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Download Ano 16 n.1 jan/abril 2007 - oei.es · PDF fileMaysa Rodrigues Fragoso Jaboatão dos Guararapes - PE Reflexão sobre temas ambientais Primeiramente gostaria de parabenizar o excelente

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  • Ano 16

    n.1jan/abril

    2007

  • Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007 2 Senac e Educao Ambiental

    Referncia bibliogrfica conforme as normas adota-das pelo Sistema de Informaes Bibliogrficas doSenac.

    SenacServio Nacionalde Aprendizagem Comercial

    Conselho NacionalAntonio Oliveira SantosPresidente

    Departamento Nacional

    Sidney CunhaDiretor-Geral

    Senac/Departamento Nacional

    Av. Ayton Senna 5.555 - Barra da TijucaCEP 22775-004 - Rio de Janeiro - RJ - Brasilhttp://www.senac.brE-mail: [email protected] da revista: [email protected]

    Os artigos assinados so de inteira

    responsabilidade dos seus autores e suareproduo, em qualquer outro veculo de

    informao, s deve ser feita aps

    consulta editoria da publicaoSenac e Educao Ambiental.

    Senac e educao ambiental. Vol. 1, n. 1 (1992)- . Rio de Janeiro : Senac/DN, 1992- .v. : il.

    Quadrimestral.

    1.Educao ambiental - Peridicos. 2. Ecolo-gia Peridicos. I. Senac.

    Departamento Nacional.

    CDD 574.507

    Editores

    Anna Beatriz de Almeida Waehneldt

    Claudia Guimares

    Editorao

    Centro de Comunicao Corporativa

    Projeto Grfico,

    Programao Visual e Diagramao

    Brbara Necyk

    Reviso

    Fabiano Gonalves

    Produo Grfica

    Sandra Regina Fernandes do Amaral

    foto da capa:Jupiterimages / David Wasserman /France Presse

  • Senac e Educao Ambiental 3 Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007Senac e Educao Ambiental 3 Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007

    A notcia no era exatamente nova. Mas, de maneira surpreendente, caiu como uma verdadeira bomba no mundointeiro no incio deste ano, como se, finalmente, a humanidade tivesse acordado de um longo perodo de hibernao.

    O teor da informao contida num relatrio produzido por um painel de mais de 2.000 cientistas, sob a coordena-o da ONU era muito claro: as atividades que emitem gases de efeito estufa esto sendo responsveis, sim, porum processo de aquecimento global. Em outras palavras, o ser humano est provocando um fenmeno de conse-qncias muito graves e que poderia at, a longo prazo, inviabilizar a sobrevivncia da prpria espcie no planeta.

    Independentemente dos cenrios traados alguns mais otimistas e outros, claramente catastrofistas , o fato que,a partir da divulgao desse relatrio, ningum mais pode ignorar a gravidade do processo de aquecimento global ouas suas causas. A grande questo : o que fazer para reduzir o seu ritmo e, na melhor das hipteses, revert-lo?

    As respostas variam muito, segundo o setor de onde provm, e vo de solues tcnicas e de natureza estritamen-te econmica at propostas radicais, de ruptura de paradigma civilizatrio, passando por mudanas de naturezaapenas comportamental.

    Para o mercado, por exemplo, a negociao de crditos de carbono, prevista no Protocolo de Kioto, uma dassadas para atenuar o problema. Partindo do princpio de que o aquecimento global um fenmeno em escalamundial e, portanto, vlida qualquer iniciativa de reduzir a emisso de gases de efeito estufa , no importa ondeseja feita pases e empresas tm investido crescentes somas em projetos que contribuem para esse objetivo.

    Este tipo de iniciativa tem sido, porm, criticada por alguns setores ambientalistas, para os quais propostas como estano vo ao cerne do problema, pois buscam solues para as questes ambientais sem romper a lgica do mercado,dentro da qual a natureza apenas mais uma mercadoria. Dessa forma, afirmam esses crticos, o mercado de carbono,como outras iniciativas similares, no coloca em discusso a necessidade urgente de uma mudana no modelo desociedade atualmente hegemnico no mundo por definio, um consumidor voraz e insacivel dos recursosnaturais do planeta. Alm disso, alegam, iniciativas como a do mercado de carbono no questionam a utilizaodesigual dos recursos naturais do planeta. Por ltimo, lembram que os habitantes dos pases ricos no s consomemmuito mais que o das naes em desenvolvimento, como tm um estilo de vida infinitamente mais poluidor.

    Seja como for, o mercado de crditos de carbono uma realidade e, portanto, deve ser melhor conhecido por todosos que se preocupam com os problemas ambientais globais. E por isso, ele , juntamente com a questo doaquecimento global, o tema de Capa desta edio.

    Na seo Entrevista, o ambientalista mexicano Enrique Leff analisa as razes da crise ambiental atual e os desafiosepistemolgicos e filosficos que a humanidade enfrenta para instituir uma nova racionalidade planetria. A vidafoi transtornada pela lgica do mercado e pelo poder tecnolgico, levantando um problema ontolgico, epistemo-lgico e tico sem precedentes, alerta.

