anno iv 1875 n. 496memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00496.pdf · dia : uma ao nascer e outra...

4
Anno IV +. Recife.—Domiugo 24 de Janeiro de 1875 •*__¦; ASSIGNATUEAS ( Recife) Trimestre 4$000 Anno.........: 1G$000' ( Interior e Provincias ) Trimestre 4$500 Anno 18í§000 As assiguaturas come- çam em qualquer tempo e terminam no ultimo de Mar- ço, Junho, Setembro e De- zembro. Bublica-se to- ' dos os dias. PAGAMENTOS ADIANTADOS. Awm . ¦%, ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERAL Vejo portodaparte um symptoma, que meassusta pela liberdadedasnações edaIgreja:acentralisação. Um dia os povos despertarão clamando:—Onde •nossas liberdades? p. vsLix—Disc. no Gongr. de Malines, 1864. N. 496 COEBESPONDENCIA A Eedação acceita e agra* dece a collaboração. A correspondência politi* ca será dirigida árua Duque de Caxias r.. 50 1- andar.- Toda a demais correspon- dencia.annuncios e reclama- ções serão dirigidos para o es- ' criptorio da typographia á rua do JIWPEE-ADOR N.77. PAGAMENTOS ADIANTADOS. Edieção de hoje 1600. Bogamòs aos nos- sos assignantes, que se acham em atraz/j, o favor de mandarem satisfazer suas assig- naturas. Eecife, 23 de Janeiro de 1875. O s<t>I<I!st«-Í4» Jttãft Ray-HUH_-_4lo Ergueu-se toda esta cidade: pedio de i joelhos, ao Imperador, a vida do soldado João Eaymundo. Ora !, a canalha de Pernambuco ! . Foi o corpo acadêmico... Eoram as senhoras em geral... Foram em especial as alumnas da escola normal... Eoram muitos cidadãos... . Ora! a canalha de Pernambuco ! Pois não se vê, que ahi anda dedo liberal ? Se fosse Antônio Castilho, pedindo em verso alexandrino,, á imperatriz... Valia a pena, que era cousa para fallar-se Eu- ropa. v Se fosse o Camaragibe, um homem que ensangüenta, eulamêa, pisa, calca todos os sentimentos nobres d'esta terra, e é zangâo thesouro publico, e é obscurantista, e é funesto, e é escravo do rei... Valia.a pena, que os reis sábios gostam dos regidos brutos, que estes o admiram. Mas, foi a canalha de Pernambuco. - João Eaymundo, nem foi executado, nem foi perdoado : pedra em cima. Executal-o, não... que na Europa bem po- dein dizer,_ que o Sr. D. Pedro, o rei mais sábio e mais liberal do mundo, não é ao mes- mo tempo o mais clemente. Baixar decreto, de perdão, tambem não,., que a canalha de Pernambuco pôde suppor que ¦ vale alguma cousa, que a canalha do norte deve convencer-se, de.que, mesmo em matéria de perdões na semana santa, ha nor te e sul. João Eaymundo para Fernando, e nada se diga. E passavam-se os dias, e veio vindo a re- flexão. •Aquella gentalha liberal de Pernambuco pôde lembrar-se outra vez do soldado j Estava_em Fernando o coronel Pyrrho; e ; poucos dias antes do horroroso attentado na I pessoa de Antônio Feitosa de Mello, morreu afogado o soldado João .Eaymundo Deus te salve, imperador do Brazil! A canalha de Pernambuco não mais te incom- modará pelo soldado João Eaymundo! Tu, e elle e Pyrrho, e todos nós, havemos d'en- contrar-nos em Josaphat.... Era em 1873,. na capital do Maranhão. Devia executar-se uma sentença de morte, e levantava-se a forca. O povo agitava-se, fallava em pedir a suspensão, para implorar a clemência imperial. Anoiteceu, c ao alvorecer o dia seguinte, o dia da execução, u carcereiro annunciou, que o paciente havia morrido, á noite, de um ataque apoplectico. Disse uma folha, ingênua ou maliciosa- mente : tece o fim que o caso exigia. Foi no reinado do Sr. D. Pedro II Assassinaram Fidió em Pernambuco, foi preso o assassino, a voz publica fallava mui- to... o assassino amanheceu morto. Foi no reinado do Sr. D. Pedro II João Manoel Fralzào e Sequeira d'Athay- de, appareceram mortos na prisão. Foi no reinado do Sr. D. Pedro II Thomaz, terror das morto em Fernando. Foi no reinado do Sr. prisoe3, appareceu D. Pedro II FOLHETIM Nadajnfelizmente mais certo:—O Sr. Lucena abortou! Afnrniam os paspalhões assistentes, que elle ia muito bem até aquelle fatal momento, em que a Província apresentou a Pyrrho como fructo sazonado da sementeira de Maio. Até abi, di- zem elles,—boa disposição, appotite canino, de- sejos de comer á cada iustante Pyrrho assado e cosido; dahi por diante tonturas, inappetencia, symptomas de asylo. O Moscoso, como um novilho de trem eras as- segura que fez o que poude. Passou a mão pela cabeça do enfermo, repetio-lhe aquella iu- terminavel historia d'agua potável do Diário, desenvolveu-lhe um melhor systema de canos subterrâneos, tudo isso para distrahil-o, e para não assustal-o inventou uma voz aflautada com que conseguiu por algumas vezes adormecer o enfermo. Mas nada disso produziu effeito ; em certa òccasião o homem temperou-se, pulou ao meio dacaza, deu duas voltas e meia, gemeu e... pufh.'...—íyrrho no Brum! Que desgraft,, e como havia de rçè-r tão lindo —se vingasse !... E ahi anda o doutor por um lado, e a comadre Parente por outro, aquelle no mais baixo da clave o esto no mais alto dos agudos, á dizer que, se não vingou não foi a falta de esforços de , ambos, de cuidado o zelo com que o Antônio Jcrsey,enfermeiro da Cri nica. e amigo do governo i no por inducção, serviu-lhe á tempo de òxtracto de carne e de saborosas canjas de symprthiai Tudo isso será assim, mas eu tenho uma teima birrenta, que me faz duvidai*, principal- mente pelos motivos allegados, do mau suecesso do nosso distinetissimo capitão-inòr. Não é Eduardo, indiciado como envenenador de pessoas muito conhecidas, ao mando de pa- rentes do Si*. Camaragibe, appareceu morto em Fernando. Foi no reinado do Sr. D. Pedro II O incendiario da casa de Barbosa, na pra- ça da Bóa-Vista, tambem morreu de repente na cadêa. Foi no reinado do Sr. D. Pedro II que elle não seja muito capaz de—abortar, mas é que o julgo incapaz de—conceber. Feitosa foi denunciado iw dia 28 de Dezem- bro e chibatado por um crime que devia praticar no dia 24; o medico retombado, na phrase chis- tosa do Tavora Trez cocos, confessa o facto ; as leis civis e militares foram violadas com satã- nico furor; os gritos da victima ouviram-se nesta cidade e por toda parte onde chegam, vão levan- tando a opinião publica, que pede satisfação con- tra esse feroz attentado; o órgão official mur- murou umas. palavras que tranquiUisaram pro- visoriamente a ansiedade publica; se espe- rava o Wernek para so vêr castigado o autor de tão nefando crime, e de repente I... Chega o Wemeclc e o faccinora, que tudo isso praticou sem causa, nem autorisação legal, que ultrajou a sociedade, brazileira senão a humani- dade em peso na pessoa de Feitosa, ainda hon- tem major do corpo de policia o feitor coiiferente do consulado provincial, foi mandado buscar em um navio do estado para commandar a fortaleza do Brum!... Pois o capricho contra o orgatn da opposição devia ir ató ahi: mandar á praia com dois pau- sinhos a constituição violada, as leis escarneci- das, a opinião publica desprezada ? Pois tudo isso não é justificar o juizo .daquelle órgão, quando dizia, que nenhuma providencia so havia de tomar em relação ao facto, como ne- nhuma se tomou em relação ao 16 de Maio ? Sem duvida. Tenho, portanto, de mim para mim, que todo esse berreiro do aborto não passou de parto', supposto e outros fingimentos. O escravo do Dr. Pereira do Carmo, que tentou assassinar seu senhor, todo cutila- do no acto' da1 prisão, appareceu morto na cadêa. Foi no reinado do Sr. D. Pedro II Padre Pio, nonagenario, recolhido a um quartel, e atacado por soldados, maltratado e ferido. Foi no reinado do Sr. D. Pedro II O assassino da infeliz Bottini... Èspe- rem : lia muito quem diga, que elle tem to- quês de morrer de repente. E tudo no reinado do Sr. D. Pedro II!... No Paraguay fariam mais do que isto ? Presos assassinados nas prisões! Os romanos,' os pagãos romanos diziam: Res sacra réus: o réo é cousa sagrada. No Brazil, os presos encontram nas pri- sõés a mão do assassino : para Pernambuco nem lei rigorosa, nem clemência, o arbi- trio de um homem. Infeliz João Eaymundo! / Porque não pedio por ti a Bahia, S. Pau- Io, fosse quem fosse do sul ? Tudo, qualquer carcamano viageiro,.va- ler-te-hia mais do que o pedido de Pernam- buco... 'Oh ! que nunca mais o povo de Pernam- bucó se lembre de dirigir uma petição de graça ao Sr. D. Pedro II! Londres, 22-Eechou-se o empréstimo brazileiro subscreveudo-se mais do dobro da somma pedida.¦¦„/*...¦. Foi uni verdadeiro triumpho para o cre- dito do Brazil. se um prêmio pelas acções. -.¦'.• Iaeiz, 23 -- Pela nona vez começou a ás-' semblea de Versailles a discussão da lei para a transmissão do governo da republica, du- rante o setenado. feiS11'*30,3 1ue aiucla não irá avante' desta (Havas-Eeuteb') illi TeBegB*aU--lias Transcrevemos das outras folhas diárias o seguintes: Pauis, 22 de janeiro—A esposa do conde de Paris deu á luz hontem, (21) um menino. Tanto a condessa como a criança passam perfeitamente bem. Esse accontecimento foi recebido com grande prazer pelo partido monarchista francez. O conde re ebeu pelo telegrapho congratulações dos mais impor- tantes. membros desse partido. O conde communicou telegraphicamente ao conde de Chambord esse accontecimento. Versailles, 22 de janeiro—A lei sobre a organisação dos quadros do exercito, de que se tem oecupado a assembléa nacional, foi hontem approvada. : IfrO! A Foi-se o Onoratti da Baixa Verde para o Cea- rá, segundo lè-se em lettra redonda. O Totonio sabe o que faz. Para obter uma colleirá encarnada não e pre- ciso mais que sair de caza. E elle sahiu com reservas o batedores, cavai- gando um lindo corsel da côr dos seus cabellos. No corpo de batalha, o sob suas vistas immedia- tas, caminhava pausadamente a—ucharia, as frasqueiras sortidas, as fruetas de conserva, os doces em caixas, em uma palavra, o—grande forrobodó. Ató a Escada em vapor especial, depois em carro e afinal escanchado no bicho principiou o itinerário á lápis., Duas horas de viagem por dia : uma ao nascer e outra ao pôr do sol, e era quanto bastava pára não estragar 'a. côr de rosa secca da pello àotitórréas. E assim devia ser— um corroa sem cor de rosa—seria uma desgraça para esta terra, onde os corroas são fidalgos por afinidade e contacto camaragibino. O Sr. Antônio nuncafoi tão discreto, embora perdesse os cavallos do corpo do seu commando, e comprasse outros com assèdulas do thesouro. . O que vomá ser isso em comparação a rosa sec- ca das suas faces e do seu cachaço ? Haverá quan- tia que compense o prejuízo de uma assadura ? Um cachaço queimado é uma verdadeira des- graça, e um senão irreparável para uma autori- dade policial de pomada e lenço de rendas. E assim foi seguindo o seu caminho até.. chegar; infelizmente quando chegou, achou o rasto do Onoratti ! O que tem isso,se a colleirá está segura, se o cachai;o não foi prejudicado e se o paiz vai ser enrequecido com essa nova Jerusalém da Baixa Verde "" .-¦¦ jiívJii.!,*i?:-o1Jjni' )i niod.'. . '• •»:- * Noticia fresca: O Vieira faz piquetes, e os piquetes do Vieira são omboscadas de assassinos. •n ,,- -'5aÇ»o «ia provin- caa-Pubhcou a folha official de hontem que, por portaria da presidência da provin- cia de 20 do corrente, foram nomeados te- nente Francisco Pereira Lagos, delegado do .termo do Bom Conselho ; aiferes Hermino de Senna Barros, subdelegado da freguezia de Alagoa de Baixo, e Balbino Bezerra Oa- valcante, 2- supplente do delegado do termo «de Cimbres. A casiceâa'ía <]_<íi> «_3Míí_«Sq»—An- dam os camaragibinos da columna, ce*os que não querem ver, a importunar-nos todos os dias sobre a questão religiosa. E' bôa ! A cousa è tão clara ! Nós queremos tudo, de preferencia ao que quor o gabinete Eio-Branco. O nosso programma v—nada de chicote. , . Ora, tomar o chicote ao jesuíta, para en- tregal-o ao governo ! Trocar a cúria dos jesuitas, pela cúria do Sr. D. Pedro II! Mudar frei Vital pelo famoso ex-Pedro Cavalcante ! Os manes de Tavares e Freire haviam d'estremecer ! E teríamos o viscon- de com duas caixas pias, para defraudal-as : a thesouraria de fazenda e o palácio da So- ledade I Entende agora a columna aluriada ? Acarta vlsco-BíIe—Anda o Diário a importunar o nosso amigo Dr. Aprigio Guimarães, pela tal carta ao vis- conde. Tenha paciência o Diário, que o nosso amigo está com a mão na massa... Bompa logo nas descomposturas, que aqui estamos para as represálias. Quanto a questão, o visconde está entre- gue ao nosso amigo : a mascara ser-lhe-ha arrancada. A estatua de pés de barro vai desta vez ao chão, nós lhe promettemos. _. E' no logar Vertentes, onde morava uma po- bre famiiia, composta de cinco moças, um irmão e o dono da casa, homem trabalhador e honrado. Uma das emboscadas de Vieira foi ter ahi* era ella commandada por um primo, recora- mendado á consideração do primo por umas duas mortes,- e alguus cavaUinhos do próximo. Ora, o tal agente do governo, porque o gover- no é quem lhe paga, lembrou-se de acabar com essa pobre família, até então feliz com a suapo- breza Intimou ao dono dacaza e ao filho que o acom- panhassem, mas elles o não ,'quizeram fazer re- ceiaiido deixar as moças em abandono.J'--' Ketirou-se a emboscada, e mais tarde-tor-, nou reforçada,; resolvida ã obrar-segundo as ordens. Não estava em casa o chefo da"familia, mas á pouca, distancia onde trabalhava. O filho não se quiz entregar, levou tres tiros para não ser desobediente, aceudio o pae e principiou o rolo. Tiro para cú, facada para lá; $òntapés,quedas" gritos, sangue \ Acabou a lucta com a morte do dono da casa ferimento do primo do Vieira, prisão do filho d'aquelle, eas cinco moças ?... epitadinhas... le- vadas ao matto, gritaram muito, choraram e depois !... abandono completo, nem pae, nem irmão, nem honra! _Eis.aqui os louros do governo, obtidos nas: victorias do interior ! Eis aqui o que valem os destacamentos locaes, confiados á amigos do governo, que os quer proteger por conta dos dinheiros públicos ! O que ficará depois da pacificação intentada pelo governo ? A viuvez, a orphandade e a deshonra ! Deus te salve—Pernambucano de 16 de Maio! 'CO Jif.O y.òb srJ ¦ ' i ¦ ..i i - .<

