ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

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Diretoria: Presidente: Dr. Silano Barros; Vice-presidente: Dra. Leiliane Helena Gomes; Diretora Tesoureira: Dra.Teresa Pedroza; Diretora

Secretária: Dra. Catarina Soares. Conselheiros efetivos: Dra. Eliete Colaço, Dr. Francimar Ferrari, Dra. Francisca Rego, Dra. Rosilda Argolo, Dra.

Talita Camelo. Conselheiros Suplentes: Dra. Bernadete Pitta, Dra. Cínthia Vasconcelos, Dr. Dimitri Taurino, Dr. Geraldo Magela, Dra. Iara Lucena,

Dra. Kátia Silva, Dra. Maria José Ribeiro Tavares, Dra. Valderlene Santos. DEFIS: Dra. Francisca Rego, Dra. Kátia Leandra, Dra. Maria José Ribeiro

Tavares. Assessoria Jurídica: Dr. Carlos Alberto dos Santos e Dra. Nadja Pimentel. Assessoria Contábil: Aderson Teixeira de Carvalho. Conselho

Editorial: Alysson Braga, Dr. Silano Barros. Revisor: Dr. Flávio Maciel. Produção Editorial: MID COMUNICAÇÃO - www.midcomunicacao.com.br -

(81) 3423.0575. Tiragem: 12 mil exemplares. Impressão: Gráfica Centauro. Jornalista responsável: Isabel Ribeiro (DRT-PE 3046). Edição: Hálamo

Cavalcante (DRT-PE 3196). Textos: Mirella Izídio. Projeto gráfico e diagramação: Cláudia Bôaviagem. Para anunciar, ligue: (81) 3423.0575

A Revista CREFITO-1 é uma publicação trimestral do Conselho Regional de

Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região, na circunscrição dos Estados de

Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte | Sede: Rua Henrique Dias,

303, Boa Vista, Recife - PE - CEP 50 070 140 | Contato: (81) 3081.5000 | Fax: (81)

3081.5030 | e-mail: [email protected] .

Editorial

Agenda

Entretrenimento

Técnica

Homenagem

Artigos

Capa

Entrevistas

Notas

Assobrafir

Comissão

Delegacia

Palavra do Presidente

Finalmente, categorias na TUSS

Página 10

Nova delegacia em Caruaru

Página 17

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EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013 03ÍNDICE

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Uma edição para ler e guardar com bastante carinho

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 201304 EDITORIAL

Quem tem mais tempo de “es-trada” na Fisioterapia e na Terapia Ocupacional sabe o quanto a notí-cia que estampa esta edição da Re-vista do CREFITO-1 era aguardada.

A conquista de valores próprios na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS) era uma luta antiga, de idas e vindas pelos corre-dores da Agência Nacional de Saú-de Suplementar (ANS), de reuniões constantes com outros Conselhos profissionais da área da saúde so-bre como poderíamos, juntos, tirar as reivindicações do papel e torná--las reais para milhões de cidadãos

que têm a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional como profissiões e que não estavam sendo contemplados de forma justa nem pelos órgãos fiscalizadores e muito menos pelas operadoras de planos de saúde.

Mas a conquista veio, e ago-ra ela é reportagem de capa des-ta edição da nossa revista. Vamos comemorar, assim como foram comemorados os 50 anos de cria-ção dos cursos de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da UFPE. Não poderíamos deixar de homenagear todos que fizeram destes os primei-ros cursos do Norte/Nordeste em

uma instituição pública de ensino superior.

Também trazemos curiosidades, como uma técnica pouco conhe-cida - a Fisioterapia Transcraniana - e o uso da acupuntura no trata-mento da doença de Parkinson, tratamento que vem conseguindo bons resultados. Quer uma dica de livro? Nós apresentamos uma bem interessante. Seu negócio é viajar? Pois Bonito está logo aqui do lado. Conheça mais um pouco das suas belezas.

Boa leitura. CREFITO-1

II Congresso de fIsIoterapIa CardIorrespIratórIa e terapIa IntensIva do vale do são fran-CIsCo (CofIrvale) e I Congresso do sertão de fIsIoterapIa CardIorrespIratórIa e terapIa IntensIva (CosefIr)Local: Petrolina - Pernambuco | Informações: www.facebook.com/assobrafir.| 31 de maio e 1º de junho de 2013

XvI Congresso InternaCIonal da federaÇão MUndIal de terapeUtas oCUpaCIonaIsTema: Tradições partilhadas, criação de futuros. Local: Yokohama - JapãoInformações: www.wfot.org/wfot2014.| 18 a 21 de junho de 2014

XIII Congresso BrasIleIro de terapIa oCUpaCIonalTema: Terapia Ocupacional e políticas públicas: diretrizes, compromissos e ações. Local: Florianópolis - Santa Catarina | Informações: http://cbto2013.com.br.| 13 a 16 de outubro de 2013

XX Congresso BrasIleIro de fIsIoterapIaTema: Da Ciência da Funcionalidade aos Novos Desafios Profissionais. Local: Fortaleza - Ceará | Informações: www.afb.org.br.| 16 a 18 de outubro de 2013

agenda de eventos

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Dica de livro: Empreendedores Esquecidos

Dica de viagem: Bonito (PE)

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013 05ENTRETENIMENTO

Empreendedores Esquecidos é um livro para profissionais pres-

tadores de serviços como fisiotera-peutas, terapeutas ocupacionais, advogados, arquitetos e outros profissionais que passaram anos se aprimorando tecnicamente, mas que não se prepararam para o dia a dia de um negócio.

Muitas das publicações exis-tentes no mercado contemplam segmentos ou áreas estruturadas, como organizações com processos definidos e com departamentaliza-ção, mas Empreendedores Esque-cidos traz uma abordagem para o profissional que está na linha de frente, excuta o serviço principal e ainda realiza todas as etapas dos

Distante cerca de 100 quilô-metros do Recife, Agreste

adentro, encontra-se uma das Sete Maravilhas de Pernambuco: as cachoeiras de Bonito. Não é à toa que o lugar tem esse nome. A beleza natural de suas quedas d’água e riachos faz jus ao batis-mo e já tornou o local nacional-mente famoso.

Dentre os pontos mais lembra-dos por turistas que procuram a região estão as cachoeiras do Má-gico, Barra Azul, Pedra Redonda, Poço Dantas e, uma das mais fa-mosas, a Véu de Noiva. O visitan-te ainda é convidado a entrar na mata por trilhas, mergulhar em la-gos, piscinas naturais e até descer corredeiras e praticar rapel.

processos organizacionais como contas a receber, contas a pa-gar, prospecção de clientes e outras atividades ligadas à ges-tão de um negócio.

Temas como administração do tempo, realização de mu-danças, a busca por valor e até a dúvida sobre a vocação ou negócio são abordados no livro.

Escrito de forma simples e clara, o livro é ilustrado com exemplos e com explicações etapa por etapa. A obra é recomendada tanto para profissionais que estão em-preendendo e mesmo para aqueles que não são em-preendedores.

Para aqueles que gostam de re-laxar, apreciar a natureza e paisa-gem, o Mirante da Serra do Ara-ticum e a Reserva Ecológica Mata do Mucuri são algumas opções obrigatórias no roteiro.

