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ANO II - Nº 404 - quarta-feira, 17 de abril de 2019 9 Páginas VEREADORES DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE MESA DIRETORA Presidente Prof. João Rocha Vice-Presidente Cazuza 2º Vice-Presidente Eduardo Romero 3º Vice-Presidente Ademir Santana 1º Secretário Carlão 2º Secretário Gilmar da Cruz 3º Secretário Papy • André Salineiro • Ayrton Araújo • Betinho • Chiquinho Telles • Delegado Wellington • Dharleng Campos • Dr. Antônio Cruz • Dr. Cury • Dr. Lívio • Dr. Loester • Dr. Wilson Sami • Enfermeira Cida Amaral • Fritz • João César Mattogrosso • Junior Longo • Odilon de Oliveira • Otávio Trad • Pastor Jeremias Flores • Valdir Gomes • Veterinário Francisco • Vinicius Siqueira • William Maksoud COORDENADORIA DE APOIO LEGISLATIVO AVISOS PROJETO DE LEI Nº 9.304/19 DECLARA DE UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL O “GINGA COMPANHIA DE DANÇA”. A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS APROVA: Art. 1º . Fica declarado de Utilidade Pública Municipal o “Ginga Companhia de Dança”, com sede na cidade de Campo Grande-MS. Parágrafo único. A entidade deverá observar as exigências contidas no Art. 13, da Lei Municipal n. 4.880, de 03 de agosto de 2010, sob pena de revogação da presente Declaração. Art. 2º . Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, 11 de abril de 2.019. PROF. JOÃO ROCHA Presidente JUSTIFICATIVA O presente projeto visa declarar de utilidade Pública Municipal o “GINGA COMPANHIA DE DANÇA”. com sede na cidade de Campo Grande-MS, é uma entidade voltada a dança e a cultura, prestando ainda um trabalho assistencial, pois através das suas ações tem resgatado crianças e adolescentes através da dança, impedindo que as mesmas tenham suas vidas prejudicadas e perdendo além da sua verdadeira cidadania, sua vivência infantil. Inclusive, salientamos ainda, que o Ginga, fornece todo o material necessário para que os participantes possam desenvolver suas aptidões, desde sapatilhas, AVISO DE RECEBIMENTO DO PROJETO DE LEI n. 9.310/19 DE ACORDO COM O ART. 194, INCISO I, ALÍNEA “A”, DA RESOLUÇÃO n. 1.109, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009 QUE APROVA O REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE-MS, COMUNICAMOS AOS INTERESSADOS QUE FOI PROTOCOLIZADA NESTA CASA EM DATA DE 16/04/2019, SOB O n. 16391/2019, A MENSAGEM n. 21, DE 15/04/2019, DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL, ENCAMINHANDO O PROJETO DE LEI n. 13, DE 15/04/2019, QUE RECEBEU NESTE PODER LEGISLATIVO O n. 9.310/19 QUE DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, PARA O EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2020, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. CAMPO GRANDE-MS, 16 DE ABRIL DE 2019. PROF. JOÃO ROCHA Presidente PROJETOS DE LEI figurinos, entre outros, sem nenhum ônus. PROJETO DANÇAR – GINGA CIA DE DANÇA O Projeto Dançar corresponde a iniciativa mais longa e de continuidade da Ginga Cia de Dança, junto à comunidade tendo completado 15 anos de atividades ininterruptas, atuando na difusão e democratização do acesso a dança, na formação de novos adeptos, gerando novos profissionais e público para a dança e assim contribuindo na inclusão social e cultural dos indivíduos. Despertando a sensibilidade, a criatividade e melhorando a autoestima dos participantes, proporcionando a estes um convívio social saudável, produtivo e criando neles um “sonho possível” e uma relação de futuro. São atendidas anualmente cerca de 300 crianças, jovens e idosos oferecendo acesso gratuito aos cursos de danças (balé, jazz, dança contemporânea e dança na melhor idade). A dança aqui é para todas as idades dos 5 aos 90 anos. Em seus 15 anos de atividades desenvolvidas o Projeto Dançar realizou 15 espetáculos, obras artísticas e de pesquisa que partiam do universo do “Circo” (2000), passando por “Corpo e Alma” (2007), trocando ideias com “Vila Lobos” (2012), Dançando “Bossa Nova” (2008) e ouvindo MPB – Muitas Paixões Brasileiras (2009), esse grande repertório de criações artísticas em todo seu processo de aulas e apresentações, atendeu aproximadamente 6.000 mil alunos e um público direto de 30 mil pessoas e público indireto mais de 100 mil pessoas. O Projeto Dançar desenvolve suas atividades na sede da Ginga Cia de Dança, localizada no bairro Taquarussu, próximo de bairros com altos índices de criminalidade (Nhánhá, Guanandy, Caiçara e Jockey Clube), com poucas iniciativas voltadas para a formação e transformação social de crianças e jovens que residem pelas proximidades. A direção e coordenação do Projeto Dançar, fica a cargo da Ginga Cia de Dança por meio de seu diretor Chico Neller. As aulas são ministradas por profissionais capacitados e em constante desenvolvimento profissional junto à Cia. Com 32 anos de existência, a Ginga Cia de Dança é a mais antiga e uma das principais companhias de dança do Mato Grosso do Sul. Foi criada em 1986, baseando-se em experiências estéticas e coreográficas que passam pela dança jazz, moderna e contemporânea. É a primeira Cia do Estado a participar do maior Festival de circulação e fomento das artes do país, o Festival Palco Giratório, realizado pelo SESC NACIONAL, além de ter sido premiada em diversos Festivais e iniciativas culturais pelo país. Observa-se no relatório de atividades de maneira detalhada o quão suporte assistencial é a abarcado pela Entidade em prol da comunidade, onde não se restringe apenas a região a qual esta localizada, se estendendo à toda Campo Grande/MS, inclusive, busca também a inclusão de profissionais da dança, pois, ao contrário do que pensam, muitos se encontram em dificuldades e são amparados pelo GINGA. Cabe salientar que, a partir da Lei n. 13.019/2014 definiu-se o Marco Regulatório e passou a ser considerada Organização de Sociedade Civil (OSC) entidades que desenvolvam atividades ou a projetos de interesse público e de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos. Desta forma, vislumbra-se claramente enquadra-se no caso em tela e assim tem-se total respaldo legal por contribuir para restituição e integração da cidadania e direitos humanos, buscando através das diversas atividades ligadas a cultura, a inclusão das pessoas citadas anteriormente, procurando demonstrar a possibilidade de se tornarem grandes cidadãos e profissionais, sem a necessidade de ingressarem em caminhos tortuosos, é o Resgate e a prevenção caminhando lado a lado. A presente proposta legislativa encontra-se em sintonia com a LOA - Lei Orgânica Municipal, de acordo com o artigo 22, o qual transcrevemos abaixo:

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Page 1: ANO II - Mato Grosso do Sul · detentora de personalidade jurídica, nos termos do art. 44, Incisos I, II e III, e art. 45 do Código Civil Brasileiro, há pelo menos 01 (um) ano,

ANO II - Nº 404 - quarta-feira, 17 de abril de 2019 9 Páginas

VEREADORES DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDEMESA DIRETORAPresidente Prof. João RochaVice-Presidente Cazuza2º Vice-Presidente Eduardo Romero3º Vice-Presidente Ademir Santana1º Secretário Carlão2º Secretário Gilmar da Cruz3º Secretário Papy

• André Salineiro• Ayrton Araújo• Betinho• Chiquinho Telles• Delegado Wellington• Dharleng Campos• Dr. Antônio Cruz• Dr. Cury

• Dr. Lívio• Dr. Loester• Dr. Wilson Sami• Enfermeira Cida Amaral• Fritz• João César Mattogrosso• Junior Longo • Odilon de Oliveira

• Otávio Trad• Pastor Jeremias Flores• Valdir Gomes• Veterinário Francisco• Vinicius Siqueira• William Maksoud

COORDENADORIA DE APOIO LEGISLATIVO

AVISOS

PROJETO DE LEI Nº 9.304/19

DECLARA DE UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL O “GINGA COMPANHIA DE DANÇA”.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS

APROVA:

Art. 1º . Fica declarado de Utilidade Pública Municipal o “Ginga Companhia de Dança”, com sede na cidade de Campo Grande-MS.

Parágrafo único. A entidade deverá observar as exigências contidas no Art. 13, da Lei Municipal n. 4.880, de 03 de agosto de 2010, sob pena de revogação da presente Declaração.

Art. 2º . Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de abril de 2.019.

PROF. JOÃO ROCHAPresidente

JUSTIFICATIVA

O presente projeto visa declarar de utilidade Pública Municipal o “GINGA COMPANHIA DE DANÇA”. com sede na cidade de Campo Grande-MS, é uma entidade voltada a dança e a cultura, prestando ainda um trabalho assistencial, pois através das suas ações tem resgatado crianças e adolescentes através da dança, impedindo que as mesmas tenham suas vidas prejudicadas e perdendo além da sua verdadeira cidadania, sua vivência infantil.

Inclusive, salientamos ainda, que o Ginga, fornece todo o material necessário para que os participantes possam desenvolver suas aptidões, desde sapatilhas,

AVISO DE RECEBIMENTO DO PROJETO DE LEI n. 9.310/19

DE ACORDO COM O ART. 194, INCISO I, ALÍNEA “A”, DA RESOLUÇÃO n. 1.109, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009 QUE APROVA O REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE-MS, COMUNICAMOS AOS INTERESSADOS QUE FOI PROTOCOLIZADA NESTA CASA EM DATA DE 16/04/2019, SOB O n. 16391/2019, A MENSAGEM n. 21, DE 15/04/2019, DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL, ENCAMINHANDO O PROJETO DE LEI n. 13, DE 15/04/2019, QUE RECEBEU NESTE PODER LEGISLATIVO O n. 9.310/19 QUE DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, PARA O EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2020, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

CAMPO GRANDE-MS, 16 DE ABRIL DE 2019.

