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Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Ano 29 - nº 266 - São Paulo/SP - Dezembro/15 www.sindicomis.com.br PALESTRA DE IVES GANDRA FOI O PONTO ALTO DO SICOMÉRCIO 2015 Jurista defendeu a urgência de uma Reforma Tributária que deixe de penali- zar as empresas de todos os setores da economia O Sicomércio 2015, evento patrocinado pela Confede- ração Nacional do Comércio (CNC), foi realizado entre 28 e 30 de outubro, no Rio de Janeiro. O SINDICOMIS/ACTC foi representado no evento por seu presidente, Haroldo Piccina, que preside também o Conse- lho de Serviços da FECOMERCIO SP. O Congresso teve a participação de empresários dos setores de comércio e serviços de todo o País, que assisti- ram a palestras de autoridades e con- vidados e participaram de workshops e outras atividades. Para Piccina, a palestra de maior impor- tância no SICOMÉRCIO 2015 foi, sem dúvida, a realizada pelo Jurista Ives Gandra Martins, que falou sobre o Sis- tema Tributário Brasileiro. Ives Gandra afirmou: “O Brasil tem uma tarefa que se mostra cada vez mais urgente, que levará o País a perder qualquer chance de ser competitivo em termos globais, se não for realizada a simplificação do sistema tributário, considerado um dos mais complicados e distorcidos do mundo”. O jurista, especializado na área de tributação, manifestou grande preocupação com o momento que o País atravessa, que provoca profun- dos impactos na economia e nas em- presas. “O empresário brasileiro é o agente tributário do Estado, gastando 2.200 horas por ano somente para cumprir suas obrigações com o fisco, enquanto as empresas americanas gas- tam em torno de 300 horas com essas atividades”, afirmou Ives Gandra que classifica como inadiáveis as reformas trabalhistas, administrativas, política e do judiciário. Ives Gandra Martins foi aplaudido de pé pelos mais de mil participantes do evento. Após a palestra, Piccina declarou: “Foi um discurso de palavras sinceras, bri- lhantes e corajosas, que aumentam nossa vontade de continuar lutando e trabalhando por um Brasil melhor”. No dia 28 de outubro, no início das ati- vidades do Congresso Nacional do Sis- tema Confederativo da Representação Sindical do Comércio – SICOMÉRCIO, realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Tu- rismo (CNC), o ministro Marco Aurélio Mendes de Mello, do Supremo Tribu- nal Federal (STF) fez suas considera- ções sobre diversos temas importantes e classificou a carga tributária como gravosa para a economia nacional, ci- tando a possibilidade de retorno da “famigerada” CPMF, “um tributo que, no decorrer dos anos, talvez tenha sido tomado como permanente; mudou, inclusive, de gênero, de imposto a con- tribuição. Minha ótica é que qualquer tributo a esta altura configura verda- deiro confisco”, apontou, sendo muito aplaudido por lideranças sindicais do comércio de todo o Brasil. O Ministro Marco Aurélio disse: “É uma honra estar nesta cidade e cons- tatar um auditório que personifica nosso país, que personifica o Brasil continental. Os senhores são respon- sáveis pela circulação da riqueza nacio- nal”. “Encontros como este servem à reflexão, ao aperfeiçoamento, que é infindável. O saber é e será sempre uma obra inacabada”, e concluiu, “Os senhores têm um papel relevante no cenário brasileiro. O Brasil não precisa de mais leis; cumpre ao Estado adotar postura exemplar. O Brasil precisa, de forma geral e linear, de um banho de ética. E que cada qual faça a sua parte. Mãos à obra”. Ministro Marco Aurélio Mendes de Mello acusou a volta da CPMF de confisco Ives Gandra Martins criticou duramente a demora em rea- lizar as reformas necessárias para o Brasil voltar a crescer

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Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC

Ano 29 - nº 266 - São Paulo/SP - Dezembro/15

w w w. s i n d i c o m i s . c o m . b r

PALESTRA DE IVES GANDRA FOI O PONTO ALTO DO SICOMÉRCIO 2015

Jurista defendeu a urgência de uma Reforma Tributária que deixe de penali-zar as empresas de todos os setores da economia

O Sicomércio 2015, evento patrocinado pela Confede-ração Nacional do Comércio (CNC), foi realizado entre 28

e 30 de outubro, no Rio de Janeiro. O SINDICOMIS/ACTC foi representado no evento por seu presidente, Haroldo Piccina, que preside também o Conse-lho de Serviços da FECOMERCIO SP. O Congresso teve a participação de empresários dos setores de comércio e serviços de todo o País, que assisti-ram a palestras de autoridades e con-vidados e participaram de workshops e outras atividades.

