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O convênio que permite o serviço foi assinado no dia 1º de agosto pela Caixa Econô- mica Federal e pelo Ministé- rio das Relações Exteriores. A medida entrou em vigor no dia 2. O lançamento da par- ceria ocorreu em Nagoia, du- rante os eventos em come- moração aos 20 do movi- mento dekassegui. Para ter direito ao benefício, no en- tanto, o trabalhador deve cumprir um dos quatro re- quisitos: ter se aposentado no Brasileiros residentes no Japão podem dar entrada no pedido de saque do FGTS ANO 13 – Nº 2280 – SÃO PAULO, 12 A 18 DE AGOSTO DE 2010 – R$ 2,50 www.jornalnippak.com.br Brasil, ter sido demitido sem justa causa também em ter- ritório brasileiro, ter concluí- do contrato de trabalho por tempo determinado ou ter conta inativa por pelo menos três anos. A liberação, que no Brasil ocorre em até cin- co dias úteis, será feita em 15 dias no caso dos trabalhado- res japoneses. O projeto está sendo adotado em caráter experimental e, segundo a Caixa, deve ser estendido a outros países. –––——––––––––——–––––—–––——––—–| pág 04 –—–––——––—–| pág 04 O Senado Federal aprovou no último dia 3 empréstimo de 6,2 bilhões de ienes (o equivalen- te a R$ 126 milhões), da Jica (Japan International Coopera- tion Agency) para o Progra- ma Integrado de Melhoria Ambiental na Área de Manan- ciais da Represa Billings – Pró- Billings. O programa tem ações voltadas para o municí- pio de São Bernardo do Cam- po e previsão de investimento de R$ 246 milhões. O objeti- vo é encaminhar, até 2015, todo o esgoto da bacia da re- presa e do Ribeirão dos Cou- ros até a ETE. Sabesp recebe R$ 126 milhões da Jica para o programa Pró-Billings –—–––——––—–| pág 06 A apresentação da cantora Karen Ito é a principal novi- dade da 36ª edição do Bazar Beneficente Ikoi-no-Sono (Assistência Social Dom José Gaspar), que acontece neste domingo (15), na sede da en- tidade localizada em Guaru- lhos, grande São Paulo. Con- siderada a maior iniciativa so- cial e beneficente da entida- de, o evento terá os recursos arrecadados revertidos para a manutenção da qualidade do atendimento dos 90 ido- sos residentes com idade mé- dia de 85 anos (mais da me- tade fragilizados). Ikoi-no-Sono realiza o 36° Bazar Beneficente neste domingo (15) 8º Okinawa Festival será realizado nos dias 21 e 22 Um dos maiores eventos da comunidade okinawana no Brasil, o Okinawa Festival, acontece no próximo fim de semana (21 e 22), no Clube da Cidade de Vila Manches- ter, em São Paulo. Realizado tradicionalmente aos sábados pela Associação Okinawa de Vila Carrão em conjunto com –––——––––––––——–––––—–––——––—–| pág 12 a Prefeitura de São Paulo e a SP Turis, a oitava edição do Okinawa Festival ganhou mais um dia e será realizado também no domingo. A mu- dança visa oferecer maior comodidade aos visitantes. A expectativa é atrair mais de 20 mil pessoas nos dois dias de programação. DIVULGAÇÃO —–––––——–––––––––––––—––––––——–––––––––––––—–––––——–––––––––––——––––––—–| pág 08 JORNAL NIPPAK / AFONSO JOSÉ DE SOUSA RYOJUN MARU – Um clima de comoção, lágrimas e sensação de dever compri- do marcou a inauguração do Jardim Japonês do Centro Esportivo Edson Arantes do Nascimento/Clube EscolaAlto da Lapa (Pelezão), em home- nagem aos 919 imigrantes ja- poneses que chegaram ao Bra- sil no navio Ryojun Maru, em 1910. Instalado na zona Oes- te de São Paulo e entregue aos visitantes no último domingo – dia 8 de agosto, o jardim faz parte do projeto “100 anos do Ryojun Maru 1910 - 2º Navio da Imigração Japonesa no Brasil”, e é um marco que ce- lebra e registra a chegada dos imigrantes japoneses que vi- eram buscar, em solo brasi- leiro, a oportunidade de uma vida melhor. Acenbo realiza 2º Japan Matsuri neste fim de semana A Acenbo (Associação Cul- tural e Esportiva Nipo-Brasi- leira de Osasco), com apoio da Prefeitura Municipal de Osasco, realizará nos dias 14 e 15 de agosto, em sua sede (Jardim Umuarama), a 2ª edi- ção do Japan Matsuri – Festi- val da Cultura Japonesa de Osasco. A programação tem –––——––––––––——–––––—–––——––—–| pág 05 início às 10h nos dois dias. Re- alizado pela primeira vez em 2008 por ocasião das come- morações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, a primeira edição do Japan Matsuri atraiu cerca de 25 mil visitantes. Este ano, expecta- tiva é que mais de 30 mil pes- soas passem pelo local. ARQUIVO

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  • O convênio que permite oserviço foi assinado no dia 1ºde agosto pela Caixa Econô-mica Federal e pelo Ministé-rio das Relações Exteriores.A medida entrou em vigor nodia 2. O lançamento da par-ceria ocorreu em Nagoia, du-rante os eventos em come-moração aos 20 do movi-mento dekassegui. Para terdireito ao benefício, no en-tanto, o trabalhador devecumprir um dos quatro re-quisitos: ter se aposentado no

    Brasileiros residentes no Japão podemdar entrada no pedido de saque do FGTS

    ANO 13 – Nº 2280 – SÃO PAULO, 12 A 18 DE AGOSTO DE 2010 – R$ 2,50www.jornalnippak.com.br

    Brasil, ter sido demitido semjusta causa também em ter-ritório brasileiro, ter concluí-do contrato de trabalho portempo determinado ou terconta inativa por pelo menostrês anos. A liberação, queno Brasil ocorre em até cin-co dias úteis, será feita em 15dias no caso dos trabalhado-res japoneses. O projeto estásendo adotado em caráterexperimental e, segundo aCaixa, deve ser estendido aoutros países.

    –––——––––––––——–––––—–––——––—–| pág 04

    –—–––——––—–| pág 04

    O Senado Federal aprovou noúltimo dia 3 empréstimo de 6,2bilhões de ienes (o equivalen-te a R$ 126 milhões), da Jica(Japan International Coopera-tion Agency) para o Progra-ma Integrado de MelhoriaAmbiental na Área de Manan-ciais da Represa Billings – Pró-Billings. O programa temações voltadas para o municí-pio de São Bernardo do Cam-po e previsão de investimentode R$ 246 milhões. O objeti-vo é encaminhar, até 2015,todo o esgoto da bacia da re-presa e do Ribeirão dos Cou-ros até a ETE.

    Sabesp recebe R$126 milhões da Jicapara o programaPró-Billings

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    A apresentação da cantoraKaren Ito é a principal novi-dade da 36ª edição do BazarBeneficente Ikoi-no-Sono(Assistência Social Dom JoséGaspar), que acontece nestedomingo (15), na sede da en-tidade localizada em Guaru-lhos, grande São Paulo. Con-siderada a maior iniciativa so-cial e beneficente da entida-de, o evento terá os recursosarrecadados revertidos paraa manutenção da qualidadedo atendimento dos 90 ido-sos residentes com idade mé-dia de 85 anos (mais da me-tade fragilizados).

    Ikoi-no-Sonorealiza o 36° BazarBeneficente nestedomingo (15)

    8º Okinawa Festival serárealizado nos dias 21 e 22

    Um dos maiores eventos dacomunidade okinawana noBrasil, o Okinawa Festival,acontece no próximo fim desemana (21 e 22), no Clubeda Cidade de Vila Manches-ter, em São Paulo. Realizadotradicionalmente aos sábadospela Associação Okinawa deVila Carrão em conjunto com–––——––––––––——–––––—–––——––—–| pág 12

    a Prefeitura de São Paulo e aSP Turis, a oitava edição doOkinawa Festival ganhoumais um dia e será realizadotambém no domingo. A mu-dança visa oferecer maiorcomodidade aos visitantes. Aexpectativa é atrair mais de 20mil pessoas nos dois dias deprogramação.

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    JORNAL NIPPAK / AFONSO JOSÉ DE SOUSA

    RYOJUN MARU – Umclima de comoção, lágrimase sensação de dever compri-do marcou a inauguração doJardim Japonês do CentroEsportivo Edson Arantes do

    Nascimento/Clube Escola Altoda Lapa (Pelezão), em home-nagem aos 919 imigrantes ja-poneses que chegaram ao Bra-sil no navio Ryojun Maru, em1910. Instalado na zona Oes-

    te de São Paulo e entregue aosvisitantes no último domingo –dia 8 de agosto, o jardim fazparte do projeto “100 anos doRyojun Maru 1910 - 2º Navioda Imigração Japonesa no

    Brasil”, e é um marco que ce-lebra e registra a chegada dosimigrantes japoneses que vi-eram buscar, em solo brasi-leiro, a oportunidade de umavida melhor.

    Acenbo realiza 2º JapanMatsuri neste fim de semana

    A Acenbo (Associação Cul-tural e Esportiva Nipo-Brasi-leira de Osasco), com apoioda Prefeitura Municipal deOsasco, realizará nos dias 14e 15 de agosto, em sua sede(Jardim Umuarama), a 2ª edi-ção do Japan Matsuri – Festi-val da Cultura Japonesa deOsasco. A programação tem–––——––––––––——–––––—–––——––—–| pág 05

    início às 10h nos dois dias. Re-alizado pela primeira vez em2008 por ocasião das come-morações do Centenário daImigração Japonesa no Brasil,a primeira edição do JapanMatsuri atraiu cerca de 25 milvisitantes. Este ano, expecta-tiva é que mais de 30 mil pes-soas passem pelo local.

    ARQUIVO

  • 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010

    EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

    CNPJ 02.403.960/0001-28

    Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

    Tel. (11) 3208-3977

    Fax (11) 3208-5521

    Publicidade:

    Tel. (11) 3208-3977Fax (11) 3341-6476

    [email protected]

    Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

    Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

    Redação: Afonso José de SousaColaboradores: Erika Tamura Sumida, Jorge Nagao,

    Kuniei Kaneko (Registro),Shigueyuki Yoshikuni (Lins), Célia Kataoka (Campinas),

    Paulo Maeda (Paraná) e Osmar Maeda (Zona Norte)

    Periodicidade: semanal

    Assinatura semestral: R$ 60,00

    [email protected]

    MISORA HIBARI – Emo-ção, lembranças e saudadesé o que não faltaram durantea exibição do vídeo da TurnêMisora Hibari Film Concert2010, realizada no dia 5 deagosto no grande auditório daentidade, na Liberdade, emuma promoção conjunta da

    Sociedade Brasileira de Cul-tura Japonesa e de Assistên-cia Social (Bunkyo), e a em-presa japonesa Misora HibariProduction Co, Ltd. Antes daapresentação o público con-vidado pôde apreciar um co-quetel servido para os pre-sentes, entre japoneses e

    nikkeis aficionados pelasmúsicas da aclamada com-positora. Na ocasião elesmataram as saudades erelembraram canções dacantora considerada a ElisRegina japonesa. No Brasila turnê passará por dez cida-des.

    CAMPANHA 2 – O candi-dato a deputado federal,William Woo (PPS) esteveem Rio Claro, no último dia 30,para acompanhar a candidataa deputada estadual, Maria do

    Carmo Guilherme (PMDB),em visitas às diversas entida-des e comunidades do muni-cípio. Além de Woo, a cida-de teve a visita na mesmadata do candidato ao gover-

    no de São Paulo, GeraldoAlckmin (PSDB), acompa-nhado pelos candidatos aoSenado, Aloysio Nunes Fer-reira Filho (PSDB), e Ores-tes Quércia (PMDB).