PROF. JOÃO ROCHAPresidente

PROJETOS DE LEI

figurinos, entre outros, sem nenhum ônus. PROJETO DANÇAR – GINGA CIA DE DANÇA O Projeto Dançar corresponde a iniciativa mais longa e de continuidade da Ginga Cia de Dança, junto à comunidade tendo completado 15 anos de atividades ininterruptas, atuando na difusão e democratização do acesso a dança, na formação de novos adeptos, gerando novos profissionais e público para a dança e assim contribuindo na inclusão social e cultural dos indivíduos. Despertando a sensibilidade, a criatividade e melhorando a autoestima dos participantes, proporcionando a estes um convívio social saudável, produtivo e criando neles um “sonho possível” e uma relação de futuro.

São atendidas anualmente cerca de 300 crianças, jovens e idosos oferecendo acesso gratuito aos cursos de danças (balé, jazz, dança contemporânea e dança na melhor idade). A dança aqui é para todas as idades dos 5 aos 90 anos. Em seus 15 anos de atividades desenvolvidas o Projeto Dançar realizou 15 espetáculos, obras artísticas e de pesquisa que partiam do universo do “Circo” (2000), passando por “Corpo e Alma” (2007), trocando ideias com “Vila Lobos” (2012), Dançando “Bossa Nova” (2008) e ouvindo MPB – Muitas Paixões Brasileiras (2009), esse grande repertório de criações artísticas em todo seu processo de aulas e apresentações, atendeu aproximadamente 6.000 mil alunos e um público direto de 30 mil pessoas e público indireto mais de 100 mil pessoas.O Projeto Dançar desenvolve suas atividades na sede da Ginga Cia de Dança, localizada no bairro Taquarussu, próximo de bairros com altos índices de criminalidade (Nhánhá, Guanandy, Caiçara e Jockey Clube), com poucas iniciativas voltadas para a formação e transformação social de crianças e jovens que residem pelas proximidades. A direção e coordenação do Projeto Dançar, fica a cargo da Ginga Cia de Dança por meio de seu diretor Chico Neller. As aulas são ministradas por profissionais capacitados e em constante desenvolvimento profissional junto à Cia.

Com 32 anos de existência, a Ginga Cia de Dança é a mais antiga e uma das principais companhias de dança do Mato Grosso do Sul. Foi criada em 1986, baseando-se em experiências estéticas e coreográficas que passam pela dança jazz, moderna e contemporânea. É a primeira Cia do Estado a participar do maior Festival de circulação e fomento das artes do país, o Festival Palco Giratório, realizado pelo SESC NACIONAL, além de ter sido premiada em diversos Festivais e iniciativas culturais pelo país.

Observa-se no relatório de atividades de maneira detalhada o quão suporte assistencial é a abarcado pela Entidade em prol da comunidade, onde não se restringe apenas a região a qual esta localizada, se estendendo à toda Campo Grande/MS, inclusive, busca também a inclusão de profissionais da dança, pois, ao contrário do que pensam, muitos se encontram em dificuldades e são amparados pelo GINGA.

Cabe salientar que, a partir da Lei n. 13.019/2014 definiu-se o Marco Regulatório e passou a ser considerada Organização de Sociedade Civil (OSC) entidades que desenvolvam atividades ou a projetos de interesse público e de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos.

Desta forma, vislumbra-se claramente enquadra-se no caso em tela e assim tem-se total respaldo legal por contribuir para restituição e integração da cidadania e direitos humanos, buscando através das diversas atividades ligadas a cultura, a inclusão das pessoas citadas anteriormente, procurando demonstrar a possibilidade de se tornarem grandes cidadãos e profissionais, sem a necessidade de ingressarem em caminhos tortuosos, é o Resgate e a prevenção caminhando lado a lado.

A presente proposta legislativa encontra-se em sintonia com a LOA - Lei Orgânica Municipal, de acordo com o artigo 22, o qual transcrevemos abaixo:

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Página 2 - quarta-feira - 17 de abril de 2019 Diário do Legislativo - nº 404

Art. 22. Cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida esta para o especificado no art. 23, dispor sobre todas as matérias de competência do Município e especialmente: (...)

X - normatização da cooperação das associações representativas no planejamento municipal;

XIV - organização e estrutura básica dos serviços públicos municipais; (...)

O presente Projeto de Lei que visa tornar de Utilidade Pública Municipal, o “GINGA COMPANHIA DE DANÇA”, encontra respaldo no artigo 30, I, da Constituição Federal, o qual, transcrevemos abaixo:

Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; (...)

Cumpre salientar a adequação na escolha de Projeto de Lei Ordinário para veicular a presente proposição, já que a Lei Orgânica Municipal, no “caput”, do artigo 22, dispõe que “cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito... dispor sobre todas as matérias de competência do Município”, e a Lei nº 4.880 de 05 de agosto de 2010, estabelece que a declaração de utilidade pública das entidades deve ser feita por tal instrumento legislativo. A Lei Municipal nº 4.880 de 05 de agosto de 2010 estabelece no artigo 4º, § 1º, a possibilidade de ser concedida a pretensão à entidade sediada nesta capital, com personalidade jurídica em funcionamento há pelo menos um ano anterior a data da apresentação do projeto de lei, in verbis: “Art. 4º O projeto de lei, de iniciativa do Executivo ou do Legislativo, não poderá ter por objeto a declaração de utilidade pública de mais de uma entidade. § 1º. A entidade deve estar sediada em Campo Grande, e ser detentora de personalidade jurídica, nos termos do art. 44, Incisos I, II e III, e art. 45 do Código Civil Brasileiro, há pelo menos 01 (um) ano, anterior à data da apresentação do projeto de lei”.. A Lei nº 4.880 de 05 de agosto de 2010, como regulamenta a decretação de utilidade pública das entidades de âmbito municipal, em seu artigo 6º, impõe a juntada dos seguintes documentos: Art. 6º Devem acompanhar os projetos de declaração como de utilidade pública os seguintes documentos:. I - Cópia do estatuto da entidade devidamente registrado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, com as devidas alterações, quando for o caso, comprovadas com certidão atual;. II - Ata de eleição da diretoria em exercício de mandato atual;. III - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;. IV - Comprovação do endereço de funcionamento;. V - Declaração firmada por qualquer autoridade pública de que a entidade está em pleno funcionamento e cumprindo os objetivos estatutários, há pelo menos 01 (um) ano; VI - Balanço do ano anterior, firmado por profissional habilitado, com registro no CRC; VII - Documento de identidade e do Cadastro de Pessoas Físicas - CPF do Presidente e do tesoureiro; VIII - Relatórios detalhados das atividades da entidade, no último 01 (um) ano, em que fique evidenciada a prestação de serviços à comunidade, nos termos do seu Estatuto; IX - Prova, em disposição estatutária:. a) de que os fins e objetivos da entidade se encaixam nas disposições do art. 3º e incisos desta Lei; b) de que os diretores da entidade não recebem qualquer tipo de remuneração da entidade; c) que em caso de dissolução da entidade, os remanescentes serão destinados a entidades de mesmo formato jurídico, vedada a distribuição entre os associados; d) que não distribui sobras de caixa, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma; e) do modo como é administrada e representada, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; f) se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; g) se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; h) disposição estatutária sob as fontes de recursos para sua manutenção; i) o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; j) as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução;

k) a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. X - Comprovação de idoneidade dos diretores, expedido por autoridade municipal ou do próprio punho sob as penas da lei. . XI - Declaração da Diretoria de que se obriga a publicar, anualmente, o demonstrativo de receitas e despesas realizadas no período anterior, quando subvencionada por Órgãos Públicos;

Todos os documentos exigidos estão acostados ao presente Projeto de Lei, buscando dessa forma, apresentar com total transparência a lisura do GINGA, não somente em manter atualizados seus documentos, mas demonstrar através dos relatórios, suas atividades junto a comuinidade..

Desta forma, apresentamos a presente proposição para deliberação do Egrégio Plenário desta Casa de Leis, na certeza que dada a relevância da matéria nela tratada, merecerá dos nobres pares, acolhida favorável.

Sala das Sessões, 11 de abril de 2.019.

PROF. JOÃO ROCHAPresidente

PROJETO DE LEI Nº 9.305/19

INSTITUI O “DIA MUNICIPAL DE CONSCIENTIZAÇÃO E ENFRENTAMENTO À FIBROMIALGIA” NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE-MS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS

APROVA:

Art. 1°. Fica através da presente Lei, instituído o “Dia Municipal de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia” no município de Campo Grande, a ser comemorado, anualmente, em 12 de maio.

Art. 2º. Neste dia o Poder Executivo poderá promover eventos de esclarecimento e orientação, palestras de conscientização, e outras atividades educativas, por meio de ações integradas entre as Secretarias competentes ou em conjunto com as organizações da sociedade civil e a difusão das demais legislações já existentes que garantem serviços e benefícios específicos aos pacientes.

Parágrafo Único - Sempre que coincidir com sábados, domingos e feriados, as atividades poderão ser realizadas no primeiro dia útil subsequente.

Art. 3º Ficam as empresas públicas, empresas concessionárias de serviço público e empresas privadas obrigadas a dispensar, durante todo o horário de expediente, atendimento preferencial aos portadores de fibromialgia.