Upload: others

Post on 25-Oct-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Anno IV 1875 N. 496memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00496.pdf · dia : uma ao nascer e outra ao pôr do sol, e era quanto bastava pára não estragar 'a. côr de rosa secca

Anno IV— +.

Recife.—Domiugo 24 de Janeiro de 1875•*__¦ ;

ASSIGNATUEAS

( Recife)Trimestre 4$000Anno.........: 1G$000'

( Interior e Provincias )Trimestre 4$500Anno 18í§000

As assiguaturas come-çam em qualquer tempo eterminam no ultimo de Mar-ço, Junho, Setembro e De-zembro. Bublica-se to- 'dos os dias.

PAGAMENTOS ADIANTADOS.

Awm . ¦%,

ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERALVejo portodaparte um symptoma, que meassusta

pela liberdadedasnações edaIgreja:acentralisação.Um dia os povos despertarão clamando:—Onde•nossas liberdades?

p. vsLix—Disc. no Gongr. deMalines, 1864.

N. 496

COEBESPONDENCIA

A Eedação acceita e agra*dece a collaboração.

A correspondência politi*ca será dirigida árua Duquede Caxias r.. 50 1- andar.-

Toda a demais correspon-dencia.annuncios e reclama-ções serão dirigidos para o es- 'criptorio da typographia árua do JIWPEE-ADORN.77.

PAGAMENTOS ADIANTADOS.

Edieção de hoje 1600.Bogamòs aos nos-

sos assignantes, quese acham em atraz/j,o favor de mandaremsatisfazer suas assig-naturas.

Eecife, 23 de Janeiro de 1875.O s<t>I<I!st«-Í4» Jttãft Ray-HUH_-_4lo

Ergueu-se toda esta cidade: pedio dei joelhos, ao Imperador, a vida do soldado

João Eaymundo.Ora !, a canalha de Pernambuco ! .Foi o corpo acadêmico...

„ Eoram as senhoras em geral...Foram em especial as alumnas da escola

normal...Eoram muitos cidadãos... .Ora! a canalha de Pernambuco ! Pois

não se vê, que ahi anda dedo liberal ?Se fosse Antônio Castilho, pedindo em

verso alexandrino,, á imperatriz... Valia apena, que era cousa para fallar-se ná Eu-ropa.v Se fosse o Camaragibe, um homem queensangüenta, eulamêa, pisa, calca todos ossentimentos nobres d'esta terra, e é zangâodó thesouro publico, e é obscurantista, e éfunesto, e é escravo do rei... Valia.a pena,que os reis sábios gostam dos regidos brutos,que só estes o admiram.

Mas, foi a canalha de Pernambuco. -,¦ João Eaymundo, nem foi executado, nemfoi perdoado : pedra em cima.

Executal-o, não... que na Europa bem po-dein dizer,_ que o Sr. D. Pedro, o rei maissábio e mais liberal do mundo, não é ao mes-mo tempo o mais clemente.

Baixar decreto, de perdão, tambem não,.,que a canalha de Pernambuco pôde supporque ¦ vale alguma cousa, que a canalha donorte deve convencer-se, de.que, mesmo em

matéria de perdões na semana santa, ha norte e sul.

Vá João Eaymundo para Fernando, e nadase diga.

E passavam-se os dias, e veio vindo a re-flexão.

•Aquella gentalha liberal de Pernambucopôde lembrar-se outra vez do soldado

j Estava_em Fernando o coronel Pyrrho; e; poucos dias antes do horroroso attentado naI pessoa de Antônio Feitosa de Mello, morreu

afogado o soldado João .Eaymundo

Deus te salve, imperador do Brazil! Acanalha de Pernambuco não mais te incom-modará pelo soldado João Eaymundo! Tu,e elle e Pyrrho, e todos nós, havemos d'en-contrar-nos em Josaphat....

Era em 1873,. na capital do Maranhão.Devia executar-se uma sentença de morte, elevantava-se a forca. O povo agitava-se,fallava em pedir a suspensão, para implorara clemência imperial.

Anoiteceu, c ao alvorecer o dia seguinte,o dia da execução, u carcereiro annunciou,que o paciente havia morrido, á noite, deum ataque apoplectico.

Disse uma folha, ingênua ou maliciosa-mente : tece o fim que o caso exigia.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

Assassinaram Fidió em Pernambuco, foipreso o assassino, a voz publica fallava mui-to... o assassino amanheceu morto.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

João Manoel Fralzào e Sequeira d'Athay-de, appareceram mortos na prisão.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

Thomaz, terror dasmorto em Fernando.