    Com manda a tradição, Serra pintou um dos olhosdo daruma

    Na Acal, Ihoshi, Alckmin, Akeo Yogui e Kihatiro Kita

    Orestes Quércia, Geraldo Alckmin, William Woo eWalter Ihoshi

    O deputado federal Walter Ihoshi e Orestes Quércia

    Os deputados nikkeis William Woo e Walter Ihoshi

    O candidato tucano ao governo de SP tambémpintou o olho do daruma

    José Serra e Geraldo Alckmin visitaram o JardimJaponês na Liberdade

    Serra e Alckmin provocaram alvoroço na Liberda-de

    CAMPANHA – No último dia2, em plena segunda-feira, ocandidato à presidência JoséSerra (PSDB), acompanhadodos candidatos ao governo doEstado, Geraldo Alckmin(PSDB), e dos candidatos aoSenado Aloysio Nunes(PSDB) e Orestes Quércia(PMDB), participaram de ca-

    minhada pelas ruas do bairroda Liberdade. Os deputadosfederais e candidatos à reelei-ção, Walter Ihoshi (DEM) eWilliam Woo (PPS) marcarampresença ao lado de simpati-zantes do candidato à deputa-do estadual, Elzo Sigueta(PPS), em campanha pelo in-terior, também Uma das ban-

    deiras de Woo é lutar pela edu-cação integral, que consideraum privilégio das classes maisaltas. Segundo ele, uma esco-la pública em tempo integral re-presenta não só avanço noaprendizado tradicional, mastambém nos esportes, na mú-sica e nas línguas estrangeiras.Fotos: Afonso José de Sousa

    PALESTRA – Cerca de 250 pessoas com-pareceram à palestra do deputado federalWilliam Woo (PPS-SP), na Associação Oki-nawa de Santa Maria, no dia 29 de julho. Es-tiveram presentes o vereador Ushitaro Ka-mia (DEM), o diretor de esportes e social daentidade, Toshiaki Tamae, e o presidente daAssociação Okinawa Kenjin do Brasil, AkeoYogui, entre outros. Após a palestra, o públi-co saboreou o yakissoba e outras comidas,preparadas especialmente pelo Departamen-to de Vôlei e Futsal feminino da associação.A entidade tem 240 famílias associadas e maisde 30 anos de existência. (Fotos: KellyNagaoka/Divulgação)

    Akeo Yogui, William Woo, Gerson Kuni, GeraldoKamiya e Masahiro Shimabukuro

    Yeiki Kanashiro, William Woo, Edson Kanashiro,José Takara, Ushitaro Kamia e Paulo Akinaga

    Família Genka: Sílvia, Kazuo, William Woo, Tomoe Wilson

    100 ANOS DORYOJUN MARU – Foiinaugurado no último dia

    8 o Jardim Japonês doCentro Esportivo Edson

    Arantes do Nascimento/Clube Escola Alto da

    Lapa (Pelezão), emhomenagem aos 919

    imigrantes japoneses quechegaram ao Brasil no

    navio Ryojun Maru, em1910. O jardim faz partedo projeto “100 anos doRyojun Maru 1910 - 2º

    Navio da ImigraçãoJaponesa no Brasil”, e éum marco que celebra e

    registra a chegada dosimigrantes japoneses que

    vieram buscar, em solobrasileiro, a oportunidade

    de uma vida melhor.Fotos: Afonso José de

    Sousa (Leia mais na pág 9)

  • São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010 JORNAL NIPPAK 3

    JCI BRASIL-JAPÃOELEIÇÕES – GESTÃO 2011

    Edital de Convocação – Assembléia Geral Ordinária

    São Paulo, 06 de Agosto de 2010

    De acordo com o que determinam os artigos de 13 a 15 do Estatuto Social,ficam convocados todos os membros da JCI Brasil-Japão, com direito avoto, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária no dia 09 de setembrode 2010 (quinta-feira), às 19h00min, em primeira convocação, 20h00minem segunda convocação no Nikkey Palace Hotel, sito na rua Galvão Buenon° 425, nesta capital, a fim deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia:• Eleição dos Administradores para o Exercício de 2011;• Informes da Presidência;• Proclamação dos Eleitos, Leitura e Aprovação da data.

    Alexandre KawasePresidente – Gestão 2010

    ELEIÇÕES 2010

    Luis Yabiku e Albert Uchida exaltam a importânciada presença de representantes nikkeis na Assembleia

    Apresença de políticosnikkeis em cargoscomo de deputado es-tadual na Assembléia Legisla-tiva de São Paulo reforça apresença dos japoneses e seusdescendentes na vida brasilei-ra. Somente este fato já se fazimportante para que os repre-sentantes contribuam nas maisdiversas áreas. A colocação édo candidato a deputado esta-dual, vereador Luis Mokiti Ya-biku (PDT), de Campinas –102 quilômetros da capital. Pa-ralelamente a reportagem doJornal Nippak também entre-vistou outro concorrente àcasa parlamentar paulista, onikkei Albert Hitoshi Uchida(PSB), da capital. O registrode opiniões diferentes dos doiscandidatos sem coligação, dáseqüência a uma série de re-portagens que visa antecipar econfrontar os projetos dos can-didatos nikkeis para com a co-munidade no Estado.

    Enquanto vereador em Cam-pinas Luis Yabiku afirmou quesempre lutou pela divulgação dacultura dos seus ancestrais, tan-to que para ele o sucesso dascomemorações do Centenárioda Imigração Japonesa no Bra-sil comprovou isso. “É importan-te que políticos nikkeis represen-tem com qualidade a comunida-de japonesa em todos os níveisdo poder. Queremos continuarcom a mesma filosofia de tra-balho, de olhar sempre em pri-meiro lugar o interesse da po-pulação, em especial dos maisnecessitados. Além de continu-ar a elaborar leis que atendam ointeresse da comunidade, geran-do mais empregos, saúde, edu-cação e respeito ao meio ambi-ente”, destaca.

    Com as atenções voltadaspara várias áreas, Albert Uchi-da adiantou que possui diver-

    DIVULGAÇÃO

    Luis Yabiku (em pé): “É importante que os políticos nikkeis representem a comunidade com qualidade”

    sos projetos em vista para co-locar em prática como a con-cretização de uma pista de atle-tismo para os atletas da comu-nidade; preparo de atletas paraas Olimpíadas de 2016; aumen-to de intercâmbios entre o Bra-sil e o Japão; apoio aos dekas-seguis retornados; bem comopara os Kaikans cuidar dosodityans e obatyans, em todasas atividades.

    Cidade Limpa – De acordocom Luis Yabiku a Lei CidadeLimpa, em vigor desde janeirode 2007 na capital paulista, in-felizmente não faz parte dacampanha eleitoral de 2010 poruma decisão da Justiça Eleito-ral. Para ele a presença daInternet auxilia em muito a di-vulgação das campanhas.“Além do meu site tenho utili-zado também as redes de re-lacionamentos para uma comu-nicação com o eleitor”, ressal-

    ta. Na visão de Albert Uchidao projeto diminuiu a diferençaentre os candidatos, uma vezque antigamente muros erampintados, faixas fixadas em vi-adutos, flyers colados em pa-redes, placas em postes, cami-setas e brindes dominavam ocenário da política da cidade.“Hoje é uma campanha maisclean, o custo ficou igual paratodos, as estratégias também,mudando a maneira de se fa-zer campanha. A campanhaeletrônica diminuiu sensivel-mente alguns custos, e tam-bém o visual nos veículos. Cla-ro que quem tiver maior capa-cidade financeira terá umacampanha maior”, acentua.

    Para os eleitores confia-rem nos objetivos e projetosdos candidatos, Luis Yabiku,por exemplo, citou a FichaLimpa e incentivou seus elei-tores a investigarem a suavida pessoal, profissional(agente fiscal de rendas) esua atuação de 12 anos napolítica. Por isso pediu confi-ança no seu trabalho e votosda família, amigos e que sem-pre cobrem dele, trabalho ede nunca ser motivo de ver-gonha para a comunidadenikkei. Albert Uchida se ba-seia na família, honestidade,transparência, e dedicaçãopara cumprir os propostos.

    No que diz respeito àschances de eleição, o verea-dor de Campinas falou que émuito difícil arriscar uma pre-visão, mas pregou que é im-portante pedir o voto consci-ente, principalmente com aaprovação do projeto FichaLimpa. “Será mais umaoportunidade de elegermoscandidatos que possam re-presentar toda a populaçãode forma honesta e compe-

    tente. Sou um candidato FichaLimpa e espero que seja umponto forte ao meu favor, alémde todo o meu trabalho”, sus-tenta.

    Albert Uchida garantiu queé grande a oportunidade deleser eleito devido o trabalhoconsiderável que tem feito, eo universo de votos que vembuscando. “O quê gostaria dechamar a atenção é em rela-ção à comunidade nikkei, sehouver uma união da comuni-dade poderemos eleger trêsdeputados federais e três de-putados estaduais, e assim es-tar mudando o cenário políticode São Paulo e Brasília”, ava-lia.

    Depois de mais de 12 anosde vida pública, nos quais sem-pre desenvolveu seu trabalhoem três pilares: dignidade, res-peito e competência, Luis Ya-biku acredita que, caso eleitodeputado estadual, pode ampli-ar seu trabalho enquanto ve-reador para todo o Estado, nasáreas de meio ambiente, inclu-são social, jovem aprendiz, de-senvolvimento sustentável en-

    tre outras.Albert Uchida é a segun-

    da vez que participa de umacampanha eleitoral, em 2008foi candidato a vereador nacapital, após a campanha par-ticipou de vários projetospara prefeituras e sentiu quecomo deputado estadual po-deria fazer a diferença e aju-dar as cidades que estão semapoio, principalmente aquelascom poucos habitantes.“Muitas cidades ficam forade projetos federais, por nãoter a quantidade de habitan-tes necessária. Pretendo lu-tar por vários projetos comopela classe dos militares, ter-ceirização da frota com blin-dagens, seguro fora de ser-viço, plano de carreira parasoldados, cabos e sargentos.Bem como em defesa dos ani-mais, ao invés de serem com-prados serem adotados, es-portes nas escolas visando àsolimpíadas, laser para as ci-dades pequenas que não tem,com cinema, shows e teatros,mutirões da saúde e moradi-as”, adianta.

    “União da comunidade pode eleger três deputadosfederais e três deputados estaduais”

    Com relação aos objetivose projetos para a comunida-de nikkei os planos dos doiscandidatos são diferentes,evidentemente. Na opiniãode Albert Uchida a comuni-dade nikkei na área de espor-tes começa com déficit coma falta de uma pista de atle-tismo. Segundo ele a imigra-ção completou 102 anos e acomunidade não possuí umapista para os atletas treina-rem para as competições.“Quero preparar nossos atle-tas em todas as áreas para aOlimpíada de 2016; aumen-tar os intercâmbios entre oBrasil e o Japão que vem di-minuindo a cada ano; dar su-porte psicológico e orienta-ção de trabalho, bem comoajuda na recolocação dos de-kasseguis retornados, poismuitos estão sem trabalharhá um ou dois anos. Além deapoiar os Kaikans para cui-darem e fornecerem ativida-des para os odityans eobatyans como karaokê, cur-sos de informática, dança,culinária e esportes”, revela.

    Sem entrar em detalhesLuis Yabiku, independente-mente de estar em campanhaeleitoral, comentou que sem-pre esteve presente nas açõesda comunidade japonesa. Dasua parte gostaria de conti-nuar a merecer a confiançae o apoio da comunidade ese eleito deputado estadualpretende realizar uma maiorcomunicação entre comuni-dade e poder público. Eleacredita que renovação ésempre bem-vinda, principal-

    mente se trouxer melhoriaspara a população. AlbertUchida tem a mesma opiniãoporque alguns se candidata-ram a deputado federal e“muitos novos estão chegan-do para a Assembléia Legis-lativa”. Para ele a populaçãoestá pedindo por renovação.

    Questionados se existe ounão espaço para os candida-tos nikkeis nas eleições, LuisYabiku lembra que na cam-panha deste ano pesará mui-to a história de vida e de tra-balho de cada candidato, e otrabalho boca-a-boca.“Quem não gastar sola desapato não vai se eleger, peçosempre aos eleitores que ana-lisem a minha atuação e tra-jetória para que definam seuvoto com consciência”, ori-enta. Albert Uchida assegu-rou que com certeza existeespaço porque a comunida-de precisa de um represen-tante nikkey urgente, poispassou por uma situaçãoconstrangedora no Centená-rio da Imigração. “Não tínha-mos um representante esta-dual sequer para a festa doCentenário. Não precisamosde um representante parauma festa, mas sim mostrarque a comunidade nikkei temforça; necessitamos de al-guém que lute pelos interes-ses da comunidade; de nosfazer presente no cenáriopolítico. Bem como alguém naprefeitura de São Paulo, nogoverno do Estado, no Sena-do e quem sabe um dia, umpresidente da Repúblicanikkei”, presume.

    Candidatos apostam na renovação e maisespaço para os candidatos nikkeis

    Preocupação – Sobre o climaeleitoral o vereador de Campi-nas disse que a campanha elei-toral ainda está no início, masacredita que este ano a popula-ção está mais preocupada comquem vai representá-las. Eleacredita que as regras adota-das pela Justiça Eleitoral paraas eleições estão cada vez me-lhores, pois permitem que oseleitores tomem sua decisãocom mais independência e queos candidatos tenham uma dis-puta mais equilibrada. AlbertUchida por sua vez informouque está confiante, otimista, eque a eleição de dois majoritá-rios pode mudar ou manter odestino do País. Para ele a elei-ção deste ano está diferente porcomeçar ‘só em agosto’ quan-do normalmente se inicia em

    julho. “Existem políticos de per-fis diferentes, por exemplo, oPaulo Skaf, empresário, gestorpúblico, sem herança política,mas com propostas de tratar ogoverno com uma ótica de pro-dução e resultados”, salienta.