Para Piccina, a palestra de maior impor-tância no SICOMÉRCIO 2015 foi, sem dúvida, a realizada pelo Jurista Ives Gandra Martins, que falou sobre o Sis-tema Tributário Brasileiro. Ives Gandra afirmou: “O Brasil tem uma tarefa que se mostra cada vez mais urgente, que levará o País a perder qualquer chance de ser competitivo em termos globais, se não for realizada a simplificação do sistema tributário, considerado um dos mais complicados e distorcidos do mundo”. O jurista, especializado na área de tributação, manifestou grande preocupação com o momento que o País atravessa, que provoca profun-dos impactos na economia e nas em-presas. “O empresário brasileiro é o agente tributário do Estado, gastando 2.200 horas por ano somente para cumprir suas obrigações com o fisco, enquanto as empresas americanas gas-tam em torno de 300 horas com essas

atividades”, afirmou Ives Gandra que classifica como inadiáveis as reformas trabalhistas, administrativas, política e do judiciário. Ives Gandra Martins foi aplaudido de pé pelos mais de mil participantes do evento.

Após a palestra, Piccina declarou: “Foi um discurso de palavras sinceras, bri-lhantes e corajosas, que aumentam nossa vontade de continuar lutando e trabalhando por um Brasil melhor”.No dia 28 de outubro, no início das ati-vidades do Congresso Nacional do Sis-tema Confederativo da Representação Sindical do Comércio – SICOMÉRCIO, realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Tu-rismo (CNC), o ministro Marco Aurélio Mendes de Mello, do Supremo Tribu-nal Federal (STF) fez suas considera-ções sobre diversos temas importantes e classificou a carga tributária como gravosa para a economia nacional, ci-tando a possibilidade de retorno da “famigerada” CPMF, “um tributo que,

no decorrer dos anos, talvez tenha sido tomado como permanente; mudou, inclusive, de gênero, de imposto a con-tribuição. Minha ótica é que qualquer tributo a esta altura configura verda-deiro confisco”, apontou, sendo muito aplaudido por lideranças sindicais do comércio de todo o Brasil.

O Ministro Marco Aurélio disse: “É uma honra estar nesta cidade e cons-tatar um auditório que personifica nosso país, que personifica o Brasil continental. Os senhores são respon-sáveis pela circulação da riqueza nacio-nal”. “Encontros como este servem à reflexão, ao aperfeiçoamento, que é infindável. O saber é e será sempre uma obra inacabada”, e concluiu, “Os senhores têm um papel relevante no cenário brasileiro. O Brasil não precisa de mais leis; cumpre ao Estado adotar postura exemplar. O Brasil precisa, de forma geral e linear, de um banho de ética. E que cada qual faça a sua parte. Mãos à obra”.

Ministro Marco Aurélio Mendes de Mello acusou a volta da CPMF de confisco

Ives Gandra Martins criticou duramente a demora em rea-lizar as reformas necessárias para o Brasil voltar a crescer

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NATAL E O SENTIDO DA VIDAQual o sentido de nossas vidas? Qual o sentido de um ano que passa e qual o sentido do Natal? A resposta para todas as perguntas que surgem em nosso coração em algum momento de nossa existência está dentro de todos nós, quando olhamos para nós mesmos e nos colocamos na presença de Jesus, o menino nascido da Virgem em uma manjedoura, desprovido de qualquer proteção humana, somente com a proteção do Pai Eterno. O Pai Eterno que da mesma forma protegeu seu Filho de todos os ataques terrenos e espirituais, nos protege neste momento quando nos tornamos frágeis como o Menino de Jerusalém.

Desejamos que neste Natal nossos corações encontrem todas as respostas – que muitas vezes em silêncio nos questionamos – e nos faça entender que apenas e tão somente o amor de Deus nos dará o acalanto tão esperado. Que nossos corações possam ser guiados por esse amor e cobertos de toda a alegria prometida por nosso Pai Celestial, não nos esquecendo em nenhum momento do aniversariante.

Desejo a todos um Feliz e Santo Natal e um Ano Novo repleto de Boas Novas!

