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Ano I Edição 04 educação, cultura e meio ambiente ABRIL 2008 VEJA PÁGINA 15 - Budismo—Dalai-Lama—China—Tibet 1985 2008 “ Uma Janela Para o Mundo “ www.gazetavaleparaibana.com INSCREVA SUA ESCOLA. PARTICIPE! < [email protected] > - DIA DA MENTIRA 01 ABRIL - DIA MUNDIAL DA SAÚDE 07 ABRIL - DIA DO BEIJO 13 ABRIL - DIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO 13 ABRIL - DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL 18 ABRIL - DIA DO INDIO 19 ABRIL - DIA DE TIRADENTES 21 ABRIL - DIA FUNDAÇÃO DE BRASÍLIA 21 ABRIL - DIA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL 22 ABRIL - DIA DE SÃO JORGE 23 ABRIL Página 5 Conheça o projeto EDUCAR (normas, objetivos, carta de orientação, etc.) . No site www.gazetavaleparaibana.com acesse < Projeto Educar >. DIVULGUE - PARTICIPE - PATROCÍNE - INSENTIVE Página 4 Página 12

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Ano I Edição 04 educação, cultura e meio ambiente ABRIL 2008

VEJA PÁGINA 15 - Budismo—Dalai-Lama—China—Tibet

1985

2008

“ Uma Janela Para o Mundo “ www.gazetavaleparaibana.com

INSCREVA SUA ESCOLA. PARTICIPE! < [email protected] >

- DIA DA MENTIRA 01 ABRIL - DIA MUNDIAL DA SAÚDE 07 ABRIL - DIA DO BEIJO 13 ABRIL - DIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO 13 ABRIL - DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL 18 ABRIL - DIA DO INDIO 19 ABRIL - DIA DE TIRADENTES 21 ABRIL - DIA FUNDAÇÃO DE BRASÍLIA 21 ABRIL - DIA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL 22 ABRIL - DIA DE SÃO JORGE 23 ABRIL

Página 5

Conheça o projeto EDUCAR (normas, objetivos, carta de orientação, etc.) . No site www.gazetavaleparaibana.com acesse < Projeto Educar >. DIVULGUE - PARTICIPE - PATROCÍNE - INSENTIVE

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 2

www.gazetavaleparaibana.com Editor Responsável:

João Filipe Frade de Sousa [email protected]

Dept°.Jurídico [email protected]

Redação e Edição [email protected]

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As matérias e artigos assinados são de inteira responsa-bilidade de seus autores, não expressando necessaria-mente a opinião deste Jornal, que tem por lema infor-mar, educar e transmitir opiniões; Bem como os anún-cios e patrocínios, em seus conteúdos e fins, são de inteira responsabilidade das Empresas Anunciantes.

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A “JUCESP”, Junta Comercial do Estado de São Paulo, é uma instituição subordinada à Secreta-ria da Fazenda, órgão do Governo do Estado de São Paulo e suas atividades de registro das Empresas Mer-cantis e Atividades Afins são reguladas, pelo Departa-mento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) per-tencente ao Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior. Compete ainda à JUCESP, a expedição de certidões, Ofícios Judiciais, cópias reprográficas de documentos, Fichas Cadastrais e atividades referentes aos Armazéns Gerais, Leiloeiros, Tradutores Públicos e Intérpretes Comerciais, Autenticação e Registro de Livros Mercan-tis. A JUCESP é um órgão de registro, ou seja, exerce função de cartório, dando fé pública e publicidade aos documentos nela registrados. Cabe á JUCESP fazer o exame das formalidades, com base na Lei nº 8.934, de 18 de Novembro de 1994 e Decreto nº 1.800, de 30 de Janeiro de 1996. Porém, nos casos de tradutores públi-cos e intérpretes comerciais, leiloeiros oficiais e arma-zéns gerais a junta exerce efetiva função de fiscaliza-ção. A competência da JUCESP estadual, subordinado administrativamente à Secretaria da Fazenda, ao Gover-no do Estado de São Paulo e, tecnicamente, ao Departa-mento Nacional do Registro do Comércio - DNRC, do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior. Conforme E-mail recebido, a JUCESP está disponibili-zando o “Manual de Procedimentos”, com o qual é pos-sível sanear possíveis dúvidas dos procedimentos dos atos da Junta. Acesse: www.jucesp.sp.gov.br e as informações dispo-níveis possuem link direto, apresentando modelos que irão ajudar no entendimento.

PROXIMA EDIÇÃO “A descentralização da JUCESP”

Matéria cedida pelo Dr. Cláudio Henrique Mendonça da JUCESP - São José dos Campos - SP

Numa visita a um hospital psiquiá-trico, um dos visitantes perguntou ao Diretor: - Qual o critério vocês usam para saber quem precisa ser internado? - Nós enchemos uma banheira com água e damos ao paciente,

uma colher, um copo e um balde e pedimos que ele esvazie a banheira. De acordo com a forma co-mo ele decida realizar a missão nós decidimos se o hospitalizamos ou não. - Entendi, uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher. - NÃO, - respondeu o Diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo... O que o Senhor prefere? - Quarto Particular ou En-fermaria?... Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Nós bebemos demais, fumamos demais, gasta-mos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acorda-dos até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odi-amos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adi-cionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço sideral mas não o nosso próprio espaço. Fizemos mui-tas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; domina-mos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos maiores computadores para ar-mazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do “fast-food” e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentua-dos e relações vazias. Esta é a era dos dois empregos, vários divór-cios, casa chiques e lares despedaçados. Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e mo-ral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílu-las “mágicas”. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Lembre-se de passar mais tempo com as pes-soas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado. George Carlin

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 3

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Polícia Militar 190 Polícia Federal (12) 3931.0999 Disk-Denúncia 181 Direitos Humanos 100 Corpo de Bombeiros 193 Sabesp 195 Procon 151 Bandeirantes Energia 0800 55 08 00 Poupa Tempo SJC 080077 23633 IPEM 0800 13 05 22 SOS Samaritanos 080077 00641 Contur s.j.c (Turismo) (12) 3921-7543 Prefeitura S.J.C. (12) 3947.8000 Fundação Cultural s.j.c (12) 3924.7300 Hospital Municipal (12) 3901.3400 CTA (12) 3947.5700 IMPE (12) 3945.6034 Conselho tutelar (12) 3921.8705 Delegacia da Inf. e Juv. (12) 3921.2693 Vigilância Sanitária (12) 3913.4898 Delegacia da Mulher (12) 3921.2372 Câmara Municipal (12) 3625.6566 CVV (Centro Valoriz.Vida) (12) 3921.4111 AA (Alcoólicos Anônimos) (12) 3921.3611 NA (Narcóticos Anônimos) (12) 9775.6779 P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL São José dos Campos (12) 3931-7088 Cachoeira Paulista (12) 3101.1966 Roseira (12) 3646.1200 Taubaté (12) 3921.5011 POLICIA RODOVIÁRIA ESTADUAL São José dos Campos (12) 3944.4442 Taubaté (12) 3633.3888 Caraguatatuba (12) 3883.1044 POLICIA CIVIL (Plantões) São José dos Campos (12) 3921.2693 Jacareí (12) 3953.2277 Taubaté (12) 3633.4544 Guaratinguetá (12) 3132.6247 Caraguatatuba (12) 3883-5277 DEFESA CIVIL São José dos Campos (12) 3945.9600 Jacareí (12) 3953.3871 Taubaté (12) 3625.5000 Guaratinguetá (12) 3122.2728 Caraguatatuba (12) 3882-6841 AEROPORTOS São José dos Campos (12) 3946.3000 Taubaté (12) 3621.2277 Guaratinguetá (12) 3122.2500 Guarulhos (11) 5095.9195 Vira Copos (Campinas) (19) 3725.5000 RODOVIÁRIAS São José dos Campos (12) 3921.9122 Jacareí (12) 3961.6640 Taubaté (12) 3655.2818 Guaratinguetá (12) 3132.1380 Caraguatatuba (12) 3882.1669 Tietê (São Paulo) (11) 3135.0322 PRONTO-SOCORRO São José dos Campos (12) 3901.3400 Jacareí (12) 3953.2322 Taubaté (12) 3921.6036 Guaratinguetá (12) 3125.3131 Caraguatatuba (12) 3882.1362 DIVERSOS Balsa (S.Sebastião) 0800 704 55 10 DPDC (61) 3429.3636 IDEC (12) 3874.2150 PROTESTE (12) 3906.3800 SITES DE CONSULTA E ACESSO Procon www.procon.gov.br Ministério da Justiça www.mj.gov.br/dpde Tribunal Justiça www.tj.sp.gov.br Justiça Federal www.trf3.gov.br Minist. da Fazenda www.fazenda.gov.br Previd. Social www.previdencia.gov.br Narcóticos Anônimos www.na.org.br MASTERCARD (CEF) 0800 78 44 38 CREDICARD 0800 78 44 11 DINER’S 0800 78 44 44 UNIBANCO (Visa) 0800 11 84 22 BRADESCO (Visa) 0800 56 65 66 OUROCARD 0800 16 11 11 CREDIREAL 0800 12 21 20 AMERICAN EXPRESS 0800 78 50 75 B.F.R.B. (Pers) 0800 11 80 40 FININVEST 0800727 3003

As Energias do Ano de 2008

ENERGIAS PARA 2008 Por: Maria Silvia Oriovas [email protected] Todo o ano, faço um mergulho para entender as energias que irão nos reger no ano, porque gosto de me preparar para as novidades. Claro que essas questões devem ser abordadas com muito respeito e atenção porque para cada um de nós as afirmações generalizadas podem fazer maior ou menor sentido dependendo da fase da vida que cada um está atra-vessando. Assim quando os estudiosos da Cabala e da Astrologia definem que MARTE será o regente de 2008, dirigem o pensamento global para um arquétipo do guerreiro, o que pode assustar muita gente num tempo em que a violência perturba a harmonia geral. Mas, frente a essa questão não podemos deixar de pensar que desde que o mundo é mundo enfrenta-mos esse tipo de energia. Conquistas, expansão de uma nação, expansão de um conhecimento natural-mente engloba o declínio do antigo poder. Acredito, porém que caminhando junto com os valores espiri-tuais da nova era devemos nos fixar no lado luz de tudo isso. Sim, porque Marte também é luz, ainda que este planeta bem semelhante á Terra já tenha suscita-do estudos de que um dia acolheu vida inteligente igual á nossa e que hoje ofereça apenas seu solo ári-do e sua atmosfera não respirável a nós humanos, arque tipicamente Marte é a força, o impulso, a ener-gia de iniciar projetos. Uma vez, uma antiga astróloga me ensinou que devemos sempre pensar em como usar nossos potenciais e não apenas acreditar nas profecias. Se tenho uma influência positiva de Marte, por exemplo, 2008 pode ser um ano de abrir espaço na vida para novas oportunidades e ter coragem de ousar ser me-lhor, diferente do que já fiz no passado. Ela dizia que um açougueiro e um cirurgião podem ter um mesmo aspecto no mapa natal dizendo de sua habilidade em mexer com a vida. Um salva e outro faz dela alimento. Será que está errada a profissão escolhida por esses homens? Não, apenas cada um escolheu como usar sua energia. Tudo isso dentro de sua criação e de suas possibilidades. Neste ano que se passou fazen-do um estudo comparativo das religiões percebi o quanto somos preconceituosos com coisas que não conhecemos. A ignorância gera preconceito. Para entender Marte como um regente positivo desta ener-gia de guerra que é articular, pensar positivamente e com disciplina para aproveitar sua força e implemen-tar nossos projetos já que, na vida, não basta sonhar é preciso agir. E esta ação depende de você e de es-colhas luminosas que você deve fazer. Neste caso, Marte oferece a coragem do guerreiro, o impulso do lutador, a vontade de conquistar algo mais e isso é positivo se bem usado. Equilíbrio para lidar com este impulso é o que nos pede o ano de 2008 de acordo com as cartas do TAROT e a Numerologia. A Roda Arcano de numero 10 nos remete a um futuro incerto. Veja que incerteza não quer dizer negatividade, pois aprendemos que naturalmente colhemos o que plan-tamos. Mas, a carta da roda, diz que tudo está aconte-cendo ainda sem raízes ou sedimentos mais profun-dos, por isso a incerteza. Seguindo os preceitos bási-

cos da Numerologia, nesta leitura do Tarot veremos que o 2 traz a energia da sacerdotisa; portanto, conti-nuaremos sendo influenciados pelo feminino, sensi-bilidade, vontade de crescer, mas ainda com muita reflexão e mergulho interno. Já o 8 é simbolizado pela carta justiça que pede equilíbrio e discernimento nas palavras, atos e pensamentos. A soma 2 e do 8 leva ao 10 que é a roda da Fortuna. Assim, podemos com-preender que mergulhados na reflexão, buscando equilíbrio interior e ouvindo a voz da consciência, enfrentaremos com luz o impulso da vida. Como o aprendizado sempre continua e querendo ou não nos confrontamos com o próximo ano, podemos usar esses códigos para entender melhor o que o destino nos oferecerá. Como sempre explico para meus alunos podemos estar nesse barco fazendo a travessia nesta jornada na Terra. O que vai definir nossa felicidade ou sucesso não é exatamente a co-lheita, mas a forma que nos comportaremos frente aos frutos. Se um dia semeamos amarguras pela pouca luz da nossa consciência, hoje podemos, tendo em mãos novos instrumentos usar aquilo que conquistamos com a sabedoria de um guerreiro que não apenas o-lha com admiração suas armas, mas sabe utilizá-las com maestria. Façamos uso da influência Marciana para fazer o nosso melhor e deixar para provar os frutos da ação com sabedoria e tranqüilidade.

A “Gazeta Valeparaibana” coloca as suas páginas a disposição de todos os interessados na divulgação de trabalhos sobre todas as for-mas de cultura e arte do nosso Vale do Paraíba, Litoral Norte e Região Serrana.

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Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mes-mo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os homens de negócios se relacionavam ou mantinham afini-dades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamores da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Em-presários está associando a sua marca ou o seu negócio a slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada. Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta imediata ás suas necessidades mercadológicas. Regional-mente é positivo e comprovado o efeito positivo da divul-gação de atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes. Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX. Estamos numa época em que a necessidade de preser-var o meio ambiente e as tradições são um clamor da soci-edade mundial ao qual a brasileira não é exceção. Por isso adicione cultura, educação e meio ambiente á sua marca patrocine.

