb Anual deverá ser transmitida até o dia 20 de dezembro de cada ano. § 2º Quando o prazo previsto no § 1º recair em dia não útil, o prazo será antecipado para o dia útil imediatamente anterior. § 6º Aplicam-se às declarações de que trata o caput as demais disposições previstas nesta Instrução Normativa”. Verificar o subitem “3.17.1 – DCTF Web Mensal – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018”, desta matéria. Observação: As informações completas sobre o assunto, encontra-se na IN RFB nº 1.787, de 07/02/2018. 5. OBRIGAÇÕES ANUAIS 5.1 – CIPA A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 163 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho.

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Compete às empresas promover, anualmente, eleições que deverão ser realizadas em dia normal de trabalho da empresa, respeitados os horários de turnos e em horários que possibilitem a participação da maioria dos empregados, observadas as normas da PT/MTb nº 3.214/1978, NR-5. Observação: Matéria sobre CIPA, verificar o Boletim INFORMARE n° 24/2017, em assuntos trabalhistas. 5.2 – CIPATR A CIPATR tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionados ao trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida do trabalhador (NR 31, subitem 31.7.1). O empregador rural ou equiparado que mantenha 20 (vinte) ou mais empregados contratados por prazo indeterminado, fica obrigado a manter em funcionamento, por estabelecimento, uma CIPATR (NR 31, subitem 31.7.2). Observação: Matéria sobre CIPATR, verificar o Boletim INFORMARE n° 16/2015, em assuntos trabalhistas. 5.3 - SIPAT - Semana Interna De Prevenção De Acidentes Do Trabalho SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho é uma semana voltada à prevenção de acidentes do trabalho e também de doenças ocupacionais, na qual a empresa proporciona aos seus trabalhadores períodos de informações a respeito de prevenção e conscientização quanto à segurança e acidentes no trabalho. As empresas obrigadas a constituir a CIPA devem realizar, anualmente, sem data fixa, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) em conjunto com os Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), onde houver. É uma campanha obrigatória realizada pela CIPA, a cada gestão, desenvolvendo palestras com temas voltados para segurança e saúde do trabalhador. E a sua realização pode ser em qualquer mês no ano, conforme Norma Regulamentadora (NR-5), item 5.16, alíneas “o” e “p”. A realização da SIPAT não precisa ser comunicada ao órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego, devendo ser consignado em ata para fins de fiscalização Portaria MTB nº 3.214/1978, NR-5, com redação dada pela Portaria SSST nº 08/1999. Observação: Matéria sobre SIPAT, verificar o Boletim INFORMARE n° 41/2017, em assuntos trabalhistas. 5.4 - Vale-Transporte O benefício do vale-transporte foi instituído pela Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, posteriormente alterada pela Lei nº 7.619, de 30 de setembro de 1987, e disciplinado pelo Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987. A informação para o direito à concessão do vale-transporte deverá ser atualizada anualmente ou sempre que ocorrer mudança do endereço residencial do empregado ou dos serviços e meios de transporte adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa, sob pena de suspensão do benefício até o cumprimento dessa exigência (artigo 7°, 1°, do Decreto nº 95.247/1987). Observação: Matéria sobre vale transporte, verificar o Boletim INFORMARE n° 26/2016, em assuntos trabalhistas. 5.5 - Relação Anual De Informações Sociais – RAIS Conforme já foi informado anteriormente (subitem “4.3.3 - Relação Anual De Informações Sociais – RAIS”, desta matéria), os empregadores são obrigados a entregar a RAIS anualmente, devidamente preenchida, de acordo com o prazo determinado pelo Ministério do Trabalho. 5.6 - Profissionais Liberais – Anuidade Obter instruções relativas ao pagamento da anuidade nos respectivos órgãos de classe (CREA, CRC, CRP, CRO, CORCESP, entre outros). 5.7 – DCTF Web Anual – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018 “Art. 7º ... deverão ser transmitidas as seguintes declarações específicas: ...

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§ 1º A DCTFWeb Anual deverá ser transmitida até o dia 20 de dezembro de cada ano. § 2º Quando o prazo previsto no § 1º recair em dia não útil, o prazo será antecipado para o dia útil imediatamente anterior. § 6º Aplicam-se às declarações de que trata o caput as demais disposições previstas nesta Instrução Normativa”. Verificar o subitem “3.17.1 – DCTF Web Mensal – Atualização – A Partir De 1º De Julho/2018”, desta matéria. Observação: As informações completas sobre o assunto, encontra-se na IN RFB nº 1.787, de 07/02/2018. 6. ATUALIZAÇÃO DAS CERTIDÕES NEGATIVAS A partir do dia 20 de outubro de 2014, as certidões que fazem prova da regularidade fiscal de todos os tributos federais, inclusive contribuições previdenciárias, tanto no âmbito da Receita Federal quanto no âmbito da Procuradoria da Fazenda Nacional, serão unificadas em um único documento. A unificação das Certidões Negativas está prevista na Portaria MF 358, de 5 de setembro de 2014. Deve-se prestar atenção que, a partir do dia 20/10/2014, se o contribuinte precisar comprovar a regularidade para com a Fazenda Nacional, ele deve apresentar uma única certidão emitida a partir dessa data OU, se possuir uma certidão previdenciária e uma outra dos demais tributos, emitidas ANTES de 20/10, mas dentro do prazo de validade, poderá apresentá-las, pois continuarão válidas dentro do período de vigência nelas indicados; mas se o contribuinte tiver apenas uma delas válida, terá que emitir a nova Certidão Unificada. A emissão de Certidão de Regularidade Fiscal do Imóvel Rural e de Obras não sofreram quaisquer alterações Observação: As informações acima foram extraídas do site da Receita Federal do Brasil (http://www.receita.fazenda.gov.br/automaticoSRFSinot/2014/10/03/2014_10_03_12_19_31_747689397.html). No próprio site da Caixa Econômica Federal, o empregador poderá consultar com regularidade a situação do FGTS, pois estar regular perante o FGTS é condição obrigatória para que o empregador possa relacionar-se com os órgãos da Administração Pública e com instituições oficiais de crédito. E ele poderá obter o correspondente Certificado de Regularidade do FGTS - CRF, para os fins previstos em Lei (Caixa Econômica Federal). 7. ATUALIZAÇÕES NO SISTEMA DE FOLHA DE PAGAMENTO Devido à alteração do salário mínimo, da tabela da Previdência Social, entre outras, todo sistema de folha de pagamento precisa atualizar os parâmetros que influenciam diretamente no cálculo da folha de pagamento, nas provisões de férias e décimo terceiro salário, como também na apuração dos encargos sociais a serem recolhidos. Os parâmetros são: a) cadastro das tabelas de INSS, Salário-Família e Imposto de Renda; b) verificar a Convenção Coletiva de Trabalho dos respectivos sindicatos, no caso de diferenças de percentuais de horas extras, pisos salariais, adicionais de tempo de serviço (triênio, etc.), garantias de emprego, entre outras; c) cadastro de feriados nacionais, estaduais e municipais; d) cadastro e revisão de todas as verbas ou eventos que influenciam na folha de pagamento e suas incidências; e) outras que julgarem necessário, principalmente conforme atividade da empresa e categoria dos empregados. Fundamentos Legais: Os citados no texto.