Bonito possui opções variadas de hospedagens como pousadas, hotéis-fazenda e áreas de camping.

Pedra do Rodeador Bonito reserva belas paisagens

Fotos: DivulgaçãoReprodução

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EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 201306 TÉCNICA

Estimulação transcraniana: uma nova ferramenta para a Fisioterapia

Em setembro de 2009, um Aci-dente Vascular Cerebral (AVC).

Apenas quatro meses depois, um segundo AVC. Até pouco tempo atrás era comum sentir queimores fortes no lado afetado do corpo, tão fortes que chegavam a doer e impossibilitavam o movimen-to. Hoje, aos 50 anos, o sargento do Corpo de Bombeiros Ricardo José Gomes da Silva garante estar bem melhor: as dores não existem mais, os queimores estão mais brandos e sua sensibilidade e mo-vimentação evoluíram. “Agora es-tou conseguindo até usar sandália de dedo. Antes ela caía do meu pé”, afirma. O quadro do militar começou a mudar depois que ele se submeteu a sessões de estimu-lação transcraniana.

O tratamento, realizado no La-boratório de Neurociência Aplica-da (LANA) do Departamento de Fisioterapia da UFPE, consiste em técnicas de neuromodulação com capacidade de modificar a ativida-de cerebral de modo indolor, local e não invasivo. Segundo a coorde-

nadora do LANA, professora Kátia do Monte Silva, o método vem ganhando destaque nas últimas décadas por sua potencial capaci-dade em aumentar os efeitos das terapias tradicionais. “Aumentar ou diminuir a atividade cortical antes da aplicação das técnicas da Fisioterapia ou da Terapia Ocupa-cional pode resultar em melhoras no quadro clínico em diversas pa-tologias neurológicas ou músculo

esqueléticas em vários níveis de complexidade”, comenta.

Isso explica cientificamente o alívio sentido pelo sargento Ricar-do: no 14º atendimento a dor sa-nou, o queimor diminuiu significa-tivamente, a dosagem do remédio para dor foi reduzida e foi retirada a medicação ansiolítica.

Apesar de vislumbrar que a tendência seja cada vez mais a utilização do método, Dra. Ká-tia do Monte avalia que a difu-são ainda acontece num ritmo lento. “Infelizmente, no Brasil, ainda são poucos os grupos que conhecem as estimulações trans-cranianas e mais escassos são os que as utilizam no contexto da reabilitação motora. Temos co-nhecimentos de grupos em São Paulo, Paraíba e Bahia”.

No LANA utilizam-se as técni-cas da neuromodulação em as-sociação a técnicas tradicionais

A Estimulação Transcraniana

da Fisioterapia no tratamento de disfunções motoras de pacientes com Parkinson e com sequelas motoras resultantes de acidentes vasculares.

Dra. Kátia do Monte esclarece que as técnicas de neuromodu-lação (aestimulação magnética transcraniana - TMS - e a esti-mulação transcraniana por cor-rente contínua - TDCS) podem ser usadas no tratamento de pa-tologias cerebrais causadoras de alterações de atividade cortical, como epilepsia, acidente vascular cerebral, distonia, doença de Pa-rkison, transtornos neuropsiquiá-tricos e síndromes dolorosas, tipo fibromialgia e cefaleia. O uso das estimulações cerebrais é contrain-dicado para gestantes, portadores de implantes metálicos no crânio e pacientes com lesão dermatoló-gica no escalpo.

LUTA - Apesar das promissoras possibilidades demonstradas em várias pesquisas, o uso clínico das técnicas de neuromodulação ain-da é limitado devido à falta de de-finição de protocolos.

Há cerca de um ano e meio, a professora Kátia do Monte, jun-tamente com outros fisioterapeu-tas e agora com apoio da Asso-ciação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional (ABRAFIN), vem combatendo as investidas dos profissionais médicos que tentam convencer a população de que a técnica é privativa dos médicos. “Por isso é importante ganharmos força junto à nossa classe e divul-gar nossa luta”, defende.

“Agora estou conseguindo até usar

sandália de dedo. Antes ela caía do meu pé”

Foto: Divulgação

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Comemorar este tempo de criação é motivo de satisfação e de gratidão por

todas as conquistas na trajetória do Curso, da profissão e dos terapeutas ocupacionais de Pernambuco. O fruto do trabalho empreendido no Curso

é significativo para todas as pessoas formadas nessa instituição e para quem

compõe hoje os seus quadros como professor, estudante e funcionário.

Reconhecemos, ao longo desses anos, o crescimento do Curso e áreas de atuação

e a qualidade na formação técnica, ética, política e humana de terapeutas

ocupacionais e cidadãos, comprometidos com a promoção e prevenção em saúde e com a reabilitação e inserção social das

pessoas que cuidamos.

Profª Ilka Veras Falcão (Profª Adjunta do Curso de Terapia Ocupacional)

Há 50 anos éramos poucos, estávamos engatinhando na formulação da

encantada Terapia Ocupacional em um curso só nosso, curso esse que para segui-lo era preciso um pouco

de ousadia e um quê de atrevimento. Cinquenta anos é muito pouco, mas

não fossem os raros atrevidos, hoje não vislumbraríamos a comemoração das nossas bodas de ouro. Para mim, fazer parte dessa história é um privilégio. Não

há como não se orgulhar do passado de tantas lutas e não sonhar com dias ainda melhores para nossa profissão.

Nesta data tão importante, como não se alegrar em ver que muita gente já sabe que Terapia Ocupacional não é ocupar o tempo livre de alguém? Cinquenta

anos são só 50 anos, durante os quais nem imaginávamos que chegaríamos, e chegamos. Como é bom saber que

ainda tem muito a ser conquistado e que, se assim Deus permitir, farei parte dos

próximos 50; como é bom saber que um dia poderei ser, quem sabe, motivação

para muitos continuarem a expandir essa linda profissão.

Mirella Barata(Acadêmica do 5º período de Terapia

Ocupacional- UFPE)

Fiquei muito contente em representar o CREFITO-1 na comemoração dos 50

anos do curso na UFPE. O auditório estava repleto de estudantes de Terapia

Ocupacional, a programação das palestras que seriam apresentadas à

tarde estava com temas maravilhosos, e a maioria de experiência dos(as)

acadêmicos e apresentados por eles(as). Estavam presentes pessoas importantes na existência do Curso

de Terapia Ocupacional da UFPE, tais como a prof. Amélia Pessoa (que foi a homenageada), o reitor, professores e professoras que já passaram pelo

Departamento de Terapia Ocupacional, bem como funcionários antigos.

O discurso da Dra. Ilka deixou todos os presentes emocionados. Depois,

fomos recepcionados com direito a um bolo lindamente decorado e delicioso.Fiquei zzmuito feliz com aquele dia, me fez relembrar os tempos de faculdade,

encontrar alguns professores e funcionários do meu tempo de

acadêmica, e ver o crescimento do Curso e sua valorização no mercado de

trabalho.