Parágrafo único: As empresas, ao disponibilizarem filas exclusivas para atendimento de idosos, gestantes e deficientes, deverão incluir os portadores de fibromialgia.

Art. 4º Fica permitido aos portadores de fibromialgia estacionar em vagas já destinadas aos idosos, gestantes e deficientes.

Parágrafo único: a identificação dos beneficiários se dará por meio de cartão e/ou adesivo expedido pelo poder Executivo Municipal, com critérios por ele estabelecidos.

Art. 5º As despesas decorrentes da execução da presente lei correrão por conta de dotação orçamentária própria, suplementada se necessário.

Art. 6° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de abril de 2019.

ENFERMEIRA CIDA AMARALVereadora

JUSTIFICATIVA

Submetemos a esta Augusta Casa de Leis, o projeto de lei que tem por objetivo, com a instituição do dia da fibromialgia, estabelecer ações do Município em conjunto com a sociedade civil organizada, buscando a conscientização da população bem como dos pacientes já diagnosticados, sobre o tratamento e as legislações aplicáveis em beneficio dos diagnosticados.

Desde 1992 o dia 12 de maio foi designado como data para conscientização mundial da fibromialgia pela comunidade internacional.

A fibromialgia é uma patologia reconhecida, incluída na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID - 10, sob o código M 79.7, tendo como sintomas, dor muscular generalizada no corpo acompanhada de fadiga, alterações de sono, dificuldades cognitivas, além de outros problemas que podem surgir: depressão, dores de cabeça, e dor ou cólicas no abdome inferior.

A medicina desconhece a origem da referida doença, sendo possivelmente decorrente de uma pluralidade de fatores. Até o momento, teses indicam a predisposição genética, infecção grave ou transtorno de estresse pós-traumático como suas causas.

A fibromialgia afeta homens e mulheres, as quais são dez vezes mais suscetíveis

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a desenvolvê-la, podendo se manifestar em qualquer idade.

Devido a sobreposição de sintomas com outras patologias, usualmente, seu diagnóstico ocorre somente após longo lapso temporal. Note-se que a dificuldade de diagnóstico decorre também da ausência de conhecimento da comunidade de sua existência.

O atual protocolo de diagnóstico é realizado quando houver resposta dolorosa em onze ou mais pontos dos dezoito pontos descritos pela Medicina nos ombros, costas, cotovelos, mãos, região lombar, joelhos e pés; bem como, a presença de cefaléia, ansiedade, fadiga, depressão e intestino irritável; e/ou dor generalizada por mais de três meses, sem qualquer condição médica que a embase. Dessa maneira, o diagnóstico depende do conhecimento da patologia pelo profissional e pelo paciente.

Inexiste tratamento específico ou cura para fibromialgia, sendo o foco na melhora da qualidade de vida do paciente através da redução dos sintomas e melhora geral de sua saúde. Note-se que se busca tal objetivo mediante o emprego de atividades multidisciplinares de medicina, fisioterapia, psicologia, educação física, dentre outras.

O legislador constitucional originário previu o dever da Administração Pública em garantir a saúde da população através da implementação de políticas públicas que busquem prevenir doenças e mitigar seus efeitos.

Salienta-se que há legislação infraconstitucional que permite a Administração Pública a empregar todos os esforços necessários para viabilizar o tratamento multidisciplinar da fibromialgia. A Portaria n. 1083/2012 e 849/2017 do Ministério da Saúde do Governo Federal.

Considerando o referido dever da Administração Pública, faz-se necessária a adoção de medidas para a conscientização da doença e da existência de tratamentos, mediante a criação de data oficial para abordar o assunto.

Assim sendo, solicito a colaboração dos nobres vereadores e vereadora para que aprovem o projeto de lei em tela.

Sala das Sessões, 11 de abril de 2019.

ENFERMEIRA CIDA AMARALVereadora

PROJETO DE LEI Nº 9.307/19

DISPÕE SOBRE A REALIZAÇÃO DA CAMPANHA PERMANENTE DE NÃO UTILIZAÇÃO DE COPOS E XÍCARAS PLÁSTICAS DESCARTÁVEIS NO ÂMBITO DAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAIS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS

APROVA:

Art. 1º Fica instituída a campanha permanente de não utilização de copos e xícaras plásticas descartáveis no âmbito das repartições públicas municipais.

Art. 2º O objetivo da campanha será conscientizar sobre os malefícios da utilização de copos e xícaras de plástico descartáveis, minimizar a utilização destes recipientes e, posteriormente, a inutilização definitiva.

Art. 3º Todas as repartições públicas municipais poderão participar da campanha divulgando os malefícios causados pela utilização de copos e xícaras de plástico descartáveis e incentivando a sua substituição por copos e xícaras confeccionados por materiais que não causem dano à saúde e ao meio ambiente.

Art. 4º A campanha deverá ser constituída de quatro fases:

I - preparação;II - motivação;III - divulgação;IV - implantação e monitoramento.

Art. 5º Com relação aos incisos do art. 4º desta Lei compreende-se por:

I - preparação:a) reunir dados gerais e observações sobre a problemática do consumo de copos e xícaras descartáveis - impactos ambientais no funcionalismo público e no município, conhecer o ciclo de vida do material, dificuldades de reciclagem, vantagens do uso de materiais duráveis e biodegradáveis, em contraposição ao encaminhamento para a reciclagem;b) caracterizar os resíduos gerados nas secretarias, unidades operacionais, e departamentos para complementar o levantamento de dados;c) identificar parcerias dentro do funcionalismo municipal para efetivação da campanha;d) apresentar o projeto para os possíveis parceiros;e) preparar os funcionários municipais e outros envolvidos;f) garantir um processo de transição para a supressão total dos copos e xícaras descartáveis em todas as secretarias e demais órgãos do funcionalismo público do município de Campo Grande, podendo estabelecer prazo para o corte definitivo da oferta de copos descartáveis aos membros do funcionalismo público.

II - Motivação e Divulgação:a) trabalhar dimensões emocionais e sensoriais do funcionalismo público

municipal para a adoção das medidas propostas;b) recorrer a meios informativos e ações educativas como cartazes, avisos, mensagens de e-mail, e demais meios informativos de cada repartição munipal;c) divulgação de calendário geral da substituição dos descartáveis;d) divulgação do resultado diagnóstico do lixo com enfoque especial na quantidade de copos descartáveis utilizados;e) ressaltar o impacto ambiental provocado pelo descarte deste material.

III - implantação:a) promover a redução paulatina da disponibilidade de copos e xícaras descartáveis.

IV - monitoramento:a) acompanhar e avaliar continuamente o processo, buscando identificar dificuldades operacionais, resistências e incompreensões do funcionalismo envolvido e demais problemas;b) diagnóstico comparativo do lixo pré e pós-implantação da campanha.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Campo Grande, 15 de Abril de 2019.

JOÃO CÉSAR MATTOGROSSOVereador

JUSTIFICATIVA

A inutilização dos copos e xícaras de plásticos descartáveis (produzidos a partir de derivados de petróleo) e sua substituição pelos copos biodegradáveis ou fabricados com produtos ecologicamente corretos, têm inúmeras vantagens, pois haverá redução de custos para administração pública, prevenção de doenças e possibilita a não poluição ao meio ambiente, com isso, contribuirá para implantarmos um comportamento ambiental sustentável.

Há muito tempo sabemos da necessidade de reduzir, reutilizar e reciclar, minimizando a quantidade de resíduo descartado na natureza.

É sabido que os copos de plástico, produzidos a partir de derivados de petróleo, quando utilizados com bebidas quentes, como café ou chá, levam sua composição química que é prejudicial ao ser humano.

Há inúmeros artigos que os copos plásticos, em razão de possuírem propriedades tóxicas, muitas vezes podem atuar inclusive como hormônios femininos, podendo desencadear a longo prazo, infertilidade masculina, diabetes, hiperatividade, câncer, dentre outras doenças.

As vantagens com a substituição dos copos plásticos não são apenas ecológicas, mas também, financeiras, tendo como exemplo, o ecocopo, uma caixa com 4.000 unidades custa em média R$ 70 reais (setenta reais), enquanto uma caixa com 4.000 unidades de copos descartáveis fica entorno de R$ 120,00 (cento e vinte reais), ou seja, uma economia de aproximadamente R$ 50,00 (cinquenta reais) a cada 4 mil unidades.

Além da vantagem financeira evidente, o objetivo do projeto de Lei é contribuir para um meio ambiente mais limpo e sustentável, com significativa diminuição de resíduos acumulados na natureza, de acordo com as necessidades da sociedade contemporânea.

Ante o exposto, conto com o apoio dos nobres pares por sua aprovação.

Sala de Sessões.

Campo Grande, 15 de Abril de 2019.

JOÃO CÉSAR MATTOGROSSOVereador

PROJETO DE LEI Nº 9.308/19

ALTERA PARA “RUA DORA PEREZ SCAPULATEMPO” A ESTRADA VICINAL DENOMINADA DE “ESTRADA NE DOIS”, LOCALIZADA NA CHÁCARA DOS PODERES, ZONA RURAL, NA CIDADE DE CAMPO GRANDE/MS.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS

APROVA:

Art 1º Fica alterado o nome da rua “Estrada NE dois”, estrada vicinal localizada na Chácara dos Poderes, zona rural, que passa a denominar-se “Rua Dora Perez Scapulatempo”, nesta cidade.

