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ANO XVI - Nº 206 - JANEIRO 2016

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ANO XVI - Nº 206 - JANEIRO 2016

JANEIRO/20162

Este informativo é de propriedade da Paróquia Menino Jesus de Praga

EXPEDIENTE

Designer Gráfico: Samuel - Fone: 3237-0884 99712-4460 - [email protected]

CNPJ: 45.096.989/0086-06 - Rua Teodoro Demonte, 465 - Bairro: São João - CEP: 15091-260 - São José do Rio Preto-SP

Circulação Mensal - Tiragem: 2.000 exemplares - Distribuição Gratuita

E-mail: [email protected] Site: www.meninojesusdepraga.org.br

Fone: (17) 3304-6020

Fotos: Ariuce Schiavon- E-mail: [email protected] Nemércio Simplício (17) 99702-4715

Direção Geral: Pe. Silvio RobertoResponsável: Pastoral da ComunicaçãoColaboração: Equipes e Grupos da ParóquiaColaboração Jornalistas: Camila Furlanetto, Graciela Andrade, Jéssica Reis, Marcela Pinoti, Roseleine Gonzales, Silvia Damacena, Tatiane Carvalho, Mariane Borges, Bianca Rezende e Matheus Soares.

Palavra do Bispo

EDITORIAL

Por: Dom Tomé Ferreira da Silva

Durante o ciclo litúrgico do Natal, tivemos a oportunidade de refletir sobre o sentido e a missão da família cristã à luz do exemplo da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Como muitas pessoas solici-taram-me o texto da homilia, resolvi disponibilizar a todos os membros de nossa comunidade paroquial uma reflexão teológica, alicerçada na Escritura e na doutrina Igreja, sobre a vida matrimonial.

De acordo com a fé católica, a união entre um homem e uma mu-lher encontra o seu fundamento e a sua vitalidade na aliança existente entre Cristo e sua amada esposa, a Igreja. O apóstolo Paulo, na Carta aos Efésios, afirma o seguinte: “Ora, assim como a Igreja obede-ce a Cristo, também as mulheres devem obedecer em tudo aos seus maridos. E vós, maridos, amai vos-sas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela [...] É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e a sua Igreja” (Ef 5,24-25.32).

Nesse texto, Paulo não defende uma sujeição a priori da mulher ao marido, mas uma atitude de reci-procidade e de amor nascida da fé em Cristo Jesus. O Senhor amou

Matrimônio, sacramento do amor nupcial de Cristo pela IgrejaPor: Padre Hallison Henrique de Jesus Parro

a sua Igreja por primeiro não com palavras, nem com belas intenções, mas com atitudes concretas: Ele se entregou na cruz para salvá-la! Os Padres da Igreja, ao meditarem sobre esse mistério nupcial, afirmavam que Deus, assim como tirou Eva das costelas de Adão, fez a Igreja nascer do lado de Cristo, cujo coração foi transpassado pela lança do soldado (João 19,34).

Por isso, a Igreja, nos escritos do Novo Testamento, é chamada de noiva (Mt 9,14-17) ou de esposa do Cordeiro (Ap 22,17). A comunidade dos discípulos, o Corpo Místico de Cristo, se constitui como tal na medida em que, aos pés do Crucifi-cado, o reconhece como Salvador e Filho de Deus. Essa entrega de Jesus à Igreja e a aliança existente entre ambos têm quatro propriedades: unidade, fidelidade, fecundidade e indissolubilidade. Cristo, na força do seu amor, se uniu à Igreja para todo sempre (indissolúvel). Nenhuma força poderá desfazer esse pacto, porque o Cordeiro de Deus é fiel à sua esposa. Essa aliança não é uma fusão, mas uma unidade, já que Cris-to é a Cabeça e a Igreja, seu Corpo (Cl 1,18). Dessa união indissolúvel e fiel, o Ressuscitado fecunda a sua comunidade com os carismas e os dons do Espírito Santo. A Eucaristia, que é o sacramento do sacrifício da Cruz, é, na realidade, a atualização perene desse banquete nupcial, no qual o Noivo Jesus se faz dom à sua amada Igreja (Ap 19,9).

Na celebração litúrgica do Ma-trimônio, podemos contemplar esse

grande mistério. O noivo permanece aos pés do altar, símbolo de Cristo, o fundamento da Igreja, a pedra que os pedreiros rejeitaram e que se tornou a pedra angular (1Pd 2,7). A noiva, revestida de branco, vem ao encontro de seu noivo, como a Igreja irá ao encontro de Cristo no fim dos tempos (Ap 22,17), de maneira pura, santa e imaculada (Ef 5,25). Consequentemente, a mulher deve ser a Igreja para seu Cristo e o homem, o Cristo para sua Igreja. A realidade natural do amor humano é elevada pela graça, pela força do Espírito Santo, para se tornar ins-trumento de salvação para ambos.

Por isso, a nossa Igreja diz: “O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si o consórcio de toda a vida, por sua índole natural ordenado ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, entre batizados foi por Cristo Senhor elevado à dignidade de sacramento.” (Cânon 1055). O matrimônio cristão tem como pri-meira finalidade a via unitiva. Isso significa que as pessoas se casam, de maneira livre e espontânea, para serem felizes, para crescerem no amor, para haver um intercâmbio de corações, ou seja, de bens espirituais e materiais. Por isso, o ministro or-denado faz as seguintes perguntas: “É de livre e espontânea vontade que o fazeis?”; “Prometeis amor e fidelidade um ao outro?”. Nesses dois questionamentos, os noivos manifestam que, assim como Cristo em relação à Igreja, vivenciarão uma fidelidade amorosa e um amor

fiel, que será o vínculo perfeito da unidade entre eles. A partir desse amor esponsal, abrir-se-ão à vida que Deus lhes confiar. O maior si-nal da fecundidade conjugal são os filhos. Por isso, a segunda finalidade do matrimônio é a via procriativa. Deve-se ressaltar que não se casa unicamente para se gerar filhos, mas os filhos são uma consequência indelével do amor conjugal.

