ano xviii nº 242 maio/ 2015 painel · blanche amancio, maria inês cavalcanti, rubens biscaro,...
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Nova direçãoVeja a cobertura completa da festa de posseda nova diretoria da AEAARPVV j b l d f d
Nova direçãoTRABALHO
O Congresso está votando alei da terceirização; veja o quepensam as lideranças do setor
SAÚDEComeça nesta edição uma série
de aragos esclarecedores sobre ocontrato da AEAARP com a Unimed
CREA-SPA unidade de Ribeirão Preto temum novo gerente que revela seus
planos e expectaavas
painelAno XVIII nº 242 maio/ 2015
A E A A R P
A TERCEIRIZAÇÃO
O mercado de trabalho nem sempre atende exatamente a todas as normas estabeleci-
das pelas leis. A dinâmica das a~vidades e a realidade de cada setor acabam por ajustar
condutas de acordo com os custos e necessidades, por exemplo. Os profissionais de
engenharia e arquitetura sabem muito bem do que se trata: a terceirização da contra-
tação da mão de obra para a a~vidade fim. Salvo alguns casos específicos, é assim que
o mercado deste setor funciona.
Há no Congresso Nacional uma discussão sobre o tema que tem sido feita equivoca-
damente em razão das paixões polí~cas envolvidas na questão. Ali, o principal debate
não é feito de forma adequada. O que nos interessa de verdade é saber qual é o impacto
concreto no setor produ~vo. Afinal, é com isso que verdadeiramente devemos nos pre-
ocupar. Nosso país tem de vencer gigantescos desafios de produção e tecnológicos para
dar conta de compe~r no mercado internacional em condições mínimas. A legislação
deve criar condições para a~ngir esta finalidade.
Esta edição da revista Painel traz uma reportagem sobre o tema que expõe opiniões
de empresários, sindicalistas e especialistas em legislação. Assim como é feito em re-
lação a outros temas de interesse do setor, na AEAARP este também foi pautado em
reuniões internas e conversas informais. Porém, não há uma posição oficial da en~dade
a respeito do assunto. As posições apresentadas na reportagem desta edição são um
convite à reflexão.
A AEAARP é o instrumento ideal para aprofundarmos estas discussões. Nos úl~mos
anos foram criados mecanismos que proporcionam oportunidade e ambiente para que
elas aconteçam de forma natural e que colaborem para a formação de uma opinião qua-
lificada. É no encontro de ideias e na divergência saudável e democrá~ca das opiniões
que devemos navegar.
Eng. civil Carlos Eduardo AlencastrePresidente
Eng. civil CarlosEduardo Alencastre
Editorial
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]
Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente
Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge1º Vice-presidente
Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho2º Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. agr. Callil João FilhoDiretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite
DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes AraújoDiretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo Purrenes PeixotoDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino
DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge Luiz Pereira RosaArquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona Fernandes SantosEngenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro
CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna
Conselheiros TitularesEng. civil Elpidio Faria JuniorEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoArq. Luiz Eduardo Siena MedeirosEng. agr. Geraldo Geraldi JrEng. civil Edgard CuryArq. e eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Franco do AmaralArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. agr. Gilberto Marques SoaresEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiEng. elet. Hideo Kumasaka
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CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves
REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto e eng. civil Arlindo Sicchieri [email protected]
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Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044
Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]
Tiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.
Expediente
A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO
Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
ÍndiceESPECIAL 05Posse e despedida
ARTIGO 10AGRISHOW 2015: Dualidades
AGRONOMIA 129ª Semana de Meio Ambiente e Agronomia
SAÚDE 18O futuro do contrato da AEAARP com a Unimed
LEGISLAÇÃO 20Projeto de lei da terceirização: o que muda na área tecnológica
CREA-SP 24CREA orienta sobre serviços de desinsetização
FISCALIZAÇÃO 25UGI de Ribeirão Preto tem novo gerente
NOTAS E CURSOS 26
5
AEAARP
ESPECIAL
Posse edespedida
A cerimônia e a festa da posse da di-
retoria liderada por Carlos Eduardo Nas-
cimento Alencastre foi concorrida, con-
tando com a presença dos presidentes
do CREA-SP e CONFEA, e elegante. A ce-
rimônia homenageou os ex-presidentes,
com um filme onde todos aparecem e
nos discursos de Carlos e de João Paulo
Figueiredo, que fez um balanço dos dois
mandatos à frente da en�dade. Nas pá-
ginas seguintes a Painel mostra como foi
a festa, em clima de união e confrater-
nização.
Carlos Alencastre e João Paulo Figueiredo
Arlindo Sicchieri Filho, Carlos Alencastre Tapyr Sandroni Jorge
João Paulo Figueiredo com os diretores e 1/3 dos conselheiros que encerraram o mandato Carlos Alencastre com os ex-presidentes João Paulo Figueiredo,
José Batista Ferreira, Genésio de Paula e Silva, José Aníbal
Laguna, Helton Figueiredo de Oliveira, Wilson Luiz Laguna,
Luiz Eduardo Siena de Medeiros, Hélcio Elias Filho, José
Antonio Barbosa e Juarez Correia Barros Júnior
Luiz Eduardo Siena de Medeiros, Genésio Abadio de Paula e Silva,
José Aníbal Laguna, João Paulo Figueiredo, Wilson Luiz Laguna,
Helcio Elias Filho, José Batista Ferreira, José Antonio Barbosa,
Helton Figueiredo de Oliveira e Juarez Correia Barros Júnior
Luiz Eduardo Siena de Medeiros, Fernando Brant, Elpídio
Faria Júnior, Dilson Cáceres, Gilberto Marques Soares,
Ronaldo Possela Zaccaro e João Paulo Figueiredo
6
Revista Painel
ESPECIAL
Carlos Alencastre e filhos