Foi no reinado do Sr.

prisoe3, appareceu

D. Pedro II

FOLHETIMNadajnfelizmente mais certo:—O Sr. Lucena

abortou!Afnrniam os paspalhões assistentes, que elle

ia muito bem até aquelle fatal momento, em quea Província apresentou a Pyrrho como fructosazonado da sementeira de Maio. Até abi, di-zem elles,—boa disposição, appotite canino, de-sejos de comer á cada iustante Pyrrho assado ecosido; dahi por diante tonturas, inappetencia,symptomas de asylo.

O Moscoso, como um novilho de trem eras as-segura que fez o que poude. Passou a mãopela cabeça do enfermo, repetio-lhe aquella iu-terminavel historia d'agua potável do Diário,desenvolveu-lhe um melhor systema de canossubterrâneos, tudo isso para distrahil-o, e paranão assustal-o inventou uma voz aflautada comque conseguiu por algumas vezes adormecer oenfermo. Mas nada disso produziu effeito ; láem certa òccasião o homem temperou-se, pulouao meio dacaza, deu duas voltas e meia, gemeue... pufh.'...—íyrrho no Brum!

Que desgraft,, e como havia de rçè-r tão lindo—se vingasse !...E ahi anda o doutor por um lado, e a comadre

Parente por outro, aquelle no mais baixo daclave o esto no mais alto dos agudos, á dizerque, se não vingou não foi a falta de esforços de ,ambos, de cuidado o zelo com que o AntônioJcrsey,enfermeiro da Cri nica. e amigo do governo ino por inducção, serviu-lhe á tempo de òxtractode carne e de saborosas canjas de symprthiai

Tudo isso será assim, mas eu tenho cá umateima birrenta, que me faz duvidai*, principal-mente pelos motivos allegados, do mau suecessodo nosso distinetissimo capitão-inòr. Não é

Eduardo, indiciado como envenenador depessoas muito conhecidas, ao mando de pa-rentes do Si*. Camaragibe, appareceu mortoem Fernando.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

O incendiario da casa de Barbosa, na pra-ça da Bóa-Vista, tambem morreu de repentena cadêa.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

que elle não seja muito capaz de—abortar, masé que o julgo incapaz de—conceber.

Feitosa foi denunciado iw dia 28 de Dezem-bro e chibatado por um crime que devia praticarno dia 24; o medico retombado, na phrase chis-tosa do Tavora Trez cocos, confessa o facto ; asleis civis e militares foram violadas com satã-nico furor; os gritos da victima ouviram-se nestacidade e por toda parte onde chegam, vão levan-tando a opinião publica, que pede satisfação con-tra esse feroz attentado; o órgão official mur-murou umas. palavras que tranquiUisaram pro-visoriamente a ansiedade publica; só se espe-rava o Wernek para so vêr castigado o autor detão nefando crime, e de repente I...

Chega o Wemeclc e o faccinora, que tudo issopraticou sem causa, nem autorisação legal, queultrajou a sociedade, brazileira senão a humani-dade em peso na pessoa de Feitosa, ainda hon-tem major do corpo de policia o feitor coiiferentedo consulado provincial, foi mandado buscar emum navio do estado para commandar a fortalezado Brum!...

Pois o capricho contra o orgatn da opposiçãodevia ir ató ahi: mandar á praia com dois pau-sinhos a constituição violada, as leis escarneci-das, a opinião publica desprezada ?

Pois tudo isso não é justificar o juizo .daquelleórgão, quando dizia, que nenhuma providenciaso havia de tomar em relação ao facto, como ne-nhuma se tomou em relação ao 16 de Maio ?

Sem duvida.Tenho, portanto, cá de mim para mim, quetodo esse berreiro do aborto não passou de parto',supposto e outros fingimentos.

O escravo do Dr. Pereira do Carmo, quetentou assassinar seu senhor, todo cutila-do no acto' da1 prisão, appareceu morto nacadêa.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

Padre Pio, nonagenario, recolhido a umquartel, e atacado por soldados, maltratadoe ferido.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

O assassino da infeliz Bottini... Èspe-rem : lia muito quem diga, que elle tem to-quês de morrer de repente.

E tudo no reinado do Sr. D. Pedro II!...

No Paraguay fariam mais do que isto ?Presos assassinados nas prisões!

Os romanos,' os pagãos romanos diziam:Res sacra réus: o réo é cousa sagrada.No Brazil, os presos encontram nas pri-sõés a mão do assassino : para Pernambuco

nem lei rigorosa, nem clemência, só o arbi-trio de um homem.

Infeliz João Eaymundo!/ Porque não pedio por ti a Bahia, S. Pau-Io, fosse quem fosse lá do sul ?

Tudo, qualquer carcamano viageiro,.va-ler-te-hia mais do que o pedido de Pernam-buco...

'Oh ! que nunca mais o povo de Pernam-bucó se lembre de dirigir uma petição degraça ao Sr. D. Pedro II!

Londres, 22-Eechou-se o empréstimobrazileiro subscreveudo-se mais do dobro dasomma pedida. ¦¦„/*...¦.Foi uni verdadeiro triumpho para o cre-dito do Brazil.Já se dá um prêmio pelas acções. -.¦'.•Iaeiz, 23 -- Pela nona vez começou a ás-'semblea de Versailles a discussão da lei paraa transmissão do governo da republica, du-rante o setenado.

feiS11'*30,3 1ue aiucla não irá avante' desta

(Havas-Eeuteb')

illiTeBegB*aU--lias — Transcrevemos

das outras folhas diárias o seguintes:Pauis, 22 de janeiro—A esposa do conde

de Paris deu á luz hontem, (21) um menino.Tanto a condessa como a criança passamperfeitamente bem. Esse accontecimentofoi recebido com grande prazer pelo partidomonarchista francez. O conde re ebeu pelotelegrapho congratulações dos mais impor-tantes. membros desse partido. O condecommunicou telegraphicamente ao conde deChambord esse accontecimento.

Versailles, 22 de janeiro—A lei sobre aorganisação dos quadros do exercito, de quese tem oecupado a assembléa nacional, foihontem approvada.

: IfrO!A

Foi-se o Onoratti da Baixa Verde para o Cea-

rá, segundo lè-se em lettra redonda. O Totoniosabe o que faz.

Para obter uma colleirá encarnada não e pre-ciso mais que sair de caza.E elle sahiu com reservas o batedores, cavai-

gando um lindo corsel da côr dos seus cabellos.No corpo de batalha, o sob suas vistas immedia-tas, caminhava pausadamente a—ucharia, asfrasqueiras sortidas, as fruetas de conserva, osdoces em caixas, em uma palavra, o—grandeforrobodó.

Ató a Escada em vapor especial, depois emcarro e afinal escanchado no bicho principiou oitinerário á lápis., Duas horas de viagem pordia : uma ao nascer e outra ao pôr do sol, e eraquanto bastava pára não estragar 'a. côr de rosasecca da pello àotitórréas. E assim devia ser—um corroa sem cor de rosa—seria uma desgraçapara esta terra, onde os corroas são fidalgos porafinidade e contacto camaragibino.

O Sr. Antônio nuncafoi tão discreto, emboraperdesse os cavallos do corpo do seu commando,e comprasse outros com assèdulas do thesouro.

. O que vomá ser isso em comparação a rosa sec-ca das suas faces e do seu cachaço ? Haverá quan-tia que compense o prejuízo de uma assadura ?

Um cachaço queimado é uma verdadeira des-graça, e um senão irreparável para uma autori-dade policial de pomada e lenço de rendas.

E assim foi seguindo o seu caminho até..chegar; infelizmente quando chegou, achou orasto do Onoratti !

O que tem isso,se a colleirá está segura, se ocachai;o não foi prejudicado e se o paiz vai serenrequecido com essa nova Jerusalém da BaixaVerde " •.-¦¦ jiívJii.!,*i?:-o1Jjni' )i niod.'. . '•

• •»:- *Noticia fresca:O Vieira faz piquetes, e os piquetes do Vieira

são omboscadas de assassinos.

•n ,,- -'5aÇ»o «ia provin-caa-Pubhcou a folha official de hontemque, por portaria da presidência da provin-cia de 20 do corrente, foram nomeados • te-nente Francisco Pereira Lagos, delegado do.termo do Bom Conselho ; aiferes Herminode Senna Barros, subdelegado da fregueziade Alagoa de Baixo, e Balbino Bezerra Oa-valcante, 2- supplente do delegado do termo«de Cimbres.

A casiceâa'ía <]_<íi> «_3Míí_«Sq»—An-dam os camaragibinos da columna, ce*osque não querem ver, a importunar-nos todosos dias sobre a questão religiosa.

E' bôa ! A cousa è tão clara !Nós queremos tudo, de preferencia ao que

quor o gabinete Eio-Branco.O nosso programma v—nada de chicote. , .Ora, tomar o chicote ao jesuíta, para en-tregal-o ao governo !Trocar a cúria dos jesuitas, pela cúria do

Sr. D. Pedro II!Mudar frei Vital pelo famoso ex-Pedro

Cavalcante ! Os manes de Tavares e Freirehaviam d'estremecer ! E teríamos o viscon-de com duas caixas pias, para defraudal-as :a thesouraria de fazenda e o palácio da So-ledade I

Entende agora a columna aluriada ?Acarta d© vlsco-BíIe—Anda oDiário a importunar o nosso amigo Dr.Aprigio Guimarães, pela tal carta ao vis-conde.

Tenha paciência o Diário, que o nossoamigo está com a mão na massa...

Bompa logo nas descomposturas, queaqui estamos para as represálias.Quanto a questão, o visconde está entre-

gue ao nosso amigo : a mascara ser-lhe-haarrancada.

A estatua de pés de barro vai desta vezao chão, nós lhe promettemos.

_.

E' no logar Vertentes, onde morava uma po-bre famiiia, composta de cinco moças, um irmãoe o dono da casa, homem trabalhador e honrado.

Uma das emboscadas de Vieira foi ter ahi*era ella commandada por um primo, recora-mendado á consideração do primo por umasduas mortes,- e alguus cavaUinhos do próximo.Ora, o tal agente do governo, porque o gover-no é quem lhe paga, lembrou-se de acabar comessa pobre família, até então feliz com a suapo-breza

Intimou ao dono dacaza e ao filho que o acom-panhassem, mas elles o não ,'quizeram fazer re-ceiaiido deixar as moças em abandono. J'--'

Ketirou-se a emboscada, e mais tarde-tor-,nou reforçada,; resolvida ã obrar-segundo asordens.