Para que os cônjuges possam ser felizes nessa missão, precisam cultivar uma verdadeira intimidade que se realiza por meio da unidade na vida sexual, afetiva e financeira. Os casais católicos precisam conversar sobre sexo, e tanto homem quanto mulher devem saber o que propor-ciona ao parceiro uma relação sexual prazerosa. O ato sexual não deve constranger nenhuma das partes e necessita levar em consideração a dignidade dos filhos de Deus. En-tretanto, matrimônio não se reduz a sexo. É, de suma importância, que os cônjuges desenvolvam uma vida afetiva equilibrada. Deve haver momentos de diálogo, de escuta, de manifestação de carinho e de correção fraterna. Por fim, o casal deve realizar um planejamento econômico. Ambos precisam, de comum acordo, eleger as prioridades financeiras, para que isso não seja causa de contendas futuras. Nada disso teria sentido para uma família cristã se faltasse a vida espiritual. De maneira silenciosa, muitos casais praticam uma infidelidade espiritual para com o matrimônio: não rezam um pelo outro, não vão à Igreja,

não fazem do lar uma verdadeira Igreja doméstica, não catequizam seus filhos desde a tenra idade. Eis a última pergunta: “Prometem educar os filhos que Deus vos confiar na lei de Cristo e da Igreja?”. O sacramento do matrimônio pressupõe que os cônjuges darão testemunho de fé e viverão, de maneira ativa, na co-munidade eclesial, onde receberão a Eucaristia dominicalmente.

Os casos de nulidade matrimo-nial, em grande parte, é fruto de uma ausência de uma catequese con-sistente sobre a família em nossas comunidades. Muitas celebrações litúrgicas matrimoniais são verda-deiros cultos pagãos, meros eventos sociais. As músicas, nacionais ou internacionais, contradizem a fé ca-tólica que os noivos dizem professar ou, em muitas ocasiões, apresentam o amor apenas como uma realidade natural. Nada se diz sobre a fé e o amor de Cristo e a Igreja! Espero tê-los ajudado e os instigado, caros paroquianos, a buscar sempre mais dar razões da própria esperança para si mesmos e para os demais irmãos. Um abraço fraterno em Cristo Jesus!

Padre Hallison Henrique de Jesus Parro, Especialista em Filosofia

(UFOP), Graduado em Filosofia e Te-ologia (CEUCLAR) e em Letras com

habilitação em Literatura e Língua Espanhola (UNESP). É atualmente

Vigário da Catedral São José, Asses-sor diocesano do Setor Juventude e

da Pastoral Universitária, e Professor de Teologia no Seminário Diocesano.

Algumas experiências antro-pológicas são comuns à pessoa humana, como o nascer e o mor-rer; culturalmente ritualizadas, adquirem caráter “sagrado”. A celebração anual da vida de cada pessoa recorda o seu nascimento, marca o tempo de sua existência “mundana” e histórica, com um sentimento indescritível, fruto da confluência de encantamento, júbilo e ação de graças.

A celebração dos 2015 anos do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, em 25 de dezembro, pode provocar na pessoa humana o sentimento de uma “estupefação sagrada”, resultante do encontro do deslumbramento, do louvor e da

gratidão. É “inaudito” o mistério da encarnação de Deus em Nosso Senhor Jesus Cristo. Não é um fato incompreensível, situa-se além do comum entendimento; não é pri-sioneiro das estruturas cognitivas, mas se contemplado e vivido na fé, pode ser razoavelmente acolhido e humanamente celebrado. A extensão e a intensidade do natal profano, que começa na segunda quinzena de outubro e termina na primeira quinzena de janeiro, obs-curece a celebração anual do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. No Brasil, a festa originalmente religiosa sofre um processo de secularização, patrocinado pelo comércio, encontrando terreno

O NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTOfértil nas novas gerações que não receberam ou receberam de modo incompleto a transmissão da fé cristã.

Vivemos a realidade descrita no prólogo do evangelho de São João, ao falar de Jesus, Palavra de Deus: “Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilu-mina. Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram” (Jo 1, 9-11).

O Natal é a memória litúrgica e a recordação histórica do nas-cimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, ocorrido há 2015 anos, em Belém, na Judéia (cf Mt 1, 18-25; Lc 2, 1-7). “E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade”(Jo 1, 14).

Jesus não é uma pessoa qual-quer, há algo de singular nele, é Deus: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus”(Jo 1, 1). Em Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus se introduz no mundo, faz história. Vem para iluminar a pessoa huma-

na dominada pela treva do pecado: “Nela estava a vida e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la”(Jo 1, 4-5).

Manifesta ou não, há uma rejeição à pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Esta era a luz verda-deira, que vindo ao mundo a todos ilumina. Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram”(Jo 1, 9-11). Esta recusa, na maioria das vezes, é fruto de uma ignorância, parcial ou total, da pessoa e da missão de Nosso Senhor Jesus Cristo: o Divino Salvador que nos liberta da escravidão do pecado.

Quem se reconhece pecador e acolhe a Nosso Senhor Jesus Cristo, torna-se filho de Deus: “A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que creem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1, 12-13). Por ele recebemos a vida de Deus, conhecemos a Deus: “De sua

plenitude todos nós recebemos, graça por graça. (…) Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer” (Jo 1, 16.18).

Como pecadores em con-versão, aproximemo-nos da celebração litúrgica do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com “temor e tremor” sagrado ajoelhemo-nos diante do único e insubstituível Salvador, Deus que vem em nosso socorro. Para isso, não temamos dizer não àquilo que no natal secular contraria a fé e se torna um obstáculo para a vida de Deus em nós.

Feliz e santo Natal! Abenço-ado e feliz Ano Novo! Amplexo e todo bem!

+ Tomé Ferreira da SilvaBispo Diocesano de São

José do Rio Preto/SP

JANEIRO/2016 3

Feliz e abençoados Natal e 2016

Nós sempre iniciamos o ano com alguma expectativa. Contudo, seria bom que, antes de falar de expectativas, fizés-semos uma avaliação sobre como foi o ano que terminou. Que tipo de sentimento acom-panhou você? Sentimento de gratidão, de louvor, de frustração ou de raiva por algo que saiu errado na tua visão, de tristeza, de alegria, de vitórias, de derrotas, de conquistas ou de perda? Você foi escravo do quê ou de quem no ano pretérito?

Como avaliar se ano foi bom? Muitos o avaliam a partir da sua conta bancária, do crescimento da sua em-presa, da condição em que se encontra a sua vida afetiva, se você termina o ano com mais dinheiro do que quando começou, ou com a pessoa amada ao seu lado etc., então o ano foi bom; caso contrário, você o avalia como ruim.

Ora, um ano não é bom ou ruim em si mesmo; ele é o resultado das escolhas que as pessoas vão fazendo e das decisões que elas vão tomando nas várias áreas da vida: profissional, financeira, emocional, espiritual etc. É claro que vale lembrar que não se trata somente de es-colhas e decisões pessoais, mas também das escolhas e decisões que tomam aqueles que nós escolhemos para nos representar e nos gover-nar, sobretudo em relação à economia, saúde, educação, transporte público, segurança pública etc.