Victoria e Pedro
Erika Laguna, Diego Laguna e Laguna
João Paulo Figueiredo
Marta Benedini Sechi e Vera Figueiredo
Wilson Luiz Laguna
Wilson Luiz Laguna, Francisco Kurimori, Tapyr Sandroni
Jorge, Pedro Katayama e Isaac Samuel dos Reis
Wilson Luiz Laguna, João Paulo Figueiredo,
Ercília Pamplona e Callil João Filho
João Paulo Figueiredo, Valdir Bergamini,
José Galdino Barbosa, Pedro Katayama,
Carlos Alencastre e Francisco Kurimori
José Eduardo Siena de Medeiros, Arlindo Sicchieri
Filho, Carlos Alencastre, Laudinei Romanini, Tapyr
Sandroni Jorge, Francisco Kurimori e Antonio
Carlos Maçonetto
Carlos Alencastre e
Denize Camara
João Paulo foi homenageado pelos funcionários da AEAARP
João Paulo Figueiredo com seus familiares Abranche Fuad Abdo
Autoridades e associados prestigiaram a cerimônia de posse
O coral Som Geométrico apresentou-se na cerimôniaJosé Tadeu da Silva
Adriana Bighethi
7
AEAARP
Alexandre Gomide, Fernanda Bongiovani,
Vera Figueiredo e João Paulo FigueiredoAlexandre Milena Fusco,
Giovanna e Nahara M. Fusco
Angela Soares, Carlos Alencastre e
Alexandre Milena Fusco
Angela Soares, João Paulo Figueiredo e
Alexandre Milena Fusco
Callil João Filho e
João Paulo Figueiredo
Dilson Caceres e José Anibal Laguna
Fernando Piccolo e José Antonio
Lanchoti
Hideo Kumasaka, José Batista Ferreira
e Gabriel Costallat
Hirilandes Alves e Paulo Peixoto
Isaac Samuel dos Reis e
José Batista Ferreira
Hideo Kumasaka, Wilson Laguna, Nelson
Martins da Costa e Francisco Kurimori
Iskander Aude e Blanche Amancio
Jorge Rosa, Callil João Filho, João Paulo Figueiredo,
Francisco Kurimori e Hirilandes Alves
Daniel Antunes, Débora Del Poente e
Daiana Riul
Adriana SilvaJorge Luis Rosa e familiares
Fernando Junqueira, Isaac Samuel dos Reis e
Abranche Fuad Abdo
Antônio Carlos Maçonetto, Fernando Junqueira,
Abranche Fuad Abdo e Edgard Cury
Francisco Kurimori
Milton Vieira Leite e
Armando Costa Ferreia
8
Revista Painel
ESPECIAL
Arlindo Sicchieri Filho, Otávio Verri, Maria Rosa Finotti
e Paulo Finotti
Bianca e Domingos Stocco
Celso Oliveira dos Santos e
Luis Antonio Bagatin
Elpídio Faria Júnior e
Maria Tereza Faria
Rodrigo Falcucci, Celso Santos, Graziela Conado,
Cleber Polverel e Miguel Santos Polverel
Ana Cláudia Marincek e Giulio Azevedo Prado
Blanche Amancio, Maria Inês Cavalcanti, Rubens Biscaro, Danilo Bueno,
Luci Silva, Juarez Correia Bastos, Isamara Cavalcanti, Helton Figueiredo
de Oliveira, Antônio Carlos Naccarato,
Helcio Elias Filho, Nilza Figueiredo
Elias, Iskandar Aude e Daniela Antunes
Lourival Falaguasta Junior, Jorge Oliveira, Angela Soares,
Francisco Silva, Marcos Papa e Roberta Ferrarini
Hirilandes Alves, Maria das Graças Oliveira Alves, Julia
Alves, Camila Alves e Marcelo Alves
Arthur e Marcelo Ribeiro, Marcia Marco, Zilda
e Regina Foresti, Marta Vecchi, Nair Garcia,
Kelma Plaster e Maria José Pardo
Roberto Vecchi, José Eduardo Ribeiro e
Arlindo Sicchieri Filho
Antonio Carlos Naccarato ,
Fernando Brant, Carlos Alberto
Gabarra
José Antonio e Sonia Barbosa
A festa aconteceu no salão e ocupou também o espaço do deck Luis Antônio Bagatin e Clara Bagatin Rossi
Laudinei Romanini, Antony Araújo Couto
e Luiz Roberto Sega
9
AEAARP
Angela Soares e Ruth Furquim
Darrel Sicchieri, Arlindo Sicchieri, Terezinha Verri
e Otávio Verri
Jorge Rosa e Ruth Paolino
José Batista Ferreira, Arlindo Sicchieri Filho, Antônio
Carlos Maçonetto e Edineia Maçonetto
Laércio Sanches, Simone Sanches, ex-presidente, Solange
Fecuri, Fabiana Guli, Argemeiro Gonçalves, Edinéia Araújo e
Marcos Carrini
Marta Benedini Vecchi e
Callil João Filho
Matheus Araujo, Denize Fernandes Araujo, Ercília
Pamplona, Geraldo Fernandes Santos, Lígia Pamplona
Fernandes e Henrique Moises
Ricardo Debiagi, Orlean de Lima Rodrigues Filho e
Jarson Garcia Arena
Wilson Luiz Laguna e Giulio Prado
Wilson Luiz Laguna, Lali Laguna com a família e
amigos
José Antonio Barbosa, João Paulo Figueiredo,
Lourival Falaguasta Junior, Sonia Barbosa e
Vera Figueiredo
Silvia e Vera Figueiredo
Rodrigo Falcucci, Rodrigo Araujo, Juliana, Mariangela,
Kurimori, Carlos Alencastre, Hideo Kumasaka, Reginaldo,
Jose Luiz, Ana Lucia, Gislaine e Paulo Marcio
Sonia Maria e Antonio Roçafa e Sergio Fujisaca, Angela Soares,
Solange Fecuri, Lia Fijisaca, Deyse Fujisaca e Daniel Fujicasa
Katia e Nelson Conti, Fernando e Monike Matos, Carla Matos,
Wiliam e Izilda Matos e Cleide Maria e Paulo Roberto Rodrigues
10
Revista Painel
dualidadesUma vez mais Ribeirão Preto é brindada com a realização de
um dos três maiores eventos do Agronegócio no Planeta
AGRISHOW 2015:ARTIGO
Já em sua abertura os primeiros sinais
da necessária atenção para a leitura da
correlação entre o que se ouve e o fato
em si. Lembro-me de que há 23 anos
~ve a oportunidade de par~cipar, em 14
de setembro de 1993, como ouvinte de
uma reunião na an~ga Fazenda Experi-
mental onde se encontravam os amigos
Eng. Agr. Cris~ano Walter Simon e Eng.
Agr. Guido de Sordi, na ocasião respec-
~vamente Diretor Execu~vo da Associa-
ção Nacional de Defensivos Agrícolas
(Andef) e representando na época a Fa-
zenda Experimental, além do Eng. Agr.
Geraldo Donato, então Diretor Regional
da SAA/CATI e representantes do setor
de máquinas e implementos. Ali esta-
va se formando o “embrião”, ou seja, a
data inicial da implantação da feira em
Ribeirão Preto e do que viria a ser esta
potência, que neste ano completou a
sua 22ª edição. Ao atento observador,
notou-se a ausência de qualquer men-
ção aos pioneiros desta criação.
Num cenário polí~co/econômico con-
trastante testemunhamos o anúncio
o~mista de uma superação da visitação
e fechamento de negócios aos níveis
de 2014 (respec~vamente 160.000 visi-
tantes e R$ 2,7 bilhões). Contrastando
percebe-se um trânsito de pessoas, com-
posto em sua grande maioria de escola-
res, caravanas de pequenos agricultores
conduzidos pela FAESP/SENAR que, em-
bora desempenhando importante tarefa
de produção de alimentos, não pesam
muito na grande engrenagem que leva-
ria às expecta~vas dos realizadores.
Ao final não poderia ser diferente, o
anúncio de uma redução de faturamen-
to de cerca de 30% em relação à edição
anterior da feira, embora creditando pra-
~camente nenhuma redução à visitação.