    (Afonso José de Sousa)

    O candidato Albert Uchida: Pista de atletismo para a comunidade

  • 4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010

    DEKASSEGUIS

    Saque do Fundo de Garantia podeser estendido a outros países

    COLUNA DA ERIKA SUMIDA

    Valorização dacultura brasileira

    Nesses 20 anos de movi-mento dekassegui, temos queacrescentar uma observaçãono mínimo fascinante: a va-lorização da cultura brasilei-ra.

    Afinal de contas, nós bra-sileiros só passamos a dar va-lor a nossa cultura quando sa-ímos do país e começamos asentir aquela saudade da co-midinha básica, mas que fazmuita falta aqui, não só a co-mida, mas até mesmo os fe-riados nacionais, pois só noBrasil é comemorado o car-naval, páscoa, natal e outrasdatas festivas que vem acom-panhada de todo um ritual eque aqui no Japão não temoscondições de seguirmos.

    Com a chegada dos bra-sileiros no Japão, a culturabrasileira também foi bastan-te difundida dentro do arqui-pélago japonês. Em muitoslugares foram os brasileirosque divulgaram a cultura bra-sileira aos japoneses.

    Por isso que defendo aidéia de que cada brasileiro éum embaixador do Brasil,onde quer que esteja. Seaprontar algo, estará dene-grindo não só a própria ima-gem, como também a ima-gem do Brasil, assim como seestiver praticando o bem, es-tará representando muito bemo país.

    A cultura brasileira em es-pecial a música, por meio dabossa nova, sempre causouum certo fascínio entre gru-pos urbanos de japoneses, eisso certamnete serve comouma porta de entrada para acuriosidade dos japonesespela cultura brasileira. Mui-tas vezes convivemos comjaponeses que nem imaginamonde ficam o Brasil, não teema menor noção de nada doque diz respeito ao Brasil,pensam que a capital éBuenos Aires, e assim seguea lista de absurdos. Mas como tempo a convivência entrejaponeses e brasileiros pos-sibilita uma troca recíproca deconhecimentos culturaisinimagináveis anteriormente.Com a convivência os japo-neses aprendem que a capi-tal do Brasil não é BuenosAires e muito menos SãoPaulo, como a maioria ima-gina, aprendem que a culiná-ria brasileira é riquíssima emtemperos e sabores, desco-

    brem que o Brasil não é sósamba e favela, e com issonós brasileiros acabamosmelhorando a auto estimanacionalista, que há muitotempo seguia guardada ouaté mesmo nem se manifes-tava.

    Agora morando fora dopaís parece que esse senti-mento de valorização da cul-tura brasileira passa a aflorarmelhor e isso pula aos olhos,tornando-se muito mais in-tenso.

    Hoje em dia não dá maispara imaginar a cidade deOizumi na província deGunma, sem os brasileiros, ecom isso acabaria toda a ca-racterística da cidade, que éfamosa pela grande concen-tração de brasileiros, muitagente vai para Oizumi só paraapreciar a culinária brasilei-ra, e sem os brasileiros ha-veria uma descaracterizaçãoda própria população local.

    E é essa integração soci-al que caracteriza o mundoglobalizado atual, afinal o Ja-pão é um país muito fecahdoculturalmente, onde a popu-lação dificilmente abre asportas para a entrada de qual-quer movimentação culturalexterna, pois os japoneses va-lorizam muito a própria cul-tura, mas agora eles perce-beram que pode haver umainteração cultural sem perdera identidade local, pois há apossibilidade de união entreas duas culturas sem neces-sariamente haver a banaliza-ção de ambas as partes.

    Essa troca é muito rica etem que ser muito valorizadapois faz com que os japone-ses nos vejam com outrosolhos, pois só assim deixare-mos de sermos vistos comosubdesenvolvidos ou comoemergentes culturalmente.Nós brasileiros, temos a pró-pria cultura e identidadeprópira e isso sim tem que sermostrado e valorizado, vamosdeixar de lado um pouco aidéia de que somos inferioresperante aos olhos dos outrospaíses e vamos erguer a ca-beça porque a inferiorizaçãonão nos levará a nada!

    *Erika Sumida nasceu em Ara-çatuba (SP) e há 12 anos morano Japão, onde trabalha com de-senvolvimento de criação. E-mail: [email protected]

    Os brasileiros residentesno Japão já podem darentrada no pedido desaque do Fundo de Garantia doTempo de Serviço (FGTS). Oconvênio que permite o servi-ço foi assinado no dia 1º deagosto pela Caixa EconômicaFederal e pelo Ministério dasRelações Exteriores. A medi-da entrou em vigor no dia 2.

    O lançamento da parceriaocorreu em Nagoia, durante oseventos em comemoração aos20 anos da presença dos bra-sileiros na cidade, que é um dospolos econômicos mais impor-tantes do Japão. O projeto estásendo adotado em caráter ex-perimental e, segundo a Cai-xa, deve ser estendido a ou-tros países.

    Para requerer o benefício,o brasileiro deverá entrar napágina eletrônica da Caixa oudo FGTS e acessar o formulá-rio de solicitação de saque dofundo. O trabalhador deve pre-encher o nome do titular e onúmero da conta-corrente emque ocorrerá o crédito, além deinformar a última empresa naqual estava empregado.

    Com o formulário e os do-cumentos exigidos, o interessa-do deve comparecer a um dostrês consulados brasileiros – emTóquio, Nagoia e Hamamatsu– e dar entrada nos papéis.

    Os dados do solicitante se-rão enviados pelo funcionáriodo serviço consular para umaunidade da Caixa no Brasil. Asinformações serão protegidaspor meio de carta criptografa-da, com imagem digitalizada.O dinheiro será depositado naconta-corrente que o trabalha-dor tenha na Caixa ou em qual-quer outro banco brasileiro.

    Requisitos – Para ter direitoao benefício, no entanto, o tra-balhador deve cumprir um dos

    quatro requisitos: ter se apo-sentado no Brasil, ter sido de-mitido sem justa causa tam-bém em território brasileiro, terconcluído contrato de trabalhopor tempo determinado ou terconta inativa por pelo menostrês anos. A liberação, que noBrasil ocorre em até cinco diasúteis, será feita em 15 dias nocaso dos trabalhadores japone-ses.

    Atualmente, 267 mil brasi-leiros vivem no Japão. O sa-que do FGTS faz parte de uma

    série de medidas para assegu-rar os direitos dos brasileirosque vivem no exterior. Naquinta-feira (29), o Brasil e oJapão assinaram um acordoque permite que os decasséguissomem os tempos de contribui-ção nos dois países para a apo-sentadoria. Isso também valepara os japoneses que vivemno Brasil. O acordo previden-ciário ainda precisa ser apro-vado pelos parlamentos dosdois países.

    (Da Agência Brasil)

    Para ter direito ao benefício, trabalhador precisa cumprir um dos quatro requisitos

    ARQUIVO

    O Consulado Geral do Ja-pão em São Paulo recebe atéo dia 31 de agosto, sugestõesde nomes para a indicação decandidatos à Outorga de Hon-rarias a Estrangeiros, para ooutono do 23° Ano da EraHeisei (2011). Da qualifica-ção dos candidatos para a in-dicação o consulado informaque os agraciados devem terapenas a nacionalidade brasi-leira (pessoas que possuíremdupla nacionalidade – brasilei-ra e japonesa), porém adiantaque as naturalizadas brasilei-ras não poderão candidatar-se à Condecoração de Es-trangeiros.

    Os candidatos devem teridade superior a 50 anos em29 de abril de 2011, data daoficialização; além de terprestado os seguintes servi-ços, em relação ao Japão:Relevantes feitos meritóriosligados ao Japão. Exemplo:mesmo que a pessoa seja no-tória em âmbito global, ou quetenha realizado grandes feitosna área acadêmica ou artísti-ca, se o seu trabalho não ti-ver méritos notórios ao Japão,não será o sujeito desta ou-torga. Além de feito de am-plitude e caráter público à al-tura da comenda de abrangên-cia nacional, exemplo: como

    COMUNIDADE

    Consulado do Japão em São Paulo recebe indicações paraoutorga de Honrarias para Estrangeiros até o dia 31

    se o feito se ater apenas àdeterminada região do Japão(em nível menor que de ummunicípio) ou a uma determi-nada instituição, será excluí-da. Caso de convênio de ci-dade-irmã, por exemplo.

    O feito meritório em rela-ção ao Japão já se consolidou(Como o sistema de condeco-ração japonês não prevê umasegunda outorga em princípio,requer-se ao candidato que jáesteja afastado – ou estará nomais tardar, até a data da ofi-cialização –, do serviço meri-tório em relação ao Japão; ouquando já se esgotou todas aspossibilidades de se aumentar

    o feito relevante). Quaisquerrecomendação, ou esclareci-mentos adicionais, deverão serdestinados à Seção de Assun-tos Gerais do Consulado Ge-ral do Japão em São Paulo.

    OUTORGA DE HONRARIAS AESTRANGEIROSQUANDO: SUGESTÕES ATÉ O DIA 31º DEAGOSTO

    ONDE: SEÇÃO DE ASSUNTOS GERAIS DOCONSULADO GERAL DO JAPÃO EM SÃOPAULO - AV. PAULISTA, 854 - 1º ANDAR.BELA VISTA - SÃO PAULOINFORMAÇÕES:(11) 3254-0100 RAMAL 353 OU PORE-MAIL: [email protected]

    SANEAMENTO

    Sabesp recebe R$ 126 milhões da Jica para o programa Pró-BillingsO Senado Federal apro-

    vou no último dia 3 emprésti-mo de 6,2 bilhões de ienes (oequivalente a R$ 126 milhões),da Jica (Japan InternationalCooperation Agency) para oPrograma Integrado de Me-lhoria Ambiental na Área deMananciais da RepresaBillings – Pró-Billings. O pro-grama tem ações voltadaspara o município de São Ber-nardo do Campo e previsão deinvestimento de R$ 246 mi-lhões. O objetivo é encami-nhar, até 2015, todo o esgotoda bacia da represa e do Ri-beirão dos Couros até a ETE(Estação de Tratamento deEsgoto) ABC.

    O Pró-Billings prevê liga-ções domiciliares de esgoto,assentamento de 105 km deredes coletoras de esgoto, 33km de coletores-tronco e aimplantação de três estaçõeselevatórias de grande portepara exportação dos esgotosda bacia Billings, margem nor-te, até a ETE ABC. Tambémserão executados sistemas de

    esgotamento sanitário em co-munidades isoladas.

    O esgoto de todos os bair-ros da margem norte da ba-cia da Billings será coletadoe transportado até o coletor-tronco Couros, na bacia do

    Ribeirão dos Couros. Dali, osefluentes seguem para trata-mento na estação da Sabesp,beneficiando cerca de 700 milhabitantes.Vida Nova - A Billings tam-bém será favorecida pelo pro-

    grama Vida Nova - Recupe-ração de Mananciais. O pro-jeto tem investimento de R$1,39 bilhão e irá beneficiar osprincipais mananciais daGrande São Paulo, como aGuarapiranga. As ações se

    Projeto tem investimento de R$ 1,39 bi e beneficiará os principais mananciais da Grande São Paulo

    concentrarão no aumento dacoleta de esgoto, urbanizaçãode favelas e remoção de mo-radias em áreas de preserva-ção permanente.

    As obras estão em execu-ção. Entre as ações já realiza-das estão a urbanização de 29favelas (como o Cantinho doCéu), a desocupação de áreasde preservação permanente,criação de parques (como oNove de Julho e o Atlântica),ampliação de infraestruturasanitária com a implantação decoletores-tronco, redes coleto-ras de esgotos e interligaçõesao sistema de esgotamento sa-nitário. Também foram feitasmelhorias no sistema de abas-tecimento de água, medidas decontrole de qualidade da água,recuperação ambiental e acompra de equipamentos paraa coleta de lixo, já entreguesàs prefeituras do entorno dasrepresas.

    Em novembro passado, aSabesp assinou acordo de em-préstimo com o Bird (BancoMundial) de R$ 100 milhões

    para o financiamento dasobras. Cerca de 2,5 milhõesde pessoas residentes no en-torno das bacias Guarapiran-ga, Billings, Alto Tietê, Juqueri-Cantareira e Alto e BaixoCotia serão diretamente bene-ficiadas pelo programa.