De fato, para saber se um ano foi bom, nós, como cristãos que somos, temos outro critério para avaliar o ano que terminou. Pergun-

te-se: eu terminei o ano de 2015 mais aberto ou mais fechado à vontade de Deus? Fui mais acolhedor, fui mais solidário às necessidades do próximo? Amei os outros como Jesus me ensinou? Tive misericórdia dos que sofrem, dos que erram, perdoei os pecados cometidos contra mim? Perdoei a mim mesmo pelos meus erros? Pedi perdão a Deus pelos meus pecados? Rezei pelos meus inimigos, pelos que me perseguem, pelos que me caluniam? Vesti quem estava nu, dei de beber a quem estava com sede, dei de comer a quem estava com fome, visitei os enfermos e os presos? Em tudo que realizei percebi a presença amorosa de Deus? Vivi os valores anunciados no Evangelho? Com a minha fé, fui fiel tes-temunha desses valores? Fui luz na vida dos outros?

Olhando para os aconte-cimentos que se deram na sua vida ao longo do ano que acabou de findar, em quais deles você consegue perceber o amor de Deus por você?

E ao virar a página, ao mudar de calendário, per-gunte-se: que sentimentos me acompanham no início de 2016? Estou iniciando o novo ano com fé, com confiança, ou com desânimo, com descré-dito? O que fazer para que o novo ano seja bom?

O caminho que se abre em 2016 é incerto e sombrio, so-bretudo pela crise econômica, perda de valores e transfor-mações sociais e culturais pelas quais obrigatoriamente passamos. Não sabemos o que vamos enfrentar; não sabe-mos o que nos acontecerá, o que dificulta até mesmo traçar

A história de São Pau-lo é para nós um exemplo de conversão e mudança de vida. Saulo, também chamado de Paulo, nas-cido em Tarso, capital da Cicília, entre os anos 5 e 10 depois de Cristo, perseguia os cristãos por considerá-los hereges. Ele próprio traça sua biografia da seguinte forma: “Circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Ben-jamim, hebreu, filho de hebreus; quanto à Lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível” (Fl 3,5).

Sua conversão acon-teceu quando chefiava uma missão de perse-guição a caminho para Damasco. Paulo diz que no caminho, já próximo de Damasco, se viu su-bitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu e lhe apareceu Cristo Ressuscitado, que lhe disse: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” Saulo perguntou: “Quem és Tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Je-sus a quem tu persegues. Agora levanta-te, entra na cidade e e aí te dirão o que deves fazer” (Act 9,1-7). Perseguindo os membros da Igreja, Paulo

estava a perseguir Cristo que é a sua Cabeça. Por isso popularmente se diz que Paulo caiu do cavalo, o que na verdade é uma forma de dizer que ele mudou a rota da sua vida, viveu uma verdadeira transformação.

Após o diálogo com Cristo Ressuscitado, Pau-lo, de perseguidor dos cristãos, torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá de-dicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: “Para mim viver é Cristo” (Fl 1-21); “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20)

Desde aquele momen-to começa para Paulo uma nova etapa da vida, uma grande aventura que o levará por montes, desertos, mares, aldeias e cidades do Mediterrâneo Oriental, e que termina-rá em Roma com o seu martírio.

Que a vida de Paulo sirva a nós de exemplo, que possamos nos di-minuir para que Cristo cresça em nós, para que não sejamos nós a viver, mas o próprio Deus.

Bianca Rezende

ANO NOVO E SUAS EXPECTATIVAS

as nossas expectativas. Mas, como cristãos, como homens e mulheres de fé, podemos iniciar este novo ano, tra-çando as nossas expectativas confiando-nos ao Senhor, como diz o Salmo 37,3-5: “Confie no Senhor e faça o bem... Coloque tua alegria em Deus e ele realizará os desejos do teu coração. Entregue teu caminho ao Senhor, confie nele e ele agirá... Descanse em Deus e nele espere”. Po-demos pedir que Ele nos dê sua graça e sua bênção para que caminhemos de acordo com a tua vontade, pedir que Ele nos conduza na vida pes-soal, familiar, social, afetiva, espiritual e profissional para não incorrermos nos mesmos erros do ano passado.

Por isso, inobstante o sentimento de frustração que ficou no ano passado, por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e da economia, das ameaças à vida e à família, convido você a contemplar o ano de 2016 com renovada confiança em Deus que tudo provê e não nos deixará faltar o essencial para a edificação de um reino de paz, de amor, de partilha, de solidariedade, de acolhimento, de perdão, de superação de todas as dificuldades, sobretudo por-que somos protagonistas da transformação da realidade onde vivemos, colocando a serviço da missão terrena os dons, a inteligência e as habi-lidades de cada um, para que nossos sonhos de felicidade e de vida em abundância se tornem verdade!

Se houver dificuldades, lembre-se que o Espírito Santo nos foi dado não para nos livrar delas, mas para nos dar força para enfrentá-las.

Feliz 2016! Os nossos votos são que a graça de Deus esteja com você e com aqueles que você ama!

Diácono Aristides Pereira dos Santos

São Paulo aPóStoloexemplo de conversão

e mudança de vida

JANEIRO/20164

O Movimento Apostolado da Oração é um caminho espiritual proposto pela Igreja, para todos os cristãos, para que cada um possa ser um apóstolo de Jesus em sua vida diária. Nasceu na França por volta de 1844, onde o Padre Francisco Xavier explicou aos estudantes seminaristas, que podiam atender aos desejos de colaborar, de forma eficiente sem interromper os estudos. Deviam então oferecer suas orações e seus trabalhos aos propósitos do movimento e da Igreja, e assim foi feito, tanto que tais ideias foram divulgadas no país inteiro, e depois ao mundo.

A oração é o caminho espiritual, que interioriza em nós, a conciência religiosa, e a partir dessse despertar, podemos decidir com clareza se que-remos nos disponibilzar para a missão do Filho do Homem: A REDENÇÃO DO MUNDO. Então o que e como fazer? O Apostolado da Oração propõe algumas sugestões para seguirmos esse caminho, baseado no amor e na entrega de coração de tudo o que somos, e de tudo o que temos, nas mãos e ao controle do criador de todas as coisas.

CONHECENDO UM MOVIMENTO...

APOSTOLADO DA ORAÇÃO

MM – Como participar do movimento?Regina: Para participar do movimento:

basta ter a vontade de ser uma apóstola de Jesus, rezando para todos que precisam e que nos pedem suas orações.

MM – Quando acontecem os encontros?Regina: Todas as 5ª feiras, às 15h, no Sa-

crário da igreja, fazemos Hora Santa, porém não é obrigatória a participação, vai quem tem disponibilidade. Na 1ª quinta-feira do mês, temos a Hora Santa específica do mês e após (16 h) a Reunião Mensal.

MM- Há mais obrigações?Regina: Devemos participar da missa da 1ª

sexta-feira do mês (19h30) fazendo a comu-nhão reparadora – pedida pelo próprio Jesus. Essa sim obrigatória, mas nada impede que a pessoa, quando não puder, participe em outra Paróquia (ou mesmo não participe).