Um grande abraço,

HAROLDO SILVEIRA PICCINAPresidente

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Dezembro/15 3

continua na página 4

Notícias CNCNotícias CNC

Temas debatidos no SICOMÉRCIO 2015:

SimpleS TrabalhiSTa: O Projeto de Lei 450/2015, que reduz os encargos sociais e os custos da contratação dos empregados para as MPEs, foi debatido pelo Pro-fessor José Pastore, que afirmou: “é preciso incorporar outra parte dos trabalhadores ao mercado formal e gran-de parte deles estão nas micro e pequenas empresas”. O Deputado Guilherme Campos, relator do Projeto em 2011, disse: “Sempre pautei minha atuação em defesa daquele que produz”, e acrescentou: “O projeto é uma iniciativa muito importante, mas é preciso que os em-presários defendam este projeto no Congresso, porque questões como as trabalhistas e tributárias são impediti-vas para as empresas”.

Negociação coleTiva: Magnus Apostólico, diretor de Relações do Trabalho da Febraban, ressaltou a necessidade de uma legislação que valorize e respalde o entendimento entre as partes. “A negociação coletiva é um pilar do regime democrático. Precisamos de uma legislação que dê um espectro maior na negociação. O que temos hoje é uma legislação que prestigia o conflito, ao invés de facilitar o entendimento”. Magnus destacou a interferência exagerada da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho nas negociações: “O negociado deve se sobrepor ao legislado”, finalizou. O Presidente da UGT, Ricardo Patah, defendeu valorizar as negociações coletivas, mas afirmou que antes de pensar em mudar a legislação é preciso melhorar a estrutura das entidades sindicais laborais, porque sindicatos enfraque-cidos não têm capacidade de negociação.

relaçõeS TrabalhiSTaS: Sylvia Lorenas de Sou-za, gerente executiva de Relações do Trabalho da CNI, falou sobre o custo do trabalho no Brasil, afirmando que, de acordo com pesquisa do Bureau of Labor Statistics (BLS), os encargos no Brasil respondem por 33% da folha salarial das empresas, mantendo-se entre os mais altos custos do mundo, com o México com 30%, Zona do Euro com 24%, Estados Unidos com 24% e Argentina com 17%. A produtividade no Brasil está abaixo da Rússia, África do Sul, Argentina e México, todos estes cerca de duas vezes mais produtivos que o Brasil. “Estes números confirmam um enorme desafio: superar essa realidade, em que custos crescem sem o crescimento da produtivi-dade e o descompasso entre crescimento dos custos do trabalho e da produtividade é muito negativo”, alertou Sylvia. É preciso investir na educação e qualificação profissional dos trabalhadores.

Evento discutiu temas como Simples Trabalhista e Terceirização, tidos como fundamentais para o crescimento dos setores produtivos da economia

Empresários debateram os assuntos mais relevantes para os setores de

Comércio e Serviços no SICOMÉRCIO 2015

Haroldo Piccina, Presidente do SINDICOMIS/ACTC, participou ativamente do SICOMÉRCIO 2015

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Dezembro/154

moTivação: Na palestra do jovem empresário, o economista e engenheiro Eduardo Moreira, sócio funda-dor do Branco Brasil Plural, falou sobre sua experiência de vida e sobre a importância de não perder o foco e acreditar no que faz. Ele aprendeu a importância da rea-lização e de cinco letras capazes de operar um milagre na vida de qualquer pessoa e qualquer empresa: F.A.Z.E.R – FAZER. Para o empresário, “não é fácil fazer o difícil, é fazer o fácil”.

Terceirização: O Deputado Roberto Santiago, relator do Projeto de Terceirização, falou que o pro-jeto foi elaborado, em sua maioria, para a proteção dos empregados. “Quando se fala em terceirização, falamos de 13 milhões de trabalhadores que precisam ter suas garantias”, afirmou o Deputado. “Precisamos regular um setor importante da economia que já está há décadas com essa necessidade”, completou San-tiago. Já o Deputado Laércio Oliveira, Vice-Presidente da CNC, disse que “o projeto de terceirização garante a especialização das empresas e resolve a questão da segurança jurídica do contratante, prestadores de ser-viços e trabalhadores, para que haja uma harmonia”. Alan Mac Gregor, mediador do debate, ressaltou: “A lei é para os bons empregadores, pois são eles que continuam pagando e sendo penalizados, pois os maus empregadores, com lei ou sem a lei vão continuar agindo de má fé”, afirmou.