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P O L I C I A R O D O V I ÁR I A F E D E R AL

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 4

O Projeto Educar destina-se a desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e a interação com a mídea www.gazetavaleparaibana.com

Luís Vaz de Camões ( Final )

rodapé/pag4 - 650,00

em negocição

Depois de aperfeiçoar OS LUSIADAS, Camões, tirou uma cópia especial para os dedicar ao Rei D. Sebastião. O porta-dor do poema — ao que parece, Camões já não tinha acesso à corte — foi seu a-migo de infância D. Manuel de Portugal. O soberano recebeu com agrado a oferta. Talvez por isso o frade dominicano Bar-tolomeu Ferreira, encarregado pelo Santo Ofício da censura eclesiástica, não levan-tou dificuldades à publicação, embora em Os Lusíadas sobejem as divindades pagãs, misturadas com o maravilhoso cristão. Sobre esse assunto delicado, Frei Barto-lomeu comentou no seu despacho favo-rável: “Como isto é poesia e fingimento, e o autor, como poeta, não pretende mais que ornar o estilo poético, não tivemos por inconveniente ir esta fábula na Obra. E por isso me parece o livro digno de se imprimir, e o autor mostra nele muito engenho e muita erudição nas ciências humanas.”. Um alvará régio de Setembro de 1571 concedeu a licença de impressão e ga-rantiu a Camões direitos de autor por dez anos. Em 1572 o poema foi publicado e o rei decidiu conceder uma tença (pensão)ao seu autor, no montante de quinze mil réis por ano — quantia aliás pequena em relação a outras pensões atribuídas na-quela época. Mesmo assim, numa prova evidente de que o valor de Os Lusíadas ainda não fora compreendido, o decreto real que concedeu a referida tença (pensão) salientava como motivos justifi-cativos os serviços prestados por Ca-mões na Índia — a par das informações que D. Sebastião tinha sobre “o seu en-genho e habilidade” e “a suficiência que mostrou no livro que fez das coisas da Índia”. Os últimos anos da vida do poeta são reconstituídos, praticamente, à base de conjecturas. As tenças (pensões) conce-didas pelo rei eram pagas com atraso, e isto, tendo em conta a sua exigüidade, devia causar ainda maiores dificuldades a Camões. O historiador Diogo do Couto, nas Décadas, sobre o assunto diz ape-nas: “Em Portugal morreu este excelente poeta, em pura pobreza”. Camões expirou no dia 10 de Junho de 1580. De 1579 a 1581 grassou a Lisboa nova e violenta peste. A morte sobrevi-nha em quatro ou cinco dias. No meio do caos reinante, com a acumulação de ca-dáveres para serem inumados, o seu cor-po foi apenas envolvido numa mortalha e lançado com os de numerosas vítimas da epidemia, na cripta da Igreja de Santa Ana. O terremoto de 1755 destruiu o tem-plo e misturou ainda mais as ossadas que sob ele jaziam. Em 18880 todos os despojos mortais que ali se encontravam foram levados para o Panteão dos Jerô-nimos, onde ficaram sepultados, na es-perança de que entre eles estivessem os restos mortais do maior poeta português. O destino de Os Lusíadas e das demais Obras de Camões foi mais feliz do que o do seu autor. Do nosso grande poema épico, além de uma versão latina, fize-ram-se traduções em quase todas as lín-guas do mundo, nomeadamente em In-glês, francês, Espanhol, polaco, dinamar-quês, sueco, húngaro, russo, italiano (e também no dialeto siciliano), grego, ára-

be, arménio e hebraico. Nas escolas de todo o território portu-guês e também nas do Brasil o texto de Os Lusíadas é usado para o aperfeiçoa-mento do estilo literário. Entre os grandes admiradores de Ca-mões contam-se célebres figuras da lite-ratura e da cultura universais, tais como Elizabeth Barrett, que dedicou uma tradu-ção dos seus versos a Robert Browning; Byron, que o chamou “Gênio Peregrino”; Voltaire e Humboldt. Até Cervantes, seu contemporâneo, se referiu a Os Lusíadas como o “Tesouro do Luso”. A Obra de Camões venceu os séculos. Gerações de poetas e prosadores foram influenciados por seu estilo. Ele foi o grande estruturador da língua portugue-sa, na medida em que soube pôr em evi-dência, de forma exuberante, a sua extra-ordinária capacidade descritiva. Os Lusíadas têm hoje um lugar de relevo na literatura universal. O seu valor maior foi, porém, o de incorporar na própria vida dos Portugueses o relato dos feitos heróicos dos navegadores da pequena nação ibérica, que escrevia então, sozi-nha, as primeiras páginas da História do Mundo Moderno. Mais tarde, este relato viria a servir para consolidar o espírito nacional em diver-sas ocasiões de crise. Os Lusíadas le-vam a todos uma mensagem de esperan-ça na história de um povo — a universali-dade de sua cultura. Domingos Mascarenhas

Por: André Maurois Vitória foi, simultanea-mente, Rainha de Inglaterra, Im-peratriz das Índias e uma avó sim-ples e cuidadosa, que se preocupa-va com as doenças dos vivos e re-cordava os aniversários dos mor-tos. Aos seus olhos, os Reinos da Europa eram meras propriedades de seus familiares.

MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 5

Senhores Empresários patrocinar cultura é patrocinar desenvolvimento/cidadania. Este País e o seu futuro agradecem 0xx12 - 3902.7629

Grandes Vidas Grandes Obras Mestre Athayde

MANUEL DA COSTA ATAÍDE, mais conhecido como Mestre Ataíde foi um pintor dourador, encarna-dor, entalhador e professor brasileiro (Mariana, 18 de Outubro de 1762 - Mariana, 2 de Fevereiro de 1830). Foi um importante artista do rococó mineiro e teve grande influência sobre os pintores de sua região, através de numerosos alunos e seguidores. Sua obra foi tão assimilada que seus discípulos, alunos e seguidores que até meados do século XIX, continuaram a fazer uso do seu método de composição, particularmente em trabalhos de perspectiva na cúpula de igrejas. Documentos da época fazem freqüentes referências a Mestre Ataíde como professor de pin-tura. Em 1818, Mestre Ataíde, tentou, sem sucesso, fundar em sua cidade natal, Mariana, uma Esco-la de Arte. No inventário de suas posses rela-cionam-se manuais e tratados técnicos, tais como o de Andrea Pozzo “Prespectivae Pictorum Architecto- rum”. Assim, pode-se notar que além do ta- lento natural, procu-rou na literatura dispo- nível da época infor-mações e conhecimen- tos para a realização de sua obra. Uma das características de sua arte era a aplica- ção de cores vivas, sendo que se denota uma certa preferência pelo “Azul”. Também em sua arte, em seus desenhos, os anjos e madonas retratados apresentam uma prefe- rência por traços afri-canos. Mestre Ataíde foi contemporâneo e parceiro de António Francisco Lisboa “O Aleijadinho” e no período de 1781 a 1818, encarnou e dourou imagens esculpidas por Aleijadinho, entre outras, para o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo também Minas Gerais. A contribuição de “Mestre Ataíde”, de “Aleijadinho” para a “Arte Barroca Mineira” e, para a história da Arte do Brasil foi um marco e até hoje é admirada por turistas do Mundo inteiro. Suas obras têm sido fotografadas, impressas e inúmeros livros publicados. En-tre as Obras mais importantes, destacam-se: Pintura da Capela de Nossa Senhora da Glória por volta do ano de 1742, igreja esta localizada na comunidade da Ressaca, pertencente á cidade de Carandaí (MG); Pinturas na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, na cidade de Ouro Preto (MG), realizadas no período 1801 e 1812, sendo a “Glorificação da Virgem , pintada sobre madeira na cúpula da nave principal, o seu trabalho mais conhecido; Pinturas no forro da capela-mor da Igreja Matriz de Santo António, na cidade de Santa Bárbara, no ano de 1806; Painel, “A ulti-ma Ceia”, única obra de cavalete de Mestre Ataíde, que se encontra exposta no Colégio do Caraça, obra esta concluída no ano de 1828; Pintura da cúpula da Capela Mor da Igreja Matriz de Santo An-tónio, na cidade de Itaverava (MG), realizada no ano de 1811; e a pintura da cúpula da capela-mor da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Mariana (MG), realizada no ano de 1823. Estas algumas de suas obras de pintura individuais, no entanto, não poderemos deixar de relevar sua obra ao dar vida e cor ás esculturas e aos entalhes de António Francisco Lisboa “O Aleijadinho”. Pode-se afirmar sem margem de erro que, Mestre Ataíde comple-mentou a arte de “O Aleijadinho” e vice-versa pois, tanto um como o outro abraçaram com amor sua arte e deixaram nas páginas da história do Brasil, uma marca inigualável da Arte Barroca Mi-neira.

A ESMERALDA pertence ao grupo do “berilo” e se apresenta em diversas tonali-dades de verde. verde esmeralda, verde-claro, verde-amarelada e verde-escura. O nome ESMERALDA provém do grego”smaragdos”, mas provavelmente sua origem é persa ou do hindu, e significa “pedra verde”. Na Antiguidade eram assim denomina-das não somente a esmeralda, mas também outras gemas, provavelmente todas as gemas verdes conhecidas. A esmeralda, juntamente com a á-gua marinha e o berilo, pertencem ao grupo do berilo, sendo considerada a mais nobre dentro deste grupo. Seu verde é tão incomparável que esta cor passou a ser denominada “verde es-

meralda” (inclusive fora dos limites da mineralogi-a). A substância corante é o cromo e às vezes o va-nádio. A cor é muito resis-tente à luz e ao calor, não apresentando alterações a temperaturas de 700 e até 800 graus centígrados. Somente as qualidades

mais finas, apreciadas e por isso mais caras, apresentam transparência. Freqüentemente a esmeralda, aparece turvada por inclusões (fluidos, bolhas de ar, “fissuras cicatrizadas” entre outros cristais). Estas inclusões não são consideradas como defeito, desde que não sejam excessivamente importantes, mas sim são interpretadas como prova de autenticidade da pedra, com relação ás sintéticas ou imita-ções. Os especialistas costumam denominá-las de “Jardim” quando apresentam essas ca-racterísticas. Uma pedra de um verde profun-do, com inclusões, é mais valiosa que uma de

cor pálida e quase pura à lupa. As jazidas mais impor-tantes de esmeralda se en-contram na Colômbia. A me-lhor é a mina de “MUZO”, 100 Km a noroeste de Bogo-tá; ela foi explorada pelos Incas e posteriormente a-

bandonada. Depois, no século XVII, voltou no-vamente a ser explorada.

No místico, a esmeralda trabalha o “chakra cardíaco” e nos corpos elétrico, astral, emocional e espiritual. Ajuda a meditação, eleva a consciência e as habilidades psíquicas. Aumenta o psiquis-mo e a faculdade da clarividência. Uma ótima pedra utilizada na cura em geral. Usada para alinhar o corpo etéreo, astral e emocional. Equilibra as emoções fortes.

O SENAI está disponibilizando 2.739 vagas gratuitas para cursos técnicos. As aulas acontecem a partir de Ju-lho em 36 escolas de 22 municípios paulistas. As inscrições vão até 04 de Abril de 2008. Os cursos formam pro-fissionais para a área industrial e têm duração mínima de dois anos, com estágio supervisionado obrigatório. Para se candidatar ás vagas precisa apresentar cédula de identidade original e comprovante de conclusão do ensino médio. O custo da inscrição é de R$.: 32,50 e deve ser feita na unidade em que o candidato vai cursar. A prova de seleção será realizada em 27 de Abril e será composta de 20 questões de língua portuguesa, 20 de ma-temática e 20 de ciências da natureza (física, química e biologia). O gabarito será divulgado no dia seguinte á prova e a lista de aprovados sairá dia 26 de Maio. Mais informações: www.sp.senai.br

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 6

COMPORTAMENTO “Racismo”

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“Gazeta Valeparaibana” presente em mais de 80 cidades do CONE LESTE PAULISTA , sendo 3.000 exemplares gratuitamente

Uma senhora branca, loira, bem pro-duzida fisicamente, aparentando cerca de 50 anos, viúva, resolveu viajar. Merecia se divertir um pouco, conhecer o Mundo e assim fez. Procurou uma agência de via-gens, foi informada das facilidades do programa do governo para o Turismo na Terceira Idade e contratou seu plano em 12 vezes. No dia marcado, dirigiu-se ao aeroporto, passou pela burocracia de pra-xe e adentrou na aeronave. Procurou sua cadeira, na “classe econômica” e reparou que a seu lado estava um passageiro ne-go... Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo. - Qual o problema senhora?, pergunta a comissária. - Não está vendo? - respondeu a senhora. - Vocês me colocaram ao lado de um ne-gro. Não posso ficar aqui. - Você precisa me dar outra cadeira. - Por favor acalme-se - retrucou a aeromo-ça. - Infelizmente todos os lugares da classe

econômica estão ocupados. Porém vou ver se ainda temos algum disponível. A comissária se afasta e volta al-guns minutos depois. Senhora como lhe falei, não há ne-nhum outro assento livre na classe eco-nômica. Falei com o Comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar nesta classe. Temos apenas um lugar vago na

primeira classe e, antes que a senhora fizesse algum comentário, a comissária continua: - Veja, é incomum que a nossa com-panhia permita a um passageiro da classe econômica se assentar na primeira clas-se. Porém, tendo em vista as circunstân-cias, o Comandante pensa que seria es-candaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável. Assim, dirigindo-se ao senhor ne-gro, a comissária prosseguiu: Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira clas-se... Graças ao bom senso e em prol da civilidade o racismo não é uma prática generalizada de uma boa parte da socie-dade brasileira, que, assistindo ao fato inusitado, aplaudiu de pé, a forma como o incidente foi resolvido. “O que me preocupa não é o grito dos maus mas sim o silêncio dos bons.