    Lei da Billings - Além dosprogramas Vida Nova e Pró-Billings, em julho do ano pas-sado foi sancionada a Lei daBillings, que torna possível aaplicação dos recursos exis-tentes para saneamento e ha-bitação popular. Sem a legis-lação, a região - uma zona deproteção ambiental - não po-deria se beneficiar desses in-vestimentos. Os principais be-nefícios são a regularizaçãode lotes de até 125 m², a im-plantação de infraestruturapública, como redes de coletae tratamento de esgoto e aproteção e conservação dasáreas naturais existentes(80% do território da bacia daBillings), de grande importân-cia para a produção de água.

    ARQUIVO

  • São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010 JORNAL NIPPAK 5

    CIDADES/OSASCO

    2º Japan Matsuri espera 30 milvisitantes neste fim de semana

    Às vezes, deparamoscom fatos que nos pareceabsurdo ou por ser tão insóli-to causa-nos vontade de rir.E quem nos ouve contar ocauso, chega a duvidar dagente pela falta de verossi-milhança.

    O casal tinha só um filho.Até aos dezoito anos, nãodera trabalho nenhum. Estu-dioso. Obediente. Quandoatingiu a maioridade, os paislhe deram um carro. Aliás,sem qualquer sacrifício, poiseram donos de quase meta-de de Capituva.

    Mas o filho recusou edu-cadamente o presente. Pre-feria uma moto Harley-Davidson que ilustrava a capade revista dedicada a essesveículos. O pai foi totalmentecontrária à ideia. O perigo es-preitava todos aqueles que pi-lotava uma moto, disse. Nãoé pelo preço (uns R$72 mil),argumentava o pai.

    Mas, sim, pelo risco deacidentes. E discussões fre-

    quentemente acontecendosem que nenhuma das par-tes se dispusesse a arredarpé. Até deixaram de se falarum com o outro.

    Nos arredores da cidadeatravessava um rio de médiaproporções. O rapaz costuma-va-se a nadar todas às tardes,se o tempo estivesse bom.

    Uma tarde ele não regres-sou.

    Só acharam o corpo qui-lômetros abaixo, enroscadonuns galhos.

    Durante o velório, repletode amigos e curiosos, o paiausentou-se por algumas ho-ras. Os familiares procura-vam-no preocupados. Maistarde, a ausência foi justifica-da. Ele tinha ido à cidade vizi-nha, precisamente nas LojasAmericanas, onde comprarauma miniatura da motoHarley-Davidson por R$29,00e colocou-a nas mãos do fi-lho, dentro do caixão. O quevale é a intenção, diz o ditado.

    (Shigueyuki Yoshikuni)

    ARTIGO

    Presente eterno

    A Associação Cultural eEsportiva Saúde (Ace Saúde)realiza no próximo domingo –dia 15 – a 40ª edição da suatradicional Gincana Poliespor-tiva “Undokai”. A competiçãoque acontecerá no OkinawaBunka Center, em Diadema(ABC paulista), é uma organi-zação conjunta do departa-mento cultural através da Es-cola Japonesa da Saúde e dadivisão de atletismo da entida-de. A previsão é que cerca de600 pessoas da comunidade daregião do Jardim da Saúde en-tre alunos e pais, professorese técnicos devem participar dotorneio esportivo. O objetivo éa integração e manutenção dacultura japonesa, bem comoreunir as pessoas.

    Durante o evento estãoprogramadas um total de 25provas que serão disputadaspor duas equipes (branca evermelha), formadas por alu-nos do curso de japonês e deatletas do atletismo. Entre asatrações estão o cabo de guer-ra, revezamento 50 e 100 me-tros e obstáculos, bola ao ces-

    to, corridas com cálculo, daamizade e três pés, centopéia,provas para pessoas com ida-de desde o jardim de infânciaaté a terceira idade, entre ou-tras diversões.

    A novidade este ano seráa prova da roda feita comcaixinhas descartáveis de lei-te e de suco, produzida pelosalunos de língua japonesa,com o intuito de incentivar aspessoas a preservar o meioambiente. A roda tem a alturade um pneu de caminhão e aespessura de uma embalagemde leite. De acordo com ovice-presidente da entidade,Jorge Suzuki, atualmente aescola de japonês possui 85alunos de vários níveis de en-sino. Já o departamento deatletismo conta com cerca de120 atletas com idades dostrês anos até a terceira idade,com esportistas com mais de80 anos.

    Na ocasião seis barracasestarão instaladas no localonde serão preparados e ser-vidos pratos da culinária japo-nesa como yakisoba, obentô,

    CIDADES/DIADEMA

    Undokai movimenta a comunidade da Saúdeno Okinawa Bunka Center em Diadema

    sushi, pastel, churrasco, doces,manju, sonho, sorvete e bebi-das.

    A professora CristianeTeruko Takeshita, de 24 anos,dá aulas no shogaku da escolapara 15 alunos de nove a 11anos de idade. Há sete mesesela retornou do Japão paraonde foi quando tinha quatroanos. “Acho que os alunos es-tão gostando, para eles é difí-cil aprender japonês porque ospais deles não falam a línguacom os filhos. Seria melhor queos pais também estudassem, oaprendizado será de grandeimportância”, destaca.

    40ª GINCANA POLIESPORTIVA“UNDOKAI”QUANDO: DIA 15 DE AGOSTOHORÁRIO: 8H ÀS 17HONDE: OKINAWA BUNKA CENTER - AV.SETE DE SETEMBRO, 1.670. VILA DIRCEDIADEMA – SÃO PAULO (RUA DAPREFEITURA DE DIADEMA)INFORMAÇÕES: (11) 5058-6958 COMTOMIO KATSURAGAWA / 7621-2727JORGE SUZUKIENTRADA: FRANCA E ESTACIONAMENTOGRATUITO.

    AAcenbo (AssociaçãoCultural e EsportivaNipo-Brasileira deOsasco), com apoio da Prefei-tura Municipal de Osasco, re-alizará neste fim de semana(14 e 15 de agosto), em suasede (na Rua Acenbo, 100,Jardim Umuarama), a 2ª edi-ção do Japan Matsuri – Festi-val da Cultura Japonesa deOsasco. A programação teminício às 10 horas nos dois dias.

    O Festival ocupará umaárea total de 12.000m² – osatuais 2.000m² cobertos de suasede construída, mais os10.000 m² do seu campo debeisebol – e contará com pal-co para apresentação deshows de artistas da músicajaponesa como Karen Ito, JoeHirata, Kaori Kanegawa,Kleber Yamada, Norton eFábia Miyasaki, entre outros;danças japonesas, taikô e apre-sentação do ilusionista MarioKamia. No domingo, o encer-ramento ficará a cargo do can-tor e apresentador do progra-ma Bom Dia & Cia, do SBT,Yudi Tamashiro.

    Haverá ainda workshops,atividades, oficinas e exposi-ções de kirigami, origami,shodô, manga, pipa e ikeba-na. Destaques também paraas barracas de comidas típi-cas, como yakissoba, udon,guiozá, bentô etc e bazaristasque estarão vendendo diver-sos produtos japoneses. Opúblico também poderá con-ferir estandes de grandes pa-trocinadores e entidades filan-trópicas da comunidade japo-nesa.

    Lei Rouanet – Realizadopela primeira vez em 2008 porocasião das comemorações doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil, a primeira edi-ção do Japan Matsuri atraiucerca de 25 mil visitantes. Esteano, segundo o presidente daAcenbo, Sussumi Araki, a ex-pectativa é que mais de 30 milpessoas passem pelo local.

    “Não realizamos no anopassado por falta de tempo,mas o público que compareceuem 2008 sentiu falta e aten-dendo a pedidos decidimos or-ganizar a segunda edição esteano”, explica Araki, lembran-do que o Japan Matsuri é o

    maior evento não só daAcenbo como também deOsasco e região.

    “Este ano, por iniciativa dovereador Fábio Yamato, oevento foi incluso no Calendá-rio Oficial de Eventos do Mu-nicípio de Osasco”, diz Araki,

    acrescentando que foi aprova-da captação de recursos viaLei Rouanet de R$ 530 mil.“Mas creio que não vamosconseguir esse montante”,conta o presidente.

    Ingressos – O ingresso cus-ta R$ 5,00 (crianças até 10anos e idosos acima de 65 nãopagam) e pode ser adquiridona Secretaria da Acenbo. Abilheteria está em funciona-mento no local do evento apartir das 10 horas.

    Haverá transporte circulargratuito com paradas nos pon-tos: Top Shop, Shoppin União,Carrefour e Wal Mart (na Av.dos Autonomistas). Quem pre-ferir ir de carro próprio poderáutilizar o estacionamento da sedeesportiva da Acenbo (pago) e oestacionamento gratuito no Con-domínio Lorian Boulevar (Av.Martin Luther King).

    A programação das atra-ções e outras atividades pode-rão ser conferidas no site:www.japanmatsuri.com.br

    (Aldo Shiguti)

    2º JAPAN MATSURI – FESTIVALDA CULTURA JAPONESA DE OSASCOQUANDO: DIAS 14 E 15 DE AGOSTO.SÁBADO, DAS 10 ÀS 22 HORAS E DOMINGO,DAS 10 ÀS 20 HORASONDE: SEDE ESPORTIVA DA ACENBO(RUA ACENBO, 100, JARDIMUMUARAMA - OSASCO)INFORMAÇÕES PELO TEL.: 3684-0904

    DIVULGAÇÃO

    Público terá à disposição uma ampla e diversificada programação, com shows e wrokshops

    Haverá transporte gratuito com paradas em locais próximos

    CIDADES/MARINGÁ

    Comitiva e vice-prefeito deKakogawa visitam Maringá

    DIVULGAÇÃO

    O prefeito e Maringá (PR),Silvio Barros, e o diretor daSecretaria de Desenvolvimen-to Econômico, Shudo Yassuna-ga, receberam no último dia 9a visita da comitiva de Kako-gawa, liderada pelo vice-pre-feito, Yoshitaka Nakata.

    O grupo, formado tambémpelo presidente da AssociaçãoInternacional de Kakogawa,Masaharu Taniike e os estu-dantes Ayumi Ibe, Naoto Ta-kahashi, Yuka Megumi e To-moko Yoshida, está na cidadedesde sexta-feira e integra a19ª comitiva de Kakogawa avisitar Maringá.

    Para o prefeito é sempreuma honra receber a comuni-dade japonesa em Maringá.“Ficamos felizes em saber quenossa relação é cada vez maisforte. O projeto do Parque doJapão é um símbolo concreto

    da relação de amizade entreMaringá e Kakpgawa, sendoum marco definitivo no relaci-onamento das duas cidades.Vocês serão sempre muito bemrecebidos em Maringá e espe-ro que retornem quantas ve-zes desejarem”.

    O vice-prefeito de Kakoga-wa, Yoshitaka Nakata, agrade-ceu a receptividade de todo opovo maringaense e comentouque essa é sua segunda visitaa Maringá. “Vim em 1993 eposso dizer que a cidade evo-lui e mudou muito. O poderpúblico de Kakogawa apostana relação com Maringá, porisso tantos jovens se interes-sam em integrar as comitivase difundir a cultura de vocêsno Japão, o que fortalece maisainda nossa ligação. Obrigadoa Maringá por nos receber tãobem”.

    Shudo Yassunaga e Silvio Barros com a comitiva de Kakogawa

  • 6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010

    COMUNIDADE

    Ikoi-no-Sono realiza o 36° BazarBeneficente neste domingo

    COLUNA DO JORGE NAGAO

    Censo Nonsense

    JORGE NAGAO

    Olá, leitor@!

    Começou o censo 2010.Soy um dos 190 milcensoristas, digo, recensea-dores que até o fim de outu-bro, irão do Aylã ao Chuí parasaber se já somos 200 mi-lhões de brasileiros.

    O bom Censo, a cada dé-cada, serve para definir aspolíticas públicas para saberquantas merrecas irão praSaúde, má Educação e pés-simos Transportes. Determi-na também o número de de-putados federais oportunis-tas, deputados estaduais me-díocres e vereadores nada aver, com honrosas exceções.

    O pesquisador deve visitá-l@ portando um boné, doIBGE, um colete azul e umcrachá, além de um compu-tador de mão. Se você nãofor com a cara/crachá donada “censual” recenseador,ligue para 08007218181, éfree, na faixa, de grátis. Aentrevista é vapt-vupt, dezminutos moreorless.

    Se você mora em condo-mínio, com domínio da situa-ção, ajude-nos, por favor. Edi-fício falar com os moradores,morou? Peça para o zeladorzelar pelo nosso trabalho epara o porteiro abrir o portãopara esses patriotas de plan-tão. Ah, tem uma novidade.Quem não quiser/puder res-ponder pessoalmente podepedir ao pesquisador as se-nhas que darão acesso ao siteespecífico criado pelo IBGE.