Haroldo Piccina declarou, sobre o SICOMÉRCIO 2015: “Saímos desse evento gratificados, pois levaremos im-portantes contribuições para o SINDICOMIS/ACTC, além do que, o mais significativo deste encontro é o compa-nheirismo de mais de 1.000 presidentes de sindicatos, convivendo diariamente neste momento importante para as lideranças sindicais patronais”.

conclusão da pág. 3

Haroldo Piccina (dir.) esteve com o Deputado Laércio Oliveira no SICOMÉRCIO 2015

Notícias CNCNotícias CNC

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Dezembro/15 5

Aprovado projeto do Deputado Laércio Oliveira que acrescenta termo “serviços” a nome de Comissão

Plenário da Câmara dos Deputados aprovou projeto de resolução do deputado Laércio Oliveira (Soli-dariedade-SE) que acrescenta o termo “Serviços”

ao nome da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (PRC 241/14).

Laércio Oliveira destacou a importância de se valorizar o setor de serviços, que, além de formalizar no mercado de trabalho, capacitar e treinar cidadãos brasileiros, também tem o grande potencial que as empresas movimentam junto aos diversos fornecedores, entre eles, os dos ramos de alimentação, uniformes, transportes, produtos, utensílios e equipamentos de limpeza, bem como da elevada carga tributária revertida aos cofres públicos.

“Esse setor reúne bens intangíveis como bancos, imobiliá-rias, seguradoras, consultorias. Os serviços já correspondem a 67% do Produto Interno Bruto (PIB). Entre as 500 maiores empresas do Brasil, 242 são de serviços – um aumento de quase 10% em relação a 2007”, informou o deputado.

Segundo Laércio, estes números mostram que a expansão da economia brasileira depende diretamente do cresci-mento deste setor, demonstrando que sua atuação tem

O

relevância estratégica à geração de emprego no mercado de trabalho e disseminação de renda, especialmente nesse período de crise.

“Diante da importância do setor, nada mais justo do que a comissão passar a se chamar Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços”, ressaltou o deputado.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Deputado Laércio Oliveira

Notícia da CâmaraNotícia da Câmara

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Dezembro/156

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FECOMER-CIO SP) ressaltou, por meio de ofício

ao Congresso Nacional, sua posição totalmente favo-rável à alteração do artigo 611 da Consolidação das Leis do Trabalho.

A mudança consta do relatório aprovado na Comissão Mista da Medida Provisória 680/2015, a qual institui o Programa de Proteção do Emprego (PPE). O texto se-gue, agora, para a apreciação do Plenário da Câmara.

De acordo com essa alteração, a negociação estipu-lada em acordo coletivo passa a sobrepor as determi-nações legais, desde que não contrarie os direitos e deveres dispostos na Constituição Federal, as conven-ções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e as normas de higiene, saúde e segurança do trabalho.

A Federação entende que tal medida iria somar-se positivamente aos esforços - de empresários, traba-lhadores e governo - no combate à crise e na redu-ção de conflitos trabalhistas. Além disso, também considera a iniciativa eficaz para conter o crescente índice de desemprego no País, uma vez que dá mais flexibilidade ao diálogo entre as partes envolvidas. Da mesma forma, em épocas de aquecimento eco-nômico, as negociações podem ser feitas acima dos valores mínimos legais.

Para a Entidade, a negociação coletiva deve ser valo-

rizada e vista como uma forma de adequar os direitos dos trabalhadores às mais diferentes condições de trabalho. Ressalta ainda que o negociado em preva-lência ao legislado abriria novas oportunidades para o mercado profissional, justamente por não engessar a relação empregatícia e atender à realidade de cada atividade econômica.

Sobre o programa de proTeção ao emprego (ppe)

O Programa de Proteção do Emprego, de acordo com a Medida Provisória 680/2015, permite a flexibilização da jornada e dos salários, mediante negociação entre a empresa e o sindicato dos trabalhadores. As empre-sas que se encontrarem em situação de dificuldade econômico-financeira poderão reduzir em até 30% a jornada de trabalho dos empregados e proporcional-mente seus salários.

A adesão poderá ser feita até o fim de 2015 e terá du-ração de seis meses, podendo ser prorrogada para no máximo doze meses. Os trabalhadores que tiverem seu salário reduzido farão jus a uma compensação pecuniária equivalente a 50% do valor da redução salarial e limitada a 65% do valor máximo da parcela do seguro-desemprego, enquanto perdurar a redução da jornada. A compensação pecuniária será custea-da pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A redução temporária da jornada de trabalho poderá ter duração de até seis meses e poderá ser prorroga-da, desde que o período total não ultrapasse doze meses.