Drª. Teresa Pedrosa(Diretora Tesoureira do CREFITO-1)

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013 07HOMENAGEM

UFPE comemora 50 anos do curso de Terapia Ocupacional com homenagem em grande estilo aos seus pioneiros

Registros revelam que práti-cas hoje relacionadas à Tera-

pia Ocupacional são realizadas há muito tempo: desde a Antiguidade com egípcios, gregos e romanos. No entanto, a profissão teria que percorrer um longo caminho até ser reconhecida como tal. No Brasil, isso só viria a acontecer no dia 13 de outubro de 1969 pelo Decreto--lei nº 938, publicado no Diario Ofi-cial de número 197.

Antes mesmo desse aconteci-mento, Pernambuco já oferecia aulas aos interessados na formação

como terapeuta ocupacional. Em 1962 foi criado o Curso Técnico de Terapia Ocupacional no Insti-tuto Universitário de Reabilitação (IUR), como extensão da cátedra de Clínica Cirúrgica e Ortopédica da Faculdade de Medicina da Uni-versidade do Recife. Neste mesmo ano foi inaugurado o Centro de Reabilitação do Recife, e em 1964 já contavam-se com profissionais formados em Pernambuco. Cinco anos depois, a formação superior em Terapia Ocupacional foi reco-nhecida e oferecida na composição

do Curso de Reabilitação. A UFPE foi a primeira Instituição Federal de Ensino Superior a oferecer os cursos nas regiões Norte e Nordes-te. Em 1981, a instituição abriu, de forma inédita, as inscrições do vestibular para o curso de Terapia Ocupacional em nível superior em Pernambuco.

No dia 11 de dezembro, uma solenidade marcou os 50 anos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambu-co. Confira depoimentos de pesso-as que fazem parte dessa história:

Profª. Ilka Veras

Foto

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ção

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Fisioterapia e Acupuntura como aliadas no tratamento da doença de Parkinson

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 201308 ARTIGO

A doença de Parkinson é uma condição patológica pro-

gressiva crônica do Sistema Ner-voso Central que surge a partir do momento em que os neurô-nios da substância negra, res-ponsáveis pela produção de do-pamina, perdem suas funções, promovendo o aparecimento do tremor em repouso, rigidez e bra-dicinesia, além de manifestações secundárias como incoordenação motora, micrografia, deformida-des da mão e pé, distonia, hiper-cifose torácica, entre outros.

O tratamento fisioterapêutico consiste na avaliação cinético--funcional, visando fortalecimen-to muscular através de alonga-mentos passivos e prolongados, mobilizações articulares, exer-cícios respiratórios, treinamen-to de marcha e, se for possível, hidrocinesioterapia, objetivando o adiamento de complicações e deformidades secundárias, bem como a manutenção das capaci-dades funcionais.

Na Medicina Tradicional Chi-nesa, dentre as causas que po-dem desencadear a doença de Parkinson, estão a sobrecarga de trabalho, atividade sexual exces-

visa reequilibrar a constituição fisiológica do indivíduo, enten-de-se que os dois tratamentos combinados promovem fortale-cimento das funções motoras e melhora na qualidade de vida dos pacientes.

Por: Amanda Damasceno SoaresFisioterapeuta graduada pela Universi-dade Estácio de Sá, RJ, em 2007. Especialista em Acupuntura pelas Fa-culdades Pestalozzi de Niterói, em 2010. Email: [email protected]

siva, dieta desequilibrada e ten-são emocional. A enfermidade aparece com sintoma de tremo-res, sendo sempre relacionada ao Vento do Fígado, que é uma manifestação patogênica exter-na, causando desequilíbrio no organismo.

Para que a Acupuntura seja feita, devem ser analisados os sistemas do organismo, a língua e o pulso que são determinan-tes no tratamento. Podem ser utilizados como metodologia terapêutica a Craniopuntura do Yamamoto, com pontos cere-brais (cérebro, cerebelo e gân-glios basais); Acupuntura Escal-peana, com pontos que tratam tremores (área motora, área da coreia/tremor, área sensitiva); Acupuntura Sistêmica, que obje-tiva equilibrar a constituição do indivíduo; e Auriculoacupuntu-ra, com pontos cujos objetivos devem ser diminuir os efeitos da depressão (Shen Men), da an-siedade (Ponto da Ansiedade), expulsar Vento (Ponto Fígado), restaurar essência (Ponto Rim).

Como o tratamento fisiotera-pêutico tem como princípio res-taurar as funções e a Acupuntura

Foto: Divulgação

Dr. Amanda Damasceno Soares

referências: BARBOSA, Egberto Reis; SALLEM, Flávio Augusto Sekeff. Doença de Parkinson – Diagnóstico. Revista de Neurociências v.13 n. 3 Jul/Set, 2005.O’ SULLIVAN S.B. Doença de Parkinson. In: O’ SULLIVAN S.B.; SCHMITZ T.J. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 4 ed. São Paulo: Manole, 2004.MACIOCIA, Giovanni. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: Um Texto Abrangente para Acupunturistas e Fitoterapeutas. 2 ed. São Paulo: Roca, 2007.MACIOCIA, Giovanni. A Prática da Medicina Chinesa: Tratamento de Doenças com Acupuntura e Ervas Chinesas. 2 ed. São Paulo: Roca, 2009ROSS, Jeremy. Combinação de Pontos de Acupuntura: a chave para o êxito clínico. São Paulo: Roca, 2003.YAMAMOTO, Toshikatsu; YAMAMOTO, Helen; YAMAMOTO, Michiko Margaret. Tradução: Ronaldo Koester Santori; revisão científica Jorge Cavalcanti Boucinhas – São Paulo: Roca, 2007.

Page 9: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

 

Fotos: Divulgação

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013 09ARTIGO

A evolução do SETODOM - Serviço de Terapia Ocupacional Domiciliar - na cidade de Maceió (AL)

O crescimento significativo des-sa modalidade de atendimen-

to vem se destacando na cidade de Maceió e em demais regiões brasi-leiras pelo avanço das técnicas da área da Saúde, que vem proporcio-nando um aumento na expectativa de vida da população. As medica-ções modernas e novos meios de exames permitem o diagnóstico precoce de patologias infecciosas que levavam a óbito grande parte da população idosa.

Em consequência dessa lon-gevidade, surgiram as doenças crônicas degenerativas, que le-vam a uma perda relevante da funcionalidade e independência desse mesmo idoso. O ambiente familiar traz uma melhor adequa-ção e segurança, além de redu-ção com gastos nas internações. Esse setting sugerido proporciona um suporte para uma melhor in-teração família e paciente, pois, como já foi comprovado em di-versos estudos, o apoio familiar é imprescindível para uma melhora no quadro de patologia em que se encontra o cliente.

O Serviço de Terapia Ocupacio-nal Domicliar - SETODOM - vem como suporte específico para o tratamento dessa demanda. A clientela atendida no serviço na maior parte dos casos passou por

algum tipo de internação e, por consequência das patologias, pos-suem algumas perdas funcionais, tanto nos aspectos cognitivos quanto no que diz respeito aos motores. Portanto, o serviço ofe-rece avaliações específicas para cada quadro sugerido ( Índice de Katz, Escala de Bartel, Avaliações direcionadas às AIVDs, Avalia-ções cognitivas: Meem, Fluência verbal, Teste do relógio, Códigos etc), tendo com isso um suporte para triagem, direcionamento dos objetivos, metas a longo e curto prazo e uma melhor comunicação com a equipe interdisciplinar, que tem nesse paciente o centro de todas as abordagens.