    Outro destaque desta edio a reportagem sobre o Aqfero Guarani, um gigantesco manancial de gua docelocalizado em terras do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Apresentado muitas vezes pela mdia como o maiormar subterrneo de gua doce do mundo, esse reservatrio ainda est envolto em mitos e idias equivocadas.Mas, como mostra nossa reportagem, um esforo de pesquisa multinacional comea a desvendar seus segredose a relacionar as necessidades socioeconmicas e ambientais com as reais potencialidades do reservatrio.

    Alm dessas matrias, voc ter a oportunidade de conhecer projetos que conciliam a proteo ao meio ambientecom a busca por maior qualidade de vida para a populao, como o Poema, na Amaznia, os do Centro EscolaMangue, em Pernambuco, e o Mova Capara, no Esprito Santo. Tambm poder conhecer a enorme biodiversida-de do Amap, que comea finalmente a ser desvendada aps uma srie de expedies cientficas.

  • Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007 4 Senac e Educao Ambiental

    88888Entrevista

    Enrique Leff:Enrique Leff:Enrique Leff:Enrique Leff:Enrique Leff: preciso romper preciso romper preciso romper preciso romper preciso romper

    com a idia decom a idia decom a idia decom a idia decom a idia deum progressoum progressoum progressoum progressoum progressosem limitessem limitessem limitessem limitessem limites

    Em entrevista exclusiva, oconhecido ambientalista mexi-cano analisa as razes da crise

    ambiental atual e os desafios quea Humanidade enfrenta para

    instituir uma nova racionalidadeem nvel planetrio.

    2020202020Capa

    Aquecimento global:Aquecimento global:Aquecimento global:Aquecimento global:Aquecimento global:o desafio do sculoo desafio do sculoo desafio do sculoo desafio do sculoo desafio do sculo

    Relatrio feito por cientistas detodo o mundo no deixa maismargem dvida de que as

    emisses de gs carbnico estorelacionadas ao aquecimento

    global. Em todo o mundo, prolife-ram propostas e aes para tentar

    se reverter esse processo. Entre asaes j em andamento, est a

    negociao de crditos nas bolsasde mercado de carbono, um

    mercado que cresce rapidamenteem vrios pases, inclusive o Brasil.

    44Especial

    Aqfero Guarani:Aqfero Guarani:Aqfero Guarani:Aqfero Guarani:Aqfero Guarani:o que se conheceo que se conheceo que se conheceo que se conheceo que se conhecedesse bem pblicodesse bem pblicodesse bem pblicodesse bem pblicodesse bem pblico

    multinacionalmultinacionalmultinacionalmultinacionalmultinacional

    Novas pesquisas sobre o aqfero,que relacionam necessidades

    socioeconmicas e ambientais comas reais potencialidades do reserva-

    trio, comeam a dar uma idiamais precisa do que se pode

    esperar desse enorme manancial degua potvel. Uma boa gesto

    pblica do aqfero com vistas aseu uso sustentvel depende

    desse conhecimento.

  • Senac e Educao Ambiental 5 Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007

    166666BiodiversidadeBiodiversidadeBiodiversidadeBiodiversidadeBiodiversidade

    Desvendando as riquezas

    do Amap

    Biodiversidade do estado maisconservado do Brasil comeou a ser

    desvendada atravs de srie deexpedies cientficas. Parceria

    interinstitucional aposta no desenvol-vimento auto-sustentado da regio

    3232323232Educao AmbientalEducao AmbientalEducao AmbientalEducao AmbientalEducao Ambiental

    Que viva o mangue!

    Projeto que concilia preservao dosmangues com gerao de renda, a

    partir da produo artesanal ecultural, valoriza saber tradicional e

    resgata auto-estima de comunidadede pescadores de Recife

    3434343434CulturaCulturaCulturaCulturaCultura

    O cinema como aliado daeducao ambiental

    Cinema e educao ambientalmobilizam jovens capixabas noentorno do Parque Nacional do

    Capara, em um festival que usa astima arte para promover cidadania

    e conscientizao ambiental

    3 63 63 63 63 6Qualidade de vidaQualidade de vidaQualidade de vidaQualidade de vidaQualidade de vida

    Por uma alimentao

    mais saudvel

    Produtores brasileiros naturaisconquistam mercados no exterior e

    ampliam tambm o mercado internopara alimentos sem resquciosqumicos e cujos mtodos de

    cultivo regeneram o solo e as guas

    4040404040Solues SustentveisSolues SustentveisSolues SustentveisSolues SustentveisSolues Sustentveis

    Na Amaznia, pobreza e meio

    ambiente viram Poema

    Parceria entre os setores pblico eprivado e organizaes no-gover-namentais nacionais e estrangeirasd origem a um projeto que buscapropiciar melhor qualidade de vida

    aos povos tradicionais da Amaznia,aliada preservao do meio

    ambiente

    33333EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

    77777CartasCartasCartasCartasCartas

    1313131313NotasNotasNotasNotasNotas

    1919191919EstanteEstanteEstanteEstanteEstante

  • Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007 6 Senac e Educao Ambiental

    Para expor suas opinies na Senac eEducao Ambiental ou divulgar projetos

    e programas voltados resoluo deproblemas socioambientais, escreva para:

    Senac Nacional

    Diretoria de Educao Profissional

    Centro de Educao a Distncia

    Av. Ayrto