Diante de um cenário em que setores
que se u~lizam intensivamente de tecno-
logia e máquinas em seus processos de
produção agrícola, como o sucroalcoo-
leiro, sucumbem parcialmente, vi~ma-
dos principalmente pela conjunção de
adversidades do momento econômico
e também da falta de perspec~vas pela
falta de definições quanto à par~cipa-
ção de seus produtos e subprodutos na
matriz energé~ca nacional, no momento
em que arcamos com o custo em nossas
contas de energia elétrica pela u~lização
das termoelétricas, vemos a exportação
para países, como a Guatemala, de tur-
binas de úl~ma geração, produzidas em
Sertãozinho, que se u~lizando de resídu-
os resultantes da exploração da cultura
de banana serão capazes de produzir
unidade energia suficiente para abaste-
cer uma cidade de 150.000 habitantes.
Engenheiro agrônomo,
diretor de Comunicação
da AEAARP
Paulo Peixoto*
11
AEAARP
Rodovia Régis BittencourtDuplicação e dispositivo
de acesso
PCH
Galeria Celular
Blocos
Sede da Sanen Ribeirão Preto - SP
Pisos Intertravados
0800 703 3013www.leaoengenharia.com
0800 703 3013www.leaoengenharia.com
Sede da Sanen - Saubáudia - PRRodovia Castelo Branco
LEÃO ENGENHARIA.Modernizando para continuar
oferecendo qualidade, agilidadee pleno atendimento.
Trevão Via Anhanguera
Concreto
Tubo Circular
Aqui e ali se pode ouvir que a questão
do câmbio poderá ser a grande alavan-
ca a puxar a mo�vação dos produtores,
uma vez que favorece a exportação das
nossas Commodi�es tornando-as mais
compe��vas no mercado internacional,
ao que responde a grande massa dos
que �veram que vender sua produção
independente deste impacto, para sal-
dar seus compromissos e agora se vê
diante do quadro, preocupar-se com o
aumento de custo da produção que esta
mesma questão cambial pode provocar
nos insumos necessários ao seu proces-
so produ�vo.
Também foram registrados fatos po-
si�vos. Reconhecendo a importância de
diversos segmentos, que contribuem
para o dinamismo e eficiência do setor
agropecuário brasileiro, os realizadores
da Agrishow idealizaram um prêmio
denominado Brasil de Agricultura que
vai reconhecer homenageando setores
como fitotecnia, zootecnia, engenharia
rural, economia rural e sustentabilida-
de. Na avaliação do mérito daqueles
que serão escolhidos para a premiação,
uma comissão de notáveis composta
por: Alysson Paulinelli, Antônio Del-
fim Neyo, Luís Fernando Cirne Lima,
Marcus Vinícius Pra�ni de Moraes, ex-
-presidentes da Embrapa Carlos Magno
Campos da Rocha Eliseu Roberto de
Andrade Alves, ex-diretor do IAC Ondi-
no Cleante Bataglia, ex-diretores da fa-
culdade de agronomia Roque Dechen,
Antônio Nazareno Guimarães Mendes
Paulo, dentre outros.
O prêmio deste ano foi concedido, na
categoria hors concours, ao Eng. Agr.
Alfredo Scheid Lopes, agrônomo pela
Esalq, mestrado e PHD pela Universida-
de Estadual da Carolina do Norte, desde
o ano de 1962 é professor de fer�lida-
de e manejo de solos dos trópicos pela
Esal, ele que certamente foi o pioneiro
na realização de trabalhos de pesquisa
que vieram possibilitar a incorporação
do cerrado no vitorioso processo pro-
du�vo da agropecuária nacional.
Entretanto entre fatos e versões o
que se pode de fato notar é que o avan-
ço da tecnologia não para, assim como
o produtor/empreendedor rural, que
segue em frente consciente de sua res-
ponsabilidade com sua família, seu país
e seu amor à sua a�vidade.
12
Revista Painel
AGRONOMIA
Meio Ambientee Agronomia
Crise hídrica, recomposição das áreas de preservação
permanente e fitoterapia foram os destaques da semana
9ª Semana de
13
AEAARP
mais a vazão mínima natural da água e
para suprir essa demanda, explica Rui,
é preciso construir mais reservatórios
que armazenam água da chuva para
conseguir conviver com os períodos de
baixa disponibilidade hídrica. “Hoje, as
hidrelétricas têm muita difi culdade para
construir reservatórios, principalmente,
por causa da perda de vegetação”. Os
reservatórios que existem hoje foram
todos construídos na década de 1980,
informou.
Rui explica que o sistema produtor hí-
drico das bacias listadas no quadro des-
ta página não trabalha com 75,5 m³/s em
período integral. Esse valor é disponível
em apenas 95% do tempo, que é a ga-
ran~ a estabelecida. O engenheiro alega
que não há disponibilidade hídrica todo
o tempo por mo~ vos econômicos, pelo
fato de o mercado produ~ vo ser sazo-
nal. “Se estocarmos o máximo de água
possível, vamos ter uma ociosidade e
quanto a sociedade está disposta a pa-
gar por esse custo?”, ques~ onou.
No caso de Campinas-SP, que é uma
das regiões mais afetadas pela falta
d´água, a solução apresentada pelo en-
genheiro é a construção de reservató-
rios, que já estão no projeto execu~ vo
com previsão de entrega até 2018. Com
esse novo reservatório, será gerado
mais 6,4 m³/s que irá sanar o problema
de Campinas e mais 20 municípios da
região até meados de 2035.
De acordo com ele, desde 1991 o es-
tado de São Paulo tem uma polí~ ca bem
defi nida de gestão dos recursos hídri-
cos. “Nós temos o Plano Estadual de Ba-
A gestão de recursoshídricos e a crise hídricaRui Brasil Assis,
engenheiro civil e coordenador de
Recursos Hídricos da Secretaria de
Saneamento e Recursos Hídricos do
Estado de São Paulo
O sistema de gerenciamento hídrico
do estado de São Paulo e, principal-
mente, da Região Metropolitana de
São Paulo (RMSP) foi o foco da palestra
ministrada por Rui Brasil Assis, enge-
nheiro civil e coordenador de Recursos
Hídricos da Secretaria de Saneamento
e Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo. O Brasil tem 12% da água doce
do planeta. Destes, apenas 1,6% está no
estado de São Paulo, região que abriga
22% da população brasileira. “Parece
que sempre ocupamos o território de
forma proporcionalmente inversa à dis-
ponibilidade de água”, comentou o pa-
lestrante.
A região da bacia hidrográfi ca Alto
Tietê, por exemplo, usa quatro vezes
Rui Assis Brasil Carlos Eduardo Alencastre
14
Revista Painel
cia, o sistema de gestão que defi ne qual
a par� cipação do estado, municípios e
usuários, além de um fundo que funcio-
na há 20 anos como suporte fi nanceiro
à polí� ca de recursos hídricos”.