Art.2º Cabe ao Poder Executivo Municipal providenciar a substituição das placas e promover as alterações nos registros e mapas municipais, relativamente à mudança de que trata esta lei.

Art.3º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Campo Grande, 15 de Abril de 2019.

JOÃO CÉSAR MATTOGROSSOVereador

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Página 4 - quarta-feira - 17 de abril de 2019 Diário do Legislativo - nº 404

JUSTIFICATIVA

A presente proposição tem como objetivo alterar a denominação da rua “Estrada NE dois”, estrada vicinal localizada na Chácara dos Poderes, zona rural, passando a denominar-se rua Dora Perez Scapulatempo, nesta cidade.

A senhora Dora Perez Scapulatempo nasceu em Cuiabá-MT em 3 de setembro de 1913. Em 1914 seus pais saíram de Porto Esperança e vieram para a cidade de Campo Grande. Aqui casou-se com o farmacêutico Cristóvão Scapulatempo com quem teve 6 (seis) filhos. Tornou-se viúva com apenas 40 anos de idade, obrigando-se a assumir sozinha a casa, a Farmácia Popular e um sítio.

Foi uma verdadeira guerreira, pois não conhecia as dificuldades de administrar uma farmácia. Surpreendida com a crise financeira que se abateu, viu-se obrigada a vender o sítio, mas não fraquejou. Além disso, teve outro duro revés, com a morte de um de seus filhos. Ainda assim, Reuniu forças para manter a família unida, transformando seus filhos em importantes personalidades em nossa sociedade.

Dora Perez faleceu no dia 16.11.2015, com 102 anos de idade, deixando 14 netos e 18 bisnetos, dentre os quais há professores, médicos, advogados, psicólogos, administradores, arquitetos, servidores públicos e bombeiro.

A família Scapulatempo é tradicional em nossa cidade e Estado, sendo merecida a homenagem à senhora Dora Perez Scapulatempo.

O Projeto apresenta documentação necessária, incluindo a certidão da SEMADUR.

Diante disso, requeiro aos nobres colegas a apreciação do presente Projeto de Lei e o apoio para sua aprovação.

Sala de Sessões.

Campo Grande, 15 de Abril de 2019.

JOÃO CÉSAR MATTOGROSSOVereador

PROJETO DE LEI N° 9.309/19

DENOMINA DE “EVERTON ALVES DA SILVA” O PLAYGROUND LOCALIZADO NAS DEPENDÊNCIAS DO PARQUE JACQUES DA LUZ, NESTA CAPITAL.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS

APROVA:

Art. 1º Fica denominado de “EVERTON ALVES DA SILVA”, o playground localizado nas dependências do Parque Jacques da Luz, nesta Capital.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de abril de 2019.

JEREMIAS FLORESVereador

JUSTIFICATIVA

O presente projeto de lei que submetemos a apreciação dos Nobres Pares desta Casa de Leis, tem a finalidade de denominar de “Everton Alves da Silva”, o playground localizado nas dependências do Parque Jacques da Luz, nesta Capital.

O intuito de ratificar a denominação do playground acima citado, com um nome relevante e significativo para esta Capital, tem como base homenagear o guarda municipal “Sr. Everton Alves da Silva”, ao qual nascido em meados dos anos 80, dedicou parte de sua vida a guarda do patrimônio e segurança aos munícipes da cidade de Campo Grande/MS.

De modo específico, a guarda disposta pelo Sr. Everton Alves da Silva era realizada principalmente nas proximidades e também nas dependências do “Parque Jacques da Luz”, tendo este sempre zelado pela exitosa guarda de tal patrimônio, bem como dedicando-se incansavelmente a segurança dos munícipes de Campo Grande/MS que transitavam pelo local em seus momentos de lazer.

Em que pese a dedicação e empenho do guarda municipal aqui referido, este infelizmente veio a falecer no dia 28 de março de 2019, vítima de acidente automobilístico ocorrido na Avenida Gury Marques, região da Vila Concórdia, enquanto este fazia o seu trajeto de ida para seus compromissos diários.

Destarte, ante ao exposto, encaminhamos o presente Projeto de Lei, contando com a costumeira aquiescência da Presidência e dos Nobres Pares desta Casa.

JEREMIAS FLORESVereador

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº632/19, SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N. 9130/18

DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DA CRIAÇÃO DOS ESPAÇOS DE CULTURA, ESPORTE E LAZER ACESSÍVEIS A FREQUENTADORES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA, EM SHOPPING CENTERS, POLI-ESPORTIVOS E ESTABELECIMENTOS COM APELO ÀS CRIANÇAS, NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS

APROVA: Art. 1º - Ficam os “shopping centers”, ginásios, poli-esportivos e estabelecimentos similares, ou privados, em funcionamento no âmbito do Município de Campo Grande/MS, obrigados a disponibilizar espaços de Cultura, Esporte e Lazer, acessíveis a freqüentadores com Transtorno do Espectro Autista, no Município de Campo Grande.

Art. 2º - Os espaços deverão obedecer o protocolo ABA – Análise do Comportamento Aplicada – que identifica as diferentes necessidades, entendendo o comportamento de cada um, promovendo assim uma maior integração com os demais:

Art. 3º - Os “shopping centers”, ginásios, poli-esportivos e estabelecimentos similares terão o prazo de 06 (seis) meses a partir da regulamentação desta lei, para adaptarem as suas instalações, de acordo com o disposto no artigo 2º.

§1º - Em caso de descumprimento da exigência contida no artigo 1º desta lei, será aplicada aos proprietários dos estabelecimentos advertência, a qual, se desatendida, será seguida de multa, no valor a ser estipulada pelo Poder Executivo.

§2º - Na reincidência, a infração será punida com o dobro da penalidade e, a cada reincidência subseqüente, aplicar-se-á multa correspondente à reincidência anterior, acrescida de 20% (vinte por cento) sobre o seu valor.

§3º - Entende-se por reincidência a nova infração, violando a mesma norma e cometida pelo mesmo infrator, dentro do prazo de 01(um) mês, contados da data em que se tornar definitiva, administrativamente, a penalidade relativa à primeira infração.

Art. 4º - As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias.

Art. 5º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo 90 (noventa) dias, após sua publicação.

Art. 6º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 12 de abril de 2019

PROF. JOÃO ROCHAPresidente

JUSTIFICATIVA

A proposição apresentada, visa a criação de espaços destinados as crianças autistas de nossa capital, buscando assim, inseri-las no convívio em sociedade em Shopping Centers, ginásios, poli-esportivos e estabelecimentos similares, que possuam apelo às crianças, trata-se de inclusão social e respeito ao ser humano que necessita de nosso apoio e determinação na busca de uma qualidade de vida melhor e saudável.

O Estatuto da Criança e Adolescente preconiza:Art. 3° - A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de Ihes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4° - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Poder brincar, praticar esportes e acesso à cultura é um direito de todas as crianças e adolescentes, promovidas pelo Estado, família e sociedade, desempenhando diferentes funções, mas de igual importância no sentido de garantir condições e oportunidades para que meninas e meninos exerçam plenamente seus direitos.

Segundo especialistas, as brincadeiras já nos primeiros anos de vida, zero a seis de idade, é de fundamental importância como forma de facilitar o desenvolvimento cognitivo, social, físico e emocional das crianças.

A prática de esporte por crianças e adolescentes com autismo, contribui no desenvolvimento social, psíquico e motor.

O conceito de cidadania cultural significa também garantir que qualquer cidadão, inclusive crianças e adolescentes, tenha oportunidade de ser produtor cultural, por exemplo. E para isso, devem existir espaços públicos que possibilitem a manifestação cultural dessa parcela da população nas diversas artes.

Campo Grande, tem avançado muito nas questões de Políticas Públicas de

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Inclusão e por ser uma capital ainda jovem, há muito por fazer. Não dispomos de locais de esporte, lazer e cultura para esse público, por exemplo. Digamos que tudo foi pensado para pessoas que não possuem nenhum tipo de atraso de desenvolvimento.

E neste cenário que nos deparamos com a falta de estrutura que a primeira vista, banal, mas de uma importância do tamanho do bem estar e do respeito que nossas crianças merecem.

E o Poder Público pode agora, suprir essa lacuna, disponibilizando espaços para atender esse público.

Neste sentido, peço o apoio dos meus nobres pares para que seja aprovado o presente projeto de lei.

Sala das Sessões, 12 de abril de 2019

PROF. JOÃO ROCHAPresidente

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 633/19 SUPRIME O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 3º DA LEI COMPLEMENTAR N. 79 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2005 QUE “DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE POSSE RESPONSÁVEL DE CÃES E GATOS, REGRAS DE PASSEIO, USO DE GUIAS COM ENFORCADOR NOS CÃES DE MÉDIO E GRANDE PORTE E COLEIRAS COM GUIAS PARA CÃES DE PEQUENO PORTE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” E ACRECENTA O ART. 3-A.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS

APROVA:

Art. 1º Suprime o Parágrafo Único do Art. 3º da Lei Complementar n. 79 de 09 de dezembro de 2005 e acrescenta o Art. 3-A, a saber:

“Art. 3-A Cada cidadão poderá conduzir apenas um animal por vez, exceto os passeadores de cães, também conhecidos como Dog Walker.

I – Os passeadores de cães deverão ter idade mínima de 18 anos e poderão conduzir animais próprios ou de terceiros, de forma gratuita ou remunerada, em espaços públicos e privados que autorizem o passeio de cães;

II – Os passeadores de cães poderão conduzir até oito animais por vez;

III – Para o exercício da atividade, os passeadores de cães deverão, obrigatoriamente, se registrar nos órgãos públicos municipais competentes. O registro terá validade de um ano podendo ser renovado.”