    Meu colega Evanil, queestá recenseando os Jardinsestá em apuros. Os ricos nãoatendem aos pobres recense-adores. Alguns vizinhos doMaluf acham que o questio-nário é uma invasão de pri-vacidade. Come on, milioná-rios e zés-ricos, don’t worry,be happy, como canta o SF.Lucas, outro amigo, faz osjardins da periferia, como oJd. S.Luis, e tem outro pro-blema. Ele precisa da autori-zação dos traficantes paratrabalhar. Vida de recensea-dor dos Jardins não é um marde rosas.

    Are you ready?1) Por favor, o seu nome,

    idade, sexo, raça e nacionali-dade?

    – Ok, ok, ok, ok, ok e ok.2) Renda mensal? -

    Cheese reais.3) Alfabetização? – Ci-

    ências Ocultas e Letras Apa-gadas.

    4) Relação de parentes-co?- Tudo família. Parentesmoram longe.

    5) Tem certidão de nas-cimento?- Tem. Pra provarque nasceu.

    6) Tem parente que viveno Exterior? – O primo desegundo grau da irmã da so-gra, na Esbórnia.

    7) Estado civil? - Brasil,que foi militar por tanto tem-po.

    8) Religião? – espírita,evangélico e macumbeiro,graças a Deus.

    9) Alguém frequenta es-cola ou creche? – Quantomais creche, menos escola.

    10) Tem dificuldade paraver, ouvir e caminhar? –Onde você está? Poderia re-petir? Vem até aqui.

    11) Estuda? – Estuda umjeito de pagar as contas.

    12) Trabalha? - Demais,por isso não tem tempo de fi-car rico.

    13) Tem curso de gradu-ação? – Graduado de cerve-ja, na Universidade doChopp.

    14) Fala língua indígena?– Tupi or not tupi, por aí.

    15) Quanto tempo demo-ra para chegar ao trabalho?– 2 ou 3h, depende do engar-rafa aumento.

    16) Têm filhos? - 3 filhosda mãe.

    17) Tem carteira assina-da? – Sim, porque não é anal-fabeto.

    18) O cônjuge é do mes-mo sexo? – Mesmo sexo daminha mãe. Saco!

    19) Dilma, Serra ou Ma-rina? – Recenseador burgu-ês. É Plínio.

    20) Sua casa está paga?– Está, mas não é minha.

    21) Tem banheiro? –Vida privada não interessa.

    22) Tem rede de esgoto?– Tem esgoto sem rede.

    23) Tem rede de ener-gia? - Tem, mas cortaram.

    24) Tem coleta de lixo. –Tem. Mas é um lixo.

    25) A casa é de alvena-ria? – Alvenaria, cheia degraça, amém.

    26) Quantos cômodostêm? – 3 e muitos incômo-dos.

    27) Tem tv, rádio, gela-deira, máquina de lavar, tele-fone fixo, celular, computa-dor, bicicleta, carro, moto einternet? - Sim, sim, sim, não,sim, não, não não, não, não enão, piiii.

    Ufa, muito obrigado. OIBGE, Instituto Brasileiro deGente Enxerida, agradece.

    *Jorge Nagao é colunista dosite Primeiro Programa(www.primeiroprograma.com.br).E-mail: [email protected]

    O governo de Taiwan ini-cia esta semana a implemen-tação de um plano global decaptação de investimentos como objetivo de aumentar suacompetitividade regional naÁsia.

    Entre os incentivos que ogoverno taiwanês oferece es-tão “incentivos fiscais relacio-nados” e “isenção fiscal”, alémde juntas comerciais paraaqueles que desejam fazer osprimeiros investimentos naque-la região da Ásia. Para asempresas com interesse emTaiwan, o governo disponibili-za hoje, aproximadamente, R$14 bilhões em empréstimoscom a taxa de juros de 1.5%até 2.25% ao ano.

    Para os interessados emintegrar o time dos novos in-vestidores, Taiwan criou umsite específico com as infor-mações básicas para avalia-ção: investtaiwan.nat.gov.tw(sem o “www”).

    Para Taiwan, uma das van-tagens oferecidas está no im-posto sobre rendimento pagopelo investidor. De acordo como escritório de representaçãoeconômica e cultural no Bra-sil, “é possível ter uma breveavaliação sobre o quanto ascondições estão amigáveispara os empresários estrangei-ros: na China, esta taxa é de25%, enquanto na Coréia doSul 22% e no Brasil temos 11

    diferentes tipos de taxas e im-postos. Em Taiwan, essa taxaé de apenas 17%”.

    Na avaliação do chefe darepresentação, embaixadorJorge Shyu, o governo de Tai-wan delineia um futuro previ-sível na economia e no comér-cio com a China Continental.“Esperamos que o Acordo-Quadro de Cooperação Eco-nômica do Estreito (ECFA)acelere a interação e a inte-gração entre as indústrias daChina e de Taiwan e que tam-bém torne melhor o papel deTaiwan na grande área Ásia-Pacífico, porque para organi-zações multinacionais que bus-cam o grande mercado chinês,a indústria de Taiwan é a me-lhor parceria”.

    Competitividade - De acor-do com o ranking global decompetitividade, mais recente,publicado pelo Instituto Suíçode Gerenciamento (IMD),sediado em Lausanne, a posi-ção de Taiwan passou de 23°para 8° lugar. Os três primei-ros colocados foram respecti-vamente Cingapura, HongKong e os Estados Unidos. OBrasil passou da 40ª posiçãopara a 38ª. Além disso, segun-do o primeiro Relatório de Ava-liação de Risco no Ambientede Investimento de 2010, divul-gado pela Business Environ-ment Risk Intelligence (BERI),

    Taiwan está em 4° lugar glo-bal na categoria de Recomen-dação de Oportunidade deLucros.

    O governo de Taiwan des-taca que a Ilha encontra-se em4º lugar também no ranking de“reservas internacionais”, comU$ 370.1 bilhões. A China, oJapão e a Rússia ocupam, nes-sa ordem, o topo da lista. E oBrasil encontra-se no 7º lugarcom U$ 245.4 bilhões.

    Logística - Localizada no co-ração da região do Pacífico naÁsia, a ilha, além da posiçãogeográfica favorável, possuiuma bem estabelecida infra-estrutura, desenvolvimento in-dustrial maduro e abundantemão-de-obra de qualidade.Neste momento, o governotambém oferece incentivospara fazer Taiwan um paísmais amigável aos investimen-tos, e também oferece ajuda aempresas investidoras paraque cresçam com vantagenscompetitivas altas.

    Seguindo a primeira “Tai-wan Business AllianceConference de 2010”, que foirealizada em 31 de maio últi-mo e teve como tema princi-pal a computação em nuvem,em resposta à assinatura deambos os lados do ECFA, oMinistério de Economia estáorganizando a segunda confe-rência de 2010 a ser realizada

    em 21 de setembro. Entre osparticipantes convidados paraa segunda Conferência estão:empresas estrangeiras, firmastaiwanesas estrangeiras e em-presas chinesas, as quais irãotomar conhecimento a respei-to do posicionamento de Tai-wan após a assinatura doECFA e o surgimento de no-vas oportunidades, adianta oEscritório no Brasil.

    Brasil - Nos últimos três anos,de acordo com o Banco Cen-tral brasileiro, o país recebeuo equivalente a US$43,71 mi-lhões em investimentos dire-tos de Taiwan. As principaisáreas de investimentos taiwa-nês no Brasil vieram mudan-do de perfil no período, sendoque em 2007, os maiores in-vestimentos foram em comér-cio atacadista de máquinas eequipamentos para uso co-mercial; em 2008, a fabrica-ção de equipamentos de infor-mática foi o setor mais atra-ente e, em 2009, a concentra-ção dos recursos investidosfoi em comércio atacadista dedefensivos agrícolas, adubos,fertilizantes e corretivos dosolo. Contudo, Taiwan nãoregistra novos investimentosbrasileiros em seu territórionesse último triênio.

    Fonte: Escritório Econômi-co e Cultural de Taiwan

    ÁSIA

    Taiwan inicia projeto para captar investimentos do Brasil

    REPRODUÇÃO

    Aapresentação da can-tora Karen Ito é a prin-cipal novidade da 36ªedição do Bazar BeneficenteIkoi-no-Sono (Assistência So-cial Dom José Gaspar), queacontece no próximo domingo(15), na sede da entidade loca-lizada em Guarulhos, grandeSão Paulo. Considerada amaior iniciativa social e benefi-cente da entidade, o evento teráos recursos arrecadados rever-tidos para a manutenção daqualidade do atendimento dos90 idosos residentes com idademédia de 85 anos (mais dametade fragilizados). O BazarBeneficente conta com o tra-balho e apoio de voluntários dediversas entidades, de familia-res, grupos e funcionários.

    Com o patrocínio de deze-nas de empresas e pessoas fí-sicas, a expectativa de públicomaciço de acordo com os or-ganizadores, é de 12 a 15 milpessoas no evento que tem sidoa principal fonte de recursospara que o Ikoi-no-Sono, conti-nue oferecendo aos mais de 90oditian e obatian residentes naentidade, condições de umavelhice digna acompanhada deuma alta qualidade de vida.

    Na programação de showsestão previstas apresentaçõesde grupos de taiko TenryuuWadaiko, Shinkyo Daiko eMika Yutien; bon odori (Acale São Miguel Fujinkai); Nak doBrasil; Grupo Ishin; JulianeOkabe; capoeira; TamiresRegine; Banda Ikka; Viola ePaz; Rádio Taissô, Dança Sê-nior, musicoterapia, caminha-da. Na Praça de Alimentação,

    os visitantes poderão apreciarpratos da culinária japonesacomo yakisoba, tempurá, sashi-mi, temaki, guioza, pastel, udon,sanma e yakisakana (peixesgrelhados), entre outras suges-tões.

    Também haverá um bazarbeneficente com barracas comprodutos importados, artesana-tos, confecções e sacolão comfrutas, legumes e verdurasfrescas a preço de custo, alémde jardinagem, flores e produ-tos típicos. No espaço culturalserão realizados workshops deorigami, pintura e arte japone-sa, e atividades de lazer infan-til (pesca, argola e brincadei-ras). As atrações vão aconte-cer no Pavilhão ComunitárioChibata Miyakoshi.

    Este ano o estacionamentoda entidade foi ampliado de600 para mil vagas, o que fa-cilitará para os visitantes que

    forem de carro. Para quemdepende de transporte até olocal do evento, a entidade dis-ponibilizará 26 ônibus gratuitosque partirão da Rua da Glória,326, no horário das 8 às 11horas (ida), e das 15 às 17 ho-ras (retorno).

    Pavilhão – Além das ativida-des normais o Pavilhão Comu-nitário Chibata Miyakoshi estádisponível para sediar eventos,casamentos, encontros, festas,seminários, entre outros acon-tecimentos. Durante a rotinada Ikoi-no-Sono o pavilhãoacomoda algumas atividadesnas áreas artística, cultural,educativa, de lazer, saúde esocial, dirigidas para os inter-nos e seus familiares.

    A Assistência Social DomJosé Gaspar iniciou suas ati-vidades em junho de 1942, emantém o Jardim de Repou-

    so São Francisco – “Ikoi-No-Sono” no município de Gua-rulhos. Atualmente, atendeidosos fragilizados dependen-tes ou semi-dependentes, quenecessitam de cuidados espe-cializados; todos convivem noregime de residência (Institui-ção de Longa Permanênciapara Idosos), onde desenvol-vem o Cuidado Comunitárioimplantando o envelhecimen-to ativo.

    36° BAZAR BENEFICENTEIKOI-NO-SONOQUANDO: 15 DE AGOSTO (DOMINGO)HORÁRIO: 9 ÀS 17 HORASONDE: IKOI-NO-SONO - RUA JARDIM DEREPOUSO SÃO FRANCISCO, 881 –GUARULHOS – SÃO PAULO.ENTRADA GRATUITAINFORMAÇÕES:(11) 3208-7248 / [email protected]: WWW.IKOINOSONO.ORG.BR

    DIVULGAÇÃO

    Expectativa dos organizadores é receber entre 12 e 15 mil visitantes no Bazar Beneficente

  • São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010 JORNAL NIPPAK 7

    MÚSICA

    Projeto Misora Hibari in Concertemociona público em Campinas

    Canto do

    Bacuri

    FRANCISCO HANDA

    Quando conheci-o, foinuma circunstância irreal,que marcaria profundamen-te as nossas vidas. Era umvelho que entrava nos ses-senta anos. Assim que lhedei as informações solicita-das, como data de nascimen-to e horário, tirou de uma sa-cola alguns livros e, com ócu-los de lentes grossas na pon-ta do nariz, passou a fazercálculos. Nos últimos tem-pos, a fim de custear suasdespesas, utilizou-se de umde seus passatempos: a as-trologia chinesa. Falava dealguns termos, fora do co-mum, tirados das obras deConfúcio e Mêncio. Maistarde fiquei sabendo de de-talhes de sua vida.