Dia Mundial da Água 22 de Março No dia 22 de Março se comemora o dia Mundial da Água. Por merecimento e respeito achamos que o dia da água é todo o dia. Todo o dia devemos nos cons-cientizar que o planeta não vive sem água doce. Que a água doce, para consumo humano e animal é um bem cada vez mais raro. O Brasil é o país do mundo mais rico em água doce (potável) do pla-neta. Detém cerca de 8 de toda a quanti-dade existente na Terra. A maior bacia fluvial do Mundo também é Brasileira, a amazônica; só o Rio Amazonas deságua no Mar 1/5 de toda a água a água doce despejada nos Oceanos, do Mundo. O Planeta e seus recursos naturais, dispensam modismos ou datas comemo-rativas. Cuidar do planeta e de suas re-

servas naturais deve ser um problema de consciência de sobrevivência encarado diariamente em todas as nossas atitudes. - Que reciclar nunca seja modismo ou manchete do momento; - Que não desmatar, não seja apenas um slogan de campanha; - Que saneamento não seja paliativo mas, constante e total; - Que o consumismo não tome conta do ser humano e o ser seja mais valorizado socialmente que o ter. - Que nossos filhos tenham a oportunida-de de conhecer uma lagoa azul, um peixe

nadando livre, uma bromélia no campo... Crianças vamos dar o exemplo para estes adultos que já tanto mal fizeram para nosso planeta. Veja nossas dicas para que você economize e faça sua famí-lia economizar, água. - Não demore muito no seu banho diário. Sabia que, um banho de 5 minutos consome 70 litros de água ou seja 25.550 litros em um ano!

- Não lave e não deixe lavar calça-das ou o seu quintal com a mangueira. Use a vassoura! - Você sabia que ao escovar os dentes você poderá economizar anual-mente 16.425 litros de água, seguindo um método simples de escovação? - Fácil. - Molhe a escova, feche a torneira, colo-que a pasta e escove os dentes. Somente quando terminar abra de novo pára enxa-guar. - Vai passear, Papai vai lavar o carro, nada de esguicho ou mangueira, use o balde. Para lavar o carro com es-guicho seu pai gastará cerca de 600 litros de água, enquanto que com o balde gas-tará no máximo 60 litros. Sua mãe ou irmã vão lavar a louça. Nada de torneira aberta direto. Esfregue toda a louça primeiro, para depois sim enxaguar ela toda de uma única vez. Não jogue nem deixe jogar lixo nos córregos, na rua. Ajude, oriente a coleta seletiva, o Planeta lhe agradecerá.

A “ONU” redigiu um documento intitulado “Declaração Universal dos Di-reitos da Água”. Vamos conhecer. 1 - A água faz parte do patrimônio do pla-neta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadã é plenamente responsável pela água da terra.

2 - A água é a seiva do planeta. Ela é condição essencial de vida de todo o ve-getal, animal ou ser humano. Dela depen-dem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura. 3 - Os recursos naturais de transforma-ção da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionali-dade e precaução. 4 - O equilíbrio e o futuro de nosso pla-neta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preser-vação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. 5 - A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo a nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. 6 - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do Mundo. 7 - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De manei-ra geral, sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de dete-rioração da qualidade das reservas atual-mente disponíveis. 8 - A utilização da água implica respeito à Lei. Sua proteção constitui uma obriga-ção jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. 9 - A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social. 10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

(Veja também pág. 98 Bacias Hidrográficas) PRESEVAR É UM DEVER DE TODOS.

Filipe de Sousa

Economize Água

Os Direitos da Água

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 7

Curiosidades “ Casa Imperial Brasileira”

3.000 Exemplares distribuídos gratuitamente para 2.490 Escolas do Cone Leste Paulista acesse: www.gazetavaleparaibana.com

D. Pedro I

D. João VI

D. Luis de Orleans e Bragança

D. Pedro II

Ordem da Torre e Espada

Ordem da Rosa

Ordem Aviz

Ordem de Cristo

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em C

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Ordem D. Pedro I

Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

Ordem de S. Tiago

Instituto Genealógico Brasileiro

A FAMÍLIA IMPERIAL BRASILEI-RA, tem como atual chefe Dom Luiz de Orleans e Bragança, é pri-mogênito e herdeiro dinástico do falecido Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança ( 1909-1981), neto de Dom Luiz de Orleans e Bragança (1878-1921), cognomi-nado o Príncipe Perfeito, bisneto da princesa Isabel, a redentora e, trineto do Imperador D. Pedro II. Os Imperadores do Brasil, bem como os Reis de Portugal desde o século XVII, pertencem à Dinastia de Bragança, a qual teve sua ori-gem nos fins do século XIV, na figura heróica do Santo Condestá-vel, de Portugal, Dom Nun’Álvares Pereira.

O Império no Brasil terminou com o exílio imposto ao Impera-dor D. Pedro II, através da “Lei do Banimento”, pelos Republicanos, quando assumiram ao poder no ano de l889. Sua Alteza Imperial e família - a imperatriz Tereza Cristi-na, a princesa Isabel e o conde d’Eu - foram forçados a deixar o Brasil, rumando para a nova mo-radia em Paris (França). No entan-to, a Imperatriz não chegou à Ca-pital Francesa, pois não agüen-tando a dor emocional que o gol-pe de 15 de Novembro lhe cau-sou, faleceu apenas duas sema-nas depois de aportar em Portu-gal. Apesar de o marechal Deodo-ro da Fonseca, primeiro Presiden-te da República Brasileira, ter ofe-recido a Sua Majestade algum di-nheiro para a viagem, D. Pedro II partiu rumo ao exílio, no dia 18, apenas com as roupas do corpo. Triste e decepcionado com a ingratidão dos novos políticos, republicanos, uma vez que nunca fora um anti-republicano, mas, paradoxalmente, apoiara o movi-mento, o Imperador nunca mais ouviria “as aves que aqui gorjei-am...” nas palavras de Gonçalves Dias em “Canção do Exílio”.

Anos depois, o então Presi-dente da República do Brasil, Epi-tácio Pessoa (1919-1922), anistiou a família real, permitindo assim a sua volta ao Brasil. O primeiro a aqui chegar foi Pedro de Alcânta-ra que, anteriormente havia abdi-

cado ao direito de sucessão (este documento está registrado em microfilme, no 1º Registro de Títu-los e Documentos da Comarca da Cidade de São Paulo) para si e para seus herdeiros, em favor de seu irmão mais novo, D. Luiz, por meio de carta escrita de próprio punho. Após sua chegada, Pedro logo tomou posse do Palácio Grão-Pará em Petrópolis, outrora residência de verão de seu avô, D. Pedro II. Como esta cidade Serra-na, do Estado do Rio de Janeiro, que leva o nome Imperial ( a outra é Teresópolis, em homenagem à Imperatriz Tereza Cristina), cres-ceu em terras particulares da fa-mília, o poder público instituiu a esse ramo de herdeiros a anfiteu-se, o privilégio de receber 1 da remuneração sobre qualquer tran-sação imobiliária realizada no Mu-nicípio. Anos depois chegou D. Luiz, então herdeiro legítimo do trono, favorecido pela abdicação do irmão. Este se instalou em Vassouras, outra cidade Flumi-nense, perto da divisa com São Paulo.

As raízes da Família Real Bra-sileira estão fincadas na remotís-sima história da Coroa Francesa. O Rei Roberto II (972-1031) foi pai do célebre duque de Borgonha (1010-1076), cuja descendência abriga a não menos lendária figu-ra de D. Afonso Henriques (1109-1185), primeiro Rei de Portugal. Ele fundou a CASA DOS BORGO-NHA, que por sua vez veio a origi-nar a CASA DE AVIZ, criada por Dom João I (1356-1433). Os Aviz sobreviveriam até ao ano de 1580, ano em que Portugal passou ao domínio da Espanha por injun-ções sucessórias ligadas ao en-

trelaçamento de ambas as casas reais, após o trágico reinado de São Sebastião, que morreu sem deixar herdeiro e cujo o corpo nunca foi encontrado.

O Trono vol tar ia a mãos P o r t u -g u e s a s com a a s c e n -são de D. João ( 1 6 0 4 -1 6 5 6 ) , fundador

da “Dinastia dos Bragança” . Ele descendia do primeiro Duque de Bragança, D. Afonso (1377-1461), filho natural de D. João I. D. João VI (1767-1826), monarca da linha-gem de Bragança, foi pai do nos-so D. Pedro I

D. Pedro I, Imperador do Brasil, era também D. Pedro IV de Portugal. A dinastia da família Orleans de Bragança começa en-tre 940 e 946, ainda sem esse no-me, com o famoso Hugo Capeto, rei carolíngia. Passa por nomes como Luiz IX, rei da França (1214-1270), que mais tarde a igreja ca-tólica santificou como São Luiz.

D. Pedro II, o velho Rei Filósofo, amante das artes e que foi o primeiro homem a falar ao telefone, com o inventor Alexan-der Graham Bell, foi também o primeiro fotógrafo Brasileiro. Hu-manista, que numa viagem á Itália se deparou com uma manifesta-ção dos “Sem Terra” e como mui-to dela havia aqui no Brasil, ime-diatamente os convidou a imigrar. O Imperador também criou: O “Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro”; O “Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia”, hoje “IBGE”; e o “Instituto Genealógi-co Brasileiro”, entre outros. Velhi-nho simpático, de barba branca e olhos azuis, efígie da antiga nota de 100 cruzeiros, faleceu triste e esquecido no ano de 1891.

Família Imperial Brasileira

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 8

CULTURA, INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA E REGRAS DE CIDADANIA NÃO SÃO PATRIMÔNIO DE NINGUÉM

PRIORIDADE NO ATENDIMENTO: A Lei: n.º 10.048/2000 esta-belece prioridade ao atendimento para aqueles com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos.

isando um atendimento mais rápi-

do para as pessoas de maior idade, a lei acima referida, estabeleceu pri-

oridade ao atendimento para aqueles com idade superior a sessenta e cinco anos, em todos os órgãos públicos, ban-cos e concessionárias do serviço públi-co e, no campo processual, a Lei n.º 10.173/2001, alterou o Código Civil Brasi-leiro, estabelecendo prioridade de trami-tação nos processos judiciais dos ido-sos. Somente em 2003 foi alcançada a redução de idade para o idoso, através do “Estatuto do Idoso”, aprovado em 1º de Outubro de 2003 pela Lei n.º 10.741 que norteou que a idade preferencial seria baixada para sessenta anos. Amparando os mais diferentes as-pectos da vida cotidiana, a referida Lei destaca o papel da família, reforçando e enfatizando a obrigação da mesma, bem como de que a sociedade e o Poder Pú-blico assegurem o direito à Saúde, ali-mentação, cultura, esporte, trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, respeito e convivência familiar. A função Principal do Estatuto é funcionar como uma carta de direitos, fortalecendo o controle do Poder Público em relação ao tratamento das pessoas com idade avançada, respeitando a sua dignidade, galgando-o a um lugar de respeito, transformando-o num verdadei-ro instrumento de educação para o cida-dão. Desta forma o idoso deve exigir o respeito que lhe é merecido e exigir em todas as estâncias os direitos que adqui-riu pois, melhor seria que a sociedade que a ele deve as obras de que hoje se beneficia, não necessitasse de Leis que os obrigassem a tal. Respeito e gratidão para com os idosos não deveria ser im-posta por Leis mas isso sim pela consci-ência e formação do cidadão. Mas enquanto isso... Vamos fazer com que as Leis sejam cumpridas. Cabe a nós exigir, denunciar e lutar por nossos direitos.

O artigo oitavo da Lei 1.714/2003 men-ciona que o envelhecimento é um direito personalíssimo e sua proteção, por con-seguinte, constitui um direito social. Prosseguindo, o artigo nono atribui ao Estado a obrigação de garantir ao idoso; a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento sau-dável e em condições de dignidade. Mas, o que significa ter condições de dignidade? - A dignidade é um grau de responsabilidade que um ser humano merece, o que difere da caridade, solida-riedade e assistência, que trazem em si um conteúdo pejorativo de hipossuficiê ncia. O “Estatuto do Idoso” e todas as Leis de proteção com o mesmo fim de proteção, só funcionam, assim como

todas as Leis que regem a sociedade só funcionam se forem fiscalizadas e exigi-das pela sociedade. No caso dos idosos cabe a nós lutar, exigir e denunciar abu-sos e falta de cumprimento das mesmas. Portanto caro, amigo, não tenha medo, ponha a boca no trombone, mande um E-mail para nós que nós gritamos juntos. Seja feliz e exija respeito!.

A percepção que o “Planeta Terra”, com a idade de 5 bilhões de anos é um ser vivo, pode ser um instrumento importan-te para a materialização da relação organismo/meio ambiente da terapia “Gestalt”, que é um termo intraduzível alemão utilizado para abarcar a teoria da percepção visual baseado na psicologia da forma. A teoria “Gaia”, do cientista Inglês James Lovelock, afirma que “a Vida e a Terra evoluem juntas, excluindo o paradigma da visão científica conven-cional, onde reina o apartheid entre os vários campos das disciplinas ambien-tais”. A proposta desta nova - antiga visão é fazer uma síntese das contribui-ções da geologia, geoquímica, biologia evolutiva e climatologia, transformando a concepção grega da Terra, enquanto Deusa Viva, numa teoria fundamentada cientificamente. Assim, entre outros aspectos e tra-zendo essa filosofia para o campo dos mortais de hoje, podemos afirmar com a experiência de cinco bilhões de anos, que a atual geração deve toda a sua co-modidade, toda a sua atual estrutura a nós idosos, por isso exigiremos respei-to. Você sa-bia que a melhor maneira de enfrentar um desafio é começar enfrentando-o? Quantas vezes você se deteve a pensar nos problemas do mundo e os conside-rou insolúveis? Uma negra americana, de nome Mary Jane Mac Leod Bethune, começou a educar crianças em um depó-sito de lixo. A Lei da segregação racial nos Estados Unidos era muito severa com os negros. Ela era negra. Ganhara uma bolssa de estudos de uma costurei-

ra e, após se formar, não tinha alunos. Quando foi nomeada não tinha escola. Sem pestanejar, ela conseguiu três caixotes de cebola, colocou-os debaixo de uma arvore em um depósito de lixo. Chamou três crianças, descendentes de escravos, e começou a ensiná-las a ler e a escrever. Quando “Henry Ford” foi a OS-MOND, uma praia da Califórnia, ela foi visitá-lo... À porta foi barrada pelo mor-domo, também negro, que lhe perguntou como ela ousava procurar Mr. Ford, sen-do negra. Sem titubear, ela falou bem alto: Te-nho uma entrevista marcada com Mr. Ford. Marquei por telefone.—Ouvindo-a, Henry Ford pediu-0lhe que entrasse. Ao vê-la, exclamou: Eu não sabia que a se-nhora era negra ! Não totalmente, respondeu Mary Jane. Duvido que o senhor conheça den-tes mais alvos e olhos mais brancos do que os meus. Continuando ela lhe disse que preci-sava da ajuda dele para construir a sua escola, ampliá-la. Queria que ele fosse com ela conhecer o terreno e com ela construísse a escola dos seus sonhos. Convencido por aquela mulher de caráter espontâneo e firme, desceu com ela pelo elevador, e mandou que seu motorista os conduzisse até ao local. Quando chegaram ao depósito de lixo, Mary Jane falou: “É aqui , senhor, que eu desejo construir a minha escola”. - Mas é um depósito de lixo, excla-mou o Presidente. - Ora disse Mary Jane, sempre es-queço dos detalhes. A minha escola de verdade está em minha cabeça. Eu preci-so do seu dinheiro para tirá-la da minha mente e colocá-la ali.—Ele lhe deu 20 Mil Dólares. Essa mulher tornou-se o símbolo da educação Mundial. Até ao ano de 1969 havia educado milhares de negros norte americanos. A célebre “Universidade Mackenzi-e”, em São Paulo, começou quando uma educadora americana notou, em São Paulo, na rua em que morava, um grupo de crianças vadias. Ela atraiu os meninos, oferecendo-lhes broa de milho e lhes falou do Evan-gelho de Jesus. Mais tarde, as crianças eram tantas, que ela abriu uma escola de alfabetiza-ção para elas. A Mackenzie, que tem uma bela e longa história, foi visitada inclusive pelo Imperador D. Pedro II, o amante das ar-tes e das letras, que lhe fez uma expres-siva doação. Ante tantos iletrados, podemos co-meçar agora, por exemplo , apoiando um projeto educacional, uma iniciativa cultu-ral. Ante tantos sem medicação, pode-mos ajudar a alcançar o medicamento, a consulta o exame, que lhe falta. Perante os que padecem fome, po-demos começar por um prato de sopa quente e nutritiva, o leite para um bebê, o pão a um velhinho enfermo e só.