Os planos de recursos hídricos pre-
veem a demanda, escassez, poluição,
confl itos de uso e de interesses, inun-
dações, desperdícios e mananciais des-
protegidos. Quanto à crise hídrica de
2014, Rui conta que o plano não previu
a escassez e que também não havia so-
luções para ela. “A margem de seguran-
ça da previsão de tempo é de aproxima-
damente 10 dias. Depois disso, é uma
tendência ou até mesmo especulação”.
Rui explica que as previsões do tempo
analisam os três meses seguintes e as
previsões feitas no fi nal de 2013 não
detectaram a falta de chuvas no início
de 2014.
As regiões mais afetadas pela crise
hídrica já estão mapeadas e o Depar-
tamento de Águas e Energia Elétrica
(DAEE) restringiu a outorga para a cons-
trução de novos poços artesianos. Na
Bacia do Piracicaba, a Agência Nacional
de Águas (ANA) só autoriza a criação de
poços profundos. Outra solução encon-
trada foi o programa de bônus e ônus,
ou seja, desconto para quem economi-
zasse água e multa para quem gastasse
acima da média estabelecida. Com isso,
apenas 18% da população consumiu
água acima do limite previsto.
“A transferência de água entre os sis-
temas também ajudou dois milhões de
pessoas que residiam na área crí� ca do
Cantareira”, aponta o engenheiro. Tam-
bém houve uma redução da pressão da
água na rede, que segundo Rui foi efi -
caz, pois também diminuiu o volume de
perdas no sistema. Foram economiza-
dos 17,7 m³/s com essas ações. Destes,
7,3 m³/s estão relacionados à redução
de pressão e perdas, 0,6 m³/s à redu-
ção das permissionárias, 6,3 m³/s com
a transferência de água entre os siste-
mas e 3,5 m³/s através do programa de
bônus. “É lógico que isso não se faz da
noite para o dia, fomos aprendendo a
manejar o sistema e buscar soluções”.
O engenheiro acrescenta que a As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) trabalha em uma nova norma de
instalações prediais que vai prever o uso
racional da água nas construções. Para
2015, a Secretaria de Saneamento e Re-
cursos Hídricos do Estado de São Paulo
está trabalhando a previsão de chover
20% menos do que em 2014.
“Estamos trabalhando para agregar,
já neste ano, mais 6 m³/s ao sistema
produtor da RMSP. Temos que aumen-
tar a produção e não só a captação”.
As ações emergenciais dependem de
a Companhia de Tecnologia de Sanea-
mento Ambiental (Cetesb) e do DAEE
outorgarem os projetos que já estão
prontos como obras emergenciais. “A
crise hídrica gerou muito aprendizado.
Todos mudaram. E para con� nuar é
preciso trabalhar de forma coopera� va
e esse é o maior desafi o”, fi naliza.
Recomposição de áreas depreservação permanentee reserva legal na ó�cada produção agrícolasustentávelEduardo Gusson,
engenheiro fl orestal
O Brasil tem, hoje, 537 milhões de
hectares de Vegetação Natural (VN), o
que representa 63% do território na-
cional, destes 175 milhões de hectares
são unidades de conservação e terras
Jorge Rosa Neto Eduardo Gusson
15
AEAARP
indígenas. Segundo o engenheiro fl o-
restal Eduardo Gusson, a cobertura do
solo por VN está mal distribuída. A re-
gião Norte do país tem 80% da área co-
berta por VN, na Nordeste são 58%, na
Centro-oeste 46%, na Sudeste 36% e na
Sul são 33%.
Só de pastagem, o país tem 211 mi-
lhões de hectares, que correspondem
77% da área agrícola do país. Eduardo
explica que a Amazônia, por exemplo,
tem 77% de VN, sobram 23% de terras
não fl orestadas, destes 61% tornaram-
-se áreas de pastagem. A pecuária é
uma das a� vidades que mais está con-
tribuindo com o desmatamento da
Amazônia. “Expulsamos o gado para o
Amazonas. Os criadores estão indo para
lá, porque as terras não têm dono”.
O país tem 180 milhões de cabeças
de gado, com abate anual de 22%, sen-
do 1,14 cabeça por hectare, que u� -
liza uma área total de 158 milhões de
hectares. Estudos sugerem que o país
poderia ter 133 milhões de cabeças de
gado, com abate anual de 30% e dispo-
sição de 1,5 cabeça por hectare, o que
diminuiria para 89 milhões de hectares
a área de pastagem. A diferença entre
as duas áreas – 69 milhões de hectares
– é maior que a área ocupada por todas
as outras culturas agrícolas do país: 57
milhões de hectares. “Com essa mudan-
ça nós aumentaríamos a produ� vidade,
manteriamos as 40 milhões de cabeças
de produção anual e reduziriamos dras-
� camente as áreas de pasto”.
Com a Lei n 4.771/1965, que ins� -
tuía o an� go Código Florestal, � nha-se
no país um défi cit de 44 milhões de
hectares de VN nas Áreas de Preserva-
ção Permanentes (APP). Com o novo
Código Florestal, regulamentado pela
Lei 12.651/2012, “ainda não sabemos
qual é esse défi cit”, afi rma Eduardo. Se-
gundo ele, o Cadastro Ambiental Rural
(CAR) é a ferramenta para ampliar o co-
nhecimento desse défi cit.
Eduardo enfatiza que não adianta
impor leis, o governo também tem de
criar políticas públicas para que essas
normas sejam cumpridas, além de
dar incentivos econômicos e fomen-
tar a pesquisa. “Aquele que degrada
paga e aquele que não degrada é be-
neficiado”.
É possível con� nuar com as a� vida-
des agrícolas nas APPs desde que faça
uso de boas prá� cas agronômicas para
cuidar da terra, explica Eduardo. “As re-
servas legais não devem fi car intocadas,
elas podem prover recursos econômi-
cos, junto com todos os benex cios am-
bientais que a fl oresta promove”.
A estrutura fundiária do Brasil é mal
distribuída, na opinião do engenheiro,
pois 88% das propriedades ocupam 31%
das terras e apenas 12% das proprieda-
des ocupam 69% de terras. Eduardo ex-
plica que com o novo Código Florestal
os pequenos proprietários rurais não
têm mais obrigação de recompor suas
reservas legais.
Existe uma unidade de medida agrá-
ria em hectares, fi xada para cada muni-
cípio pelo Ins� tuto Nacional de Coloni-
zação e Reforma Agrária (INCRA), que
considera o conjunto de fatores como
a produção, rendimentos fi nanceiros,
estrutura fundiária regional e valor da
terra, que se chama Módulo Fiscal. Essa
unidade de medida avalia as faixas mí-
nimas obrigatórias de recomposição de
APP hídricas naturais. “Os valores que
es� pularam são uma piada e isso fi cou
muito ruim para todos nós, porque sen-
� mos falta de fl orestas, de água, além
do clima diferenciado na região”.