    – Não tenho casa, moroatualmente de favor, nos fun-dos de um corredor de umamigo. Suponho que ele sejaamigo, pois deixou que ocu-passe um dos quartos, antesusado como depósito de bu-gigangas.

    Era a primeira vez queencontrava alguém comoele. Abandonou a família,quando os filhos estavamcrescidos, e devidamente en-caminhados. Pelo que fiqueisabendo, aquela vida famili-ar, dentro dos padrões regu-lares, era um sufoco. Conta-va sem aparentar vergonha,sem tristeza. Havia algo deirônico em suas colocações.

    – Queria mais, era vivera vida, o que desgostava aminha esposa, sempre regu-lando as despesas. Podíamosviajar, mas ela punha obstá-culos.

    Depois que deixou a casa,nunca mais retornou. Nemligava. Passou a primeira noi-te numa praça, encostando acabeça na pedra dura de umbanco. Alguém apiedou-sedele, conduzindo-o para umquarto vazio. Foi quando re-solveu vender o seu conhe-cimento adquirido nos livrosantigos da arte mágica da lei-tura das estrelas. Em poucotempo, a freguesia aumentou,o suficiente para esbanjar.Gastava tudo o que ganhavanas rodas de conversa comos amigos e acompanhado dabebida preferida. As garrafasdesfilavam nas mãos do bal-conista e postos em fileiraaos fundos do bar, sobre umapia.

    Tinha ele também umacerta erudição, fora jornalis-ta no período do pós-guerra.Visitava o interior de SãoPaulo para esclarecer os imi-grantes que iludidos pela pro-paganda nacionalista da pros-crita Shindo Renmei, deviamreconhecer a derrota japone-sa. Muito águas rolaram, nes-te período. Alguns imigrantesdesfizeram-se de suas propri-edades no país, com o dinhei-ro da venda adquiriram títu-los que nada valiam. Terrasférteis existiriam em algumterritório anexado pelo Impé-

    O velho que lia estrelasrio Japonês no Pacífico.

    Certa vez, demonstrandorebeldia, deixou os cabelosbrancos crescerem, o tantoque passou a usar um rabode cavalo. A barba tambémaumentou, dando-lhe um as-pecto interessante, uma es-pécie de profeta ou simples-mente um bufão. Nenhumassunto lhe era desconheci-do. Falava a respeito de lite-ratura japonesa do períodoclássico, passando, num pis-car, para os poemas do mon-ge beberrão Santoka. Tinhauma predileção pela filoso-fia ocidental, particularmen-te o casal de existencialistasJean Paul Sartre e Simonede Beauvoir. Afinal, quemera este homem no mínimoestranho? Alguém que ridi-cularizava o senso comum.Disse também que fora umaardoroso comunista, mas cé-tico em relação ao totalita-rismo stalinista. Não era umbom camarada, aquele. Tam-bém não tinha fé em algumdeus criador.

    Quando morreu, pediraem vida que nenhuma florfosse colocado sobre si, nemvelas, nem incenso, nem aomenos a presença de ummonge budista ou um minis-tro cristão. Naquele dia, es-tava também velando o cor-po, com uma amiga, os úni-cos que tiveram a coragemde acompanhá-lo no derra-deiro. Sua família tambémapareceu, sem grande emo-ção. Morreu de cirrose he-pática e uma aguda crise nospulmões, por causa do fumo.

    – Deixe-me ajudá-lo aatravessar a rua – disse, en-quanto ele sorria, mas seuspassos eram demorados.Seus olhos estavam molha-dos. Com dificuldades pas-sou, quase a desmaiar devi-do o cansaço e a falta de fô-lego.

    Neste tempo, o trabalhocom a leitura das estrelas ti-nha cessado. Igualmentecessara da música que gos-tava de tirar no sopro de umaflauta grossa de bambu, oshakuhachi. Se a coinci-dência fosse apenas umjogo, ainda assim, havia algode semelhante entre o velhoe os monges zen da tradiçãoFukke-shu. Diante da incer-teza do mundo, cuja imper-manência era a única certe-za, tocar shakuhachi pelomenos a melodia ficava nosouvidos. E foi com a melo-dia de um shakuhachi quea sua urna baixou no poçofundo do crematório.

    Após este ocorrido, al-guns procuram-no, para quepudesse ler as estrelas, masele não mais estava nestemundo. Talvez se transfor-mara numa estrela. Nuncafora um herói, pelo contrá-rio. Amava sobretudo as mu-lheres injustiçadas e as pros-titutas. Diante da velhice, amorte fora companheira.

    [email protected]

    As consequências desseataque nuclear são revistas demaneira delicada e tocante empremiado mangá que chegaráao Brasil pela Editora JBC, in-titulado Hiroshima- A Cidadeda Calmaria. Selo especial daJBC, Graphic Novel, o volumeúnico terá acabamento e pa-pel superiores.

    Hiroshima - A Cidade daCalmaria entrelaça duas histó-rias comoventes sobre as con-sequências da bomba. Sensí-vel, belo, suave, delicado, sim-ples. Assim pode ser definidaa obra criada por FumiyoKouno, que até hoje é uma re-ferência nos movimentos mun-diais pela paz, como a Confe-rência do Tratado sobre a NãoProliferação de Armas Nucle-ares 2010 promovida pelo Mi-

    nistério das RelaçõesExteriores do Japão.Originalmente lançada em

    2003 na revista mensal Man-ga Action, da Editora Futaba-

    MANGÁ

    “Hiroshima - A Cidade da Calmaria”, obra sobre asconsequências da bomba atômica, chega ao Brasil

    Capa do livro

    DIVULGAÇÃO

    sha, em 2004 a obra foi com-pilada em um único volume.Em 2006, a emissora japonesaNHK a transformou em umáudio-drama de 50 minutos.Em julho de 2007, o escritorKei Kunii publicou um roman-ce baseado no título e, no mes-mo mês, a versão da históriaem filme foi exibida nos cine-mas japoneses, não sem antester a sua estréia no Festival deCannes, em maio do mesmoano. Logo vieram os prêmios.O título impresso recebeu oGrande Prêmio em mangá noJapan Media Arts Festival(2004) e o Osamu Tezuka Cul-tural Prize (2005).

    Publicado em sete países,foi considerado o melhor man-gá traduzido para o inglês pe-las revistas New York Maga-

    zine e Publishers Weekly(2007). A versão para a rádiofoi premiada no Art FestivalAward in the Radio Divisionpromovido pela Agência paraAssuntos Culturais do Minis-tério da Educação japonês,enquanto o live-action obtevesucesso de público e de críti-ca, tendo a atriz protagonista,Kumiko Aso, conquistado vá-rios prêmios, entre eles o Ma-inichi Film Awards.

    AUTOR: FUMIYO KOUNONÚMERO DE EDIÇÕES: VOLUME ÚNICOFORMATO: 13,5 X 20,5 CMPÁGINAS: 112 PÁGINASPREÇO: R$ 19,90GÊNERO: DRAMAISBN: 978-85-7787-307-4PREVISÃO DE LANÇAMENTO: 25 DEAGOSTO

    Atrajetória rica e emo-cionante da cantoraMisora Hibari, commomentos marcantes de suavida na música, na dança e nainterpretação – ela contrace-nou em 190 filmes – foi trans-formada em um vídeo inédito,produzido pela Hibari Pro-ductions, do Japão. Com o sa-lão lotado, no dia 7 de agosto,o Nipo de Campinas exibiu aobra, dando início a uma turnêque irá percorrer várias cida-des brasileiras, em comemora-ção aos 55 anos do Bunkyo deSão Paulo, 40 anos do showrealizado no Ibirapuera e 23anos sem a cantora.

    “Felizmente, o Nipo deCampinas foi o primeiro Clu-be a aceitar esta idéia daturnê”, disse André Korosue,responsável pelo projetoMisora Hibari Charity FilmConcert. André veio acompa-nhado por Gerson Kunii, tesou-reiro do Bunkyo, representan-do o presidente Kihatiro Kita,grande admirador de Misora.

    A cantora internacionalMariko Nakahira esteve pre-sente e interpretou um “pou-porri” de Misora, anteceden-do a noite, que segundo a gran-de maioria, foi um momento denostalgia e fortes lembranças.O presidente do Nipo, HiromitiYassunaga e o vice TadayoshiHanada receberam a comiti-va, juntamente com a equipetécnica, que contou com supor-te técnico local de Celso Aoki.Todos saborearam um jantarpreparado pelas senhoras doClube.

    André Korosue, entusias-mado pela receptividade emCampinas, alertou que os fãsda cantora que ainda não as-sistiram poderão fazê-lo na ci-dade de São Paulo.No iníciodeste ano, o presidente do Bun-kyo de São Paulo, KihatiroKita e o diretor Reimei Yoshi-oka estiveram no Nipo de Cam-pinas e apresentaram o proje-to. Na ocasião, Tadayoshi Ha-nada aceitou o convite e ofe-receu toda a infra-estruturapara a concretização destaidéia e também no auxílio emrelação aos contatos com ospatrocinadores.

    Aquico Miyamura, presi-dente do Departamento deKaraokê do Nipo de Campi-nas, achou de suma importân-cia este documentário e co-mentou que “alguns professo-res de canto recomendam aosiniciantes as músicas deMisora Hibari, pois ela propor-ciona uma base na colocaçãoda voz e impostação” Ressal-ta também a expressão corpo-ral que é natural nela e que al-guns cantores de Karaokê pre-cisam se soltar mais nas apre-sentações, disse. Já HarueYoshimura, detentora de umfantástico repertório musicalgostou do documentário poisconheceu outras facetas deMisora e algumas músicas quedesconhecia”.

    Depoimentos – OswaldoMassuda, 60 anos, veio assis-tir por ser admirador e conhe-cedor de toda a história deMisora. “Ela canta todos osestilos de música, e na épocaem que os japoneses, no Ja-pão no pós-guerra, não tinhamnada e nem o que comer, elatrazia esperança e despertavaa alegria de viver no povo”,disse, ao lado de sua esposaRosa. E completou: “esta ge-ração nova precisa conhecera história do povo japonês atra-vés destes documentários”. JáMasamichi Ono, 41 anos, queassistiu o último show dela, no

    Japão, relembrou a emoçãoque sentiu. “É uma cantoraespecial e sempre que possovejo no Youtube”, disse, lem-brando que “desde pequenoouvia as canções dela”.

    Kasue Konno, 70 anos, seemocionou com o filme: “Des-de criança eu era fã dela erelembrei alguns momentos desua vida”, disse. Já Suzana Yas-sunaga, 26 anos, não conheciaa cantora, mas afirma: “Gosteiporque pude conhecer um pou-co da história do Japão, doscostumes e das roupas na épo-ca”. Além dessas pessoas, oevento atraiu fãs de toda regiãode Campinas, como Vinhedo,Americana, Sumaré, Jundiaí,Indaiatuba e Hortolândia, entreoutros municípios. A movimen-tação no Nipo, transformadaem sala de exibição, pareciauma “Avant Premiere”. LuizaShira,74 anos, sente saudadesdaqueles tempos que passavamfilmes japoneses antigos emkaikans, com cenas de samu-rais e histórias de famílias ja-ponesas, às vezes tristes, masverdadeiras que faziam a gen-te chorar”, lamenta.

    “Uta Hime” – Conhecidacomo a “Uta Hime” (Prince-sa do Canto) da era Showa,Misora dedicou toda a sua vidaà arte de cantar e representar.Quando morreu em 1989, aos52 anos de idade, tinha grava-

    do 1.500 músicas e estreladomais de 190 filmes. Ela esteveno Brasil há exatamente 40anos, num mega show no Ibi-rapuera, reunindo 40 mil pes-soas. Foi uma visita que Hibaridesejava repetir, garantem aspessoas de sua convivência.

    No 25° Concurso Brasilei-ro da Canção Japonesa, reali-zado em Curitiba (PR), várioscantores interpretaram músi-cas de Misora Hibari. É o casode Misako Amano, de Ameri-cana. Ela esteve em Campi-nas e no concurso cantou, pelaregional Centro-Oeste, doisclássicos: “Uramado” e“Kami”. “Acho difícil as mú-sicas de Misora, mas eu gostopela mensagem que contém”,disse. “Quando pequena eucantava para a obaatian (vovó)e odiitian (vovô), apenas nomeu convívio familiar”, afirma.“Faz dois anos e meio que eucanto pela regional Centro-Oeste, presidida por PedroMizutani, já que sou sócia doDepartamento de Karaokê doInstituto Cultural Nipo-Brasi-leiro de Campinas e em SãoPaulo, tenho aulas com o pro-fessor Maeda. “A minha vozé grave e eu me identifico como new enka, estilo de Misora”,disse. Sobre a sua classifica-ção no Concurso de Curitibadiz: “Nunca pensei que fosseficar entre os dez finalistas”.