Art. 4º O Poder Executivo regulamentará esta Lei em até 90 (noventa) dias.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala de Sessões, 12 de abril de 2019

OTÁVIO TRADVereador

JUSTIFICATIVA

O presente Projeto de Lei tem como objetivo a atualização da Lei Complementar n. 79 de 09 de dezembro de 2005 no que refere à inclusão de nova atividade profissional relativa ao bem estar animal.

A regularização da atividade profissional “Dog Walker” cujo ramo de atividade está em plena expansão, é um mecanismo legal para garantir direitos e deveres dos profissionais assim como o bem estar dos animais.

O passeador de cães (Dog Walker) é a pessoa responsável por passear com os cães de forma saudável e profissional. Muito comum em países da Europa e nos Estados Unidos, no Brasil a atividade é exercida desde 1995, quando Fernando Baiardi iniciou seu trabalho como 1º Dog Walker no país, porém, até hoje não há uma lei que regulamente o trabalho.

Diante do crescimento da atividade no Município de Campo Grande, a regulamentação se faz necessária para assegurar o bem estar dos animais, como prevê a Lei Complementar n. 79 de 09 de dezembro de 2005, a segurança da população assim como a manutenção dos espaços públicos e privados que permitam o passeio de cães. Por entender a importância da regulamentação da atividade de Passeador de Cães apresento este Projeto de Lei para apreciação e aprovação, contando com o apoio de todos.

Sala de Sessões, 12 de abril de 2019

OTÁVIO TRADVereador

DECRETO N. 7.977

PROF. JOÃO ROCHA, Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais,

R E S O L V E:

NOMEAR CIRA SOARES MONTEIRO RIBEIRO para o cargo em comissão de Assistente Parlamentar V, Símbolo AP 110, em vaga prevista na Resolução n. 1.244/2017, a partir de 1º de abril de 2019.

Câmara Municipal de Campo Grande - MS, 15 de abril de 2019.

PROF. JOÃO ROCHA Presidente

PORTARIA N. 4.361

PROF. JOÃO ROCHA, Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais,

R E S O L V E:

CONCEDER à servidora ANNA PAULA FALCAO BOTTARO MACHADO 15 (quinze) dias de suas férias regulamentares, referentes ao período proporcional de 2018, de 15 de abril a 29 de abril de 2019, em virtude do término de sua licença médica, de acordo com os arts. 131 e 134, ambos da Lei Complementar n. 190, de 22 de dezembro de 2011.

Câmara Municipal de Campo Grande-MS, 15 de abril de 2019.

PROF. JOÃO ROCHA Presidente

EXTRATO DE RATIFICAÇÃO DE INEXIGIBILIDADE

Processo Administrativo nº 121/2019Inexigibilidade de Licitação nº 005/2019Fundamento Legal: inciso I do art. 25, da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993Objeto: renovação do serviço anual de assinatura do jornal impresso “O Estado MS” com entrega de segunda à sábado, de 03 (três) exemplares por dia, sendo um para o setor da presidência, um para diretoria administrativa e outro para a área de comunicação da Câmara Municipal de Campo Grande MSContratado(a): Qualidade Empresa Jornalística LTDACNPJ: 05.042.060/0001-90Valor do Objeto: R$ 780,00 (setecentos e oitenta reais)Nº do Empenho: 178 de 16/04/2019Elemento de Despesa: 33.90.39-01 - Assinaturas de Periódicos e Anuidades.Data de ratificação: 12/04/2019

Jorge NakkoudDiretor de Licitações

EXTRATO DE RATIFICAÇÃO DE INEXIGIBILIDADE

Processo Administrativo nº: 122/2019.Inexigibilidade de Licitação nº 006/2019.Fundamento Legal: inciso I do art. 25, da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993Objeto: renovação da contratação do serviço anual de assinatura do jornal impresso “Jornal Correio do Estado” com entrega de segunda a sábado, de 01 (Um) exemplar por dia para a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande MS.Contratado (a): Correio do Estado S.ACNPJ: 03.119.724/0001-47Valor do objeto: R$ 309,40 (trezentos e nove reais e quarenta centavos).Nº do empenho: 179 de 16/04/2019Elemento de Despesa: 33.90.39-01 - Assinatura de periódicos e anuidades.Data da ratificação: 12/04/2019

Jorge NakkoudDiretor de Licitações

DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS

ATOS DE PESSOAL

LICITAÇÕES

EXTRATOS

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PODER EXECUTIVO

PROJETOS DE LEI

MENSAGEM n. 20, DE 11 DE ABRIL DE 2019.

Senhor Presidente,

Submetemos à apreciação dessa Colenda Casa de Leis, o Projeto de Lei que “Institui o Programa Parceiros do Esporte, que tem como objetivo firmar parcerias com Pessoas Físicas e Jurídicas para implementação de ações de esporte e lazer no Município de Campo Grande.”.

A importância do esporte na sociedade pode ser demonstrada de diversas formas, como, por exemplo, a preocupação dos governos em tornar o esporte obrigatório onde quer que a sua ação se faça sentir, desde a primeira infância até os cursos universitários.

No âmbito social, o esporte tem função pedagógica no processo de formação do indivíduo, ressaltando a disciplina, o respeito à hierarquia e às “regras do jogo”, a solidariedade, o espírito de equipe e outros fatores do desenvolvimento humano. Pode ser utilizado como instrumento de resgate social.

Entretanto, o Poder Executivo Municipal, em razão da atual situação econômica que o país vem atravessando, vem buscando meios de garantir os serviços colocados à disposição da população Campo-grandense, dentre eles, os programas e projetos da Fundação Municipal de Esporte (FUNESP).

Desta forma, propomos este projeto de lei para firmar parcerias com Pessoas Físicas e Jurídicas, objetivando manutenção, edificação de prédio e reforma de espaços sob administração do órgão gestor do esporte, bem como aquisição de equipamentos e bens para projetos e programas esportivos e de lazer do município.

Assim, manteremos os equipamentos de esporte e lazer em condições de uso em sua totalidade pela população, promovendo o lazer e a convivência social, bem como teremos condições de obter materiais de esporte e lazer para oferecer aos usuários dos programas ofertados pela Fundação Municipal de Esporte (FUNESP).

Contando com o alto espírito público de Vossa Excelência e dignos pares, bem como com o apoio para a aprovação do Projeto de Lei ora encaminhado, aproveitamos o ensejo para solicitar que o mesmo seja apreciado nos termos do art. 39 da Lei Orgânica do Município de Campo Grande.

CAMPO GRANDE-MS, 11 DE ABRIL DE 2019

MARCOS MARCELLO TRAD Prefeito Municipal

PROJETO DE LEI n. 12, DE 11 DE ABRIL DE 2019.

Institui o Programa Parceiros do Esporte, que tem como objetivo firmar parcerias com Pessoas Físicas e Jurídicas para implementação de ações de esporte e lazer no Município de Campo Grande.

Faço saber que a Câmara Municipal aprova e eu, MARCOS MARCELLO TRAD, Prefeito Municipal de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O Poder Executivo, por meio do órgão gestor do esporte e lazer, fica autorizado a firmar parceria com Pessoa Físicas e Jurídica de Direito Público ou Privado, objetivando a promoção de integração de esforços e de recursos financeiros para implementação das ações ligadas ao esporte e lazer do Município de Campo Grande.

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, compreende ações de esporte e lazer a manutenção, edificação de prédio e reforma de espaços sob administração do órgão gestor do esporte e lazer, bem como aquisição de materiais e bens para os projetos e programas esportivos e de lazer do município.

Art. 2º Constitui objetivos do Programa Parceiros do Esporte, dentre outros:

I - obtenção de recursos materiais e financeiros para serem utilizados no esporte e lazer para desenvolvimento das políticas do setor;

II - edificação de espaços destinados à implantação das políticas do setor;

III - reforma de espaços que estejam no interior dos equipamentos de esporte e lazer;

IV - manutenção dos equipamentos de esporte e lazer.

Art. 3º Considera-se:

I - manutenção: manter os equipamentos de esporte e lazer em condições de uso pela população, dentre outros definidos no Termo de Parceria.

II - edificação de espaços: obra de edificação de novas estruturas de esporte e lazer que contemplem o interesse da administração;

III - reforma: recuperação de espaços e de áreas degradadas mediante implantação de projetos paisagísticos;

IV - aquisição de materiais e bens: aquisição de materiais esportivos e de lazer para e repasse financeiros para desenvolvimento das ações do setor.

Parágrafo único. A manutenção, edificação de espaços e reforma realizada pelo participante, em qualquer tempo, não será indenizada pelo Município e passará a integrar o Patrimônio Público Municipal.

Art. 4º O Poder Executivo, por meio do órgão gestor de esporte e lazer, publicará edital de chamamento público para parcerias objeto desta Lei.

Art. 5º O parceiro que aderir ao programa poderá veicular publicidade e realizar divulgação, conforme modelo e espaço definido pelo órgão gestor de esporte e lazer e pelo regulamento desta Lei.

Parágrafo único. Findo o período de duração da parceria e não havendo interesse em sua renovação, o parceiro deverá remover a publicidade dentro do prazo de 30 dias ou, após o prazo descrito neste parágrafo único, o órgão gestor de esporte e lazer fará a remoção dos materiais.

Art. 6º As parcerias reger-se-ão pelo disposto nesta Lei e pelo seu regulamento, bem como pela Lei Federal aplicável.

Art. 8º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

CAMPO GRANDE-MS, 11 DE ABRIL DE 2019.