O objetivo central desses aten-dimentos é oferecer ao cliente uma melhor funcionalidade, vi-sando sempre sua independência e autonomia. Sabemos que as li-mitações existem, mas o trabalho é feito nas potencialidades desse paciente, melhorando as capaci-dades funcionais nas atividades diárias; treino e uso de adapta-ções pessoais e órteses (apare-lhos confeccionados sob medida para o posicionamento correto do membro), ajudando a preservar as funções e movimentos; e esti-mular as funções cognitivas como memória, atenção, linguagem,

raciocínio, orientação no tempo e no espaço e outras. Buscamos também promover o resgate e valorização das reminiscências e identidade pessoal, como natura-lidade, profissão, rede de cuida-dos, tipo de moradia, constitui-ção familiar, preferências, gostos, aversões e outros, facilitando a ex-pressão e elaboração de conteú-dos que emergem, dando destino às angustias, provenientes ou não da doença (conversa, expressão, fotos, notícias, músicas), orientar sobre as interferências arquitetô-nicas: iluminação/ portas/ janelas/ instalações/mobiliárias/degraus--rampas/ banheiro.Esse artigo foi apresentado no Con-gresso Interdisciplinar de Assistência Domiciliar – CIAD – 2009.

Autores: Dr. Clóvis Eduardo Silva Falcão de Almeida - Terapeuta ocupacional, gerontólogo com experiência na área de Terapia Ocupacio-nal Domiciliar, com ênfase em Terapia Ocupacional Social, Terapia Ocupacional Neurológica e Acompanhamento Tera-pêutico em Saúde Mental. Dr. Kelfson Reginaldo Lins Souto - Atualmente é Terapeuta Ocupacional da Fundação Terra-Mens Sana. Tem ex-periência na área de Terapia Ocupacional, com ênfase em Reabilitação Cognitiva com direcionamento ao adulto e idoso.

Page 10: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 201310 CAPA

Categorias em festa: Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais conquistam valores próprios na TUSS

No mês em que se comemo-rou o Dia do Fisioterapeuta e

do Terapeuta Ocupacional (outu-bro de 2012) as duas classes pro-fissionais ganharam de presente uma notícia esperada há 20 anos: o Referencial de Honorários Fisio-terapêuticos e o Referencial de Honorários Terapêuticos Ocupa-cionais, que utilizam a termino-logia baseada na Classificação Internacional de Funcionalida-de, foram parcialmente publica-dos na Terminologia Unificada de Saúde Suplementar versão 3 (TUSS). A ação traz uma mudança fundamental para os envolvidos. Significa que, a partir de ago-ra, essas duas classes deixam de ter suas remunerações baseadas por tabelas médicas e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) passa a reconhecer, clas-sificar, codificar e regulamentar o trabalho de fisioterapeutas e de terapeutas ocupacionais com base em um referencial desenvol-vido para atender às necessida-des desses profissionais.

O fato de a Fisioterapia e a

a situação desencadeava uma su-cessão de ações que contribuíam para profissionais insatisfeitos, mal remunerados, clínicas suca-teadas e ainda o comprometi-mento da própria imagem das profissões.

“Diante deste cenário, a Co-missão de Honorários do CRE-FITO-1 se reuniu com represen-tantes da Comissão Nacional de Honorários do COFFITO e da Fe-deração Nacional das Empresas de Fisioterapia e Terapia Ocupa-cional (FENAFISIO) para elaborar estratégias para reverter o qua-dro”, explica Dra. Iaponira. Ela ainda esclarece que a constatação de que as profissões não estavam contempladas na TUSS justificava a prática utilizada pelas Operado-ras de Saúde remunerarem estes profissionais com os códigos de procedimentos médicos, como, por exemplo, “Assistência Fisiá-trica Respiratória”. Ao agir assim, as Operadoras de Saúde desca-racterizavam a identidade da pro-fissão, não remuneravam avalia-ções e outros procedimentos.

Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais passam a contar com mais agilidade nas nego-ciações dos honorários com as operadoras de saúde, além da padronização da nomenclatura dos atendimentos, agora alinha-dos à terminologia e, sobretudo, a inclusão de diversos procedi-mentos executados, antes não--remunerados, como consultas e atendimento domiciliar.

Os profissionais das duas cate-gorias não receberão mais como

Terapia Ocupacional não terem seus diversos procedimentos con-templados na TUSS possibilitava uma relação unilateral com as Operadoras de Saúde (OPS), com imposição de codificações inade-quadas da especialidade médica ou até mesmo codificações espe-cíficas criadas para atender os in-teresses econômicos das OPS em

detrimento do adequado exer-cício das profissões. Com a pu-blicação do referencial da TUSS, essa prática passará a ser ilegal e deve ser denunciada à ANS, sob pena de pesadas multas.

Segundo a presidenta da Co-missão de Honorários do Conse-lho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da 1ª Região (CREFITO-1), Dra. Iaponira Pi-mentel, a inclusão da reabilitação na TUSS já havia sido feita, no entanto a nomenclatura utilizada era atribuída a outros profissio-nais. “Isso dava liberdade às Ope-radoras de Saúde para utilizarem a nomenclatura que quisessem e não remunerassem consultas, por exemplo, e ainda cometes-sem outros equívocos”, declara Dra. Iaponira. Para a presidenta,

A constatação de que as profissões não estavam

contempladas na TUSS justificava a prática

utilizada pelas Operadoras de Saúde remunerarem

estes profissionais

Page 11: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

TUSS – A Terminologia foi insti-tuída por meio de uma Instrução Normativa da ANS em 2009 com objetivo de padronizar uma ter-minologia clínica única que via-bilizasse a operacionalização do

sistema de Troca de Informação na Saúde Suplementar (TISS), estabelecendo, dessa forma, um padrão nacional de comunicação entre os prestadores de serviço na saúde suplementar, entre as operadoras de saúde e os seus beneficiários.

Portanto, a TUSS surgiu para corrigir a existência de múltiplas

médicos, e não só receberão por atendimentos, mas também por procedimentos. O debate acon-tece desde 1992 e a causa é plei-teada pela Comissão de Hono-rários do CREFITO-1 em parceria com a Associação Pernambucana de Empresas de Fisioterapia e Te-rapia Ocupacional (APPESFITO) e com a Federação Nacional de As-sociações Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (FENAFISIO).

“É importante esclarecer que o projeto propõe a inclusão de 100% dos procedimentos execu-tados pela Fisioterapia e pela Tera-pia Ocupacional em ambulatórios, hospitais e home care. Na primeira fase foram inclusos os atendimen-tos e avaliações nestas esferas”, detalha a presidente da Comissão de Honorários do CREFITO-1.

É muito importante, portan-to, que todos os profissionais da Fisioterapia e da Terapia Ocupa-cional saibam que, após essas movimentações, os seus proce-dimentos terão uma codificação própria.