Não estava em casa o chefo da"familia, mas ápouca, distancia onde trabalhava. O filho nãose quiz entregar, levou tres tiros para não serdesobediente, aceudio o pae e principiou o rolo.

Tiro para cú, facada para lá; $òntapés,quedas"gritos, sangue \

Acabou a lucta com a morte do dono da casaferimento do primo do Vieira, prisão do filhod'aquelle, eas cinco moças ?... epitadinhas... le-vadas ao matto, gritaram muito, choraram edepois !... abandono completo, nem pae, nemirmão, nem honra!

_Eis.aqui os louros do governo, obtidos nas:victorias do interior !

Eis aqui o que valem os destacamentos locaes,confiados á amigos do governo, que os querproteger por conta dos dinheiros públicos !

O que ficará depois da pacificação intentadapelo governo ?

A viuvez, a orphandade e a deshonra !Deus te salve—Pernambucano de 16 de Maio!

'CO

Jif.O

y.òbsrJ ¦

' i ¦

..ii

- .<

Page 2: Anno IV 1875 N. 496memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00496.pdf · dia : uma ao nascer e outra ao pôr do sol, e era quanto bastava pára não estragar 'a. côr de rosa secca

A Província__•_•*¦ __p___K«WIB>

;>>"->-

EsseadplOf-íricano ha de ser leito em milpedaços.- Arífe a_e s-a___e_e__,a—0 Diáriode hontem iaz a defeza do Pyrrho, e prepa-ra um hymnü á raiz 'de ganieleira. •

, Pois o povo de Pernambuco esperava ou-tra cousa?

Já não e tempo do punhal de Tavares edo bacamarte de Freire, porque o povo jásabe, qiie-é mollea barriga dos fidalgos...

Venha' a- raiz da ganieleira.Venha • •.Pois, o visconde de Camaragibe não ha

de morrer, como tem vivido !Áquelles medalhões da recepção do João

Alfredo; e no alto da eça.;—Um'punhal, um bacalháo, uma chibata

de gàmeleira, uma canna de assucar, e o co-fre da thesouraria de fazenda de Peruam-buc.o,

Ha de ser um funeral concorrido !¦ •_->e4-»_,t_-i-0 <_'«»B-fl0O—O juiz mu-

nicipal do Triumpho, desta vez, metteu-seem calças pardas.

O homem pensava que o Lucena aindaera amigo do jesuíta, ainda o consideravasanto varão, optimo preceptor-ãâ mocidade, epara consolal-o. pelas verdades que lhe man-dou dizer, inserio esta pedacinho :

,« O padre Onoratti é o idolo deste povo deTriumpho ; es sertanejos de Pajeú, julgam-no um Deus »

,Peior a emenda!Está irremessivamente perdido, os tempos

agora são outros.Ontr'ora seria recompensado, hoje ha de

ser-cástigado para não dizer taes cousas aum presidente da força do Sr. Lucena.

Outr'ora devia dizer assim, porque o pre.sidente assim pensava ; hoje deve dizer ocontrario, porque o presidente já pensa deoutro modo.

C«_-_o se €U©s___e5i_te _____ ps*©-§ã4fie__í-i—Agora não somos nós Sr. Lu-cena/:,-: oi-

E' o juiz municipal do Tri.umpho quemdiz em uni officio — relatório que V. Exc.mandou publicar na -ma gazeta.

O.uçamol-o. Falia o Sr.. Vieira de Mello.« Nada poderemos conseguir porque as auto-

ridacles ^nomeadas nào merecem muita con-fiança. »• ..">¦¦

E esta...Como è que se diz na rosca deum presidente, phrase da columna, que nãomerecem confiança autoridades por elle no-meadas ou conservadas, que tanto importa ?

Só de propósito para desmentir o presi-dente !

Só de propósito para provar que sãoinca-pazes-os homens revestidos dos cargos po-liciaes.

Que taes essas autoridades!...—E^um juiz que falia—Ouçamoho ainda.« A falta de um bom delegado é a causa

das maiores desordens deste termo. »Logo-permitta-nos Sr. juiz, ha um mau

delegado que tem motivado as desordens dotermo.-

E para desmoronar todo.o castello presi-deucial,-o malvado juiz, para coroar-süa'*';.-funda obra, diz : ,

« Ate hoje não tenho podido conhecerquaes sejam os eabecilhaa de taes sediciosos»

Esta foi do mais! Sr. juiz ! 'Não sabia dizer, como o in-Fiel Graugeiro,

que os liberaes são oo autores da revolução ?O juiz disse tudo isto. ' E agora o Sr. Lu-

cena o que dirá*?-''Pobre juiz ! será removido a ¦pqftdofV&m

de outra vez saber foliar a verdade...offieial.Desmentir uni presidente é es.te sendo

o Sr."L-Çèna.....:só.removido para Fernan-do com recommendaçàp da maçonaria parao Pyrrho, .-, ...

Cniisas «Sa íWdEãção—De variascartas, noticias, e .correspondências do inte-rior que temos publicado em diversas, ocea-siões;'-tem resultado com evidencia que asautoridades em geral, e particularmente aspoliciaes, alem de não cumprirem bem seusdeveres áo app.arecimento do motim quebra-Idlos, muitóSitem sido causa directa ou indi-recta-de taes' agitações populares. O vigáriodo Granito, á..respeito do.qual temos.lido naimprensa' muitas àecusações, veio em officioao governo de ,29 de. dezembro,defender-se,-e ahi garante a paz e trauquillidade, decla-rando que á imprudência do delegado de poli-cia Simão Geraldo de Carvalho, se deverá adesordem Por toda a parte e de tsdos os la-dos políticos partem bra,dos clamorosos, con-tra a política conservadora. *

Registremos mais um documento para a'historia ; o tal officio do vigário de Gra-nito :

« Granito—A' presidência da provínciaacaba de dirigir aoRvm. vigário da fregueziade Granito, o officio em seguida, no qualexplica o procedimento que alli tem tido,quelhe acarretou as àecusações de diversas au-

toridades locaes- constantes dos officios quepublicamos no principio do corrente mez :

« Villa do Granito, 29 de. dezembro de1874—Illm. e Exm. Sr.—Sou informadoque a câmara municipal deste termo do Gra-nito, reunida em sessão extraordinária, as-sim como alguma outra autoridade, repre-sentara contra mim, dizendo que com asminhas praticas na oceasião da missa, offen-do-aos meus parochiános; que fallo do go-verno porque persegue os bispos e os padres,que preparo o povo para a revolução arma-da, por seguir os mesmos princípios dos je-suitas.

«Acreditando serem certas ditas representa-ções. me'apresso em declarar a V. Exc. quotaes àecusações são falsas, são filhas da in-disposição que teem contra mim certos man-does deste lugar, porque eu'não vim sorvi-gario aqui por intermédio delles, como eraisso de costume velho, porque só caso e bap-tiso estando preenchidos os requesitos quea santa igreja exige, e não esquecendoformalidades essenciaes, só por servil-os;porque da cadeira evangélica fallo contra airregularidade dos homen3, porque fallo con-tra a mancebia, contra o calumniador, con-tra o ladrão, coutra o assassino, contra omaldizente, emfini, de todos os vicins queoffendem a sociedade e infringem os manda-mentos da lei de Deus : fallo dos vicios,Exm. Sr., e não das pessoas, mas é que amuitos toca, quem se julga no caso diz—ovigário fali ou positivamente de mim—o tán-tos são os offendidos quanto são.os perversos.

« Nunca fallei sobre revolução, e quandotenha ainda dofallar, será para.lamentaresse desvario dos meus semelhantes ; pro-testo portanto contra semelhante calumnia,contra tão grande falsidade.

« Tenho lamentado o que vão soffrendoos meus irmãos sacerdotes, porque não é cri-me dar expansão aos sentimentos do meucoração pela sorte dos meus irmãos em Je-sus Christo.

« Nào sou patético, Exm. Sr., isso mesmotenho declarado aos meus parochiános, ete-•nho dado provas e darei, o meu crime peran-te inimigos gratuitos é viver com indepen-dencia e terem elles esgotados os meios parabotarem-me para íóra desta freguezia, e nãoterem podido.

«, Estou prompto para demonst-ar em tempoa im/jtocedencia de taes àecusações, e garanto aV. Exc. que por mim não será perturbada aordem e tranquillidade publica, apezar da ex-trona imprudência do delega^ de policiaactual Simão Geraldo de Carvalho.

« Deus guarde aV.Exc.—Ilhn. e.Exm.Sr. Dr. Henrique Pereira de Lucena, diguopresidente da província.—Padre Manoel An-tonio Martins de Jesus, vigário encommenda-do do Granito.»

Ig_'<?jja ¥-ãva-e .ao j__sía._« .___-Í'S"<j-j — Esta these que sempre pertenceu epertence a escola, liberal, é"a qual o partido:liberal do Brazil tem prestado sua defezapela imprensa, e na tribuna parlamentar ;está these acaba de ser abraçada com deci-são, pelo maior o mais antigo órgão da im-prensa no norte, o Diário de Pernambuco. Dizeste jornal em seu Retrospecto político do1874, que «não vô nenhuma outra soluçãopara o malfadado c -nílicfco, senão a separaçãodo Estado da Igreja, mas não quer a Igrejanacional creada pelo3 poderes do estado. »

Para não sermos accusados de falsear atheoria do Diário, damos suas palavras taesquaes lemos em suas columnas,—diametral-mente oppostos as suas, ideas com as que osdefensores do governo estampam n'outra co-lumna qup chamam alugada. Eis o tópicodo Retrospecto > •:{¦ n.',., « Na questão que se cônveio chamar reli-giosá, e que desde dous annos traz apprc-hensivos os espíritos e alarmadas as con-sciencias, digamos de uma vez a verdade, sótem caminhado bem quem, desde o seu come-,ço, julgou inadiável uma solução radical.•••-••/ '•••'• ••¦«••¦ •

'. Fomos também dos que se deixaram ora-balar pelos sonhos.de reconciliação entre osdous poderes em couflicto ; tnas, arrancadosdomando das alusões pelo fatídico noa possu-pias de Roma, temos a precisa energia para cri-fileira)--nos nas phulunges dos pugnadores daseparação do estado da igreja, confessando fran-camente que não vemos boje nenhuma outra so-Inçãopara o malfadado, couflicto, fomentadopelos jesuítas o abraçado nesciameute poruma parto do alto clero do paiz e seus se-nuazes.