Os idosos são parte integrante da sociedade...

CONSELHO NACIONAL DO IDOSO Brasilia - DF

Fone: 0xx61 - 3429.3598

Livre para anunciar Em negociação

Idoso

Cabe a nós cidadãos fazer cumprir nossos direitos adquiridos...

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 9

Poluição das Águas Textos de: Dra. Sônia Lúcia Modesto Zampierom

Biólogo João Luís de Abreu Vieira

GAZETA ONLINE - Edições disponíveis para DOWNLOAD- Tribuna Popular - Projeto Educar - Correio Escola < www.gazetavaleparaibana.com >

DA REDAÇÃO: Deixar de transcrever este belo texto seria no mínimo abdicarmos de nossa luta para a proteção do ecossistema e do meio ambiente. Nesta altura dos acontecimentos em que se discute o planeta Terra com tanta constância, nada mais conveniente e oportuno que a transcrição deste texto elaborado por estas mentes tão esclare-cidas e conscientes. Alguém já disse que uma das a-venturas mais fascinantes é acompa-nhar o ciclo das águas na Natureza. Su-as reservas no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo poluí-la. A água que usa-mos para os mais variados fins é sem-pre a mesma, ou seja, ela é responsável pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra, sendo tudo isso movido pela energia solar. Vista do Espaço, a terra parece o Plane-ta Água, pois esta cobre 75% da superfí-

cie terrestre, formando os oceanos, rios, lagos, etc. No entanto somente uma pequena parte dessa água - da ordem de

113 trilhões de m3 - está á disposição da vida na Terra. Apesar de parecer um número muito grande, a Terra corre o risco de não mais dispor de água limpa, o que em ultima análise significa que a grande máquina viva pode parar. A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sóli-dos e íons. Dentro dessa complexa mis-tura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o fitoplâncton e o zooplâncton até á baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa ga-ma de variadas formas de vida, há orga-nismos que dependem dela inclusive para completar seu ciclo de vida (como ocorre com os insetos). Enfim, a água é componente vital do sistema de susten-tação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a so-brevivência daqueles seres, causando também graves conseqüências aos se-res humanos. A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma dire-ta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais do-mésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas industrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de micro-organismos patogênicos, o que é conse-guido através do seu tratamento, desde a retirada dos rios até à chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualida-de quando apresenta menos de mil coli-formes fecais e menos de dez microor-ganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, có-lera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite, etc.). portanto, para a água se manter nessa condições, deve-se evitar sua contami-nação por resíduos, sejam eles agríco-las (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.

Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resí-duos do uso de agro-tóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desne-cessária ou intensiva nos campos, enviando

grandes quantidades de substância tóxi-cas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do e s t e r c o de ani-mais cria-dos em p a s t a -gens. No segundo caso, há o uso de adubos , m u i t a s vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos, isso propícia a ocorrên-cia de uma explosão de bactérias de-compositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a con-centração do mesmo na água, produzin-do sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico. Isso também afe-taria as formas superiores da vida ani-mal e vegetal, que utilizam o oxigênio na

r e s p i r a ç ã o , além das bac-térias aeróbi-cas, que seri-am impedidas de decompor a matéria orgâ-nica sem dei-xar odores

nocivos através do consumo de oxigê-nio. Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e at ividades a g r í c o l a s são sólidos ou líquidos, tendo um potencial de p o l u i ç ã o muito gran-de. Os resí-duos gera-dos pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. os resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do que os orgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias produzem grande quanti-dade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instala-ções de tratamento da própria indústria (quando os possuí), que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo cha-mado “chorume”, líquido que precisa novamente de tratamento e controle. As cidades podem ainda ser poluídas pelas

enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto. En-fim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e polui-ção química, que pode ocorrer por defi-ciência de oxigênio, toxidez e eutrofiza-ção. A Eutrofrização é causada por proces-sos de erosão e decomposição que fa-zem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentado a produtividade biológica, permitindo periódicas proliferações de algas, que tornam a água turva e com isso podem causar deficiência de oxigê-nio pelo seu apodrecimento, aumentan-

do sua toxidez para os organis-mos que nela vivem (como pei-xes, que apare-cem mortos junto a espumas tóxi-cas).

A poluição das águas nos paises ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produ-zir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países po-bres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus ha-bitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão, na reivindicação de seus direi-tos leva à impunidade das indústrias, que poluem cada vez mais, e aos gover-nantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse tam-bém a eles.

A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que in-flui diretamente na manutenção da sua qualidade de vida. Dentro desse contexto, uma grande par-cela da contenção da “saúde das águas” cabe a nós, brasileiros, pois se a Terra parece Planeta Água, o Brasil poderia ser considerado sua capital, já que é dotado de uma extensa rede de rios, e privilegiado por um clima excepcional, que assegura chuvas abundantes e re-gulares em quase todo o seu território. O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce existente no mundo, ou seja dos 113 trilhões de m3 disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões, foram reserva-dos ao nosso país. No processo de reci-clagem, quase a totalidade dessa água é recolhida pelas 9 grandes Bacias Hidro-gráficas aqui existentes. Como a água é necessária para dar continuidade ao crescimento econômico, as Bacias Hi-drográficas passam a ser áreas geográ-

ficas de preocupação de todos os agen-tes e interesses públicos e privados, pois elas passam por várias cidades, propriedades agrícolas e industriais. No entanto, a presença de alguns produtos químicos industriais e agrícolas (agrotóxicos) podem impedir a purifica-ção natural da água (reciclagem) e, nes-se caso, só a construção de sofisticados sistemas de tratamento permitiriam a retenção de compostos químicos noci-vos à saúde humana, aos peixes e à ve-getação.

Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como instrumento principal a de conscientização da população a Educa-ção Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a população só terá a ganhar. Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez mais os trata-mentos de água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de onde é retirada a água pura. Este é o raciocínio - mais irracional - de que a técnica pode fazer tudo. Técnicas sofisticadas estão sendo de-senvolvidas para permitir a reutilização da água no abastecimento público, não percebendo que a ingestão de um liqui-do tratado com tal grau de sofisticação pode ser tudo, menos o alimento vital do qual o ser humano necessita. Ou seja, de que adianta o progresso se não há qualidade de vida? A única medida mitigadora possível para esse problema, na situação grave em que o consumo de água se encontra, foi misturar e fornecer à população uma água de boa procedência com outra de procedência pior, cuidadosamente trata-da e controlada. Vejam a que ponto tive-mos que chegar. Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda resta para que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos próximos a-nos. Concidadãos, está mais do que na hora de nos conscientizarmos que não adianta de nada darmos do bom e do melhor a nossos filhos. Boas Escolas, boas roupas, a melhor tecnologia eletrônica à disposição no mercado, lindos passeios e a satisfação de todas as suas vontades de consumo, se lhes estamos deixando como herança um país deteriorado, rios poluídos, fau-na aniquilada e um deserto de sertão. Crianças, na escola, na sua família, com os seus amigos, nas suas atitudes faça com que o respeito pela natureza, por nossos rios, por nossas florestas seja sempre considerado. Crianças tenham sempre em mente que reciclar, já que não se pode frear o consumo é a única solução. Exija, gripe, chame a atenção porque os adultos pelos vistos andam ocupados com outras coisas... Tio Filipe

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 10

Educar é uma função da ESCOLA e da FAMÍLIA

LIVRE PARA SEU ANUNCIO

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Nunca em tempo algum a Família e a Escola estiveram tão de-pendentes das características da sociedade como um todo, como nos dias de hoje.

Com o vasto volume de in-formações, conquistado pelo Mundo moderno, com o consumismo desen-freado e a oferta de novas tecnologi-as, jogadas no mercado diariamente, a família e a Escola vêem-se con-frontadas com a forma de educar seus jovens, que não é nem única, nem estática, nem uniforme. No Brasil, pela diversidade de culturas o problema se torna mais acentuado e por vezes até mais con-flituoso, acrescido do fato de que as famílias, as escolas, os pais, os alu-nos, os diretores e os professores não são unos em seus conceitos de educação, pela influência de sua e-ducação familiar e sectária. Num Pa-ís continental os problemas regio-nais passaram a ser nacionais dada a migração dessas diferentes cultu-ras, aliadas às origens étnicas, por-tanto as soluções nem sempre agra-dam a todos; determinado processo que deu resultado em algumas famí-lias, não atingiu a mesma expectati-va ou os mesmos resultados em ou-tras. Por conseqüência, aquele método que foi eficaz em determina-da escola, com um determinado cor-po docente e um outro determinado grupo de jovens, pode já não resul-tar no mesmo sucesso obtido por aquele outro. O Mundo atual em que vive-mos é muito complexo, rápido e con-traditório. Pode-se dizer que esta-mos vivendo em uma sociedade em mutação. Apesar das facilidades que a ciência e a tecnologia nos trouxe-ram, estamos constatando a nossa cada vez maior dependência destas. Hoje, muitos país, ao sentirem que sua vida em família se tornou frágil e vulnerável, que hoje têm problemas que seus pais e avós não tinham de-legam na Escola e nos mestres a função da educação, do crescimento educacional e até moral dos seus filhos, esquecendo-se que a base de

formação da personalidade e dos princípios é a família. Sem dúvida que a emancipação da mulher, hoje dividindo com o homem a responsa-bilidade financeira da família foi um avanço para ela como Mulher mas, como família está se observando e cada dia mais que ficou vago um espaço essencial da função Mãe e dona de casa da mulher. Assim, a sociedade caminha para problemas cada vez mais graves; drogas, crimi-nalidade, falta de ética profissional, entre outros. Aí como fuga de responsa-bilidades se responsabilizam Gover-no e Escolas pela falta de programas de amparo á criança e ao jovem. No entanto, não esqueçamos que em hipótese alguma o Governo ou a Es-cola pode substituir a responsabili-dade da família e vice-versa. Assim como a família, a Escola também sofre a influência do meio ambiente e da sociedade que, a maior parte das vezes, não é favorá-vel á própria Escola. É por isso que, muito embora, as responsabilidades de cada um sejam diferentes, a Es-cola e a Família devem unir esforços para levarem a cabo esta difícil mas, fundamental tarefa que constituí a educação dos atuais jovens e das futuras gerações. A função da escola é munir a criança de conhecimento e de valo-res sociais e de cidadania. Os valo-res morais e os princípios éticos de convivência social o aluno já deve trazer de casa, agregados á sua per-sonalidade. As responsabilidades são diferentes; a escola é o prolon-gamento da família e, por isso, tanto uma como a outra devem estar em perfeita sintonia no que se refere às responsabilidades de cada uma, na educação dos jovens como alunos e como filhos. Porém, motivado pela de-sagregação da estrutura familiar, aliada á divergência entre valores, muitas vezes o que se verifica é que a família e a escola têm critérios e normas diferentes, valores morais contrários na educação e formação da nova geração e, assim, os filhos e alunos em vez de ficarem educados e bem formados, ficam cidadãos de-sinformados e deseducados, tanto no aspecto moral, como no aspecto psicológico e até cívico. Ficam con-fusos e baralhados e acabam por

fazer as escolhas que mais lhe agra-dam, por critérios de facilidade ou de modismo ou até sem critério. As-sim, uma saudável interação entre estas duas células

formativas passa obrigatoriamente

por uma constante e eficaz comuni-cação entre ambas. Neste item é de suma importância a participação do Voluntariado em diversas atividades escolares, no entanto, não se deve esquecer que a sintonia tem de ser o mais fina possível. A educação e a boa aprendizagem bem como a boa formação social e moral dos filhos é uma tarefa dos professores e da es-cola mas, deverá também ser um objetivo dos país em casa. A Escola nunca poderá nem sequer deverá substituir a família, assim como a família não pode esquivar-se das suas funções e fazer da escola um “estacionamento” onde guarda seus filhos. É fundamental que haja entre a Escola e a Família esta colabora-ção e interação pois somente assim os filhos e alunos, apercebendo-se desta convivência, naturalmente se sentirão mais acompanhados e esti-mulados a melhorar e a progredir, sentido-se além do mais, mais segu-ros e confiantes no futuro. A função maior da escola é ajudar os jovens a descobrir o seu caminho, o seu lugar neste mundo, a sua vocação, para que se realizem plenamente como cidadãos e futuros pais de família.