MM – Sobre o que se fala nas reuniões?Regina: Nos encontros também a pauta

é praticamente só orações, recados mensais e passamos o material para rezarmos o mês inteiro (são chamados Bilhetes Mensais - onde constam as intenções do Papa e o Oferecimento Diário que também é um dever nosso).

MM – O que você destacaria como pontos positivos do movimento?

Regina: Somos muito unidas, e rezamos para todos que pedem nossas orações! Temos um caderno de intenções, onde toda pessoa que passa pelo sacrário nas quintas-feiras às 15 h. coloca seu pedido, seu agradecimento e rezamos sempre por elas.

A coordenadora do Apostolado da Oração responde algumas

dúvidas dos interessados:Um dos caminhos é a oração que, segundo sugestão, deve ser realizada em três momentos ao longo do dia. O primeiro momento é pela manhã agradecendo, e pedindo compreensão e força para entender e lutar pelos que mais precisam (erguendo a igreja do Pai). O segundo momento se faz presente durante o dia, reforçando o pedido de compreenssão e força, e o terceiro se faz à noite, quando se agradece por mais um dia, e se reflete sobre se se conseguiu servir ao que o Filho do Homem espera de um apóstolo.

Outra recomendação é a eucaristia que re-presenta o sacrifício de Cristo para nos lavar dos nossos pecados, e a fé em Maria, que abriu seu coração e se colocou disponível à missão de Jesus, orando e pedindo por aqueles que mais ne-cessitam, e também difundiu sua palavra e amor.

Sendo assim, para que possamos ser um após-tolo que sirva ao propósito de Cristo é necessário que façamos uma oração diária não só para nós e nossas famílias, mas para todos que passam por momentos conturbados. Precisamos orar e ter fé, pois apesar das tribulações, tudo tem um propósito, e mesmo sem compreender, devemos pedir foça e sabedoria para lidar com as dificul-dades. Devemos nos colocar disponível ao Filho do Homem levando sua palavra a todos lugares e a todas a pessoas, principalmente às “ovelhas perdidas”, resgatando os perdidos e ajudando de fato a erguer a igreja do Pai. Lembrem-se do que Jesus disse ao ser questionado sobre o fato de sentar-se junto aos pecadores sendo ele Santo: “O saudável não precisa de médico, mas o doente sim; e então completou: Eu não vim para os justos e sim para os pecadores”.

Matheus Soares

JANEIRO/2016 5

Nossos Batizados do mês de dezembro!Fotos: Ariuce Schiavon

Há 87 anos, no dia 25 de janeiro de 1929, houve a cria-ção do Bispado de São José do Rio Preto. Contudo, a história de formação da Diocese co-meçou ainda no período em que o Brasil passava por um regime Imperial. Através do processo de ocupação da região no século XIX, em especial de famílias residentes em Minas Gerais, e de doações de terras, mais tarde haveria de ser cons-truída uma pequena igrejinha, de pau-a-pique e coberta de sapé. Em 1857, a mesma foi oficialmente instituída como Capela, e ao redor desse tem-plo católico foram construídas humildes casas, dando assim, origem ao povoado.

Com a expansão da cidade, a Capela foi substituída, e no dia 26 de maio 1857 foi lan-çada a pedra fundamental da nova Igreja Matriz. A partir desse momento, a comunidade católica se mobilizou e criou uma comissão responsável

pela organização do patrimônio do novo Bispado. Todavia, a criação do Bispado ocorreu, definitivamente, no dia 25 de janeiro de 1929, através de uma Bula do Papa Pio XI. Sendo assim, a cidade tornou-se sede da Diocese. Nesse momento inicial, a diocese era composta por 15 paróquias: São José do Rio Preto, Ibirá, Santa Adé-lia, Tabapuã, Mirassol, Nova Granada, Monte Aprazível, Tanabi, Ariranha, Catanduva, Potirendaba, Inácio Uchoa, Cedral, José Bonifácio e Fer-nando Prestes.

O primeiro Bispo Diocesa-no foi Dom Lafayette Libânio, nomeado pelo Papa Pio XI em 1930. O mesmo tomou posse em 1931 e governou a diocese até 1966. Além disso, no ano de 1954, o Imaculado Coração de Maria foi consagrado como padroeiro da Diocese de São José do Rio Preto, e justamente pela devoção da Diocese ao Imaculado Coração de Maria

foram construídas duas Igrejas em sua honra, em Mendonça e São José do Rio Preto.

Em meio aos desafios da época, em 1968, Dom José de Aquino assumiu a Diocese. O segundo bispo diocesano criou o Seminário Maior “Sagrado Coração de Jesus”, além de reformar o Seminário Menor e o Palácio Episcopal. Além disso, Dom José de Aquino determinou a demolição da antiga Igreja e, em 1973, deu a missão ao Pe. Santo Marini de construir o novo templo. Após algumas modificações em seu projeto inicial, a Catedral ficou pronta.

O terceiro bispo foi o mon-ge cisterciense, prior e abade, Dom Orani João Tempesta e assumiu a Diocese no dia 1º de maio de 1997. Ele foi res-ponsável pelos festejos dos “70 anos da Diocese”, além de pa-trocinar a publicação de livros sobre a história da Diocese. Em 2006, Dom Paulo Mendes

Peixoto foi escolhido para as-sumir a Diocese, sendo o quarto bispo diocesano. Este por sua vez, incentivou a formação de catequistas e realizou algumas transferências de padres.

No dia 16 de novembro de 2012 foi apresentado à comu-nidade Dom Tomé Ferreira da Silva, o quinto bispo diocesa-no. Nestes quatro anos, Dom Tomé criou algumas paróquias, entre elas está a Paróquia de São Roberto Belarmino em Pontes Gestal, além de im-plementar alguns ajustes na administração da Diocese e reordenar o Setor de Comuni-cação Diocesano.

Durante quase 40 anos, de 1906 a 1944, a cidade teve seu nome reduzido para Rio Preto. Contudo, em 1944, por conta dos festejos de comemoração do cinquentenário municipal o nome da cidade levou o acrésci-mo do seu padroeiro São José, se tornando portanto, São José do Rio Preto. Sendo assim, o

terceiro bispo diocesano, Dom Orani, enviou uma pedido de alteração da denominação da diocese e a concessão do título de São José como co-padroeiro diocesano. O pedido foi aten-dido, tendo a mudança sendo realizada no dia 19 de março de 2003 na Catedral.

Desse modo, celebra-se no dia 25 de janeiro o aniversário do Bispado. Diante de tantas histórias desde a sua criação, a Diocese de São José do Rio Preto completa mais um ano, com o apoio e ajuda de toda co-munidade. Portanto, neste dia tão especial toda a população comemora em conformidade com a Diocese.