Essii solução de dia cm. dia, ganha terrenom> paiz. quer nas fileiras dos que se incluíam, capoiam, a altitude do poder civil, quer nas que))U','iiam. pela outra parle contendora, embora aiiiui('>s destes pareça inrlispensavd o predo-minio da igreja com prejuízo da soberaniamicii-nal,-' embora a muitos daquelles se figu-

re possivel ó predomínio ¦ do estado com acreação de uma igreja nacional.

A solução pela igreja nacional, creada pe-los poderes do estado, a solução pelo schisma,pela constituição civil do clero, como naPrtíssia e na Suissa, não é porém, nem podoser de boa política, e muito menos de politi-ca americana, nãò só "porque contra ella pro-testam as. crenças do povo-.e a liberdade reli-giosa, mas também porque contra ella sp le-vantam os próprios interesse, do estado,sem contar que, significando a oppressãodas consciências, pôde, ser o motu para lutasreligiosas, para guerra civis.

se falharam as tentativas de reconciliação,so Roma persiste em dizer nou possumus, nãoresta outro alvitrè que acceitar a situaçãotal como foi creada e é mantida pelo ultra-montanisrao o resolvei-a nobremente, sahin-do resolutamente pela única porta que offereceo con fido,—pela separação dos dous po-DERES. . .

Registrando a opinião do Diário de Per-nambuco, cumpre-nos observar que a theseseparação da Igreja do Estado—não nasceucom o couflicto D. Vit,aJ, mas ó muito ante-rior ao seu governo; assim como, que embo-ra esse couflicto, se resolva por alguma r%'iconciliação com Roma, nem assim a theseperecerá, ou desapparecerá da discussão. OPontifico romano, por amor aos ¦ immensosinteresses da maioria catholica do Brazilpôde sacrificar o poder dos bispos presos, oimpor-lhes que resignem os bispados.

Esta solução não extingue a necessidadede proseguir-se no estudo e na discussão se-ria e elevada da these separação do Estado eda Igreja, porque o futuro deve ser acaute-lado tanto quanto for permittido a previsãohumana. Se esta solução—Igreja livre noEstado livre—uão é ainda artigo de program-ma partidário, nem por isto deixa de ser dou-trina da escola liberal, e ;objecto da maisprofunda meditação e estudo, para todosquantos desejam com sinceridade a liberda-de para a Igreja, e a liberdade para o Esta-do,—a liberdade para todos.

€t]í*_!V<5 H_ill5.---*a_,_a — Reunio-séante-hontem esta sociedade com'assistênciados Srs. Drs. Souza Pinto, Ceciliano Mame-de, Baptista Regueira, e dos 5_rs. VictorianoPalhares, João Cândido, Rangel de S. Paio,Ferreira da Silva, Lopes Cardoso, AugustoCosta e Demetrio d'Albuquerque: não com-pareceram os Srs. Dr. Gencrino dos Santose Eduardo de Carvalho; aqueile por affaze-ros e este por doente,

j Foi acckmado presidente da sessão o Sr.Victoriano Palhares.

I O Sr. Demetrio d'Albuquerque procedeu aI leitura do um—Estudo biographico sobre Do-

¦mingos José Martins, niartyr da revolução de1817 ; e o Sr. Lopes Cardoso leu uma poe-tia sob o titulo—O Solitário

Encetada a palestra sobre o primeiro des-tes trabalhos fatiaram diversos sócios..' Foram iudicajdos e eleitos sócios effectivosos Srs. Drs. Francisco Antônio RegueiraCosta e Manoel Fernandes Barros. • ¦

._N$ei.--_-©---«i* ,paa*s_ a Mstí©-_'_a—Lemos no Diário de ante-hontem :

« A presidência da província recebeu hon-tem a seguiu te communicação da comarcado Triumpho, acerca do Rvm. padre Ono-ratti :

«Juizo municipal do termo do Triumpho,O^do. janeiro de 1875.—Illm. e Exm. Sr.—Depois do meu officio de 25 de dezembr»ultimo, em que communiquei a V. Exc. oestado precário o sedicíoso deste termo, na-da mais oceorreu digno do maior attenção-do quo p seguinte facto :

« Np dia 31 de dezembro, por oceasião dachegada dos jornaes officiaes da, capital, edepois de divulgada a. importantíssima por-tarradeV.Exc.de 21, o povo, que aindaexistia em grande numero nesta villa, mani-festara logo a maior indignação contra oprocedimeuto do governo sobr. os jesuítas ;e, não obstante nesse mesmo dia o jesuítaOnoratti funico. aqui existente actualmente)ter manisfestado publicamente, que em vis-ta da portaria dessa presidência; jamais po-deria deixar de seguir o destino de seus com-panheiros que só acham a bordo, e não obs-taute mesmo por oceasião de uma coufereu-cia que o Onoratti tivera naquelle dia com onosso Dr. juiz do direito era que tambémmanifestara o inaii* firme propósito de omais breve que for possivel seguir para essacapitül, o povo insensato pelo fanatismo,deque se acha possuído, mostrara por sua vez,que deforma alguma consentiria que daqui8ahisse o padre Onoratti, e fosso por qual-quer meio, elle estava disposto, a fazer amais rigorosa opposição.

« De feito, nesse malévolo propósito pro-curou em.a noite desse mesmo dia, e reunio*se arrndo a a favor dós jesuítas ; tanto assim

[oÍ!fàCbhf~y*<- ¦¦'¦¦ 7f: ¦¦.fjí-J-íi

que pelas 11 horas da noite, quando ja meachava agazalhado, fui dispertadd "por ai-guns amigos desta villa,. que vieram com- ,rnunicar-me quo na porta da casa do vigáriodesta freguezia existia um grando grupo desediciosos armados, o no proposto de atten-tar contra a vida das autoridades judiciarias,deste termo, e evitar a sahida dos jesuítasdeste lugar.

« Isto posto, procurei immediatamentereunir o pequeno destacamento de policiaaqui existente, o ordenei que aquarteladosestivesse de promptidão, em seguida mandeilogo postar quatro praças na porta da casa. :em que reside o Dr. juiz de direito, ,que na-quefla oceasião ;achava-se agazalhado des-cançando na ordem publica ; em acto conti-nuado pedi ao tenente-coronel Antônio deCampos e ao tenente Izidoro José da SilvaMascarenhas, qüe então sé achavam em nos-sa casa, que por meios brandos e sut.sorios,me ajudassem a dissuadir o grupo sedieioso,dispersando-o.

« Effectivamente seguiram elles ao lugarda reunião, e lá auxiliados,também pelo de-putado Attico Leite, podernm conseguir dis-suadir o grupo, dispersando-o já depois de iunia hora da madrugada, sem que _e desse omenor prejuízo. Entretanto constou-me no <ontf-tdia que nessa noite existiam outrosgrupos armados, em diversos pontos da vil-Ia, mas que felizmente acompanharam a re-solução do primeiro.

« Até hoje não tenho podido conhecerquaes sejam os cabecilhas de taes sediciosos,.mas -jspero que mais tarde elles serão co-nhecidos.

« Felizmente acham-se findas as festasnesta villa, pelo que já não permanece den-tro delia o grande numero do povo de fora,que era por certo o mnis prejudicial e fa-natico.

« Consta-me quo a câmara municipal destavilla representará a V. Exc. a conveniênciada estada temporária do Onoratti, por aqui,ato ser concluída a obra da matriz, e quecanfiam que V. Exc. não deixará de atten-der, e que por isto o Onoratti ainda per-manece entre nós. E' por esta razão quenão posso affirrna. a V. Exc. que o comple-,to restabelecimento da ordem e da paz es.tàplantado neste termo, o creio mesmo que,quem quer que isto asseverar a V.' Exc,procurará por certo diflicultar qualquer pro-videncia preventiva e necessária, dada porV. Exc. O padre- Onoratti é o idolo deste'povo do Triumpho ; os sertanejos. doPajeíí, ';julgam-n'o um Deus o por este motivo a sa-iaida desso homem do meio deste povp não'podo deixar de sor perigosa'; entretanto nãodevemos trepidar, porque estou certo tam-bem que a eonservação delle aqui têmpora-riamento é mais prejudicial.o funesta.-

« Do combinação com o Dr. juiz do direi- *to, procuraremos levar a effeito o iTppareci-mento da paz, o império da lei e o respeito .ás autoridades, e auxiliados pelas pessoasgradas do lugur muito temos conseguido.'Vivemos

ainda na' defficiencia do policia, esempre á espera de boas providencias. Peço"encarecidamente a V. Exc. á nomeação ieum delegado de policia militar, enérgico eintelligente, em quem possamos descançar,e algumas praças de policia oü de linha; cer-to de que nada poderemos conseguir, porqueas autoridades nomeadas não merecem mui-ta confiança. A falta' de um bom delegadoó a cansa das maiores desordens deste termo.Aguardo-me ás ordens de V. .Exc.—Deusguarde a V. Exc—Illm. e Exm. Sr. com-mendador Henrique Pereira de Lucena, mui-to digno presidente da província.—O juiz.municipal, Joaquim Manoel Vieira de Mello. «i

ORbivíaiiaa-io—A mortalidade do dia 21do corrente, foi de 6 pessoas.

As moléstias que oceasionaram os fal-lecimeutos foram as seguintes:Pthysica pulmonar 2Tubcrculos pulmonares... -. 1Espasmo 1Variolas hemorrhagicas 1Hydropesia no utero 1

—*-raíP*_—

AYISOS 1Ma-Eii-naf- snaa-a «o«_3ia*a—Os

Srs. Vianna Castro & O., logistas fie ferra-gens, á rua do Dnque de Caxias n. 115,.são os_uuicos agentes n'està Província dasmachinas americanas para costura—Singer,.c chama a attenção para o annuncio que vai :no lugar competente. k

ISasea-D* «Sas Ví.i_--i£Gas — Este-eptabeleoimento de fnzendas finas, sito árúa Duque de Caxias n. 60 À, e proprieda-de dos Srs. Reis e Silva k Guimarães, re-cebeu pelo ultimo paquete diverversas novi-dades, entro as quaes se notam lindos cha-

. ../.'-y.' ;

»IU\ .!