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013 11CAPA

O reconhecimento de um Referencial próprio

para Fisioterapia e para a Terapia Ocupacional vem

equilibrar o sistema e proteger as classes contra possíveis desvantagens

profissionais

Foto: Divulgação

Na foto, da esquerda para a direita: Dra. Marlene Vieira (Presidente da FENAFISIO, Membro da Comissão de Honorários do COFFITO e Conselheira do CREFITO-8); Dra. Iaponira Pimentel (Vice-presidente da FENAFISIO, Presidente da APPESFITO e Coordenadora da Comissão de Honorários do CREFITO-1); Dr. Francimar Ferrari (Coordenador da Comissão de Honorários do COFFITO, Membro da

Comissão de Negociação da FENAFISIO e Conselheiro do CREFITO-1); e Dra. Paula Cardoso (Membro da Comissão de Negociação da FENAFISIO e Membro da Comissão de Honorários do CREFITO 1).

tabelas de codificação e descrição dos diversos procedimentos no mercado de saúde suplementar e que inviabilizavam a implemen-tação de um eficiente sistema de trocas de informações entre as partes envolvidas neste mercado, assim como o papel regulatório e fiscalizatório da ANS.

Entretanto, a TUSS, elabora-da pelo Comitê de Padronização das Informações de Saúde Su-plementar (COPISS) da ANS, foi constituída com base em uma nomenclatura de procedimentos médicos no padrão da Classifi-cação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) da Associação Médica Brasileira.

O reconhecimento de um Re-ferencial próprio para Fisioterapia e para a Terapia Ocupacional vem equilibrar o sistema e proteger as duas classes contra possíveis des-vantagens. Cabe agora aos Con-selhos continuar fiscalizando os órgãos para que esse direito seja plenamento exercido e estendido a todos os profissionais.

Page 12: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

A Dra. Aline Suane foi acusada de praticar ilegalmente a Medi-cina por fazer exames de espiro-metria. Foi à Justiça e provou que essa também é uma atividade da Fisioterapia.

Por favor, faça uma breve apresentação de sua carreira (formação, instituições, espe-cialidades, atividade)

Conclui o curso de graduação em 2009.2 na ASCES (Associação Caruaruense de Ensino Superior). Em 2010 iniciei a especialização em Fisioterapia Manipulativa pelo IDE Cursos/Faculdade Redentor no Recife. Além de fazer os cursos de formação em Pilates pela ME-TACORPUS, o de Prova de Função Pulmonar – Espirometria pela INS-PIRAR em Florianópolis, e o curso de formação em Ergonomia pela IBRAFIT, em São Paulo.

Em 2011, fiz o curso de forma-ção em Perícia Judicial para Fisio-terapeutas pela Qualifica Treina-mentos. No ano de 2012 ingressei no quadro de Peritos da Justiça do Trabalho de Caruaru.

Atualmente, minhas atividades profissionais estão voltadas para a Saúde do Trabalhador, com a realização de exames de Espiro-metria Ocupacional, Análise Er-gonômica do Trabalho e Perícia Judicial Trabalhista.

Explique a questão que acon-teceu envolvendo a Justiça em sua atividade no exame de Es-pirometria.

Em maio de 2012 recebi em meu consultório uma intimação judicial para comparecer a uma

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 201312 ENTREVISTA

prontificaram-se de imediato em nos ajudar a colher dados para o embasamento legal da defesa.

Meu advogado antecipou-se e prontamente confeccionou a de-fesa, indo de imediato falar com a promotora. O resultado foi um pa-recer inicial favorável a mim.

Em seu parecer, a promotora informou que toda a celeuma se deu porque o Conselho de Medi-cina não quis interpretar a Resolu-ção COFFITO nº 80/87, sugerindo que os profissionais médicos se atualizassem em relação à compe-tência dos fisioterapeutas, pois a Fisioterapia é uma área que tem evoluído cada vez mais. Afirmou ainda que o exame de Espirome-tria não é ato provativo de médico e que isto está bem claro na Reso-lução COFFITO nº 400/2011, que autoriza os fisioterapeutas a reali-zar tal exame.

O Juiz, ao ver a defesa feita pelo meu advogado e o teor do parecer da promotora, inocen-tou-me antecipadamente e arqui-vou o processo antes mesmo de ocorrer a audiência.

A experiência de responder um processo criminal não é fácil, fiquei emocionalmente abalada. Apro-veito esta oportunidade para dei-xar meu agradecimento ao meu advogado, Dr. Thiago de Lima e França, por toda força e orienta-ção dada, mantendo-me sempre calma e confiante de minha vitó-ria a todo tempo. Também quero agradecer ao advogado do CRE-FITO-1, Dr. Carlos Alberto Lopes, e ao presidente, Dr. Silano Barros, por todo apoio e ajuda.

audiência que ocorreria em se-tembro do mesmo ano. Fui orien-tada pelo meu advogado, o Dr. Thiago de Lima e França, a me di-rigir até o Juizado Especial Crimi-nal de Caruaru para ver o Proces-so e tomar conhecimento do que se tratava tal intimação. Quando cheguei ao juizado, fiquei muito surpresa e até chocada em sa-ber que a denúncia me acusava de estar exercendo ilegalmente a profissão de médico.

O processo havia sido gerado a partir de uma denúncia feita por uma médica pneumologista de Caruaru ao CREMEPE (Conselho Regional de Medicina de Pernam-buco). Tal médica informou em sua denúncia que havia recebido em seu consultório uma paciente que lhe entregou um exame de Espirometria feito por mim, e ar-gumentou que tal exame só pode-ria ser feito por médicos.

Entrei em contato com o CREFI-TO-1, e o advogado de nosso Con-selho, Dr. Carlos Alberto Lopes, e o presidente, o Dr. Silano Barros,

Dra. Aline Suane

Foto: MID Com

unicação

Fisioterapeuta pernambucana prova, na Justiça, que exames de espirometria também são da competência da Fisioterapia

Page 13: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

previsto no seu art 3º. Espero que este caso tenha uma

grande repercussão na nossa pro-fissão. Inúmeros colegas talvez nem saibam que o fisioterapeuta é apto para realizar este exame de-nominado espirometria ou acham que necessitam da supervisão e assinatura de médicos, quando somos totalmente autônomos.

Acredito que essa decisão da Justiça servirá para um posicio-namento mais forte de respeito e abrirá inúmeras portas para que outros profissionais ingressem também nesta área tão pouco abrangida.

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013 13ENTREVISTA

“Infelizmente, alguns profissionais da classe médica não aceitam as

inúmeras atualizações que acontecem não só na nossa profissão, mas também nas

demais profissões da área da saúde”

Diante desses acontecimen-tos, qual a sua percepção dos fatos e como interpretar a in-fluência deste caso para todos os outros profissionais da área?

Diante destes fatos percebi que, infelizmente, alguns pro-fissionais da classe médica não aceitam as inúmeras atualizações que acontecem não só na nossa profissão, mas também nas de-mais profissões da área da Saúde, o que demonstra ser uma afronta ou até mesmo desrespeito à clas-se dos profissionais desta área, e que são tão competentes quanto os médicos.

Não merecemos nenhum tipo de discriminação ou limitação quanto às nossas atividades, quan-do estas estão previstas pelo nosso órgão de classe. Principalmente porque o exame de Espirometria está dentro dos limites e poderes dados pelo nosso Conselho, con-forme a Resolução do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), Resolução nº 400, de 03 de Agosto de 2011,

Na sua opinião, quais são as principais dificuldades que os fisioterapeutas enfrentam em relação a outros profissionais de saúde - sobretudo os da clas-se médica?