(*O texto lido tem como fonte a História da Diocese

de Rio Preto, de Nilce Lodi e Padre Hallison Parro, reti-

rado e compilado do site do bispado: http://bispado.org.

br/historia) Compilado por Mariane Borges

Os 87 anos do Bispado*

CAMPANHA “DESAPEGAR DAS BIkES qUE NãO USAMOS MAIS”

Lú e João recebem a Bike da campanha “Desapegar das Bikes que não usamos mais”, organizada por Fábio Herédia Lú e João recebem a Bike

Fábio com o filho Tomás fazendo a entrega das bikes

JANEIRO/20166

Citados no Evangelho Segundo Mateus, os magos, reconhecidos posteriormente como Baltasar, Melchior e Gaspar, foram guiados por uma estrela e foram visitar Jesus logo após seu nasci-mento levando consigo três presentes.

“Quando entraram na casa viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelha-ram-se diante dele, e lhe prestaram homenagem. Depois, abriram seus cofres

e ofereceram presentes ao menino: ouro, incenso e mirra”. (Mateus 2: 11),

Na antiguidade o ouro re-presentava nobreza e era pre-sente oferecido apenas para reis; o incenso representava a fé e era presente oferecido apenas para sacerdotes; e a mirra representava perfume suave e sacrifício, usado para embalsamar corpos e simbolicamente representava a imortalidade era presente oferecido a profetas.

Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Dos seus presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração

do nascimento de Jesus. Em diversos países, como por exemplo, os de língua espanhola, a principal troca de presentes é feita não no

Natal, mas no dia 6 de janeiro, e os pais muitas vezes se fantasiam de reis magos. No Brasil e

em Portugal, o evento é conhecido como Dia de Reis ou Epifania.

Eles chegam com seus pandeiros coloridos, tocando, cantando, vêm com máscaras e sanfonas e trazem a bandeira com a imagem dos Três Reis. É a Folia de Reis como é co-nhecida no Brasil. Uma festa religiosa que ocorre tradicio-nalmente do Natal até do dia 06 de janeiro e representa a viagem dos Três Reis Magos. As devoções aos Reis Magos começaram durante a Idade Média e são realizadas em várias partes do mundo com festas e celebrações.

O Pastorinho ou palhaço é quem pede licença aos donos da casa e vai entrando com a bandeira que tem a função de purificar os cômodos da casa. Também é recebida como bênção que curam enfermos, traz prosperidade e benefícios para os moradores da casa.

O ritual da festa é bem com-plexo digamos assim. O grupo pede donativos por onde passa para fazer a festa para os san-tos. Isso tudo regado a muita música, que é o ponto central dessa festa de muita devoção e religiosidade. Nas letras das músicas passagens bíblicas que vão desde a aparição do Anjo Gabriel para anunciar o nascimento de Jesus até o encontro com Herodes. As letras das músicas, podemos dizer que são evangelizadoras.

Fernanda Marques e Cle-ber Santana são devotos e or-ganizam festa de Folia de Reis todos os anos. “Acreditamos e temos devoção. Recebemos uma graça e desde então ofe-recemos jantar, recebemos em casa, na igreja, queremos

divulgar cada vez mais essa festa linda e cheia de espiri-tualidade”, declara Fernanda que em 2002 por motivos pessoais pediu a Santos Reis que concedessem uma graça. Foi atendida. E desde então é devota e tem até o estandarte em casa.

Cleber lembra que a Paró-quia Menino Jesus de Praga realiza a missa de Folia de Reis há algum tempo, porém de três anos pra cá, a devoção aumentou. “A devoção cresceu dentro da igreja. De uns tem-pos pra cá as pessoas querem passar em baixo ou tocar a bandeira para agradecer ou receber graças”, conta Cleber.

“Entro com a bandeira na igreja junto com minha família e amigos, tudo o que peço sou atendida”, declara Fernanda.

Existem pequenas varia-ções entre grupos e regiões para o ritual da festa, mas basicamente os integrantes e suas funções são:

Mestre ou embaixador: é o principal personagem da folia, ou ainda chefe da folia, porque ele organiza a logística do grupo, o trajeto, horários e os instrumentos, e é o respon-sável por improvisar os versos cantados nas residências. Cabe aos mestres a responsabilidade de manter viva a tradição e se encarregar da transmissão oral dele, como lembra Luís da Câmara Cascudo.

Alferes ou bandeireira: Carrega a bandeira com a imagem dos Reis Magos que, por ser um objeto sagrado por excelência da folia, deve sempre ir à frente do grupo.

Palhaços: É o personagem alegre. Acompanham e vigiam a bandeira. Consultam o dono da casa para saber se estes acei-tam o cantorio. Nos arcos e em frente ao presépio, costumam declamar versos referentes à história do nascimento e por isso devem entender tanto do fundamento da folia como o capitão. Executam danças e fazem brincadeiras com os donos da casa, geralmente pedindo presentes para si. Nas funções de maior sacralidade, mantém a máscara levantada.

Coro: São os integrantes, normalmente instrumentistas, que repetem um ou mais dos versos cantados pelo capitão ou embaixador.

Sanfoneiro ou rabequeiro: Normalmente não participam da resposta. Seu toque dá a linha melódica para o canto do capitão.

Caixeiro: Responsável pela batida que sustenta o andamento do cantorio. Essa função tem muita responsa-bilidade, uma vez que a caixa sustenta a energia do grupo em situações adversas.

Os foliões são os partici-pantes da festa, moradores visitados, aqueles que dão os almoços, jantas e hospe-dagem.

O encerramento da festa é feito com a entrega da ban-deira que é recolhida à casa do capitão até o próximo giro ou eventualmente até o cum-primento de alguma promessa, participação em encontro de folia etc.

Marcela Pinoti

OS REIS MAGOSGuiados por uma estrela visitaram

Jesus oferecendo presentes

Folia de Reis é uma festa tradicional cristã que simboliza a visita dos três reis magos ao menino Jesus

Atitudes para receber o Espírito Santo

Há algum tempo, temos falado sobre o Espírito Santo que Jesus ganhou para cada um de nós. É chegada a hora de aprendermos a nos dispor a receber este maravilhoso dom de Deus. Não se trata de técnica ou mágica, que isso fique claro, pois Deus faz as coisas como Ele quer, como Ele planejou. Mas existe a nossa parte também, e é sobre ela que vamos falar.

Baseados no livro Ide e Evangelizai os batizados*, citamos nove atitudes que devemos ter para recebermos o Espírito Santo:

1ª- Ter sede: trata-se de reconhecermos a necessi-dade que temos do Espírito Santo; o entendimento de que sem Ele não alcançamos a plenitude da vida humana.