Page 3: Anno IV 1875 N. 496memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00496.pdf · dia : uma ao nascer e outra ao pôr do sol, e era quanto bastava pára não estragar 'a. côr de rosa secca

:-¦¦¦

A' Provinciapéos e chapolinas para senhoras: o que hade mais moderno, e por diversos preços.Eecommendtimol-o aoréspeitavel publico.

CfllIÜlCiDÜCaríaíiJ «3o S&ir. Ágwêsíão €*•__*-

asaarãésano Vãscaíüade cSe Ca-"' ifiiaarasg-âSne;

'¦;•'.\ Terceira

Eecife, 21 de Janeiro de 1875.Eu tsou o offendido, Sr. visconde: o véo

das desgraçadas relações, a que me levou umfalso amigo, fostes vós que o levantastes :mexericástes aos ouvidos de vossos malsins,queeu^ vos havia escripto uma carta; e hámuitos annos trazeis essa carta suspensasobre a minha cabeça.

Afinal, Sr. visconde... .Encommendemosas nossas almas a Deus : h'este duello pe-rantè a opinião, um de iiós ha de ficar es-tendido no' chão. Tenho fé, que sereisvós...

Sabeis de quo duello estou faliando... D'a-quelle do tempo de Tavares e de Freire,d'esse não cuido eu, porque a victoria «a-iavossa... •'•

Em guarda, Sr. visconde! Foi afinal noanno de>187$, que o poderoso Sr. visconde

• de'Oamaragibe encontrou-se frente á frentecom: o infimo plebeo Aprigio Guimarães.

~-Ha de ser caso para ser contudo...

- Eu sei, que nos escuta a nio cidade..; poisnão sei," Sr.;^?|soonde ?Perante queítí' una pai deve zelar mais a

a sua honra ?—Pòrante seus filhos.Perante quem um mestre deve .zelar mais

a sua dignidade ?—Perante os seus discipu-los:

Eis o meu caso, Sr. visconde.V. Hugo (sempre eu ás voltas com este

velho tonto .y.)- V. Hugo, lutando contra aComedia Franceza, a propósito dos seusdramas, .desculpou-se de ter tomado a pala-'

. vrá no'tribunal, e disse :« Ninguém estranhe quo, no meio da au-

djencia, quando a questão já estava adianta-da, o autor se tenha levantado do súbito e-fallado : é que também subitanienta acabavade sentir á necessidade* de fallar; é que elleviu girando*, em torno das articulações deseus adversários, um grande interesse demoral publica e liberdade 'lioterariu, que lhéestava impondo levantar a voz : é que elleacabava cie ver á questão geral surgindobruscamente da questão particular. 0 au-¦tor fará sempre como fez. Qualquer queseja a situação do sua vida, em que o devero toraó de improviso, .seguirá o dever. »

Se.a audácia de collocar-me á vossa fren-te, Sr. visconde, eousentis que^eu junte aaudácia (sem duvida muito menor) de com-parar-mo remotamente a V. Hugo,. dir-vos-hei que é pela mocidade, o para a mocidade,que tomo a palavra.

Euò vós, Sr. viscòiido, somos a questãoparticular : ora, a questão particular não medá cuidadqs, porque eu e vós somos conhe-cidos h-esta terra.

Más,; ella,; a mocidade, precisa de ser.pre-cavida contra uma ninliada do. ctmaragibi-nhoí-r, que agulhais sób as vossas amplasazas de ga lio voliiò, senhor absoluto do ter-reiro...' Mas, ella, a mocidade, precisa de ver ho-meus em pé,,;firmes, de.costas voltadas paraum idolo africano...!

E' a questão geral, a cujo serviço tenhovivido, em cujo serviço morrerei : è o tênue

.tributo, que posso pagar ao meu infeliz Per-nambuco.

« $ste processo, dizia V. Hugo, será umdia Historia'litterariá, não por causa de tres

peças insignificantes em quo então se falia-va, mas por causa do processo em si, dasrevelações estranhas qua d'elle brotaram, daluz que projectou em certas cavernas, daschagas theatraes que desnudou, da littera-•tura cujos direitos consagrou, do publicointeiro cuja attenção e syrupathias vivamen-te provocou.»

Assim a nosso respeito, Sr. visconde.Não.é. a minha carta-de 1859. não ha de

ser a vossa figura nem a minha, o que ha deficar d'esta luta desigual: vós gigante e eupygmeo, vós,fidalgo_ e eu plebeo.

Hão de ficar as revelrtções quo tenho defazer, a propósito da caria do 1S59.

Ha de ficar a luz projectacla nas cavernascamaragibinas.

Hão de ficar os ensinamentos das .chagasdesnudadas de uma infame e mil vezes mal-dita1-' olygarchia.

: Ha de ficar o triumpho dos brios do: pie-boQ,. a consagração dos direitos do pernam-bücano livre.Hão de ficar' os applausos de todos os"

homens de vergonha ; porque (desenganai-vosj Sr. visconde), Pernambuco não cifra-seh'essàsduas dúzias de lacaios e bobos, quevoe, fazem a Corte com a mira uo vosso the-sbúrp, isto é, no thesouro do estado : mesmoemVorno de vós ha muito quem veja a cha-ga pútrida do calcanhar do Achilles íloren-tino...

_< Devo levantar a voz, dizia V. Hugo notribunal. \ Fallar por seu interesse privado,é um direito, que eu facilmente renunciaria ;fallar pelo interesse de todos é um dever, enunca receio perante um dover.¦»

Ainda uma vez, Sr. visconde, é q que meacontece : vou fallar pelo interesse de todos,e principalmente pelo interesse da mocida-de, vou cumprir um dever.

Sempre o mesmo, que deshonrou-se, es-crevendo-vos uma carta.

Aprigio Guimarães.

illll 11

,;" COIYIMERCIOALFÂNDEGA DE PERNAMBUCO .23

DE JANEIRO DE 1870.Rendimento do dia 2 a 21. 7-13:08^$G80Idem dodia22 50:444$180

Ao puSíâãCfl)Muito embora o Sr. subdelegado Decio

de Aquino Fonseca me negasse o traiamen-to, a qúetenho direito, devo-lhe uma ros-posta séria, ao seu escripto áo Diário dePernambuco de hontem.

Os honrosos precedentes da minha ,'ida,que fazem o objecto da, minha gloria, cujohistórico poderia offerecer a consideraçãodo Sr. subdélegado da Bôa Vista, so.porven-tura assim me parecesse necessário, nuncame habilitarão a contar historias ao publi-co, que respeito. Para que o' subdélegado'Decio Fonseca possa fazer melhor juizo so-bre a consideração, que sempre mereci doshomens honestos e illustrados, offereço-lhealguns documentos, que não são todos, quopossuo."

Ej qne o Sr. subdélegado não me conhe-ce. Deveria, porem, informar-se a respeitode minha pessoa, para então offerecer a suacontestação, quo não recebo, em òpp.osição averdade dos factos, que sustentei.protestan-do exhibir a prova, se assim for preciso.Vamos ao que importa.

Disse o Sr. subdélegado que Manoel Por-phyrio Nery, e não Manoel Felippe, comoescreveu, que não ¦ tinha o/atra oecupação,senão o furto e o roubo, sendo faquistá/e o

.terror da freguezia.Devo dizer ao Sr. subdélegado, sem fal-

tar-lhe com a cortesia, própria da minhaeducação, que, posto não conhecesse ManoelPorphyrio,. assim como conheci a sua mu-lher, e ainda conheço seus pães, honestos ede exceliente moral, é para mim fora de du-vida, que o recrutamento de Manoel Por-

phyrio não justifica a policia, no caso figu-rado por mim no artigo de 20 do corrente,impresso neste jornal.

Se o recrutado era roubador, fosse proces-sado, sujeito a defender-se de tantos crimes,nos tribunaes competentes. O exercito nãoquer ladrões. Terrível machina dé guerraé o recrutamento.

Mas, diz ainda o Sr. subdélegado, queManoel Porphyrio Nery, sendo casado, nãovivia com a mulher, nem delia cuidava, esim com outra, que se dizia sua cunhada, ea quein havia offendido na mesma casa, emque residia dita mulher,.e onde ella também'sé achava;

Ora, Sr. subdélegado, Manoel Porphyrionão vivia com a mulher, e ao mesmo tempovivia na mesma casa com a amásia e a mu'lher! Que contradição !

Quando a defeza o má, é melhor deixarcorrer a causa a revelia.

Sobre ;factos da vida privada, não dareiuma palavra. Para mim foi e será sempreobjecto sagrado.

Anossa própria legislação criminal nãoadmitfce—á prova—as allegaçoes ou impu-taçõos^que contiverem factos'da vida priva-da, ou sejam contra empregados públicos,ou contra particulares. Não explicarei oespirito da lei, porque não estou dando pre-leCções de direito. E' notável o trecho doescripto do Sr. subdélegado, quando assimse exprimio:—E' possível e eu creio, que amulher de Manoel Felippe, em lugar dePorphyrio, levada por promessas do seu ma-rido tivesse requerido para sei* elle postoem liberdade, allegandò viver maritalmentese antes a amasia do mesmo Manoel Felip-pe, a conselhos de advogado, não se tivesseapresentado, trocando o nome e figurando-se a verdadeira mulher deste ! A nossadignidade pessoal, honradez e probidade,quõ offerecemos a analyse critica de quemquer que seja, sem diferença de côr política,repollem a allusão, que tanto tem de gros-seira, como de injusta.

Recife 22 de Janeiro de 1875.,Jeronymo Salgado de Castro Accyoly.

P. S.—Os nossos artigos serão publica-dos com mais ou menos demora, segundo osnossos afazeres. Os documentos serão pu-blicados suecessivamente.