Fonte: FECOMERCIO SP

FECOMERCIO-SP APOIA MAIS AUTONOMIA NAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Entidade defende relatório aprovado na Comissão Mista da Medida Provisória 680/2015, cujo texto estabelece que o acordo coletivo de trabalho prevaleça sobre as determinações dispostas na lei

Notícias do SindicatoNotícias do Sindicato

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Dezembro/15 7

Notícias do SindicatoNotícias do Sindicato

SINDICOMIS recebe certificado de conclusão do SegS/2015

SINDICOMIS participa, desde 2010, do Sistema

de Excelência em Gestão Sindi-cal -SEGS. Neste ano, o objetivo foi aprimorar as realizações dos ciclos anteriores, visando à sim-plificação do programa e a apli-cação dos resultados ao atender as demandas das lideranças sin-dicais do Sistema Confederativo de Representação Sindical do Sicomércio. Algumas novidades foram intro-duzidas neste ano, como: treina-

mentos realizados pela CNC “in loco”; alterações nas metodolo-gias das avaliações; e controle de práticas. Com estas novidades foi possível tornar o programa mais atrativo para as lideranças, focan-do em resultados e otimizando a relação custo x benefício do programa.

O A grande inovação do programa foi o modelo “Construindo a Ex-celência”, novo critério de ava-liação da gestão das entidades, visando preparar as mesmas para gerir produtos e serviços ofereci-dos aos seus representados.

Haroldo Piccina, presidente do SINDICOMIS/ACTC, parabeni-zou toda a equipe do Sindicato e, em especial, Angelique Morais, que vem participando do SEGS com muita dedicação e respon-sabilidade, desde 2010.

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Dezembro/158

SiNdicomiS/AcTc nos PORTOS E AEROPORTOS

André Luís Gonçalves Martins informou as mudanças nas che-fias da Receita Federal

A GRU Airport destacou assun-tos discutidos na última reunião:

Recebimento de Cargas na Importação – Recebimento de cargas no COSYS atingiu praticamente 100%;

Agendamento de Puxe/DI – O Módulo de Agendamen-to dos Transportadores (em fase piloto) estava previsto para final de outubro/2015; serão informados os partici-pantes do piloto que iniciará com os treinamentos;

Tempos para emissão de DAI – Em 19/09 e em 30/09 foi disponibilizado no Portal Metraview: a opção de reim-pressão dos períodos de armazenagem; o demonstrativo Excel/PDF dos correntistas; o boleto de cobrança e a redução do tempo de tarifação no sistema Metranet.

Assuntos discutidos na reunião de outubro de 2015:

André Luís Gonçalves Martins, o novo Inspetor Chefe da Alfândega do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, informou as mudanças nas Chefias da Receita Federal da ALF/GRU. Gonçalves manifestou a expec-tativa de continuar o trabalho de parceria realizado no TECA, sempre aberto às discussões visando à constante melhoria dos processos em GRU.

Os participantes da CCT deram as boas-vindas a André Gonçalves; enfatizaram a importância da presença de autoridades neste fórum de discussão e a expectativa pela melhoria dos processos em Guarulhos.

parTicipaNTeS da ccT de guarulhoS receberam o Novo iNSpeTor chefe da alfâNdega do aeroporTo de guarulhoS

prêmio viracopoS excelêNcia logíSTica 2015A Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos promoveu, no dia 18/11, a 3ª edição do Prêmio Viracopos Excelência Logística. O objetivo da pre-

miação é destacar o desempenho logístico das empresas atuantes no comércio exterior no Aeroporto Internacional de Viracopos, estimulando a eficiência em processos e serviços.

As empresas concorreram em 7 categorias e as premia-das são as seguintes:

Melhor importador: Embraer S/A Melhor Planta: Embraer S/A Destaque Exportador: Embraer GPX LTDA. Melhor Cia. Aérea: Martinair Holland Melhor Agente de Carga: Panalpina Ltda.

Tempo de Entrega de Carga – A GRU Airport informou que está trabalhando com um índice de 90% de cumpri-mento dos agendamentos e também estão formatando estes dados para apresentar nas próximas reuniões.