2ª- Ir a Jesus Salvador e Senhor: para recebermos o Espírito Santo, é necessário ir a Jesus; reconhecê-lo como ÚNICO Senhor da nossa vida.

3ª- Beber do Espírito: o Espírito Santo se oferece a nós sem limites; é como um rio de água viva que brota de Jesus.

4ª- Crer que Jesus cumpre suas promessas: ter a segu-rança de que Deus cumpre sua promessa. Portanto, não se trata de pedir, mas de agradecer pelo cumprimento da promessa: o Espírito nos é enviado.

5ª- Receber o que Jesus já ganhou por você: esta é a atitude referente ao abandono total, à entrega, à consagração a Deus. Aqui se recebe e se acolhe o dom do Espírito, sabendo-se que não somos nós quem vamos a Ele, mas é Deus quem chega até nós.

6ª- Paz sem distração: devemos estar em paz e tran-quilidade, sem medo nem ansiedade, sem nervosismo ou temor. É um abraço de Deus, do Pai.

7ª- Não depende de você, mas só de Jesus: receber o Espírito não depende de nós, de nossos méritos, de nossa

preparação. Não devemos pensar que não O merece-mos, pois não temos como adquiri-Lo; é Jesus quem poderá dar o Espírito para nós, que nos vem não porque somos santos, mas para que possamos sê-lo.

8ª- Perdoar: antes mes-mo de pedir que o Pai nos envie seu Santo Espírito, é necessário que retiremos do nosso coração os obstá-culos que nos impedem de chegarmos até Ele. Ódio, ressentimento, rancor são barreiras que nos impedem de receber o Espírito Santo, portanto é oportuno perdoar e pedir perdão.

9ª- Não programar a forma como vai receber o Espírito Santo: não devemos planejar como será nossa ex-periência quando o Espírito nos for dado. Não nos cabe decidir como isso irá acon-tecer; Deus é quem planejou com sua sabedoria como isso irá acontecer. Deus nos conhece e planejou a forma como seremos abençoados. A nós cabe não colocarmos nenhuma barreira para que isso aconteça. O fundamen-tal é estarmos abertos para receber uma nova efusão do Espírito Santo que vai modificar a nossa vida.

Feita esta experiência, os que receberam esta Renova-ção da vida cristã “passam a ter uma nova visão das coisas de Deus e de sua Igreja, uma força poderosa para confirmar Jesus em to-das as circunstâncias de sua vida, um profundo sentido comunitário e responsa-bilidade por cada um dos membros da comunidade; enfim, uma abertura a toda a gama dos dons e frutos do Espírito Santo.

O Batismo no Espírito Santo suscita sede de Deus, gosto pela oração e amor pelas Sagradas Escrituras.” Basta aceitarmos. Você está disposto?

*Você poderá ler mais sobre a experiência com o Espírito Santo

nas páginas 75 a 93

JANEIRO/2016 7

O que é misericórdia para você? Na obra “A Cidade de Deus”, Santo Agostinho a define da seguinte ma-neira: “A misericórdia é a compaixão que o nosso coração experimenta pela miséria alheia, que nos leva a socorrê-la, se o pudermos.”

O ano só está começando e vamos então aproveitar para pensarmos no assunto e colocar isso em prática no decorrer dos dias, já que 2016 é o da misericórdia.

De acordo com padre Sílvio, é fácil entender o que é misericórdia, basta analisarmos o significado da palavra. “Cordis, em latim, significa coração. Portanto devemos usar o coração nas misérias humanas. Ele conhece nossas misérias, o senhor nosso Deus usa o coração amoroso, o coração que perdoa, o coração compassivo, lento em julgar em condenar, mas cheio de ternura para conosco e por isso nas nossas misérias o seu coração está aberto”, explica.

O Ano extraordinário foi convo-cado pelo papa Francisco durante a celebração da penitência, na Basílica São Pedro, no Vaticano, no fim do ano passado. O pontífice durante a celebração destacou: “Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma con-versão espiritual. Devemos fazer este caminho. Por isso decidi proclamar um Jubileu Extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia”, disse o papa.

Na tradição católica, o Jubileu é o ano que a Igreja proclama para que as pessoas se convertam em seu interior e se reconciliem com Deus, por meio da penitência, da oração, da caridade, dos sacramentos e da peregrinação, porque o que é a vida, senão uma peregrinação.

Em todos os anos santos é possível ganhar indulgências, graças especiais que a Igreja concede e que podem

2016 o Ano da Misericórdia. Vamos aprender a viver bem esse ano

ser aplicadas à remissão dos próprios pecados e suas penas, ou também aos defuntos que estão no pur-gatório. O lema des-te Ano Santo é “ M i -seri-

c o r -d i o -s o s como o Pai”, e a principal in-tercessora do Jubileu é a Nossa Senhora de Guadalu-pe, Mãe de misericórdia.

A cada 25 anos, a Igreja celebra um Ano Santo Ordinário. O próximo será em 2025. Fora dos anos santos ordinários, a celebração do Ano Santo é “extraordinária”.

O papa quis que o tema fosse esse para nos unir mais

ao rosto de Cristo, no qual se reflete

a misericórdia do Pai, que

é “rico em misericór-

dia”. A miseri-córdia é su-p e -rior à

jus-t i ç a .

D e u s é jus-

to, mas vai muito

além da jus-tiça, com sua

misericórdia e seu perdão. E é isso

que podemos viven-ciar neste Ano Santo, que

começou no dia 8 de dezembro e termina em 20 de novembro de 2016, último dia do ano litúrgico.

O papa nos aconselha a praticar-mos as obras de misericórdia, a viver-

mos intensamente a oração, o jejum e a caridade na Quaresma. Também recomenda que nos confessemos, para podermos receber melhor as graças do ano jubilar. E que cada um realize uma peregrinação, de acordo com suas capacidades, para atravessar a Porta Santa.

Existem 14 obras de misericórdia, 7 espirituais e 7 corporais. As obras de misericórdia corporais são: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, visitar os doentes, visitar os presos, acolher os peregrinos, enterrar os mortos.

As obras de misericórdia espiri-tuais são: dar bom conselho, corrigir os que erram, ensinar os ignorantes, suportar com paciência as fraquezas do próximo, consolar os aflitos, perdo-ar os que nos ofenderam, rezar pelos vivos e pelos mortos.

Para sermos misericordiosos não basta compadecer-se das pessoas e ficar de braços cruzados. É preciso agir pra socorrê-las, como diz a própria de-finição de Santo Agostinho. Para que se aja corretamente, porém, é preciso ter em mente uma das características da misericórdia, que é a reta razão. Sem ela, não há virtude moral, como diz Santo Tomás: “a virtude humana consiste num movimento do espírito regulado pela razão”. Uma mãe, por exemplo, que, sentindo misericórdia do filho drogado em síndrome de abs-tinência, se dirigisse à boca de fumo para comprar a substância química e oferecer ao filho, certamente não estaria colocando em prática a virtude da misericórdia.