793:524$860Navios ádescargapara o dia 25,do Janeiro

Vau. ing. Doura, (esperado) mercadoriase bagagens para alfândega e trapiche Con-

;'* ção.Patacho dinamarquês Calhrenc, (atraca-

do) mercadorias para alfândega.Patacho americ. Martha A. Berry bren já

despachado para o 5* Ponto.Esouna ingleza Flora M. Corwky, farinha

já.despachada para o 1* Ponto.Lugar ing. Petunia, bacalháo já despa-

chado para o trapiche Conceição. J

Escunaiug. Mayrlower, bacalháo já des-pachado para o trapiche Conceição.

Vapor nacional Marquez de Caxias, (espe-rado) gêneros nacionaes para o trapicheDantas. . .

OAPATAZIA DE PERNAMBUCORendimentododia 2 a 22 12:111$569Idem do dia 22 1:059§505

Este heróe-comico está outra vez se ex-hibindo em scena.

Hoje vae elle fazer oração no theatro San-to Antônio !

Ah! rotundo sacerdote, lias de escorre-gar do ultimo degrau do capitólio, o- cahi-rás com as ventas na lama podre! ,'ícaro

popular, liasse ver as tuas azas so-brepostas se desligarem de teu corpo desapo-boi.

Filhos do povo correi!Ide enlaçar coroas na fronte enrugada

do vosso pai universal.Um professor publico quo foi nomeado

para substituir o Monteiro Pessoa, quo foiremovido pçrque bateu o pé ao escrivão Bri-to Rolha, anda cabalando para acompanha-rem o orador até sua casa!

Paraizo também tem séquito ; Arraia temadoradores.

Salve, presidente Brito.

Que papel fases tu na niaçonaria pernam-bncana!

Consentes que -o pescador turve as tuaságuas para nellas pescar !...

Quem não connece as tradicções maçoni-cas de Floriano do Brito ?

Quereis saber a sua ultima obra ?Sabei-o filho do povo.

VOLUMES SAHID0SDo diã2a21

* DÍÀ--23l\porta. ... . . .2.' dita.. .....3-.ditaTrapiche Conceição

13:171$074

37,506

91. 244

."¦¦: .452268

,<-. i SERVIÇO MARÍTIMO38:621

Alvarengas descarregadas nos trapi-cl|es d'alfandega do dia 2 a 22 43

Idem no dia 23:•¦*¦.,

43Idem idem até 22 2

2CONSULADO PROVINCIAL

Rendimento do dia 2 a 22.. 146:211$889dem do dia 23 6:362^336

152:574^225

RECEBEDORIA DE RENDAS INTER" NASGERAESRendimento do dia 2 a .22... 35:318$650

do dia 23 3:527§697

Floriano Correia de Brito tem se oppostoa que sua loja faça manifestações em favordo infeliz Fei tosa ' ,.'Sabeis porque ? iPorque está vendido ao presidente Luce- •

na, que o considera.Floriano de Brito dispõe hoje dos cargos

públicos : tem empregado muitos dos que oacompanharam na crusada do Club.E ainda hontem Floriano de Brico des-compunha o Lucena.Engahe-se quem quizor.Hão de ver esse Judas da democracia ven-der o povo a quem tem illudido.Isto elle fará no dia em que tiver de pres-tar contas do que se passa dentro do queijo

que elle róe. v 'O escrivão de orphãos Floriano de Brito,

adula o governo, defende o seu juiz, porqueteme uma corrécção no seu cartório, ondegemem e choram sangue os orphãos e asviuvas._ E é este o homem que merece ás bênçãosda pátria !

Desgraçado paiz !A queabysmos te conduzirão íDemocracia ! Pobre de ti, sobre cujo ca-daver os Britos batem moedo !Cobri as faces de vergonha, filhos do povo.Reneguemos o bandido político, o espe-

culador, o traiçoeiro Floriano que tem ven—dido seus irmãos que chega a pactuai* com oinfame Pyrrho e com o miserável governoque o sustenta.

O filho do pevo.

Vãila <lo Cal»o. 22 de janeiro de 1875.

Ainda o derrubado de 68, pede a redacçãoda Provincia se digne publicar a carta õffi-ciai :

tlllm. Sr.—Em nome do conselho da so-ciedado Liberal-Pernambucana communiooa V. S., que em sessão de 21 de dezembrodo anno passado fora approvado para sócioda mesma sociedade.

Os estatutos, que tenho a honra de passarás* mãos de V. S., dando pleno conhecimen-to das obrigações de cada sócio, indicam aomesmo tempo adiar, em que teem lugar assessões^ordinárias; e pois fica'á vontade deV. S. vir tomar assento, quando lhe aprou-ver. -'¦¦••'¦

O conselho tem a maior satisfação emaugmentar o catalogo de seu membro comum cidadão, como V. S., que ao acrisoladopatriotismo roune outras qualidades, quecaracterisam o verdadeiro pernambucano.Deus Guarde a V. S. por muitos annos.—Eecife, 14 de janeiro de 1853.—Illm. Sr.Manoel Joaquim do Rego Barretto.—IvoMiquulino da Cunha Souto Maior.—1- secre-tario.»

Senhores redactôres. - Disse ha poucos dias '

o velho Fournié da Escola Modelo, qne nãohavia nesta terra professor mais barato doque elle, ainda quando tinha de ordenado3:800íj?Ò00 rs., que nenhum professor nacio-nal tem.. E o bom do velho, pedindo inspi-ração a frasqueira do cggngc, demonstrou ex-huberantemoute, com o horário da reparti-ção das obras publicas, ou antes como hora-rio delle mesmo, que nunca-a provincia dePernambuco fizera melhor .negocio do queesse.

Na verdade, negocio de tanta vantagemainda estames por ver. Ensinar tres horasdiárias á meninos que não entendem o fran-cez— geometria applicada ás artes — por3:909 rs. é fazer -um serviço de inapprecialestima á provincia, além da grande econo-mia que resulta para os cofres públicos.

Pondo de parte os benefícios resultantes-do ensino da geometria em francez, o ae-

38:846^347

Parte marítimadia—2a

. ENTRADASTerra Nova — 48 dias, pat. ing. Scotea, de

170 tons. cap. T. G. Saunders, equip. 9,carga 2^50 barricas com bacalháo a S.Brothers & C.

Genova-por Gcbralte—57 dias, sendo do nl-timo porto 47, lug. ing..'__. M. Rowlands,de 168tons. cap. O-wem Rowbands equipj8, carga mármore e outros gêneros a or-dem.J

Harbar Grace—83 dias, barca ingl. Delta,.de 246 tons. cap. John Brockenshar, eqüi-pagem 10, carga 3585 barricas com baoa-lháo a Johnston Pater & C.

SAHIDAS-dia 28Canal—lugar ing. Leander, capitão A.' Sevre-

çe, carga assucar.

Page 4: Anno IV 1875 N. 496memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00496.pdf · dia : uma ao nascer e outra ao pôr do sol, e era quanto bastava pára não estragar 'a. côr de rosa secca

A Provincia

guinto calculo mostra que a ecoaomia é tãogrande, que devemos todos nós, miseros con-tribuintes, levantar as mãos para o céo pelaesmola que nos faz o Sr. Fournié; se duran-te ás 2 horas do dia os professores do Gym-nasio, que percebem 7:330 rs. por hora, en-Binassem em todas ellas, haveria de despezaa quantia de 87:960 rs.; ora o velho Fourniéensina a 3:909 rs. por cada 8 horas ou a15:686 rs. por dia, teriamos uma economiade 72:324 rs. diários, ou de 2,169$720 rs.mensaes,' ou ainda de 26,037$040 rs. an-nuaes, quantia suficiente para montar umGymnasio, e ficar ainda muita cousa parafeijões verdes. Donde de segue, que o velhovale o primeiro instituto desta cidade, e'to-dos os feijões verdes do recôncavo.

Já se vê que devemos todos ser mui gra-tos a esse irmão de caridade, que veio de tãolonge ensinar-nos o que não sabíamos, e porpreço... oh ! não fallemos nisso... de graça!

O que faz o governo que não demitte osprofessores do Gymnasio, que ensinamtão caro ? Pois o tempo não é de quebra-deira ? Economise o governo os dinheirospúblicos; nem se diga que o velho não temhabilitações, pois á isso se oppõe a sua qua-lidade de estrangeiro.

Deixe somente aos nacionaes o ensinodas mulheres na Escola Normal á cruzadopor hora!

Bem digamos á Deus por nos ter enviadoesse portento da frasqueira com a sua geo-metria pratica. Agora sim, ninguém fallarásenão á compaço, ninguém obrará senãopor esquadro.

. Balsac.

José Gonçalves da Silva Freire,'empresa-rio do theatro Escola Dramática de S. José,vendo no annuncio que mandou inserir noDiário de Pernambuco de 23 do corrente,umádeclaração de que os seus espectaculos cor-rem sob a direcção de Fontes Braga, vemsolemnemente protestar contra o. abuso com-mettido na typographia do mesmo Diário,accrescentando-se palavras ao autographoque para lá mandou, sem autorisação sua.

O abaixo assignado não quer saber d'ondepartiu semelhante mysfcificação ou antes fal-sidade. Protesta, apenas, contra esse meiofraudulento, «e declara que o Sr. FontesBraga nenhuma ingerência tem nos espec-taculos de seu theatro.

23 de Janeiro de 1875,.José Gonçalves da Silva Freire.

CartaA' Cassiano Hyppolito

Meu Collega,Perdoa que eu, teu collega, ouse roubar-te

alguns minutos de attenção com estas li-nhas. E' o meu desejo, é a expansão de_unh'alma; quero patentear-te a impressãoque causou em minha imaginação astuas felicitações aos collegas, aos após-tolos da imprensa que, como tu, quasi,debalde lutam para erguer a arte de Gut-temberg do abatimento em que jaz.

Ouve-me: se entre todos os nossos irmãosd'arte houvesse sincera união, se o egoismonão fosse o acerrimo inimigo de tochs asclasses sociaes a nossa, sempre teria fluidoa senda do progresso.

Mas, tenhamos fé no porvir. Ha ainda en-trenós, alguma fraternidade. Ha aiuda um,como tu, que vieste da Bahia com o desejode ver-nos.

Bemvindo sejas irmão !Bemvindo sejas tu que em nome da As-

sociação Typographiea Bahiana, viestesaudar-nos! Aperta-nos a mão-! Dá-nosum abraço ja que não achas em Pernambucouma sociedade typographiea para receber-te...

