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U-ILU 2012/2 TURMA AProfº Fernando Pires

Aluno: Robson Santos

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Annie Leibovitz podia ser apenas mais um nome no canto de uma foto. Mas não. A fotógrafa americana, nascida Anna-Lou Leibovitz, em Connecticut, em 2 de outubro de 1949, contou tão bem as histórias dos outros por meio de suas imagens que não conseguiu sair despercebida. Ela extraiu da realidade histórias que ninguém mais conseguia ver. Não é à toa que artistas, músicos, políticos, editoras de moda e publicitários se renderam às imagens e ao senso estético de Annie, uma mulher que se importa muito mais com o que vê do que como évista.

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Em 1978, a revista Rolling Stone se mudou para Nova York e isso representava uma grande ascensão para a publicação e também para o trabalho de Annie. Lá, Leibovitz entrou em contato com a brasileira Bea Feitler, diretora de arte da revista Harper’s Bazaar e que conhecia os principais fotógrafos e editores da cidade. Foi Bea que ensinou a Annie a importância da edição de seu trabalho. Era preciso escolher os melhores cliques e, principalmente, pensar na estética da imagem na hora de fotografá-la.

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Nesse momento, Annie percebeu que uma boa foto não dependia apenas do momento decisivo mas também de uma percepção visual do fotógrafo. Nessa sua última fase na Rolling Stone, ela começou a dirigir suas fotos e conseguiu resultados incríveis, como a famosa imagem do casal Yoko Ono e John Lennon – ele completamente nu abraçado a ela no chão –, a foto de Bette Midler em uma banheira com rosas vermelhas e a capa com a dupla de atores Dan Aykroyd e John Belushi, do filme The Blue Brothers, com o rosto pintado de azul. Foi Bea também que convidou Annie para trabalhar na Vanity Fair, revista criada em 1981, sobre moda e cultura.

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Além do relacionamento desgastado com seus colegas na Rolling Stone, estar naquele universo representava o contato direto com a filosofia do “sexo, drogas e rock’n’roll”, o que tinha rendido a Annie uma temporada em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. Ir trabalhar em outra revista, além da possibilidade de expansão profissional, trouxe à fotógrafa uma mudança de vida quase radical – e ela precisava disso. O nome de Annie representava também uma vantagem sem tamanho para a revista. “Os artistas só aceitavam o convite porque seriam fotografados por ela e sabiam que o resultado seria extraordinário”, conta Tina Brown, editora da Vanity Fair, no documentário Annie Leibovitz: A Vida Através das Lentes.

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Jamie Foxx, Meryl Streep, Julia Roberts, George Clooney, Keira Knightley, Julianne Moore e Keith Haring integram a lista de estrelas que Annie fotografou para a revista. Vários de seus shoots mais famosos foram tirados nessa época, como o de Whoopi Goldberg imersa em uma banheira de leite, em 1984, e o de Demi Moore, grávida e nua, em 1991. Na Vanity Fair, Leibovitz levou toda sua percepção visual para o mundo da moda e das celebridades. Ela podia não se vestir com as roupas de grife ou não conhecer todo o trabalho dos estilistas, mas tinha um olhar único para tudo que se apresentava diante dela.

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Com essa experiência, foi convidada pela editora de moda da Vogue América, Anna Wintour, para colaborar com a revista. E, como sempre em sua vida, estabeleceu certos ícones visuais na publicação, como a série em preto e branco de Johnny Depp, em 1994, e o ensaio feito com Kirsten Dunst no Palácio de Versalhes, em 2006.

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No final dos anos 1980, Annie conheceu a escritora Susan Sontag, que, mais tarde, viria a se tornar sua companheira. Em 1993, Sontag foi cobrir a Guerra da Bósnia em Sarajevo e insistiu que Annie fosse com ela. Era uma oportunidade de voltar ao começo de sua carreira sem grandes produções, de voltar à fotografia documental. “Estava inspirada pelo exemplo dela e também pela oportunidade de trabalhar sozinha, sem assistentes, de uma forma bem simples”, revela Annie em At Work. Apesar da vontade, Annie tinha dúvidas de como deveria conduzir seu trabalho no meio de uma guerra. Ela só não sabia que as próprias circunstâncias dariam as diretrizes. Em Sarajevo, o clima não era fácil, não havia eletricidade e água corrente e comida e medicamentos eram raros.

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SARAJEVO – ANNIE LEIBOVITZ

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ReviravoltaMesmo com todo esse talento, em 2009, Annie teve uma péssima surpresa. A artista nunca foi organizada quando o assunto era dinheiro e, diante da crise financeira em 2008, recorreu à empresa Art Capital – que fez um empréstimo a ela em troca da hipoteca de parte de sua obra e de suas duas casas. Sem a quitação do acordo, sua dívida somou 24 milhões de dólares e, com três filhas para criar, ela se viu na falência. A Art Capital recorreu à Justiça e a rotina de Annie saiu do estúdio diretamente para reuniões com advogados e contadores. No fim, ela conseguiu negociar o pagamento com seus credores, que retiraram a ação. “Vi que precisava me salvar, descobrir se havia algo mais dentro de mim”, declarou no começo deste ano em um evento em Nova York.

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A fotógrafa precisou contratar um motorista, que acabou se tornando seu guia e seu acesso aos personagens reais da guerra. Era uma fotografia realista, do momento. Ou seja: toda a preocupação que Annie tinha antes de viajar foi desfeita pela rapidez com que as coisas aconteciam. Lá, ela passou a não se importar com que tipo de foto estava tirando, apenas se estava registrando, da forma que fosse, o que via. Ao chegar aos 50 anos e se ver sem filhos, sentiu que tinha dado muita atenção a sua carreira e esquecido outras partes da vida. Mas ainda era tempo. Então, Sarah nasceu em 2001, depois de um processo de inseminação artificial e foi criada com a ajuda de Susan até a morte da escritora, em 2004. Depois vieram as gêmeas, Susan e Samuelle, geradas a pedido de Annie por uma barriga de aluguel, em 2005.

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Aos poucos, Annie se recuperou de seu problema financeiro com o que sabe fazer de melhor: fotografar. No final do ano passado, lançou o livro Pilgrimage, que reúne uma série de imagens tiradas em suas viagens pelos Estados Unidos, como a mansão de Elvis Presley, em Graceland. Além de Pilgrimage, Annie já publicou outros três livros. Após uma vida agitada de grandes acontecimentos (e registros), hoje ela vive de forma mais reclusa para dar atenção às filhas e prefere não conceder entrevistas. Definitivamente, Annie Leibovitz não precisa mesmo de palavras para contar uma história.

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Bibliografia:Annie Leibovitz:

Photographs (1983), Photographs: Annie Leibovitz

1970–1990 (1991),Olympic Portraits (1996), 

Women (1999), American Music (2003), 

A Photographer’s Life: 1990–2005 (2006), and

 Annie Leibovitz at Work (2008), Pilgrimage (2012)

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Videografia:Life Through A Lens

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