Comunicado de Dapes – Carlos Magno, da GRU Air-port, relatou, a partir de informações da Panalpina, casos de duplicidade no Dape quando este é cancelado e não há notificação do cancelamento. O CAC receberá estas informações e passará para análise da TI e à Operação, para avaliar e resolver esse problema.

O representante da Anvisa reforçou o horário de aten-dimento e comentou que tem verificado que empresas da VCP estão migrando para Guarulhos e os processos não estão sendo apresentados no padrão estabelecido pelo PA-GRU, o que atrapalha na agilidade da análise. A Anvisa informou também que o tempo de atendimento em GRU está em torno de 20 dias, o que deve resultar em um novo grupo Força Tarefa.

Carlos Magno reiterou que a implantação de novos siste-mas sempre acaba envolvendo algum tipo de adequação no processo. As modificações são necessárias, o que en-volve também uma mudança de cultura, portanto requer ajustes até entrar em fase de estabilização. Solicitou aos participantes compreensão, pois ações estão sendo toma-das para que as operações e processos sejam resolvidos para se obter um equilíbrio frente a esse novo sistema.

Aguinaldo Rodrigues, Diretor Executivo do SINDICOMIS/ACTC, ressaltou a importância da presença dos agentes de carga nessas reuniões, que têm o objetivo de debater temas importantes para o melhorar o fluxo de cargas no aeroporto.

Melhor Comissária de Despachos Aduaneiros: Panal-pina Ltda. Melhor Transportador Rodoviário: RWA Logistic Ltda.

Carlos Aberto Alcântara, Assessor de Assuntos Institu-cionais da Aeroportos Brasil Viracopos, afirmou: “Este prêmio visa estimular a melhoria contínua destas ativida-des e reconhecer o bom trabalho das empresas, que é fundamental para melhorar a cada dia o setor de cargas no Aeroporto de Viracopos”.

Haroldo Piccina, Presidente do SINDICOMIS/ACTC, pa-rabenizou a Panalpina Ltda. pela premiação em duas categorias: Melhor Agente de Carga e Melhor Comissária de Despachos. Piccina destacou que a Panalpina é as-sociada do SINDICOMIS/ACTC desde 1994 e tornou-se uma das mais importantes empresas do setor de comér-cio exterior do País.

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Dezembro/15 9

aroldo Piccina, Presidente do SINDICOMIS/ACTC, e Luiz Ramos, Vice-Presidente

da entidade, receberam Rui Mucaje, Presidente da Câmara de Comércio Afro-Brasileira, AFROCHAMBER. O objetivo da visita foi estreitar e incre-mentar o relacionamento cultural e social e aprofundar o intercâmbio nas áreas de comércio entre o Brasil e os 54 países do Continente Africano.

Rui Mucaje disse que a AFROCHAM-BER tem contribuído de forma sig-nificativa para o êxito das políticas de abertura de mercados e estímulo às exportações. A Câmara vem bus-cando novos parceiros para que as relações do Brasil com a África se-jam cada vez mais intensas. Mucaje convidou o SINDICOMIS/ACTC para firmar uma parceria com a AFRO-CHAMBER, para que juntos possam fortalecer o comércio com a África com ações que estimulem a expor-tação de produtos brasileiros.

Piccina e Ramos agradeceram a vi-sita do Presidente Rui Mucaje e afir-

Notícias do SindicatoNotícias do Sindicato

SINDICOMIS/ACtC iniciam parceria institucional com a

Afrochamber

maram que o convite feito para uma parceria é muito bem-vindo, uma vez que a AFROCHAMBER dispõe de ferramentas importantes para auxiliar a exportação de produtos brasileiros, prospectando os merca-

Câmara de Comércio Afro-Brasileira busca parceiros para fortalecer as relações comerciais do Brasil com 54 países da África

dos africanos, pois a Câmara tem acesso a informações de pesquisa e marketing, experiências em roda-das de negócios, feiras e missões empresariais em todo o continente africano.

Rui Mucaje (esq.), Haroldo Piccina e Luiz Ramos discutiram a parceria entre o SINDICOMIS/ACTC e a AFROCHAMBER

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Dezembro/1510

Notícias do SindicatoExportador é responsável solidário por

frete marítimo internacional

Notícias do Sindicato

2ª Câmara de Direito Comer-cial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, na Apelação

Cível 2010.023857-6, condenou uma exportadora a pagar, solida-riamente, o frete de um transporte feito do Brasil para Montreal que não foi retirado pela empresa des-tinatária. Seguindo o voto do rela-tor, desembargador Luiz Fernando Boller, o colegiado entendeu que é dever da exportadora pagar o frete, encargos ou quaisquer outras des-pesas relacionadas ao transporte, caso a compradora deixe de fazê-lo.