Não cores de ver tanta degradação !...Quem deve cobrir o rosto sou eue os meus

collegas de Pernambuco.E' com toda a franqueza que te fallo...

Quem mostra-se forte,sendo fraco, não passaafinal de um covarde !

E elles que estão fracos, e elles que pen-sam ver o élo de sua fraternidade despedaça-do o que te hão de dizer !...

— A verdade »Esta é a que eu te digo.

. Mas, collega, distrai teu pensamento doque eu acabei de dizer. Bem sabes queapós a tempesta de vem a bonança ! Bemsabes que o templo de Guttemberg e o tem-pio da seieneia e da civilisação dos povos, eneste templo são santas as inspirações dequem nelle procura a felicidade reciproca deseus irmãos, e por isto nunca elle seráabandonado.

Tenbamos fé.«. A arte não morre, e a imprensa ha de

ser sempre a alavanca do progresso o a luzda civilisação.»

« A voz da imprensa, as classes equili-bram-se, as sciencias, as lettras e as artesvigorisam-se, e a sociedade avança a con-quista do futuro !» (1)

Bem sabes o que são as artes no Brazil.O inspirado poeta Baptista Guimarãesdisse :

«,No Brazil são as artes um sonho,« Trabalhai pelo nosso Brazil:» (2)Trabalhemos pelo progresso de nossa ar-

te,! Trabalhemos pelo nosso Brazil ! Oque, n'elle, hoje é, um sonho, pôde, quemsabe, ser amanhã uma realidade... i

. Que importa para os aristocratas que o'artista por infelicidade,o nobrefilhodopovo,peça na praça publica o pão para levar áfamilia porque muitas vezes .não tem traba-lhos ou porque os seus esforços são péssima-mente recompensados ?

Que importa a elles que em sua pátria oartista seja esquecido ?...

Lutemos !Se no Brazil o artista por meio de Asso-

ciações não tornar-se forte, ha de viver sem-pre escarnecido pelos grandes!

Em todas as artes tem apparecido artistas-gênios, e o que lucram, elles ?

Um mero applauso, e se qualquer umtrabalho seu vai para a exposição, a medalhaque lhe conferem como prêmio, quasi sem-pre, é para quem não fez o trabalho, e simpara a officina onde elle è empregado.

Assim qual a sua gloria ?Nenhuma.Eu affastei-me alguma cousa do assumpto.

Desculpa.o desejo que nutro pela elevação denossa arte, faz-me, por momentos, fallarem todas.

Continuarei a tratar da imprensa.O abatimento em que jaz, a nossa classe

emPernumouco é difficil de acreditar-se. E,para prova de que nós retrogradamos, bastadizer-te que a nossa arte, sem em cada umaprovincia ter uma associação para curar doseu bem estar é impossivol progredir.

E' este o primeiro mal para nós! E'-nosdifficil progredir sem podermos ter força*

Onde achar o typographo em Pernambucogarantia para o que for do seu direito ?

Em parte alguma.Fracos,humüdes,sem ter o direito de mur-

murar uma só queixa, ha de passar a vidasempre em continua oppressão!... Para ani-mal-os debalde será dizer-lhes :

— Irmãos d'arte ! unamo-nos ! sejamosunidos para que também, sejamos fortes !avante! Vede as outras provinoias com as-sociações typographicas 1 Vede que quandoos nossos irmãos de outras provincias camí-nham nós retrogradamos! Quando ellesavançam desfraldando em nosso Brazil abandeira do progresso, nós,como que encan-deados por tanto brilho, recuamos, fugimoscomo os moebos fogem da luz !

E' somente o que eu posso fazer, prezadocollega, exforçar-me o mais possivel paraque sejamos unidos e fortes.

Animo e perseverança iliustre collega. Senão vês em Pernambuco uma sociedade con-sjàtuida, pode ser que não longe estejas dever.

Se não achaste em Pernambuco mais pro-vas de consideração e respeito da parte daclasse typographiea em geral, tiveste a sau-dação pela imprensa que os meus nobrescollegas do Diário tiveram a idéa de fazer.Tiveste as mesmas demonstrações de apreçoem Alagoas e, por certo, terás conquistado aestima de todos nós. ,!

Animo e perseverança que a estrella ruti-lante do XV século nunca perderá o seu fui-gor.

Eecife, 23 de'Janeiro de 1875.Honorio.

(1) Reforma n. 266 de 1873.—Arte typogra-phica.—Estudo social.

(2) favos e travos—I parte.

ANNÜNCIOSCompanhia Brasileira de Nave-

gação a vaporportos no SUL

'

'¦* •

Guaráí

Commandante Alcanforado

Esperado dos portos dohoijfco, até o dia 2G do corren-te, seguirá para os do sul,

depois da demora do costume.. Para carga, encommendas, passagens e

valores trata-se no escriptorio.

Âfislk

Portos <?<» MorteCeará

Oommaudante Isaac -Esperado dos portos do sul

até o dia 27 do corrente segui-rá para os do norte depois da

demora do costume.Para carga, encommendas, passagens e

valores que deverão ser acompanhados dosdespachos d'alfaudega trata-se no escripto*io

7 — Bua do Vigário — 7

Furto

^^|_l___a.

Francisco Eduardo Campello de Mirau-da, ferido do mais doloroso sentimento,convida aos collegas e amigos do seu muitopresado filho Argerairo Alves Ferreira deMiranda para assistirem uma missa no se-timo dia do seu passamento, que terá lugarpelas 7 horas da manhã, no convento de N.S. do Carmo do Becife.

Sifleiaie Beneficente ta Trouim*ffi ei"

De ordem do presidente d esta sociedadesão convidados todos os seus sócios paracomparecerem, no dia 25 pelas 6 horas datarde, á Bua Nova de Santa Eita n. 8, a fimde assistirem á sessão, em que sé tem detratar não só da definitiva organisação dosEstatutos, como de outros negócios de altatranscedencia para a mesma Sociedade.

Eecife, 22 de Janeiro de 1875.O 1* SECEETARIO ¦ : \l'.'i.j ,'

Belmiró Ferreira da Fonseca Cadaval.

IMllfAüilIliSPAEA COSTUEA '

. A80$000rs.!-- "¦UNIOOS AGENTES NESTA CIDADE

Vianna, Castro & C.a115—Eua doDuque de Caxias—115

As machinas fabricadas por esta compa-nhia, tornam-se recommendaveis, de prefe-rencia a quasquer outras, por sua durabili-dade e siugelleza.

Com uma simples licção, qualquer pessoafica cozendo perfeitamente com a machina

ISINGER! .,Na mesma casa vendo-se também agu-

lhas, e todas as peças sobresalentes que se-jam necessárias^

Vianna, Castro & C.a115—Eua do Duque de Caxias—115

Aluga-seO 2- andar da casa da rua do

Cabugá n. 3, a traetãr na loja deour.iv.3s da mesma casa, ou narua de. Marquez d'Herval n. 21.

Furtou-se Domingo 17 do corrente, umrelógio de ouro, patente. Balaucier chrono*metro, Spival breget. Coberto, com os ns.

18413843

43',,com 13 rubins ; com uma corrente de ouro,pesando oito oitavas. Quem aprehenderdirija-se a fabrica de cerveja, rua de S. Bor*ja n. 35, que será gratificado.

eS» «_?(•£&

FLOEEÜTINOOU A GRANDE EXPOSIÇÃO DE

uras de ceraDO TAMANHO NATURAL

COMPOSTA 11ÜII 1,::2¥arna Iduque <Be €ax3as-. bí. 4L1, ean frente

«fia t^ogvauBiia .<Bo IMurlo*COSTUMA GRANDIOSA

BCFA G-BATISCom 250 prêmios, entre elles -alguns de

importância, como sejam relógios de ouro eoutros.cada pessoa que comprar a respectivaentrada, terá direito a tirar gratuitamenteda urna úm numero, receberá e immediata-mente o que lhe sahir por sorte.

Avisa-se ao respeitável publico, que sãoos últimos dias da. primeira exposição.

Principiará as 6 1/2 e findará as dez emponto.

Altas substancias !!!O chocolate.!..!..!. $;

Encontra-se sempre na Con-feitaria do Campos, das seguintesqualidades;Francez. ' i,;

1 Mssn"«pEâs»

*£• $_eniei' ¦¦« •Sufisso (Ph. Sauchard)InjçBez-(Ven Hauten's)

i JISest»anB-€ftl (Pedro Sunol)Portuguez (J. A. d'Alevura)-SraziBeiro (J. A. F. Eibeiro)E lia leite condençado, pro--

prio para o preparo do chocolateassim como

Pastilhas de chocolate au Fi-dele BergerConfeitaria do Campos

S-l- Imperador %¦§,

Excellente acquisição!Popelinásdeseda com listras, dos mais

bellos e admiráveis padrões, que teem vindoao mercado.

Preço 1$000 o covadoO bazar das famílias

Rna Duque de Caxâas n. OO

A' autoririlauBc poBicíaB oua' queasa couipetôr

Pede-se para faaer retirar da ribeira de S.José, um Sr. Marchsnte (cujo nome não sa-bemos) que se acha doente deM0RPHE'A.

Um talhaãor.

AttençãoPerdeu-se no dia 17 do corrente, na cida-

de de Olinda, no largo da igreja do Bom-Fim, na oceasião do fogo, um clarineto pre-to de granadilho apparelhado de metal prin-cipe, pertencente a musica do corpo de po-licia: quem o achou, ou souber quem oachou, dirija-se a rua Nova,de Santa Eitaa. 54, que será gratificado com generosi-dade.

Hotel cia SaúdeNa povoação do Poço da Panella

Animado pela concurrencia publica, e es*perando continuar a merecei-a, o proprieta-rio desto estabelecimento aôaba desortilopreparal-o de modo a satisfazer a todas as pes-soas que o visitarem, durante as novenas dafesta de N. S. da Saúde, cuja bandeira serálevantada no dia 23 do corrente, de um modobrilhante è estrondoso, como desde muitosannos não ha lembrança.

Ainda para obsequiar as pessoas que con-correrem, haverá sorvete todas as noites. Aqualquer hora encontrar-se-ha comida, be-bidas, boas camas, emfim tudo que pôdetrazer satisfação e commndidade.

Typ. da Trovincia