Até responder a esta ação crimi-nal, não via dificuldade em relação aos outros profissionais de Saúde. Acho que existe campo para to-dos, mas não posso mais pensar que não existe dificuldade. Percebi que alguns médicos não aceitam as nossas evoluções, ou tentam não entender nossas Resoluções.

A principal dificuldade é a fal-ta de atualização de alguns mé-dicos quanto as atividades que outras profissões podem realizar também, não sendo atividade exclusiva deles. Eles até mesmo podem ser conhecedores da au-tonomia dos demais profissionais em algumas atividades, mas não acreditam na competência dos mesmos, ocorrendo, assim, a dis-criminação de alguns dos médi-cos em relação às demais profis-sões da área da Saúde.

JURÍDICO

Relação de Processos Éticos julgados em 2012

Ao longo de 2012, as Comis-sões de Ética do CREFITO-1

julgaram vários processos envol-vendo a conduta de profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocu-pacional nos quatro estados da cir-cunscrição (Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte).

Confira, ao lado, a relação dos processos éticos julgados em 2012.

CEDF 001/ 2011 - PECEDF 002/ 2011 - PECEDF 0013/ 2011 - PECEDF 013/ 2011 – PBCEDF 004/ 2011 - PECEDF 012/ 2011 – PBCEDF 005/ 2011 – RNCEDF 007/ 2011 – RNCEDF 008/ 2011 – RN

CEDF 011/ 2011 – ALCEDF 002/ 2012 – RNCEDF 004/ 2012 - RNCEDF 007/ 2011 – RNCEDF 010/ 2011 – RNCEDF 015/ 2011– ALCEDF 017/ 2011 – ALCEDF 011/ 2011 – AL

Page 14: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 201314 ENTREVISTA

A professora e terapeuta ocu-pacional Alaine Benetti, uma das pioneiras no uso de videogame como ferramenta terapêutica nas áreas físicas e neurológicas.

Por favor, faça uma breve apresentação de sua carreira (formação, instituições, espe-cialidades, atividades).

Sou Alaine Aparecida Benetti De Grande, formada em 1984 na Faculdade Salesianos, de Lins, São Paulo. Atuo como terapeuta ocupacional sempre na área física (neurologia e ortopedia, oncolo-gia e saúde do trabalhador).

Sou especialista em Terapia da Mão pela USP/SP em 1996; Mes-tre em Reabilitação Física pela UNIFESP/SP (2002); e consultora em Ergonomia desde 2000.

Na docência, comecei como professora em Lins, em 1999, e em 2003 iniciei como professora, supervisora de estágios, pesqui-sadora e coordenadora de proje-tos de extensão na Universidade Potiguar (UnP). Em 2010, assumi

O uso de jogos na Terapia Ocupacional

de curso aqui da Universidade Po-tiguar visou o ganho de atenção e concentração em um paciente paralímpico do atletismo. Os re-sultados foram sensacionais.

Como é o tratamento?Na verdade, a escolha dos jo-

gos, do videogame e dos dispo-sitivos a serem utilizados depen-derá da avaliação criteriosa feita pelo terapeuta ocupacional. So-mente depois, com os objetivos de intervenção traçados, é que se escolhe os recursos terapêuticos ocupacionais. E entre eles poderá estar o videogame ou não.

Caso o paciente aceite este recurso, os dispositivos, os obje-tivos traçados do tratamento, o número previsto de atendimen-tos e o tempo de duração de cada um deverão ser explicados ao paciente para que ele tenha total adesão ao tratamento e va-lorize esses encontros. É preciso que fique bem claro que, apesar do viodeogamente, aquilo não se trata de uma brincadeira.

Só acredito em tratamento com a parceria e confiança total do nosso paciente. Se ele não estiver informado de cada pas-so a ser tomado, da escolha dos jogos, dos dispositivos utilizados em cada jogo (se for o caso), ele não valorizará o trabalho do tera-peuta ocupacional.

Acredito também na prática baseada em evidencias, ou seja, mostrar ao paciente cada ganho de amplitude, cada resposta po-sitiva às atividades de vida diária. Os ganhos funcionais ou cogniti-vos devem ser anotados e com-

a coordenação do curso de Tera-pia Ocupacional, além de coorde-nar dois cursos de pós graduação Lato Sensu na mesma Universida-de (Reabilitação nas disfunções físicas e Gerontologia).

Atendo em clínicas de reabili-tação particulares desde 1984.

Como surgiu seu interesse em estudar as aplicações do Videogame Nintendo WII em tratamentos terapêuticos?

Na verdade, o uso do videoga-me foi proposto por dois alunos do curso de Terapia Ocupacional aqui da Universidade Potiguar, Luis Carlos Gondim e Fabio Ri-cardo Galvão, que me propuse-ram estudar o uso do videogame “WII” como trabalho de conclu-são de curso deles.

Começaram os estudos refe-renciados e as práticas simuladas entre os alunos no Estágio Super-visionado na Clínica Escola, na área de ortopedia, traumatolo-gia, reumatologia e saúde do tra-balhador (reabilitação/acidentes de trabalho).

A partir dessas vivências co-meçamos a escolher os melhores jogos, os melhores dispositivos e escolher os pacientes para a utili-zação deste tipo de recurso.

Hoje, utilizamos o videogame, ou a reabilitação virtual, como também é chamada, nas áreas fisica e neurológica. Temos uma professora que utiliza princípios da Integração Sensorial e o vide-ogame (WII e Kinect) ao mesmo tempo e também está obtendo ótimos resultados nessa área.

Outro trabalho de conclusão

Dra. Alaine Benetti

Foto

: MID

Com

unica

ção

Page 15: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

com as afecções mais diversas. Tudo dependerá da avaliação te-rapêutica, análise e objetivos do tratamento.

Esse recurso é proposto ao pa-ciente, que normalmente o aceita

sem resistência.Eu tenho experiencia na área

de estimulação cognitiva, cuida-dos paliativos (oncologia) e rea-bilitação física que engloba neu-rologia e ortopedia. Mas temos profissionais atuando nas mais diversas áreas e com clientelas di-ferentes a cada dia. Infelizmente, a publicação por terapeutas ocu-pacionais ainda é pouca.

Já é possível avaliar os resul-tados? Se sim, quais os princi-pais diferenciais que esta fer-ramenta pode trazer para a terapia tradicional?

Só acredito em tratamento com a parceria e confiança total do nosso paciente. Se ele não estiver informado de cada passo a ser tomado, ele não valorizará o trabalho do

terapeuta

parados a cada nova avaliação e o paciente se torna parte integral, atuante desse processo.

Profissionais e pacientes brasileiros estão tendo uma boa aceitação do tratamento feito com videogame? Ainda existe resistência?

Infelizmente sim, inclusive por colegas que ainda não tiveram oportunidades de estudar ou vi-venciar os benefícios desse recur-so. Os estudos têm aumentado, a oferta de cursos também. Eu recebo, inclusive, indicações de neurologistas e oncologistas para o uso do videogame.