MARCOS MARCELLO TRAD Prefeito Municipal

MENSAGEM N. 21, DE 15 DE ABRIL DE 2019.

Senhor Vereador,

Em cumprimento às disposições previstas no § 2º do art. 165 da Constituição Federal, na Lei Complementar (nacional) n. 101, de 4 de maio de 2000, e no § 2º do art. 98 da Lei Orgânica do Município de Campo Grande, encaminhamos a essa Excelsa Câmara Municipal, para votação e aprovação, o Projeto de Lei n. 13, de 15 de abril de 2019, que “DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, PARA O EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2020, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” – LDO 2020.

O Projeto de Lei da LDO 2020 dispõe sobre:

I – as disposições preliminares;II - as diretrizes para a elaboração do orçamento da Administração Pública Municipal;III - as metas e prioridades da Administração Pública Municipal;IV - a execução orçamentária e o cumprimento das metas;V - as disposições relativas às despesas do Município com pessoal e encargos sociais;VI - as disposições sobre alterações na Legislação Tributária Municipal;VII - o limite para a elaboração da proposta orçamentária do Poder Legislativo; VIII - as disposições finais.

As metas e prioridades para a elaboração da LOA 2020 serão aquelas estabelecidas no PPA 2018-2021 e suas alterações, em consonância com os princípios norteadores estabelecidos no Art. 15 do projeto de Lei ora encaminhado, com o objetivo de apresentar as diretrizes das ações do Município nas suas diversas áreas de atuação.

Por oportuno, esclarecemos que o Conselho Municipal de Desenvolvimento e Urbanização (CMDU), do qual fazem parte os Conselhos Regionais do Município, órgão colegiado responsável por agregar e ouvir as solicitações da comunidade e, desse modo, interagir e participar da elaboração do orçamento municipal, de acordo com as disposições previstas no inciso I, §§ 1º e 6º do art. 11 da Lei Complementar n. 94, de 06 de outubro de 2006 - Plano Diretor de Campo Grande – em 1ª Sessão Extraordinária, realizada em 10 de abril de 2019, emitiu parecer favorável ao referido Projeto de Lei com recomendações, conforme RELATÓRIO-VOTO anexo.

No tocante à renúncia de receita, o Município de Campo Grande tem as isenções do IPTU, as concedidas pelo PRODES – Lei Complementar n. 29, de 1999, e a isenção do ISS no serviço de transporte público coletivo urbano.

As isenções do IPTU foram concedidas por essa Câmara Municipal em 1990, antes da vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e o total dessas isenções não é considerado na previsão das receitas dos orçamentos anuais. No entanto, as isenções recentemente concedidas para os aposentados, conforme Lei Complementar n. 113, de 02 de abril de 2008, não estão sendo consideradas para efeito da projeção de receita, sendo informados os respectivos valores.

Em relação ao PRODES, pelo fato de os incentivos serem concedidos para empreendimentos novos e empresas que estão expandindo as suas atividades, via projetos de ampliação, modernização e relocalização, o total das isenções não foi incluído na estimativa das receitas, porque tais recursos nunca foram arrecadados.

Já a isenção de ISS concedida ao serviço de transporte público coletivo urbano reflete no benefício a empresas e aos munícipes que utilizam desse serviço, o qual deverá ser aprovado por essa Casa, para sua renovação, não afetando as metas fiscais do município, conforme disposto no inciso I, Art. 14 da Lei Complementar n. 101/2000.

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Diante dessas razões, deixamos de apresentar as medidas de compensação previstas no inciso II do art. 14 da LRF, porque as referidas isenções não causam nenhum impacto orçamentário-financeiro, haja vista que tais valores jamais foram incluídos nas estimativas da receita dos exercícios anteriores.

Entretanto, à guisa de informação, destacamos que os valores das renúncias de receitas estão registrados no Demonstrativo 7 – Estimativa e Compensação da Renúncia da Receita.

Em referência ao critério de projeção utilizado nos demonstrativos anexos à LDO, informamos que trabalhamos com as projeções utilizadas pelo Governo Federal, associadas à série histórica de crescimento de cada rubrica da receita, assim como às novas perspectivas de operações de crédito a serem realizadas pelo Município.

Feitas essas considerações e contando com o espírito público de V. Exa. e dignos pares, solicitamos que o Projeto de Lei da LDO 2020, ora encaminhado, seja votado e aprovado até o encerramento do primeiro período das sessões legislativas do corrente exercício, para que possamos elaborar a proposta orçamentária para o exercício de 2020 dentro do prazo nele previsto.

Atenciosamente,

Marcos Marcello TradPrefeito Municipal

PROJETO DE LEI N. 13, DE 15 DE ABRIL DE 2019

DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, PARA O EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2020, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Faço saber que a Câmara Municipal aprova e eu, MARCOS MARCELLO TRAD, Prefeito do Município de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Em cumprimento às disposições do § 2º, do art. 165, da Constituição Federal, da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 4 de maio de 2000, e do § 2º, do art. 98, da Lei Orgânica do Município de Campo Grande, ficam estabelecidas as diretrizes para a elaboração da proposta orçamentária do Município para o exercício financeiro de 2020, compreendendo:

I - as diretrizes para a elaboração do orçamento da Administração Pública Municipal;II - as metas e as prioridades da Administração Pública Municipal;III - a execução orçamentária e o cumprimento das metas;IV - as disposições relativas às despesas do Município com pessoal e encargos sociais;V - as disposições sobre alterações na Legislação Tributária Municipal;VI - o limite para a elaboração da proposta orçamentária do Poder Legislativo; e VII - as disposições finais.

§ 1º O projeto de lei, dispondo sobre a proposta orçamentária de que trata este artigo, será encaminhado à Câmara Municipal até 30 de setembro de 2019.§ 2º A revisão do PPA (2018 a 2021), se necessária, será encaminhada à Câmara Municipal até 30 de setembro de 2019.§ 3º As políticas do Município adotarão uma gestão eficiente na aplicação dos recursos públicos, com ênfase no desenvolvimento social e econômico, amparado na sustentabilidade e no princípio de superação das desigualdades sociais, especialmente as de gênero e raça/etnia.

Art. 2º A receita e a despesa serão orçadas a preços correntes de 2019, considerando a realidade executada, a política econômica nacional vigente e os respectivos cenários do Município e do Estado.

Art. 3º Para a elaboração do projeto da Lei Orçamentária de 2020, o Poder Executivo buscará a participação popular ouvindo a sociedade civil organizada e, também, com consulta, via internet, no site da PMCG (www.campogrande.ms.gov.br), no link orçamento comunitário. Em consonância com o Plano Diretor, sua consolidação dar-se-á por intermédio da participação dos Conselhos Regionais que compõem as sete regiões da cidade, dos distritos e, ainda, pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento e Urbanização (CMDU) no que diz respeito aos investimentos e às ações necessárias.

CAPÍTULO IIDAS DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DO

ORÇAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Seção IDas Orientações Gerais para a Elaboração dos Orçamentos

Art. 4º Para elaboração do Orçamento Anual de 2020 entende-se por:

I – programa: instrumento de organização da ação governamental, visando à concretização dos objetivos pretendidos; II - atividade: instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, que envolve um conjunto de operações que se realiza de modo contínuo e permanente, do qual resulte um produto necessário à manutenção da ação de Governo;III - projeto: instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, que envolve um conjunto de operações, limitadas no tempo, do qual resulte um produto que concorra para a expansão ou o aperfeiçoamento

da ação de Governo;IV – unidade orçamentária: agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.

§ 1º Cada programa identificará as ações necessárias para atingir os seus objetivos, sob forma de atividades ou projetos, especificando os respectivos valores, bem como as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação.§ 2º A estrutura do orçamento, de que trata esta Lei, será identificada no Projeto da Lei Orçamentária por programas, atividades ou projetos.§ 3º Cada atividade e projeto identificará a função e a subfunção às quais se vinculam.

Art. 5º O Projeto de Lei Orçamentária que o Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal será constituído de:

I - mensagem do Poder Executivo;II - texto da lei;III - orçamentos fiscais e da seguridade social, contendo a programação dos órgãos e entidades do Poder Executivo e Poder Legislativo, bem como de seus fundos, na forma de tabelas e anexos, previstos na Lei (nacional) n. 4.320, de 17 de março de 1964;IV - quadro indicativo da legislação que instituiu os tributos municipais, norteadora da arrecadação da receita e, ainda, as que criaram os órgãos, entidades, fundos que integram a Administração Pública Municipal;V – Quadro da Natureza da Despesa, anexo VI, da Lei (nacional) n. 4.320, de 1964, e o Quadro de Detalhamento da Despesa (QDD) nos quais constarão as especificações das respectivas programações, até o nível de modalidade de aplicação;VI - tabelas explicativas, para fins de comparação, contendo: a receita arrecadada nos exercícios de 2017 e 2018, a prevista para 2019 e 2020, e a despesa realizada nos exercícios de 2017 e 2018, bem como a fixada para 2019 e 2020.

§1º A mensagem conterá, no mínimo:I - resumo da política econômica e social do Município, de conformidade com os objetivos e as diretrizes estabelecidas nesta Lei e com as expectativas econômica nacional e estadual;II - justificativas a respeito da previsão da receita dos orçamentos fiscal e da seguridade social;III - demonstrativo da dívida fundada interna do Município, o cronograma de sua amortização e as despesas dos 3 (três) últimos exercícios com o pagamento de juros e amortizações; IV - demonstrativo da estimativa da despesa com pessoal e encargos sociais e previdenciários;

§ 2º Para fins de classificação, codificação e interpretação da despesa orçamentária, os Poderes Executivo e Legislativo do Município adotarão as normas contidas na Lei (nacional) n. 4.320, de 1964, e suas alterações.