Este método de ensino nasceu nos Estados Unidos da América do Norte, na década de trinta, como par-te integrante de um programa de e-ducação para estudantes da Zona Rural. A “Lição de Casa” possui u-ma função pedagógica importantíssi-ma pois além de ensinar a criança a construir uma relação de responsa-bilidade e autonomia, favorece o há-bito do estudo e da leitura em sua residência. No entanto, para que a lição de casa alcance os seus objeti-vos é importante que o professor oriente a criança a cada lição e esta-belecer os objetivos dessa mesma tarefa. Aqui já se encontra um dos pontos de conflito que atrás expuse-mos e que não deverão de forma ne-nhuma existir. O maior conflito é quando os Pais acham que os filhos trazem lições de mais para casa. A-qui, se vêm confrontados com seus

afazeres profissionais , alegam falta de tempo que até é compreensível mas, temos que levar em considera-ção que a “Lição de Casa” é uma oportunidade inteligente de intera-ção e co-responsabilidade da família e o aluno como filho. Para tanto, existem algumas manei-ras que podem favorecer a realiza-ção da “Lição de Casa”, como por exemplo, criar uma rotina de estudo, disponibilizar um espaço da casa para esse fim e incentivo. Os pais podem e devem encorajar seus fi-lhos nessa responsabilidade, ao de-monstrar interesse e ao dar autono-mia quando oferecem sua ajuda, ao invés de fazerem a lição pela crian-ça. Uma forma de parcialmente neu-tralizar a ausência familiar, será es-ses escassos minutos de convívio e de co-responsabilidade, ao fazerem juntos a “Lição de Casa” de seus filhos.

Ser exemplo é mostrar que se pode mudar. Falar o que um ou outro devem fazer é fácil o difícil é nós mesmo fazermos aquilo que esta-mos indicando para o outro. Como se pode educar um filho a ter uma alimentação saudável e natural se, no mercado, enchemos nosso carri-nho com latarias e desprezamos os legumes e as verduras. A maioria das pessoas costuma mostrar sua autoridade impondo regras e limites mas, eles mesmas não cumprem com essas regras nem têm esses limites para si. Quem não gosta de receber um elogia, por exemplo, no que tan-ge a beleza. Mas, para ser bela tem que haver um cuidado, um esmero no trato de seu corpo. Assim, para se ser um exemplo na sociedade e na família devemos primeiro zelar por nosso comportamento, na famí-lia e na sociedade. Filipe de Sousa

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Fevereiro 2008 Gazeta Valeparaibana Página 11

Lenda “ Os Marinhos” “ Lendas do nosso Litoral “ Livre para

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Barbaridade ! Há mais de três meses não chovia, numa estiada jamais vista nestas re-dondezas. Aqui a chuva é uma cons-tante no decorrer do ano e assim, u-ma seca como aquela exasperava a população, mormente a gente dos bairros que, se dependia da pesca, muito mais dependia da lavoura para garantir a própria sobrevivência. Da chuva, nem sinal ! O céu manti-nha uma limpidez imaculada, um azul puríssimo, sem um mínimo resquício de nuvem que pudesse dar a espe-rança de um próximo aguaceiro ! O ar, parado ! Nem uma brisa, nem uma aragem para refrescar um pouco, fa-zendo balançar a ressequida galharia das árvores quase desnudas, mur-chas, desfolhadas... Toda a região sofria por igual os efei-tos daninhos da seca, mas os mora-dores da Praia dos Toninhas, incon-formados, afirmavam que lá era pior, que a areia da praia era mais quente que as outras, chegando a tostar-lhes as plantas dos pés se não a evitas-sem, precisando caminhar por cima, por sobre o emaranhado dos “juncos”. Lá, diziam, dava pena olhar as roças, onde a plantação amarelecia esturri-cada sob a ação escaldante dos raios solares ! Até a cachoeirinha que, sempre farta descia murmurante a encosta pedregosa, estava agora re-duzida a um minguado filete de água, torturando o mulherio que amanhecia aglomerado ao pé da bica, na angus-tiante espera de encher o vasilhame ! Seca tirana aquela ! E a pesca ? Também falhara. Se todo o Santo dia, logo cedo, os pescado-res saiam mar afora em busca do bá-sico alimento para o seu sustento, retornavam alto dia, desanimados, com rebotalhos, trazendo aquilo que até há pouco desprezavam na praia à acirrada disputa dos famintos uru-bus. - ”É - dizia Tonico Honorato, pa-triarca das Toninhas, por isso mesmo acatado e respeitado - , isso é casti-go, e pelos pescadores pagam os ino-centes... Já não há mais respeito, não há mais recato! Ninguém mais tem palavra ! As igrejas vazias... Pra essa gente parece que Deus já não existe e seus mandamentos não valem mais nada... Isso é castigo!” Na Toninhas o que o Tonico Honorato dizia era sagrado. Se ele disse que aquela provação era castigo, outra coisa não cabia senão rezar. Enquanto os crédulos rezavam, a-guardando o milagre da chuva reden-tora, Júlio e Camilo, dois insepará-

veis rapazes do bairro passaram a observar o procedimento estranho do “Marinho”, também amigo e compa-nheiro, mas agora arredio, evitando-os com desculpas descabidas e ale-gações inconcebíveis. A princípio não deram importância, mas num dado momento, como que acordando ficaram intrigados com tal procedimento. Ainda mais porque, se a pesca fracassava para todos, por-que para Marinho era diferente? Ele não saía com os outros pela madru-gada, mar afora, singrando as ondas. Ficava em casa entretendo-se em pe-quenos afazeres ou indo á roça em desnecessária vistoria às ressequi-das plantas que teimavam vegetar nos aceiros. Á tarde, porém, viam-no caminhar pela costeira com petre-chos de pesca, saltando de pedra em pedra, indo ponta afora, para o cos-tão do Itapecericuçu, onde se demo-rava até ao fim do dia, quando regres-sava com o balaio transbordando de peixes, bastante para o consumo da família e com sobras até para mimo-sear generosamente a vizinhança ca-rente. Para Julio e Camilo - Pensaram - des-vendava-se o mistério: o bom pes-queiro estava para o lado do Itapece-ricuçu, portanto, bastaria ir até lá. Mas não querendo melindrar o arredi-o amigo, para lá se dirigiam várias vezes, cautelosos, a fim de não serem percebidos: umas, pela manhã bem cedo, outras, alta noite, bem tarde; Interessante, se lá permaneciam ho-ras inteiras, o resultado era sempre o mesmo: apenas dois ou três peixi-nhos de pouco mais de um palmo, daqueles sem condições de serem postejados... Por quê? - indagavam-se - por que eles também bons pes-cadores, pescando no mesmo ponto, não conseguiam resultado igual ao de seu esquivo amigo? Convencidos de que um segredo mai-or havia e que era preciso desvendar, certa noite foram mais cedo e oculta-ram-se entre moitas de samambaias, aguardando a chegada do Marinho. Após longa espera, viram-no chegar e encaminhar-se ao declive de extensa laje, quase plana, que descia em ram-pa suave e aprofundando-se no mar. Viram-no, depois de acomodar seus petrechos de pesca, descer vagarosa-mente o declive e parar, absorto, o-lhando o mar, cujas ondas subiam mansamente, uma a uma, beijando-lhe os pés, para voltarem depois, bor-bulhantes e alvacentas, rendilhadas de espumas. Num dado momento um farfalhar mais forte agitou as águas próximas e dali emergiu uma encantadora mu-lher, inteiramente nua, que, com de-sembaraço galgou a penedia, mal dis-farçando a total nudez com basta ca-beleira entremeada de algas e espu-mas! Surpresos, viram Marinho correr ao seu encontro, enlaçando-a nos bra-ços, e ali permaneceram em doce e prolongado idílio! Que mulher era a-quela - indagavam-se - , jovem, en-cantadoramente bela, que emergia

das águas, gesticulando como se fos-se muda e vinha entregar-se aos ar-roubos de amor a uma criatura huma-na ? Não era por certo uma sereia, misto de peixe e de mulher que, com o enlevo de seus cânticos, em noites enluaradas atraía traiçoeiramente in-cautos navegantes e pélagos profun-dos, para a satisfação de voluptuosos desígnios de amor! Não! Aquela era mulher perfeita, de corpo escultural e beleza fascinante que ali permaneceu por longo tempo em arroubos de a-mor até que, vencendo a relutância de Marinho, que tentava retê-la junto a ele, desgarrou-se dele e, rápida, solerte, atirou-se ao mar, desapare-cendo no verde esmeraldino das á-guas. Marinho, então, pôs-se a pescar e em poucos momentos, como fazia todos os dias, regressou com farta provisão de peixes de grande porte - garoupas, sargos e badejos. Julio e Camilo, atônitos com o que viram, voltaram outras vezes aquele pesqueiro, na esperança de desven-dar o mistério de que eram testemu-nhas. Um dia a enamorada tardou a aparecer. O crepúsculo já se aproxi-mava quando, emergindo airosa e bela, subiu apressadamente a inclina-ção da laje para entregar-se aos bra-ços de Marinho. Entretanto, ao con-trário das outras vezes, demonstrava ansiedade em voltar ao mar e fazendo entender o seu intento, encontrava oposição de seu amante, que a pren-dia nos braços sem querer desgarrar-se dela. Parecia resolvido a mantê-la para sempre junto dele. Compreendendo a situação em que se achava, a jovem passou a debater-se desesperadamente, querendo gri-tar mas sem conseguir desprender a voz, nem emitir um gemido sequer! Na luta que se desenvolvia Marinho percebeu-lhe, na boca exagerada-mente aberta, a garganta obstruída por enorme guelra vermelha, que nos peixes funciona como órgão respira-tório. Instintivamente, sem vacilar um instante, introduziu-lhe dois dedos na boca e num gesto rápido, volteando-os, estripou, esponjosa e sanguino-lenta, a guelra que a impedia de falar, mas que lhe dava condições de viver mergulhada nas águas do oceano. Foi então que de seu esconderijo os dois rapazes ouviram a jovem falar e perceberam que, trocando juras de amor, prefeito entendimento se esta-beleceu entre eles: ela seria Ondina, filha das ondas e, casada com Mari-nho, formariam, os dois, o venturoso lar dos Marinos. Logo mais, protegi-dos pela sombra da noite que descia alcoviteiramente, o jovem par encami-nhou-se ás Toninhas, à casinha nova coberta de sapé com beirais rendilha-dos de róseas trepadeiras - que Mari-nho havia construído há pouco - e lá, como todas as estórias, a família Ma-rinho cresceu, multiplicou-se e viveu por muitos e muitos anos, alegre e feliz. Não posso afirmar, mas dizem que ainda há muito Marinho por aí... Washington de Oliveira “seo Filhinho” Livro: “Ubatuba - Lendas & outras histórias”

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 12

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Educar para quê? Forum: http://educargazetavalparaibana.blogspots.com

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Continuando, a catadora de latas Angelina Maria Vieira de Souza, de São Paulo, intervém. Não concorda com a idéia de que a escola produza imunidade ao mundo do crime e das drogas. Para ela, a educação é fator importante, mas não garante todas as condições de facili-dade, harmonia e inclusão. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Já vi gente muito bem educada cair nesse mundo, que tem pai dentista, a mãe tra-balhadora. Mesmo assim, entrou na dro-ga. Hoje está preso dentro de casa, o pai tem que dar dinheiro para ele não roubar. A droga está em todos os lugares, nos pobres e nos ricos”. E aponta o que con-sidera problemático no sistema de ensi-no atual. “Ultimamente no ensino que eu tive, a criança rezava e cantava o Hino Nacional. Hoje não tem mais nada disso. Ele precisa de psicólogo porque traz pa-ra a escola o problema de casa. Eles cha-ma nossos filhos de favelados, burros, idiotas. Ora, se o profissional não tem

capacidade , que vá fazer outra coisa! Assim a criança não tem vontade de a-prender. Em casa, ela encontra uma situ-ação; na escola a professora xinga. Quando adulto, será recriminado no tra-balho. Quem controla isso? Assim ele vai trabalhar só pelo dinheiro, porque é sempre humilhado, sem valor”. O mediador Fernando, avalia que, embora realmente a escola não assegure ao jovem todas as condições necessá-rias para viver dignamente, ele, se instru-ído, terá menos probabilidades de entrar na criminalidade. “Mas quem não tem educação pode não entrar. Angelina nos traz uma idéia, reforçando o que Marizete falou, sobre a capacidade destruidora da escola. Da forma que está, segundo elas disseram, a escola vai criar multidões de excluídos, de pessoas tristes”. Mas de-safia: “ Quero, porém, retomar o lado positivo da pergunta: se tanto destrói, o que a escola pode construir? Se é tão poderosa para destruir - e todos aqui tem recordação ruim na vida do educando - o que ela pode fazer de bom? Falamos só do lado sombrio da escola. Vamos trazer à Luz o que ela pode trazer de bom aos nossos filhos?”. O lado positivo da Escola demora a surgir. Quando o técnico autônomo António Luzia, de São Paulo, toma a pa-lavra. Outro lado sombrio da escola é levantado: o de local em que se aprende a competir e se destrói a solidariedade. “A escola, que deveria educar o jovem para uma cidadania responsável, na ver-

dade ensina a cidadania competitiva”. Segundo António Luzia, isto se dá desde as provas e inclui até a localização do aluno em sala: o melhor senta na frente, “o mais feinho atrás”. Para ele, isso esti-mula a competitividade, enquanto deveri-a educar para a solidariedade, para a busca de uma sociedade em que este valor, junto com a fraternidade, deveria ser resgatado. “ A escola não é um parâ-metro de competência social. Muitos vão para a escola sem ter tido convivência social mais regular. Existem crianças abandonadas nas ruas e crianças que vivem na rua. Crescem sem ambiente que lhe dê formação para viver na esco-la. Vivem sem regras. Chegam à escola e descobrem que tem hora para o lazer. tudo tem limites, deve ficar sentada tan-tas horas, com alguém dizendo que tem hora para sentar, para se levantar, para se alimentar. Ele competia na rua, sem regra; agora vai competir com regra. Os professores, talvez por essa falta de a-tenção, são aqueles que inserem a essa criança uma competitividade que deixa a escola odiada, triste e longe de qualquer realidade. O educar para a solidariedade é o que falta”. Fernando volta a questionar: “O que é solidariedade? Ela é diferente den-tro da escola, do que a solidariedade da igreja e do clube de esporte? Qual a soli-dariedade que é da escola, que não está no partido político, na igreja ou na famí-lia? Isso ainda não foi respondido. Vocês me trouxeram os baús. Quero abrir isso

e ver o que tem dentro”. Para o trabalhador rural, Adenilson de Almeida Amaral , de Ribeirão do Lago, Bahia, a escola deveria ser o lugar onde se ensina ao aluno como desprender das formas de dominação da sociedade.: “ A educação, não é tratada, foi implantada pela burguesia, para ensinar. Traz meto-dologia que nos transforma em massa de manobra. Estimula a competitividade. Sou pai de um menino de sete meses e não sei qual a educação quero para ele. Não que a escola não preste, mas a es-trutura pública é dominada. Na particu-lar, é mais complicado ainda. Tenho ex-periência, no meu Estado, de escolas de famílias agrícolas, que não é reconheci-da pelo MEC porque é do jeito que a gen-te quer e não do jeito que o Estado quer. Para mim , educar serve para a libertação e valorização dos direitos. É para reco-nhecer a cultura e identidade que nós temos”. VÁ NO FORUM E DEIXE SUA OPINIÃO...