Gostaria de abrir um parente-ses aqui: o uso de tablets e te-lefones celulares também está neste contexto, principalmente para os pacientes da Neurologia, pacientes cadeirantes e em leitos hospitalares e domiciliares, pois seu uso, visando a estimulação cognitiva e cuidados paliativos, também está sendo estudado e as primeiras evidências demons-tram excelentes resultados.

Quem pode se submeter a esse tipo de tratamento?

Pacientes de todas as idades,

Por exemplo: jogos de estimu-lação cognitiva, como memória, atenção, concentração, podem ser facilmente encontrados em qualquer computador, nos celu-lares e em tablets. Não precisa ter todo o aparato dos videogames de última geração. Ao mesmo tempo que estes recursos de es-timulação cognitiva auxiliam e promovem mais um recurso para o terapeuta ocupacional. Infeliz-mente, temos profissionais não habilitados utilizando essas ferra-mentas sem o estudo necessário.

O terapeuta ocupacional pre-cisa urgentemente aprender a trabalhar com bases científicas. A grande maioria faz excelen-tes trabalhos em seus consul-tórios, clínicas e atendimentos domiciliares. Possuem verdadei-ros tesouros em seus arquivos e prontuários, mas não publicam. Só publicando nossos resultados teremos a valorização profissional que tanto merecemos.

Atuamos nas áreas do fazer humano. Existe algo mais impor-tante? Já que promovemos o “fa-zer”, o “estar” e o “ser”? Penso que não.

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013 15ENTREVISTA

notas

Nos dias 19 e 20 de abril, o CREFITO-1 vai promover o IV Encontro de Interiorização em Pombal, na Paraíba. A grade de programação, as atividades e o período de inscrições serão divulgados em breve, nas redes sociais (Facebook e Twitter) e no site do CREFITO-1 (www.crefito1.org.br).

O CREFITO-1 realiza, no dia 06 de abril, no Centro de Convenções de Pernambuco, o Encontro de Terapeutas Ocupacionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O evento terá mesas redondas e formação de grupos de trabalho. Os interessados podem fazer suas inscrições no site do Conselho.

O CREFITO-1 iniciou o ano de 2013 com um novo site. Desenvolvido pela MID Comunicação, a página possui muito mais interatividade, prestação de serviços e informações de interesse dos profissionais ligados ao Conselho. O endereço é o mesmo: www.crefito1.org.br.

Page 16: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 201316

No dia 15 de dezembro do ano passado aconteceu a posse

da nova diretoria da Assobrafir – Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva. A cerimônia foi realizada no Hotel Tryp Iguatemi, em São Paulo, cidade sede da entidade.

A chapa “Evolução” foi eleita para o triênio 2013-2016. A presidência agora está com a fisioterapeuta mineira Dra. Jocimar Martins, mas Pernambuco tem dois importantes representantes na Associação.

O Dr. Francimar Ferrari, conselheiro efetivo do CREFITO-1, tomou posse como conselheiro suplente. Já o Dr. Flávio Maciel é membro da Comissão de Ética e Deontologia do CREFITO-1 e assumiu a diretoria científica da entidade. Ele é o primeiro nordestino à frente do posto.

ASSOBRAFIR

Pernambuco assume postos na diretoria da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva

COMISSÃO DE HONORÁRIOS

Seja qual for a ocupação ou segmento, o profissional dese-

ja ser bem remunerado pelo servi-ço prestado. No CREFITO-1, a mis-são de negociar os valores a serem recebidos pelos fisioterapeutas e pelos terapeutas ocupacionais é da Comissão de Honorários. Co-ordenado pela Dra. Iaponira Pi-mentel, esse grupo ainda tem por finalidade realizar reuniões de ne-gociações financeiras com as ope-radoras de saúde, encontros com a Defensoria Pública Estadual a fim de garantir a prestação de um serviço de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional de qualidade para a população, entre outros.

“Essa valorização financeira faz

parte de uma estratégia para res-taurar a dignidade profissional no que diz respeito aos honorários das duas categorias, que há muito tempo encontram-se defasados, comprometendo não só a imagem como também o potencial de cres-cimento das profissões”, explica a coordenadora da Comissão.

Segundo a Dra. Iaponira, uma das grandes vitórias da Comis-são de Honorários foi a inclusão da Fisioterapia e da Terapia Ocu-pacional com uma nomenclatura própria na Agência Nacional de Saúde – ANS – integrando, assim, a Terminologia Única da Saúde Suplementar (TUSS).

“Nossa Comissão de Honorá-

rios foi à central da ANS no Rio de Janeiro de posse de várias denún-cias de descumprimento de regras impostas pela própria Agência por parte das Operadoras de Saúde. Nosso objetivo era reivindicar a inclusão das duas profissões com uma nomenclatura própria dentro da ANS, pois, sem nossa própria codificação, estaríamos sem iden-tidade na TUSS”.

O resultado dessa batalha? “Ti-vemos nossos pleitos atendidos pela diretoria da Agência Nacional de Saúde, que passou a nos re-conhecer como Fisioterapeutas e como Terapeutas Ocupacionais”, comemora a coordenadora da Comissão de Honorários.

Os pernambucanos Francimar Ferrari (à esquerda) e Flávio Maciel com a nova presidente da Assobrafir, Jocimar Martins

Foto: Divulgação/Assobrafir

Page 17: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

CREFITO-1 faz história e inaugura nova Delegacia em Caruaru (PE)

tre outras cidades localizadas nos arredores.

“Cerca de 500 profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacio-nal que atuam em Caruaru e em cidades próximas poderão contar com os serviços da nova delegacia. E a população beneficiada chega a um milhão de pessoas”, declarou o presidente do CREFITO-1.

À festa de inauguração parti-ciparam Fisioterapeutas e Tera-peutas Ocupacionais de Caruaru e cidades cincunvizinhas, além de autoridades, educadores e pesso-as ligadas às duas categorias pro-fissionais.

A nova delegacia está localiza-da na Avenida Agamenon Maga-lhães, 1143, sala 301, Maurício de Nassau. Os contato são 3045.3631 e 9183.3470. O e-mail é [email protected].

SERVIÇOS OFERECIDOS PELA NOVA DELEGACIA

• Registro de empresas e consultórios;

• Entrega de documentos como diplomas, requeri-mentos e certificados;

• Impressão de boletos para pagamentos;

• Inscrição provisória e defi-nitiva dos profissionais no Conselho.

Antes da delegacia de Caruaru, esses serviços só eram oferecidos na sede do

CREFITO-1, no Recife.

Uma noite histórica, não só para a Fisioterapia e para a Terapia

Ocupacional de Pernambuco, mas do Brasil. Em todos os discursos que marcaram a inauguração da nova Delegacia do CREFITO-1 em Caruaru, esse foi um ponto recor-rente, mas necessário para se mos-trar o pioneirismo e a inovação da iniciativa do Conselho.

Em seu discurso, o presidente do CREFITO-1, Dr. Silano Barros, explicou que a escolha da Capital do Agreste foi natural, pois Carua-ru possui infraestrutura adequada para as futuras demandas da nova delegacia, além de estar em uma posição geográfica privilegiada.