    (Celia Kataoka)

    CELIA KATAOKA

    André Korosue (com a cantora Mariko Nakahira): “O Nipo de Campinas foi o primeiro a aceitar a ideia”

  • 8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010

    COMUNIDADE

    Cem anos depois, imigrantes do Ryojun Maru sãohomenageados com um Jardim Japonês em SP

    Um clima de comoção,lágrimas e sensação dedever comprido mar-cou a inauguração do JardimJaponês do Centro EsportivoEdson Arantes do Nascimen-to/Clube Escola Alto da Lapa(Pelezão), em homenagem aos919 imigrantes japoneses quechegaram ao Brasil no navioRyojun Maru, em 1910. Insta-lado na zona Oeste de SãoPaulo e entregue aos visitan-tes no último domingo – dia 8de agosto, o jardim faz partedo projeto “100 anos do RyojunMaru 1910 - 2º Navio da Imi-gração Japonesa no Brasil”, eé um marco que celebra e re-gistra a chegada dos imigran-tes japoneses que vieram bus-car, em solo brasileiro, a opor-tunidade de uma vida melhor.Um povo corajoso e cheio deesperança, que trouxe para oBrasil a sabedoria e força es-piritual, estando hoje totalmen-te integrados ao povo brasilei-

    sulesa Eiko Obe; os vereado-res Joogi Hato (PMDB) e Gil-berto Natalini (PSDB); o se-cretário municipal de Esportes,Lazer e Recreação de SãoPaulo, Walter Antonio Rocha;o subprefeito da Lapa, CarlosEduardo Fernandes; o candi-dato a deputado federal, Wal-ter Meyer Feldman (PSDB);coronel Luis Nakaharada; di-retora do Clube Pelezão, AnaLúcia Camargo de Barros, eoutros.

    O Jardim Japonês contaatualmente com vários equipa-mentos como quatro nascen-tes de água recuperadas; qua-tro pontos com cascata paradeixar o ambiente mais agra-dável; lago com 18 carpas;mais de cem mil espéciescomo azaléias, cerejeiras,amélias, matsu, matsu rastei-ro, áster, jumpero, grama pre-ta, 60 toneladas de diversos ti-pos de pedras, entre outrasplantas que deixarão o novojardim especialmente colorido.

    A idealizadora Amélia Yanocomeçou as obras do jardimjaponês em 2009, após ver asmelhorias no parque feitas pelamãe, a filha Cecília Yano co-mentou que “a idéia é que aspessoas se mobilizem para aju-dar, que saibam que podem fa-zer isso”, diz ela que acompa-nha o trabalho da mãe. AméliaYano ressalta que o jardim é umreconhecimento e agradeci-mento por tudo que os imigran-tes fizeram e deixaram para osdescendentes. Para ela a cons-

    trução do jardim era um sonhoe maneira de eternizar a vidados seus avós, o sentimento degratidão por tudo que os japo-neses são queridos no Brasil,respeitados e admirados.

    Mensagem – “A mensagemque deixo é para reinar a paz,que ela reine no coração detodos, o amor pela natureza queé o que nós precisamos. Omundo necessita de paz, doverde, está precisando e oxi-gênio. Eu acho que atravésdesse jardim todos passem acuidar do seu quintal, da suarua e da sua praça, e passarisso para as crianças que sãoos homens do futuro, que vãoter problemas com água, ques-tões cada vez maiores. Se nósagora pudermos mudar a ma-neira como estamos destruin-do a natureza, agora está nahora de começarmos a cuidardela, devolver a natureza o queela tem de melhor”, defende.

    O cônsul Kazuaki Obegarantiu que o jardim simboli-za orgulho e agradecimento,uma homenagem profundapara os descendentes e ante-cessores imigrantes pioneiros.“Foi uma emoção, fiquei mui-to emocionado com essa ceri-mônia de lembrança dos 100anos do Ryojun Maru 1910. Éum acontecimento históricomuito importante para a imigra-ção japonesa no Brasil e paraa amizade entre japoneses ebrasileiros”, assegura.

    (Afonso José de Sousa)

    ro. A consagração do novoespaço foi brindada com umexcelente dia de Sol e tempe-ratura agradável, proporcio-nando uma bela visão do par-que, localizado na RuaBelmonte.

    O jardim foi construído gra-ças à iniciativa de uma comis-são organizadora formada porAmélia Haruko Yano, de 73anos, e sua filha Cecília Yano,da Secretaria Municipal deEsportes de São Paulo e daSubprefeitura da Lapa. A áreade 70 m² de um total de 1.200m² de área verde do Pelezãofoi revitalizada com o resulta-do do trabalho voluntário deAmélia Yano, que há sete sededica em recuperar o espa-ço. A proposta de transformaro local num jardim japonêspara homenagear os imigran-tes ancestrais finalmente foiconcretizada. “Vinha sonhan-do com a construção desse jar-dim porque os meus avós es-tavam entre os 919 japonesesque chegaram aqui no navio”,afirmou Amélia Yano que cho-rou após o corte da fita inau-gural.

    Autoridades – A inauguraçãocontou com a participação dealgumas autoridades como oCônsul-geral do Japão em SãoPaulo, Kazuaki Obe e a con-

    A consulesa Eiko Obe, o cônsul Kazuaki Obe e Amélia Yano no descerramento da placa

    JORNAL NIPPAK / AFONSO JOSÉ DE SOUSA

  • São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010 JORNAL NIPPAK 9

    65 ANOS DEPOIS...

    Takashi Morita faz discurso emocionado naabertura da exposição “Hiroshima e Nagasaki”

    Bomba de Hiroshima élembrada por senador Yanai

    O senador Jorge Yanai(DEM-MT) fez um pronun-ciamento no Senado no últi-mo dia 4 para lembrar o bom-bardeio sofrido pelas cidadesde Hiroshima e Nagasaki,que completa 65 anos trans-corridos neste mês de agos-to. “No dia 6 de agosto, sex-ta-feira próxima, 65 anos te-rão se passado desde o bom-bardeio nuclear, por parte dosEstados Unidos, da cidade deHiroshima, no Japão. Já nodia 9 de agosto, será a vezde relembrar o ataque à ci-dade de Nagasaki, no mes-mo país”, disse Yanai.

    O senador também citouos emigrantes japoneses quevieram para o Brasil fugindoda guerra e em busca de umnovo lar: “Essas pessoas –muitas delas originárias de

    Hiroshima, como o é minhamãe, Ayako Yanai, ou de Na-gasaki – jamais poderiamimaginar que sua vinda parao Brasil lhes permitiria, amuitos deles e aos seus des-cendentes, escapar do piorbombardeio da História”.

    Por fim, Yanai reforçou aimportância do relaciona-mento comercial e culturalentre os dois países: “Os la-ços que unem o Brasil ao Ja-pão são estreitos, eestruturam-se sobre basesvivas e diversificadas. Doponto de vista comercial, oJapão fechou o ano de 2009como o sexto maior merca-do dos produtos brasileiros noexterior, sendo ainda o quin-to maior exportador de pro-dutos com destino ao nossoPaís”.

    ARQUIVO PESSOAL

    Jorge Yanai e o assessor da Sansuy, Yasuyuki Hirasaki

    Alberto Bacheschi, afirma quea mostra ficará exposta em 183cidades de São Paulo, onde aAPM se encontra, além deoutras localidades fora do Es-tado. “Apesar de ser um as-sunto triste, a história deve sertransmitida, como uma mensa-gem de paz”.

    Por fim, o presidente JorgeCarlos Machado Curi, relem-bra a viagem que fez ao Japãono ano passado, como formade intercâmbio entre as asso-ciações médicas dos dois paí-ses. “Hiroshima é o exemplodo que um povo pode fazermesmo depois de tragédia tãogrande. A cidade estáreconstruída, inspira paz.Reviver essa história é, por-tanto, uma maneira de lem-

    brarmos que devemos ter ati-tudes positivas, como a tolerân-cia e a paciência, a fim de di-minuir a violência permanenteque nos rodeia”.

    Tsurus – Na inauguração damostra na APM, também pre-sentes o secretário especial deDireitos Humanos da Prefei-tura de São Paulo, JoséGregori, os presidentes da As-sociação Médica Brasileira,José Luiz Gomes do Amaral,e da Federação Nacional dosMédicos, Cid Célio JaymeCarvalhaes, além de outros di-retores da APM. Os presiden-tes da Associação Médica deHiroshima, Shizuteru Usui, e oda Hiroshima Peace CulturaFoundation, Steven Leeper,

    AAssociação Paulistade Medicina (APM)abriu, no último dia 2,a mostra “Hiroshima e Naga-saki: um agosto para nunca es-quecer!”. Sediada na Pinaco-teca da APM se estende até30 de setembro. Conta com 30pôsteres, imagens, textos infor-mativos e cinco vídeos sobreos lançamentos das bombasatômicas, após o fim da Segun-da Guerra Mundial, ocorridohá 65 anos.

    Todo o material veio do Ja-pão, por intermédio da Asso-ciação Médica de Hiroshima,e ficará no Brasil por dois anos,sendo exposto em diferentescidades. Para Milton MassatoHida, um dos colaboradores doevento, o intuito, além de re-lembrar as conseqüências datragédia, é homenagear os so-breviventes que moram noBrasil, incentivar a aboliçãodas armas nucleares e celebrara paz.

    Segundo o cônsul-geral ad-junto do Japão em São Paulo,Masahiko Kobayashi, a mos-tra serve como apelo para arealização de um mundo depaz. ?Esta é uma forma deorientar a sociedade civil, emespecial os jovens, sobre o hor-ror da bomba atômica, que nãose resume só ao impacto daexplosão e energia térmica.Até hoje há pessoas desenvol-vendo doenças por causa dosefeitos tardios?, lamenta Ko-bayashi, lembrando que o Ja-pão é o único país que sofreucom a bomba e que, por isso,se sente no dever de alertar apopulação mundial.

    Em depoimento emocio-nante, o diretor presidente daAssociação Hibakusha Brasilpela Paz (Associação das Ví-timas da Bomba Atômica),Takashi Morita, que tinha 21anos na época, conta comosobreviveu à tragédia. “Paranão deixar a radiação entrar nocorpo, as pessoas ficavam diassem comer ou beber nada.Muitas crianças morreram pe-dindo ‘mamãe, me dá água’,mas essa era a única forma.Foi só assim que consegui so-breviver”, contou Morita, quesofreu queimaduras nas cos-tas por causa da bomba.

    Curador da exposição, osecretário-geral APM, RuyTanigawa, representando tam-bém o presidente do ConselhoRegional de Medicina, Luiz

    participaram por videoconfe-rência.

    A exposição “Hiroshima eNagasaki: um agosto para nun-ca esquecer!” fica aberta to-dos os dias, das 12h às 21h etem entrada franca. Podem seragendadas visitas de alunos doensino médio e de universitá-rios para participação de umacontextualização histórica e daproposta de feitura dos“tsurus”, pássaros de origami(técnica de dobradura em pa-pel) que incentivam a paz.

    EXPOSIÇÃO SOBRE HISTÓRIADA BOMBA DE HIROSHIMAQUANDO: ATÉ 30 DE SETEMBRO.DAS 12H ÀS 21HVISITAS AGENDADAS:MANHÃ, TARDE E NOITE.ONDE: APM (BRIGADEIRO LUÍSANTÔNIO, 278, SÃO PAULO – SP)INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:(11) 3188-4304

    REPRODUÇÃO

    Mostra, que permanece em cartaz até 30 de setembro, relembra as consequências da tragédia

    Takashi Morita fez um discurso emocionado na aberturada mostra

    La Face Cachèe Du Mon-de é o tema da exposição doartista Takafumi Kijima queprossegue até o dia 22 de agos-to na Deco Galeria, no bairroda Bela Vista, centro de SãoPaulo. Em sua segunda mos-tra individual no Brasil ele exi-be remixagens de mitologiasque ele usa para refletir o pre-sente. Composta por releiturasde mitologias gregas e roma-nas, tradições chinesas e ain-da uma grande página de livrode dez metros de largura fa-zem parte dessa história toda.A página, aliás, integra de umasérie de mil obras espalhadaspor cidades como Barcelona,Milão, Veneza, Paris, Cidadedo México, Tóquio (Japão) e,para o nosso deleite, agora SãoPaulo.