Art. 6º Em cada categoria de programação, o detalhamento da despesa nos níveis abaixo da modalidade de aplicação, será no nível de elemento de despesa, inclusive com suas respectivas fontes de recursos efetivadas, automaticamente, somente no sistema eletrônico do orçamento.

Parágrafo único. As alterações orçamentárias que implicarem em créditos adicionais suplementares, a partir do nível de modalidade de aplicação, serão realizadas pela Diretoria-Geral de Planejamento e Orçamento (DIPLAN) da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (SEFIN) e cadastradas automaticamente no respectivo sistema.

Art. 7º A elaboração do projeto, a aprovação e a execução da lei orçamentária de 2020 deverão ser realizadas de modo a evidenciar a transparência da gestão fiscal, com observância do princípio da publicidade e permissão do amplo acesso da sociedade a todas as informações relativas a cada uma dessas etapas, de acordo com a legislação vigente.

Art. 8º Na programação da despesa serão observados, entre outros, os seguintes critérios:

I - não serão destinadas dotações sem que estejam definidas as respectivas fontes de recursos e instituídas as unidades orçamentárias;II - a contabilidade deverá registrar os atos e fatos relativos à gestão orçamentária-financeira efetivamente ocorridos;III - é vedada a inclusão de projetos com a mesma finalidade em mais de uma unidade orçamentária;IV - não serão destinados recursos para atender despesas com:

a) pagamento, a qualquer título, para servidor municipal por serviços de consultoria, assistência técnica, ou quaisquer outros, contratados pelos órgãos e entidades do Poder Executivo ou Legislativo Municipal; b) auxílios e subvenções para entidades e associações de qualquer gênero, exceção feita àquelas sem fins lucrativos, de atividades de natureza continuada, que sejam de atendimento direto ao público, de forma gratuita, nas áreas de assistência social, saúde, educação ou desporto.

§ 1º Fica o chefe do Poder Executivo autorizado a destinar recursos para atendimento às despesas com o pagamento do principal, juros e outros encargos da dívida fundada, precatórios e operações de crédito por antecipação da receita.

§ 2º Na programação das despesas de capital, serão observadas as diretrizes e os objetivos definidos no Plano Plurianual vigente (PPA 2018 a 2021).

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Seção IIDas Diretrizes Específicas do Orçamento Fiscal

Art. 9º O Projeto da Lei Orçamentária destinará, no mínimo:

I - 25% (vinte e cinco por cento) da receita resultante dos impostos previstos no art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea “b” e § 3º, todos da Constituição Federal de 1988, na manutenção e desenvolvimento do ensino, observados os critérios estabelecidos pelas Emendas Constitucionais n. 14, de 12 de setembro de 1996, e n. 53, de 19 de dezembro de 2006, Lei (nacional) n. 11.494, de 20 de junho de 2007, bem como o Decreto (nacional) n. 6.253, de 13 de novembro de 2007, devendo constar anexo próprio, de forma que fique evidenciado o cumprimento desses dispositivos legais; II – 1% (um por cento) da receita proveniente da arrecadação municipal destinado às ações de fomento, investimento e difusão da cultura, devendo constar anexo próprio, de forma que fique evidenciado o cumprimento deste dispositivo legal. Parágrafo único. A proposta orçamentária apresentará quadros demonstrativos da Receita e Despesa que compõem o Orçamento Fiscal.

Seção IIIDas Diretrizes Específicas do Orçamento da Seguridade Social

Art. 10. O orçamento da seguridade social compreenderá as dotações destinadas a atender as ações e serviços de saúde, previdência e assistência social, em atendimento ao disposto no art. 19, Capítulos IV e V, e Seção I, do Capítulo VI, todos do Título V, da Lei Orgânica do Município de Campo Grande LOM, bem como as disposições do art. 24 e seus parágrafos da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000, e contará, entre outros, com recursos provenientes:

I - das contribuições sociais a que se refere à alínea “a”, do artigo 19, da LOM;II - das transferências de recursos do Município, sob a forma de contribuições;III - das demais receitas diretamente arrecadadas pelos órgãos, fundos e entidades que integram, exclusivamente, este orçamento;IV - de convênios ou transferências de recursos da União, do Estado ou da iniciativa privada.

Parágrafo único. A proposta orçamentária apresentará quadros demonstrativos da Receita e Despesa que compõem o Orçamento da Seguridade Social.

Art. 11. O Projeto da Lei Orçamentária destinará, no mínimo:

I – 15% (quinze por cento) do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea “b” e § 3º, todos da Constituição Federal de 1988, na forma da programação aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, devendo constar anexo próprio, de forma que fique evidenciado o cumprimento desses dispositivos legais;

Seção IVDas Diretrizes Específicas do Orçamento

Fiscal e da Seguridade Social

Art. 12. O Projeto da Lei Orçamentária poderá conter dispositivo autorizando o Chefe do Executivo Municipal a:

I - abrir créditos suplementares até o limite nela especificado;II - realizar operações de crédito por antecipação da receita, dentro das condições e limites estabelecidos por Resolução do Senado Federal, de modo que o montante não seja superior ao das despesas de capital constante do Projeto da Lei Orçamentária;III - promover a concessão de auxílios e subvenções a entidades públicas e privadas, mediante termos de cooperação ou fomento previstos na Lei (nacional) n. 13.019, de 31 de julho de 2014, na forma estabelecida na alínea “b”, inciso IV, do artigo 8º, desta Lei;IV - celebrar convênios de mútua cooperação com órgãos e entidades federais, estaduais e outros municípios; eV - abrir créditos especiais para atender às necessidades decorrentes de celebrações de convênios firmados com a União, ou com o Estado de Mato Grosso do Sul.

§ 1º O Decreto que abrir crédito suplementar ou especial indicará a importância, a unidade orçamentária e a classificação da despesa, até o nível de modalidade de aplicação;§ 2º A abertura de créditos adicionais fica condicionada à existência dos recursos previstos no art. 43 da Lei (nacional) n. 4.320, de 1964.

Art. 13. A lei orçamentária conterá reserva de contingência em montante equivalente a, no mínimo, 0,1% (um décimo por cento) da receita corrente líquida, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, nos termos do inciso III, do art. 5º, da LRF.

Art. 14. Além de observar as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei, a alocação dos recursos na lei orçamentária e em seus créditos adicionais será feita de forma a propiciar o controle dos custos das ações e a avaliação dos resultados dos programas da Administração Pública Municipal.

CAPÍTULO IIIDAS METAS E PRIORIDADES DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Seção IDas Diretrizes das Metas e Prioridades

Art. 15. As metas e prioridades do Município para o exercício de 2020, relativas às ações e serviços a serem prestados à comunidade, em cumprimento às disposições do Plano Plurianual, período de 2018-2021 (PPA 2018/2021), Lei n.

5.949, de 29 de dezembro de 2017, terão precedência na alocação de recursos na Lei Orçamentária de 2020, não se constituindo em limite a programação, tendo os seguintes princípios norteadores:

I – reduzir os índices de exclusão social, as desigualdades de gênero e raça/etnia, com ampliação do acesso aos benefícios urbanos, assistência à terceira idade, ofertando e mantendo espaços para ações culturais, esportivas e de lazer e ações de assistência social;II – melhorar o acesso a saúde, fortalecendo as ações por meio das Clínicas da Família, dando maior resolubilidade na atenção primária, gerindo de forma eficiente os recursos da saúde, ampliando a oferta e a diversificação de especialidades;III - ampliar e fortalecer a rede de tratamento de dependentes químicos, desenvolvendo programas de prevenção ao uso de drogas e a reabilitação de dependentes químicos, por meio de ações e serviços integrados realizados pelo Município em parceria com outros entes:IV – elevar os indicadores da educação, priorizando a implantação de escolas de tempo integral e EMEI’s, utilizando-se de equipamentos, capacitações e ações integradas com outros órgãos, diminuindo o déficit de vagas do ensino infantil e a redução da evasão escolar primando pela segurança dos alunos nas escolas, finalizando as obras em andamento da área de educação;V – desenvolver programa de formação, qualificação e requalificação profissional visando a elevação da escolaridade e a profissionalização de jovens e adultos, oportunizando sua inserção na sociedade e no trabalho;VI – estimular a preservação ambiental por meio de ações e projetos que fomentem a educação ambiental, a fiscalização e a manutenção de áreas de proteção ambiental e urbana, o tratamento e o reaproveitamento dos resíduos sólidos, aumentando a coleta seletiva de lixo, a preservação e recuperação dos mananciais de águas correntes melhorando os Índices de Qualidade dos Mananciais (IQM);VII – estabelecer políticas públicas que fortaleçam a ciência, tecnologia e inovação e, ainda, dinamizar as cadeias produtivas visando à ampliação dos postos de trabalho, dando prioridade à criação de uma política municipal de industrialização; VIII – fortalecer políticas públicas com vistas a ampliar a produção agrícola e incentivo a piscicultura, como indutoras do desenvolvimento, melhorando as condições de trabalho e de qualidade de vida na área rural e urbana, ampliando a oferta de infraestrutura e a implantação do cinturão verde; IX – melhorar o sistema de saneamento, drenagem e contenção de enchentes na área urbana; priorizar as ações de recapeamento da malha asfáltica; implantar o monitoramento e controle do trânsito, dando preferência ao transporte coletivo, mantendo e implantando ciclovias e ciclo faixas, observando a lei de acessibilidade;X – fortalecer o Sistema Municipal de Planejamento através da integração entre os órgãos municipais, por meio de debates das políticas públicas com a sociedade e órgãos colegiados, primando pela transparência na gestão municipal e ações de combate à corrupção; XI – modernizar a gestão, promovendo a eficiência, o controle e a transparência no gasto público, de forma responsável, trazendo efetividade às ações do município, atendendo aos anseios dos munícipes;XII – apoiar, através de Políticas Públicas, as manifestações culturais com base no pluralismo e na diversidade de expressão; fortalecer a valorização da cultura como um importante vetor de desenvolvimento da cidade; priorizar a instituição de parcerias público-privadas para a realização de eventos culturais e esportivos em áreas públicas;XIII – fortalecer os mecanismos de fiscalização na prestação de serviços públicos delegados;XIV - implementar o Plano de Cargos e Remuneração - PCR do funcionalismo municipal;XV – reduzir o déficit habitacional para famílias de baixa renda, priorizando as moradias em risco, às pessoas com deficiência ou família de que façam parte pessoas com deficiência, famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, obedecendo aos critérios dos órgãos competentes;XVI – priorizar a implantação de políticas públicas para mulheres, principalmente ações de enfrentamento da violência contra a mulher, fortalecer mecanismos de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher e implementar ações que busquem a promoção da autonomia econômica e financeira das mulheres; XVII – ampliar o acesso a atividades esportivas e culturais, com vistas à formação de novos talentos da população local, oferecer opções de atividades físicas nas diversas regiões da Capital, reduzindo os índices de obesidade e melhorando a qualidade de vida da população, utilizando os diversos equipamentos público/privados já existentes; eXVIII – aumentar o patrulhamento preventivo por meio da guarda municipal, ampliando a abrangência do videomonitoramento em vias e prédios públicos, em parceria com as unidades da administração e outros parceiros. Art. 16. O Município de Campo Grande dará prioridade absoluta ao combate à fome e à miséria, estabelecendo parceria com a sociedade civil, governos federal e estadual, e/ou organismos internacionais, por meio da destinação dos recursos relativos a programas de saúde e sociais.