Existem várias formas de se recom-
por uma APP: condução de regenera-
ção natural de espécies na� vas, plan� o
de espécies na� vas, plan� o de na� vas
conjugado com a regeneração natural
dessas espécies e plan� o intercalado
de espécies lenhosas, perenes ou de
ciclo longo com as na� vas em até 50%
da área. Já a recomposição de reservas
legais se dá com o plan� o que combina
espécies exó� cas com na� vas da região,
sendo que as exó� cas não poderão ex-
ceder 50% da área total. E nesse caso,
os proprietários tem o direito à explo-
ração econômica, desde que o manejo
aconteça de forma sustentável.
Ele contou que o primeiro trabalho
de recomposição de fl oresta no Brasil
aconteceu na Floresta da Tijuca, no Rio
de Janeiro-RJ. O local estava como um
campo pelado, aí começou a recompo-
sição para o solo voltar a reter água. De
1990 a 2000 surgiram muitos estudos
que revelaram técnicas para a recom-
posição fl orestal.
Quando se desmata uma fl oresta,
mais cedo ou mais tarde ela irá crescer
de novo, esclarece o engenheiro. Po-
rém, são necessários mais de 100 anos
16
Revista Painel
para que volte ao normal. “Tem como
acelerar este processo. Se plantar um
Jatobá sozinho, por exemplo, ele cresce
ramifi cado e esbugalhado, mas se colo-
car uma Canafi stula, ele crescerá mais
alto e vai encorpar mais”.
A Resolução SMA 8, de 31 de janeiro
de 2008, orienta para o refl orestamen-
to heterogêneo de áreas degradadas e
como combinar as espécies no proces-
so de recuperação.
“Quando se pensa em fl oresta, só
pensamos em árvores. Precisamos re-
ver isso”, enfa~ za Eduardo. Na Mata
Atlân~ ca, por exemplo, apenas 35% das
espécies são arbóreas, o restante está
dividido entre lianas e epífi tas (42%) e
arbustos e ervas (23%). Devido à sele-
ção natural, as árvores também ~ veram
que criar estratégias para não se torna-
rem presas. Desta forma, passaram a
sinte~ zar compostos secundários – que
hoje são usados como fármacos e fi to-
terápicos – ou tornaram-se raras. “Se
é rara, seu inimigo natural não conse-
guirá acha-la. Por isso que não pode-
mos plantar árvores raras em grandes
quan~ dades”. O engenheiro explica que
quanto mais rara for a árvore maior a
possibilidade da coexistência de espé-
cies em determinada área e esse é o
mo~ vo da ampla biodiversidade das fl o-
restas brasileiras.
O estado de São Paulo tem 4,43 mi-
lhões de hectares de vegetação na~ va
– que correspondem a 17,5% do ter-
ritório –, destes 960 mil hectares são
unidades de conservação e os outros
3,47 milhões de hectares estão em pro-
priedades par~ culares. E este estado
também é responsável pelo consumo
de 25% da madeira da Amazônia Legal.
Veja na tabela, que só no ano de 2012,
São Paulo consumiu 1.268.383 m³ do
produto.
A conclusão de Eduardo é que nos úl-
~ mos anos avançou-se na prá~ ca e no
conhecimento sobre recomposição fl o-
restal. Porém, ainda existem desafi os a
serem superados: redução do custo de
implantação e manutenção de fl orestas,
restauração com retorno econômico
para o proprietário de reservas legais,
introdução de espécies não-arbóreas
no sistema (leguminosas, ervas etc.) e
incen~ vos do governo, como a redução
de impostos para quem se propõe a res-
taurar uma área.
Fitoterapia como terapiacomplementarAdemar Menezes Júnior,
engenheiro agrônomo
Ademar Menezes iniciou a palestra
falando sobre o sen~ do da palavra fe-
licidade, que, em sua concepção, tem
relação direta com a ausência de doen-
ças. Ele defende que uma pessoa só é
realmente feliz se es~ ver com a saúde
em dia. Doença seria uma situação de
desequilíbrio e isso pode ser corrigido
através dos alimentos.
Ademar também é terapeuta e co-
mentou sobre a evolução do conceito de
sustentabilidade. “Sempre notei, desde
a época da faculdade, meus professores
durante as aulas explicando e percebia
que aquela forma de agricultura não era
sustentável. An~ gamente não usáva-
mos o termo sustentabilidade, hoje em
Ademar Menezes Júnior
17
AEAARP
dia já foi popularizado, mesmo que não
seja visto em muitas a~ tudes”.
Ele saiu em busca de formas e técni-
cas de cul~ vo para desenvolver e im-
plantar a~ tudes sustentáveis na agri-
cultura, o que considera ter sido um
grande desafi o e um árduo trabalho.
Durante a palestra, o terapeuta res-
saltou que em termos de cul~ vo é tec-
nicamente impossível sustentar sete
bilhões de pessoas no mundo com
base apenas na agricultura orgânica.
Porém, se o modelo de agricultura
atual não for modifi cado os recursos
naturais estarão esgotados dentro de
algum tempo.
“Não sei dizer onde vamos parar com
todas essas reações climá~ cas, conse-
quência da nossa intervenção no cam-
po, nas indústrias e cidades. Temos um
alto custo com venenos e adubos, sem
falar dos problemas com energia e falta
de água, consequência do desequilí-
brio”, disse o palestrante.
Menezes falou sobre seu sí~ o de 10
hectares que fi ca entre dois canaviais,
onde cul~ va espécies de plantas medi-
cinais, todas com métodos orgânicos, e
deu dicas sobre cuidados com a terra e
a importância dos estudos de plan~ o.
“Temos que plantar árvores e recu-
perar as nossas fl orestas. Em relação à
agricultura, temos técnicas e condições
para melhorar todo esse sistema, por
que não melhoramos? Talvez seja a falta
de vontade de querer estar e morar em
um lugar melhor”, ressalta o agrônomo.
Ele destaca o uso excessivo de agro-
tóxicos nos alimentos, algo que têm
infl uência direta nos princípios a~ vos
da planta, causando perda de sabor e
propriedades.
A fi toterapia, ciência que oferece tra-
tamento das doenças através de plantas
medicinais, é socialmente importante e
seu incen~ vo pode trazer es} mulo aos
agricultores da região, o cinturão verde,
pois muitos produtos que conhecemos
vêm de outros países. De acordo com
Ademar, se houvesse incen~ vo do go-
verno para os pequenos produtores não
haveria necessidade de importar.
“O mercado fi toterápico é gigantesco
e promissor, a u~ lização das plantas vai
de corantes para alimentos até rações de
animais. Porém precisamos de fi nancia-
mento e incen~ vo, sem falar na burocra-
cia, são muitas exigências para realização
de trabalhos simples”, fi naliza.
18
Revista Painel
SAÚDE
Os contratos para prestação de servi-
ços médicos celebrados entre operado-
ras de planos de saúde, empresas e as-
sociações de classe, sofreram mudanças
significa�vas em um passado próximo.