Uma das características principais do atual momento é a aceleração do tempo. O espaço terrestre, praticamente o con-quistamos. Mas o tempo continua sendo o grande desafio: poderemos dominá-lo?

A corrida contra ele se dá em todas as esferas, a c o m e ç a r pelo espor-te. Em cada o l i m p í a d a b u s c a - s e superar to-dos os tem-

pos anteriores, especialmente na clássi-ca corrida dos cem metros. Os carros devem ser cada vez mais velozes, os aviões e os foguetes têm que superara a velocidade da geração anterior. No agro - negócio se utilizam promotores químicos de crescimento para encurtar o tempo de germinação e lucrar mais. A internet é de altíssima fluidez e sem cabos, pois, para ganhar tempo, tudo é feito via satélite. E a aceleração atingiu especialmente as bolsas. Quanto mais rapidamente se transferem capitais de um mercado para o outro, acompanhando o fuso horário, mais se pode ganhar. Como nunca antes

“Tempo é dinheiro”. Logicamente, em todo o processo, há um elemento libertador, pois o tempo foi, em grande parte, vivenciado com servi-dão. Não podemos detê-lo. Por outro lado, produz um impacto sobre a nature-za que possui seus tempos e ciclos. O impacto não é menor sobre as mentes das pessoas que se sentem atordoadas, particularmente as mais idosas, perden-do os parâmetros de orientação e de a-

nálise daquilo que está ocorrendo no Mundo e com elas mesmas. Vale a pena essa irrefreável corrida? Para onde esta-mos fugindo? Ai daqueles que não se adaptam aos tempos. Em termos de trabalho são eje-tados do mercado, pois suas habilidades ficaram obsoletas. Os que se resignam, perdem o ritmo do tempo e são conside-rados precocemente envelhecidos ou simplesmente retardatários. Isso pode ocorrer com países inteiros que não in-corporam os avanços da tecno-ciência.

Todos são obrigados rapidamente a se modernizar a ser emergentes. Para onde nos levará essa corrida contra o tempo? Ele sempre nos ganha, pois não podemos congelá-lo. Ele sim-plesmente passa devagar ou acelerado como nos grandes túneis de aceleração de partículas. Mas, importa considerar que á tem-pos e tempos. O Tempo natural do cres-cimento de uma árvore gigante pode de-morar 50 anos. O tempo tecnológico de sua derrubada com a moto serra durará no máximo 5 minutos. Quanto tempo precisamos para crescer com maturidade, sabedoria e conquistar o próprio coração? Às vezes uma vida inteira de 80 anos é curta de-mais. O tempo interior não obedece ao tempo do relógio. Precisamos de tempo para trabalhar nossos conflitos interiores que, às vezes, nos obrigam a parar. Uma reflexão do mestre zen Chu-ang-Tzu de 2.500 anos atrás nos parece muito inspiradora. Ele conta que havia

um homem que ficava tão perturbado ao contemplar sua sombra e tão mal humo-

rado com suas próprias pegadas, que achou melhor livrar-se de ambas. O mé-todo foi da fuga, tanto de uma como da outra. Levantou-se e pôs-se a correr. Mas sempre que colocava o pé no chão aparecia a pegada e a sombra o acompa-nhava sem a maior dificuldade. Atribui seu erro ao fato de que não estava correndo como devia. Então, pôs-se a correr velozmente sem parar, até que caiu morto por terra. O erro dele, comenta o Mestre, foi o de não ter perce-bido que, se apenas pisasse num lugar sombrio, a sua sombra desapareceria e, caso ficasse parado, não apareceriam mais as suas pegadas. Não é isso que hoje se impõe fazer? Dar uma parada? Aqui reside o segredo da felicidade e da ansiada paz interior. Por Leonardo Boff Teólogo [email protected]

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 13

SAÚDE Saúde & Meio Ambiente

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As doenças infecciosas e-mergentes estão em progressão nas últimas décadas, e as doenças ani-mais transmissíveis ao homem, nos países tropicais pobres, represen-tam a maior ameaça à saúde huma-na, segundo uma equipe internacio-nal de pesquisadores. As incidências das doenças emer-gentes, como a Aids, o vírus do Nilo Ocidental, a pneumonia atípica, o vírus Ebola ou ainda a gripe aviária, quase quadruplicaram nestes últi-mos cinqüenta anos.

Afirmam, Cientistas de qua-tro instituições - Sociedade Zoológi-ca de Londres, Escola de Ecologia Odum da Universidade da Geórgia, Centro para uma rede de informação Internacional em Ciências da Terra (ciesin), Consórcio por uma Medici-na Ambiental do Wildife Trust. Eles analisaram 335 doenças emer-gentes entre 1940 e 2004, estudando suas relações com a densidade geo-gráfica, a latitude, as chuvas e a bio-diversidade. Seus trabalhos, publi-cados pela revista “Nature”, levaram á elaboração de mapas de “pontos quentes”, onde poderiam surgir as futuras doenças emergentes. Este mapeamento das zonas de risco “é o primeiro a prever cientificamente onde as maiores doenças tais como a Aids ou a Sras emergirão”, indica Peter Daszak (Consórcio por Uma Medicina Ambiental) “a ameaça prin-cipal para a saúde pública, vem das zonas onde a população cresce e entra em conflito com a diversidade da fauna”, acrescenta. De acordo com os pesquisadores, 60% das doenças emergentes pro-vêm das doenças animais, transmis-síveis ao homem (zoonoses) e a mai-oria dentre elas de animais selva-gens. As zonas com maior risco de zoono-ses são “o Sudeste Asiático em sua

totalidade, o subcontinente Indiano, o Delta do Níger e a Região dos Grandes lagos, na África”, indicou Marc Levy (Ciesin), durante uma te-leconferência. “Proteger do desenvolvimento as regiões ricas em biodiversidade po-de também ter um efeito em termos de prevenção da emergência de do-enças no futuro”, analise Kate Jones da Sociedade Zoológica de Londres. Cerca de 20% das doenças emergen-tes têm como origem a resistência aos tratamentos devido à utilização crescente de antibióticos nos países ricos. Os pesquisadores citam a tu-berculose resistente e a bactéria E. Coll. “As doenças podem ser o pre-ço do desenvolvimento”, comenta o Dr. Daezak. O estudo também mostra que os anos 80 do século passado registra-ram um recrudescimento das doen-ças emergentes, provavelmente de-vido à pandemia HIV/Aids, que pro-vocou novas afecções. Os anos 80 foram marcados por um pico na inci-dência de doenças vetoriais, por e-xemplo trazidas pelos mosquitos, que podem estar relacionadas com as mudanças climáticas. O Problema para o futuro, advertem os pesquisadores, é que os recursos essenciais em matéria de controle das doenças emergentes estão con-centrados em países ricos, enquanto a ameaça se apresenta nos países em desenvolvimento.

Este Verão foi marcado por oscilações de temperatura muito grandes e ao que tudo indica deve-mos continuar convivendo com elas. Assim, vamos falar sobre algumas formas de vencer as alterações cli-máticas e as doenças respiratórias. Este verão como um todo, foi marca-do por mudanças bruscas de tempe-ratura e pelo que tudo indica devere-mos encontrar situações atípicas em todas as estações que virão. Frio, calor, chuva no mesmo dia. Chuva intensa depois de um dia de sol quente, etc... Com estas oscilações é natural que as pessoas fiquem com a imunidade baixa e as doenças respiratórias como resfriado, gripe, faringite e até pneumonia, encon-trem uma situação bastante propícia para atacar. Segundo José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Soci-edade Paulista de Pneumologia e

Tisiologia, com o calor externo, o organismo perde muita água pela transpiração e o conseqüente resse-camento das mucosas facilita o apa-recimento de alergias respiratórias, como a rinite e a asma. E quando a temperatura cai, o ar frio favorece a proliferação de vírus que causam os resfriados e as gripes.

O Ar Condicionado Outro fator que pode ser prejudi-cial à saúde é o ar condicionado. Gripes e resfriados em geral atacam os organis-mos mais susceptíveis, especialmente quando expostos diariamente ao ar con-dicionado. Isso por que “o ar resseca o muco protetor que reveste as mucosas das vias aéreas, tornando-as vulnerá-veis”, explica o pneumologista Rafael Stelmach. Além disso, se o aparelho estiver sujo, vai ajudar na proliferação de ácaros, fungos, mofo e bactérias. “O que gera maior sensibilidade e, por con-seqüência, o desenvolvimento de sinto-mas alérgicos”, explica o Dr. Rafael. Para ajudar a evitar essa doenças, os dois médicos recomendam uma boa ali-mentação, com comidas leves, como frutas e verduras, e a ingestão diária de aproximadamente três litros de água. E para aqueles dias que a temperatura caí, “é importante se agasalhar bem e evitar aglomerações em lugares fechados, que facilitam a disseminação de vírus e bac-térias, aumentando o risco de infec-ções”, alertam os pneumologistas. Algumas dicas de prevenção e saúde: - Evite locais fechados, - Trate a alergia tão logo a crise comece, - Tome banho morno, - Faça exercícios físicos regularmente, - Lave bem, diariamente, as narinas, Caso já tenha alguma doença res-piratória, procure o quanto antes um pneumologista; leve sempre a medica-mentação de manutenção e aquela ori-entada para uso em caso de crises. Para pessoas portadoras de doenças respiratórias crônicas, em caso de via-gens aéreas, é fundamental a orientação de um pneumologista, pois, durante o vôo, pode piorar, devido à baixa tempe-ratura,à umidade relativa do ar e à oxige-nação na altitude.

Pesquisas comprovam que pobreza prejudica o

desenvolvimento do cérebro. Crianças criadas em condições de pobreza têm mais dificuldade de a-prender, não só por questões socioeco-nômicas, mas também biológicas. Pes-quisas realizadas nos últimos anos, comprovam que a pobreza tem um im-pacto direto no desenvolvimento do cé-rebro, justamente no período mais críti-

co da infância, deixando seqüelas neuro-lógicas que diminuem a capacidade de aprendizado. Os resultados dessa relação entre a po-breza e o aprendizado já são do conheci-mento da maioria dos educadores, mas os cientistas ainda estão longe de expli-car como isso ocorre biologicamente. A capacidade do ser humano de memori-zar, lembrar e aprender novas informa-ções depende de uma constante reconfi-guração de sinopses - as ligações entre um neurônio e outro - por meio das quais são transmitidas e armazenadas as informações no cérebro. A maior par-te dos neurônios é formado no útero, durante o desenvolvimento embrionário e fetal, mas a planta básica de conectivi-dade dessas células só é estabelecida nos primeiros anos de vida, na medida em que a criança aprende a falar e a raciocinar. Numa situação de pobreza, em que há menos estímulos, piores condições de saúde, má nutrição, maior exposição a substâncias tóxicas, abuso entre outras dificuldades domésticas, aliadas á falta de tratamento de esgotos e insalubrida-de, esse desenvolvimento primordial do cérebro pode ser prejudicado. “Uma vez que esses circuitos são fechados, não dá para voltar atrás e reconfigurar o sis-tema, a criança irá viver com os circuitos defeituosos para sempre”, diz o pesqui-sador Jack Shonkoff, diretor-fundador do Centro sobre Desenvolvimento Infan-til de Harvard. O assunto foi tema de um simpósio da Associação Americana para o Desenvol-vimento da Ciência, em Boston. “Não há dúvida de que ser pobre é ruim para o cérebro”, disse a organizadora do deba-te, Martha Farah, da Universidade da Pensilvânia. Estudos mostram, por e-xemplo, que crianças de três anos de idade, cujos pais têm diploma universitá-rio, têm um vocabulário três vezes mai-or que aqueles cujos pais não completa-ram o ensino básico. “Com dois anos você já pode notar a diferença”, disse Shonkoff.

As seqüelas da pobreza no desenvolvi-mento cerebral são profundas, mas não totalmente irreversíveis. Estudos com animais mostraram que o cérebro tem a “plasticidade” suficiente para se recupe-rar, se os estímulos positivos para que isso ocorra forem também suficiente-mente fortes e suficientes. No caso de seres humanos, esses estímulos podem variar desde um programa de leitura até à oportunidade de estudar numa boa escola.

Doenças Respiratórias

A Pobreza e o Cérebro...

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 14

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São Paulo - A Fundação de São Paulo - Os Jesuítas

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Hoje, a cidade mais importante da América Latina, festejou neste mês de Janeiro de 2008, 454 anos de grande his-tória, cuja imponência se deve ao esfor-ço de várias raças. O pequeno vilarejo fez do Brasil um gigante, com sua força econômica, sua diversificação cultural e sua capacidade de superação em todas as adversidades. Falar de São Paulo, devemos lem-brar do português João Ramalho, que vivia por estas terras, muitos séculos atrás mesmo antes da chegada de Mar-tim Afonso de Sousa em São Vicente (1532), que pode ser considerado, de fato, o grande pai do Planalto Paulista. Foi ele quem abriu passagem e ensinou o caminho aos padres jesuítas para chegar a uma região de “ares frios e temperados como os da Espanha”. Foi João Ramalho quem venceu a resistên-cia indígena e tornou-se senhor dos Campos de Piratininga, onde, em 25 de Janeiro de 1554, os padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram o “Real Colégio de São Paulo”. Portanto, pelas mãos de João Ramalho e do padre Manoel da Nóbrega, São Paulo nasceu, numa pequena cabana coberta de sapé. A escolha do local de uma cons-trução é sempre uma decisão estratégi-ca. A localização de uma escola não po-de fugir á regra. Foi assim, na sua deci-são, que os Jesuítas implantaram a sua decisão da construção do Colégio e é assim até hoje. A escola do local foi es-tudada, levando em consideração a per-manente necessidade de defesa dos ca-tequizadores Europeus, frente aos ata-ques dos Índios e de outros possíveis agressores. O colégio foi construído em uma escarpa que permitia acesso prati-camente por apenas um lado. Assim, o edifício se tornaria também uma fortale-za.