Pensemos então no assunto. A verdadeira misericórdia para com o pecador é fazer dele um santo, ou seja, um ser diferente. É dizer-lhe o que disse Nosso Senhor à mulher adúltera: “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais”.

Que 2016 seja um ano de muita paz, amor e que possamos ser real-mente misericordiosos.

Graciela Andrade

JANEIRO/20168

AMOR EXIGENTE

Em meados do séc.XIX, a Igreja, principalmente na Itália, passava por sérias dificuldades de identidade, porém a misericórdia divi-na enviou para seu auxílio, homens santos para que a fé genuína em Jesus Cristo fos-se conservada. Dentre eles, sobressaiu-se João Bosco, modelo de sacerdote, exí-mio educador da juventude, fundador de novas famílias religiosas e grande propaga-dor da fé.

De humilde condição, João Bosco nasceu em Cas-

telnuovo D’Asti, Itália, em 16 de agosto de 1815, de pais pobres, mas virtuosos cristãos. Perdeu o pai muito cedo e cresceu na piedade sob orientação de sua sábia e santa mãe. Sua infância foi prodigiosa, aprendendo com facilidade tudo que lhe era ensinado.

Mais tarde, entrou para o Seminário de Chieri onde se dedicou com ótimo apro-veitamento aos estudos, ordenando-se sacerdote em 05 de junho de 1841. Após a ordenação, transferiu-se

O Amor-Exigente é um grupo de apoio aos familiares de dependentes químicos, aos próprios dependentes e às pessoas com problemas de relacionamentos. Na nossa paróquia, o grupo de apoio chama-se Menino Jesus e atende todas as quartas-feiras, às 19 horas e 30 minutos, no salão da casa paroquial.

Em cada mês do ano, os participantes discutem e fazem reflexõessobre um tema, um princípio, para ajudá-los a rever convicções, comportamentos e ideias. Neste mês de janeiro, o princípio discutido é “raízes culturais” que tem como objetivo central refletir sobre a importância do autoconhecimento e do resgate da própria identidade.

O princípio prega que é preciso voltar no tempo para entendermos de onde vêm nossas raízes. Para isso, partimos de questionamentos básicos como: quem sou eu?;que tipo de pessoa gostaria de ser?; quem é aminha família?; que características familiares tenho que devem ser banidas do meu dia a dia e quais devem ser estimu-ladas? A partir dessas pequenas reflexões,entendemos que gritar, responder, contar mentiras, comer separados, ser indiferente, consumir em excesso e valorizar a apa-rência, por exemplo, são comportamentos que devem ser evitados. Já atitudes, por exemplo, como cantar, ter senso de humor, contar histórias e valorizar a essência devem ser estimuladas.

Dessa forma, vamos resgatando nossa identidade que, devido aos problemas enfrentados com a convi-vência com um familiar dependente químico ou com comportamentos inadequados, acabamos “perdendo”. O princípio “raízes culturais” nos dá condições de avaliar nossa vida e rever nossos conceitos, sabendo sempre que podemos voltar atrás e recomeçar de outra forma.

O filósofo André Comte Sponville, no seu livro Pequeno tratado das grandes virtudes, mostra que determinados valores humanos são imutáveis e preci-sam continuar a ser apreendidose cultivados por todas as gerações. São eles:polidez, fidelidade, prudência, temperança, coragem, justiça, generosidade, compai-xão, misericórdia, gratidão, humildade, simplicidade, tolerância, pureza, doçura, boa-fé, humor e amor. E esses valores éticos são incentivadosentre os partici-pantes do grupo de apoio como forma de aprender a redesenhar a própria identidade. Afinal, é só a partir do autoconhecimento que temos condições de administrar os nossos problemas.

Célia Regina Cavícchia Vasconcelos

Raízes culturais e identidade

Secretaria: Segunda a Sexta-feira ... das 8h às 11h e 13h às 17h.Sábado .................................................das 8h às 11h.

Missas:Segunda-feira, Terça-feira e Quinta-feira ......às 19h30Sábado .................................................................. 19hDomingo .....................................às 10h, 18h e 19h30.

SEGUNDA-FEIRAOrientação psicológica - 14h às 17h30

TERÇA-FEIRARenovação Carismática Católica (Grupo de Oração) às 19h30Orientação psicológica - 14h às 18h30Terapia Comunitária às 18h30 às 20h

QUARTA-FEIRAAmor Exigente: 19h30 às 21h30

Terço dos Homens – 20 as 20h45

QUINTA-FEIRAApostolado da Oração: Hora Santa - 15h

Novena do M. Jesus de Praga às 19h30Confissões: das 14h30 às 16h30Orientação psicológica - 14h às 19h

SEXTA-FEIRAApostolado da Oração: 1ª sexta-feira do mês, missa às 19h30 e reunião em seguida.Plantão de Oração: 15h30 às 17hOrientação psicológica - 14h às 18hPsicopedagogia - 14h às 17h

SÁBADOReunião do Grupo de Jovens: 17h às 19h

REGIãO OESTE Walter e Omeide Máximo

Fone: 3227-5509Aparecida Pinoti - Fone: 3227-2731

REGIãO LESTE Janaina – 99737-5676

REGIãO SUL Celina e Jorge Folchini

- Fone: 3216-3867

REGIãO SUDOESTE Luis Antônio e Mônica

Fone: 3327-7394

REGIãO CENTRO Zenaide M. A. Rosa

Fone: 3011-3097

Luzia Fone: 3227-1976

REGIãO NORTE Coord. Valdir Azevedo

Fone: 3226-7011

CAPELA SãO PEDRO Coord. Waldira Tav. Nonato

Fone: 3301-1153

REDE DE COMUNIDADES

AGENDA PAROQUIAL

SãO JOãO BOSCO: o padroeiro da juventude e dos aprendizes

para Turim, exercendo seu ministério santamente nos hospitais, nos cárceres, no confessionário e na pregação da palavra de Deus.

Tinha carismas extraordi-nários e conseguiu desenvol-ver um sistema pedagógico salutar que atendia e dirigia para o bom caminho a ju-ventude, principalmente a abandonada e a mais pobre.

Conseguiu com seu nobre coração tão felizes resultados que, entre os educadores cristãos, São João Bosco figura, sem sobra de dúvida, em primeiro lugar. Tinha uma confiança inabalável em Nos-sa Senhora Auxiliadora e com isso conseguia tocar o coração dos jovens e os levava sem dificuldade a praticar o bem.

Fundou duas congrega-ções religiosas: a Pia Socieda-de de São Francisco de Sales, conhecida como Salesianos e o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora ou Irmãs Salesianas que, além de dar formação literária e profis-sional a milhares de crianças de ambos os sexos, também se encarregam da assistência aos enfermos e aos leprosos.