Em primeira instância, a exporta-dora foi isentada de pagar o frete. Isso porque, de acordo com a sen-tença, no contrato havia uma cláu-sula conhecida como FOB – Free on Board –, segundo a qual a respon-sabilidade do exportador vai até o embarque da mercadoria do navio, quando, então, toda a responsabili-dade passa ao importador, inclusive

as despesas com taxas e frete para o desembaraço aduaneiro.

A importadora recorreu da ação e o TJ-SC reformou a sentença. Em seu voto, o desembargador Luiz Fer-nando Boller explicou que a cláusu-la FOB foi mencionada no rodapé da Fatura Comercial. No entanto, seguindo jurisprudência da corte, ele explica que a menção em nota fiscal da cláusula não é suficiente para que ela tenha efeito, sendo necessária estar expressamente ajustada entre as partes.

No caso, o relator aponta que no Bill of Lading (B/L) assinado pelas partes consta uma cláusula que diz: “Apesar do aceite do Transitário de Carga das instruções para cobrar frete, encargos ou as despesas de qualquer outra pessoa em relação ao transporte de acordo com o pre-sente CT-B/L, o Comerciante per-manecerá responsável pelas quan-

tias quando de posse da prova do pedido e na ausência de pagamen-to, por qualquer razão que seja”.

No caso, explica Luiz Fernando Boller, o comerciante é a empre-sa exportadora, que embarca as mercadorias no navio da transpor-tadora. Por isso, complementa o relator, “a solução mais adequada para o caso em liça é a responsa-bilização da ré pela inadimplência do frete, visto que não pago pela destinatária”. * Luiz Antonio Silva Ramos é Vice-Presidente do SINDICOMIS/ACTC e Coordenador Geral do Comitê Técnico de Comércio Exterior e Fiscal da entidade.

ALuiz Antonio Silva Ramos*

ReintegraGoverno reduz em 90% benefício a exportadores

O governo decidiu reduzir em 90%, passando de 1% para apenas 0,1%, a alíquota do Reintegra durante 13 meses. A decisão foi adotada através do Decreto nº 8.453, publicado no “Diário Oficial da União” de quinta-feira (22).

O Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras tem por objetivo devolver, parcial ou integralmente, o resíduo tributário remanescente na cadeia de produção de bens exportados.

Pela regra anterior, fixada pelo Decreto nº 8.415, de 27 de fevereiro deste ano, a alíquota de 1% deveria vigorar até o final de 2016. Entretanto, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, havia informado que o be-nefício ficaria em 1% no decorrer de 2015 (a legislação estabelece que o Reintegra pode devolver entre 0,1% e 3% aos exportadores).

O objetivo do novo decreto, evidentemente, é reduzir o benefício devolvido aos exportadores e reforçar o caixa do governo federal em meio ao atual cenário de queda das receitas tributárias.

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o longo dos anos, mais precisamente quase duas décadas, vimos escrevendo sobre os grandes proble-mas brasileiros. Apontando os graves erros, e dando

as soluções. Mas, por mais incrível que possa parecer, como é normal no país, mostramos as soluções, e só se lêem os problemas. E vamos piorando a cada dia, e nada é feito. Assim, abrimos espaço, mais escancarado, para as soluções.

Vamos começar por um assunto amargo. A bolsa esmola. E, como primeiro ato, pelo bem do país, decretar-se o fim da bolsa esmola. Imediatamente, sem mais delongas. É claro que lá virão muitos, com paus e pedras. Como? Matar de forme todas essas 14 milhões de famílias, com 60 milhões que a recebem? Manter esta bolsa esmola, bem como outros programas sociais desse tipo, é condenar o país ao eterno atraso. Vide que não crescemos há exatos 33 anos, com a ínfima taxa de 2,5% na média anual. Ou seja, quase duas gerações perdidas. Ela será completada breve, ine-xoravelmente. Assim, acabar com esse tipo de programas paternalista é patriotismo urgente.