Diretor da Companhia de Jesus no Brasil, Manoel da Nóbrega foi quem determinou onde seria construído o colé-gio e, sendo devoto do Apóstolo Paulo, também escolheu o dia deste santo para fundar oficialmente São Paulo de Pirati-ninga. A data foi marcada com a celebra-ção de uma missa ao ar livre, em frente á cabana, missa esta rezada pelo padre Manuel de Paiva. Mas além de João Ramalho e Nóbrega, outro religioso teve presença decisiva na história da cidade de São Paulo. José de Anchieta foi figura mar-

cante na consolidação do novo povoado. Colaborou na criação da escola dos je-suítas e ali trabalhou por 10 anos como professor. Juntamente com ele, outros professores (padres) ensinavam a língua Portuguesa, Latim, Matemática, Teologia e História. Logo, a primeira cabana se tornou pequena frente ao grande numero de alunos. Assim, os jesuítas reunindo esforços construíram u novo colégio, este inaugurado entre os anos de 1556 e 1557. Nesta nova edificação, as paredes já foram construídas com material mais robusto (taipa de pilão), uma mistura de BARRO, AREIA, FIBRAS, SANGUE E ES-TRUME DE BOI. Sabe-se que a convivência entre João Ramalho e os jesuítas nem sempre foi suficientemente amistosa. Os padres condenavam com veemência seu estilo de vida, seu alto numero de filhos e seu vasto relacionamento com outras índias, além de Bartíra, sua mulher, filha do ca-cique Tibiriçá, homem de respeito entre a comunidade. Quando os primeiros je-suítas chegaram ao Brasil, em 1549, jun-to com Tomé de Sousa e liderados por Manoel da Nóbrega, João Ramalho so-freu intensas críticas mas, dado o seu conhecimento da região, os missionários logo perceberam, que sem sua ajuda e dado sua influência junto ás tribos indí-genas, seria difícil iniciar o trabalho de catequese. Por volta do ano de 1553, Tomé de Sousa, ao escrever ao rei, dizia que João Ramalho tinha “tantos filhos, netos e bisnetos que não ouso dizer a Vossa Alteza, ele tem mais de 70 anos, mas caminha nove léguas antes de jantar e não tem um só fio branco na cabeça nem no rosto”. Tão bem situado estava o assenta-mento que, em 1560, o governador-geral Mem de Sá ordenou a transferência dos habitantes, de Santo André da Borda do Campo para a povoação do colégio. No ano seguinte São Paulo foi elevada á consideração de Vila. Depois de instalados, os Jesuítas começaram imediatamente os trabalhos de catequizar. Segundo o padre José de Anchieta, “cerca de 130 Índios de ambos os sexos foram chamados para o cate-quísmo e 36 para o batismo, os quais são todos instruídos na doutrina, repe-tindo orações em português e em seu próprio dialeto indígena. As crianças (curumins) aprendiam a ler, escrever, e os “bons costumes pertencentes à políti-ca cristã”. Os curumins aprendiam de-pressa e recebiam atenção especial dos padres, que acreditavam poder, através deles, alcançar as “almas” adultas. Apesar de não terem sido os pri-meiros religiosos a se instalarem na co-lônia, os jesuítas exerceram enorme in-fluência na vida colonial. Receberam total apoio da Coroa Portuguesa, não só

para converter os gentios à fé católica, como também para protegê-los do cati-

veiro. O projeto jesuítico constituía na formação de aldeamentos que também

forneciam mão-de-obra livre e assalaria-da aos colonos. Inicialmente os aldea-mentos foram aprovados pela Coroa Portuguesa, pelos colonos e pelos jesuí-tas. No entanto, a presença cada vez maior de colonos no planalto fez com que os seus interesses entrassem em choque com os dos jesuítas. Queixas se tornaram freqüentes. Os co-lonos se mostravam insatisfeitos pela pequena, segundo eles, quantidade de índios postos á sua disposição pelos aldeamentos era insuficiente, que muitos se recusavam a trabalhar para eles, e, por fim, declararam não querer ter os jesuítas como intermediários, mostrando preferência pela negociação direta entre eles (colonos) e os índios. Assim, pas-saram a escravizar os nativos que cap-turavam, alheios aos protestos dos jesuí-tas e do próprio Rei. Inúmeras vezes os paulistas rebe-laram-se contra a intromissão da Coroa na captura dos Índios, e os Jesuítas che-garam a ser expulsos da Vila, só vindo a retornar a São Paulo por volta do ano de 1653. Sem condições financeiras para adquirir o escravo africano, que era mui-to caro, precisavam utilizar o trabalho forçado do Índio em sua economia de subsistência. Em 1570, uma “Carta Régia” tentou regulamentar os cativeiros feitos nas chamadas “Guerras Justas”, que deveri-am ser autorizadas pelo Rei ou pelo Go-vernador. Na prática essa carta signifi-cou a liberação do tráfico dos índios, pois tornava-se muito difícil distinguir uma “guerra justa” ou de uma outra não autorizada. São Paulo cresceu ao redor do Pá-tio do Colégio. Em 1560, conforme atrás mencionamos ganhou o foro de Vila e pelourinho, mas a distância do Litoral e o isolamento comercial a mantiveram

d u r a n t e muito tem-p o , n u m a c o n d i ç ã o sem muita importância para a Coro-a.

Somente em 1681, São Paulo, foi consi-derada cabeça da Capitania de São Pau-lo e, em 1711, a Vila foi elevada á catego-ria de Cidade. Dela partiram as “bandeiras”, expedições cujos cabeças foram chamados de Bandeirantes e que

dali partiam em busca de minerais pre-ciosos e outras riquezas, em sertões distantes. Com a expulsão dos Jesuítas da América Latina, em 1760, todas as suas posses foram confiscadas e o colégio, berço de São Paulo, passou a pertencer ao governo estabelecido, passando en-tão a ser denominado de Largo do Palá-cio, abrigando a sede dos capitães gene-rais. A partir daí a área passou por várias mudanças: em 1770, foi palco da sessão inaugural da Academia Paulista de Le-tras, tornando-se um centro cívico e cul-tural; em 1821, recebeu o Governo Provi-sório de São Paulo, um primeiro passo para a ” Independência Nacional “. No ano seguinte, o Páteo do Colégio (conforme referências grafadas em pla-cas e documentos) recebeu um ilustre hóspede. Após declarar a independência do Brasil, Dom Pedro I seguiu para lá, onde ficou por 11 dias e escreveu o Hino da Independência. (Ver matéria especial e a letra no encarte ”Especial Brasil”, nesta edição. Nos tempos da fundação de São Paulo, os tupiniquins dominavam os campos de

Piratininga e o Vale do Tietê. O planalto era povoado por várias aldeias tupis (Veja matéria espe-cial (OS INDIOS

B R AS I LE IR O S) . Os índios desciam para o litoral na épo-ca do frio para pescar e foram responsá-veis pela criação de várias trilhas, a mai-oria usada por jesuítas e portugueses. Os tupis eram formados por diversos grupos indígenas, que, na sua maioria, viviam para a guerra. Tinham na sua for-ça e coragem profundo orgulho. Entre as famílias tupis, predo-minavam na Ilha de São Vicente os ta-moios, quando a expedição portuguesa aportou em 1532, É importante ressaltar quer o cacique Tibiriçá, chefe de uma parte da nação indígena estabelecida nos campos de Piratininga, com sede na aldeia de inhampuambuçu, foi grande colaborador dos jesuítas e portugueses. Defendeu muitas vezes São Paulo de ataques de outras tribos e facilitou o trabalho de catequese. Nesta atitude também João Ramalho teve sua influên-cia dado que se unia em laços de família ao cacique. Os restos mortais do caci-que Tibiriçá se encontram, hoje deposi-tados em uma cripta, na Catedral da Sé, no marco zero da cidade de São Paulo. Os índios viviam em bandos. Eram nômades, daí a dificuldade em se determinar com exatidão os pontos onde se fixavam por algum tempo. Não tinham o costume de escravizar o inimigo mas sim de devorá-lo. Nas “caçadas de gen-te” que promoviam conforme relato de Hans Staden, cabia ás mulheres mais velhas esfolar, cortar e repartir a vítima. Manoel da Nóbrega escreveu que eles capturavam o inimigo, para engordá-lo e posteriormente devorá-lo. Em 12 de Maio de 1564, a Câmara de São Paulo registrava “a Capi-tania de São Vicente está entre duas ge-rações de gentes de várias qualidades e forças que há em toda a costa do Brasil, como são os tamoios e tupiniquins, ini-migos havia muitos anos”.

OS CONFLITOS

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 15

TIBET— Uma região com muitois séculos de conflito.

Desde o tempo do primeiro Rei Tibetano, Nyatri Tsenpo, a religião pre-dominante no Tibet era o Bön. Durante o reinado de Lha Totori Nyentsen, ocorre-ram os primeiros contatos com o “Budhismo”. Seu quinto sucessor foi o Rei Songtsen Gampo (617-698), que co-laborou com o estabelecimento do bu-dhismo no seu Império e introduziu cos-tumes do Dharma, principalmente a cul-tura moral. Seu quinto sucessor, o rei Trisong Detsen (790-858) convidou vá-rios mestres e patrocinou a tradução dos textos budhistas para o Tibetano e, em 779, fundou o primeiro monastério tibetano, SAMYE, com base na linhagem de ordenação Indiana dos Mula-sarvastivadins. Segundo a história tradicional, Padma-sambhava, também conhecido como Guru Rinpoche (Mestre Precioso) subju-gou as “divindades e demônios” do Ti-bet, que se opunham à introdução do budhismo, Ao invés de abolir as práticas e crenças da religião Bön tibetana, Pad-masambhava utilizou-as para difundir o budhismo. A diversidade das influências é bem sim-bolizada pelas duas esposas de Songt-sen Gampo, ambas budhistas e cada uma acompanhada por missionários da China e do Nepal. Na época de Trisong Detsen (século VII), as relações entre os representantes das duas tradições eram ásperas, e os argumentos seriam resol-

vidos por um debate, ou por uma série de debates, no Samye (792-794). O grupo India-no, com uma a b o r d a g e m

gradualista para a iluminação súbita a-través do corte de todas as diferenças mentais. Eventualmente, o rei declarou Kamalashila como vitorioso, e a ártir de então todos os budhistas tibetanos de-veriam ser praticantes da tradição india-na. Ho Shang foi banido. É provável que a decisão do rei tenha sido, em parte, pragmática, já que o gru-po indiano argumentou que a visão de uma iluminação súbita minava a morali-dade. Se a iluminação ocorresse repenti-namente, sem a orientação do caminho gradual, então a prática da moralidade e das perfeições não teriam sentido. Tal-vez aqui tivesse havido uma busca ime-diata da parte do rei para a moralização que queria transmitir ao povo Tibetano. Chamar o budhismo tibetano de islamis-mo é errado, porque ele não foi inventa-do pelos lamas tibetanos, No século IX, o rei Langdarma, adepto da religião BÖN, perseguiu vigorosa-mente o budhismo até ser assassinado

por um monge no ano de 842; isto encer-ra a primeira fase do budhismo no Tibet. A segunda fase começa depois da esta-bilização política no século X e do renas-cimento gradual do budhismo a partir do oeste do Tibet. Em 1042, o monge India-no Atisha (980-1055), do minastério Vi-kramashila, foi convidado a visitar o pa-ís. Atisha introduziu grandes mudanças no budhismo tibetano, tomando como base as fontes monásticas indianas. Seus discípulos fundaram a primeira escola budhista tibetana, chamada de KADAM (bKa’gdams). Em um desenvolvimento paralelo, nume-rosos tibetanos cruzaram os Himalais em sua busca por ensinamentos e textos raros, nas mesmas universidades e aos pés dois mashasiddhas. Na ausência de qualquer poder político ou religioso centralizado, comunidades informais desenvolveram-se ao redor destes mestres tibetanos, muitas vezes suportados por famílias abastadas do

Tibet. Em 1949, co-meçou a ocu-pação chine-sa do TIBET. Dez anos de-pois, um le-vante tibetano não teve su-

cesso e o Governo Comunista da China, consolidou sua invasão. Aproximada-mente 1,2 milhão de Tibetanos morreram e mais de 6.200 monastérios foram des-truídos, tendo restado apenas 13. Cerca de 100.000 Tibetanos, como Dalai Lama e vários outros mestres, foram obriga-dos a se exilar.

Até á invasão Chinesa de 1950 pensava-se no Tibet basicamente como um Shangri-Lá, a terra mágica de sabe-doria milenar e beleza inacessível, onde os estrangeiros raramente tinham per-missão para entrar. Isolado e fechado, o Tibet não mudava havia séculos, e o progresso tecnológico e a modernização enfrentavam sempre forte resistência. O país nunca passou por uma idade da razão ou de desenvolvimento científico. Existe uma tendência compreensível em romantizar aquele Tibet que existiu an-tes da violenta invasão chinesa. Entre-tanto, é um erro pensar que o Tibet era um Shangri-Lá, onde todos eram ilumi-nados, felizes, vegetarianos e não vio-lentos. Apesar do Tibet provavelmente dispor da mais sofisticada tecnologia espiritual e da melhor compreensão das ciências interiores, não podemos fingir que era uma sociedade perfeita. Ainda tinha um longo caminho a percorrer. Antes da invasão chinesa, uma vida es-piritual de devoção e uma vocação mo-nástica eram considerados uma profis-são viável. Um terço da população mas-culino do Tibet habitava os milhares de mosteiros espalhados pelo país; os mosteiros femininos, repletos de mulhe-res, também eram em grande numero. Hoje, no Tibet, o que importa é extrair o ouro do minério do Himalaia - encontrar a essência dos ensinamentos da sabe-doria imutável nas encostas pedregosas da cultura asiática, da teologia e da ana-crônica cosmologia. Por volta do ano de 1920, o predecessor do atual Dalai Lama (o presciente Déci-mo Terceiro Dalai Lama) fez previsões sinistras sobre os planos chineses para conquistar e invadir o Tibet, com a con-

seqüente perseguição ao budhismo. Mas os Tibetanos, mais preocupados em manter as coisas como estavam do que a evoluir para os tempos modernos (conservadorismo), ignoraram as adver-tências. Quando as Nações Unidas fo-ram formadas, no pós guerra, o Tibet escolheu não fazer parte, e pagou muito caro por essa escolha retrógrada. Em 1950, quando a China invadiu o Ti-bet, alguns Lamas, monges e leigos tive-ram a boa idéia de sair do país. Afortu-nadamente alguns deles antigos objetos sagrados e escrituras. A maior parte dos tibetanos, entretanto, resolveu ficar. A-pesar do jovem Dalai Lama temer o pior, por longos nove anos ele ficou em U-NASSA, tentando em vão chegar a al-gum tipo de acordo com o Governo Chi-nês. No entanto, dado ao totalitarismo das opções chinesas de revolução proletária até então e até hoje, retrogradas para o Ocidente, o povo Tibetano se acha repri-mido de suas vontades. Mas, por razões políticas e pela falta de interesse político para o resto do Mundo da Região Tibet, o lavar das mãos e a vista grossa tem feito com que a China manipule o Tibet e os tibetanos a seu belo prazer. Voltando à história, em 1959, a tensão e a insegurança que pairavam sobre a vida dos tibetanos se acumulou, originando a revolta na província oriental de Kham, que chegou até Unassa. O Dalai Lama foi alertado quando o governo comunista chinês o convidou para assistir a um espetáculo teatral mas não permitiu que levasse seu guarda-costas nem os as-sistentes.