Os planos individuais são sempre atu-
alizados conforme regulamentação da
Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), através de índice fornecido anual-
mente pela própria Agência. Já os planos
cole�vos são reajustados com base em
negociações entre as partes e amparados
pelo Código de Defesa do Consumidor.
Se antes as referências que determi-
navam os preços e as atualizações anu-
ais eram representadas por índices for-
necidos pelo governo (habitualmente o
Fipe-saúde), estabelecidos na contrata-
ção, a abordagem atual das operadoras,
trouxe sem dúvida, uma preocupação
aos contratantes.
Além do reajuste com base no índice
fixo, chamado de reajuste financeiro, foi
introduzida uma nova referência, cha-
mada de reajuste técnico, que se soma
ao primeiro para formar o índice real a
ser u�lizado na atualização do contrato.
O reajuste técnico é ob�do com o cál-
culo da sinistralidade média do ano, que
é determinado pelo quociente entre cus-
to das despesas médicas e as receitas.
Para tornar mais claro, vejamos:
IR = Fipe-saúde + sinistralidade média
anual.
Com isso os riscos da operadora ficam
eliminados, já que são repassados aos
contratantes os custos de u�lização dos
serviços.
AEAARP com a UnimedO futuro do contrato da
Há 12 anos, a gestão do contrato en-
tre a AEAARP e a Unimed tem sido feita
de forma rigorosamente profissional,
inclusive com a auditoria de todos os
custos da assistência médica prestada.
Anteriormente, era somente uma fer-
ramenta de gestão e com as novas exi-
gências contratuais a auditoria se torna
obrigatória para fiscalizar as despesas
apresentadas pela operadora que vão,
na data base do contrato, par�cipar do
índice de reajuste.
A grande preocupação do grupo que
faz a gestão do contrato é que, no prazo
médio, os reajustes, por conta da u�li-
zação excessiva, a�njam níveis alarman-
tes e tornem inviáveis as contribuições
mensais pagas pelos usuários.
O aumento médio nos úl�mos cinco
anos foi de 16,47%, acima dos índices
habituais u�lizados para atualização dos
contratos, conforme tabela desta página.
É por essa razão que análises estão
sendo feitas para monitorar esses da-
dos, além do fato de a idade média do
grupo ser elevada com tendência óbvia
a aumentar e, com isso, a necessidade
de uso ser maior.
O procedimento inicial nesse moni-
toramento foi avaliar onde a u�lização,
por parte dos usuários, poderia dimi-
nuir e óbvio, se e como poderia. Os pro-
cedimentos essenciais como os emer-
genciais, cirúrgicos, tanto ambulatoriais
como hospitalares, internações clínicas
e os de ro�na preven�va são essenciais
e de u�lização prioritária.
Em recente estudo, iden�ficamos
que no ano de 2014, de toda despesa
com assistência médica cobrada pela
operadora, aproximadamente 50% es-
tavam relacionadas a consultas médicas
e exames subsidiários por elas gerados.
Estão incluídos aí, consultas de ro�na,
de urgência, exames laboratoriais e de
imagem rela�vos a esses atendimentos.
Inicialmente, a proposta foi de orien-
tar os usuários nas u�lizações de ro�-
na e para isso, estaremos mostrando
os protocolos das várias especialidades
médicas, de acordo com as suas socie-
dades. Assim, forneceremos as ro�nas
de avaliações periódicas das Sociedades
Brasileira de Cardiologia, de Urologia, de
Ginecologia e outras que forem neces-
sárias para que nossos usuários estejam
informados de toda a ro�na u�lizada.
Desde já queremos alertar para algu-
mas situações comuns que poderiam
ser evitadas:
1- Consultas a vários profissionais da
mesma especialidade no mesmo mês.
2- Consultas que geram, muitas vezes,
35 exames laboratoriais.
3- Consultas em grande número no
mesmo mês, às vezes seis.
4- Consultas que geram vários exames
de imagem, incompa�veis com as
queixas apresentadas.
5- Ro�na preven�va realizada em nú-
mero excessivo no ano, contrariando
os protocolos das várias especialida-
des médicas.
Não se trata, evidentemente, de qual-
quer controle de u�lização de procedi-
mentos necessários e sim orientação da
u�lização embasada em dados técnicos.
Lembramos que no passado, com um
trabalho semelhante, conseguimos dimi-
nuir o número de consultas em aproxima-
damente 10% e para isso nos disponibili-
zamos em todo processo de orientação.
Contamos com a colaboração efe�va
de todos os usuários.
José Eduardo More[ - CRM 35.797
Auditoria Médica Contamos com suacolaboração!
Destine16% dovalorda ARTpara aAEAARP
(Associação deEngenharia, Arquitetura
e Agronomia deRibeirão Preto)
Agora você escreve o nome
da entidade e destina parte do
valor arrecadado pelo CREA-SP
diretamente para a sua entidade
ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO DE CONTRATOS
Ano Plano ANS Fipe Saúde IGPM INPC IPCA
2010 30,00 6,73 5,85 11,32 6,46 5,90
2011 7,30 7,69 7,29 3,47 4,14 4,12
2012 13,05 7,93 5,93 7,81 6,19 5,83
2013 17,00 9,04 6,95 5,27 5,58 5,84
2014 15,00 7,93 7,21 7,98 5,82 6,28
20
Revista Painel
o que muda naárea tecnológica
Veja a opinião de profissionais da engenharia e da
construção civil sobre o polêmico Projeto de Lei 4330/2004
Projeto de lei da terceirização:LEGISLAÇÃO
OBRAS
21
AEAARP
gresso Nacional, ins~tui a terceirização
como modelo de contratação de mão
de obra também para a~vidade-fim.
Na construção civil, entretanto, o
modelo de gestão da mão de obra ad-
mite a terceirização há pelo menos 30
anos, segundo o engenheiro civil Hélcio
Elias Filho, consultor na área de gestão
e planejamento de obras. Para ele, o PL
4.330 é uma forma de incrementar a
produ~vidade no país. “O Brasil carece
de produ~vidade, os nossos profissio-
nais não produzem tanto. Nos úl~mos
10 anos o salário subiu 147% e a produ-
~vidade apenas 1%”.
O engenheiro cita como exemplo um
operário especializado em assentar
Es~ma-se que a terceirização seja a
realidade de 15 milhões de trabalhado-
res no Brasil. Segundo pesquisa do Ins~-
tuto GPP, encomendada pela Federação
e pelo Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp e Ciesp), este mode-
lo de contratação é aprovado por 83,8%
dos trabalhadores e por 92,1% das in-
dústrias do estado de São Paulo. O le-
vantamento foi realizado entre os dias
1 e 3 de abril deste ano com 800 traba-
lhadores e 235 indústrias de diferentes
portes e segmentos.