Fundou também um gran-de número de colégios para a educação de meninos pobres. Foi o apóstolo da boa impren-sa, escrevendo muitos livros e artigos. Exerceu enorme influência na vida social e política da época.

Faleceu em Turim, Itália, em 31 de janeiro de 1888 e foi declarado santo em 1º de abril de 1934.

É padroeiro da juventude e dos aprendizes e sua festa é comemorada em 31 de janeiro.

Regina Céli Pinhata NoveliniCoordenadora do Apostolado

da Oração

JANEIRO/2016 9Fotos: Danilo, Ariuce Schiavon e Terezinha Camargo

Casamento de dezembro na Paróquia

ANIVERSARIANTES DO MÊS:

BOAS-VINDAS AO PADRE HALLISON

CONFRATERNIZAÇÃOCONFRATERNIZAÇÃO DA CATEquESE COM OS PAIS

BAZAR DE NATAL

Confraternização Cube de Mães

Confraternização Grupo de Oração Renovação Carismática

Confraternização dos Coroinhas

Confraternização dos Ministros da Eucaristia

Confraternização de Natal Família assistidas pelos Vicentinos

JANEIRO/201610

CAPELA SÃO PEDRO

Aniversariantes do mês sendo abençoados pelo Diácono Aristides

Mudança de horário do grupo de oração: AGORA, todas as terças-

feiras, às 20 horas, na CapelaO pequeno Emanuel encanta a todos na missa de Natal

Padre Hallison abençoa as crianças na missa de Natal

A história da Paróquia Menino Jesus de Praga mos-tra a coragem e perseverança de homens e mulheres que acreditaram em um ideal, tra-balharam muito e levantaram esse templo.

Tudo começou em 1976, quando o bispo diocesano Dom José de Aquino Pereira, hoje bispo emérito, idealizou uma paróquia no bairro São Manoel, um bairro que já dava sinais de um povoamento intenso, devido ao Hospital de Base, Faculdade de Medicina e mo-radias de médicos e estudantes, na sua maioria.

A intenção era desmembrar este setor da cidade da Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Redentora. Os moradores católicos tinham de se deslocar até aquele bairro para receber os sacramentos e assistir às missas.

Em uma sexta-feira de 1986, a ideia começa a tomar forma, quando dom José con-vida o comerciante Hélio João Rodrigues para assumir a res-ponsabilidade da construção do novo templo. Eram necessários recursos financeiros, local e gente interessada em trabalhar.

E a partir desta proposta, a casa de Hélio Rodrigues passou a ser a sede de missas, celebra-das toda quinta-feira por dom José ou pelo pe. Carlos Bracci, hoje falecido.

O primeiro passo foi formar uma comissão para a constru-ção. Vários moradores toma-ram conhecimento da obra que estava para nascer. Muitos dos que participaram dessa comis-são, ainda hoje estão à frente de pastorais e movimentos nessa comunidade.

O terreno, na confluência das ruas Adib Buchala com

Teodoro Demonte foi doado pela Prefeitura, na gestão do professor Manoel Antunes. Dezoito meses depois foi celebrada a primeira missa campal às 20 horas do dia 25 de outubro de 1987 e lançada a pedra fundamental.

Depois de muitas campa-nhas, quermesses, sorteios, suor e trabalho, o prédio co-meçou a ser erguido. O salão paroquial foi o primeiro a ficar pronto e durante 11 anos foi usado para as missas, que eram celebradas pelos padres Jarbas Brandini Dutra, João Serafim, Carlos Bracci e Mário.

No dia 27 de março de 1997, uma quinta-feira Santa, foi celebrada a primeira missa no novo templo, presidida por dom José e concelebrada pelo Pe. Serafim.

Mas a criação e inaugura-ção da Paróquia Menino Jesus

de Praga, aconteceu em 25 de janeiro de 1998, pelo bispo Dom Orani João Tempesta, que empossou o primeiro pároco, Pe. Geomar Alves dos Santos.

Atualmente a Paróquia tem como Pároco o Padre Sílvio Roberto dos Santos e na administração Hélio João Rodrigues.

Desde sua construção mui-tas coisas já foram feitas. Re-formas, ampliação de espaços, pastorais foram sendo criadas.

São aproximadamente 68 equipes entre grupos, pasto-rais, pessoas e movimentos que ajudam na formação e atendimento da comunidade, incluindo a Pastoral Social, que é composta pelos Vicentinos, Amor Exigentes e os serviços aos carentes (Equipe da Sopa, atendimento psicológico e farmácia comunitária).

O dia do padroeiro é cele-

Aniversário da Paróquia Menino Jesus de Praga: uma história de luta!

Missa de Aniversário

brado em 25 de outubro. Todo o andamento da paróquia está registrado no livro-tombo.

Uma história que come-mora dezoito anos de luta, entusiasmo, ânimo e persis-tência que moldaram o coração destas pessoas que se uniram, sonharam, trabalharam e agora ficam para sempre na memória de uma comunidade, com a certeza de que cumpriram uma missão aqui na Terra.

Camila Furlanetto

Para comemorar os 18 anos da Paróquia Menino Jesus de Praga, haverá a celebração com a missa no dia 23 de janeiro às 19h.

JANEIRO/2016 11

Confraternização Equipe Sopa - 2015

MISSA DE NATAL

RITO PENITENCIAL

MISSA DA SAGRADA FAMÍLIA - REGIãO SUDOESTE

Hora da Graça

MISSA SAGRADA FAMÍLIA

NA PARÓqUIA

HORA DA GRAÇA

ENCERRAMENTO DO SEMINÁRIO

DO AMOR

Fotos: Danilo, Ariuce Schiavon e Terezinha Camargo

Fotos: Ariuce Schiavon

JANEIRO/201612

Dari Baruque e Ariuce Schiavon parabenizam os noivos Vanessa e Rodrigo, e os pais Lú e Arnaldo Carlos Correa

Maria Fernanda (acólito) se despede da comunidade e segue para estudo universitário

Joyce e Emanuel comemoram aniversário de casamento. Parabéns!!!

Marina Sartori e Vinícius E. Gonçalves recebem

a bênção pelo noivado

Marina de Marchi e

Valter Martins Ribeiro Jr, parabéns

pelo noivado!

Darci, Silvania, Lú, Rose, Maria, Marinha comemoram aniversário no Clube de Mães

Padre Sílvio Roberto recebe das artesãs do Clube de Mães um cobre leito confeccionado por Josi, da Wall Desing

Aniversariante coroinha Sara Montecino abençoada por padre Hallison Parro

Amigas se reúnem para comemorar o aniversário da Cida Camargo