Preocupados com a segurança de seu líder espiritual, milhares de se-guidores, cercaram o palácio. Quando a luta começou, Dalai Lama, vestido como um camponês, saiu do palácio na escuri-dão e começou a difícil e perigosa jorna-da, em lombo de burro e a pé, através das montanhas, para fora do Tibet e para o asilo político na Índia. Sem saber que o Dalai Lama havia parti-do, o exército chinês disparou seus ca-nhões contra o palácio no dia seguinte à sua partida, e milhares de tibetanos civis e desarmados morreram. Antes dos chineses fecharem as frontei-ras muitos monges e tibetanos empreen-deram fuga de sua terra natal. Consta que cerca de 100.000 tibetanos fieis aos princípios de Dalai-Lama conseguiram fugir do Tibet. Também consta que nem todos conseguiram chegar a salvo a seus destinos e que muitos pereceram na sua viagem através do Himalaia. Também muitos monges, monjas e La-mas foram cruelmente torturados e as-sassinados. A Anistia Internacional cal-cula que cerca de hum milhão e duzen-tos mil tibetanos tenham sido mortos pelo exército Chinês. A Cultura Budhista no Tibet também foi muito sacrificada pois muitos dos templos foram destruí-dos e hoje apenas restam duas dúzias, deixados de pé pelos Chineses apenas para exibição. Os Lamas e Monges que escaparam pre-cisavam encontrar um lugar seguro e refazer seus lares. Muitos, como Dalai lama, que agora está estabelecido em Dharamsala, na Índia, se estabelecerão em regiões vizinhas ou nos países próxi-mos, como Índia, Nepal, Sikkim, Ladakh e Butão. Outros viajaram para bem lon-ge, terminando na França, na Suíça, na

Inglaterra e nos Estados Unidos. Esses mestres também se lembram das instru-ções do Buddha aos primeiros sessenta discípulos iluminados, para continuar a espalhar os ensinamentos: “Vão para o mundo, oh monges, para o bem de muitos, para a felicidade de mui-tos, por compaixão do mundo.”.

Com a invasão do Tibet, pela china, foi como se uma represa houvesse arreben-tado: de repente a sabedoria tibetana começou a fluir para o mundo em dire-ção do Ocidente. Os mestres tibetanos dizem que o único bem trazido para o budhismo pela inva-são chinesa, este bem foi a dissemina-ção dos ensinamentos para o resto do Mundo. No entanto, o sofrimento e as provações deste povo místico, amante a seus prin-cípios morais, éticos e civis, luta por sua independência de um regime obsoleto, totalitarista e retrógrado. Muitas vítimas lutam pela sua independência e por se-rem senhores de suas vidas e de suas tradições. Seguidores e não seguidores em todas as partes do mundo se têm mostrado solidários com o sofrimento imposto pela China a esse povo humilde que mantém acesas a chama das 4 nobres verdades. Apesar de ser rejeitado por muitos che-fes de governo ocidentais, preocupados unicamente com valores comerciais e o medo de incompatibilidades com a Chi-na, na década de 80 surgiu uma figura mundial de grande talha espiritual e sím-bolo de luta para muitos dos que lutam em diversas frentes para mudar o esta-belecido: direitos humanos, ecologia, etc. S. S., o “DALAI LAMA”, agraciado com o “Prêmio Nobel da Paz”, concedi-do em 1989, vem representando para o mundo ocidental, com elevada espiritua-lidade as 4 Grandes Verdades e sobretu-do se mostrando um grande exemplo dos ensinamentos de Buddha.

CONTINUAÇÃO DA MÁTÉRIA SOBRE BUDHISMO

1 - Escolas (Edição de Fevereiro 08)) 2 - Origens (Edição de Março 08) 3 - Principais Doutrinas 3.1 - As Quatro Nobres Verdades 3.2 - O Nobre Caminho Óctuplo 4 -Cosmologia(Edição:(Mar e Abr 08) 5 - Escrituras 6 - Difusão do Budismo 6.1 - Índia 6.2 - Sri Lanka e Sudeste Asiático 6.3 - China 6.4 - Coréia e Japão 6.5 - Tibet .... O reino seguinte é o dos Asura (termo traduzido como “Titãs” ou antideuses).Os seus habitantes ali nasceram em resultado de ações positivas realizadas com um senti-mento de inveja e competição e vi-vem em guerra constante com os Deuses.

Informação, Cultura Nacional,Mundial e Regiliosa

O Conflito... O exílio de Dalai Lama.

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ABRIL 2008 Gazeta Valeparaibana Página 16

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Bacias Hidrográficas Brasileiras “Especial atenção”

BACIA DO RIO AMAZONAS A bacia do rio Amazonas en-volve todo o conjunto de recursos hídri-cos que convergem para o Rio Amazo-nas. Essa bacia hidrográfica faz parte da região hidrográfica do Amazonas, uma das doze regiões hidrográficas do territó-rio brasileiro. A bacia amazônica abrange

cerca de 7 milhões de Km2, compreen-dendo terras de vários países da Améri-ca do Sul, tais como Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil. É a maior bacia fluvial do mundo. De sua área, cerca de 3,8 milhões de Km2 encontram-se no Brasil, abrangen-do os Estados do Acre, Amazonas, Ro-raima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá. A bacia amazônica é formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Es-tes estão situados nos dois hemisférios (hemisfério norte e hemisfério sul) o que faz com que o Rio Amazonas tenha dois períodos de chuvas, dado que a época de chuvas é diferente no hemisfério nor-te e no hemisfério sul. O Rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes, no Peru. Possui 6.868 Km, sendo que 3.165 Km estão no território Brasileiro. Por isso o Amazonas, somen-te no Brasil ocupa 50% de sua extensão em relação ao resto dos países que per-corre na América Latina. Sua vazão mé-dia é da ordem de 109.000 m3 por segun-do, chegando a alcançar 190.000 m3 por segundo na estação das chuvas. É um rio típico de planície, e ele e muitos dos seus afluentes são navegáveis, o que é muito importante para a população da Amazônia, que se serve do rio como mei-o de locomoção. O Rio Amazonas é dividido em três par-tes: - Ainda nos países andinos recebe o no-me de rio Maranón, - Ao entrar no Brasil, recebe o nome de rio Solimões, - ao receber as águas do Rio Negro, pas-sa a ser chamado de Rio Amazonas. A largura média do rio Amazonas é de aproximadamente 5 quilômetros. Em alguns lugares, de uma margem é impos-sível ver a outra margem oposta, por causa da curvatura da superfície terres-tre. No ponto onde o rio mais se contrai - o chamado - “Estreito de Obidos” - A largura diminui para 1,5 quilômetros e a profundidade chega a 100 metros. As terras amazônicas, como se disse, formam uma planície no sentido atual da

palavra, ou seja, um território formado pela sedimentação. A norte e a Sul essa planície é limitada pelos escudas da Gui-anas e Brasileiro, respectivamente. A HISTÓRIA: A teoria mais aceita pelos geólogos é de que o rio Amazonas formou-se a partir de um grande golfo, que originalmente se abria ao oceano Pacífico. Com a sepa-ração do super continente “PANGEA” há 130 Milhões de anos (particularmente a quebra da Gondwana, o continente for-mado antes do Pangea pela junção da África, América do Sul, Antártica, Arábia e Austrália) o deslocamento da placa americana para oeste gera a formação da cordilheira dos Andes há 65 milhões de Anos, esse golfo fechado a oeste, se abre para leste pela captura de drenagem vinda do Atlântico, tendo o grande rio assim se formado (ver teoria das placas tectônicas).

Sua origem explica o fato do rio Amazo-nas apresentar inclinação muito peque-na. Em todo o seu trajeto inclina-se me-nos que cem metros; num trecho de 3 mil quilômetros em território Brasileiro, a inclinação é de apenas 15 metros. Durante muito tempo, considerou-se a desembocadura do Amazonas na região de Belém. Hoje o rio que banha a capital paraense (o rio Pará) não é considerado como foz do Amazonas, fazendo parte da Bacia Hidrográfica do Tocantins.

A foz do rio Amazonas está no lado oci-dental da ilha de Marajó. Isso faz com que a cidade de MACAPÁ seja considera-da a única capital Brasileira banhada pelo rio. O volume de água despejado pelo rio é tão descomunal que a água do

mar é doce por vários quilômetros além da desembocadura. A POROROCA O encontro de suas águas com as águas do oceano provoca a pororoca (uma grande onda que percorre o rio por vá-rias horas), que pode ser vista do espaço e cujo barulho pode ser ouvido a grande

distância. O fenômeno da pororoca que ocorre na região do Amazônica, princi-palmente na foz do seu grandioso e mais imponente rio, o Amazonas, é formado pela elevação súbita das águas junto à foz, provocada pelo encontro das marés ou das correntes contrárias, como se estas encontrassem um obstáculo que impedisse seu percurso natural. Quando ultrapassa esse obstáculo, as águas cor-rem rio a dentro com uma velocidade de 10 a 15 milhas por hora, subindo uma altura de 3 a 6 metros. No estado do Amapá, ela ocorre na Ilha de Bailique, na “Boca” do Araguari, no canal do inferno da Ilha de Maracá em diversas partes insulares e com maior intensidade nos meses de Janeiro a Mai-o. É sem dúvida, um dos atrativos turísti-cos mais atrativos e expressivos, que embora temível, torna-se um espetáculo admirável para todos. Consta que Vicen-te Yañez Pinzon e a sua tripulação pre-senciaram a pororoca quando desceram a foz do Rio Amazonas e ficaram surpre-sos com a grandeza e a beleza impar do fenômeno. É sabido que em Janeiro de 1500 ela quase destruiu as suas embar-cações. A pororoca pronuncia a enchente. Al-guns minutos antes de chegar, há uma calmaria, um momento de silêncio. As aves se aquietam e até o vento parece parar de “soprar”. É ela que se aproxima. Os caboclos já sabem e rapidamente procuram um lugar seguro como ensea-das ou mesmo os pontos mais profun-dos dos rios para aportar suas embarca-ções seguras de qualquer dano, pois a canoa que estiver na “baixa-mar”, onde ela bate furiosa e barulhenta, levando árvores das margens, abrindo furos, ar-ranca, vira e leva consigo. Existem vá-rias explicações da causa da Pororoca, porém a principal consiste na mudança das fases da lua, principalmente nos e-quinócios com maior propensão da mas-sa liquida dos oceanos, força que na Amazônia é percebida calculadamente a mais de mil quilômetros, e o barulho en-surdecedor ouve-se até com duas horas de antecedência à vinda da “cabeceira” da Pororoca. Quando ela passa formam ondas menores, os “banzeiros”, que vio-lentamente morrem nas praias. Também, com o movimento das águas do rio Amazonas, provoca-se o despren-dimento das terras das margens, levan-

do-as para outros lugares. Esse fato é conhecido como o fenômeno das “terras caídas”.

ALERTA No ano de 2004 a maior flores-ta do mundo a Amazonas per-deu cerca de 9.000 quilôme-tros quadrados de sua mata natural. Coincidentemente ou não, o ano de 2005 foi o mais seco dos últimos 35 anos, se-gundo informações da NASA, que segue a sua evolução pelos satélites. Devido à falta de chuva, rios e lagos secaram ou estiveram próximos de secarem, e as perdas na agricultura foram de milhões de dólares. Muitos povos ribeirinhos ou não ficaram incomunicáveis (mais de 40.000 pessoas), devido ao fato de sua única via de comunicação serem os rios da Bacia Amazônica.

BACIA DO TOCANTINS A Bacia Tocantins/Araguaia é outra das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. Possui uma área de 967.059 Km2, abran-gendo os Estados de Goiás, Mato Gros-so, Tocantins, Maranhão, Pará e também o Distrito Federal. Os principais rios da bacia são o Tocantins e o seu afluente

Araguaia. A vazão média conjunta da bacia é de 15.432 m3 por segundo. Os principais biomas da região são a Amazônia ao Norte e o Cerrado ao Sul. Apesar da região possuir pequena densi-dade populacional, alguns fatores contri-buíram para a devastação destes bio-mas, como a construção da rodovia Be-lém - Brasília, a Usina Hidroelétrica de Tucuruí e a expansão das atividades a-gropecuárias e de mineração sem qual-quer controle ou ação preservacionÍsta. BACIA DO ATLÂNTICO NORDES-TE OCIDENTAL A Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental é outra das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. Possui uma área de 254.100 Km2, que engloba grande parte do Estado do Mara-nhão e uma pequena região a Leste do Estado do Pará, abrangendo 223 municí-pios. Em seu território estão contidas as baci-as dos Rios Gurupi, Turiaçu, Pericumã, Mearim, Itapecuru, Munim e a do Litoral do maranhão, apresentando uma vasão média conjunta de 2.514 m3 por segun-do. A região é caracterizada por ser uma transição entre os biomas da Amazônia e do Cerrado, apresentando também for-mações litorâneas. O principal centro urbano inserido na bacia é a capital ma-ranhense São Luís.

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