Por falta de lei própria, o Tribunal Su-
perior do Trabalho, através da Súmula
331, autoriza apenas a terceirização das
a~vidades-meio como, por exemplo,
serviços de portaria, de limpeza e de
segurança, explica o advogado Sérgio
Dias, presidente da Associação dos Ad-
vogados de Ribeirão Preto (AARP). “Um
banco não poderia terceirizar os servi-
ços de caixa, pois essa função está liga-
da a a~vidade-fim do banco”. O Projeto
de Lei 4330/2004, que tramita no Con-
A pesquisa completa da
Fiesp/Ciesp está disponível
no site da AEAARP
www.aeaarp.org.br
o civil, ent
rp.org
azulejos. Ele acredita que se a contra-
tação for em regime de terceirização o
assentador produzirá mais do que um
funcionário contratado. Desta forma ele
poderá conquistar mais serviços com
consequente impacto em sua renda
mensal. “Por não ser cele~sta, ele terá
que ter cuidado para guardar o dinheiro
extra como se fosse suas férias ou 13º
salário. Mas eu não tenho dúvida de
que ele estará ganhando muito mais”.
“Se regulamentarmos e fiscalizarmos
corretamente, estaremos contribuindo
para resguardar os direitos dos traba-
lhadores terceirizados”, declara Fernan-
do Junqueira, diretor da Regional de Ri-
beirão Preto do Sinduscon.
Ele corrobora a experiência relatada
por Hélcio e explica que as construtoras
funcionam como montadoras, com vá-
rias subcontratadas especializadas que
executam determinada fase da obra.
“Isso traz agilidade e eficiência tanto
para as contratantes como para as ter-
ceirizadas”, assegura o diretor do Sin-
duscon.
Há um ponto, entretanto, com o qual
o Sinduscon tem discordância. “Não é
justo que a contratante seja demandada
judicialmente antes da contratada, se a
fiscalização da primeira ~ver sido efetu-
ada corretamente”, afirma Fernando ao
referir-se à obrigatoriedade da empresa
contratante ser solidária às dividas de
encargos trabalhistas caso a empresa
terceirizada não os cumpra.
Sérgio esclarece que o PL 4.330 tem
por obje~vo assegurar direitos aos ter-
ceirizados, que também terão os mes-
mos benetcios do trabalhador vincula-
do diretamente à empresa como, por
22
Revista Painel
Pontos de vista
▪ O secretário-geral da Força
Sindical, João Carlos Gon-
çalves, acredita que o de-
bate sobre terceirizar ou
não está superado e o que
o projeto de lei incorpora
conquistas ob�das pelas
diversas categorias em suas
lutas.
▪ A Central Única dos Traba-
lhadores (CUT) diz que o PL
4.330 vai acabar com a Con-
solidação das Leis do Traba-
lho (CLT) e que os trabalha-
dores serão demi�dos em
massa para serem subs�tuí-
dos por terceirizados. A CUT
também defende que esse
projeto irá diminuir os direi-
tos trabalhistas, o salário e
aumentar a carga horária.
▪ O vice-presidente da União
Geral dos Trabalhadores
(UGT), Lourenço Prado, afir-
ma que a Central é favorável
a regulamentação da tercei-
rização, mas é totalmente
contra a terceirização da
a�vidade-fim e que a lei irá
prejudicar 30 milhões de
profissionais.
exemplo, acesso ao restaurante, atendi-
mento ambulatorial e quaisquer outros
que sejam oferecidos, diz o advogado.
“O projeto de lei vem regulamentar
os direitos dos terceirizados, desbu-
rocra�zando o processo. Porém, traz
inovações que devem ser discu�das nas
categorias sindicais para impedir que o
trabalhador seja prejudicado, pois um
trabalhador da indústria hoje pode ser
um terceirizado amanhã”, alerta Sérgio.
O engenheiro Nelson Mar�ns da Cos-
ta, presidente da Regional Alta Mogiana
do Sindicato dos Engenheiros do Estado
de São Paulo (SEESP), preocupa-se com
a precarização das relações do trabalho
no país e o enfraquecimento do movi-
mento sindical. O SEESP e a Federação
Nacional dos Engenheiros (FNE) já se
posicionaram contrariamente à aprova-
ção do Projeto de Lei e suas lideranças
avaliam que a adoção deste modelo
fará aumentar a jornada de trabalho e
a rota�vidade da mão de obra, além da
redução de salários.
De acordo com os números apresen-
tados por Nelson, o rendimento mensal
dos trabalhadores terceirizados é 36%
inferior em relação àqueles que de-
sempenham a mesma função em outro
regime de contratação. Ele diz também
que os riscos de acidentes são maiores.
“Esse projeto representa retrocesso,
um passo rumo à reforma trabalhista
23
AEAARP
aumenaumento da produ~ vidade▪
agilidade e efi ciência nos serviços prestados
▪ estabilização e regulamentação dos
direitos de trabalhadores e empresas
abalhadoresvulnerabilidade dos trabalhadores▪
contratante solidária às dívidas de encargos trabalhistas
▪ aumento indiscriminado da
mão de obra terceirizada
VISÃO JURÍDICA
auaumemementnt alhahadododododododododorerererererereressssssss
que o movimento sindical e as forças
progressistas conseguiram evitar nos
anos 1990”, comenta.
“O temor é o de perder os direitos
conquistados até agora”, explica o advo-
gado Sérgio. Segundo ele, a lei provoca-
rá mudanças no direito sindical e na le-
gislação previdenciária e social. Depois
disso, ele acredita que haverá uma es-
tabilização que atenderá os direitos dos
trabalhadores e empregadores. Mas,
antes de tudo, a lei precisa ser votada
no Senado Federal e, depois, ser sancio-
nada pela Presidência da República. Até
lá, muito debate ainda está por vir.
24
Revista Painel
CREA-SPserviços de desinsetização
CREA orienta sobre
Os termos desinse�zação e desra�-
zação são denominações u�lizadas por
empresas prestadoras de serviços que
se propõem a controlar a população de
pequenos animais invasores, também
conhecidos como pragas urbanas. Tal
a�vidade, assim, como ocorre nos ser-
viços de execução de obras, serviços e
projetos da área da engenharia civil, en-
genharia mecânica, engenharia elétrica,
dentre outros, são a�vidades técnicas
priva�vas de profissionais legalmente
habilitados registrados no CREA-SP,
conforme dispõe o art. 2 da Decisão
Norma�va 067 de 16 de junho de 2000
do CONFEA, que dispõe sobre o regis-
tro e a Anotação de Responsabilidade
Técnica das empresas e profissionais
prestadores de serviços desinse�zação,
desra�zação e similares:
Art. 2º Todo serviço de desinsefzação,
desrafzação ou similar somente será
executado sob a responsabilidade téc-
nica de profissional legalmente habili-
tado e registrado no CREA, de acordo
com as afvidades discriminadas na
Resolução nº 218, de 29 de junho de
1973, do CONFEA.