Serão beneficados profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocu-pacional de municípios como Ga-ranhuns, Bezerros, Passira, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, en-

EDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013 17DELEGACIAFotos: M

ID Comunicação

Page 18: ano 10 – n 21 – janeiro/fevereiro/março 2013

18 PALAVRA DO PRESIDENTEEDIÇÃO 21 - Ano 10

JAN/FEV/MAR - 2013Fo

to: M

ID C

omun

icaçã

o

Amigos Fisioterapeutas e Tera-peutas Ocupacionais, olá.

No dia 24 de fevereiro de 2010, foi publicado no Diário Oficial da União a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da ANVISA n° 7 (RDC-7), a qual estabelece os re-quisitos mínimos para funciona-mento das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil.

Essa resolução aplica-se a todas as UTIs do país e envolve aspectos relacionados à infraestrutura e aos recursos humanos. Estão incluídos nesse escopo diversas profissões da área de Saúde, estabelecendo exigências pertinentes ao número de profissionais, carga horária diá-ria e qualificação profissional.

As exigências foram pleiteadas pelos órgãos de classe e pelas en-tidades associativas, que se tra-tando da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, são o COFFITO e a ASSOBRAFIR. A ANVISA concedeu o prazo de três anos, a contar da data de publicação, para a adequa-ção das UTIs existentes antes dessa publicação. No caso das Unidades inauguradas após a referida data, essas tinham a obrigatoriedade de iniciar seu funcionamento cum-prindo, na íntegra, a Resolução.

E o que determina a RDC-7 para a Fisioterapia e para a Terapia Ocupacional?

Para a Fisioterapia:• No mínimo 01 (um) para cada

10 (dez) leitos ou fração, nos tur-nos matutino, vespertino e notur-no, perfazendo um total de 18 ho-ras diárias de atuação;

• Deve ser formalmente desig-nado um fisioterapeuta coordena-dor da equipe de fisioterapia, assim como seu respectivo substituto;

• Os coordenadores de fisiotera-pia devem ser especialistas em te-rapia intensiva ou em outra espe-cialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal);

• É permitido assumir responsa-bilidade técnica ou coordenação em, no máximo, 02 (duas) UTIs.

Para a Terapia Ocupacional:• Devem ser garantidos, por

meios próprios ou terceirizados, a assistência deTerapia Ocupacional à beira do leito para UTI Adulto e Pediátrica.

No dia 24 de fevereiro de 2013, encerrou-se o prazo concedido pela ANVISA para a adequação, e o resultado não é muito diferente do que se poderia esperar a julgar pelo histórico recente: um percen-tual muito pequeno das UTIs brasi-leiras atende às exigências estabe-lecidas pela RDC-7.

Nos hospitais públicos, a irres-ponsabilidade dos gestores, assim como a falta de compromisso com o cumprimento da legislação brasi-leira, é o motivo da não adequação à RDC-7, enquanto que, nas insti-tuições privadas, além dos motivos acima descritos, acrescenta-se ain-da a visão mercantilista dos empre-sários. Em ambos os casos, a saúde da população brasileira é colocada em níveis inaceitáveis de risco.

Recentemente, em uma UTI do

Paraná, alguns gestores foram in-diciados acusados de acelerar o processo de morte de pacientes. Pergunto: quantos gestores no Brasil deveriam ser indiciados pelo mesmo crime, uma vez que o en-tendimento legal é de que a RDC-7 visa garantir assistência de qualida-de aos pacientes críticos ou poten-cialmente críticos? Seu descum-primento associado ao aumento iminente do risco clínico contribui para o aumento da morbimortali-dade motivado por omissão e irres-ponsabilidade daqueles que deve-riam priorizar a vida e a saúde.

Os nossos profissionais pergun-tam: “A quem cabe a responsa-bilidade de fiscalização, quanto ao cumprimento dessa resolução da ANVISA?” Infelizmente, meus amigos, não cabe legalmente aos conselhos profissionais e entida-des associativas, mas sim à própria ANVISA, que não possui fiscais su-ficientes para atender à demanda.

E o que faremos?Durante as fiscalizações não po-

deremos lavrar o auto de infração, pois por se tratar de uma atribuição da ANVISA, já houve decisão judi-cial desfavorável a um Conselho Profissional no Norte do país que autuou a unidade hospitalar. No entanto, durante as fiscalizações, registraremos no Termo de Visita o descumprimento da RDC-7 e noti-ficaremos o Ministério Público, es-perando que o mesmo possa agir em defesa da nossa sociedade.

É importante ressaltar que todo cidadão pode agir como fiscal da lei. Exerçam sua cidadania. Denun-ciem!

Vamos ao trabalho por dignida-de na Saúde!!!

Dr. Silano Barros

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. Drenagem Linfática Manual (DLM)

. Eletrofisiologia nas Disfunções Estéticas 2

. Recursos Fototerapêuticos (LIP, LED e LASER)

. Bioestatística

. Atuação Fisioterapêutica Dermato-Funcional em Queimados

. Fisioterapia Dermato-Funcional na Cicatrização de Feridas

. Fisioterapia Dermato-Funcional Aplicada a Estética Facial

. Cirurgia Plástica Estética e Reparadora Atuação no Pré e Pós Operatório

. Fisioterapia Estética Íntima

. Nutrição Aplicada a Dermato-Funcional

. Fundamentos de Empreendedorismo e Gestão

Dra.Julianny Vieira, PE

Dra. Patrícia Froes, RN

Msc. Claudia Carpes, RS

Dra. Anke Bergman, RJ

Msc. Andrezza Lemos, PE

Esp.Tanise Kreibech, RS

Esp. Tamyris Farias, PE

Esp. Sandra Fluhr, PE

Msc. Claudia Fonseca, PE

Esp. Clarissa Leal, PE

Dra. Patrícia Lordelo, BA

Esp. Albert Silva, PE

CORPO DOCENTE

Esp. Clarissa Leal, FISIOTERAPEUTA

é Pós-Graduada em Fisioterapia Dermato Funcional e Cosmetologia. Especialista pela

ABRAFIDEF Atualmente é Fisioterapeuta do ambulatório de Fisioterapia Dermato

Funcionaldo IMIP, coordenadora de tutores do Curso de Graduação em Fisioterapia da

Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). É sócia fundadora da Santevie - Centro de saúde

e Bem-Estar.

Esp. Sandra Fluhr, FISIOTERAPEUTA

é Pós-Graduada em Fisioterapia Dermato Funcional e Cosmetologia. Especialista pela

ABRAFIDEF. É sócia fundadora do Espaço Sandra Fluhr.

COORDENAÇÃO ACADÊMICA:

Curso é organizado nos termos da Resolução

N º 1, de 08 de junho de 2007, do CES / CNE / MEC@exitus01 Exitus soluções

INÍCIO: Abril de 2013 | TURMA: Recife

INVESTIMENTO: Matrícula - R$ 150,00 + 17 x de R$ 400,00

MAIORES INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: [email protected]

Rua Senador José Henrique, n. 224, salas 1501/1503, Ilha do Leite, Recife, PE.

CEP: 50070-460. Empresarial Alfred Nobel - Espaço Sandra Fluhr.

Tel: 81-30493634 / 9683-8384

INFORMAÇÕES:

MECINSTITUIÇÃO RECONHECIDA PELO