    Nos 30 trabalhos inéditos oartista apresenta uma série

    com cavalos de madeira, re-metendo a figuras simbólicasque vão de Tróia a Mula-sem-cabeça, além de A.R. #500Asphodel, que dá continuida-de à série de 1000 obras, queespalhados pelo mundo, temsimilaridade com as páginas deum grande livro do seu univer-so imagético, impregnado pelamitologia islandesa.

    Com o título em francês EmLa Face Cachèe Du Monde(‘A Outra Face do Mundo’) -Exhibition VII, o artista reme-te a diversidade geográfica, fí-sica e cultural, entre o Ociden-te e o Oriente. Natural de Tó-quio e terminando agora resi-dência artística no Brasil, Ta-kafumi Kijima já participou dequatro edições (10-9-8-7) daSP-Arte, sendo representadopela Galeria Deco, além defazer parte da coletiva come-

    EXPOSIÇÃO

    Mostra de Takafumi Kijima prossegue até odia 22 de agosto na Galeria Deco

    morativa de 25 anos de funci-onamento do espaço, em de-zembro de 2006.

    A galeria Deco, local quesedia a exposição, foi fundadaem dezembro de 1981 e apre-senta artistas plásticos con-temporâneos japoneses enikkeis. Escultura, pintura, fo-tografia, instalação e objetosão os suportes usados pelosestetas, que se diferenciam porum inovador desenvolvimentoplástico e conceitual.

    EXPOSIÇÃO TAKAFUMIKIJIMAQUANDO: ATÉ O DIA 22 DE AGOSTOHORÁRIO: SEGUNDA A SEXTA-FEIRA DAS10H ÀS 19HONDE: DECO GALERIA - RUA DOSFRANCESES, 153 - BELA VISTA - SÃOPAULOINFORMAÇÕES: 3289-7067 /WWW.GALERIADECO.COM.BR

    FOTOGRAFIA

    Depois do sucesso em São Paulo, Fifi Tongleva exposição “Origem” a Buenos Aires

    Depois do sucesso em SãoPaulo, no Memorial do Imigran-te, ano passado, a fotógrafa FifiTong apresenta, até o dia 19 deagosto, dentro da programaçãodo Encuentros Abiertos- Festi-val de la Luz, no Centro Cultu-ral Borges, em Buenos Aires,na Argentina, a exposição “Ori-gem - Retratos de Família noBrasil”. A mostra reúne as 50fotos do livro de mesmo nome.

    Conhecida no meio publi-citário como uma das grandesretratistas brasileiras, a fotó-grafa Fifi Tong, brasileira, masdescendente de chineses,clicou filhos e netos de afri-

    canos, europeus e asiáticos,famílias conhecidas e anôni-mas brasileiras, de norte a sul,contando histórias ímpares deligações fortes e emblemáti-cas adquiridas pela genética.Tudo registrado no livro “Ori-gem - Retratos de Família noBrasil”, que pode ser encon-trado nas principais livrariasdo País, ou direto na editoraAuana.

    As fotos do livro são acom-panhadas de pequenas narra-tivas feitas por um dos mem-bros de cada família. Umadelas, a do congolês TuzizilaKimbunde Alphonse, remete

    aos navios negreiros, que noperíodo colonial traziam paracá os escravos.

    EXPOSIÇÃO “ORIGEM - RETRATOS DEFAMÍLIA NO BRASIL”QUANDO: ATÉ 19 DE AGOSTOONDE: CENTRO CULTURAL BORGES(BUENOS AIRES, ARGENTINA)

    LIVRO “ORIGEM - RETRATOS DEFAMÍLIA NO BRASIL”134 PÁGINAS (R$ 60 )VENDA - NAS PRINCIPAIS LIVRARIAS DETODO O PAÍS OU DIRETO NA EDITORA,AUANA, TELEFONE (11) 3061.0609MAIS INFORMAÇÕES:WWW.FIFITONG.COM.BR

  • 10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 12 a 18 de agosto de 2010

    DUAS RODAS 1

    Honda reforça Pós Venda e levacapacitação às concessionárias *PAULO OLIVERAté provar o contrário, a

    própria Paris Hilton tem a seufavor o texto da entrevista e ocomentário testemunhável pu-blicado na Folha de São Pau-lo, que declara e destaca:

    “Que perguntas foram es-sas que você fez? Eu filmeitoda a entrevista! (havia umacâmera da assessoria da im-prensa apontada para a conver-sa), esbraveja. Não que pare-ça no seu artigo que ela foi en-ganada. É Paris Hilton! Ela sa-bia o que estava fazendo. Masela não vai falar para você quedevassa é “dirty girl”, ela nãovai lhe dizer isso, diz, relaxandoem seguida ao perceber quedeixou claro que sua equipe nãopôs a cliente em fria”.

    Analisando as fotos queespelharam este rápido estu-do, podemos afirmar que a tra-dução ou versão de contratosde publicidade”, “cessão dedireitos de obra intelectual”,devem ter tradução honesta,para não se abusar da confi-ança do cedente, não exploran-do sua falta de conhecimentoquanto à linguagem ou falta deconhecimento quanto ao termoreal do que está aprovando,para que o consumidor não sebeneficie da credibilidade.

    Até que prove o contrário,seria a estrela da publicidadeda cerveja “devassa”, a pes-soa ideal para a promoção?

    Quem deve responder é aempresa. A soliciate america-na deve dizer se concorda como sentido empregado, via pu-blicidade.

    Essa entrevista, envolven-do publicidade e marca, levou-nos a refletir como o direitoatual se recente de uma cola-boração mais efetiva dos juris-tas, advogados, que guardamsuas pesquisas no anonimato,ou às vezes por que não temcorpo à formação especial deuma monografia ou por dificul-dade de espaço nos jornaisespecializados ou de impres-são de um bom trabalho.

    Queiram ou não, Paris Hil-ton não conhece bem o signifi-cado da palavra “DEVASSA”.

    Devassa quer dizer:“uma investigação comple-

    ta para por à luz do sol, fatosirregulares, passados oculta-mente, sobre a conduta priva-da de alguém”.

    Acharam-se que o termocabe aos seus antecedentes, éoutra coisa. Se a massa vendeessa idéia, também é outra coisa.

    Mas, na verdade, a falta deconhecimento pode levar aspartes à rescisão do contrato”,pela falta de habilidade das

    delas próprias.A lei deve ser sentida pelo

    próprio público a que se desti-na, sempre orientada pela dou-trina e pela experiência cientí-fica do especialista.

    A cessão de imagem é algoimpar, personalíssimo eintransferível de que todo ci-dadão é titular. Portanto deveestar bem informado quandofor firmar um documento ondetenha imagem como bandeira.

    A vaidade humana nãopode e não deve ferir seu per-fil, nem sua honestidade e ho-nestidade (se possuir). Há de-sejos irresistíveis que a buscade fama adota, como escân-dalo, etc., conseqüentemente,torna-se escravo dos própriosdireitos individuais.

    As pessoas são vítimas desi mesmas, a rotina social davaidade torna-se muito pesa-da, é a herança para a biogra-fia futura.

    Paris Hilton, garota propa-ganda da cerveja, tornou-se si-nônimo de quem é dada a liber-tinagem. Buscou o show, a mídiadisse que a loira arrastou-se pelochão, sacudiu o “ORKUT”,sempre com a latinha na mão,sendo que em seu contrato, amarca lhe deu o direito de to-mar tequila, quando não tomas-se a cerveja “devassa”.

    Depois de, fica uma per-gunta:

    O que algumas pessoaspodem perder ao ceder a ima-gem?

    Tudo isso é prova de quepromiscuidade tem valor, temmercado, tem consumo. O in-centivo faz parte do jogo dosvalores. Há imagens armadas,lindas e perigosas.

    Nada há que possa contra-riar esse pequeno parecer, mo-nografia ou comentário, feito àluz da doutrina. É um pequeno“toque” para melhor trabalhodos tradutores. É talvez um fi-lete d’água para provocar umalagamento das margens da vi-são, formando em debates fu-turos um rio caudaloso que,pela força da realidade, vai con-tar no dia a dia dos publicitári-os, tradutores, juristas, tribunaise quem sabe até mesmo noConselho Regional de Regula-mentação Publicitária.

    É o direito do cidadão, cres-cendo mais e mais nesse pro-pósito, até se confundir comarealidade de cada ato jurídicoperfeito.

    *Paulo Oliver: Advogado da API(Associação Paulista de Impren-sa); ex-presidente da Comissão dePropriedade Imaterial da OAB/SP;advogado militante da área de Di-reito Autoral

    ARTIGO

    Falta de conhecimento émotivo de rescisão – Parte 2

    Em comemoração à Sema-na Nacional de Trânsito, aAbraciclo (Associação Brasi-leira dos Fabricantes de Mo-tocicletas, Ciclomotores, Mo-tonetas, Bicicletas e Similares)promove a 13ª edição doMotoCheck-Up, entre os dias20 e 24 de setembro, nobolsão do estacionamento aolado da Assembléia Legislati-va, situado à Rua Manoel dasNóbrega s/nº, confrontandocom a Praça Armando Sallesde Oliveira no Ibirapuera, emSão Paulo. O evento tem oobjetivo de orientar os condu-tores sobre melhores condi-ções de segurança e educaçãono trânsito e preocupação como meio ambiente, oferecendoaos proprietários de moto quepassarem no local, das 8h30 às16h30, avaliação das condi-

    DUAS RODAS 2

    Em setembro, Abraciclo retoma MotoCheck-Up emcomemoração à Semana Nacional de Trânsito

    rantir uma pilotagem segura.Com a revisão de apenas al-guns itens, é possível preveniracidentes e manter as peças eacessórios em ótimo estado”,conclui Matsui.

    Os realizadores do Mo-toCheck-Up, que esperamatender mais de 3.000 motoci-clistas nesta edição, lembramque a ação não tem efeitofiscalizador e serve unicamen-te para orientar e instruir.

    13ª EDIÇÃO DOMOTO CHECK UPQUANDO: DE 20 A 24 DE SETEMBRO.DAS 8H30 ÀS 16H30ONDE: BOLSÃO DO ESTACIONAMENTOAO LADO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA,NO IBIRAPUERAENDEREÇO: RUA MANOEL DANOBREGA S/Nº, CONFRONTANDO COM APRAÇA ARMANDO SALLES DE OLIVEIRA

    DIVULGAÇÃO

    Fazer a vistoria da motocicleta é fundamental para a segurança

    ções mecânicas de 13 itensdas suas motocicletas.

    “A Semana Nacional deTrânsito traz uma série deações na cidade visando aconscientização popular. Nos-so MotoCheck-Up vem somar

    à essa comemoração, atingin-do o nosso público-alvo: osmotociclistas”, conta JaimeMatsui, presidente da entida-de.

    “Fazer a vistoria da moto-cicleta é fundamental para ga-

    A Hikari está incrementan-do sua presença no mercadode produtos de conveniênciacom o lançamento da SopaMinuto, que se destaca porapresentar sabores ainda iné-ditos no mercado: Creme deQueijo com Azeite, Creme deBatata com Cebola, Creme deFrango com Brócolis e MilhoVerde com Ervas Finas. Ou-tro diferencial importante é orápido preparo, pois, como dizo nome da nova linha de pro-dutos, a sopa pode ser obtidaem apenas 1 minuto. Para isso,basta despejar o conteúdo dopacote em uma caneca, acres-centar 200 ml de água ferven-te e mexer bem.

    “Esta versão é ideal para

    ALIMENTAÇÃO

    Hikari lança linha de sopas com sabores exclusivosBacon. “A combinação de in-gredientes das receitas permi-te que as sopas tenham umsabor caseiro e uma consistên-cia cremosa”, acrescentaKurita.

    Distribuição – As sopas es-tão sendo comercializadas emtodo o país, considerando su-permercados, hipermercados,distribuidores, atacadistas eestabelecimentos de todos osportes. A Hikari desenvolveumaterial promocional (faixa degôndola, stoppers, etc.) paradestacar o produto nos pon-tos-de-venda. O lançamentoestá sendo apoiado por cam-panha publicitária na mídiaimpressa.

    quando se quer uma sopa di-ferente, saborosa e quentinhaa qualquer hora do dia. O pro-duto atende também ao con-sumidor single, ou seja, a pes-soa que mora sozinha e pro-cura opções de alimentos comrendimento individual”, diz LuizKurita, diretor comercial daHikari.

    A Sopa Minuto também

    apresenta zero % de gorduratrans. Seu teor de gordurastotais é, em media, 25% me-nor que o de similares. Cadaembalagem de 20 gramas ren-de uma porção individual.Além dos 4 sabores exclusivos,a linha possui 4 opções clássi-cas, Mandioca com CarneSeca, Mandioquinha, Ervilhacom Bacon e Feijão com

    Versão ideal para quando se quer uma sopa diferente

    DIVULGAÇÃO

    Com o objetivo deau