E como ficam as pessoas participantes dela? Simples, irão trabalhar, produzir, consumir de fato, orgulhar-se, como será explicado. Isso não é possível, não há empregos dirão os que querem manter as pessoas no cabresto, tendo seu voto e apoio. Mantê-los eternamente com as migalhas da bolsa esmola. Vamos à solução, fácil, rápida e prática. Pelo bem de 201 milhões de brasileiros. Pelo mal do governo, é claro (sic).

Nosso país, como se sabe, tem a pior infra-estrutura e logís-tica possível. O Fórum Econômico Mundial nos classificou, em 2012, na 104º. posição em infra-estrutura. Sendo 91º. em ferrovia, 110º. em rodovia, 122º. em aerovia e 130º. em portos. Isso entre 142 países analisados. Em 2013, com 144 países, caímos para 107º. em infra-estrutura e 135º. em portos. E se formos mais fundo, nossa posição real não é essa, é pior. Se considerarmos que há no mundo, talvez, não mais do que uns 50-60-70 países que contam, fica mais trágico. Estamos muito além do último.

Fazemos 60% do nosso transporte interno por rodovia, o transporte mais caro que existe. E, apesar de toda dessa dependência, única entre os países que contam de fato, não temos estradas suficientes. E as que temos são, na sua maioria, na média, péssimas, ruins e regulares. Temos só 1,6 milhão de quilômetros de estradas, com apenas 12% asfaltadas. Os EUA, que não são rodoviaristas, usam o modo em 32% das cargas, têm 6,4 milhões de quilômetros de estradas, sendo quase 64% asfaltadas.

Nossos portos têm muito a avançar. Faltam portos e termi-nais. Chegando ao absurdo de, um único porto, de San-tos, concentrar 26% do comércio exterior brasileiro. É um contra-senso.

Nossa ferrovia é a menor do mundo. Com apenas 28.000 quilômetros, o mesmo de 1920. O que representa 3,4 qui-

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lômetros lineares por km2 de território. A argentina tem 12, a Inglaterra 60, a França 70 e a Alemanha 130. A ferrovia da Alemanha, em termos absolutos, representa 160% da ferrovia brasileira, com 45.000 quilômetros lineares, com seu pequeno território.

Temos 63.000 quilômetros de rios, sendo 42.000 nave-gáveis e apenas 21.000 utilizados. Representando 2% do transporte da nossa carga. Portanto, há algo de errado. Enquanto isso, mantemos mais de 60 milhões de capazes fora do mercado de trabalho, como mostrado em nosso artigo anterior, “O fim da farsa do emprego”.

Assim, precisamos acabar com a bolsa esmola. Num dia se acaba com ela, e no outro as pessoas vão trabalhar na nossa infra-estrutura. Se não for possível isso de imediato, no máximo dar-se-ia mais algumas pouquíssimas semanas para ajuste do programa. Assim, dando início, finalmente, ao desenvolvimento e progresso através da mais produtiva ação que se pode imaginar, segundo nosso conceito.

Com trabalho, as pessoas terão orgulho. Terão um salário, pelo menos igual ao salário mínimo. Mas, sem dúvida, também bem acima. Terão registro em carteira, assistência médica, vale-refeição, vale-alimentação, vale-transporte, e tudo o mais que temos aqui. Com muito exagero, claro, mas é a atual e real situação do país.

Todos sabem que, com mais dinheiro, há consumo, há produção, há investimento. Acreditamos que todos podem imaginar uma nova massa de dezenas de milhões de consu-midores com salário, e não com migalhas da bolsa esmola. O crescimento é imediato. Acreditamos difícil alguém ousar seguir pelo caminho da contrariedade e da obviedade do colocado.

Ninguém desconhece as razões do fim da escravidão. Tanto no Brasil quanto no mundo. O Capitalismo precisa de con-sumidores, e escravos não consomem. E, a bolsa esmola, não é mais do que a escravidão do passado, com roupagem presente, em que nessa não há escolha de cor. Apenas escolha de votos.

Com isso, nossos custos logísticos, em que transporte é maior parte, extremamente altos, serão muito aliviados. Melhorando nossa competitividade interna, em especial a externa. Principalmente se considerarmos que estamos no fundinho da América Latina. Mais longe que a maioria dos demais países, nossos concorrentes, em especial os que contam, dos grandes países compradores e consumidores. O que aumenta mais nossos custos logísticos.

* Samir Keedi é bacharel em economia, consultor, professor da Aduaneiras e de MBA em várias universidades e autor de vários livros em comércio exterior. ([email protected])

Se eu fosse presidente...

ASamir Keedi*