§ 1º Consideram-se habilitados a
exercer as afvidades a seguir rela-
cionadas, os seguintes profissionais:
I – formulação de produtos domissa-
nitários: engenheiro agrônomo, enge-
nheiro florestal, engenheiro químico e
engenheiro sanitarista; e
II – supervisão ao manuseio e à apli-
cação de produtos domissanitários:
engenheiro agrônomo, engenheiro
florestal, engenheiro químico, enge-
nheiro sanitarista, tecnólogos e os
técnicos destas áreas de habilitação.
Nesta Decisão Norma�va, o Conselho
estabelece a necessidade da existência
do profissional legalmente habilitado
para a a�vidade, bem como a obriga-
toriedade da regularidade da empresa
(pessoa jurídica) contratada (ver tam-
bém Art. 59 da Lei 5194/66):
Art. 1º Toda pessoa jurídica que
executa serviços de desinsefzação,
desrafzação e similares, só poderá
iniciar suas afvidades depois de pro-
mover o competente registro no CREA,
bem como o dos profissionais de seu
quadro técnico.
CREA-SP
Vale ressaltar que, em se tratando de a�-
vidadetécnicapriva�vadosprofissionaisdo
sistema CONFEA/CREA, a mesma também
está sujeita ao registro da ART (Anotação
de Responsabilidade Técnica), conforme o
disposto na Lei nº 6496 de 7 de dezembro
de 1977e na mencionada Decisão Norma-
�va em seu Art.º 3º. Assim, o profissional
responsável técnico pela empresa de
dede�zação deverá registrar a devida ART,
conforme contrato, dando assim a garan�a
legal pelo serviço técnico executado:
Art. 3º Todo contrato, escrito ou ver-
bal, para execução de serviço objeto
destaDecisãoNormafva, fica sujeito à
Anotação de Responsabilidade Técnica
– ART no CREA, em cuja jurisdição for
exercida a afvidade.
Assim, ao contratar uma empresa para
prestação de serviços de dede�zação, é
necessário verificar a sua regularidade
perante o CREA-SP, solicitando cópia
atualizada de certidão de registro no
CREA-SP, bem como o fornecimento
da ART (Anotação de Responsabilidade
Técnica) pelo seu responsável técnico,
por ocasião da execução dos serviços.
25
AEAARPrevistapainel
ANUNCIENA
PAINEL
16 | [email protected]
FISCALIZAÇÃO
O engenheiro Araken Seror Mutran
é o novo responsável pela unidade re-
gional do CREA-SP em Ribeirão Preto.
Ele é de Franca-SP e administra suas
novas atribuições com aquelas que de-
sempenha em sua cidade natal. Para o
engenheiro, o desafio do Conselho para
o próximo período é informa~zar os
processos, adequando o perfil de pres-
tação de serviços aos dos outros órgãos
públicos.
“Na Receita Federal, INSS, nos tribu-
nais e cartórios, tudo é feito pela inter-
net. No CREA, isso vai facilitar a vida do
profissional”, pondera. Araken explica
que a informa~zação do atendimento
não vai eliminar as estruturas tsicas
do conselho. “Mas, se o cidadão ou o
profissional quiserem, acessar o CREA
da sua casa ou do escritório terá na in-
ternet todos os serviços. Poderá pedir
o registro, imprimir o boleto, fazer de-
núncia, reclamação, sugestão, acessar
legislação per~nente etc”, explica.
À frente da unidade de Ribeirão Pre-
to, Araken pretende intensificar a fis-
calização. “Temos uma orientação em
relação a estabelecer uma rede”, diz. O
obje~vo é firmar parceria com grandes
empreendedores e fornecer informa-
ções sobre a regularização dos presta-
dores de serviços. “Em contrapar~da,
ele nos ajuda a nos informar quem está
fazendo ação de engenharia”, diz.
Este projeto começou há três anos
e, para Araken, o êxito depende do
amadurecimento do processo, de
persistência e organização. E observa
que existem situações irregulares que
não são intencionais, mas mo~vadas
pelo desconhecimento da legislação
vigente.
Hoje o setor da construção civil con-
some 70% dos esforços de fiscalização
do CREA-SP. Além desta a~vidade, tam-
bém a industrial, a agronomia e a geo-
logia têm a atenção do Conselho na re-
gião. “Não conseguimos pegar tudo o
que está acontecendo de errado ou é
ilegal. Por isso, a fiscalização tem de ser
con}nua, para defender a sociedade do
mau profissional e também da atuação
irregular de leigos”, explica Araken.
Para ele, a legislação existente é su-
ficiente. “Falta aplicar. Todo mundo ga-
nha, a sociedade e os profissionais. E há
um reconhecimento da sociedade pelo
CREA no sen~do de estarmos em sua
defesa”.
UGI de Ribeirão Pretotem novo gerente
Araken Mutran pretende intensificar ações de fiscalização
e considera que algumas atuações irregulares acontecem
por falta de entendimento da legislação
26
Revista Painel
NOTAS E CURSOS
A FAPESP mantém uma Biblioteca Virtual com documentos
sobre pesquisas realizadas com apoio da fundação que estejam
em andamento ou foram concluídas. A equipe que cuida deste
acervo preparou uma explicação virtual para auxiliar os usuários
do sistema, que tem mais de quatro milhões de acessos desde
seu surgimento, em 2005. A Biblioteca é uma das bases de dados
referenciais de projetos apoiados por agências de fomento à
pesquisa pioneiras no Brasil e no mundo e também uma das mais
completas. O portal da AEAARP disponibiliza os atalhos para a
biblioteca e para o guia de u�lização.
Biblioteca virtual
O IAC promoveu em Ribeirão Preto o IX WORKSHOP
Agroenergia: matérias primas com a apresentação de
novos cul�vares de algodão e inovações na progra-
mação, como o Biomassa show, uma visita aos plots
demonstra�vos com diferentes opções de culturas
para biomassa. O engenheiro agrônomo José Roberto
Scarpellini, diretor do Polo Regional Centro Leste do IAC,
comandou a programação, que teve palestras sobre
temas comerciais, econômicos, tecnológicos, dentre
outros. O presidente da AEAARP, engenheiro civil
Carlos Alencastre, par�cipou da abertura e ressaltou a
importância da pesquisa no setor agronômico.
Workshop Agroenergia
De 5 a 7 de outubro acontecerá o XI Workshop de Visão Compu-
tacional, no Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação
da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo
(EESC-USP). O obje�vo é possibilitar a integração entre pesquisadores,
professores e estudantes que atuam na área de visão computacional
e desta forma facilitar a apresentação, divulgação e discussão de tra-
balhos desenvolvidos ou em desenvolvimento, além de fomentar e
disseminar a criação de novos grupos de pesquisa e es�mular alunos
de graduação e pós-graduação a iniciarem seus estudos nesse campo.
O site wvc2015.eesc.usp.br tem informações complementares.
Fonte: Agência Fapesp
Workshop de Visão Computacional
www.aeaarp.org.braeaarp.org
A E A A R PRua João Penteado, 2237 | 16 2102.1700 | www.aeaarp.org.br | [email protected]