CAPÍTULO IVDA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E DO CUMPRIMENTO DAS METAS

Art. 17. É vedada a execução de despesa sem a suficiente dotação orçamentária.

Art. 18. Na execução do orçamento do exercício de 2020, serão observadas as vedações previstas no art. 167 da Constituição Federal, com exceção daquelas autorizadas por esta Lei.

Art. 19. As aquisições de materiais, serviços e obras serão processadas na forma das disposições previstas nas Leis (nacional) ns. 4.320, de 1964, e 8.666, de 21 de junho de 1993, na LOM e na presente Lei.

Art. 20. Somente serão realizadas despesas de capital, com recursos do Tesouro Municipal, após o atendimento das despesas com pessoal e encargos sociais e previdenciários, serviços da dívida e outras despesas de custeio administrativo

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e operacional, precatórios judiciais, bem como a contrapartida de convênios e de programas financiados e aprovados pela Câmara Municipal.

§ 1º Os investimentos em fase de execução terão preferência sobre novos projetos.§ 2º Não poderão ser programados novos projetos:

I - à custa da anulação de projetos de investimentos em andamento, desde que tenham sido executados, pelo menos, 10% (dez por cento); II - sem prévia comprovação de sua viabilidade técnica, econômica e financeira.Art. 21. Para o atendimento da ressalva prevista no § 3º, do art. 16, da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000, considera-se despesa irrelevante aquela cujo valor não ultrapasse os limites dos incisos I e II, do art. 24, da Lei (nacional) n. 8.666, de 1993, para obras e serviços de engenharia e outros serviços e compras.

Art. 22. O ato que criar ou aumentar despesa obrigatória de caráter continuado deverá atender às disposições estabelecidas no art. 17 da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000.

Art. 23. Nenhum Projeto de Lei que envolva dispêndios, de qualquer natureza, poderá ser submetido à aprovação junto ao Plenário da Câmara, sem o parecer Econômico Financeiro, exarado pela SEFIN, atestando sua conformidade e disponibilidade Orçamentária e Financeira, sendo nulo o ato que não cumprir esse procedimento.

Seção IDo Cumprimento das Metas

Art. 24. Caso seja necessário a limitação de empenhos das dotações orçamentárias, e da movimentação financeira para atingir as metas fiscais previstas no Anexo desta Lei, os ajustes serão feitos proporcionalmente ao montante dos recursos alocados para o atendimento de despesas com materiais de consumo, serviços de terceiros e encargos, investimentos e inversões financeiras.

Art. 25. Após o encerramento de cada quadrimestre, o Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, no prazo de 30 (trinta) dias, o relatório de avaliação do cumprimento das metas para o exercício, bem como das justificativas de eventuais desvios, com indicação de medidas corretivas, nos termos do § 4º, do art. 9º, da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000. Parágrafo único. A Comissão Permanente de Finanças e Orçamento, de que trata o § 1º, do art. 99 da Lei Orgânica do Município de Campo Grande, apreciará os relatórios mencionados no caput deste artigo e acompanhará a evolução dos resultados primários dos orçamentos fiscal e da seguridade social do Município, durante a execução orçamentária.

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES RELATIVAS ÀS DESPESAS

COM PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

Art. 26. As despesas com pessoal e encargos sociais serão fixadas com base nas disposições previstas na Constituição Federal, Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000, Lei (nacional) n. 9.717, de 27 de novembro de 1998, e a legislação municipal em vigor, observado o limite prudencial de 51% (cinquenta e um por cento) e o de 54% (cinquenta e quatro por cento) da receita corrente líquida para o Poder Executivo.

Art. 27. A instituição, a concessão e o aumento de qualquer vantagem pecuniária ou remuneração, bem como a criação de cargos ou adaptações na estrutura de carreiras e a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta do Poder Executivo, inclusive fundações instituídas pelo Município e pelo Poder Legislativo, somente poderão ser levados a efeito, para o exercício de 2020, desde que atendidas às disposições da Seção II do Capítulo IV, da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000.

CAPÍTULO VIDAS DISPOSIÇÕES SOBRE ALTERAÇÕES

NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

Art. 28. Caso haja alterações na legislação tributária após 30 de junho de 2019, que implique acréscimo da previsão da receita constante do projeto de lei orçamentária, os recursos correspondentes poderão ser utilizados para abertura de créditos adicionais.

Art. 29. Os incentivos de que trata a Lei Complementar n. 29, de 25 de outubro de 1999, por serem concedidos em decorrência da instalação de empreendimentos novos, ou de ampliação daqueles já existentes, não serão considerados na previsão da receita do exercício de 2020.

Parágrafo único. A concessão ou ampliação de incentivo, ou benefício, de natureza tributária, da qual decorra renúncia de receita, deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro, de acordo com as disposições da Seção II, do Capítulo III, da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000.

CAPÍTULO VIIDO LIMITE PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA

DO PODER LEGISLATIVO

Art. 30. A Câmara Municipal elaborará a sua proposta orçamentária na forma das suas diretrizes e objetivos, observando que o total da despesa, incluídos os subsídios dos vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) do somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos

arts. 158 e 159 da Constituição Federal, efetivamente realizadas no exercício de 2019.

§ 1º O repasse mensal dos recursos da Câmara Municipal será feito na forma prevista no art. 101 da Lei Orgânica do Município (LOM).§ 2º Para fins de integração ao orçamento geral do Município, a proposta orçamentária mencionada neste artigo será encaminhada ao Poder Executivo até 03 de agosto de 2019.

CAPÍTULO VIIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 31. Caso o projeto da lei orçamentária não seja sancionado pelo Prefeito até 31 de dezembro de 2019, a sua programação poderá ser executada, parcialmente, observado o limite mensal de 1/12 (um doze avos) do total de cada dotação, atualizada na forma prevista nesta Lei, até a sua aprovação pela Câmara Municipal.

Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese prevista no caput, o Projeto da Lei Orçamentária será incluído na ordem do dia, sobrestando a sua deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação.

Art. 32. As unidades orçamentárias responsáveis pela execução dos créditos orçamentários e suplementos aprovados processarão o empenho da despesa, observados os limites fixados para cada categoria de programação e respectivos grupos de natureza da despesa, modalidades de aplicação e especificando o grupo da despesa.

Art. 33. O Poder Executivo Municipal disponibilizará no Portal da Transparência (www.capital.ms.gov.br/transparencia) informações sobre a execução orçamentária.

Art. 34. As entidades privadas beneficiadas com recursos públicos, a qualquer título, submeter-se-ão à fiscalização do Poder Concedente com a finalidade de verificar o cumprimento de metas e objetivos para os quais receberam os recursos.

Art. 35. O pagamento de precatórios judiciais será feito na forma das disposições do art. 100 da Constituição Federal de 1988 e do art. 78 do seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, com as redações dadas pela Emendas Constitucionais n. 62, de 9 de dezembro de 2009, e n. 94, de 15 de dezembro de 2016.

Art. 36. A preservação do patrimônio público deverá observar as normas legais previstas na Seção III, do Capítulo IV, da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000.

Art. 37. A escrituração, a consolidação e a prestação das contas anuais dos Poderes serão processadas e elaboradas com base nas normas vigentes de contabilidade pública, além de obedecer àquelas dispostas nas sessões II e V, do Capítulo IX, da Lei Complementar (nacional) n. 101, de 2000.

Art. 38. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Campo Grande, 15 de abril de 2019.

MARCOS MARCELLO TRADPrefeito Municipal de Campo Grande